Demonstrações Financeiras – 4T14

Transcrição

Demonstrações Financeiras – 4T14
Votorantim Cimentos S.A.
Demonstrações financeiras
individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2014
e relatório dos auditores independentes
Relatório dos auditores independentes
sobre as demonstrações financeiras
individuais e consolidadas
Aos Administradores e Acionistas
Votorantim Cimentos S.A.
Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Votorantim Cimentos S.A. ("Companhia" ou
"Controladora") que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas
demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de
caixa para o exercício findo nessa data, bem como as demonstrações financeiras consolidadas da
Votorantim Cimentos S.A. e suas controladas ("Consolidado") que compreendem o balanço patrimonial
consolidado em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do
resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo
nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração
sobre as demonstrações financeiras
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração
de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
por erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em
nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas
normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e
executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de
distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito
dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos
selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante
nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro.
Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e
adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de
auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia
2
PricewaterhouseCoopers, Al. Dr. Carlos de Carvalho 417, 10o, Curitiba, PR, Brasil 80410-180, Caixa Postal 699
T: (41) 3883-1600, F: (41) 3222-6514, www.pwc.com/br
Votorantim Cimentos S.A.
desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das
políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem
como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Votorantim Cimentos S.A. e da Votorantim
Cimentos S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2014, o desempenho de suas operações e os seus
fluxos de caixa, bem como o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa
consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as
normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB).
Outros assuntos
Informação suplementar - Demonstrações
do Valor Adicionado
Examinamos também as Demonstrações do Valor Adicionado (DVA), individuais e consolidadas,
referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, preparadas sob a responsabilidade da
administração da Companhia, e apresentadas como informação suplementar. Essas demonstrações foram
submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão
adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações
financeiras tomadas em conjunto.
Curitiba, 25 de fevereiro de 2015
PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes
CRC 2SP000160/O-5
Carlos Eduardo Guaraná Mendonça
Contador CRC 1SP196994/O-2
3
Índice
Demonstrações financeiras individuais e consolidadas
Balanço patrimonial ...............................................................................................................................................5
Demonstraçã0 do resultado....................................................................................................................................6
Demonstração do resultado abrangente.................................................................................................................7
Demonstração das mutações no patrimônio líquido..............................................................................................8
Demonstração dos fluxos de caixa.........................................................................................................................10
Demonstração do valor adicionado........................................................................................................................12
1
Considerações gerais ................................................................................................................................... 13
2
Apresentação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas .................................................. 15
2.1 Base de apresentação ................................................................................................................................... 15
2.2 Consolidação................................................................................................................................................ 16
2.3 Conversão em moeda estrangeira ................................................................................................................ 19
2.4 Caixa e equivalentes de caixa ...................................................................................................................... 20
2.5 Ativos financeiros ....................................................................................................................................... 20
2.6 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge ....................................................................... 21
2.7 Contas a receber de clientes.........................................................................................................................22
2.8 Estoques ......................................................................................................................................................22
2.9 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos .....................................................................22
2.10 Imobilizado ..................................................................................................................................................23
2.11 Arrendamento mercantil .............................................................................................................................23
2.12 Ativos intangíveis ........................................................................................................................................24
2.13 Impairment de ativos não financeiros......................................................................................................... 25
2.14 Ativos não circulante mantidos para venda ................................................................................................. 25
2.15 Contas a pagar aos fornecedores ................................................................................................................. 25
2.16 Empréstimos e financiamentos ...................................................................................................................26
2.17 Provisões......................................................................................................................................................26
2.18 Obrigação com descomissionamento de ativo .............................................................................................26
2.19 Benefícios a funcionários .............................................................................................................................26
2.20 Capital social............................................................................................................................................... 28
2.21 Reconhecimento da receita......................................................................................................................... 28
2.22 Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio ........................................................................... 28
2.23 Lucro por ação .............................................................................................................................................29
2.24 Subvenção governamental ...........................................................................................................................29
2.25 Apresentações de informações por segmento ..............................................................................................29
2.26 Demonstração do fluxo de caixa ..................................................................................................................29
2.27 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) .................................................................................................29
3
Mudanças nas práticas contábeis e divulgações ......................................................................................... 30
4
Estimativas e julgamentos contábeis críticos .............................................................................................. 31
5
Gestão de risco financeiro............................................................................................................................33
5.1 Fatores de risco financeiro...........................................................................................................................33
5.2 Gestão de capital .......................................................................................................................................... 35
5.3 Estimativa do valor justo .............................................................................................................................36
5.4 Derivativos contratados ...............................................................................................................................39
5.5 Hedge de investimento líquido em entidade no exterior ............................................................................ 40
5.6 Demonstrativos da análise de sensibilidade ............................................................................................... 40
6
Instrumentos financeiros por categoria.......................................................................................................42
7
Qualidade dos créditos dos ativos financeiros .............................................................................................44
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
Caixa e equivalentes de caixa ....................................................................................................................... 45
Aplicações financeiras .................................................................................................................................45
Contas a receber de clientes.........................................................................................................................46
Estoques ..................................................................................................................................................... 48
Tributos a recuperar ....................................................................................................................................49
Partes relacionadas ..................................................................................................................................... 50
Outros ativos................................................................................................................................................ 53
Investimentos .............................................................................................................................................. 54
Imobilizado .................................................................................................................................................. 61
Intangível ..................................................................................................................................................... 65
Empréstimos e financiamentos ...................................................................................................................69
Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos .....................................................................78
Provisões...................................................................................................................................................... 81
Contas a pagar – Trading ........................................................................................................................... 90
Uso do bem público - UBP .......................................................................................................................... 90
Outros passivos........................................................................................................................................... 90
Patrimônio líquido...................................................................................................................................... 90
Receita ........................................................................................................................................................94
Outras receitas operacionais, líquidas .........................................................................................................94
Abertura do resultado por natureza.............................................................................................................94
Despesas com benefícios a empregados ...................................................................................................... 95
Resultado financeiro líquido........................................................................................................................ 95
Benefícios de plano de pensão e saúde pós-emprego ..................................................................................96
Benefícios fiscais..........................................................................................................................................99
Seguros ......................................................................................................................................................100
Ativos e passivos classificados como mantidos para venda ....................................................................... 101
Informação financeira por segmento operacional ..................................................................................... 103
Votorantim Cimentos S.A.
Balanço patrimonial
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Contas a receber de clientes
Estoques
Tributos a recuperar
Imposto de renda e contribuição social
Adiantamentos a fornecedores
Dividendos a receber
Outros ativos
Ativos classificados como mantidos para venda
Nota
2014
8
9
5.4
10
11
12
12
188.676
1.456.432
13
14
33
Controladora
2013
2014
305.571
432.225
107.497
28.694
29.314
42.741
33.427
14.218
1.027.785
15.010
302.390
484.343
86.900
95.826
31.239
143.974
61.122
1.148.809
1.302.235
196.346
75.212
82.826
31.224
149.678
665.588
1.274.323
17.526
1.096.596
1.305.655
179.448
161.686
74.401
24.555
154.578
2.624.577
2.262.807
5.512.370
4.954.356
1.285.785
787.981
36.509
955.327
1.570.713
Consolidado
2013
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Salários e encargos sociais
Imposto de renda e contribuição social
Tributos a recolher
Dividendos a pagar
Adiantamento de clientes
Uso do bem público - UBP
Outros passivos
Passivos relacionados a ativos mantidos para venda
2.661.086
Não circulante
Realizável a longo prazo
Instrumentos financeiros derivativos
Partes relacionadas
Depósitos judiciais
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Tributos a recuperar
Outros ativos
Investimentos
Imobilizado
Intangível
5.4
13
20 (c)
19 (b)
12
14
15
16
17
2.262.807
91.156
23.983
126.603
17.833
132.369
155.904
53.075
172.802
61.243
6.798.155
91.156
135.687
196.153
421.662
247.500
144.405
Nota
2014
Controladora
2013
18
5.4
617.046
76.386
373.041
116.240
166.997
552.526
182
351.961
112.445
159.981
137.044
116.722
5.013
99.489
1.880
6.990
772.368
76.386
1.232.301
116.240
316.668
14.138
220.417
122.100
25.491
131.944
119.859
263.405
721.745
2.450
910.705
112.445
292.606
68.618
205.783
45.664
69.957
24.859
231.919
1.740.433
1.405.313
3.159.514
2.686.751
895.235
390.305
21
13
22
23
33
103.767
206.779
320.080
269.802
172.885
450.721
384.247
1.236.563
1.073.313
12.204.889
4.982.531
828.571
13.283.863
4.945.756
765.548
1.677.115
10.647.488
5.267.054
1.553.893
10.384.454
5.156.829
18.015.991
18.995.167
17.591.657
17.095.176
Não circulante
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Partes relacionadas
Provisões
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Obrigações a pagar com investidas
Uso do bem público - UBP
Plano de pensão
Outros passivos
18
5.4
13
20
19 (b)
15
22
30
23
Total do passivo
Patrimônio líquido
Capital social
Reservas de lucros
Ajustes de avaliação patrimonial
1.740.433
1.405.313
4.054.749
3.077.056
12.623.807
11.326.447
3.826
2.860.017
582.960
107.518
26.407
13.652.822
71.445
776.102
510.947
12.779.596
3.826
151.623
913.990
498.318
154.314
242.287
398.525
140.897
334.163
459.311
424.874
43.154
31.563
84.114
169.379
13.666.823
15.076.554
15.407.917
15.220.938
15.407.256
16.481.867
19.462.666
18.297.994
2.730.875
2.254.332
735.335
2.731.375
1.761.803
667.176
2.730.875
2.254.332
735.335
2.731.375
1.761.803
667.176
5.720.542
5.160.354
5.720.542
5.160.354
443.167
452.478
5.720.542
5.160.354
6.163.709
5.612.832
21.127.798
21.642.221
25.626.375
23.910.826
24
Participação dos acionistas não controladores
Total do patrimônio líquido
21.127.798
21.642.221
25.626.375
23.910.826
Total do passivo e patrimônio líquido
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.
5 de 105
Consolidado
2013
5.742.337
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores
Total do ativo
2014
Votorantim Cimentos S.A.
Demonstração do resultado
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Operações continuadas
Receita líquida dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Nota
2014
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
25
27
6.642.445
(3.767.944)
6.330.908
(3.664.506)
12.883.566
(8.568.924)
12.142.288
(8.102.841)
2.874.501
2.666.402
4.314.642
4.039.447
(721.169)
(563.168)
62.814
(1.221.523)
(592.665)
(506.255)
59.784
(1.039.136)
(1.061.881)
(885.999)
234.093
(1.713.787)
(893.711)
(790.373)
326.125
(1.357.959)
1.652.978
1.627.266
2.600.855
2.681.488
743.025
774.123
31.045
805.168
187.687
96.863
31.045
127.908
Lucro bruto
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas
Gerais e administrativas
Outras receitas operacionais, líquidas
27
27
26
Lucro operacional antes das participações
societárias e do resultado financeiro
Resultado de participações societárias
Equivalência patrimonial
Realização de outros resultados abrangentes na alienação de investimentos
15
1(vi)
743.025
Resultado financeiro líquido
Receitas financeiras
Despesas financeiras
Variações cambiais, líquidas
186.330
(925.452)
(42.241)
319.888
(1.679.281)
(82.282)
376.101
(1.072.152)
(89.745)
(1.229.368)
(781.363)
(1.441.675)
(785.796)
1.651.071
1.346.867
2.023.600
19 (a)
8.502
(91.906)
1.083.231
Lucro líquido do exercício proveniente de operações continuadas
Operações descontinuadas
Lucro (prejuízo) das operações descontinuadas
254.263
(1.423.027)
(60.604)
1.166.635
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social
Imposto de renda e contribuição social
Correntes
Diferidos
187.687
29
(304.079)
(19.168)
1.327.824
33 (d)
(231.789)
9.493
1.124.571
16.221
(551.810)
(34.098)
1.437.692
(48.857)
1.083.231
1.327.824
1.140.792
1.388.835
1.083.231
1.327.824
1.083.231
57.561
1.327.824
61.011
1.083.231
1.327.824
1.140.792
1.388.835
5.421.511
5.422.032
5.421.511
5.422.032
Lucro líquido básico e diluído por ação - R$
0,1998
0,2449
0,1998
0,2449
Das operações continuadas:
Lucro líquido básico e diluído por ação - R$
0,1998
0,2449
0,1968
0,2539
0,0030
(0,0090)
Lucro líquido do exercício
Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores
Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores
Lucro líquido do exercício
Quantidade total de ações - milhares
Das operações descontinuadas:
Lucro (prejuízo) básico e diluído por ação - R$
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e
consolidadas.
6 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Demonstração do resultado abrangente
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Controladora
Nota
2014
2013
2014
2013
1.083.231
1.327.824
1.140.792
1.388.835
24 (e)
5.5
1 (vi)
(1.396)
(336.912)
(21.926)
(336.912)
24 (e)
425.028
86.720
(7.361)
(563.681)
(31.045)
(15.720)
665.051
47.244
444.351
85.513
17.216
(563.681)
(31.045)
(15.720)
660.475
67.245
30
(18.561)
42.207
(18.561)
42.207
68.159
1.151.390
89.451
1.417.275
66.952
1.207.744
109.452
1.498.287
Lucro líquido do exercício
Outros componentes do resultado abrangente líquido de imposto
de renda e contribuição social do exercício a serem
posteriormente reclassificados para o resultado
Participação nos outros resultados abrangentes das investidas
Hedge accounting de investimentos líquidos no exterior
Realização de outros resultados abrangentes na alienação de investimentos na VILA
Realização de outros resultados abrangentes na baixa de investimentos
Variação cambial de investidas localizadas no exterior
Outros componentes do resultado abrangente líquido de imposto
de renda e contribuição social do exercício que não
serão reclassificados para o resultado
Remensurações com benefícios de aponsentadoria
Outros componentes do resultado abrangente do exercício, líquido dos efeitos
tributários
Total do resultado abrangente do exercício
Resultado abrangente atribuível aos acionistas
Operações continuadas
Operações descontinuadas
Resultado abrangente atribuível aos acionistas
Controladores
Não controladores
Consolidado
1.151.390
1.417.275
1.191.523
16.221
1.547.144
(48.857)
1.151.390
1.417.275
1.207.744
1.498.287
1.151.390
56.354
1.417.275
81.012
1.207.744
1.498.287
33 (d)
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e
consolidadas.
7 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Demonstração das mutações no patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Reservas de lucros
Nota
2.746.024
Em 1º de janeiro de 2013
Total do resultado abrangente do exercício
Lucro líquido do exercício
Outros componentes do resultado abrangente do exercício
Total do resultado abrangente do exercício
Total de contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas
Redução de participação de acionistas não controladores Macau
Aumento de participação de acionistas não controladores Artigas
Aumento de participação de acionistas não controladores Antequera
Redução de capital social - cisão parcial de ativos
Aquisição de ações de minoritarios VCNNE
Aumento de capital social
Reversão de dividendos prescritos e não reclamados
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição de reserva para incentivos fiscais
Constituição de reserva legal
Dividendos deliberados (R$ 0,17 por ação)
Retenção de lucros
Total de contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas
Em 31 de dezembro de 2013
Capital
social
De incentivos
fiscais
544.441
Legal
Retenção
353.070
436.711
Atribuível aos acionistas controladores
Ajustes de
Lucros
avaliação
acumulados
patrimonial
Total
1.327.824
1 (v)
1 (ix)
1 (iv)
1 (vii)
24 (a)
252.279
4.910.250
89.451
89.451
1.327.824
89.451
1.417.275
61.011
20.001
81.012
1.388.835
109.452
1.498.287
(9.600)
(46.881)
(46.881)
(52.670)
32.232
62.027
(52.670)
32.232
62.027
207.982
153.451
(207.982)
(66.391)
(900.000)
(153.451)
(1.327.824)
66.391
24 (b)
(14.649)
2.731.375
207.982
66.391
153.208
752.423
419.461
589.919
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.
8 de 105
4.657.971
(9.600)
24 (d)
Patrimônio
líquido
577.725
1.327.824
24 (e)
Participação dos
acionistas não
controladores
(27.900)
224.795
6.120
(83.828)
(900.000)
(914.892)
667.176
5.160.354
(37.500)
224.795
6.120
(46.881)
(136.498)
32.232
62.027
(900.000)
119.187
452.478
(795.705)
5.612.832
Votorantim Cimentos S.A.
Demonstração das mutações no patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Reservas de lucros
Nota
Em 1º de janeiro de 2014
Total do resultado abrangente do exercício
Lucro líquido do exercício
Outros componentes do resultado abrangente do exercício
Total do resultado abrangente do exercício
Total de contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas
Aquisição de participação de não controladores VCNNE
Aumento de participação de acionistas não controladores Yacuces
Aumento de participação de acionistas não controladores Itacamba
Redução do capital social - Cisão parcial de ativos
Reclassificação de não controladores para reserva de lucros
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição de reserva para incentivos fiscais
Constituição de reserva legal
Dividendos deliberados (R$ 0,09 por ação)
Juros sobre capital próprio (R$ 0,03 por ação) (i)
Retenção de lucros
Total de contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas
Em 31 de dezembro de 2014
(i)
Capital
social
2.731.375
De incentivos
fiscais
752.423
Legal
Retenção
419.461
589.919
Atribuível aos acionistas controladores
Ajustes de
Lucros
avaliação
acumulados
patrimonial
Total
667.176
5.160.354
68.159
68.159
1.083.231
68.159
1.151.390
1.083.231
24 (e)
1.083.231
1 (i)
2.2 (iii)
1 (iv)
24 (c)
(38.206)
(38.206)
(42.774)
(500)
(42.774)
(500)
24 (d)
200.614
562.733
(200.614)
(54.162)
(116.722)
(149.000)
(562.733)
(1.083.231)
54.162
24 (b)
24 (b)
(244.000)
(500)
2.730.875
200.614
54.162
237.753
953.037
473.623
827.672
735.335
9 de 105
452.478
57.561
(1.207)
56.354
(100.102)
47.745
13.385
Patrimônio
líquido
5.612.832
1.140.792
66.952
1.207.744
(138.308)
47.745
13.385
(500)
42.774
(360.722)
(149.000)
(69.467)
(430.189)
(149.000)
(591.202)
(65.665)
(656.867)
5.720.542
Os juros sobre capital próprio contemplam o imposto de renda retido na fonte de 15%, sendo seu valor líquido R$ 126.650 (Nota 24(b)).
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.
Participação dos
acionistas não
controladores
443.167
6.163.709
Votorantim Cimentos S.A.
Demonstração dos fluxos de caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Controladora
Nota
2014
2013
Consolidado
2014
2013
Fluxo de caixa das atividades operacionais
1.166.635
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social
Lucro (prejuízo) das operações descontinuadas
Ajustes para reconciliar o lucro ao caixa líquido
proveniente das atividades operacionais
Depreciação, amortização e exaustão
Impairment de adiantamentos a fornecedores, imobilizado e intangível
Perda (ganho) na venda de ativo imobilizado e intangível
Realização de outros resultados abrangentes na alienação de investimentos
Perda (ganho) na alienação de outros investimentos
Ganho na alienação de investimentos C+PA
Equivalência patrimonial
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Provisão (reversão) para perdas de estoques
Reversão de contraprestação contingente não realizada
Juros, variações monetárias e cambiais
Ajuste pelo valor justo dos instrumentos derivativos
Complemento (reversão) de provisões
33 (d)
16 e 17
26
26
1 (ii)
26
1 (v)
15
10 (b)
11
17 (c)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais
27
1.346.867
2.023.600
16.221
(48.857)
269.319
28.943
(6.897)
(31.045)
(596)
805.499
96.191
(31.258)
(743.025)
12.549
15.338
(774.123)
15.167
(3.501)
1.086.171
(3.768)
(75.857)
857.132
(6.336)
93.061
(187.687)
35.489
30.701
(35.700)
1.376.458
(2.325)
(125.938)
773.093
37.168
(20.478)
(31.045)
(1.853)
(34.904)
(96.863)
41.351
(16.257)
1.101.344
(9.823)
188.108
3.323.072
3.904.584
291.668
17.287
30.824
609
1.798.431
Decréscimo (acréscimo) em ativos
Aplicações financeiras
Contas a receber de clientes
Estoques
Tributos a recuperar
Partes relacionadas
Outros ativos
Acréscimo (decréscimo) em passivos
Fornecedores
Tributos a recolher
Salários e encargos sociais
Adiantamento de clientes
Contas a pagar e outros passivos
Caixa proveniente das operações
Juros pagos
Prêmio pago na recompra parcial do Bond
Imposto de renda e contribuição social pagos
1.651.071
2.092.195
(1.446)
(286.925)
(22.579)
36.780
75.936
10.878
39.905
306.914
(51.675)
(88.481)
(48.287)
(56.500)
(16.077)
(147.034)
(88.699)
(30.149)
85.141
(27.436)
(50.241)
758.116
(139.480)
(82.685)
(24.472)
18.264
(210.428)
21.080
114.249
7.016
(1.977)
(188.596)
(31.606)
183.707
25.696
(4.338)
(274.861)
311.596
(49.428)
24.062
(44.466)
(69.887)
46.929
60.796
59.590
45.796
(434.211)
1.604.198
(980.990)
(147.301)
(1.060)
2.036.687
(792.532)
3.236.531
(1.055.672)
(175.436)
(135.733)
4.002.799
(872.761)
474.847
1.215.529
1.869.690
2.895.489
(28.626)
(234.549)
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e
consolidadas.
10 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Demonstração dos fluxos de caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Nota
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Caixa proveniente da aquisição da controlada Artigas
Aumento de participação na Bio Bio
Aumento de capital em investidas
Aquisição de investimento C+PA
Aquisição de investimento Cementos Artigas
Aquisição de investimento Cementos Avellaneda
Aquisição de investimento VCEAA
Aquisição de investimento (líquido do caixa obtido) Antequera
Aquisição de imobilizado
Aquisição de intangível
Recebimento pela venda de imobilizado e intangível
Recebimento pela venda de ativo não circulante mantido para venda C+PA
Recebimento alienação investimentos
Recebimento de dividendos
15 (c)
1 (v)
1 (ix)
(11.064)
Controladora
2013
(69.320)
2014
(10.191)
(155.946)
17
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Aquisição participação de não controladores Macau
Captações de recursos
Instrumentos financeiros derivativos
Liquidação de empréstimos e financiamentos
Partes relacionadas, líquidas
Recebimento na redução de capital VCEAA
Parcela de caixa aporte de capital Voto IV
Aquisição de participação de não controladores VCNNE
Aumento de participação de acionistas não controladores Yacuces
Aumento de participação de acionistas não controladores Itacamba
Aumento de capital em investidas Voto IV
Juros pagos sobre capital próprio
Dividendos pagos
2014
15 (c)
15 (c)
Caixa líquido (aplicado nas) proveniente das atividades de financiamentos
(780.962)
(2.116)
8.427
48.150
51.313
(497.478)
(948.604)
(1.180.749)
(1.334.786)
3.472.003
(2.840)
(2.671.371)
(63.178)
15.887
754.253
(346)
(681.836)
655.749
4.280.971
(3.074)
(4.038.008)
(84.662)
(37.500)
1.435.420
(3.095)
(2.206.930)
(65.882)
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício
50.628
(138.308)
47.745
13.385
52.294
(136.498)
(158.532)
(150.880)
(244.000)
(986.092)
(150.880)
(351.826)
(986.563)
197.089
(258.272)
(424.657)
(1.948.754)
Variação cambial de caixa e equivalentes de caixa de empresas no exterior
Acréscimo (decréscimo) em caixa e equivalentes de caixa
91.034
(14.699)
(14.102)
(27.900)
(50.795)
(121.909)
(155.946)
(12.728)
(1.282.118)
(20.848)
40.721
60.200
112.600
61.704
(545.861)
(1.152)
12.449
1 (i)
(1.275.915)
(64.475)
119.204
Consolidado
2013
25.455
117.385
8.653
264.284
(388.051)
14.218
5.565
665.588
936.254
188.676
14.218
955.327
665.588
174.458
Principais transações que não afetaram o caixa
Compensação de dividendos a receber com partes relacionadas (passivo)
Redução de capital social da investida VCNNE compensando partes relacionadas (passivo)
1 (iii)
Dação em pagamento de investimentos compensando partes relacionadas (passivo)
Pagamento de REFIS e Art 33 da MP 651/14 com tributo diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa
Captações de FINAME para aquisição de imobilizado
Alienação de investimento na VILA
1 (vi)
Aquisição da investida Voto IV
1 (viii)
655.491
1.421.333
268.236
17.290
49.133
53.701
682.155
32.232
35.247
61.093
53.785
682.155
32.232
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e
consolidadas.
11 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Demonstração do valor adicionado
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Controladora
Receitas
Vendas de produtos e serviços
Outras receitas operacionais
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Nota
2014
2013
2014
2013
26
8.851.542
62.814
(12.549)
8.366.561
59.784
(15.167)
15.822.201
234.093
(35.489)
14.875.281
326.125
(41.351)
8.901.807
8.411.178
16.020.805
15.160.055
(2.362.083)
(1.343.121)
(2.294.864)
(1.248.190)
(5.213.503)
(2.529.969)
(5.014.286)
(2.294.909)
(3.705.204)
(3.543.054)
(7.743.472)
(7.309.195)
5.196.603
4.868.124
8.277.333
7.850.860
Insumos adquiridos de terceiros
Matérias-primas e outros insumos de produção
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
Valor adicionado bruto
Depreciação, amortização e exaustão
16 e 17
Valor adicionado líquido produzido
Valor adicionado recebido em transferência
Resultado de participações societárias
Receitas financeiras e variações cambiais ativas
Valor adicionado total a distribuir
Distribuição do valor adicionado
Pessoal e encargos
Remuneração direta
Plano de aposentadoria e plano de pensão
Encargos sociais
Benefícios
Remuneração de capitais de terceiros
Despesas financeiras e variações cambiais passivas
Aluguéis
Valor adicionado distribuído
(291.668)
(269.319)
(805.499)
(773.093)
4.904.935
4.598.805
7.471.834
7.077.767
743.025
442.455
805.168
1.077.844
187.687
605.300
127.908
1.343.705
1.185.480
1.883.012
792.987
1.471.613
6.090.415
6.481.817
8.264.821
8.549.380
486.724
434.365
266.201
144.892
897.817
237.974
124.650
796.989
1.029.316
14.914
385.651
224.330
1.654.211
910.791
18.198
350.102
200.504
1.479.595
726.172
1.515.504
27.579
91.906
2.361.161
977.648
1.410.183
31.586
19.168
2.438.585
1.166.253
2.103.078
30.488
(9.493)
3.290.326
1.434.708
1.940.548
35.307
34.098
3.444.661
1.671.823
76.383
1.748.206
1.859.207
59.212
1.918.419
2.046.975
132.517
2.179.492
2.129.501
106.788
2.236.289
116.722
149.000
817.509
900.000
61.011
900.000
427.824
1.083.231
1.327.824
57.561
186.189
149.000
731.821
16.221
1.140.792
476.681
(48.857)
1.388.835
6.090.415
6.481.817
8.264.821
8.549.380
28
Impostos, encargos sociais
Federais
Estaduais
Municipais
Diferidos
Remuneração de capitais próprios
Participação dos acionistas não controladores
Dividendos
Juros sobre capital próprio
Lucros retidos
Lucro (prejuízo) das operações descontinuadas
Consolidado
33 (d)
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e
consolidadas.
12 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Considerações gerais
1
A Votorantim Cimentos S.A. ("Companhia" ou "VCSA") e suas controladas têm como atividades
preponderantes: a produção e o comércio de um portfólio completo de materiais pesados de construção,
que inclui cimento, agregados, concreto, argamassa, e outros materiais de construção, bem como de
matérias-primas e derivados, produtos semelhantes e relacionados; prestação de serviços de concretagem;
pesquisa, mineração e processamento de reservas minerais de acordo com sua atividade principal de
produção; transporte, distribuição e importação; participação em outras empresas. A Companhia é uma
sociedade anônima com sede na cidade e Estado de São Paulo. A Companhia e suas controladas atuam em
todas as regiões do Brasil, Américas do Norte e do Sul, Europa, África e Ásia.
A Companhia é controlada diretamente pela Votorantim Industrial S.A. ("VID"), e a empresa controladora
final é a Votorantim Participações S.A. ("VPAR"). A VPAR é uma empresa de capital privado integralmente
controlada pela família Ermírio de Moraes e que constitui a holding das empresas Votorantim
(“Votorantim”), com sede na cidade de São Paulo, Brasil.
Principais alterações em participações societárias ocorridas em 2014 e 2013
(i) Recompra de participação de não controlador - Votorantim Cimentos N/NE S.A.(“VCNNE”)
Em 20 de janeiro de 2014, a controlada VCNNE recomprou ações de sua emissão detidas pelo Banco
Votorantim S.A. e suas entidades financeiras, para manutenção em tesouraria. A quantidade de ações
adquiridas foi 806.620, sendo 663.591 ações ordinárias e 143.029 ações preferenciais. O valor unitário
pago da ação na data da recompra, obtido com base em laudo de avaliação econômica realizado por
empresa terceirizada independente, foi R$ 214,01 totalizando um desembolso de R$ 172.626. Do valor
pago, foi deduzido o montante de R$ 34.318 de dividendos registrados no contas a pagar aos acionistas não
controladores. Como o valor unitário patrimonial da ação era R$ 124,10, foi gerado ágio na recompra no
montante de R$ 38.206. Com isso, a Companhia passa a deter 100% de capital da VCNNE.
(ii)
Usinas Hidroelétricas
Em 2014, a Administração da Companhia aprovou a transferência de sua participação de 5,62% no
Consórcio da Usina Hidroelétrica de Machadinho. No mesmo período, foi aprovada a transferência da
Concessão da Pedra do Cavalo. Ambas as transferências serão realizadas para empresas da Votorantim.
(Nota 33 (c)).
(iii) Redução de capital
Em outubro de 2014, a controlada VCNNE deliberou em assembleia geral extraordinária a redução no
montante de R$ 1.421.333 do capital social, sem cancelamento de ações, com restituição aos acionistas, na
proporção da participação de que detém no capital social, sendo o pagamento no montante de
R$ 1.689.648 efetuado com cessão de parte do crédito do saldo de “partes relacionadas” do seu ativo não
circulante. O saldo residual de “partes relacionadas” foi liquidado com a dação em pagamento dos
investimentos nas empresas Acariúba Mineração e Participação Ltda. e Pedreira Pedra Negra Ltda.
(“PPN”) controladas diretas da Companhia.
(iv)
Cisão de ativos
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 31 de dezembro de 2014, foi deliberada e aprovada pela
Administração a cisão parcial de ativos em favor da VID. Em consequência, os ativos, bem como o
patrimônio líquido da Companhia, foram reduzidos em R$ 500 (cancelando o equivalente a 520.617 ações
ordinárias). Na mesma data, a Administração também aprovou a cisão parcial de ativos da controlada
VCNNE em favor da Companhia. Em consequência, os ativos, bem como o patrimônio líquido da
controlada, foram reduzidos em R$ 500 (cancelando o equivalente a 7.091 ações ordinárias).
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 31 de dezembro de 2013, foi deliberada e aprovada pela
Administração a cisão parcial de ativos em favor da sociedade VID. Em consequência, os ativos, bem como
o patrimônio líquido da Companhia, foram reduzidos em R$ 3.621 (cancelando o equivalente a 3.709.042
de ações ordinárias). Em 30 de setembro de 2013, a Administração também aprovou a cisão parcial de
ativos em favor da sociedade VID. Em consequência, os ativos, bem como o patrimônio líquido da
controlada, foram reduzidos em R$ 43.260 (cancelando o equivalente a 45.316.929 ações ordinárias).
(v)
Aquisição de participação na C+PA e Macau
Em 10 de janeiro de 2013, a Companhia, sem deter o controle, adquiriu participação de 48% na Cimentos e
Produtos Associados S.A. (“C+PA”), uma entidade domiciliada em Portugal. O preço de compra foi de
EUR 10,4 milhões (R$ 27,9 milhões), dos quais o montante de EUR 4,0 milhões (R$ 10,8 milhões) foi
liquidado no segundo trimestre de 2013. A empresa C + PA detinha participação minoritária de 25% na
Cimpor Macau - Companhia de Investimento S.A. ("Macau") e atua na China. Esta participação na C+PA
foi adquirida devido a suas participações em Macau e com o objetivo de ser vendida, razão pela qual o
investimento na C+PA estava classificado como ativo mantido para venda.
Em 16 de abril de 2013, a Companhia alienou a participação de 48% na C+PA por EUR 23,3 milhões
(R$ 60,2 milhões), gerando ganho de EUR 12,8 milhões (R$ 34,9 milhões), no mesmo momento que
adquiriu participação de 20% na Macau da C+PA e uma participação adicional de 10% na Macau de outro
acionista, pelo montante de EUR 14,5 milhões (R$ 37,5 milhões), ambos os pagamentos efetuados no
segundo trimestre de 2013. Como resultado, a Companhia atualmente detém 80% na Macau, que está
registrada contabilmente, de acordo com a IFRS 5 "Ativos não circulantes mantidos para venda e operações
descontinuadas" pelo seu custo de aquisição que não excede seu valor justo menos o custo de venda. Essa
aquisição é parte da estratégia da Companhia para facilitar a venda das operações da China. O ganho
oriundo da alienação do investimento da C+PA foi registrado na rubrica “outros resultados operacionais”,
na demonstração de resultado.
Uma vez que a Companhia já possuía o controle das operações da Macau, o restante da participação
adquirida foi contabilizado como uma transação entre acionistas. Sendo assim, a Companhia contabilizou
no patrimônio líquido a diferença, no montante de R$ 9,6 milhões entre o valor pago de R$ 37,5 milhões e
o valor contabilizado dos minoritários relacionados à Macau.
(vi)
Alienação de investimento na Votorantim Investimentos Latino Americanos S.A “VILA”
Em 14 de maio de 2013, a Companhia alienou, por R$ 682,5 milhões, o investimento que detinha na VILA
(12,36%) para a VID. Em 28 de maio de 2013, a Companhia liquidou parcialmente essa obrigação por meio
de dividendos devidos para a VID no montante de R$ 280,2 milhões. O saldo remanescente foi liquidado
por meio de uma dívida com uma controlada da VID, oriunda da aquisição adicional da participação na
Avellaneda e Artigas. O total dessa dívida era de R$ 402,3 milhões.
O referido investimento estava apresentado como “Ativos classificados como mantidos para venda” e não
gerou ganho ou perda, tendo em vista que o preço de venda era igual ao valor contabilizado. No entanto, a
Companhia realizou resultados abrangentes relacionados a este investimento no montante de R$ 31.045,
oriundos basicamente de ajustes de variação cambial.
(vii) Recompra de participação de não controlador - Votorantim Cimentos N/NE S.A.(“VCNNE”)
No terceiro trimestre de 2013, a controlada VCNNE, recomprou e liquidou participação de 2,00% de
minoritário de seu próprio capital. O preço de compra foi de R$ 136.498, registrado na rubrica de ações em
tesouraria da empresa.
Uma vez que a Companhia já possuía o controle das operações da VCNNE, o ágio de R$ 52.670 pago na
aquisição da parcela de minoritários foi contabilizado no patrimônio líquido como uma transação entre
acionistas.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(viii)
Voto - Votorantim Overseas Trading Operations IV Ltda. (“Voto IV”)
Em 30 de setembro de 2013, a VID aportou na Companhia o acervo líquido da empresa Voto IV, que
principalmente detém um de seus Eurobonds, e passou a deter participação de 50%. Desde então, a Voto
IV passou a ser uma operação em conjunto com a Fibria Celulose S.A., que detém os 50% restantes.
A participação proporcional na Voto IV foi classificada como uma joint operation uma vez que a
Companhia compartilha o controle sobre decisões relevantes e possui direitos e obrigações sobre ativos e
passivos específicos dessa entidade. Consequentemente, a Companhia reconheceu os ativos e passivos,
inclusive sua participação dos ativos e passivos detidos em conjunto relacionados a esta operação. Os ativos
líquidos reconhecidos totalizaram R$ 32.232, incluindo caixa de R$ 52.294.
Em 11 de junho de 2014, a Companhia realizou um aumento de capital na investida Voto IV no valor de
USD 70,9 milhões (R$ 158.532) sem alteração em seu percentual de participação.
(ix) Outras
Em 18 de abril de 2013, a Companhia, por meio de sua investida Inversiones Chile, adquiriu participação
adicional de 1,549% na Cemento Bio Bio S.A., pelo valor de R$ 14,6 milhões, na Bolsa de Santiago, e passou
a deter 16,70% de participação nessa empresa. A referida aquisição foi totalmente liquidada no mês de abril
de 2013.
Em 31 de maio de 2013, a Companhia, por meio da subsidiaria VCEAA, adquiriu de vários acionistas,
participação de 61,59% na Cementos Antequera S.A. (localizada na Espanha) pelo montante de EUR 8,0
milhões (R$ 22,2 milhões). Após essa compra a Companhia passou a deter 84,67% de participação nessa
empresa. Essa aquisição foi registrada na VCEAA, considerando a norma de combinação de negócios
adquiridos em etapas de acordo com o IFRS 3 ("Business combination achieved in stages - step
acquisitions”), a qual gerou ágio (“goodwill”) de EUR 685 mil (R$ 1.770).
2
Apresentação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
Na reunião do Conselho de Administração realizada em 24 de fevereiro de 2015, foi autorizada a conclusão
das presentes demonstrações financeiras individuais e consolidadas, estando aprovadas para divulgação.
2.1
Base de apresentação
As demonstrações financeiras da Companhia foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais
de
Relatório Financeiro (“International Financial Reporting Standards - IFRS”), emitidas pelo
“International Accounting Standards Board - IASB” e interpretações “IFRIC”. As demonstrações foram
preparadas considerando o custo histórico como base de valor, sendo modificadas pelos ativos e passivos
financeiros (incluindo instrumentos derivativos) mensurados a valor justo através do resultado (quando
aplicável).
A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também
o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação das políticas
contábeis da Companhia.
As áreas que requerem maior nível de julgamento e apresentam complexidade, bem como as áreas nas
quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão
descritas na Nota 4.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Demonstrações financeiras consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e apresentadas conforme as práticas
contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPCs) e conforme as normas internacionais de relatório financeiro IFRS emitidas pelo IASB.
Demonstrações financeiras individuais
As demonstrações financeiras individuais da Controladora foram preparadas conforme as práticas
contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Pelo fato de que
as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações financeiras individuais, a partir
de 2014, não diferem do IFRS aplicável às demonstrações financeiras separadas, uma vez que o IFRS
passou a permitir a aplicação do método de equivalência patrimonial em controladas nas demonstrações
separadas, elas também estão em conformidade com as normas internacionais de relatório financeiro
(International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB)). Essas demonstrações individuais são divulgadas em conjunto com as demonstrações
financeiras consolidadas.
2.2
Consolidação
As seguintes práticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas.
(a)
Controladas
Controladas são todas as entidades (incluindo entidades estruturadas) nas quais a Companhia detém o
controle.
As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a
Companhia. A consolidação é interrompida a partir da data em que a Companhia deixa de ter o controle.
Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos para a aquisição de
controladas em uma combinação de negócios são mensurados inicialmente pelos valores justos na data da
aquisição. A Companhia reconhece a participação não controladora na adquirida, tanto pelo seu valor justo
como pela parcela proporcional da participação não controlada no valor justo de ativos líquidos da
adquirida. A mensuração da participação não controladora é determinada em cada aquisição realizada.
Custos relacionados à aquisição são contabilizados como despesa quando incorridos.
Transações, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas da Companhia são eliminados.
Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências de uma
perda (impairment) do ativo transferido. Na aquisição, as políticas contábeis das controladas são alteradas
quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela Companhia.
As principais empresas controladas e as operações em conjunto incluídas na consolidação são as seguintes:
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
% de participação
2014
Votorantim Cimentos S.A. e subsidiárias
Itacam ba Cem ento S.A. (i)
Votorantim Cim entos N/NE S.A.
Interavia Trans portes Ltda.
Silcar - Em preendim entos Com ércio e Participações Ltda.
Pedreira Pedra Negra Ltda.
Acariuba Mineração e Participação Ltda.
Seacrown do Bras il, Com . Im port. e Part. S.A.
Votorantim Cim entos Chile Ltda.
Votorantim Cem ents Internacional Spain SE
Lux Cem International S.A.
Mondello S.A. (iv)
Erom ar S.A. (iv)
Votorantim Cement North America Inc. e subsidiárias
St. Marys Cem ent Inc. (Canadá)
Votorantim Cem ent North Am erica Inc. - "VCNA"
Ros edale Securities Ltd.
VCNA Nova Scotia ULC
Hutton Trans port Ltd.
Ontario Ltd.
Votorantim Cim entos North Am erica Inc.
St Marys VCNA LLC
VCNA US Inc.
St. Barbara Cem ent Inc.
St. Marys Cem ent Inc. (US)
Suwannee Holdings LLC
VCNA Pres tige Gunite Inc.
Am erican Gunite Managem ent Co. Inc
Sacram ento Pres tige Gunite Inc.
VCNA Pres tige Concrete Products Inc.
VCNA US Materials Inc.
VCNA Prairie Inc.
Central Ready Mix Concrete Inc.
VCNA Prairie Aggregate Holdings Illinois Inc.
Votorantim Cimentos EAA Inversiones S.L e subsidiárias
Itacam ba Cem ento S.A. (i)
Cim por Macau – Inves tm ent Com pany, S.A.
Votorantim Cim entos EAA Invers iones S.L - "VCEAA"
Yacuces , S.L. (iii)
Votorantim Europe S.L.U. (ii)
Cem entos Cos m os S.A.
Com ercial Cos m os Sur, S.A.
Votorantim Cem ent Trading, S.L.
Sociedad de Cem entos y Materiales de Cons trucción de Andalucia, S.A.
Cem entos Antequera S.A.
Shree Digvijay Cem ent Com pany Lim ited
As m ent De Tem ara, S.A.
Societe Les Cim ents de Jbel Ous t - CJO
Votorantim Çim ento Sanayi ve Ticaret A.Ş.
Yibitas Yozgat Is ci Birligi Ins aat Malzem eleri Ticaret ve Sanayi A.S.
Cem entos Artigas S.A.
Erom ar S.A. (iv)
Mondello S.A. (iv)
Operações conjuntas (joint operations)
Great Lakes Slag Inc.
Bot-Duff Res ources Inc.
Voto - Votorantim Overs eas Trading Operations IV Ltda.
Fundos de aplicação financeira exclusivos
Odes s a Multim ercado Crédito Privado (v)
2013
Localização da sede
50,01
97,38
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
Bolívia
Bras il
Bras il
Bras il
Bras il
Bras il
Bras il
Chile
Es panha
Luxem burgo
Uruguai
Uruguai
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
Canadá
Canadá
Canadá
Canadá
Canadá
Canadá
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
66,67
80,00
100,00
51,00
16,66
80,00
100,00
Bolívia
China
Es panha
Es panha
Es panha
Es panha
Es panha
Es panha
Es panha
Es panha
Índia
Marrocos
Tunís ia
Turquia
Turquia
Uruguai
Uruguai
Uruguai
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
99,77
100,00
100,00
100,00
84,00
73,36
62,62
99,99
99,76
82,96
51,00
100,00
100,00
50,00
50,00
50,00
100,00
100,00
99,77
100,00
100,00
84,00
73,36
62,62
99,99
99,76
82,96
51,00
50,00
50,00
50,00
Canadá
Canadá
Ilhas Caym an
Bras il
(i)
Em abril de 2014, a Companhia aumentou capital na VCEAA com aporte da participação de 50,01%
equivalente a R$ 17.206, que detinha na investida Itacamba. A investida passou a ser controlada pela
VCEAA.
(ii)
Empresa incorporada pela VCEAA.
(iii)
A empresa Yacuces S.L. foi constituída pela controlada VCEAA como uma holding, detentora dos
investimentos nas empresas Itacamba Cementos S.A. e GB Minerales y Agregados, S.A..
(iv)
Em dezembro de 2014, a Companhia aumentou capital da VCEAA com aporte de participação de 100%
equivalente a R$ 5.523, que detinha nas investidas Eromar e Mondello. Ainda em dezembro, a VCEAA
transferiu essas participações para sua investida Cementos Artigas S.A.. As investidas passaram a ser
controladas pela Artigas.
(v)
A partir de outubro de 2014, a Companhia passou a participar do referido fundo de aplicação financeira, de
forma exclusiva.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Transações com participações de não controladores
A Companhia trata as transações com participações junto a não controladores como transações com
proprietários de ativos da Companhia. Para as compras de participações de não controladores, a diferença
entre qualquer contraprestação paga e a parcela adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da
controlada é registrada no patrimônio líquido. Os ganhos ou perdas sobre alienações para participações
não controladoras também são registrados diretamente no patrimônio líquido, na conta de “Reserva de
retenção de lucros”.
(c)
Perda de controle em controladas
Quando a Companhia deixa de ter controle, qualquer participação retida na entidade é remensurada ao seu
valor justo, sendo a mudança no valor contábil reconhecida no resultado. Os valores reconhecidos
previamente em outros resultados abrangentes são reclassificados no resultado.
(d)
Coligadas e empreendimentos controlados em conjunto
Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não o
controle, geralmente por meio de uma participação societária de 20% a 50% dos direitos de voto.
Acordos em conjunto são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem controle compartilhado com
uma ou mais partes. Os investimentos em acordos em conjunto são classificados como operações em
conjunto (joint operations) ou empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) dependendo
dos direitos e das obrigações contratuais de cada investidor.
As operações em conjunto são contabilizadas nas demonstrações financeiras para representar os direitos e
as obrigações contratuais da Companhia. Dessa forma, os ativos, passivos, receitas e despesas relacionados
aos seus interesses em operação em conjunto são contabilizados individualmente nas demonstrações
financeiras.
Os investimentos em coligadas e joint ventures são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial
e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. O investimento da Companhia em coligadas e
joint ventures inclui o ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda por impairment
acumulada.
A participação da Companhia nos lucros ou prejuízos de suas coligadas e joint ventures é reconhecida na
demonstração do resultado e a participação nas mutações das reservas é reconhecida nas reservas da
Companhia.
Quando a participação da Companhia nas perdas de uma coligada ou joint venture for igual ou superior ao
valor contábil do investimento, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Companhia não reconhece perdas
adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da coligada ou
controlada em conjunto.
Os ganhos não realizados das operações entre a Companhia e suas coligadas e joint ventures são
eliminados na proporção da participação da Companhia. As perdas não realizadas também são eliminadas,
a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. No momento
da aquisição, as políticas contábeis das coligadas são alteradas, quando necessário, para assegurar
consistência com as políticas adotadas pela Companhia. Se a participação societária na coligada for
reduzida, mas for retida influência significativa, somente uma parte proporcional dos valores
anteriormente reconhecidos em outros resultados abrangentes será reclassificada para o resultado, quando
apropriado.
Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos em participações em coligadas, são reconhecidos na
demonstração do resultado.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2.3
Conversão em moeda estrangeira
(a)
Moeda funcional e moeda de apresentação das demonstrações financeiras
A moeda funcional e de apresentação da Companhia é o Real (“R$”). A conclusão da administração baseiase na análise dos seguintes indicadores:
• Moeda que mais influencia os preços de bens e serviços;
• Moeda do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do preço de
venda de seus produtos e serviços;
• Moeda que mais influência mão de obra, material e outros custos para fornecimento de produtos ou
serviços;
• Moeda na qual são obtidos, substancialmente, os recursos das atividades financeiras; e
• Moeda na qual são normalmente acumulados os valores recebidos de atividades operacionais.
(b)
Transações e saldos
As operações com moedas estrangeiras são convertidas em Reais. Quando os itens são remensurados,
utilizamos as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação. Os ganhos e as perdas
cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do fim do
exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na
demonstração do resultado, exceto quando diferidos no patrimônio como operações qualificadas de hedge
de investimento líquido.
(c)
Empresas controladas com moeda funcional diferente da Companhia
O resultado e a posição financeira de todas as entidades da Companhia (nenhuma das quais opera moeda
de economia hiper-inflacionária), cuja moeda funcional é diferente da moeda de apresentação, são
convertidos na moeda de apresentação, como segue:
(i)
Os ativos e passivos de cada balanço patrimonial apresentado são convertidos pela taxa de fechamento da
data do balanço;
(ii)
As receitas e despesas de cada demonstração do resultado são convertidas pelas taxas de câmbio médias
mensais (a menos que essa média não seja uma aproximação razoável do efeito cumulativo das taxas
vigentes nas datas das operações, e, nesse caso, as receitas e despesas são convertidas pela taxa das datas
das operações);
(iii)
Todas as diferenças resultantes de conversão de taxas de câmbio são reconhecidas como um componente
separado no patrimônio líquido, na conta “Ajustes de avaliação patrimonial”.
Os valores apresentados no fluxo de caixa são extraídos das movimentações convertidas dos ativos,
passivos e resultados, conforme detalhado acima.
Na consolidação, as diferenças de câmbio decorrentes da conversão do investimento líquido em operações
no exterior e de empréstimos e outros instrumentos de moeda designados como hedge desses
investimentos são reconhecidos no patrimônio líquido. Quando uma operação no exterior é parcialmente
alienada ou vendida, as diferenças de câmbio que foram registradas no patrimônio são reconhecidas na
demonstração do resultado como parte de ganho ou perda sobre a venda.
O ágio e valor justo, decorrentes da aquisição de uma entidade no exterior são tratados como ativos e
passivos da entidade no exterior e convertidos pela taxa de fechamento.
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2.4
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo
de alta liquidez (investimentos com vencimento original menor que 90 dias), que são prontamente
conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança
de valor. As contas garantidas são demonstradas como "Empréstimos e financiamentos", no passivo
circulante, quando aplicável.
2.5
Ativos financeiros
2.5.1
Classificação
A Companhia e suas controladas classificam seus ativos financeiros nas seguintes categorias: mensurado ao
valor justo por meio de resultado (mantidos para negociação) e empréstimos e recebíveis. A classificação
depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a
classificação de seus ativos financeiros no seu reconhecimento inicial.
(a)
Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação.
Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no
curto prazo. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes.
As operações com instrumentos financeiros derivativos são classificadas neste grupo, a menos que tenham
sido designados como instrumentos de hedge.
(b)
Empréstimos e recebíveis
Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou
determináveis, não cotados em mercado ativo. São apresentadas como ativo circulante, exceto aqueles com
prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não
circulantes). Compreende-se como taxa efetiva aquela fixada nos contratos e ajustada pelos respectivos
custos de cada transação. Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem principalmente “Caixa
e equivalentes de caixa” e “Contas a receber de clientes”.
2.5.2
Reconhecimento e mensuração
As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na
qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são inicialmente
reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não
mensurados ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio
de resultado, quando existentes, são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação
são debitados à demonstração do resultado.
Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos vencem
ou são transferidos; neste último caso, desde que tenha transferido significativamente todos os riscos e os
benefícios da propriedade. Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são, quando
existentes, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis são
contabilizados pelo custo amortizado, usando-se o método da taxa de juros efetiva.
Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mantidos para
negociação são apresentados na demonstração do resultado em "Resultado financeiro líquido" no exercício
em que ocorrem.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O valor justo dos investimentos com cotação pública se baseia nos preços atuais de mercado. Para os ativos
financeiros sem mercado ativo, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação.
Essas técnicas podem incluir a comparação com operações recentes contratadas com terceiros, a referência
a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os
modelos de precificação de opções.
2.5.3
Compensação de instrumentos financeiros
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial
quando há um direito legal de compensar os valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma
base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal não deve ser
contingente em eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de
inadimplência, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte.
2.5.4
Impairment de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado
A Companhia avalia na data do balanço se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de
ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos
de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou
mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e se esse evento
(ou eventos) de perda tem impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou do grupo
de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável.
O montante da perda por impairment é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o
valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo-se os prejuízos de crédito futuro que não
foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do
ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado.
Caso, em um período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser
relacionada objetivamente com um evento ocorrido após o reconhecimento do impairment (como uma
melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida
anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado.
2.6
Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é
celebrado e são subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O método para reconhecer o ganho ou
a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado ou não como um instrumento de hedge, nos
casos de adoção da contabilidade de hedge (hedge accounting).
A Companhia designa certos derivativos como: (i) hedge de um risco particular associado a um ativo ou
passivo reconhecido ou uma operação prevista altamente provável (hedge de fluxo de caixa); (ii) hedge de
risco de moeda de um investimento líquido em uma operação no exterior (hedge de investimento líquido).
Os valores de mercado dos instrumentos derivativos diversos são divulgados na Nota 5.4. O valor justo
total de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante, quando o vencimento
remanescente do item protegido por hedge é superior a 12 meses, e classificado como ativo ou passivo
circulante quando o item protegido por hedge for inferior a 12 meses.
(a)
Hedge de fluxo de caixa
A parcela efetiva das variações no valor justo dos derivativos que são designados e qualificados como hedge
de fluxo de caixa é reconhecida nos outros resultados abrangentes. O ganho ou perda relacionado à parcela
não efetiva é imediatamente reconhecido no resultado como “Outras receitas operacionais, líquidas”.
Os valores acumulados no patrimônio são reclassificados para o resultado nos períodos em que o objeto de
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
hedge afete o resultado (por exemplo, quando uma venda prevista que é objeto de hedge for realizada). O
ganho ou perda relacionado à parcela efetiva de swaps de taxas de juros de hedge empréstimos de taxa
variável é reconhecido no resultado em “Resultado financeiro líquido”.
Quando um instrumento de hedge expira ou é vendido, ou quando o hedge deixa de cumprir os critérios
para hedge accounting, qualquer ganho ou perda acumulado existente naquele momento no patrimônio
continua no patrimônio e é somente reconhecida quando a operação prevista é finalmente reconhecida no
resultado. Quando a operação prevista não possui mais expectativa de ocorrer, os ganhos ou perdas
acumulados que são reportados no patrimônio são imediatamente transferidos para o resultado em
“Outras receitas operacionais, líquidas”.
(b)
Hedge de investimento líquido
Hedge de investimento líquido em operações no exterior é contabilizado por similaridade ao hedge de fluxo
de caixa.
Qualquer ganho ou perda do instrumento de hedge relacionado com a parcela efetiva do hedge é
reconhecido no patrimônio líquido, na conta “Ajustes de avaliação patrimonial”. O ganho ou perda
relacionado com a parcela não efetiva é imediatamente reconhecido no resultado. Ganhos e perdas
acumulados no patrimônio são incluídos na demonstração do resultado quando a operação no exterior for
parcialmente alienada ou vendida (Nota 5.5).
2.7
Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de mercadorias
ou prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é
equivalente há um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário,
são apresentadas no ativo não circulante.
As contas a receber são inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo
custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão para créditos de
liquidação duvidosa. As contas a receber de clientes no mercado externo são atualizadas com base nas taxas
de câmbio vigentes na data do balanço.
2.8
Estoques
Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo e o valor líquido realizável. O custo é
determinado pelo método do custo médio ponderado. O custo dos produtos acabados e dos produtos em
elaboração compreende matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e indiretos de produção
(com base na capacidade operacional normal). O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no
curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão e as despesas estimadas necessárias
para efetuar a venda. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada
importação.
A companhia, pelo menos uma vez ao ano realiza o inventário físico das mercadorias constantes em seu
estoque para cruzamento dos saldos físicos com os registrados na contabilidade. O valor do ajuste de
inventário é registrado na rubrica "Custo dos produtos vendidos e serviços prestados".
2.9
Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos
As despesas de imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem o corrente e o diferido. O
imposto sobre a renda e a contribuição social são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na
proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no
resultado abrangente. Nesse caso, o imposto e a contribuição social também são reconhecidos no
patrimônio líquido ou no resultado abrangente.
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Os encargos de imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos são calculados com base nas
leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balanço dos países em que as
entidades atuam e geram lucro tributável. A Administração avalia, periodicamente, as posições assumidas
nas apurações de impostos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável
dá margem a interpretações e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de
pagamento às autoridades fiscais.
O imposto de renda e a contribuição social correntes são apresentados líquidos, por entidade contribuinte,
no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos
excedem o total devido na data do relatório.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na proporção da
probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias
possam ser utilizadas.
2.10
Imobilizado
O imobilizado é demonstrado pelo custo histórico de aquisição ou de construção menos depreciação
acumulada. O custo histórico também inclui os custos de financiamento relacionados com a aquisição e
construção de ativos qualificados.
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado,
conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao
item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças
substituídas é baixado.
Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são incorridos. O custo das
principais reformas é acrescido ao valor contábil do ativo quando os benefícios econômicos futuros
ultrapassam o padrão de desempenho inicialmente estimado para o ativo em questão. As reformas são
depreciadas ao longo da vida útil econômica restante do ativo relacionado.
Os terrenos não são depreciados. A depreciação dos outros ativos imobilizados é calculada usando-se o
método linear considerando seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada, como segue:
- Edificações
- Máquinas
- Veículos
- Móveis, utensílios e equipamentos
32-52 anos
21 anos
5-10 anos
5-10 anos
Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao fim de cada
exercício.
O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável quando o valor contábil
do ativo é maior do que seu valor recuperável estimado.
Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor
contábil e são reconhecidos em "Outras receitas operacionais, líquidas" na demonstração do resultado.
2.11
Arrendamento mercantil
A Companhia arrenda certos bens do imobilizado. Os arrendamentos do imobilizado, nos quais a
Companhia detém, substancialmente, os riscos e benefícios da propriedade, são classificados como
arrendamentos financeiros. Estes são capitalizados no início do arrendamento pelo menor valor entre o
valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento.
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Cada parcela paga do arrendamento é alocada, parte ao passivo e parte aos encargos financeiros. As
obrigações correspondentes, líquidas dos encargos financeiros, são incluídas em outros passivos.
Os juros das despesas financeiras são debitados à demonstração do resultado durante o exercício do
arrendamento, para produzir uma taxa periódica constante de juros sobre o saldo remanescente do passivo
para cada exercício. O imobilizado adquirido por meio de arrendamentos financeiros é depreciado durante
a vida útil do ativo.
2.12
Ativos intangíveis
(a)
Ágio
O ágio resulta da aquisição de controladas e representa o excesso da (i) contraprestação transferida, (ii) do
valor da participação de não controladores na adquirida e (iii) do valor justo na data da aquisição de
qualquer participação patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo dos ativos líquidos
identificáveis adquiridos. Caso o total da contraprestação transferida, a participação de não controladores
reconhecida e a participação mantida anteriormente medida pelo valor justo seja menor do que o valor
justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, no caso de uma compra vantajosa, a diferença é
reconhecida diretamente na demonstração do resultado.
O ágio é alocado às Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) para fins de teste de impairment. A alocação é
feita para as Unidades Geradoras de Caixa ou para os grupos de Unidades Geradoras de Caixa que devem
se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou. As UGCs da Companhia estão
apresentadas na Nota 17.
(b)
Direitos sobre recursos naturais
Quando da comprovação efetiva da viabilidade econômica da exploração comercial de determinada jazida,
os correspondentes gastos com estudos e pesquisas minerais e os gastos de remoção de estéril incorridos, a
partir dessa comprovação, são capitalizados como custo de formação da mina. Quando a mina estiver
operacional, os custos acumulados capitalizados em relação aos direitos de exploração são reclassificados
do “ativo imobilizado” para o “ativo intangível” e, subsequentemente, são amortizados / incluídos no custo
do produto. Os custos de construção capitalizados relacionados à planta são reclassificados para
“equipamentos e instalações.
Os custos com a aquisição de direitos de exploração de minas são capitalizados e amortizados usando-se o
método linear ao longo das vidas úteis, ou, quando aplicável, com base na exaustão de minas.
Após o início da fase produtiva da mina, esses gastos são amortizados e tratados como custo de produção.
A exaustão de recursos minerais é calculada com base na extração, considerando-se as vidas úteis
estimadas das reservas.
Nas operações de mineração relacionadas ao negócio de cimento da Companhia, é necessário remover
obstáculos e outros resíduos para acessar o minério a partir do qual podem ser extraídos minerais
economicamente. Esse processo é denominado decapagem ou remoção de estéril. Durante o
desenvolvimento de uma mina, antes do início da produção, os custos de decapagem, quando aumentam o
acesso ao minério, o componente do corpo de minério para as quais o acesso foi melhorado pode ser
identificado e os custos podem ser medidos de forma confiável, estes são capitalizados como parte do
investimento na construção da mina, apresentado como parte dos ativos intangíveis, e são posteriormente
amortizados durante a vida útil da mina em uma unidade de base da produção e avaliados por impairment.
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(c)
Uso do bem público
Corresponde aos valores estabelecidos nos contratos de concessão relacionados aos direitos de exploração
do potencial de energia hidráulica em uma área específica do rio Paraguaçu (concessão onerosa), cujo
contrato é assinado na modalidade de Uso do bem público (UBP).
O registro contábil é feito no momento da liberação da licença de operação, independentemente do
cronograma de desembolsos estabelecido no contrato. O registro inicial desse passivo financeiro
(obrigação) e do ativo intangível (direito de concessão) corresponde aos valores das obrigações futuras
trazidos a valor presente (valor presente do fluxo de caixa dos pagamentos futuros).
A amortização do intangível é calculada pelo método linear pelo prazo remanescente da concessão. O
passivo financeiro é atualizado pelo índice contratual estabelecido e pelo ajuste a valor presente em
decorrência da passagem do tempo e reduzido pelos pagamentos efetuados.
(d)
Cláusulas de relacionamento com clientes e acordos de não-concorrência
Cláusulas de relacionamento com clientes e acordos de não-concorrência adquiridos em uma combinação
de negócios são reconhecidos pelo valor justo na data de aquisição. As relações de cláusulas de clientes em
um acordo de não concorrência têm uma vida útil finita e são mensuradas pelo custo menos a amortização
acumulada. A amortização é calculada pelo método linear sobre a vida útil estimada apresentada a seguir:
Relação com clientes
Acordos de não-concorrência
(e)
15 anos
5 anos
Software
Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos.
2.13
Impairment de ativos não financeiros
Os ativos que têm vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados
anualmente para identificar eventual necessidade de redução ao valor recuperável (impairment). As
revisões de impairment do ágio são realizadas anualmente ou com maior frequência se houver algum
evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem um possível impairment. Os ativos que estão sujeitos
à depreciação e amortização são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou
mudanças nas circunstâncias indiquem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por
impairment é reconhecida pelo valor em que o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este
último é o maior valor entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para
fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existem
fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGC). Os ativos não
financeiros, exceto o ágio, que tenham sofrido impairment, são revisados, subsequentemente, para a
análise de uma possível reversão do impairment, na data do balanço.
2.14
Ativos não circulante mantidos para venda
Ativos não circulante são classificados como ativos mantidos para venda quando seu valor contábil for
recuperável, principalmente, por meio de venda ou quando a venda for praticamente certa. Esses ativos são
avaliados pelo menor valor entre o valor contábil e o valor justo, deduzido os custos de venda.
2.15
Contas a pagar aos fornecedores
As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de
fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes quando o
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pagamento é devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como
passivo não circulante.
2.16
Empréstimos e financiamentos
Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos da
transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença
entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor total a pagar é reconhecido na
demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando-se o
método da taxa de juros efetiva.
Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia
tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do
balanço.
Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo
qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar
pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados como parte do custo do ativo quando for
provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam
ser mensurados com confiança. Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período
em que são incorridos.
2.17
Provisões
As provisões para custos de reestruturação e ações judiciais (trabalhista, civil, tributária e ambiental) são
reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de
eventos passados; (ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e (iii)
o valor puder ser estimado com segurança. As provisões não são reconhecidas com relação às perdas
operacionais futuras.
Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquidá-las é determinada, levandose em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que seja
pequena a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe
de obrigações.
As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a
obrigação, usando uma taxa antes do imposto, a qual reflita as avaliações atuais do mercado do valor
temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da
passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.
2.18
Obrigação com descomissionamento de ativo
As despesas relativas ao descomissionamento de minas são registradas como obrigações para
desmobilização de ativos. As obrigações consistem principalmente de custos associados com o
encerramento das atividades. O custo de desmobilização de ativos, equivalente ao valor presente da
obrigação (passivo), é capitalizado como parte do valor contábil do ativo, que é depreciado ao longo de sua
vida útil. Estes passivos são registrados como provisões.
2.19
Benefícios a funcionários
A Companhia opera alguns tipos de benefícios pós-emprego, incluindo tantos planos de pensão de
benefício definido e contribuição definida, quanto o plano de assistência médica pós-aposentadoria.
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(a)
Obrigações de aposentadoria
A Companhia, por meio das controladas no exterior (VCNA, VCEAA e Artigas) e no Brasil (VCNNE),
participa de planos de pensão, administrados por entidade fechada de previdência privada, que provêm a
seus empregados benefícios pós-emprego.
No Brasil, a Companhia é patrocinadora de planos de benefício na modalidade contribuição definida. Um
plano de contribuição definida é um plano de pensão segundo o qual a Companhia paga Contribuições fixas
para uma entidade separada. A Companhia não tem nenhuma obrigação legal ou construtiva para pagar
contribuições adicionais se o fundo não detiver ativos suficientes para pagar a todos os funcionários, os
benefícios relativos aos seus serviços, no período corrente ou anterior.
Para a VCNNE, bem como suas subsidiárias no exterior (VCNA, VCEAA e Artigas), a Companhia patrocina
um plano de benefício definido, que é diferente de um plano de contribuição definida. Este plano
estabelece um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em sua aposentadoria,
dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração.
O passivo com relação aos planos de pensão de benefício definido é o valor presente da obrigação de
benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano. A obrigação de benefício
definido é calculada anualmente por atuários independentes, com o método da unidade de crédito
projetada. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das
saídas futuras estimadas de caixa, usando-se taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado,
as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e têm prazos de vencimento
próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão. Em países, como o Brasil, onde não existe
mercado ativo em tais obrigações, são utilizadas as taxas de mercado sobre títulos do governo.
Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de mudanças nas premissas atuariais e nos planos de pensão
são reconhecidos em “Outros componentes do resultado abrangente”, no período em que ocorrerem.
Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos no resultado, a menos que as mudanças do
plano de pensão estejam condicionadas à permanência do empregado no emprego, por um período de
tempo específico (o período no qual o direito é adquirido). Nesse caso, os custos de serviços passados são
amortizados pelo método linear durante o período em que o direito foi adquirido.
Para os planos de contribuição definida, a Companhia paga contribuições para os administradores dos
planos de pensão em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. A Companhia não tem mais
obrigações de pagamento uma vez que as contribuições tiverem sido pagas. As contribuições são
reconhecidas como despesa de benefícios a empregados, quando são devidas. Contribuições pagas
antecipadamente são reconhecidas como um ativo na proporção em que um reembolso em dinheiro ou
uma redução dos pagamentos futuros estiver disponível.
(b)
Assistência médica (pós-aposentadoria)
A Companhia, por meio de suas controladas no exterior, oferece benefício de assistência médica pósaposentadoria a seus empregados. O benefício de assistência médica para aposentados é oferecido pela
Companhia de acordo com uma política existente no passado. Essa política estabelecia a concessão vitalícia
do benefício a um grupo predeterminado de empregados. Esse benefício está fechado para novos
participantes e não existem empregados ativos elegíveis a ele.
O passivo relacionado ao plano de assistência médica aos aposentados é registrado pelo valor presente da
obrigação, menos o valor de mercado dos ativos do plano, ajustado por ganhos e perdas atuariais e custos
de serviços passados, de forma similar à metodologia contábil usada para os planos de pensão de benefício
definido. A obrigação de benefício de assistência médica é calculada anualmente por atuários
independentes. O valor presente da obrigação deste benefício é determinado pela estimativa de saída futura
de caixa. Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de mudanças nas premissas atuariais são
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reconhecidos integralmente em “Outros componentes do resultado abrangente”, no período em que
ocorrerem.
(c)
Participação dos empregados nos resultados
São registradas provisões para reconhecer a despesa referente à participação dos empregados nos
resultados. Essas provisões são calculadas com base em metas qualitativas e quantitativas definidas pela
Administração e contabilizadas no resultado como “Benefício a empregados”.
2.20
Capital social
As ações ordinárias e preferenciais são classificadas no patrimônio líquido.
Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são demonstrados no
patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquida de impostos.
Quando a Companhia compra ações do seu próprio capital (ações em tesouraria), o valor pago, incluindo
todos os custos adicionais diretamente atribuíveis (líquidos do imposto de renda e da contribuição social),
é deduzido do patrimônio atribuível aos acionistas da Companhia até que as ações sejam canceladas ou
reemitidas. Quando essas ações são, subsequentemente, reemitidas, qualquer valor recebido, líquido de
todos os custos adicionais da transação, diretamente atribuíveis e dos respectivos efeitos do imposto de
renda e da contribuição social, é incluído no capital atribuível aos acionistas da Companhia.
2.21
Reconhecimento da receita
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de
produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos
impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como das eliminações das vendas entre
empresas consolidadas.
A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii)
seja provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e (iii) critérios específicos tenham
sido atendidos para cada uma das atividades da Companhia, conforme descrição a seguir. O valor da
receita não será considerado mensurável com segurança até que todas as condições relacionadas com a
venda tenham sido resolvidas. A Companhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em
consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada venda.
O reconhecimento da receita baseia-se nos princípios a seguir:
(i)
Venda de produtos: As vendas são feitas substancialmente a prazo, em períodos de, no máximo, 30 dias.
Essas vendas são reconhecidas, em geral, quando os produtos são entregues ao transportador e a
propriedade da carga, bem como seus riscos são transferidos ao cliente.
(ii)
Venda de serviços: a Companhia vende serviços de concretagem, co-processamento e transporte de cargas.
Esses serviços são prestados com base no tempo e no material ou, como um contrato de preço fixo, e os
termos do contrato, geralmente, variam entre menos de um e três anos.
Se surgirem circunstâncias que possam alterar as estimativas originais de receitas, custos ou extensão do
prazo para conclusão, as estimativas iniciais serão revisadas. Essas revisões podem resultar em aumentos
ou reduções das receitas ou custos estimados e estão refletidas no resultado no período em que a
Administração tomou conhecimento das circunstâncias que originaram a revisão.
2.22
Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio
A distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio para os acionistas da Companhia é reconhecida
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
como um passivo nas demonstrações financeiras ao fim do exercício, com base no estatuto social. Qualquer
valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado quando for aprovado pelos acionistas, em
Assembleia Geral.
De acordo com o Estatuto Social da Companhia, os dividendos mínimos são calculados com base em 25%
do lucro líquido do exercício deduzido de reserva legal.
O benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio é reconhecido na demonstração do resultado.
2.23
Lucro por ação
O lucro por ação é calculado dividindo o lucro líquido atribuído aos acionistas controladores pela
quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação para cada período. A média ponderada de
ações é calculada com base nos períodos nos quais as ações estavam em circulação.
A empresa não possui instrumentos ou acordos que possam causar um efeito diluidor na base de cálculo do
lucro por ação.
2.24
Subvenção governamental
Subvenções governamentais são reconhecidas ao valor presente quando existe uma garantia razoável de
que o subsídio será recebido e a Companhia cumprirá todas as condições.
Subvenções governamentais relacionadas aos custos são diferidas e reconhecidas no resultado durante o
período necessário para conciliar com os custos que o subsídio tem a intenção de compensar.
2.25
Apresentações de informações por segmento
As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno
fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões, responsável
pela alocação de recursos e avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é o Diretor-Presidente
da Companhia.
2.26
Demonstração do fluxo de caixa
As demonstrações dos fluxos de caixa apresentam as mudanças de caixa e equivalentes de caixa durante o
exercício nas atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Caixa e equivalentes de caixa
incluem investimentos altamente líquidos financeiros.
Os fluxos de caixa das atividades operacionais são apresentados pelo método indireto. O lucro líquido
consolidado é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer
diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa
operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de
caixa das atividades de investimento ou de financiamento.
Todas as receitas e despesas decorrentes de operações não monetárias, atribuíveis ao investimento e de
financiamento, são eliminados. Juros recebidos ou pagos são classificados como fluxos de caixa
operacionais.
2.27
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Companhia e sua distribuição
durante determinado período e é apresentada pela Companhia, conforme requerido pela legislação
societária brasileira, como parte de suas Demonstrações Financeiras Individuais e como informação
suplementar às Demonstrações Financeiras Consolidadas, pois não é uma demonstração prevista e nem
obrigatória conforme as IFRS.
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base de
preparação das demonstrações. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Companhia,
representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre a mesma, as
outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de
terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os tributos
incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e recuperação de valores ativos, e a depreciação e
amortização) e o valor adicionado recebido de terceiros (resultado da equivalência patrimonial, receitas
financeiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal,
impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios.
3
Mudanças nas práticas contábeis e divulgações
(a)
Adoção de novas normas, alterações e interpretações emitidas pelo CPC
As principais alterações nas práticas contábeis aplicadas na elaboração das informações contábeis e das
demonstrações financeiras, a partir das novas normas, alterações e interpretações de normas, aplicáveis à
Companhia, com vigência a partir do período iniciado em 1º de janeiro de 2014, foram as seguintes:
ICPC 19 / IFRIC 21 - "Tributos” - (Levies)
Trata do reconhecimento de obrigações impostas por agentes governamentais, relacionada ao
reconhecimento de um passivo de impostos quando esse tiver origem em requerimento do IAS 37 –
Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes. A Companhia analisou possíveis impactos
referentes a esta atualização e concluiu que não existem efeitos relevantes em suas demonstrações
financeiras.
CPC 01 / IAS 36 - Redução ao valor recuperável de ativos
Esta alteração remove certas divulgações do valor recuperável de Unidade Geradora de Caixa (UGC) que
haviam sido incluídas no IAS 36 pela emissão do IFRS 13.
CPC 38 / IAS 39 - Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração
Esclarece que as que substituições de contrapartes originais pelas contrapartes de compensação que vierem
a ser exigidas por introdução ou mudança de leis e regulamentos não provocam expiração ou término do
instrumento de hedge. Além disso, os efeitos da substituição da contraparte original devem ser refletidos
na mensuração do instrumento de hedge e, portanto, na avaliação e mensuração da efetividade do hedge.
CPC 39 / IAS 32 - Instrumentos financeiros: Apresentação
Sobre compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração esclarece que o direito de compensação
não deve ser contingente em um evento futuro. Ele também deve ser legalmente aplicável para todas as
contrapartes no curso normal do negócio, bem como no caso de inadimplência, insolvência ou falência. A
alteração também considera os mecanismos de liquidação.
(b)
Novas normas e interpretações ainda não adotadas
IFRS 9 - "Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração"
Essa nova norma aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros.
O IFRS 9 tem o objetivo, em última instância, de substituir a IAS 39 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração. Essa norma entra em vigor a partir de 2015, mas vem sendo revisada
desde a sua emissão. A Administração ainda não concluiu a avaliação dos impactos de sua adoção.
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
IFRS 15 – “Receita de contratos com clientes”
Essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e
quando ela é reconhecida. Ela entra em vigor em 2017 e substitui a IAS 11 (CPC 17) – Contratos de
construção, IAS 18 – (CPC 30) - Receitas e correspondentes interpretações. A Administração está
avaliando os impactos de sua adoção.
Cabe ressaltar que essas revisões e novas normas ainda não foram objeto de emissão pelo CPC das
equivalentes normas novas ou revisadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo o processo de
homologação pelos reguladores competentes. Em geral, as adoções antecipadas de normas novas ou
revisadas e interpretações, embora encorajadas pelo IASB, não estão permitidas ou não estão disponíveis
nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Portanto, essas normas novas e/ou revisadas não estão
contempladas nessas demonstrações financeiras da Companhia.
4
Estimativas e julgamentos contábeis críticos
Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas e
julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros
fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias.
As estimativas contábeis raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e
premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos
valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir.
(a)
Perda (impairment) de ágios e investimentos
A Companhia e suas controladas possuem o total de R$ 3.129.137 reconhecido como ágio em seu balanço
patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2014 (2013 – R$ 3.051.700) (Nota 17 (b)).
Anualmente, a Companhia testa eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a política contábil
apresentada na Nota 2.13. Os valores recuperáveis de Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) foram
determinados com base em cálculos do valor em uso, efetuados com base em estimativas.
Para a apuração dos valores recuperáveis dos investimentos, a Companhia utiliza critérios similares aos
utilizados para teste de impairment sobre goodwill.
Em 2014, a Companhia registrou provisão para impairment sobre o investimento nas investidas Mineração
Potilíder Ltda. (R$ 35.700), Petrolina Zeta Mineração Ltda. (R$ 13.548) e Lidermarc Indústria e Comércio
Ltda. (R$ 450), e no consórcio hidroelétrico Pai Querê e Santa Isabel (R$ 868).
(b)
Valor justo de derivativos e outros instrumentos financeiros
O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos é determinado
mediante o uso de técnicas de avaliação. A Companhia usa seu julgamento para escolher diversos métodos
e definir premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do balanço
(Nota 5.3).
(c)
Provisões
A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis, tributários e ambientais que se
encontram em instâncias diversas. As provisões, constituídas para fazer face às potenciais perdas
decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da
Administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais e requerem elevado grau de julgamento
sobre as matérias envolvidas (Nota 20).
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(d)
Combinação de negócios
Em uma combinação de negócios, os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos são
mensurados pelo valor justo na data de aquisição. As participações de não controladores na empresa
adquirida são avaliadas ao valor justo do capital ou na parte relevante do valor justo dos ativos
identificáveis líquidos da empresa. A mensuração desses ativos e passivos, na data de aquisição, é sujeita a
análise de recuperação, incluindo estimativa de fluxo de caixa futuro, valor justo, risco de crédito e outros,
e pode ser significativamente diferente dos resultados atuais.
(e)
Imposto de renda, contribuição social e diferidos
A Companhia está sujeita ao imposto de renda e, quando aplicável à contribuição social em todos os países
em que opera. É necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a
renda nesses diversos países. Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta. A
Companhia também reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais
de impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessa avaliação é diferente dos valores inicialmente
estimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período
em que o valor definitivo é determinado (Nota 19).
(f)
Benefícios a empregados
O valor atual de obrigações do plano de benefício definido e de assistência médica depende de uma série de
fatores que são determinados com base em cálculos atuariais e utilizam diferentes premissas. Entre as
premissas usadas na determinação do custo (receita) líquido para os saldos das obrigações atuariais, está a
taxa de desconto.
A Companhia determina a taxa de desconto apropriada ao fim de cada exercício. Essa é a taxa de juros que
deve ser usada para determinar o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, necessárias para
liquidar as obrigações de planos de pensão.
Quaisquer mudanças nas premissas utilizadas para o cálculo dessas obrigações afetarão o valor contábil na
data do balanço (Nota 30).
(g)
Reconhecimento para créditos de liquidação duvidosa
A provisão para redução ao valor recuperável das contas a receber é constituída em montante considerado
suficiente para cobrir as prováveis perdas em sua realização. A política contábil para estabelecer a provisão
requer a análise individual das faturas de clientes inadimplentes em relação às medidas de cobrança
adotadas por departamento responsável e, de acordo com o estágio da cobrança, é estimado um montante
de provisão a ser constituído.
(h)
Revisão da vida útil e recuperação de propriedades, plantas e equipamentos
A capacidade de recuperação dos ativos que são utilizados nas atividades da Companhia é avaliada sempre
que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos
pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor contábil destes ativos for superior
ao seu valor recuperável, o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada para novos patamares.
(i)
Uso do bem público
O montante é originalmente reconhecido como um passivo financeiro (obrigação) e como um ativo
intangível (direito de uso de um bem público), que corresponde ao montante das despesas totais anuais ao
longo do período do contrato descontado a valor presente (valor presente dos fluxos de caixa futuros de
pagamento).
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
5
Gestão de risco financeiro
5.1
Fatores de risco financeiro
As atividades da Companhia a expõem a diversos riscos financeiros, a saber: (a) risco de mercado (moeda,
taxa de juros e commodities); (b) risco de crédito e (c) risco de liquidez.
Os produtos e serviços vendidos pela Companhia são predominantemente denominados em reais. Por
outro lado, alguns custos e investimentos em ativos são denominados em moeda estrangeira.
Adicionalmente, a Companhia possui dívidas atreladas a indexadores e moedas distintos, que podem
impactar seu fluxo de caixa.
Para atenuar os efeitos diversos de cada fator de risco de mercado, a Companhia segue a Política de Gestão
de Riscos de Mercado, com o objetivo de estabelecer a governança e as diretrizes do processo de gestão
destes riscos, assim como as métricas para sua mensuração e acompanhamento. Esta política é
complementada por outras políticas, que estabelecem diretrizes e normas para: (i) Gestão de exposição
cambial, (ii) Gestão de exposição a taxa de juros, (iii) Gestão de riscos de contrapartes e emissores (iv)
Gestão de liquidez e endividamento financeiro.
(a)
Risco de mercado
(i)
Risco cambial
A Política de Gestão de Exposição Cambial destaca que as operações de derivativos têm como objetivos
diminuir a volatilidade no fluxo de caixa, proteger a exposição cambial e evitar o descasamento entre
moedas da Companhia.
A Companhia tem certos investimentos em operações no exterior, cujos ativos líquidos estão expostos ao
risco cambial. A exposição cambial decorrente da participação em operações no exterior da Companhia é
protegida, principalmente, por meio de empréstimos na mesma moeda desses investimentos, sendo
classificados como hedge accounting de investimento líquido. Apresentamos a seguir os saldos contábeis
de ativos e passivos indexados à moeda estrangeira (Euro, Dólar americano, Dólar canadense, Dirham
marroquino, Dinar tunisiano, Rupia indiana, Lira turca e Renminbi chinês) na data de encerramento dos
balanços patrimoniais:
Nota
Ativos em moeda estrangeira
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Contas a receber de clientes
Passivos em moeda estrangeira
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Exposição líquida
33 de 105
8
9
10 (c)
18 (c)
2014
Controladora
2013
2.249
2.248
91.156
1.603
95.008
2014
Consolidado
2013
15.010
2.385
19.643
743.938
77.785
91.156
792.930
1.705.809
642.090
75.657
18.548
755.326
1.491.621
7.681.178
76.386
1.093
5.843.651
4.008
17.672
8.619.634
76.386
771.496
7.181.347
6.276
521.369
7.758.657
5.865.331
9.467.516
7.708.992
7.663.649
5.845.688
7.761.707
6.217.371
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(ii)
Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros
O risco de taxa de juros da Companhia decorre principalmente de empréstimos de longo prazo. Os
empréstimos emitidos às taxas variáveis expõem a Companhia ao risco de taxa de juros de fluxo de caixa.
Os empréstimos emitidos às taxas fixas expõem a Companhia ao risco de valor justo associado à taxa de
juros.
A Política de gestão de exposição a taxas de juros estabelece as diretrizes e regras para se proteger contra
flutuações nas taxas de juros que afetam o fluxo de caixa da Companhia e de suas controladas. Exposições a
cada taxa de juros (principalmente CDI, LIBOR e TJLP) são projetadas até o vencimento dos ativos e
passivos expostos a tais índices.
Eventualmente, a Companhia também efetua operações de swap de taxa de juros fixa para taxa variável, a
fim de proteger o risco de taxa de juros de fluxo de caixa, conforme descrito na Nota 5.3.
(b)
Risco de crédito
Os instrumentos financeiros derivativos, time deposits, CDBs e operações compromissadas com lastro de
debêntures e títulos públicos federais criam exposição a risco de crédito de contrapartes e emissores. A
Companhia tem como política trabalhar com emissores que possuam no mínimo um rating apurado pelas
agências de rating internacionais, sendo rating nacional igual ou melhor que AA- (ou Aa3), ou rating em
escala global igual ou melhor que A (ou A2) (Nota 7). Para países cujos emissores não atendem as
classificações de risco de crédito mínimas anteriormente descritas, são aplicados, alternativamente,
critérios propostos pela Administração, tais como o posicionamento global dos bancos, relacionamento
com a Companhia e capilaridade local.
No caso de risco de crédito decorrente de exposição de crédito a clientes, a Companhia avalia a qualidade
do crédito do cliente, levando em consideração principalmente o histórico de relacionamento e indicadores
financeiros, definindo limites individuais de crédito, os quais são regularmente monitorados.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é registrada em quantia considerada suficiente para cobrir
todas as perdas prováveis quando da execução das contas a receber de clientes e é incluída nas despesas de
vendas.
(c)
Risco de liquidez
O risco de liquidez é gerenciado de acordo com a Política de Gestão de Liquidez e Endividamento, visando
garantir recursos líquidos suficientes para honrar os compromissos financeiros da Companhia no prazo e
sem custo adicional.
Um dos principais instrumentos de medição e monitoramento da liquidez é a projeção de fluxo de caixa,
observando-se um prazo mínimo de 12 meses de projeção a partir da data de referência.
A gestão de liquidez e endividamento adota métricas comparáveis fornecidas por agências classificadoras
de riscos de abrangência global para riscos de crédito A em escala global e AA- em escala nacional, ou
equivalente. Em caráter excepcional, o Conselho de Administração da Companhia poderá aprovar
contrapartes que não se enquadrem nestes quesitos, mediante análise fundamentada que justifique tal
aprovação.
A tabela abaixo analisa os principais passivos financeiros da Companhia, por faixas de vencimento,
correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os
valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados.
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financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Controladora
Entre 1 e 2
anos
Entre 2 e 5
anos
Entre 5 e 10
anos
1.378.846
76.386
373.041
116.240
116.722
282.339
2.343.574
4.266.235
5.444.753
4.975.485
7.292.099
78.029
4.344.264
106.636
5.551.389
448.095
5.423.580
7.292.099
1.228.700
182
351.961
112.445
1.880
766.922
2.462.090
1.227.243
609
8.114.691
3.217
3.840.589
6.643.467
1.791.177
3.019.029
94.132
8.212.040
426.540
4.267.129
6.643.467
Entre 1 e 2
anos
Entre 2 e 5
anos
Entre 5 e 10
anos
A partir de 10
anos
1.557.278
76.386
1.232.301
116.240
122.100
3.227
40.147
4.771.634
5.755.442
5.085.264
68.218
39.969
115.551
1.416.446
3.147.679
4.879.821
5.870.993
1.467.034
2.450
910.705
112.445
45.664
83.553
24.942
39.526
2.686.319
1.871.679
609
8.730.106
3.217
55.774
26.514
39.611
1.994.187
89.765
124.794
8.947.882
Até 1 ano
Em 31 de dezembro de 2014
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Dividendos a pagar
Partes relacionadas
Em 31 de dezembro 2013
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Dividendos a pagar
Partes relacionadas
A partir de 10
anos
Total
23.357.418
76.386
373.041
116.240
116.722
915.099
24.954.906
21.054.690
4.008
351.961
112.445
1.880
3.078.771
24.603.755
Consolidado
Até 1 ano
Em 31 de dezembro de 2014
Em préstim os e financiam entos
Instrum entos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Dividendos a pagar
Partes relacionadas
Plano de pensão
Em 31 de dezembro 2013
Em préstim os e financiam entos
Instrum entos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Dividendos a pagar
Partes relacionadas
Uso do bem público - UBP
Plano de pensão
Total
7.293.554
24.463.172
76.386
1.232.301
116.240
122.100
71.445
1.612.113
6.501.710
7.293.554
27.693.757
4.268.549
6.648.077
22.985.445
6.276
910.705
112.445
45.664
151.623
1.230.686
1.531.612
26.974.456
12.296
190.529
1.327.681
5.799.055
898.936
7.547.013
Como os valores incluídos na tabela são os fluxos de caixa contratuais não descontados, esses valores
podem não corresponder diretamente aos valores divulgados no balanço patrimonial.
5.2
Gestão de capital
Para manter ou ajustar a estrutura de capital da Companhia, a administração pode, ou propõe, nos casos
em que os acionistas têm de aprovar, rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos
acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de
endividamento.
A Companhia monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à
dívida líquida dividida pelo EBITDA ajustado. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de
empréstimos e financiamentos (incluindo empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo, conforme
demonstrado no balanço patrimonial consolidado), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa,
do montante de instrumentos financeiros derivativos e do montante das aplicações financeiras. O EBITDA
ajustado é apurado por meio da soma do lucro operacional, depreciação, amortização, exaustão, dividendos
recebidos e outros itens não caixa, avaliados pela Administração da Companhia, como não recorrentes.
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financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Os itens não recorrentes são compostos basicamente pelo resultado de equivalência de investidas (ganhos/
perdas com aquisições, alienações e impairment).
Os índices de dívida liquida sobre EBITDA ajustado em 31 de dezembro de 2014 e 2013 são apresentados
da seguinte forma:
Empréstimos e financiamentos
Caixa e equivalentes de caixa
Instrumentos financeiros derivativos
Aplicações financeiras
Nota
18
8
5.4
9
Dívida líquida - (A)
EBITDA ajustado - (B)
Índice de alavancagem financeira - (A/B)
34 (a)
2014
14.425.190
(955.327)
(14.770)
Consolidado
2013
13.501.341
(665.588)
(11.250)
(1.570.713)
(1.274.323)
11.884.380
11.550.180
3.492.584
3.512.178
3,40
3,29
O aumento deste índice de alavancagem financeira é decorrente principalmente da variação cambial do
exercício no montante de R$ 621.975 (Nota 18 (b)).
5.3
Estimativa do valor justo
Os saldos das contas a receber de clientes, menos a provisão para créditos de liquidação duvidosa, e de
contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, estão próximos de seus valores justos. O valor justo dos
passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado por meio dos fluxos de caixa contratuais futuros
descontados pela taxa de juros vigente no mercado.
Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos são descritos a seguir, bem como as premissas
para sua valorização:
•
Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber e outros ativos circulantes considerando-se a natureza e os prazos, os valores contabilizados aproximam-se dos de realização.
•
Passivos financeiros - estão sujeitos a juros com taxas usuais de mercado. O valor de mercado foi
calculado tendo por base o valor presente do desembolso futuro de caixa, usando-se taxas de juros
atualmente disponíveis para emissão de débitos com vencimentos e termos similares.
A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos empréstimos e financiamentos é de R$ 185.598 na
controladora (2013 - R$ 152.877) e de R$ 184.718 no consolidado (2013 - R$ 205.045), estando o valor
contábil maior que o valor justo. (Nota 18 (f)).
A Companhia divulga as mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração pelo
valor justo:
. Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (nível 1).
. Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o
ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos
preços) (nível 2).
. Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou
seja, inserções não-observáveis) (nível 3).
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os ativos financeiros mensurados ao valor justo e passivos financeiros
divulgados ao valor justo foram classificados no nível 1 e 2 de hierarquia do valor justo, vide classificação
abaixo.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Nota
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Passivos
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
8
9
5.4
18 (f)
5.4
Valor justo medido com base em
Técnica de valoração
Preços cotados em
suportada por preços
mercado ativo
observáveis
Nível 1
Nível 2
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Passivos
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
8
9
5.4
18 (f)
5.4
186.148
1.445.387
91.156
188.676
1.456.432
91.156
13.573
1.722.691
1.736.264
6.604.351
6.450.904
76.386
6.527.290
13.055.255
76.386
13.131.641
Valor justo medido com base em
Técnica de valoração
Preços cotados em
suportada por preços
mercado ativo
observáveis
Nível 1
Nível 2
14.218
348.388
Controladora
2013
Valor justo
679.397
15.010
14.218
1.027.785
15.010
362.606
694.407
1.057.013
5.457.410
6.574.440
4.008
6.578.448
12.031.850
4.008
12.035.858
5.457.410
37 de 105
Valor justo
2.528
11.045
6.604.351
Nota
Controladora
2014
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Nota
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Passivos
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
8
9
5.4
18 (f)
5.4
Valor justo medido com base em
Técnica de valoração
Preços cotados em
suportada por preços
mercado ativo
observáveis
Nível 1
Nível 2
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Passivos
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
8
9
5.4
18 (f)
5.4
488.443
1.553.130
91.156
955.327
1.570.713
91.156
484.467
2.132.729
2.617.196
6.891.956
7.348.516
76.386
7.424.902
14.240.472
76.386
14.316.858
Valor justo medido com base em
Técnica de valoração
Preços cotados em
suportada por preços
mercado ativo
observáveis
Nível 1
Nível 2
Consolidado
2013
Valor justo
402.791
357.083
262.797
917.240
17.526
665.588
1.274.323
17.526
759.874
1.197.563
1.957.437
5.871.991
7.834.395
6.276
7.840.671
13.706.386
6.276
13.712.662
5.871.991
(a)
Valor justo
466.884
17.583
6.891.956
Nota
Consolidado
2014
Instrumentos financeiros - Nível 1
O valor justo dos instrumentos financeiros negociados em mercados ativos (como títulos mantidos para
negociação e disponíveis para venda) é baseado nos preços de mercado, cotados na data do balanço. Um
mercado é visto como ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de
uma Bolsa, distribuidor, corretor, grupo de indústrias, serviço de precificação, ou agência reguladora, e
aqueles preços representam transações de mercado reais e que ocorrem regularmente em bases puramente
comerciais. O preço de mercado cotado utilizado para os ativos financeiros mantidos pela Companhia é o
preço de transações atuais. Os instrumentos incluídos no Nível 1 compreendem, principalmente, os
investimentos patrimoniais em títulos públicos federais classificados como títulos para negociação ou
disponíveis para venda.
(b)
Instrumentos financeiros - Nível 2
O valor justo dos instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por exemplo,
derivativos de balcão) é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. Essas técnicas de avaliação
maximizam o uso dos dados adotados pelo mercado onde estão disponíveis com o menor uso possível de
estimativas específicas da Companhia. Todas as informações relevantes exigidas para o valor justo de um
instrumento forem adotadas pelo mercado, e portanto classificadas no Nível 2.
Técnicas de avaliação específicas utilizadas para valorizar os instrumentos financeiros incluem:
•
Preços de mercado cotados ou cotações de instituições financeiras ou corretoras para instrumentos
similares;
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
•
•
•
O valor justo de swaps de taxa de juros calculado pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros
estimados com base nas curvas de rendimento adotadas pelo mercado;
O valor justo dos contratos de câmbio futuros determinado com base nas taxas de câmbio futuras
na data do balanço, com o valor resultante descontado ao valor presente;
Outras técnicas, como a análise de fluxos de caixa descontados, são utilizadas para determinar o
valor justo para os instrumentos financeiros remanescentes.
Não ocorreu nenhuma transferência entre os níveis 1, 2 ou 3 durante o ano.
5.4
Derivativos contratados
Todas as operações de instrumentos financeiros derivativos foram realizadas em mercados de balcão.
Programa de proteção de taxa de juros em USD – instrumentos financeiros derivativos contratados com o
objetivo de adequar a exposição à LIBOR (gerada por dívidas em USD indexadas em taxas flutuantes em
LIBOR) aos parâmetros estabelecidos em política. A proteção é realizada por meio de swaps.
Programa de proteção da exposição cambial – instrumentos de proteção financeira contratados com o
objetivo de proteção do fluxo de caixa em reais oriundo da exposição cambial. A proteção é realizada por
meio de compra a termo de dólar americano e euro.
Programa de proteção de dívida tomada em moeda estrangeira – instrumentos de proteção financeira
contratados com o objetivo de proteção do fluxo de caixa em moeda local. A proteção é realizada por meio
de cross currency swaps.
Instrumentos de proteção de dívida em Reais - instrumentos financeiros derivativos contratados com o
objetivo de transformar taxas fixas de dívidas contratadas em reais para flutuantes em CDI. A proteção é
realizada por meio de swaps, com a variação do valor justo registrada no resultado.
Abaixo é apresentado um quadro resumido dos instrumentos financeiros derivativos e do objeto protegido
pelos mesmos:
Controladora
Unidade
Valor principal
2014
2013
Proteção da exposição cam bial
Termo de dólar Norte-Americano
Term o de Euro
USD
EUR
85.000
39.000
Proteção de dívida
Swaps taxa fixa em reais vs. taxa flutuante em CDI
Swaps taxa flutuante em libor vs. taxa flutuante em CDI
BRL
USD
Programas
Taxa/Preço
FWD Média
Prazo
médio
(dias)
2014
5.261
9.233
500.000
300.000
Valor justo
2013
0,82%
Total (líquido entre ativo e passivo)
1.033
14.770
1.033
14.770
Ganho
(perda)
realizado
2014
2015
Valor justo por vencimento
2016
2017
2018
(740)
(3.492)
(2.100)
11.002
(2.840)
(76.386)
(50.313)
83.376
58.093
(76.386)
(50.313)
83.376
58.093
Consolidado
Programas
Unidade
Valor principal
2014
2013
Proteção de taxas de juros em USD
Swaps taxa flutuante em LIBOR vs. taxa fixa em USD
USD
148.750
Proteção da exposição cambial
Termo de dólar Norte-Americano
Termo de Euro
USD
EUR
85.000
59.000
Proteção de dívida
Swaps taxa fixa em reais vs. taxa flutuante em CDI
Swaps Rúpias vs. USD
Swaps taxa flutuante em libor vs. taxa flutuante em CDI
BRL
USD
USD
Total (líquido entre ativo e passivo)
Taxa/Preço
FWD Média
Prazo
médio
(dias)
2014
500.000
5.300
300.000
0,82%
1.033
Valor justo
2013
Ganho
(perda)
realizado
2014
(2.216)
(2.144)
5.261
8.211
(740)
(1.130)
(3.492)
3.486
(2.100)
3.040
11.250
(3.074)
14.770
14.770
2015
Valor justo por vencimento
2016
2017
2018
(76.386)
(50.313)
83.376
58.093
(76.386)
(50.313)
83.376
58.093
As operações dos instrumentos financeiros derivativos reconhecidas no resultado do exercício totalizam
uma receita de R$ 928 (2013 - R$ 5.990) na Controladora, e R$ 259 (2013 – R$ 2.304) no Consolidado.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
5.5
Hedge de investimento líquido em entidade no exterior
A Companhia designou sua dívida denominada em euros, no valor total equivalente a EUR 942 milhões
(R$ 2.917.921), como instrumento de hedge em relação ao seu investimento na controlada VCEAA, que tem
o euro como sua moeda funcional.
A partir de 1° de janeiro de 2013, a Companhia designou também parte da sua dívida em dólar americano,
no montante de US$ 1.455 milhões (R$ 3.204.599) (31 de dezembro de 2014 – US$ 1.547 milhões - R$
4.110.072), como instrumento de hedge do investimento na sua controlada VCNA, incluindo suas
subsidiarias nos Estados Unidos. VCNA é uma empresa domiciliada no Canadá e tem controladas com
operações na moeda funcional dólar americano e controladas com operações na moeda funcional dólar
canadense, que é altamente correlacionado com o dólar americano.
Trimestralmente a companhia documenta essa correlação e avalia a efetividade dos hedges de investimento
líquido, tanto prospectivamente quanto retrospectivamente.
A perda líquida em variação cambial na conversão das dívidas reconhecido com ajustes de avalição
patrimonial para o exercício de 2014 foi de (R$ 336.912) e de 2013, foi de (R$ 563.681).
5.6
Demonstrativos da análise de sensibilidade
A seguir é apresentada a análise de sensibilidade para os principais fatores de risco que impactam a
precificação dos instrumentos financeiros em aberto de caixa e equivalentes de caixa, aplicações
financeiras, empréstimos e financiamentos e instrumentos financeiros derivativos. Os principais fatores de
risco são a exposição à flutuação do Dólar e do Euro, das taxas de juros LIBOR e CDI. Os cenários para
estes fatores são elaborados utilizando fontes de mercado e fontes especializadas, seguindo a governança
da Companhia.
Os cenários em 31 de dezembro de 2014, estão descritos abaixo:
•
Cenário I: considera choque nas curvas e cotações de mercado de 31 de dezembro de 2014, conforme
cenário base definido pela Companhia para 31 de março de 2015.
•
Cenário II: considera choque de + ou – 25% nas curvas de mercado de 31 de dezembro de 2014.
Cenário III: considera choque de + ou – 50% nas curvas de mercado de 31 de dezembro de 2014.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Impactos no resultado
Cenários II & III
Cenário I
Fatores de risco
Ativo
Passivo
Unid.
Câmbio
USD
EUR
7
2.249
4.810.869
3.123.825
USD
EUR
1.642.580
4.400.000
936.201
BRL
USD
Taxas de juros
BRL - CDI
USD - LIBOR
Choque nas
curvas de
31/12/2014
Câmbio
USD
EUR
Taxas de juros
BRL - CDI
USD - LIBOR
Ativo
Passivo
Unid.
756.269
65.467
5.109.265
3.445.296
USD
EUR
1.689.906
4.400.000
1.188.540
BRL
USD
Cenário I
Resultados
do cenário I
-25%
-50%
+25%
+50%
Resultados
do cenário I
-25%
-50%
+25%
+50%
2,33%
4,24%
1.799
(3.471)
(15.181)
21.344
(30.363)
42.689
15.181
(21.344)
30.363
(42.689)
(95.936)
(128.833)
1.051.500
792.126
2.103.000
1.584.252
(1.051.500)
(792.126)
(2.103.000)
(1.584.252)
23 bps
16 bps
(12.870)
333
84.512
515
169.191
1.030
(84.366)
(515)
(168.603)
(1.030)
Impactos no resultado
Cenários II & III
Cenário I
Fatores de risco
Controladora
Impactos no resultado abrangente
Cenários II & III
Choque nas
curvas de
31/12/2014
Consolidado
Impactos no resultado abrangente
Cenários II & III
Cenário I
Resultados
do cenário I
-25%
-50%
+25%
+50%
Resultados
do cenário I
-25%
-50%
+25%
+50%
2,33%
4,24%
671
(3.471)
(2.818)
21.344
(5.636)
42.689
2.818
(21.344)
5.636
(42.689)
(84.554)
(139.778)
921.999
859.425
1.843.997
1.718.851
(921.999)
(859.425)
(1.843.997)
(1.718.851)
23 bps
16 bps
(12.647)
423
83.087
654
(82.941)
(654)
(165.754)
(1.307)
166.342
1.307
No que se refere às mudanças na taxa de câmbio, os impactos em resultados abrangentes são provenientes da aplicação de hedge accounting (Nota 5.4).
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
6
Instrumentos financeiros por categoria
(a)
Controladora
2014
Ativos, conforme o balanço patrimonial
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Contas a receber de clientes
Partes relacionadas
Nota
8
9
5.4
10
13
Empréstimos e
recebíveis
188.676
Nota
18
5.4
21
13
1.456.432
91.156
Total
188.676
1.456.432
91.156
305.571
23.983
1.547.588
2.065.818
305.571
23.983
518.230
Passivos, conforme o balanço patrimonial
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Partes relacionadas
Ativos mantidos
para negociação
2014
Outros passivos
financeiros
13.240.853
76.386
373.041
116.240
459.311
14.265.831
2013
Ativos, conforme o balanço patrimonial
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Contas a receber de clientes
Partes relacionadas
Passivos, conforme o balanço patrimonial
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Partes relacionadas
42 de 105
Nota
8
9
5.4
10
13
Nota
18
5.4
21
13
Empréstimos e
recebíveis
14.218
Ativos mantidos
para negociação
1.027.785
15.010
302.390
17.833
334.441
2013
Outros passivos
financeiros
11.878.973
4.008
351.961
112.445
2.860.017
15.207.404
1.042.795
Total
14.218
1.027.785
15.010
302.390
17.833
1.377.236
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Consolidado
2014
Ativos, conforme o balanço patrimonial
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Contas a receber de clientes
Partes relacionadas
Nota
8
9
10
13
Empréstimos e
recebíveis
955.327
Nota
18
21
13
1.570.713
91.156
Total
955.327
1.570.713
91.156
1.148.809
135.687
1.661.869
3.901.692
1.148.809
135.687
2.239.823
Passivos, conforme o balanço patrimonial
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Partes relacionadas
Ativos mantidos
para negociação
2014
Outros passivos
financeiros
14.425.190
76.386
1.232.301
116.240
71.445
15.921.562
2013
Ativos, conforme o balanço patrimonial
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Contas a receber de clientes
Partes relacionadas
Passivos, conforme o balanço patrimonial
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Contas a pagar - Trading
Partes relacionadas
Nota
8
9
10
5.4
13
Nota
18
21
13
Empréstimos e
recebíveis
665.588
1.274.323
17.526
1.096.596
103.767
1.865.951
2013
Outros passivos
financeiros
13.501.341
6.276
910.705
112.445
151.623
14.682.390
43 de 105
Ativos mantidos
para negociação
1.291.849
Total
665.588
1.274.323
17.526
1.096.596
103.767
3.157.800
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
7
Qualidade dos créditos dos ativos financeiros
(a)
Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras
A tabela a seguir reflete a qualidade de crédito dos emissores e contrapartes em operações de caixa e equivalentes de caixas, aplicações financeiras e instrumentos
financeiros derivativos:
Controladora
2013
2014
Rating
local
Caixa e equivalentes de caixa
AAA
AA+
AAA+
A
ABBB+
BBB
BBBBB+
BB
BBB+
Sem rating
Aplicações financeiras
AAA
AA+
AAA+
A
ABB+
BBBSem rating
Ins trum entos financeiros derivativos
AAA
ABBB
Rating
global
186.148
2
2
10
77
Rating
global
9.261
2
201
Total
9.261
2
201
10
77
2.249
188
186.427
Total
186.148
2
2
Rating
local
197.037
5
2
28
2
388
2.249
188
188.676
2.506
11.970
1.016.609
305.851
1.016.609
305.851
542.667
436.778
15.864
14.889
132
14.889
132
2.249
2.248
2.248
2.248
2.506
14.218
13.927
211.389
542.667
436.778
15.864
1.049.781
305.851
779
17.410
140
41
41
Consolidado
2013
2014
Rating
local
Rating global
Total
Rating local
19.175
7
201
363.804
136.239
71.642
33.938
45.092
42.212
41.152
9.624
197.037
5
2
363.832
136.241
72.030
33.938
45.092
42.212
41.152
9.624
235
743.938
14.162
955.327
2.894
23.498
1.049.781
305.851
713.491
436.778
15.864
77.785
1.216
5
779
95.195
140
Rating
global
63.641
2.025
144.057
65.698
25.669
57.067
199.939
57.072
199.939
37.122
2.248
16.388
28.236
642.090
37.122
2.248
16.388
31.130
665.588
713.491
436.778
15.864
72.855
98
118.951
1.456.432
32.435
1.027.785
32.435
1.027.785
118.967
1.492.928
59.362
59.362
15.010
15.010
59.362
59.362
1.702.221
31.794
31.794
34.043
31.794
91.156
1.736.264
15.010
1.054.765
2.248
15.010
1.057.013
59.362
1.763.679
77.785
31.794
31.794
853.517
118.967
1.570.713
32.435
1.198.666
59.362
15.010
31.794
91.156
2.617.196
15.010
1.237.174
72.855
75.657
98
2.802
32.435
1.274.323
2.465
51
2.516
720.263
15.010
2.465
51
17.526
1.957.437
2.802
118.951
1.456.432
Total
19.175
63.648
2.226
144.057
65.698
26.885
Os ratings decorrentes de classificação local e global foram extraídos das agências de rating Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch.
Ratings local: Os ratings nas escalas nacionais são ratings de propósito específico que se aplicam somente a créditos em um determinado país ou região. São avaliações da qualidade de
crédito relativa ao rating do “melhor” risco de crédito dentro de um país ou região. O “melhor” risco será geralmente, embora nem sempre, atribuído para todos os compromissos
financeiros emitidos ou garantidos pelo Estado soberano.
Ratings global: Os ratings internacionais de crédito estão relacionados a compromissos em moeda estrangeira ou em moeda local e, em ambos os casos, avaliam a capacidade de honrar
estes compromissos, utilizando uma escala aplicável globalmente. Assim sendo, tanto o rating em moeda estrangeira quanto em moeda local são avaliações internacionalmente
comparáveis.
44 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
8
Caixa e equivalentes de caixa
2014
Moeda nacional
Caixa e bancos
Certificado de Depósito Bancário - CDB's
Operações compromissadas
Moeda estrangeira
Caixa e bancos
Certificado de Depósitos
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
279
77.989
108.159
11.970
5.557
82.527
123.305
23.498
186.427
11.970
211.389
23.498
2.249
2.248
461.327
282.611
379.293
262.797
2.249
2.248
743.938
642.090
188.676
14.218
955.327
665.588
Em 31 de dezembro de 2014, o rendimento médio da carteira em reais foi de 100,79% do CDI (2013 100,78% do CDI).
9
Aplicações financeiras
2014
Mantidas para negociação
Moeda nacional
Letras Financeiras do Tesouro - LFT´s
Fundos de Investimento de Direitos Creditórios - FIDC
Operações Compromissadas
Quotas de fundos de investimento (i)
Certificado de Depósitos Bancários - CDB´s
11.045
132
455.738
972.748
16.769
1.456.432
Controladora
2013
393
Consolidado
2013
1.011.483
17.583
140
482.256
973.534
1.180.339
15.909
1.027.785
19.415
1.492.928
16.258
1.198.666
77.785
74.145
1.512
75.657
1.274.323
Moeda estrangeira
Aplicações
Quotas de fundos de investimento
1.456.432
2014
1.027.785
77.785
1.570.713
2.069
As aplicações financeiras em moeda nacional compreendem em títulos públicos ou de instituições
financeiras de primeira linha, indexados a taxa de depósito interbancário.
Em 31 de dezembro de 2014, o rendimento médio da carteira em reais foi de 100,12% do CDI (2013 100,02% do CDI). As aplicações em moeda estrangeira são compostas por instrumentos financeiros de
renda fixa em moeda local.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(i)
Demonstramos a seguir a composição da carteira do fundo exclusivo proporcional à participação da
Companhia:
Consolidado
2014
Caixa e equivalentes de caixa
Certificado de Depósito Bancários - CDB's Pós
Operação compromissada
54.517
30.132
84.649
Aplicações financeiras
Letras Financeiras do Tesouro - LFT's
Letras do Tesouro Nacional - LTN's
Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios - FIDC
Operações compromissadas
Certificado de Depósitos
10
Contas a receber de clientes
(a)
Composição
Nota
Clientes nacionais
Clientes estrangeiros
Partes relacionadas
Provisão para crédito de liquidação duvidosa
(b)
2013
13
Controladora
2014
2013
261.303
29
59.664
(15.425)
249.168
204
68.515
(15.497)
305.571
302.390
316.509
158.672
118.951
377.379
2.023
973.534
209.438
145.575
32.535
704.079
4.063
1.095.690
973.534
1.180.339
2014
335.380
823.233
66.318
(76.122)
Consolidado
2013
304.727
774.585
83.921
(66.637)
1.148.809
1.096.596
2014
Consolidado
2013
Movimentação da provisão para crédito de liquidação duvidosa
Controladora
2014
2013
Saldo no início do exercício
Adições líquidas das reversões
Contas a receber de clientes baixados
durante o exercício como incobráveis
Variação cambial
(15.497)
(12.549)
(10.960)
(15.167)
(66.637)
(35.489)
(42.996)
(41.351)
12.621
10.630
27.001
(997)
19.696
(1.986)
Saldo no final do exercício
(15.425)
(15.497)
(76.122)
(66.637)
Em 2013, a Companhia transferiu alguns valores a receber de clientes locais para uma instituição
financeira. Em conexão com esta transação a Companhia assumiu até 1% de perdas dos créditos
transferidos. Uma vez que a Companhia transferiu os riscos e os benefícios significativos destas contas a
receber, foram desconsiderados valores a receber no montante contábil de R$ 99.797, sendo reconhecido
um passivo na rubrica "outras obrigações", no valor de R$ 977, o que representa o valor justo da garantia
concedida no que diz respeito a 1% de perdas, que é também o valor máximo ao qual a Companhia estava
exposta devido aos valores a receber transferidos. A Companhia não tem nenhuma obrigação ou direito ou
a opção de recompra dos créditos, não havendo outras obrigações contratuais ou direitos da transação que
46 de 105
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
possam resultar em qualquer ganho ou perda significativa. Em 2014, a Companhia não realizou esta
operação.
A constituição da provisão para crédito de liquidação duvidosa foi registrada no resultado do exercício
como "Despesas com vendas”. Os valores debitados na conta de provisão são geralmente baixados quando
não há expectativa de recuperação dos recursos.
(c)
Composição por moedas
2014
Reais
Dólar Norte-Americano
Dólar Canadense
Euro
Lira Turca
Dirham Marroquino
Peso Uruguaio
Dinars Tunísia
Rupia Indiana
Bolivianos
(d)
2014
303.968
1.603
300.005
2.385
305.571
302.390
355.879
259.303
169.165
122.990
110.142
43.445
54.247
27.865
5.651
122
1.148.809
2014
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
341.270
212.606
181.281
132.587
88.863
75.975
44.986
17.187
1.841
1.096.596
Vencimentos de contas a receber
A vencer
Vencidos até 3 meses
Vencidos entre 3 e 6 meses
Vencidos há mais de 6 meses
(e)
Controladora
2013
226.366
22.417
2.617
9.932
261.332
228.646
3.261
334
17.131
249.372
1.056.313
67.793
8.692
25.815
1.158.613
Consolidado
2013
897.485
94.814
12.240
74.773
1.079.312
Qualidade dos créditos de contas a receber de clientes
2014
Risco alto
Risco médio
Risco baixo
AAA
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
78.068
39.824
71.319
37.155
47.842
28.100
113.494
39.210
156.641
120.196
703.632
75.844
114.458
89.271
616.895
76.861
226.366
228.646
1.056.313
897.485
Os valores citados acima referem-se a itens de clientes nacionais e estrangeiros não vencidos e não
impaired.
Risco alto
Risco médio
Risco baixo
Clientes AAA
47 de 105
– Clientes novos sem histórico de informações financeiras.
– Clientes com histórico de atraso nos pagamentos.
– Clientes com um sólido histórico comercial e de pagamentos.
– Classificação exclusiva aplicável somente para entidades legais, baseados em análise
individual de crédito realizada pela Administração.
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
11
Estoques
(a)
Composição
Produtos acabados
Produtos semi acabados
Matérias-primas
Materiais auxiliares e de consumo
Importações em andamento
Outros
Provisão para perdas (i)
2014
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
29.222
205.035
121.221
121.145
17.132
7.030
(68.560)
29.833
215.229
111.235
144.281
33.558
3.429
(53.222)
137.314
596.919
299.025
293.832
82.036
32.814
(139.705)
123.162
602.739
287.268
294.625
83.703
20.294
(106.136)
432.225
484.343
1.302.235
1.305.655
(i) A provisão para perdas em estoque refere-se substancialmente a materiais obsoletos e de baixo giro. Não
há estoques dados como penhor de garantias de passivos.
(b)
Movimentação da provisão para perdas de estoques
Saldo no início do exercício
Adições
Reversões
Saldo no final do exercício
Saldo no início do exercício
Adições
Reversões
Variação cambial
Saldo no final do exercício
48 de 105
Produtos
acabados
(1,065)
(2)
51
Produtos semi
acabados
(8,144)
(8,954)
(1,016)
(17,098)
Produtos
acabados
(5,228)
(801)
1,731
(253)
Produtos semi
acabados
(10,602)
(10,564)
201
(178)
(4,551)
(21,143)
2014
Controladora
2013
Matérias-primas
(9,269)
(2,105)
Materiais
auxiliares e de
consumo
(34,053)
(3,553)
Outros
(691)
(775)
Total
(53,222)
(15,389)
51
Total
(56,723)
(2,705)
6,206
(11,374)
(37,606)
(1,466)
(68,560)
(53,222)
2014
Consolidado
2013
Matérias-primas
(27,092)
(9,496)
936
(1,239)
Materiais
auxiliares e de
consumo
(61,626)
(12,762)
298
(1,391)
Outros
(1,588)
(1,037)
793
193
Total
(106,136)
(34,660)
3,959
(2,868)
Total
(114,090)
(11,668)
27,925
(8,303)
(36,891)
(75,481)
(1,639)
(139,705)
(106,136)
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
12
Tributos a recuperar
Controladora
2014
2013
Imposto de Renda e Contribuição Social - IRPJ e CSLL
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços - ICMS sobre ativo imobilizado (i)
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços - ICMS
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Programa de Integração Social - PIS (ii)
Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social - COFINS (ii)
Outros (iii)
Total de tributos a recuperar
Circulante
Não circulante
2014
Consolidado
2013
28.694
95.826
75.212
161.686
49.907
64.449
64.153
77.157
65.849
15.476
23.428
22.258
20.403
27.152
130.405
23.267
36.901
87.191
27.578
42.041
106.363
2.378
263.401
123.562
1.878
259.702
169.075
20.044
443.845
192.776
22.506
449.249
292.095
355.528
519.057
610.935
(136.191)
(182.726)
(271.558)
(341.134)
155.904
172.802
247.500
269.802
(i)
Os créditos referentes ao ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) decorrem da compra de
bens do ativo imobilizado (recuperável em 48 parcelas mensais) e de produtos de consumo. Os créditos
serão aplicados para pagar ICMS durante o curso normal das próprias operações da Companhia.
(ii)
Os créditos referentes ao PIS/COFINS decorrem substancialmente da aquisição de ativo imobilizado. Esses
créditos são recuperados fiscalmente de acordo com os critérios fiscais vigentes.
(iii)
Do valor apresentado na composição acima como outros no consolidado R$ 6.470 (2013 – R$ 19.286)
refere-se a impostos a recuperar (“VAT” – imposto sobre valor adicionado) da VCEAA (empresa no
exterior).
49 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
13
Partes relacionadas
(a)
Controladora
Sociedades controladora
Votorantim Industrial S.A. (i)
Contas a receber de clientes
2014
2013
1.128
Dividendos a receber
2014
2013
38
Ativo não circulante
2014
2013
38
38
Votorantim Participações S.A.
2014
Fornecedores
2013
19.246
22.697
Dividendos a pagar
2014
2013
116.722
1.880
Passivo não circulante
2014
2013
1.295
Receita (despesa) financeira
2014
2013
83.553
2014
Compras
2013
30.520
52.640
2014
Vendas
2013
8.792
417
25
10
5
9
20.652
16.241
68.860
74.850
139.826
166.260
30
Sociedades coligadas ou controladas em conjunto
Acariúba Minerações e Participações Ltda.
Calmit Industrial Ltda.
Cia de Cimento Itambé
Companhia Brasileira de Alumínio
219
404
2.426
13.641
449
227
1.432
CRB Operações Portuárias S.A.
Fazenda São Miguel Ltda.
1.175
Hailstone Limited
Interávia Transportes Ltda.
Itacamba Cementos S.A.
13.551
Pedreira Pedra Negra Ltda.
Polimix Concreto Ltda.
2.174
7.812
5.718
175
26
11.174
14.678
Supermix Concreto S.A. (iv)
Votener-Votorantim Comercializadora de Energia Ltda. (v)
312
184
16.925
834
722
118
6.163
7.665
7.512
9.676
351
11.952
32
32
334
334
2.468
18.114
115
89
33.738
(2.042)
3
1.146
1.048
4
709
289
1.546
2.697
982
5.532
216.209
364.701
(31.503)
(5.494)
(35.141)
(3.111)
8.599
16.898
169.035
65.847
24.962
(66)
(2.253)
112.473
122.675
158
183
591
697
2.469
2.582
311
955
386.828
407.942
708.001
566.022
7
534
12.915
111
6.030
24.150
Votorantim Siderurgia S.A.
478
440
139
54
1.042
Outros
206
386
185
132
50 de 105
705
3.115
954
23.983
17.833
59.664
68.515
42.741
143.974
(59.664)
(68.515)
(42.741)
(143.974)
23.983
17.833
30.880
64.601
116.722
1.880
(30.880)
(64.601)
(116.722)
(1.880)
5.909
234.821
2.345.770
294
Não circulante
2.647
4.961
294.943
194.552
78
Votorantim Metais S.A.
Circulante
349
413.621
13.960
707
143.269
849
15.529
Votorantim GmbH (iii)
42.034
5.532
2.468
Voto-Votorantim Overseas Trading Operantions IV Limited
Votorantim Cimentos N/NE S.A. (ii)
33.738
46
Seacrown do Brasil Comércio, Importação e Participação S.A.
Somix Concreto Ltda.
179
50
1.567
Lux Cem International S.A.
Mizu S.A.
219
404
5.047
1.761
11
459.311
2.860.017
(37.052)
(459.311)
(2.860.017)
(42.544)
6
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Consolidado
Sociedades controladora
Votorantim Industrial S.A. (i)
Votorantim Participações S.A.
Sociedades coligadas ou controladas em conjunto
Acerbrag S.A.
Cementos Avellaneda S.A.
Cementos Bio Bio S.A.
Cementos Especiales de las Islas, S.A.
Cia de Cimento Itambé
Hailstone Limited
Ibar Administração e Participação Ltda.
Maré Cimento Ltda.
Mizu S.A.
Polimix Concreto Ltda.
Santa Cruz Geração de Energia S.A.
Santa Maria Comércio e Serviços Ltda.
Sopacim
Sumter Cement Co. LLC
Superior Materials Holdings, LLC
Supermix Concreto S.A. (iv)
Suwannee American Cement LLC
Verona Participações Ltda.
Votener-Votorantim Comercializadora de Energia Ltda. (v)
Voto-Votorantim Overseas Trading Operantions IV Limited
Votorantim Andina S.A.
Votocel Investimentos Ltda.
Votorantim GmbH (iii)
Votorantim Metais S.A.
Votorantim Siderurgia S.A.
Outros
Contas a receber de clientes
2014
2013
1.128
213
569
Dividendos a receber
2014
2013
999
Ativo não circulante
2014
2013
38
38
7.969
7.028
771
2014
19.553
30
Fornecedores
2013
22.697
595
695
413
1.699
Não circulante
51 de 105
Passivo não circulante
2014
2013
1.295
83.553
722
722
2.865
393
Receita (despesa) financeira
2014
2013
2014
32.096
(124)
1.103
Compras
2013
56.094
2014
Vendas
2013
8.792
417
34.650
69.142
140.844
39.206
75.044
168.780
30.496
390.201
27.045
305.891
695
2.372
645
2.426
2.334
7.845
11.227
9.776
13.641
4.687
5.743
14.687
3.629
1.778
7.947
2.840
1.277
7.149
13.552
5.075
11.952
5.075
1
8
1
8
1.699
32.603
22.275
10
4
50
46
707
27.949
52
534
126
1.421
10.271
24.056
451
1.252
8.540
22.651
8
150
11.340
150
9.860
2.966
2.616
7
79.654
7
62.091
18.652
13.242
289
1.546
1.669
715
9.218
222.417
205.737
848
9.457
435.461
158
3.999
938
695.069
412.971
183
40.797
591
4.024
681.403
7.107
723.468
45.312
697
6
8.618
680.473
(27.274)
1.993
1.757
416
293
487
3.165
66.318
7
111
439
1.167
83.921
1.602
4.008
31.224
3.150
24.555
(66.318)
(83.921)
(31.224)
(24.555)
1
16.556
135.687
1
13.348
103.767
72.515
6.030
2.899
1.794
122.784
43.386
24.150
351
1.059
109.628
116.722
(122.784)
(109.628)
(122.100)
Total acionistas não controladores
Circulante
Dividendos a pagar
2014
2013
116.722
1.880
37.257
5.378
135.687
103.767
246
3.202
5.569
3.730
71.445
7
326
151.623
(71.445)
(151.623)
42.462
(45.664)
(148)
2.500
(2.559)
(29.118)
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
As principais transações com partes relacionadas foram feitas nas seguintes condições:
(i)
Serviços adquiridos incluem aqueles proporcionados pelo Centro de Soluções Compartilhadas, ou CSC, da
VID, relacionados às atividades administrativas, de recursos humanos, back office, contabilidade,
impostos, assistência técnica, treinamento e aqueles fornecidos pelo Centro de Competência em Tecnologia
da Informação, ou CCTI. Esses serviços são fornecidos para todas as empresas do Grupo Votorantim e são
reembolsados à VID com base nos serviços efetivamente prestados à Companhia.
(ii)
Em outubro de 2014, os saldos foram substancialmente liquidados conforme Nota 1 (iii).
(iii)
Os produtos foram vendidos com base nas tabelas de preço interno das empresas. Os produtos adquiridos
da Votorantim GmbH (basicamente compra de coque de petróleo) incluem margem em relação ao preço de
venda cobrado pelos fornecedores, que tem sido entre 14% e 15% nos períodos apresentados, como
compensação pelos serviços prestados o que está em consonância com a política de preços de transferência
da Companhia.
(iv)
As operações de vendas com a Supermix Concreto S.A. referem-se a vendas de cimento e agregados.
(v)
Operações de compra de energia da Votener – Votorantim Comercializadora de Energia Ltda.
Outros preços de vendas e de prestações de serviços entre partes relacionadas foram negociados com base
nos custos internos, sem margens aplicadas.
(c)
Garantia de dívidas da Companhia e suas controladas, garantidas por partes relacionadas
Modalidade
BNDES
1ᵃ emissão de debêntures (i)
2ᵃ emissão de debêntures (i)
3ᵃ emissão de debêntures (i)
4ᵃ emissão de debêntures (i)
5ᵃ emissão de debêntures (i)
ECA Framework Agreement
Eurobonds - EUR
Eurobonds - USD (Voto 41)
Eurobonds - USD (Voto 20)
Garantidor
Hejoassu (Controladora da VPAR) / VID
VPAR
VID
VID
VID
VID
VID
VPAR (100%), CBA (50%)
VID
VPAR (100%), VCSA (50%) e Fibria (50%)
2014
1.359.170
140.363
1.013.981
3.377.086
257.598
2013
1.523.123
503.978
1.024.402
623.382
1.044.446
1.208.279
140.432
2.509.431
2.978.376
411.164
6.148.198
11.967.013
(i)
Durante o exercício de 2014, a Companhia firmou aditivos às escrituras das debêntures (1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª
emissões) visando a retirada da garantia da VID e VPAR.
(d)
Garantias de dívidas emitidas por partes relacionadas, garantidas pela Companhia e suas
controladas
2014
Instrumento
Eurobonds - USD (Voto 19)
Eurobonds - USD (Voto 20)
Devedor
VID
CBA
Garantidor
VPAR, VCSA, CBA
VPAR, VCSA
Percentual
garantido pela
Companhia
50%
50%
Dívida
760.652
649.828
1.410.480
52 de 105
2013
Valor
garantido
380.326
324.914
Dívida
2.171.931
1.698.141
Valor
garantido
1.085.965
849.070
705.240
3.870.072
1.935.035
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(e)
Remuneração do pessoal chave da Administração
O pessoal chave da administração inclui os membros do Comitê executivo e do Conselho de administração.
As despesas com remuneração dos executivos e administradores da Companhia, incluindo todos os
benefícios, são resumidas conforme a seguir:
2014
Benefícios de curto prazo aos administradores
Benefícios de rescisão
Benefícios pós-emprego
Outros benefícios de longo prazo aos administradores
24.654
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
29.447
422
5.007
32.839
1.103
478
15.090
550
5.819
36.493
1.103
619
15.480
30.083
49.510
35.816
53.695
Os benefícios de curto prazo aos administradores incluem remuneração fixa (salários e honorários, férias e
13º salários), encargos sociais (contribuições para a seguridade social (INSS), Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) e programa de remuneração variável de curto prazo. Os "outros benefícios de longo
prazo aos administradores" referem-se ao programa de remuneração variável. Os benefícios pós-emprego
referem-se aos planos de pensão.
14
Outros ativos
Despesas pagas antecipadamente
Créditos fiscais
Crédito com venda de participações societária (i)
Créditos previdenciários
Adiantamentos a funcionários
Adiantamento a fornecedores de longo prazo
Benefício a empregados
Crédito na venda de ativo imobilizado (ii)
Outros créditos
Circulante
Não circulante
2014
Controladora
2013
9.277
48.591
30.791
62.252
7.573
5.689
11.065
14.431
13.768
1.604
86.502
(33.427)
53.075
2014
Consolidado
2013
3.826
98.059
69.359
48.300
11.651
7.499
5.668
2.244
14.079
37.224
109.480
103.735
28.727
13.022
17.318
7.369
1.055
4.732
42.025
122.365
294.083
327.463
(149.678)
(154.578)
144.405
172.885
(61.122)
61.243
(i)
O saldo refere-se substancialmente ao crédito a receber pela VC Argentina no montante de R$ 38.469
decorrente da alienação do investimento na empresa Yguazú Cemento S.A..
(ii)
Em setembro de 2014, foi realizada a venda das unidades de Jaú e Treze de Maio, cujos prazos de
recebimentos são 1 e 5 anos, respectivamente.
53 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
15
Investimentos
(a)
Composição
Controladora
Informações em 31 de dezembro de 2014
Lucro líquido
Percentual de
Patrimônio
(prejuízo) do
participação
líquido
exercício
votante e total
Inves tim entos avaliados por equivalência patrim onial
Controladas e coligadas
Votorantim Cem ent North America Inc
Votorantim Cim entos N/NE S.A.
Votorantim Cim entos EAA Invers iones S.L.
Silcar Em preendim entos Com ércio e Participações Ltda.
Votorantim Cem entos Chile Ltda.
Pedreira Pedra Negra Ltda. (Nota 1 (iii))
Acariuba Mineração e Participação Ltda. (Nota 1 (iii))
Cem entos Portland S.A.
Votorantim Cim entos Argentina S.A.
Itacam ba Cem ento S.A. (Nota 2.2 (a)(i))
Erom ar S.A. (Nota 2.2 (a)(iv))
Seacrown do Bras il, Com .Im port. e Part. S.A.
Outros
Joint operation
VOTO-Votorantim Overs eas Trading Operations IV Lim ited Ltda.
4.345.020
2.022.079
2.618.007
665.134
177.496
44.069
318.899
250.122
134.591
12.570
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
243.356
32.889
4.983
6.698
29,50
99,94
1.864
(718)
40,45
363.091
(51.731)
50,00
Resultado de
equivalência
patrimonial
Saldo
2014
2014
44.069
318.899
250.122
134.591
12.570
(1.268)
864
1.469
6.694
721
543
(290)
316
4.345.020
2.022.079
2.618.007
665.134
177.496
71.790
32.869
861
2.033
(25.865)
181.545
743.435
10.116.834
Ágios
Votorantim Cim entos EAA Invers iones S.L.
Votorantim Cem ent North America Inc.
1.205.257
882.798
2.088.055
12.204.889
Total dos inves tim entos e ágios
Obrigações a pagar com inves tidas
Lux Cem International S.A.
Total dos inves tim entos , ágios e obrigações a pagar com inves tidas
54 de 105
(31.563)
(410)
100,00
(410)
(31.563)
743.025
12.173.326
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Controladora
Informações em 31 de dezembro de 2013
Lucro líquido
Percentual de
Patrimônio
(prejuízo) do
participação
líquido
exercício
votante e total
Inves tim entos avaliados por equivalência patrim onial
Controladas e coligadas
Votorantim Cem ent North Am erica Inc
Votorantim Cim entos N/NE S.A.
Votorantim Cim entos EAA Invers iones S.L.
Votorantim Inves tim entos Latino Am ericano S.A. (Nota 1 (vi))
Silcar Em preendim entos Com ércio e Participações Ltda.
Votorantim Cem entos Chile Ltda.
Pedreira Pedra Negra Ltda.
Acariuba Mineração e Participação Ltda.
Cem entos Portland S.A.
Votorantim Cim entos Argentina S.A.
Itacam ba Cem ento S.A. (Nota 2.2 (a)(i))
Erom ar S.A.
Seacrown do Bras il, Com .Im port. e Part. S.A.
Outros
Joint operation
VOTO-Votorantim Overs eas Trading Operations IV Lim ited Ltda.
3.915.924
3.825.354
2.393.703
106.442
488.607
144.758
100,00
97,38
100,00
571.898
170.123
147.264
110.325
224.637
28.726
33.686
2.372
2.585
95.662
(13.938)
1.158
(12.441)
(1.687)
(11)
2.647
(509)
(9.322)
100,00
100,00
100,00
100,00
29,50
99,96
50,01
100,00
40,45
43.126
(22.514)
50,00
Resultado de
equivalência
patrimonial
Saldo
2013
2013
106.442
470.672
144.758
2.890
95.662
(13.938)
1.158
(12.441)
(498)
(11)
1.324
(509)
(3.770)
183
3.915.924
3.725.253
2.393.703
(12.203)
21.563
779.719
11.184.295
Ágios
Votorantim Cim entos EAA Invers iones S.L.
Votorantim Cem ent North Am erica Inc.
Pedreira Pedra Negra Ltda.
571.898
170.123
147.264
110.325
66.268
28.715
16.847
2.372
1.046
12.994
1.205.070
882.798
11.700
2.099.568
13.283.863
Total dos inves tim entos e ágios
Obrigações a pagar com inves tidas
Lux Cem International S.A.
Total dos inves tim entos , ágios e obrigações a pagar com inves tidas
55 de 105
(26.407)
(5.596)
100,00
(5.596)
(26.407)
774.123
13.257.456
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Consolidado
Informações em 31 de dezembro de 2014
Lucro líquido
Percentual de
Patrimônio
(prejuízo) do
participação
líquido
exercício
votante e total
Investimentos avaliados por equivalência patrimonial
Coligadas
Votorantim Cimentos S.A.
Cementos Portland S.A.
Votorantim Cimentos EAA Inversiones S.L.
Cementos Avellaneda S.A. (c)
Silcar Empreendimentos Comércio e Participações Ltda.
Sirama Participações Adm. e Transportes Ltda.
Maré Cimento Ltda. (a)
Polimix Concreto Ltda. (a)
Supermix Concreto S.A.
Mizu S.A. (a)
Verona Participações Ltda. (a)
Polimix Cimento Ltda. (a)
Votorantim Cementos Chile
Cemento Bio Bio S.A. (b)
Joint ventures - VCNA
Suwannee American Cement LLC (c)
Superior Building Materials LL
Sumter Cement Co LLC
Trinity Materials LLC
Outros investimentos
Total de investimentos, joint ventures e outros
56 de 105
Resultado de
equivalência
patrimonial
Saldo
2014
2014
243.356
4.983
29,50
1.469
71.790
411.026
88.033
49,00
43.136
382.926
973.311
260.983
325.030
208.847
98.967
109.268
30.345
210.251
64.923
33.575
12.862
32.976
70.459
38,26
51,00
27,57
25,00
51,00
25,00
51,00
80.437
25.848
5.653
3.216
12.213
9.131
372.363
133.101
89.616
52.212
50.473
27.317
15.476
921.991
77.105
16,69
12.876
153.964
211.633
51.954
36.124
15.072
(21.444)
733
(703)
(223)
50,00
50,00
50,00
50,00
(10.722)
366
(352)
(111)
177.027
25.977
18.062
7.536
4.527
99.275
187.687
1.677.115
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Consolidado
Resultado de
equivalência
patrimonial
Saldo
2013
2013
29,50
(498)
66.268
Informações em 31 de dezembro de 2013
Lucro líquido
Percentual de
Patrimônio
(prejuízo) do
participação
líquido
exercício
votante e total
Inves tim entos avaliados por equivalência patrim onial
Coligadas
Votorantim Cim entos S.A.
Cem entos Portland S.A.
Votorantim Cim entos EAA Invers iones S.L.
Cem entos Avellaneda S.A. (c)
Silcar Em preendim entos Com ércio e Participações Ltda.
Siram a Participações Adm . e Trans portes Ltda.
Maré Cim ento Ltda. (a)
Polim ix Concreto Ltda. (a)
Superm ix Concreto S.A.
Mizu S.A. (a)
Verona Participações Ltda. (a)
Polim ix Cim ento Ltda. (a)
Invers iones Votorantim Chile
Cem ento Bio Bio S.A. (b)
Joint ventures - VCNA
Suwannee Am erican Cem ent LLC (c)
Superior Building Materials LL
Sum ter Cem ent Co LLC
Trinity Materials LLC
Outros inves tim entos
Total de inves tim entos , joint ventures e outros
(a)
(b)
(c)
224.637
(1.687)
354.528
80.480
49,00
32.290
368.864
856.136
211.849
307.425
215.985
76.002
80.230
30.345
194.283
90.114
36.916
28.749
9.209
75.416
38,26
51,00
27,57
25,00
51,00
25,00
51,00
74.326
25.642
(4.234)
7.187
1.398
(3.416)
327.535
108.043
84.763
53.996
38.761
20.057
15.476
914.640
(81.277)
16,69
(13.480)
152.736
206.670
35.087
32.565
13.514
(25.834)
(10.128)
(566)
(1.098)
50,00
50,00
50,00
50,00
(12.917)
(5.064)
(283)
(549)
166.137
17.544
16.282
6.757
(6.429)
96.863
110.674
1.553.893
Referem-se ao valor de investidas da controlada Silcar Empreendimentos Comércio e Participações Ltda. Conforme termo do acordo de acionistas, a Companhia
participa apenas de certas decisões financeiras e operacionais definidas no que diz respeito a determinadas matérias e de algumas atividades das investidas e, como tal,
a Companhia não controla as entidades. Os dividendos são distribuídos em quantidades desproporcionais ao percentual de participação.
Referem-se a investida na qual a participação é menor que 20%, porém a Companhia exerce influência significativa sobre as atividades por meio de acordos
estabelecidos com acionistas.
Os investimentos Cementos Avellaneda S.A. e Suwannee American Cement LLC consideram, em 31 de dezembro de 2014, os montantes de R$ 181.523 e R$ 71.210
(2013 – R$ 204.344 e R$ 62.830) respectivamente, referente aos ágios pagos na aquisição dos investimentos.
57 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Informações sobre as empresas investidas
Apresentamos a seguir, um resumo das informações financeiras selecionadas de nossas principais coligadas, controladas e controladas em conjunto nos exercícios
findos em:
Investimentos avaliados por equivaência patrimonial
Votorantim Cement North America Inc.
Votorantim Cimentos N/NE S.A.
Votorantim Cimentos EEA Inversiones S.L.
Silcar Empreendimentos Comércio e Participações Ltda.
Voto - Votorantim Overseas Trading Operations IV Ltda.
Cementos Portland S.A.
Votorantim Cementos Chile Ltda.
Votorantim Cimentos Argentina S.A.
Seacrown do Brasil, Com. Import. e Part. S.A.
Obrigações a pagar com investidas
Lux Cem International S.A.
Percentual de
participação
votante e total
Ativo
circulante
Ativo não
circulante
Passivo
circulante
100,00
100,00
100,00
100,00
50,00
29,50
100,00
99,94
40,45
1.105.534
907.813
1.828.769
28.147
26.889
175.709
10.036
38.651
276
4.239.883
2.350.033
2.627.785
744.028
843.235
80.283
167.538
24
8.145
466.501
813.823
966.578
88
1.110
100,00
Percentual de
participação
votante e total
Ativo
circulante
Ativo não
circulante
Passivo
circulante
475.225
523.467
955.831
Investimentos avaliados por equivaência patrimonial
Votorantim Cement North America Inc.
Votorantim Cimentos N/NE S.A.
Votorantim Cimentos EEA Inversiones S.L.
Silcar Empreendimentos Comércio e Participações Ltda.
Cementos Portland S.A.
Votorantim Cementos Chile Ltda.
Pedreira Pedra Negra Ltda.
Acariúba Mineração e Participação Ltda.
Voto - Votorantim Overseas Trading Operations IV Ltda.
Itacamba Cemento S.A.
Votorantim Cimentos Argentina S.A.
Seacrown do Brasil, Com. Import. e Part. S.A.
Eromar S.A.
100,00
100,00
100,00
100,00
29,50
100,00
100,00
100,00
50,00
50,01
99,94
40,45
100,00
1.041.989
578.042
1.854.533
23.636
159.095
1.566
12.538
1.782
53.204
28.557
28.738
168
598
3.903.391
4.744.663
2.707.552
649.119
74.772
172.479
180.288
116.648
742.649
9.985
Obrigações a pagar com investidas
Lux Cem International S.A.
100,00
105
1.539
58 de 105
(820)
3.369
78
2.920
310
8.886
1.992
482
9
3.767
(1.543)
4.504
12
221
218
104
Passivo não
circulante
533.896
421.944
656.513
107.041
507.853
9.267
Participação dos
acionistas não
controladores
Resultado
abrangente
2.866
6.247
385.028
(7.085)
21.515
6.726
27.315
13.737
(5.197)
(2.535)
(3)
32.761
(4.746)
Passivo não
circulante
554.231
973.884
871.396
100.857
8.748
3.913
41.795
8.105
754.270
352
215.456
Participação dos
acionistas não
controladores
341.155
Resultado
abrangente
491.707
(1.298)
(54.614)
19.375
9.756
24.895
(13.664)
1.534
5.482
(3.153)
6.248
27.947
(4.713)
Patrimônio
líquido (i)
4.345.020
2.022.079
2.618.007
665.134
363.091
243.356
177.496
32.889
1.864
Receita
líquida
2.290.280
2.043.638
1.716.493
3.915.924
3.825.354
2.393.703
571.898
224.637
170.123
147.264
110.325
43.126
33.686
28.726
2.585
2.372
(26.407)
96.133
604.030
215.770
(487)
(2.449)
(227)
(176)
(3)
(31.563)
Patrimônio
líquido (i)
Resultado
operacional
(49)
Receita
líquida
2.002.758
1.965.303
1.843.051
32.257
29.510
Resultado
operacional
143.953
640.737
249.907
2
(2.605)
(69)
2.527
(1.867)
3.465
(11)
(1.645)
(469)
(48)
Receita
(despesa)
financeira
Controladora
2014
Lucro líquido
(prejuízo) do
exercício
(28.335)
(135.964)
(18.443)
(6.184)
(51.731)
10.060
(2)
10.476
44.069
318.899
250.122
134.591
(51.731)
4.983
12.570
6.698
(718)
(1)
(410)
Receita
(despesa)
financeira
Controladora
2013
Lucro líquido
(prejuízo) do
exercício
11.209
15.451
(18.756)
(5.242)
939
18
(89)
2
(24.406)
818
4
(40)
3
106.442
488.607
144.758
95.662
(1.687)
(13.938)
1.158
(12.441)
(22.514)
2.647
(11)
(9.322)
(509)
(5.596)
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Percentual de
participação
votante e total
Investimentos avaliados por equivalência patrimonial
Sirama Participações Adm. e Trans portes Ltda.
Cemento Bio Bio S.A.
Cementos Avellaneda S.A.
Polimix Concreto Ltda.
Maré Cimento Ltda.
Cementos Portland S.A.
Supermix Concreto S.A.
Verona Participações Ltda.
Mizu S.A.
Polimix Cimento Ltda.
Joint ventures - VCNA
Suwannee American Cement LLC.
Superior Building Materials LL.
Sumter Cement Co LLC.
Trinity Materials LLC.
Ativo
circulante
Ativo não
circulante
Passivo
circulante
38,26
16,70
49,00
27,57
51,00
29,50
25,00
25,00
51,00
51,00
105.444
478.846
361.452
271.073
340.308
175.709
276.010
56.064
51.154
888.704
1.676.003
245.099
295.645
355.901
80.283
217.349
65.079
91.879
30.345
2.523
321.828
189.833
194.368
123.618
3.369
188.066
11.591
35.403
18.314
827.913
5.692
47.320
311.608
9.267
96.446
284
8.663
50,00
50,00
50,00
50,00
54.317
39.303
(60.958)
117
200.301
49.742
97.088
15.228
15.649
36.165
6
3
27.336
926
Percentual de
participação
votante e total
Investimentos avaliados por equivalência patrimonial
Cemento Bio Bio S.A.
Sirama Participações Adm. e Trans portes Ltda.
Cementos Avellaneda S.A.
Polimix Concreto Ltda.
Cementos Portland S.A.
Supermix Concreto S.A.
Maré Cimento Ltda.
Verona Participações Ltda.
Mizu S.A.
Polimix Cimento Ltda.
Joint ventures - VCNA
Suwannee American Cement LLC.
Superior Building Materials LL.
Sumter Cement Co LLC.
Trinity Materials LLC.
Participação dos
acionistas não
controladores
83.117
Ativo não
circulante
Passivo
circulante
Passivo não
circulante
16,70
38,26
49,00
27,57
29,50
25,00
51,00
25,00
51,00
51,00
461.820
72.238
270.454
265.893
159.095
247.199
299.796
50.533
68.343
1.791.820
787.192
250.097
221.071
74.772
259.396
304.481
39.331
68.556
30.345
388.363
2.326
150.101
137.906
482
196.933
126.715
9.334
24.147
866.424
968
15.922
41.633
8.748
93.677
265.713
300
36.750
50,00
50,00
50,00
50,00
51.707
23.555
(53.055)
139
193.327
47.276
85.625
13.414
19.556
35.744
5
39
18.808
Resultado
abrangente
16.924
(46.579)
(31.535)
1
13.737
1
26.407
6.207
4.262
1.781
270
Ativo
circulante
(i) O patrimônio líquido contempla o saldo do resultado abrangente apresentado.
59 de 105
Passivo não
circulante
Participação dos
acionistas não
controladores
84.213
Resultado
abrangente
141.111
28.409
(48.037)
(1.454)
9.756
270
5
28.565
3.998
4.190
1.744
Patrimônio
líquido (i)
973.311
921.991
411.026
325.030
260.983
243.356
208.847
109.268
98.967
30.345
211.633
51.954
36.124
15.072
Patrimônio
líquido (i)
914.640
856.136
354.528
307.425
224.637
215.985
211.849
80.230
76.002
30.345
206.670
35.087
32.565
13.514
Receita
líquida
1.207.057
872.304
816.146
695.224
1.890.894
93.300
179.325
(139)
Receita
líquida
1.256.936
789.197
1.002.340
1.121.080
773.184
161.412
78.058
138.388
(1.134)
Resultado
operacional
Receita
(despesa)
financeira
(557)
105.998
145.700
43.133
86.711
(2.449)
31.565
(26)
16.329
549
(38.154)
(3.228)
(1.380)
(6.519)
10.060
(10.150)
4.374
31.614
2.120
(19.250)
(479)
(7)
(70)
(189)
(74)
Consolidado
2014
Lucro líquido
(prejuízo) do
exercício
210.251
77.105
88.033
33.575
64.923
4.983
12.862
70.459
32.976
(21.444)
733
(703)
(223)
Resultado
operacional
Receita
(despesa)
financeira
Consolidado
2013
Lucro líquido
(prejuízo) do
exercício
152.274
(591)
120.176
47.802
(2.671)
24.413
144.891
72.144
13.019
(124.660)
352
12.349
5.494
939
9.636
(25.002)
4.920
3.039
(81.277)
194.283
80.480
36.916
(1.687)
28.749
90.114
75.416
9.209
(26.075)
(11.386)
(473)
(1.127)
(289)
(122)
(123)
(8)
(25.834)
(10.128)
(566)
(1.098)
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(c)
Movimentação
Controladora
(i)
(ii)
(d)
Consolidado
2014
2013
2014
2013
Saldo no início do exercício
Equivalência patrimonial
Dividendos recebidos (i)
Variação cambial de investimento no exterior
Hedge accounting de fluxo de caixa das investidas
Outros resultados abrangentes de investidas
Aumento de capital em investidas outros
Aumento de capital em investidas VCEAA
Aumento de capital em investidas Votorantim Cimentos Argentina
Aquisição de participação adicional em investidas Avellaneda
Aumento de capital em investidas Bio Bio
Aumento de capital em investidas Voto IV (Nota 1 (viii))
Ágio na aquisição de participação em controlada pela recompra
de ações VCNNE (Nota 1 (i))
Redução de capital da VCNNE (Nota 1 (iii))
Investimentos consolidados após obtenção de controle Artigas
Investimentos consolidados após obtenção de controle Antequera
Reclassificação de não controladores para reserva de lucros (Nota 24 (c))
Reclassificação do investimento para ativos mantidos para venda (Nota 1 (vi))
Liquidação de investimentos (MAESA)
Alienação de investimentos
Alienação parcial de investimento da VCEAA
Compra de investimento da VCNA
Cisão de capital da investida VCNNE (Nota 1 (iv))
Baixa de investimento na PPN (Nota 1 (iii))
Baixa de investimento na Acariúba (Nota 1 (iii))
Transferência de ágio na PPN (ii)
Redução de capital da VCEAA
Outros
13.257.456
743.025
(602.408)
425.028
2.156
(22.891)
11.064
12.122.599
774.123
(124.230)
665.051
2.446
(25.503)
69.320
484.174
31.891
1.553.893
187.687
(56.236)
(14.177)
(1.168)
3.576
4.963
2.105.385
96.863
(79.992)
16.491
1.571
2.221
14.102
Saldo no final do exercício
12.173.326
267.200
14.699
158.532
32.232
(38.206)
(1.421.333)
(52.670)
(48.720)
(12.645)
(42.774)
(682.155)
(39.822)
(682.155)
(39.822)
(90.126)
(1.055)
5.228
(500)
(157.047)
(111.189)
(11.700)
(15.887)
(5.596)
13.257.456
1.677.115
(11.179)
1.553.893
Do total de dividendos recebidos pela controladora durante o exercício de 2014, R$ 554.256 foram pagos
pela controlada VCNNE.
Em decorrência da transferência do investimento para a controlada VCNNE, o ágio de aquisição da PPN
foi transferido para o intangível.
Investimentos não consolidados que possuem ações em bolsa de valores
Valor
patrimonial
Cementos Bio Bio S.A. (*)
153.964
2014
Valor
de mercado
98.538
Valor
patrimonial
152.736
2013
Valor
de mercado
108.946
(*) Calculado de forma proporcional à participação detida pela Companhia
(e)
Teste de impairment realizados em investimentos de associados
Cementos Bio Bio S.A.
O valor recuperável do investimento na Cementos Bio Bio S.A. foi apurado com base no cálculo do valor em
uso, utilizando o fluxo de caixa baseado nos orçamentos financeiros aprovados pelo Conselho de
Administração para um período de cinco anos, sem necessidade de registro de impairment.
60 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
16
Imobilizado
(a)
Composição
Controladora
Saldo no início do exercício
Custo
Depreciação acumulada
Saldo líquido
Adições
Baixas
Cisão (Nota 1 (iv))
Depreciação
Reclassificação para ativos mantidos para venda (Nota 33(c))
Transferência para tributos a recuperar (i)
Provisão para desvalorização de ativos (Impairment )
Efeito de coligada incorporada
Transferências (ii)
Saldo no final do exercício
Custo
Depreciação acumulada
Saldo líquido no final do exercício
Taxas médias anuais de depreciação - %
61 de 105
Terrenos e
edificações
Máquinas,
equipamentos e
instalações
Benfeitorias em
propriedade de
terceiros
Veículos
Móveis e
utensílios
1.462.183
(497.842)
964.341
5.226.680
(2.252.573)
2.974.107
28.878
(13.469)
15.409
386.131
(278.520)
107.611
58.106
(47.018)
11.088
2.123
(4.872)
(2.544)
(19.891)
(12.475)
6.654
(15.862)
1.611
(393)
(209)
(185.710)
(23.238)
(6.109)
(6.594)
(1.865)
(36.926)
(796)
Obras em
andamento
873.200
873.200
563.884
(10.038)
(1.875)
(79.737)
(69)
2014
2013
Total
Total
8.035.178
(3.089.422)
4.945.756
7.427.789
(2.929.980)
4.497.809
574.272
(31.374)
(2.544)
(246.267)
(36.509)
(79.737)
(12.772)
816.719
(1.530)
(34.882)
(224.885)
39.517
(47.222)
46.705
266.703
7.142
34.846
2.417
(486.107)
967.278
3.016.060
20.686
105.953
11.352
861.202
4.982.531
4.945.756
1.484.463
(517.185)
967.278
5.438.947
(2.422.887)
3.016.060
36.000
(15.314)
20.686
414.784
(308.831)
105.953
59.663
(48.311)
11.352
861.202
8.295.059
(3.312.528)
4.982.531
8.035.178
(3.089.422)
4.945.756
2
5
5
20
10
861.202
(128.294)
(99.770)
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Consolidado
2014
Saldo no início do exercício
Custo
Depreciação acumulada
Saldo líquido
Adições
Baixas
Cisão (Nota 1 (iv))
Depreciação
Reclassificação para ativos mantidos para venda (Nota 33 (c))
Variação cambial
Provisão para desvalorização de ativos (Impairment )
Transferência para tributos a recuperar (i)
Efeito de coligada incorporada
Transferências (ii)
Terrenos e
edificações
Máquinas,
equipamentos e
instalações
Benfeitorias em
propriedade de
terceiros
Veículos
Móveis e
utensílios
Obras em
andamento
3.810.628
(1.270.712)
2.539.916
13.222.388
(7.306.975)
5.915.413
361.309
(165.171)
196.138
999.040
(725.480)
273.560
120.217
(96.692)
23.525
1.420.341
14.883
(21.118)
(17.982)
(72.576)
(67.331)
51.642
(6.129)
37.001
(21.065)
3.878
(2.805)
905
(291)
(81.387)
(796)
12.330
(982)
(5.147)
(14)
936
(85)
(519.808)
(136.436)
60.930
(7.742)
(1.325)
(283)
(13.897)
10.863
Outros
Total
Total
1.420.341
48.198
(32.637)
15.561
19.982.121
(9.597.667)
10.384.454
18.068.828
(8.646.945)
9.421.883
1.280.789
(14.656)
6.409
(11.173)
1.343.865
(72.433)
(18.265)
(697.632)
(204.838)
163.858
(20.557)
(79.737)
135.212
450.210
21.592
68.939
5.040
(858.557)
5.778.503
213.088
272.737
24.869
1.769.457
Custo
Depreciação acumulada
3.889.403
(1.332.886)
13.663.310
(7.884.807)
402.039
(188.951)
1.061.367
(788.630)
126.177
(101.308)
2.556.517
5.778.503
213.088
272.737
24.869
2
5
9
18
11
32.317
10.647.488
10.384.454
69.771
(37.454)
20.981.524
(10.334.036)
19.982.121
(9.597.667)
32.317
10.647.488
10.384.454
(4.817)
2.556.517
Taxas médias anuais de depreciação - %
(151.227)
1.316.157
(19.895)
(36.757)
(672.314)
104.560
275.610
(4.678)
(187.108)
206.600
(19.604)
(261)
27.157
(5.619)
(79.737)
Saldo no final do exercício
Saldo líquido no final do exercício
2013
1.769.457
1.769.457
26.337
10
(i)
Em 2014, referem-se a créditos fiscais de ICMS concedidos pelo Estado de Santa Catarina, como contrapartida a gastos incorridos na recuperação de estradas
naquela Unidade da Federação (especialmente relativas aos trechos de acesso à Fábrica Vidal Ramos). Este montante foi integralmente compensado no primeiro
semestre de 2014. Embora a Companhia acredite que a classificação anterior como “Imobilizado” não era a mais adequada, não foram reclassificados os períodos
comparativos apresentados, pois o valor da reclassificação dentro de ativos não é relevante para os períodos comparativos apresentados.
(ii)
As transferências de ativos intangíveis estão relacionadas a reclassificação de “obras em andamento” no grupo do imobilizado para “softwares” e “direitos sobre
recursos naturais” no grupo do intangível.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Revisão e ajuste da vida útil estimada
A Companhia periodicamente revisa a vida útil econômica estimada do seu ativo imobilizado para fins de
cálculo da depreciação. Durante 2013, a Companhia efetuou a revisão da vida útil do ativo imobilizado, e
com base no laudo de avaliação emitido por empresa especializada em 1º de janeiro de 2013, alterou de
forma prospectiva as taxas de depreciação utilizadas. Em 2014, não houve alterações na vida útil, conforme
análise da Administração.
(c)
Obras em andamento
O saldo de obras em andamento é composto principalmente de projetos de expansão e otimização das
unidades industriais, sendo:
2014
Nova unidade em Edealina - GO (i)
Nova unidade em Primavera - PA (ii)
Nova unidade em Yacuses - Santa Cruz/Bolívia (iii)
Nova unidade em Xambioá - TO (iv)
Novas linhas de coprocessamento (v)
Nova unidade em Ituaçú - BA
Reforma em equipamentos - Cimentos
Remoção de estéril - Cimentos
Nova unidade em Cuiabá - MT
Nova unidade de argamassa em Camaçari - BA
Remoção de estéril - Agregados
Nova unidade em Sobral - CE
Nova linha de produção em Rio Branco - PR
Novas linhas de produção - Concreto
Moagem de cimento - Imbituba - SC
Moagem de cimento em São Luis - MA
Moagem de cimento em Santa Helena - SP
Nova linha de produção em Salto de Pirapora - SP
Outros projetos inferiores a 200 mil
Controladora
2013
492.384
263.952
34.140
24.587
36.063
35.208
16.924
5.748
69.084
99.567
10.708
8.547
2.360
2.306
1.024
46.077
1.024
2014
492.384
327.401
124.405
77.696
51.328
45.114
44.128
38.594
16.924
14.708
10.708
8.499
2.360
2.306
1.024
224
Consolidado
2013
263.952
148.424
4.510
38.372
45.392
11.192
71.960
99.567
8.547
2.528
46.077
230.086
7.948
2.735
343.931
511.654
1.024
417
7.948
2.735
667.696
861.202
873.200
1.769.457
1.420.341
Durante o exercício, os encargos sobre empréstimos e financiamentos capitalizados nas obras em
andamento totalizaram R$ 19.643 (2013 - R$ 60.754), e no consolidado R$ 33.114 (2013 - R$ 73.189). A
taxa de capitalização utilizada foi de 0,66% ao mês (2013 - 0,62% ao mês).
(i)
Expansão da capacidade de cimentos com a nova unidade da Companhia sediada em Edealina – GO.
Projeto em andamento com previsão de conclusão no segundo semestre de 2015, contemplando como
principais processos e equipamentos industriais a mineração, britagem de calcário, moagens, forno e torre
de ciclone, filtro de mangas, silos de estocagem, ensacadeiras, paletizadoras, subestação e salas elétricas.
(ii)
Expansão da capacidade de cimentos com a nova unidade da Companhia sediada em Primavera – PA.
Projeto em andamento com previsão de conclusão no segundo semestre de 2015, contemplando como
principais processos e equipamentos industriais a britagem de calcário, moagens, forno, ensacadeiras,
paletizadora, subestação e salas elétricas.
(iii)
Expansão da capacidade de cimentos com a nova unidade da Companhia sediada em Yacuses – Santa
Cruz/Bolívia. Projeto em andamento com previsão de conclusão no segundo semestre de 2016,
contemplando como principais processos e equipamentos industriais a mineração, britagem e moagem de
calcário, forno e torre de ciclone, filtro de mangas, silo de estocagem, ensacadeiras, paletizadoras e
subestação elétrica.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(iv)
Expansão da capacidade de cimentos com a nova linha de produção da Companhia sediada em Xambioá –
TO. Projeto entrou em operação em julho de 2014, porém com alguns gastos em andamento decorrente da
estabilização do projeto. Contemplam, como principais processos e equipamentos industriais, uma
moagem de cimento, silo e paletizadora.
(v)
Investimento em coprocessamento, tecnologia que consiste na utilização de resíduos industriais e pneus
inservíveis como substitutos de combustível e/ou matérias-primas não-renováveis usadas na fabricação do
cimento - tais como calcário, argila e minério de ferro - em fábricas de cimento devidamente licenciadas
para este fim. Ao mesmo tempo, é uma forma de destinação final de resíduos, eliminando diversos passivos
ambientais.
(d)
Teste do imobilizado para verificação de “impairment”
Como resultado dos testes de impairment realizados, considerando certos eventos, principalmente; a) o
encerramento e / ou redução das operações de cimento; b) baixa evolução ou paralização de projetos em
andamento, a VCSA ajustou o saldo de seus ativos para o seu valor recuperável, com base nos fluxos de
caixa projetados para os próximos cinco anos ou durante a vida útil remanescente, ou ao seu valor de
realização, em caso de venda ou paralização permanente. As perdas decorrentes de impairment de ativos
imobilizados em 31 de dezembro de 2014 foram no montante de R$ 20.557 (2013 - R$ 4.678) e foram
registradas na rubrica de “Outras receitas operacionais, líquidas”.
O valor do ajuste de impairment refere-se a: a) Suspensão das atividades da unidade Volta Redonda - RJ
no montante de R$ 12.771; b) baixa no montante de R$ 5.617 da unidade Ituaçú – BA devido à não
evolução da obra de acordo com as expectativas e projeções futuras; e c) baixa de ativos no montante de R$
2.169 da Petrolina Mineração Zeta Ltda. devido a paralização das atividades da empresa, em função de
processo jurídico para devolução da companhia aos seus antigos proprietários.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
17
(a)
Intangível
Composição
Direitos sobre
recursos naturais
Saldo no início do exercício
Custo
Amortização e exaustão acumulada
Saldo líquido
Adições
Baixas
Amortização e exaustão
Provisão para perda do valor recuperável - Impairment
Remensuração do ARO (Nota 20 (a))
Reavaliação do fluxo de caixa (Nota 20 (a))
Transferências (ii)
Saldo no final do exercício
Custo
Amortização e exaustão acumulada
Saldo líquido no final do exercício
Taxas médias anuais de amortização/exaustão - %
65 de 105
Softwares
534.784
(133.107)
401.677
102.110
(86.115)
15.995
1.152
(10.637)
(38.302)
(868)
(54)
(5.270)
115.406
468.428
12.888
23.559
639.822
(171.394)
468.428
114.456
(90.897)
23.559
Ágios (i)
298.269
298.269
Descomissionamento de
ativos (ARO)
77.082
(30.679)
46.403
Outros
3.510
(306)
3.204
(19.955)
6
20
309.969
309.969
Controladora
2013
Total
Total
1.015.755
(250.207)
765.548
978.014
(205.848)
772.166
1.152
(11.899)
(45.401)
(868)
(1.208)
(1.829)
11.700
309.969
2014
23.411
3.204
(19.955)
139.994
828.571
51.220
(27.809)
23.411
3.510
(306)
3.204
1.118.977
(290.406)
828.571
4
2.116
(44.434)
(26.357)
9.735
(10.542)
62.864
765.548
1.015.755
(250.207)
765.548
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Saldo no início do exercício
Custo
Amortização e exaustão acumulada
Saldo líquido
Adições
Baixas
Amortização e exaustão
Efeitos de controladas incluídas na consolidação
Reclassificação para ativos mantidos para venda (Nota 33)
Variação cambial
Provisão para perda do valor recuperável - Impairment
Remensuração do ARO (Nota 20 (a))
Reavaliação do fluxo de caixa (Nota 20 (a))
Transferências (ii)
Saldo no final do exercício
Uso do bem público
(Nota 22)
Direitos sobre
recursos naturais
197.342
(56.023)
141.319
1.984.309
(353.101)
1.631.208
198.914
(155.301)
43.613
(6.435)
63.633
(13.633)
(69.437)
673
(54)
(8.971)
61.904
(868)
3.377
Ágios (i)
3.051.700
3.051.700
Descomissionamento
de ativos (ARO)
331.184
(153.859)
177.325
124.204
(51.811)
72.393
(19.421)
(1.826)
(3.411)
2014
Consolidado
2013
Outros
Total
Total
68.558
(29.287)
39.271
5.956.211
(799.382)
5.156.829
5.242.152
(581.241)
4.660.911
64.475
(15.513)
(107.867)
20.848
(348)
(100.779)
282.577
169
(192)
(136.088)
127.135
(49.698)
21.214
1.204
Custo
Amortização e exaustão acumulada
Saldo líquido no final do exercício
Taxas médias anuais de amortização/exaustão - %
Softwares
Contratos e relação
com clientes e
acordos
3
1.641
(179)
1.217
(12.956)
134.782
1.807.589
17.366
56.004
2.248.668
(441.079)
1.807.589
219.955
(163.951)
56.004
4
22
3.129.137
3.129.137
3.129.137
179.118
55.662
(921)
39.544
375.519
(196.401)
179.118
108.201
(52.539)
55.662
60.936
(21.392)
39.544
7
(136.088)
216.488
(50.745)
(11.752)
151.227
5.267.054
327.765
(27.973)
9.735
(15.964)
57
5.156.829
6.142.416
(875.362)
5.267.054
5.956.211
(799.382)
5.156.829
4
(i)
O ágio está líquido dos valores alocados para as operações na China, incluído no balanço patrimonial em “ativos classificados como mantidos para venda” (Nota
33(a)).
(ii)
As transferências de ativos intangíveis estão relacionadas à reclassificação de “obras em andamento” no grupo do imobilizado para “softwares”, “direitos sobre
recursos naturais” no grupo do intangível, além de transferência de ágio do grupo de investimentos.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Ágios decorrentes de aquisições
O ágio é alocado às Unidades Geradoras de Caixa (UGCs), identificadas de acordo com o segmento
operacional.
Segue um resumo da alocação do ágio por nível de segmento operacional:
2014
Controladora
2013
América do Norte
Europa, África e Ásia
América do Sul
Brasil
Companhia Cimento Ribeirão Grande
Engemix S.A.
CJ Mineração Ltda.
Mineração Potilíder Ltda.
Petrolina Zeta Mineração Ltda.
Pedreira Pedra Negra Ltda.
Outros
2014
Consolidado
2013
1.844.754
927.238
11.421
1.731.182
911.697
11.402
205.939
75.882
15.641
35.755
205.939
75.882
15.641
205.939
75.882
15.641
11.700
807
807
11.700
807
205.939
75.882
15.641
71.455
13.548
11.700
3.254
309.969
298.269
3.129.137
3.051.700
Os ágios são suportados pela expectativa de rentabilidade futura de investimentos.
(c)
Teste do ágio para verificação de “impairment”
A Companhia e suas controladas avaliam pelo menos anualmente a recuperabilidade do valor contábil do
segmento operacional das UGC´s. O processo de estimar esses valores envolve o uso de premissas,
julgamentos e estimativas sobre os fluxos de caixa futuros que representam a melhor estimativa da
Companhia.
A Administração da Companhia determinou a margem bruta orçada com base no desempenho passado e
nas suas expectativas de desenvolvimento do mercado. As taxas de desconto utilizadas são pré- impostos e
refletem riscos específicos relacionados com o segmento operacional ou com a UGC que estiver sendo
testada.
Os cálculos do valor em uso têm como premissas as projeções de fluxo de caixa, antes do cálculo do
imposto de renda e da contribuição social, e como base os orçamentos financeiros aprovados pela
Administração para o período projetado para os próximos cinco anos. Os valores referentes aos fluxos de
caixa, para o período excedente aos cinco anos, foram extrapolados com base nas taxas de crescimento
estimadas. A taxa de crescimento não ultrapassa a média de longo prazo para o setor.
Os cálculos do valor justo foram baseados no modelo de fluxo de caixa descontado, e têm como base
premissas de mercado.
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia registrou perdas decorrentes de impairment em ágio no
montante de R$ 49.698 (2013 - R$ 27.973) referente às investidas Mineração Potilíder Ltda. (R$ 35.700),
Petrolina Zeta Mineração Ltda. (R$ 13.548) e Lidermarc Indústria e Comércio Ltda. (R$ 450).
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Mineração Potilíder Ltda.
O valor recuperável do investimento na Mineração Potilíder Ltda. foi apurado com base no cálculo do valor
em uso, utilizando o fluxo de caixa baseado nos orçamentos financeiros aprovados pelo Conselho de
Administração para um período de cinco anos.
Como resultado do cálculo, o valor recuperável foi inferior ao valor contábil do investimento em 31 de
dezembro de 2014. Dessa forma, foi reconhecido contabilmente impairment no valor de R$ 35.700. Devido
a renegociação do contrato de compra houve uma correspondente reversão da contraprestação contingente
(earn-out) no passivo, o qual compensou o impacto do impairment no resultado do exercício na rubrica
“Outras receitas operacionais, líquidas”.
Petrolina Zeta Mineração Ltda.
A Companhia Petrolina Zeta Ltda., não está atualmente em operação em virtude de processo judicial para
devolução da empresa ao seu antigo proprietário. O distrato foi solicitado pela Companhia em fevereiro de
2013 e encontra-se em fase de litígio. Todo o montante reconhecido como ágio R$ 13.548 está sendo
considerado como impairment na rubrica “Outras receitas operacionais, líquidas”.
Lidermarc Indústria e Comércio Ltda.
O valor recuperável do investimento na Lidermac Industria e Comércio Ltda. foi apurado com base no
cálculo do valor em uso, utilizando o fluxo de caixa baseado nos orçamentos financeiros aprovados pelo
Conselho de Administração para um período de cinco anos.
Como resultado do cálculo, o valor recuperável foi inferior ao valor contábil do investimento em 31 de
dezembro de 2014. Dessa forma, todo o montante reconhecido como ágio de R$ 450, está sendo
considerado como impairment na rubrica “Outras receitas operacionais, líquidas”.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
18
Empréstimos e financiamentos
(a)
Composição e perfil dos vencimentos
Modalidade
Encargos anuais médios (i)
Moeda nacional
Debêntures
BNDES
FINAME
Agência de fomento
Outros
111,01% CDI
4,93% Pré BRL / TJLP + 2,81%
4,64% Pré BRL / TJLP + 2,60%
TJLP + 3,50%
Moeda estrangeira
Eurobonds - USD
Eurobonds - EUR
Empréstimos sindicalizados
BNDES
Agência de fomento
122.241
243.454
24.902
891
8.885
400.373
106.100
214.128
19.711
895
13.748
354.582
56.836
76.371
1.463
62.295
19.708
216.673
50.126
85.543
2014
4.397.545
630.264
129.424
2.069
5.159.302
Não circulante
2013
2014
Controladora
Total
2013
4.799.143
765.104
106.186
888
9.419
5.680.740
4.519.786
873.718
154.326
891
10.954
5.559.675
4.905.243
979.232
125.897
1.783
23.167
6.035.322
2.928.250
2.423.888
2.978.376
2.509.431
215.412
140.432
5.843.651
11.878.973
44.733
17.542
197.944
3.320.250
3.047.455
796.860
179.285
120.655
7.464.505
170.679
122.890
5.645.707
3.377.086
3.123.826
798.323
241.580
140.363
7.681.178
617.046
552.526
12.623.807
11.326.447
13.240.853
Juros sobre empréstimos e financiamentos
Parcela circulante dos empréstimos e financiamentos (principal)
270.953
346.093
251.093
301.433
Total dos empréstimos e financiamentos
617.046
552.526
BNDES
BRL
CDI
EUR
FINAME
LIBOR
TJLP
UMBNDES
USD
7,25% Pré USD
3,89% Pré EUR
LIBOR 3M USD + 0,81%
UMBNDES + 2,45%
LIBOR 6M USD + 1,39%
2014
Circulante
2013
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
- Moeda nacional (Reais)
- Certificado de Depósito Interbancário
- Moeda da União Europeia (Euro)
- Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais
- London Interbank Offered Rate
- Taxa de juros de longo prazo, fixada pelo Conselho Monetário Nacional. É o custo básico de financiamento do BNDES.
- Unidade Monetária do BNDES. É uma cesta de moedas que representa a composição das obrigações em moeda estrangeira do BNDES. Em 31 de dezembro de 2014, o dólar Norte-Americano representou 99,14%
dessa composição
- Dólar Norte-Americano
(i) Os encargos anuais médios são apresentados apenas para os contratos com maior representatividade quanto ao montante total da dívida.
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O perfil dos vencimentos das parcelas de empréstimos e financiamentos da controladora em 31 de dezembro de 2014, é demonstrado a seguir:
Controladora
2015
Moeda nacional
Debêntures (i)
BNDES
FINAME
Agência de fomento
Outros
%
Moeda estrangeira
Eurobonds - USD
Eurobonds - EUR (i)
BNDES
Agência de fomento
Empréstimos sindicalizados
%
Total
%
(i)
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2023
2024
122.241
243.454
24.902
891
8.885
400.373
(727)
238.495
26.075
99.093
184.283
22.161
2.269.365
119.522
16.512
1.149.814
87.964
15.529
640.000
240.000
14.684
14.182
12.806
6.154
1.321
15
263.858
305.537
2.405.399
1.996
1.255.303
58
654.742
254.182
12.806
6.154
1.321
7,20
4,75
5,50
43,27
22,58
11,78
4,57
0,23
0,11
0,01
(5.535)
28.222
18.686
(5.536)
1.614
18.686
2.095.716
13.813
8.940
4.472
41.373
14.764
2.109.529
8.940
4.472
3.320.250
43,23
56.836
76.371
62.295
19.708
1.463
216.673
973.880
51.887
18.686
501.727
1.546.180
(5.535)
35.929
18.686
236.107
285.187
Total
4.519.786
873.718
154.326
891
10.954
5.559.675
3.320.250
(5.535)
61.633
18.686
59.026
133.810
2,82
1,74
20,13
3,71
0,54
0,19
27,46
0,12
0,06
617.046
397.668
1.851.717
2.690.586
1.296.676
669.506
2.363.711
21.746
10.626
1.321
3.320.250
4,66
3,00
13,98
20,32
9,79
5,06
17,85
0,16
0,08
0,02
25,08
Os saldos apresentados como negativos referem-se a custos de captação que são amortizados linearmente.
70 de 105
2022
Acima de
2025
3.377.086
3.123.826
241.580
140.363
798.323
7.681.178
13.240.853
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2014
Circulante
2013
2014
Não circulante
2013
2014
Consolidado
Total
2013
Modalidade
Encargos anuais médios (i)
Moeda nacional
Debêntures
BNDES
FINAME
Agência de fomento
Outros
111,01% CDI
4,84% Pré BRL / TJLP + 2,79%
4,73% Pré BRL / TJLP + 2,60%
TJLP + 3,50% / 7,06% Pré BRL
122.241
329.484
26.804
905
16.920
496.354
106.100
294.679
22.721
895
15.613
440.008
4.397.545
739.780
143.506
10.085
18.286
5.309.202
4.799.143
956.133
110.670
888
13.152
5.879.986
4.519.786
1.069.264
170.310
10.990
35.206
5.805.556
4.905.243
1.250.812
133.391
1.783
28.765
6.319.994
Moeda estrangeira
Eurobonds - USD
Eurobonds - EUR
Empréstimos sindicalizados/bilaterais
BNDES
Agência de fomento
Capital de giro
Outros
7,29% Pré USD
3,89% Pré EUR
LIBOR 1M USD + 1,50% / LIBOR 3M USD + 0,81% / EURIBOR 1M + 0,90% / 3,54% Pré TND
UMBNDES + 2,43%
LIBOR 6M USD + 1,39%
8,74% Pré INR
56.426
76.371
4.203
80.961
19.708
36.501
1.844
276.014
49.354
85.543
67.287
59.920
17.542
3.574.177
3.047.455
1.375.024
208.945
120.655
3.293.088
2.423.888
831.340
212.391
122.890
3.342.442
2.509.431
898.627
272.311
140.432
2.091
281.737
17.364
8.343.620
16.013
6.899.610
3.630.603
3.123.826
1.379.227
289.906
140.363
36.501
19.208
8.619.634
18.104
7.181.347
772.368
721.745
13.652.822
12.779.596
14.425.190
13.501.341
Juros sobre empréstimos e financiamentos
Parcela circulante dos empréstimos e financiamentos (principal)
275.670
496.698
256.823
464.922
Total dos empréstimos e financiamentos
772.368
721.745
BNDES
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRL
- Moeda nacional (Reais)
CDI
- Certificado de Depósito Interbancário
EUR
- Moeda da União Europeia (Euro)
EURIBOR - Euro interbank Offered Rate
FINAME - Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais
INR
- Rupia indiana
LIBOR
- London Interbank Offered Rate
TJLP
- Taxa de juros de longo prazo, fixada pelo Conselho Monetário Nacional. É o custo básico de financiamento do BNDES.
UMBNDES - Unidade Monetária do BNDES. É uma cesta de moedas que representa a composição das obrigações em moeda estrangeira do BNDES. Em 31 de dezembro de 2014, o dólar Norte-Americano representou 99,14% dessa
composição
USD
- Dólar Norte-Americano
(i) Os encargos anuais médios são apresentados apenas para os contratos com maior representatividade quanto ao montante total da dívida.
71 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O perfil dos vencimentos das parcelas de empréstimos e financiamentos do consolidado em 31 de dezembro de 2014, é demonstrado a seguir:
Consolidado
2015
Moeda nacional
Debêntures (i)
BNDES
FINAME
Agência de fomento
Outros
%
Moeda estrangeira
Eurobonds - USD (i)
Eurobonds - EUR (i)
BNDES
Agência de fomento
Empréstimos sindicalizados/bilaterais
Capital de giro
Outros
%
Total
%
(i)
122.241
329.484
26.804
905
16.922
496.356
8,55
2016
(727)
299.339
27.934
2017
2018
2019
2020
2021
2023
2024
2.269.365
136.169
18.184
1.260
1.701
2.426.679
1.149.814
90.876
17.158
1.260
1.996
1.261.104
640.000
111
16.313
1.261
56
657.741
240.000
111
15.812
1.261
17
14.327
1.261
7.530
1.261
1.948
1.261
6.385
332.931
99.093
213.157
24.300
1.260
8.146
345.956
257.184
15.605
8.791
3.209
5,73
5,96
41,80
21,72
11,33
4,43
0,27
0,15
0,06
56.426
76.371
80.961
19.708
4.203
36.501
1.842
276.012
(742)
(5.535)
76.664
18.686
61.354
2.456
152.883
3,20
(742)
973.880
60.697
18.686
825.458
(742)
(5.535)
40.611
18.686
238.434
(742)
(5.535)
29.358
18.686
249.778
256.895
(5.536)
1.615
18.686
2.371
1.880.350
1.569
293.023
811
292.356
1,77
21,81
3,40
772.368
485.814
2.226.306
5,35
3,37
15,43
Total
4.519.786
1.069.264
170.310
10.990
35.206
5.805.556
3.320.250
2.095.716
13.815
8.940
4.470
900
272.560
995
2.110.526
1.098
10.038
1.209
5.679
4.504
4.504
1.453
3.321.703
3,39
3,16
24,49
0,12
0,07
0,05
38,54
2.719.702
1.553.460
930.301
2.367.710
25.643
14.470
7.713
3.321.703
18,85
10,77
6,45
16,41
0,18
0,10
0,05
23,04
Os saldos apresentados como negativos referem-se a custos de captação que são amortizados linearmente.
72 de 105
2022
A partir de
2025
3.630.603
3.123.826
289.906
140.363
1.379.227
36.501
19.208
8.619.634
14.425.190
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Movimentação
Controladora
2014
11.878.973
Saldo no início do exercício
Captações
Liquidações
Juros pagos (i)
2013
10.904.928
Consolidado
2014
13.501.341
2013
12.784.049
3.521.136
807.954
4.342.064
1.489.205
(2.692.093)
(980.990)
(699.780)
(792.532)
(4.060.286)
(1.040.380)
(2.226.676)
(859.411)
Provisão de juros
990.603
832.955
1.060.476
883.884
Variação cambial
Efeito de coligada incorporada
Realização do valor justo de combinação de negócios
523.224
825.448
621.975
1.068.381
378.684
(16.775)
Saldo no final do exercício
13.240.853
11.878.973
14.425.190
13.501.341
(i)
O aumento nos juros sobre empréstimos e financiamentos decorre substancialmente pelas dívidas indexadas
pelo CDI que impactou em uma variação de aproximadamente 46% no custo médio (12,93% em 2014 e 8,85%
em 2013).
(c)
Composição por moeda
Real
Dólar Norte-Americano
Euro
Cestas de moedas
2014
Circulante
2013
400.373
81.714
76.371
58.588
617.046
354.582
67.742
85.543
44.659
552.526
2014
Real
Dólar Norte-Americano
Euro
Cestas de moedas
Outras
73 de 105
496.354
83.374
76.437
75.477
40.726
772.368
Circulante
2013
440.008
131.388
85.570
59.541
5.238
721.745
2014
5.159.302
4.250.146
3.047.455
166.904
12.623.807
2014
5.309.202
4.758.938
3.368.859
191.476
24.347
13.652.822
Não circulante
2013
5.680.740
3.057.950
2.423.888
163.869
11.326.447
Não circulante
2013
5.879.986
4.250.030
2.423.888
200.247
25.445
12.779.596
2014
5.559.675
4.331.860
3.123.826
225.492
13.240.853
2014
5.805.556
4.842.312
3.445.296
266.953
65.073
14.425.190
Controladora
Total
2013
6.035.322
3.125.692
2.509.431
208.528
11.878.973
Consolidado
Total
2013
6.319.994
4.381.418
2.509.458
259.788
30.683
13.501.341
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(d)
Composição por indexador
Moeda local
CDI
TJLP
Taxa pré-fixada
Moeda estrangeira
LIBOR
UMBNDES
Taxa pré-fixada
Moeda local
CDI
TJLP
Taxa pré-fixada
Outras
2014
Não circulante
2013
2014
Controladora
Total
2013
106.100
190.994
57.488
354.582
4.397.545
581.433
180.324
5.159.302
4.799.143
692.529
189.068
5.680.740
4.519.786
798.925
240.964
5.559.675
4.905.243
883.523
246.556
6.035.322
21.170
62.295
133.208
216.673
17.542
44.733
135.669
197.944
917.515
179.285
6.367.705
7.464.505
122.890
170.679
5.352.138
5.645.707
938.685
241.580
6.500.913
7.681.178
140.432
215.412
5.487.807
5.843.651
617.046
552.526
12.623.807
11.326.447
13.240.853
11.878.973
2014
Circulante
2013
2014
Não circulante
2013
2014
Consolidado
Total
2013
4.397.545
694.640
217.017
4.799.143
866.379
214.464
4.519.786
997.771
287.999
5.309.202
5.879.986
5.805.556
6.645.977
1.167.293
321.405
208.945
5.740.054
944.798
6.819.501
1.188.756
321.471
289.906
2014
Circulante
2013
122.241
217.492
60.640
400.373
122.241
303.131
70.982
496.354
Moeda estrangeira
Taxa pré-fixada
LIBOR
EURIBOR
UMBNDES
Outras
106.100
266.076
67.746
86
440.008
173.524
21.463
66
80.961
140.930
80.887
276.014
281.737
8.343.620
212.391
2.367
6.899.610
772.368
721.745
13.652.822
12.779.596
59.920
4.905.243
1.132.455
282.210
86
6.319.994
5.880.984
1.025.685
8.619.634
272.311
2.367
7.181.347
14.425.190
13.501.341
(e)
Captações
(i)
Em 2014, a Companhia e suas controladas receberam do BNDES R$ 219.861 relativos ao financiamento de
projetos de expansão e modernização, incluindo compra de máquinas e equipamentos do valor total desta
operação no qual R$ 111.142 foram captados pela taxa média TJLP+2,78% a.a., R$ 45.611 pela taxa média
UMBNDES+ 2,44% a.a. e R$ 63.108 a taxa média fixa de 5,39% a.a.
(ii)
Em abril de 2014, a Companhia emitiu títulos (Bonds) com vencimento em 2021 e cupom anual de 3,25% no
montante de EUR 650 milhões. A entrada dos recursos ocorreu no dia 24 de abril de 2014, e a nova emissão foi
a primeira da Companhia no mercado internacional sem garantias e possuiu rating BBB, Baa3 e BBB pelas
agências S&P, Moody’s e Fitch respectivamente. Com partes dos recursos, a Companhia efetuou a recompra de
títulos (“Tender offer”) com vencimento em 2017 e cupom anual de 5,25% no montante de EUR 446 milhões.
Esta operação gerou o pagamento de um prêmio no montante de R$ 147.301, registrado como despesa no
resultado financeiro.
(iii)
Em abril de 2014, a controlada VCNA firmou um aditivo à sua linha de crédito rotativa (“revolver”) contratada
em outubro de 2010, aumentando seu valor de US$ 125 milhões para US$ 300 milhões, e alongando o prazo de
74 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
vencimento para 2019. Parte desses recursos foi utilizada para liquidar antecipadamente o empréstimo
sindicalizado. Nos meses de agosto a dezembro de 2014, a controlada VCNA liquidou antecipadamente US$ 90
milhões referentes a esta linha de crédito rotativa (“revolver”). Por se tratar de uma linha rotativa, este
montante continua disponível para companhia.
(iv)
Em junho de 2014, a Voto IV efetuou a recompra de títulos (“Tender offer”) com vencimento em 2020 e cupom
anual de 7,75% no montante de US$ 112 milhões. Deste valor 50% era garantido pela Companhia. A operação
de recompra gerou o pagamento de um prêmio no montante de R$ 28.135, registrada como despesa no
resultado financeiro.
(v)
Em julho de 2014, a controlada VCEAA liquidou antecipadamente US$ 20 milhões do empréstimo contratado
em 05 de setembro de 2013. Em setembro de 2014, a VCEAA contratou um empréstimo no valor de EUR 100
milhões, com custo de Euribor + 0,90% a.a. e vencimento em março de 2017. Os recursos desta operação foram
utilizados para o pagamento antecipado do saldo remanescente no valor de US$ 150 milhões desta mesma
operação.
(vi)
Em outubro de 2014, a Companhia efetuou sua sétima emissão pública de debêntures simples, não
conversíveis em ações, em três séries, da espécie quirografária, sem garantia real ou fidejussória. As debêntures
foram distribuídas com esforços restritos de colocação e com dispensa de registro na Comissão de Valores
Mobiliários (“CVM”), nos termos do artigo 6º da Instrução CVM n.º 476, de 16 de janeiro de 2009. A 1ª série
no valor de R$ 150.000 tem remuneração de 108,8% do CDI a.a. e vencimento final em setembro de 2018, a 2ª
série no valor de R$ 300.000 tem remuneração de 107,91% do CDI a.a. e vencimento final em setembro de
2019 e a 3ª série no valor de R$ 150.000 tem remuneração de 109,4% do CDI a.a. e vencimento final em
setembro de 2019. Parte dos recursos desta emissão foram utilizados para amortização da 1ª série da quarta
emissão pública de debêntures da Companhia no valor de R$ 500.000 e do swap atrelado a esta operação.
(vii) Em outubro de 2014, a Companhia firmou contratos de empréstimo no montante total de US$ 300 milhões
com vencimento final em outubro de 2017 e outubro de 2018. Estas operações, após realização de swaps,
resultaram em um custo final de 103,3% do CDI. Parte dos recursos desta emissão foram utilizados para o
resgate antecipado da 2ª série da primeira emissão pública de debêntures da Companhia no valor de
R$ 500.000.
(viii) Em dezembro de 2014, a Companhia contratou junto ao Banco da Amazônia empréstimos no montante
agregado de R$ 207.000 relativos ao financiamento de projetos de expansão. Apenas R$ 10.085 deste
montante foi recebido em 2014, ao custo de 7% a.a.
(ix)
Em 2013, a Companhia e suas controladas receberam do BNDES R$ 332.274 relativos ao financiamento de
projetos de expansão e modernização, incluindo compra de máquinas e equipamentos, ao custo médio de TJLP
+ 2,69% a.a.
(x)
Em dezembro de 2013, a Companhia efetuou sua sexta emissão pública de debêntures simples, não
conversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária, sem garantia real ou fidejussória. As
debêntures foram distribuídas com esforços restritos de colocação e com dispensa de registro na Comissão de
Valores Mobiliários (“CVM”), nos termos do artigo 6º da Instrução CVM nº 476, de 16 de janeiro de 2009. A
emissão no valor de R$ 500.000, com vencimento em fevereiro de 2019, tem remuneração de 109,03% do
CDI. Os recursos da emissão foram utilizados para amortização da 1ª série da primeira emissão pública de
debêntures da Companhia no valor de R$ 500.000.
75 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(xi)
Em abril de 2013, a VCNA estendeu o prazo final de vencimento de seu empréstimo sindicalizado até 31 de
maio de 2018. As demais condições contratuais permanecem inalteradas. A alteração no prazo de vencimento
do empréstimo foi contabilizada como uma renegociação.
76 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(f)
Valor justo dos empréstimos e financiamentos
Os valores abaixo foram calculados de acordo com os critérios descritos na Nota 5.3.
Controladora
2013
2014
Moeda nacional
Agência de fomento
BNDES
Debêntures
FINAME
Outros
Moeda estrangeira
Agência de fomento
BNDES
Eurobonds - EUR
Eurobonds - USD
Empréstimos sindicalizados/bilaterais
Capital de giro
Outros
77 de 105
Consolidado
2013
2014
Valor contábil
Valor justo
Valor contábil
Valor justo
Valor contábil
Valor justo
Valor contábil
Valor justo
891
873.718
4.519.786
154.326
10.954
5.559.675
816
751.178
4.397.458
116.471
8.170
5.274.093
1.783
979.232
4.905.243
125.897
23.167
6.035.322
1.748
901.527
5.175.319
102.979
19.609
6.201.182
10.990
1.069.264
4.519.786
170.310
35.206
5.805.556
8.813
922.604
4.397.458
128.369
18.217
5.475.461
1.783
1.250.812
4.905.243
133.391
28.765
6.319.994
1.748
1.156.522
5.175.319
109.752
18.453
6.461.794
140.363
241.580
3.123.826
3.377.086
798.323
137.819
251.250
3.150.428
3.453.923
787.742
140.432
215.412
2.509.431
2.978.376
139.995
233.263
2.587.997
2.869.413
139.995
294.068
2.587.997
3.283.994
920.436
7.781.162
13.055.255
5.843.651
11.878.973
5.830.668
12.031.850
137.819
301.709
3.150.428
3.741.528
1.377.817
36.501
19.209
8.765.011
14.240.472
140.432
272.311
2.509.431
3.342.442
898.627
7.681.178
13.240.853
140.363
289.906
3.123.826
3.630.603
1.379.227
36.501
19.208
8.619.634
14.425.190
18.104
7.181.347
13.501.341
18.102
7.244.592
13.706.386
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(g)
Garantias
Em 31 de dezembro de 2014, R$ 6.148.198 (2013 – R$ 11.967.013) do saldo de empréstimos e financiamentos
da Companhia e suas controladas estavam garantidos por meio de avais (Nota 13 (c)), enquanto que
R$ 170.310 (2013 – R$ 133.391) estavam garantidos por bens do ativo imobilizado por meio de alienação
fiduciária.
19
Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos
(a)
Reconciliação da despesa de IRPJ e CSLL
A contribuição social e o imposto de renda apresentados na demonstração do resultado para o exercício findo
em 31 de dezembro, são reconciliados com as suas alíquotas brasileiras, como segue:
Controladora
Lucro antes do imposto de renda, da contribuição social
Alíquotas nominais
IRPJ e CSLL calculados às alíquotas nominais
Ajustes para apuração do IRPJ e da CSLL efetivos
Equivalência patrimonial
Realização de outros resultados abrangentes na alienação de investimentos
Incentivo fiscal
Efeito devido a mudança do regime de tributação da variação cambial
Doações e subvenções para investimentos
Valor não tributado pelo adicional do imposto de renda
Diferencial de alíquota de empresas no exterior
Reversão de diferido sobre provisão para perda de investimento
Juros sobre capital próprio
Outras exclusões permanentes líquidas
IRPJ e CSLL apurados
Correntes
Diferidos
IRPJ e CSLL no resultado
Taxa efetiva - %
78 de 105
Consolidado
2014
2013
2014
2013
1.166.635
34%
1.651.071
34%
1.346.867
34%
2.023.600
34%
(396.656)
(561.364)
(457.935)
(688.024)
252.629
263.202
10.555
63.814
32.933
10.565
17.453
(18.609)
70.266
5.145
46.463
(21.908)
19.396
18.898
(21.188)
11.365
68.207
33
48.040
(16.042)
50.660
(8.935)
(9.775)
50.660
(14.511)
(40.192)
(83.404)
(323.247)
(222.296)
(585.908)
8.502
(91.906)
(304.079)
(19.168)
(231.789)
9.493
(551.810)
(34.098)
(83.404)
(323.247)
(222.296)
(585.908)
7,15
19,58
16,50
28,95
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Composição dos saldos de impostos diferidos
A origem do imposto de renda e da contribuição social diferidos está a seguir apresentada:
2014
Créditos tributários s obre prejuízo fiscal e bas e negativa
Diferenças temporárias
Diferimento da variação cambial (i)
Provisões
Us o do bem público - UBP (Nota 33 (c.1))
Provisão para im postos “sub -judice ” com depósito judicial
Provisão para participação no resultado - PPR
Impairment de ativos
Provisão para perdas de estoques
Obrigação para desmobilização de ativos
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Ajustes de vida útil imobilizado (depreciação)
Mais valia de ativos incorporados ao custo do imobilizado
Amortização de ágio
Juros captalizados
Ajuste a valor presente
Diferimento crédito CSLL sobre depreciação (Lei 11.051/04)
Outros
Controladora
2013
231.609
230.536
606.679
202.253
111.037
148.973
202.253
181.791
40.243
32.675
14.080
17.085
9.405
5.244
(279.320)
(27.757)
(317.420)
(42.863)
(32.530)
40.243
31.900
9.841
16.312
10.643
5.269
(234.058)
(29.424)
(277.146)
(34.042)
(29.248)
(6.895)
(43.154)
2.683
(107.518)
Impos to de renda e contribuição s ocial ativos
Impos to de renda e contribuição s ocial passivos
(i)
2014
65.902
40.133
38.290
24.387
15.648
10.883
(491.454)
(329.409)
(328.497)
(61.184)
(37.061)
(7.903)
(19.743)
(89.285)
Consolidado
2013
462.916
196.461
95.902
65.931
38.376
24.629
23.607
44.786
12.060
(440.541)
(362.870)
(285.836)
(47.655)
(32.209)
(7.903)
34.108
(178.238)
421.662
320.080
(510.947)
(498.318)
Em janeiro de 2014, a Companhia alterou, de competência para caixa, o regime de apuração da variação
cambial para fins de imposto de renda e contribuição social. Essa alteração resultou em reconhecimento de
R$ 202.253 de imposto de renda e contribuição social diferido ativo durante o exercício findo em 31 de
dezembro de 2014.
A Companhia decidiu reclassificar a apresentação das demonstrações financeiras, apresentando o imposto de
renda e a contribuição social diferidos de mesma entidade jurídica, líquidos entre os saldos ativo e passivo no
balanço patrimonial, quando compensáveis entre si. A coluna comparativa de 2013 foi reclassificada conforme
abaixo:
2013
Ativo
Passivo
79 de 105
Reclassificado
Controladora
Original
Reclassificado
Consolidado
Original
(107.518)
502.157
(609.675)
(178.238)
1.012.916
(1.191.154)
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(c)
Efeito do imposto de renda e contribuição social no resultado do período e no resultado
abrangente
Saldo no início do exercício
Efeito no resultado abrangente
Efeito no resultado do período
Compensação de prejuízo fiscal e base negativa (i)
Transferência para ativo mantido para venda
Variação cambial
Outros
Saldo no final do exercício
Controladora
107.518
(173.560)
91.906
17.290
43.154
Consolidado
178.238
(182.509)
(9.493)
35.247
83.185
(9.674)
(5.709)
89.285
(i)
Durante o exercício de 2014, a Companhia compensou prejuízo fiscal e base negativa no montante de
R$ 35.247, substancialmente para pagamento referente ao REFIS (Nota 19 (f)). Essa transação, não apresentou
impacto no resultado do exercício ou no resultado abrangente no momento da realização do imposto de renda
e contribuição social diferidos.
(d)
Realização do imposto de renda e da contribuição social diferidos
A expectativa de realização dos créditos relativos ao prejuízo fiscal e à base negativa da contribuição social
ocorrerá de acordo com o cronograma a seguir:
Controladora
2015
2016
2017
2018
2019 em diante
231.609
231.609
2014
Consolidado
245.865
27.919
32.485
74.345
226.065
606.679
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possui saldos de prejuízos fiscais e de base negativa de contribuição
social no montante de R$ 1.072.100 (2013 - R$ 1.379.978), para os quais registrou um ativo fiscal diferido até o
montante compensável com lucros tributáveis futuros. Os saldos de prejuízos fiscais e de base negativa de
contribuição social estão distribuídos às controladas da seguinte forma:
Consolidado
Exercício
Brasil
América no
Norte
Europa, África
e Ásia
Total
2014
705.184
660.057
95.083
1.460.323
2013
794.033
517.539
68.406
1.379.978
Abertura do prejuizo fiscal e base negativa
80 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(e)
Regime Tributário de Transição (RTT)
Em 13 de maio de 2014, a Medida Provisória n.º 627 foi convertida na Lei n.º 12.973/14, confirmando a
revogação do Regime Tributário de Transição (RTT) a partir de 2015, com opção de antecipar seus efeitos para
2014.
Em 7 de novembro de 2014, a Companhia fez opção prévia de antecipar os efeitos do fim do Regime Tributário
de Transição (RTT) para o ano calendário de 2014, conforme previsto na Lei n.º 12.973/14. A Companhia
analisou possíveis impactos referentes a esta adoção e decidiu pela opção da aplicação das disposições contidas
nos art. 1º e 2º e 4º a 70.
(f)
Recuperação fiscal (REFIS)
A Companhia e sua investida Interávia Transportes Ltda. nos termos da Lei 12.996, de 18 de junho de 2014,
alterada pela Lei 13.043, de 14 de novembro de 2014, optou por incluir na modalidade de “pagamento à vista” e
“parcelado em 30 parcelas” débitos tributários e outros, totalizando um montante de R$ 140.075. Com os
benefícios da referida legislação, os débitos foram reduzidos para R$ 86.460, sendo que deste valor R$ 21.708
foram amortizados com a utilização de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa de CSLL para liquidação do
remanescente relativo a multas e juros e o saldo restante de R$ 64.741 foi liquidado à vista.
20
Provisões
A movimentação nas provisões para desmobilização de ativos, reestruturação, processos e questões tributárias,
cíveis, trabalhistas e ambientais, conforme segue:
Controladora
2014
ARO
Saldo no início do exercício
Ajuste a valor presente
Adições
Reversões
Depósitos judiciais, líquidos das baixas
Baixas
Liquidações
Atualização monetária
Reavaliação de fluxo de caixa (Nota 17 (a))
Saldo no final do exercício
77.706
1.021
Tributárias
Trabalhistas
Processos judiciais
Ambientais
Cíveis
446.795
-
7.944
(111.736)
(26.322)
13.322
(2.852)
(1.536)
109
(601)
24.989
(5.653)
(687)
(90.671)
63.319
(8.934)
(22)
699
(1.400)
8.580
9.930
48.529
(1.379)
(26.276)
51.072
289.329
10.115
74.358
Total
582.960
1.021
46.364
(120.842)
(28.545)
(1.379)
(101.027)
72.598
(26.276)
424.874
Controladora
2013
ARO
Saldo no início do exercício
Ajuste a valor presente
Adições
Reversões
Depósitos judiciais, líquidos das baixas
Liquidações
Atualização monetária
Remensuração do ARO (Nota 17 (a))
Reavaliação de fluxo de caixa (Nota 17 (a))
Saldo no final do exercício
81 de 105
80.422
(1.909)
Tributárias
533.718
32.507
(57.182)
14.696
(88.849)
11.905
Trabalhistas
8.087
11.810
(2.063)
(13.127)
(4.832)
125
Processos judiciais
Ambientais
Cíveis
6.216
4.276
4.706
(2.577)
(1.826)
(861)
4.342
673.188
(1.909)
49.297
(62.658)
(257)
(94.542)
20.648
9.735
(10.542)
9.930
48.529
582.960
274
(836)
44.745
9.735
(10.542)
77.706
446.795
Total
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Consolidado
2014
ARO
Saldo no início do exercício
Ajuste a valor presente
Adições
Reversões (i)
Depósitos judiciais, líquidos das baixas
Baixas
Liquidações
Atualização monetária
Variação cambial
Reavaliação de fluxo de caixa (Nota 17 (a))
Saldo no final do exercício
194.757
1.128
4.207
Reestruturação
Tributárias
Trabalhistas
Processos judiciais
Ambientais
Cíveis
43.295
592.816
(23.726)
15.311
(147.603)
(17.730)
20.749
(8.453)
6.870
11.757
138
(607)
58.503
(16.958)
(11.694)
71.365
(92.764)
92.408
1.447
(14.449)
(29)
823
(15.945)
30.129
(70)
(7.574)
2.286
4.897
(19.173)
180.528
(253)
19.316
443.885
244
4.961
12.082
115.330
Total
913.990
1.128
98.908
(197.347)
(22.554)
(7.574)
(123.187)
125.646
6.265
(19.173)
776.102
Consolidado
2013
ARO
(i)
(a)
Saldo no início do exercício
Ajus te a valor pres ente
Adições
Reversões
Depós itos judiciais , líquidos das baixas
Liquidações
Atualização m onetária
Variação cam bial
Rem ens uração do ARO (Nota 17 (a))
Reavaliação de fluxo de caixa (Nota 17 (a))
190.866
(3.539)
13.083
Saldo no final do exercício
194.757
Reestruturação
86.913
5.114
9.735
(15.964)
Trabalhistas
697.030
12.861
7.004
76.125
19.453
(4.248)
(23.773)
(4.129)
136
(1.766)
13.144
(24.310)
(2.252)
(3.642)
12.300
17.125
100.952
(125.876)
11.262
(116.317)
24.256
1.509
43.295
592.816
(1.424)
(4.538)
Tributárias
Processos judiciais
Ambientais
Cíveis
(59.319)
6.383
(164)
11.757
71.365
Total
1.070.799
(3.539)
146.768
(157.624)
(14.763)
(187.945)
42.939
23.584
9.735
(15.964)
913.990
A reversão referente a provisão para “reestruturação” deve-se a adequação do saldo com base em novas
estimativas.
Obrigação para desmobilização de ativos (“Asset retirement obligation” – ARO)
A mensuração das obrigações para desmobilização de ativos envolve julgamento sobre diversas premissas. Sob
o ponto de vista ambiental, refere-se às obrigações futuras de restaurar/ recuperar o meio ambiente, para as
condições ecologicamente similares às existentes, antes do início do projeto ou atividade ou de fazer medidas
compensatórias, acordadas com os órgãos competentes, em virtude da impossibilidade do retorno a essas
condições pré-existentes. Essas obrigações surgem a partir do início da degradação ambiental da área ocupada,
objeto da operação ou a partir de compromissos formais assumidos com o órgão ambiental, cuja degradação
precisa ser compensada. A desmontagem e retirada da operação de um ativo ocorre quando ele for
permanentemente desativado, por meio de sua paralisação, venda ou alienação.
Por serem obrigações de longo prazo são ajustadas a valor presente, pela taxa real de juros e atualizadas
periodicamente pela inflação. A taxa de juros utilizada em 2014 é de 6,68% e 2013 foi de 4,23% a.a. O passivo
constituído é atualizado periodicamente tendo como base essas taxas de desconto acrescido da inflação do
período de referência.
Durante 2014, a Companhia revisou as premissas adotadas para cálculo da provisão relacionada a algumas
minas, devido a reavaliação dos respectivos fluxos de caixa com contrapartida no intangível, que resultou
numa redução de R$ 26.276 na controladora e R$ 19.173 no consolidado.
(b)
Provisões tributárias, cíveis, trabalhistas e ambientais
A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis, tributários e ambientais em andamento, e
está discutindo essas questões tanto nas esferas administrativa quanto judicial, as quais, quando aplicáveis, são
amparadas por depósitos judiciais.
Os montantes envolvidos nas contingências são estimados e atualizados periodicamente. A classificação das
82 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
perdas entre possíveis, prováveis e remotas baseia-se na avaliação da Administração, fundamentada na opinião
de seus consultores jurídicos.
As provisões e os correspondentes depósitos judiciais são apresentadas a seguir:
Controladora
2013
2014
Depósitos
judiciais
Tributárias
Cíveis
Trabalhistas
Ambientais
Montante
provisionado
Total líquido
(370.886)
(14.787)
(17.778)
660.215
89.145
17.778
10.115
289.329
74.358
(403.451)
777.253
373.802
Depósitos
judiciais
Montante
provisionado
(344.564)
(14.100)
(16.242)
791.359
62.629
16.242
9.930
446.795
48.529
(374.906)
880.160
505.254
10.115
9.930
Consolidado
2013
2014
Depósitos
judiciais
Tributárias
Cíveis
Trabalhistas
Ambientais
(c)
Montante
provisionado
Total líquido
Total líquido
Depósitos
judiciais
Montante
provisionado
Total líquido
(483.713)
(26.710)
(25.345)
927.598
142.040
30.306
12.082
443.885
115.330
4.961
12.082
(465.983)
(15.016)
(32.215)
1.058.799
86.381
32.215
11.757
592.816
71.365
(535.768)
1.112.026
576.258
(513.214)
1.189.152
675.938
11.757
Depósitos judiciais remanescentes
A Companhia possui depositados judicialmente o montante demonstrado a seguir em processos classificados
pelos assessores jurídicos da Companhia como de perda remota ou possível, portanto, sem a respectiva
provisão.
2014
Tributárias
Cíveis
Trabalhistas
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
108.391
4.164
14.048
98.292
1.948
32.129
163.218
14.068
18.867
160.644
10.819
35.316
126.603
132.369
196.153
206.779
(d)
Comentários sobre as provisões com probabilidade de perda provável
(i)
Provisões tributárias
Referem-se principalmente à discussão sobre a legalidade do recolhimento de tributos federais, estaduais e
municipais. As principais ações tributárias consistem na cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade), IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
83 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(a)
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM
A companhia possui diversas autuações lavradas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral por
suposta falta de pagamento ou recolhimento a menor de CFEM, dos períodos de 1991 a 2012. Em 31 de
dezembro de 2014, o valor em controvérsia dessas ações totaliza o montante de R$ 487.250, a Companhia
entende que R$ 87.402 é o valor de perda provável, o qual está devidamente provisionado. Atualmente, os
processos se encontram em fase administrativa ou judicial.
(b)
Exclusão do ICMS e ISS da Base de Cálculo do PIS e da COFINS
A Companhia e suas subsidiárias ajuizaram medidas judiciais visando afastar a incidência do ICMS e ISSQN da
base de cálculo do PIS e da COFINS, sendo que por um período optou por efetuar depósitos judiciais do
montante discutido. Em 31 de dezembro de 2014, o valor dos depósitos totaliza o montante de R$ 372.209, o
qual está devidamente provisionado.
(ii)
Provisões cíveis
A Companhia e suas subsidiárias são parte em processos cíveis de natureza administrativa e judicial, referidas
contingências são originárias de processos com distintas naturezas jurídicas, ressaltando-se ações de
indenização por dano material e dano moral, ações de cobranças e execuções, e pedidos administrativos.
(iii)
Provisões trabalhistas
A Companhia e suas subsidiárias tem 2.569 processos trabalhistas, movidos por ex-empregados, terceiros e
sindicatos, cujos pleitos consistem, em sua maioria, em pagamento de verbas rescisórias, adicionais de
insalubridade e periculosidade, horas extras, horas in itinere, bem como pedidos de indenização de exempregados ou terceiros por supostas doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, danos materiais e morais,
derivados da Justiça Comum por força da Emenda Constitucional n.º 45 e cumprimento de cláusulas
normativas. Compõe esse número também as medidas Administrativas trabalhistas com principais causas
Contas Legais, Jornadas de Trabalho e Normas Regulamentadoras.
A provisão é realizada com base no valor histórico médio de liquidação dos processos.
(iv)
Provisões ambientais
A Companhia e suas subsidiárias estão sujeitas a leis e regulamentos nos diversos países em que operam. A
Votorantim estabeleceu políticas e procedimentos voltados ao cumprimento de toda e quaisquer normas
ambientais aplicáveis.
A Companhia conduz regularmente verificações para identificar riscos legais ambientais de modo a garantir
que os sistemas em funcionamento sejam adequados para gerenciar esses riscos.
Ademais, o contencioso ambiental judicial da Companhia e de suas subsidiárias é formado, primordialmente,
por ações civis públicas com a finalidade de obstar o licenciamento ambiental de unidades fabris e ações de
indenização por supostos impactos ambientais advindos das atividades da Companhia.
84 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(e)
Processos com probabilidade de perdas consideradas como possíveis
A composição por natureza dos processos com probabilidade de perda avaliada como possível nos quais a
VCSA e suas controladas estão envolvidas, para os quais não há qualquer provisão contabilizada é
demonstrada a seguir:
2014
Cíveis
Tributárias
Ambientais
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
4.061.207
1.199.192
30.387
3.728.215
1.176.531
28.394
4.568.810
1.925.367
33.339
3.933.364
1.634.138
31.737
5.290.786
4.933.140
6.527.516
5.599.239
(e.1) Comentários sobre passivos contingentes com probabilidade de perda possível
A seguir são comentados os passivos contingentes relacionados aos processos em andamento com
probabilidade de perda possível, para os quais não há qualquer provisão contabilizada. No quadro abaixo
apresentamos uma análise de relevância desses processos:
Natureza dos processos
(i)
(ii)
(iii)
(iv)
(v)
(vi)
(vii)
(i)
-
Ação Civil Pública – Infração à Ordem Econômica
Investigações administrativas pela SDE (Secretaria de Direito Econômico)
Arbitragem – Operação de Agregados Petrolina
Autos de Infração – IRPJ / CSLL
Litígio com empresa transportadora de São Paulo
IRPJ e CSLL – Lucros no Exterior
Litígio com empresa de transportes do Nordeste
Demais processos de valores individuais inferiores à R$ 50 milhões
2014
Consolidado
2013
3.012.720
665.700
284.646
188.961
166.157
119.965
86.130
2.003.237
2.800.000
604.320
173.800
157.600
109.000
79.800
1.674.719
6.527.516
5.599.239
Ação Civil Pública – Infração à Ordem Econômica
O Ministério Público do Rio Grande do Norte ajuizou uma ação civil pública contra a Companhia e contra oito
outras empresas acusadas, incluindo várias das maiores fabricantes brasileiras de cimento, relativas à
formação de cartel. A ação civil pública demanda o pagamento de indenização, de forma solidária, por danos
morais e coletivos, e pagamento de multa de acordo com as regras brasileiras de proteção à concorrência.
Como o valor da demanda é de R$ 5.600.000 e a ação civil pública alega responsabilidade solidária, a
Companhia estima que, com base em sua participação de mercado, sua eventual responsabilidade, caso fosse
condenada, seria de aproximadamente R$ 2.400.000. No entanto, não há garantia de que essa divisão entre as
partes prevaleceria ou que a Companhia não seria responsabilizada por um valor maior, ou pelo valor total da
demanda. Em Julho de 2012 a empresa apresentou sua defesa. O Ministério Público, por sua vez, apresentou
sua réplica às defesas apresentadas em Outubro de 2012. Em setembro de 2014 ocorreu o transito em julgado
da decisão preferida em sede de recurso que decretou o segredo de justiça aos documentos alcançados pelo
sigilo fiscal e empresarial. Desde então, não houve nenhuma decisão relevante no processo. A expectativa para
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
perda é considerada como possível e a Companhia não registrou provisão. Em 31 de dezembro de 2014, o valor
atualizado em controvérsia é de R$ 3.012.720.
(ii) Investigações administrativas pela SDE (Secretaria de Direito Econômico)
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é responsável por julgar os processos encaminhados
pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (atual Superintendência-Geral). O CADE julga
atos de concentração e processos de conduta, inclusive casos de cartel. O quórum mínimo para o Conselho
decidir é de cinco integrantes.
No âmbito administrativo, uma empresa condenada pelo CADE por prática de cartel poderá ser condenada a
pagar multa de 0,1% a 20% do valor do faturamento bruto da empresa, grupo ou conglomerado, no último
exercício anterior à instauração do processo administrativo, no ramo de atividade empresarial em que ocorreu
a infração.
A legislação prevê a possibilidade de imposição de outras penas acessórias como, por exemplo, a proibição de
contratar com instituições financeiras oficiais, a cisão de sociedade, transferência de controle societário, venda
de ativos ou cessação parcial de atividade e de parcelar débitos fiscais, bem como de participar de licitações
promovidas pela Administração Pública Federal, Estadual e Municipal por prazo não inferior a cinco anos,
além de outras sanções não pecuniárias, quando tais sanções forem consideradas necessárias para coibir a
conduta ou corrigir práticas anticoncorrenciais do mercado.
Em 2006, a então SDE, instaurou processo administrativo envolvendo o Sindicato da Indústria do Cimento,
algumas associações do setor (cimento e concreto), as maiores empresas fabricantes de cimento no Brasil,
incluindo a Votorantim Cimentos, e alguns executivos. Esse processo alega práticas anticompetitivas das
diversas empresas e associações, incluindo a acusação de formação de cartel.
Em 22 de janeiro de 2014, o CADE deu início ao julgamento do processo e, em 28 de maio de 2014, após
suspender a primeira sessão de julgamento, proferiu a sua decisão final no processo administrativo, impondo
as seguintes penalidades à Votorantim Cimentos: (i) pagamento de multa no valor de R$1,6 bilhões; (ii)
alienação de 20% dos ativos da Companhia de prestação de serviços de concretagem no Brasil, os quais
deverão ser vendidos em mercados relevantes em que haja mais de uma concreteira de propriedade ou de
posse da empresa; (iii) venda de todas as participações, minoritárias ou não, em outras empresas atuantes nos
mercados de cimento ou de prestação de serviços de concretagem; (iv) proibição de contratar com instituições
financeiras oficiais, até a data da alienação dos ativos, a contar da data da publicação da sentença final do
julgamento; (v) recomendação à Receita Federal e aos demais órgãos competentes para que não seja concedido
parcelamento de tributos federais devidos ou para que sejam cancelados, no todo ou em parte, incentivos
fiscais ou subsídios públicos; (vi) descruzamento de quaisquer participações acionárias entre as empresas
condenadas porventura existentes nos mercados de cimento e de prestação de serviços de concretagem, de
forma direta ou por participações minoritárias em outras empresas que não compõem o grupo econômico das
condenadas; (vii) proibição de realizar concentração entre as condenadas no mercado de cimento, por
qualquer meio, pelo período de 5 (cinco) anos, a contar da data da publicação do julgamento; (viii) proibição de
realizar qualquer concentração no mercado de concreto, por qualquer meio, pelo período de 5 (cinco) anos, a
contar da data da publicação do julgamento; (ix) proibição de realizar qualquer associação para greenfield, por
qualquer meio, nos setores de cimento, de concreto e de escória, pelo período de 05 (cinco) anos, a contar da
data da publicação do julgamento, com qualquer dos condenados; (x) outras sanções não-monetárias, dentre
elas: (a) a publicação do extrato do julgamento em jornais; (b) inscrição no Cadastro Nacional de Defesa do
Consumidor; e (c) obrigação de informar ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC qualquer
operação realizada nos setores de cimento e concreto, pelo período de 5 (cinco) anos a contar da data da
publicação do julgamento; (xi) a venda de um ativo específico de cimento.
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Em 1º de julho de 2014, foi publicada a certidão de julgamento e os votos dos Conselheiros, com as versões
confidenciais disponibilizadas para as sentenciadas no dia seguinte. Dessa forma, em 14 de julho, a Companhia
apresentou Embargos de Declaração (recursos administrativos) para dirimir contradições, omissões e
obscuridades da decisão do CADE. Aguarda-se a inclusão do recurso em pauta de julgamento, não havendo
prazo legal para isso. Até o julgamento deste recurso administrativo, a decisão do CADE não estará concluída
no âmbito administrativo e, portanto, não surtirá efeitos legais sobre as partes.
A Companhia não concorda com nenhuma das acusações que lhe foram feitas e pretende recorrer da decisão
do CADE também na esfera judicial no momento oportuno, por entender que não houve infração à ordem
econômica, razão pela qual não deveria estar sujeita a quaisquer sanções ou penalidades.
A Companhia classificou a probabilidade de perda nesse processo no judiciário como possível. Em 31 de
dezembro de 2014, o valor atualizado em controvérsia é de R$ 665.700.
(b)
Anteriormente, em 2003, a SDE, atual Superintendência Geral do CADE, iniciou outro processo administrativo
envolvendo empresas produtoras de cimento no Brasil, incluindo a Votorantim. Esse processo diz respeito a
alegações de certas produtoras de concreto de que as grandes empresas de cimento teriam violado a legislação
brasileira de concorrência, não lhes vendendo certos tipos de cimento. A fase instrutória desse processo foi
encerrada em abril de 2012 e, até o momento, não há indícios de que a Superintendência Geral pretenda
encaminhar qualquer recomendação ao Tribunal do CADE, conduzindo investigações futuras sobre esse
assunto. Se a Companhia for considerada culpada por violar a legislação, pode estar sujeita a sanções penais e
administrativas, incluindo uma multa administrativa que pode variar de 0,1% a 20,0% (se a nova legislação
antitruste for aplicada) do faturamento bruto da atividade, relativo ao exercício social imediatamente anterior
ao ano em que o processo administrativo foi iniciado. Na opinião da companhia e na opinião de seus
consultores jurídicos, a Votorantim não estará sujeita a quaisquer penalidades administrativas e/ou criminais.
A expectativa de perda nesse processo é considerada remota.
(iii) Arbitragem – Operação de Agregados Petrolina
Trata-se de procedimento arbitral que tramita perante a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem da
CIESP/FIESP, iniciado em janeiro de 2014, no qual se discute a venda de quotas das sociedades São Francisco
Zeta e Petrolina Zeta para a Pedreira Pedra Negra, bem com a obrigação dos vendedores de desenvolver um
novo negócio em Palmas (TO), que seria posteriormente alienado à Pedra Negra. Os Requerentes pleiteiam (i)
a rescisão do negócio jurídico firmado entre as partes, ainda que parcialmente; (ii) a condenação da Pedra
Negra ao pagamento de indenização à título de danos materiais e morais. A Pedra Negra, por sua vez, pleiteia:
(i) a condenação dos vendedores à recompra das quotas sociais da P-z e SF-z e ao pagamento dos valores
acordados com a Requerida no Acordo de Operações de Aquisição de Quotas das sociedades São Francisco Zeta
e Petrolina Zeta, ou, subsidiariamente, (ii) resolução dos instrumentos por culpa exclusiva dos vendedores,
com a condenação deles à devolução dos valores desembolsados pela Pedra Negra em tais contratos,
devidamente atualizados; e (iii) a condenação dos vendedores ao pagamento das demais perdas e danos
relativas ao inadimplemento dos contratos celebrados entre as partes. A expectativa para perda é considerada
como possível e a Companhia não registrou provisão. Em 31 de dezembro de 2014, o valor atualizado em
controvérsia é de R$ 284.646.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(iv)
Autos de Infração – IRPJ / CSLL
Em dezembro de 2011, a Companhia foi autuada pela Receita Federal do Brasil no valor de R$ 184.797 por
suposta ausência de recolhimento ou pagamento a menor de IRPJ e CSLL relativos ao período entre 2006 e
2010, em função de: (i) amortização do ágio supostamente incorreta; (ii) uso do prejuízo fiscal acima do limite
de 30% permitido pela regulamentação tributária (incorporação); e (iii) falta de pagamento das obrigações de
IRPJ e CSLL devidos por estimativas mensais. Em 31 de dezembro de 2014, do valor atualizado autuado de
R$ 235.246, a Companhia entende que a melhor estimativa de contingência possível é de apenas R$ 139.948 (o
saldo remanescente é considerado remoto). No julgamento de primeira instância, os julgadores decidiram pela
redução de aproximadamente R$ 50 milhões do valor autuado. Atualmente, a Companhia aguarda o
julgamento do recurso de ofício e do recurso voluntário interposto junto ao Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais.
Em dezembro de 2011, a Companhia, foi autuada pela Receita Federal do Brasil no valor de R$ 448.208, a fim
de cobrar valores referentes à suposta falta de pagamento de IRPJ e CSLL no ano calendário de 2006 e pela
glosa de prejuízo fiscal e base negativa de CSLL no ano calendário de 2007, em razão do aporte de bens das
empresas Cimento Tocantins, Cimento Rio Branco e Companhia de Cimento Portland Itaú na Votorantim
Cimentos Brasil, optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido. Em 31 de dezembro de
2014, do valor atualizado autuado de R$ 570.569, a Companhia entende que a melhor estimativa de
contingência possível é de, apenas R$ 49.013. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento julgou o auto de
infração parcialmente procedente, para reduzir o auto de infração em aproximadamente 50% do valor autuado.
Nesse momento, a Companhia aguarda o julgamento do recurso de ofício e do recurso voluntário interposto
junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
(v)
Litígio com empresa transportadora de São Paulo
Em setembro de 2003, uma empresa de transporte apresentou reclamação contra a VCB (empresa incorporada
pela Companhia) buscando compensação por danos materiais no valor de R$ 84.200, e danos morais em um
valor não especificado, alegando que a Companhia não cumpriu suas obrigações sob dois contratos verbais
firmados. A empresa de transporte argumenta que essas falhas resultaram no término das atividades de seu
departamento de vendas e perdas significativas para a sua área de transportes. A Companhia apresentou sua
resposta em setembro de 2009, argumentando que: 1) o direito da transportadora prescreveu; (2) a Companhia
não alterou as condições gerais do acordo; e (3) a empresa de transporte foi incapaz de fornecer os serviços
contratados, o que resultou em sua insolvência. Em agosto de 2011, o tribunal negou o argumento referente à
prescrição e determinou a realização de perícia, conforme solicitado pelas partes. A perícia foi concluída e o
laudo apresentado. As partes apresentaram suas impugnações ao laudo e o processo foi remetido ao expert
para manifestar-se a respeito. Em junho de 2014, esclarecimentos foram apresentados pelo perito. Em 24 de
junho de 2014, foi apresentada impugnação da Companhia. Em dezembro de 2014 foi disponibilizada decisão
declarando encerrada a instrução processual e intimando as partes a se manifestarem acerca do interesse na
realização de audiência de tentativa de conciliação. A Administração considera a possibilidade de perda de
parte dos danos materiais, estimada em R$ 166.157, como possível.
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(vi)
IRPJ e CSLL – Lucros no Exterior
Em outubro de 2013, a VCSA foi autuada pela Receita Federal do Brasil no valor de R$ 106.664, por suposta
falta de recolhimento de IRPJ e CSLL, sobre lucros auferidos no exterior nos anos calendário de 2008 a 2010,
por meio de suas controladas e coligadas. No julgamento de primeira instância, os julgadores decidiram pela
procedência do auto de infração. Atualmente, a controlada aguarda o julgamento do recurso voluntário
interposto junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Em 31 de dezembro de 2014, o montante em
controvérsia era de R$ 119.965, cuja probabilidade de perda é possível.
(vii) Litígio com empresa de transportes do Nordeste
Em agosto de 2010, uma empresa de transporte entrou com ação indenizatória contra a Votorantim Cimentos
N/NE(“VCNNE”) buscando compensação por danos no valor de R$ 123.714, alegando que VCNNE não
cumpriu com o volume mínimo estabelecido no contrato de transporte de cimento firmado entre as partes. A
VCNNE foi citada desta ação em março de 2011 e apresentou a sua resposta, alegando em suma, incompetência
relativa do Juízo e no mérito que não havia nenhum pacto escrito com relação ao volume mínimo pleiteado,
bem como que a quebra e eventuais prejuízos suportados pela transportadora decorreram de má gestão e não
possuem qualquer relação com a VCNNE. A transportadora apresentou sua réplica. Em 22 de janeiro de 2013,
o tribunal publicou a sua decisão de aceitar o apelo da Companhia e transferir o caso para o tribunal civil, na
cidade de Recife. Em novembro de 2013 o Tribunal deu provimento ao recurso da transportadora para
confirmar que o Juízo de São Luís-MA era competente para julgar a causa. A VCNNE recorreu da decisão. Em
abril de 2014, o Recurso foi admitido, e, contra o despacho em questão, foi oposto Embargos de Declaração
pela Transportadora, o qual foi impugnado pela VCNNE. No dia 17 de junho de 2014, foi proferida decisão
rejeitando os embargos de declaração. Em setembro de 2014 foi realizada audiência de instrução e julgamento.
Em novembro de 2014 foi proferida decisão acolhendo os embargos de declaração opostos, para suprir a
omissão apontada e, apreciando o pedido de produção de prova pericial contábil, para indeferi-lo. Em
dezembro de 2014 foi interposto agravo retido contra a decisão que indeferiu o pedido de produção de prova
pericial contábil.Com base na opinião de seus assessores jurídicos externos, a VCNNE acredita que a
probabilidade de perda com relação aos danos materiais no valor de R$ 86.130 é possível.
(viii) Ação Popular – Tocantins
Em agosto de 2007, um cidadão promoveu uma Ação Popular contra a VCNNE buscando à anulação da
licitação que transferiu os direitos minerais relativos ao Processo DNPM n.º 860.933/1982 à VCNNE devido às
falhas nos procedimentos licitatórios. O autor também pleiteou a concessão de liminar para suspender todos os
efeitos da licitação, o que ainda não foi apreciado pela vara. Em maio de 2008, a VCNNE apresentou sua defesa
argumentando que tal ação é conexa a outra ação popular e, assim, deve ser a ela reunida e arquivada, bem
como que o procedimento licitatório foi promovido dentro da lei. Em abril de 2009, o Promotor de Justiça
concordou com a existência de conexão entre as ações e que ambas deveriam ser julgadas em conjunto. Em
março de 2013 o Juiz de Direito determinou que os processos fossem reunidos, em razão da conexão,
ordenando que o processo fosse remetido à 3ª Vara da Fazenda e Registros Públicos, por ser preventa. A
Administração considera a possibilidade de perda possível e o processo não envolve pagamento de pecúnia,
mas pode ter implicações operacionais caso a concessão seja suspensa.
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(f)
Compromissos
A controlada VCEAA detém um acordo de compra de coque de petróleo com a Total Oil, cujo vencimento será
em 2017.
A Companhia e sua investida St. Marys Cement Inc. possuem contratos de fornecimento com usinas
siderúrgicas para a compra de escória, os quais venceram em 2023.
21
Contas a pagar – Trading
Refere-se a compras de determinadas matérias-primas importadas por meio de empresas de trading, que
apresentam prazos de pagamento de até 360 dias, com comissão calculada e acertada entre as partes antes ou
no momento de cada transação comercial, sobre o valor total das compras efetuadas.
22
Uso do bem público - UBP
Em 30 de setembro de 2014, os saldos da sua controlada VCNNE referentes ao uso do bem público
relacionados à usina hidroelétrica de Pedra do Cavalo, foram reclassificados para ativos e passivos classificados
como mantidos para venda (Nota 33 (c)).
23
Outros passivos
Controladora
Contas a pagar para aquisição de participações
Contas a pagar para serviços
REFIS - Programa de Recuperação Fiscal
Provisão para utilidades - água, energia elétrica e gás
Fornecedores de longo prazo
Provisão para fretes
Provisão para manutenção
Tributos a recolher de longo prazo
Obrigações ambientais
Outras exigibilidades
Circulante
Não circulante
24
Patrimônio líquido
(a)
Capital social
Consolidado
2014
2013
2014
2013
51.512
44.316
47.772
36.354
7
18.595
6.305
3.835
4.100
3.262
95.876
10.780
55.661
14.289
4
20.223
5.481
81.294
4.040
1.590
161.744
100.150
47.772
45.843
32.277
43.796
20.631
14.773
4.416
34.290
193.948
79.478
78.983
17.651
37.338
39.770
15.976
91.661
4.040
7.237
216.058
289.238
505.692
566.082
(131.944)
84.114
(119.859)
169.379
(263.405)
242.287
(231.919)
334.163
Em 31 de dezembro de 2014, o capital social totalmente subscrito e integralizado, no montante de
R$ 2.730.875 (2013 – R$ 2.731.375) é composto por 5.120.940.004 (2013 – 5.121.460.621) ações ordinárias e
300.571.428 (2013 – 300.571.428) ações preferenciais.
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 31 de dezembro de 2014, foi deliberada e aprovada pela
Administração a cisão parcial de ativos e passivos em favor da sociedade VID. Em consequência, a Companhia
reduziu o capital em R$ 500 (cancelando o equivalente a 520.617 de ações).
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 31 de dezembro de 2013, foi deliberada e aprovada pela
Administração a cisão parcial de ativos em favor da sociedade VID. Em consequência, a Companhia reduziu o
capital em R$ 3.623 (cancelando o equivalente a 3.709.042 de ações).
Em 30 de setembro de 2013, a controladora VID aportou na Companhia o acervo líquido da empresa Voto IV,
no montante de R$ 32.232, com a emissão de 33.558.020 novas ações ordinárias nominativas.
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 30 de setembro de 2013, foi deliberada e aprovada pela
Administração a cisão parcial de ativos em favor da sociedade VID. Em consequência, a Companhia reduziu o
capital em R$ 43.260 (cancelando o equivalente a 45.316.929 de ações).
Em 11 de junho de 2013, os acionistas aprovaram a conversão de 300.571.328 ações ordinárias em 300.571.328
ações preferenciais.
Em 27 de maio de 2013, os acionistas aprovaram o desdobramento das ações por meio do qual foram emitidas
16.368.338 ações ordinárias adicionais para os acionistas em adição às 5.421.131.562 ações ordinárias
anteriormente por eles detidas. A quantidade de ações total em circulação em 31 de dezembro de 2012, após o
ajuste retrospectivo para a conversão de ações e o desdobramento de ações, é de 5.437.500.000, composto por
5.437.499.900 ações ordinárias e 100 ações preferenciais.
Em 30 de abril de 2013, os acionistas aprovaram o desdobramento das ações através do qual foram emitidas
5.310.496.224 ações ordinárias adicionais para os acionistas em adição às 110.635.338 ações ordinárias
anteriormente detidas.
Em 5 de abril de 2013, os acionistas aprovaram a conversão de 100 ações ordinárias em 100 ações
preferenciais. Os direitos das ações preferenciais são idênticos aos de ações ordinárias, incluindo os seus
direitos com relação a dividendos e destinação do lucro líquido, exceto que as ações preferenciais não têm
direito a voto (exceto em certos assuntos limitados estabelecidos pelos estatutos). As ações preferenciais têm
direito de 100% de tag-along em caso de mudança de controle e têm prioridade no reembolso do capital em
caso de liquidação.
(b)
Dividendos e juros sobre capital próprio
De acordo com o Estatuto Social da Companhia, os dividendos são calculados com base em 25% do lucro
líquido do exercício deduzido de reserva legal.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O cálculo dos dividendos é assim demonstrado:
2014
2013
Lucro líquido do exercício
Reserva legal
Reserva para incentivos fiscais
1.083.231
(54.162)
(55.583)
1.327.824
(66.391)
(33.425)
Base de cálculo dos dividendos
973.486
1.228.008
Dividendos mínimos - 25% conforme estatuto
Dividendos complementares
243.372
244.000
307.002
592.998
Total dos dividendos propostos
487.372
900.000
0,09
0,17
5.421.511
5.422.032
126.650
360.722
487.372
900.000
900.000
Dividendos por ação - R$
Quantidade total de ações
Natureza da remuneração
Juros sobre capital próprio
Dividendos
Durante o exercício de 2014, a Companhia deliberou dividendos e juros sobre capital próprio no montante de
R$ 360.722 e R$ 126.650, respectivamente. A distribuição a seus acionistas de juros sobre capital próprio, foi
realizada com base na variação da Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP), considerando-a ao valor do dividendo
mínimo obrigatório. Além disso, foram pagos de dividendos, o montante de R$ 44.162, aos acionistas não
controladores das investidas da controlada VCEAA, sendo R$ 31.932 da Asment De Temara, S.A., R$ 11.670 da
Cementos Artigas S.A. e R$ 560 da Yibitas Yozgat Isci Birligi Insaat Malzemeleri Ticaret ve Sanayi A.S.
(c)
Reserva legal e de retenção de lucros
A reserva legal é constituída anualmente como destinação de 5% do lucro líquido do exercício, limitada a 20%
do capital social. Sua finalidade é assegurar a integridade do capital social. Ela poderá ser utilizada somente
para compensar prejuízo e aumentar o capital.
A reserva de retenção de lucros refere-se à retenção do saldo remanescente de lucros acumulados, a fim de
atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido no plano de investimentos da Companhia.
Durante 2014, a Companhia reclassificou o montante de R$ 42.774 da participação de não controladores para
reservas de lucros, referente ao valor justo dos ativos não reconhecidos na controladora quando da aquisição
de 30% da participação de não controladores da investida Cimpor Macau – Companhia de Investimentos S.A.
(“Macau”), realizada em 16 de abril de 2013.
(d)
Reserva de incentivos fiscais
A reserva de incentivos fiscais é creditada com os benefícios de incentivos fiscais, que são reconhecidos na
demonstração do resultado do ano e alocados de lucros acumulados para esta reserva. Esses incentivos não são
incluídos no cálculo do dividendo mínimo obrigatório.
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Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(e)
Ajustes de avaliação patrimonial
A Companhia reconhece nesta rubrica o efeito das variações cambiais sobre os investimentos em controladas
detidas de forma direta ou indireta no exterior.
Também são consideradas nesta rubrica: a variação cambial sobre as dívidas e derivativos designados para
mitigar riscos cambiais (hedge de investimento liquido), taxa de juros (hedge de fluxo de caixa), ganhos e
perdas atuariais dos planos de pensão.
A movimentação dos ajustes de avaliação patrimonial está demonstrada a seguir:
Variação cambial
de investimento no
exterior
Em 1º de janeiro de 2013
644.227
Variação cambial de investidas localizadas no exterior
Remensurações de ganhos atuariais com
benefícios de aposentadoria
Realização de outros resultados abrangentes pela
venda de investimentos
Hedge accounting de investimentos no exterior
Participação nos outros resultados abrangentes das investidas
Tributos diferidos
Em 31 de dezembro de 2013
665.051
Em 1º de janeiro de 2014
Variação cambial de investidas localizadas no exterior
Remensurações de ganhos atuariais com
benefícios de aposentadoria
Hedge accounting de investimentos no exterior
Participação nos outros resultados abrangentes das investidas
Tributos diferidos
Em 31 de dezembro de 2014
(f)
Ganhos e perdas
atuariais/mensurações
com benefícios de
aposentadoria
Hedge accounting
de investimento
líquido
(134.942)
(12.934)
Outros componentes do
resultado abrangente do
exercício
81.374
665.051
71.736
71.736
(31.045)
(15.720)
(854.062)
(7.361)
1.278.233
1.278.233
425.028
(29.529)
(92.735)
290.381
(576.615)
58.293
(92.735)
(576.615)
58.293
(27.511)
(510.471)
(1.396)
1.703.261
Total
577.725
8.950
(111.296)
173.559
(913.527)
56.897
(46.765)
(854.062)
(7.361)
260.852
667.176
667.176
425.028
(27.511)
(510.471)
(1.396)
182.509
735.335
Acionistas não controladores
2014
Cementos Artigas S.A.
Asment de Témara
Yacuces , S.L.
Itacamba Cemento S.A.
Yibitas Yozgat Is ci Birligi Insaat M.T.S
Votorantim Cimentos N/NE S.A. (Nota 1(i))
Outros (i)
189.406
126.390
49.920
30.384
22.472
24.595
443.167
(i)
O valor devedor apresentado em 2013 é decorrente substancialmente de saldos de investidas que
apresentavam patrimônio líquido negativo no encerramento do exercício.
93 de 105
2013
199.729
134.283
11.226
18.595
100.102
(11.457)
452.478
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
25
Receita
Controladora
2014
Mercado interno
Mercado externo
Impostos sobre vendas e serviços
Devoluções e abatimentos
Receita líquida
26
Consolidado
2013
8.890.822
21.935
8.912.757
8.431.347
17.449
8.448.796
(2.209.097)
(61.215)
(2.270.312)
(2.035.653)
(82.235)
(2.117.888)
6.642.445
6.330.908
2014
11.557.638
4.343.881
15.901.519
11.102.328
3.876.527
14.978.855
(2.938.635)
(79.318)
(3.017.953)
(2.732.993)
(103.574)
(2.836.567)
12.883.566
12.142.288
Outras receitas operacionais, líquidas
Controladora
Benefícios fiscais
Ganho (perda) na venda de imobilizado e intangível
Receita de co-processamento
Ganho na venda de sucata
Ganho (perda) na venda de investim ento
Recuperação de tributos
Impairm ent de imobilizado (Nota 16)
Impairm ent de intangível (Nota 17)
2014
55.583
(30.824)
8.590
6.123
(609)
39
(12.772)
(868)
(3.647)
Impairm ent de adiantam ento a fornecedores
Reversão de contraprestação contingente não realizada (Nota 17 (c))
Outras receitas líquidas
27
2013
41.199
62.814
2013
35.646
6.897
8.949
6.593
596
16.636
Consolidado
(26.357)
2014
200.614
31.258
11.495
9.283
1.446
1.057
(20.557)
(50.745)
2013
207.982
20.478
10.942
8.451
36.757
18.275
(4.678)
(27.973)
(2.587)
(24.889)
(4.517)
13.411
59.784
35.700
39.431
234.093
60.408
326.125
Abertura do resultado por natureza
2014
Fretes
Des pes a com benefícios a em pregados
Matéria prim a e m ateriais de cons um o
Energia elétrica - cons um o
Com bus tível energético
Manutenção
Depreciação, am ortização e exaus tão
Serviços de terceiros
Material de em balagem
Outras des pes as
Reconciliação
Cus to dos produtos vendidos e dos s erviços pres tados
Com vendas
Gerais e adm inis trativas
94 de 105
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
915.737
897.817
595.841
528.462
554.244
461.567
291.668
353.092
147.837
306.016
831.444
796.989
583.765
381.688
562.806
465.289
269.319
401.213
143.182
327.731
1.557.363
1.654.211
1.542.422
1.012.568
960.082
870.926
805.499
646.475
238.487
1.228.771
1.435.461
1.479.595
1.432.165
835.723
953.582
824.965
773.093
634.221
229.376
1.188.744
5.052.281
4.763.426
10.516.804
9.786.925
3.767.944
721.169
563.168
3.664.506
592.665
506.255
8.568.924
1.061.881
885.999
8.102.841
893.711
790.373
5.052.281
4.763.426
10.516.804
9.786.925
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
28
Despesas com benefícios a empregados
Controladora
2014
Remuneração direta
Plano de aposentadoria e plano de pensão
Encargos sociais
Benefícios
29
2013
486.724
434.365
266.201
144.892
897.817
Consolidado
2014
2013
237.974
124.650
1.029.316
14.914
385.651
224.330
910.791
18.198
350.102
200.504
796.989
1.654.211
1.479.595
Resultado financeiro líquido
Controladora
2014
Receitas financeiras
Rendimentos sobre aplicações financeiras
Descontos obtidos
Atualização monetária sobre ativos
Juros sobre ativos financeiros
Instrumentos financeiros derivativos
Juros sobre operações de partes relacionadas (Nota 13 (a) e (b))
Outras receitas financeiras
Despesas financeiras
Juros sobre empréstimos, financiamentos e outros
Capitalização de juros sobre empréstimos - CPC 20
Atualização monetária sobre provisões
Prêmio pago na recompra de Bond (Tender Offer) (Nota 18 (e) (ii) (iv))
Descontos concedidos
IR sobre remessas de juros ao exterior
Juros e atualização monetária - UBP
Juros sobre impostos a pagar
Instrumentos financeiros derivativos
Juros sobre operações de partes relacionadas (Nota 13 (a) e (b))
Outras despesas financeiras
Variações cambiais, líquidas
Resultado financeiro líquido
95 de 105
141.722
40.507
37.724
19.529
14.770
11
2013
84.657
7.870
57.856
25.143
9.663
Consolidado
2014
2013
182.853
8.099
103.628
33.803
11.227
1.141
149.356
54.216
51.510
39.582
16.575
2.773
5.876
254.263
186.330
319.888
376.101
(990.603)
19.643
(64.997)
(147.301)
(76.624)
(74.686)
(832.955)
60.754
(3.897)
(10.824)
(13.842)
(37.063)
(26.730)
(1.423.027)
(11.860)
(3.673)
(42.544)
(5.550)
(925.452)
(42.988)
(42.739)
(1.060.476)
33.114
(140.649)
(175.436)
(89.273)
(74.686)
(34.592)
(28.295)
(16.316)
(273)
(92.399)
(1.679.281)
36.491
(883.884)
73.189
(23.740)
(47.051)
(42.739)
(41.589)
(15.399)
(8.923)
(29.118)
(52.898)
(1.072.152)
(60.604)
(42.241)
(82.282)
(89.745)
(1.229.368)
(781.363)
(1.441.675)
(785.796)
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
30
Benefícios de plano de pensão e saúde pós-emprego
A tabela abaixo demonstra onde estão alocados os saldos e atividades referentes ao benefício pós-emprego na
demonstração financeira da Companhia.
2014
Obrigações registradas no balanço patrimonial com:
Benefícios de plano de pensão
Benefícios de plano de pensão suplementares
Beneficios de saúde pós-emprego
Passivos registrados no balanço patrimonial
Despesas reconhecidas no resultado do exercicio com:
Benefícios de plano de pensão
Benefícios de plano de pensão suplementares
Beneficios de saúde pós-emprego
Remensurações com:
Benefícios de plano de pensão - valor bruto
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Benefícios de plano de pensão - valor líquido
(a)
2013
22.891
27.269
104.154
154.314
19.713
36.021
85.163
140.897
7.402
7.512
14.914
10.162
706
7.330
18.198
27.511
(8.950)
18.561
(71.736)
29.529
(42.207)
Plano de contribuição definida
A Companhia e a VCNNE patrocinam planos de pensão previdenciários privados que são administrados pela
Fundação Senador José Ermírio de Moraes (FUNSEJEM), um fundo de pensão privado e sem fins lucrativos,
que está disponível para todos os empregados. De acordo com o regulamento do fundo, as contribuições dos
empregados à FUNSEJEM são definidas de acordo com sua remuneração. Para empregados que possuam
remuneração menor do que os limites estabelecidos pelo regulamento, a contribuição definida é de até 1,5% de
sua remuneração mensal. Para empregados que possuam remuneração superior aos limites, a contribuição
definida é de até 6% da sua remuneração mensal. Podem ser feitas também contribuições voluntárias à
FUNSEJEM. Após terem sido efetuadas as contribuições ao plano, nenhum pagamento adicional é exigido da
Companhia.
(b)
Plano de benefício definido
A Companhia possui planos de benefícios previdenciários definidos na América do Norte, América Latina,
Brasil e Europa, que seguem padrões regulatórios similares. Os planos de benefícios previdenciários definidos
da Europa e da América do Norte oferecem também assistência médica e seguro de vida, entre outros. O custo
dos benefícios por aposentadoria e outros benefícios desses planos, concedidos aos empregados elegíveis, é
determinado através do método do benefício projetado “pro rata”, tomando como base a melhor estimativa da
Administração para o retorno dos ativos do plano, reajuste de salários, tendências de custos e as taxas de
mortalidade e idade média de aposentadoria dos empregados.
96 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Os montantes reconhecidos no balanço patrimonial estão demonstrados a seguir:
2014
576.533
(588.826)
(12.293)
161.305
149.012
3.058
152.070
Valor presente de obrigações financiadas
Valor justo de ativos do plano
Valor presente de obrigações não-financiadas
Déficit total de planos de benefícios previdenciários
Impacto do requerimento mínimo do fundo / máximo dos ativos
Ativos e passivos registrados no balanço patrimonial
2013
525.405
(491.627)
33.778
102.386
136.164
3.678
139.842
A movimentação da obrigação do benefício definido e do valor justo dos ativos do plano durante o exercício é
demonstrada a seguir:
Valor
presente das
obrigações
Em 1º de
Cus to do
Des pes a
Cus to do
janeiro de 2014
s erviço corrente
(receita) financeira
s erviço pas s ado e reduções nos benefícios
Rem ens urações :
Retorno dos ativos , excluindo a quantia incluída
com o receita financeira
Ganhos decorrentes de m udanças nas
prem is s as dem ograficas
Ganhos decorrentes de m udanças nas
prem is s as financeiras
Perdas decorrentes da experiência
Mudanças no lim ite do ativo, excluindo a quantia
incluída com o des pes a financeira
Variações cam biais
Contribuições :
Em pregador
Pagam entos dos planos :
Pagam ento de benefícios
Em 31 de dezem bro de 2014
Em 1º de
Cus to do
Des pes a
Cus to do
janeiro de 2013
s erviço corrente
(receita) financeira
s erviço pas s ado e reduções nos benefícios
Rem ens urações :
Retorno dos ativos , excluindo a quantia incluída
com o receita financeira
Ganhos decorrentes de m udanças nas
prem is s as dem ograficas
Ganhos decorrentes de m udanças nas
prem is s as financeiras
(Ganhos )/perdas decorrentes da experiência
Mudanças no lim ite do ativo, excluindo a quantia
incluída com o des pes a financeira
627.791
6.408
35.065
102
41.575
97 de 105
(491.627)
(27.051)
(27.051)
(43.478)
Total
136.164
6.408
8.014
102
14.524
Impacto do
requerimento
mínimo dos
fundos/limite do
ativo
3.678
390
390
(43.478)
Total
139.842
6.408
8.404
102
14.914
(43.478)
6.430
6.430
6.430
62.239
3.066
62.239
3.066
62.239
3.066
28.257
(746)
(746)
8.465
(264)
71.735
(43.478)
23.637
(15.172)
19.033
(51.191)
(32.158)
(45.933)
737.838
39.693
(588.826)
(6.240)
149.012
Valor
presente das
obrigações
Valor justo
dos ativos
do plano
591.252
7.247
32.792
(1.439)
38.600
(406.700)
Total
(20.414)
184.552
7.247
12.378
(1.439)
18.186
(31.687)
(31.687)
(20.414)
(746)
27.511
8.201
(32.158)
3.058
Impacto do
requerimento
mínimo dos
fundos/limite do
ativo
260
12
12
(6.240)
152.070
Total
184.812
7.247
12.390
(1.439)
18.198
(31.687)
(3.452)
(3.452)
(3.452)
(29.810)
(10.681)
(29.810)
(9.912)
(29.810)
(9.912)
(43.943)
Variações cam biais
Contribuições :
Em pregador
Pagam entos dos planos :
Pagam ento de benefícios
As s um idos /(adquiridos ) em com binação de negócios
Em 31 de dezem bro de 2013
Valor justo
dos ativos
do plano
50.678
(41.417)
32.621
627.791
769
(30.918)
(74.861)
3.125
3.125
17
3.125
(71.736)
(26.940)
23.738
(33.755)
(33.755)
264
(33.491)
23.755
34.971
(7.871)
(491.627)
(6.446)
24.750
136.164
3.678
(6.446)
24.750
139.842
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
As obrigações de benefício definido e os ativos do plano estão compostos, por país, conforme abaixo:
2014
Valor presente da obrigação
Valor justo de ativos do plano
Impacto do requerimento
mínimo do fundo / máximo dos ativos
Brasil
59.411
(64.713)
(5.302)
Europa
45.036
(3.404)
41.632
América
do Norte
631.128
(520.709)
110.419
3.058
(2.244)
41.632
110.419
América
do Sul
2.263
2013
2.263
Total
737.838
(588.826)
149.012
Brasil
41.917
(46.376)
(4.459)
Europa
39.513
(2.811)
36.702
América
do Norte
546.361
(442.440)
103.921
2.263
3.058
152.070
3.404
(1.055)
274
36.976
103.921
Total
627.791
(491.627)
136.164
3.678
139.842
As premissas atuariais usadas foram as seguintes:
Percentual
2013
2014
Taxa de desconto
Taxa de inflação
Aumentos salariais futuros
Aumentos de planos de pensão futuros
Brasil
11,15%
5,20%
6,25%
5,20%
Europa
8,46%
2,38%
5,88%
América
do Norte
4,00%
2,00%
2,50%
América
do Sul
10,00%
7,60%
3,00%
Total
8,4%
4,3%
4,4%
5,2%
Brasil
11,0%
5,0%
6,0%
5,0%
Europa
8,0%
7,0%
5,0%
América
do Norte
5,0%
2,0%
3,0%
Total
8,0%
4,7%
4,7%
5,0%
As premissas referentes à experiência de mortalidade são estabelecidas com base em opinião de atuários, de
acordo com as estatísticas publicadas e a experiência em cada território. As premissas de mortalidade para os
países mais importantes baseiam-se nas seguintes tábuas de mortalidade pós-aposentadoria:
(i) Brasil: AT-2000 Basic segregada por sexo e tábua de entrada em invalidez RRB-1994, modificada e agravada em
15%, segregada por sexo.
(ii) Europa: CSO80 com um período de projeção de 10-15 anos e
(iii) América do Norte: RP- 2000 segregada por sexo com um período de projeção de 8 anos.
A sensibilidade da obrigação de benefício definido às mudanças nas principais premissas ponderadas é:
Impacto na obrigação de benefício definido
Mudança na
Aumento na
Redução na
premissa
premissa
premissa
Taxa de des conto
Taxa de aumento de s alário
Taxa de aumento de pens ão
0,50%
0,50%
0,25%
Redução de 5,62% Aumento de 6,33%
Aumento de 10,19% Redução de 12,8%
Aumento de 4,59% Redução de 5,05%
Aumento de 1 na
premissa
Expectativa de vida
Aumento de 2,3%
Redução de 1 na
premissa
Redução de 2,3%
As análises de sensibilidade acima se baseiam em uma mudança na premissa enquanto são mantidas
constantes todas as outras premissas. Na prática, não é provável que isso ocorra, sendo que as mudanças em
algumas das premissas podem ser correlacionadas. No cálculo da sensibilidade da obrigação de benefício
definido em relação às premissas atuariais significativas foi aplicado o mesmo método (valor presente da
obrigação de benefício definido calculado com base no método da unidade de crédito projetada na data do
balanço), como no cálculo da obrigação dos planos de pensão reconhecida no balanço patrimonial.
Os métodos e tipos de premissas usados na preparação da análise de sensibilidade não sofreram alteração na
comparação com o período anterior.
98 de 105
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(c)
Benefícios pós-emprego (planos de pensão e saúde)
A Companhia opera planos de benefícios de saúde pós-emprego através de sua subsidiaria na América do
Norte,
VCNA, e na Europa, VCEAA. O método de contabilização, as premissas e a frequência das avaliações são
semelhantes àquelas usadas para os planos de pensão de benefício definido. A maioria desses planos não é
financiada.
As obrigações referentes à estes planos estão inclusas na movimentação das obrigações de benefício definido,
apresentada anteriormente.
31
Benefícios fiscais
A Companhia e suas subsidiárias possuem incentivos fiscais, em destaque os mais significativos, relacionados
a:
(a)
FDI - Fundo de Desenvolvimento Industrial - Sobral e Pecém - CE
O Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Lei Estadual n.º 10.367 de 7 de dezembro de 1979, e
Decreto Estadual n.º 29.183, de 8 de fevereiro de 2008), ou Programa de FDI, é um programa criado pelo
Estado do Ceará, a fim de promover o desenvolvimento de atividades industriais no Estado por meio de
impostos e benefícios financeiros. O Programa de FDI busca o desenvolvimento, expansão, modernização,
diversificação ou recuperação de empresas, através de incentivos fiscais e financeiros. No âmbito deste
programa, somos detentores dos seguintes benefícios fiscais até setembro de 2016 e julho de 2020,
respectivamente: (i) o diferimento de ICMS sobre a importação de ativos fixos e matéria-prima; e (ii) o
financiamento de 75% e 64% do ICMS sobre as vendas de produtos fabricados, com o pagamento de 25% deste
montante inicial após 36 meses.
(b)
PSDI – Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial - Laranjeiras - SE
O Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (Lei Estadual n.º 3.140 de 23 de dezembro, 1991), ou
PSDI, foi criado para promover o desenvolvimento social e econômico do Estado de Sergipe através de
benefícios fiscais e financeiros. Em conexão com este programa, possui os seguintes benefícios fiscais até junho
de 2016: (i) o diferimento de ICMS sobre a importação de matéria-prima para ser utilizada exclusivamente em
nosso processo de fabricação e (ii) o pagamento de apenas 8% do ICMS incremental imposto sobre as vendas
adicionais de produção de bens manufaturados.
(c)
Pro-Indústria - Programa de Desenvolvimento Industrial do Tocantins - Xambioá - TO
O Programa de Desenvolvimento Industrial do Tocantins (Lei Estadual n.º 1.385 de 09 de julho de 2003), ou
Pro-Indústria, é um programa criado pelo Estado do Tocantins, a fim de promover o desenvolvimento das
atividades industriais no Estado, por meio de benefícios fiscais e financeiros. Em conexão com este programa,
solicitou e obteve em 16 de abril de 2008, a aplicação de um Regime Especial sob a qual beneficiam dos
seguintes incentivos fiscais até fevereiro de 2023:
- carga tributária efetiva de 2,0% de ICMS sobre as vendas de produtos manufaturados;
- isenção da substituição tributária do ICMS sobre os bens ou serviços a serem utilizados no processo de
produção, transformação ou manipulação;
- isenção do ICMS sobre a importação de matéria-prima (incluindo produtos e produtos semiacabados ou
acabados para embalagem) e do ativo imobilizado, sem similar no mercado do Estado para ser utilizado
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
exclusivamente em nosso processo de fabricação, e;
- isenção do ICMS sobre a aquisição interestadual de ativo imobilizado.
(d)
PRODIC – Programa de Desenvolvimento Industrial, Comercial e Mineral
do Estado de Rondônia Porto Velho - RO
O Programa de Desenvolvimento Industrial, Comercial e Mineral do Estado de Rondônia (Lei Estadual n.º 61,
de 21 de julho de 1992 e Lei Estadual n.º 1.558, de 26 de dezembro de 2005), ou PRODIC, foi criado para
promover o desenvolvimento, expansão e modernização do Estado de Rondônia através de benefícios fiscais e
financeiros. No âmbito deste programa, temos os seguintes incentivos fiscais até maio de 2018: (i) crédito
presumido de 85% do ICMS; (ii) diferimento do ICMS sobre a importação de matéria-prima sem um material
similar no mercado nacional; e (iii) redução de 50,0% na base de cálculo do ICMS na aquisição de energia
elétrica e serviços de transportes e comunicações interestaduais.
(e)
PRODEIC - Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso – Nobres e
Cuiabá - MT
O Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Mato Grosso (Lei Estadual n.º 7.958, de 25 de
setembro de 2003 e Decreto Estadual n.º 1.432, de 29 de setembro de 2003), ou Programa PRODEIC, é um
programa criado pelo Estado do Mato Grosso, a fim de definir o plano de desenvolvimento de atividades
industriais e comerciais no Estado por meio de impostos e benefícios financeiros. O PRODEIC busca a
expansão, modernização e diversificação das atividades econômicas, estimulando a realização de
investimentos, a renovação tecnológica das estruturas produtivas e o aumento da competitividade estadual,
com ênfase na geração de emprego e renda e na redução das desigualdades sociais e regionais. No âmbito
deste programa, somos detentores dos seguintes benefícios fiscais até agosto de 2021 e maio de 2023,
respectivamente: (i) o diferimento de ICMS sobre a importação de ativos fixos e matéria-prima; (ii) o
diferimento de ICMS referente o diferencial de alíquota sobre as aquisições interestaduais de ativos fixos; e (iii)
redução de base de cálculo / crédito presumido de 85,88% e 90% do ICMS sobre as vendas dos produtos
fabricados.
(f)
Programa Paraná Competitivo - Rio Branco do Sul - PR
O Programa Paraná Competitivo (Decreto Estadual n.º 630, de 24 de fevereiro de 2011) foi criado para
promover o desenvolvimento industrial do Estado do Paraná, por meio de benefícios fiscais e financeiros. Em
conexão com este programa, solicitou e obteve em 5 de dezembro de 2011, a aplicação de um regime especial
em que beneficiam dos seguintes benefícios fiscais:
- pagamento do ICMS incremental sobre as vendas de bens manufaturados em duas parcelas: 10% no mês
subsequente, após a ocorrência do fato gerador e 90%, após oito anos, com correção monetária;
- diferimento do ICMS sobre as aquisições de energia elétrica por oito anos ou limite definido;
- suspensão do pagamento do ICMS sobre a importação de aquisição de imobilizado;
- suspensão do pagamento do ICMS sobre a aquisição interestadual de ativo imobilizado;
- suspensão do ICMS sobre a importação de matéria-prima, material intermediário e material de
embalagem até que a saída de produtos industrializados;
- possibilidade de transferência e recebimento de créditos de ICMS acumulados de contribuinte inscrito
no Estado do Paraná.
32
Seguros
De acordo com a Política Corporativa de Gestão de Seguros da Companhia, são contratados diferentes tipos de
apólices de seguros, tais como seguros de riscos operacionais e responsabilidade civil, proporcionando
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
proteção para seus ativos, para possíveis perdas com interrupção de produção, bem como para danos a
terceiros.
A Companhia e suas controladas mantêm seguro de responsabilidade civil, para suas operações no Brasil,
Canadá e Estados Unidos, Espanha, Tunísia, Turquia, Marrocos, Índia e China com coberturas e condições,
consideradas pela Administração destas, adequadas aos riscos inerentes.
Para as principais plantas do Brasil e operações do exterior é contratada apólice "AllRisk" para todos os seus
ativos, incluindo cobertura para perdas com interrupção de produção.
A cobertura de seguro operacional consolidada vigente em 31 de dezembro de 2014, é a seguinte:
Ativos
Tipo de cobertura
Importância segurada
Instalações, equipamentos e
produtos em estoque
Danos materiais
18.723.023
Lucros cessantes
4.385.289
Seguros de risco operacional e responsabilidade civil da usina hidrelétrica
Pedra do Cavalo– VCNNE
Uma apólice "allRisk" de seguro para riscos operacionais é contratada anualmente para a Usina Hidrelétrica,
com um valor total segurado de R$ 199.050. A Companhia possui uma política de responsabilidade civil por
esta planta, cuja cobertura e condições são consideradas pela Administração da Companhia como suficiente
para os riscos envolvidos.
33
Ativos e passivos classificados como mantidos para venda
A Companhia pretende vender certos ativos que podem ser resumidos da seguinte forma:
China (a)
Imobilizado Baraúna (b)
Equipamentos (i)
Usinas Hidroelétricas (c)
(i)
a)
2014
803.806
44.962
190
436.827
1.285.785
Ativo
2013
742.585
44.961
435
787.981
2014
461.224
Consolidado
Passivo
2013
390.305
434.011
895.235
390.305
Refere-se basicamente a equipamento de processamento de queima / forno, localizado na Espanha,
classificado como mantido para venda a partir de 1º de janeiro de 2013.
Operações na China
A Companhia não tem intenção de continuar suas operações na China, as quais foram adquiridas como parte
da troca de ativos da Cimpor, consequentemente, esta operação foi classificada como mantida para venda
desde 21 de dezembro de 2012. A Companhia continua a apresentar estas operações separadamente nesta
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
categoria e está totalmente comprometida para comercialização da operação e fechamento da venda. O
principal fator que contribui para o atraso da venda planejada é de natureza regulamentar.
(a.1)
Ativos mantidos para venda
2014
52.314
114.942
263.574
280.016
57.737
35.223
803.806
Estoques
IR e CS diferido
Imobilizado
Ágio
Intangível
Outros ativos
(a.2)
Passivos relacionados a ativos mantidos para venda
Contas a pagar
Provisões
IR e CS diferido
Empréstimos e financiamentos
Outros passivos
b)
2013
47.841
39.418
214.775
279.973
48.033
112.545
742.585
2014
2013
39.629
33.357
61.320
310.490
16.428
461.224
57.512
32.036
42.690
253.826
4.241
390.305
Ativos Baraúna
A controlada VCNNE decidiu vender certos ativos (equipamentos industriais) que possui na cidade de
Baraúna, Estado do Rio Grande do Norte, os quais estão sendo negociados com a investida Mizú S.A.,
consequentemente esses ativos foram classificados como mantidos para venda desde 30 de setembro de 2013.
A Companhia continua a apresentar estes ativos separadamente nesta categoria e está totalmente
comprometida para comercialização da operação e fechamento da venda. O andamento desse processo durante
o ano de 2014 indica que será alcançada uma resolução favorável.
c)
(c.1)
Usinas Hidroelétricas
Ativos mantidos para venda
Pedra do Cavalo
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Imobilizado
Intangível
102 de 105
95.902
168.329
136.088
400.319
Machadinho
36.508
36.508
2014
Total
95.902
204.837
136.088
436.827
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Em 2014, a Administração da Companhia aprovou a transferência de sua participação de 5,62% no Consorcio
da Usina Hidroelétrica de Machadinho e da Concessão da Pedra do Cavalo, conforme Nota 1(ii). As
transferências mencionadas acima estão condicionadas à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL.
(c.2)
Passivos relacionados a ativos mantidos para venda
2014
Pedra do Cavalo
Uso do bem público - UBP
d)
A Companhia apresentou os seguintes resultados com as operações descontinuadas:
2014
2013
261.504
(273.070)
185.127
(210.123)
(11.566)
33.884
(24.996)
(24.994)
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social
22.318
(49.990)
Imposto de renda e contribuição social
Diferidos
(6.097)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício
16.221
Receita líquida dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Prejuízo bruto
Resultado financeiro líquido
34
434.011
434.011
1.133
(48.857)
Informação financeira por segmento operacional
Os segmentos operacionais e reportáveis utilizados para tomada de decisão, e regularmente revisados pelo
“Chief Operating Decision Maker” (CODM) definido como sendo o “Chief Executive Officer”, são: organizados
por áreas geográficas e possui quatro segmentos reportáveis definidos com base na localização de seus ativos,
os quais estão segregados da seguinte forma: (1) Brasil (2) América do Sul; (3) América do Norte; (4) Europa,
África e Ásia.
A receita de venda, originada nos segmentos reportáveis, é decorrente das seguintes linhas de produtos:
1.
2.
3.
4.
Cimentos;
Concreto (incluído argamassas);
Agregados;
Outros materiais de construção.
A principal fonte de informação, para avaliação do desempenho financeiro dos segmentos reportáveis, é o
EBITDA ajustado, reportado em base mensal para o CODM, segregado de acordo com as áreas geográficas
(Brasil, América do Sul, América do Norte e Europa, África e Ásia) e também de acordo com cada linha de
produtos. O EBITDA ajustado é calculado a partir do lucro líquido mais/menos resultado financeiro, mais
imposto de renda e contribuição social, mais depreciação, amortização e exaustão menos o resultado nas
participações societárias, mais dividendos recebidos de investidas e menos itens não caixa excepcionais (itens
não caixa considerados pela Administração como excepcionais, são excluídos da medição do EBITDA
ajustado). Para fins de medição do desempenho dos segmentos operacionais e reportáveis, não foi incluído o
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Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
resultado financeiro, imposto de renda e contribuição social e resultado nas participações societárias, portanto
tais informações não são apresentadas na tabela das informações por segmentos apresentada abaixo.
2014
América do
Sul
340.365
72.868
(14.939)
América do
Norte
2.290.280
96.133
(206.039)
Europa, África
e Ásia
1.716.493
254.728
(187.370)
Receita líquida dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Lucro operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro
Depreciação, am ortização e exaustão
Brasil
8.536.428
2.177.126
(397.151)
EBITDA ajustado
2.676.729
87.806
302.172
425.877
Adições do imobilizado e intangível (CAPEX)
1.016.534
119.753
130.022
142.031
1.408.340
15.116.028
708.375
5.345.418
4.456.554
25.626.375
Total do ativo
Consolidado
12.883.566
2.600.855
(805.499)
3.492.584
2013
América do
Sul
260.582
66.891
(7.087)
América do
Norte
2.002.758
143.953
(207.564)
Europa, África
e Ásia
1.611.980
228.566
(178.908)
Receita líquida dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Lucro operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro
Depreciação, amortização e exaustão
Brasil
8.266.968
2.242.078
(379.534)
EBITDA ajustado
2.709.435
73.978
356.195
372.570
Adições do imobilizado e intangível (CAPEX)
1.081.436
5.259
113.847
115.615
1.316.157
14.133.895
269.467
4.945.379
4.562.085
23.910.826
Total do ativo
Consolidado
12.142.288
2.681.488
(773.093)
3.512.178
Em 2014, os resultados das operações dos países da América do Sul, que eram apresentados no segmento
operacional Brasil, foram segregados para um segmento operacional próprio, denominado América do Sul. As
informações por segmento de 2013 foram reapresentadas de forma comparativa.
(a)
Informações por segmento – consolidado
(i)
Não há vendas entre os segmentos operacionais. A tabela a seguir concilia o EBITDA ajustado das operações
segmentadas com o resultado líquido:
Nota
Lucro líquido do exercício
Adições (exclus ões ):
Res ultado de participação s ocietária
Res ultado financeiro líquido - operações continuadas
Res ultado financeiro líquido - operações des continuadas
Im pos to de renda e contribuição s ocial - operações continuadas
Im pos to de renda e contribuição s ocial - operações des continuadas
EBIT
Depreciação, am ortização e exaus tão - operações continuadas
EBITDA
13
33(d)
33(d)
16 e 17
.
Adições (exclus ões ):
Dividendos recebidos
Itens excepcionais :
EBITDA operações des continuadas
Ganho na venda de inves tim entos - FINOR
Ganho na venda de inves tim entos - C+PA
Ajus te itens não recorrentes :
Impairment do im obilizado
Impairment do intangível
Impairment do ágio
EBITDA ajus tado
104 de 105
16
2014
2013
1.140.792
1.388.835
(187.687)
1.441.675
(33.884)
222.296
6.097
2.589.289
(127.908)
785.796
24.994
585.908
(1.133)
2.656.492
805.499
3.394.788
773.093
3.429.585
50.628
61.704
11.566
24.996
(1.853)
(34.904)
20.557
1.047
13.998
4.678
26.356
1.616
3.492.584
3.512.178
Votorantim Cimentos S.A.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Receita líquida por linha de produtos
2014
Cimento
Concreto
Agregados
Outros
105 de 105
2013
9.000.085
2.651.101
434.521
797.859
8.329.674
2.280.468
754.835
777.311
12.883.566
12.142.288

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