Programa e Livro de Resumos - Sociedade Portuguesa de
Transcrição
Programa e Livro de Resumos - Sociedade Portuguesa de
14as a 28 Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 14as a 28 Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos COMISSÃO ORGANIZADORA José Soares Guilherme Macedo Fernando Pereira Venâncio Mendes Mário Dinis Ribeiro Coordenador Espanhol Eloy Sánchez Hernández DIREÇÃO CEDEA Presidente Eloy Sánchez Hernández Vice-Presidente Guilherme Macedo Secretário David Carral Vogais Fernando Pereira José Manuel Soares José Iglésias Canle Pedro Alonso Aguirre JÚRI DO MELHOR CASO ENDOSCÓPICO Presidente David Carral Vogais Isabel Pedroto Jorge Silva J. Manuel de la Iglesia Santiago Soto 4 CARTA DE BOAS VINDAS Aqui estão as 14ªs Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva, ponto de encontro já habitual dos Gastrenterologistas do Norte de Portugal e da Galiza, herdeiras das 28ªs. Jornadas de Endoscopia do Norte, em bom tempo iniciadas com o patrocínio da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva. O programa foi concebido sobretudo para discutir as doenças do cólon e recto, justificável pelo significativo peso que representam no dia-a-dia das Unidades de Endoscopia Digestiva. Duas mesas redondas e uma conferência, ajudarão a enquadrar estes temas. Pensamos que a troca de experiências dos vários centros participantes será útil para todos, ajudando no manejo de situações clínicas e na gestão das cada vez mais sobrelotadas Unidades de Endoscopia e em particular das limitações de oferta da Colonoscopia. Teremos também um tempo reservado para a discussão clínica: As 4 mesas de casos endoscópicos (29 no seu total), permitirão que os 18 Hospitais associados, possam apresentar algumas novidades/particularidades no diagnóstico e tratamento endoscópico, que esperamos possam motivar a discussão dos participantes. Desejamos que todos se sintam bem em Matosinhos, e, em particular, no Hospital de Pedro Hispano, aproveitando estes 2 dias para reforçar os elos de amizade e companheirismo (dos dois lados da fronteira) deste Clube Endoscópico do Eixo Atlântico (CEDEA). A Comissão Organizadora 5 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos PROGRAMA 6 7 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Sexta-feira, 8 abril 08:30 09:00–10:30 ABERTURA SECRETARIADO Apresentação Endoscópica de Amiloidose MESA REDONDA: COMO FAZER? Sara Monteiro, Pedro Boal Carvalho, Joana Magalhães, Maria João Moreira, José Cotter Serviço de Gastrenterologia, Hospital Senhora da Oliveira, Centro Hospitalar do Alto Ave Presidente: Guilherme Macedo (Centro Hospitalar de São João) Moderadores: Mário Dinis-Ribeiro (Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil) Javier Castro Alvariño (Complejo Hospitalario Universitario de Ferrol) Quando iniciar biológicos na colite Ulcerosa? A endoscopia ajuda a decidir? Enrique González de la Ballina (Complejo Hospitalario Universitario de Pontevedra) Manifestações perianais da Doença de Crohn. Quando chamar o cirurgião? Eva Barbosa (Unidade Local de Saúde de Matosinhos) Cancro de intervalo. Como fazer a prevenção? Ricardo Marcos-Pinto (Centro Hospitalar do Porto) Próteses do cólon não definitivas. Técnica a abandonar? Pedro Alonso Aguirre (Complexo Hospitalario Universitario de A Coruña) 10:30–11:00 COFFEE-BREAK 11:00-12:30 CASOS ENDOSCÓPICOS 1 Presidente: Fernando Pereira Hemorragia Digestiva Secundaria a Esplenosis/Bazo Accesorio López-Baz A., Tardáguila D., Fernández-López A., Alvarez B., Dacal A., Martí E., Alvines G., Lancho A., López-Rosés L. Servicio de Aparato Digestivo, Hospital Universitario Lucus Augusti de Lugo Será o Over-The-Scope Clip a Técnica de 1ª Linha no Tratamento Endoscópico de Fistulas Entero-Cutâneas? Frederico Ferreira, Carla Cardoso, Joana Correia, Fernando Ferreira, Emanuel Guerreiro, José Soares. Serviço de Gastrenterologia, Hospital Pedro Hispano, Unidade Local de Saúde de Matosinhos Empleo de Prótesis de Aposición Luminal (Hot-Axios) en el Manejo de Colecciones Pancreáticas Fernández de Castro D., Iglesias Varela MJ., Francisco Glez M., Soto Iglesias S., Vega Villaamil P., Rivas Moral L., Sánchez-Hernandez E. Servicio de Aparato Dixestivo, Complexo Hospitalario Universitario de Ourense Histiocitose de Células de Langerhans Gastrointestinal – Forma Rara de Apresentação Marta Tavares1, Joana Soares1, Susana Corujeira1, João Luís Barreira1, Eunice Trindade1, Joanne Lopes2, Fátima Carneiro2, Vítor Costa3, Jorge Amil Dias1 1 Unidade de Gastroenterologia Pediátrica, Hospital Pediátrico Integrado do Centro Hospitalar São João, Porto; 2Serviço de Anatomia Patológica, Centro Hospitalar São João, Porto; 3Serviço de Pediatria, Instituto Portugues de Oncologia, Porto (Porto) Moderadores: Pedro Pereira (Centro Hospitalar de São João,) David Carral (Complejo Hospitalario Universitario de Pontevedra) Bezoar Como Complicación de Sonda de Infusión de Duodopa Nerea Quintáns Pinazas*, David Martínez-Ares*, Sergio Vázquez Rodríguez*, Beatriz Romero Mosquera*, Antonio Koukulis Fernández**, José Ignacio Rodríguez Prada* *Servicio de Digestivo y **Neurología. Hospital Álvaro Cunqueiro. Complejo Hospitalario Universitario de Vigo. Um Caso de Coloproctite Rádica 8 H. Lomba-Viana, A. Correia, N. Pereira1, Y. Shvets1, T. Mesquita2, J. Curado2, A. Moura2 Serviços de Gastrenterologia, 1Medicina Interna e 2Cirurgia, Hospital das Forças Armadas – Polo Porto 9 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Sexta-feira, 8 abril 12:30 SESSÃO DE ABERTURA Linfoma GI– Entidade de Difícil Diagnóstico 13:00–15:00 ALMOÇO DE TRABALHO Joana Pinto, Rita Pimentel, Luísa Barros, Jorge Silva Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa 15:00–16:30 CASOS ENDOSCÓPICOS 2 Fístula Entero-Vesical en Paciente con Rectosigmoiditis Ulcerosa: Combinación Atípica Presidente: J. Ignacio Rodriguez Prada Leticia García Diéguez, Javier Castro Alvariño, Ramón Vazquez Dourado , Ana Echarri Piudo Servicio de Digestivo, Complejo Hospitalario Universitario de Ferrol (Complexo Hospitalario Universitario de Vigo) Moderadores: Carla Rolanda (Hospital de Braga) Hemobilia: Complicação Rara de Shunt Porto-Sistémico Intra-Hepático Transjugular Manuel de la Iglesia (Hospital POVISA) Rosa Coelho, Filipe Vilas-Boas, Susana Rodrigues, Pedro Pereira, Eduardo Rodrigues-Pinto, Andreia Albuquerque, Rui Morais, Marco Silva, Guilherme Macedo Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar de São João Síndrome de Rapunzel: Obstrucción Intestinal Secundaria a Tricobezoar Gástrico María López Álvarez, Alberto Guerrero Montañés, Loreto Yáñez González-Dopeso, María Teresa Vázquez Rey, Benito González Conde, Eduardo Valdivielso Cortázar, María Remedios Pardeiro Pértega, Ignacio Couto Worner, Pedro Antonio Alonso Aguirre. Servicio de Aparato Digestivo. Complexo Hospitalario Universitario de A Coruña 16:30-17:00 COFFEE-BREAK 17:00–18:30 MESA REDONDA: COMO ”RESOLVER” A LISTA DE COLONOSCOPIAS? Perfuração Duodenal por Prótese Biliar Plástica Presidente: Leopoldo Lopez Roses Samuel Costa, Rita Costa, Juliana Costa, Dalila Costa, Nuno Dias, Aníbal Ferreira, Raquel Gonçalves Serviço de Gastrenterologia do Hospital de Braga Moderadores: José Soares (Hospital Universitario Lucus Augusti de Lugo) (Unidade Local de Saúde de Matosinhos) José Iglesias Canle Perforacion Intestinal Infrecuente. Tratamiento Endoscópico (Hospital Clinico Universitario de Santiago de Compostela) Fernández de Castro D., Soto S., Iglesias Varela MJ, , Macenlle García R., Sanchez Hernandez E. Servicio de Aparato Dixestivo, Complexo Hospitalario Universitario de Ourense Limpeza do cólon. To “split or not to split” Luís Lopes (Unidade Local de Saúde do Alto Minho) Litotrícia e Litíase Centenária 10 Pólipos do cólon: “resect and discard”. Alguém faz? Rui Silva1, Ana Teixeira2, José Soares1 1 Serviço de Gastrententrologia. Hospital Pedro Hispano, 2Serviço de Cirurgia. Hospital Pedro Hispano David Martinez Ares (Complexo Hospitalario Universitario de Vigo) Poliposis Colónica Teresa Pinto Pais (Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil) L. Domínguez Goyanes, E. González de la Ballina González, M. Puga Giménez de Azcárate, D.S. Dos Santos Azevedo Servicio de Aparato Digestivo, Complejo Hospitalario Universitario de Pontevedra Eloy Sanchez Hernandez (Complexo Hospitalario Universitario de Ourense) Razões biológicas e operacionais, para a interrupção precoce da vigilância dos doentes com adenomas “Checklist” pré colonoscopia - Qualidade e Segurança 19:30 JANTAR 11 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Sábado, 9 abril 09:00–10:30 CASOS ENDOSCÓPICOS 3 (VÍDEOS) Presidente: José Cotter (Centro Hospitalar do Alto Ave) Moderadores: João Carvalho (Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho) Santiago Soto (Complexo Hospitalario Universitario de Ourense) Técnica “Tulip- Bundle” Modificada como Método Auxiliar na Hemostase Difícil Joana Silva, Rolando Pinho, Ana Ponte, Jaime Rodrigues, Mafalda Sousa, João Carvalho Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho Dissecção Endoscópica da Submucosa no Tratamento do Carcinoma Gástrico Intra-Mucoso Lopes L, Sousa P, Parente A, Pinto F, Veiga M, Novo J, Ramada J Serviço de Gastrenterologia, Hospital de Santa Luzia, Unidade Local de Saúde do Alto Minho Colangioscopia con Sistema Spyglass™ DS Y Láser Holmium para el Tratamiento de la Coledocolitiasis Dificil Puga M1, Consiglieri CF2, Gornals JB2 1 Complexo Hospitalario Universitario de Pontevedra, 2Hospital Universitari de Bellvitge. Hamartoma Gigante de Glândulas de Brunner: Uma Causa Incomum de Hemorragia Digestiva Tarcísio Araújo, F. Castro-Poças, Isabel Pedroto Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar do Porto Tratamiento de Dehiscencia Colorectal Mediante Metodo Endosponge 10:30–11:00 COFFEE-BREAK 11:00-12:30 CASOS ENDOSCÓPICOS 4 Presidente: Abel González Ramírez (Hospital Universitario Lucus Augusti de Lugo) Moderadores: A. Dias Pereira (Instituto Português Oncologia do Lisboa Francisco Gentil) Benito González Conde (Complexo Hospitalario Universitario de A Coruña) Carcinoma de Cardias Agresivo en Paciente con Esófago de Barret Sin Displasia Previa Alberto Guerrero Montañés, María López Álvarez, Loreto Yáñez González-Dopeso, Marta Blanco Rodríguez, María Teresa Diz-Lois Palomares, Jesús Castro Pérez, Ignacio Couto Worner, Jesús Yáñez López, Susana Ortiz Marín, Pedro Antonio Alonso Aguirre Servicio de Aparato Digestivo. Complexo Hospitalario Universitario de A Coruña Remoção Endoscópica de Paraganglioma Gangliocitico Duodenal Artur Machado; Hermano Santos; J. Pinto de Matos; Laura Carvalho Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro Etiología Infrecuente de Pólipo Gástrico Bastón I; Macías F; Iglesias Canle J. Servicio de Aparato Digestivo, Hospital Universitario de Santiago de Compostela Encerramento de Fístula Gastrocutânea Através de Sutura Assistida por Endoscopia em Criança de 2 Anos Ricardo Küttner-Magalhães1, Rosa Lima2, Joana Rodrigues2, Fernando Pereira2 1 Serviço de Gastrenterologia, Hospital Santo António, 2Serviço de Gastrenterologia Pediátrica, Centro Materno Infantil do Norte - Centro Hospitalar do Porto Tardáguila D., López-Baz A., Fernández-López A., Alvarez B., Dacal A., Martí E., Alvines G., López-Rosés L. Servicio de Aparato Digestivo, Hospital Universitario Lucus Augusti de Lugo Drenagem de Pseudoquisto Pancreático – Inovar para Simplificar 12 Patrícia Andrade, Susana Lopes, Marco Silva, Guilherme Macedo Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar de São João 13 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Sábado, 9 abril Hemorragia Digestiva de Origen Oscuro como Forma de Presentación de la Enfermedad de Crohn Vázquez Dourado R., Echarri Piudo A., Ollero Pena V., Salazar Laya A., Dancausa Martín L., García Diéguez L., Carpintero Briones P., Castro Alvariño J. Servicio de Digestivo, Complejo Hospitalario Universitario de Ferrol Paliação Endoscópica em Dois Tempos de Fístula Gastro-Cólica Maligna Diogo Libânio, Jorge Lage, Sara Pires, Rui Silva, Mário Dinis-Ribeiro Serviço de Gastrenterologia, Instituto Português de Oncologia do Porto Fasciola Hepatis como Causa de Obstrucción Biliar Beatriz Romero Mosquera*, Luis Lopes**, David Martínez-Ares*, Nerea Quintáns Pinazas*, Paulo Sousa**, Aurora Cadeco**, José Ignacio Rodríguez Prada* *Servicio de Digestivo. Hospital Álvaro Cunqueiro. Complejo Hospitalario Universitario de Vigo; **Serviços de Gastrenterología e Anestesia. Hospital Santa Luzia. ULSAM. Viana do Castelo Hemorragia Gastrointestinal de Origen Oscuro en Paciente con Cáncer Renal de Células Claras Bastón I; Macías F; Iglesias Canle J. Servicio de Aparato Digestivo, Hospital Universitario de Santiago de Compostela 12:30–13:00 CONFERÊNCIA: OS “NOVOS” PÓLIPOS DO CÓLON Presidente: Venâncio Mendes (Vila Real) Moderadores: Joanne Lopes (Centro Hospitalar de São João) 14 13:00 ENCERRAMENTO 13:15 ASSEMBLEIA GERAL CEDEA 15 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos LIVRO DE RESUMOS 16 17 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 1 Casos Endoscópicos 1 8 abril, 11h00 8 abril, 11h00 AUTORES Sara Monteiro, Pedro Boal Carvalho, Joana Magalhães, Maria João Moreira, José Cotter HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Hospital Senhora da Oliveira, Centro Hospitalar do Alto Ave APRESENTAÇÃO ENDOSCÓPICA DE AMILOIDOSE Introdução A amiloidose caracteriza-se por uma deposição extracelular anormal de proteínas. O envolvimento do trato gastrointestinal por amiloidose com confirmação histológica é raro, afetando qualquer segmento do tubo digestivo, e com uma apresentação endoscópica variável. Relato do caso Relatamos o caso de um homem de 75 anos, assintomático, referenciado pelo médico assistente à consulta de Gastrenterologia Hospitalar por suspeita endoscópica de lesões subepiteliais no duodeno e recto. Na nossa instituição o doente foi submetido a reavaliação endoscópica, salientando-se na endoscopia digestiva alta pregas congestivas na segunda porção duodenal e na colonoscopia áreas dispersas de mucosa despolida, ligeiramente elevada e de coloração amarelada, no cólon transverso e no recto, tendo sido efetuadas biópsias. A histologia da mucosa rectal revelou material eosinofílico, amorfo e hipocelular no córion, sendo a pesquisa de material amiloide, após coloração por vermelho de congo e observação de luz polarizada, positiva. AUTORES López-Baz A., Tardáguila D., Fernández-López A., Alvarez B., Dacal A., Martí E., Alvines G., Lancho A., López-Rosés L. HOSPITAL Servicio de Aparato Digestivo, Hospital Universitario Lucus Augusti de Lugo HEMORRAGIA DIGESTIVA SECUNDARIA A ESPLENOSIS/BAZO ACCESORIO La esplenosis gástrica consiste en la presencia de tejido esplénico ectópico, irrigado directamente del tejido sobre el que asienta y que se produce habitualmente tras traumatismos que lesionen el bazo. Debe distinguirse del bazo ectópico, que consiste en una estructura similar al bazo irrigada directamente de una rama de la arteria esplénica. Se presenta el caso de un varón de 48 años con antecedente de esplenectomía post traumatismo a la edad de 35 años, que ingresó por un cuadro de hemorragia digestiva en forma de melenas. La gastroscopio demostró la presencia en el fundus de una estructura con aspecto de variz, con signos de sangrado reciente. Un estudio mediante Ecoendoscopia y angio Tac sirvió para demostrar que la lesión en realidad correspondía a un bazo accesorio. Se realizó embolización de la arteria esplénica y posterior intervención quirúrgica, que confirmó la existencia de un bazo accesorio paragástrico y de nódulos de esplenosis. Conclusão Salienta-se a relevância deste caso por representar uma apresentação endoscópica de espectro amplo e inespecífico, a mimetizar outras lesões endoscópicas, devendo ser considerada como diagnóstico diferencial mesmo na ausência de sinais ou sintomas típicos. Apresenta-se iconografia 18 19 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 1 Casos Endoscópicos 1 8 abril, 11h00 8 abril, 11h00 AUTORES Frederico Ferreira, Carla Cardoso, Joana Correia, Fernando Ferreira, Emanuel Guerreiro, José Soares. HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Hospital Pedro Hispano, Unidade Local de Saúde de Matosinhos 20 SERÁ O OVER-THE-SCOPE CLIP A TÉCNICA DE 1ª LINHA NO TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE FISTULAS ENTERO-CUTÂNEAS? Introdução As fístulas entero-cutâneas são comunicações anormais entre o intestino e a parede abdominal. Podem ocorrer espontaneamente ou no período pós-cirúrgico. As fístulas pós-cirúrgicas são as mais frequentes estando associadas a elevado risco de morbi-mortalidade e o seu tratamento constitui um verdadeiro desafio. Caso clínico Doente de 73 anos, admitido no Serviço de Urgência por sépsis com disfunção multi-orgânica com ponto de partida em pancreatite aguda (5 critérios de Ranson) com necessidade de cuidados intensivos com suporte vasopressor e ventilação mecânica nas primeiras 48h. Realizou TC abdominal que revelou necrose pancreática extensa (>60%) tendo sido efetuada drenagem com pig tail percutâneo sob apoio ecográfico, com saída de liquido ascítico purulento. Foi iniciada antibioterapia com meropenem, posteriormente alterada para ertapenem por isolamento de Klebsiella pneumoniae ESBL no liquido ascítico. No decurso do mês seguinte, efetuou duas necrosectomias pancreáticas extensas videoassistidas por via percutânea (retroperitoneal) tendo ficado com sistema de lavagem/ drenagem. No segundo procedimento cirúrgico, foi detectada uma fistula cólica. Foi realizada colonoscopia para tentar identificar o orifício fistuloso, supostamente localizado ao nível do ângulo esplénico, sendo apenas possível a sua identificação após a injeção percutânea de azul de metileno pelo orifício cutâneo. Procedeu-se ao encerramento do orifício cólico através do desbridamento do orifício interno da fístula e da colocação de três clips (Resolution clip, Boston Scientific ®). O doente teve boa evolução clinica, porém mantinha escassa drenagem percutânea fecalóide e também alguns sinais inflamatórios no orificio externo cutâneo, que não possibilitava o encerramento total da fistula. Foi efetuada nova colonoscopia passado 8 semanas com encerramento do orifício fistuloso com colocação de um over-the-scope clip system OTSC (Ovesco endoscopy ®, Tuebingen, Germany) de 10,5 mm e com apoio de uma Twin Grasper para permitir aproximar os bordos do orifício e a colocação exacta e segura do OTSC. Passado 16 dias realizou controlo endoscópico e fluoroscópico não foi detectada nenhuma exteriorização de contraste. Após estes tratamentos endoscópicos houve uma boa evolução clínica e imagiológica, sem evidência de trajecto fistuloso patente. AUTORES Fernández de Castro D., Iglesias Varela MJ., Francisco Glez M., Soto Iglesias S., Vega Villaamil P., Rivas Moral L., SánchezHernandez E. HOSPITAL Servicio de Aparato Dixestivo, Complexo Hospitalario Universitario de Ourense EMPLEO DE PRÓTESIS DE APOSICIÓN LUMINAL (HOT-AXIOS) EN EL MANEJO DE COLECCIONES PANCREÁTICAS Introducción El drenaje endoscópico de las colecciones de origen pancreático (pseudoquistes, wall off necrosis, …) se ha establecido como la tecnica de elección inicial. Para ello existen distintos tipos de prótesis (stents) que se han empleado, desde los stents plasticos tipo pigtail hasta los metálicos totalmente recubiertos. En los ultimos años han aparecido en el mercado nuevos diseños de prótesis con perfil más seguro, y teóricamente más sencillas de manejo. Caso clínico Paciente de 49 años, exbebedor severo, fumador (60 paq-año) diagnosticado de pancreatitis cronica, con episodios de reagudización en 2014 y 2014. Ingresa por episodio de dolor epigástrico persistente junto con leve intolerancia oral y perdida de peso significativa. Se realiza estudio con ecografía y TAC abdominal apreciando la existencia de grandes colecciones líquidas, septadas, que parecen corresponder a varios pseudoquistes pancreaticos, con compresión de la porta izquierda y afectación inflamatoria duodenal. Se realizó ecoendoscopia que confirmó los hallazgos comprobando la existencia de una estenosis duodenal leve. Dada el tamaño de las lesiones y los sintomas asociados se decide realizar drenaje endoscópico, que se realiza bajo control ecoendoscopico, empleando prótesis de aposición tipo Hot-Axios, con buen éxito terapeútico, apreciando salida de material serohematico en gran cuantía. El paciente evolucionó muy favorablemente en poco espacio de tiempo, retirandose la prótesis sin dificultad un mes después. Discusión Presentamos un caso de drenaje de colecciones pancreaticas mediante protesis de aposición de reciente aparición en el mercado, destacando la mayor facilidad colocación y excelente capacidad de drenaje en relación con otros sistemas de drenaje endoscópico 21 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 1 Casos Endoscópicos 1 8 abril, 11h00 8 abril, 11h00 AUTORES Marta Tavares1, Joana Soares1, Susana Corujeira1, João Luís Barreira1, Eunice Trindade1, Joanne Lopes2, Fátima Carneiro2, Vítor Costa3, Jorge Amil Dias1 HOSPITAL Unidade de Gastroenterologia Pediátrica, Hospital Pediátrico Integrado do Centro Hospitalar São João, Porto 2 Serviço de Anatomia Patológica, Centro Hospitalar São João, Porto 3 Serviço de Pediatria, Instituto Portugues de Oncologia, Porto” 1 HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS GASTROINTESTINAL – FORMA RARA DE APRESENTAÇÃO Introdução A histiocitose de células de Langerhans (HCL) caracteriza-se pela proliferação e acumulação de células de Langerhans em vários tecidos, sendo os mais frequentes o osso, a pele e a hipófise. O envolvimento gastrointestinal é extremamente raro (<1%) e apresenta pior prognóstico, sendo mais frequente na população pediátrica e no contexto de envolvimento multissistémico. O prognóstico e tratamento dependem da extensão e gravidade da doença. Caso clínico Criança de 3 anos do sexo feminino, com antecedentes de prematuridade de 36 semanas e crescimento adequado no primeiro ano de vida, sem antecedentes familiares relevantes. Foi referenciada a consulta de Pediatria por má evolução estaturo-ponderal a partir dos 2 anos de idade associada a anorexia, vómitos recorrentes e otites de repetição. Tinha trânsito intestinal 2-3 vezes/dia de fezes duras, sem sangue ou muco. A antropometria mostrou peso e estatura no percentil 3. O exame físico revelava fácies peculiar, pápulas castanhas dispersas no tronco, palidez mucocutânea e abdómen distendido com hepatomegalia. O estudo analítico mostrou anemia microcítica hipocrómica com ferropenia, trombocitose, hipoalbuminemia e hipogamaglobulinemia ligeira (défice IgG1 e 2) com IgA normal. O restante estudo era normal, incluindo marcadores inflamatórios, função hepática e renal, metabolismo fosfocálcio, equilíbrio hidroeletrolítico, função tiroideia, rastreio de doença celíaca, teste do suor e ecografia abdominal. Foi realizada endoscopia digestiva alta que revelou mucosa duodenal pálida mas com vilosidades aparentes e o exame histológico mostrou duodenite com vilosidades normais, ulceração e presença de células de tipo histiocitário. Uma nova endoscopia foi realizada e o estudo das biópsias confirmou estes achados, revelou a presença de eosinófilos e imunorreactividade das células histiocitárias para proteína S100 e CD1a, apontando para o diagnóstico de HCL gastroduodenal, que foi confirmado em consulta internacional. AUTORES Nerea Quintáns Pinazas*, David Martínez-Ares*, Sergio Vázquez Rodríguez*, Beatriz Romero Mosquera*, Antonio Koukulis Fernández**, José Ignacio Rodríguez Prada* HOSPITAL Servicio de Digestivo y Neurología**. Hospital Álvaro Cunqueiro. Complejo Hospitalario Universitario de Vigo. BEZOAR COMO COMPLICACIÓN DE SONDA DE INFUSIÓN DE DUODOPA Introducción La infusión continua intraduodenal de Duodopa ® (Carbidopa + levodopa) es una de las alternativas terapéuticas en la Enfermedad de Parkinson avanzada, refractaria al tratamiento convencional por vía oral. Este sistema de infusión consiste en una sonda duodeno-yeyunal lastrada, que se pasa a través de una sonda de gastrostomía. De esta forma se realiza la infusión de la medicación directamente en duodeno distal-yeyuno Caso clínico Presentamos un caso de un paciente con enfermedad de Parkinson avanzada, con frecuentes episodios de “OFF”, que impiden al paciente realizar vida fuera de su domicilio. En marzo de 2015 se le coloca sonda de Duodopa®, con mejoría espectacular del cuadro clínico, pudiendo realizar una vida social activa desde su alta hospitalaria. En enero de 2016 el paciente presenta un empeoramiento clínico, con mayor rigidez y algún episodio “OFF” por primera vez en muchos meses. Su enfermera refiere que la sonda no puede ser movilizada de la forma habitual, por lo que se programa para el recambio de la sonda de infusión. Se realiza una gastroscopia, y tras pasar a bulbo duodenal, se visualiza un molde de restos alimentarios en mantiene la sonda totalmente fija en el duodeno. Tras fragmentar el bezóar, se logra extraer la sonda, que se extrae acompañada de restos del bezóar. Posteriormente se implanta una nueva sonda según el procedimiento habitual. Comentario Se presenta el caso de una complicación inusual de asociado a un dispositivo utilizado cada vez con mayor frecuencia en el tratamiento de los pacientes con enfermedad de Parkinson evolucionada. Conclusão Embora raro, o envolvimento gastrointestinal na HCL poderá estar subestimado dada a inespecificidade dos sintomas. Deve ser considerado no diagnóstico diferencial de colite alérgica/infeciosa, imunodeficiências, doença inflamatória intestinal e enteropatia perdedora de proteínas, sobretudo quando há sinais de envolvimento sistémico e presença de lesões cutâneas. 22 23 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 1 Casos Endoscópicos 2 8 abril, 11h00 8 abril, 15h00 AUTORES H. Lomba-Viana, A. Correia, N. Pereira1, Y. Shvets1, T. Mesquita2, J. Curado2, A. Moura2 HOSPITAL Serviços de Gastrenterologia, Medicina Interna1 e Cirurgia2, Hospital das Forças Armadas – Polo Porto 24 UM CASO DE COLOPROCTITE RÁDICA Homem de 74 anos com antecedentes de diabetes mellitus tipo 2, síndroma depressivo e neoplasia do recto, submetido a ressecção anterior do recto em Maio de 2015. Pós-operatório complicado com peritonite secundária a perfuração de víscera oca (íleo terminal), infecção da ferida operatória com MRSA e embolia pulmonar de risco intermédio de mortalidade. Em Agosto de 2015, no término do tratamento de quimio-radioterapia, recorreu ao serviço de urgência por diarreia com rectorragias abundantes. Encontravase febril, hemodinâmicamente estável. O estudo analítico apresentava anemia, hiponatrémia e elevação da proteína C reactiva. A rectosigmoidoscopia realizada na admissão revelou lesões compatíveis com proctite rádica. Ficou internado para tratamento. Iniciou corticoterapia sistémica e tópica, messalazina e antibióticos (metronidazol e ciprofloxacina), que efectuou até ter o resultado das hemoculturas e da pesquisa de Clostridium difficile, o qual foi negativo. Desenvolveu candidiase orofaringea e alterações neuropsiquiátrica, eventualmente secundárias à corticoterapia sistémica, e que desapareceram com a sua suspensão e administração de fluconazol. Por manutenção da febre, instalação de insuficiência renal aguda e aumento dos parâmetros analíticos inflamatórios, sem focalização óbvia, efectuou TC toracoabdomino-pélvica que revelou discreta densificação da gordura pericólica do sigmóide, bem como dos folhetos peritoneais adjacentes, a traduzir alterações inflamatórias do cólon descendente. Realizou colonoscopia que mostrou ulcerações múltiplas dispersas, com exuberante exsudado muco-purulento, cujo resultado do exame cultural foi negativo. Iniciou terapêutica antibiótica com piperacilina/tazobactam, sem resposta favorável, alterando-se para linezolido, que efectuou durante duas semanas, com boa evolução clínica, a permitir a alta hospitalar no final da quinta semana de internamento. Os autores salientam o curso clínico atribulado e o interesse documental iconográfico do caso clínico apresentado. AUTORES María López Álvarez, Alberto Guerrero Montañés, Loreto Yáñez González-Dopeso, María Teresa Vázquez Rey, Benito González Conde, Eduardo Valdivielso Cortázar, María Remedios Pardeiro Pértega, Ignacio Couto Worner, Pedro Antonio Alonso Aguirre. HOSPITAL Servicio de Aparato Digestivo. Complexo Hospitalario Universitario de A Coruña SÍNDROME DE RAPUNZEL: OBSTRUCCIÓN INTESTINAL SECUNDARIA A TRICOBEZOAR GÁSTRICO Caso clínico Presentamos el caso clínico de una mujer de 18 años con antecedente de cirugía por hipertrofia pilórica congénita a los 2 meses de edad, y una intervención quirúrgica por obstrucción intestinal secundaria a tricobezoar a los 5 años. La paciente acudió a Urgencias por clínica de dolor abdominal y vómitos. En la radiografía de abdomen se observaba una distensión gástrica compatible con bezoar, y distensión de asas de intestino delgado en relación con suboclusión. Se realizó una endoscopia digestiva alta, visualizándose en el estómago un tricobezoar que se extendía hasta al menos la segunda porción duodenal y distalmente. Tras varios intentos no se consiguió extraer. Se decidió realizar una intervención quirúrgica, identificándose el tricobezoar, que alcanzaba hasta el yeyuno, así como una perforación encubierta muy próxima al ángulo de Treitz. Se realizó la extracción del mismo mediante una gastrostomía y una enterotomía. La paciente evolucionó favorablemente. Comentarios El síndrome de Rapunzel consiste en la formación de un bezoar gástrico secundario a tricofagia. Su cola se extiende a través del píloro hasta el intestino. El diagnóstico se realiza mediante endoscopia, pero el tratamiento es quirúrgico, dada la imposibilidad de fragmentar el bezoar en trozos pequeños para su retirada. Otro aspecto fundamental es la evaluación y tratamiento psiquiátrico. 25 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 2 Casos Endoscópicos 2 8 abril, 15h00 8 abril, 15h00 AUTORES Samuel Costa, Rita Costa, Juliana Costa, Dalila Costa, Nuno Dias, Aníbal Ferreira, Raquel Gonçalves HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia do Hospital de Braga 26 PERFURAÇÃO DUODENAL POR PRÓTESE BILIAR PLÁSTICA Uma doente de 84 anos de idade com antecedentes de HTA e litíase vesicular (colecistectomizada em 2002) foi submetida a CPRE por colangite (dor abdominal no hipocôndrio direito, icterícia, febre, análises com bilirrubina total de 11 mg/ dl à custa da directa, e ecografia com dilatação das vias biliares e evidência de coledocolitíase). No colangiograma identificou-se dilatação dos ductos biliares intra-hepáticos/via biliar principal, sem imagens sugestivas de litíase mas com aparente estenose da porção distal da via biliar principal, realizou-se esfincterotomia e colocou-se prótese biliar plástica 9cm x 10Fr pela clínica de colangite e pelos achados. Ocorreu evolução clinica e analítica favorável tendo a doente tido alta para o domicílio. Na CPRE de revisão, 12 semanas depois, constatou-se perfuração da parede duodenal pela extremidade distal da prótese biliar mantendo a extremidade proximal na via biliar principal. Procedeu-se a colocação de nova prótese plástica para garantir drenagem biliar endoluminal. O TAC abdominal revelou duas próteses biliares, uma com extremidade distal intra-duodenal e outra com extremidade distal no espaço peri-renal direito, existindo moderada aerobilia, sem derrame peritoneal, abcesso ou pneumoperitoneu. Procedeu-se, 3 dias depois, à remoção endoscópica da prótese biliar usando pinça dentes de rato. A doente permaneceu em dieta zero por 48 horas, completou 10 dias de ciprofloxacina e metronidazol, tendo estado sempre assintomática, apirética e hemodinamicamente estável até a data da alta e no follow-up. A perfuração do tubo digestivo por próteses biliares é uma complicação rara mas potencialmente letal da CPRE. O presente caso foi solucionado por via endoscópica/conservadora mas há casos em que a intervenção cirúrgica ou percutânea é necessária. AUTORES Fernández de Castro D., Soto S., Iglesias Varela MJ, , Macenlle García R., Sanchez Hernandez E. HOSPITAL Servicio de Aparato Dixestivo, Complexo Hospitalario Universitario de Ourense PERFORACION INTESTINAL INFRECUENTE. TRATAMIENTO ENDOSCÓPICO Introducción La mayor parte de los cuerpos extraños ingeridos son expulsados sin complicaciones una vez traspasan los esfínteres cardial e ileocecal. Sin embargo, una pequeña parte pueden quedar retenidos en el colon, pudiendo provocar una perforación de la pared colónica. En estos casos la actitud quirúrgica suele ser la habitual. Caso Clínico Mujer de 86 años que acude a nuestro centro hospitalario por dolor abdominal de tres días de evolución, sin signos inflamatorios. La exploración abdominal presentaba únicamente dolor a la palpación profunda en fosa ilíaca izquierda. Se realiza TC abdominal ante la sospecha de diverticulitis aguda, apreciando datos de afectación inflamatorias, con perforación y sospecha de cuerpo extraño en sigma. Dada la situación de la paciente y buena evolución inicial se decide actitud conservadora. Se realiza colonoscopia que muestra un cuerpo extraño es localizado en una zona diverticular, enclavado en la mucosa colónica por sus dos extremos. Se logra extraer apreciando desgarro longitudinal procediendo al cierre con clips. No se produjeron complicaciones inmediatas. La paciente presentó buena evolución clínica y el TC de control descartó complicaciones locales. Discusión El cierre endoscópico de ciertas perforaciones del tracto gastrointestinal permite evitar los riesgos de un acto quirúrgico y sus comorbilidades asociadas en el postoperatorio. El empleo de sistemas mecánicos (clips, ovesco,...) permite lograr el cierre endoscópico de perforaciones de la pared intestinal; pudiendo evitar un tratamiento quirúrgico de mayor morbilidad. Aunque estas tecnicas se han empleado con mayor frecuencia en las perforaciones agudas iatrogénicas, en algunos casos, como el que presentamos, de otra naturaleza y evolucionados también pueden ser de utlidad. 27 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 2 Casos Endoscópicos 2 8 abril, 15h00 8 abril, 15h00 AUTORES Rui Silva1, Ana Teixeira2, José Soares1 HOSPITAL Serviço de Gastrententrologia. Hospital Pedro Hispano 2 Serviço de Cirurgia. Hospital Pedro Hispano 1 28 LITOTRÍCIA E LITÍASE CENTENÁRIA Doente de 99 anos de idade, com antecedentes de colecistectomia e litíase das vias biliares. Internada no Serviço Cirurgia em Setembro de 2015 com quadro clínico de pancreatite aguda e colangite. Realizou ecografia abdominal que mostrou dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas, com presença de múltiplos cálculos na Via Biliar Principal. Em 28/09/2015 realizou CPRE que mostrou dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas e litíase múltipla da Via Biliar Principal, com um cálculo de grandes dimensões (cerca de 15 a 20 mm), que não foi possível extrair. Uma semana depois foi realizada nova CPRE, com litotrícia mecânica do cálculo de grandes dimensões seguida de extracção de todos os cálculos da Via Biliar Principal. O procedimento decorreu sem complicações. AUTORES L. Domínguez Goyanes, E. González de la Ballina González, M. Puga Giménez de Azcárate, D.S. Dos Santos Azevedo HOSPITAL Servicio de Aparato Digestivo, Complejo Hospitalario Universitario de Pontevedra POLIPOSIS COLÓNICA Introducción El linfoma de células del manto (LCM) es un subtipo raro de Linfoma no Hodking de células B que puede presentarse con manifestaciones digestivas, siendo la más frecuente la Poliposis Linfomatosa Múltiple. Presentamos el caso de un LCM con sintomatología digestiva y hallazgos endoscópicos que llevaron al diagnóstico de la enfermedad. En nuestro caso, se utilizó narrow-band Imaging (NIB) aplicando la clasificación NICE, como hacemos de rutina desde fecha reciente, para tratar de caracterizar los pólipos. Aportamos imágenes endoscópicas, radiológicas y anatomopatológicas. Caso Clínico Paciente de 69 años, con antecedentes personales sin interés, salvo colonoscopia sin hallazgos significativos en 2007. Antecedentes familiares de 1º grado de cáncer colorrectal. El paciente acude a su médico por diarrea y pérdida de peso. Analíticamente presentaba ferropenia y sangre oculta en heces positiva. Se realiza colonoscopia en un centro privado que se informó como estenosis en colon izquierdo sin alteración mucosa por lo que no se tomaron biopsias y aún así, se etiquetó como sospecha de neoplasia de colon. Es remitido a Oncología, que solicita una nueva colonoscopia, detectando múltiples pólipos que se caracterizaron como tipo 1, probablemente hiperplásicos, según la clasificación NICE. Se tomaron biopsias sobre las que se realizó estudio histológico e inmunohistoquímico diagnóstico de LCM (Poliposis Linfomatosa Intestinal). Se completó el estudio con una TC tóraco-abdominal, que describe una masa exofítica a nivel del píloroduodeno estudiada mediante gastroscopia observándose poliposis gástrica de características similares a las lesiones observadas en colon y a nivel duodenal una masa vegetante, ulcerada y necrótica. Las biopsias demostraron infiltración gastroduodenal por LCM. Se trata de un LCM Estadío IV, con afectación del tracto gastrointestinal en forma de Poliposis Linfomatosa. > 29 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 2 8 abril, 15h00 > El paciente ha recibido tratamiento con 8 ciclos de esquema R-CHOP de poliquimioterapia y mantenimiento con Rituximab hasta la fecha. Tras el 5º ciclo se repiten estudios endoscópicos, con resolución macroscópica de las lesiones descritas, salvo por persistencia en la colonoscopia de menos de 10 pólipos nacarados con tamaño < de 5mm en el colon derecho que se biopsian. En la AP persiste infiltración linfomatosa presente incluso en mucosa de aspecto normal. La gastroscopia resultó anodina, sin hallazgos en el estudio de AP. En tomografías de control se evidenció reducción de tamaño de la masa tumoral que sin embargo presenta actividad en un PET-TC realizado al finalizar ciclos de poliquimioterapia. Se administró radioterapia sobre masa residual (masa Bulky) con reducción de tamaño en el último control por TC solicitado por Oncología. AUTORES Joana Pinto, Rita Pimentel, Luísa Barros, Jorge Silva HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa LINFOMA GI– ENTIDADE DE DIFÍCIL DIAGNÓSTICO Os autores propõem-se a apresentar dois casos clinicos de doentes com linfoma de células B. Doente 1: 19 anos, apresentação clínica com hemorragia digestiva alta; aspecto endoscópico de massa/lesão subepitelial ulcerada. Doente 2: 70 anos, apresentação clínica com diarreia crónica e dor abdominal; aspecto endoscópico de lesão ulcerada. Os dois casos espelham uma entidade multifacetada, que atinge idades diversas e localizações GI distintas, contemplando apresentações endoscópicas variadas, factos que dificultam o diagnóstico atempado. Discusión El LCM es un subtipo de Linfoma no Hodgkiniano de fenotipo B que representa entre un 2,5 y un 7% de todos los linfomas. La afectación gastrointestinal se da en el 20% de los casos y la forma más frecuente es la Poliposis Linfomatosa. La clasificación NICE no es útil para su caracterización. Clinicamente suele presentarse en varones en la sexta década de la vida, de forma diseminada y con frecuente afectación extranodal. El comportamiento biológico del LCM es muy agresivo, con una supervivencia media de 3-5 años. El tratamiento que ofrece mejores resultados es la quimioterapia sistémica. 30 31 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 2 Casos Endoscópicos 2 8 abril, 15h00 8 abril, 15h00 AUTORES Leticia García Diéguez, Javier Castro Alvariño, Ramón Vazquez Dourado , Ana Echarri Piudo HOSPITAL Servicio de Digestivo, Complejo Hospitalario Universitario de Ferrol 32 FÍSTULA ENTERO-VESICAL EN PACIENTE CON RECTOSIGMOIDITIS ULCEROSA: COMBINACIÓN ATÍPICA Introducción El Linfoma No Hodgkin LNH es un tumor que surge de los linfocitos y numerosas enfermedades, fármacos, tóxicos y agentes infecciosos se han asociado con el desarrollo de este tipo de neoplasia: virus del Epstein-Barr VEB, inmunodeficiencia, enfermedades autoinmunes, entre otros. Caso Clínico Varón de 62años diagnosticado en el 2005 de rectosigmoiditis ulcerosa. A tratamiento con Imurel desde hace 2 años (2,5mgr/Kgr/día). Presenta clínica de fiebre, disuria, dolor abdominal, neumaturia y síndrome general. Se objetivó en un TAC abdomino-pélvico hallazgos sugestivos de fístula entero-vesical. Se decidió realizar una colonoscopia donde a 20cm de ano se observó una gran lesión ulcerada, con fondo necrótico y aspecto penetrante, con abundante exudado, toma de biopsias. El resto de la mucosa de aspecto normal. Asociación atípica de rectosigmoiditis ulcerosa con fistula entero-vesical que nos obligó a la realización de un amplio diagnóstico diferencial . El diagnóstico resultó ser Linfoma No Hodgkin B asociado a VEB de intermedio/ alto grado que requirió tratamiento quirúrgico y quimioterápico con mala evolución. AUTORES Rosa Coelho, Filipe Vilas-Boas, Susana Rodrigues, Pedro Pereira, Eduardo Rodrigues-Pinto, Andreia Albuquerque, Rui Morais, Marco Silva, Guilherme Macedo HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar de São João HEMOBILIA: COMPLICAÇÃO RARA DE SHUNT PORTO-SISTÉMICO INTRA-HEPÁTICO TRANSJUGULAR Caso Clínico Doente do sexo masculino, 53 anos de idade, com antecedentes de cirrose de etiologia alcoólica e hepatite C, sem hábitos etílicos há 2 meses. História prévia de varizes esofágicas, encontrando-se por este motivo em programa de laqueação elástica. Por ascite refratária foi proposto para realização de shunt porto-sistémico intra-hepático transjugular (TIPS) tendo-se procedido à colocação de prótese parcialmente coberta com 10mm de diâmetro, sem intercorrências no imediato. Doze dias depois o doente é trazido ao Serviço de Urgência por encefalopatia grau II, tendo sido objetivado em estudo analítico valor de hemoglobina 4,2g/dl com toque retal compatível com presença de melenas. Foi realizada endoscopia digestiva alta (EDA) que não mostrou evidência de varizes esofágicas, sangue ou vestígios hemáticos. Por manter hemorragia digestiva alta (melenas) foi realizada nova EDA com recurso ao duodenoscópio que documentou hemorragia activa de origem biliar – hemobilia. Foi realizada posteriormente angiografia abdominal que não mostrou imagens de pseudoaneurismas, fístulas artério-venosas, ou fistulas artério-biliares. Pelo facto do doente manter hemorragia foi efetuada ecoendoscopia que excluiu presença de varizes do colédoco. Procedeu-se à realização de CPRE que mostrou vários coágulos organizados na via biliar que foram removidos com balão de extracção, tendo-se optado pela colocação de dreno naso-biliar para monitorização de hemorragia. Dado que o doente mantinha hemorragia ativa com necessidade crescente de suporte aminérgico e suporte transfusional diário, foi realizada nova angiografia abdominal que não mostrou imagens angiográficas compatíveis com hemorragia ativa. Assim, e dada a impossibilidade de realizar embolização seletiva foi realizada nova CPRE durante a qual se observou manutenção de hemorragia ativa de origem biliar tendo-se procedido à colocação de 2 próteses plásticas retas de 7 Fr com 14 cm em posição transpapilar e com topo proximal na via biliar intrahepática bilateralmente. Após realização de CPRE o doente manteve estabilidade do valor de hemoblogina sem necessidade transfusional, não apresentando desde então evidência de perdas hemáticas de novo. > 33 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 3 (Vídeos) 9 abril, 09h00 > Discussão A hemobilia constitui uma complicação rara após colocação de TIPS, estando descrita em menos de 5% dos casos. Contudo, após a criação deste shunt e perante evidência de hemorragia digestiva alta, a hemobilia deverá ser considerada como diagnóstico diferencial. Atualmente, a embolização arterial constitui o tratamento gold standard, apresentando taxas de sucesso superiores a 95%. No presente caso, o caráter intermitente da hemorragia poderá ter sido responsável pela não identificação da fístula artério-venosabiliar, impossibilitando tratamento por esta técnica. 34 AUTORES Joana Silva, Rolando Pinho, Ana Ponte, Jaime Rodrigues, Mafalda Sousa, João Carvalho HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia- Espinho TÉCNICA “TULIP- BUNDLE” MODIFICADA COMO MÉTODO AUXILIAR NA HEMOSTASE DIFÍCIL Mulher de 60 anos, sem antecedentes pessoais relevantes, submetida a resseção endoscópica de uma lesão 0-Is com 7 cm localizada no cólon sigmóide distal. Efetuada elevação submucosa com solução salina com indigo-carmin, seguida de mucosectomia fragmentada por técnica de elevação e corte. Durante a resseção, hemorragia em toalha persistente, parcialmente controlada com injeção de adrenalina. Após resseção completa, verifica-se escara de 4x4cm, com hemorragia difusa, sem vasos visíveis, que foi encerrada com clips hemostáticos, persistindo hemorragia entre os clips. Colocou-se então endoloop de modo a envolver toda a escara encerrada com clips. Contudo esta técnica “tulip-bundle” não foi conseguida pela grande dimensão da escara e posicionamento sobre prega. Com colonoscópio de duplo canal e utilizando pinça de corpos estranhos para auxiliar no posicionamento da escara no interior do endoloop, conseguiu-se hemostase completa. Apesar da hemóstase inicial, surgiram hematoquezias 4 horas após o procedimento, sendo a hemorragia proveniente do bordo proximal da escara, o qual não foi completamente envolvido pelo endoloop. Dada a impossibilidade de tratamento em visualização direta da escara, feita retroversão, sendo tentada a técnica de “tulip-bundle” que mais uma vez foi infrutífera. Com colonoscópio de duplo canal em retroversão e com pinça de corpos estranhos, foi possível hemostase definitiva com nova técnica de “tulip-bundle” modificada. A histologia revelou adenoma tubuloviloso com displasia de alto grau. A técnica de “Tulip-Bundle” modificada, usando uma pinça de corpos estranhos como método auxiliar, pode ser a única solução nos procedimentos mais difíceis. Apresenta-se iconografia endoscópica em imagens e vídeo. 35 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 3 (Vídeos) Casos Endoscópicos 3 (Vídeos) 9 abril, 09h00 9 abril, 09h00 AUTORES Lopes L, Sousa P, Parente A, Pinto F, Veiga M, Novo J, Ramada J HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Hospital de Santa Luzia, Unidade Local de Saúde do Alto Minho DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA DA SUBMUCOSA NO TRATAMENTO DO CARCINOMA GÁSTRICO INTRA-MUCOSO A dissecção endoscópica da submucosa (ESD) é o procedimento de eleição no tratamento do early gastric cancer no Japão e Coreia do Sul. No entanto, nos países Ocidentais, e em particular nos Estados Unidos da América, as lesões neoplásicas superficiais gástricas são tratadas maioritariamente por ressecção endoscópica da mucosa (EMR) ou ressecção cirúrgica laparoscópica. Neste vídeo demonstramos a técnica da ESD em 2 doentes do sexo feminino referenciadas por lesões gástricas superficiais cujas biópsias mostravam displasia de alto grau. A doente nº1 de 82 anos apresentava uma lesão tipo Ia/Ic, localizada na face posterior do antro. A 2ª doente com 77 anos apresentava uma lesão tipo Ia, com 40 mm, localizada na pequena curvatura do antro e incisura angularis. As ESDs foram realizadas segundo o protocolo habitual do Serviço: no bloco operatório, estando as doentes anestesiadas com entubação orotraqueal. Utilizou-se um endoscópio de alta-definição Olympus GIF-HQ190, insuflação com CO2, IT-knife II e fonte de eletrocirurgia Erbe VIO 300S. Estes procedimentos corresponderam à 9ª (doente nº1) e 11ª (doente nº2) ESD gástrica por lesões neoplásicas realizadas no nosso serviço, tendo demorado 45 e 112 minutos, respetivamente. As 2 ESD tiveram sucesso técnico completo (en-bloc). Os exames histopatológicos demonstraram tratar-se de carcinoma intra-mucoso em ambos os casos, sendo a ressecção completa (R0) nas 2 doentes AUTORES Puga M1, Consiglieri CF2, Gornals JB2. HOSPITAL Complexo Hospitalario Universitario de Pontevedra, 2 Hospital Universitari de Bellvitge. 1 COLANGIOSCOPIA CON SISTEMA SPYGLASS™ DS Y LÁSER HOLMIUM PARA EL TRATAMIENTO DE LA COLEDOCOLITIASIS DIFICIL Paciente de 77 años con litiasis coledocal de gran tamaño (15 mm de diámetro craneocaudal) y estenosis distal benigna del colédoco. Presenta cuatro intentos fallidos de extracción mediante CPRE a pesar de papilotomía amplia, papiloplastia extrema con balón CRE™ de 15-18mm, colocación de prótesis biliar metálica totalmente recubierta y empleo de cesta de dormía litotroptora. Dada la persistencia de episodios de colangitis se decide realizar una colangioscopia y litotricia del cálculo con láser Holmium. Para la realización de la colangioscoscopia se emplea el sistema SpyGlass™ DS (Boston Scientific), que localiza una litiasis de coloración negruzca y bordes angulados enclavada en el colédoco impidiendo el acceso a porciones proximales de la vía biliar. Tras instilación de agua destilada se realiza la litotricia con láser Holium empleando fibra laser Flexiva™ (Boston Scientific) de 200 micras. Se comprueba mediante visión directa a traves del SpyGlass™ la ruptura del cálculo y la posterior vaporización de los fragmentos, logrando finalmente acceder hasta el confluente de los hepáticos. Al retirar el colangioscopio se comprueba la adecuada limpieza la vía biliar. El paciente no presenta complicaciones secundarias al procedimiento, con evolución posterior satisfactoria y sin presentar nuevos episodios de colangitis. Las principales ventajas del empleo de láser Holmium respecto a la litotricia electrohidraulica radican en un menor daño en la pared del colédoco, la producción de fragmentos del cálculo de menor tamaño que facilitan su expulsión (logrando la vaporización de la colédocolitiasis) y una menor tasa de retropulsión del cálculo. La combinación de láser Holmium y el sistema SpyGlass™ es un buen ejemplo de la evolución tecnológica que está viviendo la endoscopia intervencionista. 36 37 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 3 (Vídeos) Casos Endoscópicos 3 (Vídeos) 9 abril, 09h00 9 abril, 09h00 AUTORES Tarcísio Araújo, F. Castro-Poças, Isabel Pedroto HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar do Porto HAMARTOMA GIGANTE DE GLÂNDULAS DE BRUNNER: UMA CAUSA INCOMUM DE HEMORRAGIA DIGESTIVA Doente do sexo masculino, 44 anos. Admitido na urgência por melenas e epigastralgias com 12 horas de evolução. Apresentava-se normotenso, mas com taquicardia. As análises revelaram hemoglobina 7 g/dl, tendo realizado 2 unidades de concentrado eritrocitário. A endoscopia digestiva alta mostrou uma lesão polipóide, pediculada, superfície irregular, dura ao toque, com cerca de 7 cm, inserida no vértice bolbar. As biopsias revelaram áreas com discreto infiltrado inflamatório polimórfico, sem displasia. A ecoendoscopia mostrou lesão pediculada (pedículo com 20 mm de maior diâmetro), heterogénea, predominantemente hipoecogénica que no seu maior diâmetro transversal apresentava 30 x 20 mm, na dependência da camada mucosa, com eventual envolvimento superficial da submucosa; não foram identificadas adenopatias periduodenais. Após discussão multidisciplinar, decidiu-se pela tentativa de exérese endoscópica. Procedeu-se à injeção na cabeça, corpo e base do pólipo de adrenalina (1:20000) e posterior exérese laboriosa com ansa diatérmica em 4 grandes fragmentos, que na sua totalidade perfaziam 12 cm. No final do procedimento, a escara apresentava-se sem aparente lesão residual, tendo sido encerrada com 2 endoclips. No período de vigilância não foram observadas intercorrências. AUTORES Tardáguila D., López-Baz A., Fernández-López A., Alvarez B., Dacal A., Martí E., Alvines G., López-Rosés L. HOSPITAL Servicio de Aparato Digestivo, Hospital Universitario Lucus Augusti de Lugo TRATAMIENTO DE DEHISCENCIA COLORECTAL MEDIANTE METODO ENDOSPONGE La dehiscencia de anastomosis quirúrgicas constituye una complicación frecuente y asociada a morbimortalidad significativa, requiriendo en muchas ocasiones retratamientos quirúrgicos con resultados inciertos. Se ha descrito una técnica de tratamiento endoscópico de las dehiscencias mediante un sistema de aspiración con esponja ( Endosponge), fácilmente aplicable y que puede lograr la resolución del problema. Se presenta un caso de dehiscencia de una anastomosis colorectal tratado con éxito con dicho procedimiento, explicando detalladamente los aspectos técnicos del mismo y se revisa la experiencia con el mismo en el servicio de Aparato Digestivo del Hospital Lucus Augusti. A análise histológica revelou tratar-se de um hamartoma de glândulas de Brunner (brunneroma), sem displasia. Na endoscopia de revisão realizada 2 meses após o procedimento não foi observada recidiva da lesão. As glândulas de Brunner são glândulas da submucosa, responsáveis pelas secreção alcalina. Os hamartomas de glândulas de Brunner são tumores raros do duodeno, com uma incidência inferior a 0,01% e localizam-se habitualmente no bolbo e segunda porção duodenal. Geralmente apresentam-se como lesões benignas, de morfologia polipóide, assintomáticas e descobertas acidentalmente, que podem ser causa de obstrução e hemorragia gastrointestinal, necessitando de remoção endoscópica ou cirúrgica. Os de maiores dimensões, descritos até ao momento, apresentavam 7 e 9 cm e foram removidos, respetivamente, por endoscopia e cirurgia. 38 39 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 3 (Vídeos) Casos Endoscópicos 4 9 abril, 09h00 9 abril, 11h00 AUTORES Patrícia Andrade, Susana Lopes, Marco Silva, Guilherme Macedo HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar de São João DRENAGEM DE PSEUDOQUISTO PANCREÁTICO – INOVAR PARA SIMPLIFICAR Mulher, 58 anos, com antecedentes de hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia, submetida a pancreatectomia distal + esplenectomia em Janeiro de 2015 por lesão quística pancreática de 17cm, sintomática, cuja histologia foi compatível com tumor cístico mucinoso com displasia de baixo grau. Pós operatório complicado de fístula pancreática para o retroperitoneu com necessidade de laparotomia exploradora em Fevereiro de 2015. Em angio-TC abdominal realizado em Janeiro/2016 foi observada lesão quísticaperipancreática, loca cirúrgica, com 9cm de maior diâmetro axial, compatível com pseudoquisto pancreático. Foi realizada ecoendoscopia para drenagem transgástrica da lesão, tendo sido colocada prótese metálica totalmente recoberta Hot AXIOS® da Boston Scientific, com 15mm /10mm, sem intercorrências. Apresenta-se o vídeo do procedimento. AUTORES Alberto Guerrero Montañés, María López Álvarez, Loreto Yáñez González-Dopeso, Marta Blanco Rodríguez, María Teresa Diz-Lois Palomares, Jesús Castro Pérez, Ignacio Couto Worner, Jesús Yáñez López, Susana Ortiz Marín, Pedro Antonio Alonso Aguirre HOSPITAL Servicio de Aparato Digestivo. Complexo Hospitalario Universitario de A Coruña CARCINOMA DE CARDIAS AGRESIVO EN PACIENTE CON ESÓFAGO DE BARRET SIN DISPLASIA PREVIA Caso clínico Presentamos el caso clínico de un varón de 59 años, sin hábitos tóxicos y con antecedente de enfermedad por reflujo gastro-esofágico. Se diagnosticó varios años antes de un esófago de Barret corto y se sometió a una funduplicatura de Nissen en 2013 por persistencia de los síntomas. Se realizaba periódicamente endoscopias de seguimiento, la última 2 años antes, con metaplasia intestinal y sin displasia en las biopsias. El paciente refería clínica de dos meses de evolución de disfagia y síndrome general, e ingresó en el hospital por hematemesis con inestabilidad hemodinámica, que requirió ingreso en UCI. Se realizó una endoscopia urgente en la que se objetivó una neoplasia ulcerada en cardias y se identificó un punto de sangrado, realizándose hemostasia efectiva con adrenalina. Las biopsias mostraron un carcinoma pobremente diferenciado y en el estudio de extensión se identificaron metástasis hepáticas. La evolución fue tórpida, presentando complicaciones tromboembólicas, neumonía bilateral e infección por virus influenzae A, falleciendo el paciente un mes después del diagnóstico. Comentarios La complicación más grave del esófago de Barret es el adenocarcinoma esofágico. La detección de displasia en el epitelio columnar intestinal constituye un marcador de riesgo de malignidad. El paciente de nuestro caso se había realizado los controles indicados, pero aún así desarrolló un carcinoma esofágico agresivo sin identificarse displasia en las endoscopias previas. 40 41 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 4 Casos Endoscópicos 4 9 abril, 11h00 9 abril, 11h00 AUTORES Artur Machado; Hermano Santos; J. Pinto de Matos; Laura Carvalho HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Trás-osMontes e Alto Douro 42 REMOÇÃO ENDOSCÓPICA DE PARAGANGLIOMA GANGLIOCITICO DUODENAL Apresenta-se o caso clínico de doente do sexo feminino, 56anos, sem antecedentes patológicos de relevo, com sintomas dispépticos recorrentes. A doente foi submetida a uma endoscopia digestiva alta que revelou a presença de uma lesão subepitelial, pediculada, com cerca de 25mm, localizada em DII, adjacente a papila de Vater. A ecoendoscopia realizada posteriormente relatou uma lesão sem características de especificidade (lipoma?/ tumor neuroendocrino?), limitada a submucosa e potencialmente ressecável por via endoscopica. Após avaliação de grupo e obtido o consentimento informado da doente, procedeu-se a remoção endoscopica da lesão, que revelou tratar-se de um paraganglioma gangliocitico. Com este trabalho pretende-se a apresentação vídeo da técnica endoscopica utilizada, com recurso a duodenoscopio. AUTORES Bastón I; Macías F; Iglesias Canle J. HOSPITAL Servicio de Aparato Digestivo, Hospital Universitario de Santiago de Compostela ETIOLOGÍA INFRECUENTE DE PÓLIPO GÁSTRICO Introducción El leiomiosarcoma uterino es un tumor infrecuente que se origina en diferentes órganos incluyendo útero, riñón y retroperitoneo y más raramente en tejidos blandos. La incidencia de metástasis ganglionares (pélvica/paraaórtica) es infrecuente sin embargo la aparición de metástasis vía hematógena suele ocurrir en los primeros 3 años siendo los órganos más frecuentemente afectados el hígado y los pulmones. Otros órganos afectados en menor medida son estómago e intestino delgado, hueso, bazo y cerebro. Caso clínico Paciente de 75 años diagnosticada en 2004 de Leiomiosarcoma uterino de 5,7 cm sobre el que se realizó resección quirúrgica con histerectomía y doble anexectomía más radioterapia posterior. Se realiza seguimiento mediante TC identificándose en el año 2010 la aparición de un nódulo en lóbulo pulmonar inferior izquierdo por lo que se realiza resección atípica de nódulo mediante VATS con estudio intraoperatorio compatible con M1 de leiomiosarcoma. En TC realizado en año 2013 aparición de un nuevo nódulo en lóbulo pulmonar inferior derecho por lo que se realiza resección atípica mediante VATS siendo la histología compatible con metástasis de leiomiosarcoma de origen uterino. En Octubre 2015 ingresó en planta de hospitalización de Digestivo por hemorragia digestiva con exteriorización en forma de melenas y anemización (Hb 8,1g/dl) en relación a pólipo pediculado gástrico de 3 cm que no se extirpa durante el ingreso por estar la paciente a tratamiento con doble antiagregación. Se toman biopsias que resultan compatibles con pólipo hiperplásico por lo que se cita a la paciente para ingreso programado para extirpación del mismo. En Diciembre 2015 se realiza TC donde se identifica lesión previamente descrita en endoscopia digestiva alta con diámetro actual de 5 cm. Ante el rápido crecimiento se realiza endoscopia digestiva alta con nueva toma de biopsias que resultan compatibles con metástasis por leiomiosarcoma (positividad para vimentina, actina de músculo liso y desmina). En ecoendoscopia la lesión parece depender de la primera capa (mucosa) y presenta un patrón heterogéneo con pedículo grueso con importante vascularización. > 43 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 4 9 abril, 11h00 > En Diciembre 2015 se realiza gastrectomía atípica de antro-curvatura mayor en torno a la tumoración con más de 1 cm de margen macroscópico circunferencial incluyendo la grasa epiploica con las adenopatias adyacentes al tumor (menores de 1 cm). El informe anátomo-patológico de la pieza quirúrgica corresponde a metástasis de leiomiosarcoma de 4,5 cm ulcerado que infiltra en profundidad la pared gástrica alcanzando la capa submucosa sin advertirse invasión vascular ni infiltración perineural ( márgenes de resección libres, once ganglios linfáticos sin evidencia de malignidad). Conclusión: El pronóstico de los leiomiosarcomas uterinos es pobre con una supervivencia media a los 5 años del 40-50% y la tasa de recurrencia es de entre 53 y 71%. En los pacientes con recurrencia o metástasis solamente la resección quirúrgica total parece estar asociada con un mejor pronóstico. En todos los pacientes con recurrencia o metástasis aislada por lo tanto, es importante tener en cuenta en qué medida la resección completa es posible o útil. 44 AUTORES Ricardo Küttner-Magalhães1, Rosa Lima2, Joana Rodrigues2, Fernando Pereira2 HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Hospital Santo António, Centro Hospitalar do Porto 2 Serviço de Gastrenterologia Pediátrica, Centro Materno Infantil do Norte, Centro Hospitalar do Porto 1 ENCERRAMENTO DE FÍSTULA GASTROCUTÂNEA ATRAVÉS DE SUTURA ASSISTIDA POR ENDOSCOPIA EM CRIANÇA DE 2 ANOS Caso Endoscópico Sexo feminino, 2 anos, citopatia mitocondrial e associação de VACTERL com atrésia esofágica e fístula traqueo-esofágica, corrigida no primeiro dia de vida. Resultou estenose esofágica anastomótica submetida a dilatação. Aos 6 meses de vida, por dificuldade na orodeglutição e má evolução ponderal, foi realizada gastrostomia cirúrgica com colocação de sonda 14 Fr. Aos 2 anos retomou alimentação por via oral na totalidade, pelo que foi removida a sonda de gastrostomia e realizada tentativa de encerramento da fístula gastrocutânea. Efectuada desvitalização do trajecto fistuloso com nitrato de prata, seguida de punção percutânea com cateter em lados opostos do orifício fistuloso, passagem de fio de sutura monofilamentar absorvível por um dos cateteres e recuperação do fio com ansa pelo outro. Na vertente cutânea da fístula realizou-se nó no fio. Nos dias seguintes a fístula manteve uma drenagem escassa que aumentou de débito progressivamente. Um mês depois repetiu-se o procedimento tendo-se acrescentado um segundo fio de sutura aplicado em orientação perpendicular ao primeiro e aplicação de cianoacrilato ao nível do orifício externo da fístula. Obteve-se sucesso clínico com eliminação completa e imediata da drenagem fistulosa. Um ano depois a criança mantém alimentação por via oral e a fístula encontra-se totalmente encerrada. Justificação: A maioria das fístulas gastrocutâneas pós remoção de sonda de gastrostomia encerra espontaneamente. No entanto, alguns factores podem influenciar este processo. Neste caso, o insucesso da primeira tentativa de encerramento corrobora a ideia que este não ocorreria de forma espontânea, relevando a necessidade duma intervenção para resolução da fístula. A cirurgia constitui a opção tradicional, embora os métodos endoscópicos possam ser uma alternativa e dentro destes a sutura endoscópica uma escolha segura e eficaz, particularmente nesta faixa etária. 45 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 4 Casos Endoscópicos 4 9 abril, 11h00 9 abril, 11h00 AUTORES Vázquez Dourado R., Echarri Piudo A., Ollero Pena V., Salazar Laya A., Dancausa Martín L., García Diéguez L., Carpintero Briones P., Castro Alvariño J. HOSPITAL Servicio de Digestivo, Complejo Hospitalario Universitario de Ferrol HEMORRAGIA DIGESTIVA DE ORIGEN OSCURO COMO FORMA DE PRESENTACIÓN DE LA ENFERMEDAD DE CROHN Presentamos el caso de un paciente de 38 años fumador sin otros antecedentes personales de interés que ingresa en nuestro Servicio por un cuadro de rectorragia que cedió espontáneamente. Las exploraciones endoscópicas realizadas durante las primeras 48 horas de su ingreso no mostraron el origen del sangrado. La ileoscopia inicial mostraba restos hemáticos sin lesiones mucosas apreciables. Ante una recidiva de su proceso hemorrágico, que precisó la transfusión de un total de 6 concentrados de hematíes,se optó por realizar una cápsula endoscópica que mostró una imagen de doble luz sugestiva de Divertículo de Meckel así como varias ulceraciones ileales de pequeño tamaño, alguna con vaso visible. Se realizó una gammagrafía y una enteroRMN que apoyaron la sospecha diagnóstica de la lesión diverticular. Posteriormente se decidió la realización de una nueva enteroRMN para control evolutivo antes del tratamiento quirúrgico definitivo ya que la inicial mostró un leve engrosamiento de la pared ileal. Efectivamente se demostró un mayor engrosamiento parietal con respecto a la exploración inicial por lo que se decidió repetir la ileocolonoscopia que demostró la presencia de varias ulceraciones ileales, más significativas en tramos proximales. El estudio histopatológico fue compatible con Enfermedad de Crohn. El tratamiento con Budesonida fue eficaz y el paciente recuperó los parámetros hematológicos no presentando recidiva del sangrado. La hemorragia digestiva baja aguda puede llegar a ser la presentación inicial de la enfermedad de Crohn hasta en un 4% de los casos según las series consultadas en la bibliografía, suele ser en casos con patrón inflamatorio y las técnicas diagnósticas que se emplean habitualmente suelen ser la endoscopia y la angiografía. La cápsula endoscópica sólo se describe en casos anecdóticos. 46 AUTORES Diogo Libânio, Jorge Lage, Sara Pires, Rui Silva, Mário DinisRibeiro HOSPITAL Serviço de Gastrenterologia, Instituto Português de Oncologia do Porto PALIAÇÃO ENDOSCÓPICA EM DOIS TEMPOS DE FÍSTULA GASTROCÓLICA MALIGNA Contexto As fístulas gastro-cólicas são complicações raras de neoplasias do estômago ou do cólon. O tratamento cirúrgico pode ser equacionado caso seja possível a resseção em bloco do trajeto fistuloso e dos segmentos envolvidos. A colocação de prótese cólica coberta como terapêutica paliativa é uma opção, embora estas se associem a um risco elevado de migração. Descrição do caso Mulher, 58 anos, sem antecedentes patológicos ou familiares de relevo, referenciada à nossa instituição após o diagnóstico de lesão estenosante do cólon transverso e lesão ulcerada gástrica, ambas com histologia de adenocarcinoma (sugerindo a revisão de lâminas e a imunohistoquímica CK7- CK20- primário gástrico de tipo intestinal), com adenopatias intra-abdominais e metastização hepática múltipla. Realizou quimioterapia paliativa com FOLFIRI (12 ciclos), com doença estável/resposta parcial, tendo iniciado após o último ciclo de quimioterapia vómitos fecalóides, com documentação imagiológica de fístula gastro-cólica. Dadas as dúvidas da exequibilidade de resseção cirúrgica, foi proposta para tratamento endoscópico de encerramento da fístula. Realizou EDA que evidenciou lesão vegetante e friável na grande curvatura do antro, com extensa loca ulcerada e trajeto fistuloso para o cólon que permitia a passagem do endoscópio. Na colonoscopia, após caraterização da estenose e identificação do orifício fistuloso a nível cólico, foi colocada prótese metálica não coberta 27/22x90mm (Wallflex Boston ®). Após 3 dias (intervalo de tempo dado para permitir a fixação adequada da prótese não coberta), foi colocada prótese metálica parcialmente coberta 26/20x90mm (Hanarostent M.I.Tech ®) no interior da prótese anteriormente colocada e fixada a esta com clip metálico. Foi verificada melhoria clínica, com resolução dos vómitos fecalóides, a permitir reintrodução de alimentação oral. O trânsito gastroduodenal realizado posteriormente mostrou posicionamento adequado das próteses e loca com origem no estômago, sem contudo se observar passagem de contraste para o cólon. Após 2 meses, a doente mantém-se assintomática e sem evidência de complicações nomeadamente migração das próteses, com doença estável e apresentando condições para continuação de quimioterapia paliativa. > 47 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 4 9 abril, 11h00 > Conclusão: A técnica inovadora utilizada, descrita pela primeira vez, possibilitou a paliação endoscópica de fístula gastro-cólica maligna através do encerramento do trajeto fistuloso aliado a um baixo risco de migração, podendo esta técnica ser considerada especialmente em segmentos cólicos em que a colocação de prótese coberta apresente elevado risco de migração. Salienta-se a importância da fixação da prótese coberta à prótese não coberta, fundamental para evitar o risco de migração da primeira. AUTORES Beatriz Romero Mosquera*, Luis Lopes**, David Martínez-Ares*, Nerea Quintáns Pinazas*, Paulo Sousa**, Aurora Cadeco**, José Ignacio Rodríguez Prada* HOSPITAL *Servicio de Digestivo. Hospital Álvaro Cunqueiro. Complejo Hospitalario Universitario de Vigo **Serviços de Gastrenterología e Anestesia. Hospital Santa Luzia. ULSAM. Viana do Castelo FASCIOLA HEPATIS COMO CAUSA DE OBSTRUCCIÓN BILIAR Introducción La fasciolasis es una zoonosis causada por el platelminto trematodo Fasciola hepática o Fasciola Gigantica que afecta fundamentalmente a animales herbívoros, convirtiéndose el ser humano en un huésped accidental, habitualmente mediante la ingestión de vegetales contaminados. El cuadro clínico varía desde una hepatomegalia dolorosa y fiebre en los casos de invasión aguda inicial, a cuadros de obstrucción biliar en la fase crónica. A menudo se produce un significativo retraso en el diagnóstico debido a la poca especificidad de la sintomatología. Caso clínico Se trata de una paciente de 68 años sometida a una colecistectomía laparoscópica en enero de 2015 por una litiasis vesicular sintomática. Durante los meses posteriores a la intervención la paciente se encuentra asintomática y los estudios analíticos y de imagen son normales, siendo dada de alta en consultas en mayo de 2015. En enero de 2016 la paciente acude a urgencias por dolor abdominal cólico. En la analítica sanguínea presenta elevación de transaminasas (GOT 344, GPT 417 y GGT 292). En la ecografía abdominal se visualiza una dilatación de la vía biliar intra y extrahepática. En el segmento yuxtapapilar del colédoco se visualiza una estructura hipoecogénica, sin sombra sónica posterior, que se describe como posible barro biliar, sin poder descartar una neoplasia a este nivel. Se realiza CPRE, objetivándose dilatación de la vía biliar intra y extrahepática. En la porción distal de la vía biliar principal se visualizan defectos de replección lineares. Se realiza esfinterotomía endoscópica, seguida de la exploración de la vía biliar principal con catéter-balón, extrayéndose de la misma 4 fasciolas vivas. La paciente desarrolla una pancreatitis aguda leve posterior al procedimiento, siendo alta a las 48 horas. Comentario La fasciolasis hepática representa una causa poco frecuente de colestasis. En general, se requiere de una alta sospecha clínica para su diagnóstico, especialmente en áreas no endémicas. A pesar de que el diagnóstico más habitual es mediante la determinación de huevos en heces, aspirado yeyunal o biliar, en ocasiones resulta un hallazgo inesperado durante la realización de técnicas endoscópicas. En el caso de la afectación de la biliar, se requiere la extracción de los parásitos mediante CPRE, asociado a tratamiento antiparasitario específico. 48 49 14 as Jornadas Luso-Galaicas de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos 28 a Reunião Norte de Endoscopia Digestiva 8-9 abril 2016 // Auditório do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Casos Endoscópicos 4 9 abril, 11h00 AUTORES Bastón I; Macías F; Iglesias Canle J. HOSPITAL Servicio de Aparato Digestivo, Hospital Universitario de Santiago de Compostela HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL DE ORIGEN OSCURO EN PACIENTE CON CÁNCER RENAL DE CÉLULAS CLARAS Introducción El cáncer renal de células claras (CRC) supone el 2-3% de los tumores malignos en edad adulta. El 25-50% de los pacientes con carcinoma de células renales pueden desarrollar alguna forma de diseminación metastásica, incluso después de la resección quirúrgica. Los órganos más comúnmente afectados incluyen el pulmón, hueso, hígado, glándulas suprarrenales, y cerebro. Sólo alrededor del 0,2-0,7% ocurren a nivel del tracto gastrointestinal. Caso clínico Paciente de 63 años sin antecedentes relevantes de interés consulta en Marzo 2013 por anemia. Se realiza ecografía abdominal donde se identifica una lesión sólida de aspecto neoformativo de 10 cm en riñón izquierdo por lo que se completa estudio con TC en el que además de la lesión previamente descrita, se identifica una lesión sólida en cola de páncreas de 3 cm y adenopatías paratraqueales e hiliares derechas de 2 cm. Se realiza nefrectomía izquierda con anatomía patológica compatible con carcinoma de células claras pT3a con margen de resección libre y pancreatectomía distal con histología compatible con bazo accesorio intrapancreático. Tras la cirugía se realiza biopsia de adenopatías mediastínicas que resultan positivas para metástasis por carcinoma de células claras iniciando en ese momento terapia con Pazopanib. Tras un año de tratamiento, en Junio 2015 aparece en las analíticas de seguimiento anemia microcítica progresiva. En Agosto desarrolla dolor torácico en relación a angor hemodinámico por anemia con Hb 6,6g/dl y melenas. Se realiza endoscopia digestiva alta en la que no se evidencian alteraciones. En Septiembre ingreso en Unidad de Coronarias por infarto agudo de miocardio sin elevación del segmento ST con realización de angioplastia e implante de stent convencional a nivel de arteria coronaria derecha y arteria descendente anterior. Inicia tratamiento con doble antiagregación (AAS+Clopidogrel). En control analítico Noviembre 2015 Hb 6,5g/dl por lo que ingresa en Oncología y se suspende el tratamiento doble antiagregante (más de 1 mes del SCA previo), quedando solo con AAS, con lo cual, presentó síndrome coronario agudo con elevación del segmento ST de localización inferior en relación a trombosis tardía del stent según mostró la coronariografía. Se realizó tromboaspiración + angioplastia simple con balón y se reinstauró doble antiagregación. Se realizó colonoscopia en la que no se identificaron hallazgos responsables y cápsula endoscópica en la que a nivel de intestino delgado se 50 identificó la presencia de múltiples lesiones nodulares ulceradas (más de 10) algunas de ellas abarcando >1/3 de la luz intestinal y con sangrado activo en yeyuno proximal. Se completó estudio con enteroscopia observándose las lesiones descritas previamente y realizando biopsia de las mismas cuyo análisis histológico fue compatible con metástasis por carcinoma de células claras (estudio inmunohistoquímico con positividad para citoqueratina AE1/AE3, vimentina, CD10 y RCM) Discusión De todos los casos de hemorragia digestiva alta, las neoplasias del intestino delgado representan el 1-4% siendo las secundarias a metástasis de carcinoma de células renales algo anecdótico. Los casos de CRC con metástasis en intestino delgado se presentan con síntomas tales como hemorragia gastrointestinal superior, anemia y astenia. Puede causar obstrucción, sangrado y en raros casos perforación o invaginación. La cápsula endoscópica y la enteroscopia pueden ser procedimientos necesarios en el paciente con síntomas gastrointestinales y una historia pasada oncológica de CRC. Las opciones de tratamiento para el CRC metastásico incluyen cirugía que ha demostrado aumentar la supervivencia del paciente. El inhibidor de la tirosina quinasa Sunitinib también ha demostrado que tiene beneficios en cuanto a supervivencia. 51 ORGANIZAÇÃO APOIOS CMYK THREE-COLOUR PRINTING