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1
Os Sonhos de Deus Não Morrem 2 Rs 4.8Uma das histórias mais comoventes da bíblia é
esta sobre a Sunamita. Uma mulher de nome
desconhecido, mas que o seu testemunho de vida
atravessou milênios, em um verdadeiro exemplo de
fé.
Ela lutou pelo seu sonho, não deixou morrer a
esperança, passou momentos difíceis, mas confiou
em Deus e não se decepcionou.
E o profeta Eliseu, exercendo seu ministério,
saía frequentemente de sua casa em Samaria e
percorria cerca de 56 quilômetros para chegar ao
monte Carmelo, local de seu retiro espiritual, onde
se dedicava à oração, buscando a orientação de
Deus.
Era uma viagem longa e cansativa, consumia
muito as energias de Eliseu e seu moço, Geazi.
Eliseu e Geazi, entretanto, para chegarem ao
Carmelo (525m de altura), sempre passavam por
Suném. E a Sunamita certamente observava, ainda
de longe, o profeta e seu discípulo, que estavam
constantemente em peregrinação por aquelas terras,
para buscar a Deus.
A sua atitude de ajudar o profeta Eliseu e Geazi
refletia o zelo e o amor a Deus, que ela possuía em
seu coração. Ela era uma mulher bondosa e
hospitaleira.
2
E as escrituras mostram que no passado, pela
hospitalidade, os servos do Senhor haviam
hospedado anjos, sem saber.
E ela pensava que ter o homem de Deus em
sua casa representava uma oportunidade de um
maior contato com o espiritual. Para ela, fazer o bem
ao homem de Deus era como se estivesse honrando
ao próprio Deus.
Então, a Sunamita em uma atitude de amor para
com Deus e o seu profeta Eliseu, pede a seu marido
que construísse um quarto na parte superior da sua
casa, onde poderia abrigar Eliseu.
Ela pôs os seus bens a serviço do Senhor, pois,
para a Sunamita, as coisas espirituais eram de
grande valor; importavam mais do que as coisas
materiais. E Eliseu, vendo a sua dedicação, lhe faz
uma última prova de fé. Oferece recompensas
materiais ou honras sociais.
Mas a resposta da Sunamita revela muito do
que estava em seu coração. Ela valorizava a vida, o
amor, a família. Não estava preocupada em adquirir
mais bens materiais, posição social ou títulos
honoríficos. Ela reconhecia o valor imensurável da
reunião familiar, o capital imponderável da felicidade
de estar entre amigos.
"Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao
rei, ou ao capitão do exército? E disse ela: Eu
habito no meio do meu povo." 2 Reis 4:13
3
Eliseu ouve o sábio conselho de Geazi que lhe
informou que a Sunamita não tinha filhos; um antigo
sonho dela, que desejou tanto, imaginou as
roupinhas do bebê, podia até ver uma linda criança
correndo pelos corredores da casa. Mas era apenas
um sonho, esquecido, relegado ao passado, enfim,
um sonho morto.
Mas Deus contemplava a sua generosidade e a
sua hospitalidade, a dedicação em servir ao Senhor
através da ajuda que oferecia ao seu servo Eliseu. E
esta atitude de amor para com o homem de Deus
gerou uma promessa, que ela mal podia acreditar; a
Sunamita nunca esperou tamanha benção.
E dentro de um ano a promessa de Deus se
cumpriu, porque amor gera vida, paz e alegria. Ela
concebeu e deu à luz um lindo e abençoado menino,
filho da promessa, tal qual foi Isaque para Abraão e
Sara.
Agora aquele lar frio se enchia do calor e do
sorriso de uma criança. Uma família completa e feliz.
Em Israel, um filho era considerado a maior benção
e alegria que um pai e uma mãe poderiam alcançar.
A mulher que não tinha filhos ficava profundamente
envergonhada na sociedade.
E a lei judaica dava ao marido direito de se
divorciar, caso a sua esposa não pudesse lhe dar
um descendente que levaria o seu nome adiante.
Mas tudo isso agora estava superado, pois Deus
havia lhe dado o presente perfeito, o presente que
ela realmente precisava.
4
Este foi o sonho que a Sunamita escolheu para
sonhar, um lar simples, mas feliz, uma família
debaixo das bençãos de Deus. E o menino crescia
nos caminhos do Senhor. Toda vez que ela olhava
para seu filho, se lembrava da promessa de Deus se
cumprindo na sua vida. Era lindo!
"E concebeu a mulher, e deu à luz um filho,
no tempo determinado, no ano seguinte,
segundo Eliseu lhe dissera." 2 Reis 4:17
E o seu filho era uma benção. Ensinado na lei
do Senhor, obediente, ajudava ao seu pai no
trabalho. Certamente na ansiedade de querer
retribuir todo o amor e o carinho recebido de seus
pais, este menino trabalha duro, se expondo muito
ao sol, mas ele ainda não tinha um preparo físico
adequado, não estava acostumado ao trabalho
árduo.
O sol de verão é muito forte naquela região, faz
muito calor. Muitos estudiosos acreditam que o filho
da Sunamita tenha sofrido de insolação, que
dependendo da intensidade da exposição ao calor,
pode levar à morte, principalmente em jovens e
idosos.
"E, crescendo o filho, sucedeu que um dia
saiu para ter com seu pai, que estava com os
segadores, E disse a seu pai: Ai, a minha cabeça!
Ai, a minha cabeça! Então disse a um moço:
Leva-o à sua mãe." 2 Reis 4:18-19
5
E o menino é levado à sua mãe. Depois de
algum tempo ele vem a falecer. Momentos terríveis
passou aquela mulher; era o vale da sombra da
morte. Ver seu único filho, quem ela amamentou
com tanto zelo, muitas vezes acordando no meio da
noite. Ela deu amor, deu carinho, ensinou as
primeiras palavras, os primeiros passos.
E ele estava ali, nos seus joelhos; ela podia
sentir a sua vidinha pouco a pouco se esvaindo, sem
poder fazer nada. Eu particularmente não posso
nem imaginar a dor que seja passar por uma
situação como essa.
E a Sunamita olha para o seu filho, o seu sonho
de ter uma família, agora frio, gelado, morto em seu
colo...
Mas se estava passando pelo vale da sombra
da morte, ela não temeu. Ela não aceitou a morte do
seu sonho! Tomando-o em seus braços, o põe
carinhosamente na cama do profeta Eliseu, e parte
para um duro embate, um caminho longo, uma
jornada de 24 quilômetros na estrada que subia até
o monte Carmelo, para recuperar a vida de seu filho,
fruto da promessa de Deus.
Ao longe ela responde ao profeta com palavras
que demonstravam a sua certeza, a fé de que a vida
do seu filho seria restaurada. A frase "vai tudo bem",
faz me lembrar da resposta de Abraão ao seu filho
Isaque, quando este iria oferecê-lo em sacrifício a
Deus.
6
"E disse Abraão: Deus proverá para si o
cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim
caminharam ambos juntos." Gênesis 22:8
Ao chegar diante de Eliseu, ela se prostra com o
coração quebrantado. E Eliseu, sendo um homem
poderoso em palavras e obras, nos deixa também
uma lição de humildade aqui. Ao invés de tentar "dar
uma de adivinho", ele reconhece que Deus não
havia lhe revelado o que estava acontecendo
naquele momento.
"Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao
monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi
para retirá-la; disse porém o homem de Deus:
Deixa-a, porque a sua alma está triste de
amargura, e o SENHOR me encobriu, e não me
manifestou." 2 Reis 4:27
Eliseu então manda o seu discípulo Geazi pôr o
seu bordão sobre o rosto do menino morto. Mas há
tarefas que não são para Geazi realizar. Certas
coisas exigem a presença do homem de Deus. A
Sunamita sabia disso, e luta por seu filho, insistindo
com o profeta que não o deixaria enquanto ele não
fosse com ela.
Eliseu, vendo a disposição e a fé dela, levantase e a acompanha. Geazi, que foi na frente deles,
volta com notícias não muito boas, o bordão não
funcionou. Algo parecido havia acontecido também
com Jairo, quando buscava pela ajuda de Jesus e os
seus familiares chegaram dizendo que sua filha já
7
estava morta, ao que o Mestre lhe deu a boa
instrução: Crê somente.
O bordão de Eliseu não funcionou porque para
se ressuscitar sonhos é preciso intercessão, súplicas
e "calor humano". Eliseu teve que orar de portas
fechadas, pois "ora a teu Pai que está em secreto;
e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará
publicamente." Mateus 6:6.
É preciso insistência, "Pedi, e dar-se-vos-á;
buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á."
Mateus 7:7. Eliseu, após a oração, transmite "calor"
ao jovem através do contato direto com o morto.
Uma simbologia de que não podemos nos isolar
daqueles que estão "mortos espiritualmente",
necessitando da nossa ajuda.
Tal como Jesus, Eliseu não temeu a impureza
cerimonial da lei, mas voltou a deitar-se sobre o
menino, aquecendo-o novamente e transmitindo-lhe
vida. Muitas vezes é preciso agir de igual forma,
abraçando com muito amor os pecadores, a quem
desejamos ver "ressuscitados".
"E subiu à cama e deitou-se sobre o menino,
e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus
olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre
as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne
do menino aqueceu." 2 Reis 4:34
A fé da Sunamita foi honrada, o sonho de Deus
não morre, temos que ter fé. Ela humildemente
agradece e entra para a história de Israel como uma
mulher sábia e de fé.
8
CONCLUSÃO
Qual é o Seu Sonho?
Eu sei que há muita gente com os sonhos
morrendo, gente que perdeu tanta coisa na vida, e
chega até aqui sem nem saber como. Talvez o seu
sonho esteja esquecido, no passado, você já nem se
lembra mais o que é poder sonhar.
Quem sabe o seu sonho é ver aquela pessoa
amada ou um familiar transformado, "ressuscitado"
espiritualmente, liberto das drogas, dos vícios e do
pecado. Mas você precisa tomar uma decisão hoje.
Veja, a Sunamita decidiu firmemente que ela não
aceitaria a morte da promessa de Deus na sua vida,
e partiu num longo caminho até o profeta.
O caminho da restauração é longo e difícil. O
Primeiro passo da Sunamita foi a transformação dela
mesma. Resolveu confiar em Deus e se dedicar ao
amor quando ainda nem tinha a perspectiva de ter
um filho.
Jesus sempre alertou aos seus discípulos que a
maior arma que vence o mundo é o amor. Resolva
amar. Renuncie à violência, renuncie às discussões,
renuncie aos desentendimentos. E tenha atitudes de
amor, perdoe, abrace, transmita calor humano e
vida.
E ore. Confie no Senhor, Ele renovará as suas
forças.

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