nº 48 - Novembro à Dezembro
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INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . No 48 . 1º TRIMESTRE 2014 Recorde histórico de geração anual em 2013 Resultados Financeiros 2013 Inovação para gerar energia eólica Novo site está no ar GDF SUEZ tem novo CEO na América Latina SUMÁRIO 10 26 03 04 06 16 2 mensagem do presidente 03. Balanço 2013 e projeções 2014 18 USINA 18. Recordes de geração 20. Boas opções no Guia Turístico Trairi 22. Planos de Conservação e Uso de Reservatórios 24. R$ 193,9 milhões pagos em royalties em 2013 360º 04. Usinas recertificadas 04. Reconhecimento e homenagem 05. Prêmio Fundação Banco do Brasil 05. Parque Teixeira Soares 05. Prêmio Revista Ecologia & Meio Ambiente (RS) EMPRESA 06. Tractebel Energia distribui 100% de seus dividendos 07. ISE confirma excelência em governança 09. Novo site é mais dinâmico 10. Energia e alegria nos 15 anos da Tractebel 14. Tractebel adquire Ferrari Termelétrica 15. Cessão de terrenos para parque industrial em Santa Catarina ENTREVISTA 16. Philip De Cnudde Tractebel Energia 26 30 35 Pesquisa & desenvolvimento 26. Inovação e pioneirismo em projetos eólicos GDF suez 30. GDF SUEZ inicia operação no setor de óleo e gás no Brasil 32. Velas ao mar ALTA VOLTAGEM 35. Usina Solar Cidade Azul Mensagem do Presidente Balanço 2013 e projeções 2014 Iniciamos o ano de 2014 com otimismo e com a expectativa de alcançar Plinio Bordin um bom resultado no exercício. Temos uma equipe preparada e motivada na melhoria de nossa gestão, dentro de uma sistemática equilibrada entre os diversos interesses que incidem sobre a Companhia, e que crie valor para os acionistas, clientes, empregados e comunidades onde estamos inseridos. Nossa crença em nossa capacidade e o compromisso que temos em ter uma gestão transparente e íntegra nos fazem sentir confiança no futuro. Estamos ampliando nossa capacidade instalada com investimentos em fontes alternativas de energia. Temos empreendimentos em 12 estados brasileiros e continuamos ampliando nossa área de atuação. Com estas decisões estamos mitigando nossos riscos, reduzindo a concentração da geração de fontes hidráulicas e ampliando a distribuição geográfica das bacias hidrográficas. O ano que passou foi muito importante por diversos fatores. As obras de implantação do Complexo Eólico Trairi avançaram a ponto de sincronizarmos os parques Trairi, Guajirú e Fleixeiras, elevando nossa capacidade instalada para 8.715,40 MW. Graças a um elevado fator de capacidade e à operação de nossas térmicas, atingimos novo recorde de geração: 45.344.298,37 MWh ou 5.175 MW médios. Em 2013, também tivemos nossas ações socioambientais novamente reconhecidas pelo mercado. Recebemos o Prêmio LIF pelo “Projeto Água Boa”, de preservação de nascentes na região de abrangência da Usina Hidrelétrica Salto Santiago. A ABRASCA nos concedeu seu prêmio apontando a Tractebel como case de Criação de Valor. Também a ANEFAC reconheceu nossa gestão ao nos conceder seu Troféu Transparência. Fomos apontados como a melhor empresa do setor elétrico pela revista IstoÉ Dinheiro e como uma das melhores empresas para se trabalhar pela pesquisa Great Place to Work da revista Época. Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia Todos esses reconhecimentos nos dão mais energia para prosseguir em nossos projetos, em especial nas comunidades onde nossas Usinas Fechamos 2013 adquirindo a Usina Termelétrica Ferrari, de 65,5 MW, estão localizadas. Foi assim com o Parque Ambiental Tractebel, que localizada em Pirassununga (SP). Em 2014, continuaremos estudando inauguramos em Capivari de Baixo, com o Centro de Cultura inaugurado novos projetos e buscando aproveitar oportunidades de negócios. É em Alto Bela Vista, com o início das obras do parque ambiental Teixeira tempo de esperança e de se preparar para o crescimento do País e da Soares e com a continuidade das obras de implantação do Centro de demanda por energia elétrica. É tempo de vencer desafios e de trabalhar Cultura de Quedas do Iguaçu. em equipe com afinco, ética e respeito ao meio ambiente. BoasNovas 3 360o Divulgação Tractebel Usinas recertificadas O SIG (Sistema Integrado de Gestão) da Tractebel Energia foi recertificado por mais três anos, conforme as Normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001. A nova recertificação, concedida em novembro de 2013, evidencia, segundo o diretor de Produção da Companhia, José Carlos Cauduro Minuzzo, a melhoria contínua em Gestão de Qualidade, Meio Ambiente e Saúde e Segurança no Trabalho. Estruturado com base na Política Tractebel Energia de Gestão Sustentável, o SIG compreende as Usinas do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (SC), as termelétricas Charqueadas (RS), Alegrete (RS), Unidade Cogeração Lages (SC) e William Arjona (MS) e as hidrelétricas Itá (divisa RS/SC), Machadinho (divisa RS/SC), Passo Fundo (RS), Salto Osório (PR), Salto Santiago (PR), Ponte de Pedra (MT), Cana Brava (GO) e São Salvador (TO). “Essa é mais uma conquista da Companhia e de seus empregados que, na prática dos Valores corporativos, consolida o SIG como um dos agentes na Sustentabilidade Empresarial”, avalia Minuzzo. Empregados buscam excelência operacional e melhoria contínua Reconhecimento e homenagem No primeiro domingo de 2014, o jornal uruguaio Zeca Ribeiro - Acervo Câmara dos Deputados El País, divulgou o ranking da IAE Business School, da Argentina, com os 50 melhores executivos da América Latina. Os cinco primeiros são brasileiros, estando no alto do pódio Mauricio Botelho, da Embraer. Na quarta colocação aparece o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres. O critério utilizado pela IAE é a rentabilidade proporcionada aos acionistas. Zaroni também foi agraciado, em novembro, com o Prêmio Transparência e Fiscalização Pública de 2013 concedido pela Câmara Federal, na categoria Sociedade Civil. A indicação do nome do presidente foi do deputado Federal Edinho Bez (PMDB/SC). Gerente jurídico da Tractebel, José Moacir Schmidt, recebe a distinção em nome de Manoel Arlindo Zaroni Torres 4 Tractebel Energia 360o Prêmio Parque O Sistema Agroflorestal Cambona 4, que conta com o apoio do Localizado em Marcelino Ramos (RS), o Parque Natural Municipal Mata Consórcio Machadinho, do Instituto Alcoa e da Tractebel Energia, do Rio Uruguai Teixeira Soares, com 424 hectares, está com sua implantação recebeu, em novembro passado, o Certificado de Tecnologia Social da e obras em pleno andamento. No Centro de Visitantes estão sendo Fundação Banco do Brasil por meio da Fundação Banco do Brasil de instaladas as coberturas metálicas e as obras civis entram na fase de Tecnologia Social 2013. Realizada em Machadinho (RS), a solenidade construção das paredes, que são feitas na forma de muros de pedras, o de certificação contou com a participação de autoridades, parceiros e que as caracterizam com um visual muito próprio da região, com base nas produtores da erva-mate. chamadas taipas. Em paralelo às obras do Centro de Visitantes, foram O certificado de Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou iniciadas as fundações da passarela suspensa e da torre do mirante, metodologias reaplicáveis, desenvolvidas através da interação com a dois dos principais atrativos para recreação e interpretação ambiental comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social. do Parque. A partir de abril iniciam as contratações para a ambientação Essas tecnologias podem aliar a sabedoria popular, organização social da sala de exposições e a implantação do sistema de trilhas interpretativas, e conhecimento técnico-científico. O projeto Cambona 4 abrange 95 complementando as opções de visitação previstas para esta importante famílias que cultivam 160 hectares. Unidade de Conservação. A Fundação Banco do Brasil recebeu 1.011 inscrições de iniciativas sociais O Parque, que deve ser inaugurado até o final deste ano, tem por objetivo e 192 foram certificadas. O Prêmio é realizado em parceria com o BNDES conservar e valorizar a Floresta do Rio Uruguai (Floresta Estacional Decidual), (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Petrobras, a uma das mais ameaçadas do Brasil. Lá também estão grandes árvores KPMG Auditores Independentes, além da UNESCO (Organização das emergentes, como as grápias, os louros-pardos, as canafístulas e os Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). paus-marfim, dentre outras espécies típicas desta floresta. Fundação Banco do Brasil Teixeira Soares Divulgação Tractebel Gerente da agência do Banco do Brasil de Machadinho, Vera Colusso e presidente da Apromate, Sélia Regina Felizzari Centro de Visitantes começa a ganhar forma Prêmio Revista Ecologia & Meio Ambiente A contribuição da Tractebel Energia para a promoção da melhoria, Sergio Martins preservação e recuperação do meio ambiente foi reconhecida mais uma vez pela revista Ecologia e Meio Ambiente com o 3º Prêmio Mérito Ambiental Henrique Luiz Roessler. A premiação, entregue em 27 de novembro de 2013, em Porto Alegre, conta com o apoio da SEMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente do RS), FEPAM (Fundação Estadual de Meio Ambiente Henrique Luiz Roessler) e FAMURS (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul), e foi recebida pelo gerente da Usina Termelétrica Charqueadas, Renato Barbosa. Gerente da Usina Termelétrica Charqueadas, Renato Barbosa, (à dir.) recebe o prêmio BoasNovas 5 EMPRESA Tractebel Energia distribui 100% de seus dividendos O ano de 2013 foi particular para a Tractebel, que há 15 anos Plinio Bordin está no mercado brasileiro de geração de energia. Ao mesmo tempo em que vivenciou adversidades climáticas e na economia, comemorou ser a empresa de maior valor de mercado do setor elétrico brasileiro, com R$ 23,5 bilhões, em 31 de dezembro. Suas ações subiram 15,5% em relação a 2012, a receita líquida de vendas subiu 13% em relação a 2012 e seu lucro líquido apresentou pequeno decréscimo de 3,6%, totalizando R$ 1.436,7 milhões. Pelo terceiro ano consecutivo, a Companhia decidiu distribuir 100% do lucro líquido. Essa distribuição tem permitido ao Controlador investir na Usina Jirau (3.750 MW), em Rondônia. Para o diretor-presidente da Companhia, Manoel Zaroni Torres, as medidas tomadas pelo Governo relacionadas à forte estiagem que se prolonga desde o final de 2012, afetaram os agentes setoriais. “A tentativa de redistribuir o ônus da geração termelétrica adicional e a mudança na metodologia de cálculo do preço spot semanal, no decorrer de 2013, impactaram o planejamento e a estratégia comercial das empresas. Alterações nas regras durante o jogo são indesejáveis e trazem dificuldades aos agentes”, explica. Na comparação entre os anos foi detectada uma ampliação da receita líquida de vendas de R$ 656,2 milhões, ou seja, 13,4% superior, passando de R$ 4.912,5 milhões no ano de 2012 para R$ 5.568,7 milhões em 2013. Essa elevação, segundo o diretor-presidente, decorreu por causa de uma série de combinações, entre elas o aumento do preço médio líquido de venda (R$ 290 milhões), o acréscimo da receita das transações Estiagem prolongada levou ao acionamento das térmicas, como as do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda realizadas no mercado de curto prazo (R$ 268 milhões), a elevação da quantidade de energia vendida (R$ 90 milhões) e a redução da exportação de energia (R$ 8 milhões). O EBITDA reduziu R$ 57,9 milhões, ou menos 1,9%, passando RATINGS de R$ 3.100,5 milhões em 2012 para R$ 3.042,6 milhões, em 2013. A margem EBITDA em 2013 atingiu 54,6%, representando A Agência Standard & Poor’s Ratings reafirmou em 14 de novembro de 2013 uma queda de 8,5 p.p. em comparação com 2012. os ratings brAAA/brA1, na escala nacional Brasil atribuído ao crédito corporativo da Tractebel Energia, com perspectiva estável. Segunda a INVESTIMENTOS – No ano passado, a empresa investiu agência, os ratings da Tractebel refletem seu perfil de risco de negócio R$ 684,5 milhões, mais que o dobro em comparação a 2012. satisfatório e seu perfil de risco financeiro intermediário. “Focamos nas hidrelétricas, com a entrada em operação Para a S&P, a geradora ocupa uma boa posição no mercado e seu perfil de de Estreito e nos complexos eólicos de Trairi, Campo Largo e risco de negócios se beneficia de alto nível de vendas contratadas até 2015. Santa Mônica, mas não descuidamos da manutenção e da O presidente da empresa, Manoel Zaroni, diz que a confirmação do rating revitalização de nosso parque gerador, que recebeu reflete o desempenho da empresa e é também um reconhecimento à R$ 241 milhões de investimentos”, afirma o presidente. gestão financeira implementada nos últimos anos. 6 Tractebel Energia EMPRESA ISE confirma excelência em governança Fazer parte da seleta carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Plinio Bordin Empresarial) não é para qualquer companhia. É necessário cumprir muitas metas e ser transparente com suas informações. Hoje, 40 empresas, representando 18 setores da economia brasileira e somando R$ 1,4 trilhão em valor de Mercado, ou seja, 47,16% do total do valor das companhias com ações negociadas na BM&FBOVESPA, estão listadas no ISE. O Índice abriga empresas que possuem práticas diferenciadas em Governança Corporativa e Gestão Econômica, Social e Ambiental. É imprescindível que as companhias trabalhem com transparência, exatidão e clareza na prestação de informações a todos os públicos, desde comunidades, empregados, fornecedores, clientes até acionistas e governos – federal, estaduais e municipais. Tudo isso em conformidade com instituições e padrões nacionais e internacionais, como a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), o Instituto Ethos, a GRI (Global Reporting Initiative), o Guia ISO 26000 de Responsabilidade Social e outros. Desde sua criação, há nove anos, o ISE conta com a participação da maior geradora privada do Brasil. “Isso é importante porque reconhece que a Tractebel Energia tem foco na sustentabilidade em todas as suas dimensões, como uma empresa ética, transparente e dotada de governança e gestão para resultados econômicos consistentes - de curto, médio e longo prazos. Mostra, acima de tudo, que respeitamos o meio ambiente e praticamos a responsabilidade social.” Presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres Shutterstock Esforço contínuo para demonstrar os resultados Para estar nesse grupo é necessário enfrentar muitos desafios, sempre aprimorando a gestão e a governança corporativa. O consultor de Sustentabilidade da área de Relações com Investidores da Tractebel Energia, Mario Corrêa de Sá e Benevides, conta que são 30 os empregados diretamente ligados ao cumprimento das exigências impostas. “São esses representantes os responsáveis em responder um questionário com cerca de 300 questões e subquestões, agrupadas em sete dimensões: Geral, Natureza do Produto, Econômico-Financeira, Governança, Social, Ambiental e Mudanças Climáticas”, explica Benevides, acrescentando que cada dimensão tem suas questões organizadas por indicadores. BoasNovas 7 EMPRESA COMO FUNCIONA - No início de cada ano, a coordenação do ISE divulga Entre os desafios, acredita o diretor financeiro Eduardo Sattamini, um dos o cronograma do ranking para a composição da próxima carteira de ações, mais importantes é aprimorar continuamente a gestão e a governança que integrarão o índice conforme o resultado; convida as empresas corporativa, tendo a sustentabilidade na estratégia do negócio. É preciso detentoras das 200 ações mais líquidas da BM&F Bovespa a participar também, segundo ele, antecipar-se ou, no mínimo, acompanhar a evolução do ranking; propõe alterações em relação aos questionários anteriores, dos princípios, exigências e práticas de transparência, ética e sempre com o intuito de aumentar o grau de exigência nas regras desenvolvimento sustentável. A maioria das empresas que participa do de governança, gestão, sustentabilidade e transparência; e promove ISE possui programa de educação e sensibilização sobre o desenvolvimento oficinas de debates, consulta pública online e audiência pública. Após sustentável. Quatro programas da Tractebel possuem abrangência que a divulgação do questionário oficial, as empresas se organizam para transcende a do público interno, com ações realizadas nas regiões onde respondê-lo. Na Tractebel Energia, a coordenação é da estão localizadas as 25 Usinas e também e a Sede, em Florianópolis (SC). Diretoria Financeira e de Relações com Investidores, por meio do “Desenvolvemos Educação para a Sustentabilidade; Desenvolvimento Departamento de Relações com Investidores, com a participação de Cultural; Inclusão Social, com foco na infância e adolescência, e diversas áreas e comitês, como o de Sustentabilidade e o de Ética. Melhoria Ambiental”, complementa Sattamini. Divulgação Tractebel Ações sócioambientais da Companhia são analisadas no processo de avaliação para obtenção do ISE O que é o ISE? Uma iniciativa que tem como objetivo criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade e estimular a responsabilidade ética das corporações por meio de boas práticas empresariais. Foi criado em 2005 pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) em parceria com entidades profissionais ligadas ao mercado de capitais, além da Fundação Getúlio Vargas, Instituto Ethos e Ministério do Meio Ambiente. Sua criação foi financiada pela IFC (International Finance Corporation), braço financeiro do Banco Mundial, cuja missão é promover investimentos no setor privado de países em desenvolvimento. O ISE é também uma ferramenta para análise comparativa da performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada na eficiência econômica, no equilíbrio ambiental, na justiça social e na governança corporativa. A metodologia do índice foi desenvolvida pelo GVCES (Centro de Estudos em Sustentabilidade) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas com o apoio financeiro do IFC, tendo reunido inicialmente 28 empresas. 8 Tractebel Energia EMPRESA Novo site é mais dinâmico Mudança atende a área comercial que necessita de um canal de comunicação direto com clientes, potenciais clientes e stakeholders No final de novembro entrou no ar a página www.tractebelenergia.com.br com novo design e uma nova área de negócios, em um ambiente totalmente dinâmico, já que diversos banners e espaços específicos distribuídos por vários pontos do site facilitam uma melhor comunicação. O grande diferencial é que o site tem mais ênfase na área comercial da empresa, já que a Tractebel, além de ser a número 1 do ranking de empresas privadas de geração de energia do Brasil, é uma das principais comercializadoras de energia no Mercado Livre. A mudança tem, segundo o gerente de Comercialização, Gabriel Mann dos Santos, dois pilares. Primeiro, a necessidade da área comercial de ter um novo canal de comunicação com os clientes, potenciais clientes e Mercado; e, segundo, a necessidade de adequar o site da Tractebel com o novo guideline da GDF SUEZ, documento que traz um conjunto de diretrizes e regras para as suas controladas com relação aos seus canais online. “A ideia era fazer um site mais próximo das necessidades dos clientes e potenciais clientes, com informações sobre o mercado de energia e a atuação da Empresa dentro desses segmentos de uma forma organizada, sistematizada, segura e com linguagem didática e comercial”, explica Gabriel. Com esse novo desenho é possível conversar com os atuais clientes; com potenciais clientes e demais stakeholders; e exibir uma quantidade maior de informações com destaques diferenciados. “Queremos que a Tractebel se posicione no mercado como uma fonte confiável de informação,” revela. Outra novidade no novo ambiente de Negócios é o Informativo Mensal Info Energia, elaborado pela Tractebel Energia, com várias informações sobre Economia e Mercado de Energia Elétrica. “Esse informativo fica disponível na área comercial, além de ser enviado por e-mail aos clientes da Companhia”, conta Gabriel. Outra grande modificação com relação ao antigo site é a disponibilização de conteúdo estruturado sobre o mercado de energia, o Mercado Livre e seus diferenciais, os produtos e serviços oferecidos pela Tractebel, as ações do Programa de Relacionamento, dentre outros novos conteúdos. Um novo serviço de análise de viabilidade de migração para o Mercado Livre foi disponibilizado e essa ferramenta ajuda no processo de contratação de energia. BoasNovas 9 EMPRESA Renato Marques Energia e alegria nos 15 anos da Tractebel Convidados dançaram e cantaram no show de Ivete Sangalo, uma das mais completas artistas brasileiras A festa de final de ano da Tractebel reuniu muita energia e alegria, tanto no apresentadora, empresária, modelo e produtora de eventos. Sim, uma palco quanto na pista, tendo Ivete Sangalo como a estrela maior do show mulher de mil e uma utilidades. de 15 anos da Companhia, que reuniu clientes, parceiros e fornecedores. Com sua banda e bailarinos, somando 14 pessoas no palco, Ivete cantou Depois de um breve discurso, o presidente da Empresa, Manoel Zaroni antigos sucessos, começando com “País Tropical”, de Jorge Ben; mostrou Torres, chamou a artista ao palco dizendo: “E agora vai rolar a festa!”. seu romantismo com as canções “Se eu não te amasse tanto assim”, Os mais de mil convidados que estavam no Golden Hall, Complexo dedicada ao presidente e sua mulher, e “Corazón Partio”; e fez os WTC/São Paulo, no dia 1º de dezembro, seguiram o presidente e não convidados cantarem e pularem com sucessos, como “Festa”, “Abalou”, pararam, por quase duas horas, de cantar e dançar. Foi uma noite “Arerê”, entre outros. inesquecível, na qual foi possível assistir a uma das mais completas Comunicativa e alegre, Ivete chegou a pedir no palco para fazer outros artistas brasileiras da atualidade. Ivete Maria Dias de Sangalo Candy não shows para a geradora e comercializadora de energia: “sabem o que é é só cantora. É também compositora, instrumentista, atriz, dubladora, potência de energia? É Tractebel mais Ivete Sangalo! “ 10 Tractebel Energia EMPRESA Renato Marques Show foi contagiante desde a entrada no palco da diva Ivete Sangalo Bruno Bezerra Presidente Manoel Arlindo Zaroni Torres fala aos convidados antes do show Gabriela Lima Gomes Diretor de Produção da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo (centro) com lideranças do Instituto Acende Brasil, Eduardo Monteiro e esposa (à esq.), e Claudio Salles e esposa (à dir.) Bruno Bezerra Ivete abriu o camarim aos convidados. Na foto, o diretor de Comercialização de Energia da Tractebel, Marco Antonio Amaral Sureck e esposa BoasNovas 11 EMPRESA Rodrigo Machado Renato Marques Presidente do Conselho de Administração da Tractebel, Maurício Bähr e esposa (à esq.), acompanhado dos representantes do ONS István Gárdos (centro) e Hermes Chipp (à dir.) Gabriela Lima Gomes Bruno Bezerra Diretor de Implantação da Tractebel, José Luiz Jansson Laydner e esposa (à esq) e Carlos Alberto Cichi e esposa Cristiano Elisei Convidados puderam assistir ao show bem perto do palco 12 Prefeitos dos municípios lindeiros das Usinas também curtiram o show de Ivete Sangalo Tractebel Energia Vice-presidente do Grupo RIC, Marcelo Petrelli, e Luciano Andriani (à dir.), diretor administrativo da Tractebel EMPRESA Gabriela Lima Gomes Bruno Bezerra Ivete recebe no camarim o CFO da Tractebel, Eduardo Sattamini e esposa Mauricio Bähr e Edson Luiz da Silva, diretor de Planejamento e Controle da Tractebel Bruno Bezerra CEO da GSELA, Jan Flachet, e esposa (à esq.) acompanhados do Cônsul da Bélgica em São Paulo Didier Vanderhasselt e seus pais Gabriela Lima Gomes Cristiano Elisei Presidente do Conselho de Administração da WEG, Décio da Silva acompanhado do presidente da Marisol, Giuliano Donini Ivete conversou com a plateia várias vezes durante o show BoasNovas 13 EMPRESA Tractebel adquire Ferrari Termelétrica Localizada no Estado de São Paulo, essa é a 3ª usina movida à biomassa da Geradora, que vem diversificando seu portfolio de energia renovável A Tractebel Energia anunciou, em 24 de fevereiro, a Divulgação Tractebel conclusão da aquisição, por meio da liquidação financeira, da Ferrari Termoelétrica, por R$ 161 milhões. Do montante, R$ 34 milhões encontram-se depositados em conta garantia, a serem liberados quando do atendimento de determinadas condições precedentes, ou devolvidos, conforme o caso. A transição fora anteriormente aprovada sem restrições pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em 20 de janeiro. Localizada no município de Pirassununga (SP), a Usina tem capacidade instalada de 65 MW e capacidade comercial de 23 MW médios. Para gerar energia, a termelétrica utiliza como combustível o resultante do processamento da cana-de-açúcar. “Esse foi um bom negócio, pois vamos ampliar de 65 MW para 80 MW a capacidade instalada da Usina, com a capacidade comercial pulando de 23 MW para 35 MW”, explica o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos da Tractebel Energia, José Luiz Jansson Laydner. A Termelétrica Ferrari vai ganhar uma caldeira e uma turbina novas, que devem estar funcionando com a nova capacidade até o primeiro semestre de 2015. Foram pagos R$ 172 milhões pela termelétrica e devem ser investidos mais R$ 85 milhões na modernização e ampliação da planta. “Isso vai permitir à Companhia aumentar sua oferta de energia elétrica, ampliar seus negócios com clientes livres e fechar novos contratos de comercialização de energia”, afirma Laydner. Para o diretor, essa planta, além de ampliar a capacidade de geração, permite a diversificação de fontes e aumenta o portfolio de energia renovável da Companhia – eólica, biomassa e PCHs (pequenas centrais elétricas). A Termelétrica Ferrari é a terceira planta de biomassa da Tractebel, que já possui a Ibitiúva Bioenergética (33MW), também no Estado de São Paulo e a Unidade de Cogeração Lages (28 MW), em Santa Catarina. 14 Tractebel Energia Tractebel vai investir R$ 85 milhões para ampliar a capacidade de geração da Usina EMPRESA Cessão de terrenos para parque industrial em Santa Catarina Tractebel Energia e Prefeitura de Tubarão assinam Memorando de Entendimento para instalar um Parque Industrial próximo ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda Em mais uma iniciativa de gerar desenvolvimento nos locais onde atua e cumprir com ações socioambientais, Silvana Lucas/Notisul a Tractebel Energia cedeu à Prefeitura de Tubarão terrenos às margens da BR-101, principal acesso ao Sul do Brasil. O objetivo é instalar um Parque Industrial defronte ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (857 MW), com uma área total de 56,6 hectares, divididos em uma área A, com 45,7 hectares, e outra B de 10,9 hectares. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Tubarão, Clair Teixeira, agradeceu o apoio de entidades parceiras e pediu empenho para dar os próximos passos. “Estamos plantando uma semente muito boa para o desenvolvimento de Tubarão e da região e agradeço o empenho da Tractebel, da ACIT e dos demais parceiros”, disse no dia da assinatura do MDE (Memorando de Entendimento), em 29 de novembro de 2013. “O futuro parque industrial tem uma localização privilegiada, próxima da BR-101, do aeroporto regional e dos portos de Laguna e Imbituba”, complementou Teixeira. Cessão dos terrenos representa chance de maior desenvolvimento para Tubarão O prefeito Olavio Falchetti agradeceu à gestão anterior da Prefeitura que iniciou as tratativas com a Tractebel e os diretores da Empresa que entenderam a necessidade da economia local. Mas existe uma contrapartida com foco na sustentabilidade. “O município do município em ter um condomínio industrial. “A e as indústrias deverão implantar gestão ambiental cooperativa entre eles, otimizando o uso de Tractebel mostra com isso que está comprometida com recursos, serviços e infraestrutura pública”, observa Minuzzo. Ele explica ainda que as o futuro da região, assim como fez ao criar o Parque indústrias devem comprovar que atuam buscando o desenvolvimento sustentável da região Ambiental, em Capivari de Baixo, em outubro do e deverão implantar em suas unidades mecanismos de reuso e reciclagem de materiais. ano passado”, observa Falchetti. Vale ressaltar que a cessão é exclusiva para implantação de parque industrial e é de Esse Parque Industrial, segundo o diretor de Produção responsabilidade da Prefeitura e das indústrias a realização da infraestrutura necessária à de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo, instalação das mesmas. A assinatura do Memorando de Entendimento ocorreu em Tubarão, vai promover o desenvolvimento na região, com a com a presença do prefeito João Olavio Falchetti, do diretor de Produção de Energia da criação de empregos diretos e indiretos, incremento Tractebel, José Carlos Minuzzo, do secretário do Desenvolvimento Econômico, Clair Teixeira, da receita do município, aprimoramento da infraestrutura entre outros. O MDE tem validade de cinco anos ou até a assinatura de comodato das áreas, e de serviços para a população, além do fortalecimento com vigência até 28 de setembro de 2028. BoasNovas 15 ENTREVISTA Philip De Cnudde O belga Philip De Cnudde assume a presidência da GDF SUEZ para a América Latina com o desafio de substituir Jan Flachet, que ocupou o cargo desde 2003. Flachet será o novo CEO do Grupo GDF SUEZ para a região da Ásia e Pacífico, sediado em Bangkoc, Tailândia. De Cnudde se mudará em breve com a esposa para Santiago do Chile, de onde comandará as operações do Grupo na América Latina. Ainda em Londres, ele concedeu a seguinte entrevista para Boas Novas. Boas Novas – Conte-nos sobre a sua carreira no David Plas grupo? Philip De Cnudde – Ao longo dos últimos 13 anos, eu tenho trabalhado na Linha de Negócios Internacionais de Energia da GDF SUEZ, primeiro como vice-presidente de Controle de Negócios e, desde 2007, como vice-presidente executivo de Supervisão de Desenvolvimento de Negócios. Em 1993, comecei a trabalhar para o Grupo, na Electrabel como Chefe de Operações em uma usina belga. Um ano depois, me tornei gerente de projeto para implementação do SAP na Unidade de Negócios de Geração da Electrabel, em Bruxelas. Em 1998, fui nomeado Chefe do Departamento de Auditoria Interna, antes de mudar para a Tractebel EGI (hoje GDF SUEZ Energy International) em 2001 para assumir o cargo de Chefe de Controle de Negócios, Consolidação e Contabilidade. BN – Quais são os desafios da América Latina para o Grupo? De Cnudde – A América Latina é, sem dúvida, uma das regiões-chave para GDF SUEZ. Temos um pipeline considerável de projetos em desenvolvimento, tais como hídrica, eólica, solar, térmica e de GNL em muitos países da América Latina. No entanto, o nosso maior desafio é continuar a criar um crescimento rentável e responsável em uma parte do mundo onde a demanda de energia continua a aumentar, como consequência da expansão econômica, e onde a competição está ficando maior a cada ano. Por isso, vamos continuar a focar em nossas principais forças, que são Brasil, Chile e Peru, fortalecendo as empresas existentes através da excelência operacional. Por outro lado, também temos de explorar novas oportunidades de negócios, a fim de não perder as novas tendências e evoluções no negócio de energia, que está em constante evolução, e avaliar a atratividade de novos países e buscando oportunidades de crescimento responsável. 16 Tractebel Energia De Cnudde assume o comando do Grupo na América Latina com o desafio de manter o forte crescimento ENTREVISTA BN – O que leva GDF SUEZ a investir na região? David Plas De Cnudde – Uma das prioridades para a GDF SUEZ é focar seu crescimento nos países emergentes. As previsões de crescimento da América Latina são fortes e a maioria dos seus países tem estruturas de mercado que permanecem muito atraentes para os investidores. Como já experimentamos no passado, a América Latina é uma região com uma capacidade de resistência impressionante para enfrentar choques externos e que oferece oportunidades interessantes para o nosso negócio daqui para frente. Os ratings continuam melhorando; o Chile, por exemplo, é a 7ª economia emergente do mundo, com o declínio do risco-país. A maioria dos países em que operamos é considerada grau de investimento. A GDF SUEZ tem um histórico muito bom na região. Estamos mostrando um crescimento constante no Peru, onde comissionamos várias usinas nos últimos anos. Com outras plantas em construção ou desenvolvimento, a Enersur terá o dobro da sua capacidade em 2014 em comparação com 2011. No Chile, a E- Cl está trabalhando em um projeto interessante para construir uma linha de transmissão que vai ligar Mejillones, no norte do país, com a rede elétrica SIC (Sistema Interconectado Central), que abrirá novos mercados e oportunidades para o país. A empresa também está desenvolvendo uma série de projetos renováveis inovadores, incluindo soluções de biomassa e energia solar fotovoltaica. Na América Latina, nós também vamos continuar a olhar para novos países; acabamos de entrar no Uruguai, um país estável, aberto a investidores privados no setor da energia, com um projeto estratégico: GNL del Plata, que é a construção e operação de um terminal de regaseificação de GNL. BN – Qual é o papel do Brasil para o sucesso da GDF SUEZ América Latina? De Cnudde – O Brasil é, sem dúvida, um país estratégico para a GDF SUEZ. Ao longo dos últimos 15 anos, fomos capazes de demonstrar um crescimento forte e responsável, ampliando nossa capacidade de produção e aumentando o mix de energia da Tractebel Energia. Hoje, ela é a maior empresa privada no mercado brasileiro e uma referência no setor por sua governança e profissionalismo. GDF SUEZ aposta no GNL para crescer ainda mais no Brasil Para o futuro, vamos continuar a procurar oportunidades no país, tais como a expansão de nossas atividades renováveis não-convencionais, a participação em consórcios para empreendimentos hidrelétricos e de BN – Em particular, qual é o papel da Tractebel Energia geração térmica com foco especial em gás. O grupo GDF SUEZ iniciou para o crescimento do Grupo na região? recentemente as atividades de E&P no Brasil, com a aquisição de seis blocos De Cnudde – A Tractebel é a nossa maior empresa operacional na região terrestres na 12 ª rodada de licitação de gás, bem como da participação e continuará a ser uma parte importante da nossa estratégia regional para da Vale em blocos de gás na Bacia do Paranaíba no Brasil. A experiência expandir nossos negócios na América Latina. A Empresa tem um forte da empresa combinada com a sua forte presença no país torna o Brasil histórico operacional e comercial, que será fortalecido e ampliado com a um dos países mais adequados para o desenvolvimento de projetos transferência da UHE Jirau. Além disso, a Tractebel permanecerá como integrados do tipo Exploration to Power. No médio prazo, o objetivo é nosso principal veículo para o desenvolvimento dos nossos projetos de desenvolver estes negócios, permitindo uma gestão flexível de gás e energias renováveis não-convencionais e potencialmente outros novos uma vantagem competitiva na geração térmica com acesso ao gás. negócios, em linha com o perfil atual da Empresa. BoasNovas 17 USINA Recordes de geração em 2013 Plinio Bordin Usina Hidrelétrica Salto Santiago (PR) foi a campeã em geração com 8.433.855,93 MWh em 2013 Pela primeira vez, a Tractebel Energia superou a marca dos 8 mil MW respectivamente. Já as hidrelétricas Salto Santiago (PR) e Ponte de gerados em suas Usinas, com geração instantânea de 8.031,60 MW, no Pedra (MT) alcançaram o máximo em julho e março, respectivamente. dia 22 de janeiro de 2014, às 14h30. O diretor de Produção de Energia da O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (SC) bateu seu recorde Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo, ressalta que esta geração anual histórico em 2013, gerando 5.719.270,46 MWh, que significam instantânea representa 92% da capacidade total das Usinas operadas 652 MW médios, o que representa 76% da capacidade instalada do pela Companhia. Complexo de 857 MW. No acumulado de 2013, a maior empresa privada de geração de energia “Esses números confirmam a capacidade das nossas Usinas em alcançou 45.344.298,37 MWh, o que significa um novo recorde de geração atender a demanda do Sistema Elétrico e também a capacidade anual. As termelétricas Lages (SC), William Arjona (MS) e Ibitiúva (SP) contínua da Companhia, que vem apostando na construção, na superaram sua geração nos meses de novembro, dezembro e agosto, manutenção e na diversidade de seu parque gerador”, conclui o diretor. 18 Tractebel Energia USINA Complementares Termelétricas Hidrelétricas Usina Geração Anual 2013 MWh Cana Brava (GO) 2.609.123,743 Estreito (MA/TO) 5.104.819,661 Itá (RS/SC) 7.440.899,855 Machadinho (RS/SC) 5.147.730,209 Passo Fundo (RS) 895.095,229 Ponte de Pedra (MT) 1.255.965,307 Salto Osório (PR) 5.968.323,630 Salto Santiago (PR) 8.433.855,930 São Salvador (TO) 1.383.587,543 Alegrete (RS) 27.059,689 Charqueadas (RS) 253.942,647 Jorge Lacerda A (SC) 1.303.227,324 Jorge Lacerda B (SC) 1.785.011,599 Jorge Lacerda C (SC) 2.631.031,538 William Arjona (MS) 293.756,052 Areia Branca (MG) 71.856,439 Beberibe (CE) 89.243,289 Fleixeiras I (CE) 5.691,582 Guajiru (CE) 31.503,130 Ibitiúva (SP) 195.841,105 José Gelazio (MT) 90.745,017 Lages (SC) 133.451,704 Pedra do Sal (PI) 65.523,929 Rondonópolis (MT) 99.639,585 Trairi (CE) 27.372,633 Total Plinio Bordin 45.344.298,37 Usina Hidrelétrica Estreito Plinio Bordin Usina Termelétrica Jorge Lacerda Plinio Bordin Usina Ibitiúva BoasNovas 19 USINA Boas opções no Guia Turístico Trairi Incentivado pela Tractebel Energia, foi lançado em novembro o Guia Turístico de Trairi com variadas atrações da região, tanto na cidade/praia, quanto no sertão. O objetivo é mostrar ao Brasil e ao mundo o potencial turístico de Trairi, já que o município é rico em diversidade cultural e paisagens naturais, muitas ainda totalmente desconhecidas. Trairi é a terra da Renda de Bilro no Estado do Ceará, sendo Patrimônio Cultural da cidade, juntamente com festas populares, como a dança Reisado, de origem portuguesa, também conhecida como Folia de Reis. No sertão, as atrações são a produção artesanal de farinha, a rapadura e as rotas de aventura. Lá é possível conferir os quintais produtivos, os sistemas agroflorestais, as casas de sementes e as hortas comunitárias. Já o litoral oferece esportes náuticos, como kitesurfe e windsurfe; passeios de jangadas e catamarãs e muitas pousadas e restaurantes, com boa infraestrutura turística. Mariana Kadletz A prática de kitesurfe é comum o ano inteiro em Trairi 20 Tractebel Energia USINA “Nossa intenção com a produção do Guia foi sintetizar todos estes aspectos Divulgação Tractebel culturais, turísticos, esportivos e gastronômicos em um só lugar, onde o visitante possa ter uma boa ideia de tudo o que esta terra oferece”, explica o diretor administrativo da Tractebel Energia, Luciano Andriani. É neste município que a Tractebel implanta o Complexo Trairi (115 MW), com financiamento do BNDES e recursos próprios, para fornecer energia diretamente a clientes livres, ou seja, consumidores de até 3 MW. O Guia é resultado de um compromisso junto ao Banco para fazer investimentos sociais em amparo às comunidades lindeiras do local. A importância desta publicação, afirma o gerente regional da Tractebel, Marcio Daian Neves, se dá no fortalecimento do fluxo turístico, na ampliação dos roteiros disponíveis aos visitantes e até mesmo na melhoria da autoestima da população, que por muitas vezes desconhece o potencial de seu município. É um projeto na categoria de Desenvolvimento de Renda para fortalecer a identidade regional; favorecer a inclusão social e reduzir desigualdades regionais e sociais; e estimular a criação e ampliação de postos de trabalho. “Este guia faz parte de uma série de ações feitas pela Companhia com a comunidade de Trairi nas áreas sociais e ambientais”, O mesmo vento que move os aerogeradores embala as jangadas e refresca os turistas nas redes na paria de Guajiru resume Marcio Daian Neves. João Wendel A renda de bilro é patrimônio cultural e seu comércio produz riqueza em Trairi João Wendel Estuário do Rio Mundaú João Wendel A culinária local mistura tradições indígenas com influências europeias João Wendel Piscina de corais na Praia de Guajiru BoasNovas 21 USINA Planos de Conservação e Uso de Reservatórios Toda usina hidrelétrica do Brasil deve possuir o seu Pacuera (Plano de Conservação e Uso do Reservatório Artificial), também conhecido como Plano de Uso do Reservatório, aprovado pelo órgão competente estadual ou federal. Isso é determinado na Resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 302/2002, transformado em Lei pelo novo Código Florestal. O objetivo do Pacuera é disciplinar a conservação, a recuperação, o uso e a ocupação ordenada do entorno do reservatório, de forma a promover o desenvolvimento sustentável local, ou seja, os seus usos múltiplos. As Usinas Itá e Machadinho, ambas na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e as Usinas Ponte de Pedra e Cana Brava tiveram seus planos aprovados pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e estão sob sua coordenação. Já Salto Osório e Salto Santiago têm seus planos aprovados pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e As consultas públicas de Itá e Machadinho transcorreram a contento, com a participação qualificada dos presentes. João Pessoa Riograndense Moreira Junior, superintendente estadual do IBAMA/RS Passo Fundo (RS) possui seu Plano de Uso aprovado pela FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental). Os planos das hidrelétricas São Salvador (TO) e Estreito (TO/MA) já foram elaborados e encontram-se na fase de análise pelo IBAMA. Estreito Cana Brava Ponte de Pedra São Salvador Salto Osório Salto Santiago Itá Passo Fundo Machadinho 22 Tractebel Energia USINA O diretor de Produção de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro Plinio Bordin Minuzzo, comenta as atividades que integram o Pacuera. “Na Usina Machadinho, por exemplo, ações como realização de oficinas com os municípios para obtenção de subsídios à elaboração dos Planos de Desenvolvimento do Turismo e aproveitamento do lago serão realizadas, além da elaboração dos referidos Planos. Já em Itá, cujo Plano Diretor foi aprovado na renovação da Licença de Operação, a principal ação foi o estabelecimento da sistemática de utilização das Permissões de Uso do Reservatório através de reuniões com as comunidades”, diz. Ainda em Itá, o Plano de Uso continua sendo divulgado através das ações de educação ambiental da Usina. O superintendente estadual do IBAMA no Rio Grande do Sul, João Pessoa Riograndense Moreira Junior, comenta o PACUERA. “Foi possível concluir que além de atender as diretrizes metodológicas do Termo de Referência, o Plano permite avaliar as potencialidades e vulnerabilidades ambientais existentes na área de influência do empreendimento. A Área de Preservação Permanente (APP), chamada no PACUERA de Zona de Proteção Ambiental (ZPA) de largura variável de no mínimo 30 metros e em média 86,6 metros também foi aprovada com os parâmetros propostos.” Pacuera do reservatório de Machadinho foi o mais recentemente aprovado pelo IBAMA A ideia do Pacuera é contribuir para a tomada de decisão nas áreas social, ou específicos para exploração econômica como piscicultura, navegação ambiental e institucional; para o direcionamento adequado do uso e turística, irrigação, abastecimento industrial, loteamentos e abastecimento ocupação do solo no entorno dos reservatórios; e para o aproveitamento público, entre outros”, complementa o gerente de Meio Ambiente da do potencial de usos múltiplos das águas. “Embora os reservatórios sejam Tractebel Energia, José Lourival Magri. construídos com a finalidade primeira de gerar energia, muitos outros novos O Pacuera é atemporal e precisa, sempre que necessário, ser atualizado usos se tornaram possíveis a partir da formação do lago, sejam eles sem para atendimento dos anseios da população de forma racional e sustentável, fins lucrativos como lazer, recreação, turismo, navegação e pesca amadora a exemplo do que ocorre com os Planos Diretores dos Municípios. Participação da Comunidade Divulgação Consórcio Machadinho Antes da aprovação do Pacuera, são realizadas Consultas Públicas para sua apresentação e discussão com as comunidades locais. No caso da Usina Machadinho, as consultas ocorreram nos dias 5 e 6 de novembro, nas cidades de Piratuba (SC) e Barracão (RS) e contaram com a participação de cerca de 350 pessoas, desde lideranças até agricultores locais. Previamente, o plano foi divulgado através de folders, reportagens em jornais, rádios e cada Prefeitura recebeu três exemplares para disponibilizar nas bibliotecas e Secretarias municipais, além dos sites do IBAMA e Consórcio Machadinho. As consultas foram presididas pelo superintendente do IBAMA do Rio Grande do Sul, João Pessoa Riograndense Moreira Junior. “As consultas públicas de Itá e Machadinho transcorreram a contento, com a participação qualificada dos presentes. Observou-se um número representativo dos moradores lindeiros, lideranças comunitárias e políticas,” observa Junior. Consultas públicas, como a de Barracão (SC) mobilizaram a comunidade BoasNovas 23 USINA R$ 193,9 milhões pagos em royalties em 2013 A Tractebel Energia recolheu, em 2013, o total de R$ 193.986.040,07 a título de COFURH (Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica). Deste valor, R$ 77.594.416,23 foram destinados aos 65 municípios abrangidos pelas nove hidrelétricas da Companhia (ver mapa). Esses recursos são distribuídos entre Agência Nacional de Águas, UHET Estados, Municípios, Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Minas e Energia e Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT. UHSA UHCB Rateio Valor UHPP Agência Nacional de Águas R$ 21.554.004,00 Estados R$ 77.594.416,23 Municípios R$ 77.594.416,23 Ministério do Meio Ambiente R$ 5.172.961,08 Ministério de Minas e Energia R$ 5.172.961,08 UHSO UHSS UHIT UHPF FNDCT R$ 6.897.281,44 Total R$ 193.986.040,07 UHMA Usinas Usina A COFURH, instituída pela Constituição Federal de 1988, é um percentual que as concessionárias de geração hidrelétrica pagam pela utilização de recursos COFURH Salto Santiago R$ 42,683,458.70 e a distribuição dos recursos entre os beneficiários. As concessionárias pagam Itá R$ 37,978,603.95 6,75% do valor da energia produzida a título de compensação financeira. Salto Osório R$ 30,228,351.37 Machadinho R$ 26,154,180.05 Estreito R$ 25,873,018.43 Cana Brava R$ 13,183,441.36 cada município recebeu em 2013 podem ser encontrados no site da ANEEL São Salvador R$ 6,991,907.45 em www.aneel.gov.br/aplicacoes/cmpf/gerencial. Ponte de Pedra R$ 6,355,251.40 Passo Fundo R$ 4,537,827.36 Total R$ 193,986,040.07 hídricos. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) gerencia a arrecadação Os valores efetivamente repassados pela ANEEL aos municípios podem ser um pouco diferentes dos divulgados pela Tractebel em função de fatores como o ganho de energia pela existência de outras usinas no mesmo rio. Ressalta-se que o repasse aos municípios é feito pela ANEEL com defasagem de até 60 dias em relação ao recolhimento feito pela Tractebel Energia. Os dados exatos que Pequenas Centrais Hidrelétricas são dispensadas do pagamento da COFURH. 24 Tractebel Energia USINA Divulgação Prefeitura de Maximiliano de Almeida “A compensação financeira repassada ao município de Maximiliano de Almeida tem sido de grande ajuda para cumprir com o pagamento das contrapartidas em compras de equipamentos, veículos para atendimento à população, nos pagamentos dos projetos aprovados e das parcelas de precatórias que estão sendo pagas.” Lenir Moterle Bessegato Prefeita municipal de Maximiliano de Almeida (RS) Divulgação Prefeitura de Chopinzinho “A aplicação de recursos dos royalties em Chopinzinho garante a manutenção de programas de destaque regional e grande importância para o setor de Educação, como a manutenção do campus da Unicentro em nosso município, o custeio do programa de transporte acadêmico 100% gratuito e também é aplicado no programa de educação em tempo integral, que atende atualmente 1.350 alunos e é desenvolvido em todas as escolas da rede municipal de ensino, dentro da área urbana e rural, entre outros programas que são importantes para o desenvolvimento do município”. Leomar Bolzani Prefeito municipal de Chopinzinho (PR) Divulgação Prefeitura de Minaçu “Os recursos dos royalties destinados pela Tractebel ao município de Minaçu são muito importantes, pois são aplicados na construção e manutenção das nossas estradas. Na zona rural, foram mais de 36 km de estradas construídas, contamos ainda a construção de pontes e bueiros também através deste recurso. Na zona urbana os recursos dos royalties foram aplicados em recapeamento, pavimentação asfáltica e tapa-buracos.” Maurides Rodrigues Prefeito municipal de Minaçu (GO) BoasNovas 25 Pesquisa & Desenvolvimento Inovação e pioneirismo em projetos eólicos Bons ventos sopram em direção a dois projetos de Pesquisa e eólicos Beberibe (CE) e Pedra do Sal (PI), além de uma miniestação Desenvolvimento da Aneel (P&D) realizados pela Tractebel Energia, na Fazenda Ressacada da UFSC (Universidade Federal de Santa em parceria com outras empresas e universidades. Em comum eles Catarina). O projeto conta com a parceria da UFSC - Engenharia têm o objetivo de aumentar a eficiência dos aerogeradores de usinas Mecânica e Departamento de Física – e com o curso de Meteorologia eólicas e alguns pioneirismos, como fabricar o maior aerogerador do do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina). Brasil com 3,3 MW e adquirir o primeiro aparelho LiDAR (tecnologia Por sua vez, o projeto Desenvolvimento de Tecnologia Nacional de para medir o vento) do País. Geração Eólica pode representar um grande salto para a geração de Iniciado em 2011, o P&D Desenvolvimento de Tecnologias de Previsão energia eólica no Brasil, pois a criação e produção de aerogeradores de Geração de Energia Elétrica para Parques Eólicos em Operação feitas 100% em território nacional pode reduzir os custos de mede a força dos ventos, possibilitando acurar a geração nos parques implantação de usinas eólicas. Divulgação WEG Estator bobinado com spindle 26 Tractebel Energia Pesquisa & Desenvolvimento Desenvolvimento de Tecnologia Nacional de Geração Eólica Com investimentos de R$ 160 milhões, sendo R$ 72 milhões de recursos da Tractebel, via P&D da Aneel, e R$ 88 milhões de contrapartida da WEG, o projeto Desenvolvimento de Tecnologia Nacional de Geração Eólica conta com consultorias de universidades brasileiras e estrangeiras, para construção, num primeiro momento, de um aerogerador de 2,1 MW (protótipo) e, depois, o aerogerador de 3,3 MW, desenvolvido com tecnologia 100% nacional. É o maior valor já destinado para um projeto de P&D, o que por si só demonstra sua grandeza e relevância. “O desenvolvimento de um aerogerador, com tecnologia totalmente nacional, é de fundamental importância para o setor elétrico, pois possibilitará um aumento de concorrência entre os fabricantes e, por consequência, queda de preço”, diz o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José Luiz Jansson Laydner. A ideia é que o aerogerador seja concebido com a utilização de polos de imã permanente e sem caixa redutora, um conceito já usual. Mas o importante, segundo o coordenador do P&D e engenheiro da Tractebel, Renato Coelho, é o desenvolvimento de tecnologia nacional. “Aqui vamos analisar o desempenho das tecnologias aplicadas, elaborar o projeto, fabricar e instalar o protótipo de 3,3 MW”, explica Coelho, acrescentando que a atual equipe é formada por pessoas de diversas áreas da Tractebel, da WEG, de universidades e de Divulgação WEG Montagem da nacele do aerogerador de 2,1 MW consultorias internacionais. Na Tractebel, por exemplo, esses profissionais Para o gerente do Departamento de Energia Eólica da WEG Energia, João Paulo Silva, este trabalham em várias atividades necessárias para projeto é muito importante, já que vai viabilizar uma área de Engenharia e Desenvolvimento a implantação do projeto, como Licenciamento de Aerogeradores. “Temos vários engenheiros dedicados exclusivamente ao produto Ambiental, consultas à Celesc e Eletrosul para aerogeradores. São engenheiros projetistas de várias disciplinas, como calculistas mecânicos, conexão da Usina e auxílio à WEG para a autorização projetistas elétricos, engenheiros de materiais compostos, de automação e controle, entre de instalação das torres e aerogeradores junto ao outros”, enumera. Comando Aéreo Regional. “A fase atual é a inicial, mas se encontra em ritmo COLABORAÇÃO INTERNACIONAL – Silva acrescenta ainda que em algumas áreas, acelerado, pois algumas etapas estão programadas como projetistas de pás e torres de concreto, o auxílio vem de institutos e empresas da para estarem concluídas até o final do ano. Já Alemanha, Estados Unidos e Holanda. “Importante ressaltar que durante todo o processo realizamos o aterro para instalação da primeira de desenvolvimento destes componentes iremos capacitar nossos engenheiros nestas torre e está em andamento a execução de aterro áreas também”. para a segunda torre anemométrica”, afirma O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Tractebel Energia, Sergio Maes, compartilha a Coelho. Essas torres são necessárias para apontar mesma opinião. Para ele, o mais importante deste projeto é propiciar o desenvolvimento de a intensidade dos ventos no local e servem de uma cadeia de fornecedores nacionais, resultando assim no aumento da expertise nacional parâmetro inicial para qualquer outro projeto de sobre o tema. “Nosso desafio será grande, mas as equipes da WEG e Tractebel estão bem energia eólica. alinhadas e comprometidas para atingir todos os objetivos propostos”, comenta. BoasNovas 27 Pesquisa & Desenvolvimento Estar associado à WEG é fundamental para o desafio desse projeto inédito. Presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres Estamos empenhados no desenvolvimento de uma tecnologia capaz de oferecer soluções para as demandas atuais e para aquelas que estão emergindo no mercado de energia. Presidente da WEG, Harry Schmelzer Jr. Novas tecnologias para previsões de geração eólica Melhorar a performance dos parques eólicos de Beberibe (26 MW), no potência e uma minitorre de medição de ventos, de 10 metros. “Trata-se, Ceará, e Pedra do Sal (18 MW), no Piauí, e implantar uma miniestação para portanto, de uma turbina eólica integrada a um prédio verde” explica o avaliar o potencial energético dos ventos em Florianópolis (SC). Esses são professor da UFSC e coordenador do projeto, engenheiro mecânico Júlio os objetivos desse projeto de Pesquisa e Desenvolvimento junto à César Passos. A ideia é, segundo ele, que este laboratório permita estudos Engenharia Mecânica, ao Departamento de Física da UFSC e ao IFSC. de estabilidade do vento e sua influência sobre a curva de potência do Com investimento da Tractebel, via ANEEL, de R$ 2,9 milhões, o projeto, aerogerador, além de testar modelos de previsão de energia. segundo o diretor de Planejamento e Controle da Tractebel, Edson Luiz Já nos parques do Nordeste, as torres são de 100 metros, com da Silva, vai permitir também a melhora da confiabilidade dos dados de equipamentos de última geração. O professor Passos conta que foram previsão de geração informados pela Companhia ao ONS (Operador adquiridos e instalados modernos sistemas para o levantamento de perfis Nacional do Sistema). de velocidade do vento, incluindo a direção, nas duas Usinas. “É através O P&D estuda três locais – Beberibe, Pedra do Sal e Fazenda Ressacada desses sistemas, que utilizam diferentes tecnologias, que analisamos os da UFSC, em Florianópolis (SC). No caso da capital catarinense foi perfis de velocidade por meio de anemômetros (medidores de velocidade implantado um pequeno sítio eólico com um miniaerogerador de baixa e direção do vento) sônicos ou de conchas juntamente com um perfilador 28 Tractebel Energia Pesquisa & Desenvolvimento Divulgação Tractebel Usina Eólica Pedra do Sal e equipamento LiDAR (em primeiro plano) de velocidade LiDAR, a laser, permitindo estudos inéditos no Brasil”. medição da velocidade do vento”, explica Taves. O LiDAR está instalado É importante registrar que apenas o perfilador LiDAR, importado da em Pedra do Sal e alcança até 500 metros de altura. No Grupo GDF França e adquirido com recursos Tractebel, representa um investimento SUEZ existem apenas cinco empresas controladas que contam com a de cerca de R$ 600 mil. tecnologia do LiDAR, uma delas é a Tractebel Energia. Pioneiro no Brasil, este projeto é o primeiro a fazer previsões de geração Com esse novo aparelho já foi possível detectar que os dois parques eólica. “Ele é fundamental porque, além de proporcionar uma melhora eólicos possuem um perfil de vento praticamente offshore, ou seja, na previsão de geração eólica das Usinas Beberibe (CE) e Pedra do Sal (PI), vento de alto-mar, como alguns parques construídos na Europa. Outra vai permitir otimizar os agendamentos das manutenções das Usinas”, descoberta é a forte variação dos ventos durante o dia, o que não ocorre ressalta o gerente do projeto pela Tractebel, Frederico de Freitas Taves. em países europeus. Diferente das usinas hidrelétricas e termelétricas, por exemplo, onde a Com três anos de duração, de dezembro de 2011 a novembro de manutenção é demorada, podendo durar meses, as manutenções 2014, o projeto tem como coordenadores os professores Júlio César eólicas são feitas em horas. “Esse projeto vai nos proporcionar a Passos (UFSC), Yoshiaki Sakagami (IFSC) e Frederico de Freitas Taves escolha do melhor momento para fazer o trabalho, sempre quando (Tractebel). No projeto, o IFSC é responsável por toda a base tecnológica ocorrer pouco vento”, conta Taves. de instrumentação. “Instalamos as duas torres de 100 metros, com Outro ineditismo do P&D é a tecnologia LiDAR, usada para medir a medições de turbulência (anemômetro sônico), cinco níveis de velocidade do vento, um equipamento moderno, com só quatro fabricantes velocidade do vento, e medições de direção de vento, temperatura do em todo o planeta. “É o que chamamos de quarta geração de anemômetros ar, umidade do ar e pressão atmosférica”, conta o professor Yoshiaki, e foi o primeiro adquirido no Brasil. Se mostra mais preciso que outras que ministra aulas de estações meteorológicas automáticas no curso tecnologias semelhantes, possuindo um melhor alcance para fazer a técnico de Meteorologia do IFSC. BoasNovas 29 GDF SUEZ GDF SUEZ inicia operação no setor de óleo e gás no Brasil A GDF SUEZ consolidou sua entrada no setor de óleo e gás do país com 100% de aproveitamento dos lances feitos durante a 12ª rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, realizado em novembro. A empresa foi ganhadora de seis blocos onshore, na bacia do Recôncavo Baiano, na Região Nordeste, em parceria com a Petrobras, Cowan Petróleo e Gás e Ouro Preto Óleo e Gás. Produção de gás na Bacia do Recôncavo Baiano de 1950 até agora A termoeletricidade ganhou relevância estratégica no futuro da expansão do setor elétrico, o que fez com que a GDF SUEZ atentasse para a importância de garantir uma fonte de fornecimento de gás natural, uma das expertises do grupo no mundo. No início de novembro, a empresa assinou também um Acordo de Compra de Ativos com a Vale para adquirir sua participação em dois blocos de exploração de gás na bacia onshore do Parnaíba. A GDF SUEZ terá 25% de participação em cada bloco arrematado no leilão da ANP e a Petrobras será a operadora, com 40% de participação. A participação restante de 35% será, respectivamente, da Cowan Petróleo e Gás, no bloco REC-T-268, e da Ouro Preto Óleo e Gás, nos blocos REC-T-225, 239, 240, 253 e 254. Karina Howlett O navio Provalys da GDF SUEZ no Rio de Janeiro com a primeira carga de GNL trazida pela GDF SUEZ ao Brasil em 2012 30 Tractebel Energia 1,6 bilhões de barris 70 bcm3 de gás GDF SUEZ A bacia do Recôncavo Baiano é o maior produtor em terra Divulgação GDF SUEZ Brasil do Brasil. A produção começou em 1950 e até agora 1,6 bilhões de barris e 70 bcm3 de gás foram produzidos. Os maiores campos de petróleo, tais como Água Grande e Miranga, possuem reservas superiores a 200 milhões de barris. Parte desta zona ficou inexplorada por causa do pequeno interesse da indústria pelo gás nas últimas décadas. Com a mudança do cenário e a valorização do gás, a zona ganha relevância e é geologicamente adequada, segundo pesquisas da companhia. Maurício Bähr, CEO da GDF SUEZ no Brasil, afirma estar muito satisfeito com as parcerias firmadas com a Petrobras, Cowan Petróleo e Gás e Ouro Preto Óleo e Gás, empresas experientes no setor. E acrescenta: “a combinação da experiência internacional da GDF SUEZ nas atividades de exploração e produção, juntamente com a nossa presença relevante no mercado de eletricidade brasileiro, resultará em uma atuação mais forte do grupo no Brasil. Queremos ser mais competitivos neste setor, pois acreditamos que o gás natural desempenhará um papel importante no mix energético Brasileiro”. Maurício Bähr, presidente da GDF SUEZ no Brasil GDF SUEZ / Sjoqvist Ul Atividades de E&P da GDF SUEZ no mundo A GDF SUEZ E&P International detém uma carteira equilibrada de 344 licenças de exploração e/ou produção (54% operadas) entre regiões maduras e zonas de exploração de alto potencial, em 17 países, com uma produção de 54,9 milhões de barris de óleo equivalente (Mboe) e 836 Mboe de reservas. A GDF SUEZ E&P International é uma operadora de produção na Noruega, com o campo de Gjøa, bem como nos Países Baixos e na Alemanha. No Reino Unido, o Grupo também desenvolve e operará o projeto Cygnus, um dos maiores campos de gás na Plataforma Continental do Reino Unido, nos últimos 25 anos. A GDF SUEZ E&P International é também sócia no importante projeto Jangkrik, na Indonésia, e cooperadora no projeto Touat na Algéria, ambos atualmente em fase de desenvolvimento. Campo de exploração no Mar do Norte na costa da Holanda BoasNovas 31 GDF SUEZ Velas ao mar Barco GDF SUEZ vence travessia do Oceano Atlântico Divulgação GDF SUEZ GDF SUEZ venceu a categoria para barcos de 40 pés Os franceses do GDF SUEZ, barco comandado por uma recepção como essa. Foi uma emoção e tanto ver tanta gente me aplaudindo. Sébastien Rogues e Fabien Delahaye, conquistaram Momento perfeito”, disse Sébastien Rogues. “O segredo para a vitória foi ter uma dupla o título da Classe 40 da Transat Jacques Vabre 2013 entrosada, um barco de ponta e um patrocinador”. sem perder a liderança desde a largada. A equipe O GDF SUEZ percorreu os quase 10 mil quilômetros até Santa Catarina com média de 20 km/h. cruzou a linha de chegada em Itajaí (SC) às 20h56 A vitória de ponta a ponta só foi ameaçada nos quilômetros finais. O barco francês teve do dia 29 de novembro, após 20 dias, 21 horas e problemas com suas velas spinnakers na passagem pelos Doldrums, mas conseguiu 45 minutos de regata. segurar o ataque dos espanhóis do Tales de Santander e da dupla franco-alemã do Mare até Os campeões foram recebidos pelos fãs no píer da o final. “Por vários momentos pensei em perder a liderança e até cair para terceiro lugar. Ficamos Vila da Regata e levantaram a bandeira amarela dada sem a vela (usada em vento de lado e até de popa) da Linha do Equador até Cabo Frio (RJ) e a todos os vencedores das classes. “Nunca tive os adversários tiraram nossa diferença. Fomos obrigados a improvisar”, relatou Sébastien. 32 Tractebel Energia GDF SUEZ Uma regata mítica A Transat Jacques Vabre é uma regata transatlântica para duplas (tripulação com dois marinheiros) realizada a cada dois anos, desde 1995. O porto de largada é o de Le Havre (França). Em 2013, a chegada foi em Itajaí (SC) com percurso de 5.450 milhas (cerca de 10 mil km). A regata teve a participação de quatro tipos de embarcação: multicascos MOD 70 e Multi 50 e monocascos IMOCA e Classe 40. O Classe 40 GDF SUEZ Em 2013, Sébastien tomou a decisão de iniciar a construção de um veleiro Classe 40. Esse barco foi projetado pelo arquiteto naval Samuel Divulgação GDF SUEZ Sébastien abriu larga vantagem mas passou sufoco próximo à costa brasileira Manuard. O Classe 40 da GDF SUEZ foi lançado em 11 de março de 2013 e batizado por Amélie Mauresmo, ex-número 1 do ranking da Associação de Tenistas Profissionais, quando da partida da regata. O barco possui comprimento de 12,18 metros, calado de 3 metros, uma força de Divulgação GDF SUEZ deslocamento de 4,5 mil quilos e altura de mastro de 19 metros. Solidariedade Este ano, Sébastien Rogues decidiu partilhar sua aventura com crianças desfavorecidas e prestar seu apoio à associação La Voix De l’Enfant, uma entidade apoiada pela Fundação GDF SUEZ, da qual é embaixador. A partir de Le Havre, Sébastien pode contar com a torcida das crianças. Ao chegar ao Brasil, ele foi acolhido por membros da associação Solidarité France Brésil, que também é apoiada pela Fundação GDF SUEZ. Sébastien Rogues e Fabien Delahaye no comando do seu barco Plinio Bordin Crianças apoiadas pela Fundação GDF SUEZ foram importantes para a vitória de Sébastien e Fabien Divulgação GDF SUEZ Sébastien é atleta patrocinado pela GDF SUEZ na França BoasNovas 33 GDF SUEZ Plinio Bordin Empregados da Tractebel tiveram a oportunidade de conhecer o barco vencedor da regata Com a Tractebel Energia Plinio Bordin Sébastien Rogues interagiu de maneira muito amigável e calorosa com os empregados da Tractebel Energia. No dia 05 de dezembro, ele proferiu uma palestra no auditório da Sede da Companhia, em Florianópolis. Apoiado por um tradutor, ele falou em francês sobre os desafios vencidos durante a regata e toda a preparação que o levou a ganhar a prova. Além de narrar suas aventuras, Sébastien apresentou diversos vídeos com os bastidores da construção do barco, dos preparativos para a viagem, das regatas anteriores que prepararam a embarcação e a tripulação para a travessia do Atlântico, entre outros. No dia 07 de dezembro, em Itajaí, o velejador recebeu um grupo de empregados da Tractebel Energia em seu barco e pode mostrar in loco os detalhes do Classe 40 GDF SUEZ. Na mesma data, foi realizada a Sébastien proferiu palestra na Sede da Tractebel em Florianópolis 34 Tractebel Energia cerimônia de entrega dos prêmios e a Festa dos Campeões. ALTA VOLTAGEM Usina Solar Cidade Azul Usina Solar Cidade Azul. Esse foi o nome escolhido pelo voto dos internautas para a usina Sobre o nome escolhido, de acordo com a solar que a Tractebel Energia está implantando em Tubarão (SC). De 1º de novembro a 31 de Prefeitura Municipal de Tubarão, “Tubarão dezembro, a votação permaneceu aberta no hotsite produzido para divulgar o P&D Fotovoltaico. também é conhecida como Cidade Azul. Foi Os três nomes colocados para seleção foram Nova Aurora, Cidade Azul e Tubarão. o escritor, político e jornalista catarinense A Tractebel está fazendo um dos maiores investimentos em energia solar do País. Orçado Virgílio Várzea que encantado com a beleza em R$ 56,3 milhões, este P&D, além da aferir o potencial solar brasileiro através de oito módulos do rio refletindo o céu azul e as montanhas de avaliação, cujos dados serão tratados no novo laboratório da UFSC (Universidade Federal azuladas no entorno atribuiu o dístico à cidade: de Santa Catarina), dará origem à Usina Solar Cidade Azul, que será a maior do Brasil em ”o rio passa, serpenteando, e no seu rastro de capacidade de geração com 3 MWp. prata, banha a cidade azul...”. O resultado final foi: Divulgação Tractebel Cidade Azul 36,61% Tubarão 34,24% Nova Aurora 29,13% Degrémont e Tractebel assinam contrato A Degrémont, braço do grupo GDF SUEZ na área de tratamento de água Plinio Bordin e resíduos sólidos, fechou contratos para operar as instalações de ciclo de água de duas termelétricas da Tractebel Energia, que pertence ao mesmo Controlador. Avaliados em € 4 milhões, os contratos têm duração de quatro anos. As atividades serão realizadas no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e na Unidade Cogeração Lages, ambos situados em Santa Catarina. Coordenação e edição Leandro Provedel Kunzler Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa Reportagem e textos Dfato Comunicação [email protected] Jornalista responsável Duda Hamilton Concepção gráfica e editoração Dzigual Golinelli Foto da capa Plinio Bordin Tiragem 3.500 exemplares
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