VIII TALLER NACIONAL DE ACTUALIZACIÓN PARA

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VIII TALLER NACIONAL DE ACTUALIZACIÓN PARA
VIII TALLER NACIONAL DE ACTUALIZACIÓN PARA CONSULTORES MODERNIZA,
MANZANILLO, COLIMA.
23-25 DE SPTIEMBRE 2013
Palestrante: Carlos Sebastião Andriani
Atendendo à pergunta que me foi feita pelo consultor Sergio Montenegro durante o evento
MODERNIZA, na cidade de Manzanillo, dia 24 de setembro de 2013, sobre o tema de nossa
palestra e sua vinculação com “Los Quatro Acuerdos”, tenho agora, como informar, após o estudo
do livro, que todo o tema está entrelaçado, ou seja, todos os conceitos são úteis e aplicáveis junto
com a estrutura da Gestão 3.0. A seguir apresento meus registros retirados do livro e comentários
que justificam este nosso posicionamento sobre tema tão importante para os dias atuais.
A avaliação a seguir está relacionada aos conceitos deste precioso livro do Dr. Miguel Ruíz, com o
conteúdo da Gestão 3.0, onde um dos três pilares é a autorrealização do ser humano no ambiente
de trabalho. A linguagem adotada na Gestão 3.0 é a da Psicologia Humanística, com sua evolução
para a quarta força da psicologia que é a Transpessoal conjugada com os Valores Humanos
Universais. Neste contexto temos os modelos de liderança empoderadora e podemos aqui
destacar a Liderança Transformacional.
A Diagrama desenvolveu estudo sobre História Antiga e uma linguagem comum para uso entre
diferentes tradições e diferentes culturas, visando o melhor entendimento e compartilhamento de
conhecimento sobre a verdadeira natureza do ser humano universal. É nesta condição que
avaliamos o conteúdo do livro e buscamos demonstrar os diferentes conceitos à luz da Psicologia,
conscientes que as grandes tradições do passado já possuíam o domínio sobre a natureza humana
e que hoje em dia, este tema que era de domínio somente dos iniciados, no caso dos toltecas, dos
naguales, está sendo aberto à toda sociedade.
Verificamos que tanto os Toltecas, como os Egípcios e Indus, deixaram um forte legado de
conhecimento e Dr. Miguel registra que este conhecimento surge da mesma unidade essencial
vinculada à verdade da qual partem todas as grandes tradições sagradas do mundo. (16)
Grandes sábios de todos os tempos, com registros a partir do desenvolvimento da escrita
cuneiforme e hieroglífica a 5.200 anos atrás até os dias atuais, tem demonstrado que o caminho
do ser humano é o de olhar para dentro de si. Encontrar o verdadeiro EU e tomar conhecimento
da existência do ego, como um falso eu, que tem origem na identificação do ser humano, com
elementos passageiros capazes de oferecerem poder, status, orgulho e gerando egoísmo ou seja,
foco em si mesmo, ação esta, fora de sua natureza real.
Isto é o ser humano estar longe de si a procura de si mesmo! Como o Dr. Miguel Ruiz informa, a
cidade de Teotihuacán, cidades das pirâmides, é o lugar em que “o homem se converte em
Deus”.(15) Em todas as grandes tradições espirituais, vamos encontrar a consideração de que
Deus, não está fora, mas sim dentro do ser humano. Na linguagem da psicologia, vamos verificar
uma transformação do ser humano focado no ego, na sua autoestima, para a autorrealização de
todo o seu potencial, de sua substância como ser humano, expressando uma herança do sagrado
dentro de si.
Na pag. 18, Dr. Miguel fala do mundo da ilusão, do sono que impede que as pessoas vejam
realmente o que somos, puro amor, pura luz. As pessoas sonham sem entender quem realmente
são, em função de uma neblina que dificulta o entendimento da verdade. (20) Na página 24, Dr.
Miguel registra o significado da atenção visando o discernimento e que a atenção foca naquilo que
desejamos perceber. Os adultos eu nos rodeavam quando éramos crianças, por meio da repetição
foi introduzido informações em nossa mente, sobre o que crer e não crer. Desta forma a pessoa
não escolheu a língua que utiliza, nem a sua religião, nem os valores morais que já estavam lá
antes de sua chegada. (26). As crianças acreditam no que é dito pelos adultos e este processo é
conhecido como domesticação dos seres humanos. (27). Desta forma o sonho externo nos ensina
como ser seres humanos. Passamos a julgar tudo com base no que aprendemos. (28). Ao final,
acabamos sendo alguém que não somos, perdendo todas as nossas tendências naturais. (29)
Nosso sistema de crenças é como um livro de lei que governa a nossa mente. Não é questionável.
Esta é a verdade, a nossa verdade. Baseamos todos os nossos julgamentos nesta lei, mesmo que
seja contra a nossa própria natureza interior. (31). O que é destacado é que este sistema de
crenças não foi escolhido pelo indivíduo. Qualquer atitude fora do livro da lei, é gerador de medo
e abre feridas emocionais. Mesmo que o livro da lei esteja equivocado, a atitude baseada nesta lei
transmite um sentimento de segurança, exigindo do indivíduo uma grande valentia para desafiar
as próprias crenças. (33) Para Dr. Miguel Ruíz, 95% das nossas crenças que estão armazenadas na
nossa mente não são mais do que mentiras, mas cremos em todas elas e sofremos por isso. (34)
Seguimos buscando e buscando quando tudo está em nós mesmos. (37). Esta bruma que não
permite o ser humano ver a verdade é chamada de mitote. Na Índia este termo é visto como
Maya, ou Ilusão. Nosso maior medo é o de arriscarmos a viver, de expressarmos o que realmente
somos. (38) Desta forma, o ser humano oculta o que é finge ser o que não é. (40).
Da página 15 até a página 40, Dr. Miguel Ruíz demonstra com muita clareza e propriedade, como é
formada a mente humana, que se transforma em referência de conduta. Como a mente se
transforma em um ditador que mostra sobre qual conduta a pessoa deve ter, com base em valores
morais absorvidos do contexto social. Como se inicia o processo de julgar pessoas com base na
auto referência, distanciando o ser humano de sua própria natureza, gerando medo. Desta forma,
um indivíduo que fica preso na mente, no seu ego, não consegue captar a sua verdadeira natureza
como um véu que oculta este outro lado. As escolhas vão formando o caráter do indivíduo.
É marcante o conceito do indivíduo estar vivendo uma vida que não é sua e não vivendo a vida
que é sua. Estes conceitos estão alinhados com a psicologia humanística, com a psicologia
transpessoal e com as ideias de autores como Maslow, Rogers, Viktor Frankl e Jung que focam a
autorrealização do indivíduo.
Pag. 47: SEJA IMPECÁVEL COM TUAS PALAVRAS: Primeiro acordo: aqui temos a força das palavras,
não somente ao dizê-las, mas sim também para pensar, expressar e se comunicar. Ser impecável
significa não ir contra a si mesmo. Desta forma, localizamos aqui o valor da Verdade, Ação Correta,
da Integridade que são valores humanos instalados em nossa consciência e que pertencem à raça
humana. Significa fazer uso desta energia na direção correta, na direção da verdade e do amor a si
mesmo, limpando o veneno emocional existente dentro de si. Dr. Miguel ainda reforça que
somente a verdade tornará livre o indivíduo (58).
Pag. 69: NÃO TOMES NADA DE FORMA PESSOAL: Segundo acordo. Tomar as coisas de forma
pessoal é considerado pelo autor, como expressão máxima do egoísmo. Se a pessoa não toma
nada pessoalmente, não julgando, estará imune a todo veneno emocional. A pessoa não fica
dependente de reconhecimento, de elogios para fazer as coisas que sua consciência diz que tem
que fazer. O autor ainda reforça a necessidade de retirada da máscara social (79).
Pag. 83: NÃO FAÇAS SUPOSIÇÕES: Terceiro acordo. Para o autor, o indivíduo considera o que crê
como sendo o que seja real; que o amor verdadeiro é aceitar os demais como são, sem tratar de
modifica-los (90). Se desejamos que alguém mude, isto é sinal de falta de amor ao outro. O ser
humano necessita ser o que ele realmente é, não havendo necessidade de passar uma falsa
imagem. O autor, na pag.93, que a magia das palavras fará com que o indivíduo se transforme de
mago negro para mago branco. Um mago branco faz uso das palavras para criar, dar, compartir e
amar. O espírito passa a se mover livre dentro do indivíduo, sendo este o objetivo tolteca até a
liberdade pessoal.
Verificamos nos acordos 2 e 3, uma forte metodologia para que o indivíduo reconheça o seu ego, o
seu falso eu, gerador de emoções negativas e de medo e se transforme, esvaziando este ego,
abandonando a máscara que se mostra para a sociedade para que o indivíduo seja alinhado com
sua própria natureza interior. Encontramos no acordo 3, uma valor da consciência humana,
conforme o educador indiano, Sathia Sai Baba que é o da paz. Este valor não é aprendido e sim
percebido com reação de paz no peito, toda a vez que aceitamos as pessoas como elas são, sem
desejar modifica-las.
Pag. 96: FAZER SEMPRE O MÁXIMO QUE POSSAS: O quarto acordo: (um hábito a ser adquirido) O
Dr. Miguel Ruíz discorre com muita propriedade a questão da realização pessoal, considerando
que debaixo de qualquer circunstância, o ser humano deve fazer o máximo que possa, nem mais,
nem menos. Se o indivíduo faz menos do que pode fazer, ele se subestima a si mesmo gerando
frustrações, julgamentos pessoais negativos sobre si mesmo, culpas, etc. (96) Se a pessoa sempre
faz o máximo, ele sempre se sentirá bem consigo mesmo e viverá com grande intensidade (97). A
pessoa faz o máximo, não porque irá receber uma recompensa, ao contrário, irá fazer o máximo
porque ama o que faz. (98) Este é o motivo para se fazer o máximo. Uma pessoa que trabalha
somente com base na recompensa, resiste ao trabalho. Tenta evitar a ação e não fazem o máximo
que podem. (99) A pessoa trabalha no máximo porque sente que é o que deve ser feito. Que é seu
dever fazer o máximo. A pessoa que somente trabalha pelo salário, não consegue ser feliz quando
o salário chega. Quando chega o final de semana tentam escapar-se, bebem muito porque não
gostam de si mesmos; não gostam da vida. Quando uma pessoa faz o máximo que pode não
parece que trabalha, porque desfruta de tudo o que faz. (101) Se a pessoa age porque se sente
obrigado, então, de nenhuma maneira fará o máximo que possa. Neste caso o correto seria não
fazê-lo. A ação consiste em viver em plenitude. A inação é uma forma de negar a vida. Uma idéia
que não vai para a ação não produzirá nenhuma manifestação, nem resultados, nem
reconhecimento. (102) O ser humano deve se por em pé e honrar a sua condição de ser humano.
(106) A liberdade surge quando se permite que o indivíduo seja o que realmente é. (113)
Da pag. 96 até a 113, temos um foco na autorrealização que abrange o conhecimento de si
mesmo, da necessidade de não se alimentar o ego. No sistema da Diagrama, temos o DIA4, que
são 4 processos a serem implantados nas organizações com o objetivo de se obter a
autorrealização no trabalho. O Dr. Miguel Ruíz fixa conceitos muito importantes que devem ser
utilizados na educação das pessoas. Não fazer o máximo e somente fazer o mínimo não
corresponde com as qualidades naturais do ser humano. Podemos aqui também demonstrar o
caminho da liderança com base na transação (inadequada como vimos no texto do livro) e se
busca naturalmente a liderança transformacional visando permitir que o ser humano venha a ser
tudo o que ele possa vir a ser.
Pag.122 INICIAÇÃO PARA A MORTE: Conforme Dr. Miguel Ruíz, trata-se de uma morte simbólica
de matar o ego e desta forma gerar o renascimento do ser humano. Na pag. 134 temos a definição
do guerreiro, diferente do soldado que obriga uma pessoa a seguir um determinado caminho. O
guerreiro tem controle sobre si mesmo, controla suas próprias emoções. O anjo da morte pode
ensinar sobre a forma da pessoa se sentir verdadeiramente viva. (135) Ela nos ensina a viver cada
dia como se fosse o último dia de nossa vida. O renascimento faz com que a pessoa volte a ser
uma criança (que não julga), em uma pessoa nativa, natural e livre mas com uma grande
diferença: em lugar de inocência, temos liberdade com sabedoria, rompendo como a
domesticação feita no passado, sanando a mente. Render ao anjo da morte sabendo que os
paradigmas mentais morrerão e iremos viver com uma mente sã, livres para dirigir a própria vida.
Uma pessoa presa ao passado como ela irá viver o momento presente? Se a pessoa sonha com
um futuro porque ficar preso ao passado? O anjo da morte ensina a viver o momento presente.
(Tradição tolteca).
Este texto sobre o anjo da morte e que faz uso da palavra morte de uma forma natural e em um
sentido muito positivo, levando o indivíduo a pensar em viver o momento presente como
prioridade. É sabido que uma pessoa que vive o momento presente não julga e não julgando ele
sai do ego e vai para o self (autorrealização). Este tema é tratado no livro “Poder do Agora” de
Eckhart Tolle e no Livro “Presença” do autor Peter Senge, do MIT. Este tema é fortemente tratado
também pelo Zen Budismo e na Psicologia Transpessoal.
C.S.Andriani
[email protected]
Uma avaliação do conteúdo do livro “LOS QUATRO ACUERDOS – Um libro de sabiduria tolteca” do
Dr. Miguel Ruíz, Editora URANO, 11ª edição.