A VIAGEM ASTRAL

Transcrição

A VIAGEM ASTRAL
A VIAGEM ASTRAL
Fernando Bisker - Miami
O livro Imrei Shefer (do R. Shmuel Pinchassi Shlit”a baseado no Rabeinu Bechai Zt”l) explica
que, em alguns momentos de sonolência, a alma da pessoa deixa — em parte — o corpo,
permanecendo conectada por uma suave ligação espiritual, pairando no ar. Seus conhecidos
— os que possuam uma sensibilidade espiritual refinada — podem enxergá-la, com a mesma
imagem exata do seu corpo. Depois desta jornada, a alma retorna, intacta, ao corpo.
Uma pessoa que alcança um nível espiritual elevado (pelo viés da pureza) pode enviar esta
parte da sua alma, no momento da sonolência, para o lugar que desejar, inclusive para os
planos espirituais superiores. Assim faziam nossos sábios. Existe um corpo fino e suave com a
aparência do próprio corpo físico. Em sua pós-vida, constituirá também a aparência de sua
alma.
Os sábios cabalistas utilizavam da viagem astral para trocar idéias com outros sábios e
esclarecer temas referentes aos seus estudos. Consta no livro Shivchei Rabi Chaim
Vital (página 7) que, diversas vezes, árabes em Jerusalém visualizavam um vulto que tinha a
aparência do Rabi Chaim Vital Zt”l no local onde estivera construído o Grande Templo.
Perguntaram o que isso significava, e ele respondeu: “Uma vez que atualmente está proibido
para os integrantes do Povo de Israel entrar no local do Grande Templo, para esclarecer
determinados temas, eu envio a minha alma para que me traga as informações desejadas.”
(Imrei Shefer em nome de Tikvat HaSheni) .
No momento em que a alma de uma pessoa abandona o seu corpo, aquele que o presenciar (e
que tiver uma sensibilidade espiritual elevada) verá uma imagem — como uma sombra com o
formato desta pessoa — elevando-se, saindo do corpo e desaparecendo. (Imrei Shefer, na
continuação)
Nossos sábios sabiam como utilizar a viagem astral de forma pura e correta, sem causar para
eles danos. Nos dias de hoje, no entanto, é mais prudente não fazê-lo, pois há o perigo da
entrada em um campo de atuação desconhecido. Sem estar consciente do risco, pode haver
uma exposição desnecessária a forças destrutivas, e uma situação passível de dano. (baseado
em conversas com estudiosos da Torá)
Aqueles que praticam a viagem astral relatam que, ao deixar seu corpo, percebem a existência
de um cordão que conecta o corpo à projeção da alma. Este cordão é conhecido como “cordão
de prata,” e sabe-se que ele se desconecta do corpo somente no momento da morte.
Interessante notar que, em uma de nossas escrituras, quando são narradas as etapas do corpo
ao aproximar-se do momento da morte, a seguinte expressão é utilizada: “Lembra-te de Quem
te Criou [também] em tua juventude... antes que cheguem os duros dias... e chegarão os anos
quando dirás que não tens mais gosto [à vida]... antes de chegar o momento em que o cordão
de prata romper... (Kohelet 12, 1 e 6).”