fitness beleza

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fitness beleza
beleza fitness
Um treino funcional com movimentos exóticos,
a aula de ioga saída dos anos 80 e o spinning
do futuro. As modalidades made in
Britain que têm movimentado o universo fitness
spinning em movimento
A nova mania entre as fashionistas londrinas superativas – a stylist e fitness guru
Pippa Vosper gostou tanto que virou instrutora; Charlotte Dellal e Calgary Avansino
são fãs – atende pelo nome de RealRyder (€ 18 cada aula, na academia Lomax).
Trata-se de uma aula de spinning cujas bicicletas não
ficam 100% presas na base, e só o fato de mantê-la
em equilíbrio já é um desafio. “É um exercício cinco em
um: trabalha a parte cardio, pernas, abdome, braços
e glúteos ao mesmo tempo”, conta Pippa. Com as
bicicletas instáveis, a ideia é ter a experiência de estar
pedalando em alta velocidade, enquanto diferentes
ações fazem a aula ser ativa do começo ao fim. Entre
subidas pesadas, pedaladas jogando o peso de um lado
para o outro e tentativas de
estabilidade em movimento,
detona-se 700 calorias em 45 minutos. rosane
ribeiro 293 Fulham Road, Chelsea realryder.com
culto funcional
O assunto do momento para quem sua
a camisa em Londres é o SBC (Skinny
Bitch Collective), criado pelo personal
trainer Russell Bateman. Trata-se de
um treino funcional de alta intensidade
praticado por famosas como Florence
Welch e Suki Waterhouse, desenhado
para acelerar o metabolismo e ajudar a
perder gordura corporal. A diferença: o
método de Bateman usa movimentos
como engatinhar em quatro patas
ou pular como um macaco. Curiosa,
fui atrás do mentor e comecei a
entender a aura de culto por trás da
prática: não se pode simplesmente
contatá-lo, é preciso ser indicado por
algum aluno. Em 50 minutos da aula
individual (€ 182), fiz exercícios dos mais
exóticos: simulei que estava subindo
numa prancha de surfe muitas vezes
repetidas, “escalei” uma parede de
ponta-cabeça e fiz burpees, aquelas
sequências matadoras do crossFit,
com uma perna só. Quando já estava
esgotada, ele me obrigou a correr mais
100 metros segurando um peso de 5 kg
Apesar dos inegáveis benefícios
da ioga, há quem a ache, digamos,
enfadonha. Foi pensando nessa turma
mais ativa que a britânica Juliet Murrell
criou a Voga, que ela descreve como
sendo “a fusão dinâmica” de vários
tipos da ioga tradicional – hatha
e vinyasa flow – e do estilo de
dança surgida em clubes gays
da Nova York da década de 80,
o voguing. Disseminada em
Londres, onde Juliet ministra
três aulas por semana para
turmas de mais de 20
pessoas (cada sessão custa
€ 12), a Voga mescla os
movimentos respiratórios
da ioga às poses que
inspiraram Madonna a
escrever o “hino” “Vogue”,ao
som de músicas animadas
como as da popstar. carla
valois vogalondon.co.uk
acima da cabeça. Enquanto eu respiro
por um minuto, ele filosofa: “Na vida as
mudanças só acontecem fora da nossa
zona de conforto”. Fora da academia,
Bateman perde o jeito de sargento
militar e se mostra engraçado e gentil –
e aí entendo por que ele é tão adorado
por suas alunas.
No dia seguinte, com o corpo todo
dolorido, recebi um e-mail seu com
instruções do que deveria comer (filé
de salmão grelhado no café da manhã,
por exemplo) e quantas horas de sono
deveria ter por dia. Me sinto perto do
meu objetivo: fazer parte de suas aulas
em grupo (€ 48 cada), que só podem
ser frequentadas depois de semanas de
treinos, e por convite do
próprio professor. gisela
no tablet
dantas rodenburg
thesbcollective.com
Veja vídeos
com trechos
das puxadas
aulas de SBC
270 Vogue Brasil
Fotos: Fabio Chizzola / Trunk Archive, reprodução instagram @ russellsbc e divulgação Ilustrações: Maitê cezar rosa
Spice
girls
strike a pose
Vogue Brasil 136