projeto político-pedagógico - colégio estadual rui barbosa

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projeto político-pedagógico - colégio estadual rui barbosa
COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
64
JANDAIA DO SUL
2013
COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
“O Projeto Político-Pedagógico busca um rumo, uma direção, é uma ação
intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido
coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um
projeto político, por estar intimamente articulado ao compromisso
sociopolítico e com os interesses reais e coletivos... (...) Na dimensão
pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da
escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,
compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as
ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem
seus propósitos e sua intencionalidade.” (Veiga)
JANDAIA DO SUL
2013
SUMÁRIO
1.
2.
3.
3.1.
4.
5.
5.1.
5.1.2.
5.1.3.
5.1.4.
5.1.5.
5.2.
APRESENTAÇÃO........................................................................................
FILOSOFIA DO COLÉGIO..........................................................................
IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO..............................................................
ASPECTOS HISTÓRICOS...........................................................................
OBJETIVOS GERAIS...................................................................................
MARCO SITUACIONAL.............................................................................
DESEMPENHO ESCOLAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO......
RENDA FAMILIAR.....................................................................................
ESCOLARIZAÇÃO DOS PAIS...................................................................
PROFISSÃO DOS PAIS...............................................................................
DE ONDE VÊM OS ALUNOS?...................................................................
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E LEGAIS SOBRE ENSINO
08
09
10
11
13
14
16
18
18
18
19
FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS...........................................................
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E LEGAIS SOBRE A EDUCAÇÃO
19
5.3.
5.4.
5.4.1
5.5.
5.5.1
5.5.2
5.6.
5.7.
5.8.
5.9.
5.10.
5.11.
5.12.
5.13.
6.
6.1.
6.2
6.3.
6.4.
6.5.
6.6.
6.7.
6.8.
6.9
6.10.
6.11.
6.12.
6.13.
6.14.
INTEGRAL.................................................................................................
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO ESCOLAR.............................
CONSTITUIÇÃO DAS TURMAS DE 2013...............................................
QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL.........................................
DIREÇÃO, PEDAGOGICO E AGENTE EDUCACIONAL I E II.............
QUADRO DEMONSTRATIVO DE DOCENTES.....................................
CORPO DISCENTE.....................................................................................
AGENTES EDUCACIONAIS.....................................................................
EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS....................................
RELAÇÃO DE TRABALHO.....................................................................
PARTICIPAÇÃO DOS PAIS......................................................................
PRÁTICA PEDAGÓGICA..........................................................................
ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS..............................................................
ORGANIZAÇÃO DA HORA – ATIVIDADE.............................................
MARCO CONCEITUAL.............................................................................
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO..................................................................
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE................................................................
CONCEPÇÃO DE MUNDO E DE HOMEM...............................................
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E DE EDUCAÇÃO.......................
CONCEPÇÃO DE ESCOLA........................................................................
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO................................................................
CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM........................................
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO................................................................
CONCEPÇÃO DE GESTÃO.........................................................................
CONCEPÇÃO DE CULTURA.....................................................................
CONCEPÇÃO DE TRABALHO...............................................................
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA.............................................................
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA............................................................
ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, ADOLESCÊNCIA E
20
20
21
23
23
25
30
31
32
36
36
36
37
37
38
38
39
39
40
41
42
43
44
46
48
48
49
49
6.15.
7.
INFÂNCIA..................................................................................................
EDUCAÇÃO INTEGRAL...........................................................................
MARCO OPERACIONAL.........................................................................
50
51
51
7.1.
7.2.
7.3.
7.4.
7.5.
8.
AÇÕES PEDAGÓGICAS.........................................................................
AÇÕES DESENVOLVIDAS COM PARCERIAS......................................
ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO..............................................
RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS....................................................
O PAPEL DA INSTÂNCIAS COLEGIADAS............................................
AVALIAÇÃO, OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO,
9.
10.
11.
12.
13.
14.
14.1.
14.2.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
23.1.
23.2
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO...................................................................
PROGRESSÃO PARCIAL.........................................................................
ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO................................................................
FORMAÇÃO CONTINUADA.....................................................................
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL...............................................................
PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR.............
DESENVOLVIMENTO SOCIO EDUCACIONAL....................................
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS..................................
VIOLÊNCIA NA ESCOLA.........................................................................
INDISCIPLINA NA ESCOLA.....................................................................
EDUCAÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE.........................................
AGENDA 21/ EDUCAÇÃO AMBIENTAL................................................
AGRINHO....................................................................................................
PROVA BRASIL..........................................................................................
PROFUNCIONÁRIO....................................................................................
OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP............................................
INCLUSÃO...................................................................................................
SERVIÇO DE APOIO ESPECIALIZADO..................................................
SALADE APOIO À APRENDIZAGEM.....................................................
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL (TIPO 1) PARA OFERTA NA
52
53
53
54
54
56
59
59
60
61
61
62
62.1
63
64
64
65
66
67
68
68
68
69
69
EDUCAÇÃO BÁSICA, NAS ÁREAS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL,
DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA, TRANSTORNOS GLOBAIS
TRANSTORNOS DO DESENVOLVIMENTO E TRANSTORNOS
24.
25.
FUNCIONAIS.................................................................................................
CELEM............................................................................................................
PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES
69
71
25.1
25.2
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37
EM CONTRATURNO....................................................................................
Atividade Complementar Periódica...............................................................
Programa de Atividade Complementar Permanente.......................................
PROCESSO DE AVALIAÇÃO SERIADA - PAS/UEM.............................
TV MULTIMÍDIA E TV PAULO FREIRE..................................................
DIA DO DESAFIO........................................................................................
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL.....................................................
PROINFO.......................................................................................................
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA.....................................
PARANÁ ALFABETIZADO........................................................................
ENEM.............................................................................................................
PROGRAMA LEITE DAS CRIANÇAS.......................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................
ANEXOS I - PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO
71
72
72
72
73
73
74
75
75
75
76
76
77
77
FUNDAMENTAL - BASE NACIONAL COMUM....................................
80
37.1
Arte.................................................................................................................
81
37.2
Ciências...........................................................................................................
89
37.3
Educação Física...............................................................................................
108
37.4
Ensino Religioso.............................................................................................
117
37.5
Geografia.........................................................................................................
128
37.6
História...........................................................................................................
135
37.7
Língua Portuguesa..........................................................................................
140
37.8
Matemática.....................................................................................................
155
38
ANEXO II - PARTE DIVERSIFICADA.......................................................
164
38.1
LEM - Inglês....................................................................................................
165
38.2
Leitura e Informação em Língua Espanhola...................................................
182
38.3
Educação Musical...........................................................................................
197
38.4
Literatura Infantojuvenil................................................................................
202
38.5
Aprofundamento Esportivo.............................................................................
213
38.6
Arqueologia e Patrimônio Histórico...............................................................
219
38.7
Atividades Experimentais...............................................................................
225
38.8
Iniciação ao Pensar Filosófico........................................................................
233
39
ANEXO III - COMPONENTES CURRICULARES.....................................
236
39.1
Recreação e Lazer...........................................................................................
237
39.2
Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças.................................................
241
39.3
Expressão Corporal.........................................................................................
244
39.4
Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável....................................
247
39.5
Tecnologia da Informação e Comunicação.....................................................
252
40
ANEXO IV - PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO
BASE NACIONAL COMUM......................................................................
254
40.1
Arte................................................................................................................
255
40.2
Biologia.........................................................................................................
263
40.3
Educação Física............................................................................................
274
40.4
Filosofia........................................................................................................
281
40.5
Física.............................................................................................................
288
40.6
Geografia......................................................................................................
293
40.7
História.........................................................................................................
303
40.8
Língua Portuguesa........................................................................................
317
40.9
Matemática...................................................................................................
329
40.10
Química.........................................................................................................
337
40.11
Sociologia......................................................................................................
342
41
ANEXO V - PARTE DIVERSIFICADA......................................................
346
41.1
LEM - Inglês..................................................................................................
347
41.2
LEM - Espanhol.............................................................................................
358
42
ANEXO VI - PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DAS ATIVIDADES
PERMANENTES EM CONTRA TURNO:....................................................
374
* PERIÓDICA.................................................................................................
42.1
Preparatório para o Vestibular.........................................................................
375
* PERMANENTE...........................................................................................
42.2.
Aprofundamento da Aprendizagem - Português..............................................
378
1
Aprofundamento da Aprendizagem - Matemática...........................................
380
42.2.
Clube de Ciências - Experimentação e Iniciação Científica............................
383
2
Informática - Tecnologia da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias..
385
42.2.
Práticas Esportivas - Esporte e Lazer..............................................................
387
3
ANEXO VII - PROJETOS E AÇÕES PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS
42.2.
PELO COLÉGIO............................................................................................
389
4
Sala de Apoio - Língua Portuguesa................................................................
390
42.2.
Sala de Apoio - Matemática...........................................................................
395
5
Aprimoramento - Espanhol............................................................................
400
43
Gincana da Solidariedade...............................................................................
415
Dia do Encapamento.......................................................................................
415
43.1
Raízes africanas e Indígenas...........................................................................
417
43.2
Programa de Orientação Vocacional..............................................................
419
43.3
Plano de Estágio Não Obrigatório..................................................................
423
43.4
Plano de Ação da Brigada Escolar..................................................................
430
43.5
ANEXO VIII - MATRIZ CURRICULAR 2013............................................
435
43.6
Ensino Fundamental ......................................................................................
436
43.7
Ensino Fundamental - Turno Único - BNC e Parte Diversificada.................
437
43.8
Ensino Fundamental - Turno Único - Componentes Curriculares................
438
43.9
Ensino Médio..................................................................................................
439
44
ANEXO IX
441
44.1
Calendário Escolar 2013..............................................................................
442
44.2
44.3
44.4
45
45.1
45.2
Calendário Escolar - Celem........................................................................
443
8
1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino
Fundamental e Médio é um projeto construído e vivenciado em todos os momentos e por
todos os envolvidos com o processo educativo, este projeto visa à organização do trabalho
pedagógico da escola e da sala de aula incluindo sua relação no contexto social. É importante
ressaltar que o mesmo busca a organização do trabalho pedagógico em sua globalidade, ou
seja, passando pelo caráter educativo que deve estar presente em todos os seus setores.
Este projeto foi elaborado coletivamente, possibilitando o compartilhar de
responsabilidades, a comunhão de compromissos e o desenvolvimento da autonomia dos
envolvidos, buscando a melhoria da educação desta instituição. Entendemos que este
documento tem que ter uma constante reformulação, com o apoio, análise e reflexão de todos.
O que pretendemos enfatizar nesse projeto é que devemos analisar e compreender a
organização do trabalho pedagógico no sentido de planejar uma nova organização de trabalho
e a partir dos objetivos comuns expressos através do Projeto Político-Pedagógico os
envolvidos nessa elaboração possam redefinir o papel e o compromisso de cada um diante dos
objetivos aqui definidos.
O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa é decorrente de um
processo participativo da equipe escolar que tem como objetivo o fortalecimento de uma
educação de Tempo Integral com qualidade que se preocupa em desenvolver saberes que
farão de crianças e jovens cidadãos éticos, conscientes de seus direitos e deveres, sensíveis às
causas sociais e atuantes na sociedade com senso crítico, criatividade, solidariedade e,
sobretudo, com respeito à diversidade sociocultural e aos fenômenos naturais presentes no
mundo atual.
Este Estabelecimento de Ensino pretende, em comum acordo com a comunidade
escolar redimensionar e enriquecer a estrutura organizacional com novos espaços, oferecendo
maior tempo de permanência dos alunos na escola, onde serão enriquecidos com ações
metodológicas inovadoras, novas oportunidades de aprendizagens e vivências do
conhecimento através de atividades de natureza teórico/prática.
Os profissionais que trabalham neste Estabelecimento de Ensino, sempre foram
preocupados com os rumos da educação e agora com a implantação da Educação em Tempo
Integral, com certeza, continuarão com a grande preocupação de se aprimorar no seu campo
9
de trabalho, aceitando a nova metodologia e filosofia da Educação em Tempo Integral, para o
atendimento pedagógico dos educando e preparando-os para o mundo.
Com a implantação desse novo nível de ensino o Estabelecimento de Ensino passou
a contar com uma nova gama de atividades em sua Matriz Curricular, contemplando, além
das disciplinas da Base Nacional Comum, as atividades da Parte Diversificada com
Atividades Experimentais, Aprofundamento Esportivo, Iniciação ao Pensar Filosófico, Leitura
e Informação em Língua Espanhola, Inglês Online, Literatura Infanto-juvenil e Educação
Musical. Oferece também aos alunos os Componentes Curriculares com as atividades de
Recreação e Lazer, Expressão Corporal, Tecnologia da Informação e Comunicação,
Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Educação Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável.
Essa nova configuração de educação fez surgir a necessidade de estudos e debates
entre todos os profissionais da escola, com apoio do Núcleo Regional da Educação e da
Secretaria de Estado da Educação para que as discussões em torno das novas necessidades
tenham êxitos. Para garantir essas novas conquistas e consolidar as mudanças propostas e já
discutidas com a comunidade escolar será necessário mudar o conceito de escola e de
educação, rompendo com algumas características enraizadas no sistema de educação do
Brasil.
2. FILOSOFIA DO COLÉGIO
Buscamos organizar o trabalho pedagógico em sua totalidade, passando pelo caráter
educativo que deve estar presente em todos os seus setores, possibilitando assim, o
compartilhamento de responsabilidades, a comunhão de compromissos e o desenvolvimento
da autonomia dos envolvidos, pretendendo sempre o aperfeiçoamento na qualidade da
educação.
Tendo por base os princípios da Gestão Democrática, o colegiado se propõe a
trabalhar as relações interpessoais, de modo harmonioso em todos os setores, preservando o
respeito, a solidariedade, a ética e a cooperação.
Busca-se trabalhar em consonância para que o objetivo maior da educação escolar que
é a promoção do conhecimento, seja atingido, para isso prioriza-se os conhecimentos
historicamente acumulados, de modo que os educando possam assimilá-los, e assim, mudar a
forma de se relacionarem com o mundo e entre si, através de uma visão mais ampla e
10
profunda sobre os fatos e conhecimentos.
Priorizamos os conhecimentos científicos, a fim de instrumentalizar o alunado para
que a partir desses conhecimentos, tornem-se cidadãos emancipados e críticos, capazes de
construir novas práticas sociais.
Quanto ao conhecimento cultural, acreditamos que a escola e a cultura não podem ser
concebidas como entre dois pólos interdependentes, mas sim como universos que se
entrelaçam, como uma teia que é tecida cotidianamente, com os fios profundamente
articulados.
Acreditamos que a escola só conseguirá cumprir com sua função social que é
colaborar para a formação de sujeitos históricos, por meio de um espaço de sociabilidade que
possibilite a construção do conhecimento vivo e que se caracteriza como processo em
construção, tendo a família como parceira, ou seja, cada uma das instituições possuem
funções específicas e precisam dar conta destas.
Vemos a educação como uma chave para que o desenvolvimento da sociedade ocorra
e passe a ter cidadãos conscientes, bem como consideramos que é um poderoso argumento em
favor do desenvolvimento sustentável da democracia, da justiça, da igualdade e do
desenvolvimento socioeconômico, científico, tecnológico e cultural.
3. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO
Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio
Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125.
Tel∕Fax: (43) 3432 - 1312
Site: www.jdsruibarbosa.seed.pr.gov.br
E-mail: [email protected]
CEP 86900-000
Jandaia do Sul – Paraná
Código do Colégio: 00036
Código do Município: 1220
Dependência Administrativa: Estadual
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Código do NRE de Apucarana: 01
Localização do Colégio: Urbana
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3.1. ASPECTOS HISTÓRICOS
Ato de Criação e Reconhecimento da Denominação do Estabelecimento: Decreto n°
25.494 de 16-09-1959. A Escola é uma instituição criada pela sociedade constituída, em
função dela própria, para formação básica do indivíduo, que se modifica através da aquisição
de conhecimentos e modifica a sociedade na qual está inserida.
Em 1948, foi dado o primeiro passo para a fundação do Grupo Escolar de Jandaia do
Sul, hoje Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio, sendo um ponto de
referência quando se quer dizer educação em seu mais alto nível. O Grupo Escolar começou a
funcionar mais precisamente no dia 01 de junho de 1948 com a frequência de 480 alunos, em
dois turnos e com 12 professores lecionando, tendo como 1ª diretora a Sra. Francisca de Lima
Souza até o ano de 1950.
O Grupo Escolar de Jandaia do Sul foi construído no governo do Dr. Moisés Lupion
e na prefeitura o Sr. Carlos Massareto. A autorização para funcionar como complexo Escolar
“Zilda Cruz de Almeida” resultante da reorganização do Colégio Estadual de Jandaia do Sul,
Escola de Aplicação, Marechal Arthur da Costa e Silva, - Grupo Escolar “Humberto de
Alencar Castelo Branco”, obedeceu ao Decreto nº 3419, de 25/05/77. Com o decreto de 2482
de junho de 1980, passa a denominar-se Escola “Rui Barbosa” – Ensino de 1º Grau.
Através da Resolução n° 2.625/81, o Secretário de Estado da Educação, Sr. Edson
Machado de Sousa, no uso de suas atribuições, resolve em 19/11/1981 reconhecer o então
Curso de 1° Grau – Regular (Ensino Fundamental) da Escola Estadual Rui Barbosa, conforme
publicação no Diário Oficial n° 1.184 de 04 de dezembro de 1981.
Em 04 de dezembro de 2007, foi autorizado o funcionamento do Ensino Médio da
então Escola Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental, através da Resolução n° 4996/07,
publicada no D.O.E., em 28 de janeiro de 2008. Após autorização o estabelecimento de ensino
passou a denominar Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio.
De acordo com o parecer CEE/CEB Nº 407/11, foi aprovado em 26/05/11 a
Implantação do Ensino Fundamental, regime de nove (09) anos, 6º ao 9º ano, de forma
simultânea no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, sendo assim, a partir do ano letivo
2012, será aplicado a equivalência para a realização das matrículas dos alunos da etapa final,
do Ensino Fundamental.
Atendendo ao Plano Nacional de Educação 2011-2020, Lei 10.172/01, implantamos
em 2013 a Educação em Tempo Integral de forma gradativa. Legalmente a oferta de
12
Educação em Tempo Integral encontra respaldo na Constituição Federal, artigos 205, 206 e
207; Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9.089/90; LDB 9394/96, artigos 34 e 87;
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação e de Valorização dos Profissionais da
Educação, Lei nº 11.494/07, Resolução CNE/CEB nº 7/10.
A Secretaria de Estado de Educação, por meio da Coordenação do Ensino
Fundamental, vinculada ao Departamento de Educação Básica-DEB, é o órgão institucional
que responde pela implantação da oferta de Educação em Tempo Integral nas escolas da rede
pública, e tem acompanhado e orientado a referida implantação por meio do Núcleo Regional
de Educação de Apucarana.
Passaram pela Direção deste estabelecimento de ensino os seguintes professores:
Francisca de Brito Lima Souza
Thereza Fabris
Neide Batista de Lima
Francisca de Brito Lima Souza
Inês Fante de Oliveira
Maria José Pozza
Terezinha Borim
Inês Dias Furrier
Maria Bianco de Carvalho
Estephânia Pintiá
Angelina Ferreira Parra
Maria Julieta Monfredinho
Evely de Almeida Leal Ramos
Maria da Penha Domingues Kahali
Italo Tasso
Sonia Maria Moreno de Freitas
Italo Tasso
Maria Eugenia Domingues Maximiano
Shirlene Aparecida Sonni Pupio
1948 / 1954
1955 / 1957
1958
1959 / 1960
1961
1962 / 1963
1964
1965 / 1967
1968 / 1975
1976
1977 / 1978
1979 / 1980
1981 / 1982
1983 / 1987
1987
1988 / 1989
1990 / 1991
1992 / 1995
1995 / 1999
Sebastião Sergio Fabrício
1999 até hoje
4. OBJETIVOS GERAIS
São os seguintes os objetivos:
 Reconhecer o direito de aprender do aluno como princípio fundamental que
norteia toda a ação da escola;
13
 Permitir ao aluno exercitar sua cidadania a partir da compreensão da realidade,
para que possa contribuir em sua transformação;
 Buscar novas soluções, criar situações que exijam o máximo de exploração
por parte dos alunos e estimular novas estratégias de compreensão da
realidade;
 Melhorar a qualidade do ensino, motivando e efetivando a permanência do
aluno na escola, evitando a reprovação e a evasão escolar;
 Criar mecanismos de participação que traduzam o compromisso de todos na
melhoria da qualidade de ensino e com aprimoramento do processo
pedagógico;
 Promover a integração escola-comunidade;
 Aprimorar as ações pedagógicas, privilegiando sempre os projetos realizados
na escola, tendo em vista as mudanças não só econômicas e tecnológicas, mas
também as relações sociais e culturais, enfim todas as esferas que incidem a
vida humana;
 Preocupar com adequações estruturais e metodológicas para o atendimento aos
alunos portadores de necessidades pedagógicas especiais (educação inclusiva).
 Identificar e incluir o aluno que apresenta necessidades educativas especiais,
garantindo-lhes adaptações curriculares necessárias, facilidade de acesso, salas
de aulas adequadas e com número de alunos compatível;
 Estabelecer, em reuniões pedagógicas, as metas de aprendizagem que se
espera que alcancem os alunos em cada série;
 Garantir no processo de ensino e aprendizagem, através dos conteúdos,
metodologias, formas de acompanhamento e avaliação, que o aluno
compreenda a cidadania como participação social e políticas, assim como o
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação, respeitando o outro e exigindo para si o
mesmo respeito.
 Ofertar Educação Integral com turno único e currículo disciplinar;
 Estimular a integração da criança com o lugar onde mora e contribuir para o
seu melhor rendimento escolar;
 Propiciar a participação dos professores e funcionários nos cursos de
14
aperfeiçoamento;
 Intensificar a participação dos órgãos colegiados (APMF, Conselho Escolar e
Conselho de Classe) para que haja compromisso de todos com a qualidade da
educação do Colégio.
5. MARCO SITUACIONAL
A história da educação brasileira é marcada pela aculturação, predominando
concepções e métodos pedagógicos importadas de outros países, que tinham como principal
objetivo preparar a sociedade brasileira para aceitar de forma passiva a dominação imposta
pelos países desenvolvidos. Trazido pelos jesuítas para o Brasil a educação formal era
desenvolvida na concepção tradicional, a qual predominou por quatro séculos, e somente na
década de 1930 deu lugar à concepção renovadora, destacando- se o “Manifesto dos
Pioneiros”, como principal manifestação pública sobre os anseios da sociedade sobre a
educação, neste contexto foi fundado o INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos), e
iniciou- se o projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A educação pública brasileira passa a ser ofertada amparada por Lei de Diretrizes
e Bases em 1961, com a homologação de sua primeira versão, LDB 4024/61, para época
representando a conquista de avanços quanto à oferta de educação para o povo. No entanto, na
década de 70 o Brasil sofreu o Golpe Militar, e a educação passou a ser ofertada seguindo a
LDB 5692/71, a qual pretendia moldar todo ensino brasileiro por meio da pedagogia
tecnicista, na época predominando assim a concepção pedagógica produtivista, que tinha
como base a Teoria do Capital Humano. Ainda sob a vigor da concepção produtivista, a LDB
9394/96 foi homologada com ideais do neoliberalismo, assim também ocorreu com o Plano
de Educação de 2001. É importante salientar que em meio ao contexto apresentado, surgiram
as concepções contra- hegemônicas, no início do século XX, com ideais socialistas e
libertários buscam a democratização do conhecimento, desatacando- se a concepção
pedagógica libertadora, formulada por Paulo Freire, na década de 70 e a concepção
pedagógica histórico-crítica, difundida na década de 80.
Atualmente a educação brasileira foi tema de planejamento nacional, iniciada no
ano de 2009. A Conferência Nacional de Educação-2010 buscou a construção de um Sistema
Nacional Articulado de Educação, contando com a participação da sociedade civil, de agentes
públicos, entidades de classe, estudantes, profissionais da educação e pais/mães (ou
15
responsáveis) de estudantes, característica de uma concepção democrática de planejamento
em educação.
O Estado do Paraná, por sua vez, iniciou em 2003 a construção de suas diretrizes
curriculares, inspirado no materialismo histórico- dialético, trouxe as escolas públicas o
entendimento de que os profissionais da educação são sujeitos epistêmicos e deles devem
partir as reflexões acerca do planejamento do trabalho pedagógico, trabalho este que resultou
na publicação das Diretrizes Curriculares Estaduais- 2008, que chegaram as escolas públicas
como documento oficial, trazendo em seu bojo ideal democrático.
As conquistas alcançadas pela educação pública, no Estado do Paraná é fruto de
muitas lutas da classe trabalhadora, que utiliza do espaço escolar como lugar privilegiado do
trabalho com o conhecimento sistematizado, formando cidadãos capazes de criar novas
práticas sociais, que primem pela formação de uma sociedade justa para seu povo.
O Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio de Jandaia do sul,
fundado em 1948, desde sua implantação procurou assegurar a todos à formação básica
necessária para ampliar as oportunidades de aprendizagem.
O Colégio destaca-se atualmente por desenvolver seu trabalho pedagógico
priorizando o currículo disciplinar da educação básica. Todas as esferas da instituição escolar
desenvolvem suas atividades com o objetivo de subsidiar o fazer pedagógico, sendo a
aprendizagem o cerne de todo o planejamento escolar. Priorizando o trabalho com os
conteúdos curriculares, e planejando as ações pedagógicas a serem desenvolvidas de maneira
que o aluno alcance a aprendizagem, independente de fatores sociais e econômicos
individuais, o colégio afirma seu compromisso em buscar a emancipação de todos, através de
uma educação de qualidade. Nos últimos anos o Colégio tem ofertado diversas atividades
complementares, cursos de língua estrangeira moderna, e salas de apoio à aprendizagem, no
entanto percebemos a necessidade de organizar as atividades educativas em uma modalidade
de Educação Integral, pautada no currículo disciplinar. Embora haja muitos alunos no período
da manhã, no período da tarde o Colégio possui cerca de dez salas de aula ociosas, e demais
espaços já citados, por isso, foi de interesse da comunidade escolar implantar a Educação
Integral em turno único de forma gradativa.
Com a implantação da Educação Integral em turno único, o colégio precisa de
algumas adequações no espaço físico, tais como: bibliotecas, banheiros, sala de estudos,
laboratório de ciências, sala de jogos, auditório, refeitório, cozinha, e outros. O colégio possui
ótimos equipamentos tecnológicos (computadores, data show, TVs multimídia, notebook,
16
televisores, DVDs, internet wireless e fibra óptica, máquina fotográfica digital, sendo que a
maioria dos professores também tem seus próprios equipamentos, tais como notebooks e
máquinas digitais, e tem grande interesse em elaborar novas práticas de sala de aula,
utilizando as tecnologias de informação e comunicação, fator este que tem melhorado o
interesse nos processos educativos e ampliado as condições para que a aprendizagem ocorra.
A comunidade escolar, principalmente as famílias participam da vida estudantil
dos alunos. Existem poucos casos em que a família não se compromete com o
acompanhamento da vida escolar das crianças,
e para atendê-los buscamos auxilio do
Conselho Tutelar e Promotoria de Justiça, conforme orienta o ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente). Percebemos, no entanto, alto índice de comparecimento das famílias na escola,
durante o período de aulas e reuniões, isto se deve ao fato de que a comunidade se sente cada
vez mais parte indissociável da escola.
5.1. DESEMPENHO ESCOLAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
O Colégio Estadual Rui Barbosa- Ensino Fundamental e Médio, é uma instituição
que integra o Sistema Estadual de Ensino, e apresenta bons resultados com relação à
aprendizagem dos alunos. Veja os índices de Aprovação, Reprovação e Abandono, bem
como, as médias da Prova Brasil, através das tabelas abaixo:
RENDIMENTO PROVA BRASIL (IDEB) – 2005
Língua
Portuguesa
Média 8ª série
216,68
Nota
17
Matemática
237,31
3,7
RENDIMENTO PROVA BRASIL (IDEB) – 2007
Média 8ªBRASIL
série (IDEB) – 2009
RENDIMENTO PROVA
Língua
220,82
Nota
Média 8ª série
Portuguesa
Língua Portuguesa
242,43
Nota
Matemática
240,63
4,1
Matemática
249,65
RENDIMENTO PROVA BRASIL (IDEB) – 2011
Língua Portuguesa
Matemática
Média 8ª série
253,70
260,90
4,4
Nota
5,0
Fonte: Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)
Os índices escolares tem demonstrado que houve avanços, e as médias em
avaliações externas tem melhorado. No entanto, há uma constante preocupação com os
índices de reprovação e abandono, e o colégio tem implementado ações pedagógicas para
minimizar cada vez mais esses índices. Então, direção e equipe pedagógica fazem um trabalho
direcionado para a orientação do trabalho pedagógico em todas as séries, orientando os
professores no que refere a inovações metodológicas, e possibilitando as famílias condições
para acompanhar a vida escolar dos alunos, através de reuniões, impressão de boletins
bimestrais, e atendimentos sempre que necessário.
5.1.2. Renda Familiar
Há que se considerar também, que o rendimento escolar não depende
exclusivamente do processo ensino-aprendizagem que acontece no interior da escola. Outros
fatores contribuem também, entre eles as condições socioeconômica e cultural das famílias.
Constatamos que as famílias que integram a comunidade escolar do Colégio Estadual Rui
Barbosa apresentam um perfil socioeconômico bastante variado, com predominância das
famílias que sobrevivem com um a dois salários mínimos, sendo significativos os que são
dependentes de algum tipo de benefícios do governo.
18
5.1.3. Escolarização dos Pais
A escolarização dos pais é um fator importante que pode contribuir para o
desempenho do aluno na escola. Percebe-se que quanto maior o nível de escolaridade das
famílias, maior seu interesse pelo conhecimento que a escola pode transmitir. Quanto menor a
escolarização das famílias, menor sua compreensão sobre qual é este saber, e em que ele pode
contribuir para sua vida.
5.1.4. Profissão dos Pais
Com relação à profissão dos pais dos nossos alunos, constatou-se que trabalham
com agricultura, autônomos sem renda fixa, vendedores em comércio local e cidades vizinhas,
funcionários em empresas, cooperativas, etc. Muitas mães ocupam-se das atividades
domésticas e outras complementam a renda familiar, também trabalhando fora em serviços
diversificados.
5.1.5. De onde vêm os alunos?
A comunidade escolar é formada por famílias que residem em diferentes
localidades, como na zona rural e seu principal meio de transporte é o ônibus escolar. A
grande maioria dos alunos mora na zona urbana, muitos necessitam do transporte escolar para
se locomover.
5.2.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
E
LEGAIS
SOBRE
O
ENSINO
FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, - LDBEN 9394/96, de 20 de
dezembro de 1996, admite a matrícula no Ensino Fundamental de nove a matrícula no Ensino
Fundamental de nove anos de idade, sendo que em 9 de Janeiro de 2011, a Lei 10.172aprovou o Plano Nacional de Educação/PNE, assim, o Ensino Fundamental de nove anos
tornou- se meta progressiva da educação nacional.
Em 16 de maio de 2005, a Lei 11.114 tornou obrigatória matrícula das crianças de
seis anos de idade no Ensino Fundamental, e em 6 de Fevereiro de 2006, A Lei 11.275-
19
amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis
anos de idade e estabelece prazo de implantação pelos sistemas até o ano de 2010.
Dessa forma o Conselho Nacional de Educação (CNE-CEB) indicou a
nomenclatura para cada etapa de ensino, bem como a faixa etária prevista e a duração como
segue:
ETAPA DE ENSINO
FAIXA ETÁRIA PREVISTA
EDUCAÇÃO INFANTIL
ATÉ 5 ANOS DE IDADE
CRECHE
ATÉ 3 ANOS DE IDADE
PRÉ-ESCOLA
4 E 5 ANOS DE IDADE
ENSINO FUNDAMENTAL
DURAÇÃO
ATÉ OS 14 ANOS DE IDADE
9 ANOS
ANOS INICIAIS
DE 6 A 10 ANOS DE IDADE
ANOS FINAIS
DE 11 A 14 ANOS DE IDADE 4 ANOS
5.3.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
E
LEGAIS
5 ANOS
SOBRE
A
EDUCAÇÃO
INTEGRAL.
Legalmente a oferta de Educação Integral encontra respaldo na Constituição Federal,
artigos 205, 206, e 207; Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9089/90; LDB 9394/96,
artigos 34 e 87; PNE, Lei 10172/01; Fundo e Manutenção do Desenvolvimento da Educação e
de Valorização dos Profissionais da Educação, Lei nº 11.494/07, Resolução CNE/CEB nº 7/1.
A Educação em Tempo Integral é um direito da criança e do adolescente, ofertada
através da ampliação da jornada escolar como oportunidade de uma educação pública de
elevada qualidade. Traz em seu bojo a superação de políticas assistencialistas, uma vez que é
trabalhado o currículo disciplinar, bem como a formação omnilateral.
O Colégio Estadual Rui Barbosa optou pela implantação da Educação Integral em
2013, de forma gradativa, sendo que será trabalhada em turno único, com Matriz Curricular
Disciplinar. Será vedada qualquer forma de atividade de cunho assistencialista, ou que não
esteja de acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.
5.4. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO ESCOLAR
Com a implantação da Educação Integral em turno único de forma gradativa a
20
partir de 2013, o Colégio ofertará diferentes organizações dos tempos escolares, de acordo
com a série.
Para o 6º Ano do ensino fundamental que funcionará a partir de 2013 em turno
único, o tempo será composto por 200 dias letivos, com atendimento em nove horas diárias,
sendo 8 (oito) horas-aula (50 minutos), mais o horário para o almoço totalizando 1800 h/a
anuais, sendo o total do curso de 7200 h/a com período de integralização de 4 (quatro) anos.
Nas séries seguintes, o tempo é composto por 200 dias letivos e distribuídos em
800 horas anuais, sendo cinco horas-aulas diárias que será cessado gradativamente até 2016.
Horário de início e término das aulas da Educação em Tempo Integral a partir do 6º ano
do Ensino Fundamental
Período Matutino – Ensino Fundamental (ETI) 7h30min às 12 horas
Período de Almoço - Ensino Fundamental 12 horas às 12h50min,
Obs.: a família que optar por buscar seus
(ETI)
filhos neste horário deverá fazer a opção no
ato da matrícula.
Período Vespertino – Ensino Fundamental 12h50min às 16h25min
(ETI)
O colégio funciona e atende a sua comunidade escolar nos períodos manhã, tarde
e noite, conforme tabela abaixo:
5.4.1 - Constituição de Turmas em 2013
Ensino Fundamental e Médio- Turmas- 2013
CURSOS OFERTADOS
Ensino Fundamental
e
Ensino Médio
SERIES
6°
7°
7°
8°
8°
9°
9°
1º
2º
3º
TURMAS
5
01
01
03
02
02
01
03
03
02
Nº DE ALUNOS
132
22
25
92
40
65
36
83
92
60
PERÍODOS
Integral
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Manhã
Manhã
Manhã
21
Educação Especial- Turmas- 2013
CURSOS OFERTADOS
Centro de Atendimento
TURMAS
01
Nº DE ALUNOS
02
PERÍODOS
Tarde
Especializado (SURDEZ)
Sala de Recursos Multifuncional
01
07
Manhã
– Tipo I
Sala de Recursos Multifuncional
01
05
Tarde
Nº DE ALUNOS
09
12
06
13
PERÍODOS
Manhã
Manhã
Tarde
Tarde
– Tipo I
Sala de apoio- Turmas- 2013
CURSO OFERTADO
Atendimento 9˚ ano- Português
Atendimento 9˚ ano- Matemática
Atendimento 9˚ ano- Português
Atendimento 9˚ ano- Matemática
TURMAS
01
01
01
01
Espanhol – CELEM- Turmas- 2013
CURSOS OFERTADOS
TURMAS
01
Nº DE ALUNOS
11
PERÍODOS
Manhã
02
38
Tarde
02
31
Noite
01
18
Noite
Espanhol – Básico
Espanhol – Aprimoramento
ATIVIDADES
TURMAS
Nº DE ALUNOS
CURRICULARES
PERÍODOS/CONTRA
TURNO
COMPLEMENTARES
Preparatório para o
01
34
Noite
Vestibular
Atividade Complementar
01
22
Tarde
Permanente- 7º Ano
Atividade Complementar
01
31
Tarde
Permanente- 8º Ano
É um estabelecimento amplo, instalado em um terreno de 11.550m2 que conta
com uma área construída de 3.018m2. O mesmo é composto por um espaço organizado de
22
forma a propiciar um ambiente agradável e acolhedor, o que o torna favorável à aprendizagem
e integração do aluno.
Possuindo:

17 (dezessete) salas de aulas;

01 (uma) sala da direção;

01 (uma) sala de professores e funcionários, contendo 02(dois) sanitários
(feminino e masculino);

01 (uma) sala de recepção;

01 (uma) secretaria;

01 (uma) sala da equipe pedagógica;

01 (uma) biblioteca;

01 (um) Laboratório de Informática;

01 (uma) cozinha;

01 (um) refeitório;

01 (um) depósito de merenda;

02 (duas) salas de almoxarifado;

01 (uma) cantina;

01 (uma) sala de materiais desportivos;

02 (duas) quadras esportivas cobertas;

01 (um) auditório;

01 (um) estacionamento;

01 (uma) casa para o permissionário (caseiro);

02 (dois) pátios internos cobertos;

01 (um) pátio amplo gramado e arborizado;

01 (um) banheiro masculino, contendo 05(cinco) sanitários e 03(três)
bebedouros;

01 (um) banheiro feminino, contendo 05(cinco) sanitários e 03(três)
bebedouros.
A Direção tem a preocupação constante com a melhoria do espaço de modo geral,
fazendo reparos e reformas para manter este estabelecimento de ensino bem conservado.
55.5 - QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL
23
5.5.1 - DIREÇÃO, PEDAGÓGICO E AGENTE ADMINISTRATIVO I E II
NOME
Sebastião Sergio Fabricio
FUNÇÃO
Diretor
FORMAÇÃO
Matemática/Especialização em
Léia Aparecida Conti Martins
Dir.Aux. e Ag.
Educação Matemática
Letras/Espanhol/
Educ.II
Especialização
em
Metodologia do Ensino de
Maria Lúcia Bassani
Secretária
Língua Espanhola
Pedagogia/Especialização
Ana Cláudia Jaime Alves
Edilaine Aparecida da Silva Lima
Pedagoga
Pedagoga
Psicopedagogia Institucional
Pedagogia
Pedagogia/ Especialização em
Psicopedagogia
e
em
em
Pré-
escola e Metodologia das séries
Ioneide Xavier Ferreira Pavezi
Laurizete Cassemiro da Costa
Pedagoga
Pedagoga
iniciais
Pedagogia
Pedagogia/ Especialização em
Educação
Especial
com
enfoque em educação inclusiva
Lilian Maria Ruiz Borim
Pedagoga
– DM-DA-DV e DF
Pedagogia/ Especialização em
Maria Aparecida Lima dos Santos
Pedagoga
Psicopedagogia
Pedagogia/História/ Geografia/
Especialização
em
Psicopedagogia e em Educação
Viviane Correa
Pedagoga
Especial – Deficiência Mental
Pedagogia/ Especialização em
Educação Especial – Formação
Hélio Rodrigo Gil
Integrada a apoio Específico
Ag. Educacional Tecnólogo Agronegócio
Henrique Machado Júnior
II
Ag. Educacional Ciências
II
Contábeis/
Especialização
em
Administração, Supervisão e
Jucilene Lima de Souza
Orientação Educacional
Ag. Educacional Ciências Contábeis
24
II
Karina Renata Fonseca
Maria Luiza da Silva
Anita Ribeiro de Lima Crivelari
Antonio Lopes
Aparecida Ângela Carmona Filite
Correa
Fátima Francisco Vicente Franco
Marli Alves de Oliveira
Regimar Célia Martins Peretti
Rosana Mara da Silva Mochon
Ruceli Lopes Ferreira Cortez
Sirene Peres Rael
Vera Lúcia Malavasi Cardoso
Ag.Educacional II
Ag.Educacional II
Ag. Educacional I
Ag. Educacional I
Ag. Educacional I
Educação Física
Pedagogia
Ens.Fund.Completo
Ens. Fund. Incompleto
Ens. Médio Completo
Ag. Educacional I
Ag. Educacional I
Ag. Educacional I
Ag. Educacional I
Ag.Educacional I
Ag. Educacional I
Ag. Educacional I
Ens.Fund. Completo
Ens.Médio Completo
Letras/Espanhol
Ens. Médio Completo
Ens. Médio Completo
Ciências Biológicas
Ens.Médio Completo
5.5.2 - QUADRO DEMONSTRATIVO DE DOCENTES
Nome
Adriana Cristina Corseti Farinazzo
Disciplina
Matemática
Formação
Ciências Biológicas
Biologia
Exp. e Iniciação
Alessandra de Oliveira
Allan Marques do Rosário
Científica
Língua
Letras/Inglês/ Especialização em
Portuguesa
Administração,
História
Orientação Educacional
História/ Especialização
Filosofia
Supervisão
Moderna
e
em
e
Contemporânea: Aspectos Éticos
Amanda Claudia Barbosa
Amanda Goulart de Oliveira
e Políticos
Pedagogia
Educação Física
Libras
Educação Física
Aprof. Esportivo
Recreação
Ana Carolina Dalava Fabricio
Ana Paula Gonçalves Santos
Ana Paula Pereira de Oliveira
e
Lazer
Apoio Ed. Esp. Matemática/ Especialização em
TGD
Pedagogia
Escolar
e
Pré Vestibular
Educação
especial:
História
Física
Integrada e Apoio Específico
História
Matemática
em
Formação
25
Ana Paula Scandalo
Andrea
Augustinho
Arte
Exp. Corporal
Teodoro História
Arte
História
Gomes
Arte
Aparecida de Fátima Gasparello História
Arte
História/ Especialização em em
Bin
Dalva Aparecida da Cruz
História
Ciências
Ensino Religioso
Ciências
Biológicas/
Especialização
em
Biologia:
Morfofisiologia, Reprodutiva e
Diva Mara da Silva
Edmara Angela Bento Bayer
Elaine Correa Soares
Elaine de Fátima Bolzani
Geografia
Comportamental
Geografia/ Especialização em
Ensino Religioso
Educação Especial: Atendimento
às Necessidades Especiais
Arte
Arte e Educação
Física
Química
Sala de Recursos Educação Física/ Especialização
Mult. Tipo I
em Educação Especial: Educação
Bilíngue
Elisabet Gonçalves Martins Pontara Matemática
Física
para
Surdos
–
Libras/Lingua Portuguesa
Matemática/ Especialização em
Fundamentos da Matemática e
em Metodologia e Didática do
Elisabete Pelissari Bispo Pontara
Eloísa Cristina Romani Fernandes
Ciências
Ensino
Ciências
Matemática
Especialização
Ensino Religioso
Instrumentalização para o Ensino
Sala de Apoio
Educação Física
de Ciências
Educação Física/ Especialização
Biológicas/
em
em Avaliação e Prescrição de
Emilene Maria Andrade Navarro
Física
Franciele
Cristina
Buscariolo Arte
Nunes
Educação
Francismara Aparecida Faria Pires
Musical
Líng. Portuguesa
Programas de Exercícios Físicos
Química/Mestrado em Química
Arte
Letras/Inglês/ Especialização em
Língua Portuguesa – Descrição e
Ensino
Ivanete Pinheiro
Geografia
Geografia/
Ivanilda Souto Gonçalves Silva
Promoção
Gestão Escolar
da Ciências
Saúde
Especialização
Especialização
Biológicas/
em
Aprof.da Aprend. Morfofisiologia
Isabel Cristina Ambrosio Marquete
26
em
Biologia:
Humana,
de Matemática
Reprodutiva e Comportamental
Exp. e Iniciação Ciências Biológicas
Científica
Educação
Jackeline Mondini
Ambiental
Tecnologia
da Ciências Biológicas
Informação Com. Educação Integral
Jorge Róbite de Almeida
José Marciano Ferreira
Mídias
Física
Ciências
Biologia Aplicada a Saúde
Ciências Biológicas
Ciências
Biológicas/
Especialização em Didática e
Josiani Romani Rabassi
Juliana Ruiz Kobayashi
Química
Metodologia do Ensino
Química/ Especialização
Geografia
Bioquímica Aplicada
Geografia
Tecnologia
em
da
Informação Com.
Lucilene Maria de Oliveira Boldrin
Luzia Aparecida Borges Ravaneli
Margarete Ferle
Maria das Dores Nacari Martins
Maria Otaciana Boschini Sanches
Marineti Goulart Marchezini
Mídias
Língua
Letras/Inglês/ Especialização em
Portuguesa
Educação Infantil
Aprof.
da
Aprend.
de
Líng.Portuguesa
Língua
Letras/Inglês/ Especialização em
Portuguesa
Magistério da Educação Básica
Inglês
História
História/
Filosofia
Matemática
Inglês
História e Política Brasileira
Pedagogia
Matemática
Letras/Inglês/Especialização em
Especialização
em
Sala de Apoio de Língua Portuguesa e Literatura
27
Líng. Portuguesa
Matemática
Marlete Fávaro
Ciências
Biológicas/
Especialização
em
Biologia:
Morfofisiologia
Humana,
Reprodutiva e Comportamental
Nanci Domingues Alves
Neide Araujo dos Reche
Inglês
Letras/Inglês/Especialização em
Biologia
Ensino da Língua Inglesa
Ciências
Biológica/
Especialização
em
Biologia:
Morfofisiologia
Olair Vitório Fabrício
Humana,
Reprodutiva e Comportamental
Geografia
Sociologia
Geografia
Ensino Religioso
Tecnologia
da Arte
Paulo Henrique Valério
Informação
Paulo Roberto de Almeida
Primo Donizete Maioli
Rosana Aparecida Ruiz
e
Comunicação
Química
Educação Física
Química
Educação
Aprofundamento
em Psicopedagogia
Física/Especialização
Esportivo
Aprof.
da Letras/Inglês/Especialização em
Aprend.
de Língua
Portuguesa
e
e
Didática
em
Língua
Metodologia
do
Rosemary Cláudia Marques
Portuguesa
Língua
Ensino
Letras/Inglês/Especialização em
Sandra Proenci Silva
Portuguesa
Literatura
Língua Portuguesa
Letras/Espanhol/Especialização
Infanto-juvenil
em Língua Portuguesa: Leitura,
Língua
Produção Textual e Literatura
Espanhola/CELE
Sidnéia
Aparecida
M
Bulgarão Matemática
Matemática/Especialização
Pontara
Sala de Apoio de Fundamentos
Silvana Delli Colli Morales
Matemática
Língua
do
Ensino
em
da
Matemática
Letras/Espanhol/Especialização
Espanhola/CELE
28
em Língua Portuguesa: Leitura e
M
Produção Textual
Leitura
Informação
e
em
Língua
Silvane Fortunato Furlan
Espanhola
Matemática
Matemática/Especialização
em
Sueli Aparecida Ros Fajardo dos Língua
Educação Infantil
Letras/Inglês/Especialização em
Santos
Portuguesa
Língua Portuguesa – Descrição e
Filosofia
Interprete Libras
Ensino
Pedagogia
História/Especialização
CAEs/DA
Libras e a Educação de Surdos:
Educação Física
Formação de Intérprete
Educação Física/Especialização
Esporte e Lazer
em Educação Especial – DM,
Sociologia
DA, DV e DF
História/Especialização
Teresa Martins Baptistela
Tielin Martins Waldhelm
Vera Lúcia Degaspere
Vitor Camilo Fabricio
Arqueologia
em
em
e História Econômica
Patrimônio
Vilma Cavalaro Janólio
Wilian Aparecido da Cruz
Histórico
Química
Química/Especialização
Língua
Ensino de Química
Letras/Inglês/Especialização em
Portuguesa
Língua Inglesa-Ensino
em
5.6. CORPO DISCENTE
O corpo discente deste Estabelecimento de Ensino é constituído de alunos que
frequentam os Períodos Manhã, Tarde e Noite.
29
5.7. AGENTES EDUCACIONAIS
Os Agentes Educacionais do Colégio Estadual Rui Barbosa atuam considerando
as interações pessoais e profissionais, desenvolvendo suas atividades de forma a participar das
ações
educacionais conjuntamente com professores, equipe pedagógica e comunidade.
Convergindo esforços coordenados de todos para a realização das ações pedagógicas, que é o
cerne da escola, contribuindo assim com a efetivação da gestão democrática da escola pública.
O Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do
Paraná é integrado pelos cargos de Agente Educacional I e Agente Educacional II.
O Agente Educacional I tem suas atribuições definidas pela Lei 123 de 09 de
Setembro de 2008, e poderá realizar sua qualificação profissional em uma das seguintes áreas
de concentração:
I – Manutenção de infraestrutura escolar e preservação do meio ambiente;
II – Alimentação escolar;
III – Interação com o educando.
Para o ingresso no cargo de Agente Educacional I é exigido ensino fundamental
completo, sendo que a maioria dos 6 funcionários deste estabelecimento de ensino, possui a
referida escolarização, somente um funcionário não possui a devida escolarização, e uma
funcionária é acadêmica no ensino superior.
O Agente Educacional II tem suas atribuições definidas por lei e poderá realizar
sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de concentração:
30
I – Administração escolar;
II – Operação de multimeios escolares.
III- Biblioteconomia
Para o ingresso no cargo de Agente Educacional II é exigido ensino médio
completo, sendo que os funcionários que compõe este segmento possuem curso em nível
superior, e ainda 03 dos 05 agentes educacionais II possuem ainda pós-graduação.
A distribuição dos serviços que devem ser realizados por cada agente educacional
é definida pela direção deste estabelecimento de ensino, e será realizada de acordo com a Lei
123 de 09 de Setembro de 2008. A organização dos serviços de prestados pelos agentes
educacionais serão definidas de forma a atender a função social da escola pública, ou seja, a
aprendizagem dos alunos.
A Integração com Comunidade Escolar num contexto geral é muito boa, não
havendo grandes problemas de convivência no ambiente de trabalho, sendo que há abertura
por parte da Direção do Estabelecimento para que todos possam participar da gestão,
opinando/dialogando para a melhoria do trabalho. Inclusive participando das instancias
colegiadas do Colégio.
A Direção incentiva a participação da qualificação profissional, visando à
valorização do funcionário e à melhoria da qualidade do serviço público, com base no
levantamento prévio das necessidades do Estabelecimento, e de acordo com o processo de
capacitação (Semana Pedagógica, NRE Itinerante, Prófuncionário, etc.).
Há que se destacar que toda autonomia dos Agentes Educacionais esta vinculada
à concepção da educação pública de qualidade – aquela que expressa as necessidades
daqueles que dependem da educação escolar como via de acesso aos conhecimentos culturais,
universais, científicos, artísticos e filosóficos. Neste sentido, o trabalho dos agentes
educacionais esta inserido no Projeto Político Pedagógico expressando como este segmento
deve se organizar em torno da intencionalidade da escola pública.
5.8. EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS
Possui os seguintes materiais didáticos:

02 (dois) Vídeos cassetes 4 cabeças CINERAL;

01 (um) Vídeo cassete 5 cabeças FUNDEF;
31

02 (dois) Televisores coloridos de 20 polegadas CINERAL;

01 (um) Televisor colorido de 21 polegadas FUNDEF;

11 (onze) Televisores 29 polegadas tela plana c/ entrada USB CCE;

01 (um) Televisor colorido de 29(dois) polegadas;

01 (um) suporte para TV e vídeo;

01 (uma) Antena parabólica digital para TV;

01 (um) Aparelho de DVD;

03 (três) Retroprojetores;

01 (uma) Batedeira semi-industrial 12 litros FUNDEF;

01 (um) Bebedouro elétrico 110V;

02 (dois) Fogão semi-industrial 4 bocas c/ forno C. TEC;

01 (um) Freezer horizontal 310 litros;

01 (um) Freezer horizontal 152 litros usado; - 01(um) Freezer 300 litros PLC;

01 (um) Freezer 305 litros PLC;

01 (um) Freezer Horizontal 300 litros SUDE;

01 (uma) Geladeira 280 litros ELETROLUX;

01 (uma) Geladeira 270 litros FUNDEF;

36 (trinta e seis) Ventiladores de parede FUNDEF;

02 (dois) Botijões de gás vazio 13 Kg;

03 (três) Cilindros de gás P-45;

11 (onze) Racks para TV 29 polegadas;

08 (oito) Estantes aço com 6 prateleiras;

06 (seis) Estantes aço com 6 prateleiras SUDE;

01 (um) Microscópio monocular;

01 (uma) Máquina escrever eletrônica OLIVETTI;

01 (um) Multiprocessador industrial SUDE;

01 (uma) Impressora jato de tinta monocromática;

12 (doze) Mesas de informática MDF cor argila;

01 (uma) Mesa para microcomputador;

01 (um) Microcomputador Pentium–T6;

01 (um) Receptor decodificador Mpeg-2 DVB;

02 (dois) Armários aço 16 portas;

05 (cinco) Arquivos aço 4 gavetas;

21 (vinte e uma) Cadeiras estofadas fixas C-1;

24 (vinte e quatro) Cadeiras estofadas giratórias;
32

35 (trinta e cinco) Conjuntos esc. FDE/4 PROEM;

70 (setenta) Carteiras universitárias SUDE;

04 (quatro) Mesas escrivaninhas com 2(duas) gavetas;

02 (duas) Mesas escrivaninhas com 3(três) gavetas;

07 (sete) Carteiras do professor verde;

02 (duas) Mesas Máquina esc. Mod. MM-FMI-1;

16 (dezesseis) Mesas p/refeitório com 2(dois) bancos;

15 (quinze) Mesas de leitura para biblioteca;

01 (uma) Mesa para reunião SUDE;

07 (sete) Armários aço 2(duas) portas;

02 (dois) Armários aço 2(duas) portas FUNDEF;

02 (dois) Armários aço 16(dezesseis) portas;

01 (um) Estadiômetro portátil;

01 (uma) Balança de plataforma s/coluna;

01 (um) liquidificador Industrial 8 litros;

02 (dois) Conjuntos sólidos geométricos;

01 (um) Conjunto barra de medida;

20 (vinte) Fantoches;

04 (quatro) Kit pancake – conj. C/05(cinco);

01 (um) TNT branco com 50 metros;

01 (um) TNT preto com 50 metros;

40 (quarenta) Baquetas madeira – par 32/39cm;

40 (quarenta) doce soprano plástico;

03 (três) Torres Hanói-1 base c/6 círculos;

08 (oito) Jogos alfabeto silábico 372 peças;

06 (seis) Jogos dominó assoc. idéias 28 peças;

06 (seis) Jogos vamos formar palavras 60 peças;

06 (seis) jogos sequência lógica 16 peças;

10 (dez) Jogos de memória c/ antônimos;

02 (dois) Conjuntos números e sinais 40 peças;

02 (dois) Conjunto dourado 611 peças madeira;

02 (dois) Conjuntos réguas numéricas 61;

02 (duas) Escalas Cuisinare c/294 barras;

50 (cinquenta) Tampo p/carteira escolar SUDE;

02 (dois) Dominós educ. subtração;

02 (dois) Dominós educ. multiplicação;
33

01 (um) Bloco lógico c/48 em madeira;

02 (dois) tangram em madeira;

01 (um) Relógio didático;

01 (um) Switch de 24 portas;

01 (um) No Break APC SMART;

01 (um) Trilho para No Break;

01 (uma) Impressora Kiocera+toner;

01 (um) Servidor TP2 ITAÚ (com CPU+teclado+mouse);

01(uma)
Estação
de
Trabalho
DVD+teclado+mouse+webcam+caixas
Tp2
ITAÚ
de
(com
CPU
som+microfone+50
com
leitor
(cinquenta)
CDs+10(dez) DVDs;

02 (dois) Monitores 17 pol. (estação e servidor);

03 (três) Impressoras Lazer Samsung+toner;

06 (seis) Toners de impressora avulso;

04 (quatro) Estação de Trabalho TP1 POSITIVO (com CPU+teclado+mouse);

01 (um) Estação de Trabalho TP3 POSITIVO (com CPU com gravador de
CD+teclado+mouse+caixas de som;

05 (cinco) Monitores 17 pol. (estação e servidor);

18 (dezoito) Monitores 17 pol.;

01 (um) Acessórios (com 12(doze) hubs USB 2.0+18(dezoito) mouses;

01 (um) Acessórios (com 18(dezoito) teclados;

01 (um) Data-Show multimídia Epson;

01 (um) Projetor Proinfo LS-5580

04 (quatro) Balões de vidro de fundo chato;

04 (quatro) Balões volumétricos de vidro;

06 (seis) Balões de vidro;

08 (oito) Copos de becker de vidro;

06 (seis) erlenmeyers de vidro;

05 (cinco) Funis de separação;

04 (quatro) Suportes universais com haste;

04 (quatro) Garras para bureta;

04 (quatro) Garras para balão;

04 (quatro) Anéis para funil;

01 (um) Telescópio;

01 (um) Manta aquecedora;
34

01 (um) Agitador magnético;

02 (dois) Balanças digitais;

01 (um) Phmetro portátil;

01 (um) Esqueleto em tamanho natural;

01 (um) Abdômen humano sintético;

01 (um) Microscópio;

01 (um) Balança de plataforma sem coluna;

01 (um) Estadiômetro Portátil;

01 (um) Telescópio;

06 (seis) Balanças de Precisão mecânica;

04 (quatro) Bicos de Bunsen;

Vidrarias Diversas.
5.9. RELAÇÃO DE TRABALHO
Dentro da uma visão de Gestão Democrática em que o Colégio se propõe a
trabalhar, as relações interpessoais, apresentam-se harmoniosas por parte dos setores,
preserva-se um clima de respeito e de cooperação. Direção, equipe pedagógica, professores,
agentes educacionais, alunos e pais trabalham em consonância para que o objetivo seja
atingido, para que o Colégio Estadual Rui Barbosa possa oferecer uma educação com
qualidade.
5.10. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
A participação dos pais é feita, através do Conselho Escolar, APMF, Conselho de
Classe e Reuniões Diversas. O acompanhamento dos pais e responsáveis na vida escolar dos
alunos é satisfatório, as taxas de comparecimento em reuniões e Conselhos são de
aproximadamente 80%, e em situações onde os pais são convocados sempre comparecem.
São raros casos de não comparecimento dos responsáveis, sendo que esses são encaminhados
ao Conselho Tutelar que prontamente atua na convocação e orientação aos responsáveis.
5.11. PRÁTICA PEDAGÓGICA
35
O Colégio valoriza e registra todos os eventos relevantes de sua história atual; o
planejamento das atividades de sala de aula é elaborado de forma integrada e por disciplina,
nas diferentes séries e entre as diferentes disciplinas.
Os desafios contemporâneos como: violência, drogas, sexualidade, entre outros,
são trabalhados de forma interdisciplinar, constando no planejamento de ensino; há uma
constante preocupação quanto às soluções para os problemas disciplinares, direção, equipe
pedagógica e professores trabalham em parceria com os pais e/ou familiares, sempre que se
julga necessário; quanto às dificuldades de aprendizagem, contamos com a Sala de Apoio de
Língua Portuguesa e Matemática, que tem por objetivo sanar as defasagens na aprendizagem;
a equipe pedagógica discute, juntamente com os professores, a melhor forma de organização
curricular da instituição; o colégio desenvolve um ótimo trabalho de acompanhamento junto
aos seus profissionais no atendimento de alunos com necessidades educativas especiais,
aspecto este só possível porque a instituição possui um CAES (Centro de Atendimento
Especializado) Área da Surdez, em necessidades especiais, em relação à surdez, possuindo
professores especializados, que dão suporte total aos professores do ensino regular; e uma
Sala de Recursos Multifuncional- Tipo I; os casos que necessitam de outras avaliações/
atendimentos o colégio encaminha para os órgãos responsáveis (Saúde, Assistência Social,
Conselho Tutelar); há também vários projetos, que são desenvolvidos, para que o educando
seja atendido em todos os aspectos: cognitivo, cultural e emocional.
5.12. ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS
A organização de turmas é feita de acordo com a Resolução n° 4527/2011GS/SEED, sendo que também são analisadas as condições pedagógicas. Prevalecem os fatores
qualitativos necessários para que a aprendizagem do aluno seja alcançada, por isso o Colégio
organiza as turmas de forma a evitar o lotação de salas de aulas, considera os alunos com
dificuldades e distúrbios de aprendizagem, sempre com o objetivo de garantir a qualidade
pedagógica das aulas. Neste ano letivo de 2013 o Colégio conta com 18 (dezoito) turmas de
manhã e 06 (seis) turmas à tarde.
5.13. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
LEI Nº 13807 - 30/09/2002
36
Publicado no Diário Oficial nº 6338 de 16/10/2002
A assembleia legislativa do Estado do Paraná aprovou, nos termos do§ 7º do
artigo 71 da Constituição Estadual, a seguinte Lei:
Art.1º fica instituído percentual de 20% de hora-atividade da jornada de trabalho
para todos os professores do estado do Paraná em efetiva regência de classe em
estabelecimento de ensino da rede pública estadual, considerando a jornada do cargo efetivo,
das aulas extraordinárias e das aulas pelo regime da CLT.
Art. 2º A hora-atividade será parte da jornada atribuída ao professor, incluída na
carga horária de trabalho, e quando o resultado do cálculo da hora-atividade for número
fracionado, igual ou superior a 0,5 eleva-se para número inteiro imediatamente superior.
Art. 3º A hora-atividade é o período em que o professor desempenha funções da
docência, reservado a estudos, planejamento, reunião pedagógica, atendimento à comunidade
escolar, preparação de aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida
integralmente no local de exercício.
Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo seus
efeitos a partir de 01 de janeiro de 2003.
Na organização do horário, há todo um esforço para propiciar o encontro dos
professores da mesma disciplina com hora atividade concentrada nos mesmos dias. Porém, a
falta de professores e a oferta de ampliação da carga horária e/ou professores que completam
seu(s) padrão(s) em outras escolas, não conseguem conciliar os horários e isso prejudica esta
organização.
O planejamento, execução e acompanhamento da hora-atividade dos professores
são orientados e supervisionados pela Direção e Equipe Pedagógica deste estabelecimento de
ensino.
6. MARCO CONCEITUAL
6.1. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Diante dos acontecimentos históricos em que o Brasil se constitui como país
independente, e principalmente considerando o fato de ter sido um país colonizado, sofrendo
um processo de aculturação de países “desenvolvidos”, podemos analisar que a atual da
sociedade brasileira é fruto de um processo histórico extremamente excludente para a maioria
37
do povo, que ainda é em sua maioria vítima de uma economia capitalista, onde a produção de
bens de consumo acaba se sobressaindo com relação aos valores humanos, neste contexto,
faz-se necessário repensar o processo ensino-aprendizagem, a fim de buscar caminhos para
que a educação possa realmente mudar a realidade social em que vivemos.
O Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio tem como função
social, trabalhar com os conhecimentos historicamente acumulados de forma que os alunos
possam incorporá-los, mudando inclusive sua forma de se relacionarem com o mundo e entre
si, através da aquisição de uma visão mais ampla e profunda sobre os fatos e conhecimentos.
A educação escolar deve se ater principalmente aos saberes científicos, instrumentalizando os
alunos para que a partir destes conhecimentos, eles se tornem cidadãos emancipados e
críticos, capazes de construir novas práticas sociais.
6.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades é contribuir com conhecimentos curriculares, que venham de encontro com os
interesses sociais da classe trabalhadora, desmontando a dualidade no ensino que sempre
esteve a serviço da manutenção de uma sociedade desigual.
A Educação é indispensável à humanidade na construção da paz, da liberdade e da
justiça social. Deve ser encarada, como em uma via que conduz a um desenvolvimento social
mais harmonioso e coerente. Dessa forma, a educação torna-se mais que um direito, é a chave
para que a sociedade desenvolva cidadãos conscientes e um poderoso argumento em favor do
desenvolvimento sustentável da democracia, da justiça, da igualdade e do desenvolvimento
socioeconômico, cientifico tecnológico e cultural.
A sociedade contemporânea apresenta diferentes formas de organização familiar.
A função social da escola pública se faz cada vez mais importante e urgente, pois é comum
alunos que permanecem a maior parte das horas do dia sem a presença dos pais, e em muitos
casos dependem da formação escolar como a principal forma de aquisição de saberes
indispensáveis para sua formação e desenvolvimento. No entanto temos a preocupação de
ofertar uma educação respaldada no conhecimento, não desviando do papel da instituição
escolar, que é o trabalho pedagógico.
6.3. CONCEPÇÃO DE MUNDO E DE HOMEM
38
Vygotsky, inspirado no principio do materialismo dialético, considera o
desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um processo de apropriação
pelo homem da experiência histórico-cultural. Nesta perspectiva, a premissa e de que o
homem constitui-se como tal, através de suas interações sociais, portanto, e visto como
alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas em uma determinada
cultura.
No contexto em que o homem é um ser que interage socialmente no seu meio, fazse necessário que ele tenha uma formação básica, com desenvolvimento do pensamento
reflexivo e crítico, a fim de ter acesso ao mundo de trabalho, mas também vincular-se a
pratica social, na qual o exercício da afetividade, da sensibilidade, da ética se fará presentes
em suas relações.
O homem é um ser complexo, a sua formação esta intimamente ligada ao meio
sócio cultural. Afirma Vygotsky que as características tipicamente humanas não estão
presentes desde o nascimento do individuo, nem são meras pressões do meio externo. Elas
resultam da interpretação dialética do homem e seu meio sociocultural. Ao mesmo tempo em
que o ser humano transforma o seu meio para atender suas necessidades básicas, transformase a si mesmo.
6.4. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E DE EDUCAÇÃO
O educando possui conhecimento adquirido através do senso comum, ou seja, o
conhecimento empírico, que é constituído no cotidiano, de forma espontânea. Ao longo do
desenvolvimento,
aprende-se
a
abstrair
e
generalizar
conhecimentos
aprendidos
espontaneamente, mas e bem mais difícil formalizá-los ou explicá-los em palavras porque,
diferentemente da experiência escolar, não são conscientes, liberados ou sistemáticos. Já a
aquisição do conhecimento científico é trabalho da escola, através de métodos de ensino
proporcionar aos alunos a apropriação sistemática dos conteúdos curriculares da educação.
Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia a dar significado ao conhecimento
científico. O conhecimento científico reorganiza o conhecimento espontâneo e estimula o
processo de sua abstração. Dessa forma a contextualização, um dos princípios da organização
curricular, facilita a aplicação da experiência escolar para a compreensão da experiência
pessoal em níveis mais sistemáticos e abstratos ao aproveitamento da experiência pessoal para
facilitar o processo de concreção dos conhecimentos abstratos.
39
Cabe a escola desenvolver o conhecimento científico, encaminhando-o a níveis
mais abstratos, formais, conscientes e sistematizados, com a utilização de métodos de ensino e
recursos didáticos que desenvolvam nos alunos a compreensão de situações novas, que é a
base para soluções de problemas. Assim, a educação é um processo de desenvolvimento
físico, intelectual e moral do ser humano.
Nos termos do Art. 32 da LDB no. 9.394/96, são os seguintes os objetivos da
educação básica:
1. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
2. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
3. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.
4. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
5. O domínio de conhecimentos que levem à consciência da cidadania e facilitem
a melhor inserção do educando no ambiente social.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), reitera ainda os princípios
constitucionais (Art. 2º) e, prevê a ampliação progressiva da jornada escolar do ensino
fundamental para o regime de tempo integral (Arts. 34 e 87), a critério dos estabelecimentos
de ensino. Além disso, prevê que “a educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais” (Art. 1º), ampliando os espaços e práticas educativas vigentes. No entanto, é
importante ressaltar que, quando a LDB aborda a questão do tempo integral, ela o faz no Art.
34, que trata da jornada escolar, considerada como o período em que a criança e o adolescente
estão sob a responsabilidade da escola.
6.5. CONCEPÇÃO DE ESCOLA
40
A escola é uma instituição criada pela sociedade formalmente constituída, para a
formação básica do individuo, que se modifica através da aquisição de conhecimento e
modifica a sociedade na qual está inserido. A escola é um espaço constituído de diversas
dimensões: a pedagógica, a administrativa, a política, a social e de ação. A pedagógica atende
questões pertencentes ao processo ensino-aprendizagem; a administrativa cuida de questões
de infraestrutura e de pessoal; a política, do processo decisório; a social, da relação
escola/comunidade; a cultural confere identidade social-cultural; a humana se relaciona com
sentimentos, conceitos e preconceitos de cada ser humano da comunidade escolar.
O eixo central da escola é o pedagógico e as questões administrativas são atividadesmeios para sua realização, mas para que o pedagógico tenha êxito é preciso que todas as
outras dimensões funcionem interligadas, visando a sua finalidade maior, que é a de garantir o
direito ao saber científico, para a formação básica do educando.
À escola cabe a especificação nas intenções dos conteúdos curriculares de cada
disciplina, bem como, definir suas próprias diretrizes juntamente com a classe de educadores
das escolas públicas. Dessa forma, as diretrizes definirão os caminhos a serem percorridos no
decorrer do curso, e os conteúdos, que estarão a serviço do desenvolvimento dos educandos,
numa perspectiva participativa para a formação do cidadão crítico, autônomo e atuante.
Como os conteúdos estarão a serviço do objetivo maior que é a formação do cidadão
democrático e participativo, não deverão ser tratados de maneira estanque, mesmo que os
conteúdos não apresentem possibilidade de uso imediato, porque se revestirão de sentido se
forem relacionados com questões de relevância social. Isto exige que o enfoque dos contedos
não se restrinja a fatos e conceitos, mas que envolva o tratamento de outros aspectos como
procedimentos, atitudes e valores.
A escola deve propiciar ao educando um conhecimento sistemático, possibilitando-lhe
que tenha acesso ao conhecimento científico acumulado pela humanidade o que deve ocorrer
por meio de uma organização curricular que considere os meios necessários para que a
aprendizagem ocorra de forma linear.
6.6. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O colégio trabalha com o currículo disciplinar, de forma que os conteúdos e o
tratamento que a eles devem ser dado assumem papel central, uma vez que é por meio deles
que os propósitos da escola se realizam. Dessa forma, a seleção, a organização e o tratamento
41
que será dado aos conteúdos devem ser precedidos de grande discussão pela equipe escolar,
levando em conta sua relevância social. Os conteúdos de natureza conceitual envolvem a
abordagem de conceitos, fatos e princípios, referem-se à construção em que esses conceitos
estejam em jogo, para poder construir generalizações parciais que, ao longo das experiências,
possibilitarão atingir contextualizações cada vez mais abrangentes. Os conteúdos
procedimentais contribuem para que os alunos construam instrumentos para analisar e criticar,
por si mesmos, os resultados que obtêm e os processos que colocam em ação para atingir as
metas a que se propõem. Por exemplo, para compreender o que vem a ser um texto
jornalístico é necessário que o aluno tenha contato com esse texto, use-o para obter
informações, conheça seu vocabulário, conheça sua estrutura e sua função social.
Os procedimentos metodológicos devem ser precedidos de decisões e planejamentos
ordenados e não aleatório, de forma que os conteúdos curriculares estejam sempre presentes
nos planejamentos de ensino, pois para realizar uma pesquisa, desenvolver um experimento,
fazer um resumo, construir uma maquete, são proposições de ações presentes nas salas de
aula.
É imprescindível que a equipe escolar adote uma posição crítica em relação aos
valores que a escola transmite, explícita e implicitamente, por meio dos recortes de conteúdos.
A consideração positiva de certos fatos ou personagens históricos em detrimento de outros é
um posicionamento de valor, pois o currículo escolar não é neutro.
6.7. CONCEPÇÃO DE ENSINO - APRENDIZAGEM
Os indivíduos constroem seus conhecimentos em interação com a realidade, com os
demais indivíduos e colocando em uso seus conhecimentos empíricos. O que uma pessoa
pode aprender em determinado momento depende em grande parte dos conhecimentos que já
construiu anteriormente e das situações de aprendizagem vivenciadas. É, portanto,
determinante o papel da interação que o indivíduo mantém com o meio social e,
particularmente, com a escola. O processo de construção de conhecimento desenvolve-se no
convívio humano, na interação entre o indivíduo e a cultura na qual vive. Situações escolares
de ensino e aprendizagem são situações comunicativas, nas quais alunos e professores
dialogam, concorrendo com influência igualmente decisiva para o êxito do processo.
Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos possam e
devam contribuir para que a aprendizagem se realize nada pode substituir a atuação do
42
próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele
que vai modificar enriquecer e, portanto, construir novos e mais potentes instrumentos de
ação e interpretação.
Reconhecer e valorizar as diferenças e experiências dos educandos, bem como o
contexto histórico em que ele esta inserido é fundamental frente à garantia do direito de todos
à educação, pois, a diferença pode ser lançada na vala comum dos preconceitos, da
discriminação e da exclusão. Para assegurar o direito à educação, portanto da aprendizagem,
temos de estar sempre atentos de que aprender é uma ação humana criativa, individual,
heterogênea e regulada pelo aprendiz, independente de sua condição social ser mais ou menos
privilegiada.
São as diferentes ideias, opiniões, níveis de compreensão que nos enriquecem e que
clareiam o nosso entendimento. Cabe a nós professores ensinar o aluno a ter uma postura
positiva e recobrar-se diante de situações difíceis, principalmente, por sermos classe
trabalhadora, onde os alunos e profissionais da educação encontram as mesmas dificuldades
para realizar seus projetos de vida. Essa meta será alcançada mais facilmente, à medida que
propomos, para todos os alunos experiências diversificadas de aprendizagem.
Acreditamos que não somente a aprendizagem de conhecimentos é necessária para a
vida, mas também as atitudes como a cooperação, a ação positiva para a resolução de
conflitos e de problemas, a postura firme de segurança e resistência para a tomada de decisão.
Para isso, é necessário criar oportunidades para que todos participem e tenham
responsabilidade.
No processo de aprendizagem o sujeito deve ser analisado e compreendido em sua
totalidade, ou seja, aprende a partir do seu corpo, de suas emoções, de sua capacidade
intelectual e do seu esquema de referências. Ao aprender o sujeito descobre a si mesmo, ao
distinguir-se como um eu diferente dos demais e do mundo.
O professor tem um lugar importante na construção da aprendizagem, por isso a
intervenção pedagógica para a construção individual do conhecimento é necessária. É por
meio dessa relação que o professor acompanha o aluno para construir significados e dar
sentido ao que aprende.
E no cerne da relação professor-aluno que ocorrem os processos de apropriação do
conhecimento e da elaboração de novos saberes.
Concordamos com os termos de Libâneo (apud LOPES, 2001, p.108) quando estipula.
“a relação ensino-aprendizagem, revela-se através de atividades organizadas, dos professores
43
e dos alunos, buscando a apropriação do saber acumulado historicamente”, bem como quando
adverte que o ponto de partida dessa relação deve ser o nível atual de conhecimento,
maturidade e experiência de vida dos alunos.
Na verdade, a relação ensino-aprendizagem que visamos, depende sobretudo de um
educador comprometido com uma escolarização transformadora que, no dizer de Moyses
(1994), se expressa, pelo empenho de instrumentalizar política e tecnicamente o aluno,
ajudando-o a construir-se como sujeito social.
6.8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é concebida como instrumento para ajudar o aluno a aprender, fazendo
parte integrante do dia-a-dia, em sala de aula. A avaliação deve ser vista como controle de
aprendizagem; deve ser contínua e centralizada no desempenho do aluno. Tem uma função
permanente de diagnóstico e acompanhamento do processo pedagógico; avalia, portanto, o
educando, o educador, a escola e o sistema escolar. O resultado obtido deverá indicar o ponto
em que o conteúdo deve ser retomado e em que aspecto o processo pedagógico deve ser
reformulando.
O clima de trabalho instalado na presença de que avaliação é um instrumento para
ajudar o aluno a aprender, assegura espaço para os alunos arriscarem. E, ao arriscar-se, podem
errar. O erro, não configura, portanto, pecado ou ameaça, mas uma pista valiosa que permite
investigar quais problemas os processos de ensino- aprendizagem enfrenta e por quê. É a
partir daí que devemos nos orientar melhor e transformar eventuais erros de percurso em
situações de aprendizagem, resultando em avanços e eliminação de dificuldades. Dessa forma
atendemos o que preconiza a LDB “obrigatoriamente de estudos de recuperação, de
preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar (art. 24,
inciso V, alínea e)”.
Para avaliar é preciso ter em mente, as diretrizes curriculares estaduais, apreciando o
que está sendo avaliado. Assim, cada professor deve explicitar claramente, para si próprio e
para o aluno seus critérios de avaliação. É preciso assumir postura de constante observação e
cuidadoso registro, analisando o desempenho e o aproveitamento dos alunos no
desenvolvimento das atividades escolares. O registro em livro de classe, além de poderoso
auxiliar de memória, ajuda a organizar o pensamento e estimula a reflexão sobre a prática
pedagógica, propiciando uma visão geral do trabalho desenvolvido, direcionando a
44
organização da sequência do ensino para toda a sala de aula. Permite, também, avaliar o
processo de aprendizagem dos alunos e atuação do docente. Esse tipo de registro permite uma
percepção crítica da situação docente, facilitando as mudanças de encaminhamento
metodológico necessário.
Os resultados para fins de aprovação e no processo diagnóstico de ensinoaprendizagem servirão para reformulação de novas ações em sala de aula. Cabe ao professor
ter sensibilidade ao avaliar seus alunado e ter bom senso de analisar o processo de interação e
crescimento do educando Em suma, a avaliação subsidia o professor com elementos para uma
reflexão contínua de sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho, a retomada de
aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo
de aprendizagem individual ou de todo o grupo; o aluno é o instrumento de tomada de
consciência de suas possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de
aprender; e para a escola possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos de ações
educacionais demandam maior apoio.
6.9. CONCEPÇÃO DE GESTÃO
A escola sempre tem a preocupação de desenvolver formas operacionais e ações a
serem desenvolvidas por todos os envolvidos com o processo educativo visando um ensino
com qualidade para garantir o acesso, permanência e sucesso dos alunos.
As instituições escolares vem repensando seu papel diante das transformações que
ocorrem na sociedade, as quais ocorrem em escala mundial, decorrentes de um conjunto de
acontecimentos e processos históricos, que desencadearam revolução tecnológica, exclusão
social, crise moral e ética e despolitização da sociedade. Diante destes desafios qual e o papel
da escola hoje? Qual papel dos professores e como proceder na gestão desta escola?
Aqui falaremos sobre a Gestão Escolar. Para muitos estudiosos, Gestão está
relacionada à Administração e Organização Escolar. A administração escolar tem como
objetivo: planejar, organizar, dirigir e controlar os serviços necessários à educação (Santos
1966). Organização são unidades sociais que existem para alcançar determinados objetivos
(Chiavenato, 1989).
Afirma-se que o centro da organização e do processo administrativo é a tomada de
decisão, os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a
decisão funcionar como pratica denominamos de gestão.
45
A organização e os processos de gestão, incluindo a direção, assumem diferentes
significados conforme a concepção que se tenha dos objetivos da educação em relação à
sociedade e a formação dos alunos. A participação é o único meio de assegurar a gestão
democrática da escola. Possibilitando o envolvimento de toda a comunidade escolar na
tomada de decisões e no planejamento da organização escolar é possível proporcionar um
maior conhecimento dos interesses públicos no que se refere à educação, definindo assim
objetivos e metas, da estrutura organizacional e das relações da escola com a comunidade.
Entre as instâncias colegiadas mais conhecidas estão: os Conselhos de Classe, os
Conselhos Escolares, APMFs, e Grêmio Estudantil, os quais ganham novo vigor a partir da
LDB 9394/96, que manifesta a necessidade de os estabelecimentos escolares terem uma
gestão democrática, referindo-se aos Conselhos Escolares como órgão máximo de deliberação
dento da escola, sendo que estes devem funcionar de forma paritária e como instancias
máximas de decisão dentro da escola no que diz respeito aos aspectos administrativos e
principalmente pedagógicos.
No Estado do Paraná a Gestão Democrática da escola pública vem sendo construída
principalmente a partir do processo de eleição para seus diretores, garantir o direito ao voto
para aqueles que fazem parte da gestão da educação pública é uma forma de possibilitar a real
participação da comunidade escolar na gestão.
Finalizando, podemos afirmar que uma Gestão Democrática só acontece com sujeitos
compromissados com uma educação cujo objetivo é a construção da cidadania e a
transformação da sociedade, para tanto é fundamental que o diretor eleito tenha clareza de que
a escola é pública, e as decisões devem ser tomadas com a participação de todos que fazem
parte da comunidade escolar. Cabe ainda ao Diretor eleito criar mecanismos, juntamente com
equipe técnico- pedagógica de incentivar a cada vez mais o comprometimento de pais, alunos,
comunidade e profissionais da educação com o ensino de qualidade.
A Lei 9394/96-LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes. (...)
46
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação
básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de
gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público.
Enfim, a gestão democrática apoia-se em alguns princípios:
a) desenvolvimento de uma consciência crítica;
b) envolvimento das pessoas;
c) participação e cooperação;
d) autonomia.
E é baseado nestes princípios que o Colégio Estadual Rui Barbosa sempre primou pela
transparência em todos os seus atos. Todas as ações desenvolvidas envolvem os professores,
funcionários, pais, alunos e comunidade num congregamento de esforços na tentativa de
tornar a educação uma área forte na sociedade, desenvolvendo assim sua função social. A
escola estimula e incentiva as atividades que os professores e alunos optam por realizar, por
acreditar que destas ações conjuntas resultam melhorias para a escola, alunos, pais e
comunidade.
Esta Instituição de Ensino utiliza mecanismos através do Fundo Rotativo,
APMF/Conselho Escolar, para a capacitação de recursos materiais e financeiros que visem
suprir as necessidades básicas do contexto escolar, bem como faz a prestação de contas à
comunidade interna e externa em frequentes reuniões.
A formação da cidadania tem sido o fio condutor da gestão do Colégio, e tem o aluno
como centro do processo educativo. Leva em conta que o conhecimento é construído e
transformado coletivamente, dessa forma o processo de produção de conhecimento deve
pautar-se, sobretudo, na socialização e na democratização do conhecimento.
6.10. CONCEPÇÃO DE CULTURA
Cultura é o conceito que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os
costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro de uma
determinada sociedade. A Cultura no ambiente escolar deve ser trabalhada conforme a
concepção de mundo e de homem que a escola pretende defender. Entende- se por cultura o
conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos alunos. A
cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus
problemas ao longo da história, assim cultura é criação. O homem não só recebe a cultura dos
47
seus antepassados como também cria elementos que a renovam. A cultura é um fator de
humanização. O homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural. A
cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que
conferem sentido à vida dos seres humanos.
No âmbito escolar a cultura vivenciada deve atender a legislação vigente, bem
como os conteúdos curriculares previamente discutidos e planejados pelos professores,
conforme Proposta Pedagógica Curricular de cada disciplina.
6.11. CONCEPÇÃO DE TRABALHO
O conceito de trabalho deve imergir do pensar, planejar e executar, driblando a
histórica divisão social do trabalho, que acaba por consolidar a divisão de classes, mantendo a
pobreza e o acumulo de riquezas por poucas pessoas. Assim destaca- se a importância de
tomá- lo como eixo articulador das propostas pedagógicas voltadas para o interesse da classe
trabalhadora.
Segundo Gramsci, 2000 faz- se necessário que a escola se constitua em espaço de
potencialização dos processos de aprendizagem vivenciados fora dela e impregnados de
saberes socialmente construídos, tal definição vai de encontro com o desafio de instituir uma
escola unitária, capaz de formar para o exercício pleno da cidadania.
6.12. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
A sociedade brasileira vive no regime da Democracia, tal conceito pressupõe um
estado de direitos e deveres para o cada cidadão, sendo que a garantia de seus direitos está
totalmente ligada ao cumprimento de deveres. Assim, cidadania é o exercício pleno dos
direitos civis, políticos e sociais.
Nesse contexto a escola está para garantir ao cidadão a educação formal, ou seja,
o conhecimento dos saberes elaborados e descobertos pela humanidade. As propostas
pedagógicas escolares devem dar conta também de formar alunos capazes de interpretar a
realidade histórica e social, entendendo que são sujeitos de transformação da mesma. A escola
pública tem papel fundamental neste despertar para a cidadania, uma vez que atende a maior
parte dos alunos brasileiros, oriundos da classe trabalhadora.
48
6.13. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Tecnologia são todas ferramentas e materiais utilizados no processo ensinoaprendizagem.
Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como o
quadro de giz e os livros didáticos, e processos mais complexos como as TICs (Tecnologias
de Informação e Comunicação), é importante salientar que a tecnologia é fundamental para
qualidade da educação escolar, pois desperta o interesse do aluno pelas atividades escolar. A
tecnologia simplifica a transmissão dos conteúdos, e possibilita maiores possibilidades de
interação do aluno com o conhecimento, melhorando assim a qualidade das aulas.
Atualmente utilização da tecnologia digital tem sido destaque no preparo das
aulas, conforme mostra os Planos de Trabalho Docente dos professores, com a utilização dos
Laboratórios de Informáticas e Tvs pen drive a demonstração dos conteúdos curriculares
através de recursos áudio- visuais amplia a qualidade na aquisição do conhecimento. As redes
de Internet também tem sido de grande valia no incentivo à pesquisa, com destaque para os
sites educacionais como Portal Dia- a- Dia Educação do Estado do Paraná.
6.14. ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, ADOLESCÊNCIA E INFÂNCIA
O ensino fundamental de nove anos trouxe a necessidade de atualizadas reflexões
acerca dos conceitos de letramento, adolescência, infância e alfabetização, considerando que
eles devem estar interligados, de forma a melhorar o entendimento da aprendizagem do aluno,
como ser único em um único processo, o ensino fundamental na educação básica.
Os sistemas de avaliação brasileiros tem comprovado que embora se tenha
garantido a matrícula dos alunos no ensino fundamental de nove anos, ainda existe o
problema da qualidade do ensino ofertado, talvez a falta de articulação entre os sistemas
municipais, estaduais e federais, ou mesmo, a simples transferência de responsabilidades pela
qualidade da aprendizagem dos alunos.
49
Desde os primórdios o sistema da escrita e as convenções foram e são
fundamentais para a aquisição do conhecimento e a tecnologia para o desenvolvimento da
humanidade.
O letramento é essencial para o desenvolvimento do indivíduo num todo. Não
basta apenas a aquisição da tecnologia da escrita e da leitura para nos trazer o
desenvolvimento de competências e práticas sociais, é necessário apropriar-se das formas
adequadas e eficientes, com vários objetivos, em interações nas diversas situações em que a
criança e adolescente enfrentam no dia-a-dia.
No processo de aprendizagem da criança é necessário que ela se aproprie da
tecnologia da escrita pelo processo da alfabetização, e precisa identificar os diferentes usos e
funções da escrita vivenciando as diferentes práticas de leitura e de escrita. Desta forma, para
que a criança se inteire do mundo se faz necessária à alfabetização e o letramento.
6.15- EDUCAÇÃO INTEGRAL
Legalmente, a oferta de Educação Integral encontra respaldo na Constituição Federal,
artigos 205, 206, e 207; Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9.089/90; LDB 9394/96,
artigos 34 e 87; PNE, Lei 10.172/01; Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação e de
Valorização dos Profissionais da Educação, Lei nº 11.494/07 e Resolução CNE/CEB Nº 7/10.
No ano de 2012 o Colégio iniciou a oferta de Atividade Complementar Permanente,
visando o empoderamento educacional dos sujeitos envolvidos através do contato com os
conhecimentos, equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no território em que está
situada, através da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas. Com os resultados
alcançados, e pela satisfação da Comunidade Escolar, verificamos que era necessário ampliar a
oferta de Educação Integral para todos os alunos, assim, o Colégio Estadual Rui Barbosa- Ensino
Fundamental e Médio optou pela implantação da Educação em tempo Integral em turno único,
com currículo disciplinar a partir de 2013.
7. MARCO OPERACIONAL
50
A sociedade globalizada vem sofrendo transformações, principalmente nas áreas
científicas e tecnológicas. Todos os segmentos da sociedade devem acompanhar os avanços e
a educação não pode ficar aquém desse processo.
A educação exige que se tenha uma visão democrática sobre ela, voltada para a
evolução do sistema educacional, pois só assim conseguirá acompanhar os avanços
provenientes das exigências do mundo moderno.
Há necessidade de inovar o ensino; afinal partes devem estar interligadas à
globalização a fim de criar novas qualificações para o trabalho. Essas referidas atividades das
práticas sociais e produtivas, permitem o exercício da cidadania e a atitude reflexiva em torno
da cultura que rodeia o indivíduo. O papel da escola se fundamenta pelo compromisso que
deve ter em formar um cidadão capaz de desenvolver e consolidar conhecimentos das áreas
contextualizadas, objetivando assim o homem que interage no meio sociocultural.
A escola deve assumir-se como um espaço de vivência e de discussão dos
referenciais éticos, não uma instância normatizadora, mas um local social privilegiado de
construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação.
A escola como entidade educacional, deve preparar o cidadão para enfrentar essa
sociedade, sendo assim, o cidadão deve aprender os valores de uma vida vencedora, precisa
ser incentivado a trabalhar em grupo, a valorizar a vida em família, a ser capaz de praticar
ações de solidariedade, a respeitar o semelhante, e, sobretudo necessita ter garantida a sua
segurança.
Essa visão de educação gera a necessidade de uma gestão democrática, em que
toda a sociedade deve estar envolvida no processo educacional de forma dinâmica e
participativa.
7.1. AÇÕES PEDAGÓGICAS
Na tentativa de cumprir sua missão, o Colégio Rui Barbosa procura resgatar seus
pontos fracos e reforçar seus pontos fortes. Para isso a definição coletiva de suas ações é
imprescindível.
Sabemos que a defasagem de conteúdos, a reprovação e a evasão são pontos a
serem superados, então direção, equipe pedagógica e professores buscam a implementação de
ações que tragam a superação destas dificuldades, permitindo que o processo de
aprendizagem dos alunos, se desenvolva sem muito sofrimento.
51
Ações a serem desenvolvidas:

Esclarecimento sobre os direitos e deveres dos educandos, educadores e
demais funcionários, (cumprimento do regimento interno);

Escolha do professor coordenador e aluno representante de turma, no início do
período letivo, para um melhor encaminhamento pedagógico na instituição;

Realização de reuniões ordinárias e extraordinárias, com os pais dos alunos do
Ensino Fundamental e Médio, para discutir possíveis ações para melhorar o
rendimento escolar, incentivando para que acompanhem juntamente com a
escola, o processo de aprendizagem dos educandos, sendo que as reuniões
ordinárias referem-se às que ocorrem no início do ano letivo, para
definição/decisão do uso do uniforme, entre outros assuntos, e às reuniões
bimestrais. As reuniões extraordinárias ocorrem sempre que necessário.

Incentivo total ao desenvolvimento de atividades educacionais;

Aquisição de livros com novos títulos para facilitar a pesquisa na Biblioteca;

Implementar novas ações de incentivo a leitura;

Orientação vocacional: palestras com profissionais de diversas áreas, visitas a
instituições de ensino superior, aos alunos do Ensino Médio;

Reestruturação do pátio interno e rampas de acessibilidade;

Promoção de Curso Básico de LIBRAS (SEED);

Administrar, com a participação de professores, pais, funcionários e direção,
as verbas recebidas, de forma a atingir o objetivo maior que é a construção de
uma escola pública de qualidade;

Através de reuniões pedagógicas, estimular os professores a buscar
metodologias adequadas para a concretização do processo ensinoaprendizagem, construindo, dessa forma, um ambiente estimulador e
agradável em sala de aula.

Implantação da Educação em Tempo Integral, de forma gradativa a partir de
2013 para os alunos do Ensino Fundamental.
7.2. AÇÕES DESENVOLVIDAS COM PARCERIAS
52
 Secretaria Municipal de Educação e Saúde do Município: transporte; palestras
de prevenção relacionadas à Saúde; projetos referentes ao meio ambiente,
assistência aos educandos com profissionais da saúde (psicólogos, psiquiatras,
fonoaudiólogos e assistente social);
 Secretaria Municipal de Cultura e Esportes – jogos escolares municipais;
 Secretaria Municipal de Obras – cortes de grama e poda de árvores;
 Centro Integrado de Estágios dos Estudantes (CIEE) – alunos estagiários nas
empresas e indústrias do município;
 FAFIJAN – Parceria
7.3. ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO
A Proposta Política Pedagógica, o Regimento Escolar e o Regulamento Interno
legitimam e respaldam a organização interna do colégio nas dimensões administrativas,
organizacionais e pedagógicas, tais como: Conselho Escolar, Direção, Direção Auxiliar,
Secretaria, Equipe Administrativa, Equipe Pedagógica, APMF, Professores, Alunos, Serviços
Gerais, Laboratório de Informática e Biblioteca.
A boa organização interna do colégio é fator determinante e necessário para o
sucesso do desenvolvimento do trabalho escolar.
7.4. RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS
A escola como instituição se relaciona com uma série de outras instituições em
termo de relações hierárquicas de poder e relações sociais e interinstitucionais que dão forma
à sua ação e gestão.
O Colégio Rui Barbosa se relaciona com:
 Secretaria Estadual de Educação (SEED);
 Núcleo Regional da Educação de Apucarana;
 Conselho Escolar;
 Comunidade;
53
 Secretaria de Saúde;
 Família;
 Conselho Tutelar.
7.5. O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Além da transmissão, socialização e crítica da herança cultural acumulada, a
função social e política da escola pública, também é colaborar para a produção de um novo
saber, a fim de preparar o indivíduo para a vida da totalidade social. Isto implica em
instrumentalizar o cidadão para ler, entender e reelaborar o mundo em suas contradições e
possibilitar-se mudança na sua prática social.
Com base nesse pressuposto, a concepção de educação e projeto políticopedagógico, do Colégio Rui Barbosa, é definida a partir das necessidades da escola e daqueles
que dela precisam, através da mobilização dos segmentos de gestão de suas instâncias.
Sendo assim, as instâncias colegiadas desse colégio terão ao mesmo tempo a
função de acompanhar o desempenho do processo educacional, pedagógico, administrativo,
financeiro e político, como contribuir para que haja definição clara do tipo de escola que
intenta, requerendo a definição de fins. Essa distinção clara entre fins e meios, é essencial
para que as instâncias rompam com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e
o fazer.
Conselho Escolar: é um órgão coletivo, consultivo e fiscalizador, e atua nas
questões técnicas, pedagógicas, administrativas e financeiras da unidade escolar. Como órgão
coletivo, adota a gestão participativa e democrática da escola, a tomada de decisão consensual
visando à melhoria da qualidade do ensino.
O Conselho Escolar deste Colégio se reúne em datas previstas no calendário
escolar, estando sujeita a alterações que visem assegurar a qualidade do trabalho escolar em
termos administrativos, financeiros e pedagógicos.
O Conselho Escolar é constituído a cada 2 (dois) anos, tendo como membros
integrantes, professores e funcionários da escola, pais, alunos, direção e equipe pedagógica.
Ações realizadas pelo Conselho Escolar:
- Colaborar com a elaboração e aprovação do Projeto Político Pedagógico;
54
- Aprovar o plano administrativo da escola, sobre a programação e a aplicação de
recursos financeiros, propondo sugestões e alterações;
- Ajudar na construção, alteração, realimentação do Regimento Interno da escola;
- Acompanhar as ações educativas desenvolvidas na unidade escolar com o
objetivo de identificar os problemas e propor alternativas para melhorar o
desempenho no processo de ensino e aprendizagem;
- Acompanhar as ações gerais no âmbito escolar, a fim de garantir sua
legitimidade.
Conselho de Classe: órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa, em
assuntos didático-pedagógicos, com o objetivo de avaliar a apropriação dos conteúdos
curriculares, bem como para refletir a relação professor-aluno e analisar a prática pedagógica,
na busca de alternativas que garantam a efetivação do processo de ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe oportuniza ao professor o redimensionamento da sua
intervenção no processo de ensino, a revisão de metodologias, de alternativas de trabalho, a
criação de novos recursos didáticos, no sentido de conhecer melhor o aluno, a aprendizagem,
o ensino e a escola.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF):
É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, com o objetivo de
discutir as ações de assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e integração famíliaescola-comunidade, apresentando sugestões para apreciação do conselho escolar e equipe
pedagógico-administrativa.
Busca a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,
discutindo a política educacional, visando a realidade da comunidade, bem como, gere e
administra os recursos financeiros próprios, e os que lhes forem repassados através de
convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho
Escolar, com registro em livro ata.
Colabora com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações,
conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.
As eleições para Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF são
realizadas a cada 2 (dois) anos, podendo serem reeleitos por mais dois mandatos. As reuniões
acontecem periodicamente, de acordo com as necessidades, com a finalidade de atender às
atribuições que lhe competem, conforme o Estatuto.
55
8. AVALIAÇÃO, OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO, CRITÉRIOS
DE AVALIAÇÃO.
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo
aluno e redimensionar o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores e equipe
pedagógica.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser permanente e
cumulativa, bem como, deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período
letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a
totalidade do aproveitamento escolar tomado na sua melhor forma.
O processo avaliativo deve ser entendido como uma prática pedagógica que, ao
nortear as ações do educador, indica-lhe caminhos e possibilita-lhe reflexão dessas ações com
os educandos.
Sacristán (1998) refere-se à prática de avaliar, como uma ação esporádica ou
circunstancial dos professores e do âmbito escolar, mas algo muito presente na prática
pedagógica, e afirma que a prática da avaliação é explicitada pela forma como são realizadas
as funções que a instituição escolar desempenha e, por isso, sua realização vem condicionada
por numerosos aspectos e elementos pessoais, sociais e institucionais, ao mesmo tempo, ela
incide sobre todos os demais elementos envolvidos na escolarização, como, a transmissão de
conhecimento, as relações entre professores/as e alunos/as, as interações no grupo, os métodos
que se praticam a disciplina, as expectativas de alunos/as, professores/as e pais, a valorização
do indivíduo na sociedade (...) (p.295).
Considerando estas inter-relações cabe-nos analisar sistematicamente as funções
que a avaliação cumpre na prática educativa, para depois questionarmos os métodos e os
resultados.
No Colégio Estadual Rui Barbosa, a avaliação de aproveitamento escolar do aluno
tem por objetivo a verificação das aprendizagens qualitativa e quantitativa, com a
preponderância do aspecto qualitativo sobre o aspecto quantitativo.
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
56
É necessário assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de
atividades de recuperação, por meio de ações significativas e diversificadas que atendam a
pluralidade de demandas existentes na escola.
Tendo em vista que a recuperação se constitui num mecanismo que visa garantir a
superação de dificuldades e/ou defasagens específicas encontradas pelos alunos durante o
percurso escolar, deve ocorrer nas formas contínuas e paralelas.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o
período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo
obrigatória sua anotação no Livro Registro de classe.
As avaliações serão bimestrais e as médias deverão ser igual, ou superior a 6,0
para cada disciplina, conforme Regimento Escolar.
A recuperação paralela é, assim, um mecanismo que assegura o respeito e a
singularidade de cada sujeito, e ao mesmo tempo do grupo social. Portanto, não constitui-se
em um “favor dado”, mas em um direito assegurado, devendo o planejamento ser avaliado e
adequado às condições, também, de quem não aprendeu.
O sistema de avaliação adotado por este Estabelecimento de Ensino é bimestral e
será composto pela somatória das seguintes avaliações:

Nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades diversificadas;

Nota 5,0 (cinco vírgula zero) proveniente de prova(s) escrita ou oral.

Os componentes curriculares serão avaliados através de relatórios dos
professores, e pela participação dos alunos nas atividades de aprendizagem
proposta pelo professor, as quais devem estar de acordo com a Proposta
Pedagógica do Componente Curricular.
São objetivos da avaliação:

Acompanhar e verificar o desempenho e a aprendizagem dos conhecimentos;

Verificar se o aluno transfere conhecimento na resolução de situações novas;

Avaliar se o aluno está se apropriando dos conhecimentos e se estes estão
sendo significativos e contínuos;

Detectar, analisar e retomar a defasagem no aprendizado;

Repensar novas estratégias de trabalho em classe.
57
São Instrumentos de avaliação:
O Colégio utilizará diversos instrumentos no processo de avaliação e esta deverá
ser constante e continua. O aluno deve ser avaliado passo a passo.
Todo trabalho realizado com o aluno é em potencial um instrumento de avaliação.
Toda proposta de atividade deve levar o aluno a estar em contato com a construção do
conhecimento.
As verificações poderão ser informais: trabalhos, exercícios, seminários, debates,
dinâmicas, observações diárias, registros de atividades interação com a família, interação
dialógica com o aluno, auto-avaliação, atividades culturais e projetos, participação,
frequência, cumprimento de responsabilidade com tarefas e materiais, procedimento de
convívio social, fornecerão maior número de amostras.
Critérios de Avaliação:
O sistema de avaliação do Colégio Estadual Rui Barbosa compreende os critérios
de:
- Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
letivo;
- Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.
O aluno será avaliado, continuamente, pelo seu desempenho, na sala de aula, e por
meio de provas, trabalhos e tarefas.
As notas serão de zero a dez, vírgula zero e deverão refletir o desempenho global
do aluno.
Será promovido, o aluno com 75% de frequência do total das aulas e que obtiver
média final igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
Haverá recuperação (paralela), para o aluno que não obtiver média 6,0 (seis
vírgula zero) em cada disciplina, e para todos os alunos interessados em participar do
processo de recuperação, independente do rendimento escolar, atendendo o que preconiza a
LDBEN 9394/96 “... obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelas ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.” (Art.24, inciso V, alínea E).
58
9. PROGRESSÃO PARCIAL
A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até 03 (três) disciplinas, em regime seriado, poderá cursá-las
subsequente e concomitantemente às séries seguintes, conforme artigo 17 da Deliberação nº
09/01 – CEE.
Este Estabelecimento de Ensino não adota o Regime de Progressão Parcial. Para
os casos de recebimento de transferência de alunos com dependência em algumas disciplinas,
ou seja, com Progressão Parcial, o cumprimento das dependências será através de um plano
especial de estudos que ao término do ano letivo será arquivada na pasta individual do aluno.
No caso de transferência encaminhar a cópia do plano especial de estudos juntamente com o
documento de transferência.
10. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Segundo a Lei nº11. 788, de 25 de setembro de 2008, Art. 1º, “Estágio é ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação
especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e
adultos”.
O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das
diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta pedagógica do
curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito para aprovação e obtenção
de diploma. O estágio não obrigatório é atividade opcional, acrescida à carga horária regular e
obrigatória.
Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a compreensão
dos princípios científico-tecnológicos e históricos da produção moderna, de modo a orientar
os estagiários a desenvolverem as ações no ambiente de trabalho relacionando aos
conhecimentos universais necessários para compreendê-los a partir das relações de trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos
historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se
59
apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para
além de uma formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se
compreender o processo de produção em sua totalidade.
11. FORMAÇÃO CONTINUADA
A Formação Continuada deve-se à necessidade dos profissionais da educação de
buscar novos caminhos e/ou soluções para os desafios que se apresentam ao exercício do
processo educativo, ao compromisso das instituições educacionais envolvidas com a formação
continuada dos profissionais da educação e à necessidade de aprofundar cada vez mais as
relações entre as discussões acadêmicas e as análises políticas com as práticas pedagógicas,
sejam de gestão, sejam de metodologias de ensino. Esta a razão primeira para reunir
profissionais, pesquisadores, estudantes, órgãos gestores e instituições da área da educação
para, contribuindo com a sua atualização e aperfeiçoamento, chegar a uma maior qualificação
do processo ensino-aprendizagem, o compromisso de todos aqueles que estão envolvidos com
a educação escolar.
Estes eventos que compõe a Formação Continuada são organizados e
desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), através do Núcleo Regional de
Educação (NRE) e pelo próprio colégio.
Os profissionais deste Estabelecimento de Ensino participam de cursos oferecidos
pela SEED, como: Grupos de Estudos, Formação em Ação e Semana Pedagógica.
12. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros
da atividade escolar, devendo ser realizada através de procedimentos internos, definidos pelo
Colégio e externos, pelos órgãos colegiados.
A avaliação interna, realizada pelo Conselho de Classe em reuniões especialmente
convocadas, terá como objetivo a análise, orientação e reformulação, se necessário, dos
procedimentos pedagógicos, tendo como meta, o aprimoramento da qualidade do ensino,
sustentada por
procedimentos
de observação e registros contínuos, permitindo o
60
acompanhamento sistemático do processo de ensino e aprendizagem, de acordo com os
objetivos e metas constantes no Projeto Político Pedagógico.
Será avaliado também, o desempenho da equipe escolar, dos alunos e dos demais
funcionários, nos diferentes momentos do trabalho educacional e a participação da
comunidade escolar nas atividades propostas pelo Colégio.
A avaliação servirá como base para as mudanças no Projeto Político Pedagógico e
deverá acontecer semestralmente, a princípio com a participação da comunidade interna e
colocada à apreciação dos órgãos colegiados.
13. PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR.
A Evasão Escolar é uma realidade em nossas escolas e precisa ser combatida por toda
a sociedade e, em especial pela comunidade escolar e órgãos responsáveis por zelar pelo
direito das crianças e adolescentes de frequentar a escola e ter acesso ao saber sistematizado.
Existe uma série de fatores de ordem social que podem levar à evasão e acabam
repercutindo diretamente na escola, sendo assim, no Colégio Rui Barbosa, buscamos
amenizar, essa situação, através de contatos diários da equipe pedagógica junto aos
professores e demais funcionários, bem como através de contato com a família de alunos
faltosos e ou evadidos, por meio de telefonemas e/ou de comunicados escritos, ou ainda
utilizando o Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida, através
do encaminhamento de ofício ao Conselho Tutelar.
O Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida, foi
concebido pela Secretaria de Estado da Educação – SEED, em parceria com o Ministério
Público, com o objetivo maior de garantir que nenhuma criança fique fora da escola.
O instrumento para encaminhamento do aluno ausente, é um dos mecanismos
colocados à disposição da escola e da sociedade, para a sistematização de ações de combate à
evasão escolar.
No sistema de operacionalização do referido instrumento,
a atuação dos
envolvidos no processo educativo é essencial, além da participação da família e das
instituições educativas.
O principal agente desse processo é o professor, na medida em que, constatada a
ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos ou, então, 07 (sete) alternados, sem
justificativa, no período de um mês, esgotadas as iniciativas a seu cargo, comunicará o fato à
61
equipe pedagógica da escola, que entrará em contato com a família, orientando e adotando
procedimentos que possibilitem o retorno do aluno, conforme o Artigo 56, do Estatuto da
Criança e do Adolescente. Na escola, a direção, juntamente com a equipe pedagógica e com o
Conselho Escolar, realizará, no prazo de cinco dias, contato com o aluno e sua família,
buscando viabilizar o retorno do aluno à escola. Caso não seja solucionado o caso, a ficha será
encaminhada aos setores competentes da administração pública, serviços e programas de
proteção existentes.
Obtendo êxito com retorno do aluno à escola, a ficha é arquivada em pasta
própria.
14. DESENVOLVIMENTO SÓCIO EDUCACIONAL
14.1. PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
O uso de drogas tem sido uma prática disseminada em nossa sociedade e vem
trazendo desestruturação familiar, profissional, pessoal e social.
A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento sadio das crianças e
adolescentes, pois contribui diretamente para a formação integral dos educandos.
A prevenção ao uso de drogas e à violência é uma atitude a ser adquirida desde a
infância e promovida durante a vida. Assim, a função da escola na prevenção é colaborar para
que os educandos busquem desenvolver sua identidade e subjetividade, incentivando a
cidadania e a responsabilidade social, bem como assegurar que incorporem hábitos saudáveis
no seu cotidiano.
Dessa forma, buscamos desenvolver atividades interdisciplinares, que promovam
reflexões junto aos alunos, a fim de que percebam que a vida é prioridade absoluta e a
qualidade de vida é um direito a ser escolhido e priorizado pelo ser humano. Entre os
materiais utilizados para a fundamentação teórica, referente ao enfrentamento às drogas,
encontra-se o caderno temático dos Desafios Educacionais Contemporâneos – Prevenção ao
uso indevido de drogas.
14.2. VIOLÊNCIA NA ESCOLA
62
Em nossa cultura, a violência é entendida como o constrangimento físico ou
moral, o uso da força ou a coação.
Ainda, é próprio da violência, perturbar acordos e regras que pautam as relações,
o que lhe confere uma carga negativa.
Em nossos dias, têm sido crescentes as situações que expressam a violência “na” e
“da” escola, sendo, associado, principalmente aos graves problemas socioeconômicos, ao
declínio da autoridade dos pais e desprestígio à função dos professores, à violência
apresentada pelos meios de comunicação e pelos jogos eletrônicos.
Entendemos que é possível reduzir, até mesmo solucionar as situações que
revelam violência “na” e “da” escola, mas para isso é preciso promover ações que estreitem
os laços de convivência entre os atores da educação e a comunidade, pois quando a sociedade
percebe que a escola é um patrimônio que está colaborando para a construção da cidadania e
do bem comum, ela deixa de ser alvo, por exemplo, de roubo, de furto, de pichações.
Referente aos papéis desempenhados pelos profissionais que atuam no contexto escolar é
preciso ter clareza das atribuições, da função do diretor, pedagogos, professores, funcionários,
alunos e pais. Assim, o ponto central para o fortalecimento de ações para o enfrentamento à
violência, pode iniciar com a abertura da escola ao diálogo, bem como por meio da clareza
sobre nosso lugar como educadores e da instituição realizadora do direito à educação.
Para a realização de ações de enfrentamento à violência, utilizamos diversos
recursos pedagógicos, como vídeos, leituras diversas e o caderno temático dos Desafios
Educacionais Contemporâneos – enfrentamento à Violência na Escola.
15. INDISCIPLINA NA ESCOLA
Vivemos uma época de transição na educação brasileira.
Novas políticas educacionais, apontando novas visões teóricas e práticas
pedagógicas, tendo como centro a contextualização, a interdisciplinaridade, à construção da
cidadania, bem como, a apresentação de novos papéis a serem exercidos pelos educadores, e a
expectativa quanto ao desempenho dos alunos.
Nesse horizonte de mudanças desejadas, vemos um entrelaçamento de novos e
antigos desafios que instigam educadores e sistemas educacionais, entre eles, a indisciplina.
63
As questões referentes à indisciplina têm sido discutidas por diversos teóricos,
contudo, no Brasil, não há definição específica sobre o que é indisciplina escolar que é
considerada uma das principais inquietações dos educadores no cotidiano escolar.
A indisciplina vem afetando o contexto escolar em diversos aspectos, tais como as
relações interpessoais, em sala de aula, o desdobramento do currículo, e podem transtornar as
práticas educacionais.
Para planejar ações para superação da indisciplina na escola, é preciso uma
comunicação clara, das normas que possibilitem a compreensão pelos alunos, das atitudes de
disciplina estabelecidas através dos direitos, deveres, sanções e proibições dos alunos,
constantes no Regimento Escolar e das atribuições contidas no Estatuto da Criança e do
adolescente.
16. EDUCAÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE
As lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e pelo respeito à diversidade tem
sido constantes, durante todo o século XX e inicio do século XXI, no entanto, ainda
predominam atitudes e convenções discriminatórias, em todas as sociedades, sendo que se
apresentam como uma realidade persistente e naturalizada.
Temos desafios imensos a vencer tanto do ponto de vista objetivo, como a
ampliação de acesso à educação básica e de nível médio, quanto do ponto de vista subjetivo,
como o respeito e a valorização da diversidade. As discriminações de gênero, étnico-racial e
por orientação sexual, como também a violência homofóbica, são produzidas em todos os
espaços da vida social brasileira, inclusive na escola.
Além da existência de leis que assegurem a ampliação do acesso e exercício dos
direitos aos cidadãos, é necessário promover discussões com vistas à transformação de
mentalidades e práticas, motivando assim, a reflexão individual e coletiva para que haja
superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso.
A escola, para cumprir sua responsabilidade de colaborar para a formação de
cidadãos e cidadãs, precisa oferecer mecanismo que levem ao conhecimento e respeito das
culturas, das leis e normas, de modo desafiador e criterioso para que seus atores – aprendam a
escutar, a formular argumentos; a avaliar argumentos e situações e a trabalhar em equipe.
Com base nesses pressupostos, ações diversas têm sido desenvolvidas por
64
professores de modo interdisciplinar, buscando abrigar, por seus propósitos, pela
obrigatoriedade legal e por abrigar distintas diversidades (de origem, de gênero, sexo, étnicoracial, cultural), caminhos para a eliminação de preconceitos e de práticas discriminatórias
diversas.
17. AGENDA 21/EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.
O artigo 2º, da Lei de Educação Ambiental, Nº 9795/99, defende que educação
ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não formal.
Sendo assim, buscamos desenvolver atividades de Educação Ambiental, por meio do
que está defendido na Agenda 21 Escolar, pois os princípios da referida agenda defendem que
a escola é uma comunidade que tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos
momentos de instrução a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos
respectivos familiares e moradores de seu entorno. A escola, em suas novas atribuições,
estabelecidas passo a passo por técnicos do ensino, pode ser considerada o cérebro que
comanda um corpo maior, constituído pelos lares dos alunos e pela comunidade em que está
inserida, extrapolando em muito as estreitas divisas de seus muros e afetando diretamente a
vida de um volume de pessoas extremamente maior do que o mero número de estudantes que
a frequenta.
A Agenda 21 Escolar, constitui um marco de referência no percurso educativo,
pois a partir de ações educativas pode colaborar com a comunidade educativa para a
promoção e desenvolvimento de estratégias, onde se potencialize a cidadania. Para que isso
seja possível, atuamos na re/organização curricular, buscando desenvolver atividades
65
interdisciplinares diversas gestadas no âmbito da escola, bem como participamos das
atividades promovidas e/ou oferecidas por meio de programas afins.
18. AGRINHO
O Programa Agrinho teve seu início no ano de 1995, e na ocasião priorizou-se a
temática ambiental em decorrência da necessidade de responder aos problemas de extrema
gravidade no meio rural – o da contaminação da população por agrotóxico, sendo que o
primeiro material atendeu aos alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental.
Em 1996 iniciou-se a implementação do programa de forma piloto em cinco
municípios paranaenses.
A cada ano tem sido ampliado e aprofundado os temas, desde os relativos ao Meio
Ambiente (solo, biodiversidade, água e clima) como temas relativos à Cidadania, ao Trabalho,
Consumo, Temas Locais e Civismo. O concurso é dirigido aos alunos de Ensino Fundamental
regularmente matriculado, objetivando a elaboração de redações sobre os conteúdos
determinados.
O Agrinho é um programa de responsabilidade social realizado pelo sistema FAEP
(Federação da Agricultura do Estado do Paraná) em parceria com o governo do Estado do
Paraná, com Secretarias, Ministérios entre outros, conforme explicitado em regulamento
próprio.
19. PROVA BRASIL
A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) são
avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC). Têm o objetivo de avaliar a
qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes
padronizados e questionários socioeconômicos. Nos testes aplicados na quarta e oitava séries
(quinto e nono anos) do ensino fundamental e na terceira série do ensino médio, os estudantes
respondem a itens (questões) de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com
66
foco na resolução de problemas. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem
informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho.
Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a
questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho.
A partir das informações do SAEB e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e
municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da
educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a
correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e
financeiros para áreas identificadas como prioritárias. As médias de desempenho nessas
avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.
Além disso, os dados também estão disponíveis a toda a sociedade que, a partir
dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de
governo. No caso da Prova Brasil, ainda pode ser observado o desempenho específico das
escolas públicas urbanas do país.
Os dados dessas avaliações são comparáveis ao longo do tempo, ou seja, pode-se
acompanhar a evolução dos desempenhos das escolas, das redes e do sistema como um todo.
Em 2011, as escolas rurais de ensino fundamental com mais de 20 alunos nas séries avaliadas
também farão a Prova Brasil.
20. PROFUNCIONÁRIO
O Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos
Sistemas de Ensino Público (Profuncionário) promove a formação profissional técnica em
nível médio de funcionários das instituições públicas de ensino. A formação é realizada a
distância e tem duração média de dois anos, centrada em quatro habilitações: secretaria
escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos e infra-estrutura escolar. O Profuncionário
segue a Política de Formação Técnica dos Profissionais da Educação, no segmento
funcionários. É um programa do Ministério da Educação (MEC), realizado em parceria com
os estados, municípios e Distrito Federal.
67
21. OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP
É um projeto que vem criando um ambiente estimulante entre alunos e professores de
todo o país.
Voltada para a escola pública, seus estudantes e professores, a OBMEP, tem o
compromisso de mostrar a importância da Matemática para o futuro dos jovens e para o
desenvolvimento do Brasil.
Os alunos participantes são divididos em 3(três) níveis, de acordo com o grau de
escolaridade, conforme regulamento próprio.
22. INCLUSÃO
Garantido o acesso ao Ensino Fundamental e Médio através da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, 9394/96, as escolas públicas têm como desafio atender a todo o
aluno, independente de suas diferenças individuais, de sua condição social, valorizando a
diversidade humana.
O conceito de inclusão coerente com os interesses da educação pública, considera
não só os alunos com deficiências como aqueles que por motivos diversos estão excluídos da
sociedade, ou tiveram seus direitos humanos negados em determinados tempos históricos.
Assim, a escola pública tem por dever criar condições para que todos se sintam sujeitos do
processo de ensino e aprendizagem, valorizando o currículo básico e desenvolvendo ações
educacionais que promovam a inclusão.
Partindo desse princípio, o Colégio Estadual Rui Barbosa, prima pela valorização
do currículo disciplinar, nas séries finais do Ensino Fundamental e Médio, ofertando serviços
especializados, como os que se apresentam a seguir na Proposta Pedagógica Curricular, no
espaço destinado a esse fim, no corpo desse Projeto Político Pedagógico.
23. SERVIÇO DE APOIO ESPECIALIZADO
23.1. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
As Salas de Apoio à Aprendizagem foram criadas com o objetivo de atender às
defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6˚ ano e 9˚ ano do
Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contra turno, nas
68
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, objetivando trabalhar as dificuldades
referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas
espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares, respectivamente.
A carga horária é de 4 horas aulas semanais por disciplina, sendo trabalhadas por
professores habilitados e de preferência com experiência de ensino nas séries iniciais do
Ensino Fundamental.
Os alunos são selecionados através de avaliação diagnóstica inicial e/ou por
indicação dos professores inclusive de outras disciplinas. O resultado tem sido positivo, pois
alunos têm superado suas dificuldades e acompanhado seu grupo satisfatoriamente.
23.2. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL (TIPO 1), PARA OFERTA NA
EDUCAÇÃO BÁSICA, NAS ÁREAS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ,
DEFICIÊNCIA
FÍSICA
NEUROMOTORA,
TRANSTORNOS
GLOBAIS
DO
DESENVOLVIMENTO E TRANSTORNOS FUNCIONAIS.
De acordo com a RESOLUÇÃO 4459/11, a partir do início de ano de 2012, foi
alterada a denominação dos serviços de apoio pedagógicos especializados na modalidade da
Educação Especial, autorizados a funcionar nas instituições pertencentes ao Sistema Estadual
de Ensino do Paraná, passando a denominar-se - Sala de Recursos Multifuncional (Tipo 1),
para oferta na Educação Básica, nas áreas da deficiência intelectual, deficiência física
neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos específicos.
A Sala de Recursos Multifuncional (Tipo 1), na Educação Básica é um
atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a
escolarização de alunos que apresentam deficiência intelectual, deficiência física
neuromotora, transtornos funcionais específicos, matriculados na rede Pública de Ensino.
A Sala de Recursos Multifuncional (Tipo 1), possui como objetivo apoiar o
sistema de ensino, com vistas a complementar escolarização de alunos que apresentam
deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos funcionais específicos,
matriculados na rede Pública de Ensino.
O alunado designado a frequentar a referida sala, são os alunos matriculados na
rede pública de ensino com - Deficiência Intelectual, Deficiência física neuromotora,
Transtornos globais do desenvolvimento e Transtornos funcionais específicos.
Quanto à carga horária, a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo 1, na Educação
69
Básica terá autorização para funcionamento de 20horas/aulas semanais, sendo 16 horas/aula
para efetivo trabalho pedagógico e 4 (quatro) horas-atividade do professor, de acordo com a
legislação vigente.
Referente ao número máximo de alunos é de 20 (vinte) alunos com atendimento
por cronograma, O atendimento poderá ser individual ou em grupos, de modo a favorecer o
suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, consonante a área
específica, favorecendo seu acesso ao conhecimento.
O horário de atendimento ao aluno deverá ser em período contrário ao que está
matriculado e frequentando a classe comum.
A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo 1, na Educação Básica deverá atender
os alunos matriculados da escola onde está autorizada, assim como alunos de outras escolas
públicas da região.
O aluno frequentará a Sala o tempo necessário para superar as dificuldades e obter
êxito no processo de aprendizagem na classe comum.
O número de atendimento pedagógico deverá ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes
por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas/aula diárias. O professor desta sala deverá
registrar o controle de frequência dos alunos em Livro de Registro de Classe próprio do
sistema.
Questões quanto a documentação; matrícula e desligamento; critérios de
organização pedagógica (ação pedagógica, avaliação de ingresso, processos de avaliação
psicoeducacional no contexto escolar); acompanhamento; atribuições do professor da Sala e
Recursos Multifuncional Tipo1, Educação Básica e Critérios para solicitação de
autorização/renovação e/ou cessação de funcionamento da referida sala estão definidos
também na instrução Nº 016/2011 – SEED/SUED.
24. CELEM
A partir do ano letivo de 2006, o colégio passou a ofertar o CELEM (Centro de
Línguas Estrangeiras Modernas) de língua espanhola, como um ensino extracurricular,
plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino
Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e
Adultos. Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes educacionais.
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O CELEM é regulamentado pela Resolução Nº 3904/2008 e pela Instrução
Normativa Nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto Político
Pedagógico e do Regimento Escolar.
Anexo a este Projeto Político Pedagógico segue a Proposta Pedagógica do
CELEM.
25. PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM
CONTRATURNO
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, visa à
expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola, como complementação curricular,
de forma periódica e permanente, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e
de sua realidade objetiva viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em
atividades pedagógicos do seu interesse, possibilitando maior integração à comunidade
escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.
25.1. Atividade Complementar Periódica
Macrocampo: Mundo do Trabalho e Geração de Renda.
Atividade: Preparatório para o Vestibular
Turno: Noite
Público alvo: Ensino médio
25.2- Programa de Atividade Complementar Permanente
O Estabelecimento de Ensino oferece duas turmas com Atividades
Complementares Permanentes, sendo uma para o 7º ano e a outra para o 8º ano do Ensino
Fundamental. Em cada turma é desenvolvida cinco atividades distribuídas em 20 horas- aulas
semanais, no turno da tarde.
Os alunos são matriculados de acordo com a série/ ano que estudam. As
atividades são:
Macrocampo: Experimentação e Iniciação Científica
Atividade: Clube de Ciências
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Marcocampo: Tecnologia da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias.
Atividade: Informática e Tecnologias da Informação.
Macrocampo: Aprofundamento da Aprendizagem.
Atividade: Matemática.
Macrocampo: Aprofundamento da Aprendizagem.
Atividade: Português.
Macrocampo: Esporte e Lazer.
Atividade: Práticas Esportivas.
26. PROCESSO DE AVALIAÇÃO SERIADO (PAS/UEM)
O Processo de Avaliação Seriado é uma modalidade de processo seletivo para
ingresso no ensino superior, destinado aos alunos matriculados regularmente no Ensino
Médio. O processo abrange todas as séries desse nível de ensino. Ao final de cada uma delas,
o aluno presta exames e a pontuação obtida nessas provas é cumulativa às demais avaliação
das séries subsequentes. Assim, ao invés do aluno fazer um só exame ao final do terceiro ano,
como ocorre no concurso vestibular convencional, ele participa de avaliações seriadas, as
quais contemplam conteúdos específicos da série em que o aluno está matriculado no Ensino
Médio.
Nesse sistema de avaliação, o candidato tem a oportunidade de acumular os
pontos obtidos em cada um dos exames prestados para a composição do escore final utilizado
para a classificação ao curso pretendido. Apesar de já ser adotado em outros países, o
Processo de Avaliação Seriada tornou-se uma nova alternativa de ingresso no Ensino Superior
no Brasil, graças às mudanças educacionais garantidas pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação n.º 9394/96, respaldada por debates e discussões a respeito de alternativas
diferentes para o ingresso no Ensino Superior.
27. TV MULTIMÍDIA E TV PAULO FREIRE
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A Secretaria de Estado da Educação (SEED), desde 2003, vêm realizando diversas
ações que tem promovido a integração das mídias impressa e televisiva e a rede mundial de
computadores, a fim de estimular a produção de conteúdos educacionais e o contato de
professores e alunos com diferentes linguagens.
Nas escolas do Paraná, a inclusão digital configura uma realidade por meio da
ampliação da rede de inovações tecnológicas, que se efetiva num trabalho, que segue a
política educacional do estado e da melhoria da qualidade da educação para todos.
Os Educadores (direção, professores e membros da equipe pedagógica) do
Colégio Estadual Rui Barbosa, tem utilizado em larga escala esse valioso recurso didático,
visando o aprimoramento de sua prática pedagógica, bem como tem acessado a TV Paulo
Freire para a reflexão e o enriquecimento de suas atividades.
28. DIA DO DESAFIO
Nos anos de 2009 a 2013, alunos, professores, equipe pedagógica, direção e
demais funcionários participaram do “Dia do Desafio”.
Essa atividade propõe que as pessoas interrompam a rotina e pratiquem 15
minutos de atividade física. Nesse dia, cidades do mesmo porte estabelecem uma competição
para tentar envolver nas atividades, a maior porcentagem possível de pessoas, em relação ao
total de habitantes.
É uma disputa amiga que estimula a participação. No desafio, os vencedores são
as cidades que, além do corpo, exercitam a integração, a criatividade, a liderança, o espírito
comunitário e começam a compreender a importância de fazer da atividade física um hábito
para os outros dias do ano.
No ano de 2010, educadores da área de Educação Física do Colégio Estadual Rui
Barbosa estendeu o trabalho aos cidadãos das empresas, do comércio e demais moradores do
município de Jandaia do Sul.
29. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL
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O MINISTÉRIO DE ESTADO DA FAZENDA e o MINISTÉRIO DE ESTADO
DA EDUAÇÃO, através DECRETO Nº 1143/99 E da Portaria Interministerial nº 413, de 31
de dezembro de 2002, implementaram a Educação Tributária por Programa Nacional de
Educação Fiscal PNEF com os objetivos de promover e institucionalizar a Educação Fiscal
para o pleno exercício da cidadania, sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do
tributo, levar conhecimento ao cidadão sobre administração pública e criar condições para
uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.
O programa Estadual de Educação Fiscal promove formação continuada a
profissionais da educação para trabalhar esse tema em sala de aula. O objetivo é refletir sobre
a função dos impostos e oferecer aos educandos conhecimento de administração pública,
incentivando o acompanhamento das aplicações dos recursos públicos pela sociedade.
Vinculado ao Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), no Paraná é representado pelo
Grupo de Educação Fiscal Estadual (GEFE/PR), composto pela Secretaria de Estado da
Educação (SEED), Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI),
Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), Centro de Treinamento da Escola de Administração
Fazendária (Centro ESAF), Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e pela
Controladoria Geral da União (CGU).
30. PROINFO
O Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) promove o uso
pedagógico da informática na rede pública de ensino de todo o país, disponibilizando para as
escolas computadores, recursos multimídia e conteúdos educacionais. A infraestrutura dos
laboratórios de informática é mantida pelas secretarias de Educação dos estados e municípios.
O ProInfo Integrado oferece cursos de formação para professores e gestores das
escolas públicas, que aprendem o uso didático pedagógico das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC). O ProInfo foi implantado em 1996 pelo Governo Federal do Brasil, com
a colaboração do Ministério da Educação (MEC), do Conselho Nacional de Secretários
Estaduais de Educação (CONSED) e dos governos estaduais, por meio das secretarias de
Educação.
31. PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA
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O Plano de Desenvolvimento da Escola é um programa federal voltado para o
aperfeiçoamento da gestão escolar democrática e inclusiva. Ele busca auxiliar a escola a
identificar os seus principais desafios e, a partir daí, desenvolver e implementar ações que
melhorem seus resultados, oferecendo apoio técnico e financeiro para isso.
A Secretaria de Estado da Educação colabora com o Ministério da Educação
(MEC) orientando e acompanhando as escolas na elaboração de todas as etapas do Plano.
32. PARANÁ ALFABETIZADO
O Paraná Alfabetizado é uma parceria entre o Governo do Estado do Paraná e o
Ministério da Educação, Programa Brasil Alfabetizado, prefeituras municipais, demais
organizações governamentais e sociedade civil, coordenado pela Secretaria de Estado da
Educação.
O programa foi criado para buscar a alfabetização de pessoas analfabetas com 15
anos ou mais de idade. O processo de alfabetização tem duração prevista de oito meses, com
dez horas de aula por semana, e as turmas podem ser localizadas em escolas da rede estadual
ou municipal, centros comunitários e outros espaços físicos.
33. ENEM
O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos
processos seletivos das universidades públicas federais.
A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de
acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a
reestruturação dos currículos do ensino médio. As universidades possuem autonomia e
poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do novo exame como processo
seletivo:
• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;
• Como primeira fase;
• Combinado com o vestibular da instituição;
• Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.
75
34. PROGRAMA LEITE DAS CRIANÇAS
Para milhares de pessoas o Paraná começou a mudar para melhor. O Governo do
Estado do Paraná lançou o Programa “Leite das Crianças”, iniciando a distribuição de 1 litro
de leite para cada criança que precisa, cumprindo, não como uma promessa de campanha, mas
com a sua obrigação moral de levar a esperança para milhares de pessoas que vivem abaixo
da linha da pobreza, e não tem mais com o que contar, senão com a manifestação concreta da
solidariedade paranaense através dos programas sociais do Governo.
O Programa “Leite das Crianças” é a união da sociedade civil organizada e o
Governo do Paraná.
O Programa do Leite também assume um compromisso com o agricultor
paranaense. O Governo se compromete a apoiar o produto local gerando renda, empregos e
fortalecendo a agroindústria, devolvendo assim ao Estado do Paraná à sua verdadeira vocação
de desenvolvimento.
35. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Este documento representa a construção do pensamento coletivo de professores,
equipe pedagógica, direção, pais, alunos e funcionários envolvidos no processo educativo
desta instituição. Ele tem o objetivo de definir princípios, estabelecer políticas e estratégias
que garantam a aprendizagem de todos os alunos, com formação ética e com compromisso
social. Assim como as necessidades mudam, o pensamento em decorrência desta necessidade
também muda. Portanto, este projeto acompanhará esta evolução, uma vez que o coletivo
deste colégio está disposto à reflexão e discussões visando o cumprimento da função social da
escola como espaço da construção do conhecimento, para formar o cidadão capaz de um olhar
crítico sobre a sua realidade e da sociedade em que vive.
36. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARROYO, Miguel. Prática Pedagógica e currículo - Simpósio do VIII ENDIPE.
Florianópolis, INEP,1996.
76
BAFFI, Maria Adelia Teixeira. Projeto Pedagógico: um estudo introdutório. In.: BELLO, José
Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco, Rio de Janeiro, 2002.
Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/gppp03.htm>. Acesso em: dia mês ano.
Leis: questão racial e educacional. Lei n° 10639, que altera a lei n° 9394-96, de 09/01/2003.
Disponível em: http://www.mec.gov.br/cne/pdf/res012004
Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=98. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. 2009.
Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/. TV Multimídia.
Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpaulofreire/. TV Paulo Freire.
Deliberação 06/2009 – CEE/PR. Normatiza a Implementação do Ensino da Língua Espanhola
no Sistema de Ensino do Estado do Paraná.
DELORS, J. Educação - um tesouro a descobrir. São Paulo/Brasília, DF: MEC/UNESCO,
2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo,
Paz e Terra, 1997.
GADOTTI, Moacir. Escola cidadã: uma aula sobre a autonomia da escola. São Paulo, Cortez,
1992.
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Práxis. São Paulo, Cortez, 1995.
GANDIN, Danilo e Gandin, Luís Armando – Temas para um projeto político-pedagógico –
Editora Vozes: Petrópolis (RJ), 2003.
PACHECO, Eliezer e ARAUJO, Carlos Henrique. Um novo instrumento de gestão da
educação brasileira. O Globo. Dezembro 2005.
PADILHA, Paulo Roberto Padilha. Planejamento dialógico: como construir o projeto
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PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
Diretrizes Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental - Parecer n. 4/98 e Resolução n. 2/98.
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação do Campo. Versão preliminar.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1999.
PERRENOUD, P. Novas competências para ensinar. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000.
77
PIMENTA, Selma G. Formação de Professores – saberes da docência e identidade do
professor. Revista da Faculdade de Educação de São Paulo, SP, v. 22, n. 2, p. 72-89, jul. /
dez. 1996.
VEIGA, Ilma P. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 23. ed.
Campinas: Papirus, 2001.
_______ . Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 4. ed. Campinas: Papirus, 1998.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio.
Lei de Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Resolução CNE/CP n° 1,
junho de 2004.
Resolução n° 1, de 15 de maio de 2009 – Introduz a Sociologia e a Filosofia no Currículo do
Ensino Médio.
Lei do Ensino de História do Paraná.
INSTRUÇÃO 006/2009 – SUED/SEED-PR. Orienta os procedimentos do Estágio dos
estudantes da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, do Ensino Médio, da Educação
Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na Modalidade da Educação de Jovens e
Adultos.
Lei que institui a Hora-Atividade no Estado do Paraná – Lei n° 13.807 de 30 de setembro de
2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de
Políticas e Programas Educacionais. Cadernos Temáticos – Desafios Educacionais
Contemporâneos. Curitiba: SEED-PR. 2008.
Gênero e Diversidade na Escola. Formação de Professores em Gênero, Sexualidade,
Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais.
78
ANEXO I
BASE NACIONAL COMUM
79
ENSINO FUNDAMENTAL
37.
PROPOSTAS
CURRICULARES
DO
ENSINO
FUNDAMENTAL.BASE
NACIONAL COMUM
37.1 - ARTE
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: ARTE /ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: ANDREA AUGUSTINHO T. GOMES
FRANCIELE CRISTINA B. NUNES
EDMARA ANGELA B. BAYER
II APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Na educação, o ensino da arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos e artísticos contextualizados, aproximando-o do universo cultural da
humanidade nas suas diversas expressões.
A dimensão social das manifestações artísticas revela modos de perceber, sentir,
articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre o indivíduo e
a sociedade.
A Arte não é uma produção fragmentada, é uma área de conhecimento que interage
nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são
construções históricas que influenciam e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.
80
O Senso estético é uma maneira permanentemente válida de apreender o mundo e atuar sobre
ele, através de uma atividade dotada de sentido. Isto é especialmente válido quando
consideramos como objetivos da educação a realização das potencialidades do ser humano e
sua preparação para a cidadania.
Através da Arte e Educação é possível a prática verdadeira de respeitar, valorizar e
garantir ao educando uma formação completa de conteúdos práticos em sua existência. A Arte
humaniza.
Segundo Luzia de Maria (1998),p.59) , o que a arte busca é justamente preservar a
integridade dos homens, prover casa “SER” do alimento necessário para que ele se concretize
no sentido de “HUMANO”. E se a busca é pela humanização, mais do que justo será unir arte
e educação para que nosso mundo seja melhor.
Na maioria das vezes, a escola é o primeiro espaço formal onde o aluno tem contato com o
conhecimento sistematizado em arte, razão pela qual, deve ter acesso aos conteúdos
específicos desta área.
- Haverá a apresentação de dinâmicas com música, teatro, dança, pintura, artes manuais.
Formação estética de artes manuais.
- Industrialização – arte centrada em técnicas e habilidades.
- Livre expressão, inspiração, expressão individual.
- Escolinhas de arte – O ensino da arte como domínio de materiais, artes manuais.
- Humanização dos sentidos, fazer artístico e conhecimentos históricos.
III. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-Instrumentalizar o aluno como conjunto de saberes em arte que lhe permita utilizar o
conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.
-Observar as relações entre a Arte e a realidade, investigando, indagando interesse e
curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de
modo criativo.
-desenvolver no educando potencialidades crítico-expressivo, estruturando seu conhecimento,
segundo sua percepção e consciência do mundo em que vive, aliando o ver, o pensar, o fazer e
o criar.
-Possibilitar a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus
posicionamentos e tomadas de atitudes.
81
-Entender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção, imaginação e
reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la.
-Oportunizar ao aluno o conhecimento tanto erudito como popular, através dos movimentos
artísticos, patrimoniais e seus precursores.
IV CONTEÚDOS
ÁREA-MÚSICA
Elementos Formais:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição:
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico, indígena, popular, étnico, instrumental, etc.
Movimentos e Períodos
Grego romana
Oriental
Ocidental
Africana
Música Popular e Étnica
Indústria Cultural
Eletrônica
Rap, rock, tecno, etc.
ÁREA-ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS:
Ponto
82
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional
Figurativa
Geométrica
Simétrica/Assimétrica
Técnicas: pinturas, escultura, colagem, etc.
MOVIMENTOS E PERIODOS:
Arte Grego Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-história
Arte Indígena
Arte Popular
Arte Brasileira e Paranaense
Renascimento
Barroco
Indústria Cultural
Arte no séc.XX
Arte Contemporânea
Realismo
Vanguardas
ÁREA-TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem
83
Expressões: corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO
Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços.
Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, improvisação, manipulação, máscara,
mímica, formas animadas.
Gêneros: tragédia, comédia, circo, rua arena, caracterização, monólogo, direção, etc.
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica, etc.
Sonoplastia
Figurino
Iluminação
Cenografia
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Comédia Dell ‘Arte
Teatro Popular
Brasileiro e paranaense
Teatro Africano
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Teatro Engajado
Teatro Oprimido
Teatro Pobre
Teatro Absurdo
Vanguardas
ÁREA-DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
Movimento Corporal
Tempo
84
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Movimentos:
Articulares
Fluxo (livre e interrompido, conduzido)
Rápido e lento
Formação:
Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e indireto)
Dimensões (pequeno e grande)
Técnica:
Improvisação
Gênero:
Circular
Indústria Cultural
Espetáculo
Sonoplastia
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Musicais
85
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Dança Contemporânea, etc.
V - METODOLOGIA
Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a interação da percepção,
identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação de signos verbais e não
verbais manifestos nos bens culturais materiais e imateriais.
Buscar-se-á formas originais de expressar ideias com o grupo, promovendo
observações, experimentações, discussões e análises para que se possa entrar em contato, não
só com as formas de linguagens técnicas, mas também com ideias e reflexões propostas pelas
diferentes linguagens artísticas.
Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização
pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e apropriação; o trabalho
artístico, que é a prática criativa; o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um
sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a formação
de conceitos artísticos.
Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de produção artística,
mas também compreender o que faz e o que fazem pelo desenvolvimento da percepção
estética, no contato com o fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história,
política e social, e com o conjunto das relações.
Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da aprendizagem que
proporcionam conhecimentos específicos sobre a sua relação com o mundo. Tal percepção
possibilita leituras da realidade, permitindo uma reflexão mais ampla a respeito da sociedade
em que o sujeito está inserido e de outras com as quais ele estabelece relações.
Elementos da pratica pedagógica a serem utilizados.
Os conteúdos estão organizados de forma que compõem uma unidade. Para isso foram
selecionados enfoques a serem aprofundados em cada série para todas as áreas, Neste sentido,
os trabalhos com a 8ª série e 1º ano do Ensino Médio, prosseguem aprofundando conteúdos
vistos na série anterior, sendo agora oportuno relacionar o conhecimento com formas
artísticas populares e com o cotidiano do aluno.
86
11645/08 – altera a lei (9349 de 20 de dezembro de 1946) que estabelece as diretrizes
da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-Brasileira”.
VI - AVALIAÇÃO
A Avaliação da disciplina de arte é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a
referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos. É processual por pertencer a
todos os momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o
desenvolvimento das aulas e auto-avaliação do aluno.
A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de mediação a apreensão de
conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. A ser
processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos discute dificuldades e
progressos de cada um a partir da própria produção. Assim verifica-se o pensamento estético e
leva-se em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.
O método de avaliação proposto nas diretrizes inclui observação e registro do processo
de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos em suas criações. O professor
deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com
os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve
elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala,
com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção com os colegas,
sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de arte.
Critérios de Avaliação- Com este critério pretende-se avaliar se o aluno é capaz de
observar e apreciar as diversas formas de teatro, espaços cênicos distintos (bonecos, sombras,
circo, manifestação regional).
Diferentes instrumentos de avaliação e recuperação: Os alunos serão avaliados através
de prova escrita e oral os conteúdos básicos para a série estudados no bimestre e todo o
empenho na busca da apropriação destes conteúdos (pranchas de atividades de cada aula,
caderno-empenho, responsabilidade, pontualidades-tarefa de casa).
VII - BIBLIOGRAFIA
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.
MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano
Editorial.
87
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento
de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte-Paraná, 2008.
_______. Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.
_______. Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.
Versão preliminar, julho 2006.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa – 2012.
PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de
janeiro, Editora Ática.
37.2 - CIÊNCIAS
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: CIÊNCIAS /ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: DALVA DA CRUZ
ELISABETE PELISSARE BISPO PONTARA
JOSÉ MARCIANO FERREIRA
II -APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao
ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes
das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,
campo, energia e vida. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a
interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,
conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo
88
assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do
conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendêla e se apropriar dos seus recursos.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída,
que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas
(KNELLER, 19809; ANDERY et al.,1998).
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir
da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Fourez (1995),
modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de
fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõem a
Natureza. Muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas
também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o
produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980).
CONCEPÇÃO DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
A disciplina de Ciências constitui um conjunto de conhecimentos necessários para
compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo. Por isso,
estabelece relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em cujos
cenários estão os problemas reais, a prática social. Pode-se dizer que esse olhar para o objeto
de estudo tornou-se mais amplo e privilegia as relações e as realidades em estudo (SANTOS,
2005, p.58).
Pautado nessa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a
dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e
incertezas, e faz superar o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos, de modo a
dar prioridade á sua função social.
A Ciência é uma construção humana e coletiva e, como toda construção humana, o
conhecimento científico está em permanente transformação. As afirmações científicas são
provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definidas.
O ensino de Ciências deve atender as necessidades cotidianas das pessoas comuns e, ao
mesmo tempo alargar seus horizontes e suas criatividades. Busca-se então, um ensino de
89
ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes, cada vez mais, de construir
conhecimentos sobre a natureza mais próxima do conhecimento científico que de senso
comum. De qualquer forma, procura-se como ponto inicial para o ensino- aprendizagem de
Ciências os problemas com as quais os alunos se defrontam.
Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962) contribuiu
de forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento científico,
apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos
científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados fenômenos da natureza.
Para esse autor existem três grandes períodos do desenvolvimento do conhecimento
científico:
Estado pré-científico
O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período
marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Este estado
representa a busca da superação das explicações míticas, com base em sucessivas observações
empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos
conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII.
Essas publicações representam a busca por superação dos modelos explicativos
produzidos sob a influência do pensamento mítico e teológico.
Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de
modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da
Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.
Entretanto, esses modelos encontravam-se disseminados em meio a crenças essenciais
da magia e a Natureza era entendida sob o ponto de vista animista.
Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir
de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções imutáveis e
indivisíveis, os átomos (RONAN, 1997a; ANDERY et al, 2004). Pelo modelo atomista, os
átomos podem se mover e se combinar no espaço vazio e, assim, construir uma multiplicidade
de sistemas maiores que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas
(PONCZEK, 2002).
Aristóteles (século III a.C) propôs um modelo de Universo único, finito e eterno que
serviriam de base para o modelo geocêntrico. E, somente com Nicolau Copérnico (14731543) retomou-se o modelo heliocêntrico proposto por Aristarco de Samos (século III a.C)
90
Em meio a este contexto de superação do modelo geocêntrico, pensadores como Tycho
Brahe (1546-1601), Johannes Kepler (1571-1630), Galileu Galilei (1564-1642), René
Descartes (1596-1650), Isaac Newton (1643-1727) e outros, deixaram contribuições
importantes para o entendimento científico do modelo heliocêntrico. Este novo modelo
rompia com toda a síntese da física aristotélica que fundamentava o modelo geocêntrico.
O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos órgãos do
corpo humano (modelo organicista). Esse modelo organicista passou a sofrer interferências
das relações provenientes do período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a
mecânica passaram a ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do
organismo (modelo mecanicista). Tal modelo foi sistematizado pelos anatomistas do século
XVI, entre eles, o médico Willian Harvey (1578-1657).
Estado científico
O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo
estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da
Natureza. O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por
procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em
leis ou teorias.
Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram
questionados, pois no estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o
Universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as
evidências de mudanças na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a
transformação da matéria e a conservação de energia.
Dentre as inúmeras publicações, destacam-se Traité élémentaire de chimie (1789),
de Lavoisier; On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of
Favoured Races in the Struggle for Life, de Charles Darwin (1859); obras que podem
representar este período em que o conhecimento resultava da aplicação de um único método.
Estado do novo espírito científico
O estado do novo espírito científico configura-se como um período fortemente
marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a
tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços científicos. Segundo Sevcenko
(2001), mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos
91
últimos cem anos, destes, mais de dois terços após a Segunda Guerra Mundial. Ainda, cerca
de setenta por cento de todos os cientistas, engenheiros, técnicos e pesquisadores formados
desde o início do século XX ainda estão vivos, continuam a contribuir com pesquisas e
produzir conhecimento científico.
O ENSINO DE CIÊNCIAS NO BRASIL
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na
socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes
profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades
contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p. 162).
Os museus de história natural, juntamente com outras antigas instituições como as
universidades e os institutos de pesquisa, contribuíram para a consolidação e
institucionalização das ciências naturais no país ao longo do século XIX.
Na Primeira República (1889-1930), as poucas instituições escolares que existiam
nas cidades, frequentadas pelos filhos da elite, contratavam professores estrangeiros
dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter formativo. Aos filhos da classe
trabalhadora, principalmente agricultores, era destinado um ensino em que os professores não
tinham formação especializada, trabalhavam em várias escolas e ensinavam conhecimento
científico com caráter informativo (GHIRALDELLI JR., 1991).
A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas brasileiras
com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo de transmitir conhecimentos
científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência já consolidadas no
currículo escolar brasileiro.
Na década de 1940, com a Reforma Capanema, o ensino objetivava a preparação de
uma “elite condutora” e para tal, “a legislação era clara: a escola deveria contribuir para a
divisão de classes e, desde cedo, separar pelas diferenças de chances de aquisição cultural,
dirigentes e dirigidos” (GHIRALDELLI JR., 1991, p.34).
O país modernizava-se rapidamente e o parque industrial exigia uma qualificação de
mão-de-obra. Nesse contexto de modernização e industrialização, instituíram-se escolas de
formação profissional paralelas ao ensino secundário público.
92
Em meados da década de 50, o contexto mundial acompanhava uma tendência em
que ciência e tecnologia foram reconhecidas como atividades essenciais no desenvolvimento
econômico, cultural e social (KRASILCHIK, 2000). Esses movimentos, tanto internacionais
quanto nacionais, refletiram diretamente no ensino de Ciências interferindo, no caso
brasileiro, nas atividades realizadas pelo IBECC.
Na década de 60 pela necessidade de preparação dos estudantes “mais aptos” para a
defesa do progresso, da ciência e da tecnologia nacionais surge concepção de educação
científica centrada em aulas que procuravam reproduzir os modelos científicos por meio da
experimentação.
As decisões políticas instituídas na LDB n. 4024/61 apontaram para o fortalecimento
e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos avanços em relação às
reformas educacionais de décadas anteriores foi a ampliação da participação da disciplina de
Ciências Naturais no currículo escolar.
Porém, o golpe militar de 1964 impôs mudanças no sentido de direcionar o ensino
como um todo, envolvendo dessa forma os conhecimentos científicos para a formação do
trabalhador, “considerado agora peça importante para o desenvolvimento econômico do país”
(KRASILCHIK, 2000, p. 86).
Na década de 80 o ensino de Ciências orientava-se por um currículo centrado nos
conteúdos e atrelado a discussões sobre problemas sociais que se avolumaram no mundo, o
que mudava substancialmente os programas vigentes. Isso ocorreu porque as crises
ambientais, o aumento da poluição, a crise energética e a efervescência social, manifestada
em movimentos como a revolta estudantil e as lutas antissegregação racial, ocorridas entre
1960 e 1980, determinaram profundas transformações nas propostas das disciplinas científicas
em todos os níveis de ensino (KRASILCHIK, 2000, p. 89).
O objetivo primordial do ensino de Ciências, anteriormente focado na formação do
futuro cientista ou na qualificação do trabalhador, voltou-se, neste momento histórico, à
análise das implicações sociais da produção científica, com vistas a fornecer ao cidadão
elementos para viver melhor e participar do processo de redemocratização iniciado em 1985.
Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado
do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1°
grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica.
Ainda sob a LDB n. 5692/71, houve avanços consideráveis para o ensino de
Ciências, assegurando sua legitimidade e constituição de sua identidade para o momento
93
histórico vigente, pois valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três
eixos norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau, hoje Ensino
Fundamental, a saber: 1. Noções de Astronomia; 2. Transformação e Interação de Matéria e
Energia; e 3. Saúde - Melhoria da qualidade de vida.
Com a promulgação da LDB n. 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases para a
Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que
propunham uma nova organização curricular em âmbito federal. O Secretaria de Estado da
Educação do Paraná Currículo Básico para o Estado do Paraná foi, oficialmente, substituído
pelos PCN cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina de
Ciências, pois, nesse documento o quadro conceitual de referência da disciplina e sua
constituição histórica como campo do conhecimento ficaram em segundo plano.
Com os PCN, os conteúdos escolares das Ciências Naturais foram reorganizados em
eixos temáticos, a saber: 1. Terra e Universo; 2. Vida e Ambiente; 3. Ser humano e Saúde; e,
4. Tecnologia e Sociedade. No entanto, o ensino desses conteúdos sofreu interferência dos
projetos curriculares e extracurriculares propostos por instituições, fundações, organizações
não-governamentais (ONGs) e empresas que passaram a intervir na escola pública nesse
período histórico de orientação política neoliberal.
Neste momento histórico houve a supervalorização do trabalho com temas, como por
exemplo, a questão do lixo e da reciclagem, das drogas, dos valores, da sexualidade, do meio
ambiente, entre outros. Entretanto, os conceitos científicos escolares que fundamentam o
trabalho com esses temas não eram enfatizados. A ênfase no desenvolvimento de atitudes e
valores, bem como no trabalho pedagógico com os temas transversais, esvaziaram o ensino
dos conteúdos científicos na disciplina de Ciências.
Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e
estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir
novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o
ensino de Ciências com sua versão final editada em 2008.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes nesta Proposta Pedagógica Curricular são:
•
Astronomia
94
•
Matéria
•
Sistemas Biológicos
•
Energia
•
Biodiversidade
ASTRONOMIA
A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das
ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a
evolução do Universo. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários
para o entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da
disciplina de Ciências são:
•
universo;
•
sistema solar;
•
movimentos celestes e terrestres;
•
astros;
•
origem e evolução do universo;
•
gravitação universal.
MATÉRIA
No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos
que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como
objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994).
Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos são:
•
constituição da matéria;
•
propriedades da matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do
organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os
componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que
95
constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e
a respiração.
•
níveis de organização;
•
célula;
•
morfologia e fisiologia dos seres vivos;
•
mecanismos de herança genética.
ENERGIA
Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito
de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade.
•
formas de energia;
•
conservação de energia;
•
conversão de energia;
•
transmissão de energia.
Biodiversidade
Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a
compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados.
•
organização dos seres vivos;
•
sistemática;
•
ecossistemas;
•
interações ecológicas;
•
origem da vida;
•
evolução dos seres vivos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS
6º ano
CONTEÚDOS
ASTRO
ESTRUTURA
NOMIA
NTES
CONTEÚDOS
Univers
MATÉRIA
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Constituiçã
Níveis de
ENER
BIODIVERSID
GIA
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Formas
o
o
organização
da matéria
de
96
Organização dos
energia
seres vivos
Sistema
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ão
Movime
de Ecossistemas
energia
ntos
BÁSICOS
terres
Transmi
Evolução dos
tres
ssão
seres vivos
de
Movime
energia
ntos
celestes
Astros
7º ano
CONTEÚDOS
ASTRO
MATÉRI
SISTEMAS
ENER
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A
BIOLÓGICOS
GIA
SIDADE
TES
Astros
Célula
Formas
Origem da vida
de
CONTEÚDOS
BÁSICOS
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dos
Organização dos
seres vivos
Terrestre
Constituiçã
seres vivos
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da matéria
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Movime
de
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energia
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8º ano
CONTEÚDOS
ASTRO
MATÉRIA
SISTEMAS
ENER
BIODIVER
97
ESTRUTURAN
NOMIA
GIA
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BIOLÓGICOS
Origem e
CONTEÚDOS
BÁSICOS
SIDADE
Célula
Formas
evolução
Constituiçã
de
do
o
Morfologia e
Universo
da matéria
fisiologia dos
energia
Evolução dos
seres vivos
seres vivos
9º ano
CONTEÚDOS
ASTRO
ESTRUTURAN
NOMIA
MATÉRIA
Astros
Propriedade
BIOLÓGICOS
Morfologia
e Formas
Interações
s
fisiologia
ecológicas
da matéria
seres vivos
TES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
SISTEMAS
ENER
BIODIVER
GIA
SIDADE
dos de
energia
Gravitaç
ão
Mecanismos de Conserv
universal
herança
ação de
genética
energia
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Esta Proposta Pedagógica Curricular propõe para o ensino de Ciências uma prática
pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num único
método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam tão somente à
comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos estudantes.
Selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências tendo como
referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto
Político Pedagógico da escola; os interesses da realidade local e regional onde a escola está
98
inserida; a análise crítica dos livros didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e
informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente Ciências refletir a respeito das
abordagens e relações a serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes, básicos e
específicos e também, a respeito das expectativas de aprendizagem, das estratégias e recursos
a serem utilizados e dos critérios e instrumentos de avaliação.
Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em
sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico,
químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.
No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o
professor de Ciências deve prever a abordagem da cultura e história afro-brasileira (Lei
10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei
9.795/99).
AGENDA 21/EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.
O artigo 2º, da Lei de Educação Ambiental, Nº 9795/99, defende que educação
ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não-formal.
Sendo assim, buscamos desenvolver atividades de Educação Ambiental, por meio do
que está defendido na Agenda 21 Escolar, pois os princípios da referida agenda defendem que
a escola é uma comunidade que tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos
momentos de instrução a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos
respectivos familiares e moradores de seu entorno. A escola, em suas novas atribuições,
estabelecidas passo a passo por técnicos do ensino, pode ser considerada o cérebro que
comanda um corpo maior, constituído pelos lares dos alunos e pela comunidade em que está
inserida, extrapolando em muito as estreitas divisas de seus muros e afetando diretamente a
99
vida de um volume de pessoas extremamente maior do que o mero número de estudantes que
a freqüenta.
A Agenda 21 Escolar, constitui um marco de referência no percurso educativo, pois a
partir de ações educativas pode colaborar com a comunidade educativa para a promoção e
desenvolvimento de estratégias, onde se potencialize a cidadania. Para que isso seja possível,
atuamos na re/organização curricular, buscando desenvolver atividades interdisciplinares
diversas gestadas no âmbito da escola, bem como participamos das atividades promovidas
e/ou oferecidas por meio de programas afins.
EDUCAÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE
As lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e pelo respeito à diversidade tem
sido constantes, durante todo o século XX e inicio do século XXI, no entanto, ainda
predominam atitudes e convenções discriminatórias, em todas as sociedades, sendo que se
apresentam como uma realidade persistente e naturalizada.
Temos desafios imensos a vencer tanto do ponto de vista objetivo, como a
ampliação de acesso à educação básica e de nível médio, quanto do ponto de vista subjetivo,
como o respeito e a valorização da diversidade. As discriminações de gênero, étnico-racial e
por orientação sexual, como também a violência homofóbica, são produzidas em todos os
espaços da vida social brasileira, inclusive na escola.
Além da existência de leis que assegurem a ampliação do acesso e exercício dos
direitos aos cidadãos, é necessário promover discussões com vistas a transformação de
mentalidades e práticas, motivando assim, a reflexão individual e coletiva para que haja
superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso.
A escola, para cumprir sua responsabilidade de colaborar para a formação de
cidadãos e cidadãs, precisa oferecer mecanismo que levem ao conhecimento e respeito das
culturas, das leis e normas, de modo desafiador e criterioso para que seus atores – aprendam a
escutar, a formular argumentos; a avaliar argumentos e situações e a trabalhar em equipe.
Com base nesses pressupostos, ações diversas tem sido desenvolvidas por
professores de modo interdisciplinar, buscando abrigar, por seus propósitos, pela
obrigatoriedade legal e por abrigar distintas diversidades (de origem, de gênero, sexo, étnicoracial, cultural), caminhos para a eliminação de preconceitos e de práticas discriminatórias
diversas.
100
Aspectos importantes para a formação do professor e atividade pedagógica.
A história da ciência
Considera-se que a história da ciência contribui para a melhoria do ensino de ciências
porque propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares, prioritariamente sob
duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e como fonte de estudo que
permite ao professor compreender melhor os conceitos científicos, assim, enriquecendo suas
estratégias de ensino (BASTOS, 1998).
O professor de Ciências, ao optar pelo uso de documentos, textos, imagens e
registros da história da ciência como recurso pedagógico, está contribuindo para sua própria
formação científica, além de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo específico, pois
sem a história da ciência perde-se a fundamentação dos fatos e argumentos efetivamente
observados, propostos e discutidos em certas épocas. “Ensinar um resultado sem a
fundamentação é simplesmente doutrinar e não ensinar ciência” (MARTINS, 1990, p. 04).
A divulgação científica
Um importante papel da divulgação científica é servir de alternativa para suprir a
defasagem entre o conhecimento científico e o conhecimento científico escolar, permitindo a
veiculação em linguagem acessível do conhecimento que é produzido pela ciência e dos
métodos empregados nessa produção. Também, tem o papel de oportunizar ao professor de
Ciências o contato com o conhecimento científico atualizado contribuindo desta forma para
sua própria formação continuada (LINS DE BARROS, 2002).
O professor, ao optar pelo uso didático de materiais de divulgação científica como
revistas, jornais, documentários, visita a Museus e Centros de Ciências, entre outros, deve
considerar que este tipo de material não foi produzido originalmente para ser utilizado em sala
de aula e, por isso, requer uma adequação didática. Observando observar a qualidade
Na utilização de um texto de divulgação científica, por exemplo, o professor precisa
identificar os conceitos e/ou informações mais significativas, fazer recortes e inserções, além
de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
Elementos da prática pedagógica
As atividades experimentais
As atividades experimentais estão presentes no ensino de Ciências desde sua origem
e são estratégias de ensino fundamentais. Podem contribuir para a superação de obstáculos na
aprendizagem de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações, discussões e
confrontos de ideias entre os estudantes, mas também pela natureza investigativa.
101
Entende-se por atividade experimental toda atividade prática cujo objetivo inicial é a
observação seguida da demonstração ou da manipulação, utilizando-se de recursos como
vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou de materiais alternativos, a depender do
tipo de atividade e do espaço pedagógico planejado para sua realização.
Alguns elementos da prática pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências,
tais como:
A Abordagem Problematizadora
A ação de problematizar possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo
dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar, evidenciando-se
duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento de situações
significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, o professor
problematiza de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico.
A Relação Contextual
Contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas
sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no âmbito
pedagógico, se estabelece por meio de abordagens que fazem uso, necessariamente, de
conceitos teóricos precisos e claros, voltados para as experiências sociais dos sujeitos
históricos produtores do conhecimento.
A Relação Interdisciplinar
Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca,
nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto
de estudo de Ciências e o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.
A Pesquisa
.A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os
objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do
próprio estudante, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar idéias e
explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na
apresentação oral o estudante deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a
compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.
A Leitura científica
A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os
estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao
102
professor analisar o material a ser trabalhado, levando-se em conta o grau de dificuldade da
abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada.
A Atividade em grupo
No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências,
apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver espírito de
equipe e atitude colaborativa.
A Observação
A utilização desse elemento estimula, no estudante, a capacidade de observar
fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos.
Elementos da prática pedagógica
A Atividade Experimental
A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma
importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a
desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de
conceitos. Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que
podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais
alternativos aos convencionais.
Os Recursos instrucionais
Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações,
diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na
análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da
aprendizagem.
Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos em sala de aula porque
se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu trabalho com
o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos extraídos da observação,
das atividades experimentais, das relações contextuais e interdisciplinares, entre outros.
O Lúdico
O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de
instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais
como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor,
entre outros.
103
AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento fundamental para se obter informações sobre o
processo ensino-aprendizagem e precisa ser considerada como parte integrante no conjunto da
mediação didática, articulada com as estratégias utilizadas para o ensino dos conteúdos
específicos para cada série.
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua,
cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação deve fornecer ao professor informações sobre que foi aprendido pelos
alunos. Ela possibilita verificar se seus objetivos alcançados e informam o aluno sobre seu
desempenho, avanço e dificuldades. Essas informações tornam claras as expectativas de
aprendizagem e apontam as experiências educativas tidas como essenciais para o
desenvolvimento e socialização dos alunos. Assim, a avaliação é um mecanismo orientador,
com vistas aos constantes e necessários ajustes ao planejamento que deve nortear o trabalho
do professor, mas também instrumento de reformulação dos procedimentos didáticos a serem
realizados por ele.
Além de ser um processo contínuo e cumulativo, a avaliação precisa ser também
diagnóstica, funcional e integral. Como avaliação diagnóstica, deve possibilitar ao professor
verificar o que o aluno já sabe informação essa necessária como ponto de partida para o
aprofundamento dos conceitos a serem construídos: como funcional, deve verificar se estão
sendo alcançados os objetivos pretendidos; integral, deve analisar os aspectos cognitivos, os
comportamentais e as habilidades psicomotoras, elementos que se inter-relacionam e se
complementam.
São várias as formas possíveis para avaliar o aluno e pode-se utilizar de vários
instrumentos, podendo ser entre eles:
•
Provas (não classificatória);
•
Pesquisa bibliográfica;
•
Pesquisa de campo;
104
•
Seminários;
•
Produção de texto;
•
Interpretações;
•
Análise de textos, mapas e documentos;
•
Produção de narrativas históricas;
•
Construção de tabelas e gráficos;
•
Pesquisa bibliográfica;
•
Relatórios em aula de laboratório;
•
Dinâmicas em grupo;
•
Debates;
•
Júri simulado;
•
(Re) criação de jogos;
•
Trabalho em grupo;
•
Desenhos;
•
Auto-avaliação;
•
Elaboração de painéis, murais;
Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado passa a ter
significado real para o estudante e, por isso, interage “com ideias relevantes existentes na
estrutura cognitiva do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p. 56).
A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de
problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou
mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de
recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas
propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações. As questões da prova
precisam ser diversificadas e considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de
aula.
O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos que são critérios gerais em
Ciências estão sendo compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a
necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se.
Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensinoaprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
105
científicos escolares e do objeto de estudos de Ciências, visando uma aprendizagem realmente
significativa para sua vida.
REFERÊNCIAS:
CARAZAS, R.G.R. A escola como poder (artigo). Revista Profissão Docente On-line.
Disponível em http://www.Uniube.br/institucional/proreitoria/propep/revista/vol03 Último
acesso em 25/01/2006.
CARVALHO, A.M.P. e GIL-PÉRES, D. Formação de professores de ciências. São Paulo:
Cortez, 2001.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos.
Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado
Educação/Superintendência da Educação. -2008.
Documento de inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira.
SANTOS, W.L.P. e MORTIMER, E.F. Uma análise de pressupostos teóricos da
abordagem C-T-S (Ciência, Tecnologia e Sociedade) no contexto da educação brasileira.
Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências. V.02, n.2, dez. 2002. Disponível em
http://www.fae.ufmg.br.PDF. Ultimo acesso em 05/10/2006.
VALE, J.M.F. Educação científica e sociedade. In: Questões atuais no ensino de ciências
(Educação para a ciência).Roberto Nardi (org). Educação São Paulo: Escrituras Editora, 1998.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa- 2009.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Rui Barbosa, Ensino Fundamental e Médio
106
37.3 - EDUCAÇÃO FÍSICA
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA/ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: PRIMO DONIZETE MAIOLI
ELOÍSA CRISTINA R. FERNANDES
VERA LÚCIA DEGASPERE
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da Educação Física no Brasil nos remete à época do descobrimento e a
escravidão de índios e negros, onde seus escravistas queriam impor hábitos e práticas
diferentes a que sua cultura os habituava. Depois pela Ginástica Alemã, com a tentativa de dar
a importância ao intelecto e ao físico do homem detinha-se a função higienista. Com a
tentativa de buscar o interesse do aluno veio a escolanovismo. Mas com a ditadura militar, a
educação baseou-se na Pedagogia Tecnicista com princípios racionais, e como meta a
eficiência e produtividade com a finalidade de atingir uma melhor performance esportiva.
Na sociedade hodierna a Educação Física Escolar, entendida como área de
conhecimento que introduz e integra o aluno na cultura corporal do movimento, tem como
máxima proporcionar aos educadores atividades diversificadas das manifestações corporais,
contribuindo desta forma na construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar
as atividades às realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas,
cognitivas, sociais e econômicas.
Sendo assim as diversas formar de manifestações da cultura corporal podem ser
reproduzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas
aulas de Educação Física.
107
Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de valores
conceituais, entre eles: ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,
orientação sexual e relações de trabalho e consumo.
Percebe-se que a Educação Física Escolar, pode contribuir de forma significativa para
o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que ela ratifique-se e assuma-se
como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso da
educação formal.
A Educação Física Escolar, nesse PPC tem a intenção que sua práxis busque a
formação de indivíduos dotados de capacidade crítica e que esse por sua vez ajam de forma
autônoma e crítica no mundo da cultura corporal de movimento e que sua vez possa
transformá-la conforme as necessidades e entendimentos políticos, histórico, sociais,
econômicos e filosóficos.
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL
Os conteúdos estruturantes “são os conhecimentos de grande amplitude conceito e ou
práticas que identificam e organizam os campos de estudos”. DCE (2008)
6º ANO
CONTEÚDO
CONTEÚDO BÁSICO
ESTRUTURANTE
Esporte
Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda;
Jogos de tabuleiros
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
108
Ginástica
ginástica geral
Lutas
Dança
Ginástica circense
Ginástica rítmica
Capoeira
Danças criativas
7ºANO
CONTEÚDO
CONTEÚDO BÁSICO
ESTRUTURANTE
Esporte
Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Ginástica
Jogos de tabuleiros
Jogos cooperativos
ginástica geral
Lutas
DANÇA
Ginástica rítmica
Capoeira
Danças criativas
8ºANO
CONTEÚDO
CONTEÚDO BÁSICO
ESTRUTURANTE
Esporte
Coletivos
Individuais
____________________________________________
Jogos e brincadeiras
Radicais
Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiros
Jogos cooperativos
109
Ginástica
Ginástica geral
Lutas
Dança
Ginástica rítmica
Lutas que mantêm a distância
Danças de rua
Danças criativas ou circulares
9ºANO
CONTEÚDO
CONTEÚDO BÁSICO
ESTRUTURANTE
Esporte
Coletivos
Radicais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares (Jogos Dramáticos)
Jogos de tabuleiros
Ginástica
Jogos cooperativos
ginástica geral
Lutas
Dança
Ginástica rítmica
Lutas que mantêm a distância (Capoeira).
Danças
Criativas
IV- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Visando romper com o modo tradicional com que os conteúdos de Educação Física
tem sido tratados, torna-se necessário a integração e interligação das práticas corporais de
uma maneira mais reflexiva e contextualizada, o que se tornará possível por meio dos
elementos articuladores.
A Educação Física procurando a integração com o trabalho desenvolvido na escola,
coloca o seu programa curricular de forma séria e compromissada com a produção de
conhecimento que conduz o processo de ensino e aprendizagem.
110
Este processo será caracterizado pela participação efetiva do aluno e do professor com
trocas de experiências, conduzindo-os ao desenvolvimento do processo educativo que tem por
finalidade levar o aluno a autonomia do mundo da cultura corporal.
O professor de Educação Física será o mediador para sistematizar,organizar e produzir
uma cultura de conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o
diálogo com as diferentes culturas.Todos estes elementos,de forma direta ou indireta estão
pautados na corporalidade , entendida como expressão criativa e consciente do conjunto de
manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais, possibilitando a comunicação e a
interação do sujeito com o outro, com seu meio social e natural.
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em
conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as
estratégias prática social, problematização, instrumentalização.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção
do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é
colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao
incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,
2002, p.53).
ESTRATÉGIAS DE ENSINO A SEREM DESENVOLVIDOS:
 propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está
inserido..
 expor o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens
centradas na motricidade.
 construir os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes
e estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno.
 adicionar a inclusão.
 superar da educação física o caráter de mera atividade de “prática pela prática”.
 demonstrar a potencialização das formas de expressão do corpo.
111
 Do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama
 Do grupo em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes
 Do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que foi
proposto pelo próprio grupo, levando a reflexão das formas já naturalizadas de
preconceitos, sobre a domesticação e violência em relação ao corpo.
 utilizar da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar
conceitos próprios a partir de seu entendimento da realidade bem como relatálos com clareza e coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas
de educação física e associando-os às outras áreas do conhecimento, partindo de
análises próximas e suas relações com o mundo globalizado.
 aplicar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o
coletivo.
 Desenvolver atividades que construa junto aos alunos uma consciência
ecológica autônoma que saia do senso comum e seja rica em criticidade,
buscando a superação da visão positivista e neoliberal.
 Buscar a desconstrução do processo de naturalização das diferenças étnicoraciais, de
 gênero ou de orientação sexual, utilizando para tal os aspectos que envolvem
o mundo do movimento humano.
 Refletir sobre a violência praticada pelos sujeitos sociais, dentro e fora da
escola, utilizando para tal, as situações que ocorrem no dia-a-dia escolar e
principalmente nas aulas de educação física.
 Desenvolver projetos que leve os alunos a construírem conhecimentos em
relação as consequências do uso de drogas, levando-os a perceber o prejuízo
físico, social, econômico e cultural.
ELEMENTOS ARTICULADORES
•
O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas;
•
O desenvolvimento corporal e construção da saúde;
•
A relação do corpo com o mundo do trabalho;
•
O lazer como elemento essencial à promoção da qualidade de vida;
•
112
A diversidade étnico-racial e sua relação com o conhecimento do mundo
esportivo;
•
A mídia e sua influência no esporte-espetacular.)
V - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser individual
ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas que serão
registradas no Livro Registro de Classe.
A avaliação é um instrumento para ajudar o aluno a aprender, assegurando
espaço para os alunos arriscarem. E, ao arriscar-se, podem errar. O erro, não configura,
portanto, pecado ou ameaça, mas uma pista valiosa que permite investigar quais problemas os
processos de ensino- aprendizagem enfrenta e por quê. É a partir daí que devemos nos
orientar melhor e transformar eventuais erros de percurso em situações de aprendizagem,
resultando em avanços e eliminação de dificuldades.
A avaliação assume uma função formadora, uma vez que, o fim desse processo é a
aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação
da prática pedagógica.
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para registrar o
processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor
outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes e danças.
A
avaliação
dará
prioridade
aos
aspectos
de
participação,
cooperação,
responsabilidade, respeito mútuo.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E RECUPERAÇÃO DAS AVALIAÇÕES:
A recuperação será feita de forma paralela a avaliação. Sendo assim toda avaliação
será seguida, caso necessário de uma recuperação.
Os instrumentos de avaliações terão como máxima os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
113
A recuperação de estudo ocorrerá paralelamente ao processo de ensino aprendizado e
terá na sua intencionalidade, buscar que o aluno construa através de métodos diferenciados,
conhecimentos relacionados ao conteúdo proposto.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:
 Trabalhos e pesquisas;
 Avaliação teórica;
 Avaliação prática nas atividades de desenvolvimento técnico e tático.
 Avaliação da participação nos atividades propostas, considerando os aspectos:
colaboração, respeito e companheirismo.
Os instrumentos de avaliações terão como máxima os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, Valter, A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cadernos
CEDES, v.19 n.48. Campinas, 1999.
COLETIVO DE AUTORES.
Metodologia
do ensino da Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São
Paulo: Scipione, 1989.
GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO. Visão didática da Educação Física: análises
críticas e exemplos práticos de aulas. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1991.
GUILHERMETI, Paulo. Considerações sobre o entendimento da crise da Educação Física
Escolar. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v.2, n.1, p. 14-5, 1991.
GHIRALDELLI JR., Paulo. Educação Física Progressista. São Paulo: Loyola, 1989.
HILDEBRANDT, Reiner & LAGING, Ralf. Concepões abertas no ensino da Educação
Física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986.
KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino & mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.
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LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. Revista da Associação
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. 2008.
Introdução às diretrizes curriculares. Prof. Yvelise F.S. Arco-Verde (Org) Curitiba- Pr.
Projeto Político Pedagógico -
115
37.4 - PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO RELIGIOSA/ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: OLAIR VITÓRIO FABRÍCIO
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um número cada vez
maior de estudantes oriundos das classes populares. Ao assumir essa função, que
historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a necessidade de
discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer para
o país.
A depender das políticas públicas em vigor, o papel da escola define-se de formas
muito diferenciadas. Da perspectiva das teorias críticas da educação, as primeiras questões
que se apresentam são: Quem são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que
referências sociais e culturais trazem para a escola? Um sujeito é fruto de seu tempo histórico,
das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo
a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar.
Ao definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui para
determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre
currículo têm, em sua natureza, um forte caráter político.
Nestas diretrizes, propõe-se uma reorientação na política curricular com o objetivo de
construir uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos.
No espaço escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da Religião
Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império conforme determinava a Constituição
de 1824. Após a Proclamação da República o ensino passou a ser laico, público, gratuito e
obrigatório, rejeitando a hegemonia católica que exercia até então o monopólio do ensino. A
partir da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na
escola pública, porém, com matrícula facultativa. Passou por reformulações no decorrer da
116
história e em meado da década de 60, surgiram grandes debates, retomando a questão da
liberdade religiosa devido à pressão das tradições religiosas e da sociedade civil organizada
que partiu de diferentes manifestações religiosas.
O Ensino Religioso, legalmente perdeu sua função catequética, nesse contexto, pois
com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo curricular
centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado. Contudo, as aulas ainda
continuaram a ser ministradas por professores leigos e voluntários e culminava com o objetivo
de converter outros para sua própria religião.
A LDB 4024 / 61 determinava no Art. 97 que o Ensino Religioso seria de matricula
facultativa, sem ônus para o poder público, devia ser ministrado de acordo com a confissão
religiosa do aluno.
Em decorrência da Lei nº 5692 / 71 o Ensino Religioso foi implantado como disciplina
escolar em 1972 no estado do Paraná, a partir da criação da Associação Interconfessional de
Curitiba (ASSINTEC), sendo que a idéia dessa associação era arrecadar donativos para a
criança pobre com o objetivo de promovê-lo na escola pública, mas justificavam que não
bastava atender a criança carente em suas necessidades de alimentação, mas também
favorecer sua dimensão religiosa. O Ensino Religioso, de acordo com os princípios dessa
associação era formado por um pequeno grupo de caráter ecumênico.
Com a promulgação da nova LDBEN 9394 / 96, foi elaborada uma nova concepção do
Ensino Religioso, visando superar o caráter proselitista que marca a disciplina historicamente,
conforme ficou expresso no artigo 33. Porém, o texto da Lei, em sua redação original, não
contemplou todas as demandas da sociedade civil organizada, fazendo com que fosse
alterado. A lei nº 9475 / 97 dá nova redação ao artigo 33 e reza que o Ensino Religioso é de
matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina
dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica assegurando o respeito à
diversidade cultural religiosa do Brasil e vedadas quaisquer formas de proselitismo.
“Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação
brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de
impedir qualquer forma de prática catequética nas salas de aula públicas. A
perda do aspecto confessional rompeu com o modelo de ensino dos
assuntos religiosos, vigente desde as primeiras formas de consideração da
religião na educação brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela
117
disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica
sobre a qual se apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a
metodologia a ser utilizada no ensino, etc. Surgiram, desde então, oriundas
dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas pedagógicas que
pretendiam, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o
Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas.” (DCE.p.41)
Em 2002, o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a deliberação 03 / 02
que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do
Paraná e a SEED elaborou a Instrução Conjunta nº 001 / 02 do DEF / SEED que estabeleceu
as normas para esta disciplina na rede pública estadual.
No final de 2005, a SEED aprovou a Deliberação nº 01 / 06, em 10 / 02 / 2006, que
visa instituir novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual do Ensino do Paraná.
Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da humanidade, o
Ensino Religioso tem por base a diversidade expressa nas diferentes expressões religiosas e
pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas
advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes
fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
III - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso visa propiciar aos educandos a oportunidade de identificação e
entendimento sobre as diferentes manifestações religiosas presentes na Sociedade, de tal
forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve
favorecer o respeito a diversidade religiosa, em suas relações éticas e morais, relacionando-as
com as identidades culturais manifestadas pelos povos. A disciplina deve permitir que aos
educandos as diferentes formas culturais e suas relações com o Sagrado.
Um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino Religioso é efetivar uma
prática de ensino voltada para a superação do preconceito religioso, como também,
desprender-se do seu histórico confessional catequético, construção e consolidação do
respeito à diversidade cultural e religiosa. Assim, a disciplina de Ensino Religioso deve
oferecer subsídios para que os estudantes entendam como os grupos sociais se constituem
culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer
118
relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de religiosidade.
O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o
direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por consequência, o direito à
liberdade individual e política e o desenvolvimento da cidadania.
É necessário, superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um
determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação
religiosa ou moral impõe um modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e
excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de
criação de novos valores.
Propõe-se então um ensino e aprendizagem que estimule a construção do
conhecimento pelo debate, pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida – real e
metódica –, do confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição
competente de conteúdos formalizados. Opõe-se, portanto, a um modelo educacional que
centra o ensino tão-somente na transmissão dos conteúdos pelo professor, o que reduz as
possibilidades de participação do aluno e não atende a diversidade cultural e religiosa.
IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O 6º ANO:
1. Organizações Religiosas
As organizações religiosas estão baseadas nos princípios fundamentais legitimando a
intenção original do fundador e os seus preceitos. Assim estabelecem fundamentos, normas e
funções a fim de compor elementos mais ou menos determinados que unem os adeptos
religiosos e definem o sistema religioso.
As
organizações
religiosas
compõem
os
sistemas
religiosos
de
modo
institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase das principais características,
estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de
compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser destacados:
• os fundadores e/ou líderes religiosos;
119
• as estruturas hierárquicas.
Ao tratar dos líderes ou fundadores das religiões, o professor enfatizará as implicações
da relação que eles estabelecem com o Sagrado, quanto a sua visão de mundo, atitudes,
produções escritas, posições político-ideológica, etc.
Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais e seus respectivos
líderes estão: o budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo), confucionismo
(Confúcio), o espiritismo (Allan Kardec), o taoísmo (Lao Tsé), etc.
2. Lugares Sagrados
Lugar é o espaço familiar para o sujeito, é o local onde se dão suas relações diárias.
Constrói-se o entendimento de lugar na relação de afetividade e de identidade onde o
particular e histórico acontecem. O que torna um lugar Sagrado é a identificação e o valor
atribuído a ele, ou seja, onde ocorreram manifestações culturais religiosas. Assim, os lugares
Sagrados são simbolicamente onde o Sagrado se manifesta. Destacam-se:
• lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.;
• lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.
No processo pedagógico, professor e aluno podem identificar lugares Sagrados para as
diferentes tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes, tais como morte,
nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder religioso. A peregrinação,
a reverência, o culto e as principais práticas de expressão religiosa também consagram
porções do espaço e as tornam lugares Sagrados. Os templos, as sinagogas, as igrejas, as
mesquitas, os cemitérios, as catacumbas, as criptas e os mausoléus, assim como elementos da
natureza quando consagrados, constituem igualmente lugares Sagrados. Para as culturas
indígenas e aborígines, por exemplo, os rios, montanhas, campos, etc são extensões das
divindades e, por essa razão, são Sagrados.
3. Textos Sagrados orais ou escritos
São ensinamentos Sagrados, transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas, expressos na literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas, poemas,
orações, pinturas rupestres, tatuagens, histórias da origem de cada povo contadas pelos mais
120
velhos, escritas cuneiformes, hierógrifos egípcios, etc. Entre eles, destacam-se os textos
grafados tal como o dos Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o Torá, o Al Corão e também
os textos Sagrados das tradições orais das culturas africana e indígena.
4. Símbolos Religiosos
Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel
relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo.
Neste contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa que veicule uma concepção; pode
ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação
matemática, cores, textos e outros que podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:
• dos ritos;
• dos mitos;
• do cotidiano.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os
paramentos, os objetos, etc.
6º ANO.
•
Diferenciação entre aulas de religião e Ensino Religioso;
•
Identificação da diversidade religiosa para promoção do respeito à mesma;
•
Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira como
asseguradora da liberdade religiosa;
•
Direito a professar a fé enquanto expressão e opinião individual e coletiva;
•
Direito à reunião e associação religiosa pacífica;
•
Direitos humanos e sua vinculação com a espiritualidade;
•
Ensinamentos orais e escritos transmitidos pelas diferentes culturas religiosas;
•
Caracterização dos lugares e templos sagrados, sendo eles naturais ou construídos pela
comunidade religiosa;
•
Identificação das instituições religiosas, abrangendo os sistemas, estrutura, dinâmica
social, fundadores, líderes e estruturas hierárquicas;
121
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O 7º ANO
1. Temporalidade Sagrada
O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta de homogeneidade e
continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana, experimenta a passagem do tempo
em que, basicamente, um momento é igual ao outro, na vida religiosa, o homem experimenta
momentos qualitativamente diferentes. Os momentos das atividades ordinárias como o
trabalho, a alimentação e o estudo são – apesar da possibilidade de serem sacralizados –, de
maneira geral, semelhantes e podem seguramente ser substituídos uns pelos outros. O tempo
da revelação do Sagrado constitui, por outro lado, o momento privilegiado em que o humano
se liga ao divino.
Nos ritos, nas festas, nas orações, o homem experimenta um momento especial que
pode ser sempre recuperado em outra ocasião. Por essa razão, os ritos são,
predominantemente, periódicos. O tempo profano, por sua vez, não pode nunca ser
recuperado, pois é entendido segundo a ideia de uma sucessão de “agoras”. O passado nunca
pode ser, nesse sentido, revivido. Ele dá lugar constantemente ao presente em que se está.
O tempo profano está ligado, essencialmente, à existência humana. Inicia-se com o
nascimento do homem e tem seu fim com a morte. O tempo do divino está, por outro lado,
além da vida simplesmente animal do homem e, por isso, se caracteriza geralmente pela ideia
de eternidade. Ao homem religioso está sempre aberta a possibilidade de parar a duração
temporal profana e, por meio de ritos e celebrações, entrar em contato com o Sagrado. Essa
ideia de tempo Sagrado é justamente no que fundamenta a perspectiva de vida após a morte
que marca, essencialmente, as religiões.
Pode-se trabalhar a temporalidade Sagrada apresentando nas aulas de Ensino Religioso
o evento da criação nas diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos Sagrados
(nascimento do líder religioso, passagem de ano, datas de rituais, festas, dias da semana,
calendários religiosos). Entre os exemplos podemos citar o Natal (cristão), Kumba Mela
(hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano) e outros.
2. Festas Religiosas
122
Festas Religiosas são os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com
objetivo da reatualização de um acontecimento primordial: confraternização, rememoração
dos símbolos, períodos ou datas importantes. Entre eles, destacam-se:
• peregrinações;
• festas familiares;
• festas nos templos;
• datas comemorativas.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado (budista),
Ramadã (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaica),
Natal (cristã).
3. Ritos
Ritos são celebrações das tradições e manifestações religiosas que possibilitam um
encontro interpessoal. Essas celebrações são formadas por um conjunto de rituais. Podem ser
compreendidas como a recapitulação de um acontecimento Sagrado anterior; servem à
memória e à preservação da identidade de diferentes tradições e manifestações religiosas, e
podem remeter a possibilidades futuras decorrentes de transformações contemporâneas. Os
ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços Sagrados. Dentre as
celebrações dos rituais nem todos possuem a mesma função. Destacam-se:
• os ritos de passagem;
• os mortuários;
• os propiciatórios, entre outros.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o candomblé, o kiki
(kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita, etc.
4. Vida e morte
As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida além da morte, as
respostas elaboradas nas diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o
Sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações: o sentido da vida nas tradições
e manifestações religiosas; a reencarnação: além da morte, ancestralidade, espíritos dos
antepassados que se tornam presentes, e outras; ressurreição; apresentação da forma como
123
cada cultura/organização religiosa encara a questão da morte e a maneira como lidam com o
culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.
7º ANO
•
Os diferentes símbolos religiosos e o reconhecimento de seus significados;
•
Os rituais religiosos evidenciando as estruturas de culto e as transformações
apresentadas pelas mesmas no decorrer da História;
•
Preservação das diferentes identidades religiosas, suas tradições e manifestações;
•
As festividades religiosas: confraternização, culto dos símbolos, períodos e datas
importantes;
•
Peregrinações pelos locais sagrados;
•
Conhecimento das diferentes manifestações religiosas quanto a vida e a morte,
estabelecendo
compreensão
da
reencarnação,
ressurreição,
além
morte
ancestralidade e outros.
V - METODOLOGIA
O Ensino Religioso deve ter por fundamento o constante repensar sobre as formas
metodológicas. Assim, esta disciplina deve ser utilizada pelo professor a fim de valorizar o
respeito às diversas manifestações religiosas. Propor encaminhamento metodológico para a
disciplina de Ensino Religioso, mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais
a serem adotados em sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam
esse trabalho, pois, uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a
novos métodos de investigação, análise e ensino.
A disciplina conduz ao rompimento do que seria uma aula de religião, propondo o
conhecimento das várias visões sobre a espiritualidade, proporcionando o respeito ao outro.
O Ensino Religioso propõe a integração das demais ciências sociais, mas sem deixar de lado o
foco, ou seja, o Sagrado.
A interdisciplinariedade é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo,
pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo,
assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso.
124
Pretende-se evitar o estudo hegemônico de determinadas religiosidades. O que se
espera é a maior quantidade possível de análises sobre a vasta gama de religiosidades
existentes.
Assim, os conteúdos devem visar a diversidade, não a imposição de uma crença. Dessa
forma, gera-se a diminuição do preconceito e discriminação de qualquer expressão religiosa.
VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário estabelecer os
instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do conteúdo
específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras disciplinas. A avaliação
pode revelar também em que medida a prática pedagógica, fundamentada no pressuposto do
respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para a transformação social.
Deve-se elaborar “ferramentas” que auxiliem o registro contínuo de como o aluno está
apropriando as diferentes formas de ver o Sagrado, identificando o quanto os conteúdos
passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações religiosas.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em
diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser tomadas
como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:
• o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm
opções religiosas diferentes da sua?
• o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
• o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada
grupo social?
• o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do
Sagrado?
Instrumentos de avaliação:
•
Fórum de discussão;
•
Trabalhos sobre vários temas contemporâneos;
•
Pesquisa;
O que se pretende com o Ensino Religioso é o respeito à diversidade cultural. Assim, o
125
professor deve perceber os avanços nesta relação de integração social. Caso isto não venha
ocorrer, muda-se o processo metodológico respeitando as diretrizes curriculares.
Mesmo que a disciplina não haja aferimento através de notas ou conceitos que impliquem a
aprovação ou reprovação do aluno, requer-se o registro formal do processo avaliativo,
demonstrando a verificação dos progressos obtidos através da disciplina.
VII - BIBLIOGRAFIA
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.
COSTELLA, Domenico. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: Junqueira,
Sérgio, Wagner, Raul. O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.
ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Tratado de História
das Religiões. trad N. Nunes & F. Tomaz, Lisboa:Cosmos, 1977
Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental – versão preliminar.2009
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso do Ensino Fundamental – versão preliminar.
Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental.
BRASIL, Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, 1934.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1967.
BRASIL, Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL, Lei nº 9.475, de 22 de julho de 1997.
CALLAI, H. C. Estudar o lugar para compreender o mundo. in: CASTROGIOVANNI,
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CLASTRES, P. A fala sagrada: mitos e cantos Sagrados dos índios guarani.
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ESPINOSA, B. Tratado Teológico-Político. Brasília: Imprensa Nacional.
PARANÁ, . Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes c
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WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.
126
37.5 - PROPOSTA CURRICULAR – GEOGRAFIA
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: IVANETE PINHEIRO
JULIANA RUIZ KOBAYASHI
OLAIR VITÓRIO FABRÍCIO
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
“Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado,
estabelecendo-se entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a
rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto da verdade atemporal dado
a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para as críticas às
contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade
contemporânea e propicie compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação
artística nos contextos em que elas se constituem”. (DCEs/PR.2008). Nestas Diretrizes
Curriculares, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o
espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela interrelação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações –
relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996). .
Estabelecer relações com a natureza faz parte das estratégias de sobrevivência dos
grupos, que através da observação foram adquirindo um melhor entendimento da dinâmica
dos elementos naturais, tais como: a dinâmica das estações do ano, a dinâmica dos ventos, o
movimento das marés, as variações climáticas. Conhecimentos que o ajudaram numa relação
maior com a natureza e modificá-la em benefício próprio. Os Mesopotâmicos e Egípcios, por
exemplo, analisaram os regimes fluviais dos rios Tigre, Eufrates e Nilo respectivamente,
associado aos estudos de geometria, para demarcar áreas de cultivo já que as cheias desses
rios contribuíam para o processo de irrigação de áreas agricultáveis.
127
As incursões marítimas pelo Mediterrâneo e posteriormente pelo Atlântico, também
necessitaram de um maior conhecimento geográfico, com o intuito de expansão do Mundo
Conhecido até a Antiguidade clássica, como forma de ampliação das fronteiras políticas e
econômicas.
Dessa forma a apropriação dos conhecimentos geográficos é muito mais que um saber
escolar, pois o mesmo vincula-se diretamente com a vida do aluno, que detentor deste saber,
pode sem dúvida utilizá-lo como ferramenta de transformações pessoal, e, principalmente
social do Mundo no qual se insere.
“Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é algo importante para a vida em
sociedade, em particular para o desempenho das funções de cidadão. Cada cidadão ao
conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, bem como as de
outros lugares, pode comparar, explicar, compreender e especializar as múltiplas relações que
diferentes sociedades em épocas variadas estabeleceram com a natureza na construção de seu
espaço geográfico.”
O papel da Geografia escolar e, portanto, a visão que os alunos têm dela vem sofrendo
mudanças no sentido de se construir uma Geografia que dialogue com o espaço mais próximo
do aluno, que pode variar do local ao global.
A abordagem adotada, natureza e sociedade devem estar interligadas, proporcionando
condições para investigações e entendimento. Espera-se com este enfoque conscientizar o
aluno, que a natureza é transformada em produto através do trabalho humano e que seu
relacionamento com ela é que assegura sua própria existência.
Dessa forma, o estudo da Geografia promoverá a construção da cidadania tornando o
aluno crítico participativo, atuante, responsável e comprometido com os valores humanos e
com a sociedade onde está inserido.
Paralelo aos conteúdos de Geografia, serão trabalhados também, conteúdos de
Geografia do Paraná.
III - CONTEÚDOS BÁSICOS E ESTRUTURANTES
A disciplina de geografia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre si
e com outras áreas de conhecimento, priorizar o desenvolvimento de conteúdos
cientificamente produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes.
128
Os conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem
hierarquizados.
“Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do
conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de geografia, porque demarcam e
articulam o que é próprio do conhecimento geográfico” (DCEs/PR).
Os mesmos são:
-Dimensão econômica do espaço geográfico.
-Dimensão política do espaço geográfico.
-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
-Dimensão socioambiental do espaço geográfico
6º ANO:
-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração produção.
-A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
-A distribuição espacial das atividades produtivas e a re (organização) do espaço geográfico.
-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
-A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
7º ANO:
-As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
-Movimentos migratórios e suas motivações.
129
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
-A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.
-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
8ºANO:
-As diversas regionalizações do espaço.
-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano.
-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
-O comércio em suas implicações socioespaciais.
-A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.
-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
-Os movimentos migratórios e suas motivações.
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-A formação, localização e utilização dos recursos naturais.
9ºANO:
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
-A revolução tecno-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
-O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
130
-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização
do espaço geográfico.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
-O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
IV - METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento
geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um
planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação. (CAVALCANTI,
1998).
É importante o aluno perceber que as informações sobre o mundo podem ser
registradas por meio de diferentes linguagens, e que um mesmo assunto pode ser tratado sob
diferentes pontos de vista.
As atividades serão realizadas de modo que permitam a compreensão da integração
existente entre o mundo físico e o social, coordenado, para que os educando consolidem seus
conhecimentos.
O estudo da Geografia tem como meta oferecer ao aluno os estímulos para que eles
desenvolvam sua capacidade de análise crítica sobre a realidade que o cerca. Para isso é
necessário que a Geografia forneça ferramentas, que são conceitos e definições sobre os
fenômenos que ocorrem na superfície terrestre. É preciso que o aluno aprenda a manipulá-la
na observação do problema e adquira uma habilidade específica na sua resolução.
Portanto, entende-se na abordagem acima que os métodos utilizados nas aulas de
geografia são: Método Expositivo, Método Analítico, Problematização, Método de Ensino
Socializado, Método de Ensino Individualizado, Método Dialógico.
Para alcançar os objetivos propostos pretende-se utilizar diferentes recursos como:
estudos de textos, confecções e leituras de mapas (cartografia), exposições de temas,
relatórios de filmes, estudo de caso, pesquisas individuais ou em grupos, resoluções de
exercícios, apreensão de conceitos, debates, elaboração de sínteses e interpretação de gráficos
e tabelas, jogos diversos, exposições orais, etc. As tecnologias que serão utilizadas são: TV,
131
pen drive, rádio, quadro-de-giz, jogos online, hipertexto, PPT, recortes colagens, pesquisas,
fotografias, leitura de imagens, DVD, CD, etc.
Pretende-se contemplar na disciplina de geografia o que consta na legislação vigente,
quanto às ações de inclusão dos Desafios Educacionais Contemporâneos e através de
atividades diversas oportunizar a implementação da Lei nº 11.645/08-História e Cultura dos
Povos Indígenas, Lei nº 10.639- História e Cultura Brasileiras e Africanas e Lei 9795/99Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos humanos, Educação Fiscal,
Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
V - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a
avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e processual.
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do
processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática
pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse
processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão
sobre a ação da prática pedagógica.
A avaliação é um instrumento cuja finalidade não é simplesmente aferir ao aluno uma
classificação numérica, ou seja, através de notas ou menções, mas sim tem o intuito da
formação integral do mesmo. Onde as notas são meramente indicadoras para retomada da
prática pedagógica adotada pelo docente.
A partir dos levantamentos obtidos através do processo de avaliação cabe ao professor
uma análise minuciosa das maiores dificuldades e potencialidades no contexto da sala de aula.
Cabe ao professor utilizar a avaliação em geografia, como instrumento de aprendizagem que
permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
A avaliação é um precioso meio pelo qual o professor pode acompanhar as
manifestações de aprendizagem de seus alunos, examinar a validade de sua prática
pedagógica e, ainda, a sua atuação docente a fim de respeitar as diferentes formas de
expressão que um grupo heterogêneo de alunos apresenta, o professor pode se valer de vários
instrumentos de avaliação.
132
Toda avaliação deve ser registrada através de testes objetivos e subjetivos, pesquisas,
relatórios, empenho e criatividade. O professor deverá também verificar de forma reflexiva
todo o seu trabalho pedagógico se houve ou não assimilação e compreensão dos alunos em
relação ao que foi trabalhado.
Neste processo também será necessário, diversificar as
técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o
professor pode usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos
alunos, como:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• pesquisas bibliográficas;
• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, estudos de texto,
confecção e leitura de mapas, exposição de temas, relatórios, estudos de casos, pesquisa em
livros e revistas, resolução de exercícios, elaboração de sínteses, elaboração e interpretação de
gráfico e tabelas, provas escritas e orais.
A recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os
encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.
VI - REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso – Geografia e Participação – Volume 4, Editora Scipione.
GUIMARÃES, Raul Borges – Construindo a Geografia –
- Diretrizes curriculares da educação inclusiva.
- Diretrizes curriculares de Geografia para o ensino fundamental – Versão 2008.
- Diretrizes curriculares para a educação das relações étnica – raciais.
GUIMARÃES, Raul Borges – Construindo a Geografia –
Lei nº 10.609 de 09 de janeiro de 2003.
Projeto Araribá – 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série – Obra coletiva, desenvolvida e produzia pela Editora
Moderna.
133
37.6 - PROPOSTA CURRICULAR – HISTÓRIA
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: HISTÓRIA/ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: ALLAN MARQUES DO ROSÁRIO
APARECIDA DE FÁTIMA GASPARELLO BIN
MARGARETE FERLE
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História, enquanto disciplina escolar terá como espaço de tempo abordado os anos
de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se expor as principais características
do currículo da disciplina, suas permanências e mudanças, juntamente com a inserção da
produção historiográfica nas práticas escolares. Além disso, as sugestões para os conteúdos
estruturantes devem privilegiar campos da investigação da historia cultural, social, econômica
e política, com significativa tematização dos esmos e à luz da Nova História Cultural,
inserindo, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão.
A intenção e objetivo da história é o aluno desenvolva a capacidade de observar,
extrair informações e interpretar características da realidade do seu entorno, estabelecendo
relações entre as conjunturas atuais e históricas, pois quando nos propomos a levar aos alunos
os vastos conteúdos históricos, o mesmo não pode se limitar a uma simples enumeração
cronológica dos fatos ou pertencer ao modelo eurocentrista de estudo sobre a História.
Dessa forma, o ensino de História favorece a formação do aluno como cidadão,
construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, de certa forma, que assuma a
participação nas esferas sociais, políticas, econômicas, através de uma atitude crítica da
realidade na qual se insere, além de possibilitar ao aluno refletir sobre os seus valores e suas
práticas cotidianas e relacioná-las com as problemáticas históricas, proporcionando, por sua
vez, uma interligação entre passado e o presente.
Paralelo aos conteúdos de História, serão trabalhados, conteúdos de História do
Paraná.
134
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para seleção dos conteúdos a serem trabalhados no Ensino Fundamental, deve-se levar
em conta que os conceitos utilizados na disciplina de história são historicamente construídos,
tendo por sua vez, uma forte relação com o processo de surgimento e constituição das
diversas formações sociais. Estes conceitos são instrumentos que permitem ao professor e ao
aluno refletir sobre a prática, construindo assim, a percepção da formação da consciência
histórica nesses sujeitos.
Os conteúdos estruturantes apontam para o estudo das ações e relações humanas
que constituem o processo histórico, o qual é dinâmico, e por meio deles o professor
discorrerá sobre os problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas.
Destacando-se entre elas, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura AfroBrasileira, da História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história do
nosso país, mas, até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino.
- Relações de trabalho;
- Relações de poder;
- Relações culturais.
Os mesmos deverão ser trabalhados dentro de uma perspectiva que permitirá a
abordagem da história em diferentes épocas e espaços físicos, mas com relações reflexivas
semelhantes no processo de conhecimento histórico. É importante destacar que tais dimensões
visam a busca de grandes sínteses.
CONTEÚDOS BÁSICOS 6ºs ANOS:
* A experiência humana no tempo;
* Os sujeitos e suas relações com outro no tempo;
* As culturas locais e a cultura comum.
CONTEÚDOS BÁSICOS 7º ANO:
* As relações de propriedade;
135
* A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
* As relações entre o campo e a cidade;
* Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
CONTEÚDOS BÁSICOS 8º ANO:
* História das relações da humanidade com o trabalho;
* O trabalho e a vida em sociedade;
* O trabalho e as contradições da modernidade;
* Os trabalhadores e as conquistas de direito.
CONTEÚDOS BÁSICOS 9º ANO:
* Constituição das instituições sociais;
* A formação do Estado;
* Sujeitos, Guerras e revoluções.
IV - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Por possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como pronta e
definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes Curriculares de
Historia, elaboradas por uma equipe de professores da SEED, possuem como fundamentação
teórico-metodológicas suporte na historiografia intitulada Nova Historia Cultural ou Nova
Esquerda Inglesa, que realizam as críticas aos modelos das “verdades”, das generalizações e
dos determinismos. Essa nova proposta metodológica norteia o trabalho dos professores de
história para que aborde com maior ênfase, em sala de aula, a história cultural, a história
“vista de baixo para cima”, a utilização de documentos históricos, tematização entre o macro
e a micro história, amenizando, desta forma, os modelos eurocêntricos e pré-estabelecidos.
Na investigação histórica, considera-se importante a utilização de fontes documentais
expressas em gravuras, desenhos, gráficos, mapas, fotografias, filmes e discursos orais
pesquisados nos trabalhos de campo, que ajudam a buscar informações sócio-econômicas e
culturais no passado e as relacionar com o presente, identificando as permanências e as
136
transformações no desenvolvimento da humanidade como um todo e não de forma
centralizadora (europeia).
A interdisciplinaridade da História com as demais Ciências Humanas deve ser
encarada como forma de contribuição para pó saber histórico, essas ciências auxiliares, tais
como a geografia, sociologia, antropologia, etc; ajudam o aluno a uma maior compreensão da
diversidade cultural e das diferentes formas de linguagem e expressões com a qual a História
trabalha.
É importante ressaltar também, a valorização da Cultura Indígena e seus saberes, que
se faz com conteúdos que se relacionam à sua formação e organização no território brasileiro,
que instrumentalize os alunos a compreenderem o mundo em que vivem.
Será de grande importância trabalhar conteúdos de História do Paraná, voltados para a análise
dos fatos históricos que se estendem desde as primeiras expedições exploradas, no século
XVI, até os dias atuais.
Referente à Cultura Afro-brasileira, o ensino de História procura demonstrar a
possibilidade do convívio pacífico dos diversos grupos étnico-raciais, reforçando a auto
estima dos alunos negros e procurando demonstrar a importância de seus antepassados para a
formação da nação brasileira. Tudo isso possui o objetivo primordial de desconstruir o mito
da democracia racial, que é a condição necessária para se alterar a produção e o ensino da
história do negro no Brasil.
V - AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, através do desenvolvimento das
atividades em sala de aula e fora dela, pesquisas, textos, relatórios, questões de múltipla
escolha, cruzadas e outras, que possibilitarão uma análise crítica do processo de ensinoaprendizagem tanto do professor quanto dos alunos.
Esse método avaliativo, articulado com os conteúdos estruturantes, deverá privilegiar
todos os educando e não apenas aqueles que possuem facilidade e memorização, minimizando
a competição e o individualismo e promovendo a socialização do conhecimento.
137
VI - BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares:
o que diz as leis. Lei nº. 10.639. Brasília, 2003.
HISTORIA DO PARANÁ – Cadernos Pedagógicos, SEED – PR, 2008
PARANÁ. Diretrizes curriculares: Ensino Médio – História. Curitiba: SEED, 2006
PROJETO ARARIBÁ – Obra Coletiva – Ed. Moderna.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA
138
37.7 - PROPOSTA PEDAGÓGICA - LÍNGUA PORTUGUESA
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: LUCILENE MARIA DE OLIVEIRA
LUZIA APARECIDA BORGES RAVANELI
ROSEMARY CLÁUDIA MARQUES
SUELI APARECIDA ROS FAJARDO DOS SANTOS
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa
disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino
da Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino,
seja pela discussão dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na
construção da proposta.
A nossa proposta tem como base a concepção sociointeracionista de linguagem. Em
outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de
comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e
com os outros.
Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a
linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente
perante os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que
geram a linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem
garante sua própria existência e significação.
139
Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos
histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim, apropriar-se de
uma língua significa também apreender seus significados culturais.
É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da
cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente e o
sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz,
na atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da
predominância do trabalho linguístico, sustentamos a importância de valorizar a pluralidade
de linguagens, já que essas também veiculam valores, ideologias, estereótipos e diferentes
visões de mundo.
A
concepção
sociointeracionista
da
linguagem
contrapõe-se
às
visões
conservadoras da língua, que a tem como um objeto autônomo, sem história e sem
interferência de elementos sociais. Tal concepção reconhece um sujeito que é ativo em
sua produção linguística, que realiza um trabalho que é resultado da exploração,
consciente ou não, dos recursos formais e expressivos que a língua coloca à disposição do
falante. Além disso, também considera a presença do outro, ou seja, percebe que a
linguagem não é um ato individual, o outro se inscreve tanto no ato de
recepção/decodificação da mensagem, como no ato de sua emissão/codificação, pois no
momento em que a mensagem está sendo construída pelo emissor, o outro é condição
necessária para a existência do texto. À medida que o produtor imagina leituras nãodesejadas pelos eventuais leitores, mais clareza e pistas tende a deixar em sua produção.
O professor adepto da concepção sociointeracionista não concebe a língua como
um sistema fechado, portanto, não tenta fazer com que seus alunos se apropriem dela, seu
trabalho é possibilitar aos alunos o contato com diversos textos/contextos em que a
linguagem se faz necessária, para que o aluno aprenda a adequá-la às diversas situações
que encontra em seu dia-a-dia, situações formais e informais, orais e escritas. Para as
produções, há um levantamento de ideias relacionadas ao assunto proposto, com
discussões que possibilitem argumentações a favor ou contra as ideias enfocadas. Em
decorrência desse trabalho, aparece nos textos a heterogeneidade de vozes, que não
reproduzem simplesmente a palavra dita pela escola ou as palavras alheias, mas a palavra
do próprio aluno.
Desse modo, o professor se coloca como um interlocutor, encarando o aluno como
sujeito de seu discurso. Com esse procedimento, o professor questiona, sugere, provoca
140
reações, exige explicações sobre as informações ausentes no texto, contrapõe à palavra do
aluno uma contra-palavra, refutando, polemizando, concordando e negociando sentidos
mediante as pistas deixadas no texto. Tudo isso para que o texto alcance o efeito de
sentido proposto pelo autor. O texto não é visto como um produto, mas como um
processo, como um trabalho que deve ser explorado, valorizado e vinculado aos usos
sociais.
III - OBJETIVOS

Mostrar a importância do domínio da língua padrão para o acesso a todo tipo de saber,
conhecimento e informação.

Sensibilizar o educando sobre a importância do ato de ler.

Melhorar as condições de expressão oral e escrita.

Possibilitar a interpretação de textos com a identificação das ideias básicas, de suas
especialidades, com reconhecimento das intenções e objetivos.

Criar condições para a montagem de textos com coerência, fluência de ideias e logicidade.

Fornecer subsídios para uma correta ortografia, pontuação e emprego de noções
gramaticais.
IV - CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA,
TRABALHADOS - 6ºANO
LEITURA E ORALIDADE. - ANÁLISE
LINGUÍSTICA
•
Tema do texto;
 Adivinhas
•
Papel do locutor e interlocutor;
 Anedotas
•
Finalidade do texto;
141
 Bilhetes
•
Argumentos do texto;
 Cantigas de roda
•
Elementos
extralinguísticos:
entonação,
pausas, gestos e outros;
 Cartão
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Léxico;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala.
•
Variações linguísticas;
•
Contexto de produção;
 Lendas
•
Informatividade;
 Cartazes
•
Divisão do texto em parágrafo;
 Músicas
•
Processo de formação de palavras;
 Piadas
•
Acentuação gráfica/ortografia;
 Quadrinhas
•
Concordância verbal/nominal;
 Receitas
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
 Convites
 Aviso
 Biografias
 Autobiografia
 Contos de fadas
 Tirinhas
 Trava-língua
 Poemas
 Cartum
 Tiras
gírias,
repetição,
recursos
semânticos,
função das classes gramaticais, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem.
 Classificados
 Regras de jogo
 Rótulos/embalagens
 Fábulas
 História em Quadrinho
 Narrativas de Enigmas
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM
PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA,
TRABALHADOS - 7ºANO
ORALIDADE. - ANÁLISE LINGUÍSTICA
142
 Narrativa
de
aventura/  Tema do texto;
fantásticas/míticas
 Papel do locutor e interlocutor;
 Narrativas de humor
 Finalidade do texto;
 Crônica de ficção
 Argumentos do texto;
 Fábulas
 Intertextualidade;
 Músicas/Letras de Música
 Ambiguidade;
 Paródias
 Informações explícitas e implícitas ;
 Lendas
 Elementos
 Diário
extralinguísticos: entonação,
pausas, gestos e outros;
 Exposição oral
 Discurso direto e indireto;
 Debate
 Elementos composicionais do gênero;
 Causos
 Léxico;
 Comunicado
 Adequação do discurso ao gênero;
 Provérbios
 Turnos de fala;
 Notícia
 Variações linguísticas;
 Reportagem
 Contexto de produção;
 Horóscopo
 Informatividade;
 Manchete
 Divisão do texto em parágrafo;
 Manchete
 Processo de formação de palavras;
 Classificados
 Acentuação gráfica/ortografia;
 Fotos
 Concordância verbal/nominal;
 Placas
 Marcas linguísticas: coesão, coerência,
 Pinturas
repetição, gírias, recursos semânticos,
 Propagandas/slogan
função das classes gramaticais, pontuação,
 Histórias em quadrinhos
recursos gráficos (como aspas, travessão,
 Bulas
negrito), figuras de linguagem.
 Semântica.
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM
PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA,
TRABALHADOS - 8ºANO
ORALIDADE. - ANÁLISE LINGUÍSTICA
143



Contos populares

Conteúdo temático

Contos

Papel do locutor e interlocutor;

Memórias

Finalidade do texto;

Resumo

Argumentos do texto;

Debate

Intertextualidade;

Palestras

Vozes sociais presentes no texto;

Pesquisa

Ambiguidade;

Relatório

Informações explícitas e implícitas ;

Exposição oral

Elementos

Mesa redonda

Abaixoassinado

Discurso direto e indireto;

Entrevista (oral e escrita)

Elementos composicionais do gênero;

Seminário

Relação de causa e consequência entre as

Carta ao leitor

Carta do leitor

Léxico;

Depoimento

Adequação do discurso ao gênero;

Artigo de opinião

Turnos de fala;

Cartum

Variações linguísticas;

Charge

Contexto de produção;

Classificados

Informatividade;

Anúncios

Divisão do texto em parágrafo;

Crônica jornalística

Processo de formação de palavras;

Diálogo/discussão argumentativa

Acentuação gráfica/ortografia;

Cartazes

Concordância verbal/nominal;

Comercial para TV

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

Filmes
repetição,

Resenha crítica
função das classes gramaticais, pontuação,

Sinopses de filmes
recursos gráficos (como aspas, travessão,

Vídeo Clip
negrito), figuras de linguagem.

Blog

Chat
extralinguísticos:
entonação,
pausas, gestos e outros;
partes e elementos do texto;

gírias,
recursos
semânticos,
Papel sintático e estilístico dos pronomes
na organização, retomadas e sequenciação
Fotoblog
do texto.

Semântica.
144
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- significado das palavras;
- expressões que denotam ironia e humor no
texto.
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM
PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA,
TRABALHADOS - 9ºANO
ORALIDADE. - ANÁLISE LINGUÍSTICA

Conteúdo temático

Crônicas de ficção

Papel do locutor e interlocutor;

Literatura de cordel

Intencionalidade do texto;

Memórias

Informatividade;

Pinturas

Argumentos do texto;

Romances

Conteúdo de produção;

Poesias

Intertextualidade;

Músicas

Discurso ideológico no texto;

Resumo

Vozes sociais presentes no texto;

Paródias

Elementos

Relatório

Cartazes

Discurso direto e indireto;

Resenha

Elementos composicionais do gênero;

Seminário

Léxico;

Texto de opinião

Adequação do discurso ao gênero;

Diálogo/discussão argumentativa

Turnos de fala.

Carta ao leitor

Variações

Editorial

Entrevista

Notícia/reportagem

E-mail

Partículas conectivas do texto;

Carta de reclamação

Progressão referencial do texto;

Carta de solicitação

Divisão do texto em parágrafo;

Depoimentos

Processo de formação de palavras;
extralinguísticos: entonação,
pausas, gestos e outros;
linguísticas
(lexicais,
semânticas, prosódias entre outras)

Relação de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
145

Ofício

Acentuação gráfica/ortografia;

Procuração

Concordância verbal/nominal;

Leis

Sintaxe de regência;

Requerimento

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

Telejornal
gírias, repetição, recursos semânticos,

Telenovela
função das classes gramaticais, pontuação,

Teatro
recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem.

Semântica
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia

Adequação da fala ao contexto (uso de
gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso
oral e escrito.
Observação: Os gêneros textuais servirão como ponto de partida para o trabalho com a
Literatura.
- Utilização das novas tecnologias de informação e de comunicação: televisão, rádio,
informática, as formas de uso dessas tecnologias e as relações existentes entre elas e o
homem.
- Inclusão do tema: CULTURA AFRO-BRASILEIRA nas aulas de Língua Portuguesa,
trabalhando-se com diversos tipos de textos, filmes e músicas que abordem esse tema.
Proposição de debates sobre os textos lidos, produção de textos sobre temas como: o racismo
no Brasil, cotas nas universidades para afrodescendentes, mercado de trabalho, etc.
Discussões, pesquisas e outras atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a
sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, o espaço dos afrodescendentes e
de sua cultura nos meios de comunicação em massa, interpretação de letras de músicas
relacionadas à questão racial, acesso aos gêneros musicais do samba e rap, produção de
poemas referentes ao povo afro descendente e sua cultura.
- No âmbito da educação do campo, o objetivo é de que o estudo tenha a investigação corno
ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que
146
possa valorizar as singularidades regionais e localizar as características nacionais, tanto em
termos da identidade social e política dos povos do campo, quanto em termos da valorização
da cultura construída nos diferentes lugares do país. É uma educação que deve ser no e do
campo - No, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”; Do, pois “o
povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais.” (CALDART, 2002, p. 26).
- Com relação à temática do Gênero e da Diversidade na Escola, temos como desafio
provocar as/os diferentes sujeitos da comunidade escolar a perceber, questionar e interpretar,
por meio de conhecimentos específicos, as relações de preconceito existentes no seu interior e
na sociedade e construir coletivamente encaminhamentos metodológicos para essas questões
na escola, por meio de ações de enfrentamento a esse preconceito e à discriminação por
identidade de gênero e orientação sexual. Os conhecimentos de relações de gênero,
sexualidade e relações étnico-raciais incluídos no currículo da escola são fundamentais. São
conhecimentos que contribuem para a promoção da igualdade de condições de acesso e
permanência dos diferentes sujeitos na medida em que promovem o respeito à diversidade
cultural. O trabalho com esses conhecimentos no cotidiano da sala de aula instrumentaliza a
reflexão e desnaturaliza a exclusão social. Reconhecer a sociedade, suas relações e a
historicidade das mesmas é um passo importante na busca de um posicionamento crítico e
transformador diante da realidade.
V - METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa e de Literatura segue os princípios de interação,
baseando-se nas Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se trabalhar
atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseada nas teorias de Bakhtin.
Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus conteúdos
estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e
significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é um laboratório onde muitas
coisas podem acontecer.
A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise linguística
sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos de diferentes gêneros
textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de maneira a despertar o interesse,
147
utilizando assim estratégias com o propósito de atingir uma meta determinada visando à
interdisciplinaridade e à contextualização.
O trabalho com a Literatura no Ensino Médio segue os pressupostos teóricos
apresentados no Método Recepcional, elaborado pelas professoras Maria da Glória Bordini
e Vera Teixeira Aguiar, o qual é sugerido pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica
do Estado do Paraná como encaminhamento metodológico.
O método recepcional está alicerçado na Estética da Recepção, que valoriza o papel do
leitor como parte do processo de produção da obra, isto é, o leitor passa a ser encarado como
co-autor, uma vez que vem dele a possibilidade real de interpretação e de constituição do
significado dos mais diversos textos. O autor fornece índices para que o leitor possa
desenvolver bem o seu papel, mas não apresenta nenhuma resposta pronta. É por meio da
experiência do leitor, estimulada pelo próprio texto, que o efeito da obra se fará sentir no
leitor, dando-lhe condições de atribuir sentido ao que lê; daí a leitura apresentar-se como uma
relação dialógica. Desse modo, fundem-se os horizontes trazidos pela obra e os horizontes
trazidos pelo leitor, efetivando-se, assim, a concretização da obra ou dos sentidos dela, já que
o sentido do texto é construído pela consciência imaginativa do leitor que é quem pode
atualizá-lo; todavia, não se pode pensar que o leitor é livre para imaginar qualquer coisa.
Para a Estética da Recepção, a atividade de leitura é aquela que insistentemente
desafia a compreensão do leitor, por fundar seus pressupostos no alargamento do seu
horizonte de expectativa, ou seja, levar o leitor a uma nova consciência crítica de seus códigos
e expectativas habituais. Por então consolidar suas bases no leitor, a Estética da Recepção
deixa ainda um legado muito significativo: faz cair por terra a ideia de uma única leitura
possível. Se há diferentes leitores, há, portanto, diferentes leituras para um mesmo texto, e
cada leitura, por consequência, torna-se objeto para outras leituras.
Como método de abordagem do texto literário, a estética da recepção exige que por um
lado o professor esteja preparado para selecionar textos referentes à realidade do aluno e, ao
mesmo tempo, romper com ela; e, por outro, aponta para a importância do desenvolvimento
da capacidade de refletir sobre a literatura e seus fatores estruturais. Tendo em vista que a
Estética da Recepção tem o leitor como elemento atuante no processo de leitura, o método
recepcional de ensino firma-se na atitude participativa do aluno em contato com os mais
diferentes textos.
Partindo do horizonte de expectativa do grupo, em termos de interesses literários, o
professor oferece, num segundo momento, leituras que propiciem o questionamento desse
148
horizonte, incitando-o assim a refletir e instaurando a mudança através de um processo
contínuo. Nesse sentido, o método recepcional de ensino da literatura enfatiza a comparação
entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e no espaço.
Os critérios de avaliação a serem empregados pelo professor abrangem a dinâmica do
processo e cada leitura do aluno, que deve evidenciar a capacidade de comparar e contrastar
todas as atividades realizadas, questionando a sua atuação e a do grupo. A resposta final deve
ser uma leitura mais exigente que a inicial, em termos estéticos e ideológicos.
VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar
ancorada em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do
rendimento dos alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua,
porque deve ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem,
como finalidade, detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática
educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece.
Os procedimentos relacionados a seguir podem ser usados para efetivar o processo
de avaliação.
Auto-avaliação: os alunos, no final de cada unidade ou de cada atividade, podem registrar
seu desempenho nos trabalhos realizados, suas dificuldades e progressos em atividades
consideradas importantes. Assim, aos poucos, pretende-se que o próprio aluno tome
consciência do que sabe, do que deve aprender, do que precisa fazer para aprender,
controlando, dessa forma, sua própria aprendizagem. Essas auto-avaliações constituem, por
outro lado, instrumento diagnóstico de grande valor pedagógico para o professor.
Avaliação longitudinal: o professor pode, no final de um determinado período, comparar
os textos (ou diferentes versões de um mesmo texto) produzidos por um mesmo aluno e
verificar os avanços e problemas que apresentam. Assim, o professor, se for o caso, poderá
reorganizar suas estratégias de abordagem ou procedimentos em relação a determinados
conteúdos.
Avaliação tradicional: a avaliação tradicional, a “prova” individual, deve ser considerada
como apenas mais um dentre os vários instrumentos de diagnóstico. Mais do que atribuir
notas, é importante que tal avaliação permita, ao aluno, ser informado qualitativamente
149
sobre o que precisa aprender. Anotações e comentários do professor devem oferecer
indicações claras que possibilitem progressos efetivos.
Avaliação formativa: considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa o professor e
o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajuda-os a refletir. Faz o professor procurar
caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas. Sob essa
perspectiva, pode ser realizada levando em consideração os seguintes aspectos:
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,
numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e
isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor
suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao
defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de
textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas
televisivos, e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado
esperado.
Espera-se que o aluno:
−
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal)
−
Reconheça a intenção do discurso do outro
−
Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias.
−
Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto
oral.
Leitura: ao ser avaliada, deve-se considerar as estratégias que os estudantes empregaram
em seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua
resposta ao texto. Não é demais lembrar que a avaliação deve considerar as diferenças de
leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos. O professor pode propor
questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a
reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Espera-se que o aluno:
- Identifique o tema e a finalidade do texto
- Estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos
150
- Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que
tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção.
- Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso (propaganda, gráficos, mapas,
infográficos, fotos...).
- Identifique informações implícitas nos textos
- Identifique informações em textos com alta complexidade linguística.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca
como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de
sua produção e o resultado dessa ação. Na produção textual, os critérios e parâmetros de
avaliação devem estar bem claros para o professor e definidos para o aluno, que precisa
estar inserido em contextos reais de interação comunicativa. É a partir daí que o texto
escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o
aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto do seu
próprio.
É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos
avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da
prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais
eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora.
Espera-se que o aluno:
−
Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor,
finalidade...)
−
Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal
−
Elabore argumentos consistentes
−
Produza textos respeitando o tema
−
Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou substituições
- Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la
Análise Linguística:
Espera-se que o aluno:
- Distinga o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos
- Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos
pronomes.
−
Identifique marcas de coloquialidade em textos que usem a variação linguística como
recurso estilístico.
−
151
Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de
comparação etc.).
−
Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições
argumentativas.
- Amplie o horizonte de expectativas.
É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos
avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da
prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais
eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora.
Quanto à recuperação de conteúdos, será realizada de modo paralelo aos estudos, sempre que
houver necessidade.
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 2. ed. São Paulo: Edições
Loyola, 1999.
BAKHTI N, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. Trad. Yara
Frateschi Vieira. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 2002.
_____ Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec (original russo de 1929),
1986.
_____ Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 3.ed. São Paulo: Hucitec,
1993.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do
discurso. In Diálogos com Bakhtin. Editora da UFPR: Curitiba, 1998.
BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral. Campinas: Pontes, 1991.
COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – Projeto Político Pedagógico – Versão 2009.
CRUZ, R. L. Trindade da e HELLOU, Giórgia. Coleção Mosaico do Conhecimento –
Língua Portuguesa. 1ª. ed. São Paulo. IBEP, 2006.
ILARI, Rodolfo. A linguística e o ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 8 ed. São Paulo: contexto, 1996. (Col.
Repensando a língua portuguesa).
152
_____ e TRAVAGLIA, Luiz Caos. Texto e coerência. 5 ed. São Paulo: Cortez, 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Língua
Portuguesa – 2008
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação - Caderno
Temático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 2005
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Caderno Temático – Gênero e Diversidade
Sexual na Escola. 2009.
37.8 - PROPOSTA CURRICULAR – MATEMÁTICA
I - IDENTIFICAÇÃO
153
DISCIPLINA: MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: ADRIANA CRISTINA C. FARINAZZO
ELISABETE PELISSARI B. PONTARA
MARIA OTACIANA B. SANCHES
MARLETE FÁVARO
SIDNÉIA APARECIDA BULGARÃO
SILVANE FORTUNATO FURLAN
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Fundamental de matemática é uma das mais importantes ferramentas da
sociedade moderna e tem como objetivo apropriar-se dos conceitos e procedimentos
matemáticos básicos para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do
trabalho, das relações sociais, culturais e políticas; exercendo assim plenamente a cidadania.
A Ciência Matemática desenvolveu-se desde os tempos antigos como uma criação
humana construída por diferentes culturas, em diversos momentos históricos, para, assim,
estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do
presente.
O alto nível de abstração matemática de algumas culturas antigas leva o aluno a
compreender que o avanço tecnológico de hoje não seria possível sem a herança cultura de
gerações passadas. Dessa forma é possível entender as razões que levam alguns povos a
respeitar e a conviver com práticas antigas de calcular ao lado de computadores de última
geração.
O objeto de estudo da matemática ainda está em construção, porém está centrado na
prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático, aprender matemática não é apenas aprender a resolver problemas, é preciso então
apropriar-se dos significados dos conceitos e procedimentos matemáticos, para saber aplicálos em novas situações e no cotidiano. Assim, é fundamental que tais conceitos e
procedimentos sejam trabalhados com a total compreensão de todos os significados
associados a ele, clareando as idéias, ajudando a pensar e a construir conhecimentos, isto é
fundamental para compreender o mundo a sua volta e nele se situar.
154
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Números e Álgebra
Propõe-se o estudo dos números, tendo como meta primordial, no campo da
aritmética, a resoluçãode problemas e a investigação de situações concretas relacionadas ao
conceito de quantidade e com o cotidiano dos alunos.
Grandezas e Medidas
Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os conteúdos de
numeração e os conteúdos de geometria; a ideia principal é a de que medir é comparar.
Geometrias
Propõe-se a partir da realidade explorar o espaço para situar-se nele e analisa-lo,
percebendo os objetos neste espaço para poder representá-los, através da construção de
formas e medições.
Tratamento da Informação
(Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar
dados, que permitem ler e compreender uma realidade).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - 6° ANO
Números e Álgebra
Sistema de Numeração
Números Naturais
Múltiplos e divisores
Potenciação e radiciação
Números fracionários
Números Decimais
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento
155
Medidas de massa
Medidas de área
Medidas de volume
Medidas de tempo
Medidas de ângulos
Sistema monetário
Geometrias
Geometria plana
Geometria Espacial
Tratamento de Informação
Dados, tabelas e gráficos
Porcentagem
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - 7° ANO
Números e Álgebra
Números Inteiros
Números Racionais
Equações e Inequações do 1º Grau
Razão e Proporção
Regra de três simples
Grandezas e Medidas
Medidas de temperatura
Medidas de ângulo
Geometrias
Geometria plana
Geometria espacial
Geometria não-euclidiana
Tratamento da Informação
156
Juros simples
Pesquisa estatística
Média Aritmética
Moda e mediana
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICO - 8° ANO
Números e Álgebra
Números Racionais e Irracionais
Sistema de equações do 1º Grau
Potências
Monômios e Polinômios
Produtos Notáveis
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento
Medidas de área
Medidas de volume
Medidas de ângulo
Geometrias
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria analítica
Geometrias não-euclidianas
Tratamento da Informação
Gráfico e informação
População e amostra
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - 9° ANO
Números e Álgebra
Números reais
Propriedades dos radicais
157
Equação do 2° grau
Teorema de Pitágoras
Equações Irracionais
Equações biquadradas
Regras de três composta
Grandezas e Medidas
Relações métricas no triângulo retângulo
Trigonometria no triângulo retângulo
Funções
Noção intuitiva de Função Afim
Noção intuitiva de Função Quadrática
Geometrias
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Analítica
Geometrias não-euclidianas
Tratamento da Informação
Noções de Análise combinatória
Noções de probabilidade
Estatística
Juros compostos
IV - METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para que o ensino da Matemática contribua para a formação global do aluno, a qual
tem como objetivo maior à conquista da cidadania, é fundamental explorar temas que de fato
encontrem na matemática uma ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim, o
aluno percebe a real necessidade dessa ciência para sua vida.
158
Os conteúdos que serão explorados juntamente com as atividades propostas permitirão
que o professor aborde aspectos da vida do aluno ligados a outras áreas de conhecimento. Os
temas serão abordados, sempre que possível, por meio de situações reais que valorizem o
conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e privilegiando a
criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos problemas.
No decorrer dos conteúdos serão utilizados materiais manipuláveis, que permitem ao
aluno o desenvolvimento do raciocínio lógico, a construção e a generalização de conceitos e o
aprendizado significativo. Também será utilizado como recursos pedagógicos o livro didático,
livros paradidáticos, recortes de jornais, revistas científicas, TV Pen Drive, computadores,
DVD, etc, e atividades diversificadas objetivando a integração entre o saber e o fazer.
O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento da
tecnologia, máquinas de calcular, computadores, internet, etc., são assuntos do dia-a-dia. A
tecnologia da sociedade contemporânea deve ser utilizada na escola como recurso didático. A
calculadora, por exemplo, utilizada no momento certo e com objetivos bem definidos, pode
ser uma excelente ferramenta, é bom lembrar que tão importante quanto realizar cálculos
corretamente é saber elaborar estratégias de resolução para os problemas propostos. As
pesquisas liberam os alunos dos cálculos, conseguindo se concentrar melhor nos dados.
A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para que,
na exploração das ideias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e inventar,
fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.
Ressaltamos que a matemática deverá trabalhar com os desafios educacionais
contemporâneos, tais como: História e Cultura dos povos indígenas, história e cultura afrobrasileira e africana, educação ambiental, cidadania e direitos humanos, educação fiscal,
violência na escola e prevenção das drogas; nos momentos adequados trabalhando através da
porcentagem, tratamento da informação, entre outros.
A autora Beatriz D’ Ambrósio (1989) elege algumas tendências metodológicas que
procura alterar a maneira pela qual se ensina matemática, como: Resolução de Problemas,
Modelagem Matemática, Uso das Mídias Tecnológicas, Etnomatemática e a História da
Matemática. E faremos algumas considerações a seguir:
Resolução de Problemas
Uma das razões de se ensinar matemática é abordar os conteúdos matemáticos a partir
da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de aplicar
159
conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de problemas, o
estudante precisa ter condições de buscar várias alternativas que almejam a soluções.
Etnomatemática
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que
produzem conhecimento matemático.
Esta tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas vários
saberes distintos e nenhum menos importante que outro. As manifestações matemáticas são
percebidas através de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas, que emergem dos
ambientes culturais. Sendo assim prioriza um ensino que valoriza a historia dos estudantes
através do reconhecimento e respeito de suas raízes.
Modelagem Matemática
Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da matemática
podem ser potencializados quando se problematizam situações do cotidiano.
A modelagem matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de
vida.
De acordo com Barbosa (2001, p.6) a modelagem matemática é entendida como sendo
“um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar,
por meio da matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas constituem
como integrantes de outras disciplinas ou do dia-a-dia;os seus atributos e dados quantitativos
existem em determinadas circunstâncias”.
Para Bassanezi (2002, p.16), “a modelagem matemática consiste na arte de
transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas
soluções na linguagem do mundo real”.
Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagem oriunda da
modelagem matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao possibilitar
maneiras pelas quais os conteúdos de matemática sejam abordados na prática docente, cujo
resultado será um aprendizado significativo.
160
Mídias Tecnológicas
No contexto da educação matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por
aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo de
ensino e da aprendizagem.
Os recursos tecnológicos sejam eles o software, a TV Pendrive, as calculadoras, os
aplicativos da internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,
potencializando formas de resolução de problemas. O trabalho realizado com as Mídias
tecnológicas são formas diferenciadas de ensinar e aprender e valoriza o processo de produção
de conhecimento.
História da Matemática
Considera-se a História da Matemática como elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações - problema, na fonte de busca, na compreensão e como
elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilitam o levantamento e a discussão
das razões para aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por parte do estudante.
Elaborar, problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno
conhecer a matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção e pensar
em um ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados. É uma
possibilidade de dividir com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da
Ciência Matemática.
Agir reflexivamente e privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções
para os mais diversos problemas.
V - AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento para fornecer informações sobre como está sendo
realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor conhecer e
analisar o resultado do seu trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho.
A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico tornando-se um
instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, que realmente o aluno
aprenda, portanto, é preciso avaliar o conhecimento matemático, ou seja, sua capacidade de
161
usar a informação para raciocinar, pensar criativamente e para formular problemas, resolvêlos e refletir corretamente sobre eles.
Sendo assim, a avaliação deve analisar até que ponto os alunos integraram e deram
sentido à informação, se conseguem aplicá-los em situações que requeiram raciocínio e
pensamento criativo e que são capazes de utilizar a Matemática para comunicar ideias em
suas tomadas de decisões.
A avaliação deve ocorrer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, de modo a
propiciar aos alunos múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do
conteúdo trabalhado e acontecerá através provas, trabalhos e atividades individuais e em
grupos, simulados, pesquisas, utilização de jogos, entre outros.
A recuperação será processual, ou seja, dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se
apropriou e será através de teste escrito, atividades, trabalhos e/ou pesquisas, não sendo
pontual.
VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BONJORNO, José Roberto, Regina Azenha Bonjorno. Matemática: fazenda a diferença. São
Paulo: FTD, 2006.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática – 1ª Edição – São Paulo: Ed.Ática, 2004.
GIOVANNI, José Rui, Benedito Castruci, José Rui Giovanni Júnior. A Conquista da
Matemática: A mais nova; São Paulo: FTD, 2002
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e realidade. São Paulo:
Atual Editora, 2000.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento
da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba,
2008.
162
ANEXO II
PARTE DIVERSIFICADA
ENSINO FUNDAMENTAL
38. PROPOSTAS CURRICULARES PARTE DIVERSIFICADA DO ENSINO
FUNDAMENTAL
163
38.I - PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS
I. IDENTIFICAÇÃO: LEM – INGLÊS
DOCENTE RESPONSÁVEL: MARINETI GOULART MARCHEZINI
NANCI DOMINGUES ALVES
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas teve início com a chegada da Família Real
Portuguesa ao Brasil, em 1808. Mais tarde, em 1937, é instituída a primeira Escola Pública de
nível secundário, fundada por D. Pedro II, em que apresentava um currículo nos moldes
franceses e em seu programa constavam 7 anos de francês, 5 de inglês e 3 de alemão, que se
manteve até 1929.
Em 1942, com a Reforma Capanema, a educação ficou centralizada no Ministério da
Educação que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas, sendo privilegiadas: o
inglês, o francês e o espanhol, em substituição ao alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica com os Estados Unidos
intensificou-se, tornando maior a necessidade de se aprender inglês.
Em 1986, no Paraná, criou-se o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM –
no Colégio Estadual do Paraná que oferecia o ensino de vários idiomas e expandiu-se por todo
o Estado.
Com a publicação da LDB (Lei nº. 9.394), em 1996, foi determinado a obrigatoriedade
de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, escolhida pela comunidade escolar, já no
Ensino Médio, além de uma LEM como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade
escolar, teria uma segunda, em caráter optativo, dependendo da disponibilidade da instituição.
Em 2005, foi criada a Lei nº. 11.161, que decreta obrigatoriedade para a escola, a
oferta da língua espanhola, sendo facultativa para o aluno, e os estabelecimentos de ensino
têm 5 anos para implantá-la, a partir da data de sua publicação.
164
Assim, o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena
participação social, pois é através dela que o homem se comunica, tem acesso à informação,
expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz
conhecimento. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e
cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o
acesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania - direito inalienável
de todos.
Nesse contexto, a aprendizagem de línguas estrangeiras tornou-se indispensável, seja
dentro e/ou fora do ambiente escolar pois contempla as relações com a cultura, o sujeito e a
identidade. A sociedade brasileira reconhece um valor educacional formativo na experiência
de aprender outras línguas na escola.
Dessa forma, a proposta de trabalho de Língua Inglesa no ensino fundamental
fundamenta-se na preocupação em desenvolver no aluno, não só um domínio técnico das
formas lingüísticas, mas também em capacitá-lo a desempenhar competentemente seu papel
de usuário da língua.
Nesse aspecto, este tipo de trabalho significa desenvolver conhecimentos suficientes a
fim de que o aluno possa participar do processo de construção de sentidos, utilizando não
apenas seu conhecimento da língua – estrutura e vocabulário – mas também seu conhecimento
de mundo e do contexto sócio-histórico em que vive. Com isso, pretende-se um aluno ativo e
participante que possa utilizar a língua como instrumento de acesso a informações e a outras
culturas e grupos sociais. Desta forma, espera-se que o aluno: use a língua em situações de
comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação
que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que
os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social; tenha maior consciência sobre o papel das línguas na
sociedade; reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Nesta perspectiva, é preciso trabalhar a língua objeto de estudo dessa disciplina como
discurso, entendida como prática social significativa (oral e/ou escrita), para que seja
compreendida num contexto preciso, percebendo sua significação em uma enunciação.
Língua e cultura são indissociáveis, é algo que se constrói e é construído percebendo a
diversidade cultural contrastando outras culturas com a sua própria.
165
O desenvolvimento da língua ocorre com a interação social, que leva em conta fatores
sociais, comunicativos e culturais, que, agregando aos estudos linguísticos do falante e o uso
efetivo que ele faz da língua criando condições que permitem interpretar e para isso é preciso
que o interfira criticamente na sociedade.
Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo de
maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente do grau de
proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo,
de avaliar paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e no
mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão social; o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da
diversidade cultural e o processo das identidades transformadoras.
A LEM no Ensino Fundamental deverá ser articulada com as demais disciplinas da
grade curricular, objetivando desenvolver formas de pensamento relacionando os vários
conhecimentos, para que o estudante perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem
muitas vezes estar relacionadas.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O conteúdo estruturante é o DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL, a língua
entendida como interação verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e
contextuais de poder, realizada por meio de práticas discursivas que envolvem, a
compreensão auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal
como processo comunicativo.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS TEXTUAIS:
• Bilhetes
• Cartão Postal
• Álbum de família
• Cartazes
166
• Receitas
• Letras de música
• Diálogo/Discussão Argumentativa
• Sexualidade
• Meio Ambiente
• Conversa no Chat
• Guia com programação de TV
• Hyperlinks
• Textos de opinião
• Entrevistas
• Comic strips
• Bibliografia
• Cartas conselho
• Script de teatro
6º ano
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível
decomplexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
167
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
168
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º ano
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
169
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
8º ano
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
170
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
-sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto. Léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
171
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
172
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ano
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, como a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
173
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem);
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
174
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um
espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a
transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios
necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o
processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão sobre
os fenômenos Linguísticos e Culturais como realizações discursivas, as quais se revelam
na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso
efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Portanto, o trabalho com a análise
linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados
175
possíveis das estruturas apresentadas, devendo ser decorrente das necessidades específicas dos
alunos a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a sua
cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente constituído e,
assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação a escrita, não podemos
esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e significativa.
O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O ensino
da língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo objetivando
relacionar os vários conhecimentos, fazendo com que o aluno perceba que conteúdos com
disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados entre si mesmo que não haja
obrigatoriedade no desenvolvimento de projetos envolvendo inúmeras matérias.
Ao desenvolver o trabalho com as práticas discursivas descritas acima serão utilizados
livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet, DVD,
CD, TV multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a interação com a língua
e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão
trabalhados ainda temas como sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que
possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.
LEITURA
• Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considerar os conhecimentos prévios dos(as) alunos(as);
• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ;
• Proporcionar análises para estabelecer referência textual;
• Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;
• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilizar textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
176
• Relacionar o tema com o contexto atual;
• Oportunizar a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
• Instigar o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;
• Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;
ESCRITA
• Planejar a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade,
• aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;
• Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
• Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas;
• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhar a produção do texto;
• Acompanhar e encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos /das idéias, dos elementos que compõe o gênero;
• Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e humor;
• Estimular produções em diferentes gêneros;
• Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;
• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu
uso;
• formal e informal;
177
• Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e, portanto,
deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um elemento de
reflexão contínua do professor sobre a sua prática educativa e revela aos alunos seus avanços,
progressos, dificuldades e possibilidades no processo ensino-aprendizagem.
Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e
dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que
poderá, a partir dele, “identificar as dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos
que busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71). Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p.
69), para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da
aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos. Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação
do aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas,
bem como a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização
textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc.
Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa. Ainda, ao avaliar o
desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no Regimento
e no Projeto Político-Pedagógico da escola que deixa claro que temos de aplicar pelo menos
04 tipos de instrumentos de avaliação. Serão utilizados os seguintes instrumentos: provas,
testes, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), exercícios orais e escritos,
produção orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática.
Faz-se importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos com os
devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem e, assim,
buscar a superação das suas dificuldades.
178
A recuperação se dará por meio de recuperação de conteúdo. Todo o aluno terá direito
a recuperar o que lhe foi ensinado e esta avaliação é representada por um valor numérico de
10,0, então a expressão dos resultados desse processo será feita conforme o previsto no
Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação, ou seja a
recuperação total do valor numérico que é de 10,0.
Os critérios de avaliação na leitura, escrita e oralidade serão as seguintes:
LEITURA
Realização de leitura compreensiva do texto; localização de informações explícitas e
implícitas no texto; posicionamento argumentativo; ampliação do horizonte de expectativas;
ampliação do léxico; percepção do ambiente no qual circula o gênero; identificação da idéia
principal do texto; análise das intenções do autor; identificação do tema; dedução dos sentidos
de palavras e/ou expressões a partir do contexto; compreensão das diferenças decorridas do
uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; reconhecimento de
palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
ESCRITA
Expressão de idéias com clareza; elaboração de textos atendendo:- às situações de
produção
propostas
(gênero,
interlocutor,
finalidade...);-
à
continuidade
temática;
diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; uso de recursos textuais
como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; utilização adequada dos
recursos linguísticos como:pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo,etc;
emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
ORALIDADE
Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
apresentação de ideias com clareza; compreensão de argumentos no discurso do outro;
exposição objetiva de argumentos; organização da sequência da fala; respeito aos turnos de
fala;
participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna, etc; utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.
179
6. REFERÊNCIAS:
PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental,
Curitiba-2009.
PROJETO POLÍTICO E PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa, 2011.
REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Estadual Rui Barbosa, 2011.
38.2 - DISCIPLINA: LEITURA E INFORMAÇÃO EM LÍNGUA ESPANHOLA
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: SILVANA DELLI COLLI MORALES
180
II. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de língua estrangeira moderna no Brasil, desde a sua colonização com a
chegada da família real em 1808, sofreu muitas mudanças devido à organização social,
política e econômica. No inicio era privilegiado o ensino do latim e grego, pois primavam
pelo pensamento e pela literatura. Contudo, com o passar do tempo e com as transições
ocorridas na educação brasileira outras línguas tiveram seu espaço como: inglês, francês,
italiano, alemão, espanhol.
Tais idiomas tiveram espaço com a criação do Centro de Línguas Estrangeiras pelo
Colégio Estadual do Paraná em 1982, em que foi quebrada uma hegemonia que só ensinava a
língua inglesa nas escolas públicas do Paraná, dando a opção dos alunos estudarem outro
idioma no contra turno. A partir deste Centro e da diversidade de línguas estrangeiras
ofertadas pelos vestibulares, veio o reconhecimento da importância de se ensinar vários
idiomas nas escolas públicas. Para suprir a necessidade de se ensinar e aprender outras
línguas, o CELEM foi criado em agosto de 1986 “como forma de valorizar o plurilinguismo e
a diversidade étnica que marca a história paranaense” (DCE, p.46, 2009).
A LDB n. 9.394 determinou que fosse ofertado pelo menos uma língua estrangeira
moderna nas escolas públicas de todo país e outra que fosse optativa pela comunidade escolar.
Já a lei 11.161 de 5 de agosto de 2005 tornou obrigatório a oferta do ensino de Língua
Espanhola no Ensino Médio em todas as escolas brasileiras com matrícula facultativa para o
aluno. Esta lei veio ao encontro dos interesses socioeconômicos e políticos do Brasil e dos
países que fazem parte do MERCOSUL.
Na LDB 9394/96 a Educação em Tempo Integral recebe menção no Artigo 34 que diz:
“A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho
efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na
escola”.
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de
organização autorizadas nesta Lei.
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a
critério dos sistemas de ensino.
181
Então, nossa proposta pedagógica para o Ensino Fundamental – Tempo Integral tem
como embasamento a concepção sociointeracionista de linguagem, pois aprender uma língua
na escola é muito mais que aprender regras ou memorizar nomenclaturas.
A língua espanhola, sendo a segunda língua de comunicação no mundo, tem grande
importância nas escolas brasileiras. Essa importância, não é só de saber outro idioma, mas
também, de contribuir para o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em
especial a espanhola, ajudará o aluno a entender o funcionamento de sua própria língua
materna, através de comparações entre os dois idiomas.
Além da compreensão do português, a língua estrangeira proporcionará aos alunos o
conhecimento de outras culturas, e isso, irá enriquecê-los não somente como alunos, mas
também como seres humanos, dando-lhes a oportunidade de responderem as exigências do
novo mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional.
Sabemos que linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a
linguagem que possibilita ao homem perceber o mundo e posicionar-se criticamente perante
os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que suscitam a
linguagem, suas renovações e alterações.
Portanto, é no espaço social que a linguagem
garante sua própria existência e significação.
A aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a possibilidade de
aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e também como cidadão. Aprender uma
nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá desenvolver
uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sociopolíticos da
aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, por meio da aprendizagem de outra língua
os alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as Diretrizes
Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de identidades.
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um
direito de todo cidadão, sendo assim, é de suma importância que os alunos tenham a
oportunidade de aprender uma nova língua. Uma vez que se sabe que um adolescente que tem
contato com outro idioma certamente terá mais facilidade para se adequar ao “mundo
moderno”, isto é, conhecer outro idioma é ter um passaporte para o ingresso na sociedade da
informação e do conhecimento. É o ensino centrado na cidadania e na inclusão social.
182
Então, concebemos língua como um sistema de signos histórico-social que permite ao
homem a (re) construção da realidade. Assim, apropriar-se de uma língua significa também
entender seus significados culturais.
É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da cultura,
como valores, normas e atitudes.
Atualmente, além do interesse particular que o espanhol pode despertar, vivemos uma
época de relações político-comercial que nos convida a este encontro. Entender e comunicarse sem idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial, posto que, saber a língua
do outro é ir muito além, é se reiterar-se de uma nova cultura e até mesmo da nossa.
Além disso, deve-se considerar também o papel da língua espanhola, cuja importância
cresce em função da ampliação das trocas econômicas entre os países que integram o
Mercado das Nações do Cone Sul (MERCOSUL).
Podemos notar que a língua espanhola não está presente na sala de aula somente como
objeto de ensino, mas também, como um idioma que está aproximando países da América
Latina, tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser
significativas para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive.O
objeto de estudo desta língua deve contemplar as relações com a cultura, o sujeito e a
identidade de cada aluno em contato com mundo linguisticamente constituído. Espera-se que
o aluno use a língua em situações reais de uso em comunicação oral e escrita e que vivencie
na aula de língua estrangeira formas de participação que possam estabelecer relações entre
ações individuais e coletivas e, acima de tudo, reconheça e compreenda a diversidade
linguística e cultural em situações de comunicação.
III - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O aluno deverá tomar ciência da importância da disciplina Leitura e Informação em
Língua Espanhola, para que ele aprenda a usar esses conhecimentos adquiridos por meio da
leitura, das práticas discursivas e da escrita, possibilitando a expansão de suas capacidades
críticas.
183
Os objetivos que permeiam as diretrizes curriculares são flexíveis devido às
particularidades regionais, mas específicos em um direcionamento comum. Sendo assim é
fundamental que o aluno adquira condições para compreender e ser compreendido na LEM.
Dessa maneira, os educandos com a disciplina de Leitura e Informação em Língua
Espanhola deverão ter a oportunidade de ampliar a visão de mundo por meio das habilidades
oral e escrita; conhecer e valorizar as diferentes culturas e suas manifestações; usar os
conhecimentos adquiridos para a interpretação da realidade; avaliar as diferenças
socioculturais entre os países Brasil e Espanha e Hispano-América; conscientizar-se da
importância de saber outro idioma para seu crescimento intelectual e fazer da escrita e da
leitura um momento de prazer, nos dois diferentes idiomas.
Segundo as Diretrizes Curriculares, a língua materna deverá estar presente nas aulas
de LEM, por se tratar de uma fase inicial de aprendizado.
IV – CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS
Segundo a DCE (2009) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,
são legitimados socialmente”. (p.61). Por isso, a língua, deve ser entendida como interação
verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder.
Desse modo, o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio das
práticas discursivas que envolvem a oralidade, a leitura de mundo, a prática escrita nas
múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo
Seguem os possíveis conteúdos básicos para o Ensino Fundamental em Tempo
Integral em Leitura e Informação da Língua Espanhola, tendo como base os gêneros
discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação e em consonância com as Práticas
Discursivas de leitura, oralidade e escrita. Essa diversificação de textos pode ser propiciada
mediante os diferentes gêneros que compõem os jornais disponíveis por meio impresso e/ou
virtual. Desta forma os alunos se familiarizam com a leitura a partir desse meio de
comunicação, e podem adquirir o hábito da leitura que vai além da recepção de informações
que são diariamente veiculadas pelos meios de comunicação.
Espera-se que a disciplina proponha um trabalho que colabore para a formação do leitor
crítico. Para tanto, sugere-se que o aluno seja inserido em diferentes oportunidades de leitura e,
gradativamente, crie-se uma rotina de leitura e possibilite-se o desenvolvimento da criticidade. Ao
184
longo dos quatro anos objetiva-se que o aluno tenha condições de posicionar-se criticamente
diante das informações e no contexto social no qual está inserido. Este trabalho possibilitará o
aprendizado da língua estrangeira na perspectiva sociodiscursiva, pois o trabalho com a
diversidade de gêneros textuais em língua espanhola disponibilizados nos meios de comunicação,
principalmente nos jornais disponíveis on line, viabiliza o contato com o contexto de produção da
língua estrangeira e ainda, as discussões sobre a realidade do contexto no qual o aluno está
inserido. Para isso, a seleção dos gêneros textuais e dos suportes precisa ser criteriosa,
considerando o nível de complexidade dos textos e ainda os temas abordados. A partir dos
gêneros trabalhados, o professor pode aprofundar o trabalho relacionado ao aspecto linguísticogramatical.
A disciplina será desenvolvida a partir de textos que, gradativamente, envolvam os alunos
com o processo da leitura. Inicialmente, o professor pode utilizar gêneros textuais como tirinhas,
quadrinhos e textos publicitários e, na sequência, possibilitar o reconhecimento de que tais textos
também estão presentes nos meios de comunicação impressa e também virtual, permitindo assim a
aproximação dos educandos com a leitura informativa;
- Primeiramente o professor deve apresentar aos alunos do sexto ano os gêneros textuais que
podemos encontrar nos jornais, mas que são de fácil compreensão pelos alunos desta série/ano,
como as tirinhas, por exemplo. Não é preciso que o jornal seja apresentado logo no início do
trabalho, mas espera-se que o aluno perceba, ao longo da disciplina, que os jornais apresentam
uma diversidade de textos que podem ter relação com seu contexto;
- Ao trabalhar com o gênero tirinha, ou outros gêneros selecionados pelo professor, é possível
explorar as características do gênero e também as funções linguístico-gramaticais. Deve-se criar
uma rotina de leitura que intercale a leitura em língua estrangeira com possibilidades de leitura em
língua materna. Como exemplo, destacamos as tirinhas publicadas diariamente no jornal espanhol
El País como uma oportunidade para exploração do gênero e acompanhamento das temáticas
trabalhadas por cada um dos autores das tirinhas;
- O professor pode criar estratégias para que o aluno sinta-se interessado pelas publicações diárias.
Assim, quando encaminhados ao laboratório para acesso aos jornais, além do direcionamento feito
pelo professor, o próprio aluno tenha interesse em buscar as publicações. Desta forma, espera-se
que o aluno passe a familiarizar-se com a leitura dos jornais disponibilizados para leitura on line;
- O envolvimento do aluno com as práticas de leitura precisa ser gradativo e contextualizado,
para que a disciplina não se torne uma oficina de leitura, mas que seja uma oportunidade para
formação do aluno para a criticidade.
185
Conteúdos
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
6º e 7º Ano
LEITURA
 Identificação do tema;
 Intertextualidade;
 Intencionalidade;
 Vozes sociais presentes no texto;
 Léxico;
 Coesão e Coerência;
 Funções das classes gramaticais presentes no texto;
 Elementos semânticos;
 Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
 Marcas linguísticas;
 Variedade linguística;
 Acentuação gráfica;
 Ortografia.
ESCRITA
 Tema do texto;
 Interlocutor;
 Finalidade do texto;
 Intencionalidade do texto;
 Condições de produção;
 Informatividade;
 Vozes sociais presentes no texto;
 Léxico;
 Coesão e coerência;
 Funções das classes gramaticais no texto;
186
 Elementos semânticos;
 Recursos estilísticos;
 Marcas linguísticas;
 Variedade linguística;
 Ortografia;
 Acentuação gráfica.
ORALIDADE
 Elementos extralinguísticos;
 Adequação do discurso ao gênero;
 Turnos da fala;
 Vozes sociais presentes no texto;
 Variações linguísticas;
 Marcas linguísticas;
 Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
 Adequação da fala ao contexto;
 Pronúncia.
8º e 9º Ano
LEITURA
 Identificação do tema
 intertextualidade
 Intencionalidade
 Vozes sociais presentes no texto
 Léxico
 Coesão e coerência
 Funções das classes gramaticais no texto
 Elementos semânticos
 Discurso direto e indireto
 Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto
 Recursos estilísticos
 Marcas linguísticas
 Variedade linguística
187
 Acentuação gráfica
 Ortografia
ESCRITA
 Tema do texto
 Interlocutor
 Finalidade do texto
 Intencionalidade do texto
 Intertextualidade
 Condições de produção
 Informatividade
 Vozes sociais presentes no texto
 Discurso direto e indireto
 Emprego no sentido denotativo e conotativo no texto
 Léxico
 Coesão e coerência
 Funções das classes gramaticais no texto;
 Elementos semânticos;
 Recursos estilísticos;
 Marcas linguísticas
 Variedade linguística
 Ortografia
 Acentuação gráfica
ORALIDADE
 Elementos extralinguísticos
 adequação do discurso ao gênero
 Turnos da fala
 Vozes sociais presentes no texto
 Variações linguísticas
 Marcas linguísticas
 Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
 Adequação da fala ao contexto
188
 Pronúncia
Análise linguística
Já aparecem alguns conteúdos de análise linguística nesta PPC com o intuito de dar
um norte para a elaboração do PTD. Contudo, deve ficar claro que a necessidade de se
trabalhar com tais conteúdos será definida a partir do trabalho com os textos escolhidos para
leitura. Tanto é que poderá ser abordado algum conteúdo aqui não elencado, desde que o texto
exija.
V - METODOLOGIA
Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, seria necessário que criássemos
pela primeira vez no processo da fala, ou a comunicação verbal seria quase impossível
(Bakhtin, 1998). Sabedores de que os Gêneros do Discurso organizam nossa fala, e de que
aprendemos a moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é
fundamental que se apresente ao aluno diferentes textos textuais, mas sem categorizá-los.
Portanto, o objetivo deste projeto será de proporcionar ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar
ao aluno textos pertencentes aos vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,
informativos, de opinião, etc., de suma importância para o crescimento educacional do aluno,
sempre aproveitando o conhecimento prévio que o aluno já possui.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de
discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as
relações sociais e as relações de poder.
Os conteúdos específicos para o ensino da leitura e informação em língua espanhola
serão desdobrados a partir do trabalho com gêneros textuais (verbais e não verbais),
considerando seus elementos linguístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos
e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade). Portanto, os
gêneros escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos básicos e específicos,
bem como as praticas discursivas a serem trabalhadas. Dessa maneira será trabalhada a Lei n°.
10.639/03, que trata das Relações étnico-raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e
189
Africana na escola e ainda a Lei nº 11.645/08 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena em seu Art. 26-A:
Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e
privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e
indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população
brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história
da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no
Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação
da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
Esta temática será trabalhada através de ações que propiciem o contato com a cultura
africana e afrodescendente, dentro da Língua Espanhola, culminando em exposições de obras
literárias de escritores negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e
preconceito, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos negros e indígenas no
Brasil e na América Latina.
Ao se trabalhar os textos propõem-se uma análise linguístico-discursiva dos elementos
não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos, visando à
abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos
alunos. Vale ressaltar, a importância de se trabalhar os gêneros textuais, com diferentes graus
de complexidade da estrutura linguística, pois os mesmos estarão presentes no aprendizado e
no desenvolvimento dos alunos como cidadãos inseridos numa sociedade multicultural.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das
escolhas temáticas e textuais, enfatizando a interpretação do conteúdo, pois o uso do texto é
fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da oralidade e da
compreensão auditiva. Além disso, os textos trabalhados serão enriquecidos por músicas,
filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outras atividades que serão
desenvolvidas visando o crescimento do aluno.
Para o desenvolvimento deste diferenciados textos serão observados os diferentes
níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos dos alunos, considerando quaisquer
peculiaridades que venham a ser detectadas.
190
Será trabalhada a leitura no que diz respeito ao tema dos textos, a finalidade, léxico,
os elementos de composição de gênero, a aceitação do tema, repetição de palavras e outras.
Sendo que, as práticas de leitura devem propiciar um entendimento e contextualização do
tema com os conhecimentos prévios de cada aluno. Na oralidade será trabalhado o tema
proposto e sua finalidade, seus elementos extralinguísticos, coerência e coesão, o papel do
interlocutor/ locutor e outros.
Dentro da oralidade, da escrita e da leitura serão trabalhados conteúdos gramaticais e
semânticos dentro dos textos por meio de análise linguística, para que o aluno possa entender
que cada palavra exerce uma função diferente, dependendo, de como é empregada num texto
e numa situação real de comunicação.
Ensinar Língua Estrangeira implica pensar nas ações pedagógicas, fundamentadas na
construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a
relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes formas do saber.
Visando a nova versão das Diretrizes Curriculares, a metodologia seguirá alguns
aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o número de
alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. Deve-se considerar o aluno como
agente ativo no processo de aprendizagem.
O ensino da Língua Estrangeira, assim como a língua materna, deve ter o texto como
material linguístico articulador da metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o
trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão
de mundo, de uma intenção e de um momento de produção, para que o aluno desenvolva um
novo pensar sobre o idioma que está aprendendo. Dessa forma, considera-se a linguagem a
partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o
objetivo de analisar as práticas de linguagem – leitura, análise linguística e produção textual.
Durante a prática da oralidade, será desenvolvido um trabalho gradativo, que permita
ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a necessidade
desse uso e determinados contextos sociais, tendo o entendimento de que poderá usar o
dialeto que lhe é peculiar.
A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e
não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora,
olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam
identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,
191
subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e
estabelecer relações intertextuais.
Como vimos nas aulas de Língua Estrangeira Moderna deverão ser abordados vários
gêneros textuais, em atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto
exerce. Para que haja uma efetiva aprendizagem deve-se levar em consideração a composição
de cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os
elementos coesivos, a coerência e por último, mas não menos importante, a gramática. O
ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode
abandoná-la.
É importante ressaltar que não adianta disponibilizar textos aos alunos sem uma
intenção, isto é, levar texto por levar para a sala de aula não é o bastante. É imprescindível
que o professor saiba provocar a imaginação de seus alunos, que enfatize a reflexão sobre o
uso de cada um deles e avalie o contexto em que está sendo inserido.
Por esse motivo é importante que sejam privilegiados os gêneros discursivos como
textos jornalísticos, literários, informativos, instrucionais entre outros em sala de aula, por sua
grande importância para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus interlocutores no
processo de aprendizagem.
Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre
interlocutores e diálogo entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser
humano precisa de outro para comunicar-se, ainda segundo Bakhtin “a vida é dialógica por
natureza”.
Sendo assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de pelo
menos dois interlocutores, e para haver diálogo entre discursos é necessário que haja relações
com outros discursos, entendidas aqui como textos. Então, os gêneros do discurso constituem
as falas e se organizam historicamente a partir de novas situações de interação verbal.
Fazendo uso dos mais variados textos para uma real aprendizagem recomenda-se a
elaboração de tarefas diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos, músicas,
filmes, entre outras, pois quando esse aluno interagir com textos diversos perceberá que as
formas linguísticas não são idênticas e não assumem o mesmo significado, isto é, são flexíveis
e variam de acordo com o contexto e situação em que o discurso, entendido como fala, é
utilizado. Sendo assim, para que haja uma aprendizagem eficaz temos que fazer uma
sondagem e assim levar textos significativos para os alunos para que eles se sintam parte
integrante do processo de ensino-aprendizagem.
192
Em cada texto escolhido deverá levar em consideração o gênero, ou seja, onde e para
que cada tipo de texto é utilizado, para que ele serve. Por exemplo, uma noticia de jornal é um
texto informativo, uma reportagem, um texto midiático? Enfim, caberá ao professor mostrar a
aplicabilidade de cada texto e em que contexto ele está inserido. Além do gênero deverá
observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa
cultura e de outros países, para quem foi escrito, quem escreveu, com qual objetivo, etc.
Quanto à variedade linguística e a análise linguística devemos tomar o cuidado para
não transformar o texto em pretexto para ensinar gramática que não é o objetivo das mesmas.
Analisar linguisticamente um texto é produzir significados por meio das palavras num todo e
não palavra por palavra ou frase por frase como a gramática “pede”. Ainda como formas de
aprendizagem podem fazer pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto,
discussões para aprimoramento do idioma e valorização da pesquisa feita e produção textual
em que o aluno produzirá seu texto em língua estrangeira com ajuda do professor.
VI - RECURSOS DISPONÍVEIS
Para o curso básico em língua espanhola serão utilizados Rádio, DVD, TV Pen drive,
laboratório de informática, Livro Didático Público, textos midiáticos, literários e outros,
sempre que houver a necessidade de uma adequação a aula ministrada.
VII - AVALIAÇÃO
Quanto às avaliações é recomendável considerar as diversas formas, como a
diagnóstica, a somativa, contínua e a dialógica de acordo com a situação específica.
Contínua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica
porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajuste ou mudanças da
prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas principalmente ao
ensino que se oferece.
A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos
pela escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos formatos da avaliação
deve oferecer oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso.
193
Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades
básicas: apresentar aos alunos seus progressos, avanços, dificuldades e possibilidades no
processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua
prática em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia.
Serão feitas avaliações nos quatro bimestres, com atribuição de notas e posteriormente
de uma média. Sendo as avaliações divididas em oralidade, leitura, escrita, pesquisas em sala
de aula, trabalhos em grupos ou individuais, para progressão dos alunos de acordo com o
estabelecido pelo projeto político pedagógico da escola em acordo com a DCE.
Na escrita será avaliada a clareza na qual o educando expressa suas ideias, organiza
textos com coerência e coesão atendendo as situações propostas como gênero, interlocutor e
consiga utilizar adequadamente os recursos linguísticos como pontuação, substantivos,
adjetivos, verbos, pronomes, etc. Na leitura será avaliada a compreensão do texto lido, as
informações implícitas e explicitas no texto, a ideia principal do texto e todas as formas que
são pertinentes ao uso do discurso. Na oralidade será avaliada a entonação, pausas, gestos, a
coerência em que apresentará sua ideia, a utilização da linguagem formal ou informal, os
diálogos, gêneros orais trabalhados entre outros. Será avaliada também a maneira como o
educando consegue entender os recursos sonoros de uma música, filme ou um diálogo em
sala.
A recuperação será oferecida de forma contínua a todos os alunos com revisão de
conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor.
VIII - BIBLIOGRAFIA
BARROS, Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. In: Bakhtin,
dialogismo e construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMP, 1997.
GONÇALVES, A S. Reflexões sobre educação integral e escola de tempo integral. Artigo
publicado no “Cadernos Cenpec” n.o 2 – Educação Integral – 2o semestre 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Superintendência da Educação. Instrução
Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Orientações Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna – Ensino Médio. Curitiba, 2009.
194
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Livro Didático Público – Língua Estrangeira
Moderna – Ensino Médio.
PAZ, Rodriguez Luz. La Expresión en la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha.
23-6. Set.1998.
www.presidenciadarepublica.com.br/lei11.641
38.3 - DISCIPLINA: EDUCAÇÃO MUSICAL
195
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE: RESPONSÁVEL: FRANCIELE CRISTINA B. NUNES
A música compõe um conjunto de conhecimentos importantíssimo para a formação
humana. Além de ajudar no desenvolvimento da sensibilidade, de ser um elemento agregador
e de motivar o aprendizado, a música em si é também veículo de conteúdo cultural próprio.
A recomendação do Ministério da Educação – MEC através da lei 11.769, de 18 de
agosto de 2008, é que o ensino de música aborde noções básicas de música, cantos cívicos
nacionais e sons de instrumentos de orquestra. Além disso, os alunos deverão aprender cantos,
ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos, representativos da diversidade
cultural brasileira. As próprias diretrizes curriculares nacionais da educação básica já
estabelecem que os currículos tenham uma dimensão nacional e uma dimensão regional
específica, de acordo com o espaço em que eles estão inseridos. Isso é um princípio
das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.
O ensino de música precisa estar articulado com as demais áreas e disciplinas. A
música é uma forma de comunicação e de despertar para a reflexão. No entanto, sozinha, ela
não vai fazer isso tudo. Ela vai conseguir realizar esse papel na medida em que estiver
integrada ao currículo e à proposta pedagógica da escola com clareza e com papel e objetivos
definidos.
Na educação, o ensino da música amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos e artísticos contextualizados, aproximando-o do universo cultural da
humanidade nas suas diversas expressões.
A dimensão social das manifestações musicais revela modos de perceber, sentir,
articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre o indivíduo e
a sociedade.
A música não é uma produção fragmentada, é uma área de conhecimento que interage
nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
196
-Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o
movimento artístico no qual se originam a música e sua relação com o movimento artístico no
qual se originaram.
-Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
-Compreensão das diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função social e
ideológica de veiculação e consumo.
-Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias;
relacionadas à produção, divulgação e consumo.
-Compreensão da musica como fator de transformação social.
-Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
COMPOSIÇÃO:
Ritmo
Melodia
Escalas
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Gêneros: folclórico, indígena, popular, étnico.
Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Improvisação.
197
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Grego romano
Oriental
Ocidental
Africana
Música Popular Brasileira e étnica
Indústria Cultural
Eletrônica
Rap, rock e tecno.
Música Engajada
Música Contemporânea
METODOLOGIA
Como encaminhamento metodológico pode-se trabalhar a apreciação e análise de
produções musicais, tendo como objeto de análise a organização dos elementos formais do
som, da composição e de sua relação com os estilos e gêneros musicais; seleção de músicas de
vários gêneros para compor trilha sonora, observando sua entonação emocional.
O trabalho é direcionado para a estrutura e organização da música em suas origens e
outros períodos históricos. Prossegue o aprofundamento dos conteúdos de acordo com as
séries seguintes; Como instrumento musical pode-se utilizar a flauta doce e o caderno de
musicalização: canto e flauta, que a acompanha, por ser um recurso disponível nas escolas
públicas e por ser um instrumento acessível aos alunos, o teclado pode ser usado como
acompanhamento para o coral e treinamento de voz. Podemos organizar algumas abordagens
metodológicas para abordar algumas expectativas de aprendizagem, como:

Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música;

Audição de diferentes ritmos e escalas musicais;

Produção e execução de instrumentos rítmicos;

Prática coral e cânone rítmico e melódico;

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais;

198
Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da
paisagem sonora;

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias;

Teorias sobre música e indústria cultural;

Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos;

Percepção dos modos de fazer música e sua função social;

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com
enfoque na Música Engajada;
De acordo com SWANWICH, o professor deve ser capaz de trabalhar com música de
diferentes culturas e, ao mesmo tempo, que seja um educador sistemático, estando certo de
que cada aluno está engajado num currículo de música integrado, em um nível desafiante. O
professor também deverá desenvolver o papel de diretor musical, para os concertos de final de
semestre, shows e outros eventos públicos.
No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros musicais, cada
qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões.
Na musica erudita, as formas musicais estão relacionadas aos movimentos da historia
da música, principalmente com as composições do período entre 1750 e 1840, quando estas
formas musicais adquiriram importância.
A música, então, é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de
fazer compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou
indireta interfere na vida da humanidade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
De acordo com Swanwick, qualquer modelo de avaliação válido e confiável precisa
levar em conta duas dimensões: o que os alunos estão fazendo e o que eles estão aprendendo.
A compreensão musical reside numa dimensão diferente das atividades musicais por meio das
quais esse entendimento pode ser revelado e desenvolvido – compondo ou improvisando,
tocando a música de outras pessoas ou respondendo quando ouvimos música. Muitas vezes o
aluno pode compreender a prática e demorar um pouco mais na compreensão do conteúdo
teórico. Algumas atividades poderão revelar mais ou menos compreensão. As propostas
199
podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir
sua produção e a dos colegas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Beyer, Esther. Kebach, Patrícia. Pedagogia da musica. Experiências de apreciação musical.
(2009) Porto Alegre. Mediação.
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento
de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental- Arte.
_______. Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.
MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano
Editorial.
PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de
janeiro, Editora Ática.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento
de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte-Paraná, 2008.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa – 2013.
Swanwick, Keith (2003) Ensinando Música musicalmente. Tradução de Alda Oliveira e
Cristina Tourinho. São Paulo, Moderna, 2003.
TEIXEIRA, Walmir Marcelino. Caderno d Musicalização: Canto e Flauta Doce. Secretaria de
|Estado da Educação Departamento de Educação Básica. Curitiba. 2008.
38.4 - DISCIPLINA: LITERATURA INFANTO JUVENIL
200
1 - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: SANDRA PROENCI SILVA
2. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A literatura infantojuvenil, como é de conhecimento de todos nós, profissionais da
leitura, tem carregado, ao longo dos anos, o estigma de sobrepor o caráter pedagógico ao
literário, uma vez que a produção da literatura para crianças e adolescentes guarda, em certa
medida, estreito vínculo com a escola.
Provavelmente em decorrência dessa questão, temos nos deparado com um quadro
bastante comum na Educação Básica: é possível constatar, com certa facilidade, que nos anos
iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º) existe a preocupação em aproximar as crianças dos
textos literários, por meio de um trabalho pedagógico que se beneficia com a ludicidade que a
literatura infantil possibilita, conforme poetiza José Paulo Paes: "brincar com palavras". Da
mesma forma, no Ensino Médio, constatamos uma tradição curricular que abriga o tratamento
sistematizado do ensino da literatura (ainda que a partir da historiografia literária), garantindo
o contato do aluno com um ou outro texto literário, na maioria das vezes pertencente ao
cânone da literatura nacional.
No entanto, percebemos uma lacuna no trabalho com a literatura nos anos finais do
Ensino Fundamental, quando os textos literários aparecem nos livros didáticos normalmente
em fragmentos e muitas vezes com a finalidade de desencadear menos a fruição do texto, que
a apreensão dos recursos estéticos que o compõem, quando não como mote para atividades
gramaticais. Assim, fica a critério de cada professor a seleção e proposição de leituras de
obras literárias completas, o que pode ser um processo difícil se consideramos para a leitura
as obras normalmente produzidas ou indicadas para a faixa etária dos alunos, uma vez que a
vasta produção de literatura infantojuvenil, publicada nas últimas décadas, dificulta o
conhecimento, por parte do professor, de obras de qualidade literária que possibilitem uma
ampliação da competência leitora dos alunos.
Sendo assim, a proposta de uma disciplina escolar com o objetivo primeiro de
possibilitar a leitura de textos literários de diferentes gêneros: poemas, contos, romances,
201
crônicas, texto dramático e outros, para os anos finais do Ensino Fundamental, vem ao
encontro da necessidade de instituir um programa de leitura voltado aos alunos do 6º ao 9º
ano, com a proposta de preencher a já citada lacuna no trabalho com a literatura nesse nível de
ensino.
Não se pretende com a disciplina de Literatura Infantojuvenil, logicamente, apenas a
leitura da produção específica para o público dos anos finais do Ensino Fundamental no que
tange à adequação etária, mas leituras que possibilitem aos alunos a fruição de “obras
variadas, com alto potencial simbólico, de modo a corresponder ao anseio por outras respostas
possíveis, ainda que efêmeras, a questões diversas sobre si e sobre o mundo, que convocam o
entendimento e o sentimento de um sujeito em formação.” (CADEMARTORI, 2009. p. 65.)
e, também, que aumentem gradativamente a compreensão estética do trabalho realizado com a
linguagem nos textos literários.
CADEMARTORI, Ligia. O professor e a literatura: para pequenos, médios e grandes.
Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
Nessa perspectiva, e de acordo como Documento de Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica para a Rede estadual de Ensino – Língua Portuguesa, a
disciplina de Literatura Infantojuvenil fundamenta-se teoricamente na Estética da Recepção,
cuja proposta, formulada por H.R.Jauss, defende que a leitura literária deve considerar, em
primeira instância, a recepção do texto pelo leitor, que, assim como o crítico literário, atualiza
a obra e redefine seu valor estético e seu lugar na história da literatura. Para Jauss, conforme
Zilberman, o “conceito de leitor baseia-se em duas categorias: a de horizonte de expectativa,
misto de códigos vigentes e da soma de experiências sociais acumuladas; e da emancipação,
entendida como a finalidade e efeito alcançado pela arte, que libera seu destinatário das
percepções usuais e confere-lhe nova visão da realidade.” (ZILBERMAN, 2009. p. 49.).
Ainda como aporte teórico para ensino de Literatura, as DCE indicam a Teoria do
Efeito, cuja proposta desenvolvida por Wolfgang Iser baseia-se, também, na recepção da obra
literária. Para Iser, o leitor tem um papel fundamental na apreensão estética da obra, papel que
o autor antecipa ao construir seu texto, deixando espaços para serem preenchidos durante a
leitura, implícitos e pistas que deverão ser seguidas, impossibilitando, dessa forma,
compreensões equivocadas do texto, ainda que a obra seja aberta a diferentes interpretações.
Partindo desse referencial teórico, as DCE de Língua Portuguesa orientam que o
ensino de literatura deve privilegiar metodologias que respeitem o contato pessoal do leitor
com o texto literário, partindo de suas expectativas iniciais, de seu horizonte de expectativas,
202
para a ampliação de sua compreensão do texto, do contexto de produção da obra e de sua
autoria. Para tanto, o documento de Diretrizes sugere o Método Recepcional, desenvolvido
por Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar como uma possibilidade de trabalho com
a literatura em sala de aula. É importante frisar que além do Método Recepcional há outras
possibilidades de abordagem metodológica que podem ser desenvolvidas para o ensino da
literatura a partir deste aporte teórico, desde que se considere a recepção pessoal do texto, o
estudo do tratamento estético dado à obra e as questões relacionadas ao seu contexto de
produção, questões de ordem ideológica, social, política e, por fim, de autoria do texto.
3. OBJETIVO
Com a finalidade de ampliar o repertório de leitura dos alunos no que diz respeito à
leitura de textos literários de diferentes gêneros - cuja linguagem simbólica busca aproximar o
leitor de diferentes modos de ver e compreender a realidade - a disciplina de Literatura
Infantojuvenil deverá, sempre que possível:
- Relacionar os textos lidos (poemas, contos, romances, crônica, textos dramáticos...) a
outras linguagens (ilustração, música, cinema, televisão...);
- Acontecer em espaços alternativos, com o objetivo de preservar a fruição dos textos
(biblioteca, sala de leitura, pátio da escola, biblioteca municipal...);
- Proporcionar a leitura do mesmo título para toda a turma, a fim de realizar momentos de
troca de experiências de leitura de um mesmo livro, bem como de atividades de ampliação da
compreensão leitora dos alunos;
- Desenvolver trabalhos em parceria com outras disciplinas do currículo como, por exemplo,
buscar o auxílio do professor de Arte na montagem de peças de teatro após leitura de textos
dramáticos;
- Possibilitar momentos de leitura (roda de leitura) dos textos produzidos pelos próprios
alunos;
- Organizar saraus, sessões de cinema, conversas ou entrevistas com escritores (por meio de
contato com as editoras ou vídeos da Internet), exposições dos textos dos alunos (após
atividade de reescrita) e outros.
203
4. METODOLOGIA
Ensinar
Literatura
Infantojuvenil
implica
pensar
nas
ações
pedagógicas,
fundamentadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na
realidade, privilegiando a relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes
formas do saber.
Visando a nova versão das Diretrizes Curriculares a abordagem metodológica
seguirá alguns aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o
número de alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. Deve-se considerar o aluno
como agente ativo no processo de aprendizagem.
O ensino da Literatura, deve ter o texto como material linguístico articulador da
metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o trabalho com o texto, entendido
como um material verbal, produto de uma determinada visão de mundo, de uma intenção e de
um momento de produção, para que o aluno desenvolva um novo pensar sobre o que está
aprendendo. Dessa forma, considera-se a linguagem a partir de temáticas que exploram os
diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o objetivo de analisar as práticas de
linguagem – leitura, oralidade e produção textual, para tanto serão utilizados textos como:
poema, fábula, conto, crônica, texto dramático, narrativa infanto-juvenil, romance, entre
outros gêneros passíveis de trabalho.
Durante a prática da oralidade, o professor deve desenvolver um trabalho gradativo,
que permita ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a
necessidade desse uso e determinados contextos sociais, tendo o entendimento de que poderá
usar o dialeto que lhe é peculiar.
Para atingir as estratégias específicas da oralidade os alunos serão expostos a textos
orais, de diferentes discursos enfatizando a abordagem discursiva da oralidade que vai além
do uso funcional da língua aprendendo a expressar ideias adequando a variedade linguística
para as diferentes situações.
Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as
atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da
produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. Para atingirmos um objetivo
204
claro é preciso que o aluno produza um diálogo sócio-histórico-ideológico, fundamental para
a construção do seu texto e de sua coerência.
A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e
não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora,
olfativa, tátil, visual, gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam
identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,
subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e
estabelecer relações intertextuais.
Como vimos nas aulas de Literatura Infantojuvenil deverão ser abordados vários
gêneros textuais, em atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto
exerce. Para que haja uma efetiva aprendizagem deve-se levar em consideração a composição
de cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os
elementos coesivos, a coerência e por último, mas não menos importante, a gramática. O
ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode
abandoná-la.
É importante ressaltar que não adianta disponibilizar textos aos alunos sem uma
intenção. É imprescindível que o professor saiba provocar a imaginação de seus alunos, que
enfatize a reflexão sobre o uso de cada um deles e avalie o contexto em que está sendo
inserido.
Por esse motivo é importante que sejam privilegiados os gêneros discursivos dentro
das variadas esferas sociais de circulação, por sua grande importância para o trabalho na
escola e desenvolvimento de seus interlocutores no processo de aprendizagem.
Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre
interlocutores e diálogo entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser
humano precisa de outro para comunicar-se, ainda segundo Bakhtin “a vida é dialógica por
natureza”.
Sendo assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de
pelo menos dois interlocutores, e para haver diálogo entre discursos é necessário que haja
relações com outros discursos, entendidas aqui como textos. Então, os gêneros do discurso
constituem as falas e se organizam historicamente a partir de novas situações de interação
verbal.
Fazendo uso dos mais variados textos para uma real aprendizagem recomenda-se a
elaboração de atividades diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos, músicas,
205
filmes, entre outras, pois quando esse aluno interagir com textos diversos perceberá que as
formas linguísticas não são idênticas e não assumem o mesmo significado, isto é, são flexíveis
e variam de acordo com o contexto e situação em que o discurso, entendido como fala, é
utilizado. Sendo assim, para que haja uma aprendizagem eficaz temos que fazer uma
sondagem e assim levar textos significativos para os alunos para que eles se sintam parte
integrante do processo de ensino-aprendizagem.
Em cada texto escolhido deverá levar em consideração o gênero, ou seja, onde e para
que cada tipo de texto é utilizado, para que ele serve. Por exemplo, uma noticia de jornal é um
texto informativo, uma reportagem, um texto midiático? Enfim, caberá ao professor mostrar a
aplicabilidade de cada texto e em que contexto ele está inserido. Além do gênero deverá
observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa
cultura e de outros países, para quem foi escrito, quem escreveu, com qual objetivo, etc.
Quanto à variedade linguística e a análise linguística devemos tomar o cuidado para
não transformar o texto em pretexto para ensinar gramática que não é o objetivo das mesmas.
Analisar linguisticamente um texto é produzir significados por meio das palavras num todo e
não palavra por palavra ou frase por frase como a gramática “pede”. Ainda como formas de
aprendizagem podem fazer pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto,
discussões para aprimoramento do idioma e valorização da pesquisa feita e produção textual
em que o aluno produzirá seu texto com ajuda do professor.
Na Análise linguística é importante ressaltar a diferença entre o ensino de gramática
e a prática da análise linguística, pois no ensino da gramática a língua é concebida como
sistema e na Análise Linguística como ação sujeita às interferências dos falantes, a palavra, a
frase e o período na primeira é privilegiada e na segunda o texto. Na gramática há preferência
pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções
morfossintáticas e correção e na Análise há preferência por questões abertas e atividades de
pesquisa, que exigem comparações e reflexões sobre adequações e efeitos de sentidos.
Através da leitura, pretendendo-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de
produzir/construir sentidos, perpassando a visão tradicional da leitura condicionada à
interação de informações alargando suas possibilidades de entendimento de mundo.
Na escrita, utilizar a língua em situações de comunicação escrita na produção de
textos verbais e não verbais as atividades de produção textual definindo em seu
encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve o que se escreve em
situações reais.
206
Pela oralidade, os alunos expressarão suas ideias adequando a variedade linguística
para as diferentes situações do dia-a-dia.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de
discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as
relações sociais e as relações de poder.
A Lei 9795/99, afirma que “ A Educação Ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.” Sendo assim,
serão adotadas metodologias diversificadas para despertar em todos a consciência de que o ser
humano, lembrado que faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas ambientais
refletem com consequências que atingem a todos nós.
É necessário, dentro da possibilidade da disciplina, trabalhar conteúdos referentes ao
Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento à
violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental. Lembrando que faz
parte da diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar
indígena; Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
4.1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Segundo a DCE (2008) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,
são legitimados socialmente”. Por isso, a língua deve ser entendida como interação verbal e
produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder. Desse modo,
o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio das práticas
discursivas que envolvem a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a prática escrita nas
múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.
Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, seria necessário que criássemos
pela primeira vez no processo da fala, ou a comunicação verbal seria quase impossível
(Bakhtin, 1998). Sabedores de que os Gêneros do discurso organizam nossa fala, e de que
aprendemos a moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é
fundamental que se apresente ao aluno diferentes textos textuais, mas sem categorizá-los.
Portanto, o objetivo será de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a
infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
207
4.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
Gêneros textuais
6º ano
Poema
Fábula
Conto ( Fantástico e de Aventura)
Crônica
Texto Dramático
Narrativa Infantojuvenil
7º ano
Poema
Conto
Crônica
Texto Dramático
Narrativa Infantojuvenil.
4.3. RECURSOS DISPONÍVEIS
Para o ensino da disciplina de Literatura Infantojuvenil, no Colégio Estadual Rui
Barbosa, município de Jandaia do Sul, os recursos disponíveis serão o quadro-negro, giz,
aparelho de rádio, DVD, TV pendrive, Laboratório de Informática, Livros literários, gibis,
textos midiáticos, literários, jornais, revistas e filmes.
Todos estes materiais estarão disponíveis na escola para a base do trabalho escolar
com os discentes.
208
4.4. AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo
aluno e redimensionar o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores e equipe
pedagógica.
O processo avaliativo deve ser entendido como uma prática pedagógica que, ao
nortear as ações do educador, indica-lhe caminhos e possibilita-lhe reflexão dessas ações com
os educandos.
Sacristán (1998), refere-se à prática de avaliar, como uma ação esporádica ou
circunstancial dos professores e do âmbito escolar, mas algo muito presente na prática
pedagógica, e afirma que a prática da avaliação é explicitada pela forma como são realizadas
as funções que a instituição escolar desempenha e, por isso, sua realização vem condicionada
por numerosos aspectos e elementos pessoais, sociais e institucionais, ao mesmo tempo, ela
incide sobre todos os demais elementos envolvidos na escolarização, como, a transmissão de
conhecimento, as relações entre professores/as e alunos/as, as interações no grupo, os métodos
que se praticam, a disciplina, as expectativas de alunos/as, professores/as e pais, a valorização
do indivíduo na sociedade(...) (p.295).
Considerando estas inter-relações cabe-nos analisar sistematicamente as funções que
a avaliação cumpre na prática educativa, para depois questionarmos os métodos e os
resultados.
No Colégio Estadual Rui Barbosa, a avaliação de aproveitamento escolar do aluno
tem por objetivo a verificação das aprendizagens qualitativa e quantitativa, com a
preponderância do aspecto qualitativo sobre o aspecto quantitativo.
É necessário assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de
atividades de recuperação, por meio de ações significativas e diversificadas que atendam a
pluralidade de demandas existentes na escola.
Tendo em vista que a recuperação se constitui num mecanismo que visa garantir a
superação de dificuldades e/ou defasagens específicas encontradas pelos alunos durante o
percurso escolar, deve ocorrer nas formas contínuas e paralelas.
209
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o
período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo
obrigatória sua anotação no Livro Registro de classe.
A avaliação, compreendida como parte integrante da prática educativa, não pode
ancorar-se em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do
rendimento dos alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua, porque
deve ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem, como
finalidade, detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática educativa;
dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece.
A avaliação poderá ocorrer:
* por meio do relacionamento de textos lidos, como, poemas, contos, romances, crônicas,
textos dramáticos, a outras linguagens, como, ilustração, música, cinema, televisão;
* em espaços alternativos, com o objetivo de preservar a fruição dos textos, como biblioteca,
sala de leitura, pátio da escola, biblioteca municipal, bem como, será proporcionado
momentos de troca de experiências de leitura de um mesmo título de livro, além de atividades
de ampliação da compreensão leitora dos alunos;
* desenvolvimento de trabalhos em parceria com outras disciplinas do currículo como,
montagem de peças de teatro após leitura de textos dramáticos
* organização de saraus, entre outros
Para o sucesso do trabalho pedagógico e do processo avaliativo serão utilizados o
acervo da biblioteca escolar, o Portal Dia a Dia Educação (Página de Língua Portuguesa), a
TV Paulo Freire (Programa de incentivo à leitura: Desfolhando); adaptações cinematográficas
de obras literárias; áudios com leitura dramatizada ou declamações de poemas.
4.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. Dialogismo e
construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMP, 1997;
BRASIL. Lei n.º 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afrobrasileira e Africana. Ministério da
Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004;
LEFFA, V. J. O Ensino de Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Contexturas:
APLIESP, n.º 4, p. 13-24, 1999;
210
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –
Língua Portuguesa. Curitiba, 2008;
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Instrução nº 019/2008 – SUED/SEED.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa de Jandaia do Sul.
38.5 - DISCIPLINA: APROFUNDAMENTO ESPORTIVO
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: AMANDA GOULART DE OLIVEIRA
211
PRIMO DONIZETE MAIOLI
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação Básica do Estado do Paraná
da disciplina de Educação Física, propõe uma forma de tematizar o ensino através da cultura
de movimento, onde a metodologia utilizada contribui para que o aluno seja capaz de
visualizar os componentes sociais que influenciam todas as ações socioculturais do campo
esportivo, com possibilidades de ampliação nos conteúdos, questionando o verdadeiro sentido
dos esportes.
O ensino de esportes por meio da transformação didático pedagógica, sempre pautada
nas teorias progressistas da Educação Física (pedagogia crítico-superadora e críticoemancipatória), tem como objetivo transformar o ensino escolar em uma educação voltada
para as competências crítica e emancipatória (AZEVEDO; SHIGUNOV, 2000). Por
intermédio dessa visão crítica, pode-se analisar e transformar o ensino do esporte a fim de
superar a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas corporais,
buscando romper com paradigmas tradicionais, como a esportivização, o desenvolvimento
motor, a psicomotricidade e a aptidão física.
Segundo Kunz (1994), compreender o esporte em todos os seus sentidos para
conseguir agir com liberdade e autonomia requer, além da prática do esporte, a capacidade de
interação social e comunicativa, o que implica em estudar o esporte, e não somente praticá-lo.
Ainda segundo esse autor, para se obter a transformação do fenômeno social esporte, é
preciso:
1. Ter a capacidade de saber se colocar na situação de outros participantes no esporte, especialmente daqueles que não possuem aquelas “devidas” competências ou habilidades para a
modalidade em questão;
2. Ser capaz de visualizar componentes sociais que influenciam todas as ações socioculturais
no campo esportivo (a mercadorização do esporte por exemplo);
3. Saber questionar o verdadeiro sentido do esporte e por intermédio desta visão crítica poder
analisá-lo. (KUNZ, p. 28, 1994).
Nesse sentido, não se pretende com a disciplina de Aprofundamento Esportivo
incumbir a tarefa de fornecer "a base" para o esporte de rendimento nem mesmo revelar
212
“atletas” na instituição escolar. Busca-se garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão
sobre as práticas esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar. Isso também não significa
que se deve contrapor o ensino de técnicas e de táticas, pois estas compõem elementos que
constituem e identificam o legado cultural das diferentes práticas corporais. Portanto, não se
trata de negar a importância do aprendizado das diferentes técnicas e elementos táticos, mas,
sim, de conceber que o conhecimento sobre essas práticas vai muito além. Do contrário,
corre-se o risco de reduzir ainda mais as possibilidades de superar as velhas concepções sobre
o corpo, baseadas em objetivos focados no desenvolvimento de habilidades motoras e no
treinamento físico, por meio das conhecidas progressões pedagógicas (PARANÁ, 2008).
Além disso, pretende-se também trabalhar o esporte através de várias possibilidades de
abordagem metodológicas, como, por exemplo, o uso da tecnologia como ferramenta
pedagógica (laboratório de informática, TV Multimídia, multimídias ou outros) e o acesso ao
aprendizado dos esportes por meio de objetos de aprendizagem (simuladores, imagens,
infográficos, vídeos).
Portanto, a disciplina Aprofundamento Esportivo vem a contribuir com aporte teórico
para a produção de uma cultura escolar de esporte que procura sobrepor a reprodução das
práticas de esporte hegemônicas na sociedade, tendo como objetivo auxiliar o aluno a
compreender melhor o fenômeno esportivo por meio da investigação, avaliação e, muitas
vezes, pelo questionamento sobre as mudanças históricas.
CONTEÚDOS
6° Ano
Conteúdo Estruturante
Esporte
Ginástica
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Voleibol, Handebol, Basquetebol e
Individual
Futsal
Modalidades do atletismo e tênis de
Ginástica geral
mesa e xadrez.
Jogos
gíminicos;
gíminicos
movimentos
(balancinha,
vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante,
ponte)
Lutas
7° Ano
Ginástica Circense
Capoeira
Malabares.
Regional
213
Conteúdo Estruturante
Esporte
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Voleibol, Handebol, Basquetebol e
Ginástica
Individual
Ginástica geral
Futsal.
Atletismo e tênis de mesa e xadrez.
Jogos
gíminicos;
movimentos
gíminicos
(balancinha,
vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante,
ponte)
Lutas
Ginástica Rítmica
Fitas, arcos, maças e bolas.
Ginástica Circense
Capoeira
Malabares, acrobacias.
Regional e Angola
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Voleibol, Handebol, Basquetebol,
8° Ano
Conteúdo Estruturante
Esporte
Futsal, Punhobol.
Ginástica
Individual
Atletismo
e
Ginástica geral
badminton e xadrez.
Jogos
gíminicos;
gíminicos
tênis
de
mesa,
movimentos
(balancinha,
vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante,
ponte)
Lutas
Ginástica Rítmica
Fitas, arcos, maças e bolas.
Ginástica artística
Capoeira
Solo
Regional e Angola
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Voleibol, Handebol, Basquetebol,
9° Ano
Conteúdo Estruturante
Esporte
Futsal, Punhobol.
Individual
Atletismo
e
tênis
badminton e xadrez.
de
mesa,
Ginástica
Ginástica geral
Jogos
gíminicos;
gíminicos
214
movimentos
(balancinha,
rolamentos,
paradas,
vela,
estrela,
rodante, ponte)
Ginástica Rítmica
Ginástica artística
Ginástica
condicionamento
Fitas, arcos, maças e bolas.
Solo
de Alongamentos; ginástica aeróbica;
ginástica
localizada;
pilates,
treinamento funcional.
Lutas
Capoeira
Regional e Angola
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo metodológico se caracterizará pela interação professor – aluno, assim,
conduzindo ao conhecimento mais aprofundado dos esportes e suas praticas.
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em
conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as
estratégias prática social, problematização, instrumentalização, catarse e retorno à prática
social.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção
do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é
colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao
incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,
2002,p.53).
O RETORNO A PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico
na perspectiva histórico-crítica, é quando o aluno(a) demonstra no seu dia-a-dia que
incorporou o conhecimento construído e que o mesmo, agora, faz parte de sua prática social.
OBJETIVOS:
215
•
Despertar o interesse à pratica desportiva com o intuito de socializar os
alunos, vivenciando na prática o respeito ao coletivo.
•
Proporcionar experiências com o esporte e através desse, trazer o aluno
à realidade já o preparando para uma vida em sociedade.
•
Apresentar ao aluno os diferentes esportes e suas praticas.
•
Desenvolver as capacidades físicas tanto como as habilidades, através
do esporte.
•
Ampliar o conhecimento do aluno em relação aos esportes suas regras
e suas praticas.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser individual
ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas que serão
registradas no livro de classe (PPP).
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para registrar o
processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor
outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes e danças.
A avaliação será contínua, permanente e cumulativa e terá como prioridade os
aspectos de participação, cooperação, responsabilidade, respeito para com o outro e
companheirismo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e MédioJandaia do Sul -Pr., 2012
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem.
Curitiba, 2012.
216
AZEVEDO, E S de; SHIGUNOV, Viktor. Reflexões sobre as abordagens pedagógicas em
Educação física. GEMH – Grupo de Estudos do Movimento Humano, F
lorianópolis, v. 1, n. 1, dez. 2000.
A Lei 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
A Lei 11.645/08 - História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de
seus povos.
A Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;
Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos
Humanos(Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola);
Prevenção ao uso indevido de Drogas e
Enfrentamento à Violência;
Educação Ambiental (já citada-Lei); e a
Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena;
Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3. ed.
Campinas, SP: Autores Associados, 2002.
38.6 - DISCIPLINA: ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: VITOR CAMILO FABRÍCIO
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A História, enquanto disciplina escolar, terá como espaço de tempo abordado os anos
de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se expor as principais características
do currículo da disciplina, suas permanências e mudanças, juntamente com a inserção da
217
produção historiográfica nas práticas escolares. Além disso, as sugestões para os conteúdos
estruturantes devem privilegiar campos da investigação da história cultural, social, econômica
e política, com significativa tematização dos mesmos e à luz da Nova História Cultural,
inserindo-se, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão.
Nesse contexto, a intenção e o objetivo da inserção da disciplina de Arqueologia e
Patrimônio Histórico (CULTURAL) na grade curricular da Educação Integral
(parte
diversificada) é que o aluno desenvolva a capacidade de observar, extrair informações e
interpretar características da realidade do seu entorno, estabelecendo relações entre as
conjunturas atuais e históricas, pois quando nos propomos a levar aos alunos os vastos
conteúdos históricos, o mesmo não pode se limitar a uma simples enumeração cronológica
dos fatos ou pertencer ao modelo eurocentrista de estudo sobre a História. Sendo assim,
pretende-se desenvolver a consciência histórica dos jovens do ensino fundamental. Isso leva a
pressuposição de que a arqueologia (relativa às comunidades indígenas, jesuíticas e as rurais e
urbanas no Paraná, Brasil e no mundo) e o patrimônio cultural (material ou imaterial, ambos
entendidos como lugares de memória) possibilitam a produção de formas de narrar que
expressem a consciência histórica dos estudantes.
Dessa forma, o ensino de Arqueologia e Patrimônio Histórico favorece a formação do
aluno como cidadão, construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, posteriormente,
que ele assuma a participação nas esferas sociais, políticas, econômicas, através de uma
crítica da realidade na qual esta inserido, além de possibilitar ao mesmo, refletir sobre os seus
valores e suas práticas cotidianas e relacioná-las com as problemáticas históricas,
proporcionando, por sua vez, uma integração entre o passado e o presente.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Trabalho, Poder e Cultura.
Conteúdos Básicos / Específicos
Introdução aos estudos arqueológicos
- O Trabalho do arqueólogo;
- O tempo e a arqueologia.
- A Cultura Material e a Arqueologia.
218
- A Paleontologia e o estudo dos fósseis.
- Sítios arqueológicos.
- Pinturas Rupestres.
Do Patrimônio Histórico para o Cultural
- O que é Patrimônio Cultural?
- O uso público do Patrimônio Cultural.
- O Patrimônio Cultural Jandaiense.
A cidade de Jandaia do Sul e seus Patrimônios – reconhecendo os espaços.
- O Pássaro Jandaia.
- Breve história de Jandaia do Sul e os monumentos ao Café.
- Estudo sobre a Bandeira Municipal de Jandaia do Sul.
- O Hino de Jandaia do Sul.
- Quem foi o professor João Welter Júnior?
- A lenda da Jandaia.
- Quem foi Rui Barbosa de Oliveira?
- A história do Colégio Estadual Rui Barbosa.
As origens arqueológicas do ser humano
- A evolução do ser humano – a teoria de Darwin.
- A arqueologia e o estudo do paleolítico – a pedra lascada.
- A arqueologia e o estudo do neolítico e da revolução agrícola – a técnica da
- A revolução dos metais e a arqueologia – cobre, bronze e ferro.
- O surgimento das primeiras cidades – as civilizações fluviais.
- A datação dos vestígios arqueológicos – a estratigrafia e o carbono – 14.
- O Museu como lugar de Memória.
O povoamento da América
- Os caminhos para a América – Estreito de Bering
- Clovis: armas de 11.200 anos.
- Monte verde: casas de 13.500 anos.
cerâmica.
219
- Como viviam os primeiros americanos (nômades / caçadores / coletores – agricultores /
sedentarismo).
- Sítios arqueológicos brasileiros: Lagoa Santa, São Raimundo Nonato.
- O trabalho da arqueóloga Niéde Guidon.
- Uma história contada pelos sambaquis.
− O milho, da América para o mundo.
3. METODOLOGIA
Por possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como pronta e
definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes Curriculares de
História possuem como fundamentação teórico-metodológica o suporte na historiografia
intitulada Nova História Cultural ou Nova Esquerda Inglesa, que realiza a crítica aos modelos
das “verdades”, das generalizações e dos determinismos. Essa nova proposta metodológica
norteia o trabalho dos professores de história para que abordem com maior ênfase, em sala de
aula, a história cultural, a história “vista de baixo para cima”, a utilização de documentos
históricos, tematização entre a macro e a micro história, amenizando, desta forma, os modelos
eurocêntricos e pré-estabelecidos.
A interdisciplinaridade da História comas demais Ciências Humanas, no caso específico,
Arqueologia e Patrimônio Histórico (CULTURAL), deve ser encarada como forma de
contribuição para o saber histórico, ajudando o aluno a uma maior compreensão da
diversidade cultural e das diferentes formas de linguagem e expressões com a qual a História
trabalha.
Serão usados os elementos da cultura do aluno, tais como música, jornais, revistas,
filmes, videoclipes, fotos, textos diversificados e o livro didático. As seguintes técnicas de
ensino poderão ser empregadas: aulas expositivas, TV USB e pendrive, seminários para
apresentação de trabalhos, confecção de painéis, estudos dirigidos em sala de aula, atividades
escritas e orais diversificadas em grupo ou individual, e dentro das possibilidades, visitas as
entidades públicas e patrimônios culturais.
Para que o aluno se sinta sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação
constante entre as teorias e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa
prática permitirá que os conteúdos estruturantes dialoguem entre si e também que o
220
conhecimento dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que
compõem a grade curricular do Ensino Fundamental.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, através do desenvolvimento das
atividades em sala de aula e fora dela, pesquisas, textos, relatórios, questões de múltipla
escolha, cruzadas e outras, que possibilitarão uma análise crítica do processo de ensinoaprendizagem tanto do professor quanto dos alunos.
Esse método avaliativo, articulado com os conteúdos estruturantes, deverá privilegiar
todos os educandos e não apenas aqueles que possuem facilidade de assimilação,
minimizando a competição e o individualismo e promovendo a socialização do conhecimento.

A recuperação dos estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo de ensino aprendizagem através da retomada de conteúdos a partir dos
diagnósticos oferecidos pelos instrumentos de avaliação utilizados.

Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também professores e a instituição
escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões práticas e
discursivas e principalmente em seus princípios políticos com qualidade e a
democracia.
5. REFERÊNCIAS
BRASIL. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos
escolares: o que diz a lei. Lei nº 10.639. Brasília, 2003.
BRASIL. História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de
seus povos. Lei 11.645. Brasília, 2008.
BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9795. Brasília, 1999.
O saber histórico na sala de aula. Organizado pela professora Circe Maria Fernandes
Bittencourt. 2a ed. São Paulo, Contexto, 1998.
PROUS, André. Arqueologia brasileira. Brasília: Editora da UnB, 1992.
221
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:
História. Curitiba: SEED, 2008.
BRASIL. Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos. Lei Federal 3924.
Brasília, 26/7/1961.
Projeto Araribá: história – 6 ano / organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida,
desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Maria Raquel
Apolínário. – 3. Ed. – São Paulo : Moderna, 2010.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem.
Curitiba, 2012.
Vídeos
Arqueólogos encontram tesouros nas obras da Usina de Mauá. Mp4. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=2n_sIAkOGaQ>.
Alerta sobre a devastação nos sítios arqueológicos de sambaquis na baia de Guaratuba.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=2lilq_ExMQ4>.
Fantástico 1991 - Patrimônio Histórico em Paranaguá. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=yIZ4fXyxqik&feature=related>.
Meu Paraná - Pinturas Rupestres. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?
v=IQidblVG8jk>.
SILVA, Rodrigo. Um dia de arqueólogo. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?
v=rCetViXHqqs.
Filme artístico
Pinturas
Rupestres
(Valêncio
Xavier)
parte
I.
Disponível
em:
parte
2.
Disponível
em:
<http://www.youtube.com/watch?v=9bmfG5rcNco>.
Pinturas
Rupestres
(Valêncio
Xavier)
<http://www.youtube.com/watch?v=61pAhzDckm4>.
222
38 7.DISCIPLINA: ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL:
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
De acordo com as Diretrizes curriculares Orientadoras da disciplina de Ciências as
atividades experimentais "estão presentes no ensino de ciências desde a sua origem e são
223
estratégias de ensino fundamentais". A atividade experimental proporciona ao aluno
problematizar e questionar sobre as causas e explicações acerca dos fenômenos naturais,
possibilitando formular indagações que podem tornar-se em hipóteses do que está sendo
analisado. Além disso, esta atividade pode ser desenvolvida a partir de questionamentos
semelhantes (ou iguais) que problematizaram a formação dos conhecimentos científicos – o
que possibilita uma contextualização histórico-social da Ciência, como também abordar
questões que dizem respeito a sua gênese.
A atividade experimental possibilita despertar, no aluno, a importância e a relação
teoria e prática tão evidente quando o conhecimento científico é percebido sob uma
perspectiva prática, ou seja, a sua utilização numa prática social; mas também, evidencia a
diversidade de saberes - que é algo inerente ao próprio conhecimento científico. Sendo assim,
é possível perceber que a disciplina de Ciências é influenciada e pode sofrer interferência de
relações entre conceitos da mesma área ou de diferentes e que também sempre pertence a um
dado contexto histórico. Esta visualização mostra ao aluno que a Ciência faz parte e está
sujeita a um momento histórico e que não é uma verdade absoluta nem tão pouco neutra.
Entende-se por atividade experimental toda atividade prática cujo objetivo inicial é a
observação seguida da demonstração ou da manipulação, utilizando-se de recursos como
vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou de materiais alternativos, a depender do
tipo de atividade e do espaço pedagógico planejado para sua realização.
A interdisciplinaridade com a disciplina de Ciências podem ser estabelecidas quando
os conceitos, as teorias ou as práticas forem chamadas à discussão e auxiliarem a
compreensão do conteúdo ou de um recorte do conteúdo, bem como pode estabelecer-se com
outras disciplinas, com vistas a buscar promover uma abordagem mais abrangente do objeto
de estudo em questão.
Estabelecer relações interdisciplinares não é uma tarefa que se reduz a uma
readequação metodológica curricular, trata-se de uma questão epistemológica e está na
abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo.
A disciplina de Ciências, tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao
ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes
das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,
campo, energia e vida. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
224
Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a
interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,
conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo
assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do
conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendêla e se apropriar dos seus recursos.
É preciso ressaltar aqui que esta disciplina tem como foco despertar no aluno a
inquietação e a busca por respostas aos seus questionamentos mediadas pelo professor, que
tem função primordial nesta iniciação a investigação.
III. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS:
SÉRIES
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
8º ANO
ESTRUTURANTES BÁSICOS
*Universo
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
*Astronomia
* Sistema Solar
*Introdução
à
* Matéria
*Movimentos terrestres
Experimental
*Sistemas Biológicos
* Astros
*Etapas da Pesquisa
* Energia
*Movimentos celestes
*Introdução ao Trabalho
* Biodiversidade
*Origem e evolução do por Investigação
de
Atividade
Universo
*Coleta
*Gravitação Universal
conceito, formas de coleta e
*Constituição da
registro dos dados
Matéria.
*Formas
de
dados
registro
–
–
escrito e o uso da imagem e
*Propriedades da matéria
do vídeo como fonte de
*Níveis de organização
registro
*Célula
*Morfologia e fisiologia *Divulgação
das
dos seres vivos
Atividades
Experimentais
*Mecanismos de herança
em ambiente virtual (blog,
genética
microblog, vlog, podcat,
*Formas de energia
redes sociais...)
*Conversão de energia
*Estudo
*Transmissão de energia
rochas e solos
*Conservação da energia
*Formação dos solos
sobre
minerais,
225
*Relação entre Solos, Flora
*Organização dos seres e Fauna
vivos
*Solos e Fósseis
*Ecossistemas
*Minerais
*Evolução
dos
presentes
no
seres cotidiano
vivos
*O uso do solo na arte –
* Origem da vida
tintas feitas a base de solos
* Sistemática
*Evolução
dos
seres *Formas de contaminação
vivos
do
solo
(chorume,
*Interações ecológicas
necrochorume, agrotóxicos
e agroquímicos)
*Deslocamento de massas,
erosão, voçoroca
*Solo e Mata Ciliar
9º ANO
* Astronomia
* Universo
* Introdução à Atividade
* Matéria
* Sistema Solar
Experimental
*Sistemas Biológicos
* Movimentos terrestres
* Etapas da Pesquisa
* Energia
* Astros
* Introdução ao Trabalho
* Biodiversidade
* Movimentos celestes
por Investigação
* Origem e evolução do
* Coleta de dados –
Universo
conceito, formas de coleta e
* Gravitação Universal
registro dos dados
* Constituição da matéria
* Formas de registro –
* Propriedades da matéria
escrito e o uso da imagem e
* Níveis de organização
do vídeo como fonte de
* Célula
registro
* Morfologia e fisiologia
* Divulgação das
dos seres vivos
Atividades Experimentais
* Mecanismos de herança
em ambiente virtual (blog,
genética
microblog, vlog, podcat,
* Formas de energia
redes sociais...)
* Conversão de energia
* Estudo sobre a ação
* Transmissão de energia
humana de transformação
226
* Conservação da energia
do meio
* Organização dos seres
* Impacto ambiental
vivos
causado pelo ser humano
* Ecossistemas
* Poluição (ar, água, solo,
* Evolução dos seres
visual, sonora,)
vivos
* Conforto Térmico
* Origem da vida
* Estudo sobre o espaço e o
* Sistemática
entorno escolar
* Evolução dos seres
* Fauna e Flora local
vivos
(espécies nativas e
* Interações ecológicas
exóticas)
* Espécies invasoras
* Resíduos e Reciclagem
IV. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
As aulas de atividades experimentais precisam acontecer em espaços pedagógicos
diferenciados e com um recorte diferente do que o realizado na disciplina de ciências, pois
nessa disciplina o professor precisa trabalhar também a contextualização, a investigação e
discutir a Ciência como um processo histórico-social e como uma produção humana.
Na disciplina de Atividades Experimentais o trabalho pedagógico envolve a:
introdução às etapas que compõe uma pesquisa; como acontece o trabalho investigativo; o que
é uma investigação; porque existe a necessidade de ser levantadas hipóteses; porque é preciso
ter objetivos e justificar uma pesquisa; como são feitas as coletas de dados e como estes dados
podem ser utilizados; como registrar e fazer as referências de dados e fontes; o que é um
registro e como a imagem e o vídeo podem ser utilizados como fonte de registro.
É possível dizer que a partir do momento que o aluno entende que a atividade
experimental é realizada em vários espaços e que, portanto, não fica restrita ao laboratório:
que ele se percebe inserido nestes espaços, onde se discute e ensina Ciências, e que também
está próximo dele.
A utilização, tanto de equipamentos e materiais do laboratório escolar junto a
materiais alternativos, mostra que é possível demonstrar que tanto a produção como o
227
processo que resultam na Ciência faz parte do cotidiano e estão próximos da realidade do
aluno.
Essa disciplina tem como foco os conteúdos que envolvem a metodologia e as etapas
de uma pesquisa, o uso dos espaços pedagógicos onde a pesquisa pode ser desenvolvida, e
como a coleta de dados é feita, de que maneira as fontes, na forma de imagem e de vídeo,
podem ser utilizadas e como este trabalho pode ser registrado e divulgado.
Entre os recortes, que esta disciplina possibilita, destacam-se os que estão relacionados
com o aporte teórico das áreas de metodologia, geologia e meio ambiente.
Para incorporar a linguagem virtual no cotidiano da disciplina é necessário o uso de
ambientes que vão desde a pesquisa em bibliotecas físicas e virtuais o uso da fotografia e do
vídeo para registro das atividades realizadas nos espaços pedagógicos, até a utilização de Role
Playing Games – RPG online para discutir questões biológicas e problemas ambientais. Mas
também, utilizar meios como: blog, microblog, vlog, podcast, redes sociais, entre outros
ambientes virtuais, para divulgar as atividades feitas pela disciplina. Estes ambientes virtuais
podem e devem estar integrados, para que, além da divulgação das atividades experimentais
realizadas, seja possível a troca com outras turmas e/ou instituições de ensino.
O blog pode hospedar textos (com a possibilidade do uso de hipertextos), vídeos,
áudios, fotos, que podem funcionar como um diário de trabalho e/ou atividades. Os vídeos e
fotografias necessitam tratar a imagem com cuidado e focando no objetivo da atividade
realizada. Os ambientes virtuais servem para divulgar as atividades experimentais, realizadas
na disciplina, nos mais diferentes espaços pedagógicos, que vão desde o laboratório à aula de
campo.
Cabe ressaltar que esta disciplina deve trazer a pesquisa e suas etapas, relacionando o
teórico com o prático, bem como que os espaços pedagógicos são ambientes para a pesquisa,
através da qual se pensa e planeja a disciplina para a introdução aos conceitos fundamentais.
Pesquisa:
* Biblioteca Escolar e/ou Biblioteca Pública e Biblioteca Virtual;
* Páginas eletrônicas de artigos científicos.
Divulgação:
* Apresentação das atividades em Feiras e Mostras de Ciências;
228
* Postagem das atividades na forma de: trabalho científico em periódicos; História em
Quadrinho,
* Fotonovela, Diário, Scrapbook (físico e virtual), Banner...; e em ambiente virtual (blog,
microblog, vlog, podcast, redes sociais...).
Atividades:
Introdução à disciplina: Etapas de uma pesquisa; Pesquisa e discussão sobre:
Investigação, Pesquisa e Metodologia; Formas de coleta e registro de dados e
fontes; Meios de divulgação das atividades em ambiente virtual; Ambiente virtual:
ambientação e uso;
Utilização do ambiente escolar e seu entorno como espaço pedagógico para a
disciplina: Registro digital da paisagem da escola e de seu entorno: Fotos da fauna e flora
local;
Fotos
das
questões
ambientais
(resíduos,
saneamento,
mobilidade,
acessibilidade,...),Pesquisa – classificação do solo, da fauna e flora; Pesquisa geográfica e
histórica do local;
Registro Fotográfico e Montagem de um Arquivo Digital sobre a Escola e o espaço
em que está inserida;
Montagem de um Arquivo Fotográfico Digital: um Arquivo Fotográfico sobre a escola
e seu entorno; um Herbário Digital;
Práticas de laboratório escolar para analisar as questões ambientais do entorno escolar;
Montar uma História em Quadrinho, e/ou Fotonovela, e/ou Diário, e/ou Scrapbook
e/ou Banner, e/ou Storybird, e/ou ZooBurst Alpha;
Júri simulado sobre as hipóteses trabalhadas durante a disciplina.
V. AVALIAÇÃO:
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo
229
aluno e redimensionar o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores por meio do
trabalho pedagógico.
Por meio da avaliação pode-se verificar se os objetivos foram alcançados, além de
informar ao aluno sobre seu desempenho, avanço e dificuldades. Essas informações tornam
claras as expectativas de aprendizagem e apontam as experiências educativas tidas como
essenciais para o desenvolvimento e socialização dos alunos. Assim, a avaliação é um
mecanismo orientador, com vistas aos constantes e necessários ajustes ao planejamento que
deve nortear o trabalho do professor, mas também instrumento de reformulação dos
procedimentos didáticos a serem realizados por ele.
São várias as formas possíveis para avaliar o aluno se utilizando dos instrumentos
como:
•
Provas (não classificatória);
•
Pesquisa bibliográfica;
•
Pesquisa de campo;
•
Seminários;
•
Produção de texto;
•
Interpretações;
•
Análise de textos, mapas e documentos;
•
Produção de narrativas históricas;
•
Construção de tabelas e gráficos;
•
Pesquisa bibliográfica;
•
Relatórios em aula de laboratório;
•
Dinâmicas em grupo;
•
Debates;
•
Júri simulado;
•
(Re) criação de jogos;
•
Trabalho em grupo;
•
Desenhos;
•
Auto-avaliação;
•
Elaboração de painéis, murais;
230
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos.
Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado
Educação/Superintendência da Educação. -2008.
Ementários e propostas pedagógicas das disciplinas da parte diversificada - (Educação em
Tempo Integral em Turno Único - Documento 2 - Curitiba, dezembro 2012 - páginas 49 a 56.
Lei 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
Lei 11.645/08 - História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de
seus povos.
Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa- 2009.
Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos
Humanos(Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência;
Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental (já citada-Lei); e a
Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena;
Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
38 8 - DISCIPLINA: INICIAÇÃO AO PENSAR FILOSÓFICO
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL:
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Iniciação ao Pensar Filosófico na educação integral traz em seu bojo o
exercício do filosofar, que expressa uma dimensão essencial do homem, pois em todas as fases
das vida dos sujeitos históricos, impera a necessidade de fornecer respostas, individuais ou
coletivas, aos desafios e conflitos que se apresentam ao longo da vida. Segundo Maria Lúcia de
231
Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A Filosofia)”... é importante para a formação
integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a elaboração do pensamento abstrato, a
filosofia ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto. Se a condição do
amadurecimento esta na conquista da autonomia no pensar e no agir, muitos adultos
permanecem infantilizados quando não exercitam desde cedo o olhar crítico sobre si mesmo e
sobre o mundo. (ARANHA,2002,pg 01).
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
8º ANO:
Mito e Filosofia
Teoria do Conhecimento
9º ANO:
Ética e Política Estética
Conteúdos Básicos:
8º Ano:
Saber mítico
Saber filosófico
Relação Mito e Filosofia
Atualidade do mito
O que é Filosofia?
Possibilidade do conhecimento
As formas de conhecimento
O problema da verdade
A questão do método
Conhecimento e lógica
Ciência e ética
9º Ano:
Ética e moral
Pluralidade ética
232
Ética e violência
Razão, desejo e vontade
Liberdade: autonomia do sujeito e necessidade das normas
Relações entre comunidade e poder
Liberdade e igualdade política
Política e Ideologia
Esfera pública e privada
Cidadania formal e/ou participativa
IV- METODOLOGIA
Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositivas com a
utilização de variados instrumentos tecnológicas, como internet, multimídia, TV etc., garantir
o domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do
pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da analise e
da interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos. Entendemos que o
trabalho do Professor é o de propor problematizações, leituras filosóficas e analise de textos,
tomando o cuidado de não interferir na construção de autonomia de pensamento ao educando.
Ao educador é necessário compreender que ele não esta criando discípulos, mas sim
livres pensadores com capacidade argumentativa e domínio dos pressupostos metodológicos e
lógicos.
V- AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções
diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica quando fornece
subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino aprendizagem e também
classificatória quando em função da legislação vigente o educador necessita quantificar o
resultado obtido pelo educando.
Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para tanto
não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças
quantitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é representada por
233
seminários, debates, painéis, entre outro, e conforme estabelecido no projeto político
pedagógico da escola corresponderá a um percentual de avaliação formal, avaliação escrita
bimestral e outro percentual através de trabalhos de pesquisa, seminários, debates, relatórios,
murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem estar claros ao educando no inicio
de cada período bimestral.
VI – BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2* Edição SP. Ed
Moderna, 1993.
CHAUÍ, M. 2000. Convite a Filosofia. São Paulo, Ática.
CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB,
1999.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva 1996.
Diretrizes Curriculares de Filosofia, Secretária de Estado de Educação, versão 2009.
FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.
HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em discussão (I): Platão.
Maquiavel, Descartes e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.
MODIM, Battista, Introdução a Filosofia, 2*Edição Edições Paulinas São Paulo. 1980.
ANEXO III
234
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS
CURRICULARES
COMPONENTES CURRICULARES
ENSINO FUNDAMENTAL
39. PROPOSTAS CURRICULARES DOS COMPONENTES CURRICULARES DO
ENSINO FUNDAMENTAL
39 1 - ÁREA: Esporte e Lazer
COMPONENTE CURRICULAR: Recreação e Lazer
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: AMANDA GOULART DE OLIVEIRA
CONTEÚDOS
6° ANO
235
Conteúdo estruturante
Jogos e brincadeiras
Conteúdo Básico
Conteúdo Específico
Jogos
e
brincadeiras Amarelinha, 5 marias,
populares
bets,
peteca, bola queimada, rouba
bandeira, pega-pega, pega o rabo,
estafetas, alerta.
Brincadeiras e cantigas de Escravos de Jô, dança da cadeira,
roda
gato e rato, caranguejo, lenço
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
atrás. e resta um.
Dama
Nunca 4, pega-pega da corrente,
câmbio, futpar, salve-se com um
abraço.
7° ANO
Conteúdo estruturante
Jogos e brincadeira
Conteúdo Básico
Conteúdo Específico
Jogos
e
brincadeiras Estafetas, Amarelinha, 5 marias,
populares
bets,
peteca,
bola
queimada,
rouba bandeira, pega-pega, pega
o rabo, estafetas, salada de fruta,
gincanas, corrida de sacos, stop.
Brincadeiras e cantigas de Escravos de Jô, dança da cadeira ,
roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
lenço atrás.
Dama e trilha.
Nunca 4, pega-pega da corrente,
câmbio, futpar, salve-se com um
abraço, volençol, caranguejobol,
dança da cadeira cooperativa.
OBJETIVOS
•
Despertar a ludicidade, resgatando brinquedos e brincadeiras.
•
Promover a socialização entre os colegas em momentos lúdicos.
•
Despertar o companheirismo e a cooperação entre os alunos.
•
Ensinar as crianças a brincar conhecendo seu próprio corpo e seus limites.
•
236
Fazer com que os alunos absorvam a importância do respeito às diferenças, dificuldades e limitações de cada um.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
O processo metodológico se caracterizará pela interação professor – aluno, assim,
conduzindo ao conhecimento mais das atividades de recreativas e de lazer em suas praticas.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a
construção do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é
colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao
incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,
2002,p.53).
A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou.
O RETORNO
A PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica, é quando o aluno(a) demonstra no seu dia-a-dia
que incorporou o conhecimento construído e que o mesmo, agora, faz parte de sua prática
social.
RESULTADOS ESPERADOS:
Espera-se que no decorrer do ano, o aluno absorva o conhecimento transmitido
pelo professor assim como, com as vivência durante as aulas. Que ele conheça e reconheça
brinquedos e brincadeiras, resgatando a infância, e valorizando os momentos de lazer.
Espera-se também que aprenda com a vivência dentro da sociedade escolar, a
socializar-se em diferentes ambientes, respeitando as diferenças as opiniões e reconhecendo
valores que agreguem e enriqueçam o seu dia-a-dia.
AVALIAÇÃO:
237
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser
individual ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, em forma de portfólios que serão
registradas no livro de classe, conforme previsto no Projeto Político Pedagógico.
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para registrar o
processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor
outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras.
A avaliação será contínua, permanente e cumulativa e terá como prioridade os
aspectos de participação, cooperação, responsabilidade, respeito para com o outro e
companheirismo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AZEVEDO, E S de; SHIGUNOV, Viktor. Reflexões sobre as abordagens pedagógicas em
Educação física. GEMH – Grupo de Estudos do Movimento Humano, Florianópolis, v. 1,
n. 1, dez. 2000.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem.
Curitiba, 2012.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e MédioJandaia do Sul -Pr., 2012
A Lei 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
A Lei 11.645/08 - História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de
seus povos.
A Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;
Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos
Humanos(Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola);
Prevenção ao uso indevido de Drogas e
Enfrentamento à Violência;
Educação Ambiental (já citada-Lei); e a
Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena;
Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
238
.
39 2 - PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS
I - IDENTIFICAÇÃO:
DOCENTE RESPONSÁVEL: IVANILDA SOUTO GONÇALVES SILVA
ÁREA: Temas Sociais Contemporâneos
COMPONENTE CURRICULAR: Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças
CONTEÚDOS.
ESTRUTURANTES: Sistemas Biológicos
BÁSICO: Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
ESPECÍFICO: Higiene corporal; Primeiros socorros.
ESTRUTURANTE: Biodiversidade
BÁSICO: Organização dos Seres Vivos.
ESPECÍFICOS: Vírus (doenças de inverno)
Bactérias: (doenças de inverno)
239
Fungos (micoses, frieras)
ESTRUTURANTE: Matéria e energia
BÁSICO: Acidentes domésticos.
ESPECÍFICOS: Eletricidade, fogo, produtos químicos.
OBJETIVOS
− Estender o aprendizado levando para casa e para a comunidade a importância de cuidar
do ambiente, para assim evitar doenças, como a dengue.
− Aplicar os conhecimentos teóricos na pratica, cuidando da higiene corporal, bucal e
ambiental
− Conhecer as doenças de inverno.
− Saber os cuidados necessários para evitar de contrair doenças de inverno.
− Conscientizar da importância de estar em dia com a vacinação.
− Prevenir os acidentes domésticos.
− Saber como dar atendimento, quando necessário as vítimas de acidentes domésticos.
− Identificar as características dos diferentes tipos de fungos.
− Observar o desenvolvimento de fungos decompositores.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Os conteúdos serão abordados por uma linguagem simples, mais precisa,
estabelecendo assim um diálogo com o aluno.
Na abordagem dos conteúdos busca-se estabelecer relações com o cotidiano do
aluno,com intuito de atrair a atenção e, consequentemente o seu interesse. Serão trabalhados
materiais manipuláveis: Arcada dentária, escova, etc, cartazes, jogos e atividades diversas,
como teatro para motivá-los.
RESULTADOS ESPERADOS:
É objetivo de estudo do Componente Curricular: Promoção da Saúde e Prevenção de
Doenças o fenômeno vida em toda a sua diversidade de manifestação, deste modo espera -se
240
do educando que ele passe a conhecer as doenças e a assim a cuidar de seu corpo e do
ambiente em que vive.
AVALIAÇÃO:
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o
objetivo não é verificado através de uma medição a quantidade de informações retidas pelo
aluno ao longo de um determinado período. Ela deve servir como instrumento de diagnóstico
do processo de ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de
todos os componentes desse processo.
O conhecimento é construção humana e social e o nosso não é construído de um dia
para o outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo
trabalha e reelabora as informações recebidas, daí a necessidade de se considerar , na
avaliação, não somente o produto, mas principalmente o processo. Só a consideração conjunta
do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.
Deste modo o aluno será avaliado através de debates, trabalhos em classe e
extraclasse, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente , o desenvolvimento
do mesmo servirá como um diagnóstico do processo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARROYO, M.G. O Direito a Tempos – Espaços de Um Justo e Digno Viver. 2011.
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.
MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano
Editorial.
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento
de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte-Paraná, 2008.
_______. Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.
_______. Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.
Versão preliminar, julho 2006.
241
PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de
janeiro, Editora Ática.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa – 2012.
39.3 - EXPRESSÃO CORPORAL
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: ANA PAULA SCANDALO
ÁREA: Cultura, Arte e Educação Patrimonial
COMPONENTE CURRICULAR: Expressão Corporal
II - APRESENTAÇÃO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Elementos Formais
CONTEÚDOS BÁSICOS: Movimento Corporal, Tempo, Espaço
242
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Composição.
CONTEÚDOS BÁSICOS: Kinesfera, Eixo; Ponto de Apoio; Movimentos articulares;
Fluxo (livre e interrompido); Rápido e lento; Formação níveis (alto, médio e baixo);
Deslocamento (direto e indireto); Dimensões (pequeno e grande); Técnica: improvisação;
Gênero: circular; Rotação; Coreografia; Salto e queda; Peso (leve e pesado); Fluxo (livre,
interrompido e conduzido); Lento, rápido e moderado; Níveis (alto, médio e baixo);
Formação; Direção; Gênero: folclórica, popular e étnica; Giro; Rolamento; Saltos;
Aceleração e desaceleração; Direções (frente, atrás, direita e esquerda); Improvisação;
Coreografia; Sonoplastia; Gênero: Rolamentos; Extensão (perto e longe); Deslocamento;
Gênero: performance e moderna; Peso; Fluxo; Quedas; Saltos; Giros.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS: Pré-história; Greco-Romana, Renascentismo; Dança Clássica;
Dança Popular; Brasileira;
Africana;
Indígena; Hip Hop; Musicais; Expressionismo;
Indústria Cultural; Dança Moderna; Vanguardas; Dança Moderna e Dança Contemporânea.
OBJETIVOS:
Reconhecer e explorar as várias formas de movimento em diferentes contextos;
Adquiri conhecimento por meio de movimento corporal, tempo e espaço;
Criar trabalhos com dança utilizando varias formas de composição;
Compreender a dança e a relação com formas artísticas populares a partir do cotidiano de cada
indivíduo;
Adaptarem-se as práticas e a teoria da dança;
Entender as diferentes formas de dança no cinema, musicais e nas mídias e sua função social.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
O ensino da Dança deve se voltar para o desenvolvimento dos aspectos cognitivos
ligados aos processos mentais, possibilitando uma melhor compreensão estética artística da
dança. Buscar como foco o sentir e perceber o movimento corporal.
243
Para entender a Dança como expressão e entendê-la é necessário compreender a época
que foi criada e a que classe artística era pertencente. Atividades práticas: improvisação,
expressão corporal, criação e execução de sequências coreográficas, uso de adereços e
figurinos.
RESULTADOS ESPERADOS:
Para o Aluno: Aprendizagem dos conceitos teóricos e práticos da Dança, melhor
desenvolvimento psicomotor e melhora no desempenho acadêmico geral.
Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada.
Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.
AVALIAÇÃO:
A avaliação é parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o objetivo não é
verificado através de uma medição quantitativa de informações retidas pelo aluno ao longo
de um determinado período. Ela é instrumento de diagnóstico do processo de ensino –
aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes
desse processo.
O conhecimento é construção humana e social, não é construído de um dia para o
outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo constrói
progressivamente o conhecimento, daí a necessidade de se considerar , na avaliação, não
somente o seu resultado isoladamente, mas principalmente o processo. Só a consideração
conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.
Deste modo o aluno será avaliado através das atividades, trabalhos em classe e
extraclasse, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente , o desenvolvimento
do mesmo servirá como um diagnóstico para programação das atividades a serem
desenvolvidas, com vistas a apropriação do conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.
244
Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.
Manual de Orientações para implantação da Educação em Tempo Integral em Turno Único2012 Curitiba, SEED- PR.
MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano
Editorial.
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento
de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte-Paraná, 2008.
_______. Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.
_______. Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.
Versão preliminar, julho 2006.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa – 2012.
PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de
janeiro, Editora Ática.
39.4 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO CULTURAL
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: ISABEL CRISTINA AMBROSIO MARQUETE
II - APRESENTAÇÃO:
ÁREA: Temas Sociais Contemporáneos
COMPONENTES
CURRICULARES:
Sustentável.
CONTEÚDOS:
ESTRUTURANTE: Astronomia
Educação
Ambiental
e
Desenvolvimento
245
BÁSICO: Sistema Solar
ESTRUTURANTE: Matéria
BÁSICO: Constituição da Matéria
ESPECÍFICO: Atmosfera (Ar- poluição e Medidas de Conservação) e crosta,
solo(constituição, preservação e conservação e poluição do solo e erosão), rochas, minerais,
manto e núcleo. Água (estados físicos, ciclo da água,reaproveitamento e poluição).
ESTRUTURANTE: Sistemas Biológicos
BÁSICO: Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ESPECÍFICO: Microrganismos
ESTRUTURANTE: Energia
BÁSICO:Formas de Energia; conversão de Energia; Transmissão de Energia
ESTRUTURANTE: Biodiversidade
BÁSICO:Ecossistema,
ESPECÍFICO: biomas (fauna e flora), cadeias alimentares, mata ciliar, desequilíbrios
ecológicos e sustentabilidade
BÁSICO: Organização dos Seres Vivos,
ESPECÍFICO: Seres vivos e não vivos (Ar), Cadeia Alimentar
OBJETIVOS:
Reconhecer o papel transformador e emancipatório da Educação Ambiental, tornandose cada vez mais visível o atual contexto nacional e mundial quanto a preocupação com as
mudanças climáticas, a degradação da natureza, a redução da biodiversidade, os riscos sócio
ambientais, locais e globais.
Sensibilizar o educando quanto a necessidade de preservação dos diferentes ambientes dos
quais desenvolvemos nossas atividades diárias.
Conhecer os componentes e os mecanismos que regem os sistemas naturais.
Fortalecer a participação da juventude na implementação da Política Nacional de Educação Ambiental e incentivá-la a contribuir com a solução dos problemas socioambientais.
246
Entender que o ser humano é o principal protagonista em tudo o que se refere ao meio
ambiente.
Desenvolver a cidadania, participando ativamente, resgatando direitos, promovendo
uma nova ética capaz de conciliar ambiente e sociedade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
É fundamental a discussão e a reflexão sobre como nós, professores de Educação em
Tempo Integral, podemos relacionar a temática Educação Ambiental, contribuindo para a
sensibilização dos alunos frente à problemática ambiental, tornando a instituição de ensino um
local de mudanças concretas na realidade social, sob a ótica da sustentabilidade, sendo assim
um dever de todos.
O ensino de Educação Ambiental abrange diferentes conhecimentos, sendo
contemplados e articulados no processo de ensino e de aprendizagem.
Para que essa perspectiva de currículo se efetive na escola é preciso que os
participantes do processo de ensino e de aprendizagem partilhem dessa concepção como
construção humana, atendendo as demandas da atualidade.
É importante que o professor reconheça que existem conhecimentos científicos:
físicos, químicos e biológicos, que precisam ser abordados, respeitando-se o nível cognitivo
dos estudantes. Adotando uma linguagem coerente com a faixa etária, aumentando
gradativamente o aprofundamento desses conteúdos.
O estudo realizado referente à educação ambiental envolverá atividades diferenciadas,
aulas práticas com atividades experimentais e a pesquisa, considerando-se coerência entre a
teoria e prática, podendo acontecer em diversos ambientes, na escola ou fora dela. Nas
atividades pedagógicas há um envolvimento direto do educando, como: leitura científica,
análise e interpretação de dados, imagens através da utilização de computadores, TV
pendrive, DVDs, vídeos, gravuras, desenho e pintura. O professor pode utilizar-se de músicas,
poesias, jogos didáticos, painéis, murais, exposições e outros meios que achar necessário para
enriquecimento de seu trabalho metodológico.
Desenvolver trabalhos com os temas: reciclagem, lixo orgânico(separação do lixo em recicláveis e orgânicos), compostagem (para utilização em canteiros ou em floreiras); importância
247
da Ecologia; preservação da natureza; riscos dos agrotóxicos; lixo eletrônico: ameaça ambiental e social; energias renováveis.
Desenvolver atitudes sustentáveis: na escola, dever de cada um (separação do lixo, manutenção da limpeza da escola, não deixar lâmpadas, ventiladores e computadores ligados sem
necessidade, servir-se dos alimentos que vai comer – sem deixar sobras, etc.); como aplicá-las
em casa; sustentabilidade econômica, ecológica e empresarial.
Destaca-se a importância dos registros que os estudantes fazem no decorrer das
atividades, pois através destes o professor poderá analisar a própria prática e realizar uma
intervenção pedagógica coerente no processo educativo e divulgar a produção de seus
estudantes com o intuito de promover a socialização dos saberes e a interação dos mesmos
com a produção científica- tecnológica.
RESULTADOS ESPERADOS:
A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência
harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a
analisar criticamente as atitudes que tem levado à destruição inconsequente dos recursos
naturais e de várias espécies. Portanto, espera-se que:
O aluno consiga assimilar conceitos que venham melhorar o desempenho acadêmico e
principalmente mudanças de atitudes com relação ao meio em que se vive, respeitando cada
ser, membro constituinte e parte integrante desse ambiente.
Quanto à escola, a busca pela preservação dos recursos naturais já existentes,
incentivando trabalhos que venham enriquecer a qualidade do ambiente ofertado, envolvendo
a comunidade escolar em práticas que despertem no aluno a importância do meio ambiente
para sua vida e a vida de todos que o cercam.
AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá ser contínua, permanente e cumulativa, ocorrerá ao longo do
processo ensino aprendizagem, através da interação professor x estudantes, servindo de
parâmetro para o direcionamento da organização do trabalho docente, onde haverá
verificação, à medida que os estudantes se apropriam dos conhecimentos específicos. A
248
avaliação se dará também na forma em que os estudantes se expressam, interpretam,
produzem, discutem, relacionam, analisam, justificam, argumentam, como sujeitos do
processo.
REFERÊNCIAS:
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da
Educação Básica do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba: SEED, 2008.
BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson Roberto. Ciências: Os seres vivos. 4. ed. São Paulo:
Ática, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação
ambiental na escola. Departamento de Educação Ambiental : Unesco, 2007.
Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental.
Lei n. 17.505, de 11 de janeiro de 2013. Estabelece a Política Estadual de Educação
Ambiental e o Sistema de Educação Ambiental e adota outras providências.
Resolução n. 2, de 15 de junho de 2012. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Ambiental.
249
39.5 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
I - IDENTIFICAÇÃO
ÁREA: Comunicação e Uso de Mídias
COMPONENTE CURRICULAR: Tecnologias da Informação e Comunicação.
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: PAULO HENRIQUE VALÉRIO
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Conteúdo: Digitação; Formatação de textos; Confecção de tabelas; Formatação de tabelas;
Montagem de slides, Montagem de imagens; Edição de fotos; Internet; E-mail; Segurança na
Internet.
250
Objetivos:
Proporcionar aos alunos a aquisição do conhecimento sobre os meios da informática,
para que os mesmos possam utilizar o laboratório de informática deste estabelecimento de
ensino para realização de estudos, bem como preparar os alunos para uma sociedade
informatizada.
Encaminhamento Metodológico:
O trabalho será iniciado pela digitação, seguido da formatação de textos, utilizando
textos selecionados pelos alunos, considerando seu dia a dia, exemplo: relatos dos alunos,
reportagens de jornais, revistas e poemas. A confecção e formatação de tabelas trará dados
relevantes para os alunos, com situações vivenciadas pelos mesmos (informações da vida
escolar, do Município e Estado em que moram, e outros). A montagem de slides, edição de
fotos e imagens será feita com imagens educativas e significativas para os alunos. No
conteúdo Internet será abordado questões como segurança na internet, e ética nas relações
interpessoais.
Avaliação:
A avaliação será contínua, mediante o acompanhamento e verificação do desempenho
e aprendizagem dos conhecimentos relativos a área de informática. A recuperação será
paralela, (ou seja, o conteúdo que o aluno não aprender será imediatamente retomado, com
uso de estratégias de trabalho diferentes da usada no primeiro momento.
Será utilizado variados instrumentos avaliativos, como digitação e formatação de
textos; construção de tabelas; edição de imagens; montagem de slides, e troca de e-mails.
Resultados Esperados:
Para o Aluno: Apropriação das novas tecnologias de informação e comunicação.
Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação
ofertada.
Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.
251
Referências Bibliográficas:
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, 2009. Curitiba.
Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.
ANEXO IV
252
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS
CURRICULARES
BASE NACIONAL COMUM
ENSINO MÉDIO
40. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO
40.1 - ARTE
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: ARTE
DOCENTES RESPONSÁVEIS: ANA PAULA SCANDALO
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Na educação, o ensino da arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos e artísticos contextualizados, aproximando-o do universo cultural da
humanidade nas suas diversas expressões.
253
A dimensão social das manifestações artísticas revela modos de perceber, sentir,
articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre o indivíduo e
a sociedade.
A Arte não é uma produção fragmentada, é uma área de conhecimento que interage
nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são
construções históricas que influenciam e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.
O Senso estético é uma maneira permanentemente válida de apreender o mundo e
atuar sobre ele, através de uma atividade dotada de sentido. Isto é especialmente válido
quando consideramos como objetivos da educação a realização das potencialidades do ser
humano e sua preparação para a cidadania.
Através da Arte e Educação é possível a prática verdadeira de respeitar, valorizar e
garantir ao educando uma formação completa de conteúdos práticos em sua existência. A Arte
humaniza.
Segundo Luzia de Maria (1998), p.59) , o que a arte busca é justamente preservar a
integridade dos homens, prover casa “SER” do alimento necessário para que ele se concretize
no sentido de “HUMANO”. E se a busca é pela humanização, mais do que justo será unir arte
e educação para que nosso mundo seja melhor.
Na maioria das vezes, a escola é o primeiro espaço formal onde o aluno tem contato
com o conhecimento sistematizado em arte, razão pela qual, deve ter acesso aos conteúdos
específicos desta área.
III - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Instrumentalizar o aluno como conjunto de saberes em arte que lhe permita utilizar o
conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.
- Observar as relações entre a Arte e a realidade, investigando, indagando interesse e
curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de
modo criativo.
-
Desenvolver
no
educando
potencialidades
crítico-expressivo,
estruturando
seu
conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo em que vive, aliando o ver, o
pensar, o fazer e o criar.
254
- Possibilitar a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus
posicionamentos e tomadas de atitudes.
- Entender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção, imaginação e
reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la.
- Oportunizar ao aluno o conhecimento tanto erudito como popular, através dos movimentos
artísticos, patrimoniais e seus precursores.
IV- CONTEÚDOS
ÁREA- MÚSICA
Elementos Formais:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição:
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico, indígena, popular, étnico, instrumental, etc.
Movimentos e Períodos:
Grego romana
Oriental
Ocidental
Africana
Música Popular e Étnica
Indústria Cultural
Eletrônica
Rap, rock, tecno, etc
255
ÁREA- ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS:
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
COMPOSIÇÃO:
Bidimensional
Figurativa
Geométrica
Simétrica/ Assimétrica
Técnicas: pintura, escultura, colagem, etc.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Arte Grego Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré – história
Arte Indígena
Arte Popular
Arte Brasileira e Paranaense
Renascimento
Barroco
Indústria Cultural
Arte no séc.XX
Arte Contemporânea
Realismo
Vanguardas.
256
ÁREA- TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS:
Personagem
Expressões: corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços.
Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, improvisação, manipulação, máscara,
mímica, formas animadas.
Gêneros: tragédia, comédia, circo, rua arena, caracterização, monólogo,direção, etc.
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica, etc.
Sonoplastia
Figurino
Iluminação
Cenografia
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Comédia Dell ‘Arte
Teatro Popular
Brasileiro e paranaense
Teatro Africano
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Teatro engajado
Teatro Oprimido
Teatro Pobre
Teatro Absurdo
Vanguardas
257
ÁREA -DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
COMPOSIÇÃO:
Kinesfera
Eixo
Ponto de apoio
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Movimentos:
Articulares
Fluxo (livre e interrompido, conduzido)
Rápido e lento
Formação:
Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e indireto)
Dimensões( pequeno e grande)
Técnica:
Improvisação
Gênero:
Circular
Indústria Cultural
Espetáculo
Sonoplastia
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
258
Africana
Indígena
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Dança Contemporânea, etc
V - METODOLOGIA
Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a interação da percepção,
identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação de signos verbais e não
verbais manifestos nos bens culturais materiais e imateriais.
Buscar-se-á formas originais de expressar ideias com o grupo, promovendo
observações, experimentações, discussões e análises para que se possa entrar em contato, não
só com as formas de linguagens técnicas, mas também com ideias e reflexões propostas pelas
diferentes linguagens artísticas.
Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização
pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e apropriação; o trabalho
artístico, que é a prática criativa; o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um
sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a formação
de conceitos artísticos.
Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de produção artística,
mas também compreender o que faz e o que fazem pelo desenvolvimento da percepção
estética, no contato com o fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história,
política e social, e com o conjunto das relações.
Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da aprendizagem que
proporcionam conhecimentos específicos sobre a sua relação com o mundo. Tal percepção
possibilita leituras da realidade, permitindo uma reflexão mais ampla a respeito da sociedade
em que o sujeito está inserido e de outras com as quais ele estabelece relações.
259
VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a
referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos. É processual por pertencer a
todos os momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o
desenvolvimento das aulas e auto-avaliação do aluno.
A avaliação em artes supera o papel de mero instrumento de mediação a apreensão de
conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. A ser
processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos discute dificuldades e
progressos de cada um a partir da própria produção. Assim verifica-se o pensamento estético e
leva-se em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.
O método de avaliação proposto nas diretrizes inclui observação e registro do processo
de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos em suas criações. O professor
deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com
os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve
elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala,
com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção com os colegas,
sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de artes.
VII - BIBLIOGRAFIA
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento
de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental- Arte. Curitiba, 2004.
_______.Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira e
africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.
_______Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.
Versão preliminar, julho 2006.
260
MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano
Editorial.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento
de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte- Paraná, 2008.
PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de
janeiro, Editora Ática.
40.2- BIOLOGIA
I – IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: BIOLOGIA
DOCENTE RESPONSÁVEL: NEIDE ARAUJO RECHE.
II – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
O objeto de estudo da Biologia é o FENÔMENO DA VIDA. Observa-se que em cada
momento da história da humanidade ocorreram diferentes concepções do Fenômeno Vida.
Na antiguidade, vemos o Pensamento Biológico descritivo, influenciado pela religião.
Nesse período, correu o desenvolvimento da zoologia, botânica e medicina. O conhecimento
261
estava voltado para a compreensão da natureza, surgem então as primeiras universidades. Os
nomes que se destacaram foram Aristóteles e Liné.
A vida é vista como “expressão da natureza idealizada pelo sujeito racional“.
O pensamento Biológico Mecanicista é observado no século XV.
Destacam Descartes, Redi e Newton. O foco da discussão era a origem da vida.
Período que se inicia o fracionamento dos organismos para estudar e compreender.
No século XVIII e XIX, influenciado pelas idéias de Erasmus Darwin, Lamark,
Charles Dawin, Mendel, Schleiden e Schwan, surge o Pensamento Biológico Evolutivo. A
descoberta de fósseis, coleta de animais, estudo da anatomia e embriologia trazem maior
interesse pela evolução.
No século XVIII e XIX, o uso da Biologia na medicina e na agricultura estimulou a
pesquisa, principalmente na área de bioquímica, biofísica e biologia molecular. Surge o
Pensamento Biológico da Manipulação da Genética. Com o desenvolvimento aumenta a
preocupação das implicações sobre o Fenômeno da Vida. Dentro desta perspectiva temos a
história do currículo escolar brasileiro.
Em 1838, abre no Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro o primeiro curso de Ensino
Médio no Brasil. O ensino era pautado no Pensamento Mecanicista descritivo, com livros
importados da França. Em 1930 os primeiros cursos superiores de Ciências Naturais
priorizam o ensino descritivo, livresco, teórico e memorístico. Em 1946, pós-guerras
mundiais, ocorreram muitas produções científicas. As aulas práticas eram meramente
ilustrativas.
Em 1946, o Instituto, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECC)
se preocupou com a qualidade de ensino. Nesse ano teve a produção de materiais didáticos.
Com a corrida espacial em 1950 o interesse pelas ciências aumentou.
Em 1960, o Biological Sciences Curriiculum Study (BSCS) construiu o material
curricular com conteúdos de bioquímica, ecologia e biologia celular, com a intenção de
formar os futuros cientistas . No Brasil a escola era elitista.
Ainda em 1960, ocorreram mudanças no ensino. Em 1961, a LDB 4024 apresentou a
ciência como fator de desenvolvimento. Em 1970, as questões ambientais, as implicações de
desenvolvimento tecnológico e científico começaram a se destacar no cenário mundial.
Com a reformulação do Ensino Básico, com a Lei 5692/71, as escolas deixaram de
formar o futuro cientista ou profissional liberal para formar o trabalhador. Em 1980, ocorreu a
262
redemocratização do Brasil e dos movimentos pedagógicos. Uma década após a influencia do
construtivismo, ainda se observava, em sala de aula características tradicionais.
Nas décadas de 80 e 90, a Secretaria da Educação do Estado do Paraná iniciou um
programa de reestruturação do ensino de 2º grau.
Embasada na teoria histórico-crítica, a nova proposta estabelece seis temas:
1- Relações dos seres vivos e seu meio ambiente.
2- Organização dos seres vivos.
3- Classificação dos seres vivos.
4- Hereditariedade e ambiente.
5- Desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia.
6- Saúde humana.
Com o objetivo de superar o ensino tradicional e tecnicista com a pedagogia históricocrítica em 1998, temos as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM)
com estudos em áreas de conhecimento em Biologia- Ciências da Natureza, Matemática e
suas tecnologias. Nos PCN temos uma tendência neoliberal, focalizando as competências e
habilidades dos alunos, na qual os projetos são vistos como necessários para a vida do aluno.
Os conteúdos são apresentados de forma reducionista, com ênfase nos resultados da Ciência e
omissão do seu processo de produção histórica. As DCEs fundamentam-se na concepção
histórica da Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. Nesta perspectiva, são
definidos os Conteúdos Estruturantes e encaminhamentos metodológicos, a partir da
dimensão histórica da Biologia e de marcos conceituais da construção do pensamento
biológico.
A Biologia como parte do processo de construção científica deve ser entendida e
compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano e
determinada pelas necessidades matérias deste em cada momento histórico. Sofrendo a
influencia das exigências do meio social e das ingerências econômicas dele decorrentes ao
mesmo tempo em que nelas interfere.
É objetivo de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua diversidade de
manifestação, assim como as ciências a Biologia não é um saber neutro, mas sim, um
conjunto de fatos científicos socialmente produzidos numa sociedade historicamente
determinada. Com crescente valorização do conhecimento e a capacidade de inovar exige
pessoas capazes de aprender continuamente. Para tanto, a Biologia deve permitir a
compreensão dos avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a diversidade cultural,
263
étnico-racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens coletivos priorizando a
conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.
III - OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver no educando o conhecimento científico e tecnológico objetivando uma
postura crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e ação, formação de
hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável e ética
científica.
Reconhecer o ser humano como agente de transformação internacional por ele
produzidas em seu ambiente, sabendo que todo conhecimento científico é fruto do estudo e
tecnologias de cada época histórica.
Desenvolver no aluno o espírito de conhecimento da história da Biologia no
desenvolvimento da humanidade. Igualmente conhecer a organização, a classificação e a
distribuição dos seres vivos, bem como os mecanismos biológicos e funcionamento dos
sistemas biológicos.
Promover o domínio do conhecimento relativo à biodiversidade e as relações
ecológicas. Da mesma forma, estabelecer ma visão analítica referente à variabilidade
genética, a origem e evolução dos seres vivos e, das implicações dos avanços biológicos no
fenômeno da vida.
Elaborar uma análise crítica sobre a pesquisa científica, dos avanços científicos e
tecnológicos. Desta forma poderá ter clareza sobre as transformações sociais e da bioética.
Estabelecer ideais sobre a Educação Ambiental e o desenvolvimento humano, social,
político e econômico sem esquecer a saúde pública escolar, orientação sexual, embriologia,
formação humana e medidas preventivas contra as doenças mais comuns.
IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
264
A disciplina de Biologia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e
com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente
produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais conceitos em
decorrência de questões emergentes.
Os Conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem se seriados nem
hierarquizados.
1- Organização dos Seres vivos:
Conhecer modelos teóricos.
Compreender e conhecer a diversidade biológica de maneira a agrupar e caracterizar
as espécies extintas e existentes.
Descritivo.
Classificação, estudos microscópicos, avanços no campo da Biologia Celular, no
funcionamento dos órgãos e dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva,
ecológica e da Biologia Molecular. Este Conteúdo Estruturante parte do pensamento
biológico descritivo para conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica
existente, sem no entanto, desconsiderar a influência dos demais conteúdos
estruturante, introduzindo-se o estudo das características e fatores que as determinam.
2- Mecanismos Biológicos:
Analisa o funcionamento dos sistemas orgânicos dos seres vivos.
Estuda a locomoção, digestão, respiração, componentes celulares e suas funções.
Faz uma comparação evolutiva.
Visão mecanicista do pensamento biológico, macroscópica, descritiva e fragmentada
da natureza.
3- Biodiversidade:
Possibilita o estudo a análise e a indução par a busca de novos conhecimentos.
Organização natural dos seres vivos.
Pensamento biológico evolutivo.
Entende a Biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos,
interagindo num processo integrado e
dinâmico e que envolve a variabilidade
genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e
coma natureza, além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos tem sofrido
transformações.
4- Manipulação genética:
265
Conceito biológico Vida como fato natural, independente da ação do homem.
Implicação dos conhecimentos de biologia molecular.
Aplicação do conhecimento biológico, este que interfere e modifica o contexto de vida
e da humanidade, e requer a participação crítica de cidadãos responsáveis pela Vida.
V - CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos estão articulados aos conteúdos estruturantes, tendo em vista
uma abordagem teórico-metodológica que atinja as expectativas de aprendizagem as quais
estão atrelados. DCEs 2008.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos
CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e
filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Mecanismos Biológicos
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Biodiversidade
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias.
Manipulação Genética
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres
vivos e interdependência com o ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
VI - METODOLOGIA
A Ciência sempre esteve presente nas relações sociais da história, transformando a
sociedade, os valores, ideologias e as necessidades matérias do homem.
A Biologia, como elemento de construção e conhecimento científico deve ser
entendida como processo do próprio desenvolvimento humano, sofrendo a influencia do meio
social e que está sempre em construção.
266
No ensino da Biologia, recomenda-se que se adote o método experimental como
recurso de ensino, considerando os aspectos éticos. A aula experimental pode ser muito rica,
revelando aos alunos muitas contradições, levantando hipóteses e dando ênfase ao
conhecimento científico, podendo haver reflexão teórica, superando os modelos tradicionais.
Dentro do Ensino de Biologia valoriza-se também a construção histórica dos
conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica. Vê-se a necessidade de formar
sujeitos críticos, reflexivos e analíticos, produzindo saberes científicos e compreendendo a
valorização do fenômeno VIDA.
Apresenta a articulação entre os meios e os conteúdos, na perspectivas de retomada
histórica e da disciplina escolar, seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.
Selecionar conteúdos específicos e relacioná-los com outros conteúdos, com outras
áreas do conhecimento, propiciando reflexão constante sobre as mudanças conceituais em
decorrência de questões emergentes.
Dentro do conhecimento biológico temos quatro paradigmas metodológicos que são o
descritivo, o mecanicista, o evolutivo e o da manipulação genética. De cada um desses
paradigmas definem-se os conteúdos estruturantes.
Um mesmo conteúdo específico pode ser estudado em cada um dos conteúdos
estruturantes.
Conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias dos alunos é
fundamental, pois são esses elementos, se são trabalhados adequadamente, poderão gerar
obstáculos para a aprendizagem.
Os debates em sala oportunizam a análise e formação de um sujeito investigativo e
interessado. Este procedimento deve ser utilizado a fim de conhecer e compreender a
realidade ao qual os alunos estão inseridos.
Os conteúdos de Biologia necessitam apoiar em um processo pedagógico:
• Prática social;
• Problematização;
• Instrumentalização;
• Catarse;
• Retorno à prática social;
PARA CADA CONTEÚDO ESTRUTURANTE, PROPÕE-SE TRABALHAR OS SEGUINTES ASPECTOS:
267
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
• Metodologia descritiva;
• Observação e descrição dos seres vivos;
• Discussões;
• Metodologia que permita ma abordagem na tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, considerando a história;
• Pensamento biológico evolutivo.
MECANISMOS BIOLOGICOS
• Paradigma mecanicista para explicar os MECANISMOS biológicos (como os sistemas
biológicos funcionam).
BIODIVERSIDADE
• Paradigma evolutivo;
• Parte das contribuições de Lamark e Darwin para superar as idéias fixistas;
• Relaciona os conceitos da genética, evolução e ecologia para explicar a diversidade
dos seres vivos.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
• Paradigma manipulação genética;
• Análise sobre as explicações dos avanços biológicos;
• Ênfase na problematização, em provocações e na mobilização do aluno por busca de
conhecimentos necessários para resolver problemas;
• Leituras críticas;
• Imagens em vídeo transparências fotos, textos de apoio;
• Aulas dialogadas, experimentação, demonstrações, estudo do meio, jogos didáticos
podem ser algumas metodologias para todos os conteúdos.
• Essas metodologias deverão ser aplicadas no decorrer do ano letivo em todos os conteúdos trabalhados.
• Resguardando as leis 10639/03 e 11645/08, a história da cultura afro-brasileira e africana bem como as dos povos indígenas serão oportunamente trabalhados em concordância com os conteúdos específicos.
268
• Em relação a lei 9795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, a
mesma deve estar cotidianamente incorporada aos conteúdos específicos.
• Os desafios contemporâneos, ou seja, as diversidades no ambiente escolar serão metodologicamente analisadas para uma correta adequação de abordagem.
VI- AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações necessárias
sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir e reformular os processos
de aprendizagem é indispensável uma vez que permite ao professor recolher, analisar e julgar
dados sobre a prática pedagógica e ao mesmo tempo verificar a qualidade do desempenho de
seu trabalho.
A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua (LDB 9394/96), onde se analisa a
participação do aluno em sala de aula e interesse nas atividades propostas pelo professor.
A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais se faz
necessário para uma retomada da ação pedagógica, favorecendo a uma reflexão crítica de
idéias e comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes (CARVALHO,
2001).
Conceber e utilizar a avaliação em Biologia, como instrumento de aprendizagem que
permita fornecer em feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
Toda avaliação deve ser registrada também, através de testes objetivos e subjetivos,
pesquisas, relatórios.
É assim que o professor verificará de forma reflexiva todo o seu trabalho pedagógico
se houver ou não assimilação e compreensão dos alunos em relação ao que foi trabalhado.
As avaliações serão bimestrais e as médias deverão ser igual ou superior a 6,0 para
cada componente curricular no bimestre, conforme Regimento Escolar.
O sistema de avaliação adotado por este Estabelecimento de Ensino é bimestral e será
composto pela somatória das seguintes avaliações:
• Nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades diversificadas;
• Nota 5,0 (cinco vírgula zero) proveniente de prova(s) escrita ou oral.
269
A recuperação paralela é, assim, um mecanismo que assegura o respeito e a
singularidade de cada sujeito, e ao mesmo tempo do grupo social. Portanto, não se constitui
em um “favor dado”, mas em um direito assegurado, devendo o planejamento ser avaliado e
adequado às condições, também, de quem não aprendeu.
A recuperação será contínua as avaliações, processo tendo direito a mesma todos os
alunos que não atingirem a nota máxima no processo.
VII- CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO:
Espera-se que o aluno:
 Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
 Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos vegetais
e animais, e dos vírus;
 Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo
de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
 Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfologia, estrutural e molecu-
lar) dos seres vivos;
 Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos
(digestores, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético,
excretor, sensorial e nervoso);
 Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
 Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que
ocorrem no interior das células;
 Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,
respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
 Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais freqüentes
nos sistemas biológicos (histologia ).
 Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das es-
pécies;
270
 Reconheça a importância da estrutura genética para a manutenção da diversidade dos
seres vivos;
 Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres
vivos;
 Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações
existentes entre estes;
 Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para a manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas;
 Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e deste com o meio
ambiente em que vivem;
 Identifiquem algumas técnicas de manipulação de material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;
 Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais;
 Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na
diversidade biológica;
 Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos étnicos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
VIII- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GASPARIN, J. L. - Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica. Campinas: Autores
associados, 2002.
SAVIANI, D. - Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores
Associados, 1997.
SEED, GOVERNO DO PARANA. Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba. 2008.
271
40.3 - EDUCAÇÃO FÍSICA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
I - IDENTIFICAÇÃO
DOCENTES RESPONSÁVEIS: ELOISA CRISTINA ROMANI FERNANDES
PRIMO DONIZETE MAIOLI
VERA LÚCIA DEGASPERE
272
I – Apresentação da Disciplina
A história da Educação Física no Brasil nos remete à época do descobrimento e a
escravidão de índios e negros, onde seus escravistas queriam impor hábitos e práticas
diferentes a que sua cultura os habituava. Depois pela Ginástica Alemã, com a tentativa de dar
a importância ao intelecto e ao físico do homem detinha-se a função higienista. Com a
tentativa de buscar o interesse do aluno veio a escolanovismo. Mas com a ditadura militar, a
educação baseou-se na Pedagogia Tecnicista com princípios racionais, e como meta a
eficiência e produtividade com a finalidade de atingir uma melhor performance esportiva.
Na sociedade hodierna a Educação Física Escolar, entendida como área de
conhecimento que introduz e integra o aluno na cultura corporal do movimento, tem como
máxima proporcionar aos educadores atividades diversificadas das manifestações corporais,
contribuindo desta forma na construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar
as atividades às realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas,
cognitivas, sociais e econômicas.
Sendo assim as diversas formar de manifestações da cultura corporal podem ser
reproduzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas
aulas de Educação Física.
Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de valores
conceituais, entre eles: ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,
orientação sexual e relações de trabalho e consumo.
Percebe-se que a Educação Física Escolar, pode contribuir de forma significativa para
o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que ela ratifique-se e assuma-se
como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso da
educação formal.
A Educação Física Escolar, nesse PPC tem a intenção que sua práxis busque a
formação de indivíduos dotados de capacidade crítica e que esse por sua vez ajam de forma
autônoma e crítica no mundo da cultura corporal de movimento e que sua vez possa
transformá-la conforme as necessidades e entendimentos políticos, histórico, sociais,
econômicos e filosóficos.
II - Conteúdos Estruturantes
273
Os conteúdos estruturantes “são os conhecimentos de grande amplitude conceito e ou
práticas que identificam e organizam os campos de estudos”. DCE (2008)
ENSINO MÉDIO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Esporte
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Coletivos;
Individuais;
Jogos e brincadeiras
Radicais.
Jogos de tabuleiro;
Jogos dramáticos;
Jogos cooperativos.
Danças folclóricas;
Dança
Danças de salão;
Ginástica
Danças de rua.
Ginástica artística/olímpica;
Ginástica de condicionamento físico;
Ginástica geral.
Lutas com aproximação;
Lutas
Lutas que mantêm à distância;
Lutas com mediador mediador;
Capoeira.
III. – Metodologia da disciplina
A disciplina de Educação Física busca, por meio dos conteúdos estruturantes: esporte,
jogos e brincadeiras, dança, ginástica e lutas, contribuir para que os educandos se tornem
sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal
consciente, sendo capaz de refletir criticamente sobre as práticas corporais.
Ao trabalhar os conteúdos propostos, pretende-se que analisar a possível relação entre
o Esporte de rendimento X qualidade de vida; a diversidade dos esportes no contexto social e
econômico.
Em relação a dança busca-se analisar e vivenciar atividades que representem a
diversidade e seus diferentes ritmos, bem como compreendê-la como mais uma possibilidade
de dramatização e expressão corporal.
274
Quanto aos jogos e brincadeiras, há a possibilidade de recorte histórico delimitando
tempo e espaço, possibilidade de fruição nos espaços e tempos de lazer.
Referente a ginástica é possível pesquisar a interferência da mesma no mundo do
trabalho (ex. laboral); estudar a relação entre ginástica X sedentarismo e qualidade de vida
Sobre as lutas, pode-se propor pesquisas, estudos e vivências históricas, filosóficas,
características das diferentes artes marciais, técnicas, táticas/estratégias, apropriação da Luta
pela Indústria Cultural, além de estudo histórico sobre capoeira, a classificação e estilos da
diferença de classificação e estilos de capoeira enquanto jogo/luta/dança, musicalização e
ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda, etc.
Serão contemplados também, conteúdos
sócioeducacionais:
* Cidadania e Direitos Humanos ( Programa Bolsa Família, Educação Fiscal, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Programa Escola Aberta, Programa Saúde na Escola).
* Educação Ambiental – Lei 9795/99
* Enfrentamento à violência ( Programa de Educação nas Universidades Socioeducativas –
PROEDUSE.
* Prevenção ao uso indevido de drogas.
Diversidades:
* Educação do Campo
*Gênero e Diversidade Sexual
* História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei 10639/03.
* História e Cultura dos Povos Indígenas- Lei 11645/08.
Todos os elementos citados, de forma direta ou indireta estão pautados na
corporalidade, entendida como expressão criativa e consciente do conjunto de manifestações
275
culturais, políticas, econômicas e sociais, possibilitando a comunicação e a interação do
sujeito com o outro, com seu meio natural e social. Dessa forma a educação escolar estará
cumprindo com sua função social, oportunizando a reelaboração de ideias que ampliem a
compreensão do educando sobre os valores produzidos pela humanidade e suas implicações
pela vida.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção
do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é
colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao
incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,
2002,p.53).
ESTRATÉGIAS DE ENSINO A SEREM DESENVOLVIDOS:
•
propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está
inserido..
•
expor o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens
centradas na motricidade.
•
construir os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e
estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno.
•
adicionar a inclusão.
•
superar da educação física o caráter de mera atividade de “prática pela prática”.
•
demonstrar a potencialização das formas de expressão do corpo.
•
Do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama
•
Do grupo em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes
•
Do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que foi
proposto pelo próprio grupo, levando a reflexão das formas já naturalizadas de
preconceitos, sobre a domesticação e violência em relação ao corpo.
•
utilizar da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar conceitos
próprios a partir de seu entendimento da realidade bem como relatá-los com clareza
276
e coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas de educação física e
associando-os às outras áreas do conhecimento, partindo de análises próximas e
suas relações com o mundo globalizado.
•
aplicar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o coletivo.
•
Desenvolver atividades que construa junto aos alunos uma consciência ecológica
autônoma que saia do senso comum e seja rica em criticidade, buscando a
superação da visão positivista e neoliberal.
•
Buscar a desconstrução do processo de naturalização das diferenças étnico-raciais,
de gênero ou de orientação sexual, utilizando para tal os aspectos que envolvem o
mundo do movimento humano.
•
Refletir sobre a violência praticada pelos sujeitos sociais, dentro e fora da escola,
utilizando para tal, as situações que ocorrem no dia-a-dia escolar e principalmente
nas aulas de educação física.
•
Desenvolver projetos que leve os alunos a construírem conhecimentos em relação
as consequências do uso de drogas, levando-os a perceber o prejuízo físico, social,
econômico e cultural.
ELEMENTOS ARTICULADORES
O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas;
O desenvolvimento corporal e construção da saúde;
A relação do corpo com o mundo do trabalho;
O lazer como elemento essencial à promoção da qualidade de vida;
A diversidade étnico-racial e sua relação com o conhecimento do mundo esportivo;
A mídia e sua influência no esporte-espetacular.
VI – Critérios de Avaliação
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser individual
ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas que serão
registradas no livro de classe (PPP).
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para registrar o
processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor
277
outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes e danças.
A avaliação será contínua, permanente e cumulativa e terá como prioridade os
aspectos de participação, cooperação, responsabilidade, respeito para com o outro e
companheirismo.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E RECUPERAÇÃO DAS AVALIAÇÕES:
A recuperação será feita de forma paralela a avaliação. Sendo assim toda avaliação
será seguida, caso necessário de uma recuperação.
Os instrumentos de avaliações terão como máxima os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
A recuperação de estudo ocorrerá paralelamente ao processo de ensino aprendizado e
terá na sua intencionalidade, buscar que o aluno construa através de métodos diferenciados,
conhecimentos relacionados ao conteúdo proposto.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:
•
Trabalhos e pesquisas;
•
Avaliação teórica;
•
Avaliação prática nas atividades de desenvolvimento técnico e tático.
•
Avaliação da participação nos atividades propostas, considerando os aspectos:
colaboração, respeito e companheirismo.
Os instrumentos de avaliações terão como máxima os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
VII – Referências Bibliográficas
BRACHT, Valter, A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cadernos
CEDES, v.19 n.48. Campinas, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do
estado do Paraná. Curitiba- SEED, 1990.
278
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. Versão preliminar, julho 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. 2008.
Introdução às diretrizes curriculares. Prof. Yvelise F.S. Arco-Verde. (Org) Curitiba- Pr.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Marques de Caravelas - Ensino Fundamental e
Médio- Arapongas -Pr., 2006.
COLETIVO DE AUTORES.
Metodologia
do ensino da Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São
Paulo: Scipione, 1989.
GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO. Visão didática da Educação Física: análises
críticas e exemplos práticos de aulas. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1991.
GUILHERMETI, Paulo. Considerações sobre o entendimento da crise da Educação Física
Escolar. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v.2, n.1, p. 14-5, 1991.
GHIRALDELLI JR., Paulo. Educação Física Progressista. São Paulo: Loyola, 1989.
HILDEBRANDT, Reiner & LAGING, Ralf. Concepções abertas no ensino da Educação
Física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986.
KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino & mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.
----. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 1994.
LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. Revista da Associação
Nacional da Educação - ANDE. São Paulo, ano 3, n.6, 1983.
40.4 - FILOSOFIA
DISCIPLINA: FILOSOFIA
I – IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: MARIA DAS DORES NACARI MARTINS
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
279
A disciplina de Filosofia no ensino médio esteve oficialmente fora dos currículos
escolares de educação básica desde 1971 quando em plena ditadura militar, no governo do
General Emilio Garrastazu Médici, a lei 5692/71 substitui essa disciplina por outras que
interessavam o sistema vigente; nesta substituição se pretendia a formação de cidadãos não
questionadores, ou seja, cidadãos meramente repetidores da ideologia oficial.
O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e
redemocratização que embalou o povo brasileiro na década de 1980, não conseguiu
reconduzir a disciplina de Filosofia a grade curricular de nível básico, apesar da compreensão
por parte da maioria dos intelectuais, de que na reconstrução da democracia era necessária
uma reforma educacional.
Segundo Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A
Filosofia)”... é importante para a formação integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a
elaboração do pensamento abstrato, a filosofia ajuda a promover a passagem do mundo
infantil ao mundo adulto. Se a condição do amadurecimento esta na conquista da autonomia
no pensar e no agir, muitos adultos permanecem infantilizados quando não exercitam desde
cedo o olhar crítico sobre si mesmo e sobre o mundo. (ARANHA,2002,pg 01).
A discussão sobre a constituição que a Filosofia podia dar a construção do Brasil do
século XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque Zimmerman
propôs pela primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade, proposta que
estranhamente foi vetada em 2001, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Aos
governantes parecia cômodo “silenciar a critica dos pensadores, a fim de garantir a obediência
passiva dos cidadãos”. Em 2003 o senador Ribamar Alves reapresentou o projeto, com
algumas alterações, ao Congresso Nacional, como medida paliativa. O CNE publicou em
2006 resoluções orientando as redes estaduais de educação a oferecer Filosofia no ensino
médio, enquanto a LDB, no art. n°36, determina que, no final do Ensino Médio, o estudante
deverá “dominar os conhecimentos de filosofia (...) necessários ao exercício da cidadania”, na
pratica, no entanto, a filosofia é tratada como tema transversal retirando-lhe o caráter de
disciplina.
Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a filosofia ao espaço que nunca deveria ter
perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não conseguiu
garantir. A sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta de resgatar tais
valores e leis que surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como disciplina obrigatória
para todas as séries do Ensino Médio; no dia 02 de junho de 2008 o presidente em exercício,
280
José Alencar, sancionou a lei 11684, que alterou o inciso III do parágrafo 1* do artigo 36 da
LDB. Onde se lia antes que, ao final do ensino médio, o aluno deveria demonstrar “domínio
dos conhecimentos de filosofia (...) necessários ao “exercício da cidadania”, agora se “lê” IV
– serão incluídas a Filosofia e a (...) como disciplinas obrigatórias em todas as séries do
ensino médio”. Conferindo obrigatoriedade legal aquilo que o CNE apenas regulamentava em
caráter de parecer. Entendemos ser esta uma grande conquista para a educação brasileira que
precisa urgentemente se repensada para atender as lacunas que se verifica na formação
humana. A Filosofia contribuirá decisivamente neste resgate, pois qualquer que seja a
atividade profissional futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o aluno precisa da
reflexão filosófica para o alargamento da consciência critica, para o exercício da capacidade
humana de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive, além de
um posicionamento fundamentado diante dos novos problemas que o mundo tecnológico
apresenta. É Necessário dar à reflexão ética a mesma velocidade que as transformações
cientificas impuseram a humanidade, também considerar os problemas da convivência e
tolerância imposta por um mundo globalizado que aproxima diferenças e integra diversidades.
O grande desafio da disciplina de Filosofia é superar as eventuais dificuldades deste
momento de transição, como carência de material didático e dificuldades na formação
acadêmica e recuperar 37 anos de descaso e abandono oferecendo ao sistema educacional um
filosofar de qualidade. “Quando uma civilização atinge seu auge sem coordená-la com uma
filosofia, difunde-se por toda a comunidade períodos de decadência e monotonia, seguidos
pela estagnação
de todos os esforços. O caráter de uma civilização é enormemente
influenciado por sua concepção geral da vida e da realidade.
O ensino de Filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando fundamentação
teórica para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a leitura de mundo como
sujeito e agente de transformação.
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
 Mito e Filosofia
 Teoria do Conhecimento
 Ética
 Filosofia Política
 Filosofia da Ciência (ou epistemologia)
281
 Estética (ou Filosofia da Arte)
Conteúdos Básicos:
 O que é Filosofia
 Importância do Estudo da Filosofia
 A Mitologia e o aparecimento da Filosofia
 Mitologia e Religião
 Nascimento da Filosofia
 Períodos históricos da Filosofia Ocidental
Filosofia Antiga
Filosofia no Período Medieval
Filosofia da Renascença
Filosofia Moderna
Filosofia Iluminista
Filosofia Contemporânea
 Grandes Temas da Filosofia
Ontologia ou Metafísica
Lógica
Epistemologia ou Filosofia da Ciência
Teoria do Conhecimento
Ética
Filosofia Política
Filosofia da História
Filosofia da Arte ou Estética
Filosofia da Linguagem
Filosofia da Religião
TEORIA DO CONHECIMENTO
 Possibilidade do conhecimento
 O conhecimento e os primeiros filósofos
 O problema do conhecimento no período Moderno.
 Racionalismo
282
Descartes
 Empirismo
John Locke
David Hume
 Kant e a teoria do conhecimento
A METAFÍSICA
 Cosmogonia e metafísica
 Nascimento do problema Metafísico
Pré-socráticos
Platão
Aristóteles
 Metafísica no Mundo Cristão
Santo Agostinho
Santo Tomas de Aquino
 Decadência do Problema Metafísico
 Metafísica na filosofia contemporânea
LÓGICA
O nascimento da Lógica
Elementos da Lógica
A lógica simbólica
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
 Atitude cientifica
 A ciência na História
 O Ideal científico e a razão instrumental
FILOSOFIA DA ARTE OU ESTÉTICA
 Arte entre os Gregos
 Arte na Idade Média
 Arte no Renascimento
283
 Arte no mundo contemporâneo
ÉTICA
Senso Moral e consciência moral
Ética e Violência
Moralidade no Período Clássico da Filosofia Grega
Moral Iluminista
A liberdade em Jean Sartre
Bioética
O PROBLEMA POLÍTICO
 Política na Grécia Clássica
Sofistas
Platão
Aristóteles
O PROBLEMA POLITICO NA IDADE MODERNA
Tomás Hobbes (1588-1679)
Pensamento Político de John Locke
Nicolau Maquiavel
Jean Jaques Rosseau
IV- METODOLOGIA
Diante do desafio de resgatar uma proposta de ensino de filosofia para o Ensino Médio
propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao mesmo tempo
domínio do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma reflexão sobre os
problemas que perpassam sua própria existência. Pra tanto entendemos que se faz necessários
abordar os grandes temas da filosofia numa perspectiva histórica, primeiro compreendendo os
temas em seu tempo para posteriormente contextualizá-lo; é necessário ir ao texto filosófico
ou a história da filosofia sem contudo tratar os conteúdos como a única preocupação do
ensino de filosofia.
Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositiva com a
utilização de variados instrumentos tecnológicos, como internet, multimídia, TV etc., garantir
284
o domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do
pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da analise e
da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos. Entendemos que
o trabalho do Professor é o de propor problematizações, leituras filosóficas e analise de textos,
tomando o cuidado de não interferir na construção de autonomia de pensamento ao educando.
Ao educador é necessário compreender que ele não esta criando discípulos, mas sim livres
pensadores com capacidade argumentativa e domínio dos pressupostos metodológicos e
lógicos.
V- AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções
diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica quando fornece
subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino aprendizagem e também
classificatória quando em função da legislação vigente o educador necessita quantificar o
resultado obtido pelo educando.
Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para tanto
não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças
quantitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é representada por
seminários, debates, painéis, entre outro, e conforme estabelecido no projeto político
pedagógico da escola corresponderá a um percentual de avaliação formal, avaliação escrita
bimestral e outro percentual através de trabalhos de pesquisa, seminários, debates, relatórios,
murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem estar claros ao educando no inicio
de cada período bimestral.
VI – BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2* Edição SP. Ed
Moderna, 1993.
CHAUÍ, M. 2000. Convite a Filosofia. São Paulo, Ática.
285
CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB,
1999.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva 1996.
Diretrizes Curriculares de Filosofia, Secretária de Estado de Educação, versão 2009.
FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.
HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em discussão (I): Platão.
Maquiavel, Descartes e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.
MODIM, Battista, Introdução a Filosofia, 2*Edição Edições Paulinas São Paulo. 1980.
40 5 - FÍSICA
DISCIPLINA: FÍSICA - ENSINO MÉDIO
I – IDENTIFICAÇÃO:
DOCENTES RESPONSÁVEIS: JORGE RÓBITE DE ALMEIDA
II – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
286
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por isso,
como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo
Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalta-se que os conhecimentos de
Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria
natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa
natureza. (DCE, 2009)
Desde a Antiguidade, a humanidade interessa-se por conhecer a natureza, desvendar
seus mistérios e utilizar seus recursos para suprir suas necessidades. Suas motivações iniciais
teria sido a curiosidade, o simples prazer de conhecer; o medo das doenças ou dos fenômenos
da natureza, a necessidade de obter alimentos e materiais para a construção de abrigos, o feitio
do vestuário, a preparação para a guerra etc... Hoje as pesquisas feitas no campo da física
estão situadas na fronteira do conhecimento e muitos dos novos equipamentos usados por nós
são a materialização destas pesquisas. Desde a constituição das partículas elementares ate a
própria formação do universo, do eletromagnetismo e a fissão nuclear, a física continua
ampliando suas áreas de pesquisa, passando pelo uso do raio x, do chip de computador e no
tratamento de doenças através da energia nuclear.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, o conhecimento da
Física tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea. Entende-se que a
física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para a cidadania e isso se faz
considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e
a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e
envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.
III – Conteúdos Estruturantes
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje
compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar.
Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo
que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo – doravante serão denominadas
“conteúdos estruturantes”. Os conteúdos estruturantes devem permear todas as séries.
287
A lei no 10.639/2003; a deliberação no 04/06 CEE e a instrução no 017/2006 SUED que
estabelece a obrigatoriedade da temática “história e cultura afro-brasileira”
MOVIMENTO: No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as ideias de
conservação de momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e leis de
conservação, em particular da Lei da Conservação da Energia.
TERMODINÂMICA: No campo da termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a
partir das Leis da termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor
(entendido como energia em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de energia,
sobretudo os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs.
ELETROMAGNETISMO: Estudar o eletromagnetismo possibilita compreender carga
elétrica, o que pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas,
ao estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no tempo leva à
ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo magnético, o que
leva às equações de Maxwell. O trabalho sobre o eletromagnetismo enseja, ainda, tratar
conteúdos relacionados a circuitos elétricos e eletrônicos, responsáveis pela presença da
eletricidade e dos aparelhos eletroeletrônicos no cotidiano, com a presença da eletricidade em
nossas casas. Esses temas ainda são objetos de estudo em muitas pesquisas, sejam relativas à
tecnologia incorporada aos sistemas produtivos ou aos novos materiais e técnicas. Ao serem
abordados na escola, é preciso considerar, também, seu papel nas mudanças econômicas e
sociais da sociedade contemporânea, bem como o fato de não serem acessíveis para todos.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
Movimento
- Momentum e inércia
- Conservação de quantidade de movimento
(momentum)
- Variação da quantidade de movimento = Impulso
- 2ª Lei de Newton
- 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
- Energia e o Princípio da Conservação da energia
Termodinâmica
- Gravitação
Leis da Termodinâmica:
- Lei Zero da Termodinâmica:
- 1ª Lei da Termodinâmica
288
- 2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
-
Carga,
corrente
elétrica,
campo
e
de
Gauss
ondas
eletromagnéticas
- Força eletromagnética
-
Equações
de
Maxwell:
Lei
para
eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de
Gauss magnética, Lei de Faraday.
- A natureza da luz e suas propriedades
V – Metodologia da Disciplina
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico
historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam a escola eles não estão
totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia-a-dia e na interação com os
diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são elaboradas.
Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião de pessoas
com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e ideias que dependem da sua vivencia
cotidiana. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento
metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.
Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário
proporcionar condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma
linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos físicos.
A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que
contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor
interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no
ambiente escolar. Além da experimentação, podemos citar como metodologias de ensino a
resolução de problemas; uso da história no ensino de Física; leituras científicas; modelos
científicos; as tecnologias no ensino de Física e a informática na educação.
Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de temas
relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados corretamente
devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da sociedade.
289
As ações pedagógicas podem ser auxiliadas por recursos como leitura de textos
diversificados (jornais, revistas, livros didáticos, livro didático público, manuais de instalação,
tc) como elemento motivador para a aprendizagem da Física, contribuindo para a criação do
hábito da leitura; utilização de material áudio-visual; sites disponíveis na internet;
demonstrações experimentais que propiciem aos alunos uma reflexão sobre a teoria e a
prática, visando a construção e elaboração dos conceitos.
Serão desenvolvidos alguns temas que contemplem as relações étnico-raciais da
cultura afro-brasileira e africana.
VI – Avaliação
A verificação do desempenho dos alunos deve ampliar-se, de forma que seja contínua
e sistemática. É importante não apenas diagnosticar o que o educando aprendeu sobre teorias,
fatos e conceitos, mas sobre tudo verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu na
resolução de problemas variados, transferindo seu conhecimento para novas situações, se ele é
capaz de analisar situações complexas, de chegar a soluções apropriadas, de criticar hipóteses
e teorias.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
− A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
− A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
− A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
− A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as
leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os
conhecimentos da Física.
Não podemos deixar de considerar que um aluno, mesmo tendo um resultado menos
favorável, pode, contudo, ter progredido muito mais do que outro que apresentou um
resultado melhor.
Alguns instrumentos de avaliação que serão utilizadas no decorrer do processo de
aprendizagem:
−Atividades desenvolvidas em sala de aula.
−Provas escritas, testes e simulados
290
−Relatórios
−Elaboração de painéis, cartazes e murais.
−Leitura e interpretação de textos, produção de textos
−Exercícios, pesquisas.
−Tarefas de casa
−Trabalhos
A recuperação de estudos ocorrerá bimestralmente e todos os alunos poderão fazê-la.
Antes da avaliação de recuperação o conteúdo será revisado em sala.
VII – Referências Bibliográficas
AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M. A; AXT,
R.Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro Didático
Público de Estado do Paraná: Física. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento
da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Física, 2008
GONÇALVES FILHO, Aurélio & TOSCANO, Carlos. Física. Volume Único. Ensino Médio.
Scipione. 2007.
40.6 - GEOGRAFIA
I – IDENTIFICAÇÃO:
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
DOCENTE RESPONSÁVEL: DIVA MARA DA SILVA
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
291
Somente cidadãos conscientes da realidade que os cerca têm condições de atuar de
forma participativa na busca de mudanças. Mudanças que melhorem as condições
socioeconômicas e ambientais de grandes parcelas da população excluída dos benefícios que
o desenvolvimento tecnológico das últimas décadas tem proporcionado.
“Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é algo importante para a vida em
sociedade, em particular para o desempenho das funções de cidadão. Cada cidadão ao
conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, bem como as de
outros lugares, pode comparar, explicar, compreender e especializar as múltiplas relações que
diferentes sociedades em épocas variadas estabeleceram com a natureza na construção de seu
espaço geográfico.”
Para entendermos necessitamos de conhecimentos de geografia e também de todas as
outras disciplinas escolares e áreas do conhecimento cada vez mais articulado, mais
interdisciplinar.
É importante aprender a pesquisar, selecionar as informações necessárias, desenvolver
espírito de trabalho em equipe e estimular cada vez mais a criatividade. É isso que lhes
permitirá enfrentar como cidadãos um mundo em constante mudança.
A abordagem adotada, natureza e sociedade devem estar interligadas, proporcionando
condições para investigações e entendimento. Espera-se com este enfoque conscientizar o
aluno, que a natureza é transformada em produto através do trabalho humano e que seu
relacionamento com ela é que assegura sua própria existência. Dessa forma, o estudo da
Geografia promoverá a construção da cidadania que é também o sentimento de pertencer a
uma realidade onde as relações entre sociedade e natureza formam um todo integrado do qual
o aluno também faz parte e precisa agir de modo participativo, atuante, responsável e
comprometido com os valores humanísticos.
“Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado,
estabelecendo-se entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a
rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto da verdade atemporal dado
a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para as críticas, às
contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade
contemporânea e propicie compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação
artística nos contextos em que elas se constituem”. (DCEs/PR.2006).
292
O objetivo do estudo de geografia é o planeta Terra, bem como, as alterações
provocadas por fatores naturais, e, principalmente pelo homem.
Estabelecer relações com a natureza faz parte das estratégias de sobrevivência dos
grupos, que através da observação foram adquirindo um melhor entendimento da dinâmica
dos elementos naturais, tais como: a dinâmica das estações do ano, a dinâmica dos ventos, o
movimento das marés, as variações climáticas. Conhecimentos que o ajudaram numa relação
maior com a natureza e modificá-la em benefício próprio. Os Mesopotâmicos e Egípcios, por
exemplo, analisaram os regimes fluviais dos rios Tigre, Eufrates e Nilo respectivamente,
associado aos estudos de geometria, para demarcar áreas de cultivo já que as cheias desses
rios contribuíam para o processo de irrigação de áreas agricultáveis.
As incursões marítimas pelo Mediterrâneo e posteriormente pelo Atlântico, também
necessitaram de um maior conhecimento geográfico, com o intuito de expansão do Mundo
Conhecido até a Antiguidade clássica, como forma de ampliação das fronteiras políticas e
econômicas.
Dessa forma a apropriação dos conhecimentos geográficos é muito mais que um saber
escolar, pois o mesmo vincula-se diretamente com a vida do aluno, que detentor deste saber,
pode sem dúvida utilizá-lo como ferramenta de transformações pessoal, e, principalmente
social do Mundo no qual se insere. Paralelo aos conteúdos de Geografia, serão ofertados
também, os conteúdos de Geografia do Paraná.
III - OBJETIVOS GERAIS
1- Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos, tabelas,
etc.), considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou
espacializados.
2- Desenvolver no educando a capacidade de observação do senso crítico e da participação,
através da contextualização dos conteúdos, elementos e fatos existentes em sua realidade,
identificando como a Geografia pode relacionar-se com as diferentes áreas do conhecimento.
3- Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográficas e geográfica, como formas de
organizar e conhecer a localização, distribuição e frequência dos fenômenos naturais e
humanos.
4- Compreender o que é Geografia e a importância de seu estudo nas sociedades atuais, a fim
de adquirir uma visão global e diferenciada da superfície terrestre, com suas características e
293
problemas próprios, entendendo que o homem é um ser social e participa do processo de
organização do espaço.
5- Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre a preservação e degradação da
vida no planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos
fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos, e políticos que
Incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas – local, regional, nacional e global.
6- Desenvolver a capacidade de observação do espaço, visando compreender, descrever e
representar de forma organizada o mundo e m que vivemos.
7- Compreender os desníveis econômicos entre os povos de diferentes etnias, culturas e
regiões.
8- Desenvolver o conhecimento científico e tecnológico objetivando uma postura crítica,
reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e ação, formação de hábitos e
atitudes em relação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável e manutenção de seu
habitat.
10- Reconhecer o ser humano como agente de transformações intencionais por ele produzidas
em seu ambiente, sabendo que todo conhecimento científico é fruto do estudo e tecnologia de
cada época histórica.
11- Estabelecer ideias sobre a educação ambiental e desenvolvimento humano, social, político
e econômico.
12- Identificar as relações entre problemas ambientais e situação geopolítica.
13- Entender o meio ambiente como um patrimônio que deve ser usufruído por toda a
humanidade. Este, porém, é um assunto que deve ter um tratamento interdisciplinar, pois
ultrapassa o âmbito da geografia.
14- Compreender as mudanças que ocorreram e ocorrem no espaço geográfico no decorrer do
tempo histórico.
IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A disciplina de geografia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre si
e com outras áreas de conhecimento, priorizar o desenvolvimento de conteúdos
cientificamente produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes.
294
Os conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem
hierarquizados.
“Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do
conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de geografia, porque demarcam e
articulam o que é próprio do conhecimento geográfico” (DCEs/PR).
Os mesmos são:
1. Dimensão econômica do espaço geográfico
Deve-se possibilitar ao aluno a compreensão sócio-histórica das relações de produção
capitalista, para que ele reflita sobre as questões socioambientais, políticas, econômicas e
culturais, materializadas no espaço geográfico.
2. Dimensão política do espaço geográfico.
Possibilitar que o aluno compreenda o espaço onde vive a partir das relações estabelecidas
entre os territórios institucionais e os territórios que a eles se sobrepõem como campos de
forças sociais e políticas.
3. Dimensão Cultural e demográfica do Espaço Geográfico.
Perceber a construção cultural singular e também a coletiva, que pode caracterizar se tanto
pela massificação da cultura quanto pelas manifestações culturais de resistência.
4. Dimensão socioambiental do Espaço Geográfico
Compreender a gênese da dinâmica da natureza bem como as alterações nela causadas pelo
homem, abordar também as questões da pobreza, da fome, do preconceito, materializadas no
espaço geográfico.
V- CONTEÚDOS BÁSICOS - CONTEÚDOS POR SÉRIE - 1º ANO
1. Fronteiras naturais: a questão ambiental
2. Espaço geográfico, lugar e paisagem
3. A representação do espaço geográfico
4. A formação do espaço natural: placas tectônicas e estrutura geológica
5. A evolução geológica da Terra
295
6. A formação do espaço natural: dinâmica interna e externa
7. O espaço brasileiro: relevo e estrutura geológica.
8. A erosão a contaminação dos solos:
9. As fronteiras naturais do mundo:
10. As fronteiras naturais do Brasil:
11. Impactos ambientais em biomas brasileiros:
12. A atmosfera e a poluição do ar atmosférico
13. O espaço natural brasileiro: clima
14. Água: escassez e poluição
15. O espaço brasileiro: a hidrografia
16. Desenvolvimento sustentável: problema global
17. Fronteiras políticas: Estado-nação
18. Estado-Nação, território e fronteiras políticas
19. Nacionalismo, separatismo e minorias étnicas
20. Fronteiras políticas: O Estado-nação
21. Terrorismo, religião e soberania
22. Oriente Médio: território e territorialidade
23. A formação do território brasileiro
24. O território brasileiro: posição geográfica e territorialidade
25. Organização político-administrativa e divisão regional do Brasil
CONTEÚDOS POR SÉRIE - 2º ANO
1. Fronteiras humanas: A população do Brasil e do mundo
2. Crescimento demográfico
3. Características da população mundial
4. A globalização da pobreza: desigualdades e novas migrações
5. Características da população brasileira
6. Brasil: migrações internas e internacionais
7. O processo de urbanização no mundo e no Brasil
8. Urbanização e crescimento urbano: metrópoles, megalópoles e megacidades
9. Fronteiras econômicas: As marcas das desigualdades
10. O capitalismo e a divisão internacional do trabalho (DIT)
11. O mundo bipolar: a guerra fria
296
12. A economia-mundo
13. O subdesenvolvimento
14. América Latina
15. África
16. As economias em transição e os últimos socialistas
17. China: potência de século XXI?
18. Austrália e Nova Zelândia
19. Estados Unidos, a superpotência mundial.
CONTEÚDO POR SÉRIE - 3º ANO
1. Fronteiras tecnológicas: progresso e exclusão
2. A evolução da atividade industrial no mundo
3. A indústria nos países desenvolvidos: Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Canadá e
Japão
4. Países subdesenvolvidos industrializados
5. Brasil, país subdesenvolvido industrializado
6. A indústria no Brasil
7. Uso da energia no mundo
8. O problema energético no Brasil
9. Os recursos minerais do Brasil e do mundo
10. A agricultura, a pecuária e os sistemas agrários.
11. A agricultura e a pecuária no Brasil: estruturas fundiárias
12. Fronteiras supranacionais: um novo poder
13. Os organismos internacionais e as transnacionais
14. O comércio multilateral e os blocos regionais
15. O comércio exterior brasileiro
16. Europa: o continente dos blocos econômicos
17. A CEI e a herança da URSS
18. Outros blocos econômicos
19. Os transportes e as telecomunicações
20. Transportes e telecomunicações no Brasil
297
VI - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O estudo da Geografia tem como meta oferecer ao aluno os estímulos para que eles
desenvolvam sua capacidade de análise crítica sobre a realidade que o cerca. Para isso é
necessário que a Geografia forneça ferramentas, que são conceitos e definições sobre os
fenômenos que ocorrem na superfície terrestre. É preciso que o aluno aprenda a manipulá-la
na observação do problema e a habilidade específica na sua resolução. Nesta perspectiva, ele
poderá compreender as relações entre as diferentes sociedades humanas, os diversos grupos
no interior de cada uma dessas sociedades e principalmente as relações entre cada um desses
grupos e o meio ambiente. Para isso, o aluno deverá inteirar-se sobre as regiões do mundo, do
Brasil e do estado do Paraná, através de estudos de textos, confecções e leituras de mapas,
exposições de temas, relatórios de filmes, estudo de caso, pesquisas individuais e/ou em
grupos, resoluções de exercícios apreensão de conceitos, debates, elaboração de sínteses e
interpretação de gráficos e tabelas, exposições orais, etc.
A geografia é uma ciência que se ocupa da análise da formação das diversas
configurações espaciais, distinguindo-se das demais ciências na medida em que se preocupa
com a localização de processos espaciais.
Realiza, portanto o estudo da sociedade pela organização espacial.
Todo conteúdo, ao ser trabalhado, deve levar em conta sua conexão, ligação com os
outros fatos, fenômenos e conteúdos que lhe dizem respeito.
Deve-se trabalhar, na medida do possível, a sociedade, a economia, a política, a
natureza de forma articulada, considerando, que cada conceito geográfico se constitui em
diferentes momentos históricos, em função das transformações sociais, políticas e
econômicas.
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento
geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um
planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação. (CAVALCANTI,
1998).
O conteúdo ao ser trabalhado deverá proporcionar a elaboração dos conceitos básicos
da disciplina por parte do aluno, mas considerando que esse é um processo que não se encerra
a cada final de bimestre e a cada final de conteúdo.
298
É importante o aluno perceber que as informações sobre o mundo podem ser
registradas por meio de diferentes linguagens, e que um mesmo assunto pode ser tratado sob
diferentes pontos de vista.
As atividades serão realizadas de modo que permitam a compreensão da integração
existente entre o mundo físico e o social, coordenado, para que os educandos consolidem seus
conhecimentos.
A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e assim oportunizar
a implementação da Lei nº 11.645/08-História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639História e Cultura Brasileiras e Africanas e Lei 9795/99- Política Nacional de Educação
Ambiental; Cidadania e Direitos humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na
Escola; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, acompanhando e fortalecendo as ações de
inclusão dos Desafios Educacionais Contemporâneos nas escolas da rede pública estadual.
VII - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento cuja finalidade não é simplesmente aferir ao aluno uma
classificação numérica, ou seja, através de notas ou menções, mas sim tem o intuito da
formação integral do mesmo. Onde as notas são meramente indicadoras para retomada da
prática pedagógica adotada pelo docente.
A partir dos levantamentos obtidos através do processo de avaliação cabe ao professor
uma análise minuciosa das maiores dificuldades e potencialidades no contexto da sala de aula.
A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua, onde se analisa a participação do aluno
em sala de aula e o interesse nas atividades propostas pelo professor.
Conceber e utilizar a avaliação em geografia, como instrumento de aprendizagem que
permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
Através da avaliação o professor pode acompanhar as manifestações de aprendizagem
de seus alunos, examinar a validade de sua prática pedagógica e, ainda, a sua atuação docente
a fim de respeitar as diferentes formas de expressão que um grupo heterogêneo de alunos
apresenta. O professor pode se valer de vários instrumentos de avaliação para acompanhar a
aprendizagem dos alunos e o seu trabalho pedagógico para que ambos percebam seu grau de
envolvimento no processo ensino aprendizagem e o acompanhamento de sua dinâmica. .
299
O processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos estruturantes, os
conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedadenatureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global.
A avaliação é um processo contínuo e sistemático que visa verificar em que medida os
objetivos pedagógicos estão sendo atingidos e deve ser vista não como um fim, mas como um
meio de o professor identificar os avanços e as dificuldades do seu trabalho e reorientar sua
prática pedagógica em processo diagnóstico e contínuo.
Em consonância com Luckesi, acreditamos que a avaliação da aprendizagem deve ser
um “ato amoroso”, tendo dois objetivos principais: contribuir para o desenvolvimento pessoal
do educando, a partir do processo de ensino – aprendizagem, e responder pelo seu mandato
social de educar as novas gerações.
Pode-se considerar a participação do aluno no trabalho didático, seu desenvolvimento
em debates, discussões em sala de aula, sua habilidade no uso de novas tecnologias,
frequência, pontualidade, higiene, apresentação de registros e sua capacidade de apreensão de
informações. Toda avaliação deve ser registrada também através de testes objetivos e
subjetivos, pesquisas, relatórios, empenho e criatividade. O professor deverá também verificar
de forma reflexiva todo o seu trabalho pedagógico se houve ou não assimilação e
compreensão dos alunos em relação ao que foi trabalhado. Neste processo também é preciso
levar em conta os estudos de texto, confecção e leitura de mapas, exposição de temas,
relatórios, estudos de casos, pesquisa em livros e revistas, resolução de exercícios, elaboração
de sínteses, elaboração e interpretação de gráfico e tabelas, provas escritas e orais.
A avaliação deve ser encarada como uma das etapas do processo ensinoaprendizagem.
A aprendizagem entendida dessa forma é dinâmica e se dá entre essas três categorias:
o sujeito, a realidade e os outros. Ao se considerar a avaliação como uma etapa do processo de
ensino-aprendizagem, destaca-se o conhecimento e a formação do aluno, assim como os do
professor, que estará preparado para reformular seus projetos educativos. Esta é a avaliação
formativa. O sujeito deixa de ser somente o indivíduo aluno. Acresce-se a ele o grupo de
alunos, e o professor,
A avaliação, entendida assim, inicia-se com a investigação do conhecimento prévio de
cada aluno, suas experiências vividas, a próxima etapa será elaborar desafios maiores,
propondo atividades que necessitem de trocas mais significativas entre o professor, o aluno e
o grupo-classe.
300
A avaliação formativa é permanente e continuada, devendo abordar conteúdos
conceituais, procedimentais e atitudinais para que os alunos consigam atingir uma gama maior
de habilidades e competências, segundo suas reais possibilidades. Na avaliação dos conteúdos
conceituais através de provas escritas os conceitos devem ser utilizados como elementos que
apontem soluções para problematizações ou conflitos propostos.
Os conteúdos procedimentais representam a incorporação, pelos alunos, dos
procedimentos utilizados pela geografia tais como: observação, descrição, comparação, leitura
e compreensão de textos e de diferentes tipos de imagem: mapas, gráficos, tabelas, e outras
fontes, relações, análises e sínteses, que auxiliam a interpretação da realidade vivida. Para a
avaliação dos conteúdos atitudinais o professor deverá observar o comportamento de cada um
dos alunos e estimular a solidariedade, o respeito, o cumprimento de compromissos, o repúdio
à discriminação racial e cultural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de – Geografia geral e do Brasil – Volume único,
Editora Ática, 1ª Edição, São Paulo, 2008.
GUIMARÃES, Raul Borges – Construindo a Geografia – Diretrizes curriculares de Geografia
para o ensino fundamental – Versão 2008.
Diretrizes curriculares da educação do campo do Estado do Paraná.
Diretrizes curriculares para a educação das relações étnica – raciais
Diretrizes curriculares da educação inclusiva.
Diretrizes curriculares da educação do campo do Estado do Paraná.
Lei nº 10.609 de 09 de janeiro de 2003.
40.7 - HISTÓRIA
I – IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: HISTÓRIA
DOCENTE RESPONSÁVEL: ALLAN MARQUES DO ROSÁRIO
301
II- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação de criar uma
genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz curricular nitidamente
eurocêntricas, partindo da Antiguidade clássica como berço do cristianismo, da formação das
nações européias: desde as primeiras monarquias à história política e biográfica moderna e
contemporânea. O ensino enfatizava a história política de Portugal e sua relação com o Brasil.
Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República Velha tendeu a se voltar
mais para o estudo da história política européia e brasileira, desconsiderando os movimentos
de resistência popular. Refletindo assim a política da República das Oligarquias, na qual a
questão social foi tratada como caso de polícia.
Já nas décadas de 1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do Estado
varguista em todos os setores da sociedade brasileira, difundiu-se a tese da “democracia
racial” expressa principalmente em programas e livros didáticos de ensino de História. Esta
tese, proposta por alguns intérpretes da obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na
constituição sócio-genética do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de
preconceitos raciais e étnicos.
No pós-guerra e no contexto da democratização do país (1945-1960), com o fim da
ditadura Vargas, a disciplina de história passou a ser novamente objeto de debates quanto as
suas finalidades e relevância na formação política dos alunos. Vale lembrar que foi também
um período muito rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40, de se pensar
o Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos ciclos
econômicos.
Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de Getúlio Vargas,
Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também aos estudos históricos da
economia brasileira, no entanto, transmitindo de forma reducionista e mecânica a análise dos
ciclos econômicos do açúcar, mineração e do café. No entanto, a história factual, linear e
política herdada do século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas ficaram
gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década de 1960.
Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço, mesmo
tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois o contexto era de
grande mobilização e de organização social através do sindicalismo, das ligas camponesas, do
302
movimento estudantil e das camadas médias urbanas, em torno das reformas sociais
propostas. Mesmo assim, em linhas gerais o ensino ainda continuava tradicional, factual e
linear.
Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a partir de 1964, houve
uma grande retração da organização social fruto da repressão e da censura. Neste momento, o
povo foi retirado da cena política brasileira, e o ensino de história, que tímida e pontualmente,
procurava contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar da ordem, do
civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueista da guerra fria. Em decorrência
disto várias reformas educacionais foram implementadas com um caráter tecnicista, em
conformidade com a inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho da década de 60 e
70 enquanto economia primário-exportadora. Nesse sentido, a partir da década de 1970, o
ensino de história e de geografia foi preterido em nome da implementação da generalidade
dos Estudos Sociais, bem como de uma formação profissional superficial, que acabou
causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O ensino de Estudos Sociais e de Educação
Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via círculos concêntricos (do local para o
universal), a história patriótica, tradicional, excluindo o aprofundamento dos conflitos de
classes sociais, ao longo da História Geral e do Brasil, principalmente mais recente.
A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura militar e o início do
processo de redemocratização da sociedade brasileira, o ensino de Estudos Sociais, que já era
radicalmente contestado na década anterior, tanto pela academia, quanto pela sociedade
organizada, passa lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de História.
Agora, procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da
sala de aula.
Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos 1990 crescem os debates
em torno das reformas democráticas na área educacional, que acabam estimulando propostas
de revisões no ensino de História, contrárias às tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e
positivistas do tradicionalismo na área. Essa discussão entre a academia de História e o ensino
foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no país, levando à produção
diferenciada tanto de materiais didáticos, paradidáticos e principalmente de novas propostas
curriculares na área. Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e
particularmente de História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas claramente na
pedagogia histórico-crítica dos conteúdos desenvolvida por Demerval Saviani entre outros, a
partir da sua interpretação do materialismo histórico e dialético.
303
Nesse contexto, a proposta curricular de História para o Ensino Médio apontava para a
organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental
e a inserção do Brasil neste quadro, de forma integrada. A disposição mantinha, contudo, a
linearidade e a cronologia através de um recorte histórico voltado ao aluno (a) que na sua
grande maioria, entendia-se, já estava incorporado ao mundo do trabalho. Objetivando o aluno
(a) compreender a formação social do capitalismo ocidental e intervir na sua realidade, enfim
tornando-se um sujeito histórico.
Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM),
especificamente o de História, apesar de serem impostos ao sistema escolar nacional e
paranaense, por uma política educativa baseada no ideário neoliberal, tiveram o mérito de
incorporar na sua proposta curricular a abordagem referente à Nova História e, mais
especificamente à Nova História Cultural. Valorizou, assim, problemáticas referentes ao
cotidiano, à memória, à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e
individuais. Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e
habilidades da Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição, pois apontam
para que a disciplina seja somente um instrumento de uma interdisciplinaridade sem uma
história nem referenciais teóricos definidos, causando o esvaziamento de seus conceitos e
conteúdos. Além disso, os conceitos históricos estão desarticulados entre si fazendo com que
o ensino de História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu caráter de produção do
conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e professores [as]).
A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma busca da superação em
relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele entende que o conhecimento histórico é
selecionado e construído na relação entre as experiências sociais dos sujeitos (acontecimentos,
comportamentos, apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir da utilização rigorosa
de conceitos historiográficos no processo de investigação que permitam compreender os
espaços de atuação social destes agentes históricos. Entenda-se que este rigor deve estimular a
criação de novas significações ou sentidos no universo da disciplina de História através da
produção de narrativas históricas.
A partir da definição teórico-metodológica que norteou o ensino da História no
Paraná, iniciou-se o processo de elaboração das diretrizes curriculares, processo esse que teve
a participação de todos os professores do Estado. Através de cursos, capacitação e formação
continuada e discussão entre todos os profissionais da educação tivemos uma contribuição
democrática nessa construção.
304
Destina-se ainda, a inclusão nas diretrizes curriculares a Lei 106397/03, trazendo a
valorização da Cultura afro-brasileira, contemplando a diversidade cultural. O novo
documento também apresenta a obrigatoriedade do ensino de História do Paraná,
regulamentado pela Lei 13381/01.
Paralelo aos conteúdos de História, serão trabalhados também, História do Paraná.
III – OBJETIVO GERAL
O objetivo de ensino de História no Ensino Médio é facilitar aos alunos a compreender
e a apreender as formas de produção desses conhecimentos através da abordagem dos
conteúdos estruturantes dessa disciplina. Partindo do princípio de que a História é um
conhecimento construído socialmente, que tem como objeto de estudo os processos históricos
construídos pelas ações e pelas suas relações humanas no trabalho, na sua dimensão de poder
e culturas praticadas no tempo. Através de um método científico que possibilite a construção
de uma narrativa histórica bem como, sua problematização, interpretação, investigação e
questionamento dos acontecimentos que cercam a sua realidade e em diferentes
temporalidades, para que os alunos possam perceber-se como sujeitos históricos que estão
inseridos em grupos sociais distintos na divisão social do trabalho e dessa forma combater
preconceitos.
IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de Trabalho (Este conteúdo permite aprofundar a compreensão das relações
no mundo contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do trabalho se
constitui em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos de classe e intraclasses).
•
Relações de Poder (Este conteúdo estruturante permite ao aluno aprofundar a
compreensão sobre como as relações de poder encontram-se em todos os espaços
sociais, e também permite identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos
que a constituíram).
•
305
Relações culturais (Este conteúdo estruturante permite ao aluno reconhecer a si e aos
outros como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de
cada sociedade e as relações entre elas. E, ainda, entender como se constituíram as
experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo, detectando as permanências e
mudanças nas diversas tradições e costumes sócias)
HISTÓRIA - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
 Relações de trabalho
 Relações de poder
 Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
Tema 1
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
Tema 2
Urbanização e industrialização
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
• Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização espaço-temporal;
• deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,
África e Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas
histórica.
306
• Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização espaço-temporal;
• deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,
África e Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas
históricas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
 Relações de trabalho
 Relações de poder
 Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
Tema 3
O Estado e as relações de poder
Tema 4
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA:
• Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização espaço-temporal;
• deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,
África e Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
307
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas
históricas.
• Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização espaço-temporal;
• deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,
África e Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas
históricas.
AVALIAÇÃO:
A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes, além da
abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas
e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: os Estados teocráticos; os
Estados na antiguidade clássica; o poder descentralizado e a Igreja Católica na sociedade
medieval; a formação dos Estados Nacionais; as metrópoles europeias, as relações de poder
sobre as colônias na expansão do capitalismo; o Iluminismo e os processos de independência
da América Colonial; o Paraná no contexto da sua emancipação; o Estado e as doutrinas
sociais (anarquismo, socialismo, positivismo); o nacionalismo nos Estados ocidentais; o
populismo e as ditaduras na América Latina; o Estado e as relações de poder na segunda
metade do século XX; o Estado na América Latina no contexto da Guerra Fria; o Estado
ideologia e cultura; a independência das colônias africanas e asiáticas.
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.
308
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes
naturezas.
A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes, além da
abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas
e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações de dominação e
resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade: (mulheres, crianças, estrangeiros e
escravos); as guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma; relações de
dominação e resistência na sociedade medieval: (camponeses, artesãos, mulheres, hereges e
doentes); as relações de resistência na sociedade ocidental moderna; as revoltas indígenas,
africanas na América portuguesa; os quilombos e comunidades quilombolas no território
brasileiro; as revoltas sociais na América portuguesa; as revoltas e revoluções no Brasil no
século XVII e XIX; [...]
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes
naturezas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
 Relações de trabalho
 Relações de poder
 Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
Tema 5
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Tema 6
Cultura e religiosidade
309
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA:
* Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização espaço-temporal;
*deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,
África e Ásia;
*os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
*os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
*o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas
históricas.
*Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização espaço-temporal;
* deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,
África e Ásia;
*os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
* os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
* o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas
históricas.
AVALIAÇÃO:
* A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes, além da
abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas
e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
310
* Pretende perceber como os estudantes compreendem: as revoluções democrática-liberais no
Ocidente: Inglaterra, França e EUA); as guerras mundiais no século XX; As revoluções
socialistas na Ásia, África e América Latina; os movimentos de resistência no contexto das
ditaduras da América Latina; os Estados africanos e as guerras étnicas; a luta pela terra e a
organização de movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina; a mulher e
suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas
* Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos
capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.
* No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive
os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
* A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes, além da
abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas
e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
* Pretende perceber como os estudantes compreendem: os rituais, mitos e imaginários dos
povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus); os mitos e a arte greco-romanos e a
formação
das
grandes
religiões(
hinduísmo,
budismo,
confuncionismo,
judaísmo,
cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e culturais na passagem do feudalismo
para o capitalismo; o modernismo brasileiro; representação dos movimentos sociais, políticos
e culturais por meio da arte brasileira; as etnias indígenas e africanas e suas manifestações
artísticas, culturais e religiosas; as festas populares no Brasil : congadas, cavalhadas,
fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo e outras;
* Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos
capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.
* No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive
os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
V - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Partindo do princípio de que a concepção histórica não se apresenta
pronta e
definitiva, mas é resultado de debates entre várias vertentes teóricas que serão as referências
para a construção do pensamento histórico. Tratar o conhecimento histórico como resultado
311
do processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar
diferentes sujeitos históricos e suas relações, abre-se inúmeras possibilidades de reflexão e
superação de uma visão unilateral dos fatos históricos que se tornam mais abrangentes.
A metodologia do Ensino Médio a ser utilizada no ensino da História, tem a finalidade
de fazer o educando sentir-se o agente transformador da própria história.
Objeto de estudo da disciplina esta vinculado aos processos históricos relativos às
ações e relações humanas praticadas mo tempo, o método baseia-se na explicação e
interpretação dos fatos do passado, sendo a problematização constituída a partir de
documentos históricos e da experiência do historiador com vistas à produção de uma narrativa
histórica. A disciplina tem por finalidade a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos
sujeitos por meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento ( consciência
histórica)
Este trabalho norteia-se pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas
como Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referencias teóricos das
Diretrizes Curriculares de História. As correntes historiográficas apontadas permitem que o
princípio defendido por este documento seja colocada em prática, pois as mesmas fazem uma
critica aos modelos de ¨verdades¨, de explicações globalizantes e deterministas. Entendem de
forma dialética o processo e o conhecimento histórico, buscando uma explicação da História
que leve em conta a diversidade,, a polissemia, a totalidade, e excluem a verdade como algo
pronto e definido.
Considerou-se a importância das discussões dessa produção historiográfica e suas
contribuições para o ensino de história na Escola.
Contribuições:
O estudo da História Cultural;

A análise das experiências dos sujeitos e dos sentidos que o mesmo dá a elas;

A sua síntese apresenta a ideia de consciência histórica (construção do sentido da
experiência histórica)

Supera modelos pré-estabelecidos de evolução/etapismo do processo histórico;

A utilização de um conceito amplo de documento histórico; o resgate da história dos
diferentes sujeitos, possibilitando a história vista de baixo¨

A articulação entre a macro e a micro-história;
VI - AVALIAÇÃO:
312
A avaliação da aprendizagem está associada ao Projeto Político Pedagógico da escola,
no entanto, entende-se como coerente, dentro desta concepção de Diretriz Curricular, que a
avaliação seja colocada a serviço da aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não
constituí-la como um elemento externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de
caráter classificatório, autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções pedagógicas,
em que a mesma venha retratar e consolidar um modelo excludente de escola e de sociedade,
que se quer superar.
É importante lembrar que o aprendizado e a avaliação são entendidos aqui como um
fenômeno compartilhado entre professores e alunos, de modo contínuo, processual e
diversificado, em que o trabalho de ambos (professor e aluno) possa ser constantemente
ressignificados. Tal forma de avaliar permite o trabalho em grupo, enfatiza a responsabilidade
social e a solidariedade, a experiência de aprendizado entre os educandos e a dinâmica da
democracia participativa.
A avaliação do ensino de História considera três aspectos importantes: a apropriação
de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
específicos. Esses aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. Para tanto,
o professor deve utilizar diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisa
bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre
outras.
VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos, temáticas e
metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004.
BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de
François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.
BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 2002
BOBBIO, Norberto, MATTEUCCI, Nicola, PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de
política. São Paulo: Imprensa Oficial, 2000.
313
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 1996.
BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história. Campinas:
Campus, 1997.
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas. São Paulo: Companhia das Letras,
2001.
CERRI, Luis Fernando (org.). O ensino de história e a ditadura militar. Curitiba: Aos
Quatro Ventos, 2003.
CHARTIER, Roger. Leituras e leitores na frança do Antigo Regime. São Paulo: UNESP,
2004.
CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995.
DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos. São Paulo: Graal, 1986.
DAVIS, Natalie Zemon. Culturas do povo: sociedade e cultura no início da França moderna.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
DOSSE, François. A História à prova do tempo: da História em migalhas ao resgate do
sentido. São Paulo: Unesp, 2001.
DUBY, Georges. O domingo de Bouvines: 27 de julho de 1214. . Rio de Janeiro: Paz e
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ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1. São Paulo: Zahar,
1993a.
_____. O processo civilizador: formação do Estado e da civilização. V. 2. São Paulo: Zahar,
1993b.
FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. São
Paulo: Martins Fontes, 1989.
FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de história. Belo Horizonte: Autêntica,
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FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológicas do
conhecimento escolar. Porto Alegre: Artmed, 1993.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis, Vozes, 1996.
_____. A arqueologia do saber. São Paulo: Forense Universitária, 2004a.
_____. A microfísica do poder. São Paulo: Graal, 2004b.
_____. A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2004c.
GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
314
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HOBSBAWN, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 2000a.
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HOBSBAWN, Eric; RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e
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CADERNOS TEMÁTICOS-LEI Nº 10.639/03-A inserção dos conteúdos de História e
cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
40.8 - LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
I – IDENTIFICAÇÃO:
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
315
DOCENTES RESPONSÁVEIS: FRANCISMARA APARECIDA FARIA PIRES
WILIAN APARECIDO DA CRUZ
II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa
disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino
da Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja
pela discussão dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção da
proposta.
A nossa proposta tem como base a concepção sociointeracionista de linguagem. Em
outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de
comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e
com os outros.
Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a
linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente perante
os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que geram a
linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem garante sua
própria existência e significação.
Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos
histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim, apropriar-se de
uma língua significa também apreender seus significados culturais.
É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da
cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente e o
sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz, na
atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da
predominância do trabalho linguístico, sustentamos a importância de valorizar a pluralidade
316
de linguagens, já que essas também veiculam valores, ideologias, estereótipos e diferentes
visões de mundo.
A concepção sociointeracionista da linguagem contrapõe-se às visões conservadoras
da língua, que a tem como um objeto autônomo, sem história e sem interferência de elementos
sociais. Tal concepção reconhece um sujeito que é ativo em sua produção linguística, que
realiza um trabalho que é resultado da exploração, consciente ou não, dos recursos formais e
expressivos que a língua coloca à disposição do falante. Além disso, também considera a
presença do outro, ou seja, percebe que a linguagem não é um ato individual, o outro se
inscreve tanto no ato de recepção/decodificação da mensagem, como no ato de sua
emissão/codificação, pois no momento em que a mensagem está sendo construída pelo
emissor, o outro é condição necessária para a existência do texto. À medida que o produtor
imagina leituras não-desejadas pelos eventuais leitores, mais clareza e pistas tende a deixar
em sua produção.
O professor adepto da concepção sociointeracionista não concebe a língua como um
sistema fechado, portanto, não tenta fazer com que seus alunos se apropriem dela, seu
trabalho é possibilitar aos alunos o contato com diversos textos/contextos em que a linguagem
se faz necessária, para que o aluno aprenda a adequá-la às diversas situações que encontra em
seu dia-a-dia, situações formais e informais, orais e escritas. Para as produções, há um
levantamento de ideias relacionadas ao assunto proposto, com discussões que possibilitem
argumentações a favor ou contra as ideias enfocadas. Em decorrência desse trabalho, aparece
nos textos a heterogeneidade de vozes, que não reproduzem simplesmente a palavra dita pela
escola ou as palavras alheias, mas a palavra do próprio aluno.
Desse modo, o professor se coloca como um interlocutor, encarando o aluno como
sujeito de seu discurso. Com esse procedimento, o professor questiona, sugere, provoca
reações, exige explicações sobre as informações ausentes no texto, contrapõe à palavra do
aluno uma contra-palavra, refutando, polemizando, concordando e negociando sentidos
mediante as pistas deixadas no texto. Tudo isso para que o texto alcance o efeito de sentido
proposto pelo autor. O texto não é visto como um produto, mas como um processo, como um
trabalho que deve ser explorado, valorizado e vinculado aos usos sociais.
II - OBJETIVOS

317
Mostrar a importância do domínio da língua padrão para o acesso a todo tipo de saber,
conhecimento e informação.

Sensibilizar o educando sobre a importância do ato de ler.

Melhorar as condições de expressão oral e escrita.

Possibilitar a interpretação de textos com a identificação das ideias básicas, de suas
especialidades, com reconhecimento das intenções e objetivos.

Criar condições para a montagem de textos com coerência, fluência de ideias e logicidade.

Fornecer subsídios para uma correta ortografia, pontuação e emprego de noções
gramaticais.
III – CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM PRÁTICAS
TRABALHADOS
MÉDIO
NO
DE
LEITURA,
ESCRITA,
ENSINO ORALIDADE. - ANÁLISE LINGUÍSTICA
318
−
Conteúdo temático

Contos
−
Papel do locutor e interlocutor;

Crônicas
−
Intencionalidade do texto;

Contos de fada contemporâneos
−
Finalidade do texto;

Textos dramáticos
−
Informatividade;

Narrativas em Geral
−
Referência textual;

Romance
−
Argumentos do texto;

Sinopses de Filmes
−
Conteúdo de produção;

Charge
−
Intertextualidade;

Cartum
−
Discurso ideológico no texto;

Tiras
−
Vozes sociais presentes no texto;

Novela Fantástica
−
Elementos

Poemas
pausas, expressões facial, corporal e gestual,

Fábulas
entre outros;

Textos argumentativos
−
Discurso direto e indireto;

Diários
−
Elementos composicionais do gênero;

Testemunhos
−
Contexto de produção do texto literário

Biografia
−
Progressão referencial;

Artigos de opinião
−
Léxico;

Carta de leitor
−
Adequação do discurso ao gênero;

Carta ao leitor
−
Turnos de fala;

Reportagem/Notícia
−
Variações linguísticas (lexicais, semânticas,

Manchete

Editorial

Letras de Música

Paródia
−
Partículas conectivas do texto;

Propaganda/Slogan
−
Progressão referencial do texto;

Carta de emprego
−
Divisão do texto em parágrafo;

Carta de reclamação
−
Processo de formação de palavras;

Carta de solicitação
−
Acentuação gráfica/ortografia;

Curriculum Vitae
−
Concordância verbal/nominal;

Resumo
−
Sintaxe de regência;

Resenha
−
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
extralinguísticos:
entonação,
prosódias entre outras)
−
Relação de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;

Relatório Científico
319
repetição, recursos semânticos, função das

Debate regrado
classes gramaticais no texto, conectores,

Diálogo/discussão argumentativa
pontuação, recursos gráficos (como aspas,

Júri simulado
travessão, negrito), figuras de linguagem.;

Telejornal
−

Teatro
- operadores argumentativos;

Blog
- modalizadores;

Chat
- polissemia

Fotoblog
−

E-mail

Vídeo Clip
Semântica
Adequação da fala ao contexto (uso de gírias,
repetições, conectivos, etc.);
−
Diferenças
e semelhanças entre o discurso
oral e escrito;
−
Vícios de linguagem;
−
Elementos semânticos.
Observação: Os gêneros textuais servirão como ponto de partida para o trabalho com a
Literatura.
- Utilização das novas tecnologias de informação e de comunicação: televisão, rádio,
informática, as formas de uso dessas tecnologias e as relações existentes entre elas e o
homem.
- Inclusão do tema: CULTURA AFRO-BRASILEIRA nas aulas de Língua Portuguesa,
trabalhando-se com diversos tipos de textos, filmes e músicas que abordem esse tema.
Proposição de debates sobre os textos lidos, produção de textos sobre temas como: o racismo
no Brasil, cotas nas universidades para afrodescendentes, mercado de trabalho, etc.
Discussões, pesquisas e outras atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a
sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, o espaço dos afrodescendentes e
de sua cultura nos meios de comunicação em massa, interpretação de letras de músicas
relacionadas à questão racial, acesso aos gêneros musicais do samba e rap, produção de
poemas referentes ao povo afro descendente e sua cultura.
- No âmbito da educação do campo, o objetivo é de que o estudo tenha a investigação corno
ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que
possa valorizar as singularidades regionais e localizar as características nacionais, tanto em
320
termos da identidade social e política dos povos do campo, quanto em termos da valorização
da cultura construída nos diferentes lugares do país. É uma educação que deve ser no e do
campo - No, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”. Do, pois “o
povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais.” (CALDART, 2002, p. 26).
- Com relação à temática do Gênero e da Diversidade na Escola, temos como desafio
provocar as/os diferentes sujeitos da comunidade escolar a perceber, questionar e interpretar,
por meio de conhecimentos específicos, as relações de preconceito existentes no seu interior e
na sociedade e construir coletivamente encaminhamentos metodológicos para essas questões
na escola, por meio de ações de enfrentamento a esse preconceito e à discriminação por
identidade de gênero e orientação sexual. Os conhecimentos de relações de gênero,
sexualidade e relações étnico-raciais incluídos no currículo da escola são fundamentais. São
conhecimentos que contribuem para a promoção da igualdade de condições de acesso e
permanência dos diferentes sujeitos na medida em que promovem o respeito à diversidade
cultural. O trabalho com esses conhecimentos no cotidiano da sala de aula instrumentaliza a
reflexão e desnaturaliza a exclusão social. Reconhecer a sociedade, suas relações e a
historicidade das mesmas é um passo importante na busca de um posicionamento crítico e
transformador diante da realidade.
IV – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa e de Literatura segue os princípios de interação,
baseando-se nas Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se trabalhar
atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseada nas teorias de Bakhtin.
Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus conteúdos estruturantes e
encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e significativa para o aluno,
considerando que a sala de aula é um laboratório onde muitas coisas podem acontecer.
A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise linguística sendo
necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos de diferentes gêneros textuais,
aproveitando o conhecimento intuitivo de maneira a despertar o interesse, utilizando assim
estratégias com o propósito de atingir uma meta determinada visando à interdisciplinaridade e
à contextualização.
321
O trabalho com a Literatura no Ensino Médio segue os pressupostos teóricos apresentados
no Método Recepcional, elaborado pelas professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira
Aguiar, o qual é sugerido pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná como encaminhamento metodológico.
O método recepcional está alicerçado na Estética da Recepção, que valoriza o papel do
leitor como parte do processo de produção da obra, isto é, o leitor passa a ser encarado como
co-autor, uma vez que vem dele a possibilidade real de interpretação e de constituição do
significado dos mais diversos textos. O autor fornece índices para que o leitor possa
desenvolver bem o seu papel, mas não apresenta nenhuma resposta pronta. É por meio da
experiência do leitor, estimulada pelo próprio texto, que o efeito da obra se fará sentir no
leitor, dando-lhe condições de atribuir sentido ao que lê; daí a leitura apresentar-se como uma
relação dialógica. Desse modo, fundem-se os horizontes trazidos pela obra e os horizontes
trazidos pelo leitor, efetivando-se, assim, a concretização da obra ou dos sentidos dela, já que
o sentido do texto é construído pela consciência imaginativa do leitor que é quem pode
atualizá-lo; todavia, não se pode pensar que o leitor é livre para imaginar qualquer coisa.
Para a Estética da Recepção, a atividade de leitura é aquela que insistentemente desafia a
compreensão do leitor, por fundar seus pressupostos no alargamento do seu horizonte de
expectativa, ou seja, levar o leitor a uma nova consciência crítica de seus códigos e
expectativas habituais. Por então consolidar suas bases no leitor, a Estética da Recepção deixa
ainda um legado muito significativo: faz cair por terra a ideia de uma única leitura possível.
Se há diferentes leitores, há, portanto, diferentes leituras para um mesmo texto, e cada leitura,
por consequência, torna-se objeto para outras leituras.
Como método de abordagem do texto literário, a estética da recepção exige que por um
lado o professor esteja preparado para selecionar textos referentes à realidade do aluno e, ao
mesmo tempo, romper com ela; e, por outro, aponta para a importância do desenvolvimento
da capacidade de refletir sobre a literatura e seus fatores estruturais. Tendo em vista que a
Estética da Recepção tem o leitor como elemento atuante no processo de leitura, o método
recepcional de ensino firma-se na atitude participativa do aluno em contato com os mais
diferentes textos.
Partindo do horizonte de expectativa do grupo, em termos de interesses literários, o
professor oferece, num segundo momento, leituras que propiciem o questionamento desse
horizonte, incitando-o assim a refletir e instaurando a mudança através de um processo
contínuo. Nesse sentido, o método recepcional de ensino da literatura enfatiza a comparação
322
entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e no espaço.
Os critérios de avaliação a serem empregados pelo professor abrangem a dinâmica do
processo e cada leitura do aluno, que deve evidenciar a capacidade de comparar e contrastar
todas as atividades realizadas, questionando a sua atuação e a do grupo. A resposta final deve
ser uma leitura mais exigente que a inicial, em termos estéticos e ideológicos.
V – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar
ancorada em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do rendimento
dos alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua, porque deve
ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem, como finalidade,
detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática educativa; dialógica,
porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece.
Os procedimentos relacionados a seguir podem ser usados para efetivar o processo de
avaliação.
Auto-avaliação: os alunos, no final de cada unidade ou de cada atividade, podem registrar
seu desempenho nos trabalhos realizados, suas dificuldades e progressos em atividades
consideradas importantes. Assim, aos poucos, pretende-se que o próprio aluno tome
consciência do que sabe, do que deve aprender, do que precisa fazer para aprender,
controlando, dessa forma, sua própria aprendizagem. Essas auto-avaliações constituem, por
outro lado, instrumento diagnóstico de grande valor pedagógico para o professor.
Avaliação longitudinal: o professor pode, no final de um determinado período, comparar os
textos (ou diferentes versões de um mesmo texto) produzidos por um mesmo aluno e verificar
os avanços e problemas que apresentam. Assim, o professor, se for o caso, poderá reorganizar
suas estratégias de abordagem ou procedimentos em relação a determinados conteúdos.
Avaliação tradicional: a avaliação tradicional, a “prova” individual, deve ser considerada
como apenas mais um dentre os vários instrumentos de diagnóstico. Mais do que atribuir
notas, é importante que tal avaliação permita, ao aluno, ser informado qualitativamente sobre
o que precisa aprender. Anotações e comentários do professor devem oferecer indicações
claras que possibilitem progressos efetivos.
323
Avaliação formativa: considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a
intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa o professor e o aluno acerca do ponto
em que se encontram, ajuda-os a refletir. Faz o professor procurar caminhos para que todos os
alunos aprendam e participem mais das aulas. Sob essa perspectiva, pode ser realizada
levando em consideração os seguintes aspectos:
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa
entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso
deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor
suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao
defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos
orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de
suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.
Espera-se que o aluno:
−
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal)
−
Reconheça a intenção do discurso do outro
−
Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias.
−
Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto
oral.
Leitura: ao ser avaliada, deve-se considerar as estratégias que os estudantes empregaram em
seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao
texto. Não é demais lembrar que a avaliação deve considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos. O professor pode propor questões abertas,
discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a
partir do texto.
Espera-se que o aluno:
- Identifique o tema e a finalidade do texto
- Estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos
- Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam
do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção
324
- Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso (propaganda, gráficos, mapas,
infográficos, fotos...)
- Identifique informações implícitas nos textos
- Identifique informações em textos com alta complexidade linguística.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como
produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua
produção e o resultado dessa ação. Na produção textual, os critérios e parâmetros de avaliação
devem estar bem claros para o professor e definidos para o aluno, que precisa estar inserido
em contextos reais de interação comunicativa. É a partir daí que o texto escrito será avaliado
nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar
como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto do seu próprio.
É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos
avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da
prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais
eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora.
Espera-se que o aluno:
−
Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor,
finalidade...)
−
Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal
−
Elabore argumentos consistentes
−
Produza textos respeitando o tema
−
Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou substituições
- Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la
Análise Linguística:
Espera-se que o aluno:
- Distinga o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos
- Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos
pronomes.
−
Identifique marcas de coloquialidade em textos que usem a variação linguística como
recurso estilístico.
−
Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de
comparação etc.)
−
325
Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições
argumentativas.
- Amplie o horizonte de expectativas.
É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos
avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da
prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais
eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora.
Quanto à recuperação de conteúdos, será realizada de modo paralelo aos estudos,
sempre que houver necessidade.
VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 2. ed. São Paulo: Edições
Loyola, 1999.
BAKHTI N, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. Trad. Yara
Frateschi Vieira. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 2002.
_____ Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec (original russo de 1929),
1986.
_____ Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 3.ed. São Paulo: Hucitec,
1993.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do
discurso. In Diálogos com Bakhtin. Editora da UFPR: Curitiba, 1998.
BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral. Campinas: Pontes, 1991.
COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – Projeto Político Pedagógico – Versão 2009.
CRUZ, R. L. Trindade da e HELLOU, Giórgia. Coleção Mosaico do Conhecimento –
Língua Portuguesa. 1ª. ed. São Paulo. IBEP, 2006.
ILARI, Rodolfo. A linguística e o ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 8 ed. São Paulo: contexto, 1996. (Col.
Repensando a língua portuguesa).
_____ e TRAVAGLIA, Luiz Caos. Texto e coerência. 5 ed. São Paulo: Cortez, 1997.
326
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Língua
Portuguesa – 2008
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação - Caderno
Temático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 2005
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Caderno Temático – Gênero e Diversidade
Sexual na Escola. 2009.
40. 9 - MATEMÁTICA
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
327
DOCENTE RESPONSÁVEL: MARIA
OTACIANA B. SANCHES.
SIDNÉIA APARECIDA B. PONTARA
I - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A matemática surgiu da necessidade do homem interferir na sua realidade, seja ela
social, econômica, afetiva, cultural etc. Isso garantiu uma utilidade prática por muitos anos,
seguida por uma fase de grande sistematização que teve seu auge na Grécia com “Os
elementos” de Euclides.
Na sequência a matemática passou por um período de grande progresso científico.
Dentro os destaques citamos: Descartes, Leibniz e Newton. Por volta de 1850, surgiram as
primeiras geometrias não euclidianas, o que serviu de base para futuras teorias científicas
(teoria da relatividade), apesar de um excessivo formalismo, levando a matemática a ser vista
como uma verdade absoluta.
No início do século XX surgiu movimentos como o construtivista e a tendência sóciocultural que não foram bem recebidas. Na década de 50 predominou a chamada “matemática
moderna”, que se caracterizou pela forma expositiva, centrada no professor e com alunos
reproduzindo fielmente o que foi exposto.
Com o fracasso da matemática moderna toma corpo a tendência de disponibilizar aos
alunos de classes menos favorecidas a escola tradicional, a chamada tendência
sócioetnocultural.
Nos dias atuais a matemática é vista como uma ciência essencial para o desenvolvimento da
humanidade. Porém, nota-se que a maioria dos conteúdos são desinteressante para o aluno e
sem uma aplicação imediata. O ensino centrado em conteúdos fragmentados e sem
significado, leva os alunos a não estruturarem seus pensamentos.
É claro que a abstração não está presente apenas em matemática e sim nas várias áreas
da ciência fazendo parte do processo. Assim precisamos na medida do possível utilizar no
ensino da matemática a sua aplicabilidade, dependendo principalmente do contexto que se
está inserido.
328
O objeto de estudo da matemática ainda está em construção, porém, está centrado na
prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático.
Como educadores devemos contribuir com a formação crítica de nossos alunos,
intervindo entre os conhecimentos matemáticos abstratos e os conhecimentos matemáticos
aplicáveis.
É importante a demonstração matemática, através de teoremas e métodos que levam os
nossos alunos a compreensão da sua aplicabilidade, porém não devemos exigir o rigor dessas
abstrações.
Nossa sociedade exige uma informação globalizada, então a matemática não deve ser
vista como um instrumento de forma isolada nas outras áreas da ciência, mas sim, “ser
inserida num contexto mais amplo: auxílio importante na formação de capacidades” (Adilson
Longem - autor Coleção Nova Didática Matemática - Ensino Médio).
É através da história das civilizações que os primitivos conhecimentos matemáticos
vieram compor a Matemática de hoje. As ideias eram provenientes de observações dentro das
condições humanas de reconhecer configurações físicas e geométricas, compararem formas,
tamanhos e quantidades.
Enfim, devido à necessidade de se romper com as atuais práticas pedagógicas e propor
novas teorias e metodologias que levem o aluno a compreender conceitos, estabelecer
relações e resolver problemas.
II - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
Números e Álgebra
A matemática não possui apenas aplicação prática, mas também desenvolve a
abstração. Essa abstração, ao longo da história, recebe o nome de álgebra e sofre influências
egípcia, babilônica, pré-diofantica, chinesa, hindu, árabe, entre outras. Cada cultura expressa a
álgebra de sua maneira, porém todas à utilizam para resolver problemas de alta complexidade.
O conhecimento algébrico não pode ser concebido como conceito de variável ou
conceito de incógnita, isso ocorre quando no seu desenvolvimento e dado grande atenção na
manipulação de regras e macetes, deixando de lado sua significação.
329
Paralelo a álgebra os conteúdos estruturantes apresentam os números. Presentes desde
tempos remotos, ela surge da necessidade do homem contar a natureza. Lentamente surgem
símbolos para representar a contagem e que foram evoluindo até chegar a um sistema de
numeração.
 Grandezas e Medidas
Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram a linguagem fundamental à
realização de negócios no mundo do comércio e, devido às dificuldades entre as relações
comerciais surgiu a necessidade de uma padronização entre os povos.
Com Grandezas e Medidas é possível trabalhar com marcações de tempo (dia, noite,
mês, hoje, amanhã, hora, etc) e com as medidas de massa, capacidade, temperatura, etc, sendo
que, estes conteúdos podem ser associados facilmente no cotidiano do aluno.
 Funções
É um instrumento que pode ser utilizado em várias áreas do conhecimento humano,
modelando situações que passam a ser resolvidas pela matemática. O conceito de funções leva
o aluno a constatar regularidades e generalizações, desenvolvendo a capacidade de leitura e
interpretação de linguagem.
Geometrias
A observação de formas geométricas na natureza, influência o desenvolvimento do
homem. Os povos mais antigos utilizavam a geometria na medição de terrenos, construções
de canais para irrigação e construções como as pirâmides no Egito.
O conhecimento geométrico recebe grande desenvolvimento quando Euclides
sistematizou todo o conhecimento acumulado pela humanidade através de axiomas e
teoremas. Essa sistematização influencia a geometria até o século XVII, quando surge a
geometria analítica que passa a resolver problemas complexos na área da astronomia e da
mecânica.
No final do século XVIII uma nova maneira de conceber o conhecimento geométrico e
apresentado por Lobachevsky, Riemann e outros. Surgia assim a geometria não euclidiana
que derruba conceitos, até então imutáveis, da geometria de Euclides.
330
Nos dias atuais, a geometria deve ser trabalhada de forma a contemplar a aritmética e a
álgebra. Ela deve permitir que o aluno desenvolva a percepção visual, o raciocínio e a
linguagem geométrica.
 Tratamento da Informação
Ao longo do desenvolvimento humano, o homem busca resolver problemas através de
leituras críticas de fatos e da interpretação de informações coletadas através de gráficos,
tabelas, indicadores e na ocorrência de eventos.
Com a estatística é possível, quantificar, qualificar, selecionar, analisar e
contextualizar informações, incorporando-as ao dia a dia.
A probabilidade apresenta a
possibilidade ao aluno de ter várias visões de um mesmo problema, sem a exatidão
tradicional. A matemática financeira surge como conteúdo com a ideia de auxiliar nas
decisões pessoais e da sociedade em geral.
Hoje, o momento vivido, caracteriza-se pela grande quantidade de informação, pela
rapidez e facilidade com que ela é absorvida pelos alunos. Portanto o espírito crítico e a
capacidade de analise é fundamental para tomada de decisões.
Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar
dados, que permitem ler e compreender uma realidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Números e Álgebra

Números reais

Números complexos

Sistemas lineares

Matrizes e Determinantes

Polinômios

Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares
Grandezas e Medidas

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de grandezas vetoriais
331

Medidas de informática

Medidas de energia

Trigonometria
Geometria

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometrias não-euclidianas

Função Afim

Função Quadrática

Função Polinomial

Função Exponencial

Função Logarítmica

Função Trigonométrica

Função Modular

Progressão Aritmética

Progressão Geométrica
Funções
Tratamento de Informação

Análise Combinatória

Binômio de Newton

Estudo das Probabilidades

Estatística

Matemática Financeira
III. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para o desenvolvimento dos conteúdos propostos o docente deve fazer uso das mais
332
diversas metodologias disponíveis para a aula ou até mesmo fora dela. O docente deve
permitir e estimular a interação dos alunos uns com os outros, que sejam participantes ativos
de todo o processo da construção do conhecimento matemático e, ao mesmo tempo deve
haver lugar para a exploração individual quando se fizer necessário. Devemos propor
atividades que estimulem o raciocínio lógico propondo questões com intenção de estimular os
alunos a refletirem sobre seus próprios pensamentos e seus próprios argumentos,
No processo de desenvolvimento dos conteúdos deve-se explorar diversos recursos
pedagógicos e/ou tecnológicos tais como livro didático e paradidático, recortes de jornais e
revistas, revistas científicas, tv pendrive, DVD, laboratório de informática, etc.
O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de
cada conteúdo específico, garantindo, através das tendências da modelagem, etnomatemática,
resolução de problemas, uso das tecnologias e história da Matemática o crescimento de
possibilidades da aprendizagem sem fragmentações, levanto a autoconfiança.
Essas tendências fundamentam a prática docente, onde uma completará a outra, pois
todas têm um único fim, aprendizagem.
A prática docente, de acordo com cada conteúdo poderá utilizar de diversas
abordagens, como:
- Resolução de Problemas: Não consiste na resolução automática de exercícios,
mas, questões desafiadoras que levem o aluno a buscar várias alternativas que
almejam soluções;
- Etnomatematica: As manifestações matemáticas são percebidas através de
diferentes teorias e práticas que emergem dos ambientes culturais;
- Modelagem Matemática: Busca a problematização de situações do cotidiano,
transformando problemas reais em problemas matemáticos;
- Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, sejam eles os softwares, a tv
pendrive, as calculadoras, a internet, entre outros, favorecem as experimentações
matemáticas, potencializando formas de resolução de problemas;
- História da Matemática: Não se trata de apenas retratar curiosidades ou um
conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas sim, vincular a matemática
aos fatos sociais e políticos e as circunstancias históricas para melhor compreender
seus conceitos.
333
IV - AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser planejada como parte do processo ensino aprendizagem,
permitindo utilizar-se de entrevistas, discussões, trabalhos em grupos, maquetes, construções
de material facilitador da aprendizagem matemática, resolução com cálculos de atividades
aplicativas, integração da abstração quando possível com o cotidiano e caso contrário, saber
que por muitas vezes a abstração é presente nas várias áreas científicas.
A avaliação fará parte integrante do processo do ensino aprendizagem permitindo
continuidade ou uma nova abordagem, com alternativas na forma de encaminhar a
aprendizagem como um todo.
Então a avaliação contemplará os diferentes momentos do ensino da matemática com
oportunidade de análise pedagógica da metodologia utilizada e através de erros constatados,
possibilitar o aluno novas formas de estudo, ou seja, avaliação será instrumento de medida na
aquisição de conhecimento, tornando o aluno responsável e interessado pelo que deve
aprender.
Antes de mais nada, a avaliação deverá ser uma orientação para o professor, como
ponto de partida, para a continuidade de sua prática docente levando o aluno a organizar suas
ideias, relacionar conceitos e tomar decisões, ou seja, contínua diversificada. Considerando
não somente uma formação matemática dirigida para o desenvolvimento social intelectual do
aluno, como também seu esforço individual, sua cooperação com os colegas, a construção de
sua personalidade.
Assim quanto mais o professor diversificar a avaliação e conseguir interpretá-la como
um meio para analisar se juntamente com os alunos está conseguindo alcançar os objetivos
propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta os sonhos
e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.
Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno comunica-se
matematicamente, oral ou por escrito; compreende, por meio da leitura, o problema
matemático; elabora um plano que possibilite a solução do problema; encontra meios diversos
para a resolução de um problema matemático e ainda, se realiza o retrospecto da solução de
um problema.
334
A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e
aprendizagem, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será através
de teste escrito e/ou oral, trabalhos ou pesquisas.
V – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Gueli, Oscar - Matemática série Brasil - 1ª edição - São Paulo: Ed. Ática, 2003
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
Longen, Adilson, Matemática- Coleção Nova Didática - Ensino Médio - 1ª edição Curitiba:
Ed.Positivo, 2004
Marcondes, C; Gentil N; Greco S - Matemática - São Paulo: Ed.Ática, 2000
Paiva. Manoel – Matemática - 2ª edição - São Paulo: Ed.Moderna
Barreto, Benigno; Silva, Claudino - São Paulo: Ed. FTD
Dante, Luis Roberto – Matemática: Contexto e Aplicações – Volume Único –São Paulo:
Ática, 2000
Santos, C.H. Matemática: In Kuenzer. A.Z.(org) - Ensino Médio: construindo uma
proposta para os que vivem do trabalho - São Paulo: Cortez, 2002
Youssef, Antonio Nicolau; Soares, Elizabeth; Fernandez, Vicente Paz – Matemática de
olho no mundo do trabalho - Ensino Médio - Volume Único – São Paulo: Scipione, 2005
Walter, Spinelli; Souza, M. Helena S. - Matemática Comercial e Financeira Volume Único
- São Paulo: Ática, 1998
Marcondes, Carlos Alberto dos Santos; Gentil, Nelson; Greco, Sérgio Emílio Matemática - Novo Ensino Médio - Volume Único - São Paulo: Àtica, 2003.
335
40. 10 - QUÍMICA
I – IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA/ENSINO MÉDIO
DOCENTES RESPONSÁVEIS: JOSIANI ROMANI RABASSI
PAULO ROBERTO DE ALMEIDA
VILMA JANÓLIO CAVALARO
II – Apresentação da disciplina
O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria e
presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades humanas, tais
como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo de
cozimento.
Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos
unguentos, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser
classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações
e procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século
XVII.
No século XVIII, por Lavoisier, deu início à fase moderna dessa ciência. A química
ganhou não só uma linguagem universal, mas também conceitos fundamentais.
Os conhecimentos e as práticas dessa ciência estão presentes no nosso cotidiano,
através da procura de novos produtos nas novas áreas específicas surgidas nos últimos anos:
biotecnologia, química fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos.
O objeto de estudo da Química (Substâncias e Materiais) encontra-s sustentado pela tríade
Composição, Propriedades e Transformações.
A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o que se
ensina do que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na Natureza e os benefícios
336
que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o seu equilíbrio. Para tanto
a Química e a Tecnologia Química devem colocar-se dentro de um contexto em que os
alunos terão a possibilidade de compreende-los como um todo, para analisar criticamente a
sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida.
Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportuniza-se o
desenvolvimento de sua capacidade de investigação crítica, posicionando-se junto, os
problemas que são advindos da Química, em seus aspectos econômicos, industriais, sanitários,
ambientais,... O desenvolvimento da disciplina de Química proporcionará a discussão da
função da Química na sociedade e despertará o espírito crítico e o pensamento científico.
III – Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos estruturantes para o estudo da Química foram colocados de forma que
fossem representativos do campo de conhecimento da disciplina, constituído historicamente.
Selecionaram-se, então, os seguintes conteúdos estruturantes: Matéria e sua natureza;
Biogeoquímica e Química sintética.
MATÉRIA E SUA NATUREZA: estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da
matéria, a essência da matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e representações.
BIOGEOQUÍMICA: caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e
atmosfera.
QUÍMICA SINTÉTICA: caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos
farmacêuticos, indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes),
fertilizantes, agrotóxicos. Avanços tecnológicos, obtenção e produção de materiais artificiais
que podem substituir os naturais
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Matéria e sua natureza
CONTEÚDOS BÁSICOS:
MATÉRIA
SOLUÇÃO
LIGAÇÃO QUÍMICA
REAÇÕES QUÍMICAS
337
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Biogeoquímica
CONTEÚDOS BÁSICOS:
RADIOATIVIDADE
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Química Sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS
GASES
FUNÇÕES QUÍMICAS
EQUILÍBRIO QUÍMICO
V – Metodologia da Disciplina
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico
historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam a escola eles não estão
totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia-a-dia e na interação com os
diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são elaboradas.
Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião de pessoas
com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e ideias que dependem da sua vivencia
cotidiana. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento
metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.
Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário
proporcionar condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma
linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos químicos.
É importante salientar que a química possui um caráter experimental e interdisciplinar.
A experimentação desempenha uma função essencial na consolidação e compreensão de
conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e a prática. Muitas vezes, para a
assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em conjunto com outras ciências.
Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de temas
relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados corretamente
devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da sociedade.
338
As ações pedagógicas podem ser auxiliadas por recursos como: filmes, TV
multimídia, internet, músicas, documentários, revistas, jornais, livros de apoio, leitura de
textos diversificados, que podem constituir elemento motivador para a aprendizagem da
Química contribuindo para a criação do hábito da leitura; demonstrações experimentais que
propiciem aos alunos uma reflexão sobre a teoria e a prática, visando a construção e
elaboração dos conceitos.
Serão desenvolvidos alguns temas que contemplem as relações étnico-raciais da
cultura afro-brasileira e africana, história e cultura dos povos indígenas e educação ambiental.
VI – Avaliação
A verificação do desempenho dos alunos deve ampliar-se, de forma que seja contínua
e sistemática. É importante não apenas diagnosticar o que o educando aprendeu sobre teorias,
fatos e conceitos, mas sobre tudo verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu na
resolução de problemas variados, transferindo seu conhecimento para novas situações, se ele é
capaz de analisar situações complexas, de chegar a soluções apropriadas, de criticar hipóteses
e teorias.
Não podemos deixar de considerar que um aluno, mesmo tendo um resultado menos
favorável, pode, contudo, ter progredido muito mais do que outro que apresentou um
resultado melhor.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o
contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção
acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos
conceitos químicos.
Dentre os instrumentos de avaliação utilizados, podemos citar: provas escritas,
relatórios, simulados, exercícios, tarefas de casa, trabalhos, atividades em sala, leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre
outras.
VII - Referências Bibliográficas:
339
- AXT,R. O papel da Experimentação no Ensino de Ciências, In: Moreira, M.A.
- PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro
Didático Público de Estado do Paraná: Química. Curitiba: SEED, 2006.
- PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento
da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Química, 2008.
- FELTRE, Ricardo, Química, São Paulo, Moderna, 2004.
- FONSECA, Martha Reis Marques da. Completamente Química. São Paulo: FTD, 2001
- SARDELLA, Antonio. Química: série Novo Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, 2003.
40.11 - SOCIOLOGIA
I – IDENTIFICAÇÃO
340
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
DOCENTE RESPONSÁVEL: OLAIR VITÓRIO FABRÍCIO
VITOR CAMILO FABRICIO
II- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das mudanças
estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista.
Essas relações materializam-se nas diversas instâncias sociais, políticas, culturais,
econômicas e ecológicas as quais devem ser estudadas em sua especificidade e historicidade.
Hoje, embora já consolidado, o
sistema capitalista não cessa a sua dinâmica,
assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão, o que implica em novas
formas de olhar, compreender e atuar socialmente.
A concepção da disciplina é a de uma Sociologia Crítica para uma melhor
compreensão e atuação no mundo em que vivemos, como também das formas de dominação
da sociedade, Ideologias e preconceitos. Os conteúdos fundamentam-se em teorias com
diferentes tradições sociológicas: os clássicos, a saber Comte, Karl Marx, Émile Durkheim e
Max Weber.
Contemporaneamente, Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes entre
outros, que também buscam responder as questões surgidas nos diferentes contextos das
sociedades, pensando as relações sociais e políticas .
É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas
sociais concretas e contextualizadas, refletindo as pré-noções e pré-conceitos que dificultam
o desenvolvimento da autonomia intelectual e ações políticas direcionadas à transformação
social.
II - Conteúdos Estruturantes / Básicos da disciplina
1ª ANO
•
O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas / Formação e consolidação da
sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; Teorias sociológicas
341
clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx Weber; O desenvolvimento da sociologia
no Brasil.
•
Processo de Socialização e as Instituições Sociais / Processo de socialização;
Instituições Sociais: Familiares, Escolares e Religiosas; Instituições de Reinserção:
prisões. Manicômios, educandários, asilos, etc.
2ª ANO
•
Cultura e Indústria Cultural / Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e
sua contribuição na análise das diferentes sociedades; Diversidade cultural;
Identidade; Indústria cultural; Meios de comunicação de massa; Sociedade de
consumo; Indústria cultural no Brasil; Questões de gênero; Cultura afro-brasileira e
africana; Culturas indígenas.
•
Trabalho, Produção e Classes / O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes
sociedades; Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais; Organização do
trabalho
nas
sociedades
capitalistas
e
suas
contradições;
Globalização
e
Neoliberalismo; Relações de trabalho; trabalho no Brasil.
3ª ANO
•
Poder, Política e Ideologia / Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo; Estado no Brasil; Conceitos de poder;
Conceitos de ideologia, Conceitos de dominação e legitimidade; As expressões de
violência nas sociedades contemporâneas.
•
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais / Direitos: civis, políticos e sociais; Direitos
Humanos; Conceito de cidadania; Movimentos sociais; Movimentos sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONGS.
III- Metodologia da disciplina
342
Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e a agir nas diversas instâncias
sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e participativa. O ensino da Sociologia
pressupõe metodologia que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, não importa
se o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, analise de filmes, imagens
ou charges, mas importa que o aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria
com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.
IV – Avaliação:
O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve perpassar todas as
atividades relacionadas à disciplina e ser pensada e elaborada de forma transparente e
coletiva, ou seja seus critérios devem ser discutidos por todos os envolvidos na disciplina.
A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência articulados com a pratica social, a
capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e coerência na exposição
das ideias, seja no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados no
decorrer do ano letivo.
A mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim como a iniciativa e a
autonomia de tomar atitudes diferentes e criativas que rompam com a acomodação e o senso
comum, informarão aos professores , o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano
de seus alunos
As formas de avaliação em Sociologia acompanham as praticas de ensino e da
aprendizagem disciplina, sendo garantida ao longo do processo a recuperação concomitante
dos conteúdos.
Reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, participação nas
pesquisas de campo, produção de textos.
Devem demonstrar a capacidade de articulação entre teoria e prática. Podem ser
diferentes formas, desde que se tenha como perspectiva ao seleciona-las, a clareza dos
objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos
conteúdos pelo aluno.
Por fim, entendemos que não só o aluno mas também os professores e a instituição
escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões praticas e discursivas e
principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.
343
V - Bibliografia
MEUCCI, Simoni. A Institucionalização da Sociologia no Brasil: os primeiros manuais e
cursos. Campinas ; Ed. UNICAMP, 2000.
MORAES, Amaury César. GUIMARÃES, Elizabeth da Fonseca.
OLIVEIRA, Pérsio Santos – Introdução à Sociologia. Ática – SP – 2000.
TOMAZI, Nelson Dácio, Orientações Curriculares de Ensino Médio- Sociologia- MECSEB- Departamento de Políticas de Ensino Médio, 2000.
Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio – versão atualizada.
Livre Didático Público para o Ensino Médio- Secretaria do Estado da Educação
344
ANEXO V
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS
CURRICULARES
PARTE DIVERSIFICADA
ENSINO MÉDIO
41 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – PARTE DIVERSIFICADA DO
ENSINO MÉDIO.
41.1 - INGLÊS
345
I - IDENTIFICAÇÃO: LEM – INGLÊS
DOCENTE RESPONSÁVEL: NANCI DOMINGUES ALVES
II. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas teve início com a chegada da Família
Real Portuguesa ao Brasil, em 1808. Mais tarde, em 1937, é instituída a primeira Escola
Pública de nível secundário, fundada por D. Pedro II, em que apresentava um currículo nos
moldes franceses e em seu programa constavam 7 anos de francês, 5 de inglês e 3 de
alemão, que se manteve até 1929.
Em 1942, com a Reforma Capanema, a educação ficou centralizada no Ministério
da Educação que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas, sendo privilegiadas:
o inglês, o francês e o espanhol, em substituição ao alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica com os Estados Unidos
intensificou-se, tornando maior a necessidade de se aprender inglês.
Em 1986, no Paraná, criou-se o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas –
CELEM – no Colégio Estadual do Paraná que oferecia o ensino de vários idiomas e
expandiu-se por todo o Estado.
Com a publicação da LDB (Lei nº. 9.394), em 1996, foi determinado a
obrigatoriedade de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, escolhida pela
comunidade escolar, já no Ensino Médio, além de uma LEM como disciplina obrigatória,
escolhida pela comunidade escolar, teria uma segunda, em caráter optativo, dependendo da
disponibilidade da instituição.
Em 2005, foi criada a Lei nº. 11.161, que decreta obrigatoriedade para a escola, a
oferta da língua espanhola, sendo facultativa para o aluno, e os estabelecimentos de ensino
têm 5 anos para implantá-la, a partir da data de sua publicação.
Assim, o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena
participação social, pois é através dela que o homem se comunica, tem acesso à
informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo,
346
produz conhecimento... Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização
social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus
alunos o acesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania - direito
inalienável de todos.
Nesse contexto, a aprendizagem de línguas estrangeiras tornou-se indispensável,
seja dentro e/ou fora do ambiente escolar pois contempla as relações com a cultura, o
sujeito e a identidade. A sociedade brasileira reconhece um valor educacional formativo na
experiência de aprender outras línguas na escola.
Dessa forma, a proposta de trabalho de Língua Inglesa no ensino fundamental
fundamenta-se na preocupação em desenvolver no aluno, não só um domínio técnico das
formas lingüísticas, mas também em capacitá-lo a desempenhar competentemente seu
papel de usuário da língua.
Nesse aspecto, este tipo de trabalho significa desenvolver conhecimentos
suficientes a fim de que o aluno possa participar do processo de construção de sentidos,
utilizando não apenas seu conhecimento da língua – estrutura e vocabulário – mas também
seu conhecimento de mundo e do contexto sócio-histórico em que vive. Com isso,
pretende-se um aluno ativo e participante que possa utilizar a língua como instrumento de
acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. Desta forma, espera-se que o
aluno: use a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua
Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; tenha maior
consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e compreenda a diversidade
linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Nesta perspectiva, é preciso trabalhar a língua objeto de estudo dessa disciplina
como discurso, entendida como prática social significativa (oral e/ou escrita), para que seja
compreendida num contexto preciso, percebendo sua significação em uma enunciação.
Língua e cultura são indissociáveis, é algo que se constrói e é construído
percebendo a diversidade cultural contrastando outras culturas com a sua própria.
O desenvolvimento da língua ocorre com a interação social, que leva em conta
fatores sociais, comunicativos e culturais, que, agregando aos estudos linguísticos do
347
falante e o uso efetivo que ele faz da língua criando condições que permitem interpretar e
para isso é preciso que o interfira criticamente na sociedade.
Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo de
maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente do grau de
proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o
mundo, de avaliar paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir
sentidos do e no mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão social; o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da
diversidade cultural e o processo das identidades transformadoras.
A LEM no Ensino Fundamental deverá ser articulada com as demais disciplinas da
grade curricular, objetivando desenvolver formas de pensamento relacionando os vários
conhecimentos, para que o estudante perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem
muitas vezes estar relacionadas.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O conteúdo estruturante é o discurso como prática social, a língua entendida como
interação verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais
de poder, realizada por meio de práticas discursivas que envolvem, a compreensão
auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como
processo comunicativo.
3. CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS TEXTUAIS
•
Website
•
Blooper report
•
Speech
•
Movie plot summary
•
Movie reviews
348
•
Feature article
•
Poem
•
Panel
•
Timeline
•
Interview
•
Short story
•
Life rules
•
Interview
•
News article
•
Survey
•
Lyrics
•
Headline
•
Opinion discussion
•
Analysis
•
Radio Ad
•
Website
•
Homepage
•
Quiz
•
Blog Post
•
Game description
•
Instructions
•
Opinion article
•
Guide
•
Lecture
•
Advice letters
•
Label
•
Jokes
•
Comic strip
•
Internet Page
•
Radio news report
•
Guidance spot
349
•
Newspaper article
•
Print ads
•
Play script
LEITURA
Identificação do tema
•
Finalidade do texto
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Situacionalidade
•
Intertextualidade
•
Temporalidade
•
Referência textual
•
Partículas conectivas do texto
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto
•
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto
•
Polissemia
•
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
•
Léxico
ESCRITA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Situacionalidade
350
•
Intertextualidade
•
Temporalidade
•
Referência textual
•
Partículas conectivas do texto
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto
•
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto
•
Polissemia
•
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
•
Ortografia
•
Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
•
Conteúdo temático
•
Finalidade
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Papel do locutor e interlocutor
•
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...
•
Adequação do discurso ao gênero
•
Turnos de fala
•
Variações lingüísticas
•
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc)
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito
•
Pronúncia
351
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como
um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e
democrática para a transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de
prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto
resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua
transformação.
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e
reflexão sobre os fenômenos Linguísticos e Culturais como realizações discursivas, as
quais se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso
efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Portanto, o trabalho com a análise
linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados
possíveis das estruturas apresentadas, devendo ser decorrente das necessidades específicas
dos alunos a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao
contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e
socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação a
escrita, não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e
significativa.
O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a possibilidade
de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O
ensino da língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo
objetivando relacionar os vários conhecimentos, fazendo com que o aluno perceba que
conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados entre si
mesmo que não haja obrigatoriedade no desenvolvimento de projetos envolvendo inúmeras
matérias.
352
Ao desenvolver o trabalho com as práticas discursivas descritas acima serão
utilizados livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas,
internet, DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a
interação com a língua e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão
trabalhados ainda temas como sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que
possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.
LEITURA
•
Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
•
Considerar os conhecimentos prévios dos(as) alunos(as);
•
Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
•
Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ;
•
Proporcionar análises para estabelecer referência textual;
•
Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;
•
Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
•
Utilizar textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
•
Relacionar o tema com o contexto atual;
•
Oportunizar a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
•
Instigar o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam
ironia e humor;
•
Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de dife-
rentes gêneros;
ESCRITA
•
Planejar a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, inten-
ções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia;
•
353
Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a refe-
rência textual;
•
Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas;
•
Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
•
Acompanhar a produção do texto;
•
Acompanhar e encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos /das
idéias, dos elementos que compõe o gênero;
•
Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor;
•
Estimular produções em diferentes gêneros;
•
Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e nor-
mativos.
ORALIDADE
•
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consi-
deração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;
•
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
•
Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralida-
de em seu uso; formal e informal;
•
Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recur-
sos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
•
Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um
354
elemento de reflexão contínua do professor sobre a sua prática educativa e revela aos
alunos seus avanços, progressos, dificuldades e possibilidades no processo ensinoaprendizagem.
Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e
dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que
poderá, a partir dele, “identificar as dificuldades, planejar e propor outros
encaminhamentos que busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71). Segundo Luckesi (1995,
apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve
subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples
instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Para que isso se efetive, o professor
deverá observar a participação do aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua
durante as atividades propostas, bem como a capacidade que ele demonstra para levantar
hipóteses a respeito da organização textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu
autor, etc.
Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa. Ainda, ao
avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no
Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola que deixa claro que temos de
aplicar pelo menos 04 tipos de instrumentos de avaliação. Serão utilizados os seguintes
instrumentos: provas, testes, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), exercícios
orais e escritos, produção orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre
teoria e prática.
Faz-se importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos com os
devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem e, assim,
buscar a superação das suas dificuldades.
A recuperação se dará por meio de recuperação de conteúdo. Todo o aluno terá
direito a recuperar o que lhe foi ensinado e esta avaliação é representada por um valor
numérico de 10,0, então expressão dos resultados desse processo será feita conforme o
previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação ou
seja a recuperação total do valor numérico que é de 10,0.
Os critérios de avaliação na leitura, escrita e oralidade serão as seguintes:
LEITURA
355
Realização de leitura compreensiva do texto; localização de informações explícitas e
implícitas no texto; posicionamento argumentativo; ampliação do horizonte de expectativas;
ampliação do léxico; percepção do ambiente no qual circula o gênero; identificação da idéia
principal do texto; análise das intenções do autor; identificação do tema; dedução dos sentidos
de palavras e/ou expressões a partir do contexto; compreensão das diferenças decorridas do
uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; reconhecimento de
palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
ESCRITA
Expressão de idéias com clareza; elaboração de textos atendendo:- às situações de
produção
propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);- à continuidade temática; diferenciação
do contexto de uso da linguagem formal e informal; uso de recursos textuais como: coesão e
coerência, informatividade, intertextualidade, etc; utilização adequada dos recursos
linguísticos como:pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo,etc; emprego de
palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
ORALIDADE
Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
apresentação de ideias com clareza; compreensão de argumentos no discurso do outro;
exposição objetiva de argumentos; organização da sequência da fala; respeito aos turnos de
fala;
participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna, etc; utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
6. REFERÊNCIAS
PROJETO POLÍTICO E PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa, 2011.
REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Estadual Rui Barbosa, 2011.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO (PR). Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira para o Ensino Fundamental, Curitiba-2009.
356
41.2 - LEM - CELEM - ESPANHOL
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: CELEM
DOCENTES RESPONSÁVEIS: SILVANA DELLI COLLI MORALES
SANDRA PROENCI SILVA
COORDENADOR: LILIAN MARIA RUIZ BORIM
II-APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A nossa proposta pedagógica para o CELEM – curso básico de Língua Espanhola tem
como embasamento a concepção sócio-interacionista de linguagem, pois aprender uma língua
na escola é muito mais que aprender regras ou memorizar nomenclaturas.
A língua espanhola, sendo a segunda língua de comunicação no mundo, tem grande
importância nas escolas brasileiras. Essa importância, não é só de saber outro idioma, mas
também, de contribuir para o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em
especial a espanhola, ajudará o aluno a entender o funcionamento de sua própria língua
materna, através de comparações entre os dois idiomas.
Além da compreensão do português, a língua estrangeira proporcionará aos alunos o
conhecimento de outras culturas, e isso, irá enriquecê-los não somente como alunos, mas
também como seres humanos, dando-lhes a oportunidade de responderem as exigências do
novo mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional.
Sabemos que linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a
linguagem que possibilita ao homem perceber o mundo e posicionar-se criticamente perante
os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que suscitam a
357
linguagem, suas renovações e alterações. Sendo assim, é no espaço social que a linguagem
garante sua própria existência e significação.
A aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a possibilidade de
aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e também como cidadão. Aprender uma
nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá desenvolver
uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sócio-políticos da
aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, através da aprendizagem de outra língua os
alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as Diretrizes
Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de identidades.
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um
direito de todo cidadão, sendo assim, é de suma importância que os alunos tenham a
oportunidade de aprender uma nova língua. Uma vez que se sabe que um adolescente que tem
contato com outro idioma certamente terá mais facilidade para se adequar ao “mundo
moderno”, isto é, conhecer outro idioma é ter um passaporte para o ingresso na sociedade da
informação e do conhecimento. É o ensino centrado na cidadania e na inclusão social.
Então, concebemos língua como um sistema de signos histórico-social que permite ao
homem a (re) construção da realidade. Assim, apropriar-se de uma língua significa também
entender seus significados culturais.
É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da
cultura, como valores, normas e atitudes.
Atualmente, além do interesse particular que o espanhol pode despertar, vivemos uma
época de relações político-comercial que nos convida a este encontro. Entender e comunicarse sem idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial, posto que, saber a língua
do outro é ir muito além, é se reiterar-se de uma nova cultura e até mesmo da nossa.
Além disso, deve-se considerar também o papel da língua espanhola, cuja importância
cresce em função da ampliação das trocas econômicas entre os países que integram o
Mercado das Nações do Cone Sul (Mercosul).
Podemos notar que a língua espanhola não está presente na sala de aula somente como
objeto de ensino, mas também, como um idioma que está aproximando países da América
Latina, tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser
significativas para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive.
III-OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
358
O aluno deverá tomar conhecimento da importância da Língua Estrangeira Moderna,
para que ele aprenda a usar esses conhecimentos adquiridos através das habilidades de
compreensão, produção oral e escrita, possibilitando a expansão de suas capacidades críticas.
Os objetivos que permeiam as diretrizes curriculares são flexíveis devido às particularidades
regionais, mas específicos em um direcionamento comum. Sendo assim é fundamental que o
aluno adquira condições para compreender e ser compreendido na LEM.
Então, quando o aluno terminar o Curso Básico deverá ter tido a oportunidade de
ampliar a visão de mundo através das habilidades oral e escrita; conhecer e valorizar as
diferentes culturas e suas manifestações; usar os conhecimentos adquiridos para a
interpretação da realidade; avaliar as diferenças sócio-culturais entre os países Brasil e
Espanha e Hispano-América; conscientizar-se da importância de saber outro idioma para seu
crescimento intelectual e fazer da escrita e da leitura um momento de prazer, nos dois
diferentes idiomas.
Segundo as Diretrizes Curriculares, a língua materna deverá estar presente nas aulas
de LEM, por se tratar de uma fase inicial de aprendizado.
IV- CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS
Segundo a DCE (2006) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,
são legitimados socialmente”. (p.37). Por isso, a língua, deve ser entendida como interação
verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder.
Desse modo, o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio das
práticas discursivas que envolvem a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a prática
escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.
Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, seria necessário que criássemos pela
primeira vez no processo da fala, ou a comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin,
1998). Sabedores de que os Gêneros do discurso organizam nossa fala, e de que aprendemos a
moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é fundamental que se
apresente ao aluno diferentes textos textuais, mas sem categorizá-los.
Portanto, o objetivo deste projeto será de proporcionar ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar
ao aluno textos pertencentes aos vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,
359
informativos, de opinião, etc., de suma importância para o crescimento educacional do aluno,
sempre aproveitando o conhecimento prévio que o aluno já possui.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de
discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as
relações sociais e as relações de poder.
Os conteúdos específicos para o CELEM serão desdobrados a partir do trabalho com
gêneros textuais (verbais e não-verbais), considerando seus elementos linguístico-discursivos
(fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas
(leitura, escrita, oralidade). Portanto, os gêneros escolhidos para o trabalho pedagógico
definirão os conteúdos básicos e específicos, bem como as praticas discursivas a serem
trabalhadas. Dessa maneira será trabalhada a Lei n°. 10.639/03, que trata das Relações étnicoraciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola. Esta temática será trabalhada
através de ações que propiciem o contato com a cultura africana e afrodescendente, dentro da
Língua Espanhola, culminando em exposições de obras literárias de escritores negros,
documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, procurando destacar a
contribuição da cultura dos povos negros.
Ao se trabalhar os textos propõem-se uma análise linguístico-discursiva dos elementos
não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos, visando à
abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos
alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os gêneros textuais, com diferentes graus
de complexidade da estrutura linguística, pois os mesmos estarão presentes no aprendizado e
no desenvolvimento dos alunos como cidadãos inseridos numa sociedade multicultural.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das
escolhas temáticas e textuais, enfatizando a interpretação do conteúdo, pois o uso do texto é
fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da oralidade e da
compreensão auditiva. Além disso, os textos trabalhados serão enriquecidos por músicas,
filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outras atividades que serão
desenvolvidas visando o crescimento do aluno.
Para o desenvolvimento deste diferenciados textos serão observados os diferentes
níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos dos alunos, considerando quaisquer
peculiaridades que venham a ser detectadas.
Sabemos que no curso do CELEM temos alunos de diferentes faixas etárias e,
consequentemente, séries educacionais, o que torna o trabalho de seleção de material mais
360
rigoroso e difícil, pois atendemos alunos que estão cursando desde a 5ª série até o ensino
Médio e, também, da comunidade local que nem sempre concluíram o Ensino Médio. Por
isso, para o 1º e 2° anos do CELEM serão trabalhados os gêneros discursivos que estão dentro
das esferas sociais de circulação que são: cotidiana, literária e artística, científica, escolar,
imprensa, publicitária, política, jurídica, produção e consumo e midiática, mas sem “seguir”
exatamente série a série como está dividido o quadro dos conteúdos básicos do Departamento
de Educação Básica (DEB), pois como foi citado acima temos alunos de diferentes níveis de
escolaridade e idade. E, ainda, o curso básico do CELEM é de apenas dois anos, sendo que
para trabalhar os conteúdos de modo seriado, teríamos que ter o curso básico do CELEM com
quatro anos de duração, ou seja, o mesmo tempo correspondente ao Ensino Fundamental (5ª a
8ª séries) e mais três anos para corresponder ao Ensino Médio.
Será trabalhada a leitura no que diz respeito ao tema dos textos, a finalidade, léxico, os
elementos de composição de gênero, a aceitação do tema, repetição de palavras e outras.
Sendo que, as práticas de leitura devem propiciar um entendimento e contextualização do
tema com os conhecimentos prévios de cada aluno. Na oralidade será trabalhado o tema
proposto e sua finalidade, seus elementos extralinguísticos, coerência e coesão, o papel do
interlocutor/locutor e outros.
Dentro da oralidade, da escrita e da leitura serão trabalhados conteúdos gramaticais e
semânticos dentro dos textos por meio de análise linguística, para que o aluno possa entender
que cada palavra exerce uma função diferente, dependendo, de como é empregada num texto
e numa situação real de comunicação.
Seguem os possíveis conteúdos básicos programados para a 1ª e 2ª séries do Curso
Básico de língua espanhola, tendo como base os gêneros discursivos, conforme suas esferas
sociais de circulação e em consonância com as Práticas Discursivas de leitura, oralidade e
escrita.
Conteúdos para o 1º ano de língua estrangeira moderna
Esfera cotidiana de circulação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
361
Convite
Letra de música
Receita culinária
Álbum de família
Cartão postal
Trava línguas
Rótulos
Exposição oral
Adivinhas
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio
Comercial para radio e TV
Folder
Placas
Publicidade Comercial
Slogan
Esfera produção de circulação:
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
Anúncio classificados
Anúncio de emprego
Cartum
Charge
Entrevista
Horóscopo
Reportagem
362
Sinopse de filme
Tiras
Esfera artística de circulação:
Autobiografia
Biografia
Contos
Fábulas
História em quadrinhos
Narrativas
Poemas
Letras de música
Esfera escolar de circulação:
Cartaz
Diálogo
Exposição oral
Mapas
Resumo
Esfera literária de circulação:
Conto
Crônica
Fábula
História em quadrinhos
Poema
Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal
Telenovela
Videoclipe
363
Desenho animado
Filme
Esfera científica de circulação:
Pesquisa
Resumo
Verbetes
Conteúdos para o 2º ano de língua estrangeira moderna
Esfera cotidiana de circulação:
Comunicado
Curriculum Vitae
Exposição oral
Ficha de inscrição
Lista de compras
Piada
Telefonema
Adivinhas
Anedota
Provérbios
Parlendas
Quadrinhas
Receitas
Trava línguas
Convite
Exposição oral
Carta pessoal
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio
Comercial para televisão
Folder
Inscrições em muro
364
Propaganda
Publicidade Institucional
E-mail
Esfera produção de circulação:
Instrução de montagem
Instrução de uso
Manual técnico
Regulamento
Esfera jornalística de circulação:
Artigo de opinião
Boletim do tempo
Carta do leitor
Entrevista
Notícia
Reportagem
Esfera jurídica de circulação:
Boletim de ocorrência
Contrato
Lei
Ofício
Procuração
Requerimento
Regras escolares
Esfera escolar de circulação:
Aula em vídeo
Exposição oral
Palestra
Resenha
Texto de opinião
365
Esfera literária de circulação:
Narração de história
Conto
Peça de teatro
Romance
Poema
Fábula
Lendas
Historias em quadrinhos
Esfera midiática de circulação:
Aula virtual
Conversação chat
Correio eletrônico (e-mail)
Videoclipe
Blog
Chat
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centrada no texto:
·Intertextualidade;
·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
·Partículas conectivas básicas do texto;
·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas,
números, substantivos próprios;
·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no
título, subtítulo, legendas e textos
·Acentuação gráfica;
·Ortografia;
366
·Concordância verbal e nominal.
Fatores de textualidade centrada no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do texto;
·Elementos composicionais do gênero;
·Propriedades estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centrada no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do texto;
·Elementos composicionais do gênero;
·Propriedades estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
367
Fatores de textualidade centrada no texto:
·Intertextualidade;
·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
·Partículas conectivas básicas do texto;
·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas,
números, substantivos próprios;
·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no
título, subtítulo, legendas e textos
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centrada no texto:
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,
gírias, expressões, repetições);
·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
V-METODOLOGIA
Ensinar Língua Estrangeira implica pensar nas ações pedagógicas, fundamentadas na
construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a
relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes formas do saber.
Visando a nova versão das Diretrizes Curriculares, a metodologia seguirá alguns
aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o número de
alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. Deve-se considerar o aluno como
agente ativo no processo de aprendizagem.
O ensino da Língua Estrangeira, assim como a língua materna, deve ter o texto como
material linguístico articulador da metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o
trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão
368
de mundo, de uma intenção e de um momento de produção, para que o aluno desenvolva um
novo pensar sobre o idioma que está aprendendo. Dessa forma, considera-se a linguagem a
partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o
objetivo de analisar as práticas de linguagem – leitura, análise linguística e produção textual.
Durante a prática da oralidade, o professor deve desenvolver um trabalho gradativo,
que permita ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a
necessidade desse uso e determinados contextos sociais, tendo o entendimento de que poderá
usar o dialeto que lhe é peculiar.
A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e
não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora,
olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam
identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,
subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e
estabelecer relações intertextuais.
Como vimos nas aulas de Língua Estrangeira Moderna deverão ser abordados vários
gêneros textuais, em atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto
exerce. Para que haja uma efetiva aprendizagem deve-se levar em consideração a composição
de cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os
elementos coesivos, a coerência e por último, mas não menos importante, a gramática. O
ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode
abandoná-la.
É importante ressaltar que não adianta disponibilizar textos aos alunos sem uma
intenção, isto é, levar texto por levar para a sala de aula não é o bastante. É imprescindível
que o professor saiba provocar a imaginação de seus alunos, que enfatize a reflexão sobre o
uso de cada um deles e avalie o contexto em que está sendo inserido.
Por esse motivo é importante que sejam privilegiados os gêneros discursivos como
textos jornalísticos, literários, informativos, instrucionais entre outros em sala de aula, por sua
grande importância para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus interlocutores no
processo de aprendizagem.
Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre
interlocutores e diálogo entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser
humano precisa de outro para comunicar-se, ainda segundo Bakhtin “a vida é dialógica por
natureza”.
369
Sendo assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de pelo
menos dois interlocutores, e para haver diálogo entre discursos é necessário que haja relações
com outros discursos, entendidas aqui como textos. Então, os gêneros do discurso constituem
as falas e se organizam historicamente a partir de novas situações de interação verbal.
Fazendo uso dos mais variados textos para uma real aprendizagem recomenda-se a elaboração
de tarefas diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos, músicas, filmes, entre
outras, pois quando esse aluno interagir com textos diversos perceberá que as formas
linguísticas não são idênticas e não assumem o mesmo significado, isto é, são flexíveis e
variam de acordo com o contexto e situação em que o discurso, entendido como fala, é
utilizado. Sendo assim, para que haja uma aprendizagem eficaz temos que fazer uma
sondagem e assim levar textos significativos para os alunos para que eles se sintam parte
integrante do processo de ensino-aprendizagem.
Em cada texto escolhido deverá levar em consideração o gênero, ou seja, onde e para
que cada tipo de texto é utilizado, para que ele serve. Por exemplo, uma noticia de jornal é um
texto informativo, uma reportagem, um texto midiático? Enfim, caberá ao professor mostrar a
aplicabilidade de cada texto e em que contexto ele está inserido. Além do gênero deverá
observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa
cultura e de outros países, para quem foi escrito, quem escreveu, com qual objetivo, etc.
Quanto à variedade linguística e a análise linguística devemos tomar o cuidado para
não transformar o texto em pretexto para ensinar gramática que não é o objetivo das mesmas.
Analisar linguisticamente um texto é produzir significados por meio das palavras num todo e
não palavra por palavra ou frase por frase como a gramática “pede”. Ainda como formas de
aprendizagem podem fazer pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto,
discussões para aprimoramento do idioma e valorização da pesquisa feita e produção textual
em que o aluno produzirá seu texto em língua estrangeira com ajuda do professor.
RECURSOS DISPONÍVEIS
Para o curso básico em língua espanhola serão utilizados Rádio, DVD, TV Pen drive,
laboratório de informática, Livro Didático Público, textos midiáticos, literários e outros,
sempre que houver a necessidade de uma adequação a aula ministrada.
370
VI-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Quanto às avaliações é recomendável considerar as diversas formas, como a
diagnóstica, a somativa, contínua e a dialógica de acordo com a situação específica.
É preciso considerar as diferentes naturezas de avaliação diagnóstica, contínua e
dialógica. Contínua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem;
diagnóstica porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou
mudanças da prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas
principalmente ao ensino que se oferece.
A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos
pela escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos formatos da avaliação
deve oferecer oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso.
Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades
básicas: apresentar aos alunos seus progressos, avanços, dificuldades e possibilidades no
processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua
prática em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia.
Serão feitas avaliações nos quatro bimestres, com atribuição de notas e posteriormente
de uma média. Sendo as avaliações divididas em oralidade, audição, leitura, escrita, pesquisas
em sala de aula, trabalhos em grupos ou individuais para progressão dos alunos de acordo
com o estabelecido pelo projeto político pedagógico da escola em acordo com a DCE.
Na escrita será avaliado a clareza em que o educando expressa suas ideias, organiza
textos com coerência e coesão atendendo as situações propostas como gênero, interlocutor e
consiga utilizar adequadamente os recursos linguísticos como pontuação, substantivos,
adjetivos, verbos, pronomes, etc. Na leitura será avaliada a compreensão do texto lido, as
informações implícitas e explicitas no texto, a ideia principal do texto e todas as formas que
são pertinentes ao uso do discurso. Na oralidade será avaliada a entonação, pausas, gestos, a
coerência em que apresentará sua ideia, a utilização da linguagem formal ou informal, os
diálogos, gêneros orais trabalhados entre outros. E na audição será avaliada a maneira como o
educando consegue entender os recursos sonoros de uma música, filme ou um diálogo em
sala.
371
Dessa maneira, as notas serão divididas em quatro avaliações: escrita valor 4,0 (quatro
vírgula zero), audição valor 2,0 (dois vírgula zero), leitura e oralidade valor 2,0 (dois vírgula
zero) e trabalhos valor 2,0 (dois vírgula zero), totalizando uma escala de 0 a 10 (zero a dez).
Para a promoção e certificação a média final mínima exigida será de 6,0 (seis vírgula zero).
A recuperação será oferecida de forma contínua a todos os alunos com revisão de
conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor. Para a
progressão e certificação dos alunos será exigida a frequência mínima de 75% (setenta e cinco
por cento).
BIBLIOGRAFIA:
BARROS, Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. In: Bakhtin,
dialogismo e construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMP, 1997.
DIRETRIZES CURRICULARES, Educação Básica, LEM, Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Superintendência da Educação. Instrução
Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Orientações Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna – Ensino Médio. Fevereiro/2006
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Livro Didático Público – Língua Estrangeira
Moderna – Ensino Médio.
PAZ, Rodriguez Luz. La Expresión en la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha.
23-6. Set.1998.
372
ANEXO VI
42. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DAS
ATIVIDADES PERIÓDICAS E
PERMANENTES EM CONTRA TURNO
373
42.1 - PERIÓDICA
PREPARATÓRIO PARA VESTIBULAR
Macrocampo: Experimentação e iniciação científica
Turno: Noite
Conteúdos:
Serão abordados no programa os conteúdos estruturantes, básicos e específicos de
todas as disciplinas da matriz curricular do Ensino Médio, cobrados em concursos
vestibulares e demais concursos, bem como aqueles que compõem substancialmente as
propostas do ENEM e de outras avaliações oficiais. Esses conteúdos serão explicitados no
decorrer do programa.
Objetivos:
Minimizar a desigualdade educacional no preparo de alunos da Rede Pública de
Ensino quanto à sua participação em concursos vestibulares e no Exame Nacional do Ensino
Médio. Potencializar os conhecimentos dos alunos para que tenham as condições necessárias
e adequadas para realizar os exames do ENEM e o vestibular. Complementar o currículo do
Ensino Médio, explorando e reforçando conteúdos de todas as áreas do conhecimento,
inclusive com a criação de grupos de estudos para a troca de experiências e maior interação
dos educandos, sempre com a mediação do professor. Viabilizar o acesso, permanência e
participação dos educandos da Rede Pública Estadual em atividades pedagógicas de seu
interesse, ofertadas pelo estabelecimento de ensino onde estão vinculados.
Encaminhamento Metodológico:
O Projeto Político Pedagógico da Escola incentiva diversas formas de políticas
educacionais voltadas para a "formação integral do educando". Nesse intuito, a Escola tem
tentado direcionar esforços no sentido de estimular a complementação dos estudos, em
horários extra-classe, oferecendo atividades de pesquisa, palestras, aulas diferenciadas e
programas que priorizem o conhecimento como um meio de envolver os participantes para
374
incentivá-los a dar continuidade a seus estudos e possam ingressar numa instituição de ensino
superior. As Diretrizes Curriculares para a Educação Pública do Estado do Paraná traça
estratégias que buscam garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede
pública, e esta atividade é uma forma de se efetivar o compromisso com a qualidade do ensino
ofertado a eles, caracterizando-se como mais um esforço para que estes tenham condições
plenas de enfrentar os desafios do mundo fora da escola.
No processo ensino-aprendizagem, é importante partir do conhecimento prévio
dos educandos, ou as concepções espontâneas, para que, desse modo, possa ser elaborado o
conhecimento científico. Considerando o exposto, pretende-se trabalhar com aulas
expositivas, experimentação, debates, valorização da pesquisa como instrumento de interação
e e ensino dos educandos, resolução de exercícios, aplicação de simulados, questões de
vestibulares, provas do ENEM, trabalho com diversos gêneros textuais de circulação na
mídia. Uso de Internet, TV Pendrive, utilizando-se também do material produzido pelo
Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação, como o Programa
Eureka (Apostilas e DVDs), TV Escola, TV Paulo Freire, entre outros. Produção de material
de apoio das diversas disciplinas.
Avaliação:
A avaliação será processual, pois será realizada durante todos os momentos da
prática pedagógica.
Servirá de parâmetro para o direcionamento da organização do trabalho docente,
bem como o direcionamento da atividade por parte do Colégio.
Resultados Esperados:
Alunos:
Participação efetiva e responsável nas avaliações oficiais: ENEM, Olimpíadas de
Matemática e de Português e outras. Participação efetiva e comprometida dos professores
envolvidos. Ingresso nas Universidades (PROUNI). Aprovação em concursos vestibulares.
Melhora no rendimento escolar. Desenvolvimento intelectual e cultural. Obtenção de bons
resultados no ENEM e em concursos diversos.
Escola:
375
Aumento da qualidade de ensino, e melhora nos serviços prestados a comunidade.
Comunidade:
Oferta do curso preparatório para vestibular, aumento de aprovação em
vestibulares e concursos.
Referencias Bibliográficas:
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná para o Ensino Médio- 2009
376
42.2 - ATIVIDADES PERMANENTES
42.2.1 - Núcleo: Apucarana
Município: Jandaia do Sul
Colégio Estadual Rui Barbosa
Proposta Pedagógica de Atividade Complementar em Contraturno
Atividade: Português
Macrocampo: Aprofundamento da Aprendizagem
Turno de ensino: Tarde
Conteúdo:
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos: Identificação do tema; Intertextualidade; Léxico; Coesão e Coerência;
Funções das Classes Gramaticais no Texto; Elementos Semânticos; Recursos Estilísticos;
Marcas Linguísticas; Variedade Linguísticas; Acentuação Gráfica; e Ortografia.
Objetivos:
Desenvolver práticas discursivas: oralidade, leitura e escrita, permeadas pela análise
linguística.
Encaminhamento Metodológico:
Será utilizado o laboratório de informática, biblioteca, materiais impressos
(revistas, jornais, livros, panfletos, cartões), e também jogos pedagógicos. Atividades:
Cantinho da Leitura; Literatura de Cordel; Apresentações Teatrais (construção prévia de
textos; leitura e interpretação prévia); Teatro de Fantoches; Poesias (Escrita e Declamação);
377
Produção de cartões e cartazes para exposição em mural; cartas; e- mail; jogos: vamos formar
palavras, jogo dominó associação de ideias, sequência lógica trânsito, e alfabeto silábico.
Avaliação:
A avaliação é parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o
objetivo não é verificado por meio de uma medição quantitativa de informações retidas pelo
aluno ao longo de um determinado período. Ela é instrumento de diagnóstico do processo de
ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os
componentes desse processo.
O conhecimento é construção humana e social, não é construído de um dia
para o outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo
constrói progressivamente o conhecimento, daí a necessidade de se considerar , na avaliação,
não somente o
seu
resultado isoladamente, mas principalmente o processo. Só a
consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações
significativas.
Deste modo o aluno será avaliado através de debates, trabalhos em classe e extraclasse,
participação ativa nas atividades propostas e, principalmente , o desenvolvimento do mesmo
servirá como um diagnóstico para programação das atividades a serem desenvolvidas, com
vistas a apropriação do conhecimento.
Resultados Esperados:
Para o Aluno: Desenvolver a leitura, escrita e oralidade.
Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada;
participação em olimpíadas, e concursos de língua portuguesa.
Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.
Referências Bibliográficas:
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em Língua Portuguesa- 2009
Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.
378
42.2.2 - Proposta Pedagógica de Atividade Complementar em Contra turno
Atividade: Matemática
Macrocampo: Aprofundamento da Aprendizagem
Turno de ensino: Tarde
Conteúdo:
Conteúdo Estruturante:Números e Álgebra; Grandezas e Medidas; e Geometrias.
Conteúdos Básicos: conjuntos numéricos e operações; equações e inadequações; polinômios;
proporcionalidade; sistema monetário; medidas de comprimento; medidas de massa; medidas
de tempo; medidas derivadas: áreas e volumes; medidas de ângulos; medidas de temperatura;
medidas de velocidade; trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações
trigonométricas; geometria: plana, espacial, analítica; noções básicas de geometrias nãoeuclidianas.
Objetivos:
Reconhecer e explorar os números naturais em diferentes contextos;
Retomar e ampliar os conhecimentos sobre as operações fundamentais com números
naturais,seus significados e aplicações na resolução de problemas;
Identificar o conceito de múltiplo e de divisor de um número natural e sua relevância na
Matemática e em problemas do cotidiano;
Reconhecer e interpretar números racionais na forma fracionária em diferentes
contextos,aplicando os conhecimentos sobre frações para representar e resolver situaçõesproblema;
Estender as regras do sistema de numeração decimal para representar números racionais na
forma decimal,compreendendo esses registros;
379
Reconhecer a forma decimal dos números em diferentes contextos,aplicando -os na
representação e na resolução de situações – problema.
Encaminhamento Metodológico:
O ensino da Matemática deve se voltar para o desenvolvimento dos processos
cognitivos superiores, promovendo assim a aquisição de conhecimentos matemáticos
importantes para aprendizagem e desenvolvimento global do aluno. Será utilizadas as
seguintes tendências metodológicas: resolução de problemas; etnomatemática, modelagem
matemática, e modelagem matemática.
Para se alcançar a aprendizagem em matemática é necessário que seja utilizados
recursos diversificados, sendo eles: Atividade extra – classe; Pesquisa em panfletos e revistas
de preços de produtos; Aulas no laboratório de informática; Atividades práticas; Material
concreto: ábaco material dourado, embalagens diversas, palitos de sorvete, tampinha de
garrafa,panfletos; e Jogos
Matemáticos.
Avaliação:
A avaliação é parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o objetivo
não é verificado através de uma medição quantitativa de informações retidas pelo aluno ao
longo de um determinado período. Ela é instrumento de diagnóstico do processo de ensino –
aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes
desse processo.
O conhecimento é construção humana e social, não é construído de um dia para o
outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo constrói
progressivamente o conhecimento, daí a necessidade de se considerar , na avaliação, não
somente o seu resultado isoladamente, mas principalmente o processo. Só a consideração
conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.
Deste modo o aluno será avaliado através de debates, trabalhos em classe e extraclasse,
participação ativa nas atividades propostas e, principalmente , o desenvolvimento do mesmo
servirá como um diagnóstico para programação das atividades a serem desenvolvidas, com
vistas a apropriação do conhecimento.
380
Resultados Esperados:
Para o Aluno: Aprendizagem dos conceitos e conhecimentos matemáticos;
desenvolvimento do raciocínio lógico e melhora no desempenho acadêmico geral.
Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada
Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.
Referências Bibliográficas:
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em de Matemática- 2009
Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.
381
42.2.3 - Proposta Pedagógica de Atividade Complementar em Contra turno
Atividade: Clube de Ciências
Macrocampo: Experimentação e Iniciação Científica
Turno de ensino: Tarde
Conteúdo:
Conteúdos estruturantes: Matéria; Energia; Astronomia; Sistemas Biológicos e
Biodiversidade.
Conteúdos Básicos: Universo; Sistema Solar; Movimentos Celestes e Terrestres; Astros;
Origem e Evolução do Universo; Gravitação Universal; Constituição da Matéria;
Propriedades da Matéria; Níveis de Organização; Célula; Morfologia e Fisiologia dos Seres
Vivos; Mecanismos de Herança Genética; Formas de Energia; Conservação de Energia;
Conversão de Energia; Transmissão de Energia; Organização dos Seres Vivos; Sistemática;
Ecossistemas; Interações Ecológicas; Origem da Vida; Evolução dos Seres Vivos.
Objetivos:
Incentivar os estudos e pesquisas científica; desenvolver práticas em laboratório e
experimentação; possibilitar o entendimento sobre as coisas perceptíveis como também sobre
sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
Encaminhamento Metodológico:
Os estudos realizados no clube de ciências privilegiará atividades experimentais,
abordagem problematizadora, a relação contextual, pesquisa, observação e atividades em
grupo. Os conteúdos serão entendidos em sua complexidade de relações conceituais , não
dissociados do conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem
integradora.
382
Serão utilizados recursos instrucionais, materiais lúdicos, recursos áudio – visuais
(computador, tv pen- drive), e equipamentos de laboratório científico.
Avaliação:
A avaliação será processual, pois será realizada durante todos os momentos da
prática pedagógica. Servirá de parâmetro para o direcionamento da organização do trabalho
docente, bem como o direcionamento da atividade por parte do Colégio.
Será utilizado como instrumentos avaliativos: pesquisa e atividades experimentais
de laboratório, por meio dos relatórios apresentados.
Resultados Esperados:
Para o Aluno: Aprendizagem dos conceitos e conhecimentos científicos; melhora no
desempenho acadêmico; divulgação e valorização de estudos científicos.
Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada,
participação em feiras e mostras científicas.
Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.
Referências Bibliográficas:
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná de Ciências- 2009
Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.
383
42.2.4 - Proposta Pedagógica de Atividade Complementar em Contra turno
Atividade: Informática
Macrocampo: Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias
Turno de ensino: Tarde
Conteúdo: Digitação; Formatação de textos; Confecção de tabelas; Formatação de tabelas;
Montagem de slides, Montagem de imagens; Edição de fotos; Internet; E- mail; Segurança na
Internet.
Objetivos:
Proporcionar aos alunos a aquisição do conhecimento sobre os meios da
informática, para que os mesmos possam utilizar o laboratório de informática deste
estabelecimento de ensino para realização de estudos, bem como preparar os alunos para uma
sociedade informatizada.
Encaminhamento Metodológico:
O trabalho será iniciado pela digitação, seguido da formatação de textos, utilizando
textos selecionados pelos alunos, considerando seu dia a dia, exemplo: relatos dos alunos,
reportagens de jornais, revistas e poemas. A confecção e formatação de tabelas trará dados
relevantes para os alunos, com situações vivenciadas pelos mesmos (informações da vida
escolar, do Município e Estado em que moram, e outros). A montagem de slides, edição de
fotos e imagens será feita com imagens educativas e significativas para os alunos. No
conteúdo Internet será abordado questões como segurança na internet, e ética nas relações
interpessoais.
Avaliação:
384
A avaliação será contínua, mediante o acompanhamento e verificação do desempenho
e aprendizagem dos conhecimentos relativos a área de informática. A recuperação será
paralela, ou seja, o conteúdo que o aluno não aprender será imediatamente retomado, com
uso de estratégias de trabalho diferentes da usada no primeiro momento.
Será utilizado variados instrumentos avaliativos, como digitação e formatação de
textos; construção de tabelas; edição de imagens; montagem de slides, e troca de e- mails.
Resultados Esperados:
Para o Aluno: Apropriação das novas tecnologias de informação e comunicação.
Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada.
Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.
Referências Bibliográficas:
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em Língua Portuguesa- 2009, Curitiba. SEED-PR
Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.
385
42.2.5 - Pedagógica de Atividade Complementar em Contraturno
Atividade: Práticas Esportivas
Macrocampo: Esporte e Lazer
Turno de ensino: Tarde
Conteúdo:
Conteúdo estruturantes: Esportes; Jogos e brincadeiras.
Conteúdos Básicos:
Esporte Individual- tênis de mesa: regras do jogo, equipamentos: mesa, rede e seus
acessórios, bola, raquete; e jogos de tabuleiro: dama, trilha e xadrez.
Esporte Coletivo- Futsal: domínio da bola, condução da bola, passe, finalização,
goleiro, fixo, alas, pivô, sistemas táticos do jogo, regras e penalidades do futsal ; Voleibol:
saque, toques de bola, cortada, bloqueio, sistema tático básico, sistema tático ofensivo, regras
e penalidades do voleibol; Handebol: recepção, passe, tipos de passe, progressões com a bola,
arremesso, tática individual, sistema tático defensivo, sistema de defesa, sistema tático
ofensivo, regras e penalidades do handebol.
Objetivos:
Propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade social, histórica e política,
possibilitando o entendimento crítico das manifestações esportivas, as quais devem ser
tratadas de forma ampla, isto é,desde sua condição técnica, tática,seus elementos básicos, até
o sentido da competição esportiva, a expressão social e histórica e seu significado cultural
como fenômeno de massa.
Encaminhamento Metodológico:
386
Inicialmente será levado em conta o que o aluno traz como referência do conteúdo
proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza- se como
preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar.
Após o mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor
passará a problematizar o tema, levantando questões que propiciem ao aluno uma reflexão
sobre regras e competitividade. Posteriormente o professor apresentará aos alunos o conteúdo
sistematizado , para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo,
desenvolvendo assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática.
As atividades serão realizadas em sala de jogos, e quadra esportiva.
Avaliação:
A avaliação será contínua, permanente e cumulativa, pois será realizada durante todos
os momentos da prática pedagógica.
Servirá de parâmetro para o direcionamento da
organização do trabalho docente, bem como o direcionamento da atividade por parte do
Colégio.
O principal instrumento avaliativo será o comprometimento e envolvimento dos
alunos, durante a realização das atividades propostas pelo professor, considerando se houve
assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno
consegue resolver de maneira criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do
outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; e o
envolvimento do aluno nas atividades práticas e relatórios.
Resultados Esperados:
Para o Aluno: Aprendizagem dos conceitos e conhecimentos esportivos; melhora no
desempenho físico; e valorização do trabalho em grupo.
Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada.
Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.
Referências Bibliográficas:
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em Educação Física- 2008
387
Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.
ANEXO VIII
AÇÕES PEDAGÓGICAS A SEREM
REALIZADAS NO COLÉGIO EM
2013
388
43. PROJETOS E AÇÕES PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDOS PELO COLÉGIO
43.I – IDENTIFICAÇÃO: SALA DE APOIO
DISCIPLINA: LINGUA PORTUGUESA / SALA DE APOIO
CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE: FRANCISMARA APARECIDA FARIAS
MARINETI GOULART MARCHEZINI.
MESES: FEVERIRO, MARÇO, ABRIL, MAIO, JUNHO, JULHO, AGOSTO, SETEMBRO,
OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO.
PERÍODO: FEVEREIRO A DEZEMBRO
COORDENADOR: MARIA APARECIDA LIMA DOS SANTOS
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa
disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino
da Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino,
seja pela discussão dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na
construção da proposta.
A nossa proposta tem como base a concepção sociointeracionista de linguagem. Em
outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de
comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e
com os outros.
Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a
linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente
perante os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que
389
geram a linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem
garante sua própria existência e significação.
Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos
histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim, apropriar-se de
uma língua significa também apreender seus significados culturais.
É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da
cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente e o
sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz,
na atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da
predominância do trabalho linguístico, sustentamos a importância de valorizar a pluralidade
de linguagens, já que essas também veiculam valores, ideologias, estereótipos e diferentes
visões de mundo.
A
concepção
sociointeracionista
da
linguagem
contrapõe-se
às
visões
conservadoras da língua, que a tem como um objeto autônomo, sem história e sem
interferência de elementos sociais. Tal concepção reconhece um sujeito que é ativo em
sua produção linguística, que realiza um trabalho que é resultado da exploração,
consciente ou não, dos recursos formais e expressivos que a língua coloca à disposição do
falante. Além disso, também considera a presença do outro, ou seja, percebe que a
linguagem não é um ato individual, o outro se inscreve tanto no ato de
recepção/decodificação da mensagem, como no ato de sua emissão/codificação, pois no
momento em que a mensagem está sendo construída pelo emissor, o outro é condição
necessária para a existência do texto. À medida que o produtor imagina leituras nãodesejadas pelos eventuais leitores, mais clareza e pistas tende a deixar em sua produção.
O professor adepto da concepção sociointeracionista não concebe a língua como
um sistema fechado, portanto, não tenta fazer com que seus alunos se apropriem dela, seu
trabalho é possibilitar aos alunos o contato com diversos textos/contextos em que a
linguagem se faz necessária, para que o aluno aprenda a adequá-la às diversas situações
que encontra em seu dia-a-dia, situações formais e informais, orais e escritas. Para as
produções, há um levantamento de ideias relacionadas ao assunto proposto, com
discussões que possibilitem argumentações a favor ou contra as ideias enfocadas. Em
decorrência desse trabalho, aparece nos textos a heterogeneidade de vozes, que não
reproduzem simplesmente a palavra dita pela escola ou as palavras alheias, mas a palavra
do próprio aluno.
390
Desse modo, o professor se coloca como um interlocutor, encarando o aluno como
sujeito de seu discurso. Com esse procedimento, o professor questiona, sugere, provoca
reações, exige explicações sobre as informações ausentes no texto, contrapõe à palavra do
aluno uma contra-palavra, refutando, polemizando, concordando e negociando sentidos
mediante as pistas deixadas no texto. Tudo isso para que o texto alcance o efeito de
sentido proposto pelo autor. O texto não é visto como um produto, mas como um
processo, como um trabalho que deve ser explorado, valorizado e vinculado aos usos
sociais.
III - OBJETIVO GERAL
* Desenvolver práticas discursivas: oralidade, leitura e escrita, bem como análise linguística.
* Mostrar a importância do domínio da língua padrão para o acesso a todo tipo de saber,
conhecimento e informação.
* Sensibilizar o educando sobre a importância do ato de ler.
* Melhorar as condições de expressão oral e escrita.
* Possibilitar a interpretação de textos com a identificação das ideias básicas, de suas
especialidades, com reconhecimento das intenções e objetivos.
* Criar condições para a montagem de textos com coerência, fluência de ideias e logicidade.
Fornecer subsídios para uma correta ortografia, pontuação e emprego de noções gramaticais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
* Proporcionar condições para que as dificuldades de aprendizagem sejam superadas.
IV-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
* O discurso como prática social.
* Oralidade, leitura e escrita.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
391
* As diferenças básicas entre a oralidade e a escrita;
* Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, ritmo (leitura com relativa fluência);
* Noções básicas de argumentação, atendendo aos objetivos do texto e aos do interlocutor;
* Linguagens culta e coloquial, adequação vocabular, considerando o contexto de uso e as
variantes lingüísticas.
V - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino de Língua Portuguesa e de Literatura segue os princípios de interação,
baseando-se nas Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se trabalhar
atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseada nas teorias de Bakhtin.
Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus conteúdos
estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e
significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é um laboratório onde muitas
coisas podem acontecer.
A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise linguística
sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos de diferentes gêneros
textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de maneira a despertar o interesse,
utilizando assim estratégias com o propósito de atingir uma meta determinada visando à
interdisciplinaridade e à contextualização.
O ensino de língua portuguesa deverá promover o amadurecimento do domínio
discursivo da oralidade, leitura, escrita e análise linguística, para que os estudantes
compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista,
desenvolvendo a emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de
linguagem imprescindíveis ao convívio social. Para isso será utilizado o laboratório de
informática, biblioteca, materiais impressos (revistas, jornais, livros, panfletos, cartões), e
também jogos pedagógicos.
VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
392
A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar
ancorada em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do
rendimento dos alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua,
porque deve ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem,
como finalidade, detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática
educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece,
em suma, buscamos acima de tudo a superação da(s) dificuldade(s) do educando.
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 2. ed. São Paulo: Edições
Loyola, 1999.
BAKHTI N, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. Trad. Yara
Frateschi Vieira. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 2002.
_____ Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec (original russo de 1929),
1986.
_____ Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 3.ed. São Paulo: Hucitec,
1993.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do
discurso. In Diálogos com Bakhtin. Editora da UFPR: Curitiba, 1998.
BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral. Campinas: Pontes, 1991.
COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – Projeto Político Pedagógico – Versão 2009.
CRUZ, R. L. Trindade da e HELLOU, Giórgia. Coleção Mosaico do Conhecimento –
Língua Portuguesa. 1ª. ed. São Paulo. IBEP, 2006.
ILARI, Rodolfo. A linguística e o ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 8 ed. São Paulo: contexto, 1996. (Col.
Repensando a língua portuguesa).
_____ e TRAVAGLIA, Luiz Caos. Texto e coerência. 5 ed. São Paulo: Cortez, 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Língua
Portuguesa – 2008
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação - Caderno
Temático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 2005
393
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Caderno Temático – Gênero e Diversidade
Sexual na Escola. 2009.
IDENTIFICAÇÃO: SALA DE APOIO - MATEMÁTICA
I - IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: MATEMÁTICA / SALA DE APOIO
CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL
DOCENTE: ELISABETE PELISSARI B. PONTARA.
SIDNÉIA APARECIDA B. PONTARA.
MESES:
FEVEREIRO,
MARÇO,
ABRIL,
MAIO,
JUNHO,
JULHO,
AGOSTO,
SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO.
PERÍODO: FEVEREIRO A DEZEMBRO.
COORDENADOR: MARIA APARECIDA LIMA DOS SANTOS
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No momento atual, valoriza-se uma nova visão de Matemática e de Educação
Matemática, a qual conduz ao entendimento de que o conhecimento matemático não está
restrito à esfera acadêmica, mas também às práticas cotidianas dos diversos grupos culturais,
conforme os preceitos da Etnomatemática. Trata-se de uma visão considerada muito mais
ampla, pois a valorização de aspectos sociais e culturais no ensino de Matemática resulta em
mudanças de concepções de ciência, de ensino, de aprendizagem, de currículo, de práticas
pedagógicas e valores, logo, a Matemática tratada na escola não pode estar alheia a esta
abordagem,isto é deve conceber essa ciência como atividade própria do ser humano e fruto
espontâneo das relações sociais e políticas do meio, no qual o indivíduo está inserido.
III - OBJETIVO GERAL
■
Reconhecer e explorar os números naturais em diferentes contextos.
■
Retomar e ampliar os conhecimentos sobre as operações fundamentais com
números naturais, seus significados e aplicações na resolução de problemas.
■
394
Identificar o conceito de múltiplo e de divisor de um número natural e sua
relevância na Matemática e em problemas do cotidiano.
■
Reconhecer e interpretar números racionais na forma fracionária em diferentes
contextos, aplicando os conhecimentos sobre frações para representar e
resolver situações-problema.
■
Estender as regras do sistema de numeração decimal para representar números
racionais na forma decimal, compreendendo esses registros.
■
Reconhecer a forma decimal dos números em diferentes contextos, aplicandoos na representação e na resolução de situações – problema.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Efetuar adição, subtração, multiplicação e divisão envolvendo números
naturais, reconhecendo elementos e aplicando as ideias associadas a
cada operação.

Reconhecer e utilizar propriedades das operações.

Relaciona adição e subtração, multiplicação e divisão como operações
inversas.

Estabelecer e registrar estratégias para resolver problemas por meio das
operações com números naturais.

Desenvolver o cálculo mental.

Ler e calcular potências.

Determinar raízes quadradas de número natural

Resolver expressões envolvendo as operações com números inteiros.

Reconhecer e escrever os múltiplos e divisores de um número natural.

Determinar o M.M.C de dois ou mais números naturais.

Representar partes especiais de um todo e certos resultados de medida
por meio de frações.

Ler e escrever frações, identificando e dando significado ao numerador
e ao denominador.

Conhecer o contexto histórico ligado à criação das frações.

Calcular uma fração de uma quantidade.

Operar com frações.
395

Resolver problemas envolvendo frações e suas operações.

Escrever frações decimais na forma de número decimal e vice-versa.

Ler números decimais.

Operar com números decimais e estimar resultados.

Resolver problemas envolvendo números decimais.
IV-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
 Números naturais.
 Múltiplos e divisores.
 Frações.
 Números decimais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
-
Compreensão da tabuada

Adição e subtração de números naturais

Problemas envolvendo adição e subtração de números naturais

Multiplicação de números naturais.

Problemas envolvendo a multiplicação de números naturais

Divisão de números naturais.

Potenciação e radiciação de números naturais

Problemas envolvendo a divisão de números naturais.

Revisando as operações envolvendo números naturais.

Inteiro e partes do inteiro.

Frações de uma quantidade.

Números mistos e frações impróprias.

Frações equivalentes.

Comparação de frações.

Operações com frações.

Potenciação e raiz quadrada de frações.

A notação decimal.

Adição e subtração de números decimais.
396

Multiplicando e dividindo por 10,100,1000.

Multiplicação e divisão de números decimais.
V - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino da Matemática deve se voltar para o desenvolvimento de competências
habilidades, promovendo assim a aquisição de conhecimento .Para se alcançar é necessário
que seja utilizados todos os recursos disponíveis .Criando assim momentos de interação entre
educador e educando. Diante disso, propõem – se várias possibilidades de trabalho.
−
Aula expositiva
−
Atividade extra-classe
−
Pesquisa em panfletos e revistas de preços de produtos
−
Aulas no laboratório de informática
−
Atividades práticas
−
Material concreto: ábaco material dourado, embalagens diversas, palitos de
sorvete, tampinha de garrafa, panfletos.
−
Jogos
VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o
objetivo não é verificado através de uma medição a quantidade de informações retidas pelo
aluno ao longo de um determinado período. Ela deve servir como instrumento de diagnóstico
do processo de ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de
todos os componentes desse processo.
O conhecimento é construção humana e social e o nosso não é construído de um dia
para o outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo
trabalha e reelabora as informações recebidas, daí a necessidade de se considerar, na
avaliação, não somente o produto, mas principalmente o processo. Só a consideração conjunta
do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.
397
Deste modo o aluno será avaliado através de debates, trabalhos em classe e
extraclasse, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente, o desenvolvimento
do mesmo servirá como um diagnóstico do processo
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
CARACOL - ENSINO FUNDAMENTAL – Matemática 4 série – Maria Tereza , Maria do
Carmo , Maria Elisabete , Armando coelho. Editora Scipione. 2009
PRATICANDO MATEMÁTICA 5 SÉRIE – Andrini Álvaro, Vasconcellos Maria José
.Editora do Brasil.2006.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS _ SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.
Departamento de Ensino Fundamental. 2005.
MATEMÁTICA. ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR – SAEB/Prova Brasil.2009.
ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS – Orientações Pedagógicas para os Anos
Iniciais _ Secretária de Estado da Educação do Paraná. 2010.
398
43.3 IDENTIFICAÇÃO: - ESPANHOL APRIMORAMENTO
I – IDENTIFICAÇÃO
DOCENTE RESPONSÁVEL: SILVANA DELLI COLLI MORALES
COORDENADORA: LILIAN MARIA RUIZ BORIM
II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de língua estrangeira moderna no Brasil, desde a sua colonização com a
chegada da família real em 1808, sofreu muitas mudanças devido à organização social,
política e econômica. No inicio era privilegiado o ensino do latim e grego, pois primavam
pelo pensamento e pela literatura. Mas com o passar do tempo e com as transições ocorridas
na educação brasileira, outras línguas tiveram seu espaço como: inglês, francês, italiano,
alemão, espanhol.
Tais idiomas tiveram espaço com a criação do Centro de Línguas Estrangeiras pelo
Colégio Estadual do Paraná em 1982, em que foi quebrada uma hegemonia que só ensinava a
língua inglesa nas escolas públicas do Paraná, dando a opção dos alunos estudarem outro
idioma no contra turno. A partir deste Centro e da diversidade de línguas estrangeiras
ofertadas pelos vestibulares, veio o reconhecimento da importância de se ensinar várias
línguas nas escolas públicas. Sendo assim, o CELEM foi criado em agosto de 1986 “como
forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a historia paranaense”
(DCE, p.46, 2009), porque o ensino de línguas deve ir além, deve-se o lugar propicio para
aprender novas culturas.
A LDB n. 9.394 determinou que fosse ofertado pelo menos uma língua estrangeira
moderna nas escolas públicas de todo país e outra que fosse optativa pela comunidade escolar.
399
Já a lei 11.161 de 5 de agosto de 2005 tornou obrigatório a oferta do ensino de Língua
Espanhola no Ensino Médio em todas as escolas brasileiras com matrícula facultativa para o
aluno. Esta lei veio ao encontro dos interesses socioeconômicos e políticos do Brasil e os
países que fazem parte do Mercosul.
A nossa proposta pedagógica para o CELEM - Curso de Aprimoramento em Língua
Espanhola - tem como embasamento a concepção sócio-interacionista de linguagem, pois
aprender uma língua na escola é muito mais que aprender regras ou memorizar
nomenclaturas. Neste sentido, o Aprimoramento vem para enriquecer o que já foi estudado no
curso básico com mais ênfase na oralidade.
A língua espanhola, sendo a segunda língua de comunicação no mundo, tem grande
importância nas escolas brasileiras. Essa importância, não é só de saber outro idioma, mas
também, de contribuir para o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em
especial a espanhola, ajudará o aluno a entender o funcionamento de sua própria língua
materna, através de comparações entre os dois idiomas.
Além da compreensão do português, a língua estrangeira proporcionará aos alunos o
conhecimento de outras culturas, e isso, irá enriquecê-los não somente como alunos, mas
também como seres humanos, dando-lhes a oportunidade de responderem as exigências do
novo mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional.
Sabemos que linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a
linguagem que possibilita ao homem perceber o mundo e posicionar-se criticamente perante
os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que suscitam a
linguagem, suas renovações e alterações. Sendo assim, é no espaço social que a linguagem
garante sua própria existência e significação.
A aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a possibilidade de
aumentar a auto-percepção do aluno como ser humano e também como cidadão. Aprender
uma nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá
desenvolver uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sóciopolíticos da aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, através da aprendizagem de
outra língua os alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as
Diretrizes Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de
identidades.
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um
direito de todo cidadão, sendo assim, é de suma importância que os alunos tenham a
400
oportunidade de aprimorar seus conhecimentos em língua espanhola uma nova língua. Uma
vez que se sabe que um adolescente que tem contato com outro idioma certamente terá mais
facilidade para se adequar ao “mundo moderno”, isto é, conhecer outro idioma é ter um
passaporte para o ingresso na sociedade da informação e do conhecimento. É o ensino
centrado na cidadania e na inclusão social.
Então, concebemos língua como um sistema de signos histórico-social que permite ao
homem a (re) construção da realidade. Assim, apropriar-se de uma língua significa também
entender seus significados culturais.
É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da
cultura, como valores, normas e atitudes.
Atualmente, além do interesse particular que o espanhol pode despertar, vivemos uma
época de relações político-comercial que nos convida a este encontro. Entender e comunicarse sem idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial, posto que, saber a língua
do outro é ir muito além, é se reiterar-se de uma nova cultura e até mesmo da nossa.
Além disso, deve-se considerar também o papel da língua espanhola, cuja importância
cresce em função da ampliação das trocas econômicas entre os países que integram o
Mercado das Nações do Cone Sul (Mercosul).
Podemos notar que a língua espanhola não está presente na sala de aula somente como
objeto de ensino, mas também, como um idioma que está aproximando países da América
Latina, tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser
significativas para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive.
O curso em questão tem por finalidade, por meio da oralidade e da escrita, possibilitar que o
aluno possa fazer uso da língua estrangeira em seu real uso como em viagens, trabalho e
traduções para empresas. Por isso, a necessidade de se aprimorar constantemente, buscando
novos caminhos para aprender e usar o idioma espanhol de forma expressiva e eficaz. Sendo
assim, o objeto de estudo desta língua para o Aprimoramento deve contemplar as relações
com a cultura, o sujeito e a identidade de cada aluno em contato com mundo linguisticamente
constituído. Espera-se que o aluno use a língua em situações reais de uso em comunicação
oral e escrita e que vivencie na aula de língua estrangeira formas de participação que possam
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas e, acima de tudo, reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural em situações de comunicação.
401
III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Sabe-se que toda língua está em constante transformação devido à história e
principalmente a cultura que a envolve. Sendo um mecanismo de transformação a língua é
dinâmica, dialógica, heterogênea, plural e opaca.
Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre
interlocutores e diálogos entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser
humano precisa de outro para comunicar-se, portanto a vida é dialógica por natureza. Sendo
assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de pelo menos dois
interlocutores, e para haver diálogo entre discurso é necessário que haja relações com outros
discursos, (entendidas como textos). Para Bakhtin, o sujeito surge de seu conhecimento e é
fundamental no discurso que produz então esse sujeito não está acabado, pois busca novas
perspectivas. Dessa maneira, o dialogismo age dentro de uma sociedade e em qualquer
produção cultural, porque não há produção cultural fora da linguagem.
Por isso, através de uma visão crítica e social esse aluno deverá tomar conhecimento
da importância da Língua Estrangeira Moderna no seu cotidiano, porque todo discurso está
vinculado à história e ao mundo social de que somos parte integrante.
Para uma aprendizagem significativa é importante que o aluno saiba usar seus
conhecimentos adquiridos por meio de atos de compreensão, produção oral e escrita,
possibilitando assim a expansão de suas capacidades críticas.
Os objetivos que permeiam as diretrizes curriculares são flexíveis devido às
particularidades regionais, mas específicos em um direcionamento comum. Devem primar
pela aprendizagem expressiva, isto é, que os educandos possam realmente fazer uso da língua
em estudo em momentos reais de comunicação. Sendo assim é fundamental que o aluno
adquira condições para compreender e ser compreendido em LEM.
O objetivo do Curso de Aprimoramento é, portanto, de oportunizar e de ampliar a
visão de mundo através das habilidades oral e escrita; conhecer e valorizar as diferentes
culturas e suas manifestações; usar os conhecimentos adquiridos para a interpretação da
realidade; avaliar as diferenças sócio-culturais entre os países Brasil e Espanha e Hispano-
402
América; conscientizar-se da importância de saber outro idioma para seu crescimento
intelectual e fazer da escrita e da leitura um momento de prazer, nos dois diferentes idiomas.
No Aprimoramento o objetivo é que os alunos possam se comunicar de maneira
fluente tanto na escrita como na fala, com auxílio de diferentes mecanismos de comunicação e
estudo como: textos, músicas, filmes, revistas e jornais em língua espanhola. Por meio dessas
atividades os educandos farão debates, seminários, testes com questões de vestibulares,
simulações de conversas impessoais e comerciais utilizando estritamente o idioma espanhol.
IV - CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS
Segundo a DCE (2009) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,
são legitimados socialmente”. (p.61). Por isso, a língua, deve ser entendida como interação
verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder.
Desse modo, o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio
das práticas discursivas que envolvem a oralidade, a leitura de mundo, a prática escrita nas
múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.
Seguem os possíveis conteúdos básicos programados para do Curso de Língua
Estrangeira, tendo como base os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de
circulação e em consonância com as Práticas Discursivas de leitura, oralidade e escrita.
Esfera cotidiana de circulação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
Letra de música
Receita culinária
Álbum de família
Cartão postal
403
Trava línguas
Rótulos
Exposição oral
Adivinhas
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio
Comercial para radio e TV
Folder
Placas
Publicidade Comercial
Slogan
Esfera produção de circulação:
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
Anúncio classificados
Anúncio de emprego
Cartum
Charge
Entrevista
Horóscopo
Reportagem
Sinopse de filme
Tiras
Esfera artística de circulação:
Autobiografia
404
Biografia
Contos
Fábulas
História em quadrinhos
Narrativas
Poemas
Letras de música
Esfera escolar de circulação:
Cartaz
Diálogo
Exposição oral
Mapas
Resumo
Esfera literária de circulação:
Conto
Crônica
Fábula
História em quadrinhos
Poema
Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal
Telenovela
Videoclipe
Desenho animado
Filme
Esfera científica de circulação:
Pesquisa
405
Resumo
Verbetes
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centrada no texto:
·Intertextualidade;
·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
·Partículas conectivas básicas do texto;
·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas,
números, substantivos próprios;
·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no
título, subtítulo, legendas e textos
·Acentuação gráfica;
·Ortografia;
·Concordância verbal e nominal.
Fatores de textualidade centrada no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do texto;
·Elementos composicionais do gênero;
·Propriedades estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
406
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centrada no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do texto;
·Elementos composicionais do gênero;
·Propriedades estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
Fatores de textualidade centrada no texto:
·Intertextualidade;
·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
·Partículas conectivas básicas do texto;
·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas,
números, substantivos próprios;
·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no
título, subtítulo, legendas e textos
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centrada no texto:
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
407
·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,
gírias, expressões, repetições);
·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
V- METODOLOGIA
Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, seria necessário que criássemos
pela primeira vez no processo da fala, ou a comunicação verbal seria quase impossível
(Bakhtin, 1998). Sabedores de que os Gêneros do discurso organizam nossa fala, e de que
aprendemos a moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é
fundamental que se apresente ao aluno diferentes textos textuais, mas sem categorizá-los.
Portanto, o objetivo do aprimoramento será de proporcionar ao aluno a possibilidade
de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
Apresentar ao aluno textos pertencentes aos vários gêneros: publicitários, jornalísticos,
literários, informativos, de opinião, etc., de suma importância para o crescimento educacional
do aluno, sempre aproveitando o conhecimento prévio que o aluno já possui.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de
discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as
relações sociais e as relações de poder.
Os conteúdos específicos para o CELEM serão desdobrados a partir do trabalho com
gêneros textuais (verbais e não-verbais), considerando seus elementos linguístico-discursivos
(fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas
(leitura, escrita, oralidade). Portanto, os gêneros escolhidos para o trabalho pedagógico
definirão os conteúdos básicos e específicos, bem como as praticas discursivas a serem
trabalhadas. Dessa maneira será trabalhada a Lei n°. 10.639/03, que trata das Relações étnicoraciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola. Esta temática será trabalhada
através de ações que propiciem o contato com a cultura africana e afrodescendente, dentro da
Língua Espanhola, culminando em exposições de obras literárias de escritores negros,
documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, procurando destacar a
contribuição da cultura dos povos negros.
Ao se trabalhar os textos propõem-se uma análise linguístico-discursiva dos elementos
não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos, visando à
408
abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos
alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os gêneros textuais, com diferentes graus
de complexidade da estrutura linguística, pois os mesmos estarão presentes no aprendizado e
no desenvolvimento dos alunos como cidadãos inseridos numa sociedade multicultural.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das
escolhas temáticas e textuais, enfatizando a interpretação do conteúdo, pois o uso do texto é
fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da oralidade e da
compreensão auditiva. Além disso, os textos trabalhados serão enriquecidos por músicas,
filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outras atividades que serão
desenvolvidas visando o crescimento do aluno.
Para o desenvolvimento deste diferenciados textos serão observados os diferentes
níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos dos alunos, considerando quaisquer
peculiaridades que venham a ser detectadas.
Será trabalhada a leitura no que diz respeito ao tema dos textos, a finalidade, léxico, os
elementos de composição de gênero, a aceitação do tema, repetição de palavras e outras.
Sendo que, as práticas de leitura devem propiciar um entendimento e contextualização do
tema com os conhecimentos prévios de cada aluno. Na oralidade será trabalhado o tema
proposto e sua finalidade, seus elementos extralinguísticos, coerência e coesão, o papel do
interlocutor/ locutor e outros.
Dentro da oralidade, da escrita e da leitura serão trabalhados conteúdos gramaticais e
semânticos dentro dos textos por meio de análise linguística, para que o aluno possa entender
que cada palavra exerce uma função diferente, dependendo, de como é empregada num texto
e numa situação real de comunicação.
Ensinar Língua Estrangeira implica pensar nas ações pedagógicas, fundamentadas na
construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a
relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes formas do saber. Deve-se
considerar o aluno como agente ativo no processo de aprendizagem.
Visando a nova versão das Diretrizes Curriculares, a metodologia seguirá alguns
aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o número de
alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. Deve-se considerar o aluno como
agente ativo no processo de aprendizagem.
O ensino da Língua Estrangeira, assim como a língua materna, deve ter o texto como
material linguístico articulador da metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o
409
trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão
de mundo, de uma intenção e de um momento de produção, para que o aluno desenvolva um
novo pensar sobre o idioma que está aprendendo. Dessa forma, considera-se a linguagem a
partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o
objetivo de analisar as práticas de linguagem – leitura, análise linguística e produção textual.
Durante a prática da oralidade, será desenvolvido um trabalho gradativo, que permita
ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a necessidade
desse uso e determinados contextos sociais, tendo o entendimento de que poderá usar o
dialeto que lhe é peculiar.
A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e
não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora,
olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam
identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,
subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e
estabelecer relações intertextuais.
Como vimos nas aulas de Língua Estrangeira Moderna deverão ser abordados vários
gêneros textuais, em atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto
exerce. Para que haja uma efetiva aprendizagem deve-se levar em consideração a composição
de cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os
elementos coesivos, a coerência e por último, mas não menos importante, a gramática. O
ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode
abandoná-la.
É importante ressaltar que não adianta disponibilizar textos aos alunos sem uma
intenção, isto é, levar texto por levar para a sala de aula não é o bastante. É imprescindível
que o professor saiba provocar a imaginação de seus alunos, que enfatize a reflexão sobre o
uso de cada um deles e avalie o contexto em que está sendo inserido.
Por esse motivo é importante que sejam privilegiados os gêneros discursivos como
textos jornalísticos, literários, informativos, instrucionais entre outros em sala de aula, por sua
grande importância para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus interlocutores no
processo de aprendizagem.
Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre
interlocutores e diálogo entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser
410
humano precisa de outro para comunicar-se, ainda segundo Bakhtin “a vida é dialógica por
natureza”.
Sendo assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de pelo
menos dois interlocutores, e para haver diálogo entre discursos é necessário que haja relações
com outros discursos, entendidas aqui como textos. Então, os gêneros do discurso constituem
as falas e se organizam historicamente a partir de novas situações de interação verbal.
No Aprimoramento será feito uso dos mais variados textos para uma real
aprendizagem como a elaboração de tarefas diversificadas como: leitura de poemas em jogral,
jogos, músicas, filmes, entre outras, pois quando esse aluno interagir com textos diversos
perceberá que as formas linguísticas não são idênticas e não assumem o mesmo significado,
isto é, são flexíveis e variam de acordo com o contexto e situação em que o discurso,
entendido como fala, é utilizado. Sendo assim, para que haja uma aprendizagem eficaz temos
que fazer uma sondagem e assim levar textos significativos para os alunos para que eles se
sintam parte integrante do processo de ensino-aprendizagem.
Em cada texto escolhido deverá levar em consideração o gênero, ou seja, onde e para
que cada tipo de texto é utilizado, para que ele serve. Por exemplo, uma noticia de jornal é um
texto informativo, uma reportagem, um texto midiático? Enfim, caberá ao professor mostrar a
aplicabilidade de cada texto e em que contexto ele está inserido. Além do gênero deverá
observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa
cultura e de outros países, para quem foi escrito, quem escreveu, com qual objetivo, etc.
Quanto à variedade lingüística e a análise lingüística, devemos tomar o cuidado para
não transformar o texto em pretexto para ensinar gramática que não é o objetivo das mesmas.
Analisar linguisticamente um texto é produzir significados por meio das palavras num
todo e não palavra por palavra ou frase por frase como a gramática “pede”. Ainda como
formas de aprendizagem podem fazer pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o
assunto, discussões para aprimoramento do idioma e valorização da pesquisa feita e produção
textual em que o aluno produzirá seu texto em língua estrangeira com ajuda do professor.
VI - RECURSOS DISPONÍVEIS
411
Para o Aprimoramento em língua espanhola serão utilizados Rádio, DVD, TV Pen
drive, laboratório de informática, Livro Didático Público, textos midiáticos, literários e outros,
sempre que houver a necessidade de uma adequação a aula ministrada.
VII - AVALIAÇÃO
Quanto às avaliações é recomendável considerar as diversas formas, como a
diagnóstica, a somativa, contínua e a dialógica de acordo com a situação específica.
Contínua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica
porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajuste ou mudanças da
prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas principalmente ao
ensino que se oferece.
A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos
pela escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos formatos da avaliação
deve oferecer oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso.
Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades
básicas: apresentar aos alunos seus progressos, avanços, dificuldades e possibilidades no
processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua
prática em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia.
Serão feitas avaliações nos quatro bimestres, com atribuição de notas e posteriormente
de uma média. Sendo as avaliações divididas em audição, leitura, escrita, pesquisas em sala
de aula, trabalhos em grupos ou individuais para progressão dos alunos de acordo com o
estabelecido pelo projeto político pedagógico da escola em acordo com a DCE.
Na escrita será avaliado a clareza em que o educando expressa suas ideias, organiza
textos com coerência e coesão atendendo as situações propostas como gênero, interlocutor e
consiga utilizar adequadamente os recursos linguísticos como pontuação, substantivos,
adjetivos, verbos, pronomes, etc. Na leitura será avaliada a compreensão do texto lido, as
informações implícitas e explicitas no texto, a ideia principal do texto e todas as formas que
são pertinentes ao uso do discurso. Na oralidade será avaliada a entonação, pausas, gestos, a
coerência em que apresentará sua ideia, a utilização da linguagem formal ou informal, os
diálogos, gêneros orais trabalhados entre outros. Será avaliada a maneira como o educando
consegue entender os recursos sonoros de uma música, filme ou um diálogo em sala.
Dessa maneira, as notas serão divididas em quatro avaliações: escrita valor 4,0 (quatro
vírgula zero), audição valor 2,0 (dois vírgula zero), leitura e oralidade valor 2,0 (dois vírgula
412
zero) e trabalhos valor 2,0 (dois vírgula zero), totalizando uma escala de 0 a 10 (zero a dez).
Para a promoção e certificação a média final mínima exigida será de 6,0 (seis vírgula zero).
A recuperação será oferecida de forma contínua a todos os alunos com revisão de
conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor. Para a
progressão e certificação dos alunos será exigida a frequência mínima de 75% (setenta e cinco
por cento).
VIII - BIBLIOGRAFIA
BARROS, Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. In: Bakhtin,
dialogismo e construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMP, 1997.
DIRETRIZES CURRICULARES, Educação Básica, LEM, Curitiba, 2009.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Superintendência da Educação. Instrução
Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Orientações Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna – Ensino Médio. Fevereiro/2006
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Livro Didático Público – Língua Estrangeira
Moderna – Ensino Médio.
PAZ, Rodriguez Luz. La Expresión en la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha.
23-6. Set.1998.
413
43.4. GINCANA DA SOLIDARIEDADE
A Gincana da Solidariedade terá no ano de 2013 a sua 8ª versão, sendo que
inicialmente era denominada de Gincana da Pátria, porque ocorria na Semana da Pátria.
Desenvolve atividades culturais, recreativas, artísticas, educativas, acadêmicas e
solidárias com os educandos dos períodos da manhã e tarde.
O ponto culminante da gincana ocorre com a apresentação de todas as provas,
sendo que a principal atividade é a arrecadação de caixas de leite longa vida, óleo e papel
higiênico; que são doadas ao Hospital do Câncer de Londrina.
Esta ação comunitária e solidária mobiliza diversos segmentos da sociedade que
ao colaborar com a doação de caixa de leite, expressam grande satisfação e ressaltam que esta
é uma atividade nobre e digna de apreço.
.
43.5 DIA DO ENCAPAMENTO
Pioneiros, são pessoas que abraçam uma ideia ainda que em fase inicial e levamna a prática. Para isso, é necessária iniciativa e compromisso.
Esse propósito deu origem ao trabalho que prioriza, sobretudo a conscientização
do aluno e da família quanto a conservação do livro didático, para que se perceba ativo no
mundo que o rodeia.
São vários os caminhos, várias possibilidades, muitos programas novos. Mas o
objetivo é único: lutar contra a desigualdade, promovendo uma educação digna e de qualidade
para todos.
Para a conquista de um ensino melhor e mais igualitário, são imprescindíveis bons
professores, boas escolas e bons livros. O Ministério da Educação está enfrentando esse
desafio de diversas formas: ao investir na valorização e na formação de professores, ao
ampliar o atendimento escolar, ao avaliar e distribuir livros didáticos e de leitura às escolas
públicas.
414
É certo que o livro didático não é, e não poderia ser o único material didático de
apoio do trabalho pedagógico. Na verdade, nenhum material, por melhor que seja, é por si
mesmo, um instrumento suficiente para subsidiar o trabalho pedagógico
O cotidiano em sala de aula, o empenho do professor, estes sim, são inestimáveis
e indispensáveis. Mas o livro didático é um importante aliado para que o professor por meio
de uma boa escolha e uso possa lutar para reduzir os índices de baixo aproveitamento escolar
que ainda hoje ocorre.
Encarar o livro didático como auxiliar do trabalho docente implica especial
atenção ao manual do professor. Assim, este manual não pode ser simplesmente o livro do
aluno com as respostas aos exercícios. Deve explicitar a proposta curricular e metodológica,
como contribuem para que sejam atingidos os objetivos do ensino, além de se preocupar com
o aperfeiçoamento profissional do professor e em particular, diante da inquietação atual sobre
as modalidades de avaliação da aprendizagem.
Para que o livro didático seja um bom auxiliar do professor, procedimentos,
informações e conceitos devem estar corretos do ponto de vista das áreas do conhecimento a
que se vinculam. Além disso, tais procedimentos, informações e conceitos devem ser
apreciados à situação didático-pedagógica a que servem.
Também é importante que o livro contribua para a construção da ética necessária
ao convívio social democrático, o que obriga ao “respeito à liberdade” e ao “apego a
tolerância” (LDB, Título II, art. 3º, IV).
Com isso, entendemos que o livro didático pode construir referência importante
para as pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem, trazendo conteúdos e
apresentando técnicas para o desenvolvimento do aprendizado.
A atividade do “Dia do Encapamento” é um dia destinado à entrega dos Livros
Didáticos aos alunos, acompanhados pelos seus pais, orientando-os e auxiliando-os sobre o
procedimento de como encapá-los, para melhor conservação.
No início do ano letivo, reúne-se direção, equipe pedagógica e administrativa,
professores, pais e alunos para realizar o encapamento dos livros didáticos, nos turnos,
matutino, vespertino e noturno, sendo que, por meio dessa atividade, consegue-se maior
aproximação junto às famílias dos educandos.
Por meio dessa atividade pretende-se proporcionar melhor relacionamento
Professor/Aluno, Família/Escola, bem como, conscientizar pais e alunos sobre a importância
da conservação do livro didáticos.
415
Para a realização da atividade do Dia do Encapamento é necessário, mesas,
cadeiras, plástico, tesoura e durex.
43.6 RAÍZES AFRICANAS E INDÍGENAS:
A ação pedagógica - Raízes Africanas e indígenas ocorrem de modo interdisciplinar e
vem atender os propósitos expressos na indicação CNE/CP 06/2002, bem como regulamentar
a alteração trazida à Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pela Lei 11.645
de 10 de março de 2008, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena na Educação Básica, como vertente de estudos em
Língua Portuguesa - Literatura Brasileira e Literatura Afro-brasileira.
Uma atividade que propõe uma discussão sobre a identidade cultural entre
culturas diferentes, construindo uma reflexão acerca do homem, tanto no que abrange a sua
individualidade, quanto a sua posição no âmbito social e coletivo, além de proporcionar a
pesquisas sobre a cultura afro-brasileira em suas mais variadas manifestações, dentro de uma
perspectiva abrangente, ou seja, de modo a entrelaçar as diversas linhas do conhecimento:
Língua Portuguesa, História, Geografia, Artes, Ciências, Educação Física etc.
Por meio dessa atividade, pretende-se trabalhar a questão da diversidade cultural
entre a África e o Brasil e o povo indígena, na busca de uma identificação com as nossas
raízes culturais, no intuito de resgatar a cidadania e buscar entender os aspectos da cultura
afro-brasileira e indígena em nosso meio.
Objetiva-se, ainda através desse trabalho, desenvolver e divulgar, na escola e na
comunidade, estudos que propiciem o resgate da cultura afro-brasileira e indígena.
Demais objetivos desta atividade:
- Identificar e analisar de forma crítica os elementos geradores das diferenças,
objetivando o combate ao preconceito, ao racismo, fatores de exclusão do
educando;
- Incentivar a pesquisa para a divulgação da cultura afro-brasileira e indígena e da
sua importância na formação histórica, cultural, étnica e econômica.
- Possibilitar a construção de um “nós” entre a cultura africana e a brasileira, a
cultura indígena e a brasileira, de uma história e de uma identidade, possibilitando
416
a releitura e a valorização da cultura afro-brasileira, dos afrodescendentes e dos
indígenas.
- Promover a valorização da análise dos textos literários afro-brasileiros e a
reflexão sobre conceitos e estereótipos acerca do negro e do indígena.
- Promover a formação de opiniões, atitudes e valores que desenvolvem os
cidadãos para a consciência étnico-racial.
- Trabalhar a autoestima no educando, para que o mesmo possa fazer suas
considerações positivas no relacionamento social com os seus semelhantes.
- Trabalhar no educador, a postura, a educação e a construção de uma autoestima
positiva.
O ápice desse trabalho ocorre no dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra,
dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Nessa data ocorre a apresentação de atividades artístico-culturais, como recitação
de poesias, danças, teatros, bem como, expõe-se em murais os cartazes, poesias e gráficos
referentes ao estudo realizado.
Temas de estudos:
Cultura Africana: memória, valores e tradições; A participação dos africanos e de
seus descendentes na formação histórico-cultural do Brasil; A Literatura Afro-brasileira e suas
expressões significativas; O preconceito racial no Brasil; O negro na África; A religiosidade;
Os quilombolas: a força e a resistência cultural dos negros; O cotidiano dos descendentes
afro-brasileiros; A diversidade cultural, o multiculturalismo e o racismo.
Áreas de interdisciplinaridade:
Língua Portuguesa - História - Geografia - Arte - Educação Física - Ciências Matemática.
Obs.: As atividades pedagógicas desenvolvidas pelos docentes das diversas
disciplinas, referentes à cultura indígena ocorrerão durante o ano letivo, sendo que será
intensificada no mês de abril, devido ao Dia do Índio e do Descobrimento do Brasil.
417
43.7. PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
A Psicologia Escolar é uma área da Psicologia que tem acendido inúmeras
cogitações acerca da identidade dos profissionais que nela atuam especialmente a necessidade
de uma redefinição do papel do psicólogo na escola e de reestruturação da formação
acadêmica.
Uma das possibilidades de atuação da psicologia escolar se refere ao trabalho de
Orientação Profissional para alunos. O programa utilizado para intervenção no Colégio
Estadual Rui Barbosa fundamenta-se nos postulados do livro Orientação Profissional sob o
enfoque da Análise do Comportamento, no qual, a autora Cyntia Borges de Moura, o elaborou
a partir de pesquisas realizadas que obtiveram como resultados avanços significativos no
processo de tomada de decisão profissional dos adolescentes participantes.
Embora problemas com decisões profissionais sejam comuns ao longo de toda a
vida do individuo, é na adolescência que essas dificuldades ganham ênfase, pois é o momento
em que o jovem se depara com a necessidade de escolher um curso para preparação
profissional. Dessa maneira, além do enfrentamento das mudanças corporais, psicológicas e
sociais, o adolescente ainda se confronta com o problema da decisão profissional.
Importante se faz destacar a diferença entre orientação profissional e testes
vocacionais, salientando que a orientação é um processo de aprendizagem de fazer escolhas.
O programa, para isso, definiu o problema da escolha profissional como sendo de
aprendizagem de tomada de decisão, e não apenas de escolha de uma profissão.
MOURA (2008) lembra que escolher ou tomar uma decisão são comportamentos
operantes que podem ser ensinados, e também aprendidos. A autora cita a definição de
Skinner (1989), onde aprender a manipular uma decisão significa aprender a manipular
variáveis:
Segundo ele, o comportamento de decidir é, essencialmente, um
processo de criar condições que tornem um dado curso de ação mais
provável do que outro. (...) Assim, “decidir-se” é, para Skinner, antes de
tudo, um processo de manipulação de classes especificas de estímulos
que pode ser efetuado pela própria pessoa que está se decidindo.
(MOURA (2008), p. 33/34).
418
No contexto da orientação profissional, o tomar uma decisão pode ser entendido
como o resultado de um processo de aprendizagem de habilidades de resolução de problemas.
Toda decisão envolve dificuldade por implicar escolhas. Conhecer-se é um requisito essencial
para a escolha ideal.
Após definir o problema da decisão, e identificar os fatores que dificultam a
escolha, se faz necessário que os adolescentes discriminem suas características pessoais antes
de analisar qualquer alternativa profissional. MOURA (2008) ressalta que a atividade de
identificar e descrever as características pessoais, interesses e as habilidades, promove um
aprofundamento do autoconhecimento, o que facilita a escolha das opções profissionais.
Ampliando seu repertório de autoconhecimento, e conhecendo quais são os seus
reforçadores atuais, certamente os adolescentes farão escolhas que impliquem na presença de
tais reforçadores no futuro. Dessa forma, há a tendência da satisfação com o envolvimento
nos estudos preparatórios, e o sentimento de segurança quanto à escolha realizada.
Objetivos:
•
Analisar junto aos adolescentes as variáveis controladoras implicadas na escolha de uma carreira profissional;
•
Levar o adolescente a observar e discriminar as relações existentes entre escolha profissional e historia de vida, e ainda como a escolha de uma profissão
está diretamente ligada às escolhas que aprendemos a fazer ao longo da vida;
•
Desenvolver habilidades necessárias para a escolha, a partir do fortalecimento
das respostas que compõem o comportamento de tomada de decisão.
•
Definir o problema de escolha profissional do cliente.
•
Identificar fatores que estão dificultando sua tomada de decisão profissional.
Assim sendo, a sessão objetiva discriminar os fatores pessoais relacionados às
dificuldades apresentadas. De forma que o cliente discrimine a que controles
está respondendo e como isso está dificultando sua tomada de decisão.
•
Identificar e descrever características pessoais, habilidades e atividades de interesse.
•
Discutir a relação entre interesses, habilidades e potencial de aprendizagem e
suas implicações para o desempenho de qualquer atividade profissional.
•
Relacionar características, capacidades e habilidades das pessoas frente ás exigências das profissões e áreas de atuação selecionadas;
•
419
Discutir a relação entre as profissões (profissão - profissão e individuo -profissão) e as diversas formas de classificação e combinação das profissões;
•
Refletir sobre os critérios para a seleção de alternativas profissionais, e tomada
de decisão;
•
Selecionar as profissões de interesse para investigação e busca de informação.
•
Realizar leituras, em material informativo, sobre as profissões de interesse.
•
Discutir a importância da pesquisa e da informação profissional sobre a seleção de critérios de tomada de decisão.
•
Aprofundar o conhecimento das profissões, desfazendo informações incorretas
ou distorcidas sobre cursos e carreiras, por meio da realização e dramatização
de entrevistas com profissionais de diversas áreas.
•
Tomar consciência de quais variáveis da realidade profissional devem compor
os critérios individuas de escolha profissional.
•
Proporcionar a vivencia para que o cliente aprenda a colocar-se no lugar do
outro, vivenciando mesmo que de forma artificial, a condição de profissional
de uma determinada área. Essa experiência pode proporcionar uma analise da
condição de exercer essa profissão a partir da própria perspectiva, o que facilita o processo de incluir e excluir profissões.
•
Identificar ou definir valores pessoais que comporão os critérios envolvidos na
tomada de decisão (definir o que conta mais na hora de decidir).
•
Definir metas pessoais ligadas ao alcance de metas profissionais a médio e
longo prazo.
•
Discutir alternativas de resolução dos problemas relacionados a tomada de decisão: como operacionalizar as informações obtidas em comportamentos direcionados à meta de escolha profissional.
Justificativa:
Num contexto onde os jovens procuram sua profissionalização através de cursos
superiores é natural que existam dúvidas relacionadas a sua escolha, uma vez que isso envolve
inúmeros fatores que culminam na decisão final.
420
Sendo assim, entende-se que o processo de realizar uma escolha envolve
comportamentos que são frutos dos níveis de seleção ontogenético e cultural. Considerando a
magnitude da tomada de decisão urge a necessidade do autoconhecimento, compreendendo
habilidades e potencialidades que serão pilares para o sucesso no mundo profissional e na
vida propriamente dita.
Diante da solicitação de trabalho realizada pela escola, considerando a demanda
encontrada no campo do estágio, a maneira mais plausível para intervir, é a formação de um
grupo de adolescentes para a execução de um trabalho de intervenção direcionado para um
programa de Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento.
Metodologia:
Este programa de orientação profissional então se subdivide em três etapas. A
primeira denominada Autoconhecimento, que visa aumentar a reflexão dos adolescentes sobre
si mesmos. A segunda, objetiva promover os conhecimentos das profissões existentes pelos
materiais informativos. E a terceira etapa refere-se à integração das informações obtidas nas
etapas anteriores, com o objetivo de restringir as opções profissionais selecionadas e favorecer
a tomada de decisão.
O programa está organizado em oito sessões planejadas para o formato de
orientação em grupo, somado a duas sessões (a primeira e a ultima) oferecendo atendimentos
individuais. O publico enquadra adolescentes que se encontram no momento de fazer sua
primeira opção profissional.
Referências bibliográficas:
MOURA, C. B. Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento.
Campinas: Editora Alínea, 2008.
421
43.8. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Apresentação:
Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio
Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125 – Centro
Jandaia do Sul – Paraná
NRE de Apucarana
Identificação do curso:
Professor orientador:
Justificativa:
Levando em consideração os preceitos legais da Lei 11.788/2008 e da Instrução
006/2009 – SUED/SEED que orienta e dispõe sobre os procedimentos do estágio dos
estudantes, as Instituições de Ensino da rede estadual, obrigatoriamente, deverão prever o
estágio não-obrigatório, assumido pela instituição a partir da demanda dos alunos,
desenvolvido como atividade opcional para o aluno, com idade mínima de 16 anos, acrescida
a carga horária regular e obrigatória, não interferindo na aprovação e reprovação do aluno.
Considerando que o “estágio é o ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a
prevalecer sobre o aspecto produtivo” (Instrução nº 006/2009 SUED/SEED), o
desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção do estudante,
considerando os riscos decorrentes de fatores relacionados ao ambiente, condições e formas
de organização do trabalho.
422
O estágio não-obrigatório contribuirá assim para a formação do aluno no
desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebêlo como ato educativo.
Objetivos do estágio:
- Possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas que contribuam para a
formação profissional;
- Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho,
propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando.
- Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao mundo do
trabalho.
- Oportunizar experiência profissional diversificada
- Relacionar conhecimentos teóricos com
a prática profissional a partir das
experiências realizadas.
- Ampliar a formação profissional, através da vivência em situações reais de vida
e de trabalho em instituições públicas e privadas.
Carga-horária e período de realização de estágio não obrigatório:
O Estágio será realizado em horário compatível com o escolar, não podendo
exceder a 6 horas diárias e 30 horas semanais.
A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração:
- 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional de educação de jovens e adultos;
- 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do
ensino médio.
Atividades de estágio:
Atividades devem possibilitar:
423
- A integração social;
- O uso das novas tecnologias;
- Produção de textos;
- Aperfeiçoamento do domínio do cálculo;
- Aperfeiçoamento da oralidade;
- Compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,
organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa,
documentação comercial e rotinas afins.
Atribuições da instituição de ensino:
- Realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio
estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio, no Termo de Compromisso
e no relatório sobre a avaliação dos riscos.
- Observar se o número de horas estabelecidas compromete ou não o rendimento
escolar do estudante;
- possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas que contribuam para a
formação profissional;
- Solicitar ao responsável pela supervisão de estágio na parte concedente, sempre
que necessário, subsídios que permitam o acompanhamento e a avaliação das
atividades desenvolvidas pelo estagiário.
- Solicitar à parte concedente o Relatório de Avaliação de Riscos.
- Comunicar à parte concedente quando o estudante interromper o curso.
- Indicar professor orientador (pedagogo), responsável pelo acompanhamento e
avaliação das atividades de estágio.
Atribuições Professor orientador de Estágio:
O Professor Orientador precisa analisar em que medida o Plano de Estágio está
sendo cumprido:
424
a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio nãoobrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não
para o desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor orientador precisa
ter acesso a três documentos do aluno:
- rendimento e aproveitamento escolar;
- relatório elaborado pelo aluno;
- relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente.
b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às
instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de
funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade.
Caso o professor orientador constate descumprimento da legislação, deve
comunicar a irregularidade à parte concedente para adequação imediata. Quando a parte
concedente não cumprir a legislação, a instituição de ensino deve registrar em relatório,
comunicar ao aluno e seu responsável e aconselhar o estagiário para procurar outro local de
estágio.
Compete ao professor orientador:
- Solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de Compromisso,
sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas pelo
estagiário, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e
químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as
operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o
desenvolvimento das atividades de estágio;
- Exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em
prazo não superior a 6 (seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades
desenvolvidas nesse período.
- Auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de
relatório das atividades.
- Esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário
Escolar;
- Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
425
- Responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades, aferir mediante
relatório, as condições para realização do estágio firmados no termo de Convênio
e Plano de Estágio.
Atribuições da parte concedente:
 Proporcionar ao estagiário, atividades de aprendizagem social, profissional e
cultural.
 Proporcionar à Instituição de Ensino, sempre que necessário, subsídios que
possibilitem o acompanhamento, a supervisão e a avaliação do Estágio.
 Para estágio não-obrigatório, conceder Bolsa-Auxílio mensal, com base no
valor/hora referencial correspondente ao nível de escolaridade do estagiário,
auxílio transporte e eventual concessão de benefícios relacionados à saúde e
outros na forma da legislação vigente.
 Conceder ao estagiário recesso remunerado de 30 dias, preferencialmente
durante suas férias escolares, sempre que o estágio tenha duração igual ou
superior a 12 meses, ou de maneira proporcional, quando se tratar de Estágio
não-obrigatório.
 Por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do
estágio
(certificado)
com
indicação
resumida
das
atividades
desenvolvidas,com especificação dos períodos e da avaliação de desempenho.
 Fornecimento de equipamento de proteção, toda vez que as circunstâncias o
exigirem.
 Contratar em favor do estagiário, seguro contra acidentes pessoais, cuja
apólice seja compatível com a cumprida pelos valores de mercado.
 Encaminhar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses,
relatório das atividades, com vista obrigatória ao estagiário(a).
 Encaminhar à instituição de ensino o relatório sobre a avaliação dos riscos do
local de estágio.
Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente:
 Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente
426
 e a instituição de ensino;
 Tomar conhecimento do Termo de Compromisso;
 Orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de
Estágio;
 Preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;
 Manter contato com o Professor orientador da escola;
 Propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social,
profissional e cultural dos alunos;
 Encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do
estagiário, à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.
Atribuições do estagiário:
A jornada de trabalho deve ser compatibilizada com as atividades escolares, para não
comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais compromissos escolares.
 Cumprir com empenho e interesse, as atividades estabelecidas para seu
estágio, comunicando à parte concedente, em tempo hábil se houver
impossibilidade de fazê-lo.
 Elaborar e entregar à Instituição de Ensino, relatórios sobre seu estágio;
 Observar e obedecer às normas internas da parte concedente e da Instituição
de ensino, bem como outras eventuais recomendações emanadas pela chefia
imediata e/ou pelo supervisor e ajustadas entre as partes.
 Responder por perdas e danos decorrentes da inobservância das normas
internas ou das constantes no presente Termo.
 Respeitar as normas internas referentes à segurança.
Considerando a Concepção de Estágio:
 Ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte
concedente como na instituição de ensino;
427
 Celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição
de ensino;
 Respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;
 Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;
 Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas
não previstas no plano de estágio;
 Entregar os relatórios de estágio no prazo previsto;
Avaliação do estágio:
Avaliação do estágio pela instituição de ensino são instrumentos imprescindíveis à
garantia do estágio como ato educativo.
A cada seis meses o estagiário deverá apresentar ao Professor Orientador a Ficha
de Avaliação – Aluno Professor Orientador, indicando as atividades que realizou na parte
concedente, e o Professor Orientador vai analisar se o plano de estágio e Termo de
compromisso está sendo cumprido. No mesmo período o Supervisor de estágio da parte
Concedente deve encaminhar ao Professor Orientador o relatório de atividades realizadas pelo
estagiário, bem como, relatar o desempenho, assiduidade, pontualidade, iniciativa,
conhecimento, responsabilidade, cooperação e demais considerações que julgar pertinentes.
A avaliação do estágio também será efetivada através do Termo de Compromisso
firmado entre a Parte Concedente, o Estudante ou seu representante legal, e a Instituição de
Ensino, o qual descreve as condições do estágio e o que compete a cada segmento.
428
43.9. PLANO DE AÇÃO DA BRIGADA ESCOLAR
O Programa Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola visa construir na rede estadual
de ensino uma cultura de prevenção, com a formação de brigadas escolares em todas as
escolas, e adequar as edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e pânico.
O programa é inédito no País e foi criado através do Decreto nº 4.837/2012 e
beneficia mais de 5,8 milhões de pessoas direta e indiretamente, entre profissionais da
educação, estudantes e comunidade escolar
A brigada escolar é de grande importância no ambiente escolar para prevenção e
proteção de alunos e profissionais que trabalham neste ambiente, desta forma para que isso
ocorra de maneira correta e eficaz é necessário que algumas precauções sejam tomadas. Além
da reparação e da manutenção preventiva e corretiva periódica, há necessidade de: adequações
importantes por meio de melhorias e ampliações, para a padronização das edificações quanto
ás normas e resoluções vigentes relacionadas á acessibilidade na Escola, Vigilância Sanitária,
Corpo de Bombeiros e Códigos de Postura, conforme citações a seguir: a Norma Brasileira
9050/2004 (ABNT NBR 9050 2ed., 2004), que estabelece critérios e parâmetros técnicos a
serem observados quando o projeto, construção, instalação e adaptação de edificações,
mobiliário, espaços de acessibilidade é relativamente recente e apenas 87 prédios escolares do
Estado (o que corresponde a 4,06%) foram construídos há menos de 10 anos . No contexto
atual, 4,06% dos prédios escolares atendem á NBR 9050, enquanto os outros 95,94 %
precisam ser adequados dentro dos critérios e parâmetros técnicos da resolução.
A Resolução Estadual SESA nº 318/2002, que dispõe sobre a normatização da
estrutura física e do funcionamento de forma padronizada e os critérios sanitários mínimos
para funcionamento das instituições de ensino fundamental, médio e superior no Estado do
Paraná, também demanda atendimento específico em quase todos os estabelecimentos de
ensino.
Norma Brasileira 9077/2011 (ABNT NBR 9077, 2001), que fica requisitos para as
saídas de emergência em edifícios e a Portaria do Comando do Corpo de Bombeiros do
Estado do Paraná nº 001/2009 que regulamenta a vistoria por parte do Corpo de Bombeiros
em edificações, inclusive escolares, determinam adequações de segurança urgentes.
429
A execução deste eixo do Programa visa verificar a adequação das unidades
escolares ás normas legais do Corpo de Bombeiros quanto à prevenção de incêndio e pânico.
O início do trabalho se dá por meio de diagnóstico das unidades escolares quanto á prevenção
de riscos a ser elaborado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, em parceria com a
SUDE-SEED e equipes diretivas das escolas.
CRONOGRAMA
PROFISSIONAIS DA ESCOLA ENVOLVIDOS NO PLANO DE AÇAO
Diretor – Sebastião Sergio Fabricio
Pedagoga – Viviane Correa.
Agente Administrativo II – Léia Aparecida Conti Martins
Professora – Aparecida de Fátima G. Bin
Professora – Vera Lucia Degaspere. (Professora de Educação Física).
1º SEMESTRE FEVEREIRO A JULHO DE 2013
Verificação de Todos os itens abaixo relacionados e providências
para que as mesmas sejam executadas.
Saídas de
Emergênci
a
- Instalar
corrimãos,
guardacorpos, fitas
antiderrapan
tes nos
degraus das
escadas.
Brigada
Incêndio
de Iluminação de Sinalização
Emergência
Emergência
- Formar, Implantar
e treinar brigadas
escolares de
emergência com
objetivo de orientar
os ocupantes das
edificações para a
correta
desocupação em
caso de emergência
e ainda para iniciar
o combate inicial
aos princípios de
incêndio.
- Instalar
blocos
autônomos de
iluminação de
emergência em
todas as rotas
de fuga com
distanciamento
entre os
mesmos e não
superior a 15
metros,
garantindo um
nível mínimo
de iluminação.
de Sistema de Proteção por
extintores de incêndio
Instalar placas
fotoluminescentes
de sinalização de
emergência com o
objetivo de orientar
as ações de
combate e facilitar
a localização dos
equipamentos e das
rotas de saída para
abandono seguro
da edificação em
caso de incêndio.
- Prever a instalação de
extintores de incêndio,
tipo ‘’ PÓ ABC’’, em
número e capacidade
extintora, adequadas ao
risco a proteger,
localizados em pontos
estratégicos
possibilitando o combate
inicial aos princípios de
incêndio pelos
integrantes da brigada
escolar.
430
2º SEMESTRE DE AGOSTO A DEZEMBRO DE 2013
- Palestra para os
alunos: com
profissionais da Defesa
Civil e Corpo de
Bombeiros com
explicação detalhadas
sobre todo processo do
programa brigada
escolar e abandono
escolar.
- Preparação dos
professores e
funcionários sobre
abandono escolar:
Orientação da
equipe da brigada
escolar explicando
todas as mudanças
realizadas na escola
e de como agir caso
necessite sair da
escola em caso de
urgência.
- Simulação de princípio
de incêndio:
disponibilizar um dia da
semana para simulação de
urgência na escola para
orientação dos caminhos
a serem seguidos,
conforme indicação das
setas.
- Reconhecimento de
todos os espaços físicos
da escola: Acompanhar
alunos e professores para
reconhecer todas as
partes físicas da escola e
os ajustes que foram
realizados no ambiente
escolar.
JUSTIFICATIVA
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem
vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa opta
em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera aliviar os impactos, promovendo mudanças
de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a
uma transformação cultural e potencialmente capaz de influenciar pessoas, atuando como
multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas
da rede pública estadual tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender
as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou
de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do
Paraná para ações e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem como, o
enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas para garantir a segurança
dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais temas cheguem a um
grande contingente da população civil do Estado do Paraná.
431
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Levar os Estabelecimentos de Ensino do Estado do Paraná a construírem uma
cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;
 Proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para
enfrentamento de situações emergências no interior das escolas, assim como
conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;
 Promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,
com vistas a atender ás recomendações legais consubstanciadas nas vistorias
do Corpo de Bombeiros;
 Preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações
de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com
vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de
incêndio;
 Articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo
de Bombeiros, da Policia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de Educação;
 Adequar às edificações escolares estaduais ás normas mais recentes de preven-
ção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Paraná, acompanhamento os avanços legais e tecnológicas para preservação da
vida dos ocupantes desses locais.
ESTRATÉGIAS
Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos
específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra para a
Brigada Escolar.
O Coordenador Local do Programa será o Diretor do Estabelecimento de ensino.
432
Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar
formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do estabelecimento
que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de:
 Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;
 Garantir a implementação do plano de abandono, que consiste na retirada de
forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,
por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo por um semestre, a
ser registrado em calendário escolar;
 Promover revisões periódicas do plano do plano de abandono;
 Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
 Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão de assuntos referentes à segurança do Estabelecimento de Ensino, com
registro em livro Ata Especifico ao Programa;
 Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de
situações inseguras, comunicando imediatamente o diretor para as providencias necessárias.
 Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de
Bombeiros Militar na Modalidade de Ensino á Distancia- EAD e Presencial.
433
ANEXO VIII
MATRIZ CURRICULAR 2013
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
434
44. MATRIZES CURRICULARES – ANO 2013
44.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 01-APUCARANA
MUNICÍPIO: 1220- JANDAIA DO SUL
Estabelecimento: 00036 - Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio
ENDEREÇO: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125
TELEFONE: (43) 3432-1312
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039
ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º Ano
TURNO: TARDE
MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012
FORMA: SIMULTÂNEA
6º
7º
8º
Ano
Ano
Ano
Arte
2
2
2
2
Ciências
Educação Física
Ensino Religioso*
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
3
2
1
2
3
5
5
23
3
2
1
3
2
5
5
23
3
2
0
3
3
5
5
23
3
2
0
3
3
5
5
23
2
2
2
2
2
2
2
2
25
25
25
25
DISCIPLINAS/ ANOS
BASE
NACIONAL
COMUM
Subtotal
L.E.M. Inglês
9º Ano
PARTE
Subtotal
DIVERSIFICADA
Total Geral
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394 / 96.
*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Jandaia do Sul, 01 de Agosto de 2013.
435
44.2.MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL - SÉRIES FINAIS EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL - TURNO ÚNICO
NRE: 01 - APUCARANA
MUNICÍPIO: 1220 – Jandaia do Sul
ESTABELECIMENTO: 00036 – Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio
ENDEREÇO: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125
TELEFONE: (43) 3432-1312
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4040
ENS. FUNDAMENTAL: 6º AO 9º ANO
TURNO: ÚNICO
MÓDULO: 40 SEMANAS
** PARTE DIVERSIFICADA
BASE NACIONAL COMUM
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013
FORMA: GRADATIVA
DISCIPLINA/ANOS
6º
7º
ARTE
3
3
8º
3
9º
3
CIÊNCIAS
3
3
4
4
EDUCAÇÃO FÍSICA
3
3
3
3
ENSINO RELIGIOSO*
1
1
-
-
GEOGRAFIA
3
3
3
3
HISTÓRIA
3
3
3
3
LÍNGUA PORTUGUESA
6
6
6
6
MATEMÁTICA
6
6
6
6
SUBTOTAL:
28
28
28
28
LEM - INGLÊS **
3
3
3
3
LEITURA E INFORMAÇÃO EM
3
3
3
3
LÍNGUA ESPANHOLA
EDUCAÇÃO MUSICAL
2
2
2
2
LITERATURA INFANTOJUVENIL
2
2
-
-
APROFUNDAMENTO ESPORTIVO
2
2
2
2
ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO
2
2
-
-
HISTÓRICO
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
-
-
2
2
INICIAÇÃO AO PENSAR FILOSÓFICO
-
-
2
2
COMPONENTE CURRICULAR***
3
3
3
3
SUBTOTAL
17
17
17
17
GERAL TOTAL
45
45
45
45
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9396/96.
* Ensino Religioso – Disciplina de Matricula Facultativa
** Definida pela comunidade escolar.
*** Componente Curricular a ser definido conforme Proposta Pedagógica Curricular do
Estabelecimento de Ensino.
Jandaia do Sul, 20 de dezembro de 2012.
436
44.3. MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL - SÉRIES FINAIS – EDUCAÇÃO
EM TEMPO INTEGRAL - TURNO ÚNICO
NRE: 01 - APUCARANA
MUNICÍPIO: 1220 – Jandaia do Sul
ESTABELECIMENTO: 00036 – Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio
ENDEREÇO: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125
TELEFONE: (43) 3432-1312
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4040
ENS. FUNDAMENTAL: 6º AO 9º ANO
TURNO: ÚNICO
MÓDULO: 40 SEMANAS
*** COMPONENTES CURRICULARES
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013
FORMA: GRADATIVA
ÁREA 4
ÁREA 1
ÁREA 2
ÁREA 3
ESPORTE E
CULTURA, ARTE E
TEMAS SOCIAIS
LAZER
EDUCAÇÃO
CONTEMPORÂNE
PATRIMONIAL
OS
1)PROMOÇÃO
DA
TECNOLOGIAS
RECREAÇÃO E
EXPRESSÃO
SAÚDE E
DAINFORMAÇÃO E
LAZER
CORPORAL
PREVENÇÃO DE
COMUNICAÇÃO E
USO DE MÍDIAS
COMUNICAÇÃO
DOENÇAS
2)EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E
DESENVOLVIMENT
O SUSTENTÁVEL
OBS: O ALUNO CURSARÁ TRÊS COMPONENTES CURRICULARES DISTINTOS, SENDO
UM DE CADA ÁREA.
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9396/96.
* Ensino Religioso – Disciplina de Matricula Facultativa
** Definida pela comunidade escolar.
*** Componente Curricular a ser definido conforme Proposta Pedagógica Curricular do
Estabelecimento de Ensino.
Jandaia do Sul, 20 de dezembro de 2012
437
44.4 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 01 – Apucarana
MUNICÍPIO: 1220 – Jandaia do Sul
Estabelecimento: 00036 - Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio
ENDEREÇO: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125 – BAIRRO: Centro – CEP: 86.900 – 000
FONE: (43) 3432-1312
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Curso: 0009 – ENSINO MÉDIO
TURNO: Manhã
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA
MÓDULO: 40 SEMANAS
SÉRIES
DISCIPLINAS
1ª
2
2ª
-
-
Biologia
2
2
2
Educação Física
2
2
2
Filosofia
Arte
3º
2
2
2
Física
2
2
2
Nacional
Geografia
2
2
2
Comum
História
2
Língua Portuguesa
2
3
2
4
4
Matemática
4
3
3
Química
2
2
2
Sociologia
2
2
2
25
23
23
2
2
Base
Sub-Total
Parte Diversificada
LEM – Espanhol *
4
LEM – Inglês
-
SUB -TOTAL
TOTAL GERAL
TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula)
Observações:
4
6
6
29
29
29
1000
1000
1000
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº. 9394/96.
* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.
Jandaia do Sul, 27 de junho de 2011.
_______________________
_______________________
Conselho Escolar
438
ANEXO IX
CALENDÁRIO ESCOLAR 2013
439
45. CALENDÁRIOS
45.1 CALENDÁRIO ESCOLAR – 2013
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2013
Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio
Endereço: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125
Município: Jandaia do Sul
Fone/Fax: (43) 3432-1312
Curso: Ensino Fundamental 6º ao 9º e Ensino Médio
Turno de Funcionamento: Matutino e Vespertino
Janeiro
D
S
T
Fevereiro
Q
1
Q
S
S
D
S
T
Q
S
S
1
2
4
5
6
7
8
9
16
3
4
5
6
dias
10
11
12
13
17
18
19
20
7
14
21
24
25
26
27
28
8
9
10
11
12
10
11
12
13
14
15
16
16
17
18
19
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
24
25
26
27
28
22
23
30
31
S S
1 2
8 9 20
15 16 dias
22 23
2
9 30
31
1 - Dia Mundial da Paz
11 a 13 - Carnaval
Abril
D
Q
3
15
29
Q
5
7
21
T
4
14
28
S
3
6
27
D
2
13
20
440
Março
Q
29 - Paixão
Maio
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
D
S
7
8
9
10
11
12
13
22
5
6
14
15
16
17
18
19
20
dias
12
21
22
23
24
25
26
27
19
28
29
30
26
T
Junho
Q
Q
S
S
1
2
3
4
7
8
9
10
11
19
13
14
15
16
17
18
dias
20
21
22
23
24
25
27
28
29
30
31
D
S
T
Q
2
3
4
5
9
10
11
12
16
17
18
19
23
24
25
26
Q
S
6 7
13 14
20 21
27 28
S
1
8 19
15 dias
22
29
30
1 - Dia do Trabalho
21 - Tiradentes
12 - Brigada Escolar
24 - Feriado Municipal
Agosto
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
8
7
8
9
10
11
12
13
dias
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
D
S
T
S
Setembro
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
20
dias
D
S
T
Q
1
2
3
4
11
12
13
14
15
16
17
8
9
10
11
5
18
19
20
21
22
23
24
15
16
17
18
dias
25
26
27
28
29
30
31
22
23
24
25
29
30
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
7 - Independência
19 - Formação Continuada
D
S
T
Q
Dezembro
Q
S
S
1
2
D
S
T
Q
1
2
3
4
7
8
9
10
11
12
20
3
4
5
6
7
8
9
20
13
14
15
16
17
18
19
dias
10
11
12
13
14
15
16
dias
8
9
10
11
20
21
22
23
24
25
26
17
18
19
20
21
22
23
15
16
17
18
27
28
29
30
31
24
25
26
27
28
29
30
22
23
24
25
29
30
31
14 - Dia do Professor
2 - Finados
15 -Conselho de Classe
16 - Reunião Pedagógica
Início/Término das aulas
S
14 - OBMEP - 2ª Fase
6
12 - N. S. Aparecida
S
5 6 7 21
12 13 14 dias
19 20 21
26 27 28
07- C. de Classe 21 - Reunião Pedagógica
Novembro
T
Q
07- Dia do Funcionário de Escola
Outubro
D
4 - OBMEP
30 - Corpus Christi
Julho
D
09- Formação Continuada
10 -Conselho de Classe 22- Replanejamento
6 - Brigada Escolar
Q
S
S
5 6 7 12
12 13 14 dias
19 20 21
26 27 28
17 - Conselho de Classe
15 - Proclamação da República
19 - Emancipação Política do PR
18 a 22 - JOGOS
25 - Natal
20 - Dia Nacional da Consciência Negra
Planejamento
Férias Discentes
Férias/Recesso/Docentes
Férias
Janeiro
31
janeiro/férias
Recesso
fevereiro
13
janeiro/julho/recesso
Semana Pedagógica
julho
18
dez/recesso
Feriado Municipal
dezembro
13
outros recessos
Conselho de Classe
Total
75
Total
30
15
13
2
60
Formação Continuada/ SEED e NRE
Reunião Pedagógica/Replanejamento
Semana Integração escola/comunidade - JOGOS
Brigada Escolar
__________________________________________
__________________________________________
Conselho Escolar
Calendário aprovado pelo Conselho Escolar conforme Ata
nº 08/2012, na página 71 do Livro do Conselho Escolar.
Jandaia do Sul, 12 de dezembro de 2012.
441
45.1. CALENDÁRIO CELEM
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CALENDÁRIO ESCOLAR CELEM / LÍNGUA ESPANHOLA - 2013
Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio
Endereço: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125
Município: Jandaia do Sul
Fone/Fax: (43) 3432-1312
Curso: Ensino Fundamental 6º ao 9º e Ensino Médio
442
Turno de Funcionamento: Matutino e Vespertino
Janeiro
D
S
T
Fevereiro
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Março
Q
S
S
1
2
D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
1
2
3
4
5
3
4
5
6
7
8
9
16
3
4
5
6
7
8
9
20
6
7
8
9
10
11
12
10
11
12
13
14
15
16
dias
10
11
12
13
14
15
16
dias
13
14
15
16
17
18
19
17
18
19
20
21
22
23
17
18
19
20
21
22
23
20
21
22
23
24
25
26
24
25
26
27
28
24
25
26
27
28
29
30
S
27
28
29
30
31
31
1 - Dia Mundial da Paz
11 a 13 - Carnaval
29 - Paixão
Abril
D
Maio
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
D
S
7
8
9
10
11
12
13
22
5
6
14
15
16
17
18
19
20
dias
12
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
T
Junho
Q
Q
S
S
1
2
3
4
7
8
9
10
11
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
D
S
T
Q
Q
S
19
2
3
4
5
6
7
8
19
dias
9
10
11
12
13
14
15
dias
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Q
S
S
1
30
1 - Dia do Trabalho
21 - Tiradentes
4 - OBMEP
12 - Brigada Escolar
30 - Corpus Christi
24 - Feriado Municipal
Julho
D
09- Formação Continuada
10 -Conselho de Classe 22- Replanejamento
Agosto
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
8
dias
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
D
S
T
Q
Setembro
Q
S
S
1
2
3
T
5
6
7
8
9
10
20
1
2
3
4
5
6
7
21
12
13
14
15
16
17
dias
8
9
10
11
12
13
14
dias
5
18
19
20
21
22
23
24
15
16
17
18
19
20
21
dias
25
26
27
28
29
30
31
22
23
24
25
26
27
28
29
30
S
S
Outubro
7 - Independência
14 - OBMEP - 2ª Fase
19 - Formação Continuada
Novembro
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
Q
4
07- C. de Classe 21 - Reunião Pedagógica
S
S
11
07- Dia do Funcionário de Escola
D
D
D
S
T
Q
Dezembro
Q
S
S
1
2
D
S
T
Q
Q
6
7
8
9
10
11
12
20
3
4
5
6
7
8
9
20
1
2
3
4
5
6
7
12
13
14
15
16
17
18
19
dias
10
11
12
13
14
15
16
dias
8
9
10
11
12
13
14
dias
20
21
22
23
24
25
26
17
18
19
20
21
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19
20
21
27
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29
30
31
24
25
26
27
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29
30
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
12 - N. S. Aparecida
14 - Dia do Professor
2 - Finados
15 -Conselho de Classe
16 - Reunião Pedagógica
Início/Término das aulas
6 - Brigada Escolar
17 - Conselho de Classe
15 - Proclamação da República
19 - Emancipação Política do PR
18 a 22 - JOGOS
25 - Natal
20 - Dia Nacional da Consciência Negra
Planejamento
Férias Discentes
Férias
Recesso
Semana Pedagógica
Feriado Municipal
Conselho de Classe
Férias/Recesso/Docentes
Janeiro
31
janeiro/férias
fevereiro
13
janeiro/julho/recesso
julho
18
dez/recesso
dezembro
13
outros recessos
Total
75
Total
30
15
13
2
60
CELEM/L.Espanhola
Formação Continuada/ SEED e NRE
CELEM/L.Espanhola
Reunião Pedagógica/Replanejamento
Semana Integração escola/comunidade - JOGOS
Brigada Escolar
__________________________________________
__________________________________________
Conselho Escolar
Calendário aprovado pelo Conselho Escolar conforme Ata
nº 08/2012, na página 71 do Livro do Conselho Escolar.
Jandaia do Sul, 12 de dezembro de 2012.
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