projeto atlas das orquídeas de santa catarina
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projeto atlas das orquídeas de santa catarina
PROJETO ATLAS DAS ORQUÍDEAS DE SANTA CATARINA Federação Catarinense de Orquidofilia Declarada de Utilidade Pública Estadual Lei nº 13.045 de 02 de julho de 2004 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. Pessoas e instituições que apoiam e aprovam a elaboração do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina. 08 1.2. A Flora Brasileira e uma Lista Completa das Espécies será possível? 13 1.3. Educação Ambiental e as Orquídeas. 14 2. A FAMILIA ORCHIDACEAE 15 2.1. Estudos Florísticos da Família Orchidaceae no Brasil. 16 2.2. Estudos Florísticos da Família Orchidaceae em Santa Catarina. 18 2.2.1. Primeiros relatos sobre orquídeas no Estado de Santa Catarina. 18 2.2.2. As Referencias Bibliográficas sobre a Família Orchidaceae em Santa Catarina 21 3. A LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA DO BRASIL E A FAMÍLIA ORCHIDACEAE. 23 04. ATLAS DAS ORQUÍDEAS DE SANTA CATARINA 26 04.1. Objetivos. 26 04.2. Etapas. 28 04.2.1. Primeira etapa – Pesquisa Bibliográfica. 28 04.2.2. Segunda Etapa – Visita aos Herbários. 31 04.2.2.1. O que é um Herbário. 31 04.2.2.2. O que é uma Exsicata. 31 04.2.2.3. Visita aos Herbários. 31 04.2.2.4. Ficha Padrão 35 04.2.3. Terceira Etapa – Atualização dos Dados I. 36 04.2.3.1. Resultados Finais da Primeira e Segunda Etapa. 36 04.2.3.1.2. Sinopse para Santa Catarina (Antes de iniciar os trabalhos do Atlas). 36 2 04.2.3.1.3. Sinopse para Santa Catarina (Após primeira, segunda e terceira etapa dos trabalhos do Atlas). 37 04.2.4. Quarta Etapa: Descrição dos Gêneros e Espécies. 38 04.2.4.1. Sob o ponto de vista botânico: 38 04.2.4.2. Sob o ponto de vista horto cultural da Federação Catarinense de Orquidofillia. 39 04.2.5. Quinta Etapa – Trabalhos de Campo – Coleta de Material Botânico. 39 04.2.5.1. Metodologia de Coleta do Material botânico. 39 04.2.5.1.1. Material a ser utilizado para a Coleta do Material botânico 39 04.2.5.1.2 A Coleta do Material Botânico – Considerações Básicas: 41 04.2.5.1.3 A Coleta do Material Botânico – Ficha de Campo: 42 04.2.5.1.4. A Coleta do Material Botânico – Divisão dos trabalhos de Coleta. 43 04.2.5.1.4.1. Parques, Reservas e Refúgios Estaduais: 43 04.2.5.1.4.1.1. Parque Estadual de Acaraí. 43 04.2.5.1.4.1.2. Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. 43 04.2.5.1.4.1.3. Parque Estadual da Serra Furada. 43 04.2.5.1.4.1.4. Parque Estadual das Auracárias. 43 04.2.5.1.4.1.5. Parque Estadual Fritz Plaumann. 44 04.2.5.1.4.1.6. Parque Estadual Rio Canoas. 44 04.2.5.1.4.1.7. Reserva Biológica Estadual da Canela Preta 44 04.2.5.1.4.1.8. Parque Estadual do Rio Vermelho. 44 04.2.5.1.4.1.9. Reserva Biológica Estadual do Aguaí 44 04.2.5.1.4.1.10. Reserva Biológica Estadual do Sassafrás. 45 04.2.5.1.4.1.11. Refúgio Estadual da Vida Silvestre Raulino (em estudos pela FATMA). 45 3 04.2.5.1.4.2. Parques, Florestas, Reservas, Áreas de Proteção Ambiental, Estações Ecológicas e Área de Relevante Interesse Ecológico Federais: 45 04.2.5.1.4.2.1. Parque Nacional de São Joaquim 45 04.2.5.1.4.2.2. Floresta Nacional de Três Barras 45 04.2.5.1.4.2.3. Floresta Nacional de Caçador 45 04.2.5.1.4.2.4. Floresta Nacional de Chapecó. 45 04.2.5.1.4.2.5. Floresta Nacional de Ibirama 45 04.2.5.1.4.2.6. Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. 46 04.2.5.1.4.2.7. Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim. 46 04.2.5.1.4.2.8. Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca 46 04.2.5.1.4.2.9. Estação Ecológica da Mata Preta 46 04.2.5.1.4.2.10. Parque Nacional da Serra do Itajaí 46 04.2.5.1.4.2.11. Parque Nacional das Araucárias 46 04.2.5.1.4.2.12. Área de Relevante Interesse Ecológico Serra da Abelha 46 04.2.5.1.4.2.13. Parque Nacional da Serra Geral. 46 04.2.5.1.4.2.14. Parque Nacional dos Aparados da Serra. 46 04.2.5.1.4.2.15. Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé. 47 04.2.5.1.4.2.16. Estação Ecológica Carijós. 47 04.2.5.1.5. A Coleta do Material Botânico – Divisão Geopolítica (Regiões Metropolitanas de Santa Catarina), para os Trabalhos de Campo. 47 04.2.5.1.6. A Coleta do Material Botânico – Cronograma dos Trabalhos de Campo. 49 04.2.5.1.6.1. IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente. 49 04.2.5.1.6.2. FATMA – Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina. 50 04.2.5.1.6.3. ICMBio - Instituto Chico Mendes da Biodiversidade. 51 4 04.2.5.1.7. A Coleta do Material Botânico – Cronograma dos Trabalhos de Campo. 53 04.2.5.1.7.1. Região Metropolitana da Grande Florianópolis. 53 04.2.5.1.7.2. Região Metropolitana de Tubarão. 56 04.2.5.1.7.3. Região Metropolitana Carbonífera. 59 04.2.5.1.7.4. Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí. 62 04.2.5.1.7.5. Região Metropolitana do Vale do Itajaí. 64 04.2.5.1.7.6. Região Metropolitana do Alto Vale do Itajaí. 67 04.2.5.1.6.7. Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense. 70 04.2.5.1.7.8. Região Metropolitana de Lages. 73 04.2.5.1.7.9. Região Metropolitana do Contestado. 76 04.2.5.1.7.10. Região Metropolitana de Chapecó. 80 04.2.5.1.7.11. Região Metropolitana do Extremo Oeste. 83 04.2 6. Sexta Etapa – Atualização dos Dados II. 87 04.2.7. Sétima Etapa: Ilustração Botânica. 87 04.2.8. Nona Etapa: Criação da Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger). 89 04.2.9. Decima Etapa: A História da Orquídea Laelia purpurata. – Rainha das Orquídeas Brasileiras. 94 04.2.10. Nona Etapa: Criação do Site Oficial do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina. 96 04.2.11. Decima Primeira Etapa: Elaboração do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina. 96 5 5. CRONOGRAMAS 98 5.1. Cronograma das Atividades (Estimado). 98 5.2. Cronograma Físico- Financeiro (Estimado). 99 6. EQUIPE TÉCNICA BASICA. 101 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS. 103 8. CONTATO. 105 9. PATROCÍNIOS E APOIOS 105 6 1. INTRODUÇÃO 1.1. Pessoas e instituições que apoiam e aprovam a elaboração do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina. As orquídeas são um capítulo muito especial em minha vida. Foi completamente arrebatador a maneira como a descoberta se deu, e mais, como essa paixão transformou o meu olhar... Havia comprado um sítio no município de Petrópolis, e a primeira coisa que fiz foi mapear todas as ocorrências botânicas na área da minha nova propriedade, isso com o intuito de projetar um pomar. Pra minha sorte, percebi uma planta florida, muito estranha, com um formato que jamais tinha visto, a cinco metros de altura, agarrada a uma grande árvore. Seria algum tipo de parasita? Peguei uma grande vara de madeira, consegui arrancá-la do galho, e de posse dela, vi quão especial era. A forma era completamente nova para mim, parecia um alienígena, fiquei maravilhado e, curioso que sou, corri atrás de descobrir que planta era aquela... O resto da história é igual a história de todos que são apaixonados pela Família das orquidáceas. Quando a gente descobre a complexidade e diversidade deste universo botânico..., não há quem resista! Assim comecei minha coleção, a planta que originou tudo foi um Catasetum, e por causa disto me apaixonei pelas espécies e os híbridos naturais. A música tem sido uma grande aliada nesse processo, como ela me leva por todo país e pra fora dele, com frequência, pude ir descobrindo nessas viagens o endemismo de cada lugar, e mais, pude ir associando estas informações com os lugares das ocorrências de cada planta, altitude, tipo de substrato, tipo de bioma..., isso me levou a fazer uma biblioteca com livros de taxonomia das orquídeas, que eu procuro por todo o planeta. Falou livro de orquídeas? Eu Levo! É o melhor instrumento para o aprofundamento da orquidofilia. No Brasil ainda temos muito trabalho pela frente, somos um continente, e ainda com muitos biomas para serem estudados e catalogados, e não são muitos os livros dedicados a este mapeamento. Então chegamos ao ponto que realmente importa..., a edição do “Atlas das Orquídeas de Santa Catarina” do meu amigo Marcelo Vieira Nascimento, hoje Presidente da Federação Catarinense de Orquidofilia. O Brasil carece de se conhecer, e há uma grande lacuna nessa área da taxonomia. Cada projeto que tem como objetivo o estudo das espécies associado ao seu habitat é de importância vital! O Atlas das Orquídeas de Santa Catarina e a Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger) em realização pela Federação Catarinense de Orquidofilia, será um marco para a Orquideologia e Orquidofilia Mundial. Parabéns Marcelo, Parabéns Federação, Parabéns Orquidofilos de Santa Catarina pela belíssima empreitada! Nós Orquidólatras, agradecemos eternamente!”. Osvaldo Lenine Macedo Pimentel - LENINE Cantor, compositor, arranjador, escritor, letrista e músico brasileiro. 7 O Projeto Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, da Federação Catarinense de Orquidófilia - FCO, que contempla a Família Orchidaceae, vem ao encontro das necessidades científicas e culturais não somente do Estado de Santa Catarina, mas de todo o universo dos interessados pela ciência, técnica e apreciação do belo. O Geógrafo/Botânico Marcelo Vieira do Nascimento idealizador do Projeto e Presidente da FCO vem, desde há muito, colocando sua capacidade técnica e intelectual, reforçada pela grande paixão que possui pelas orquídeas, a serviço de um universo que se classifica cada vez mais comprometido com a preservação da natureza e sustentabilidade do planeta Terra. Dentre os atributos do Atlas estão à descrição dos gêneros, das espécies e registros fotográficos, os quais perpetuam e transferem para a sociedade a beleza das plantas e flores que, a cada florada, surpreendem mais pela beleza; acrescenta, ainda, novas espécies. Há que se acrescentar, também, o registro do espalhamento da Família Orchidaceae pelas terras de Santa Catarina – a geografia é contemplada na sua essência! Seu projeto merece o engajamento das instituições co-responsáveis pela perpetuação da vida na terra, estando bem além da visão generalizada do simples e descompromissado observador. Sua dedicação ao objeto é compromisso de vida. Geógrafo Augusto César Zeferino, PhD Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – IHGSC. The Atlas of Orchids from Santa Catarina represents a beautiful and detailed account of orchid species in the State of Santa Catarina. This is a very comprehensive project of great importance to the state, to Brazil, as well as to all interested in orchids, from enthusiasts to scientists. It also serves as an important reference for students. The Project developed by the Geographer and Botanist Marcelo Vieira do Nascimento is a model of dedication and passion, providing information and references of great historical and scientific value. This study allows the expansion of knowledge and is an essential tool towards the development of conservation strategies for orchid species and the sustainable maintenance of their habitats. Dr. Wagner A. Vendrame, Ph.D. Professor – Environmental Horticulture Tropical Research and Education Center (TREC) Institute of Food and Agricultural Sciences (IFAS) University of Florida (UF) Homestead, Florida, USA An Atlas of the orchids native to a significant, geographical area is always welcome, especially when the area is as important as Santa Catarina. Among the many species of orchids, those recognized today as pleurothallids are probably the least known. To identify all the presently known species would be especially interesting, as well as important, because some species have not been seen since the original description; because some species have been so poorly described that it is difficult to assign the name to a presentday collection; and finally, because some species may become, or already have become, extinct. An atlas of the orchids of Santa Catarina would be a most valuable contribution. Dr. Carl Luer Director emeritus of the Marie Selby Botanical Garden Senior Curator emeritus of the Missouri Botanical Garden 8 O Projeto Atlas das Orquídeas de Santa Catarina vem preencher uma lacuna dentro dos estudos brasileiros sobre esta Família Orchidaceae pois até hoje nada deste porte tem sido feito desde a edição de Orchidaceae Brasiliensis de Guido Pabst e Dungs, no final da década de 70. Tem ainda a vantagem de incluir a descrição dos gêneros, bem como das espécies e seu registro fotográfico e de acrescentar as novas espécies que foram descritas desde então. Não existe ainda um estudo exaustivo do estado de Santa Catarina contemplado por este projeto, assim, Atlas das Orquídeas de Santa Catarina será um importante instrumento de trabalho para todos os estudiosos brasileiros e estrangeiros que se dedicam à Família Orchidaceae. Ele será também de grande valia para a conservação das espécies do estado, mostrando o status atual sobretudo daquelas ameaçadas de extinção e trazendo um melhor conhecimento das áreas degradadas. Marcelo Vieira Nascimento vem se dedicando ao estudo da Família Orchidaceae desde longa data, tendo adquirido um conhecimento teórico e prático bastante sólido garantindo, desta maneira, a credibilidade deste projeto. Delfina de Araújo Autora de diversos artigos científicos sobre orquídeas e do livro Orquídeas Brasileiras. Proprietária do Site Brazilian Orchids - Premiado com a Medalha de Ouro e o Troféu Grand Prix de "Melhor Site Amador de Orquídeas" na 18ª WOC (World Orchid Conference-Conferência Mundial de Orquídeas), realizada em Dijon, França. Como todos nós sabemos, a biodiversidade global vem sendo perdida à taxas alarmantes devido à ação antrópica. Espécies de plantas e animais estão se extinguindo antes mesmo de serem conhecidas para a ciência. Algo que interrompa esse processo precisa ser feito imediatamente pela sociedade. Através da Convenção sobre a Diversidade Biológica, as Nações Unidas reconheceram recentemente a existência de um impedimento taxonômico ao correto gerenciamento da biodiversidade global. Como estabelecer e proteger áreas aparentemente ricas em biodiversidade se não sabemos o que proteger? A taxonomia, ciência que engloba a descoberta, descrição e classificação das espécies ou grupo de espécies, fornece o conhecimento essencial para a compreensão e conservação da biodiversidade do planeta. A produção do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, um inventário taxonômico das espécies da grande Família Orchidaceae do estado, atenderá justamente a demanda referida pelas Nações Unidas. Através da descrição e ilustração das espécies aí existentes, contribuirá com informações básicas, porém fundamentais, à utilização da rica biodiversidade catarinense. É com entusiasmo que apoiamos tal iniciativa. Antônio Toscano de Brito, PhD. Curator of the Orchid Research Center He leído con gran interés lo proyecto del “Atlas de las orquídeas de Santa Catarina”, me parece un trabajo que dará sus frutos para todos los orquideófilos cuando esté concluido. No existe en mi país gente que no tenga alguna de las especies que habitan allí tanto por su belleza como por su adaptación a nuestro medio. Saber con precisión de donde son originarias las plantas nos permitirá a todos un mejor cultivo de ellas. Considero el trabajo muy interesante y digno del apoyo de todos. Espero que los orquideófilos que le darán su apoyo trabajen con mucho entusiasmo para que todos disfrutemos los resultados lo antes posible. Ana Luisa Fischer Unión Aficionados a las Orquídeas de la Argentina Autora dos livros: Cultivo de Orquídeas e Como hacer Cultivo de Orquídeas 9 O Atlas das orquídeas nativas de Santa Catarina será uma valiosa contribuição para suprir uma lacuna no conhecimento da biodiversidade das espécies de orquídeas ocorrentes em Santa Catarina. Além de ser um guia ilustrado para quem se interessa principalmente pela beleza dessas espécies, será extremamente útil para pesquisadores que desenvolvem trabalhos com esse grupo de plantas, o qual vai ser indispensável para identificação, descrição e localização das espécies. Profa. Dra. Ana Claudia Rodrigues Chefe do Departamento de Botânica da CCB/UFSC Orchids are an indicator species of the health of natural habitats. There conservation is essential to the preservation of the natural beauty of the world for future generation. Orchids Atlas of Santa Catarina is important to further the knowledge and conservation of orchids and their habitats. It is imperative that the community of world citizens, all of us, put forth the effort to secure what we know and the natural places that exist for the future. Best of luck for Orchids Atlas of Santa Catarina project. Mark Sullivan Current Administrator Orchid Conservation Coalition – OCC (Is a grassroots organization made up of people, orchid societies, and orchid businesses dedicated to raising awareness and money for orchid conservation.) Em todos os desdobramentos geográficos de um território ocorrem orquidáceas. Esta é uma riqueza natural que, no Brasil, ganha dimensões extraordinárias, dada a grande variedade de ecossistemas existente em nosso País. Hoje, há uma tarefa urgente que se impõe em especial às entidades orquidófilas, universidades, herbários e jardins botânicos, que é a de documentar, de uma forma exaustiva, esse universo florístico. Urgente porque o tesouro está se exaurindo. A ocupação desastrosa do território e a coleta criminosa e desenfreada estão dizimando as orquídeas brasileiras em seu ambiente natural. Concebe-se até a idéia de que muitas espécies já desapareceram por completo, antes mesmo de terem sido catalogadas. O que fazer? Proteger esses habitats. E, paralelamente, reunir o máximo de informações sobre o que ainda existe. É o que pretende a Federação Catarinense de Orquidofilia, em seu projeto de um “Atlas das Orquídeas de Santa Catarina” é uma das iniciativas mais oportunas que atualmente se apresentam, objetivando repertoriar determinada população de orquidáceas. Com um rico patrimônio natural nessa área, Santa Catarina desenvolveu, ao longo de sua história, uma cultura e tradição, vinculadas ao universo das orquídeas, o que se traduz na existência de 25 entidades orquidófilas, que reúnem cerca de 3.500 cultivadores. A publicação do “Atlas” se constituirá no atestado definitivo de que os catarinenses estão conscientes do patrimônio natural com que seu Estado foi abençoado e se dispõem a preservá-lo e valorizá-lo. Será também um exemplo para que outros Estados desenvolvam projetos semelhantes, chamando a atenção da sociedade para as orquídeas, para sua beleza, e para o que elas representam no equilíbrio natural de todo ecossistema. Italo Gurgel Jornalista e professor universitário. Ex-presidente da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), autor de artigos e textos didáticos sobre o cultivo de orquídeas e um dos responsáveis pelo ressurgimento do movimento orquidófilo no Ceará. 10 Vejo com extrema simpatia e interesse o projeto da Federação Catarinense de Orquidofilia, o Atlas das Orquídeas de Santa Catarina. Reconhecendo o Estado de Santa Catarina como habitat de inúmeras espécies da Família orquidácea e reconhecendo, por igual, a ausência de uma obra definitiva sobre o tema, entendo que o projeto vem preencher diversas lacunas ainda existentes no assunto, dando seguimento aos inúmeros estudos feitos sobre as orquídeas catarinenses desde a primeira metade do século passado. Na condição de um dos responsáveis por projeto análogo tendo por objeto as orquídeas do Rio Grande do Sul (www.orquideasgauchas.net), entendo que o Atlas das Orquídeas de Santa Catarina surge desde já como obra indispensável para orquidófilos e pesquisadores das orquídeas brasileiras, e, particularmente, das espécies nativas do Estado de Santa Catarina. O mapeamento dos gêneros e das espécies de ocorrência em terras catarinenses é mais do que bem-vindo; é necessário, encaixando-se não apenas no campo da Botânica, mas, por igual, em questões histórico-geográficas e nos aspectos da proteção ambiental em um Estado em que, como no Rio Grande do Sul, pouco resta do que um dia foi a Mata Atlântica. Luiz Filipe Klein Varella Orquidófilo e pesquisador amador de orquídeas e bromélias do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS 11 1.2. A Flora Brasileira e uma Lista Completa de suas Espécies serão possíveis? O conhecimento da Flora Mundial pode-se dizer que se iniciou no século XVIII, quando Linnaeus (1753), previu que no planeta haveria cerca de 10 mil espécies de plantas, sendo que deixou publicado cerca de 6.000 binômios (Jarvis 2007). Passados mais de 250 anos, ainda há muitas plantas sendo descobertas e que mais de 2.600 espécies novas foram descritas em 2009 (International Plant Names Index 2009). E por incrível que possa parecer ainda não existe em nossos dias, uma lista completa das espécies conhecidas para a ciência. A necessidade da obtenção de uma lista completa das espécies vegetais foi reconhecida há muito tempo por aqueles que estudam a diversidade de plantas (ex. Hooker 1893). Em função da falta de informações sólidas e às dificuldades históricas de compilação, as estimativas sobre o número de espécies vegetais variaram muito até o início do século XXI, tanto no que diz respeito às espécies já publicadas como também às estimativas totais. Prance (1977) estimou que na América tropical haveriam cerca de 150.000 espécies de plantas e fungos. Wilson (1988) produziu e editou um trabalho, no qual números sobre a diversidade biológica mundial foram compilados e as discussões sobre as agressões humanas à biodiversidade ganharam mais corpo fora do meio acadêmico. No final da década de 1980, a necessidade de priorizar áreas de conservação levou à criação do conceito de hotspots, que define regiões com alta riqueza em espécies e endemismos, sujeitas a um alto grau de ameaça (Myers 1988, Mittermeier et al. 1998). Na mesma década, considerando que um número pequeno de países, principalmente aqueles tropicais, concentra uma grande proporção da biodiversidade mundial, foi criado o conceito de “país megadiverso”, em que o Brasil, a Colômbia, o México, a Republica Democrática do Congo (antigo Zaire), Madagascar e a Indonésia foram os primeiros expoentes (Mittermeier 1988). Esse conceito vem promovendo a conservação dentro das diferentes realidades de cada governo e hoje 17 países são considerados megadiversos (Mittermeier et al. 1977). Forzza et al. (2010). Com uma área de 8.514.877 km² o Brasil é constituído de seis grandes Domínios Fitogeográficos (Veloso et al. 1991), assim distribuído: Amazônia, com 49,29% do território; Cerrado, com 23,92%; Mata Atlântica com 13,04%; Caatinga com 9,92%; Pampa com 2,07%; E o Pantanal com 1,76%. A obra Flora brasiliensis (1840-1906), considerada como a maior obra florística para a região neotropical (Daly & Prance 1989), estabeleceu 22.767 espécies de plantas terrestres, destas 19.629 tinha, na época, ocorrência confirmada para o Brasil (Urban 1906). Nos últimos 100 anos, aconteceu um considerável aumento do conhecimento da flora, sendo que muitas espécies de plantas descritas e novos registros foram verificados para o Brasil. Mesmo assim, com todo este potencial de biodiversidade não houve novas tentativas de trabalhos semelhantes ao da Flora brasiliensis, ou publicações de listas de origem consistente para as espécies vegetais brasileiras. A biodiversidade mundial está diminuindo a uma velocidade sem precedentes. Durante o período 1996 – 2004, um total de 8.321 espécies vegetais foram incorporadas a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês). O Principal propósito desta lista vermelha é catalogar os táxons que enfrentam um maior risco de extinção. Ainda que não representem uma forma de proteção, a elaboração de listas vermelhas seguindo as categorias da IUNC constitui um elemento fundamental para a proteção da flora. Além disso, a inclusão de um determinado táxon em uma lista costuma proporcionar uma grande quantidade de dados relevantes para estabelecer as medidas de proteção mais adequadas. Os critérios para a inclusão dos táxons nas diferentes categorias estão estabelecidos tanto a nível nacional como regional, seguindo os padrões internacionais da IUCN (IUCN 2003A, 2003B). Mendonça (2013). 12 Em função dos dados disponíveis, um táxon pode ser incluído em alguma das seguintes categorias (INCN, 1994, 2001): Extinto (EX); Extinto em estado silvestre (EW); Criticamente em perigo (CR); Em perigo (EM); Vulnerável (VU); Quase ameaçado (NT); Preocupação Menor (LC); Dados Insuficientes (DD); Não avaliado (NE). A Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica, no seu artigo 9º, enfatizou a importância da utilização de estratégias de conservação ex situ como ação complementar à conservação in situ. Documento de relevância para este tema é a Estratégia Global para a Conservação das Plantas, definido em 2002 na VI Conferência das Partes da CDB (em Haia, Holanda). Trata-se de um plano estratégico global (Resolução VI/9, Global Strategy for Plant Conservation ou GSPC) e promovido pelo Secretariado da CDB e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em associação com Botanic Gardens Conservation Internacional (BGCI). Este relatório estabelece 16 metas que dizem respeito à documentação. Conservação e uso sustentável da diversidade de plantas, educação e conscientização e capacitação de profissionais e instituições. Em 2010, durante a realização da X Conferência das Partes, da CDB (em Nagóia, Japão), essas metas foram atualizadas conforme Decisão X/17, da COP 10 (SCBD/BGCI, 2006; SCBD, 2010), ficando assim estabelecidas as 16 metas (2011 – 2020): ESTRATEGIA GLOBAL PARA A CONSERVAÇÃO DE PLANTAS (METAS 2011 – 2020) 1. Uma flora online de todas as plantas conhecidas; 2. Uma avaliação do status de conservação de todas as espécies de plantas conhecidas para orientar ações de conservação; 3. Informações, pesquisas e resultados associados e métodos necessários para implementar a Estratégia, desenvolvidos e compartilhados; (Modelos com protocolos para a conservação e uso sustentável de plantas); 4. Pelo menos 15% de cada região ecológica ou tipo de vegetação protegida por meio de manejo efetivo e/ou restauração; 5. Pelo menos 75% das áreas mais importantes para a diversidade florística de cada região ecológica protegidas; 6. Pelo menos 75% das terras produtivas em cada setor manejadas de forma sustentável, compatível com a conservação da diversidade florística; 7. Pelo menos 75% das espécies ameaçadas conservadas in situ; 8. Pelo menos 75% das espécies de plantas ameaçadas mantidas em coleções ex situ, preferencialmente no país de origem, e pelo menos 20% em programas de recuperação e restauração; 9. 70% da diversidade genética das plantas de importância sócio-econômica conservada, preservando e mantendo o conhecimento indígena e local associado; 10. Planos de manejo implantados para prevenir novas invasões biológicas e para manejar áreas invadidas que são importantes para a diversidade das plantas; 11. Nenhuma espécie da flora silvestre ameaçada pelo comercio internacional; 13 12. Todos os produtos derivados de plantas silvestres obtidos de fontes sustentáveis; 13. Conhecimentos, inovações e práticas indígenas e locais associados a recursos vegetais devem ser mantidos ou ampliados para apoiar o uso costumeiro, os meios de subsistência sustentáveis, a segurança alimentar local e os serviços de saúde; 14. A importância da diversidade de plantas e a necessidade de sua conservação incorporadas em programas de comunicação, educação e a conscientização pública; 15. Pessoas capacitadas trabalhando em instalações adequadas em número suficiente, conforme as necessidades nacionais, para atingir as metas desta estratégia; 16. Instituições, redes e parcerias para a conservação de plantas estabelecidas ou fortalecidas em níveis nacional, regional e internacional para atingir as metas desta estratégia. O Brasil, como país signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), assumiu uma série de compromissos perante a comunidade internacional Biológica, como pode ser observado nos Decretos abaixo descritos: Decreto Legislativo nº 2 de 03 de fevereiro de 1994 Aprova o Texto da Convenção sobre a Diversidade, assinada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada na cidade do Rio de Janeiro, no período de 05 a 14 de junho de 1992; Decreto nº 2.519 de 16 de março de 1998 Promulga a Convenção sobre a Diversidade Biológica, assinada no Rio de Janeiro, em 05 de junho de 1992. Art. 1º - A Convenção sobre a Diversidade Biológica, assinada no Rio de Janeiro, em 05 de junho de 1992, apensa por cópia ao presente decreto, deverá ser executada tão inteiramente como nela se contém. Art. 2º - O Presente Decreto entra em vigor na data da publicação. Brasília, 16 de março de 1998. Decreto nº 4.339 de 22 de agosto de 2002. Institui princípios e diretrizes a implementação da Politica Nacional da Biodiversidade. Art. 1º Ficam instituídos, conforme o disposto no Anexo a este Decreto, princípios e diretrizes para a implementação, na forma da lei, da Politica Nacional da Biodiversidade, com a participação dos governos federal, distrital, estaduais e municipais e da sociedade civil. Art. 2º - O Presente Decreto entra em vigor na data da publicação. Brasília, 22 de agosto de 1998. 14 Decreto nº 4.703 de 21 de maio de 2003. Dispõe sobre o Programa Nacional da Diversidade Biológica – PRONABIO e a Comissão Nacional da Biodiversidade, e dá outras providências. Art. 1º - O Programa Nacional da Diversidade Biológica - PRONABIO e a Comissão Coordenadora do PRONABIO, doravante denominada Comissão Nacional de Biodiversidade, instituídos pelo Decreto no 1.354, de 29 de dezembro de 1994, passam a reger-se pelas disposições deste Decreto. Deliberação CONABIO nº 40, de 07 de fevereiro de 2006 Dispõe sobre a aprovação das Diretrizes e Prioridades do Plano de Ação para implementação da Política Nacional de Biodiversidade. Art. 1º - Aprovar as Diretrizes e Prioridades do Plano de Ação para implementação da Política Nacional de Biodiversidade – PAN-Bio, conforme proposta apresentada e discutida em Plenário durante a 9a Reunião Extraordinária da Comissão Nacional de Biodiversidade, ocorrida nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2006 Dentre esses compromissos está a Estratégia Global para a Conservação de Plantas (GSPC), adaptada da Conferência das Partes da CDB em abril de 2002, que tem por objetivo facilitar o consenso e a sinergia nos níveis global, regional e local, a fim de impulsionar o conhecimento e a conservação das plantas. Das 16 metas estabelecidas pela GSPC (descritas anteriormente) a primeira é a elaboração de uma lista amplamente acessível das espécies conhecidas de plantas de cada país. Para atingir esta meta o Brasil através do Ministério do Meio Ambiente (MMA), designou o Jardim Botânico do Rio de Janeiro para coordenar e elaborar a Lista de Espécies da Flora do Brasil. Cujo produto final deste trabalho deu origem a Lista de Espécies da Flora do Brasil, publicada em 2010. Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A referida lista, será o ponto de partida na elaboração do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, cujo resumo das informações acerca da Família Orchidaceae do Brasil e Catarina pode ser observada no quadro abaixo. Santa Sinopse para o Brasil e Santa Catarina Divisão Botânica Nomes Aceitos para o Orquídeas endêmicas Nomes Aceitos para Brasil para o Brasil Santa Catarina Gêneros 290 185 119 Espécies 2450 1634 470 Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. % em relação ao Brasil (Nomes Aceitos) 41,03 19,18 Orquídeas endêmicas para Santa Catarina 0 16 % em relação ao Brasil 0 0,98 Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 15 1.3. Educação Ambiental e as Orquídeas. A educação ambiental constitui um inovador caminho como parte da solução para a problemática, sustentabilidade, biodiversidade e da degradação ambiental que preocupa e envolve todos os setores da sociedade. Com ela pode-se desenvolver conhecimento, compreensão, habilidades, motivação nos atores sociais, para adquirirem valores, mentalidades, atitudes necessárias para lidar com questões/problemas ambientais e encontrar soluções sustentáveis. Podemos ainda colocar que a Educação Ambiental pode ter como finalidades: Promover a compreensão da existência e da importância da interdependência econômica, social, política e ecológica; Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente e induzir novas formas de conduta nos indivíduos e na sociedade, a respeito do mesmo. Conscientizar os indivíduos e grupos sociais a sensibilizarem-se a respeito do meio ambiente global e suas questões, oferecer a oportunidade para esses indivíduos adquirirem conhecimento sobre a diversidade de experiências e buscarem a compreensão fundamental sobre o meio ambiente e seus problemas, levar as pessoas a comprometerem-se com uma série de valores e a sentirem interesse pelo meio ambiente, bem como a adquirirem as habilidades necessárias para identificar e resolver problemas ambientais. Podemos ainda dividir de forma didática a Educação Ambiental sob dois pontos de vista, a Formal, aquele que se desenvolve em nossas escolas, através de disciplinas específicas ou multifinalitárias e a Informal, baseada em atividades, programas e projetos existentes fora dos bancos escolares. A educação ambiental seja formal ou informal, deve ser encarada como uma ação transformadora, que “levanta poeira”, faz as pessoas “porem a mão na massa, mudar o mundo”. Um dos segredos para as pessoas conquistarem a auto-estima é descobrir que o ambiente onde vivem possui algo único, cuja sobrevivência depende delas. Desta maneira temos as “portas que levam a educação ambiental”, meio pelo qual alguns começam a participar motivados pela defesa de uma espécie animal, vegetal ou outro elemento da natureza. Outros se sensibilizam por passeios ou atividades esportivas também na natureza. Outros ainda começam defendendo os direitos democráticos, na luta contra a poluição de uma fábrica, ou por uma praça no bairro. E há os que tentam solucionar problemas ambientais e ao mesmo tempo gerar renda e empregos, por exemplo, pela reciclagem de lixo. Se as portas da Educação Ambiental são tantas, quem começa a praticá-las passa a perceber que esta é uma área muito rica, pela qual podemos pensar a nossa realidade e traçar caminhos para passar dos problemas aos sonhos, dos sonhos a realidade, da realidade aos propósitos. Nosso problema é a destruição de nossas florestas e com isto, a perda de centenas de espécies de orquídeas, possivelmente, algumas jamais conhecidas. Nosso sonho é a preservação das florestas e em consequência as orquídeas. Nossa realidade é a falta de conhecimento científico e específico sobre as orquídeas de Santa Catarina. Neste contexto, as orquídeas ganham um papel preponderante e de extrema importância na educação ambiental e na conservação da flora e fauna, pois elas, as orquídeas, são consideradas “flag-family” isto é, são fornecedoras de água, abrigo, sítio de nidificação, sítio de forrageamento, fonte de nutrientes, berçário, etc. E, somente quando há um conhecimento sobre o habitat, a ecologia, gêneros e espécies e o tamanho das populações, se pode programar estratégias de conservação e manutenção destes espaços de maneira adequada, apropriada e contínua. Nosso propósito na elaboração do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina é desenvolver um banco de dados, transforma-lo em informação (descritiva, numérica e cartográfica) de forma, clara, objetiva, precisa e de caráter didático e pedagógico, contribuindo para o conhecimento botânico e da biodiversidade da Família orchidaceae em Santa Catarina e para o desenvolvimento de educação ambiental com um todo. 16 2. A FAMÍLIA ORCHIDACEAE A Família Orchidaceae, É considerada a maior em número de espécies entre as monocotiledôneas, possuindo distribuição cosmopolita e pantropical, sendo a mais numerosa e diversificada nos neotrópicos. Abrangendo cerca de 24.910 espécies segundo Goverts (Chase et al. 2003), agrupados em aproximadamente 800 generos (Dressler, 1993; 2005). É considerada uma das maiores e mais evoluídas Famílias do reino vegetal, compondo cerca de 10% de toda a flora do planeta, possibilitando ainda a formação de mais de 150 mil híbridos, produzidos por meio de cruzamentos ocorridos na natureza, bem como realizados de forma artificial pela mão humana. Como consequência desses números, pode-se encontrar orquídeas muito diferentes entre si do ponto de vista da forma, tamanho e hábitos vegetativos. Também nas suas flores a diversidade é marcante em termos de forma, tamanho, coloração e inflorescência. As orquídeas podem ser encontradas praticamente em todos os lugares do mundo, ou seja, nas regiões tropicais, sub-tropicais, temperadas e sub-árticas. Assim, conforme a espécie e seu habitat natural vegetam em condições de frio intenso, vento e sol forte, sombra constante, umidade permanente ou seca prolongada. No que se refere à altitude, podem ser encontradas desde o nível do mar até nas partes altas das montanhas, a mais de dois mil metros de altitude. Existem orquídeas das mais diferentes formas e tamanhos, havendo plantas que chegam a quatro metros de altura, como podem, também, ser encontradas plantas com flores do tamanho da cabeça de um alfinete, conhecidas como micro-orquídeas. Elas vegetam, nos mais diversos ambientes, desde regiões frias a quentes; de secas a muito úmidas; de elevadas até baixas altitudes. Existem em maior número de espécies nas regiões tropicais e subtropicais, em altitudes não superiores a dois mil metros. As orquídeas pertencem ao: Domínio: Eukaryota. Reino: Plantae. Divisão: Magnoliophyta. Classe: Liliopsida. Ordem: Asparagales. Família: Orchidaceae. Sendo que a Família Orchidaceae subdivide-se em cinco subFamílias (números estimados de gêneros e espécies pelo Phylogeny Group): Apostasioideae - 2 gêneros e 16 espécies do Sudeste Asiático; Cypripedioideae - 5 gêneros e 130 espécies das regiões temperadas do mundo, poucas na América tropical; Vanilloideae - 15 gêneros e 180 espécies na faixa tropical e subtropical úmida do globo, e leste dos Estados Unidos; Orchidoideae - 208 gêneros e 3.630 espécies distribuídas em todo mundo, exceto nos desertos mais secos, no círculo Ártico e na Antártida; Epidendroideae - mais de 500 gêneros e cerca de 20.000 espécies distribuídas sobre as mesmas regiões de Orchidaceae, embora haja algumas espécies subterrâneas no deserto australiano. Nas regiões tropicais e subtropicais, que a Família orquidaceae está entre as mais diversificadas no que diz respeito ao número de espécies. Dressler (1981) aponta cerca de 300 gêneros e 8.000 espécies para a região Neotropical. No Brasil há uma estimativa que o número de espécies chegue a ca. 3.000 e 200 gêneros (Barros, 1999), podendo ser considerado o terceiro país mais rico em espécies, após Colômbia e Equador (Pabst & Dungs, 1975; Dressler 1981). 17 2.1. Estudos Florísticos da Família Orchidaceae no Brasil. Braga (1977) assinala que devido ao grande número de espécies há diversos problemas taxonômicos envolvendo a Família Orchidaceae, e poucas são as obras de cunho revisional. Resumidamente podemos destacar os seguintes estudos mais relevantes ocorridos no Brasil: Rodrigues (1877, 1881, 1882, 1891). Onde foram descritas várias espécies novas para a flora brasileira; suas ilustrações só vieram a ser publicadas em 1996 (sprunger, 1996) e constituem, em muitos casos, typus das espécies descritas, pois o material examinado foi totalmente perdido. Estas ilustrações encontram-se depositadas na Biblioteca Barbosa Rodrigues do Jardim Botânico do Rio de Janeiro; Cogniaux (1893-1896, 1898-1902, 1904-1906), publicou na Flora Brasiliensis, três volumes sobre a Família Orchidaceae, descrevendo novas espécies, fazendo novas combinações, e apresentou 142 gêneros e 1455 espécies, reunindo nesta obra os dados e materiais de muitos botânicos; Hoehne (1940, 1942, 1945, 1953) iniciou um novo levantamento das Orchidaceae brasileiras, mas não conseguiu concluí-lo, tendo publicado quatro volumes na “Flora Brasílica“, obra que pretendia catalogar todas as espécies fanerogâmicas brasileiras. O trabalho publicado apresenta descrições, ilustrações e chave de identificação para muitos gêneros e espécies encontrados no Brasil. Hoehne (1949) publicou a “Iconografia das Orquidáceas do Brasil”, obra retrata o histórico da Família e apresenta ilustrações de pelo menos uma espécie de cada gênero abordado. Pabst & Dungs (1975, 1977) elaboraram e publicaram a mais recente e abrangente revisão da Família para o Brasil. No referido trabalho são apresentadas novas combinações e uma grande lista de sinônimos, totalizando 191 gêneros e 2.356 espécies de orquídeas para a flora brasileira. Castro Neto & Campacci (2000, 2003), publicam dois novos trabalhos, procurando descrever novas espécies de orquidáceas brasileiras, posteriores à revisão de Pabst & Dungs (1975, 1977) e de apresentar revisões de gêneros estudados pelos autores. Segundo Rodrigues (2008), grande parte dos trabalhos publicados nos últimos 25 anos está restrita à descrição de novos táxons, como por exemplo, os de Campacci & Vedovello (1983), Barros (1988), Duveen (1990), Barros & Lourenço (2004), Pansarin (2004) e Pinheiro & Barros (2006) ou trazem revisões de categorias infra-familiares, como os de Toscanode-Brito (1994, 2007), Forster (2007) e Smidt (2007), ou, ainda, trazem novas ocorrências e floras regionais como, por exemplo, os trabalhos de Pinheiro (1999), Santana (2000), Barros (1987), Forster (2002), Barros & Pinheiro (2004), Fraga & Peixoto (2004), Stancik (2004), Batista et al. (2005), Toscano-de-Brito & Cribb (2005), Menini Neto (2005), Menini Neto et al. (2004a; 2004b, 2007), Barbero (2007) e Cunha & Forzza (2007). De acordo com Bocayuva (2005) no Brasil, o número de levantamentos florísticos de Orchidaceae vem crescendo ao longo dos anos, porém, ainda poucos estados possuem uma lista de espécies. Para a região amazônica, recentemente, foi lançada a obra "Orquídeas Nativas da Amazônia Brasileira II", que engloba um total de 709 espécies, com destaque para 34 espécies novas e 150 novas ocorrências para flora brasileira (Fernandes da silva; Fernandes da silva, 2004). Da mesma forma, o Distrito Federal já possui um checklist das Orchidaceae, no qual foram reconhecidos 72 gêneros e 246 espécies, dentre as quais 6,7% são endêmicas (Batista; Bianchetti, 2003). Os levantamentos de orquídeas em diferentes áreas, principalmente em Unidades de Conservação na Região Sudeste, são cada vez mais numerosos. Porém, nenhum dos estados da Região possui uma lista de espécies. Para o Espírito Santo podemos citar somente o levantamento de 71 espécies para restingas (Fraga; Peixoto, 2004), sendo este o estado com menor número de levantamentos. Em Minas Gerais, os trabalhos mais recentes são para a Serra do Cipó (Barros, 1987); Serra de São José (Alves, 1991); Serra de Araponga, Carangola e o Vale do Rio Carangola (LEONI, 1991; 1994); Parque Estadual de Ibitipoca (Menini Neto et al., 2002); Reserva Biológica da Represa do Grama (Menini Neto et al., 2004b); um fragmento de floresta no município de Barroso (Menini Neto et al., 2004a) e Grão Mogol (Barros; Pinheiro, 2004). São Paulo é o único estado dentre estes com parte do levantamento de sua Flora Fanerogâmica já publicado, porém ainda não engloba a Família Orchidaceae. Os mais recentes inventários locais de orquídeas para o Estado de São Paulo são os seguintes: Flora Fanerogâmica da Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (Barros, 1983); Flora Fanerogâmica da Ilha do Cardoso (Barros, 1991) e Flora Vascular da Juréia (Barros; Catharino, 2001). Para o Estado do Rio de Janeiro os últimos levantamentos são Macaé de Cima (Miller; Warren, 1996); APA de Cairuçu (Leoni, 1997); Parque Estadual da Serra da Tiririca (Pinheiro, 1999); Ilha de Cabo Frio (Mello, 2002), restinga de Marambaia (Fraga et al., no prelo); Reserva Biológica do Tinguá (Moraes; Bocayuva, no prelo) e Reserva Particular Natural de Rio das Pedras com 89 espécies (Saddi et al., no prelo). Podemos ainda citar, A Família Orchidaceae no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Cananéia SP (Romanini, 2006) e Orchidaceae do Parque Natural Municipal Francisco Afonso de Mello – Chiquinho Veríssimo, Mogi das Cruzes – São Paulo (Rodrigues, 2008). 18 E finalmente os trabalhos de: Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e Sellowia Anais Botânicos do Herbário “Barbosa Rodrigues” nº. 56/63 30 de setembro de 2011 lvi – lxiii p. 11 – 256. Flora Ilustrada Catarinense. Editor Ademir Reis. Itajaí, 1996 a 2011. Flora del Conosur. Catálago de las plantas vasculares. Instituto de Botânica Darwinion, <htt/www2.darwin.edu.ar/Proyectos/FloraArgentina/BuscarEspecies.asp>. Acesso em: de março de 2011 a abril de 2012. República Argentina, 2009. Disponível em: Stehmann et al. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. Zuloaga, F. O.; Morrone. O. &. Belgrano, M. J. Catálogo de las plantas vasculares del Cono Sur. Volume 1, 2 e 3. Missouri Botanical Gardem Press, 2008. 19 2.2. Estudos Florísticos da Família Orchidaceae em Santa Catarina. 2.2.1 Primeiros relatos sobre orquídeas no Estado de Santa Catarina. [...] queira penetrar lateralmente na espessa escuridão da floresta, abandonando o caminho estreito, encontra-se uma frente instransponível, tornando impossível o acesso ao cume da montanha. Quase todas as formas arquitetônicas da botânica estão comprimidas na floresta rica variação. Cito as acácias com folhas multipenadas, troncos altos e ramos espairecidos em forma de leque. Abaixo destas, sobre troncos caídos, rastejam capins, samambaias, helicôndas de folhas largas e de altura de uma pessoa; ainda de permeio, palmeiras anãs, troncos de samambaias. Cipós emaranhados erguem-se do chão ao cimo das árvores, de lá pendendo para baixo: os ramos mais altos situam-se alegres jardins de orquídeas e bromeliáceas, etc., com as “Tillandsia usneoides” (“barba-de-velho”) cobrindo velhas árvores com seus cachos prateados (CHAMISSO, 1815, p. 233). Prancha II - Em frente à ilha de Santa Catarina. [...] Os ananases são um dom da natureza nestas regiões equinociais. Aqui eles mostram suas preciosidades misturadas às heliônias (“bihai”), cuja forma se aproxima à da bananeira, possuindo folhas bastante grandes e de uma consistência fortíssima que substituem aquele vegetal utilizado na cobertura de casas. As purgueiras (“jatropha”) de folhas recortadas e de suco leitoso, os cactus de folhas ajuntadas até o cimo, lembram as palmeiras; as epidêndreas (“épidendrum”) que, reconhecíveis por suas folhas gordurosas e suas belas flores, cobrem os rochedos; tais são as plantas que se distinguem no primeiro plano da prancha II (CHORIS, 1822, p. 244). Prancha II – Em frente à Ilha de Santa Catarina Fonte: Choris (1822, p. 244). 20 Prancha III - Vista do interior da ilha de Santa Catarina [...] A habitação do homem está sombreada por laranjeiras e bananeiras: mais longe crescem os mamoeiros que, nesta Ilha, são muito altos e dão frutos do tamanho de um melão pequeno.: e os coqueiros (“cocos romanzov”) cujos troncos esguios ultrapassam às outras árvores. Os rochedos são revestidos de epidêndreas; os ananases crescem ao meio de jarros que se distinguem suas flores brancas (CHORIS, 1822, p. 245). Prancha III – Vista do Interior da Ilha de Santa Catarina. Fonte: Choris (1822, p. 245). 21 2.2.2 As Referências Bibliográficas sobre a Família Orchidaceae em Santa Catarina. Bremer, B.; Bremer, K.;. Chase, M. W.; Reveal, J. L.; Soltis, D. E.; Soltis, P. S.: & Stevens, P.F. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society: Volume 141, Issue 4, pages 399–436, April 2003. Bresolin, A. A flora da restinga da Ilha de Santa Catarina. In: Insula; Boletim do Horto Botânico, Florianópolis, 1979. (10) 54 p. 30. Ceolin, Luciano Moreira. O Gênero Pleurothallis r. br. sensu lato (orchidaceae) no Parque Natural Municipal Nascentes do Ribeirão Garcia. Blumenau, Santa Catarina. Universidade do Paraná. Curitiba. 2009. Favretto, Mario Arthur & Geuster, Cleiton José. Orquídeas e Bromélias do Vale do rio do Peixe. 1º ed. Joaçaba, SC: Ed. Dos Autores, 2010. Favretto, Mario Arthur & Geuster, Cleiton José. Parque Natural Municipal Rio do Peixe, Joaçaba, Santa Catarina – Volume II Plantas Epífitas. 1º ed. Joaçaba, SC: Ed. Dos Autores, 2012. Forza et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil. Rio de Janeiro: Andrea Jakobson Estúdio, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2010. 2 v. Flora ilustrada Catarinense. Editor: Raulino Reitz. Itajaí, 1965 a 1989. Flora Ilustrada Catarinense. Editor Ademir Reis. Itajaí, 1996 a 2011. Flora del Conosur. Catálogo de las plantas vasculares. Instituto de Botânica Darwinion, República <htt/www2.darwin.edu.ar/Proyectos/FloraArgentina/BuscarEspecies.asp>. Acesso em: de março de 2010 a setembro de 2011. Argentina, 2009. Disponível em: Jozy, Zarur de Matos. Diversidad de Bromélias y Orquídeas de la Mata Atlântica (Diversidad Genética de Vriesea incurvata Gaud. (Bomeliaceae). Tesis Doctoral – Universidade De Alicante – Espanha/2011. Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010>. Acesso em: de março de 2010 a setembro de 2011. Nascimento, Marcelo Vieira. O levantamento da Família Orchideaceae na Ilha do Campeche – Florianópolis – SC/Brasil. UFLA – universidade Federal de lavras. Minas Gerais. 2010. Klein, R. M., Bresolin, A.; Reis, A. Insula – Boletim do Horto Botânico da Universidade Federal de Santa Catarina – (nª 9 – Florianópolis – 1977/1978). Distribuição de Orquídeas da Ilha de Santa Catarina. Pabst, G.F.J. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano III – 22 de junho de 1951) nº 3. – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica I. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano V – 22 de junho de 1953) nº 5. – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica I ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano IV – 22 de junho de 1952) nº 4. – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica I. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano VI – 22 de junho de 1954) nº 6. – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica II. 22 ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano VII e VIII – 22 de maio de 1956) – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica III. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano IX – 31 de dezembro de 1957) – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica IV. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano IX – 30 de setembro de 1959) – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica V. Reitz, R. Plano de Coleção da Flora Ilustrada Catarinense. In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense, História A: 71 P. 1965. Reitz, R. (ED.) Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí. 1965- 1989. Reis, A. (Ed.) Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí. 1996- 2011. Reis, A.(Ed.) Flora Ilustrada Catarinense, Freire S.; Deble L. & Iharlegui, L.: Compositae Inuleae. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí. P – 1067 – 1197. Stehmann et al. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. Zuloaga, F. O.; Morrone. O. &. Belgrano, M. J. Catálogo de las plantas vasculares del Cono Sur. Volume 1, 2 e 3. Missouri Botanical Gardem Press, 2008. 23 3. A LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA DO BRASIL E A FAMÍLIA ORCHIDACEAE. A lista de espécies da Flora do Brasil é o resultado do trabalho coordenado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério do Meio Ambiente, tendo como base a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) e a Estratégia Global para a Conservação de Plantas (GSPC). A lista de espécies da Flora do Brasil tem como objetivo registrar o conhecimento atual das espécies de fungos e plantas do Brasil, listando os nomes aceitos e a sua ocorrência em termos de Região, Estado e Domínios, acompanhados de vouchers ou referencias bibliográficas. A mesma teve inicio em 2008 e foi lançada em 2010. A elaboração do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina tem como marco inicial de referencial bibliográfico, a Lista de Espécies da Flora do Brasil (Família Orchidaceae) e será ampliado com referências bibliográficas de publicações científicas, pesquisas nos Herbários existentes em Santa Catarina, no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, bem como trabalho de Campo, em todas as regiões do território de Santa Catarina, procurando identificar as espécies já listadas e novas que por ventura possam ser encontradas. Como a Lista de Espécies da Flora do Brasil (Barros, 2013) é nosso marco referencial inicial na elaboração deste trabalho, foram construídos três quadros resumos da sinopse da Família Orchidaceae para o Brasil, para Santa Catarina e para Florianópolis (Capital do Estado de Santa Catarina), bem como, a relação percentual entre Santa Catarina e o Brasil, para Gêneros, Espécies, Subespécies e Variedades botânicas da Família Orchidaceae. Sinopse para o Brasil Brasil Total Só endêmicas Só não endêmicas Só Ocorrem (incluindo as subespécies) Gêneros Espécies Subespécie Variedade 290 185 226 65 2450 1642 888 1638 08 06 02 06 20 16 05 16 Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 24 Sinopse para o Brasil Gêneros Espécies 2450 1642 1638 888 290 185 Total Só endêmicas 226 Só não endêmicas 65 Só Ocorrem (incluindo as subespécies) 25 Sinopse para as Regiões Geográficas Brasileiras Região Geográfica Gêneros CENTRO – OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL Espécies 115 146 153 178 138 Subespécie 463 598 786 1478 741 Variedade 02 03 02 03 02 Espécies que só ocorrem (incluindo subespécie) 06 05 04 15 06 67 111 525 604 132 Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Sinopse para as Regiões Geográficas Brasileira 1478 Gêneros Espécies 786 741 598 463 115 CENTRO – OESTE 146 NORDESTE 153 NORTE 178 SUDESTE 138 SUL 26 Sinopse para os Domínios Fitogeográficos Brasileiros Subespécie Variedade Espécies que só Ocorre (incluindo subespécie) Domínio Fitogeográfico Gêneros 148 45 132 179 10 00 AMAZONIA CAATINGA CERRADO MATA ATLANTICA PAMPA PANTANAL Espécies 775 134 690 1428 13 00 02 02 05 03 00 00 04 02 09 11 00 00 557 008 306 1039 008 000 Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Sinopse para os Domínios Fitogeográficos Brasileiros Gêneros Espécies 775 148 AMAZONIA 1428 690 45 134 CAATINGA 132 179 10 CERRADO MATA ATLANTICA 13 PAMPA 0 0 PANTANAL 27 Sinopse para os Estados Brasileiros ESTADOS ACRE ALAGOAS AMAPA AMAZONAS BAHIA CEARA DISTRITO FEDERAL ESPIRITO SANTO GOIAS MARANHÃO MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL MINAS GERAIS PARÁ PARAIBA PARANA PERNAMBUCO PIAUI RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO NORTE RIO GRANDE DO SUL RONDONIA RORAIMA SANTA CATARINA SÃO PAULO SERGIPE TOCANTINS Gêneros Espécies 56 31 60 131 115 35 76 124 72 59 84 38 147 111 31 127 77 09 149 09 100 60 98 119 147 36 38 Subespécie 88 64 133 469 425 57 231 473 232 129 261 67 825 412 59 588 181 10 796 09 360 125 250 470 775 64 100 Variedade 00 00 01 02 03 00 02 00 02 00 01 00 03 01 01 01 01 00 00 00 00 00 00 02 01 00 00 00 00 00 02 03 00 04 03 03 00 04 01 11 03 01 06 03 00 04 00 03 02 02 04 08 01 08 Só Endêmicas do Brasil 15 30 15 122 268 18 111 348 115 38 100 16 585 120 23 359 90 05 593 06 198 44 33 298 529 27 34 Só não endêmicas do Brasil 73 34 118 349 155 39 121 119 117 91 161 51 238 293 36 225 92 05 194 03 161 81 217 179 241 37 66 Só Ocorre 06 03 06 122 71 02 09 83 09 10 30 02 144 55 00 41 10 00 131 00 32 18 70 16 65 01 00 Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 28 Sinopse para os Estados Brasileiros 825 Gêneros 796 775 Espécies 588 473 469 470 425 412 360 231 88 56 133131 115 64 60 31 232 124 57 35 76 72 261 129 84 59 250 147 67 38 181 111 127 59 31 149 100 77 910 99 125 119 98 60 147 100 64 36 38 29 Sinopse para Santa Catarina Divisão Botânica Nomes % em relação ao Espécies % em relação Aceitos Brasil Endêmicas ao Brasil Gêneros 119 41,04 0 0 Espécies 470 19,19 16 0,97 Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Obs. Dados Brutos antes da execução das 2º primeiras etapas. Sinopse para Santa Catarina 470 Gêneros Espécies 119 41,04 Nomes Aceitos 19,19 % em relação ao Brasil 0 16 0 0,97 Endêmicas ao Brasil Espécies % em relação 30 Abaixo, o espelho do quadro dos Gêneros da Família Orchidaceae para Santa Catarina, já observados e confirmados de acordo com . Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 31 04. ATLAS DAS ORQUÍDEAS DE SANTA CATARINA 04.1. Objetivos. São objetivos do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina: I – Apresentar a listagem dos Gêneros e Espécies botânicas existentes e aceitas para Santa Catarina; II – Descrever os Gêneros e as Espécies botânicas existentes e aceitas para Santa Catarina; III – Descrever os Gêneros, as Espécies e as Variedades Horto culturais para o Grupo I, segundo o regimento da Federação Catarinense de Orquidofilia - FCO. IV – Mapear os Gêneros e as Espécies botânicas existentes e aceitas, segundo as Regiões Metropolitanas e Fitogeográficas de Santa Catarina; V - Tornar os dados sobre a ocorrência das espécies de orquídeas existentes e aceitas para Santa Catarina, base fundamental para a tomada de decisão e formulação de políticas públicas sobre biodiversidade; VI - Fornecer subsídios para que a sustentabilidade ambiental se torne um critério tão importante quanto o desenvolvimento social e econômico na formulação e análise de políticas públicas, bem como, para o a Educação Ambiental Formal ou Informal. VII – Listar (mesmo que de forma preliminar) as Espécies de Orquídeas que ocorrem em Santa Catarina que se encontre nas categorias de: Presumivelmente extinta; Presumivelmente extinta na natureza; Criticamente em Perigo ou em Perigo Critico de Extinção; Em perigo de extinção; Vulnerável; Quase ameaçada. VIII - Confeccionar ilustrações Botânicas das principais espécies de orquídeas que ocorrem em Santa Catarina, tendo como critério de escolha as: Cattleyas: Intermedia, Tigrina, Forbesii e Guttata. Laelia purpurata; Híbridos naturais; Endêmicas; Presumivelmente extinta; Presumivelmente extinta na natureza; Criticamente em Perigo ou em Perigo Critico de Extinção; Em perigo de extinção; Vulnerável; Quase ameaçada. 32 IX – Levantar e reconstituir e escrever a História da Orquidófilia e a Orquideologia no âmbito do Estado de Santa Catarina, em parceria como Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. XII – Levantar, reconstituir e escrever História da Orquídea Laelia purpurata, sob os aspectos botânicos, classificação horto cultural e das principais variedades históricas, em parceria como Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – IHGSC. X – Criar a Coleção Botânica Cientifica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger), somente com espécies de orquídeas nativas/silvestres de Santa Catarina; XI – Criar o Site do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, atualizando-o semanalmente todas as etapas do Projeto. 33 04.2. Etapas. 04.2.1. Primeira etapa – Pesquisa Bibliográfica. Refere-se pesquisa bibliográfica, sobre o que já foi publicado sobre orquídeas de Santa Catarina, constituindo-se então a listagem preliminar das mesmas, já encontras e descritas para o Estado de Santa Catarina. Nesta listagem já promoveremos a denominação mais atual para cada gênero e espécie listada, bem como, será feita e eliminação de os sinônimos. Está Etapa terá como referências bibliográficas: Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C. N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB000179). Berger, Paulo. Ilha de Santa Catarina - Relato dos Viajantes Estrangeiros nos Séculos XVIII e XIX . Florianópolis. Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Assessoria Cultura, 1979. Bresolin, A. A flora da restinga da Ilha de Santa Catarina. In: Insula; Boletim do Horto Botânico, Florianópolis, 1979. (10) 54 p. Bremer, B.; Bremer, K.;. Chase, M. W.; Reveal, J. L.; Soltis, D. E.; Soltis, P. S.: & Stevens, P.F. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society: Volume 141, Issue 4, pages 399–436, April 2003. Ceolin, Luciano Moreira. O gênero Pleurothallis R. Br. sensu lato (Orchidaceae) no Parque Natural Municipal Nascentes do Ribeirão Garcia. Blumenau, Santa Catarina. Universidade do Paraná. Curitiba. 2009. Favretto, Mario Arthur & Geuster, Cleiton José. Orquídeas e Bromélias do Vale do rio do Peixe. 1º ed. Joaçaba, SC: Ed. Dos Autores, 2010. Favretto, Mario Arthur & Geuster, Cleiton José. Parque Natural Municipal Rio do Peixe, Joaçaba, Santa Catarina – Volume II Plantas Epífitas. 1º ed. Joaçaba, SC: Ed. Dos Autores, 2012. Forza et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil. Rio de Janeiro: Andrea Jakobson Estúdio, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2010. 2 v. Flora Ilustrada Catarinense. Editor: Raulino Reitz. Itajaí, 1965 a 1989. Flora Ilustrada Catarinense. Editor Ademir Reis. Itajaí, 1996 a 2011. Flora del Conosur. Catálogo de las plantas vasculares. Instituto de Botânica Darwinion, República <htt/www2.darwin.edu.ar/Proyectos/FloraArgentina/BuscarEspecies.asp>. Acesso em: de março de 2010 a setembro de 2011. Hoehne, F. C. Orchidáceas. In Flora Brasílica (Hoehne, F.C., ed.). São Paulo, 1940. Instituto de Botânica. v.12, pt. 1, p. 1-254, tab. 1-153. ______. Orchidáceas. In: F.C. Hoehne (ed.). Flora Brasílica. Instituto de Botânica, 1953. São Paulo, v.12, pt. 7, pp. 1-397, tab. 1-181. ______. Iconografia das Orchidáceas do Brasil. São Paulo: Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio. 1949. 302p. ______. Orchidáceas. In: F.C. Hoehne (ed.). Flora Brasílica. Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo. 1942. São Paulo, v. 12, pt. 6, pp. 1-218, t. 1-137. ______. Orchidáceas. In: F.C. Hoehne (ed.). Flora brasílica. Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo. 1945. São Paulo, v. 12, pt. 2, pp. 1-389, t. 1-210. Argentina, 2009. Disponível em: 34 Nascimento, Marcelo Vieira. O levantamento da Família Orchidaceae na Ilha do Campeche – Florianópolis – SC/Brasil. UFLA – universidade Federal de lavras. Minas Gerais. 2010. Klein, R. M., Bresolin, A.; Reis, A. INSULA – Boletim do Horto Botânico da Universidade Federal de Santa Catarina – (nª 9 – Florianópolis – 1977/1978). Distribuição de Orquídeas da Ilha de Santa Catarina. Pabst, G.F.J. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano III – 22 de junho de 1951) nº 3. – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica I. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano V – 22 de junho de 1953) nº 5. – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica I. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano IV – 22 de junho de 1952) nº 4. – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica I. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano VI – 22 de junho de 1954) nº 6. – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica II. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano VII e VIII – 22 de maio de 1956) – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica III. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano IX – 31 de dezembro de 1957) – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica IV. ______. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano IX – 30 de setembro de 1959) – Contribuição para o conhecimento das orquídeas de Santa Catarina e sua dispersão geográfica V. Sellowia Anais Botânicos do Herbário “Barbosa Rodrigues” nº. 56/63 30 de setembro de 2011 VI – XIIIi p. 11 – 256. Pabst, G.F.J.; Dungs, F. Orchidaceae Brasilienses. Hildesheim: Kurt Schmersow. 1975. v.1. 408p. ____. ________ Orchidaceae Brasilienses. Hildesheim: Kurt Schmersow. 1977. v.2. 418p. Reitz, P. R. Sellowia – Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues (Ano VII e VIII – 22 de maio de 1956) – Manipulus Monocotyledonearum Catharinensium. ______. Vegetação da Zona Marítima de Santa Catarina. Sellowia. Itajaí, 1961. (13):17-116, ______. Plano de Coleção da Flora Ilustrada Catarinense. In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense, História A: 71 P. 1965. ______. (Ed.) Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí. 1965- 1989. Reis, A. (Ed.) Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí. 1996- 2011. Reis, A. (Ed.) Flora Ilustrada Catarinense, Freire S.; Deble L. & Iharlegui, L.: Compositae Inuleae. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí. P – 1067 – 1197. Souza Sobrinho, R. J.; Bresolin, A. Flórula da Ilha de Santa Catarina. Florianópolis. 1970 – 1983. 18 fascículos. 35 Sprunger, S. (ED.) João Barbosa Rodrigues. Iconographie des orchidées du Brésil. v.1: The Illustrations. Basle: Friedrich Reinhardt Verlag. 1996. 540p. ____________. ______. v.2: The Texts. Basle: Friedrich Reinhardt Verlag. 1996. 182p Stehmann et al. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. Zuloaga, F. O.; Morrone. O. &. Belgrano, M. J. Catálogo de las plantas vasculares del Cono Sur. Volume 1, 2 e 3. Missouri Botanical Gardem Press, 2008. 36 04.2.2. Segunda Etapa – Visita aos Herbários. 04.2.2.1 O que é um Herbário Herbário (do latim herbarium) é uma coleção de plantas ou partes de plantas, secas, preservadas, identificadas e acompanhadas de informação crítica sobre o lugar de coleção, nome comum e usos. Tal coleção em general representa à flora, ou patrimônio vegetal, de uma localidade, região ou país. Também se conhece como herbário ao espaço onde se encontra esta coleção. A formação de herbários iniciou-se no século XVI na Itália, como coleções de plantas secas e costuradas em papel. Foi Lineu (1707-1778) que popularizou a prática corrente de montar os exemplares em simples folhas de papel e guardá-las horizontalmente. As informações contidas em um herbário são fontes básicas para os estudos taxonômicos, florísticos, biogeográficos, fenológicos, ecológicos e fornece dados para os trabalhos sobre biodiversidade, usos medicinais, tóxicos, forrageiros, alimentícios, entre muitos outros. Estas coleções de espécies de plantas secas são cuidadosamente pressionadas e coladas em papel pesado. Estas espécies encontram-se devidamente catalogadas e identificadas com informação acerca das plantas e o local onde foram colhidas. Aliás, num herbário, a sua coleção está em constante atualização. Regularmente são feitas novas colheitas de exemplares, acompanhadas com informações adicionais sobre a evolução do habitat, do clima, da vegetação, e outras informações que se considerarem relevantes. Se corretamente conservadas, uma espécie-tipo pode durar centenas de anos. Uma espécie de planta num herbário é uma fonte insubstituível de registro da biodiversidade das plantas e serve como referência a muitas e variadas funções, incluindo identificação, pesquisa e educação. 04.2.2.2. O que é uma Exsicata Exsicata é uma amostra de planta seca e prensada numa estufa (herborizada), fixada em uma cartolina de tamanho padrão acompanhadas de uma etiqueta ou rótulo contendo informações sobre o vegetal e o local de coleta, para fins de estudos botânicos. Exsicatas são normalmente guardadas num herbário. 04.2.2.3. Visita aos Herbários Como o Herbário é uma coleção composta por amostras de plantas coletadas, tratadas, preparadas segundo técnicas específicas e desidratadas, (no nosso casa da Família Orchideaceae), as quais são denominadas exsicatas. É um verdadeiro banco de informações sobre a flora de uma região ou planeta como um todo, possibilitando a análise comparativa dos espécimes encontrados na natureza. É através dessa analise que se pode saber, se uma planta recém-coletada já foi classificada, a que Família e gênero pertence, se é rara ou comum, onde e quando foi coletada, etc. Esses dados são muito importantes para analisar a vegetação de uma determinada região, mesmo que essa s encontre totalmente destruída, bem como para fornecer informações sobre o estado de conservação das espécies em determinada área. Os exemplares desse acervo são utilizados, também, no processo de identificação de amostras que chegam ao herbário. As amostras depositadas nesses acervos comprovam e fundamentam os estudos em sistemática vegetal. A identificação científica é o primeiro passo para o acesso às informações inerentes à determinada espécie, proporcionando o diálogo entre cientistas das diferentes áreas de conhecimento e das diferentes regiões do planeta. Os herbários são centros de 37 identificação botânica, eu, em razão do grande número de amostras armazenadas, tornam-se banco de dados naturais que irão subsidiar os seguintes objetivos dos Atlas das Orquídeas de Santa Catarina: Fornecer dados à taxonomia botânica para as orquídeas de Santa Catarina; Subsidiar pesquisas em diversas áreas da Biologia, Botânica, Biogeografia, etc. Documentar cronologicamente a Família Orchidaceae do Estado de Santa Catarina; Recompor as informações sobre a Família Orchidaceae original de áreas atualmente em processo de degradação ou extinta para o Estado de Santa Catarina; Auxiliar nas pesquisas de diversidade e endemismo, indicando áreas para a conservação; Subsidiar o trabalho do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina e revisões de táxons. Promover o avanço científico e popularizar as informações contidas nos herbários, através da utilização (fotos) dos exemplares e das informações contidas em seus acervos. Identificar, fotografar e registrar as exsicatas de orquídeas depositadas nos herbários abaixo listados; Identificar todas as exsicatas com uma ficha padrão e foto, que será disponibilizada no Site do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina. Serão realizadas pesquisas nos seguintes Herbários: Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz: ( Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC). Herbário do Depto. de Botânica – FLOR. (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC). Herbário Dr. Roberto Miguel Klein (Universidade Regional de Blumenau – FURB). Herbário Barbosa Rodrigues – HBR (Município de Itajaí/SC). Herbário Fritz Müller (Universidade do Oeste de Santa Catarina - Campus de São Miguel do Oeste – UNOSC). Herbário Lyman Bradford Smith – HLS (Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI). Herbário Joinvillea – JOI (Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE). Herbário Lages – LUSC (Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC). Herbário Alto Vale do Itajaí – RAVI (Associação Ambientalista Pimentão). 38 Herbário Laelia purpurata (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL). Herbário do Museu Botânico Municipal de Curitiba. Herbário do Instituto Botânico de São Paulo - SP. Herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná. Herbarium – Herbário Pabst (Rio de Janeiro). Herbário Prof. Dr. Alarich Rudolf Holger Schultz,Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Herbário Alexandre Leal Costa, Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia. Herbário da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba – São Paulo. Herbário da Universidade Estadual de Campinas - SP. Herbário da Universidade de Brasília. Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana – BA. Herbário da Universidade Estadual de Londrina - PR. Herbário do Departamento de Botânica - Universidade Federal de Minas Gerais – MG. Herbário Dimitri Sucre Benjamin, Instituto de Pesquisas. Jardim Botânico do Rio de Janeiro – RJ. Herbário do Departamento de Botânica. Universidade Federal do Paraná - PR. Herbário Fanerogâmico e Criptogâmico do Instituto Agronômico, Campinas – SP. Herbário do Jardim Botânico Plantarum. Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa – SP. Herbário do Museu da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RGS. Herbário do Museu Nacional do Rio de Janeiro – RJ. Herbário do Parque da Ciência Newton Freire Maia, Pinhais, Paraná – PR. Herbário Dom Bento Pickel Instituto Florestal de São Paulo – SP. 39 Herbário Jayme Coelho de Moraes. Universidade Federal da Paraíba. Herbário da Universidade Estadual de Maringá – PR. Missouri Botanical Garden – USA. Smithsonian – Nacional Museun of Natural History Department of Botany – USA. The New York Botanical Garden – USA. 40 04.2.2.4. Ficha Padrão Na medida do possível e buscando harmonia e homogeneidade no trabalho procuraremos seguir a seguinte Ficha Padrão: Herbário de Origem: Foto da Exsicata Família Botânica: Nome Científico Pretérito: Nome Científico Atual: Nome popular: Localidade encontrada: Estado: Pais: Coordenadas Geográficas: Altitude: Altura: Habitat: Habito: Flor (cor, odor, etc): Fruto (Tamanho, odor, cor, etc): Coletor: Data da Coleta: Determinador: Data da Determinação: Observações (uso econômico, abundância etc): 41 04.2.3. Terceira Etapa – Atualização dos Dados I. A terceira etapa consiste na a atualização da Lista: Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, tendo com as referências bibliográficas citadas no item 04.2.1. Primeira Etapa – Pesquisa Bibliográfica e no item 04.2.2. Segunda etapa – Visita aos Herbários. A junção destas referências terá como produto a Lista da Flora de Santa Catarina – Família Orchidaceae, modificada e atualizada. 04.2.3.1. Resultados Finais da Primeira e Segunda Etapa 04.2.3.1.2. Sinopse para Santa Catarina (Antes de iniciar os trabalhos do Atlas). Divisão Botânica Nomes Aceitos para o Brasil (nativas/silvestres) Nomes Aceitos para Santa Catarina (nativas/silvestres) Gêneros 290 Espécies 2450 Espécies Endêmicas 1642 Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2013. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 119 470 16 % em relação ao Brasil 41,03 19,18 0,97 42 Sinopse para Santa Catarina (Antes de iniciar os trabalhos do Atlas) Nomes Aceitos para o Brasil (nativas/silvestres) Nomes Aceitos para Santa Catarina (nativas/silvestres) % em relação ao Brasil 2450 1642 290 470 119 Gêneros 41,03 19,18 Espécies 16 0,97 Espécies Endêmicas 43 04.2.3.1.3 Sinopse para Santa Catarina (Após primeira e segunda etapa dos trabalhos do Atlas). Divisão Botânica Nomes Aceitos para o Brasil (nativas/silvestres) Gêneros Espécies Espécies Endêmicas Híbridos Naturais Nomes Aceitos para Santa Catarina (nativas/silvestres) Antes de iniciar os trabalhos do Atlas 290 2450 1634 - 119 470 16 Sinopse para Santa Catarina Após a conclusão da 1ª e da 2ª Etapas dos trabalhos do Atlas Nomes Aceitos para Santa Catarina (nativas/silvestres) Após a conclusão da 1ª e 2ª etapas dos trabalhos do Atlas 128 617 16 10 % em relação ao Brasil 44,14 25,18 0,98 - Nomes Aceitos para o Brasil (nativas/silvestres) Nomes Aceitos para Santa Catarina (nativas/silvestres) Antes de iniciar os trabalhos do Atlas Nomes Aceitos para Santa Catarina (nativas/silvestres) Após a conclusão da 1ª e 2ª etapas dos trabalhos do Atlas % em relação ao Brasil 2450 1634 470 290 119 128 Gêneros 617 44,14 25,18 Espécies 16 16 Espécies Endêmicas 0,98 0 10 0 Híbridos Naturais 44 Com uma área de 95.346,181 km² correspondente apenas 1,12% da área territorial brasileira, Santa Catarina, que está localizada ao Sul da América do Sul, apresenta números bastante significativos em relação à Família Orchidaceae, em se comparando com os dados brasileiros segundo (Barros, 2013), e o trabalho da 1º e 2º etapa do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, temos: 44,14 % dos gêneros, 25,18 % das espécies, 25 % das subespécies, 20% das variedades e 0,98 % das espécies endêmicas existentes e aceitas para o Brasil. Ainda em relação às espécies endêmicas (16), quando comparadas a todas as espécies de Santa Catarina (617), temos 2,59% de espécies endêmicas. Os últimos estudos e relatos sistemáticos sobre a Família orchidaceae para Santa Catarina remontam as décadas de 1950 a 1970, mais precisamente nos trabalhos de Klein, R. M., Bresolin, A.; Reis (1978) e Pabst, G.F.J. Sellowia (1951 a 1959). Somente a partir do ano 2000 é que algumas iniciativas individuais (trabalhos de conclusão de cursos de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado), foram realizadas tendo como foco principal a Família orchidaceae. Como resultado desta etapa além da listagem das 617 orquídeas nativas/silvestres de Santa Catarina, temos a listagem das Espécies Endêmicas, os Híbridos Naturais e as que estão em Perigo de Extinção, e acordo com o CONSEMA, estando as mesmas listadas abaixo: 45 04.2.3.1.4. Orquídeas Endêmicas de Santa Catarina. 1. Acianthera asaroides (Kraenzl.) Pridgeon & M.W.Chase, indleyana 16: 242 (2001). 2. Acianthera murexoidea (Pabst) Pridgeon & M.W.Chase, Lindleyana 16: 245 (2001). 3. Anathallis globifera (Pabst) F.Barros & Barberena, Rodriguésia 61: 128 (2010). 4. Brachystele bicrinita Szlach., Fragm. Florist. Geobot. 41: 849 (1996). 5. Brachystele scabrilingua Szlach., Orchidee (Hamburg) 44: 202 (1993). 6. Constantia australis (Cogn.) Porto & Brade, Arq. Inst. Biol. Veg. 2: 208 (1935). 7. Cyrtopodium brandonianum Barb. Rodr. 8. Cyrtopodium brandonianum subsp. lageanum J.A.N.Bat. & Bianch., Darwiniana 43: 80 (2005). 9. Grobya guieselii F.Barros & Lourenço, Bot. J. Linn. Soc. 145: 125 (2004). 10.Habenaria ulei Cogn. in C.F.P.von Martius & auct. suc. (eds.), Fl. Bras. 3(4): 74 (1893). 11.Maxillaria binotii De Wild., Orchis 1: 25 (1906). 12.Octomeria rohrii Pabst, Orquídea (Rio de Janeiro) 13: 220 (1951). 13.Promenaea acuminata Schltr., Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 7: 327 (1919). 14.Promenaea catharinensis Schltr., Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 7: 479 (1921). 15.Stelis reitzii Garay 16.Veyretia undulata Szlach., Fragm. Florist. Geobot. 41: 862 (1996). 46 04.2.3.1.5. Híbridos Naturais de Orquídeas em Santa Catarina. 1. Cattleya intrincata Rchb. f. (Cattleya leopoldii Verschaff. ex Lem. x Cattleya intermedia Grah.) 2. Cattleya × dayana Rolfe, Orchid Rev. 10: 292 (1902). (Cattleya guttata Lindl. x Cattleya forbesii Lindl.) 3. Cattleya × isabellae Rchb.f., Wochenschr. Gärtnerei Pflanzenk. 1859: 336 (1859). (Cattleya intermedia Grah. x Cattleya forbesii Lindl.) 4. × Brassocattleya lindleyana Rolfe, Gard. Chron., III, 1889: 78 (1889). (Brassavola tuberculata Hook. x Cattleya intermedia Grah.) 5. Brassocattleya fregoniana L.C. Menezes (Brassavola tuberculata Hook. x Cattleya gutatta Grah.) 6. × Brassocattleya arauji Pabst & A.F.Mello, Bradea 2: 186 (1977). (Brassavola tuberculata Hook. x Cattleya forbesii Lindl.) 7. × Brassocattleya litoralis Campacci, Bol. CAOB 55: 88 (2004). (Brassavola tuberculata × Cattleya tigrina) 8. Cattleya × cypheri (Rolfe) Van den Berg, Neodiversity 5: 14 (2010). (Laelia purpurata Lindl. x Cattleya forbesii Lindl.) 9. × Laeliocattleya elegans (C.Morren) Rolfe, Gard. Chron. 1889(1): 619 (1889). (Laelia purpurata Lindl. x Cattleya leopoldii Verschaff. ex Lem.) 10. × Laeliocattleya schilleriana (Rchb.f.) Rolfe, Gard. Chron. 1887(2): 155 (1887). (Catteya intermedia × Catteya purpurata) 47 04.2.3.1.6 RESOLUÇÃO CONSEMA Nº XXX, de XX de XX de 201X. Reconhece a Lista Oficial das Espécies da Flora Ameaçada de Extinção no Estado de Santa Catarina. 04.2.3.1.6.1 Espécies da Família Orchidaceae Ameaçadas de Extinção no Estado de Santa Catarina. Espécie Status 1. Acianthera murexoidea (Pabst) Pridgeon & M.W.Chase (Vulnerável) 2. Anathallis pabstii (Garay) Pridgeon & M.W. Chase (vulnerável) 3. Brasilidium concolor (Hook.) F. Barros & V. T. Rodrigues (vulnerável) 4. Cattleya guttata Lindley (vulnerável) 5. Cyrtopodium Kleinii J. A. N. Batista & Bianchetti (Em perigo) 6. Laelia purpurata (Lindl.) Chiron & V. P. Castro (Em perigo) 7. Octomeria rohrii Pabst (Vulnerável) 8. Vanilla dietschiana Edwall (vulnerável) 9. Zygostates dasyrhiza (Krzl.) Schltr (vulnerável) 10.Pleurothallis binotii Regel (Presumivelmente extinto) 11.Campylocentrum gracile Cogn. (Presumivelmente extinto) 12.Acianthera binotii (Regel) Pridgeon (Presumivelmente extinto) 48 04.2.3.1.6.2 Espécies da Família Orchidaceae com Deficiência de Dados no Estado de Santa Catarina para uma Definição sobre o seu Estado de Conservação. 1. Acianthera asaroides (Kraenzl.) Pridgeon & M.W.Chase, indleyana 16: 242 (2001). 2. Anathallis globifera (Pabst) F.Barros & Barberena 3. Brachystele bicrinita Szlach., Fragm. Florist. Geobot. 41: 849 (1996). 4. Brachystele scabrilingua Szlach., Orchidee (Hamburg) 44: 202 (1993). 5. Constantia australis (Cogn.) Porto & Brade, Arq. Inst. Biol. Veg. 2: 208 (1935). 6. Cyrtopodium brandonianum subsp. lageanum J.A.N.Bat. & Bianch., Darwiniana 43: 80 (2005). 7. Grobya guieselii F.Barros & Lourenço, Bot. J. Linn. Soc. 145: 125 (2004). 8. Habenaria ulei Cogn. in C.F.P.von Martius & auct. suc. (eds.), Fl. Bras. 3(4): 74 (1893). 9. Maxillaria binotii De Wild., Orchis 1: 25 (1906). 10.Promenaea acuminata Schltr., Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 7: 327 (1919). 11.Promenaea catharinensis Schltr., Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 7: 479 (1921). 12.Pteroglossa lurida (M.N.Correa) Garay. 13.Stigmatosema odileana Szlach. 14.Veyretia undulata Szlach., Fragm. Florist. Geobot. 41: 862 (1996). 49 04.2.4. Quarta Etapa: Descrição dos Gêneros e Espécies. A quarta etapa será a descrição botânica dos Gêneros e das Espécies encontradas para Santa Catarina e listadas na Terceira Etapa. Bem como, a descrição horto cultural definida pela Federação Catarinense de Orquidófilia - FCO para o Grupo I, de acordo com o seu Regimento Interno. A princípio seguiremos o seguinte roteiro metodológico para a descrição dos gêneros e espécies: 04.2.4.1. Sob o ponto de vista botânico: Etimologia e descrição do Gênero; o o o o o o o o Família; Sub família; Tribo; Subtribo; Gênero; Quantidade total de espécies; Quantidade total de espécies para o Brasil; Quantidade total de espécies para Santa Catarina; Etimologia da espécie; o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o Gênero; Nome científico corretamente aceito; Autor: Data da Publicação; Sinônimos; Nome popular; Distribuição geográfica; Ocorrência em Santa Catarina; Descrição do habitat de ocorrência em Santa Catarina; Tipo de ameaça; Tipo de substrato; Tamanho quando adulta; Filotaxia; Tipo de bulbo; Tipo de folha; Tipo de raiz; Forma de vida; Época da floração; Duração das flores; Tamanho médio da flor; Quantidade média de flores; Época de frutificação; Altitude encontrada. 50 04.2.4.2. Sob o ponto de vista horto cultural da Federação Catarinense de Orquidofilia - FCO. Serão descritas apenas as orquídeas pertencentes ao GRUPO I do Regimento Interno da Federação Catarinense de Orquidofilia, cuja descrição e o conceito de variedade é meramente orquidófilo, em consequência de certa forma de descrição, ignoramos algumas normas e regras da nomenclatura botânica. Para tanto serão descritas as variedades das seguintes espécies: Laelia purpurata; Cattleya intermedia; Catteya tigrina; Cattleya gutatta, e Cattyea forbesii 04.2.5. Quinta Etapa – Trabalhos de Campo – Coleta de Material Botânico. Embora a coleta e a identificação botânica possam parecer tarefas simples e corriqueira, são muitas as implicações de uma boa coleta e, consequentemente, de uma identificação precisa. A identificação botânica possui papel central tanto do ponto de vista científico como para o manejo dos recursos naturais. A taxonomia, ciência relacionada à nomeação e identificação das espécies, é essencial no contexto do reconhecimento das diferentes espécies e, portanto, base para estratégias de conservação. Por outro lado, é de fundamental importância há obtenção de informações precisas quanto às espécies ocorrentes em determinada área, como forma de subsidiar as análises referentes à sustentabilidade do manejo florestal, e a preservação não só do meio ambiente, mas e principalmente das espécies em estudo. 04.2.5.1 Metodologia de Coleta do Material botânico. 04.2.5.1.1 Material a ser utilizado para a Coleta do Material botânico. 51 Material Caderno, lápis ou caneta e borracha. Fita métrica ou fita magnética Podão, terçado, tesoura de poda, faca, facão e canivete. Cinto de segurança Pedonha, escadas de alumínio ou de corda, equipamento de alpinismo e esporas. Material de coleta alternativo (Funda, estilingue, bodoque, laço) Mochilas Jornal Folhas de papelão (35 cm x 28 cm) Folhas de alumínio corrugado Prensas de madeira Corda de sisal ou náilon Álcool 95º GL Álcool 70º Recipiente de vidro (tipo maionese) GPS (Global Position Systen) GARMIN GPSmap 60 CSx Binóculos de longo alcance – Sakura CX 20x – 180x 100 Zoom Protetor solar Repelente para insetos Botas Etiquetas adesivas ou pedaços de papel vegetal Sacos plásticos de lixo (50 litros) Utilidade Registro de informações inerentes a cada amostra coletada. Mensuração da amostra coletada. Corte de partes do material a ser coletado. Segurança pessoal do escalador durante a coleta em árvores, arbustos ou pedras. Coleta de material botânico nas árvores, cipós, arbustos ou pedras. Para a coleta de material botânico de difícil acesso. Para acondicionar e carregar materiais e equipamentos. Acondicionamento de amostras coletadas. Facilita a secagem (intercalando entre as folhas de jornal que contêm as amostras coletadas) Facilita a circulação de ar (esse material deve ser colocado entre as folhas de papelão). Fixação das pilhas formadas pelos jornais contendo os exemplares intercalados com o papelão e as folhas de alumínio. Amarração da prensa (o material botânico deve ser comprimido para que as folhas possam permanecer da maneira que foram dispostas e ao secarem não fiquem enrugadas). Para borrifar as amostras coletadas. Conservação de flores e frutos. Para acondicionamento de flores e frutos em meio líquido. Medição das coordenadas geográficas e altitude do espécime coletado. Observação da copa das árvores a fim de localizar o vegetal suas flores e seus frutos. Em função de muitas horas exposta ao sol no decorrer do dia. Como serão realizados trabalhos de campo em meio há vários habitats naturais, onde há uma grande existência de insetos, o mesmo servirá de proteção. Proteção do coletor/pesquisador contra animais peçonhentos. Marcação das amostras coletadas nos recipientes de vidro. Para guardar material botânico em função de chuvas. 52 Maquina Fotográfica Digital. Nikon D 5100 (Com lentes especificas para detalhamento das flores principalmente das chamadas micro – orquídeas) e fotos complementares: Situação Geográfica onde foi encontrada a espécime; Vegetal como um todo; Flores; Fruto; Sistema Radicular. Maquina Fotográfica Digital. Panasonic DMC – FZ18 (Lente leica) para fotos complementares; Situação Geográfica onde foi encontrada a espécime; Vegetal como um todo; Flores; Fruto; Sistema Radicular. Para a gravação de informações consideradas relevantes. Para as filmagens de todas as atividades do Atlas e principalmente das atividades de campo. Gravador Portátil – Sony ICD – BX112 Filmadora Canon VIXIA HF M52 - Camcorder Full HD Flash Sigma EM-140 - Ring Flash Macro DG (circular) Para fotos de detalhes, onde a luz natural esteja prejudica. 53 04.2.5.1.2 A Coleta do Material Botânico – Considerações Básicas: Os “mateiros” que participaram da equipe de campo serão os orquidófilos e/ou orquidófilas pertencentes às agremiações filiadas a Federação Catarinense de Orquidófilia - FCO, e serão utilizados somente nas regiões de sua origem, isto é, orquidófilo (a)s do município de Pomerode/SC e região, somente poderão participar das atividades de campo que acontecerão em Pomerode e região em função de serem exímios conhecedores das matas e das orquídeas desta região, e assim sucessivamente. Entretanto não terão nenhuma responsabilidade sobre a coleta de material botânico, que será somente do Coordenador do Projeto – Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, e com as determinações e exigência constantes das autorizações exaradas pelo IBAMA, FATMA e ICMBio, para esta Etapa do trabalho. Deverão ser coletadas no máximo 03 (três) exemplares de cada espécie observada, sendo que quatro coletas serão transformadas em exsicatas e depositadas nos Herbários da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL (Herbário Laelia purpurata) e da Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ. A terceira coleta será de plantas vivas em estagio vegetativo avançado, que serão depositadas e cultivadas na Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger), que está sendo construído pela Federação Catarinense de Orquidófilia - FCO e faz parte do Projeto – Atlas das Orquídeas de Santa Catarina (04.2.8. Nona Etapa). Sendo que serão devidamente identificadas e incluídas em um banco de dados de plantas vivas no programa BRAHMS (Botanical Research and Herbarium Management System) e/ou Nature 4 (Software gerenciador de coleções científicas de plantas). O material botânico deverá ser coletado inteiro, devendo conter sempre que possível: Bulbos, pseudobulbos, folhas, flores, frutos, raízes e o substrato. Este material fértil é indispensável para a identificação confiável das espécies e fundamental para compor o acervo dos herbários onde serão armazenadas as coletas botânicas.. Todos os 05 (exemplares) exemplares coletados de cada espécie deverão receber a mesma identificação de campo, seja o nome científico, nome popular dado pelo “mateiro” ou a codificação provisória criada caso de se desconhecer a espécie observada, exemplo (Indeterminada 001, indeterminada 002). Deverão ser feitas anotações sobre as características gerais da planta assim como o local de coleta. No caso do local de coleta, deverá ser anotada a data e local da coleta, localidade, Município, Estado, Unidade de Conservação e as coordenadas geográficas, o nome do coletor, as características físicas do ambiente, como a presença de encharcamento do solo, declividade, exposição, proximidades de cursos d’ água, etc, O levantamento das espécies será realizado no período compreendido de abril/2013 a dezembro/2015 com excursões mensais de acordo com o cronograma das atividades (Item 04.2.5.1.6 deste documento). Para efetuar a coleta do material botânico será empregado o método da caminha, de modo a percorrer o máximo a área que está sendo estudada naquele momento, dando ênfase para as áreas de maior umidade (ao longo de cursos de água), locais com maior concentração de árvores emergentes, etc. As coletas serão realizadas em todas as áreas dos diferentes tipos vegetacionais existentes em Santa Catarina, priorizando as regiões de Mata Atlântica, onde a maioria das espécies são referidas e encontradas. 54 04.2.5.1.3 A Coleta do Material Botânico – Ficha de Campo: Para facilitar os trabalhos de coleta do material botânico, para cada exemplar coletado será preenchida uma ficha de campo, abaixo demostrada: Projeto: Atlas das Orquídeas de Santa Catarina. Número do exemplar coletado: Responsável Institucional: Federação Catarinense de Orquidofilia – FCO. Autorização IBAMA: nº Validade: / / Autorização ICMBio nº Validade: / / Autorização FATMA: nº Validade: / / Responsável pelas Coletas: Marcelo Vieira Nascimento Local da Coleta: Localidade. Município. Estado. País Local da Coleta: Unidade de Conservação Federal: Local da Coleta: Unidade de Conservação Estadual: Local da Coleta: Unidade de Conservação Municipal; Local da Coleta: Diferentes dos Anteriores: Coordenada Geográfica: Latitude. Longitude. Família Botânica: Orchidaeae Nome Científico Pretérito: Nome Científico Atual: Nome popular: Habito: Epífita ( ) Terrestre ( ) Rupícola ( ) Estagio de reprodução: Flor ( ) Fruto ( ) Não ( Flor: Cor da Flor ( ), Odor Sim ( ) Fruto: Cor do Fruto ( ) Não ( ) ). Frequência encontrada: Comum ( ) Ocacional ( ) Rara ( ) Tipo de Habitat: próximo a corpo de água ( ) Floresta ( ) Pasto ( ) Pedras ( ) Localização em árvores: 0 – 2 m ( ) 2 – 4 m ( ) 4 – 6 m ( ) 6 – 8 m ( ) 8 – 10 m ( ) + de 10 m Tipo de substrato: Data da pesquisa: / / / Hora da Pesquisa: Orquidófilo (a) s que participaram da pesquisa: Fotos: Ambiente, Vegetal como um Todo, Flor (detalhes), Haste Floral, Bulbos, Pseudobulbos, Folhas, Frutos, Raízes. Obs: 55 04.2.5.1.4. A Coleta do Material Botânico – Divisão dos trabalhos de Coleta Botânica. Didaticamente os Trabalhos de Campo serão assim divididos: Será solicitada junto a FATMA – Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina Autorização para realização dos trabalhos de campo e coleta de material botânico em Parques, Reservas e Refúgios Estaduais, abaixo descritos: 04.2.5.1.4.1. Parques, Reservas e Refúgios Estaduais: 04.2.5.1.4.1.1. Parque Estadual de Acaraí. Unidade de conservação com uma área aproximada de 6.667 hectares localizada na planície litorânea da ilha de São Francisco, somado o arquipélago Tamboretes, pertencentes ao município de São Francisco do Sul; 04.2.5.1.4.1.2. Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro ocupa cerca de 1% do território catarinense. Abrange áreas dos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Fazem parte do Parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul. O nome da unidade de conservação é emprestado de uma das serras da área do Parque, que possui um cume de formato tabular, bastante visível da região de Florianópolis: a Serra do Tabuleiro. 04.2.5.1.4.1.3. Parque Estadual da Serra Furada. Com área é de 1.330 ha e abrange os territórios municipais de Orleans e Grão-Pará. Paisagens exuberantes da serra de Santa Catarina podem ser observadas nessa região. Situado nas escarpas da Serra Geral, o Parque Estadual da Serra Furada está ligado geograficamente, na porção oeste, à área do Parque Nacional de São Joaquim (49.300 ha), aumentando a área conservada e favorecendo a biodiversidade existente no local. 04.2.5.1.4.1.4. Parque Estadual das Auracárias. Localiza-se no município de São Domingos, na Bacia do Rio Chapecó. A área de 612 hectares é exclusivamente coberta por floresta ombrófila. 04.2.5.1.4.1.5. Parque Estadual Fritz Plaumann. Localiza-se no município de Concórdia, o Parque é a primeira e única unidade de conservação da floresta estacional decidual no Estado de Santa Catarina, abrange uma área de 740 hectares. 56 04.2.5.1.4.1.6. Parque Estadual Rio Canoas. Localiza-se no município de Campos Novos, é uma unidade de conservação da floresta ombrófila mista ou floresta de araucária. sua área conta com aproximadamente 1.200 hectares. A área do parque foi adquirida pela Campos Novos Energia S.A. - Enercan e doada ao Governo do Estado de Santa Catarina como compensação ambiental pelo aproveitamento hidrelétrico de Campos Novos na Bacia Hidrográfica do Rio Canoas. 04.2.5.1.4.1.7. Reserva Biológica Estadual da Canela Preta Abrange Municípios de Botuverá e Nova Trento, com área de 1.844 hectares. Posteriormente foram anexados 55 hectares, através do Decreto 4.840, de 23 de setembro de 1994, totalizando 1.899 hectares. 04.2.5.1.4.1.8. Parque Estadual do Rio Vermelho. Localizado na costa leste da Ilha de Santa Catarina, no município de Florianópolis, Estado de Santa Catarina. Seus limites são o distrito de São João do Rio Vermelho ao norte, a Lagoa da Conceição ao oeste, a praia de Moçambique ao leste e o distrito da Barra da Lagoa ao sul. O parque foi criado com o objetivo de conservar amostras de Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica), conservar a vegetação de restinga, conservar a fauna associada ao domínio da Mata Atlântica, manter o equilíbrio do complexo hídrico da região, propiciar ações de recuperação dos ecossistemas alterados e proporcionar a realização de pesquisas científicas e a visitação pública. A área do parque é de 1.532 hectares e atualmente é composta por 11% de Floresta Ombrófila Densa (“Mata Atlântica), encontrada no Morro dos Macacos, 54% de restinga com diferentes alturas e composição de espécies e por 35% de ecossistemas alterados devido o plantio e a invasão de pinheiros e eucaliptos. 04.2.5.1.4.1.9. Reserva Biológica Estadual do Aguaí Localizada nos contrafortes da Serra Geral, em altitudes que variam de 200 à 1470 metros, esta Reserva Biológica (Rebio) abrange os municípios de Morro Grande, Nova Veneza, Siderópolis e Treviso, protege uma área de 7.672 hectares. 04.2.5.1.4.1.10. Reserva Biológica Estadual do Sassafrás. Com uma área de aproximadamente 5.229 hectares, dividida em duas glebas separadas. A gleba menor possui cerca de 1.361 hectares e está localizada na comunidade de Alto São João no município de Benedito Novo. A gleba maior possui cerca de 3.868 hectares e está localizada na comunidade de Alto Forcação no município de Doutor Pedrinho.. 04.2.5.1.4.1.11. Refúgio Estadual da Vida Silvestre Raulino (em estudos pela FATMA). 57 Será solicitada junto ao ICMBio - Instituto Chico Mendes da Biodiversidade, Autorização para realização dos trabalhos de campo e coleta de material botânico em Parques, Florestas, Reservas, Áreas de Proteção Ambiental, Estações Ecológicas e Área de Relevante Interesse Ecológico Federais, assim descritos: 04.2.5.1.4.2. Parques, Florestas, Reservas, Áreas de Proteção Ambiental, Estações Ecológicas e Área de Relevante Interesse Ecológico Federais: 04.2.5.1.4.2.1. Parque Nacional de São Joaquim - Criado em 1961, tem 49.300 hectares nos municípios de Urubici, Bom Jesus da Serra, Orleans e Grão Pará. 04.2.5.1.4.2.2. Floresta Nacional de Três Barras – Criado em 1968, tem área de 4.458,50 hectares em Três Barras e Canoinhas. 04.2.5.1.4.2.3. Floresta Nacional de Caçador – Criada em 1968, tem 710,44 hectares localizados em Caçador. 04.2.5.1.4.2.4. Floresta Nacional de Chapecó – Criada em 1968, tem área de 1.606,43 hectares nos municípios de Chapecó e Guatambu. 04.2.5.1.4.2.5. Floresta Nacional de Ibirama – Criada em 1986, em Ibirama, com área de 570,58 hectares. 04.2.5.1.4.2.6. Reserva Biológica Marinha do Arvoredo – Criada em 1990, engloba os municípios de Governador Celso Ramos e 11 quilômetros ao norte da Ilha de Santa Catarina, totalizando 17.600 hectares. 04.2.5.1.4.2.7. Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim – Criada em 1992, tem 3 mil hectares no município de Governador Celso Ramos. 04.2.5.1.4.2.8. Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca – Criada em 2000, tem 156.100 hectares em Florianópolis, Palhoça, Garopaba, Imbituba e Laguna. 04.2.5.1.4.2.9. Estação Ecológica da Mata Preta - Criada em 2005, em Abelardo Luz e tem 9.006 hectares. 04.2.5.1.4.2.10. Parque Nacional da Serra do Itajaí – Criado em 2004, tem área de 57.370 hectares localizados em Ascurra, Apiúna, Blumenau, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos. 04.2.5.1.4.2.11. Parque Nacional das Araucárias – Criado em 2002, tem 12.841 hectares nos municípios de Passos Maia e Ponte Serrada. 04.2.5.1.4.2.12. Área de Relevante Interesse Ecológico Serra da Abelha – Criada em 1996, tem 4.604 hectares no município de Victor Meireles. 04.2.5.1.4.2.13. Parque Nacional da Serra Geral. Criado através do Decreto de Nº 531, emitido em 20 de maio de 1992, com uma área de 17 301,96 ha. O território do parque é limítrofe ao do parque nacional de Aparados da Serra, constituindo um ecossistema de rara beleza e importante área de biodiversidade destinada a fins científicos, culturais e recreativos. 58 04.2.5.1.4.2.14. Parque Nacional dos Aparados da Serra. Inserido na região natural denominada comumente de Aparados da Serra, o parque tem 13. 141,05 ha [1] de área e perímetro de 63,00 km, fazendo fronteira tanto ao sul quanto ao norte ao Parque Nacional da Serra Geral, os dois parques abrangem uma área de aproximadamente 30. 443,01 ha. 04.2.5.1.4.2.15. Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé. Está localizada na chamada Baía Sul da Ilha de Santa Catarina, na área urbana do município de Florianópolis, próxima ao aeroporto da cidade. Possui uma área total de 1444 ha, dos quais 740 ha são de manguezais do Rio Tavares, e os 704 ha restantes pertencem ao Baixio da Tipitinga. 04.2.5.1.4.2.16. Estação Ecológica Carijós. Criada através do Decreto N.º 94.656 de 20 de julho de 1987, com uma área de 619 ha. Contudo, a área do polígono descrevendo a estação equivale a 759,33 ha. A unidade é formada por dois manguezais: o do Saco Grande e o do Ratones. Será solicitada junto a IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Autorização para realização dos trabalhos de campo e coleta de material botânico nos Municípios de Santa Catarina que não se enquadrem nos itens anteriores (04.2.5.1.4.1 e 04.2.5.1.4.2) de acordo com o cronograma dos trabalhos de campo (04.2.5.1.5). 04.2.5.1.5. A Coleta do Material Botânico – Divisão Geopolítica (Regiões Metropolitanas de Santa Catarina) para os Trabalhos de Campo. Para que tivéssemos uma visão politica administrativa do Estado de Santa Catarina para a realização dos trabalhos de campo, e que abrangesse a totalidade dos seus municípios, com uma organização geopolítica oficial, optou-se pela a Divisão Administrativa das Regiões Metropolitanas de Santa Catarina, pois a mesma representa de forma clara, concreta e moderna uma divisão politico/ administrativa do território catarinense, capaz de facilitar metodologicamente a realização dos trabalhos de campo e o entendimento do mesmo. A divisão adotada para este estudo, tem como base as Leis Completares: nº 495 de 26/01/2010, nº 523 de 17 /12/2010, nº 580 de 05/10/2012 e nº 571 de 17/05/2012, que criou as Regiões Metropolitanas de Santa Catarina. O Estado de Santa Catarina está dividido em 11 Regiões Metropolitanas assim listadas e que podem ser visualizadas no Mapa 001: Região Metropolitana da Grande Florianópolis; Região Metropolitana de Tubarão; Região Metropolitana Carbonífera; Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí; Região Metropolitana do Vale de Itajaí; Região Metropolitana do Alto Vale de Itajaí; Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense; Região Metropolitana de Lages; Região Metropolitana do Contestado; Região Metropolitana de Chapecó; Região Metropolitana do Extremo Oeste. 59 Mapa 001 – Regiões Metropolitanas de Santa Catarina. 60 04.2.5.1.6. A Coleta do Material Botânico – Cronograma dos Trabalhos de Campo. Os trabalhos de campo seguirão a divisão politico/administrativa por Região Metropolitana, associada às Unidades Ambientais tanto Federais como Estaduais, existentes nas mesmas e no Município em estudo, tendo a seguinte divisão de responsabilidade para as autorizações de pesquisa e de coleta do material botânico: 04.2.5.1.6.1. IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente. Região Metropolita de Florianópolis: Municípios de Águas Mornas, Antônio Carlos, Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, São José e São Pedro de Alcântara, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Canelinha, Garopaba, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Paulo Lopes, Rancho Queimado, São Bonifácio, São João Batista e Tijucas. Região Metropolitana de Tubarão: Municípios de Tubarão, Capivari de Baixo, Gravatal, Armazém, Braço do Norte, Grão Pará, Imaruí, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Orleans, Pedras Grandes, Pescaria Brava, Rio Fortuna, Sangão, Santa Rosa de Lima, São Ludgero, São Martinho e Treze de Maio. Região Metropolitana Carbonífera: Municípios de Criciúma, Içara, Cocal do Sul, Forquilhinha, Siderópolis, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Lauro Muller, Treviso, Urussanga, Araranguá, Balneário Arroio Silva, Balneário Gaivota, Balneário Rincão, Ermo, Jacinto Machado, Maracajá, Meleiro, Morro Grande, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Sombrio, Timbé do Sul e Turvo. Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí: Municípios de Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Navegantes, Penha, Bombinhas, Itapema, Piçarras e Porto Belo. Região Metropolitana do Alto Vale de Itajaí: Municípios de Blumenau, Pomerode, Gaspar, Indaial, Timbó, Agrolândia, Agronômica, Atalanta, Aurora, Braço do Trombudo, Chapadão do Lageado, Dona Emma, Imbuia, José Boiteux, Laurentino, Lontras, Mirim Doce, Petrolândia, Pouso Redondo, Presidente Getúlio, Presidente Nereu, Rio do Campo, Rio do Oeste, Salete, Santa Terezinha, Trombudo central, Vidal Ramos, Vitor Meireles e Witmaesum. Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense: Municípios de Joinville, Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Bela Vista do Toldo, Campo Alegre, Canoinhas, Corupá, Garuva, Guaramirim, Irineópolis, Itaiópolis, Itapoá, Jaraguá do Sul, Mafra, Major Vieira, Massaranduba, Monte Castelo, Papanduva, Porto União, Rio Negrinho, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú, Schoroeder e Três Barras. Região Metropolitana de Lages: Municípios de Lages, Correia Pinto, Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Otacílio Costa, Painel, Palmeiras, Ponte Alta, São José do Cerrito, Curitibanos, Frei Rogério, Ponte Alta do Norte, Santa Cecília, São Cristóvão do Sul, São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Rio Rufino, Urubici e Urupema. Região Metropolitana do Contestado: Municípios de Abdon Batista, Água Doce, Alto Bela Vista, Arabutã, Arroio Trinta, Brunópolis, Caçador, Calmon, Campos Novos, Capinzal, Catanduvas, Celso Ramos, Concórdia, Erval Velho, Fraiburgo, Herval d`Óeste, Ibiam, Ibicaré, Iomerê, Ipira, Ipumirim, Irani, Jaborá, Joaçaba, Lacerdópolis, Lebon Régis, Lindóia do Sul, Luzerna, Macieira, Matos Costas, Monte Carlo, Ouro, Peritiba, Pinheiro Preto, Piratuba, Presidente Castello Branco, Rio das Antas, Salto Veloso, Tangará, Timbó Grande, Treze Tílias, Vargem, Vargem Bonita, Videira e Zortéa. Região Metropolitana de Chapecó: Municípios de Águas de Chapecó, Águas Frias, Arvoredo, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Guatambu, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Painel, Pinhalzinho, Planalto Alegre, São Carlos, Saudades, Seara, Xanxerê, Xaxim, Caxambu do Sul, Cunhatai, Faxinal dos Guedes, Itá, Marema, Palmitos, Quilombo, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste e Xavantina. Região Metropolitana do Extremo Oeste: Municípios de Bandeirante, Barra Bonita, Belmonte, Cunha Porã, Descanso, Dionísio Cerqueira, Flor do Sertão, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Iporã do Oeste, Iraceminha, Itapiranga, Maravilha, Paraíso, Princesa, Romelândia, Santa Helens, São João do Oeste, São João do Cedro, São Miguel do d´Oeste, Tunápolis, Aberlado Luz, Anchieta, Bom Jesus, Bom Jesus do Oeste, Caibi, Erê, Coronel Martins, Entre Rios, Formosa do Sul, 61 Galvão, Ipuaçu, Irai, Jardinópolis, Modelo, Mondai, Novo Horizonte, Ouro Verde, Palma Sola, Riqueza, Saltinho, Santa Terezinha do Progresso, Santiago do Sul, São Bernardino, São Domingos, São Lourenço do Oeste, São Miguel da Boa Vista e Tigrinhos. 04.2.5.1.6.2. FATMA – Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina. Região Metropolita de Florianópolis: o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro: Municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, Garopaba e Paulo Lopes. o Parque Estadual do Rio Vermelho: Município de Florianópolis. Região Metropolitana de Tubarão; o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro: Municípios de São Martinho e Imaruí. o Parque Estadual da Serra Furada: Municípios de Orleans e Grão-Pará. Região Metropolitana Carbonífera: o Reserva Biologia Estadual do Aguaí: Municípios de Morro Grande, Nova Veneza, Siderópolis e Treviso. Região Metropolitana do Alto Vale de Itajaí: o Reserva Biológica Estadual da Canela Preta: Município de Botuverá. Região Metropolitana do Contestado: o Parque Estadual Fritz Plaumann: Município de Concórdia. o Parque Estadual do Rio Canas: Município de Campos Novos. Região Metropolitana do Extremo Oeste: o Parque Estadual das Araucárias: Município de São Domingos. 62 04.2.5.1.6.3. ICMBio - Instituto Chico Mendes da Biodiversidade. Região Metropolita de Florianópolis: o Reserva Biológica Marinha do Arvoredo: Municípios de Florianópolis, Governador Celso Ramos. o Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim: Municípios de Governador Celso Ramos. o Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca: Municípios de Florianópolis, Palhoça, Garopaba. o Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé: Município de Florianópolis. o Estação Ecológica Carijós: Município de Florianópolis. Região Metropolitana de Tubarão; o Parque Estadual de São Joaquim: Município de Grão Pará e Orleans. o Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca: Municípios de Tubarão, Imbituba, Laguna, Jaguaruna. Região Metropolitana Carbonífera: o Parque Nacional da Serra Geral: Municípios de Jacinto Machado e Praia Grande. o Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca: Municípios de Tubarão, Imbituba, Laguna, Jaguaruna. o Parque Nacional dos Aparados da Serra: Municípios de Praia Grande. Região Metropolitana do Alto Vale de Itajaí: o Parque Nacional da Serra de Itajaí: Municípios de Ascurra, Apiúna, Blumenau, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos. Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense; o Floresta Nacional de Três Barras: Municípios de Canoinhas e três Barras. Região Metropolitana de Lages; o Parque Nacional de São Joaquim: Municípios de Urubici, Bom Jesus da Serra, Orleans e Grão Pará. Região Metropolitana do Contestado: o Floresta Nacional de Caçador: Município de Caçador. Região Metropolitana de Chapecó; o Floresta Nacional de Chapecó: Municípios de Chapecó e Guatambu. Região Metropolitana do Extremo Oeste: o Estação Ecológica da Mata Preta: Município de Abelardo Luz. 63 04.2.5.1.7. A Coleta do Material Botânico – Cronograma dos Trabalhos de Campo. 04.2.5.1.7.1. Região Metropolitana da Grande Florianópolis. 64 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolita de Florianópolis Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Águas Mornas Antônio Carlos Biguaçu Florianópolis Governador Celso Ramos Palhoça Santo Amaro da Imperatriz São José São Pedro de Alcântara Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolita de Florianópolis Municípios da Expansão Urbana Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Alfredo Wagner Angelina Anitápolis Canelinha Garopaba Leoberto Leal Major Gercino Nova Trento Paulo Lopes Rancho Queimado 65 São Bonifácio São João Batista Tijucas Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolita de Florianópolis Unidades Ambientais – Estadual. Anos/Meses 2014 Unidades Ambientais Municípios. 01 02 03 04 05 06 07 08 2015 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, Garopaba e Paulo Lopes) Parque Estadual do Rio Vermelho (Florianópolis) 66 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolita de Florianópolis Unidades Ambientais – Federal. Anos/Meses 2014 2015 2016 Unidades 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Ambientais Municípios Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (Florianópolis, Governador Celso Ramos) Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim (Governador Celso Ramos) Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (Florianópolis, Palhoça, Garopaba). Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (Florianópolis) Estação Ecológica Carijós (Florianópolis) 67 04.2.5.1.7.2. Região Metropolitana de Tubarão. 68 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Tubarão Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Tubarão Capivari de Baixo Gravatal Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Tubarão Municípios da Expansão Urbana Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Armazém Braço do Norte Grão Pará Imaruí Imbituba Jaguaruna Laguna Orleans Pedras Grandes Pescaria Brava Rio Fortuna Sangão Santa Rosa de Lima São Ludgero São Martinho Treze Maio de 69 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Tubarão Unidades Ambientais – Estadual. Anos/Meses 2014 Unidades 01 02 03 04 05 06 07 08 Ambientais Municípios Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (São Martinho e Imaruí) Parque Estadual da Serra Furada (Orleans e Grão-Pará) 2015 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Tubarão Unidades Ambientais – Federal. Anos/Meses 2014 2015 2016 Unidades 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Ambientais Municípios Parque Estadual de São Joaquim (Grão Pará e Orleans) Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (Tubarão, Imbituba, Laguna, Jaguaruna). 70 04.2.5.1.7.3. Região Metropolitana Carbonífera. 71 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana Carbonífera Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Criciúma Içara Cocal do Sul Forquilhinha Siderópolis Morro Fumaça Nova Veneza da Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana Carbonífera Municípios da Expansão Urbana Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Lauro Muller Treviso Urussanga Araranguá Balneário Arroio Silva Balneário Gaivota Balneário Rincão Ermo 72 Jacinto Machado Maracajá Meleiro Morro Grande Passo de Torres Praia Grande Santa Rosa do Sul São João do Sul Sombrio Timbé Sul Turvo do Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana Carbonífera Unidade Ambiental – Estadual. Anos/Meses 2014 01 02 03 04 05 06 07 08 Unidade Ambiental Municípios Reserva Biologia Estadual do Aguaí (Morro Grande, Nova Veneza, Siderópolis e Treviso) 2015 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 73 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana Carbonífera Unidades Ambientais – Federal. Anos/Meses 2014 2015 2016 Unidades 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Ambientais Munícipios Parque Nacional da Serra Geral (Jacinto Machado e Praia Grande) Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (Tubarão, Imbituba, Laguna, Jaguaruna). Parque Nacional dos Aparados da Serra (Praia Grande) 74 04.2.5.1.7.4. Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí. 75 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí Municípios. Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Itajaí Balneário Camboriú Camboriú Navegantes Penha Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí Municípios da Expansão Urbana. Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Bombinhas Itapema Piçarras Porto Belo 76 04.2.5.1.7.5. Região Metropolitana do Vale do Itajaí. 77 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Vale de Itajaí Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Blumenau Pomerode Gaspar Indaial Timbó Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Vale de Itajaí Municípios da Expansão Urbana. Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Apiúna Ascurra Benedito Novo Botuverá Brusque Doutor Pedrinho Guabiruba Ilhota Luiz Alves Rio Cedros Rodeio dos 78 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Vale de Itajaí Unidade Ambiental: Estadual. Anos/Meses 2014 01 02 03 04 05 06 07 08 Unidade Ambiental Município Reserva Biológica Estadual da Canela Preta (Botuverá) 2015 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Vale de Itajaí Unidade Ambiental: Federal. Anos/Meses 2014 2015 2016 Unidade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Ambiental Municípios Parque Nacional da Serra de Itajaí (Ascurra, Apiúna, Blumenau, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos) 79 04.2.5.1.7.6. Região Metropolitana do Alto Vale do Itajaí. 80 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Alto Vale do Itajaí Municípios. Anos/meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Rio do Sul Taió Ibirama Ituporanga Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Alto Vale do Itajaí Municípios da Expansão Urbana. Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Agrolândia Agronômica Atalanta Aurora Braço do Trombudo Chapadão do Lageado Dona Emma Imbuia José Boiteux 81 Laurentino Lontras Mirim Doce Petrolândia Pouso Redondo Presidente Getúlio Presidente Nereu Rio do Campo Rio do Oeste Salete Santa Terezinha Trombudo central Vidal Ramos Vitor Meireles Witmaesum Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Alto Vale do Itajaí Unidades Ambientais: Federal. Anos/Meses 2014 2015 2016 Unidade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Ambiental Município Floresta Nacional de Ibirama (Ibirama) 82 4.2.5.1.6.7. Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense. 83 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Joinville Araquari Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense Municípios da Expansão Urbana. Anos/Meses Municípios 2014 01 02 03 04 05 06 07 2015 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Balneário Barra do Sul Barra Velha Bela Vista do Toldo Campo Alegre Canoinhas Corupá Garuva Guaramirim Irineópolis Itaiópolis Itapoá Jaraguá do Sul Mafra Major Vieira Massaranduba 84 Monte Castelo Papanduva Porto União Rio Negrinho São Bento do Sul São Francisco do Sul São João do Itaperiú Schoroeder Três Barras Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense Unidade Ambiental: Estadual. Anos/Meses 2014 Unidade Ambiental Município Reserva Biológica Estadual da Canela Preta (Botuverá) 01 02 03 04 05 06 07 08 2015 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 85 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense Unidade Ambiental: Federal. Anos/Meses Unidade Ambiental Municípios Floresta Nacional de Três Barras (Canoinhas e três Barras) 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 86 04.2.5.1.7.8. Região Metropolitana de Lages. 87 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Lages Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Lages Correia Pinto Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Lages Municípios da Expansão Urbana Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Anita Garibaldi Bocaina do Sul Campo Belo do Sul Capão Alto Cerro Negro Otacílio Costa Painel Palmeiras Ponte Alta São José do Cerrito Curitibanos Frei Rogério Ponte Alta do Norte Santa Cecília São Cristóvão do Sul 88 São Joaquim Bom Jardim da Serra Bom Retiro Rio Rufino Urubici Urupema Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Lages Unidade Ambiental – Federal Anos/Meses Unidade Ambiental Municípios Parque Nacional de São Joaquim (Urubici, Bom Jesus da Serra, Orleans e Grão Pará) 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 89 04.2.5.1.7.9. Região Metropolitana do Contestado. 90 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Contestado Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Abdon Batista Água Doce Alto Bela Vista Arabutã Arroio Trinta Brunópolis Caçador Calmon Campos Novos Capinzal Catanduvas Celso Ramos Concórdia Erval Velho Fraiburgo Herval d`Óeste Ibiam Ibicaré Iomerê Ipira Ipumirim Irani 91 Jaborá Joaçaba Lacerdópolis Lebon Régis Lindóia do Sul Luzerna Macieira Matos Costas Monte Carlo Ouro Peritiba Pinheiro Preto Piratuba Presidente Castello Branco Rio das Antas Salto Veloso Tangará Timbó Grande Treze Tílias Vargem Vargem Bonita Videira Zortéa 92 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Contestado Unidades Ambientais: Estadual Anos/Meses 2014 Unidades Ambientais Municípios Parque Estadual Fritz Plaumann (Concórdia) Parque Estadual do Rio Canas (Campos Novos) 01 02 03 04 05 06 07 08 2015 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Contestado Unidade Ambiental: Federal Anos/Meses 2014 2015 2016 Unidade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Ambiental Municípios Floresta Nacional de Caçador (Caçador) 93 04.2.5.1.7.10. Região Metropolitana de Chapecó. 94 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Chapecó Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Águas de Chapecó Águas Frias Arvoredo Chapecó Cordilheira Alta Coronel Freitas Guatambu Nova Erechim Nova Itaberaba Painel Pinhalzinho Planalto Alegre São Carlos Saudades Seara Xanxerê Xaxim 95 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Chapecó Municípios da Expansão Urbana Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Caxambu do Sul Cunhatai Faxinal dos Guedes Itá Marema Palmitos Quilombo Serra Alta Sul Brasil União do Oeste Xavantina Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana de Chapecó Unidade de Ambiental: Federal Anos/Meses 2014 2015 2016 Unidade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Ambiental Municípios Floresta Nacional de Chapecó (Chapecó e Guatambu) 96 04.2.5.1.7.11. Região Metropolitana do Extremo Oeste. 97 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região Metropolitana do Extremo Oeste Municípios Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Bandeirante Barra Bonita Belmonte Cunha Porã Descanso Dionísio Cerqueira Flor do Sertão Guaraciaba Guarujá d Sul Iporã do Oeste Iraceminha Itapiranga Maravilha Paraíso Princesa Romelândia Santa Helens São João do Oeste São João do Cedro São Miguel do d´Oeste Tunápolis 98 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região do Extremo Oeste Municípios da Expansão Urbana Anos/Meses Municípios 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Aberlado Luz Anchieta Bom Jesus Bom Jesus do Oeste Caibi Erê Coronel Martins Entre Rios Formosa do Sul Galvão Ipuaçu Irai Jardinópolis Modelo Mondai Novo Horizonte Ouro Verde Palma Sola Riqueza Saltinho Santa Terezinha do Progresso Santiago do 99 Sul São Bernardino São Domingos São Lourenço do Oeste São Miguel da Boa Vista Tigrinhos Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região do Extremo Oeste Unidade Ambiental: Estadual Anos/Meses 2014 Unidades Ambientais Município Parque Estadual das Araucárias (São Domingos) 01 02 03 04 05 06 07 08 2015 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Cronograma de realização do trabalho de Campo para a Região do Extremo Oeste Unidade Ambiental: Federal Anos/Meses Unidade Ambiental Município Estação Ecológica da Mata Preta (Abelardo Luz) 2014 2015 2016 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 100 04.2 6. Sexta Etapa – Atualização dos Dados II. A sexta etapa será a atualização dos dados da Terceira Etapa (04.2.3 – Atualização dos Dados I), Quarta Etapa (04.2.4 – Descrição dos Gêneros e Espécies) e Quinta Etapa (04.2.5. Trabalhos de campo – coleta do material botânico), proporcionando assim a elaboração da Lista da Flora de Santa Catarina – Família Orchidaceae “definitiva”. 04.2.7. Sétima Etapa: Ilustração Botânica. A arte de ter plantas ilustradas é extremamente antiga e remonta ao tempo dos faraós no Antigo Egito, onde os homens costumavam usar a forma dos vegetais para decorar paredes, vasilhas e vestimentas. Com o desenvolvimento das civilizações a arte botânica toma importância essencial no detalhamento e na descrição de uma planta evoluiu, tal qual um texto científico o faz, hoje em dia. Em meados do séc. IXX e inicio do séc. XX, naturalistas- cientistas viajantes e ilustradores botânicos que percorriam os continentes conhecendo e registrando os ambientes, animais e plantas, não possuíam outro recurso além dos próprios olhos, mãos e lápis para registrar o que viam. Faziam seus primeiros esboços no próprio ambiente onde estavam e depois de retornarem da viagem, em seus estúdios e laboratórios elaboravam belíssimas pranchas detalhadas que são consideradas, hoje, verdadeiras obras de arte. A Ilustração botânica é arte de representar uma planta com a maior fidelidade possível, garantindo perfeito reconhecimento do vegetal. Através de aprimoramento técnico e artístico, o ilustrador capta todas as características formais da planta, traduzindo-as num trabalho expressivo, capaz de sensibilizar o observador. Mesmo com a alta tecnologia dos equipamentos fotográficos de alta resolução, pantógrafos e computadores gráficos, a arte botânica é uma realidade em nossos dias, tendo em vista que: 1) nem a fotografia é capar de registra uma imagem focalizando-a, isto é, deixando nítida a imagem em todos os pontos, ao mesmo tempo, independente da posição e do tamanho do vegetal. 2) A arte de desenhar e pintar são atividades desenvolvidas pelo ser humano e como tal, traz uma satisfação enorme para quem a pratica e também para quem observa os resultados. Há sempre uma boa dose de emoção e sensibilidade que permeia toda atividade artística e, o uso das máquinas por mais evoluídas que sejam não consegue substituir. Os primeiros registros gráficos da flora brasileira perdem-se no tempo do Brasil do século XVI quando os primeiros viajantes percorreram as matas do país com os mais diferentes objetivos. Desta época temos os relatos e cenas de Hans Staeden e dos padres portugueses, porém foi com a vinda dos holandeses para a Capitania de Pernambuco, no séc. XVII, chefiados por Mauricio de Nassau, que a história da Ilustração botânica no Brasil realmente se iniciou. Faziam parte da comitiva de Nassau pintores como C. Peters, Frans Post e Albert Eckhout que registraram principalmente a exuberância de nossas paisagens tropicais costeiras. Nos séculos seguintes o país recebeu diversas expedições de cientistas naturalistas que vieram com a incumbência de retratar, descrever e coletar espécies vegetais, a maioria delas desconhecidas para a Ciência. Nomes como Humboldt, Martius, Spix, Langsdorf, Rugendas, Debret , Taunay e Hercules Florence merecem destaque neste panorama de artistas e cientistas que deixaram um legado gráfico e pictórico de grande importância para o conhecimento da biodiversidade e paisagem do passado. No século vinte já temos a contribuição de artistas brasileiros como Maria Wernek de Castro, Barbosa Rodrigues, Família Demonte, a equipe de Frederico Hoehne do Instituto Botânico de São Paulo, dentre outros. Foi, contudo ainda uma inglesa, Margaret Mee que colocou a Arte Botânica novamente em destaque entre nós, documentando centenas de espécies em lindíssimas pranchas aquareladas. 101 Para o Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, serão elaboradas ilustrações botânicas coloridas e/ou em preto e branco das principais espécies de orquídeas que ocorrem em Santa Catarina buscando caracterizar as: Endêmicas; Em perigo de extinção; Em extinção; Extintas; As Cattleyas: intermédia, tigrina, forbesii e guttata. E a Laelia purpurara. 102 04.2.8. Nona Etapa: Criação da Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger). Em função dos trabalhos que deverão realizados em campo, em todo território catarinense, e com autorização da FATMA, IBAMA e ICMBio, serão coletadas orquídeas nativas de Santa Catarina, tendo como objetivos: Identificação e registro para serem depositadas em Herbários existentes em Santa Catarina, que serão os Herbários da: Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ. Identificação, cadastro e registro e depositadas espécies vivas na: Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger) A Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger) será regido pela Instrução Normativa nº 160 de 27 de abril de 2007 do IBAMA, que trata da Instituição do Cadastro Nacional de Coleções Biológicas (CCBIO) e Disciplina o Transporte e o Intercambio de Material Biológico Consignado às Coleções. Sendo que o mesmo deverá ser classificado como: Coleção de material biológico representativo da diversidade biológica, devidamente tratado, conservado e documentado, mantida por pessoa física ou jurídica de direito privado, exceto por instituições científicas, que vise à conservação ex situ ou fornecer subsídios à pesquisa científica ou atividades didáticas; Com o financiamento/doação de recursos financeiros por parte da Iniciativa Privada, o Orquidário Nossa Senhora do Desterro, com área de 450 m², pertencente ao Geógrafo/ Botânico Marcelo Vieira Nascimento, coordenador do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, parte dele (150 m²) será transformado na Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger), recebendo orquídeas nativas de Santa Catarina, após aprovação do mesmo pelo IBAMA. A sua inauguração (prevista para 22 de junho de 2013 – Dia Estadual/Municipal do Orquidófilo – Homenagem ao João Barbosa Rodrigues), após a mesma ele será aberto para o fornecimento de subsídios à pesquisa cientifica e atividades didáticas. Os exemplares de orquídeas nativas de Santa Catarina serão ser adquiridos da seguinte forma: Retirada de no máximo um exemplar de cada espécie in situ, desde que autorizados pela FATMA, IBAMA e ICMBio; Doação por parte de orquidófilos e orquidófilias, desde que se comprove a origem das mesmas. Doação por parte da FATMA, IBAMA e ICMBio, de exemplares oriundos de áreas que sofreram intervenção humana autorizada ou não. 103 São Objetivos Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger). I - Preservação e perenização das espécies existentes conhecidas e que vierem a ser encontradas no território catarinense; II – Realização de estudos e pesquisas científicas para a melhoria, desenvolvimento e a preservação da Família orchidaceae, de modo a ser alcançado o mais elevado grau de conhecimento sob mesmas; III - Execução programas culturais e educacionais voltados a despertar o interesse pela Família orchidaceae, através de amostras e/ou exposições, cursos, debates, simpósios, conferências e congressos, pelo intercâmbio com associações congêneres, universidades e o meio científico; Para um maior controle, tanto por parte da Federação Catarinense de Orquidófilia, como em função das determinações da Instrução Normativa nº 160 de 27 de Abril de 2007 do IBAMA, será realizado um criterioso cadastro de cada espécie que vier a ser introduzida na Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger), de acordo com o modelo abaixo. 104 FEDERAÇÃO CATARINENSE DE ORQUIDOFILIA - ATLAS DAS ORQUIDEAS E SANTA CATARINA COLEÇÃO BIOLÓGICA CIENTÍFICA - ORQUIDARIO AMÉLIA CIRIMBELLI BRILLINGER. Nº do Registro no CITES (Resolução Normativa nº 160 de 27/04/2007 (IBAMA): Nº da Autorização do IBAMA: Nº do Registro (sequencial) na Coleção Biológica Científica (orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger): Responsável Institucional: Federação Catarinense de Orquidofilia Responsável Técnico: Geógrafo e Botânico Msc Marcelo Vieira Nascimento Endereço: Av. Deputado Diomicio Freitas Nº 3160 casa 12 – Florianópolis/SC. Bairro Carianos CEP 88.047-400. Fones 55 48 32361059/55 48 99145928 www.atlasdasorquideasdesantacatarina.com.br/ e-mail: [email protected] Gênero: Espécie: Nome Científico Aceito: Nome Científico Antigo: Nome Popular: Origem 01: Coleta em função do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina: Município: Localidade: Unidade Ambiental Federal: Unidade Ambiental Estadual: Unidade Ambiental Municipal; Unidade Ambiental Particular: Origem 02: Doação por parte de Orquidófilo ou Orquidófila: Município: Localidade: Origem 03: Doação por parte da FATMA: Doação por parte do IBAMA: Doação por parte do ICMBio. Município: Localidade: Coordenadas Geográficas: Latitude: Longitude: Em Cultivo na Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger) Características: 1. Colorido da flor; 2. Flores por haste; 3.Tamanho da flor; 4. Época de floração; Condições requeridas: 1. Tipo de recipiente de cultivo: Vaso de cerâmica; b. Vaso plástico; c. Cachepó (caixa de madeira); d. Tronco (morto) de árvore; e. Outros. 2. Tipo de substrato: a. Brita; b. Casca de pinus e carvão; c. Sfagnum; d. Fibra de coco: f. Outros; 3. Adubação: a. Orgânica; b. Química; Condição Fitossanitária: a. Ótima; b. Boa: c. Ruim; Pragas: Quais: Doenças: a. Fungica; b. Virótica; c. Bacteriana; Localização da Planta: 1. Na Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger); 2. Morta. Pesquisa Científica: Nome do Projeto: Responsável: Universidade ou Centro de Pesquisa: Período da Pesquisa Obs: Comentários Gerais Sobre a Planta: Fotos em Cultivo: Responsável pelo Cadastro: Data do Cadastro: Comentários Gerais 105 Cada planta cadastrada e pertencente a Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger), receberá um etiqueta plástica, conforme o modelo abaixo, e na parte oposta será escrito o nome completo da espécie e quando necessário e possível a sua variedade. Cada planta ainda receberá um lacre plástico com numeração sequencial de cadastro na Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger), que será fixado no recipiente de cultivo, conforme o modelo abaixo: 106 05.2.9. Decima Etapa: A História da Orquídea Laelia purpurata. – Rainha das Orquídeas Brasileiras. A Laelia purpurata, já era conhecida, mesmo antes da sua descrição, tanto é verdade que no livro Voyages pittoresques au Brésil de 1835, a mesma aparece em algumas gravuras/ilustrações botânicas realizadas pelo pintor e ilustrador botânico Maurice Rugendanz. Mas a sua descoberta para a ciência aconteceu em 1847 por François Devos no litoral da então Província Imperial de Santa Catarina, Hoje, o Município de Florianópolis. Floriu pela primeira vez, fora do seu habitat natural (Brasil) em 1852, nas Estufas da firma James Backhouse and Sons em York, na Inglaterra. Naquele mesmo ano, no mês de junho foi exibida à Royal Horticulture Society em Londres, proporcionando desta maneira o seu estudo sua descrição e a sua classificação pelo famoso botânico John Lindley. O exemplar observado por ele e que o orientou na classificação e descrição foi uma Laelia purpurata com sépalas e pétalas quase brancas. A Publicação destes estudos e principalmente a descrição da Laelia purpurata, foi realizada pelo Jardineiro e Arquiteto Joseph Paxon, na obra Paxton´s Flower Garden 3: 111112, tab. 96, no ano 1852. Estes fatos ocasionaram a coleta de grandes quantidades da Laelia purpurata em todo litoral de Santa Catarina, principalmente na Ilha de Santa Catarina e despachadas pelo Porto existente na mesma, para as firmas M. Verschaffelt em Ghent, na Bélgica, bem como para o Mijnheer Brys de Bornhem, junto a Antuérpia, e desses espalhados por inúmeras coleções de orquídeas existentes na Europa continental e na Inglaterra. Independentemente de sua identidade cientifica como Laelia purpurata, a espécie é conhecida por todos como “parasita” e “bainha de faca”, numa alusão a folha e espata floral da planta, que se assemelha a uma capa ou estojo de proteção para facas. Para os amantes da espécie ela é saudada como “Rainha das Orquídeas do Sul do Brasil”, “Rainhas das Laelias”, “Rainhas das Florestas Litorâneas”, “Rainha das Selvas do Brasil Meridional” e “Rainha das Orquídeas do Brasil”. Um fato de sublime exaltação aconteceu em 1942, proporcionado pelo saudoso orquidófilo Sr. Campolino José Alves, um dos fundadores da Sociedade de Amadores de Orquídeas de Florianópolis, expondo centenas de flores da Laelia purpurata no andor da Padroeira do Estado de Santa Catarina – Nossa Senhora de Santa Catarina, reverenciada através de monumental procissão pelas ruas de Florianópolis. A Laelia purpurata é: Flor emblemática do Herbário Barbosa Rodrigues, em Itajaí, Santa Catarina, a partir de 22 de junho de 1942. Flor Símbolo do Município de Florianópolis, a através da Lei Municipal nº. 7.037 de 09 de maio de 2006. Flor Símbolo do Município de Joinville, através da Lei Municipal nº. 5.640, de 08 de novembro de 2006, na variedade Oculata da Predreira. Flor Símbolo do Herbário da UNISUL. Flor Símbolo do Estado de Santa Catarina, através da Lei nº. 6.255 de 21 de junho de 1983. E o Decreto Estadual nº 20.829, de 13 de dezembro de 1983, Identifica o taxon “Laelia purpurata Lindley variedade purpurata” é adotada, oficialmente, como a FLOR SÍMBOLO do Estado de Santa Catarina, consoante a seguinte descrição: 107 Flor ampla, bem projetada, com pedicelo curto, apresentando peças florais vistosas. Sépalas quase brancas, levemente róseas, pouco carnosas, convexas, atenuadas na parte inferior, com numerosas e finíssimas nervuras, entre si mais ou menos do mesmo comprimento, de forma oblongo-lanceolada, agudas e com as margens enroladas e levemente onduladas, com 8-10 cm de comprimento e 1,5 a 2,5 cm de largura; as duas sépalas laterais são pouco falciformes. Pétalas quase brancas, levemente róseas, pouco membranosas, oblongo-ovóides, com ápice obtuso e margens mais ou menos enroladas, onduladas e crespas, nervuras delgadíssimas e muito ramificadas, com o mesmo comprimento da sépala dorsal, porém duas vezes mais largas, 8 a 10 cm de comprimento e 3 a 5 cm de largura. Labelo ereto pouco coriáceo e um pouco mais curto que as sépalas laterais, 7 a 8,5cm de comprimento, 6 a 7 cm de largura, até a sua base completamente livre, de formato longamente ovóide-elíptico, leve e indistintamente trilobado, na sua parte inferior fortemente rígido, ereto ou inclinado e bastante recurvado na ponta; base mais ou menos recortada saindo dela inúmeras nervurazinhas finíssimas e muito ramificadas; face entre os dois lobos muito larga, os dois lobos laterais também largos, semelhantes à forma de uma espiga bem arredondada com margem ondulada e convoluta, envolvendo inteiramente a coluna; lobo frontal levemente projetado para a frente, bem largo, com um leve bordo na ponta rodeada duma margem ondulada e crespa, de cor purpúrea, com venulação atropurpúrea; ápice frontal um pouco mais claro; fauce amarelo-dourada com intensas linhas purpúreas; disco completamente liso e graciosamente estriado. Coluna ereta, robusta, um pouco comprida em forma de unha e pouco encurvada, triangular, na parte inferior fortemente atenuada, na parte da frente côncava, de cor branco-esverdeada, de 2 a 2,5 cm de comprimento. O uso do símbolo em policromia ou monocromia será incentivado e gratuito, mas sob consulta prévia à Fundação do Meio Ambiente - FATMA. Em função da sua importância para o Estado de Santa Catarina será levantada e reconstituída a sua história sob os aspectos botânicos, classificação horto cultural de acordo com o Regimento Interno da Federação Catarinense de Orquidófilia, bem como, das principais Variedades Históricas, conhecidas e reconhecidas nacionalmente. 108 04.2.10. Nona Etapa: Criação do Site Oficial do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina. Será criado o Site Oficial do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, cuja manutenção será mensal todas as etapas do Projeto. 109 04.2.12. Decima Primeira Etapa: Elaboração do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina Esta etapa coexistirá na elaboração efetiva do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina, tendo como base as etapas anteriores e terá a princípio os seguintes capítulos. Capitulo I – Introdução; Capitulo II – Um pouco da História da Orquidófilia; Capítulo III – A Orquidófilia em Santa Catarina; Capitulo IV – Divisão Botânica da Família orchidaceae; Capitulo V - O que é uma Orquídea sob o ponto de vista Botânico; Capitulo VI - A Geografia de Santa Catarina; Geologia e Geomorfologia; Recursos Hídricos; Vegetação; Domínios Fitogeográficos de Santa Catarina. Capitulo VII – As orquídeas de Santa Catarina e sua Distribuição. Descrição dos Gêneros; Descrição das Espécies sob o Ponto de vista botânico; Descrição das Espécies sob o ponto de vista “orquidófilo” do Grupo I, segundo o Regimento Interno Federação Catarinense de Orquidófilia. Mapeamento de cada Gênero e Espécie, identificando através de mapas qual ou quais os municípios que as mesmas ocorrem, bem como, o testemunho fotográfico (do habitat, do vegetal com um todo, do conjunto floral (quando for o caso), da Flor especificamente e do Fruto e do sistema radicular (quando possível). Capitulo VIII - A Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger), Capitulo IX – A Orquídea Laelia Purpurata – Flor Símbolo de Santa Catarina. Capitulo X – As questões Ambientais e a preservação da Família Orchidaceae para o Estado de Santa Catarina. Capitulo XI – Quadros Resumo. Capitulo XII – Referencias Bibliográficas. 110 5. CRONOGRAMAS 5.1. Cronograma das Atividades (Estimado). 2013 Atividade\Mês 01 02 03 04 05 06 07 2014 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2015 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 2016 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 Pesquisa bibliográfica Visita aos Herbários Atualização dos dados I Descrição dos Gêneros e Espécies Expedições de campo Atualização dos Dados II Ilustração Botânica Elaboração do Atlas Coleção Biológica Científica A História da Orquídea Laelia purpurata. Site do Atlas Concluido Em Execução Não Iniciado Inauguração da Coleção Biológica Científica: Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger e lançamento do site do Atlas das Orquideas de Santa Catarina (março de 2014) 111 10 11 12 5.2. Cronograma Físico- Financeiro (Estimado) 5.2.1. Pesquisa Bibliográfica: R$ 4.000,00. (Ainda não viabilizado). (Aquisição de Livros nacionais e estrangeiros sobre a Família Orchidaceae). 5.2.2. Visita aos Herbários 5.2.2.1: R$ 5.000,00. (Viabilizado/Convênio de Cooperação Técnica (2013) - FCO e PROSUL Biodiversidade. (Despesas com deslocamento, passagens, combustível, hospedagem e alimentação). 5.2.2.2: R$ 10.000,00. (Viabilizado/ Termo Aditivo ao Convênio de Cooperação Técnica (2013) - FCO e PROSUL Biodiversidade. (Despesas com deslocamento (Passagens, combustível, hospedagem e alimentação) e contratação de estagiário. 5.2.3. Atualização dos dados I: R$ 2.000,00. (Viabilizado/Convênio de Cooperação Técnica (2013) - FCO e PROSUL Biodiversidade. (Despesas de cópias em encadernação, etc.) 5.2.4. Descrição dos Gêneros e Espécies: R$ 4.000,00. (Ainda não viabilizado). (Despesas de cópias, encadernação, etc.) 5.2.5. Aquisição de Equipamentos: R$ 10.000,00. Viabilizado em parte através da doação de recursos financeiros do Laboratório Médico Santa Luzia) (Informática, GPS, maquina fotográfica digital e acessórios, Impressora , etc.) 5.2.6. Trabalho de Campo: R$ 50.000,00. (Ainda não viabilizado). 5.2.7. Atualização dos dados II: R$ 2.000,00. (Viabilizado/Convênio de Cooperação Técnica (2013) - FCO e PROSUL Biodiversidade) (Despesas de cópias em encadernação, etc.) 5.2.8. Ilustração Botânica: R$ 15.000,00. (Referente as despesas de contratação do Grupo de Ilustradores Botânicos de Florianópolis, para a realização das mesmas) Obs. Já foram viabilizados R$ 5.000,00 (cinco mil reais) – referentes ao convênio com a HANTEI Engenharia Ltda. 5.2.9. Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger),R$ 5.000,00 (Viabilizado/Convênio de Cooperação Técnica (2013) PROSUL Biodiversidade). - FCO e 5.2.10. Manutenção e aquisição e orquídeas para a Coleção Biológica Científica (Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger), Contratação de estágio para a manutenção dos site da Federação Catarinense de Orquidofilia e o Site do Atlas, bem como, Manutenção Administrativa da FCO R$ 10.000,00 (Viabilizado/ Convênio de Cooperação Técnica (2014) entre FCO e a PROSUL Biodiversidade) 5.2.11. Histórico da Orquídea Laelia purpurata – Flor Símbolo de Santa Catarina: R$ 10.000,00 (Ainda não viabilizado). 5.2.12. Sites da Federação Catarinense de Orquidofilia e do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina: R$ 5.000,00 (Viabilizado através da doação de recursos financeiros do Laboratório Médico Santa Luzia e com recursos próprios da FCO) 112 5.2.13. Edição e Impressão dos Livros: (Valor estimado em 40 mil reais – Ainda não viabilizado) 5.2.13.1 – Orquídeas para iniciantes; 5.2.13.2 – Laelia purpurata – A Flor de Santa Catarina; 5.2.13.3 – Catteyas de Santa Catarina. 5.2.14. Edição e Impressão do Atlas – Sem custos estimados para o momento. 5.2.15 – Valor Estimado Total = R$ 162.000,00 (Cento e sessenta e dois mil reais) – sem os custos da edição e impressão do Atlas das Orquídeas de Santa Catarina Já foram viabilizados R$ 44.000,00 (quarenta e quatro mil reais) – Através de Convênios de Cooperação Técnica Pessoas Jurídicas. Valor estimado ainda necessário para dar continuidade aos Trabalhos = R$ 118.000,00 (cento e dezoito mil reais) e doações direta e indiretas de Obs. Muitos dos recursos financeiros viabilizados, são indiretos, isto é a FCO não recebeu os mesmos, mas foram e são serviços disponibilizados pela Iniciativa privada, ou adquiridos diretamente por elas. 113 6. EQUIPE TÉCNICA BASICA Coordenação: Marcelo Vieira Nascimento - FCO Celso Lopes de Albuquerque Júnior – UNISUL Leonardo Brillinger - PROSUL Consultores: Universidade da Florida – USA Wagner A. Vendrame, Ph.D. Associate Professor - University of Florida Tropical Research and Education Center – IFAS 18905 SW 280th St, Homestead, FL 33031 Phone: 305-246-7001 ext. 210 Fax: 305-246-7003 Web:http://trec.ifas.ufl.edu/vendrame/ Jardim Botânico de Munique Dr. Günter Gerlach Botanischer Garten München-Nymphenburg Menzinger Str. 61 D-80638 München Germany Tel.: ++49-89-17861323 Fax: ++49-89-17861324 e-mail: [email protected] http://botmuc.de/forschung/gerlach.html 114 Biólogos e Botânicos: Fabiana Heidrich Amorim Maria Cristina Miranda Carlos Eduardo Vias Boas de Siqueira. Mario Arthur Favretto. Cleiton José Geuster. Francisco Miranda. Robson Carlos Avi. Bioquímica: Alessandra Darius Staelele Fotografa: Julia Staedele Nascimento Técnico em Agrimensura e Orquidófilo: Aloísio Chierighini Estagiário/Ciências da Computação: João Pedro Staedele Nascimento Orquidófilos e Orquidófilas das Agremiações: Associação Brusquense de Orquidofilos Amadores de Plantas Ornamentais - ABAPO Agremiação de Orquidofilia do Itapocu - ADORI Agremiação Joinvillense de Amadores de Orquídeas - AJAO Associação dos Orquidofilos de Tijucas - AOT Associação de Orquidófilos da Beira do Mar - ASOBEM Associação de Orquidofilos da Baixada do Maciambú - ASSOMA Circulo de Orquidofilos de Pomerode - COP Associação Amigos dos Orquidófilos de São João Batista - AAOSJB Circulo de Orquidofilos de Blumenau - COB Associação de Orquidófila Costa Esmeralda - AOCE Circulo Orquidófilo Litoral Catarinense - COLCA Circulo Orquidófilo de Orleans e Região - COOR 115 Crculo de Orquidófilos Regional de Timbó - CORT Associação Orquidófila de Chapecó - ASSOC Associação Orquidófila do Vale das Águas - ASSOVA Associação Orquidófila de Florianópolis - ASSOF Círculo de Orquidófilos de Navegantes - CONA Associação dos Orquidofilos Anchietenses – ADORA Associação Orquidofila de Cunha Porá – AOCP Circulo Orquidofilo de São Bento do Sul – COSABES Circulo Orquidofilo Indaialense - COI 116 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Authors of Plant names. 2009. The International Plant Names Index (IPNI). Published on the Internet http://www/ipni.org Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V,T., Barbarena, F.F.V.A., Fraga, C.N. 2010. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Bernal, r. 2009. A elaboração do Catálogo de Plantas da Colômbia. In: Simpósio Metas da Convenção da Biodiversidade para 2010: construindo a Lista de Espécies do Brasil. 60o Congresso Nacional de Botânica, Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana: Sociedade Botânica do Brasil. Engler, H. G. A. 1874. Simarubaceae. In C.F.P. Martius & A.G. Eichler (eds.) Flora brasiliensis 12(2): 197–248. Flora Brasiliensis revisitada. 2009. Publicado na Internet: http://flora.cria.org.br Giam, X.; Bradshaw, C.J.A.; Tan, H.T.W.; Sodhi, N.S. 2010. Future Habitat Loss and the Conservation of Plants Biodiversity. Biological Conservation 143: 1594–1602. 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