desenvolvimento de formulação cosmética semi

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desenvolvimento de formulação cosmética semi
DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÃO COSMÉTICA SEMI-SÓLIDA
UTILIZADA PARA PERFUMAR O CORPO
Brenda Paula Batista Magalhães
Rousana Ferreira de Sousa
RESUMO
A presente pesquisa tem como objetivo desenvolver uma formulação cosmética semi-sólida
utilidade para perfumar o corpo. Os cosméticos e perfumes são elaborações constituídas por
substâncias sintéticas ou naturais, que se destinam ao contato com as partes superficiais do corpo
humano como epiderme, sistema piloso ou capilar, lábios, unhas, órgãos genitais externos, dentes
e mucosa da cavidade oral. O seu objetivo principal é perfumar, limpar, alterar e corrigir odores
corporais, bem como proteger e conservar em bom estado. O desenvolvimento de uma
formulação cosmética é um trabalho meticuloso onde estão reunidos inúmeros conceitos, a
mesma é uma mistura complexa de ingredientes no qual vários fatores são levados em
consideração. Critério na seleção de matéria-prima, processo de fabricação, fragrância,
embalagem para acondicionamento, apresentação do produto ao público alvo e custo-benefício
entre outros. O presente estudo desenvolveu um cosmético semi-sólido para a perfumação do
corpo destinado à comercialização em escala industrial. A Legislação e Normas Vigentes
segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), foram consultadas para o
desenvolvimento do perfume semi-sólido. A partir de amostragem foram realizadas as análises
como ensaios organolépticos e físico-químicos, que foram determinantes para a qualidade do
produto final. A estabilidade do cosmético desenvolvido foi realizada através de estufa e
refrigerador em ciclos alternados com variações de temperatura. De acordo com os resultados
obtidos, o produto desenvolvido apresenta características satisfatórias em termos de estabilidade
e aspectos sensoriais. Finalmente, com o seguimento arrisco de todas as normas estabelecidas
pela ANVISA para o controle tanto no desenvolvimento quanto na produção do cosmético, o
mesmo proporcionou qualidade e segurança ao consumidor, sendo encaminhado para o mercado
em escala industrial.
PALVRAS-CHAVE: ANVISA, Cosméticos e Perfume.
INTRODUÇÃO
Cosméticos e perfumes são definidos pela legislação vigente como preparações constituídas
por substâncias sintéticas ou naturais, que se destinam ao contato com as partes superficiais do
corpo humano como epiderme, sistemas piloso ou capilar, lábios, unhas, órgãos genitais externos,
dentes e mucosa da cavidade oral. O objetivo principal dos cosméticos e do perfume é perfumar,
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limpar, alterar e corrigir odores corporais. A segurança oferecida pelos mesmos ao consumidor
torna-se indispensável, visto que para tais produtos, todos tem acesso. A legislação não se
preocupa unicamente com a atuação do cosmético, mais igualmente com os problemas de defesa
do consumidor e de saúde pública. Assim, existem referências à rotulagem, aos requisitos de
qualidade, às atividades industriais e aos meios técnicos de produção e controle, com evidência
para obrigação de um responsável técnico. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), que é o órgão regulamentador, apresenta listas de substâncias proibidas ou permitidas
em determinadas porcentagens, como por exemplo, conservantes e corantes entre outros. O
controle de qualidade não pode apenas estar restrito ao laboratório, mas sim, em todo o âmbito
relacionado ao produto, desde a entrada de matéria-prima na indústria até o produto acabado
(ANVISA, 2007).
Segundo Ashcar (2008), a partir de 1900, o perfume se tornou efetivamente um produto
industrial, produzido em grande escala, o que antes era feito apenas para um número limitado de
pessoas, passa a ser artigo indispensável na rotina das pessoas, dando assim o início de uma nova
etapa da perfumaria. Grandes marcas começam a se destacar e ainda hoje ditam tendências
mundiais no âmbito olfativo tais como Chanel e Christian Dior. Devido ao crescimento
extremamente significativo da área de perfumaria na cosmetologia, a ANVISA exige o
cumprimento de diretrizes regulamentadoras para evitar e prevenir os riscos na qualidade e
segurança dos produtos. Neste contexto, o presente estudo formulou e desenvolveu um cosmético
semi-sólido utilizado para perfumar o corpo, com características organolépticas e físico-químicas
de acordo com as exigências do órgão público regulamentador ANVISA, e foi inserido no
mercado em escala industrial.
OBJETIVOS
Objetivo geral
O presente projeto de pesquisa tem como objetivo geral desenvolver uma formulação
cosmética semi-sólida utilizada para perfumar o corpo, com sensorial confortável e emoliente que
agrade e satisfaça o consumidor.
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Objetivos específicos
• Desenvolver e formular um cosmético semi-sólido emoliente com óleos essenciais para
perfumar o corpo;
• Realizar testes de estabilidade com a formulação desenvolvida;
• Avaliar os resultados obtidos com a estabilidade acelerada.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A história da perfumaria
A palavra perfume origina-se do latim que significa fumaça ou através de fumaça. As
plantas e seus componentes: raízes, caules, folhas, flores e frutos, são usados há muito tempo pela
humanidade para fins religiosos e medicinais. O homem moderno só ganhou forma e vida a cerca
de 50 mil anos. A partir, de então começou a fazer uso das plantas. Desde as civilizações antigas
o homem já tinha conhecimento do fogo e modificava o odor da fumaça pela adição de plantas
para fazer oferenda aos deuses. A invocação dos espíritos do céu era realizada por meio de
cremação de ervas em rituais, e o incenso era considerado o alimento dos deuses. Na era polida,
os homens organizados em tribos, aprenderam a cultivar as plantas e a extraírem os óleos graxos
de gergelim e oliva vegetais através de pressão executada por meio das pedras, transformadas em
utensílios. Já os egípcios consideravam o coração como o altar e o corpo como o templo da alma,
o complexo processo de mumificação que abrange banho com unguentos, essências aromáticas e
unções alquímicas, era executado durante 70 dias para preservar faraós e sacerdotes, preparandoos para entrada no reino da morte. Também, desenvolveram a técnica de produção de papiro,
quando foram registrados os conhecimentos a respeito do uso medicinal de ervas (CORAZZA,
2002).
Os papiros de Ebers e Edwin-Smith, expostos no museu de Leipzig, na Alemanha, oriundo
da primeira dinastia, indicam fórmulas compostas por aproximadamente 125 ervas e óleos
essenciais, entre eles podemos citar a canela, cardamomo, mostarda, gergelim, açafrão, semente
de papoula entre outros. De acordo com o historiador e egiptólogo francês Pierre Montet, os
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cuidados com a aparência física atingem o auge no reinado dos Ramsés, quando os egípcios
perfumavam a água de banho com ervas aromáticas em cuja composição predominava o olíbano,
vindo da Somália. O banho instituía um ritual realizado pela manhã e antes das principais
refeições, mas quem eternizou a perfeição na arte da perfumação sedutora foi Cleópatra, amante
do imperador romano Júlio César e depois esposa do general também romano Marco Antonio,
que usava perfumes especiais, feitos com óleo essencial extraído das flores de henna, açafrão,
menta e zimbro (CORAZZA, 2002).
Na Babilônia, o uso de óleos essenciais, principalmente de cedros fazia parte da rotina de
cuidados com a saúde, sendo que sumérios, egeus, assírios, caldeus e persas também
compartilhavam deste conhecimento. Ao construir os Jardins Suspensos, o rei Nabucodonosor
ordenou que plantassem alecrim e açafrão junto das rosas. O surgimento e a ativação do comércio
civil levaram ao abrandamento da organização agrária e ao declínio dos feudos, marcando o
início da fabricação dos perfumes de forma mais organizada. Por volta do ano de 1200 d.C., o rei
Felipe Augusto II reconhece a profissão de perfumista, concedendo licença para abertura para
locais característicos destinados à comercialização das essências criadas. Com esse apoio, surgem
as primeiras escolas de aprendizes e oficiais, de onde saem os mestres da profissão, que passam
também a supervisionar os trabalhos de prensagem, maceração e combinações de ingredientes
para formular as composições olfativas (CORAZZA, 2002).
Para Ashcar (2008), tal atitude de reconhecimento oficial, foi apoiada, e expandida nos
séculos seguintes em 1582 d.C., por Henrique III, que na ocasião casado com Catarina Médicis,
uma nobre florentina que trabalhava na Officina Profumo di Santa Maria Novella, em cuja matriz
os frades dominicanos produziam essências, pomadas, bálsamos e outros preparados medicinais
desde 1221 d.C. Quando se casaram, Henrique e Catarina se mudaram para a França e levaram
consigo seu perfumista pessoal, Renato Bianco, conhecido como René Blanc, ele aferiu a França
lições na arte da perfumaria e instituiu a primeira butique de perfumes em Paris, o que deu
impulso definitivo à produção e comercialização de itens aromáticos, e por Luis XIV, conhecido
como o “Rei Sol”, que era muito sensível a odores e tinha um perfume para cada semana. Foi ele
e sua amante Madame de Pompadour, que estimularam a difusão do perfume da França por toda
a Europa. Isso porque ela ditava a moda, a beleza e a arte da época, contam os historiadores, que
ele gastava horas no toalete, banhando-se com sabonetes de lavanda e incrementava o penteado
com pomadas perfumadas. Com o generoso estímulo ao seu amante, ela encorajou a prosperidade
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da cidade de Grasse que passou da produção artesanal para a produção industrial em grande
escala de produtos e derivados aromáticos. Luís XIV, por meio de admirável cerimonial procurou
acirrar sua realeza no admirável Palácio de Versalhes, que instituiu para si a sua corte. Foi uma
época de amplo brilhantismo social e cultural, mas tanto o rei quanto a sua refinada corte
pareciam ter perdido de contínuo toda e qualquer noção de higiene, tornando os banhos
inexistentes. Marcial então foi escolhido como perfumista da corte, cujo mandato era criar
diferentes composições olfativas para cada dia da semana, a fim de perfumar os aposentos reais e
dissimular os odores desagradáveis. Este foi um bom período para os perfumistas, que, de certa
forma, pelos conhecimentos químicos e de rudimentos extraídos de vegetais e animais, traziam
também saída para dor de dentes e outras enfermidades.
Mas não foi na pequena cidade Grasse no sul da França que começou a jornada mundial da
Água de Colônia. A história nos diz que foi o italiano Jean-Marie Farine que registrou na cidade
de Colônia na Alemanha um produto de nome Kölnisch Wasser, que era feito com essências
naturais como neroli, bergamota, lavanda e alecrim diluídos em álcool neutro, e forçou os
perfumistas a desenvolverem novos temas para suas composições olfativas. Esse produto
produzido por Jean era usado por Napoleão Bonaparte que foi o responsável por colocar a França
à frente nas pesquisas científicas e na produção de artigos luxuosos. A família Bonaparte teve
outra personalidade ilustre no mundo dos aromas, a alinhada espanhola Eugênia, esposa de Luis
Bonaparte, sobrinho de Napoleão. A imperatriz lançou um novo estilo de perfume, o Eau
Impériale, uma mistura de notas cítricas e lavanda, era considerada reanimadora para as pobres
mulheres da época, que sofriam com espartilhos. A fragrância foi criada em 1861 d.C., por
Guerlain que tinha no frasco o brasão dos Bonaparte (ASHCAR, 2008).
E é no século XX que os laboratórios começaram a pesquisar matérias-primas sintéticas,
promovendo a aquisição de produtos para a indústria em grande escala. Em 1920 d.C., com a
obtenção de aldeídos, o mundo perfumístico ganha uma importante família de elementos
químicos tendo como resultado, a criação de Chanel nº 05 (um dos perfumes mais vendidos do
mundo). Nessa mesma época, o químico Maurice René de Gattefossé começa seu trabalho com
óleos essenciais em cosméticos, dando início ao termo aromacologia. O mesmo sofreu severas
queimaduras no laboratório, recuperando-se em passo acelerado ao usar o óleo essencial de
lavanda para antecipar a cicatrização dos tecidos cutâneos (CORAZZA, 2002).
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Matérias-primas para o desenvolvimento de formulação cosmética
O desenvolvimento de uma formulação cosmética deve ser sempre iniciado, pela consulta
prévia dos ingredientes que compõem a formulação na legislação vigente da ANVISA. A mesma
determina que os fabricantes de matérias-primas disponibilizem documentação comprobatória
atestando que o insumo atende a legislação que compreendem: Boletins Técnicos, que deve
demonstrar as características físico-químicas da matéria-prima, o FISP (Ficha de Segurança de
Produtos Químicos), onde são indicados ao meio ambiente. Laudo Analítico que deve ser emitido
lote a lote, indicando as características físicas e químicas analisadas, seus parâmetros e os
métodos aplicados e a Identificação do fabricante contendo claramente o nome e o endereço do
fabricante (GOUVÊA, 2007).
Para Barata (2003), mesmo que as indústrias químicas forneçam constantemente novas
substâncias e as possibilidades de escolha sejam enormes, as matérias-primas utilizadas em cada
fórmula são bem reduzidas. Veja algumas regras básicas para a escolha e seleção das matériasprimas:
• Ausência de substâncias tóxicas (sais e metais pesados);
• Ausência de sustâncias irritantes (cáusticas);
• Ausência de substâncias alérgicas;
• Ausência de substância com caráter cancerígeno (certos corantes);
• Características organolépticas adequados (cor, odor, etc.);
• Ausência de contaminação microbiológica ou alterações.
As matérias-primas podem ser de origem dos reinos mineral, vegetal, e semi-sintéticas ou
de síntese da indústria química. A vaselina líquida é hidrofóbica, não oxida nem saponifica. O
óleo de palma igualmente chamado de manteiga de palma é extraído do fruto da Elacis guinancis,
uma palmeira. É um óleo espesso pegajoso de cor amarelado com odor de violeta pouco intenso.
Após o processo de hidrogenação passa para o estado sólido onde a temperatura do corpo
humano se dissolve. A cera de carnaúba é obtida por fusão das raspas cerosas da parte inferior
das palmeiras, principalmente da Copérnica cerífera. Tem a cor amarelada seu, ponto de fusão
varia entre 80 e 85°C, razão pela qual é utilizada para aumentar o ponto de fusão de outras
gorduras, quando acrescentadas em determinadas proporções. Oferece aspecto de brilho. Os
materiais graxos de origem vegetal ou animal, base de numerosas preparações cosméticas, são
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aptos à oxidação, pois contêm triglicérides mais ou menos instauradas. A oxidação resulta da
incorporação do oxigênio do ar numa reação química, devido à presença de bactérias e fungos,
por essa razão se recomenda o uso de antioxidantes nos óleos que apresentam facilidade em
oxidar-se, evitando assim, inconvenientes (BARATA, 2003).
Todos os métodos de preservação tem como finalidade impedir ou diminuir alterações
prejudiciais provocada pela ação de microorganismos ou fungos. Quando um microorganismo se
introduz numa preparação cosmética, no decorrer da fabricação, encontra aí as condições ideais
para o seu desenvolvimento e multiplicação. O emprego de um preservante no produto é de
necessidade fundamental, sob pena deste se tornar em passo acelerado inutilizado ou de sua
aplicação vir a ser menos aconselhável. As preparações cosméticas são sujeitas a tratamentos
físicos para preservação, só se mantêm estáveis se forem sujeitas à proteção por
acondicionamento esotérico do recipiente que as contém. Após a abertura do recipiente, a
preparação já não está mais protegida e, portanto, sujeita à contaminação. Os principais métodos
físicos de contaminação são calor, frio, dessecação e irradiação. A preservação química apresenta
vantagens em relação à física, por manter sua capacidade protetora, após a preparação do
produto, precede-se a incorporação de substâncias químicas que protegem a preparação contra as
alterações bacterianas e fúngicas, mesmo quando aquela está exposta a contaminações repentinas,
que podem acontecer tanto durante o acondicionamento como no decorrer da utilização. Os
preservantes mais usados são os ésteres de ácido p-hidroxibenzóico (metil e propil parabenos),
além dos mais específicos como ácido ascórbico, ácido sórbico entre outros. Embora os
preservantes químicos ofereçam uma proteção de uso, não se deve esquecer do fato de que o
poder antibacteriano ou antifúngico diminui com a contaminação, e ainda, se a mesma for no
processo de fabricação (matérias-primas contaminadas), a ação do conservante é ligeiramente
atenuada e a vida do produto também. É nesse conceito que se baseiam as regras de boa
qualidade que consiste em trabalhar com boas matérias-primas e nas melhores condições de
higiene (BARATA, 2003).
Segundo Barata (2003), as matérias-primas utilizadas tradicionalmente na produção dos
cosméticos são, na maior parte dos casos, usadas na indústria farmacêutica. No entanto, a
invariável busca por novidades tem dado origem ao aparecimento de um número continuamente
maior de novas substâncias de utilização quase peculiar da cosmética. Na maioria das vezes,
pretende-se um resultado específico e característico com um produto cosmético. Destinado à
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aromatização do corpo, o perfume é um produto cosmético muito antigo e de uso essencial entre
toda a população mundial.
Composição aromática de perfumes
Ashcar (2008) afirma que a criação de um perfume é uma arte comparável à composição de
uma música, exige inspiração, harmonia, mistério e, principalmente, sensibilidade. O perfumista
usa a fábula e o nariz para criar fragrâncias memoráveis, que podem incorporar até 300 matériasprimas. É capaz de apontar mais de três mil cheiros e consegue combiná-las em quantidade
indefinida de fórmulas. Como um maestro compõe as diferentes notas, e a sua mistura resulta no
acorde ou na harmonia da fragrância, imaginando o papel que cada ingrediente terá em sua
composição olfativa. A força de um perfume depende de concentração de extratos aromáticos
empregados em sua composição, transformar essa mistura em sucesso está nas mãos dessa
categoria restrita e valiosa de profissionais. O “bom nariz” se desenvolve desde a infância, existe
uma ligação forte entre as coisas que acontecem durante a vida e os cheiros que o acompanham.
A harmonia das composições aromáticas
Há uma infinidade de ingredientes que podem ser usados para criar um perfume, natural ou
sintético, conferem à fragrância a sua mais pura essência. As flores são efetiva e definitivamente
as principais fontes de inspiração para os perfumistas na criação de uma nova fragrância. No
entanto, o óleo essencial usado na elaboração de um perfume pode vir também de raiz, caule,
sementes, folhas, resinas, cascas de árvores, entre outros, que proporciona um leque indefinido de
combinações. A laranjeira, por exemplo, oferecem o neroli (extraído das flores), óleo cítrico
(extraído da fruta) e o petitgrain (oriundo das folhas e galhos). Em meio a tantas possibilidades,
cabe ao perfumista decifrar harmoniosas composições, combinações e interpretar o segredo da
transformação que cada nota irá suscitar em um novo acorde, ou seja, em uma nova fragrância.
Há um século existiam apenas cerca de 150 substâncias que poderiam ser empregados na fórmula
de uma fragrância, hoje em dia, esses números saltou para mais de mil extratos naturais e graças à
química, existem atualmente mais de 3000 substâncias sintéticos que são à base de muitos
perfumes (ASHCAR, 2008).
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Ingredientes naturais
De acordo com Corazza (2002), atualmente existem uma gama enorme de ingredientes
naturais que podem se incorporadas em perfumes, dentre os quais podemos destacar:
Flores, não são por acaso que fragrância é praticamente o sinônimo de flor, é com o seu
aroma que a maioria dos perfumistas compõe suas criações. Rosas e jasmim, por exemplo, são
considerados os pilares da perfumaria. Tuberosa, ylang ylang e flor de laranjeira, ou neroli,
também tem o seu lugar de relevo, outras espécies se juntam nessa preciosa fonte de inspiração,
como calêndula, champaca, fragipane, gardênia, gerânio, íris, jacinto, lavanda, lilás, frésia, lírio,
lírio de vale, madressilva, narciso, mimosa, osmanthus e violeta. Osmanthus é uma flor nativa da
China e tem um delicioso aroma frutal de damasco. Champaca pertence à família das magnólias,
é encontrada na Índia, e é bastante usada nos perfumes tradicionais. Frangipani é uma espécie
tropical nativa da Índia, também conhecida como plumeria.
Raízes e rizomas, resultam em essências notáveis como gengibre, valeriana e vetever.
Este, muito usado na perfumaria, é um tipo de planta com raízes fortes e fibrosas que oferecem o
cheiro de terra com um toque amadeirado. Já o orris, obtidos dos rizomas infecundo de íris por
meio da destilação, resulta em uma manteiga de perfume abundantemente delicado. Como é
muito valioso, é raramente empregado.
Folhas e raízes, são mais de 300 variedades diferentes que emprestam seu cheiro a
perfumaria, entre elas, destacam-se as folhas de violeta, gerânio, cálamo, figo, cipreste, murta,
cedro, petitgrain, tabaco e eucalipto. Outro personagem importante dessa categoria é o patchuli,
cujo óleo essencial extraído das folhas e do caule é um extravagante item de muitos dos aromas
estáveis, bem como as resinas e os bálsamos que são substâncias extraídas de certas árvores que
se transformam em cristais, dentre os mais conhecidos estão os olíbanos. A mirra é uma resina
obtida de um arbusto que é encontrado na África e no Oriente. Benjoim é uma essência balsâmica
extraída da árvore estoraque. Galbano é uma resina de cheiro verde. Opopânace, ao mesmo
tempo conhecido como mirra doce ou mirra bisabolol, tem o odor doce e alavandado, e era um
dos aromas favoritos do rei Salomão, filho do rei Davi. Bálsamo-de-tolu é originário de uma
árvore nativa do Peru, cuja resina lembra aroma de baunilha e canela. Bálsamo do copahu (ou
copaíba) é uma planta nativa da África do Sul e tem um cheiro suave doce e balsâmico. Elemi é
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uma resina que oferece um cheiro com características cítricas e frescas. Labdanum é uma resina
obtida da espécie cistus, seu odor é doce idêntico ao ambergris, pode ser empregado como acorde
de couro.
Semente e grãos, esses elementos trazem um estilo muito especial para a perfumaria, e
entre eles estão o ambrette, cardamomo, cominho, coentro, feno grego e fava-tonka, um toque de
vagem nativa do Brasil com cheiro similar ao da baunilha, mas com um toque de cravo, canela e
amêndoas. O ambrette tem um odor similar ao do musk. Em relação às frutas, as cítricas são as
mais empregadas desde os primórdios das águas de colônia, o destaque vai para o abacaxi,
ameixa, amêndoa, amora, bergamota, cereja, coco, damasco, framboesa, groselha, laranja, limão,
mandarina, manga, pêssego, toranja, e yuzu, fruta cítrica nativa do Japão, cujo aroma transmite
entre o grapefruit e a mandarina.
Especiarias, condimentos, e ervas aromáticas, conferem toque especiario ou
condimentado às fragrâncias, são usados com bastante frequência nos perfumes destinados ao
público masculinos e com saídas mais refrescantes. Alecrim, anis, artemísia, baunilha, canela,
citronela, cominho, cravo dill, erva-cidreira, estragão, louro, manjericão, manjerona, menta, nozmoscada, orégano, pimenta, sálvia, tomilho, verbena e zimbro são exemplos que podemos citar.
Ingredientes sintéticos
A perfumaria contemporânea começou por volta do século XX, quando a química ofereceu
novas escolhas de materiais aos perfumistas, os aromas sintéticos, isto é, réplicas dos naturais,
que permitiam inúmeras combinações antes duvidosas. Um bom exemplo desses ingredientes são
os aldeídos, substâncias que fixam as fragrâncias das flores, o que possibilita o uso de matériaprima natural em menor quantidade. O sucesso de Chanel nº 05, criado em 1921 pelo perfumista
Hernest Beax, foi devido à porção excessiva de compostos orgânicos aldeídicos usado na
formulação, isso porque o efeito que esse perfume produz de duração na pele jamais seriam
alcançadas apenas com substâncias naturais. Desde então, as pesquisas caminham rapidamente e
novos métodos elaborados de análises revelam segredos da natureza capazes de abrir novos
horizontes para a indústria da área de perfumaria (ASHCAR, 2008).
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Os aldeídos são compostos orgânicos que apresentam o grupo carbonila na extremidade da
cadeia carbônica, que tem a propriedade de desnaturar proteínas tornando-as mais resistentes à
decomposição natural (SOLOMONS; FRYHLE, 2005).
Quando identificamos os compostos de um óleo essencial, possivelmente será possível a
obtenção do mesmo para fabricá-lo sinteticamente tornando assim mais barato e acessível à
indústria. Existe também a possibilidade de síntese de novos compostos com aroma parecido ao
natural, entretanto, apresentam estruturas completamente diferentes. A Figura 1 apresenta a
fórmula estrutural de um composto sintético utilizado na perfumaria (Limoeiro), com
característica cítrica (DIAS; SILVA, 1996).
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Figura 1: Fórmula estrutural do Limoeiro.
Fonte: DIAS; SILVA, 1996.
A sintonia das notas olfativas
Ao abrir um frasco, é possível sentirmos várias misturas de odores. A fragrância final é
alcançada, na verdade, por meio lento e gradual de notas olfativas, um processo habilidoso e
curioso. O olfato é considerado o sentido mais elementar e talvez o mais apurado dos seres
humanos. Facilmente, ao lidar com tão precioso sentido, a criação de um perfume só poderia ser
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considerada uma arte, e é na música que encontramos a principal relação com a linguagem da
perfumaria moderna. Todo aroma em si é chamado de nota e seu blend (mistura), é conhecido
como arcode ou harmonia de uma determinada fragrância. Essas sinfonias aromáticas tem seu
próprio ritmo olfativo, graças às notas de saída, notas de corpo e notas de fundo. Elas precisam
estar em balanceamento sutil e delicado, para que uma não se sobre-saia a outra gerando assim
uma desarmonia entre as notas. Esse balanceamento das notas pode ser demonstrado, de forma
clara e específica em uma pirâmide olfativa como mostra em detalhes a Figura 2, nela podemos
identificar visivelmente todas as notas olfativas que compõem um determinado perfume
(ASHCAR, 2008).
Figura 2: Pirâmide olfativa
Fonte MANE, 2009.
Na ponta da pirâmide estão as notas de saída mais voláteis do composto, aquelas matériasprimas que evaporam primeiro, tem maior difusão e não tem percepção de qual é o cheiro que
estamos experimentando, duram apenas poucos minutos depois se sublimam. Os óleos essenciais
de bergamota, limão, laranja, lavanda, petit-grain, encontram-se nessa categoria denominadas
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notas de topo, de saída ou de cabeça do perfume. O meio da pirâmide refere-se às matériasprimas de volatilidade e tenacidade intermediária, que são a alma do perfume, permanecendo até
4 horas após a aplicação e evaporando-se mais lentamente. Os óleos essenciais de tomilho, cravo,
rosa, jasmim, ylang-ylang, patchuli, sândalo e também as notas sintéticas de aldeídos estão nessa
categoria, que são denominadas notas de corpo, do meio, ou coração do perfume. No dia seguinte
ou após 4 à 5 horas, podemos sentir o odor remanescente das matérias-primas mais pesadas e
persistentes, de baixo ponto de evaporação e difusão lenta. Nesta categoria se encaixam as resinas
de madeira e derivados animalitos. São denominadas notas de fundo ou base do perfume
(CORAZZA, 2002).
A força de um perfume está sujeito, essencialmente da concentração de matéria-prima
utilizada em sua composição. Do ponto de vista técnico, incide em várias misturas de
ingredientes voláteis dissolvidos em álcool que se alastram no ar em temperaturas habituais. A
palavra perfume aplica-se somente ao tipo de composição que contém a mais alta proporção de
extrato aromático com o menor teor de álcool possível, as outras combinações quase sempre
levam uma pequena quantidade de água na fórmula. Essa concentração, portanto, é fator decisivo
na classificação de acordo com o Quadro 1. É comum ouvir fala de tempo de duração das
fragrâncias, mas o feito não é mérito do agente fixador, como há quem acredite, na verdade a
fixação se deva as notas de fundo, também chamadas de notas de base. As fragrâncias densas e
persistentes, capazes de atuar na composição de modo a proporcionar uma difusão mais lenta
(ASHCAR, 2008).
Quadro 1: Classificação dos perfumes.
Classificação dos Perfumes
Denominação/Classificação
% do extrato
Parfum (perfume, extrato)
15 a 35
Eau de Parfum ou Parfum de Toilette
10 a 18
Eau de Toilette (Água de Toilette)
5 a 10
Eau de Cologne (Água de Colônia)
3a5
Splash (deo Colônia)
Até 3
.
Fonte: ASHCAR, 2008.
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As famílias olfativas
De acordo com a conotação olfativa e o grau de volatilização, as matérias-primas
fragrantes destinadas ao uso na indústria de perfumes são classificadas em Famílias Olfativas que
compreende: Cítricas e Lavandas, que normalmente são usadas como notas de cabeça, doando
leveza, frescor e vivacidade aos perfumes. Verdes/leguminosas largamente usadas nas notas de
corpo, onde confere a conotação de folhas molhadas cortadas, um aroma de seiva. Aldeídicas,
aplicadas como notas de fundo, dão conotações picantes. Tanto as Florais, quanto as Frutais são
usadas como notas de cabeça/corpo e corpo/fundo proporcionando um odor peculiar. As
Amadeiradas são aplicadas como notas de corpo/fundo, arredondando as notas de cabeça. As
Especiarias são usadas com notas de corpo/fundo, dando um aspecto típico temperado.
Aromáticas, compreendem as notas de cabeça/corpo/fundo, dando sensações típicas provenientes
de elemento de culinária. Polvorosas e Doces apresentam características adocicadas. O óleo
essencial extraído do Couro é usado como notas de corpo/fundo, dando uma conotação típica,
atualmente a preferência é para base sintética, de odor animal, fenólico, lembrando o alcatrão,
que remete o odor de couro. Os óleos essenciais que emitem cheiro característico de animais são
usados como notas de fundo, doando sensualidade. As matérias-primas naturais estão em desuso,
sendo substituídas por sintéticas. As Ozônicas e Marinhas são usadas coma notas de cabeça/corpo
e de corpo/fundo, de grande poder de irritação e potência, proporcionando um odor aquático
peculiar. É uma família desenvolvida nos últimos anos, formada principalmente por
especialidades químicas, são matéria-primas que lembram natureza, ar, água fresca, cachoeira,
mar maresia, etc., ou seja, são notas frescas leves e aquosas (CORAZZA, 2002).
Extração de óleos essenciais
Os óleos essenciais podem ser extraídos de deferentes maneiras, onde podemos citar a
destilação a vapor onde a planta é introduzida no alambique e os princípios voláteis são
encadeados pelo vapor da água, obtendo-se assim, uma substância aquosa ou oleosa perfumada.
Esse método é utilizado para plantas cujas essências não são modificadas pela temperatura.
Existem também por enfloração onde as flores são colocadas em placas de vidros, recoberta por
uma pomada a base de gordura como a banha ou óleo mineral, estas flores são renovadas de 20 a
15
30 vezes obtendo-se assim o “absoluto de pomada”. As flores são ainda enfraquecidas pelo éter
de petróleo, pela pomada e pelo álcool, obtendo-se assim o “absoluto de chassi”, esse processo só
é utilizado para flores mais nobres. Outro processo que podemos citar é o de extração com
solventes voláteis, onde depois de um banho de solventes, tais como éter, petróleo, e hexano, são
levados para evaporação, obtendo-se então os “concretos ou resinóides”. Esse método é utilizado
para tratar as substâncias de origem animal (HERNANDEZ; FRESNEL, 1999).
Estabilidade e controle de qualidade de cosméticos
Pelo perfil de estabilidade de um produto é possível avaliar seu desempenho, segurança e
eficácia. Os estudos de estabilidade fornecem indicações sobre o comportamento do produto em
determinado intervalo de tempo frente às condições ambientais a que o mesmo possa ser
submetido desde a formulação até o término da estabilidade (ANVISA, 2004).
Para Barata (2003), a estabilidade consiste e compreende uma parte primordial em um
processo de desenvolvimento de um novo produto para ser inserido no mercado. A escolha
qualitativa e quantitativa destes elementos, tal como estudos do seu comportamento, compõem
antecedentes indispensáveis para qualquer formulação correta no sentido de se obter produtos de
qualidade. Além dos fatores apresentados, teremos ainda de considerar o aspecto cosmético
propriamente dito, tornando o produto agradável ao consumidor. Deverá ser escolhido
aromatizante mais adequado, e estudado a sua compatibilidade com os outros elementos da
fórmula, dado que só por si ou em conjunto, pode apresentar alguma intolerância cutânea e
também de aspecto físico. Para se ter uma proporção de quantidade de todos os ingredientes
contido na formulação, deverá haver um acerto de proporções, procurando melhorar o
balanceamento de matérias-primas de forma a assegurar a estabilidade do produto final onde o
seu objetivo inicial não seja abalado. Ao término destes estudos preliminares de formulação em
que se fizeram os ensaios de laboratórios, deve-se prosseguir com a fabricação de ensaios pilotos.
Estes vão permitir corrigir e adaptar corretamente as quantidades de matérias-primas, de forma a
garantir a transposição de escala e assim passar a fase de produção industrial.
A estabilidade preliminar ou estabilidade de curto prazo tem como objetivo auxiliar e
orientar a escolha das formulações. O estudo de estabilidade preliminar dar-se na realização do
teste na fase inicial do desenvolvimento do produto, utilizando-se diferentes formulações de
16
laboratório e com duração reduzida. Aplicam-se ao produto condições extremas de temperatura
com o objetivo de antecipar possíveis reações entre seus componentes e o aparecimento de sinais
que devem ser observados e analisados conforme as características específicas de cada tipo de
produto. Devido às condições em que é conduzido, este estudo não tem a finalidade de estimar a
vida útil do produto, mas sim de auxiliar na triagem das formulações. O agrupamento de ar no
produto precisa ser evitado durante o envase na embalagem de teste. É importante não completar
o volume total da embalagem permitindo um espaço vazio de aproximadamente um terço da
capacidade do frasco para possíveis trocas gasosas. A duração do estudo é comumente de quinze
a vinte dias e auxilia na triagem das formulações (ANVISA, 2004).
Na estabilidade acelerada ou exploratória tem como objetivo fornecer dados para prever a
estabilidade do produto, tempo de vida benéfico e útil e a compatibilidade da formulação com o
material de acondicionamento. Este estudo serve como auxílio para a determinação da
estabilidade da formulação. É um estudo preceptivo que pode ser criado para prever o prazo de
validade do produto, e também pode ser realizado ainda quando existir modificações
significativas em ingredientes que compõem o produto e do processo de fabricação. O prazo de
duração é estimado em noventa dias e as formulações em testes são submetidas a condições mais
amenas que as do teste de estabilidade preliminar. Esse prazo pode ser estendido para até um ano
dependendo do tipo de produto. As amostras podem ser submetidas a aquecimento em estufas,
resfriamento em refrigeradores, exposição à radiação luminosa e ao ambiente (ANVISA, 2004).
O teste de prateleira, também conhecido como estabilidade de longa duração, tem como
alvo autenticar os limites de estabilidade do produto e confirmar o prazo de validade estimado no
teste de estabilidade acelerada. É um estudo realizado no período de tempo igual ao prazo de
validade estimado durante os estudos pautados anteriormente. Sua utilização serve para analisar o
comportamento do produto em condições habitual de armazenamento. A assiduidade deste estudo
deve ser determinada conforme o produto, o número de lotes produzidos e o prazo de validade
estimado (ANVISA, 2004).
A estabilidade do produto e sua compatibilidade com o material de acondicionamento ou
embalagem são conceitos bem diferentes que devem ser aplicados ao produto antes de ser
inserido no mercado para comercialização. Com esse teste, uma série de alternativas de materiais
de acondicionamento é considerada para determinar a mais adequada para o produto. As
condições ambientais e a periodicidade das análises podem ser as mesmas utilizadas nos estudos
17
de estabilidade para a formulação, mencionada anteriormente e, nesta fase, são examinadas as
presumíveis interações entre o produto e o material onde está sendo acondicionada, onde o
contato é direto. Alguns fenômenos devem ser observados tais como absorção, migração,
corrosão exudação e outros que afetam sua integridade do produto final (ANVISA, 2004).
Ensaios organolépticos e físico-químicos
Segundo Nicolósi (2007), as características organolépticas consideram que os produtos
cosméticos não devem apresentar alegorias intrínsecas que possam comprometer o impacto do
produto no consumidor, será necessário ter em equilíbrio o odor, a cor e aspecto físico da
matéria-prima após incorporação, para a execução dos ensaios deve ser considerada a forma
física de cada produto, tais como líquidos, semi-sólidos e sólidos. Já os ensaios físico-químicos,
são operações técnicas que consistem em determinar várias características de um produto,
processo ou serviço, de acordo com um procedimento específico. Os equipamentos devem ser
submetidos à manutenção e à calibração periodicamente de acordo com as normas internas
estabelecidas pela empresa, a fim de garantir resultados válidos.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2007), empresas
fabricantes são responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos. Para isso devem
disponibilizar recursos para garantir que todas as atividades sejam realizadas adequadamente por
pessoas devidamente treinadas. Quem realiza as tarefas específicas devem ser qualificados com
base na sua formação profissional, habilidades pessoais e treinamento. É fundamental que esse
processo seja auditado, de maneira a corrigir possíveis falhas e assegurar melhorias contínuas.
MATERIAL E MÉTODOS
Levando em consideração os assuntos abordados anteriormente, nesse momento estão
sendo tratados os procedimentos metodológicos que estão sendo utilizados neste trabalho. O
cosmético semi-sólido foi produzido no laboratório de Desenvolvimento e Controle de Qualidade
da empresa Abelha Rainha Indústria e Comércio de Cosmético Ltda., situada na rodovia Br-153
km 10 S/N bairro Granjas Reunidas Nossa Senhora de Lourdes em Aparecida de Goiânia-Goiás.
18
Matérias-primas
As matérias-primas usadas para o desenvolvimento da formulação cosmética semi-sólida
estão apresentadas de acordo com a legislação e normas vigentes estabelecida pela ANVISA,
apresentada pela publicação da RDC nº. 211, de 14 de julho de 2005, onde se encontram as
determinações técnicas sobre a rotulagem obrigatória geral para produtos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes, onde diz: Composição ou Ingredientes é descrição qualitativa dos
componentes da fórmula através de sua denominação genérica, usando a codificação de
substâncias determinada pela nomenclatura International Nomenclature of Cosmetic Ingredients
(INCI) (ANVISA, 2009).
As matérias-primas utilizadas em conformidade com a International Nomenclature of
Cosmetic Ingredients (INCI), estão descritas no Quadro 2.
Matérias-primas
•
Hidrogenated palm oil
•
Metiylparaben
•
Propylparaben
•
Butil hidroxitolueno (BHT)
•
Ozokerite wax
•
Euphorbia wax
•
Bee wax
•
Microcrystalline wax
•
Copernicia cerifera wax
•
Mineral oil
•
Silica
•
Parfum
Quadro 2: Matérias-primas usadas em conformidade com a International Nomenclature of Cosmetic Ingredients
(INCI).
19
Materiais e equipamentos para análises
Os equipamentos e materiais envolvidos no desenvolvimento da formulação estão descritos
em Quadro 3.
Equipamentos e materiais
•
Balança eletrônica semi-analítica modelo BG 4400 (marca Gehaka com capacidade
de pesagem de 4200g com leitura de 0,01g)
•
Beckers com capacidade volumétrica de 100 e 250 mL (marca Satelit)
•
Chapa aquecedora (marca Armad)
•
Termômetro com escala de 0 à 100°C (marca Inconterm)
•
Bastão de vidro
•
Agitador mecânico (marca Fisaton)
•
Embalagens de polieticelene com capacidade de 10g
•
Espátula de metal
•
Estufa (marca Tecnal)
•
Geladeira (marca Eletrolux)
Quadro 3: Equipamentos e materiais envolvidos no desenvolvimento da formulação.
O cosmético semi-sólido foi produzido no laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e
Controle de Qualidade cedido em caráter de gentileza pela empresa Abelha Rainha Indústria e
Comércio de Cosmético Ltda., situada na rodovia Br-153 km 10 S/N bairro Granjas Reunidas
Nossa Senhora de Lourdes em Aparecida de Goiânia-Goiás. Foram decorridas as seguidas fases:
Em um Becker de 250 mL pesou-se a fase 1:
1. 12,20 g de hidrogenated palm oil
2. 0,10 g de metylparaben
3. 0,15 g de propylparaben
4. 0,10 g de BHT
5. 2,70 g de ozokerite wax
6. 2,70 g de euphorbia wax
20
7. 10,60 g de bee wax
8. 5,00 g de microcrystalline wax
9. 4,15 g de copernicia cerifera wax
Em um Bécker de 100 mL pesou-se a fase 2:
1. 40,30 g de mineral oil
2. 2,00 g de sílica
Em um Bécker de 100 mL pesou-se a fase 3:
1. 20,00 g de Parfum.
Fundiu-se a Fase 1 à 70°C, agitando até completa homogeneização. Agitou-se a fase 2 até
homogeneizar, após a mesma foi adicionada sobre a fase 1. A fase 3 foi acrescentada sobre as
fases 1 e 2 após o resfriamento até 45°C,e com agitação mecânica homogeinizou. No Quadro 4
está apresentada a formulação quantitativa do cosmético semi-sólido bem como seus
fornecedores.
Ingredientes
Fabricantes/fornecedores
Concentração (%)
A 1 - Hidrogenated palm oil
Bungue
12,20
A 2 - Metylparaben
Ipiranga
0,10
A 3 - Propylparaben
Ipiranga
0,15
A 4 -Butil hidroxitolueno (BHT)
M.cassab
0,10
A 5 – Ozokerite wax
G&M
2,70
A 6 - Euphorbia wax
G&M
2,70
A 7 - Bee wax
G&M
10,60
A 8 - Microcrystalline wax
Unichen
5,00
A 9 - Copernicia cerifera wax
G&M
4,15
B 1 - Mineral oil
Ipiranga
40,30
B 2 - Sílica
Cabosil
2,00
C 1 - Parfum
Drom
20,00
Somatória
Quadro 4: Formulação quantitativa do cosmético semi-sólido.
100,00
21
As especificações dos ingredientes descritos no Quadro 4 são:
A 1 – Cera semi-sólida emoliente que promove deslize, espalhabilidade e hidratação.
A 2 – Possui propriedades conservantes amplamente utilizados em cosméticos.
A 3 – Possui propriedades conservantes amplamente utilizados em cosméticos.
A 4 - Possui propriedade anti-oxidante.
A 5 – Cera semi-sólida que atribui corpo e absorção de oleosidade.
A 6 – Cera vegetal semi-sólida que gera corpo firmeza e brilho ao produto.
A 7 – Cera semi-sólida emoliente que confere desmoldagem e estabilidade.
A 8 – Cera semi-sólida de polietileno que afere corpo e estabilização em diversas formulações.
A 9 – Cera semi-sólida que possui alto ponto de fusão.
B 1 – Óleo mineral com excelente hidratação e redução de pegajosidade.
B 2 – Possui elevado grau de absorção de oleosidade, promove toque seco e deslize com sensorial
sedoso.
C 1 – Fragrância que proporciona aroma.
Metodologia para estudos de estabilidade
Neste presente estudo, a estabilidade do produto acabado baseou-se na metodologia
recomendada pela ANVISA (2004), onde os estudos de estabilidade de um produto cosmético
devem ser conduzidos sob condições que permitam fornecer informações sobre a estabilidade do
produto em menos tempo possível. Para isso, essas amostras foram armazenadas em condições
que acelerem as mudanças propícias de ocorrerem durante o limite de validade. Nesse momento
houve uma atenção especial para que as condições não fossem tão extremas para evitar que ao
invés de acelerar o envelhecimento, fosse provocada alteração que não ocorreriam
espontaneamente no mercado ao qual o produto será submetido.
Na estabilidade preliminar as amostras foram submetidas a aquecimento em estufas,
resfriamento em refrigeradores e a ciclos alternados de resfriamento e aquecimento. Os valores
para temperaturas elevadas em estufa foram: T= 37 ± 2 °C. Para as baixas temperaturas os
valores considerados em geladeira foram: T= 5 ± 2 °C. E os valores em ciclos são: de 24 horas a
38 ± 2 °C 5 ± 2 °C, no período de 30 dias. Neste tipo de estudo, as amostras foram armazenadas
22
em condições distintas de temperatura, alternadas em intervalos regulares de tempo (ANVISA,
2004).
Na estabilidade acelerada as amostras foram submetidas ao aquecimento em estufas,
resfriamento em refrigeradores, exposição à radiação luminosa a temperatura ambiente. Os
valores para temperaturas elevadas ou baixas foram as mesmas adotadas na estabilidade
preliminar no período de 90 dias. Para a efetivação deste estudo acelerado, os parâmetros
avaliados foram determinados pelo formulador e está sujeito às características da formulação em
estudo e dos componentes utilizados nesta formulação. Na maioria das vezes, avaliam-se as
características organolépticas que são aspecto, cor, odor e sabor, quando o mesmo é um produto
aplicável, as características físico-químicas, valor de pH, viscosidade e densidade, características
microbiológicas, se aplicam a estudos do sistema de conservação do produto. Como não existe
nenhum parâmetro para essa classe de cosméticos, foi realizado um lote piloto que foi
considerado como padrão para a produção do perfume semi-sólido (ANVISA, 2004).
Classificações das análises organolépticas
De acordo com a ANVISA, as classificações organolépticas das amostras em estudo
seguem os seguintes critérios relacionados com o produto já acabado, pertencente ao lote piloto.
-Normal, sem alteração (sem alteração visível):
-Levemente modificada (percepção visível);
-Modificada (percepção visível);
-Intensamente modificada (alterações bruscas nos aspectos).
Ensaios organolépticos
Aspecto
Observou-se visualmente se as amostras das formulações em estudo mantiveram as mesmas
peculiaridades “macroscópicas” da amostra piloto (produto semelhante). Verificou-se se
ocorreram alterações do tipo separação de fases, precipitação, exudação (ANVISA, 2007).
23
Cor
Realizou-se a análise de cor através da colorimetria visual comparando a cor da amostra
com a cor da amostra piloto, ambos armazenados em frasco da mesma especificação (ANVISA,
2007).
Odor
Foram verificadas as amostras juntamente com a amostra piloto, acondicionados no mesmo
material de embalagem, seu odor foi conferido diretamente através do olfato (ANVISA, 2007).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente trabalho de conclusão de curso pretendeu desenvolver um cosmético semisólido para a perfumação do corpo para ser produzido em escala industrial, o qual possa ser
apreciado pelos consumidores. O mesmo se preocupou em garantir a qualidade do produto
desenvolvido obedecendo às normas estabelecidas pela ANVISA, levando em conta os
procedimentos que garantem a qualidade do produto final.
Resultados dos ensaios organolépticos
Resultados referentes ao aspecto
Os resultados obtidos em ensaios organolépticos referentes aos aspectos das amostras em
estudo estão relacionados no Quadro 5, as mesmas não apresentaram alterações expressivas.
Perfume semisólido
Aspecto
Precipitação
Separação de Fases
Amostra Amostra Amostra
Amostra
teste
piloto
teste
piloto
Normal,
Normal,
sem
sem
alteração
Original alteração Original
Quadro 5: Ensaio organoléptico referente ao aspecto das amostras em estudo.
24
Resultados referentes à cor
Com relação à cor não foi observado nenhum tipo de alteração visível nas amostras em
comparação ao padrão. Possivelmente, isso se deu pelo fato de não conter em sua composição
nenhum tipo de corantes ou pigmentos. Os resultados dos ensaios organolépticos referentes à cor
das amostras em estudo, encontram-se no Quadro 6.
Cor
Perfume semi-sólido
Amostra teste
Amostra piloto
Levemente amarelada Levemente amarelada
Quadro 6: Ensaio organoléptico referente à cor das amostras em estudo.
Resultados referentes ao odor
Em uma observação constante e diária não foram detectadas alterações nas características
olfativas das amostras que foram submetidas à comparação com a amostra padrão. Os resultados
dos ensaios organolépticos referentes ao odor das amostras em estudo, seguem descritos no
Quadro 7.
Odor
Perfume semi-sólido
Amostra teste
Normal, sem
alteração
Amostra piloto
Quadro 7: Ensaio organoléptico referente ao odor das amostras em estudo.
Resultados da estabilidade preliminar
original
25
Os resultados alcançados da análise de estabilidade preliminar em temperaturas extremas
para a formulação do perfume semi-sólido encontram-se no Quadro 8, onde foram observadas
pequenas variações nas temperaturas mais baixas e nas mais elevadas, entre um ciclo e outro,
porém com resultados dentro dos parâmetros aceitáveis. Essa pequena variação ocorreu devido às
distintas temperaturas, as quais o mesmo foi submetido.
Perfume Semi-sólido
Análise para estabilidade preliminar em cosméticos sob exposição extrema de
temperaturas
Temperatura
Separação de
dias ciclos
ºC
Precipitação
Fases
Cor
Odor
Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem
1º 24h
37ºC
alteração
alteração
alteração
alteração
Normal, sem Normal, sem Normal, sem Normal, sem
2º 24h
5ºC
alteração
alteração
alteração
alteração
37ºC
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
5ºC
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Levemente
modificada
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
3º
24h
38ºC
4º
24h
37ºC
5º
24h
6ºC
6º
7º
8º
72h
39ºC
9º
24h
5ºC
10º
24h
37ºC
11º
24h
4ºC
12º
24h
37ºC
13º
5ºC
14º
37ºC
15º
72h
5ºC
26
16º
24h
37ºC
17º
24h
5ºC
18º
24h
37ºC
19º
24h
5ºC
20º
37ºC
21º
5ºC
22º
72h
39ºC
23º
24h
5ºC
24º
24h
37ºC
25º
24h
5ºC
26º
24h
37ºC
27º
5ºC
28º
38ºC
29º
72h
5ºC
30º
24h
37ºC
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Levemente
modificada
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Quadro 8: Resultados de estabilidade preliminar em amostras de perfume semi-sólido sob exposição extrema de
temperaturas.
Resultados da estabilidade acelerada
Os resultados alcançados da análise de estabilidade acelerada em temperaturas extremas
para a formulação do perfume semi-sólido encontram-se no Quadro 9, onde foram observadas
pequenas alterações nas temperaturas mais baixas e nas mais elevadas, entre um ciclo e outro,
porém com resultados dentro dos parâmetros aceitáveis. Essa relevante alteração ocorreu devido
ao uso do veículo ser mineral oil e às distintas temperaturas, as quais o mesmo foi submetido.
27
dias
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
13º
14º
15º
16º
17º
18º
19º
20º
Perfume semi-sólido
Análise para estabilidade acelerada em cosméticos sob exposição extrema de
temperaturas
Temperatura
Separação de
ciclos
ºC
Precipitação
Fases
Cor
Odor
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
37ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
5ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
37ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
5ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
37ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
4ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
38ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
72h
4ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
37ºC
Normal, sem Normal, sem
Levemente
Normal, sem
alteração
alteração
modificada
alteração
24h
5ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
37ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
5ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
37ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
4ºC
Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
Levemente
modificado
alteração
alteração
alteração
72h
39ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
6ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
37ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
4ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
37ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
alteração
alteração
alteração
alteração
5ºC
28
37ºC
21º
22º
72h
4ºC
23º
24h
37ºC
24º
24h
4ºC
25º
24h
38ºC
26º
24h
5ºC
27º
38ºC
28º
5°C
29º
72h
37ºC
30º
24h
4ºC
1º
24h
37ºC
2º
24h
5ºC
3º
24h
37ºC
4º
5ºC
5º
37ºC
6º
72h
4ºC
7º
24h
38ºC
8º
24h
4ºC
9º
24h
37ºC
10º
24h
5ºC
11º
37ºC
12º
5ºC
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
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29
13º
72h
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14º
24h
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15º
24h
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16º
24h
6ºC
17º
24h
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18º
4ºC
19º
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20º
72h
5ºC
21º
24h
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22º
24h
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23º
24h
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24º
24h
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38ºC
26º
5ºC
27º
72h
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28º
24h
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29º
24h
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24h
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37ºC
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30
5º
24h
6ºC
6º
24h
37ºC
7º
24h
5ºC
8º
24h
39ºC
9º
5ºC
10º
37ºC
11º
72h
4ºC
12º
24h
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13º
24h
5ºC
14º
24h
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24h
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16º
37ºC
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37ºC
19º
24h
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24h
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22º
24h
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5ºC
24º
37ºC
25º
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26º
24h
37ºC
Normal, sem
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31
27º
24h
5ºC
28º
24h
38ºC
29º
24h
5ºC
30º
37ºC
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
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Normal, sem
alteração
Normal, sem
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Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Quadro: 9 Resultados de estabilidade acelerada em amostras de perfume semi-sólido sob exposição extrema de
temperaturas.
Resultados da estabilidade acelerada sob exposição à radiação luminosa e à
temperatura ambiente
Os resultados alcançados da análise de estabilidade acelerada em temperaturas ambientais e
sob a exposição à radiação luminosa para a formulação do perfume semi-sólido encontram-se no
Quadro 10, onde foram observadas pequenas alterações, entre os ciclos, porém com resultados
admissíveis dentro dos parâmetros. Essa alteração ocorreu devido à radiação luminosa intensa, a
qual o produto foi submetido.
Perfume semi-sólido
Análise para estabilidade acelerada em cosméticos sob exposição à radiação luminosa e
a temperatura ambiente
Temperatura
Separação de
dias ciclos
ºC
Precipitação
Fases
Cor
Odor
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
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1º
alteração
alteração
alteração
alteração
24h
25°C
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
2º
alteração
alteração
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24h
27ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
3º
alteração
alteração
alteração
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24h
27ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
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alteração
alteração
alteração
alteração
24h
25ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
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alteração
alteração
alteração
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24h
27ºC
Normal, sem Normal, sem
Normal, sem
Normal, sem
6º
alteração
alteração
alteração
alteração
25ºC
32
25ºC
7º
8º
72h
26ºC
9º
24h
27ºC
10º
24h
25ºC
11º
24h
27ºC
12º
24h
25ºC
13º
25ºC
14º
25ºC
15º
72h
28ºC
16º
24h
26ºC
17º
24h
27ºC
18º
24h
26ºC
19º
24h
27ºC
20º
25ºC
21º
25ºC
22º
72h
26ºC
23º
24h
27ºC
24º
24h
26ºC
25º
24h
25ºC
26º
24h
25ºC
27º
25ºC
28º
25°C
29º
72h
27ºC
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
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30º
24h
25ºC
1º
24h
27ºC
2º
24h
25ºC
3º
24h
27ºC
4º
25ºC
5º
25ºC
6º
72h
26ºC
7º
24h
25ºC
8º
24h
25ºC
9º
24h
27ºC
10º
24h
25ºC
11º
25ºC
12º
25ºC
13º
72h
27ºC
14º
24h
25ºC
15º
24h
27ºC
16º
24h
26ºC
17º
24h
27ºC
18º
25ºC
19º
25ºC
20º
72h
25ºC
21º
24h
27ºC
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34
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24h
26ºC
23º
24h
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24º
24h
26ºC
25º
25ºC
26º
25ºC
27º
72h
26ºC
28º
24h
25°C
29º
24h
26ºC
30º
24h
25ºC
1º
24h
27ºC
2º
25ºC
3º
25ºC
4º
72h
27ºC
5º
24h
26ºC
6º
24h
27ºC
7º
24h
25ºC
8º
24h
26ºC
9º
25ºC
10º
25ºC
11º
72h
25ºC
12º
24h
25ºC
13º
24h
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35
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24h
26ºC
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24h
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24h
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21º
24h
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22º
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24º
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25º
72h
25ºC
26º
24h
26ºC
27º
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28º
24h
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29º
24h
25ºC
30º
25ºC
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Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Normal, sem
alteração
Quadro: 10 Resultados de estabilidade acelerada em amostras de perfume semi-sólido sob exposição à radiação
luminosa e à temperatura ambiente.
CONCLUSÃO
O presente estudo teve como objetivo principal o desenvolvimento e a formulação de um
cosmético semi-sólido que seguisse rigorosamente as especificações pré-estabelecidas pela
36
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que garante qualidade e segurança do
produto ao consumidor.
Para formular um cosmético é necessário ter critérios desde a escolha de fornecedores, bem
como a origem das matérias-primas, passando pelas análises laboratoriais até o produto final
acabado.
Todas as especificações cabíveis a esse tipo de cosmético, contidas na ANVISA foram
seguidas neste estudo. Tanto os testes de estabilidade quanto os testes físico-químicos,
apresentaram parâmetros aceitáveis de segurança para o uso humano. Foi possível perceber leves
alterações nas avaliações de cor e aspecto do produto entre um ciclo e outro, mas no geral as
amostras apresentaram uma boa estabilidade em comparação com a amostra piloto.
Os valores alcançados neste período de estabilidade demonstraram que o produto
desenvolvido é estável à temperaturas extrema que podem variar de 4 à 38°C, sem perder sua
característica própria. Vale ressaltar que a ANVISA contribuiu de forma decisiva para a
realização deste estudo, fornecendo informações valiosas desde dados técnicos até parâmetros
para as análises de controle de qualidade de cosméticos.
Finalmente, conclui-se que o perfume semi-sólido desenvolvido a base de ceras, sílica,
conservantes e óleo essencial conferiu aplicação agradável, suave, sedosa, com sensorial
confortável, odor aprazível, sem aspecto gorduroso ou aparência pegajoso, com boa
espalhabilidade, fixação, e com bom deslizamento na superfície aplicada, portanto, pode ser
produzido e comercializado em escala industrial.
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