desenvolvimento de formulação cosmética semi
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DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÃO COSMÉTICA SEMI-SÓLIDA UTILIZADA PARA PERFUMAR O CORPO Brenda Paula Batista Magalhães Rousana Ferreira de Sousa RESUMO A presente pesquisa tem como objetivo desenvolver uma formulação cosmética semi-sólida utilidade para perfumar o corpo. Os cosméticos e perfumes são elaborações constituídas por substâncias sintéticas ou naturais, que se destinam ao contato com as partes superficiais do corpo humano como epiderme, sistema piloso ou capilar, lábios, unhas, órgãos genitais externos, dentes e mucosa da cavidade oral. O seu objetivo principal é perfumar, limpar, alterar e corrigir odores corporais, bem como proteger e conservar em bom estado. O desenvolvimento de uma formulação cosmética é um trabalho meticuloso onde estão reunidos inúmeros conceitos, a mesma é uma mistura complexa de ingredientes no qual vários fatores são levados em consideração. Critério na seleção de matéria-prima, processo de fabricação, fragrância, embalagem para acondicionamento, apresentação do produto ao público alvo e custo-benefício entre outros. O presente estudo desenvolveu um cosmético semi-sólido para a perfumação do corpo destinado à comercialização em escala industrial. A Legislação e Normas Vigentes segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), foram consultadas para o desenvolvimento do perfume semi-sólido. A partir de amostragem foram realizadas as análises como ensaios organolépticos e físico-químicos, que foram determinantes para a qualidade do produto final. A estabilidade do cosmético desenvolvido foi realizada através de estufa e refrigerador em ciclos alternados com variações de temperatura. De acordo com os resultados obtidos, o produto desenvolvido apresenta características satisfatórias em termos de estabilidade e aspectos sensoriais. Finalmente, com o seguimento arrisco de todas as normas estabelecidas pela ANVISA para o controle tanto no desenvolvimento quanto na produção do cosmético, o mesmo proporcionou qualidade e segurança ao consumidor, sendo encaminhado para o mercado em escala industrial. PALVRAS-CHAVE: ANVISA, Cosméticos e Perfume. INTRODUÇÃO Cosméticos e perfumes são definidos pela legislação vigente como preparações constituídas por substâncias sintéticas ou naturais, que se destinam ao contato com as partes superficiais do corpo humano como epiderme, sistemas piloso ou capilar, lábios, unhas, órgãos genitais externos, dentes e mucosa da cavidade oral. O objetivo principal dos cosméticos e do perfume é perfumar, 2 limpar, alterar e corrigir odores corporais. A segurança oferecida pelos mesmos ao consumidor torna-se indispensável, visto que para tais produtos, todos tem acesso. A legislação não se preocupa unicamente com a atuação do cosmético, mais igualmente com os problemas de defesa do consumidor e de saúde pública. Assim, existem referências à rotulagem, aos requisitos de qualidade, às atividades industriais e aos meios técnicos de produção e controle, com evidência para obrigação de um responsável técnico. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é o órgão regulamentador, apresenta listas de substâncias proibidas ou permitidas em determinadas porcentagens, como por exemplo, conservantes e corantes entre outros. O controle de qualidade não pode apenas estar restrito ao laboratório, mas sim, em todo o âmbito relacionado ao produto, desde a entrada de matéria-prima na indústria até o produto acabado (ANVISA, 2007). Segundo Ashcar (2008), a partir de 1900, o perfume se tornou efetivamente um produto industrial, produzido em grande escala, o que antes era feito apenas para um número limitado de pessoas, passa a ser artigo indispensável na rotina das pessoas, dando assim o início de uma nova etapa da perfumaria. Grandes marcas começam a se destacar e ainda hoje ditam tendências mundiais no âmbito olfativo tais como Chanel e Christian Dior. Devido ao crescimento extremamente significativo da área de perfumaria na cosmetologia, a ANVISA exige o cumprimento de diretrizes regulamentadoras para evitar e prevenir os riscos na qualidade e segurança dos produtos. Neste contexto, o presente estudo formulou e desenvolveu um cosmético semi-sólido utilizado para perfumar o corpo, com características organolépticas e físico-químicas de acordo com as exigências do órgão público regulamentador ANVISA, e foi inserido no mercado em escala industrial. OBJETIVOS Objetivo geral O presente projeto de pesquisa tem como objetivo geral desenvolver uma formulação cosmética semi-sólida utilizada para perfumar o corpo, com sensorial confortável e emoliente que agrade e satisfaça o consumidor. 3 Objetivos específicos • Desenvolver e formular um cosmético semi-sólido emoliente com óleos essenciais para perfumar o corpo; • Realizar testes de estabilidade com a formulação desenvolvida; • Avaliar os resultados obtidos com a estabilidade acelerada. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A história da perfumaria A palavra perfume origina-se do latim que significa fumaça ou através de fumaça. As plantas e seus componentes: raízes, caules, folhas, flores e frutos, são usados há muito tempo pela humanidade para fins religiosos e medicinais. O homem moderno só ganhou forma e vida a cerca de 50 mil anos. A partir, de então começou a fazer uso das plantas. Desde as civilizações antigas o homem já tinha conhecimento do fogo e modificava o odor da fumaça pela adição de plantas para fazer oferenda aos deuses. A invocação dos espíritos do céu era realizada por meio de cremação de ervas em rituais, e o incenso era considerado o alimento dos deuses. Na era polida, os homens organizados em tribos, aprenderam a cultivar as plantas e a extraírem os óleos graxos de gergelim e oliva vegetais através de pressão executada por meio das pedras, transformadas em utensílios. Já os egípcios consideravam o coração como o altar e o corpo como o templo da alma, o complexo processo de mumificação que abrange banho com unguentos, essências aromáticas e unções alquímicas, era executado durante 70 dias para preservar faraós e sacerdotes, preparandoos para entrada no reino da morte. Também, desenvolveram a técnica de produção de papiro, quando foram registrados os conhecimentos a respeito do uso medicinal de ervas (CORAZZA, 2002). Os papiros de Ebers e Edwin-Smith, expostos no museu de Leipzig, na Alemanha, oriundo da primeira dinastia, indicam fórmulas compostas por aproximadamente 125 ervas e óleos essenciais, entre eles podemos citar a canela, cardamomo, mostarda, gergelim, açafrão, semente de papoula entre outros. De acordo com o historiador e egiptólogo francês Pierre Montet, os 4 cuidados com a aparência física atingem o auge no reinado dos Ramsés, quando os egípcios perfumavam a água de banho com ervas aromáticas em cuja composição predominava o olíbano, vindo da Somália. O banho instituía um ritual realizado pela manhã e antes das principais refeições, mas quem eternizou a perfeição na arte da perfumação sedutora foi Cleópatra, amante do imperador romano Júlio César e depois esposa do general também romano Marco Antonio, que usava perfumes especiais, feitos com óleo essencial extraído das flores de henna, açafrão, menta e zimbro (CORAZZA, 2002). Na Babilônia, o uso de óleos essenciais, principalmente de cedros fazia parte da rotina de cuidados com a saúde, sendo que sumérios, egeus, assírios, caldeus e persas também compartilhavam deste conhecimento. Ao construir os Jardins Suspensos, o rei Nabucodonosor ordenou que plantassem alecrim e açafrão junto das rosas. O surgimento e a ativação do comércio civil levaram ao abrandamento da organização agrária e ao declínio dos feudos, marcando o início da fabricação dos perfumes de forma mais organizada. Por volta do ano de 1200 d.C., o rei Felipe Augusto II reconhece a profissão de perfumista, concedendo licença para abertura para locais característicos destinados à comercialização das essências criadas. Com esse apoio, surgem as primeiras escolas de aprendizes e oficiais, de onde saem os mestres da profissão, que passam também a supervisionar os trabalhos de prensagem, maceração e combinações de ingredientes para formular as composições olfativas (CORAZZA, 2002). Para Ashcar (2008), tal atitude de reconhecimento oficial, foi apoiada, e expandida nos séculos seguintes em 1582 d.C., por Henrique III, que na ocasião casado com Catarina Médicis, uma nobre florentina que trabalhava na Officina Profumo di Santa Maria Novella, em cuja matriz os frades dominicanos produziam essências, pomadas, bálsamos e outros preparados medicinais desde 1221 d.C. Quando se casaram, Henrique e Catarina se mudaram para a França e levaram consigo seu perfumista pessoal, Renato Bianco, conhecido como René Blanc, ele aferiu a França lições na arte da perfumaria e instituiu a primeira butique de perfumes em Paris, o que deu impulso definitivo à produção e comercialização de itens aromáticos, e por Luis XIV, conhecido como o “Rei Sol”, que era muito sensível a odores e tinha um perfume para cada semana. Foi ele e sua amante Madame de Pompadour, que estimularam a difusão do perfume da França por toda a Europa. Isso porque ela ditava a moda, a beleza e a arte da época, contam os historiadores, que ele gastava horas no toalete, banhando-se com sabonetes de lavanda e incrementava o penteado com pomadas perfumadas. Com o generoso estímulo ao seu amante, ela encorajou a prosperidade 5 da cidade de Grasse que passou da produção artesanal para a produção industrial em grande escala de produtos e derivados aromáticos. Luís XIV, por meio de admirável cerimonial procurou acirrar sua realeza no admirável Palácio de Versalhes, que instituiu para si a sua corte. Foi uma época de amplo brilhantismo social e cultural, mas tanto o rei quanto a sua refinada corte pareciam ter perdido de contínuo toda e qualquer noção de higiene, tornando os banhos inexistentes. Marcial então foi escolhido como perfumista da corte, cujo mandato era criar diferentes composições olfativas para cada dia da semana, a fim de perfumar os aposentos reais e dissimular os odores desagradáveis. Este foi um bom período para os perfumistas, que, de certa forma, pelos conhecimentos químicos e de rudimentos extraídos de vegetais e animais, traziam também saída para dor de dentes e outras enfermidades. Mas não foi na pequena cidade Grasse no sul da França que começou a jornada mundial da Água de Colônia. A história nos diz que foi o italiano Jean-Marie Farine que registrou na cidade de Colônia na Alemanha um produto de nome Kölnisch Wasser, que era feito com essências naturais como neroli, bergamota, lavanda e alecrim diluídos em álcool neutro, e forçou os perfumistas a desenvolverem novos temas para suas composições olfativas. Esse produto produzido por Jean era usado por Napoleão Bonaparte que foi o responsável por colocar a França à frente nas pesquisas científicas e na produção de artigos luxuosos. A família Bonaparte teve outra personalidade ilustre no mundo dos aromas, a alinhada espanhola Eugênia, esposa de Luis Bonaparte, sobrinho de Napoleão. A imperatriz lançou um novo estilo de perfume, o Eau Impériale, uma mistura de notas cítricas e lavanda, era considerada reanimadora para as pobres mulheres da época, que sofriam com espartilhos. A fragrância foi criada em 1861 d.C., por Guerlain que tinha no frasco o brasão dos Bonaparte (ASHCAR, 2008). E é no século XX que os laboratórios começaram a pesquisar matérias-primas sintéticas, promovendo a aquisição de produtos para a indústria em grande escala. Em 1920 d.C., com a obtenção de aldeídos, o mundo perfumístico ganha uma importante família de elementos químicos tendo como resultado, a criação de Chanel nº 05 (um dos perfumes mais vendidos do mundo). Nessa mesma época, o químico Maurice René de Gattefossé começa seu trabalho com óleos essenciais em cosméticos, dando início ao termo aromacologia. O mesmo sofreu severas queimaduras no laboratório, recuperando-se em passo acelerado ao usar o óleo essencial de lavanda para antecipar a cicatrização dos tecidos cutâneos (CORAZZA, 2002). 6 Matérias-primas para o desenvolvimento de formulação cosmética O desenvolvimento de uma formulação cosmética deve ser sempre iniciado, pela consulta prévia dos ingredientes que compõem a formulação na legislação vigente da ANVISA. A mesma determina que os fabricantes de matérias-primas disponibilizem documentação comprobatória atestando que o insumo atende a legislação que compreendem: Boletins Técnicos, que deve demonstrar as características físico-químicas da matéria-prima, o FISP (Ficha de Segurança de Produtos Químicos), onde são indicados ao meio ambiente. Laudo Analítico que deve ser emitido lote a lote, indicando as características físicas e químicas analisadas, seus parâmetros e os métodos aplicados e a Identificação do fabricante contendo claramente o nome e o endereço do fabricante (GOUVÊA, 2007). Para Barata (2003), mesmo que as indústrias químicas forneçam constantemente novas substâncias e as possibilidades de escolha sejam enormes, as matérias-primas utilizadas em cada fórmula são bem reduzidas. Veja algumas regras básicas para a escolha e seleção das matériasprimas: • Ausência de substâncias tóxicas (sais e metais pesados); • Ausência de sustâncias irritantes (cáusticas); • Ausência de substâncias alérgicas; • Ausência de substância com caráter cancerígeno (certos corantes); • Características organolépticas adequados (cor, odor, etc.); • Ausência de contaminação microbiológica ou alterações. As matérias-primas podem ser de origem dos reinos mineral, vegetal, e semi-sintéticas ou de síntese da indústria química. A vaselina líquida é hidrofóbica, não oxida nem saponifica. O óleo de palma igualmente chamado de manteiga de palma é extraído do fruto da Elacis guinancis, uma palmeira. É um óleo espesso pegajoso de cor amarelado com odor de violeta pouco intenso. Após o processo de hidrogenação passa para o estado sólido onde a temperatura do corpo humano se dissolve. A cera de carnaúba é obtida por fusão das raspas cerosas da parte inferior das palmeiras, principalmente da Copérnica cerífera. Tem a cor amarelada seu, ponto de fusão varia entre 80 e 85°C, razão pela qual é utilizada para aumentar o ponto de fusão de outras gorduras, quando acrescentadas em determinadas proporções. Oferece aspecto de brilho. Os materiais graxos de origem vegetal ou animal, base de numerosas preparações cosméticas, são 7 aptos à oxidação, pois contêm triglicérides mais ou menos instauradas. A oxidação resulta da incorporação do oxigênio do ar numa reação química, devido à presença de bactérias e fungos, por essa razão se recomenda o uso de antioxidantes nos óleos que apresentam facilidade em oxidar-se, evitando assim, inconvenientes (BARATA, 2003). Todos os métodos de preservação tem como finalidade impedir ou diminuir alterações prejudiciais provocada pela ação de microorganismos ou fungos. Quando um microorganismo se introduz numa preparação cosmética, no decorrer da fabricação, encontra aí as condições ideais para o seu desenvolvimento e multiplicação. O emprego de um preservante no produto é de necessidade fundamental, sob pena deste se tornar em passo acelerado inutilizado ou de sua aplicação vir a ser menos aconselhável. As preparações cosméticas são sujeitas a tratamentos físicos para preservação, só se mantêm estáveis se forem sujeitas à proteção por acondicionamento esotérico do recipiente que as contém. Após a abertura do recipiente, a preparação já não está mais protegida e, portanto, sujeita à contaminação. Os principais métodos físicos de contaminação são calor, frio, dessecação e irradiação. A preservação química apresenta vantagens em relação à física, por manter sua capacidade protetora, após a preparação do produto, precede-se a incorporação de substâncias químicas que protegem a preparação contra as alterações bacterianas e fúngicas, mesmo quando aquela está exposta a contaminações repentinas, que podem acontecer tanto durante o acondicionamento como no decorrer da utilização. Os preservantes mais usados são os ésteres de ácido p-hidroxibenzóico (metil e propil parabenos), além dos mais específicos como ácido ascórbico, ácido sórbico entre outros. Embora os preservantes químicos ofereçam uma proteção de uso, não se deve esquecer do fato de que o poder antibacteriano ou antifúngico diminui com a contaminação, e ainda, se a mesma for no processo de fabricação (matérias-primas contaminadas), a ação do conservante é ligeiramente atenuada e a vida do produto também. É nesse conceito que se baseiam as regras de boa qualidade que consiste em trabalhar com boas matérias-primas e nas melhores condições de higiene (BARATA, 2003). Segundo Barata (2003), as matérias-primas utilizadas tradicionalmente na produção dos cosméticos são, na maior parte dos casos, usadas na indústria farmacêutica. No entanto, a invariável busca por novidades tem dado origem ao aparecimento de um número continuamente maior de novas substâncias de utilização quase peculiar da cosmética. Na maioria das vezes, pretende-se um resultado específico e característico com um produto cosmético. Destinado à 8 aromatização do corpo, o perfume é um produto cosmético muito antigo e de uso essencial entre toda a população mundial. Composição aromática de perfumes Ashcar (2008) afirma que a criação de um perfume é uma arte comparável à composição de uma música, exige inspiração, harmonia, mistério e, principalmente, sensibilidade. O perfumista usa a fábula e o nariz para criar fragrâncias memoráveis, que podem incorporar até 300 matériasprimas. É capaz de apontar mais de três mil cheiros e consegue combiná-las em quantidade indefinida de fórmulas. Como um maestro compõe as diferentes notas, e a sua mistura resulta no acorde ou na harmonia da fragrância, imaginando o papel que cada ingrediente terá em sua composição olfativa. A força de um perfume depende de concentração de extratos aromáticos empregados em sua composição, transformar essa mistura em sucesso está nas mãos dessa categoria restrita e valiosa de profissionais. O “bom nariz” se desenvolve desde a infância, existe uma ligação forte entre as coisas que acontecem durante a vida e os cheiros que o acompanham. A harmonia das composições aromáticas Há uma infinidade de ingredientes que podem ser usados para criar um perfume, natural ou sintético, conferem à fragrância a sua mais pura essência. As flores são efetiva e definitivamente as principais fontes de inspiração para os perfumistas na criação de uma nova fragrância. No entanto, o óleo essencial usado na elaboração de um perfume pode vir também de raiz, caule, sementes, folhas, resinas, cascas de árvores, entre outros, que proporciona um leque indefinido de combinações. A laranjeira, por exemplo, oferecem o neroli (extraído das flores), óleo cítrico (extraído da fruta) e o petitgrain (oriundo das folhas e galhos). Em meio a tantas possibilidades, cabe ao perfumista decifrar harmoniosas composições, combinações e interpretar o segredo da transformação que cada nota irá suscitar em um novo acorde, ou seja, em uma nova fragrância. Há um século existiam apenas cerca de 150 substâncias que poderiam ser empregados na fórmula de uma fragrância, hoje em dia, esses números saltou para mais de mil extratos naturais e graças à química, existem atualmente mais de 3000 substâncias sintéticos que são à base de muitos perfumes (ASHCAR, 2008). 9 Ingredientes naturais De acordo com Corazza (2002), atualmente existem uma gama enorme de ingredientes naturais que podem se incorporadas em perfumes, dentre os quais podemos destacar: Flores, não são por acaso que fragrância é praticamente o sinônimo de flor, é com o seu aroma que a maioria dos perfumistas compõe suas criações. Rosas e jasmim, por exemplo, são considerados os pilares da perfumaria. Tuberosa, ylang ylang e flor de laranjeira, ou neroli, também tem o seu lugar de relevo, outras espécies se juntam nessa preciosa fonte de inspiração, como calêndula, champaca, fragipane, gardênia, gerânio, íris, jacinto, lavanda, lilás, frésia, lírio, lírio de vale, madressilva, narciso, mimosa, osmanthus e violeta. Osmanthus é uma flor nativa da China e tem um delicioso aroma frutal de damasco. Champaca pertence à família das magnólias, é encontrada na Índia, e é bastante usada nos perfumes tradicionais. Frangipani é uma espécie tropical nativa da Índia, também conhecida como plumeria. Raízes e rizomas, resultam em essências notáveis como gengibre, valeriana e vetever. Este, muito usado na perfumaria, é um tipo de planta com raízes fortes e fibrosas que oferecem o cheiro de terra com um toque amadeirado. Já o orris, obtidos dos rizomas infecundo de íris por meio da destilação, resulta em uma manteiga de perfume abundantemente delicado. Como é muito valioso, é raramente empregado. Folhas e raízes, são mais de 300 variedades diferentes que emprestam seu cheiro a perfumaria, entre elas, destacam-se as folhas de violeta, gerânio, cálamo, figo, cipreste, murta, cedro, petitgrain, tabaco e eucalipto. Outro personagem importante dessa categoria é o patchuli, cujo óleo essencial extraído das folhas e do caule é um extravagante item de muitos dos aromas estáveis, bem como as resinas e os bálsamos que são substâncias extraídas de certas árvores que se transformam em cristais, dentre os mais conhecidos estão os olíbanos. A mirra é uma resina obtida de um arbusto que é encontrado na África e no Oriente. Benjoim é uma essência balsâmica extraída da árvore estoraque. Galbano é uma resina de cheiro verde. Opopânace, ao mesmo tempo conhecido como mirra doce ou mirra bisabolol, tem o odor doce e alavandado, e era um dos aromas favoritos do rei Salomão, filho do rei Davi. Bálsamo-de-tolu é originário de uma árvore nativa do Peru, cuja resina lembra aroma de baunilha e canela. Bálsamo do copahu (ou copaíba) é uma planta nativa da África do Sul e tem um cheiro suave doce e balsâmico. Elemi é 10 uma resina que oferece um cheiro com características cítricas e frescas. Labdanum é uma resina obtida da espécie cistus, seu odor é doce idêntico ao ambergris, pode ser empregado como acorde de couro. Semente e grãos, esses elementos trazem um estilo muito especial para a perfumaria, e entre eles estão o ambrette, cardamomo, cominho, coentro, feno grego e fava-tonka, um toque de vagem nativa do Brasil com cheiro similar ao da baunilha, mas com um toque de cravo, canela e amêndoas. O ambrette tem um odor similar ao do musk. Em relação às frutas, as cítricas são as mais empregadas desde os primórdios das águas de colônia, o destaque vai para o abacaxi, ameixa, amêndoa, amora, bergamota, cereja, coco, damasco, framboesa, groselha, laranja, limão, mandarina, manga, pêssego, toranja, e yuzu, fruta cítrica nativa do Japão, cujo aroma transmite entre o grapefruit e a mandarina. Especiarias, condimentos, e ervas aromáticas, conferem toque especiario ou condimentado às fragrâncias, são usados com bastante frequência nos perfumes destinados ao público masculinos e com saídas mais refrescantes. Alecrim, anis, artemísia, baunilha, canela, citronela, cominho, cravo dill, erva-cidreira, estragão, louro, manjericão, manjerona, menta, nozmoscada, orégano, pimenta, sálvia, tomilho, verbena e zimbro são exemplos que podemos citar. Ingredientes sintéticos A perfumaria contemporânea começou por volta do século XX, quando a química ofereceu novas escolhas de materiais aos perfumistas, os aromas sintéticos, isto é, réplicas dos naturais, que permitiam inúmeras combinações antes duvidosas. Um bom exemplo desses ingredientes são os aldeídos, substâncias que fixam as fragrâncias das flores, o que possibilita o uso de matériaprima natural em menor quantidade. O sucesso de Chanel nº 05, criado em 1921 pelo perfumista Hernest Beax, foi devido à porção excessiva de compostos orgânicos aldeídicos usado na formulação, isso porque o efeito que esse perfume produz de duração na pele jamais seriam alcançadas apenas com substâncias naturais. Desde então, as pesquisas caminham rapidamente e novos métodos elaborados de análises revelam segredos da natureza capazes de abrir novos horizontes para a indústria da área de perfumaria (ASHCAR, 2008). 11 Os aldeídos são compostos orgânicos que apresentam o grupo carbonila na extremidade da cadeia carbônica, que tem a propriedade de desnaturar proteínas tornando-as mais resistentes à decomposição natural (SOLOMONS; FRYHLE, 2005). Quando identificamos os compostos de um óleo essencial, possivelmente será possível a obtenção do mesmo para fabricá-lo sinteticamente tornando assim mais barato e acessível à indústria. Existe também a possibilidade de síntese de novos compostos com aroma parecido ao natural, entretanto, apresentam estruturas completamente diferentes. A Figura 1 apresenta a fórmula estrutural de um composto sintético utilizado na perfumaria (Limoeiro), com característica cítrica (DIAS; SILVA, 1996). . Figura 1: Fórmula estrutural do Limoeiro. Fonte: DIAS; SILVA, 1996. A sintonia das notas olfativas Ao abrir um frasco, é possível sentirmos várias misturas de odores. A fragrância final é alcançada, na verdade, por meio lento e gradual de notas olfativas, um processo habilidoso e curioso. O olfato é considerado o sentido mais elementar e talvez o mais apurado dos seres humanos. Facilmente, ao lidar com tão precioso sentido, a criação de um perfume só poderia ser 12 considerada uma arte, e é na música que encontramos a principal relação com a linguagem da perfumaria moderna. Todo aroma em si é chamado de nota e seu blend (mistura), é conhecido como arcode ou harmonia de uma determinada fragrância. Essas sinfonias aromáticas tem seu próprio ritmo olfativo, graças às notas de saída, notas de corpo e notas de fundo. Elas precisam estar em balanceamento sutil e delicado, para que uma não se sobre-saia a outra gerando assim uma desarmonia entre as notas. Esse balanceamento das notas pode ser demonstrado, de forma clara e específica em uma pirâmide olfativa como mostra em detalhes a Figura 2, nela podemos identificar visivelmente todas as notas olfativas que compõem um determinado perfume (ASHCAR, 2008). Figura 2: Pirâmide olfativa Fonte MANE, 2009. Na ponta da pirâmide estão as notas de saída mais voláteis do composto, aquelas matériasprimas que evaporam primeiro, tem maior difusão e não tem percepção de qual é o cheiro que estamos experimentando, duram apenas poucos minutos depois se sublimam. Os óleos essenciais de bergamota, limão, laranja, lavanda, petit-grain, encontram-se nessa categoria denominadas 13 notas de topo, de saída ou de cabeça do perfume. O meio da pirâmide refere-se às matériasprimas de volatilidade e tenacidade intermediária, que são a alma do perfume, permanecendo até 4 horas após a aplicação e evaporando-se mais lentamente. Os óleos essenciais de tomilho, cravo, rosa, jasmim, ylang-ylang, patchuli, sândalo e também as notas sintéticas de aldeídos estão nessa categoria, que são denominadas notas de corpo, do meio, ou coração do perfume. No dia seguinte ou após 4 à 5 horas, podemos sentir o odor remanescente das matérias-primas mais pesadas e persistentes, de baixo ponto de evaporação e difusão lenta. Nesta categoria se encaixam as resinas de madeira e derivados animalitos. São denominadas notas de fundo ou base do perfume (CORAZZA, 2002). A força de um perfume está sujeito, essencialmente da concentração de matéria-prima utilizada em sua composição. Do ponto de vista técnico, incide em várias misturas de ingredientes voláteis dissolvidos em álcool que se alastram no ar em temperaturas habituais. A palavra perfume aplica-se somente ao tipo de composição que contém a mais alta proporção de extrato aromático com o menor teor de álcool possível, as outras combinações quase sempre levam uma pequena quantidade de água na fórmula. Essa concentração, portanto, é fator decisivo na classificação de acordo com o Quadro 1. É comum ouvir fala de tempo de duração das fragrâncias, mas o feito não é mérito do agente fixador, como há quem acredite, na verdade a fixação se deva as notas de fundo, também chamadas de notas de base. As fragrâncias densas e persistentes, capazes de atuar na composição de modo a proporcionar uma difusão mais lenta (ASHCAR, 2008). Quadro 1: Classificação dos perfumes. Classificação dos Perfumes Denominação/Classificação % do extrato Parfum (perfume, extrato) 15 a 35 Eau de Parfum ou Parfum de Toilette 10 a 18 Eau de Toilette (Água de Toilette) 5 a 10 Eau de Cologne (Água de Colônia) 3a5 Splash (deo Colônia) Até 3 . Fonte: ASHCAR, 2008. 14 As famílias olfativas De acordo com a conotação olfativa e o grau de volatilização, as matérias-primas fragrantes destinadas ao uso na indústria de perfumes são classificadas em Famílias Olfativas que compreende: Cítricas e Lavandas, que normalmente são usadas como notas de cabeça, doando leveza, frescor e vivacidade aos perfumes. Verdes/leguminosas largamente usadas nas notas de corpo, onde confere a conotação de folhas molhadas cortadas, um aroma de seiva. Aldeídicas, aplicadas como notas de fundo, dão conotações picantes. Tanto as Florais, quanto as Frutais são usadas como notas de cabeça/corpo e corpo/fundo proporcionando um odor peculiar. As Amadeiradas são aplicadas como notas de corpo/fundo, arredondando as notas de cabeça. As Especiarias são usadas com notas de corpo/fundo, dando um aspecto típico temperado. Aromáticas, compreendem as notas de cabeça/corpo/fundo, dando sensações típicas provenientes de elemento de culinária. Polvorosas e Doces apresentam características adocicadas. O óleo essencial extraído do Couro é usado como notas de corpo/fundo, dando uma conotação típica, atualmente a preferência é para base sintética, de odor animal, fenólico, lembrando o alcatrão, que remete o odor de couro. Os óleos essenciais que emitem cheiro característico de animais são usados como notas de fundo, doando sensualidade. As matérias-primas naturais estão em desuso, sendo substituídas por sintéticas. As Ozônicas e Marinhas são usadas coma notas de cabeça/corpo e de corpo/fundo, de grande poder de irritação e potência, proporcionando um odor aquático peculiar. É uma família desenvolvida nos últimos anos, formada principalmente por especialidades químicas, são matéria-primas que lembram natureza, ar, água fresca, cachoeira, mar maresia, etc., ou seja, são notas frescas leves e aquosas (CORAZZA, 2002). Extração de óleos essenciais Os óleos essenciais podem ser extraídos de deferentes maneiras, onde podemos citar a destilação a vapor onde a planta é introduzida no alambique e os princípios voláteis são encadeados pelo vapor da água, obtendo-se assim, uma substância aquosa ou oleosa perfumada. Esse método é utilizado para plantas cujas essências não são modificadas pela temperatura. Existem também por enfloração onde as flores são colocadas em placas de vidros, recoberta por uma pomada a base de gordura como a banha ou óleo mineral, estas flores são renovadas de 20 a 15 30 vezes obtendo-se assim o “absoluto de pomada”. As flores são ainda enfraquecidas pelo éter de petróleo, pela pomada e pelo álcool, obtendo-se assim o “absoluto de chassi”, esse processo só é utilizado para flores mais nobres. Outro processo que podemos citar é o de extração com solventes voláteis, onde depois de um banho de solventes, tais como éter, petróleo, e hexano, são levados para evaporação, obtendo-se então os “concretos ou resinóides”. Esse método é utilizado para tratar as substâncias de origem animal (HERNANDEZ; FRESNEL, 1999). Estabilidade e controle de qualidade de cosméticos Pelo perfil de estabilidade de um produto é possível avaliar seu desempenho, segurança e eficácia. Os estudos de estabilidade fornecem indicações sobre o comportamento do produto em determinado intervalo de tempo frente às condições ambientais a que o mesmo possa ser submetido desde a formulação até o término da estabilidade (ANVISA, 2004). Para Barata (2003), a estabilidade consiste e compreende uma parte primordial em um processo de desenvolvimento de um novo produto para ser inserido no mercado. A escolha qualitativa e quantitativa destes elementos, tal como estudos do seu comportamento, compõem antecedentes indispensáveis para qualquer formulação correta no sentido de se obter produtos de qualidade. Além dos fatores apresentados, teremos ainda de considerar o aspecto cosmético propriamente dito, tornando o produto agradável ao consumidor. Deverá ser escolhido aromatizante mais adequado, e estudado a sua compatibilidade com os outros elementos da fórmula, dado que só por si ou em conjunto, pode apresentar alguma intolerância cutânea e também de aspecto físico. Para se ter uma proporção de quantidade de todos os ingredientes contido na formulação, deverá haver um acerto de proporções, procurando melhorar o balanceamento de matérias-primas de forma a assegurar a estabilidade do produto final onde o seu objetivo inicial não seja abalado. Ao término destes estudos preliminares de formulação em que se fizeram os ensaios de laboratórios, deve-se prosseguir com a fabricação de ensaios pilotos. Estes vão permitir corrigir e adaptar corretamente as quantidades de matérias-primas, de forma a garantir a transposição de escala e assim passar a fase de produção industrial. A estabilidade preliminar ou estabilidade de curto prazo tem como objetivo auxiliar e orientar a escolha das formulações. O estudo de estabilidade preliminar dar-se na realização do teste na fase inicial do desenvolvimento do produto, utilizando-se diferentes formulações de 16 laboratório e com duração reduzida. Aplicam-se ao produto condições extremas de temperatura com o objetivo de antecipar possíveis reações entre seus componentes e o aparecimento de sinais que devem ser observados e analisados conforme as características específicas de cada tipo de produto. Devido às condições em que é conduzido, este estudo não tem a finalidade de estimar a vida útil do produto, mas sim de auxiliar na triagem das formulações. O agrupamento de ar no produto precisa ser evitado durante o envase na embalagem de teste. É importante não completar o volume total da embalagem permitindo um espaço vazio de aproximadamente um terço da capacidade do frasco para possíveis trocas gasosas. A duração do estudo é comumente de quinze a vinte dias e auxilia na triagem das formulações (ANVISA, 2004). Na estabilidade acelerada ou exploratória tem como objetivo fornecer dados para prever a estabilidade do produto, tempo de vida benéfico e útil e a compatibilidade da formulação com o material de acondicionamento. Este estudo serve como auxílio para a determinação da estabilidade da formulação. É um estudo preceptivo que pode ser criado para prever o prazo de validade do produto, e também pode ser realizado ainda quando existir modificações significativas em ingredientes que compõem o produto e do processo de fabricação. O prazo de duração é estimado em noventa dias e as formulações em testes são submetidas a condições mais amenas que as do teste de estabilidade preliminar. Esse prazo pode ser estendido para até um ano dependendo do tipo de produto. As amostras podem ser submetidas a aquecimento em estufas, resfriamento em refrigeradores, exposição à radiação luminosa e ao ambiente (ANVISA, 2004). O teste de prateleira, também conhecido como estabilidade de longa duração, tem como alvo autenticar os limites de estabilidade do produto e confirmar o prazo de validade estimado no teste de estabilidade acelerada. É um estudo realizado no período de tempo igual ao prazo de validade estimado durante os estudos pautados anteriormente. Sua utilização serve para analisar o comportamento do produto em condições habitual de armazenamento. A assiduidade deste estudo deve ser determinada conforme o produto, o número de lotes produzidos e o prazo de validade estimado (ANVISA, 2004). A estabilidade do produto e sua compatibilidade com o material de acondicionamento ou embalagem são conceitos bem diferentes que devem ser aplicados ao produto antes de ser inserido no mercado para comercialização. Com esse teste, uma série de alternativas de materiais de acondicionamento é considerada para determinar a mais adequada para o produto. As condições ambientais e a periodicidade das análises podem ser as mesmas utilizadas nos estudos 17 de estabilidade para a formulação, mencionada anteriormente e, nesta fase, são examinadas as presumíveis interações entre o produto e o material onde está sendo acondicionada, onde o contato é direto. Alguns fenômenos devem ser observados tais como absorção, migração, corrosão exudação e outros que afetam sua integridade do produto final (ANVISA, 2004). Ensaios organolépticos e físico-químicos Segundo Nicolósi (2007), as características organolépticas consideram que os produtos cosméticos não devem apresentar alegorias intrínsecas que possam comprometer o impacto do produto no consumidor, será necessário ter em equilíbrio o odor, a cor e aspecto físico da matéria-prima após incorporação, para a execução dos ensaios deve ser considerada a forma física de cada produto, tais como líquidos, semi-sólidos e sólidos. Já os ensaios físico-químicos, são operações técnicas que consistem em determinar várias características de um produto, processo ou serviço, de acordo com um procedimento específico. Os equipamentos devem ser submetidos à manutenção e à calibração periodicamente de acordo com as normas internas estabelecidas pela empresa, a fim de garantir resultados válidos. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2007), empresas fabricantes são responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos. Para isso devem disponibilizar recursos para garantir que todas as atividades sejam realizadas adequadamente por pessoas devidamente treinadas. Quem realiza as tarefas específicas devem ser qualificados com base na sua formação profissional, habilidades pessoais e treinamento. É fundamental que esse processo seja auditado, de maneira a corrigir possíveis falhas e assegurar melhorias contínuas. MATERIAL E MÉTODOS Levando em consideração os assuntos abordados anteriormente, nesse momento estão sendo tratados os procedimentos metodológicos que estão sendo utilizados neste trabalho. O cosmético semi-sólido foi produzido no laboratório de Desenvolvimento e Controle de Qualidade da empresa Abelha Rainha Indústria e Comércio de Cosmético Ltda., situada na rodovia Br-153 km 10 S/N bairro Granjas Reunidas Nossa Senhora de Lourdes em Aparecida de Goiânia-Goiás. 18 Matérias-primas As matérias-primas usadas para o desenvolvimento da formulação cosmética semi-sólida estão apresentadas de acordo com a legislação e normas vigentes estabelecida pela ANVISA, apresentada pela publicação da RDC nº. 211, de 14 de julho de 2005, onde se encontram as determinações técnicas sobre a rotulagem obrigatória geral para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, onde diz: Composição ou Ingredientes é descrição qualitativa dos componentes da fórmula através de sua denominação genérica, usando a codificação de substâncias determinada pela nomenclatura International Nomenclature of Cosmetic Ingredients (INCI) (ANVISA, 2009). As matérias-primas utilizadas em conformidade com a International Nomenclature of Cosmetic Ingredients (INCI), estão descritas no Quadro 2. Matérias-primas • Hidrogenated palm oil • Metiylparaben • Propylparaben • Butil hidroxitolueno (BHT) • Ozokerite wax • Euphorbia wax • Bee wax • Microcrystalline wax • Copernicia cerifera wax • Mineral oil • Silica • Parfum Quadro 2: Matérias-primas usadas em conformidade com a International Nomenclature of Cosmetic Ingredients (INCI). 19 Materiais e equipamentos para análises Os equipamentos e materiais envolvidos no desenvolvimento da formulação estão descritos em Quadro 3. Equipamentos e materiais • Balança eletrônica semi-analítica modelo BG 4400 (marca Gehaka com capacidade de pesagem de 4200g com leitura de 0,01g) • Beckers com capacidade volumétrica de 100 e 250 mL (marca Satelit) • Chapa aquecedora (marca Armad) • Termômetro com escala de 0 à 100°C (marca Inconterm) • Bastão de vidro • Agitador mecânico (marca Fisaton) • Embalagens de polieticelene com capacidade de 10g • Espátula de metal • Estufa (marca Tecnal) • Geladeira (marca Eletrolux) Quadro 3: Equipamentos e materiais envolvidos no desenvolvimento da formulação. O cosmético semi-sólido foi produzido no laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Controle de Qualidade cedido em caráter de gentileza pela empresa Abelha Rainha Indústria e Comércio de Cosmético Ltda., situada na rodovia Br-153 km 10 S/N bairro Granjas Reunidas Nossa Senhora de Lourdes em Aparecida de Goiânia-Goiás. Foram decorridas as seguidas fases: Em um Becker de 250 mL pesou-se a fase 1: 1. 12,20 g de hidrogenated palm oil 2. 0,10 g de metylparaben 3. 0,15 g de propylparaben 4. 0,10 g de BHT 5. 2,70 g de ozokerite wax 6. 2,70 g de euphorbia wax 20 7. 10,60 g de bee wax 8. 5,00 g de microcrystalline wax 9. 4,15 g de copernicia cerifera wax Em um Bécker de 100 mL pesou-se a fase 2: 1. 40,30 g de mineral oil 2. 2,00 g de sílica Em um Bécker de 100 mL pesou-se a fase 3: 1. 20,00 g de Parfum. Fundiu-se a Fase 1 à 70°C, agitando até completa homogeneização. Agitou-se a fase 2 até homogeneizar, após a mesma foi adicionada sobre a fase 1. A fase 3 foi acrescentada sobre as fases 1 e 2 após o resfriamento até 45°C,e com agitação mecânica homogeinizou. No Quadro 4 está apresentada a formulação quantitativa do cosmético semi-sólido bem como seus fornecedores. Ingredientes Fabricantes/fornecedores Concentração (%) A 1 - Hidrogenated palm oil Bungue 12,20 A 2 - Metylparaben Ipiranga 0,10 A 3 - Propylparaben Ipiranga 0,15 A 4 -Butil hidroxitolueno (BHT) M.cassab 0,10 A 5 – Ozokerite wax G&M 2,70 A 6 - Euphorbia wax G&M 2,70 A 7 - Bee wax G&M 10,60 A 8 - Microcrystalline wax Unichen 5,00 A 9 - Copernicia cerifera wax G&M 4,15 B 1 - Mineral oil Ipiranga 40,30 B 2 - Sílica Cabosil 2,00 C 1 - Parfum Drom 20,00 Somatória Quadro 4: Formulação quantitativa do cosmético semi-sólido. 100,00 21 As especificações dos ingredientes descritos no Quadro 4 são: A 1 – Cera semi-sólida emoliente que promove deslize, espalhabilidade e hidratação. A 2 – Possui propriedades conservantes amplamente utilizados em cosméticos. A 3 – Possui propriedades conservantes amplamente utilizados em cosméticos. A 4 - Possui propriedade anti-oxidante. A 5 – Cera semi-sólida que atribui corpo e absorção de oleosidade. A 6 – Cera vegetal semi-sólida que gera corpo firmeza e brilho ao produto. A 7 – Cera semi-sólida emoliente que confere desmoldagem e estabilidade. A 8 – Cera semi-sólida de polietileno que afere corpo e estabilização em diversas formulações. A 9 – Cera semi-sólida que possui alto ponto de fusão. B 1 – Óleo mineral com excelente hidratação e redução de pegajosidade. B 2 – Possui elevado grau de absorção de oleosidade, promove toque seco e deslize com sensorial sedoso. C 1 – Fragrância que proporciona aroma. Metodologia para estudos de estabilidade Neste presente estudo, a estabilidade do produto acabado baseou-se na metodologia recomendada pela ANVISA (2004), onde os estudos de estabilidade de um produto cosmético devem ser conduzidos sob condições que permitam fornecer informações sobre a estabilidade do produto em menos tempo possível. Para isso, essas amostras foram armazenadas em condições que acelerem as mudanças propícias de ocorrerem durante o limite de validade. Nesse momento houve uma atenção especial para que as condições não fossem tão extremas para evitar que ao invés de acelerar o envelhecimento, fosse provocada alteração que não ocorreriam espontaneamente no mercado ao qual o produto será submetido. Na estabilidade preliminar as amostras foram submetidas a aquecimento em estufas, resfriamento em refrigeradores e a ciclos alternados de resfriamento e aquecimento. Os valores para temperaturas elevadas em estufa foram: T= 37 ± 2 °C. Para as baixas temperaturas os valores considerados em geladeira foram: T= 5 ± 2 °C. E os valores em ciclos são: de 24 horas a 38 ± 2 °C 5 ± 2 °C, no período de 30 dias. Neste tipo de estudo, as amostras foram armazenadas 22 em condições distintas de temperatura, alternadas em intervalos regulares de tempo (ANVISA, 2004). Na estabilidade acelerada as amostras foram submetidas ao aquecimento em estufas, resfriamento em refrigeradores, exposição à radiação luminosa a temperatura ambiente. Os valores para temperaturas elevadas ou baixas foram as mesmas adotadas na estabilidade preliminar no período de 90 dias. Para a efetivação deste estudo acelerado, os parâmetros avaliados foram determinados pelo formulador e está sujeito às características da formulação em estudo e dos componentes utilizados nesta formulação. Na maioria das vezes, avaliam-se as características organolépticas que são aspecto, cor, odor e sabor, quando o mesmo é um produto aplicável, as características físico-químicas, valor de pH, viscosidade e densidade, características microbiológicas, se aplicam a estudos do sistema de conservação do produto. Como não existe nenhum parâmetro para essa classe de cosméticos, foi realizado um lote piloto que foi considerado como padrão para a produção do perfume semi-sólido (ANVISA, 2004). Classificações das análises organolépticas De acordo com a ANVISA, as classificações organolépticas das amostras em estudo seguem os seguintes critérios relacionados com o produto já acabado, pertencente ao lote piloto. -Normal, sem alteração (sem alteração visível): -Levemente modificada (percepção visível); -Modificada (percepção visível); -Intensamente modificada (alterações bruscas nos aspectos). Ensaios organolépticos Aspecto Observou-se visualmente se as amostras das formulações em estudo mantiveram as mesmas peculiaridades “macroscópicas” da amostra piloto (produto semelhante). Verificou-se se ocorreram alterações do tipo separação de fases, precipitação, exudação (ANVISA, 2007). 23 Cor Realizou-se a análise de cor através da colorimetria visual comparando a cor da amostra com a cor da amostra piloto, ambos armazenados em frasco da mesma especificação (ANVISA, 2007). Odor Foram verificadas as amostras juntamente com a amostra piloto, acondicionados no mesmo material de embalagem, seu odor foi conferido diretamente através do olfato (ANVISA, 2007). RESULTADOS E DISCUSSÃO O presente trabalho de conclusão de curso pretendeu desenvolver um cosmético semisólido para a perfumação do corpo para ser produzido em escala industrial, o qual possa ser apreciado pelos consumidores. O mesmo se preocupou em garantir a qualidade do produto desenvolvido obedecendo às normas estabelecidas pela ANVISA, levando em conta os procedimentos que garantem a qualidade do produto final. Resultados dos ensaios organolépticos Resultados referentes ao aspecto Os resultados obtidos em ensaios organolépticos referentes aos aspectos das amostras em estudo estão relacionados no Quadro 5, as mesmas não apresentaram alterações expressivas. Perfume semisólido Aspecto Precipitação Separação de Fases Amostra Amostra Amostra Amostra teste piloto teste piloto Normal, Normal, sem sem alteração Original alteração Original Quadro 5: Ensaio organoléptico referente ao aspecto das amostras em estudo. 24 Resultados referentes à cor Com relação à cor não foi observado nenhum tipo de alteração visível nas amostras em comparação ao padrão. Possivelmente, isso se deu pelo fato de não conter em sua composição nenhum tipo de corantes ou pigmentos. Os resultados dos ensaios organolépticos referentes à cor das amostras em estudo, encontram-se no Quadro 6. Cor Perfume semi-sólido Amostra teste Amostra piloto Levemente amarelada Levemente amarelada Quadro 6: Ensaio organoléptico referente à cor das amostras em estudo. Resultados referentes ao odor Em uma observação constante e diária não foram detectadas alterações nas características olfativas das amostras que foram submetidas à comparação com a amostra padrão. Os resultados dos ensaios organolépticos referentes ao odor das amostras em estudo, seguem descritos no Quadro 7. Odor Perfume semi-sólido Amostra teste Normal, sem alteração Amostra piloto Quadro 7: Ensaio organoléptico referente ao odor das amostras em estudo. Resultados da estabilidade preliminar original 25 Os resultados alcançados da análise de estabilidade preliminar em temperaturas extremas para a formulação do perfume semi-sólido encontram-se no Quadro 8, onde foram observadas pequenas variações nas temperaturas mais baixas e nas mais elevadas, entre um ciclo e outro, porém com resultados dentro dos parâmetros aceitáveis. Essa pequena variação ocorreu devido às distintas temperaturas, as quais o mesmo foi submetido. Perfume Semi-sólido Análise para estabilidade preliminar em cosméticos sob exposição extrema de temperaturas Temperatura Separação de dias ciclos ºC Precipitação Fases Cor Odor Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem 1º 24h 37ºC alteração alteração alteração alteração Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem 2º 24h 5ºC alteração alteração alteração alteração 37ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração 5ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração 3º 24h 38ºC 4º 24h 37ºC 5º 24h 6ºC 6º 7º 8º 72h 39ºC 9º 24h 5ºC 10º 24h 37ºC 11º 24h 4ºC 12º 24h 37ºC 13º 5ºC 14º 37ºC 15º 72h 5ºC 26 16º 24h 37ºC 17º 24h 5ºC 18º 24h 37ºC 19º 24h 5ºC 20º 37ºC 21º 5ºC 22º 72h 39ºC 23º 24h 5ºC 24º 24h 37ºC 25º 24h 5ºC 26º 24h 37ºC 27º 5ºC 28º 38ºC 29º 72h 5ºC 30º 24h 37ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Quadro 8: Resultados de estabilidade preliminar em amostras de perfume semi-sólido sob exposição extrema de temperaturas. Resultados da estabilidade acelerada Os resultados alcançados da análise de estabilidade acelerada em temperaturas extremas para a formulação do perfume semi-sólido encontram-se no Quadro 9, onde foram observadas pequenas alterações nas temperaturas mais baixas e nas mais elevadas, entre um ciclo e outro, porém com resultados dentro dos parâmetros aceitáveis. Essa relevante alteração ocorreu devido ao uso do veículo ser mineral oil e às distintas temperaturas, as quais o mesmo foi submetido. 27 dias 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º Perfume semi-sólido Análise para estabilidade acelerada em cosméticos sob exposição extrema de temperaturas Temperatura Separação de ciclos ºC Precipitação Fases Cor Odor Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 37ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 5ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 37ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 5ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 37ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 4ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 38ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 72h 4ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 37ºC Normal, sem Normal, sem Levemente Normal, sem alteração alteração modificada alteração 24h 5ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 37ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 5ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 37ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 4ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Levemente modificado alteração alteração alteração 72h 39ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 6ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 37ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 4ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 24h 37ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem alteração alteração alteração alteração 5ºC 28 37ºC 21º 22º 72h 4ºC 23º 24h 37ºC 24º 24h 4ºC 25º 24h 38ºC 26º 24h 5ºC 27º 38ºC 28º 5°C 29º 72h 37ºC 30º 24h 4ºC 1º 24h 37ºC 2º 24h 5ºC 3º 24h 37ºC 4º 5ºC 5º 37ºC 6º 72h 4ºC 7º 24h 38ºC 8º 24h 4ºC 9º 24h 37ºC 10º 24h 5ºC 11º 37ºC 12º 5ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração 29 13º 72h 37ºC 14º 24h 4ºC 15º 24h 39ºC 16º 24h 6ºC 17º 24h 37ºC 18º 4ºC 19º 37ºC 20º 72h 5ºC 21º 24h 37ºC 22º 24h 4ºC 23º 24h 37ºC 24º 24h 4ºC 25º 38ºC 26º 5ºC 27º 72h 38ºC 28º 24h 5°C 29º 24h 37ºC 30º 24h 4ºC 1º 24h 37ºC 2º 5ºC 3º 38ºC 4º 72h 37ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Levemente modificada Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração 30 5º 24h 6ºC 6º 24h 37ºC 7º 24h 5ºC 8º 24h 39ºC 9º 5ºC 10º 37ºC 11º 72h 4ºC 12º 24h 37ºC 13º 24h 5ºC 14º 24h 37ºC 15º 24h 5ºC 16º 37ºC 17º 5ºC 18º 72h 37ºC 19º 24h 5ºC 20º 24h 37ºC 21º 24h 5ºC 22º 24h 39ºC 23º 5ºC 24º 37ºC 25º 72h 5ºC 26º 24h 37ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração 31 27º 24h 5ºC 28º 24h 38ºC 29º 24h 5ºC 30º 37ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Quadro: 9 Resultados de estabilidade acelerada em amostras de perfume semi-sólido sob exposição extrema de temperaturas. Resultados da estabilidade acelerada sob exposição à radiação luminosa e à temperatura ambiente Os resultados alcançados da análise de estabilidade acelerada em temperaturas ambientais e sob a exposição à radiação luminosa para a formulação do perfume semi-sólido encontram-se no Quadro 10, onde foram observadas pequenas alterações, entre os ciclos, porém com resultados admissíveis dentro dos parâmetros. Essa alteração ocorreu devido à radiação luminosa intensa, a qual o produto foi submetido. Perfume semi-sólido Análise para estabilidade acelerada em cosméticos sob exposição à radiação luminosa e a temperatura ambiente Temperatura Separação de dias ciclos ºC Precipitação Fases Cor Odor Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem 1º alteração alteração alteração alteração 24h 25°C Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem 2º alteração alteração alteração alteração 24h 27ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem 3º alteração alteração alteração alteração 24h 27ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem 4º alteração alteração alteração alteração 24h 25ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem 5º alteração alteração alteração alteração 24h 27ºC Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem 6º alteração alteração alteração alteração 25ºC 32 25ºC 7º 8º 72h 26ºC 9º 24h 27ºC 10º 24h 25ºC 11º 24h 27ºC 12º 24h 25ºC 13º 25ºC 14º 25ºC 15º 72h 28ºC 16º 24h 26ºC 17º 24h 27ºC 18º 24h 26ºC 19º 24h 27ºC 20º 25ºC 21º 25ºC 22º 72h 26ºC 23º 24h 27ºC 24º 24h 26ºC 25º 24h 25ºC 26º 24h 25ºC 27º 25ºC 28º 25°C 29º 72h 27ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração 33 30º 24h 25ºC 1º 24h 27ºC 2º 24h 25ºC 3º 24h 27ºC 4º 25ºC 5º 25ºC 6º 72h 26ºC 7º 24h 25ºC 8º 24h 25ºC 9º 24h 27ºC 10º 24h 25ºC 11º 25ºC 12º 25ºC 13º 72h 27ºC 14º 24h 25ºC 15º 24h 27ºC 16º 24h 26ºC 17º 24h 27ºC 18º 25ºC 19º 25ºC 20º 72h 25ºC 21º 24h 27ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração 34 22º 24h 26ºC 23º 24h 25ºC 24º 24h 26ºC 25º 25ºC 26º 25ºC 27º 72h 26ºC 28º 24h 25°C 29º 24h 26ºC 30º 24h 25ºC 1º 24h 27ºC 2º 25ºC 3º 25ºC 4º 72h 27ºC 5º 24h 26ºC 6º 24h 27ºC 7º 24h 25ºC 8º 24h 26ºC 9º 25ºC 10º 25ºC 11º 72h 25ºC 12º 24h 25ºC 13º 24h 25ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração 35 14º 24h 26ºC 15º 24h 25ºC 16º 25ºC 17º 25ºC 18º 72h 26ºC 19º 24h 25ºC 20º 24h 27ºC 21º 24h 25ºC 22º 24h 26ºC 23º 25ºC 24º 25ºC 25º 72h 25ºC 26º 24h 26ºC 27º 24h 25ºC 28º 24h 26ºC 29º 24h 25ºC 30º 25ºC Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificado Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Levemente modificada Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Normal, sem alteração Quadro: 10 Resultados de estabilidade acelerada em amostras de perfume semi-sólido sob exposição à radiação luminosa e à temperatura ambiente. CONCLUSÃO O presente estudo teve como objetivo principal o desenvolvimento e a formulação de um cosmético semi-sólido que seguisse rigorosamente as especificações pré-estabelecidas pela 36 ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que garante qualidade e segurança do produto ao consumidor. Para formular um cosmético é necessário ter critérios desde a escolha de fornecedores, bem como a origem das matérias-primas, passando pelas análises laboratoriais até o produto final acabado. Todas as especificações cabíveis a esse tipo de cosmético, contidas na ANVISA foram seguidas neste estudo. Tanto os testes de estabilidade quanto os testes físico-químicos, apresentaram parâmetros aceitáveis de segurança para o uso humano. Foi possível perceber leves alterações nas avaliações de cor e aspecto do produto entre um ciclo e outro, mas no geral as amostras apresentaram uma boa estabilidade em comparação com a amostra piloto. Os valores alcançados neste período de estabilidade demonstraram que o produto desenvolvido é estável à temperaturas extrema que podem variar de 4 à 38°C, sem perder sua característica própria. Vale ressaltar que a ANVISA contribuiu de forma decisiva para a realização deste estudo, fornecendo informações valiosas desde dados técnicos até parâmetros para as análises de controle de qualidade de cosméticos. Finalmente, conclui-se que o perfume semi-sólido desenvolvido a base de ceras, sílica, conservantes e óleo essencial conferiu aplicação agradável, suave, sedosa, com sensorial confortável, odor aprazível, sem aspecto gorduroso ou aparência pegajoso, com boa espalhabilidade, fixação, e com bom deslizamento na superfície aplicada, portanto, pode ser produzido e comercializado em escala industrial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASHCAR, R. Guia de perfumes: o fascinante universo da perfumaria. São Paulo: ed. Abril, 2008. p. 4 – 18. BARATA, E.A. F. A cosmetologia: princípios Básicos. 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