Polyclonal Rabbit Anti-S100 Referência Z0311

Transcrição

Polyclonal Rabbit Anti-S100 Referência Z0311
Polyclonal Rabbit
Anti-S100
Referência Z0311
Finalidade
Para utilização em diagnóstico in vitro.
O Polyclonal Rabbit Anti-S100 destina-se à utilização em imuno-histoquímica. O anticorpo marca as células que expressam a S100 e é uma ferramenta útil para a
classificação de neoplasmas positivos de S100. A classificação diferencial é auxiliada pelos resultados de um painel de anticorpos. A interpretação clínica de qualquer
coloração ou da sua ausência deve ser complementada com estudos morfológicos utilizando controlos adequados e deve ser avaliada dentro do contexto do historial clínico
do doente e através de outros testes de diagnóstico por um patologista qualificado. Este anticorpo destina-se a ser utilizado após ter sido realizado o diagnóstico primário
pela análise histopatológica convencional, utilizando colorações histoquímicas não-imunológicas.
Resumo e explicação
2+
A S100 é uma família de múltiplos genes de proteínas de baixo peso molecular (Mr entre 9 000 e 13 000) ligadas a Ca . A família é composta por 19 membros expressos
diferencialmente num grande número de tipos de células. Assim, a S100B (anteriormente S100β) é mais abundante nas células gliais do sistema nervoso central e periférico,
nos melanócitos, condrócitos e adipócitos, ao passo que a S100A1 (anteriormente S100A/S100α) é mais abundante nos cardiomiócitos, nas células do tecido músculo-esquelético de contração lenta, nas células epiteliais salivares e nas células renais. Adicionalmente, a S100B encontra-se nas células tumorais e nas subpopulações dos
neurónios, ao passo que a S100A1 também foi detetada nos neurónios hipocampais. A S100A6 é expressa pelos fibroblastos e pelas células do músculo liso e do músculo
cardíaco (1).
2+
Os membros da família S100 foram implicados na regulação dependente de Ca de uma variedade de atividades intracelulares, por exemplo, a fosforilação de proteínas, a
proliferação de células (incluindo a transformação neoplásica) e a diferenciação (2).
Reagente fornecido
Fração de imunoglobulina purificada de antissoro de coelho fornecida na forma líquida. Em 0,1 mol/L de NaCl, 15 mmol/L de NaN 3, pH 7,2.
Concentração de proteínas em g/L: consultar a etiqueta no frasco.
A variação de título do anticorpo entre lotes diferentes é inferior a 10%, conforme medido por imunodifusão radial única. Isto é conseguido, ajustando o título de cada lote
individual de modo a corresponder ao título de uma preparação de referência mantida a -80 °C.
Imunogénio
S100 isolada do cérebro da vaca.
Especificidade
O anticorpo foi absorvido em fase sólida com plasma humano e proteínas do soro da vaca.
2
Na imunoeletroforese cruzada utilizando 50 µL de anticorpo por cm de área de gel, não se observa nenhuma reação com 2 µL de plasma humano e 2 µL de soro da vaca. O
anticorpo apresenta um pico duplo distinto (S100) com extratos de cérebro humano e de vaca. Coloração: Coomassie Brilliant Blue.
Na análise ELISA indireta, o anticorpo não mostra qualquer reação com o plasma humano e com o soro da vaca.
Na análise Western Blotting das proteínas S100 recombinantes humanas purificadas, o anticorpo marca fortemente a S100B, fracamente a S100A1 e muito fracamente a
S100A6. Não foi observada reação com as outras proteínas S100 testadas, a S100A2, a S100A3 e a S100A4 (3).
Tal como demonstrado por imuno-histoquímica em tecidos fixados em formol, o anticorpo apresenta reatividade cruzada com a proteína equivalente à S100 no gato, no
cavalo, no rato e no porco. Adicionalmente, reage fortemente com a S100 no homem e na vaca.
Precauções
1. Para utilizadores profissionais.
2. Este produto contém azida de sódio (NaN 3), uma substância química altamente tóxica na forma pura. Em situações de concentração do produto, embora não sendo
classificada como perigosa, a azida de sódio pode reagir com as canalizações de chumbo e de cobre, formando acumulações de azidas metálicas altamente explosivas.
Adicionar água abundantemente ao eliminar o produto para evitar a acumulação de azida metálica na canalização.
3. Tal como com qualquer produto de origem biológica, deverão seguir-se procedimentos de manuseamento adequados.
4. Usar equipamento de proteção pessoal adequado para evitar o contacto com a pele e os olhos.
5. A solução não utilizada deverá ser eliminada em conformidade com as regulamentações locais, nacionais e comunitárias.
Conservação
Conservar entre 2 e 8 °C. Não utilizar após o fim da data de validade impressa no frasco. Se os reagentes forem conservados em condições diferentes das especificadas, o
utilizador deverá verificar essas mesmas condições. Não existem sinais óbvios que indiquem a instabilidade deste produto. Por isso, devem processar-se controlos positivos
e negativos simultaneamente com as amostras do doente. Caso se observe uma coloração inesperada que não possa ser explicada pela variação nos procedimentos
laboratoriais e se suspeite da existência de um problema com o anticorpo, contactar a Assistência técnica Dako.
Preparação das amostras
Cortes de parafina: o anticorpo pode ser utilizado para marcar cortes de tecido impregnados em parafina, fixados em formol. Recomenda-se a utilização de recuperação
antigénica induzida por calor em Dako Target Retrieval Solution, referência S1700, ou 10 mmol/L de tampão citrato, pH 6,0. As secções de tecido não devem secar durante
o tratamento nem no procedimento de coloração imuno-histoquímica seguinte.
Cortes congelados e preparações celulares: em cortes congelados, a molécula S100 altamente solúvel tende a apresentar uma distribuição aberrante ou eluir do tecido.
Procedimento de coloração
Diluição: o Polyclonal Rabbit Anti-S100, referência Z0311, pode ser utilizado numa diluição de 1:400 quando aplicado em cortes fixados em formol e impregnados em
parafina e utilizando uma recuperação antigénica induzida por calor de 20 minutos em Dako Target Retrieval Solution, referência S1700, e 30 minutos de incubação à
temperatura ambiente com o anticorpo primário. As condições ideais poderão variar dependendo das amostras e do método de preparação, devendo ser determinadas por
cada laboratório. O controlo negativo recomendado é o Dako Rabbit Immunoglobulin Fraction (Solid-Phase Absorbed), referência X0936, diluído com a mesma concentração
de proteínas que o anticorpo primário. A não ser que a estabilidade do sistema de testes utilizado tenha sido estabelecida anteriormente, recomenda-se a diluição do produto
imediatamente antes da utilização ou a sua diluição no Dako Antibody Diluent, referência S0809.
Visualização: são recomendados os kits Dako EnVision™+/HRP, referências K4008 e K4010.
Automação: o anticorpo é adequado para a coloração imuno-histoquímica utilizando plataformas automatizadas, tais como o Dako Autostainer.
Características de desempenho
As células marcadas pelo anticorpo apresentam uma coloração limitada ao citoplasma.
Tecidos normais: a marcação positiva com o anticorpo é observada em algumas células de Langerhans e nos melanócitos da pele, nas células reticulares interdigitantes dos
nódulos linfáticos, nas células reticulares epiteliais medulares do timo, nos condrócitos do tecido cartilaginoso, adipócitos em algumas, mas não em todas as, biopsias, nas
células mioepiteliais das glândulas salivares e da mama, nas células foliculares estrelares da glândula pituitária e nas células de Schwann e nas células gliais do tecido
nervoso. A marcação fraca encontra-se nas células epiteliais das glândulas mamárias e sudoríparas. É observada uma reação negativa com o anticorpo nos hepatócitos
(104923-004)
Z0311/PT/SSM/2014.03 p. 1/2
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normais, no epitélio do ducto biliar, no epitélio da vesícula biliar, nos epitélios do esófago, estômago e intestinos delgado e grosso, nos epitélios renais e nas células
uroteliais e endoteliais (4).
Tecidos anormais: dos melanomas malignos, 31/31 (100%) dos melanomas cutâneos convencionais, 23/24 (96%) dos melanomas metastáticos, incluindo 10 melanomas
malignos amelanóticos, 6/6 melanomas malignos desmoplásticos e 1/1 melanoma maligno mixoide foram marcados pelo anticorpo. Em 30 casos de nevos benignos e 15 de
nevos displásicos, foi observada uma marcação universal homogénea em todos os casos (5). Noutro estudo de melanomas cutâneos malignos primários (6), 67/67 (100%)
dos casos foram positivos com o anticorpo, incluindo 5/5 tumores desmoplásicos e de células fusiformes. Em 27 casos de histiocitose de Langerhans, 88,5% foram
marcados pelo anticorpo. Estes incluíam a doença localizada e disseminada (7). Dos 30 condroblastomas examinados, todos demonstraram uma forte marcação dos
condroblastos com o anticorpo (8). Dos schwanomas benignos típicos, 12/12 foram positivos com o anticorpo, bem como 2/4 schwanomas malignos. Dos neurofibromas, 6/6
demonstraram uma expressão fraca da S100, exceto para algumas células isoladas e uma série de processos celulares tipo enguia distintamente positivos (1). Digno de
nota é que a S100 foi expressa por 15 dos 133 neoplasmas cutâneos primários não melanocíticos, por exemplo, 7/16 carcinomas écrinos, 2/8 carcinomas viscerais
metastáticos, 2/2 schwanomas malignos e 4/5 leiomiossarcomas (6). Dos adenocarcinomas primários, 24/25 (84%) dos adenocarcinomas do ovário, 12/15 (80%) da
glândula salivar, 28/36 (78%) do endométrio, 15/23 (65%) renais, 12/20 (60%) da mama, 7/28 (25%) do cólon/reto, 2/10 (20%) do estômago e 2/27 (7%) adenocarcinomas
dos pulmões foram marcados positivamente pelo anticorpo. Os adenocarcinomas do esófago, vesícula biliar, pâncreas e próstata foram todos negativos neste estudo. A
maioria dos neoplasmas primários que expressaram a S100 também foi positiva para esta proteína nos focos metastáticos (9). Dos rabdomiossarcomas, 7/60 (12%) foram
marcados pelo anticorpo. Os tumores positivos para a S100 também foram positivos à vimentina e desmina (10).
Referências
1.
Gould VE, Moll R, Moll I, Lee I, Schwechheimer K, Franke WW. The intermediate filament complement of the spectrum of nerve sheath neoplasms. Lab Invest
1986;55:463-74.
2.
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3.
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4.
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Wick MR, Swanson PE, Rocamora A. Recognition of malignant melanoma by monoclonal antibody HMB-45. An immunohistochemical study of 200 paraffin-embedded
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7.
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8.
Edel G, Ueda Y, Nakanishi J, Brinker KH, Roessner A, Blasius S, et al. Chondroblastoma in bone. A clinical, radiological, light and immunohistochemical study. Virchows
Arch A Pathol Anat 1992;421:355-66.
9.
Herrera GA, Turbat-Herrera EA, Lott RL. S-100 protein expression by primary and metastatic adenocarcinomas. Am J Clin Pathol 1988;89:168-76.
10. Coindre J-M, de Mascarel A, Trojani M, de Mascarel I, Pages A. Immunohistochemical study of rhabdo-myosarcoma. Unexpected staining with S100 protein and
cytokeratin. J Pathol 1988;155:127-32.
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