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O Z70 4 ,udj~~ coj~, 101 ~II8lqjj Rui Carta Director: Eng.* Rogério F. de Moura. Director-Adiunto: Areosa Pena. Ri xaa C.fg de Redecçio: Mofa Lopes. Redacção: Fer beiro pcieco, Manual Salvado, Augusto Carvalho (Lisboa), Ribeiro (Porto). Secções especializadas: Fe enda Goms e Sa.ntos, isina- Maria de Lurdes erreira: Economia- Parc|dio Costa; Des Júsior: Automobi porto , José Craveirinha; Pop - Miguéis Lopes lii*Carios Caiano. Fotografia:,Ricardo Rangei (chefe); Kock Nem Expansão e publi Martins. Anfbal a Atmjndo Afonso. MaquetiaÇío: cI4Sdd Carlos Carvalho. Oficinas: António Gonçalves (chefe-geral); Composição - Carlos Silva Pereira, Emidio Campos,. Henrique Pais e José Gorçalves; lmpressio -José Arede e Alexandre Fernandes: Simões;."Valdemar Betencourt a Santos, Ant6nio dos Prpriedad: Offet-joaé Tempográfica. S.A. R. L. Redcçio, Rotáio. Joaquim Admídraç&a oclinas: Avenida Afonso de Albuquerque, n.~ 1078 A 6191. 92 e 6193. Lourenço Marques., S (prédlio levicta> -Telefones: íNOTA DA REDACÇAO «Tempo» é o primeiro semanário ilustrado que aparece em Moçambique, nos moldes e à escala em que ele é feito. Na página 4 desta mesma edição, Po derá o Leitor fioa asaber mais alguma coisa sobre o que pretende ser a publicação que tem nas mãos, que pass a ter todas as semanas: um verdadeiro órõgão de Inr o, um jornal desta época que vi vemos e na'qu, quer queiramos quer não, ser&o fei tas as opções que nos levarão ao futuro. Sumario - . 00OW * FRAMA OPIN 0. Beprtagem: CHEGoU O CALOR O MUNDO EM QUE9 VIVMOS SECA JÁ NÃO * 5: IPALTA IM ÁGUA O M MOI0 DA DROGA CHINESA 8~cêO: * Para aqueles que se interessam mais por temas de opinião, ou editoriais, recomendamos os nqsos colu nistas; para as nossas leitoras as págh de «Tempo da Mulher». Das várias reportagens que inserimos nesta edição, salientamos a que procura, fixar alguma coisa da realidade actual do mundo em que vivemos neste momento preciso em que «Tempo» vem à luz do dia e aquela que aborda um problema candente: o custo de vida. A SEMANA (NOTICIÁRIO NACIONAL) LHIER DAMU TEMP W= TZpo DA IMPRENSA DE A A Z POP TPICOS INTERNACIONAL DESPORTO LEMOS, VIMOS E'OUVIMOS OBJECTIVA. RR ECONOMIA & MANAGEMENT Na página 69 poderá-o Leitor encontrar um guia preciosopara a sua actividade dita ociosa nos próxi mos dias. Para os jovens em especial Pop e para a grande massa de desportistas nada menos do que trás páginas de Desporto. E até para a semana... 1:1 m I I ASSINATURAS Um simbolismo que dispensa palavras. aTempoa, um novo ór glo de Informação de Moçambique, acaba de nascer. i í SI'UAÇÃO. > Nas nossas secções e páginas e"eiladas poderá o Leitor encontrar muita matéria de estudo e entre tenimento. «Economia e Management>, por exemplo, insere uma interessante e reveladora análise sobre a economia de Moçambique nos anos da dcada de 60. A NOSSA CAPA - QUEM SOMOS E O QUE QUEREMOS Neste mesmo local, caberá sempre uma conversa malí:ou menos informal com o Leitor. Aqui falare moeo, p~s de cada edição que lhe formos apresen tando, de como a fizemos e porque a fizemos. Neste primeiro número, além dos nossos noticiários nacional e Internacional, nos quais julgamos dar alguma coisa de novo a quem nos 1, gostarmos de chamar a aten ção para a Reportag que inserimos com início na página 86 sobre a severa seca que está actualmente assolando o Sul de Moçambique. 1 : . Edoria s: VIA AÉREA (Moçambiqu) -Número avulso, 7$50; trimestral (13 nú meros> 9000; semestral (26 números), 180$00: anual (52 números), 350 . VIA SUPERRCIE (Outros territórios portugueses - Número avulso, 10$00; semestral (26 números), 220$0 anual (52 números). 40$00. Africa do Sul. Suazillindie, Rodésla o Maléwi- Número avulso, 10$00; semestral (26 números), 220$(00;anual (52 números), 400$00. Outros países- Número avulso, 12$50;semestral (26 números), 320$00;anual (52 números), «~0)00. O envio por Vis Aérea implica um acréscimo, por cada exemplar, da respectiva aobretaxa: Metrópole a ilhas, 18~80; An gola, 9$50; Africa do Sul, Rodésia, Suazilândia e Malawi, 3$50 IPAGINA 8 1: 1r I~EIJEE OMEÇAMOS por ser um pequeno grupo de profissionais da Im prensa que, descontentes e amar. gurados com o actual panorama da Informação em Moçambique, se juntou e pensou fazer um jornal. Mas um jornal que informasse e não fizesse obstrução à informação, que falasse a linguagem saudável e necessária da ver dade, ainda que ela nem sempre fosse cor-de-rosa, que defendesse aquilo que a nós tantas vezes se nos afigura os in teresses da maioria, mesmo quando isso tem de ser feito contra os interesses de alguns. Numa palavra, um jornal apenas comprometido corno Moçambique e com o seu futuro. em regime de tempo integral, cerca de cinquenta profissionais dos diversos ra mos ligados à feitura de um jornal. OU T EMPO», é propriedade de uma sociedade anónima legal mente formada, que consti. tui, no entanto, um caso sul generis no conjunto das em presas portuguesas: nela, capital e tra balho, como factores harmoniosos de toda a produção, complementam-se e en contram-se efectivamente representados. Esta feliz convergência, aliás tentada lá fora com o maior êxito, teve entre outras evidentes e imediaas vantagens, esta, que não resistimos à tentação de refe rir: numa altura em que todo o território ideia não teria passado de um português, mas especialmente em Mo sonho irrealizável se não tives çambique, todas as empresas de jornais sem convergido nela duas cir e artes gráficas lutam com enormes di cunstâncias: a de o Governo, cer ficuldades de recrutamento de mão-de tamente por ter entendido como -obra e manutenção de pessoal qualifi nós que alguma coisa deveria ou pode cado, «Tempoo não encontrou qualquer ria mudar no panorama da Informação problema em prover os seus quadros e da Província, nos ter dado a indispen se o teve foi de escolher os melhores. sável autorização legal para isso, e a de Julgamos poder afirmar, de facto, que alguns homens lúcidos e generosos, pro temos, nos diversos escalões da estru fundamente enraizados nesta Terra e in teressados no seu futuro, nos terem fa tura da nossa organização, o que há de cultado os meios financeiros necessários melhor em Moçambique no campo do à sua concretização. jornalismo e das artes gráficas. L\ OMOS hoje, já não um pequeno grupo de românticos sonhadores, com as mãos vazias, mas um grande, um imenso conjunto de vontades, perfeitamente cons ciente do seu destino: a nossa organiza ção envolve já investimentos da ordem dos milhares de contos e trabalham nela, il UMA altura em que as atenções do Governo parecem coincen trar-se sobre os problemas da In i formação (desde a elevação do departamento oficial que destes assuntos se ocupava a Secretaria de Es tado, aos cuidados que o Chefe do Go verno põe nas suas frequentes e esciare cedoras comunicações ao País, que dirige U deliberadamente ao homem comum, ao novo projecto de Lei de Impre que o líder à Assembleia Nacional a ciou já públicamente, tudo parece do tar a intenção do Governo de, n nova fase da vida constitucional poi guesa, restabelecer a confiança da nião pública do País na Informação), altura, dizíamos nós, em que o Goveí parece deliberado em mação, através de umaprestigiar política a deIn dade, fazemos aqui a profissão de fé cooperar, servindo Moçambique e o Pa Mas para que essa cooperação ees vontade de servir, à escala que nos possa ser firme e consciente é necesi rio que falemos todos a linguagem ii prescindível da verdade, que possam equacionar e apresentar honestameq os problemas, não procurando il!ik opções, para que todos possamos esc lher, com pleno conhecimento de caus o caminho que temos a trilhar sem de falecimentos, como indivíduos e cor comunidade de homens livres. ENOS de'30 anos nos separaý UZ. do ano 2000 e o País encoi tra-se, sem dúvida, numa er cruzilhada do seu destino mu tissecular. Cabem-nos a nós, à gerações de portugueses vivos, talvez ai opções mais graves e fundamentais 41 toda a nossa História, mas que, por isso mesmo, são problemas que a todos oi portugueses dizem respeito. Num uni verso em transformação vertiginosa, err que os problemas essenciais da vida j das relações entre os homens assumen uma dimensão planetária, em que apark hu manidade« caminha irreversivelmente PAG IN.4L4 TEMP a semana «Não poderemos ficar respon sáveis perante gerações vin douras de um subdesenvol vimento cultural no contexto europeu» a unidade, a tecnologia revolve tudo, mo dificando os hábitos, a vida das pessoas e as instituições, as comunicações entre -os povos adquirem uma escala ainda há pouco inimaginável, uma Nação civili zada não poderá decidir conscientemente do seu Destino sem entender clara mente as implicações, as consequências e as dificuldades que se lhe deparam, sem que aos seus cidadãos seja dado saber e avaliar correctamente os meios .e os sacrifícios que se lhes exige. Chefe do Governo afirmou clara. mente no acto da sua investidura que não poderia levar por diante a pesada- tarefa que se lhe impu nha se lhe faltasse o interesse e apoio da Nação e pediu a todos os por tugueses um crédito de confiança. Com preende-se e aceita-se que assim seja: a complexa tarefa de governar exige nos nossos dias tempo para estudar os pro blemas e propor soluções. Mas sem in formação, sem conhecimento do que se passa, esse interesse e esse apoio não serão nem válidos nem conscientes - e não é por acaso que Marcello Caetano tem mantido o hábito regular de infor mar o mais directa e maciçamente pos sível os portugueses daquilo que vai çcorrendo. E, por outro lado, não é com a preocupação doentia de manter uma unanimidade aparente e transitória que se poderão manter em aberto os proble mas, adiar indefinidamente as soluções, tergiversar no caminho que se escolher. 'J pois, neste diálogo necessário e consciente que queremos partici par, no «desejo sinceríssimo de um regime em que caibam todos os portugueses». PROF. VEIGA SIMÃO: «E eu, que amo esse povo, jamais trairei» DO ALTO DE UMA ALDEIA SERRANA O MINISTRO VEIGA SIMAO DECLARA GUERRA AO ANALFABETISMO O ministro Veiga Simão, cuja absorvente actividade tem vindo a denotar um afã ino vador digno de realce, com medidas con cretas já transformadas em leis, pronun ciou recentemente um notável discurso que parece ter passado despercebido à maioria da chamada Imprensa de grande infor mação. O dinamismo e o novo estilo do ministro da Educação Nacional estão bem patentes ,em diversas passagens desse discurso que, simbblicamente, fez do alto da pequena aldeia serrana onde seus pais aprenderam a ler. Foi em Prados, pequena povoação do concelho de Celorico da Beira, que o Prof. Veiga Simão se afirmou o primeiro soldado «desta causa única de que depende o fúturo de Portugal» que é a educação do povo. «Simbôlicamente, nesta aldeia aponto algumas linhas gerais do meu pen samento, proclamando que teremos de ex tirpar, com energia, o tumor do analfabe tismo, através de uma mobilização cultural à escala nacional; de não permitir o aban dono de uma só criança da instrução pri mária; de investir durante os próximos quatro anos, na escolaridade obrigatória de seis anos, lançando e estudando desde já a sua extensão para os oito anos. Todos os países da Europa já assim o decidiram e não poderemos ficar responsáveis perante gerações vindouras de um subdesenvolvi mento cultural no contexto europeu.» Considerando que o simples conhecimento de ler, escrever e contar já não chega a ninguém para viver no nosso tempo, que não podem haver camadas de população impermeáveis à cultura, Veiga Simão pro meteu «um novo esquema educativo, du rante o próximo ano escolar, e definido, de modo preciso, num Organigrama de En sino, desde o pré-primário ao superior pós -graduado, tendo em conta o desenvolvi mento cultural e as necessidades de mão -de-obra a todos os níveis para o progresso do País.» E o ministro foi ainda mais claro: «Tudo isso se fará, em nome e para os que trabalham. De tudo não deixarei de dar contas ao Pais.» Porque «eu, que amo esse povo, jamais trairei.» AS FORÇAS NEGATIVAS Sobre aqueles que se desviam «do verda deiro campo de batalha», disse o ministro: «Uns resolvem fazer profissão de contes tadores de uma sociedade de que usufruem largos benefícios, incapazes de melhor sa crifício em prol da sua modificação no que ela contém de injusto. Outros, os imobilis tas, aplicam a sua inteligência à causa perdida da inacção em vez de servir a do progresso. Outros ainda resolveram inter vir na contenda utilizando a fraude como elemento do roubo do trabalho da maioria, estabelecendo a perturbação.» Neste sumário, o ministro retratou aquilo que considera as principais forças negati vas. Estão lá, de facto, quase todas - iden tificá-las será exercício de cada um de nós. ESTILO DIFERENTE O influente vespertino «Diário de Lis boa», um dos raros diários portugueses qué se debruçou sobre o significativo dis curso de Prados, comentando algumas das suas passagens, afirmava num editorial: «Estamos em estilo diferente, nesta altura em que um dos homens do leme não pro clama: Eu faço. Eu dou: Eu ordeno. Estilo diferente, sem dúvida, o de se sentir en quadrado no comum das gentes, numa al deia serrana, na escola onde seus pais aprenderam a ler.» PAGINA NCIÁ1aIO XACIMNL Novo Presidente da Relação: 1 semana DIINIDADE E INDEPENDÊNCIA PARA O PODER JUDICIL Revestiu-se do maior significado o acto .de posse do novo presidente do Tribunal da Relação de Lourenço Marques, desembarga dor dr. Antnio Martinez Vaiadas Preto que fez, na ocasião, notáveis e desassombradas afirmações sobre o problema da adminis traçio da Justiça no vasto distrito judicial agora confiado à sua responsabilidade, engloba nada menos que as províncias que de Moçambique, Macau e Timor. O desembargador Valadas Preto, que foi empossado pelo desembargador mais antigo do Tribunal da Relação, dr. Sousa Franklin, começou por destacar esse facto: «Com agrado ocupo o cargo perante um meu Já se entendeu que competia ao mais par. agente e representante, na Província, do alto Go verno central, empossar o presidente. Como o acto supõe, em regra, normalmente fora dos serviços de justiça, vinculos de hierar quia ou de subordinação, tal entendimento -que, sem lei expressa a permiti-lo, chegou a ser posto em prática nesta Província e na de Angola- envolvia, porém, o grave risco de sugerir no espírito do comum das gentes, e até em certos sectores responsã veis mas pouco esclarecidos, errada confu são acerca do exacto papel do Poder Judi cial e das recíprocas relações deste com a Administração, dentro do Estado. E impli caria ainda o perigo de dar origem, nos mesmos espíritos, a perniciosa ideia de exis tir alguma dependência dos Tribunais às autoridades e órgãos da função executiva ou administrativa, na qual se inclui, como 6 sabido, a governativa. 1 Disse confusão errada e perniciosa ideia. Confusão errada, pois que - e nunca è de mais recordã-lo - a separação e independên cia dos trés poderes ou funções estaduais - legislativo, executivo ou administrativo Jurísdicional- não só é conquista definitivae da nossa civilização, como também repre senta a base fundamental da estrutura juri dica do Estado moderno. Aliás este princ io demonstra-se nas normas da Constituição olítica, em que se atribui aos Tribunais dignidade de órgãos de soberania, ao ladoa do Chefe do Estado, da Assembleia Nacio nal e do Governo. Ideia perniciosa, acrescentei, já que atinge e solapa a caracteristica mais rele vante da função de julgar: a imparcialidade. Com inevitáveis consequéncias no crédito moral dos juizes a quem está entregue a. tutela dos direitos subjectivos - último re duto da autonomia numa época assinalada atribuições naquele Tribunal («desembarga dor como os outros não ocupa nele posi. ção hierárquica superior» mas «cumpre-lhe.... impedindo todo o acto susceptível de, por qualquer modo, prejudicar as garantias do exercício da função ou comprometer a con sideração que lhe é devida»), o novo pre sidente da Relação referiu-se a aspectos administrativos das suas preocupações, no meadamente ao das Instalações dos serviços judiciais, no sentido de «se eliminarem si tuações pouco dignificantes e reduzirem frontos que patenteiam uma inversão decon va lores em desacordo com princípios repetida mente proclamados». REFORMAS O dr. Valadas Preto prestou homenagem ao seu antecessor, dr. Abrantes do Amarai, actual secretário-geral de Moçambique, pelo «equiUíbrio, inteligéncia e elevação com que exercera aquelas funções e afirmou: «Pelo senhor ministro do Ultramar fui chamado para a sucessão. Com grato desvanecimento e natural satisfação, mas não sem surpresa, tomei conhecimento da escolha do meu nome. Ao reflectir nela e na sua razão, rompeu, porém, uma esperança: a esperança das re formas e alterações, por todos desejadas. Pois só a intenção de as fazer pode explicar porque foi escolhido quem, fiel a si pró prio, nunca calou inconformidades e sempre foi pouco cómodo colaborador». JUSTIÇA AUTÊNTICA Finalmente, o novo presidente da Rela ção salientou a necessidade de um esforço conjugado de. magistrados e advogados na «vasta quanto urgente obra de insuflar no sistema judiciário ultramarino o alento e a vitalidade que carece para poder realizar, em toda a plenitude, a Justiça». Acrescen tando: «Mas justiça autêntica, real na sua con cretização, generalizada na sua administra ção, actuante na sua execução e pronta no seu processamento, justiça cuja contempla ção não deve ser obscurecida. pelas grandes frases ou por estéreis abstracções retóricas. Justiça autêntica, que não se acomoda com.a mentalidade e a prática burocráticas, para as quais por vezes,: se tende, e mal se consegue com quadros insuficientesna quan- «A independência dos três poderes ou funções estaduais não só éseparação conquistae definitiva da nossa civilização, como também representa a base fundamental da estrutura jurídica do Estado moderno » afirmou desembargador V dtes pela avassaladora expansão da acção dministrativa. Em boa hora, portanto, se regressou ao entendimento e prática tradicionais». UNESAO DE VALORES Após ter definido aquilo que entendia serem os escopos da mais alta instáncia judicial de Moçambique e as suas próprias II 'ÁGINA I tidade e ineficiente na qualidade. Justiça real, que exige dos julgadores, para além do perfeito domínio da técnica juridica, uma lúcida tomada de consciência da escala de valores éticos -já alguém chamou à função judicial a consciéncia ética da comunidade- e a clara percepção dos fins normativos, sem se perder de vista - em ordem à interpretação actualista - o horizonte ideológico do tempo em que a lei é aplicada. Noutro plano - no da busca da verdade materialnão deve diminuir-se a impor táncia de todos os factores, desde os psico lógicos aos sociológicos, dos comportamen tos humanos, de modo a obter-se a visão unitária concreta e particularizada das acções individuais sujeitas à apreciação dos Tribunais. Justiça generalizada, isto é, acessível, no espaço, a todas as populações, por meio da efectiva e completa cobertura do território com Tribunais privativos e juizes profissio nais; e econòmicamente facilitada aos de fracos recursos, por nova lei de assisténcia Judiciária. Justiça actuante, que tem de encontrar apoio em estruturas indispensáveis à fiel execução dos comandos judiciais. Justiça pronta, isenta de ritualismo, ex purgada de emperros processuais, e aligei rada de formalidades incompatíveis com a celeridade da vida de hoje. Esta justiça total, obstino-me em vê-la não utópica; mas creio também que ela só poderá ser alcançada mediante a coopera ção de todos: juristas e leigos, magistrados, funcionários e particulares, órgãos do Es tado e cidadãos. A hora, porém, como disse, é 4e espemismo. Tenhamos, portanto confiança». do Amaral, que exerceu as funções de presidente da Relação até ser chamado ao cargo de secretário-geral procurador o da República, dedr.Moçambique, João Esteves Cóias, desembargadores, magistrados da comarca e, segundo informava a Imprensa diária, os advogados do Foro da capital drs Filipe Ferreira, Almeida Santos, Maria Arménia Soares de Meio, Pereira Leite, Bord aio e Adnião Rodrigues. O desembargador Vaiadas Preto é natu ral de Lourenço Marques e, por significa tva coincidência, o mais jovem desembar gador do Venerando Tribunal da Relação. TEMPO BANCO NACJONAL ULTRAMARINO 0 BANCO DO POVO AO SERVIÇO DE PORTUGAL PAGINA 7 IN'URlK aecmc ) Édiflil prever.O Japão é ntualmente a 28produtor mundial de outomoueis. Por enquanto. TOYOTAlideroo nmerado laponês de nutomáõeis.(om um nvançado niuel de produção industrial, aTOYOTA é a grande impulsionadora de imagem de prestígio e dinamismo que hoje, em todo o mumdose alia à té(nia japonesa. OTOYOTA IPGINA 8TM~ uma técnúca de vanguda a semana TOSTOES AS MOEDAS DE TOSTAO E DOIS CIRCULAÇÃO DA DESAPA]gECEM <mistério» esclarece-se: para fazer anilhas -o a semana frequên As moedas de $10 e $20 da Metrópole desaparecem da circulação com uma com igual frequência, novas cunha fazer, a Moeda da Casa a obriga que o c estranha, prece ter sido agora decifrado, pelo menos as ens das referidas moedas. 0 «mistério» .d tostão e iss:.a.meda ter boas razões r autoridades responsáveis julgam •ostus para .. fazer anilhas. são utilizadas bom negócio um seria assunto, o sobre segundo uma investigação levada a cabo só teriam excelente qualidade transformar as citadas moedas em anilhas, as quais não poderiam baixo valor das mesmas, os autores da habilidade e muita procura, como, pelo achar na transformação uma boa fonte de rendimento. um desvio da verdadeira função Claro que tal prática, que se pode apontar comoque é muito difícil surpreender os acontece do dinheiro-moeda, é proibida por Lel mas da moeda ocorrida nos inflação da resultado em possível é só qual a autores da proeza últimos anos. de moedas de tostão Entretanto, a Casa da Moeda está a cunhar grandes quantidades necessidades normais de diversas actividades em que e dois tostões, para fazer facea ás circulação., ter grande as mesmas ainda continuam PASSAM A PERTENCER AO ESTADO OS OBJECTOS SEM DONO ENCONTRADOS NO MAR OU ARROJADOS POR ESTE Passam a pertencer ao Estado, nos termos de um Decreto-Lei dos Ministérios das Finan ças, Educação Nacional e Marinha, agora pu blicado na Metrópole, os objectos sem dono conhecido arrojados às praias, incluindo des. pojos de naufrágios de navios, de aeronaves ou ainda de qualquer material flutuante, bem assim os achados no mar ou no fundo deste. Esta disposição legal, de que é excluido qualquer papel para os achadores, prevê ainda que fiquem a pertencer ao Estado os fragmentos de navios e aeronaves, as suas cargas e equipamentos que do ponto de vista cientifico, artístico ou outro tenham qualquer interesse para o Estado. A CÉSAR o QUE É DE CÉSAR O «Diãrio de Lisboa» referia numa das suas últimas edições que o pároco da fregue sia de Balança, concelho de Terras do Bouro, vendera duas imagens muito antigas e valio. =as, pertencentes à capela-mor a fim de cobrar' uma divida que, segundo ele, a popu lação lhe devia. O sacerdote já propusera há meses tal venda, mas os paroquianos haviam discordado por se tratar de património antigo daquela aldeia minhota. Desta feita, o pároco levou as imagens limitando-se a informar a popu lação de que estava autorizado a proceder à venda e que quem quisesse saber do para deiro das mesmas se lhe dirigisse pessoal mente. O facto de ter havido uma autorização é que intriga os habitantes de Balança, pois desconhecem quem teria competência para a dar e, comentando a atitude do pároco, fa. zem votos para que as imagens voltem de pressa ao lugar onde pertencem há séculos. A QUESTAO DAS TRANSFERÊNCIAS O problema das .transferências monetárias inter-territoriais entre a Metrópole e as pro víncias foi, nos últimos dias, alvo de signifi. cativas referências. Assim e segundo noticiava a Imprensa diária, o assunto foi discutido numa reunião da Associação Comercial de Lisboa e da Câmara do Comércio daquela cRpital as quais se ocuparam «da preocupante situação a que estão a conduzir as demoras das transferências comerciais para a Metró. Pole das importâncias pagas em Angola e Mo çambique pelos importadores daquelas pro ultramarinas». vtn TEMPO E, no primeiro Conselho de Ministros de pois do período de férias, o ministro do Ultra mar fez uma exposição sobre o estado em que se encontra a questão das tranferências e deu conta dos estudos feitos para remediar as dificuldades existentes, «sobretudo preo cupantes em Moçambique, dados os efeitos que o bloqueio do porto da Beira, determi nado pelas sanções aplicadas á Rodésia, têm tido na economia da Província». Esperamos que as medidas que certamente resultarão dos estudos anunciados pelo sr. mi nistro do Ultramar, na reunião do Conselho de Ministros, possam levar, de facto, á solu ção de um problema que tem vindo a causar embaraços a multa gente e do qual ninguém parece beneficiar. COMEÇOU O CENSO QUANTOS SEREMOS EM 1970? Começaram no passado dia 15 do corrente as operações de recenseamento da população referentes à década de 70, através das quais ficaremos a saber quantos somos, de facto, em 1970. Estas operações, que se realizam não só em todos os territórios portugueses, mas pràticamente em todo o Mundo, reves tem-se da maior importância, pois, cada vez mais os actos administrativos e de governo dos países e dos povos, a elaboração de dis posições legais em matéria económica e social, desemprego, migração, habitação, saúde pú blica, bem-estar social, etc. se baseiam na contagem da população. Saberemos quantos seremos, agora, em Mo çambique é, pois, uma questão do maior in teresse, conhecimento sem o qual não é pos sível fazer estimativas ou pensar, em 'termos científicos, sobre o futuro. MAIS AUTONOMIA PARA AS UNIYERSIDADES Os reitores das Universidades portuguesas passaram a dispor de poderes mais amplos depois da publicação de um despacho recen temente emanado do Ministério da Educação Nacional Sancionando uma proposta do direc tor-geral do Ensino Superior e das Belas-Ar teS, o ministro da Educação Nacional delegou nos reitores das Universidades competência para atribulrem as regências das aulas teóri cas aos professores extraordinários, assisten tes, leitores e assistentes eventuais e para aprovarem os horários dos trabalhos escolares. O prof. Veiga Simão, dentro do espírito de autonomizar e simplificar o funcionamento das Universidades, concedeu ainda, no mesmo despacho, autorização aos conselhos adminis trativos das Universidades para aprovarem os mapas de distribuição do serviço docente. ESTUPEFACIENTES: NOVO REGIME LEGAL PRISÃO MAIOR DE 1 A 8 ANOS E MULTAS ATÉ 100 CONTOS Condenações a prisão maior de 2 a 8 anos e multas de 10 a 100 contos são as penas pre vistas pela nova legislação sobre estupefa cientes, recentemente publicada na Metrópole, para quem «importe, exporte, compre, obte nha de qualquer modo, produza, prepare, cul tive as plantas de onde se possam extrair, prescreva, ministre, detenha, guarde, trans porte, venda, exponha à venda, ou de qual quer modo ofereça ou entregue ao consumo» aqueles produtos. Esta rígida determinação legal é acompanhada de uma lista de 107 produtos e drogas que o Governo considera estupefacientes e que começa no Acetil-hidro codeina e vai até à Trimeperidina, passando pelo LSD, pelo ópio, heroína, cocaina e morfina. «O consumo de substâncias estupefacien tes - lê-se no preâmbulo do Decreto do Mi nistério da Justiça, aprovado em Conselho de Ministros e publicado no «Diário do Go e em geral de drogas susceptiveis verno»de provocar toxicomania, assumiu neste sé culo uma extensão e gravidade que o tornam motivo de especial atenção e cuidado dos Estados e organizações internacionais. Têm-se, na verdade presentes os perigos que aquele consumo comporta para a saúde física e mo ral dos indivíduos e a sua não rara interpe netração com fenómenos de delinquência.» PENAS TAMBÉM PARA OS MÉDICOS A nova legislação sobre estupefacientes estabelece ainda, entre outras medidas, que no caso de tais substâncias serem ilegalmente prescritas, ministradas ou fornecidas a me nores de 18 anos, as penas previstas serão aplicadas em medida não inferior a metade do seu máximo rigor. E especifica não serem ilícitos os actos descritos, quando praticados com fins industriais, cien#Jficos ou terapêu ticos. Mas acrescenta um sistema de controlo sobre essa excepção, estipulando penas para os médicos que prescrevam estupefacientes sem que para tal haja necessidade terapêu tica ou em doses superiores à necessidade terapêutica com intenção de favorecer o abuso de estupefacientes: prisão de 2 a 8 anos e multa de 10 a 100 contos; para os estabeleci mentos, encerramento; para os comerciantes ou industriais, a cassação das licenças ou autorizações relacionadas com o exercício da profissão e suspensão do exercício de direitos provenientes da inscrição no grémio respec tivo. MOÇAMBIQUE Espera-se que este novo regime legal so bre os estupefacientes seja muito em breve estendido ao Ultramar, e especialmente a Moçambique, onde a legislação em vigor, tal como acontecia na Metrópole, data da década de vinte e se encontra, como é evidente, muito desactualizada. A extensão da nova legislação a Moçambi que permitiria, por exemplo, ás autoridades encontrar um instrumento legal para fazer face aos diversos casos de tráfico de ópio nos descobertos - e relatados na Imprensaportos da Beira e Lourenço Marques, em que inclusivamente, sido detidos tripulan têm tes estrangeiros de navios que tocam estes portos e para repressão dos quais não tem havido a necessária cobertura legal. Como se sabe, todos esses casos têm sido. por esse mesmo motivo, considerados como infracções aduaneiras (contrabando ou tenta tiva de fuga a direitos), que punem apenas com multa correspondente ao valor dos di reitos subtrados, deixando aos infractores uma certa sensação de Impunidade, que con vida a repetir a façanha. PAGINA 9 <Prbiemas de paisagem nos territ6rios em vias de desemvolvimeto» eCAMINHO DE PAIS NOVOls - tvel definição -TEMA DE UMA REUNIAO LIZADA EM LISBOA de uma nova política Industrial, pelo eq. Rogério Martins Foi recebido com o maior interesse, aio só nos meios económicos e industriais por tugueses, mas entre todas as pessoas que se preocupam com as grandes opções do nosso tempo, o livro «Caminho de País Novo», no qual o eng.° Rogério Martins, actual secretário de Estado da Indústria, reuniu agora em volume as suas opiniões, discursos, incitamentos e interrogações so bre o momentoso problema da nossa polí tica industrial. Personalidade vincada de homem pú 'blico, que soube grangear em pouco tempo .'a admiração e o respeito, mesmo daqueles ,:que, por motivos nem sempre muito con fessáveis, se opõem às ideias novas que trouxe para a Administração, o eng.*' Ro 'gério Martins proclama, com uma coragem a' que não estamos muito habituados, a ne cessidade de se fazer um inventário dos * nossos problemas, aceitando de boa carla a sua discussão, convocando os interesses e ouvindo-os, propondo e experimentando so luções mais corajosas para acudir às neces sidades que o Pais enfrenta. Reconhecendo sem rodeios que «o re gime industrial que vigorou no nosso Pais nem permitiu que nos aproximássemos do conjunto dos países europeus económica mente avançados, diminuindo a distância que deles nos separava, nem melhorou a nossa posiço em relação a outros», o ilus tre tecnocrata do Governo defende o prin -clpio de que «a atitude básica ao tentar :traçar directrizes orientadoras do esforço :índustrial português tem de ser a de olhar :e.,futuro, pensando pelo menos em termos REA Durante uma semana, J0 delegados de 28 pases estiveram reunidos em Lisboa no XII Congresso da Fe d*raçío internacional de Arquitectos Paisagistas pio curando equilibrar os respectivos pontos de vista & base do tema principal proposto: <Problemas de pai segem nos territórios em vias de desenvolvimontce, com particular incid&ncia nas reglies tropicais. AIsrn da representaçIo portuguesa, a quem coube a organização daquele congresso, através do Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista, tomaram parte nos trabalhos delagados da Africa do Sul, Alemanha Oci dental e Alemanha Oriental, Argentina, Áustria, Bélgica, Bradl, Canadá, Checoslováquia, Formosa, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Israel, Ja pio, Noruega, Polónia, Suécia, Suíça e Venezuela Constitelram a comissão organiuzdora do XII Con. grosso da Federação Internacional dos Arquitectos Pai sagistas os especialistas prol. Caldeira Cabrel, eng.a António Faca Viena Barreto e arquitectos Edgar Fontes e Gonçalo Ribeiro Tolos. da pr6xima década, e a ter muito presente o Mundo que nos rodeia>. Diante dos novos princípios que a muitos poderio parecer audaciosos ou itíadaptdveis ao caso português, o estadista corajoso, que é simultãneamente um estudioso e um téc nico experimentado, não vacila. A sua ba talha consiste precisamente em fomentar e encorajar ràpidamente a adesão dos em presários portugueses - nem todos menta lizados para isso - às realidades concor renciais de um Mundo novo, que se abre e ao mesmo tempo se especializa segundo as sua vocações. Essa batalha é a nova polí tica industrial do Pais, que este livro cla ramente desenha e que constitui «um desa fio exemplar à capacidade de os portugue ses trabalharem em equipa>. Como diz o eng. ° Rogério Martins, «te mos, e ràpidameñte, que mudar de via para nos industrializarmos a fundo», sem o que não poderemos competir com os outros o que seria desastroso num Mundo cada vez mais competitivo. DOOLITTLE EM MOÇAMBIQUE: -De INTERNACIONAL general famoso a caçador de feras Abril de 1942: Jãmes Doolittle, tenente-coronel da Força Aérea americana (sangrava ainda nessa altura a ferida deixada pelo desa8tre de Pearl Harbour) foi o homem escolhido para comandar a esquadrilha de 16 aparelhos incumbida de destruir Tóquio. Como missão específica, cabia à tripulação do seu avião bombardear todos os depósitos de explosivos e de material de guerra. Setembro de 1970: o general James Doolittle, afastado das guerras, física e espiritualmente, passou em Moçambique três semanas tentanto juntar aos seus tro féus de caça um leão de juba negra. Reformado do Exército, hoje só os safaria agra dam - como afirmou aos jornalistasao herói da «Operação Tóquio», primeiro -piloto do Mundo a executar o acrobático voo de inversão e a passar a velocidade de 300 milhas/hora, figura inspiradora do protagonista de «30 segundos sobre Tó quio», (best-selle" de livrarias e, tornado em Imagens de cinema, filme que ajudou a celebrizar Spencer Tracy), chefe das 12.1 e 15.* divisões aéreas e, pouco antes do termo da II Guerra Mundial, comandante da Oitava Força Aérea dos Estados Unidos. Durante três semanas Doolittle, agora com 50 anos, entregou-se numa coutada inoçambicana ao seu passatempo favorito, os safaria. Já caçou no continente ame ricano, na lpdoneMa e no Quénia, antes de deixar a esposa em Espanha (onde um filho seu, oficial-piloto, se encontra em comissão de serviço) e embarcar para Mo çambique em busca de emoções ainda não experimentadaL Doolittle, que detesta falar em perspectivas de nova guerra, abandonou mesmo as funções que desempenhava últimamente como especialista da aviação comercial e agora só se interessa por safaris. Possui seis espingardas de boas marcas e com a sua ajuda procura apenas ampliar a sua já vasta col~io de troféus. COLERA SITUAÇAO CONTROLADA PELASAUTORIDADES SANITARIAS Enquanto a cólera que já fez cerca de duas cen tenas de vitimas alastra p~ra o sul do Saará, o que acontece pela primeira vez na Hstória, e os países de todo o mundo se precavém, as autoridades sanitá rias de Moçambique afirmam não se ter ainda regis tado qualquer caso no território e tomam medidas preventivas, segundo um comunicado oficial publicado há dia o. Ah frica do Sul fez saber, no entanto, que exigia o certificado de vacina anti-cólera a todos os indivlduos que pretendessem entrar nacuele país e fossem prove nientes das zonas afectadas e dos territórios vizinhos, entre os quais mencionou Moçambique e a Rodésia; Na Metrópole, onde já chegarem milhares de vaci nas encomendados à Suiça, as pessoas que entram ou saem do pais fazem.se vacinar. Tem uperintendido a luta contra a cólera a Ór.9a niszação Mundial de Saúde que está a encontrar difi culdades no que se refere ao «mutisno de certos go vernos» quanto & declaração obrigatória de existência de cólera nos seus territórios. A O. M. S. acusou nomea damente o Governo de Conacri de procurar dissímu lar a epidemia de cólera que grassa por toda a Repú blica da Guiné, quando já se declararam dois mil ca sos, entre os quais lá se registaram quase uma centena de mortes, segundo noticias fidedignas. Na Guiná Portuguesa, es autordades procedem à va cinaçro em massa da populaçáo, devido á existênci de fronteiras com aquele pais. A epidemia de cólera eciodiu repentinamente neste fim de Verão no hemisfério norte, numa vasta zona compreendida entre a Indonésia, a oriente, e a Repú blica da Guiné. a ocidente, tendo havido casos fatais em Israel, principado de Bahrein', Ghena, Palestina. Líbano e U. R. S.S. (Astracã). Neste último pais, a epidemia está práticamente debelada, devido ao rigo roso cordão sanitário imposto á zona e à imediat/o calização dos focos de infecção. A cólera, também conhecida por c61era-morbo, có lera-asiática, mordexim ou mordixim, á provocada por um bacilo em forma de vírgula, 'isolado em 185, por Robert Koch que o denominou de «vIbíigo colé. rico». Trata-se de uma doença contagiosa, aguda, que não sendo tratada convenientemente é fatal, em mais de 50 por cento dos casos, devido á diarreia conti nua - fezes parecidas com água de arrozque pro voca desidratação, sede intensa, vómitos, cólicas intes tinais, delírios, prostraçóés e, finalmente, a morte do colérico. Sendo um dos grandes problemas da Asia, a cólera alastrou-se à Europa ánicamente e partir de 1817, ten do-se registado diversas epidemias que fizeram milha res de vitimas até que, em 1923, foi dada como defini tivamente erradicada a ocidente dos montes Urais. O vibrião colérico é susceptível ao frio e prolifera em clima quente e húmido, sendo de notar que na India existe a cólera em estado endémico, o que criou imunidade natural em grande parte da população. • Como tal não acontece nas nações ocidentais, o pre sente surto espalhou o pânico e gerou uma corrida ás vacinas. Assim, na Alemanha, já se luta com escas. sez de vacinas e a Espanha que tem um milhão de doses preparadas está a produzir seis milhões mais. "TEMPO" é feito na primeira impressora rotativa offset de Moçambique uma "Solna RP 36" Outro equipamento e material que vendemos ao <Tempo: Uma impressora «Solha 132» Duas máquinas de compor «lntertype» Uma máina fotográfica offset «Kenron máquina de picotar evincar crafolun Uma Tintas <Mander-Kidd» Produtos químicos cEldesco» Chapas de aluminio cWilly Krause», etc. TELEFONE 91560- CAIXA POSTAL, 1023 LOURENÇO MARQUES f1 ~\ II O CAL VELHO COMO 0 BICHO HOMEM, EIS o CERCO: ELAS SENTAM-SE AO SOL. FIN*EM QUENO VEM NADA; ELES COMEÇAM A i4LAVITARÀ VOLTA. ACABAM POR S SEN S VEZES EM GRUPO. DEPOIS COMEÇA TAR, A BATALHA ,ANTIAm!EA», POR ENTRE A MRRAEMDOS CULOS ESCUROS. E ASSIM O MUNDO TziMPO AS MAMAS SE VAI SUPERPOVOANDO E OS MENINOS - P OR CAUSA Do IODO PAGINA 13 CH GOU O CALOR C~wç achga gu de ~oo $5lados Asm~se e$sm~-prcumad$ de; a~uo de tos t~ .- pr fam ozel rd ~ jar m toqi de pai. mm bo. a~.lc o elas, dare per ldsetsmi m *emai m eftde &á.~ Ní ada es -donespTcua verddl dores de em especth ~apea par quem e *sei".IdahIsae e I>po mopar §a~si o calo é,am,4 - p~oet paamiae de p~se ãltrrm us sem ~iR Apai r~br por kwge mees $ ceut de grvl d&&,de L=~ruç H~to s~re - des"oa mota ddde fico mai perto do Oceie Ea m~ioe baes es umve modes de fale de ~ nam em cagme se~ a vei esa~aa.I msis mu2h ~lia ap acm se o or a fizss desaldca par arij epar alez, caia Va"i qe chga Os =itsmes ~ em q.ea ~fka de o. 1-reida~ie heo calo. iva e PAGINA 14 TOPRA 3.70 L ROLLS-ROYCE r para,* e rentabi na navegação, na rega ebombagem, na agricultura, industriae camionagem etambm na electrificacão. mr-)to res ROLLS-ROYCE *rDmIESELS ... todo um prestí0o de marca atrás de si! Um prestígio que es garantia máxima de produtividade, duração eruis~ A. A. AZVDO & FILOs, LOA. " -PÁGINA 16 ~ Fedrcol3 ~1.gkm » ~Moneu.526-731473 c.p:,,al 412 L.lM NA IEÉRA, PAGINA SM=S€GlM CME AGIdNClAS, LOA. lEMPO Com efeito, e porque intrinsecamente ligada à planificação económica, a pre visão do futuro representa um factor de realce no desenvolvimento em que todos andamos ou devíamos andar em penhados. A série de conferências rea lizadas em Lisboa no primeiro trimes tre deste ano por diversos membros do actual Governo e subordinada ao tema 13r'- AO sei o que responder aos meus mais conhe'cidas -e bem signifi «Para uma Prospectiva da Nação Por devem-se exactamente ao cativasfilhos quando eles me pergun tuguesa» demonstra também a preo e lorque Nova em tam qual será o futuro desta Hudson Institute, cupação que, naturalmente e nos pró foram-nos divulgadas pela voz pau terra em que vivem e onde nas prios círculos oficiais, a questão sus director. seu Kahn, Herman de ceram» - afirmava há tempos um pai sada cita. No entanto, habitantes que somos ao ano 2000 - referem, em suma, de um território em vias de desenvol de família, industrial muito conhecido Até o mundo gozará de essas previsõesvimento, vivendo ainda o presente em em Lourenço Marques de onde, tam mas as armas nu Prosperidade e Paz seus dele antes como clima de fuga, de constante escapismo bém ele e tal pais, é natural. Sobre a minha mesa de cleares aumentarão: em 1979 o Japão, às mais prementes realidades, desabi Ocidental, a Itália, a Sué trabalho três livros esperam que eu os a Alemanha tuámo-nos de assumir, de nos projec terão já a bomba atómica: índia e a cia «A respectivamente, leia. Intitulam-se, tarmos no futuro em termos que não vez do Brasil, do Mé China no ano 2001», de Han Suyn; em 1989 será a sejam, em geral, meros lugares-comuns o mundo todo 1999 em Israel; e xico «A vida no século XXI», de Vassiliev e pouco ou nada relacionados com as Guchetchev, e «O ano 2000 - painel terá a sua b. a. É inevitável, pois, a dis nos rodeiam. Esta é, aliás, mas verdades que de especulações para os próximos 32 seminação das armas nucleares a evidência que o Repórter encontrou atómica guerra uma de anos», de Herman Kahn e Anthony a possibilidade novas ao longo dos anos de exercício da sua Wiemer. Será necessário, melhor, será foi afastada, substituída por profissão que o puseram em contacto, armas. novas por e guerra de formas possível prever o futuro? «Não, não é diàriamente, com os mais diversos es possível ...» - responde Bertrand de Os Estados Unidos gozarão, finalmente, tratos da sociedade em que se insere. Jouvenel, 66 anos de idade, autoridade de uma grande estabilidade, as fron E com'mágoa o constata: porque, é evi teiras que hoje conhecemos manter mundial (ao lado de Herman Kahn, Wie dente, por muito grande que seja a dis -se-ão, o Japão será a terceira potência mer, Daniel Beli, Thomas Gordon, Fou tância entre o sonho e a realidade, o industrial do mundo em 1980 - logo rastié e Olaf Helmer) dessa nova e fas futuro existe já em tudo aquilo que fa S. S. R. à U. e A. a seguir aos E. U. cinante ciência a que se poderá cha hoje, na nossa acção quotidiana, zemos e constituirá uma séria preocupação mar, de modo quiçá forçado, a futu no nosso trabalho. Mais uma razão velho do retorno de possibilidade pela logia. E de Jouvenel acrescenta: ,Pelo para a necessidade de o conhecermos menos no sentido tradicional do termo imperialismo japonês. Herman Kahn não deixa Mas o futuro será, apesar de tudo que o próprio medidas tomadas hoje é impossível prever o futuro: contenta de frisar: «As al ao estará a cibernética feliz: isto, mo-nos em identificar as leis económi condicionarão o amanhã». Esquecer cance de todos, o humanismo, a sensua cas, tecnológicas, sociológicas e bioló esta noção, aliás tão indiscutível quanto gicas que definem tal ou tal aspecto do lidade e o lazer assumirão um máximo frequentemente olvidada, deixando ano do início do Antes importância. de futuro». Um trabalho em que o mago, o presente em toda 2000 a maior parte da população activa assim de assumir o profeta, a bola de cristal e as estre sua acepção, seria negar a responsabi terciário sector no trabalhará mundial cien las foram substituídas pela equipa lidade que temos para com o futuro (serviços) mas trabalhará menos ho tífica e pelo computador, portanto. In deverá ras ao longo de semanas com quatro desprezando a dúvida -que sisto: valerá a pena? O sociólogo Ray sempre ser colocada na primeira linha 218 e semanas 39 com anos de e dias mond Aron, de quem não gosto mas que sobre se das nossas preocupaçõesé cómodo para citar, descreve-nos como feriados. Mais: a nação pós-industrial servirá ou não aos nossos filhos tudo e o clima o onde universo num viverá 20 século pelo assediados demasiado aquilo que hoje fazemos. Como diria tempo serão controlados por.computa para nos podermos dar ao luxo de per Franz Fanon: «Todo o problema hu der tempo a especular sobre o século dores, a hibernação facilitará a cirur mano tem de ser considerado a partir a mu e circunstâncias as todas em gia XXI. «As profecias históricas a longo do tempo. O ideal será que sempre o seus dos sexo o escolher termo já passaram de moda» - diz lher poderá presente sirva para construir o futuro». textualmente. Mais uma vez se engana. filhos. Por outro lado o homem falará Inadiável, por conseguinte, me pa económicos assuntos de mais vez cada pre a que A verdade, com efeito, é ser esta necessidade de esquema rece os visão do futuro, a prospectiva, ocupa e virá a desprezar, gradualmente, tizar, em termos concretos, de assu hoje um lugar cada vez mais destacado de ordem política. Procurará, ao mesmo tempo, um novo estilo e, principalmente, mir, em toda a sua latitude, o presente nas preocupações das nações tecnoló que somos. Esquecê-lo, desprezá-lo, gicamente avançadas do Globo. Nos um novo sentido para a vida, ao lado será fazer cair pela base todas as ten e individual satisfação plena mais da a Rand exemplo, por Estados Unidos, tativas sequentes e não menos urgen será, prazer do procura A colectiva. Corporation, a Comissão para o ano tes de previsão. Para além de todo o 2000, o Hudson Institute e algumas portanto, a característica dominante sonho, portanto, de todo o escapismo do homem de fins do nosso século. Que outras organizações, estatais ou priva que nos define, de todos os nossos an pensar de tudo isto? das, directa ou indirectamente relacio Antes de tudo o mais que também seios e esperanças, de todas as nossas nadas com as mais gigantescas empre certezas ou dúvidas será imprescindí se temos de pensar o futuro em ter nós dados seus os sas do país, lançam vel procurarmos a realidade que vive res digam mos reais, concretos que gundo sistemas que se querem infalí mos. Determinando, desde já, aqui e peito ao nosso caso específico consi veis e transformam em índices as coor agora, a nossa verdadeira situação. colectivamente. ou As individual amanhã. derado denadas que definem o T PO opol, lA 1-Y 'PL daJM-I1' O EQUiLÍBRiO PERFEITO NA SUA ALiMENTAÇÃO DIARIA MASSA ESCEE.SE O PAGINA,19 AMIIO com OVOS E TEMPO- TEMPO po O tempo da mulher Em ITê aqui a~ no resto do mundo, a mulher vive o tempo do man ' c~.h da autnotla da responsabIldade. de total dependcia que era a sua ainda há um sáculo, ps Da st~ lia deste. os depois o mardo e u o pai pe o ~ do f~ svs a m~hr vie num curo ea de to p mer de or4e Mhe us mse económicas que acelrm e proreso, mrc da ,ra de ríte de própria mudanca, como diz Roberto Oppeeheimer, frente emu~ a wm ro.e e usier a ~eisto sffuçh d lierdade e rpeabdde. O seu ao lar e à familia, para e de «onfinar h ter fronteira. pos o A tfit~ de~ nva tualo &&o múltiplas a knt.d prn.s. 0m ins ~ Mas é pro~óIto destas &W ^~a Ams pMW| -4 em e vh jovem. a quem cabe cada vez mais decidir h~em a miae de famiie que. a maio parte da veze em 1w um b~ o s~ tem de w#1901w . kipa09ps e g a ~ deas e vida para es o gles NOW m ~fmm =u ww a« e es Sa u~W 4 r»tmi do B m1w. w*lk4ese da NOW nma~ls , m acre~ r » a~a do e ,, sêauens de YM, amads dIláum -~ =ae44. em-ta ffie fiia a -4ma, mA a bem hlum q *a a Pdesm em. a . 19% 4= do sara' amÉm uuk4 4%da ar puafiae q«~tm mmêiIsu as m ~ ciliW es cargo com o exercio de uma profis. toram a e qm arcaicos precoeitos llam a quem a vida moderna traz dia a dia novas situa qui ao foi preparada: as mulheu Idosa, sja m edee; e fl B~ mo~ dvver a qem e ce qm nos %am ao amor a è vida e eh o centro das noeas w~ e eos fMuros uzes dos aes. af da nos o sfl oen ms a condicnear osMnoo fracassos mas a Ilber difeete da nom as ~ pracomea poe um vida to ~ m mw u traqulo lugar para a n~ ~lce, no futuro que o hke usd. DECORAÇAO Se você é jovem e vai casar munida de pequeno orçamento para pôr casa, se vive só o quer tero seu próprio apartamento, ou se vai viver para ornato ou outro local em regime transitório, será absurdo pensar numa casa mobilada em estilo, e6 para copiar a moda. Os S- ~ 0 ~ ~'f~"9 ~ _______________________ ..... .. ...1... ........... ..... CUIfNAm 0OD A COSTELETAS DE PORCO à FRANCESA Preparação: 20 minutos. Cozedura: 40 minutos. Para 6 pessoas: 6 costoletas; 60 gramas de banha; 1 colher de sopa de farinha; 2 colheres de sopa de rodelas de pepino de conserva; 2 copos de vinho branco seco; Sal, pimenta e uma colher de café de mostarda. Tempera de sal e pimenta as costoletas. Prepare o molho: pique a cebola e po nha-a a alourar numa colher rasa de ba nha. Junte a farinha e deixe cozer me xendo tudo, até que esta fique também loura. Junte de uma só vez o vinho branco. Deixe ferver mexendo sempre, junte um »copo de água e deixe apurar a fogo muito brando, sem deixar pegar ao fundo. O molho deve reduzir para 1/3 em 30 mi nutos. Ponha sal e pimenta no molho já apurado. Frite as costoletas em banha. Coloque-as no prato de ir à mesa. Misture a gordura que serviu para fritar ao mo lho já preparado, junte o pepino de con serva e a mostarda, aqueça e sirva na molheira. j UM VESTIDO DE .COCKTAIL--, UM DOS COMPRIMENTOS DA MODA, DAj COLECÇÃO DE OUTONO 1970/71, DE ÇIRISTIAN DIOR Nsaúde &belez crescer az pestanas e torná4as e-ssas, faz.a P ar istura: besunte-se a raiz com a seguinte Dua' coih.res de chá de rs; de rícino. oleo de chá de colheres -Quatro segundos Se arder draete u st. que não prildica a nã s As suas pestanas caem com frequência? Empregue a seguinte Ioç o: Chá em infusão, 100 gramas; sulfato de grama. assuste, Po quinino, um á rios pacofinhos com um grama C.mpre. na famrc ; de sulfato de quinino para poupar o trabalho de o pesar. São muitas vezes obstáculos desta ordem que varrem as boas intenções. Faça uma porção de chá que "d para vários dias. Eta receita oferece-lhe resultados certos. Mas será bom verificar se a queda das pestanas não é devida a umta dimhsutç o da vista. O esforço que se faz para se aplicar a vista (antes de sabermos que precisemos de óculos ou por usarmos óculos com lentes erradas) produz uma irritaçáo invisível nas pálpebras, que por sua vez provoca a queda das pestanas. PÁGINA 21 1 ~ - ~ mýý >10 MONTUýEF DE .MOÇAMIM LIE- TFAXAS A ABONAR Julgo A PEAZO r~ dstos a prazo Igal ou suprior a Mcias ~ ano OSMSDSD-õM ~0 dpôstos a prazo uperior a um ano LOIJRENÇO MARQUES - de barbear Filosofia .& máquinascoluna das sextas-feiras, no jornal Receamos todavia que não se trate de «andameno Conjuntural desfavorável» mas sim de cansaço estrutural de actividades mi nentemente motoras da economia moçambicana. A estaga04o, d u rante a última década, da economia do algodão, as dificuldades surgidas na industrializaçãodo caju e a necessidade do recurso à importação de amendoim pura aprovisionamento da indústria de só óleos alimentares, constituem obstáculos à expansão econômicapor removíveis através de acções enérgicas de correcção estrutural, forma a obter-se melhor produtividade dos factores empenhados nas produções primárias. E esses factores, essencialmente a terra e a força de trabalho, são abundantes em Moçambique. Na sua habitual e conspícua advogado do Porto «Notícias» de Lourenço Marques, o conhecido a sua crónica por generosamente espalha que César, jr. ngelo fazia recentemente considerações vários jornais de Moçambique, a muito originais sobre a rebelião do moderno humanismo contra máquina e a sociedade de consumo. Ei-las: A ela A CIVILIZA ÃO não pode ser contráriaao PROGRESSO. compete utilizá-lo e subordiná-lo. um foi O romantismo idealista, que declarou guerra à máquina, o momento patológico da história da vida espiritual. A incompreensão de Rabinadra Tayore, preferimos o fundamen tado entusiasmo de Teixeira de Pascoaes proclamando o aparelho De o jornal «A Capital»: de fazer a barba como grande conquista humana. pêlos Em verdade, nem se pode medir o benefício de eliminar oslâmina Fez-se referência recente neste jornal e, decerto, em outros, a uma de breve corte o e do rosto com demorada ensaboadela inquérito de amostragem efectuado pelo Instituto Português de um agrilhoada ou, sem a ajuda da espuma soporífera, graças à cómoda Opinião Pública e Estudos de Mercado sobre as estruturas da po pulação portuguesa, respectivos rendimentos e outros aspectos de utilização da maquineta eléctrica. PROGRESSO, por si só, a pró Mas ai de nós se julgamos ser o acentuado interesse sócio-económico. As conclusões não serão, pró pria Civilização! Desentranhado da escala de valores, que submete priamente, sensacionais,no sentido de novidades espectaculares,mas males o pragmático ao ético, o PROGRESSO realiza o fomento dos são, com certeza, impressionantes nas suas expressões numéricas. e até do Mal. Por exemplo: que 44 por cento das famílias portuguesas auferem ao já E então a máquina ,continua a ser o anjo de aço, mas rendimentos inferiores a 1500 ecudos mensais. Só um senão de serviço do Inferno. Anjo mau. linguagem fere mais desagradavelmente nesse trabalho: o de cha Num congresso recente, os sábios que nele intervieram chega «classe baixa» à dos portugueses desfavorecidos da fortuna, mar ram à conclusão de que a criminalidade cresce no mundo moderno «classe alta» à dos poucos que por ela foram contemplados. Alta e como se fora a companheira inseparável da melhoria económica. baixa porquê? N4o seria muito mais exacto, menos depreciativo A tal respeito as estatísticas são eloquentes e terminantes: - o para os que labutam e sofrem o sub-rendimento do seu trabalho, crime multiplica-se em gestação fatal, nas grandes cidades e nos falar sem eufemismos de «classe pobre» e «classe s-¢ca? países ricos. Cidades e países ricos, em que se degradou a moral e a mor lidad, em que a Religião funciona, como um resíduo comunitário de velhos e raros. Ainda não viram fotografias das tatuagens nos braços e no peito de um suposto rei branco, de um pais evoluído da chamada Europa O «Diário Popular» obteve o depoimento do deputado dr. Can cristã? de Abreu, que foi ministro da Saúde, sobre o trágico acidente cela pais nesse precisamente foi que anotaram ou E não notaram ocorrido na Guiné, em que perderam a vida o dr. José helicóptero de ou Negam pornografia? de feira inominável uma realizou se que Pinto -Leite, esperançoso e jovem deputado por Liboa, e maio trás desprezam Deus, e o crime vem ou advém por acréscimo. outros parlamentares portugueses. O dr. Cancela de Abreu, que seguia noutro helicóptero, relatou assim o dramático acidente: Mais ou menos um quarto de hora depois de term~s levantado um tornado. voo, surgiu ràpidamente, julgo que do lado do mar, ° helicópteros em formação. No n. 1, pilotado pelo De um editorial da revista «Indústria de Moçambique>, órgão Vinham os trêsviajava, Lima e Lo -d Covas drs. eu, os deputados eapitão Cubas, da Associaç~o Industrial de Moçambique: Alves Morgado, que tenente-coronet o ba mecânico, da um excepção Frazão, com e, pes 1970 de semestre primeiro o Dobrámos e o maior Lemos Pires, que dirige lança de pagamentos, não se dispõe ainda de informação estatís tinha entrado em Teixeira Pinto,das Forças Armadas; no n.* t via, tica que permita uma avaliação razoavelmente fundamentada sobre os serviços de acção psicológica já° foi.divulgada e que haviam o comportamento da nossa economia durante o ano de 1969. Entre javam os elementos cuja identidade raros de ser vítimas do acidente; e no .' 3 viajavam os elementos da tanto, entre aqueles que sentem na pele os seus problemas, Salazar Leite. ~sero os que ficaram satisfeitos com os resultados do ano findo e Imprensa e Televisão e o deputado' O helicóptero n., 3, que seguia mais atrasado, viu-nos entrar no que não sentem preocupações quanto à evolução que se vem pro cessando até ao presente. tufão, sermos apanhados pelo turbilUio e comunicou por fonia que toda a os A escassez de informação económica, que torna a economia de abandonava a forrmação. Entrados no tornado, perdemos é pécie de «contrôle», passámos por momentos de verdadeira aflição MoÇambique porventura a menos conhecida do espaço português Ftm de bem patente nos relatórios das empresas e instituições cuja índole e creio que nos salvámos por milagre de Nossa Senhora mais ntimamente as relaciona com a actividade económica da Pro que vincia. Sem falar do relatóro anual do nosso Banco Emissor, nem sequer se refere à situação económica de Moçambique, nos dos da actualidade de falta e pobreza a bancos a luta contra restantes informação estatística é bem patente e motivo de gerais lamentações. Casou outra vez ... e não ronistas aos excepto aproveita, Desta situação que a ninguém A página «Cartaz», do jornal «Noticias», de Lourenço Marques, comen da economia adjectiva, resultou que se tenham empolado os nesta secção da nossa revista um lugar muito mais des mereceria paga de balança da anómalo fortemente o sdo do volta à tários da falta de espaço, não resistimos à tentação de mentos em 1969. A ircunstância de esta reflectir directamente uma tacado; apesar a das transferãn transcrever esta, de uma das suas últimas ediçes, como exemplo dificuldade a que a Provínca é hipersensvelde uma noticia com verdadeiro interesse para os leitores daquele foi mais um incentivo à discussão do pro dei para Metrópole blema, em que foram postas em casa as bases do sistema que importante jornal: ,-MARIA DOROTEIA, mesmo sem me ter dito nada, ela que rege o funcionamento do Fundo Monetário da Zona do Escudo e assun tanto me telefonava há algumas semanas para determinados até o próprio regime d emissão de moeda. ....be da notícia e aqui ficam os votos de boa sorte. 1n1«ria a existência de «um andamento conjuntural desfavoráveb: Eufemismos Testemunha ocular Economia de Moçambique disse nada PAGINA Z3 QUIMICA GERAL a indústria química servindo o progresso OS MELHORES ADUBOS PARA A AGRICULTURA DE MOÇAMBIQUE OUIMICA GERAL Sede e Ecritórios:- Predio Montepio, 2." andar - L. MARQUES - Instalações Fabris: - MATOLA INTER QG1'69 TEMPO VVMOS ,M (U A CONTESTACÃO camas resida na imensa desigualdade que se verifica na distribuição da riqueze das nacoas: dois terços da populaçao total do Globo dispoem, apenas, de _____________________________________ ________________________________________contestaçao, • ~à ~maçoes ....... l por cacto dos rendimentos mundiaiS. Um político acrescentaria que á exacta mente deste facto que deriva o clima da antipartidarismo a instabi lidada social que se verifica um pouco por toda a parta. Falaria, talvez, nos -hippies-., em Maio de 1908, nos movi mentos estudantis e de nova esquerda, na perda de influência do Partido Comu nista tradicional frente à renovação maoista, nos reflexos da guerra do Viet name, no aparecimento da necessidade de uma nova consciencialização frente realidade. Seria secundado pelas afir da um sociólogo que, possivel mente, frisaria a ideia da que tudo isso ésíntomático de um mundo que se re nova, que caminha a passos cada vez mais largos para a .sociedade ideal», E, se interrogássemos objectivamente asse sociólogo sobre o presente, ele tal vez nos respondesse que, embora náo seja a;nda necessário procurar uma nova definição para a palavra progresso, é já premente e necessidade de novos proces sus de análise para este mundo em que vivemos e em que a História, pelo me nos assim pere.ce, deixou da respeitar as regras de um jogo que se julga conhe cido. Seja como for, porém, a noçeo de esperan;.a ser'ia decerto uma constante envolvendo toda a sua arguntentaçeo hoje servida por novos processos cien tíficos para previsse do amanhã em to das as suas consequências. E naturalmente nesta contextura que aa fotografias que ilustram estas pagi nas reflectem que a revista TEMPO se insere como novo órgao na Informação de Moçambique, Uma contextura em constante evoluçao e com a qual - como um dia o disse por outras palavras Aí brt Camas - o verdadeiro jornalismo se deve comprometer na sua funçeo his tórica de testemunho do momento, de todos os momentos presentes. O MUNDO EM QU] A PAZ Sim, a Paz será possível um dia. Entretanto, entre o desespero e a simples evasão às mais prementes realidades, o Homem vive conquistas da Medicina como as constituídas pelas transplantações de coração efectuadas pelo «playboy» Christian Barnard e empolga-se com a chegada de Neil Armstrong ao'solo da Lua. A mini-saia, os Beatles, Bob Dylan e a maxi-saia são outros tantos nomes para o escapismo. No reverso da medalha, o abismo cada vez maior separando os países subdesenvolvidos das sociedades teconlògicamente mais (cada vez mais) avançadas, um imenso mundo em que ainda se morre de fome, a existência de milhões de homens para quem viver não pode ter qualquer sentido. Parafraseando um «slogan» do Maio Francês: A Socie dade é, ainda, uma flor carnívora. A questão mais premente será: até quando? A VIOLENCIA Aguerra é ainda uma constante donosso tempo. EmBiafra. onde em dois anos marre mais de um nlhão de homens. m e e crimans, noV~ , Camoja eu MédioOrieute, um pouco por toda a parte - na fruteir si~osoviética, na "Ilvia, na Ãfrica Austral, noChade, naíndia - homens amados disputam pasikies, defendem btemes, matam e morrem e destrólem em nome das mais diversas causas ouprin cigIos. EmPraga, onde a Primavera demorou cinco meses após a queda deNovotny (MarO de 1681 a figura de Du~eu com lirimas nos , i n o Çt O camuisam das mitares sviéticus no. era a mWsião dofaturo em eo skibób deumadm realdade. E,asfiguras de Joh.K~ y (assass emDalas m Novembro de 1963), de Malcom X (morta em 21deFevereiro de 19S), de Guevara (1de Outubro de 1967), de anPalach (que se suicid pela fogo em Praga em 16 dJaneiro de 1969). de Martin Luther Kin (morto a tiro em Abril de 1968)e de Bob BANCO PINTO & SOTTO MAYOR oTEM SEMPRE A SOLUÇAO b QUE LHE CONVÉM PÁGINA 28 ...... 1 a5 1 1 1 1 1 1. 1 1 1 1 1 1 E aluuuunulanuu.IuuUmIUIUanamiUIIuUiJI A-BÊ:-C : 2 das mais comezinhas regras que sejam de apresentação as pri meiras palavras. De qualquer publicação que inicia a sua actividade como de qualquer secção - é o caso de «Trópico> - com pretensões a regular. Regra empirica de sua natureza, mas consagrada e de solene aceitação nos múltiplos actos da vida quotidiana. O ritual da apresentação toma &nfase ou não consoante o temperamento das pessoas e as situações que o provocam. Já que terei de cumprir, aceitarei aquela obrigação torcendo quanto possível os seus moldes tradicionais. E não será desajustado dar-lhe um sentido mais concordante com a função do plumitivo. A apresentação e outras situa~Ses semelhantes, estereotipadas pelo uso e pelo abuso, causaram mesmo, em certas palavras, um notório des gaste. Termos que usufruiram noutros tempos de peculiar pujança e viva cidade surgem-nos hoje lassos e desbotados, vestidos ao estilo de toda-a -estaão. Têm assento marcado em determinadas assembleias e quase se poderiam inscrever nas ementas que sempre acompanham especiais tipos de homenagens. Não estranha assim que duas pessoas, postas frente a frente pela primeira vez, assegurem urna à outra o seu «muito prazer» ou «muito gosto» no conhecimento, antes mesmo deste se tornar efec tivo. O que, na maior parte das vezes, nunca chega a suceder. Posto perante tal perspectiva, como poderei agora garantir - sem risco de ser mal interpretado - que sinto prazer em dialogar consigo, lei tor, através das páginas «off-set» desta nova publicação ? -Sem querer (a gente tropeça em termos assim rombos de sentido a torto e a direito) lá meti eu um vocábulo em voga, muito «up to date», cuja significaão, de enublada, não é com precisão que se distingue: dialogar. Mas é de resto o que eu quero dizer. O simples acto de escrever de nuncia, do meu lado, a predisposição para a nossa conversa, que em prin cipio deverá ser semanal. Sublinhei a palavra simples já com uma d na manga, qual a de me contradizer, desde já, asseverando que aquele simples acto não é um acto simples. Peço licença para me socorrer dos tratados de fisiologia e adiantar que a escrita exige um não desprezável esforço da parte de quem a pratica. Não obriga ela à movimentação isó crona e ordenada de meio milhar de músculos? O esforço do acto de escrever (e nele se condensam também as car tas para a família) nem fica nem começa por aí. Se se estende, como estende, à exigência de quietismo que recai sobre todos os outros mús culos não envolvidos directamente naquela prática, é preludiado todavia pelo acto de pensar, a partir do qual se forma. Aceite que o esforço existe na simplicidade de um acto que não é simples, ai está - e dentro do que é usual no formulário das apresenta ções- quanto prudentemente poderei prometer: o esforço. Com ele, a possibilidade do contacto (entreluziu na minha mente o vaga-lume do diálogo) regular com o leitor. A conversa sem cerimónias que tanto quanto possível nos interesse, admitindo e louvando até o salutar desa cordo que por certo aparecerá muitas vezes a dividir as opiniões, as de quem lê e as de quem escreve. Porque discordar pode não querer dizer, rigorosamente, estar dentro da razão ou estar fora dela. Acima de tudo traduz raciocínio, o qual, quando exercido na sua plenitude e expressado em termos que o não traiam, envolve uma atitude amplamente positiva. Sem ela não se chegará à razão. Não é com estranheza, mesmo de nariz à banda, que aceitamos a sistemática unanimidade de pareceres e opi niões de certas assembleias? .... uuuu.uuunm,,mnunninflflUflIUU~mUflINflUtU~hIUUUUIUNImflhmnIHh 1 1 1 E 3. a a ff 5 a E 1 E ffiS~ PÁGINA TRANQUILIDADE COMPANHIA DE MOÇAMBIQUE DE SEGUROS ESTE É UM SfIBOLO DO PROGRESSO Josê A, P. Domingues DESPACHANTE ALFANDEGA DE OFICIAL LOURENÇO MARQUES AV. MANUEL DE ARRIAGA, 173.1.- ANDAR LOURENÇO MARQUES TELEFONES: 6252 e 2347 CAIXA POSTAL 515 PRÉDIO CAMARA DOS DESPACHANTES OFICIAIS TEMPO m +emo um15 Sou do tempo em que o Elvis fada furor m vendio *os mn &ts lã na taba h ri. 4ahgy Ses. Tm. bim bati o p& no Sda, ao ver o «*. 1. Nu.., observei a chegada do CHlff.do Tosmy Senda, do Ufil* EIclard e do Nu1 Hdey. splgev~e aquela md<. diferente - porque o era, um dovida - embora nio me disase. quem nada. ,. do ter que apreandr Entretanto, comeei a csar-m de ouvir o EMlvidizer que estava muito uma nova dança todas as aemanas. No fundo. a cois= era sempre a mene. E enfio o entuano foi as a t fecendo. E tvmos em 62 e ou. um pouco mais velho e vamos lã, com um pouco mais de curiosi lectual. Descobri ontio o ajam, talvez porque vism nele afinai, muitas das ralas daquela msica que mo tinha ficado gravada na mente. do na O aiam ora na verdade uma coisa meis ia - assim o didam com ar premnço m oa ~ ra~*na. Elo estava, porim. na altura, estagnado. .Aim, depois de ter ouvido tudo o que um bom elau.ma podia ouvir, o cansaço velo de novo. A música deve ser algo de peraens evoluçgo. Como todas as formas de arte alis. Mos mais eta. por ur a que coague0 com maior facilidade, quebrar barreiras de Tempo a Espaço. Clro que podem dis t, as veroidaras obras-prims, troamn smpre algo de novo a todes co«rda. Afirmar que os eclisicom da as 4p«as De acordo. Mas devem sr a"eites negundo a perspectv do tempo em que foram faltas eIen em que do reIdzas. Dbruca~ ob a msica meis sri ( ou do que II ptetendo que sla)- a clsca. ~io e~4 ela. em boa verdade, empacotada, rotulada, transformada num mito? Tudo o que sa foz acerca dela fi repetir ano após ano, que aquilo dsm 6 que era msica. Torni-la priviléglo de eiite s, («A que ido elo é para roli,. E assim srgem os concertos das abas de grilo». Dos vestidos de eore e dos *~efoi . aa gente b vel. e ode toda a gente b adormece por si*tema, Os comentro dlo sm Onde e pr os mesmos:fenomenal, magisral, maravilhoso. E sal Jeus que para o povo o fado 6 que ain o vinho 6 que dnstr6i. el lenascom as alienações musicais da juvantude, com essas ritmos brbaros... Ai astemo a esquecer em pequeno pormenor. a que sa essa tal música d6ne (?) o 6, foi porque sa depois um empacotamento caracterrlsca popularisu verdadeiramente no, tepo em que foi feita. Depois monte b s as de e para burgueas. E Ns a quisermos verdadeiramente divulgada temos que a trer ao confacto com o povo, com a maioria, pelos v*.e culos sosoros mus perefrides. Miurndo-a, Integrando-a nesses veculos. A em res peito posso já afirmar que fiserem os leaties ou o Ekmption mais por isso, do que muilos c~certos sofisticados e soabs. .,C.AEL WÍOD.,O. Tempo (Realizador do filme WOODSTOCK, sobr, o festival) «- C o «0 MEU FILME É O MELHOR» Para estreia desta subsecção de TEM PO/POP, inserimos hoje excertos de uma entrevista concedida pelo realizador de um filme sobre' o festival de WOODSTOCK - que em breve teremos a oportunidade de ver nas telas da capital - à revista -Rock & Folk». Apresente-se -Chamo-me Michael Wad leigh, director .de «Woodstock» e tenho 28 anos. Vivo, durante a maior parte do tempo, no ar po luido de Nova york. Aprendi o meu oficio fazendo documentá rios para a cadeia não comercial da televisão americana. Fiz fil mes sobre os problemas das uni. versidades, sobre a questão dos negros e sobre os brancos po bres dos Apalaches. - Tirou algum curso de ci nema? -Não, mas li Já uma quanti dade industrial de livros técni cos. Para ser contratado pela te levisão, baratinei e inventei uma história, dizendo que já tinha produzido filmes na Califórnia. Eles acreditaram-me. Passou-se isto há cerca de trs anos. Desde então, produzi já mais de vinte filmes. - Fale-nos agora de «Woods tock». Como trabalhou no plano técnico? -Constituíamos uma equipa de 80 pessoas. Isso custou cerca de três mil contos, dos quais a maior parte foram emprestados. No filme podem-se observar vá rias imagens simultáneamente. Eu quis dar a impressão que se tem quando, num concerto, uma pessoa olha à sua volta. E há assim, também, a possibilidade de se poder escolher. Cada uma das pequenas Imagens, não é muito importante. Excepto quando uma canção se torna séria, ou quando Richie e Havens, por exemplo, ou Joan Baez ou Coutry Joe ou Jimmi Hendrix se encontram em cena. Então todos os olhares convergem na mesma direcção. Dai existir nessas alturas, una imagem apenas para toda a gente. Escolhi primeiramente, as canções cujas letras fossem essenciais. Woodstock tornou-se o símbolo da jovem América. Não existiu lá violência. O estilo das canções, a gentileza dos ou vintes, a partilha dos alimentos, aqueles milháres de pessoas que a tudo resistiram para tudo po derem testemunhar, ludo isso diz muito acerca dos jovens. Por tudo isso, seria desonesto ter es colhido canções de amor todas «cor-de-rosa». Crosby Stils & Nash cantam também canções de amor, mas de uma forma muito mais livre. lIt fI11IN Como 4 de «Let It Be» que queremos falar, digamos imediatamente que este disco demonstra pelo menos, cabalmente, uma coisa: que quatro Ieatles juntos va lem muito mais'do que três Beaties sepa rados, pelo menos. Comparado aos- po bres álbuns de Ringo e de Paul, este pode fãcilmente fazer figura de obra -prima. Não contém surpresas, é certo. Mas quem desconhece que o tempo das LET ITBE Let I ltS: Apple PCS 7 09. Ainda elesl O tom desta exclamação pode variar até o infinito, exprimir o en tusiasmo mais intenso ou o aborrecimento mais profundo, consoante consoante o qu6? Consoante se seja emenino pop» ou progressista convicto? Adepto da socie dada do, consumo ou do «underground»? A ovoluçio das reacções do público em mcdorde cada nova obra dos Beafles são de tal modo significativas, que lembram cada vez mais a morte de um grande amor. Embora tudo isso seia relativo, pois se nos formos a fiar nos números, o grupo nunca foi tão popular. O público de que falávamos, aquele que queima hoje o que adorou ontem, não constitui mui5do que uma pequena. inoria. Aquele que se compõe de econhecedores, dos verdadeiros «amantos do pop», aquele que está ao corrente de tudo o que se tal Esse não Julga oS ailes senão com parando-os com o que fazem os outros onjuntos, não tomando como termo de comparação apenas os mais progressistas o para afirmar que em relação a eles, oseatles enfãio lã ultrapassedos. É certo que **estão ultrapassados. É certo que Jimmi Hendrix ou o Ufetime de Tony Willliams vão um pouco mais longo. E de pois? Ap*sr de tudo eu defendo-os, en quanto todos os atacam, e porque o seu PÁGINA I último álbum eet It Be», me agrada. Sim, eu defendo-os, porque sempre fixa ram música boa. Muito boa mesmo, por que continuam a ser os mestres incontes. távois da melodia epop» e maravilhosos intérpretes, e porque, sobretudo, ohl so. bretudo porque não se tomam a sério (escutem o anteentróito de «Let It Ben, aquela v¿zinha ridícula que anuncia: sE agora vamos tocar» «Todos os anjos Vie. ramn). Que o conjunto não progrediu tècnicamente desde o uLP» «Sgt. Pep per'se? É incontestável. E depois? Evo luiram por ventura os Stones? O mal é que sempre nos habituámos e pedir o impossível aos Beatles. Era necessário que eles tivessem permanecido os composito res que são, os intérpretes que são, a ainda que rivalizassem em virtuosismo com Jimmi Hendriz ou Clapton. Enfim, eles'deixaram de existir como conjunto # esta será a última otasião que os seus dtractores terão para os apunhalarem pelas costas. surpresas para os Beatles-grupo, já pas sou? Escutar Paul em «Let It Be», e escuti-lo no seu próprio álbum é chegar à conclu são de que ele, mais talvez do que os outros trás, perdeu bastante ao precipitar a dissolução do conjunto. Cantor soberbo e compositor inspirado, brilha aqui com um singular aparato, enquanto que soli tário, não é mais do que um bom artista no meio de tantos outros. Porquê? Talvez porque os BSatles não seiam em grupo, a expressão real daquilo que são como indivíduos. Talvez porque fabricassem a quatro, com técnicas com. provadas, receitas repetidamente compro- vadas, uma arte totalmente estranha sua mentalidade e às suas preocupaç& de momento. Uma arte distanciada, ine pressiva, mas à qual, e é aí que inte vem o milagre Beaties o inexplicãvel qi podemos classificar de genial, por N sabermos qual procedimento ou qual pr funda sensibilidade (não pode ser outi coisa senão a consciência profissional o grupo lograva sempre encher uma pa cela de vida, um rasgo de bom humo um brinde de humor. E é aí que inte vêm o paradoxo que ilustra admiràve mente a fuga solitária de Paul: sem tivação real, a ssa arte era infinitameni superior à que se propõe hoje em di e que se deseje ser o reflexo da soa viu sentimental. O caso de Ringo é diferent pois de instrumentista (e não subam. quão inexpressivo instrumentista ele é tornou-se cantor, mudança que exclui to a possibilidade de julgamento. E Georgi E George? É preciso esperar o seu álbu com Dylan para podermos falar, pois s ria bastante injusto condená.lo musica mente tendo em vista os discos que pr,a duziu. O caso de John é de longe o m interessante, pois é o único dos Beath a possuir uma mensagem tão forte, qt consegue ultrapassar o conjunto. Exist atrás da facilidade de escrita (musica de John, qualquer coisa que é uma pI derosa motivação e que lhe permite cri, sbzinho (com Yoko, mas Yoko é ele), um arte renovada, menos açucarada do qt a dos eatIls, menos rica melódica harmoniosamente, mas com um impact mais raivoso. Ao contrário dos seus tMt amigos. John é frequentemente visitad pela inspiração na vido db todos os dia Resta-nos, pelo menos, isso. Isso e eLÁ It Sex. Disco o esouvenir» maravilhoso, T~M WOo dstock, ou o instante de uma época onde as «vibrações» fo de pessoas de sem gam mais plenamente sentidas pelo maior número (ou pre. Esta a máxima em que se tornou um mero- festival <pop» «pop»> realizado festival mero que se supunha viesse a ser .mais» um no mês de Agosto de 1970, no estado americano da Califórnia, planí ciede Woodstock. meio milihão de , Durante três dias e três noites chuvosas e frias, vibrou e jovens, arrostando abnegadamente todos os contratempos, manteve-se unido escutando as palavras e os sons de pIguns dos maio actualidade. da res nomes da música «pop» Chamou-se a isso «três dias de paz, música e amor», e ýafrase não veio a tornar-se utópica ou irreal. Ela constitui antes um modo de vida livremente aceite no meio de uma planície norte-americana. Mais importante do que a música em si - ela foi apenas o pretexto da reunião -, mais importante do que os números, há a assinalar o com portamento desses jovens, traduzido na fórmula que um locutor trans mitira na abertura do festival: «-O festival vai ter inicio. Tudo correrá da melhor maneira, ape sar de nem sequer termos sonhado com uma afluência deste género, se todos nos lembrarmos que o homem que está ao nosso lado é nosso irmão.» O mito Woodstock é pois feito disso mesmo: da fraternidade, do desejo de paz e do amor entre todos os homens. Mito que toda uma Juventude dos atribulados anos 70, anos das sociedades do ndividua l mlno,dos Vietnames, da fome, da opressão, procura com desespero. Uma procura que se reflecte no seu comportamento, na sua arte, na sua vida. Woodstock constitui pois como uma vitória nessa procura, uma suave e doce alienação em que se pôde pensar aquela planicie como um mundo presente e futuro. Os três dias passaram e as engrenagens da sociedade nem por cmrto deram conta desse grão de areia no seu maquiiismo bem oleado. O importante porém, é que foi aventada a possibilidade da sua concretização. O vento da esperança sopra agora mais forte na vida de uma geração: a geração de Woodestock! O VEICULO DE UM MITO Restringido aos seus condicionalismos de espaço, o festival de Woodstock, o mito que o rodeou, foi feito mais realidade através de un filme. í certo que não é exactamente a mesma coisa do que ter ter participado na reunião, pois podemos ver o Woodstock assistido, filme, sem sentir um milésimo da vibração que existiu em Woodstock -festival. Nele não podem ser comunicadas, apesar de tudo, muitas das coisas que estiveram presentes e que só se vivem num clima completa mente humano. De qualquer forma, Woodstock-filme, servirá como veículo de um mito, mais um, talvez, mas um. A fotografia impessoal e externa de uma alma universal: a juventude. A película, que dura três horas, é tècnicamente excelente, e foi feita da selecção de 120 horas de filmagens. Fruto de um impressio nante trabalho de montagem que permite muitas vezes, através de uM «écran» dividido, ver a mesma cena sob três aspectos diferentes, Ou várias cenas simultáneamente. O realizador Michel Wadleigh, com Os seus vinte operadores e os seus vinte engenheiros de som, cons. truiu maravilhosamente a película, de um ponto de vista puramente mS*tico: Sem cessar, durante três horas, imagens e som debatem-se, ferventes, terrivelmente importunantes, numa orgia colorida, torrente majestosL 0 principio foi de restituir Woodstock na sua totalidade, extamente de não menosprezar nenhum aspecto do acon S tecimento. É por isso que Woodstock não se queria um filme sobre que actuaram no festival, mas reportagem, entrevista, he-juntos modelo cem por cento copiado da televisáo, completo (Por aquito ~r) que o possamos julgar, é sobre esses três dias e três noites, o que se -fez, o que se pensou. Assim, as passagens puramente musicais são separadas por apon tamentos com as pessoas envolvi das (organizadores, público, o ho mem do canto, os discursos de In trodução), ou com pessoas que julgavam está-lo (pessoas da al deia próxima, dos veraneantes). Elas dizem coisas Interessantes, por vezes, grosseiras como os amua atores, noutras. Três horas que satisfarlo intei ramente os olhos e os ouvidos. Z o espírito? Henri Chapier no «Combat»: «Sejamos sérios! Woda tock é interpretado pelos nosos amigos de «esquerda» como um fenómeno social, o que quer dli CONTINUA NA PAG. S PAGINA 33 FACTOS e FOI Quando você deposita no Instituto de Crédito de Moçambique o seu dinheiro é garantido pe la Província e os juros estão totalmente Isen tos de lmpost~s E Isto é, aI só. o bstante pra ue v e se torne depoelte/do 1.C. M., único estabelemento deo d ito ossjs depitos benefle" destas regalias). enterro uoçcassDE OIPóSITOS 1 A PRAZO Entre 3o e go dias .................. Entre 91 e 8<odias .................. Entre iSi diase s ano .................. A partirde i ano e i dia ............... DIPÓSITOS A 5% 5,5 % ORDEM Até ooooo$oo .................. ,5% De xooo(o$oo a Soooo -155 5.5% 4% DELEGAÇÕES DE MOÇAMBIQUE .........% SERVINDO A ECONOMIA NOVO PRESIDENTE PARA O CHILE Salvador AlIonde, como lhe chamar# as agancias internacionais, marxista eleito para presidente o <primo| de R ganhou pblice num país ocidental», recentemente r* eliçes nopresidenciais lizadas Chile. Ali*nde. que era cc didato ,nico da esquerda, no obev no entanto. a absoluta mais um voto domaioria eleitorado) e, nos(50t. mos da Constituição chilena 6 ao Pa lamento que cabe escolher, dentro M dias, presidente que scederA cri•latidemrocrta Eduardo .rey, eMia INTERCÂMIO COMERCIAL MO ÇAMBIQUE E O BRASIL-AENTRE iniciativa para um efectivo Inter~»mbio comercial entre Moçambique e o Brasil pertencou, no m áximo da sua força, aos cepitães da economia do Edsao de São Paulo. Numa segunda mlxxo oficial, em grupo de i Indllduídades brasleirsdeo co~-* a Moçambique ob'ctvo principal de fomentar com o oIntercâmbio comercial entre o territ6rio a o país misslo, chefiada pelo dr. L4 Im&o. Ilo de A Tolode Pixa, preddeate do Banco do Estado de São Paulo vice-presidente daeVolkswao, do Brasl, presidente da Associaço Nacional de Programaçio co c Socil, e da AsiscIação No cional de Pesquisas e Estudos Sociais, cumpriu neste Província um apertado programne de trabalhos de forma a dar I0lo. quanto nts à dmlioda troca de nrcadorias. Com menos dois dias do qe Inicalmest previsto^ o programa f de ce modo afectado, no que so reere. a Moçambique. onde s verifico a inclulo de algumas visitas mera mente teristicas m&is votd primeIros candidatos dos,doisprecisamente os Salvador Alnde Jorge Alossandri, que a si pr6prio 1 chama de *candidato independentes. N gravura, Aliande (à esquerda) e Alo sendri: um dos dois será o novo pri sidente do Chile SUBSTITUIDO E PRESO UM BISPO CA TOLICO DOS CAMARÕES O bispo cat6lico do Nkomgsamba (nos Cama. ras) f preso recentement pela Poli. da de Segurança de Yaoende. precisa mnte quando regr0ssava de urna vigem a Roma, sob a acusaçio de conspirar contra a pessoa do presidente Abidio. Note surpreendente: o Papa Paulo vI havia-o substido nas sas feções de Ipo de Nkomgsmba dias ates de le ser preso. Na gravura, e Iltima foto de monsanhor Ndongmo an tes dae ma viagem ao Vaticano OS GUERRILHEIROS ÁRABES e OS AVIÕES PÁGINA 34 JORNALISTAS VISITAM , METRPOLE A na Regressaram CONVITE DA TAP quinta-feira, dia 17, a Lourenço Marques os jornalistas que haviam seguido no pas sado dia 12 para Lisboa, a convite do presidente do° conselho de administração da TAP, eng. Vez Pinto. Entre o grupo figuraram pela pr'meira vez representantas dos emissores regionais do Norte, ex tensão merecida e que nos apre registar. «Tempo» foi representado nesta viagem pelo seu chefe de Redacção, Mota Lopeu, que se vã na gravura conversando com o delegado da TAP em Moçambique, sr. Manuel Frade 1 1 0 f" .RAM AS AULAS-- Começaram na passada segunda-feira, dia 14, as aulas s as escolas primárias o do Ciclo Preparatório da Província. De norte a sul. e milhares de crianças voltaram a encher at à saturação estabelecimentos o oficiais e particulares. Na gravura, uma imagem do primeiro dia de aulas. Ainda cheira a rosto de fárias. Perante a impotáncia dos governos dos países mais poderosos do Mundo, os cha mados *Comandos Palistinianosm. organizações revolucionárias árabes, desviaram dá rotas e apoderaram-se, em dois dias, de quatro grandes aviões a jacto de quatro das principais companhias de navegação aérea. Com os aviõas, retiveram num aeró dromo improvisado do deserto de Zarca os passagelros e respectivas tripulações, exigindo a imediata libertação de árabes acusados de tentativas de desvios de aviões e presos em países ocidentais. Depois, como a resposta a esta exigência demorasse, destruirem os quatro aparelhos apresados apara fazer pressão sobre 'os governos ocidentaisa. Perante a condenação geral do mundo inteiro, os ecomandose libertaram parte dos reféns mas mantiveram 40 pessoasaté que os guerrilheiros pre sos seiam postos em liberdade. Um rude golpe na segurança da aviação comercial e no eplano Rogerio para a paz no Médio Oriente. A sequência das nossas gravuras mostra imagens da dramática situação no deserto de Zarca e um dos aparelhos destruidos, um eloeing 747». Só os prejuízos da destruição dos aparelhos sobem a mais de dois milhões de contos APOIN IICAT E SE FMNA OTLC UA ECOOMA, E ALOIAA .!1 DE INSTITU~FGIN POVO. 35RA A fa í in a o a ea am goeradr s imia a taã de s mih a s aa de fo de e st etaiadoa ituo de fomnt Prvniiu de traalh maer com agícla ment atnt ,a se e tae aspierscuas frs di'as é emqu -afrmo sec de at as ina em td r moiique o aoe as o a- as um de as t a do d taas necia-ntod ao aê.et aco aas qu õe aitu a de a.vo aoo a-os de riad pro acopaha a. ága pel as dosa aesa ae c a, Goen-ea estã popuaõe a admiistaias uoiade de rea 'esseas o- admiistaas um a eias ' a,, no poa- a GoeroGe, ia e da esoçoesã e7 epal s, afetad a éi atoidde e aiaavsda'apor esaeee * ta, se e t afecadas e sor i me decrve de fudis de a a de ais ra' oáesd Mçmiu. os problea too si afetad reie aclet m aesái ade a e própio dieçã misi par si alé mu i lua-. so Su sempreno ae ia são provios funs e aeia dirito tabalh Ditiai Goero dois i alienaies caên fé ia aeuio, ir amies f e noso as pacamnrslia deloaçe lao our po a asforçosdas pouaçe de m lad, our tem seprasíe, a, ispõe efit Po ciia e - qu mitaçã esaeeiet sae, ra u, a-e eiatn o arcl cosdrvi te já riraq, i proed prç. a as Ofcamne isqepr M de mehoe pouaã de enfrentand est esernç - , cada actalmne a a a pouaçe' ia u fim'o , too a'p átc i posa s aue o i a ssa E p art a c íaa esoro est aed alietrs a ra a ao aojnod ua l aees trê esaso á do mi to a ,m u t nss fundamentamentesab acecna. velhos s - estia Alás coetv. -ins , nimaisa. aberur deVtrnraeGooi a. especuaão, a oca gaa nta hua ae o tatrfa acaêca c poóiocrneCam a is - a ..... ........ a agor po a , levanada sorvvêca - r raçã, beeiiaã do co já oa entr mo- e novos- loai cuad i lt acrima ecine aocnrms am lo fora é...... siuaã ua , porém çã s ta ü a.................... smdvavr u deua- ia é , nas.............. age. agoa . onced a' toda décamo o . a aaa u ' oaa au prbea ago qu o entrevia e assistenciais................ ia em r ê a a e i i ei ofcai atnçe asfote toa lo e lo g ã - atidiiho cm pat dea de t ef io as ea a ara inoma. eeqef situaçãoa m , a o . Fera ' a sem roeo Reeind Beo a * C , corne 'a o utoldo Po anu i viv aon aos anid nca co afcaa. oaiaz i- , a itoda em Joã a bargmTiod ieo lnas. a ado do dit aom o a m edia s a nt Ferira sea ü ditio a e aia ai erguea asd a a sec e de e.. pel da poulçã part Su do ára vata b- n agd aenta m a a aí resiad se loca -edaon a ou indirec am drc do g aeabnt de traa anomlet aevio de Ve e in ao aia . te c na ci a de ts q e atr vé ase .stá . . ai Sa eepiaogvr ae eosr ada que a prfud Sul do. a no prpi aoate noia da do , assld .iem em itndad taa . . Mahç,MabSbéeMgd de agen m et aeqaroao de aneioe ist mesmo. qu É a a afae-esnico hámmraet reie ,MOPága pnad se ri ditrt a aipp aixo cehsd o amaio o to, t pica na afctd iment -pr ques qu sead miseeaergrs a Ferrei-a, a s esem aintetiandoa a aoeronopoediard'a qu 5 - s iog a s ise ta a a -- ao -aóxim , esi mee a de. esíio qu E, a. eal aepis ae •IL~ NJ~T pc U•RL\•JI desolação: denominador comum das principais regiões agricolas do sul Com as suas ruas ensolaradas e quentes mergulhadas num céu que é azul e sem nuvens até perder de vista, a cidade de João Belo sente em toda a sua dimensão o imenso drama colectivo que avassala as principais regiões agrícolas do Sul de Mo çambique. Conversa número um nas casas, cafés, esplanadas, restaurantes, recintos de diversão e, mesmo, no Clube, a seca não deixa ninguém indiferente e, poderá di zer-se, toda a população segue, dia após dia desesperadamente, uma situação que PMINA ! 2* PÁGINA 38 pela primeira vez pode ser previsível em Março. Por outro lado, grupos de trabalha dores rurais afluindo às suas ruas e subúr bios reforçam ainda mais esta consciencia lização do problema que Lourenço Marques, situada a mais de 200 quilómetros para o sul, não vive nem sente da mesma maneira. Mas Lourenço Marques é excepção: na Ma nhiça, Macia, Xinavane, Trigo de Morais, Caniçado, Magude, Chibuto ou Inhambane, nas aldeias do Colonato ou nas povoações do interior, por toda a parte onde a Repor- tagem chegou, a.estiagem também está presente nas discussões e nos gestos dos homens que a medem em termos de ma nadas de gado que procuram água e pas tos, de sementeiras que estiolaram sem as chuvas, de longas estradas e caminhos poeirentos, nos novos significados que assume a palavra sobrevivência. As últimas chuvas já caíram há muito tempo mas a data exacta em que elas se verificaram (Novembro do ano passado em João Belo, há mais de três anos em MaTEMPO gude. por exemplo) está tão presente em nas terras aradas que plenas de esperança o solo se tor todas as recordações quanto a imagem aguardam chuvas mas onde actual de imensos regiões totalmente calci nou tão duro que parece cimento, nas vas nadas pela estiagem que gradualmente fez tas zonas secas e poeirentas até perder de secar os cursos de água mais importantes, vista onde o verde escuro das plantas xeré- as lagoas, e outros reservatórios naturais. 0 próprio rio Limpopo. cujas águas salga das e estéreis devido ás marés penetran tes do indico, onde desagua, banham Joo Belo antes de se estenderem até i pente de Sicacate, no Chibuto, encontra-se total. mente seco para montante. Eaté mesmo na barragem Trigo de Morais -hoje assu mindo o valor do mais absurdo símbolo da rigorosa seca que assola Gaza - o seu leito está transformado num profundo vale de estranhos e quase belos paralelepípedos de matope fendido e empedernido pelo Sol, que se estendem de margem a margem, e onde os homens cavam ainda, normalmente em vão, procurando as últimas gotas de água. Omesmo se pode dizer do Incomáti, agora uma imensa e coleante mancha branca de areia seca nas proximidades de Magude. dos canais de irrigação, de quase todos os cursos de água maiores ou me nores, das lagoas e dos açudes. Por toda a parte, portanto, a desolaão, Desolaçião Patente nas machambas epropriedades agrí colas que ladeiam as estradas e os cami nhOs, nos campos que já foram promissores, PÁGINA 39 filas, por vezes floridas, parece zombar das dificuldades dos homens. « pior seca de sempre» -ouve-se dizer a toda a gente por toda a parte- «Nunca, nem mesmo nesse ano de pesadelo que foi 1941 as chu. vas tardaram tanto como agora. Que será de nós se tudo assim continuar?...» e a res posta, que tarda, que cada hora quèpassa torna mais e mais urgente, que continua a fazer crispar rostos impotentes, essa res posta é procurada no azul sempre azul de um céu quase sem nuvens que tudo envolve em silêncio, calor e desespero. sobreviver Entretanto, enquanto não se concretizam os anseios dos homens qie pedem chuvas, a palavra de ordem é sobreviver. E assim, o espectro da seca não é já, apenas, a falta de água. É,também, a abnegação com que muitos agricultores e criadores de gado, principalmente os mais evoluídos, ýe agarram às suas terras tentando salvar por todos os meios o que ainda é possível sal var. É a busca incessante de pastos e água por manadas que ao longo de longas via gens deixam atrás de si os animais mais Velhos e as crias incapazes de suportar por mais tempo as infindáveis estradas e picadas do mato. É,ainda, a falta de milho abudante, a especulação, as preces nas ca pelas e igrejas, as povoações abandonadas e vazias, os tormentos sofridos pelos ani mais bravios que assolam os povoados, as aves voando baixo, a sofreguidão com que se procuram as últimas gotas de água. No entanto, num plano paralelo a tudo isto a esperança em melhres dias ainda não abandonou totalmente os homens, as mulheres e as crianças. «Fico. Tenho de sal var o que me resta ...» ou «É a única so lução. Que mais havia eu de fazer se não lutar pelo que é meu? ...», são frases que surgem no meio das conversas, pronuncia das em voz quase cinzenta e monocórdica, despida de toda a paixão ou desespero. Pa lavras que assumem uma nova dimensão, que ficam.flutuando à altura dos ouvidos e no silêncio das planícies como estranhas flores que não morrem com a seca. contra piente a uma implacável guerra facto de no reside ,p;eculaçãode água ter verificado como sendo dos furos número ,,lg8da grande outro lado, em mui ,fúctuados* Por assolada ao da regiãot5zonas ngo de anos seguintes por secas mais os lençóis de ou mnenos rigorosas dimi égua subterrânea estão também di particularmente torna nuídos o que doce nas água de aparecimento o ficil ten perfurações efectuadas. É aliás possibili as mínimo tando reduzir ao Servi dades de trabalho inútil que os já estão Minas ços de Geologia e utilizando os mais modernos processos suas de prospecção em algumas das brigadas. Por outro lado, os mercados da capital e sul-africanos estão esgo tados de material de prospecção e de grupos moto-bombas o que, igualmente, contraria em muitos casos os planos de auxilio esquematizados. Para além de tudo isto, e caso se vierem a verificar imprescindíveis, o Governo está pronto a tomar medidas de outra ordem como, por exemplo, a deslocação de popula ções a que não seja possível ajudar por outros processos e que se venham a encontrar em situações desespera das - medidas estas que ainda não foi necessário utilizar. O futuro, porém, escreve-se nos fó lios azulados dos empreendimentos já a barragem de anunciados -como e nas páginas dos «dos Mãssingirsiers, de estudos que estão a ser pre parados sobre toda a região. Debru çando-se fundamentalmente sobre a possibilidade de se vir a regular em todas as circunstâncias as águas dos principais rios do Sul, do Limpopo, nomeadamente, esses estudos encon- JEI yff tram-se em curso e. segundo informa ções não oficiais, frisam a necessidade de se vir a construir um sistema de irri gação complementar às barragens de Trigo de Morais e Massingir (incluindo a construção de uma pequena barra gem a 18 quilómetros da foz do rio que regulará a entrada da água salina do Indico até Sicacate, no Chibuto). Os seus resultados, sejam quais forem, constituirão portanto, a melhor resposta a uma situação que ao longo dos anos, se tem vindo a repetir com prejuízos in calculáveis e que um dia há-de vir a ser totalmente sanada. O Homem domi nará então a Natureza. E as secas im piedosas, como esta que hoje se faz sentir sobre as potencialmente mais ricas regiões agrícolas do Sul de Mo çambique, serão apenas recordações: más recordações, sem dúvida de um passado definitivamente ultrapassado. ... índices de progresso de um povo e de um país! COMPANHIA DE CIMENTOS DE MOÇAMBIQUE, S.A.R.L Escritórios Av. Fernão de Magalhães Instalações Fabris - MATOLA DONDO NACALA Ii PAGINA42 como terapêutica música popular das doenças car diovasculares tem sido objecto de uma expe ria bem sucedida no suint-Joseph Hospital, em Nova lorque, onde a taxa de mortalidade, eatre os doentes hospitaizados, dos com de 18 para 8 por cento A de que se dá curso ao novo m6todo. A música si fénic por exigir demasiada aten~ mio é tna~d no tratamento que consiste na tranmisso ininterrupta, pua todas as enfermaras, grava de melo~d ONTAM-SE por 400 os «miii-mane quins» (crianças entre os seis me ses e os 16 anos) que tra ham actualmente em Paris para as agndas de publicidade, mas a ua ores ceate uUizaçio tem levado peieólogos e professores a nç o alrme sobre os pe a for rigos que amea ~ai das crianças, ao sub metlas tão cedo ao regime de trabalho dos adultos e ao nenvá-lu (e habtuo -lus) à artificialidade de ge so s e atudes Para as e&ma fotog~ái Mltas em e de te~ ~es, alhei~ a este aviso, isputam a entrada de senu filhos nos estídios das agiacas de publicidade, vi sudo o sucesso e o alto Pagamento por cada hora l trabalho: 80 francos: (4900). E Mfins de 1971 prin cipios de 1972, de verá concretizar-se o voo «Apol-16» que laclul um paseio na su Perfieie lunar, num veiculo terminará em 1974, depois de ter custado ao tesouro norte-americano 24 milhões de dólares (720 milhões de contos)i A de conserva tana Indústria metropoli conheceu, em 1969, o ano mais critico desde 1954, ao enlatar 49 mil toneladas de peixe, pro duçio insuficiente para ocupar os 17 mil operários normalmente empregues pela Indústria conserveira. de alt~a Os encontros da ponte situar-se-lo na ro tunda Ferreira do Anmral, em Macau, e na Taipa Pe quena, na ilha da Taipa Na sua extensão total, IluIndo os aterros de acesso, a obra, que obedece a um projecto do Prof. Edgar Cardoso, medirá 840 metros. Á R maior das setenta centms de dessali ALPH NADER, jo Conselho de Minis tros aprovou um di ploma que, a fim de acorrer às necessi dades mais prementes de salas de aula, permite a vem e famoso advo gado nortesnmri cano tornado conhe pelo mundo para aproveitamento da água do cido em todo o mundo pela mar situa-se no Kuweit, luta que tem travado a fa onde são neessários quatro vor do consumidor, acaba litros de água salgada para de obter da General Motors destilar um de água doce, uma bidemna de 425 Importando o metro cúbico mil dólares (cerca de 18 mil em 120$00. Está em estudo contos), após uma batalha um sistema de dessaflniz jdial que durou quatro -fabricados em cortas áreas da Metrópole onde mão é imediata viável a ostu de edificlos escolares defi nitvs. Freezlng Vapor Compres sion» que permitirá uma produção a preço mais baixo. S 1> montagem de pavilhões pr EGUNDO os especia listas japoneses em demografia, a ci dade de Tóquio terá dentro de 15 anos cerca de 80 milhões de habitantos. Os mesmos técnicos pre vêem que as cidades de Tó quio e Osaka se ligarão através de uma faixa Indus trial de 480 quilómetros de comprimento constituindo já aquilo que os japon chamam a ade idde Tokad» e que alberg 80 milhões de habitantes. A fecudaioatiica deu origem, até ao momento presente, a 250 mil crinças, mau grado o processo ter sido condenado por Pio Xll, pelo bispo protestante ale mo Dibelius e por diversos cientistas de renome. Um do tpo «rtam-t oo qu», tão grande número de <fi ~ este o penúltimo voo lhos» da inseminação artifi do programa «Apolo» que cial está a suscitar diversos LE4UP0PAGINA problemas de ordem paico lógica, moral e jurídica, pre parando-se a República Fe deral Alema para publicar especial sobre o leçi assunto, dentro do princípio de «que o desejo de ter um filho, seja qual for o modo de o conseguir pertence à esfera dos pala». na~ o espalhadas io denominado eVaeuum primeira vez na história da Afica do Sul uma jovem on no branca correr ao título de «Mia Mundo». Embora já tenha sido eso~lhida uma candi data brana «mis» Wiliam Jessup, de Port Elizabeth, os organizadores do con cue «Mias Afica do Sul», realizado em Durban, no principio deste mês, resol veram fazer deslocar a Lon dres, em Novembro pró ximo, a vencedora da com petiio, a que estiveram presentes cr de duas de zenas de jovens mio bran cas da Africa do SuL A ponte Macau-T que fcará conclulda em fins de 1973 custará cerca de 71 mil contos. Terá 1281 me tros de comprimento (no espaço), 78 metros de lar gura e entre 27 e 80 metros anos. Depois de Nader ter publicado um livro Intitu lado dInseguro a Qulquer Velocidade» em que denun ciava os defeitos de fabrico do modelo «Corvair» da Ge neral Motors, esta empra, a reti que se viu o rar o veículo do mercado, contratou detectives para pesquisar a vida ýpat~ do advogado, a fim de des cobrir qualquer escindalo a ca susceptivel de o o Mas lph Nader, l cuja vida é de um asetismo Irrepreensivel, p8s a nu as manobras da Generl Mo tors forgando o seu presi dente, James oe, a apre sentar públicamente descul pas, depois de admitir ter havido «uma certa Interfe rOnda, na vida do advo gado. Este não se satisfez com o pedido de desclps e exigiu uma de dois mlhies de dólares (00 mil contos). A demanda foi agora resolvida mediante um acordo entre as duas partes, terminando assim um litigio que durante qua tro anos apaixonou a opi nilo pública norte-amerl cana. 43 PÁGINA 43 ÀI MISTERIOSA DROGA CHINESi Q do os três tripulantes chineses do «Oriental Rio», que tocou mais uma vez o porto de Loureno Marques, desceram as escadas do portaló em fato de passeio tal vez nem sequer fossem decididos a longas demoras. Mas o diabo tece-as e as coisas complicaram-se à segunda rodada de «chanpagne>, mal começada ainda a noite e mal treinado ainda o pé para a dança, num ,cabaret» da Rua Major Araújo Duas das três companheiras de folia de Tsay Lee Gen e Chen Kuang Hsimg, do Chan gai, e de Yuan Boa An, da Formosa, inesperada e simul tâneamente indispostas, foram transportadas, incons cientes, à sala de.reanimação do Hospital Central Miguel Bombarda. hipôtese da utza~çío de estranha ý chinesa circulou cer na boca de quantos tom conhecimento directo do sucedido. Elisabeth e Gaby, duas irrequietas moças do «1 Duarte Show», acordaram sem saber como nem pc rodeadas de cuidados de médicos e enfermeiros. acreditam em coincidências, como por função a Pi também não pode acreditar. E, como não acredit três amigos foram detidos para averigua~õés e o «C tal Rio» fez-se ao largo, a caminho dos portos da rica do Sul, com a guarnição desfalcada. sjanmarítimos chineses Tsay. e Chen (à esquerda) etidos pela Polícia at6 explicar o caso das a|larinas Elisabeth a aby (à direita), sua sentada COMPRIMIDO MISTERIOSO Várias horas de inconsciência sepa raram as duas bailarinas metropolita nas da realidade. Elisa, tal como a amiga, esteve internada na sala de rea nimação do Hospital e, segundo nos diz, muito mal: iEstive a receber soro». Acessos de riso, de choro e de fúria acometeram uma e outra após terem recuperado os sentidos. Entretanto, de tiidos pela Policia. os marítimos Tsay, Yuan e Chen alegam desconhecer a causa do que se passou. Nem se lem- Chen, de calça lltrad. bram de ter visto o comprimido. O frasco com o líquido semelhante a awhisky» foi apreendido e enviado para análise para o LaboratóriO da Polícia Judiciária de Lisboa. Onde estará a droga? Ou então: como foram as duas bailarinas, após a segunda -rodada de «champagne., parar à sala de reani mação do Hospital Miguel Bombarda? Demais, ainda faltará esclarecer que estranha indisposição obrigou o guarda da P. S. P.; de serviço no local e o pri meiro agente a intervir na questão, Graciano Lourenço, a passar pelo banco do mesmo Hospital, com cão-pollcia e tudo. aparece sespre à frente do grupo e foi apontao como o maIs Na manhã seguinte ao sucedido as duas vitimas da mistela tiveram alta do Hospital. Ou era da droga ou Gaby sentiu-se seguida. Ela explica: aMeio tonta ainda, dirigi-me à Esquadra e dai à pensão por causa das malas. Da sala do restaurante tive a impressão de ter sido seguida por um individuo chins, que chegou a entrar na pensão. Não tinha o ar daquele sujeito que pretende conquistar uma mulher ... w Ai está o pormenor que faltava para completar o enredo que a Policia Ju diciária agora terá de deslindar. ielto dos trk tIlpiall do eOrlenfal Rlio* PAGINA 45 MISTERIOSA DROGA CHINESi ONDE SE FALA W MWHISKY, ... A mesa do acabaret. a conversa. entrecortada de risadas, corria sob o signo da boa disposição. Tsay, Yuan e Chen, com gestos exuberantes, pro curavam entender-se da melhor ma neira com Gaby, Elisabeth e Rosemary. Mandarim, inglis, espanhol e portu gués, numa mistura pitoresca, supriam as insuficlncias da mímica ou com pletavam-na. Um frasco de boca larga surgiu na mesa. Um dos tripulantes do *Orien tal Rio» fez a exibição e despertou a curiosidade das mulheres. O liquido que continha era em tudo semelhante ao ,whisky,. Gaby, diminutivo de Ma ria Gabriela Forreira de Oliveira, natu rol de Lisboa. quis ver o que era a o outro Incitou: ,Good, gooda. Ms a bailarina mexeu a só mexeu. Par* ver o que era. Ainda que o tivesse visto verter parte do liquido no copo dele. E cheirou. Maria Gabriela procura reconstituir os últimos momentos da cana o em fesse-se-nos ainda atordoada, indis posta - ano sei o que tenho, mas sinto-me canada; ainda nio estou boa». Encontra o fio à meada e afirma-nos: «De repente, eu estava distraída a fa lar nio sei com quem, vejo o chinh de calças às riscas a deitar uma por. çlo do liquido na minha taça. Pro curei impedir o gesto e o meu vestido ainda foi atingide. Claro que no I* a mist[e a derramei tudo no balde gelo. A partir desse moní~t, a bailarli -ane sai explicar o que sentti viu-e desfalecer. Ela conta come fi oAad~ i a mesa e sal pele cor dor. Sentia-m tremendamente Oal lego um sem número da peosou veio amparar. Depois, depois não a fluir -qw wrlasse ........... Estava-es na segunda rodada 4 achampeone, o a festa ficou de súbi estro#ada, sobretudo quando se not que Elisa §rito Lepas, natural de Md tola, outra figura do ,Donls Duar Show., era a segunda pessoa da meu a sentlr " Ude roda. Também sem p4 caber como nem porqul. Ellsabeth lembra-e de ter dançm e tem a Impresão que a mesa e se entara o grupo nunca havia ficam completamente desocupada. Ouviu f lar em .whisky. chinh e também r taça dela certa does fel vrida. M viu o derramou o conteúdo, tal coni o havia fo Gaby. O marítimo das calças de riscas, que porece o mais Irrequieto de M trpulaíntes que perderam o eOrlie RI.. tem no depoimento de ...n. vitima um papel preponderante. E mostru-m um comprimido do tem to dauls que ormalmo e ce pram na farm hias, efervescentei pera a má dispoIçã estomacal. Te vez um poc maior. Ofereceu pora ou masticar. Recuei ms, pu curioidade, leve os dedos à boca tomei o paladar da psth. . R de-me de ter dito em voa alta: é ~i chei, porqe era doe.. Cem uma nianca iptentý ou, enanto cemsva 4 uma s t ..... má dIspoão, tn a ~ade da m. ',Quela me o em o mc ~ e,4stand ou aul1i um dos ut c e fez-mo um si que m pereceu er de sil, dade l . Tive um a coe ~ me aco~ aram -a à entrada d ase de ba . Soi que Por ~a gundos sofri de esvanhs sen ALLEY OOP SURGIU QUANDO H1AMLIN COMEÇOU A INTERESSAR-SE PELA PRÉ-HISTÓRIA ..... eAlley Oop tem mais de 1,80 metros de altura e pesa para cima de 100 quilos, mas ele não 6 mais do que eu próprio», diz o artista seu criador, V. T. Hamlin, que é pequeno e pesa menos de 70 quilos. «Na verdade, esse tipo e eu somos uma e mesma pessoa, e tão sei quando deixo do ser eu. para começar a ser ele. Creio quê ele representa a admiração de um «peguenote» por um «grandalhão» ...» Hamlin nasceu em 1900,em Perry. Iowa. Aos 17 anos, estava em França, comba tendo na 1 Guerra Mundial. Enquanto con valescia de um ataque de gás. no hospi tal, entretinha-se a ilustrar^as suas cartas e as dos seus companheiros. Um jorna ista que se encontrava numa cama a seu lado sugeriu-lhb que tentasse a caricatura. Aos poucos e 'poucos, de sucesso em su cesso, chegou a Alley Oop. Em 1919, regressou à sua escola secun dária em Perry o tirou um curso de jor nalismo na Universidade de Missouri. Tra- balhou como repórter em 'vários jornais de Dos Moines, e mais tarde como cari caturista num jornal de Fort W~orth,Taxas. Em 1927 (dois anos antes do apareci mento de Alley Oop) Hamlin dedicou-se a pintar cartazes e mapas para várias com panhias de petróleo. Quando fazia esse trabalho, conheceu um geólogo que era estudante da Pré-História. Hamlln deixou-se fascinar por essa ciência, e começou a ler tudo sobre Pr6-História que encontrava nas bibliotecas públicas. Da Geologia Pas sou à Paleontologia e, maiu tarde, His tória, em geral. Foi a insistênclas de sua mulher que tentou uma história em quadradinhos, ins pirada nos seus conhecimentos, e assim surgiu Alley Oop e a Mooléndia. Logo de inicio, Alley Oop ganhou o favor do pá blico, e hoje as suas incríveis aventuras são publicadas em centenas de jornais diários e dominicais. Quando, com a suaMáquina do Tempo, QUEM IE Q 4 SAO AL.EY OOP E OSSEUS PRI-INSTÓICOS AMIGOS DA OOLADIA -00LA, FOOZY, REI CRUZ e DL WOHMUIG? Oop e os seus amigos viajam através da história numa incríve| Maquina lo Tempo, Ouiando nao estao na pré-histórica Moolandia, podem estar a cor -er aventuras alguresno Passado, Presente ou Futuro, com muita acção, K: AAtJIIHOM 1 IAJÕNI OoP 8 ,~uj Hamlindosfeztempos saltar opré.históricos seu famoso caverní para o cola século 20. editores e leitores tiveram um choque. Jamais tinha havido uma tão drástica mudança nas histórias de qua dradinhos e, apesar de Alley Oop haver ganho enorme popularidade durante os seis anos em que o seu criador o man teve em ambientes pré-históricos, tornou-se ainda mais popular quando surgiu nos tempos modernos. As surpresas haviam apenas começado a aparecer. O conheci mento que Hamfin tinha da História, e a sua invenção da Máquina do Tempo abri ram a Qop ilimitadas possibilidades de vaguear através do Passado. Presente e Futuro. Alley Oop encontrou-se com o Rei Artur e Cleóptra, foi ecowboys ame ricano, e esteve já na Lua. Onde irá agora? Esta pergunta só pode ser respon dida por Hamlin que, através de Alley Oop. passará a estar presente todas as semanas nas páginas de «TEMPOn. -7 4 v k IX 1 AREOSA PENA o. EXEMPLO VEM DO Os quatro Sindicatos Na cionais da Zambézia toma rm a peito «conscienciali zar» os seus três milhares e meio de sócios sobre os <direitos e obrigações», se gundo afirmaram no comu nicado, em que se verifica ter principiado a campanha por fazer distribuir, pelos seus associados, uma cir cular contendo algumas nor mas e instruções sobre le gislação do trabalho». Pelo que tem de natural e de acessório da missão de qualquer órgão corporativo não mereceria esta inicia tiva nenhuma referência en carecedora, se não se desse o caso da mesma revelar uma preocupação desusada (entre nós) por parte das direcções sindicais em rela ãoàs massas associativas e de nos suscitar imediata mente as perguntas seguin tes: <Que fizeram de idên ticO Os restantes 29 sindi StOs de Moçambique em atenção aos trinta e cinco Inil trabalhadores seus só CiOS? Como têm demons trado o seu interesse pelas Inassas associativas?» As respostas evidentes trduzem um desinteresse as direc recproco -nem Ç5es dos sindicatos porfiam em aProximarse dos pro- NORTE blemas dos sócios nem es tas vezes a antipatia (irra cional sem dúvida, mas an tes se entusiasmam a apre tipatia) votada ao sindi sentá-los aos dirigentes cato. conquanto caiba às direc Prefere então o trabalha ções a tarefa de dar o pri meiro passo no sentido de dor apresentar as suas questões com a entidade pa estreitar as relações base tronal à consideração do -cúpula. Estas relações da vida Instituto do Trabalho, espe sindical têm-se restringido, rançado numa mais rápida durante longas décadas, a e eficaz defesa dos seus in teresses. tarefas pouco mais palpá Quer isto dizer que os tra veis do que a cobrança coer civa da quotização, o que balhadores preterem o ór instaurou um processo de gão de que fazem parte, que alienação de toda a massa os representa e que tem por missão defendê-los, para en associativa. Agrava ainda a situação tregar a salvaguarda dos as queixas insistentes dos seus interesses a um ser viço estatal que, apesar da trabalhadores ao referirem -se à conduta sobranceira melhor boa vontade, não tomada pelos empregados pode estar a par de todos dos sindicatos quando lhes os meandros e anseios ine rentes a cada profissão. solicitam algum esclareci Se tal acontece, deve-se mento ou ajuda. Tal atitude não só ao facto de grande dos funcionários das secre tarias - denunciadora do massa dos trabalhadores desconhecimento de facto ignorar que o sindicato tão simples como é o de existe para outra coisa mais constituir cada sócio não só importante que a cobrança um «patrão» mas também das quotas, mas também porque se generalizou um um dirigente em poten ao alargar o fosso profundo cepticismo, justa cial mente fundamentado, na já existente entre o traba lentidão e inoperância da lhador e o seu sindicato, de sencorajando-o de procurar máquina burocrática sindi cal, quando chamada a lu a solução dos seus proble tar pelos direitos do tra mas portas adentro do or ganismo criado para os balhador, desprezados por conhecer e determina mui- qualquer patrão. Parece ser tempo dos di rigentes sindicais reverem a sua actuação e concluir que não chega reunir-se se manalmente, assinar o expe diente organizado pelo chefe da secretaria e debruçar-se, de longe em longe, sobre os problemas da classe que os elegeu. Consciencializar os sócios através de comunicados fre quentes, divulgar em lin guagem acessível as leis que defendem o trabalhador, criar neste a noção de que não é mais um indivíduo fraco e indefeso à mercê de patrões sem escrúpulos e chamá-lo por todos os meios a comparticipar na vida sin dical parecem ser de mo mento as tarefas mais ur gentes a que os sindicatos de Lourenço Marques e do resto de Moçambique devem deitar a mão, seguindo (e ultrapassando) o exemplo dos Sindicatos da Zambézia. É que quanto mais cons ciente se sentir cada traba lhador da importância do seu sindicato e da necessi dade de activamente parti cipar na sua gestão tanto mais audível será a voz do sindicato e mais equilibrado o diálogo entre as associa ções de operários e de pa trões. PAGINA 49 IZ Na Espanha PREVISTA REMODELAÇÃO MINISTERIAL COINCIDE COM O DECLÍNIO DA «OPUS DEI» O general Francisco Franco deverá anunciar muito em breve ao povo de Espanha uma nova remodelação no seu, gabinete de ministros - um gabinete des crito como sendo hoje composto por uma maioria de jovens tecnocratas filiados ou simpatizantes da controversa «Opus Dei» (a «Obra de Deus»), sociedade de fiéis católicos que se pode incluir entre as mais poderosas e influentes sociedades políticas e financeiras do mundo. Prevendo essa remodelação, que é considerada como ponto assente em todas as últimas notí cias chegadas à redacção do «Tempo» so bre aquele país, os observadores e comen taristas políticos melhor informados acres centam que ela visa principalmente a constituição de um ministério «mais equi librado». Isto significa, em suma, que nele virão a tomar lugar mais preponderante os homens da Falange, inimigos tradicio nais da «Opus» que consideram como principal factor de mudança numa Espa nha que eles querem manter tradiciona lista, conservadora e de costas voltadas para a Europa além-Pirinéus. Significará, também, um decréscimo de influência da ainda todo-poderosa «Opus Dei»? IÉ possível que sim. Falangista de alma e coração, o generalíssimo Franco mostra-se agora descontente com a actua ção liberalizante de vários dos seus mi nistros, agora, é bem de ver, que as mais imediatas crises do país - insatisfação estudantil e operária manifestando-se vio lentamenteparecem ultrapassadas e momentâneamente relegadas para segundo plano. Por outro lado, e com o pano de fundo constituído pelo escândalo Matesa pendendo sobre toda a conjectura, o au mento constante de salários e custo de vida acompanhado de perto o crescimento em flecha do «déficit» da balança comer cial, constituem os melhores argumentos contra a actual preponderância da «Opus Dei» no Governo. Argumentos aliás utili zados, pelos referidos comentadores e ar ticulistas políticos, para explicar as re centes nomeações de Luís Coronel de Palma (conhecido detractor da «Opus Dei») para o cargo de governador do Banco de Espanha anteriormente ocupado pelo ex-ministro das Finanças, Mariano Navarro Rubio, da «Opus», e a do gene ral Manuel Diez-Alegria Gutiérrez, um soldado de carreira profundamente en volvido na política e sem ligações conhe cidas com a «Obra», para o cargo de chefe de Gabinete, deixado 'vago com a morte do general Mufloz Grande. Estas nomeações, frisam ainda a propósito os comentadores políticos, são os indicios mais evidentes dn que a esperada remo delação ministerial do generalíssimo Franco visará efectivamente a constitui ção de um gabinete «equilibrado» o que para ocupação do cargo de primeiro-mi nistro da Espanha, a nomear num futuro mais ou menos próximo pelo generalís simo, reflectem ainda essa viabilidade. Assim, e além do almirante Luís Carrero Bianco, que ocupa actualmente o cargo de vice -primeiro- ministro, diz-se que Franco está considerando como nomea ções prováveis para aquele cargo o ex -ministro das Obras Públicas (e declara damente anti-«Opus Dei») Federico Silva Mufiloz e um «general», possivelmente o general Diez Alegria. É aliás este último quem parece reunir as maiores probabili dades de escolha. Com efeito, e enquanto o almirante Carrero Blanco, um homem sem grandes ambições políticas,é contro lado de perto pela «Opus Dei» e o ex -ministro Silva Mufiloz ocupa hoje um importante cargo directivo na companhia petrolífera estatal Campsa, o general Diez Alegria é extremamente popular entre as novas gerações de militares espanhóis, tem-se mantido disponível, desperta uma certa simpatia junto de alguns sindicatos mais ou menos controlados pelo Governo e sempre demonstrou uma grande ambi ção política. Sendo assim, e ultrapassada positivamente a fase de negociações entre a Espanha e o Mercado Comum Europeu - durante a qual a nomeação de um mi litar para um cargo-chave no Governo poderia ser um sério passo em falso a indigitação do general Diez Alegria para primeiro-ministro parece ser efec tivamente muito viável - com todos os reflexos que isso possa vir a ter na Pe nínsula. Por outro lado, e em linha com a acusação há tempos pronunciada no Su premo Tribunal, que julgou o «caso Ma tesa», contra a actuação de dois ex-mi nistros do actual gabinete (Juan José Espinosa-San Martin, Finanças, e Faus tino Garcia Moncó, Comércio) que foram pronunciados por «controlo negligente dos gastos públicos», é provável que o então ministro da Indústria e actual ministro dos Negócios Estrangeiros, Gregório Lo pez Bravo, possa vir a ser alvo do des contentamento de Franco. No entanto, o jovem tecnocrata Lopez Bravo tem vindo a adquirir uma grande popularidade últi mamente, não só na Espanha como em toda a Europa, cujas revistas sensaciona listas o descrevem com os termos, desta que e adjectivos que'normalmente dedi cam apenas aos Kennedy. Isto torna sem dúvida difícil a sua demissão por parte do genelarissimo Franco que, é frisado a propósito, a deixará à responsabilidade do seu futuro primeiro-ministro que po derá inclu-lIa numa remodelação geral do seu gabinete. E A «OPUS DEI»? No H~ A nNGLATERRA CONSlERVADOA VENDA DE ARMAS A AFRICA Dl EA Cmm rn M NO OS A subida ao Poder dos coservador.e w tenha e a África do Sul. Desde o inicio da s o 4u haviam dado isto a perceber. «Se formos ok~ Sundo um relmtie recentemente pu blicado em fu~as, informa a agéncia tmes americanos rrance Proa, s v nos paises do Mercado Comum atingiram (fI0 milhões de llM S4-d4i,~ sI0 í0. contos) Co lis ua foraul - co reltóio r edP mi da C . E.ands i ~i ageor p na Europa e duan o pertodo de 1N385 - m -6 lavistiusc arie Mecd Comum forea d ees iniaos nos poMe do ~r v~ze supe twaace.s . w 1. am 08 Actsc~ a~ o rMtt<rio: «Uma com p~ai com a General M~tra não expor tou doa Eados Unkdos um único dólar para iavestimentos no estrangeiro, durante 05 úlimas vinte ans. Aquela firma fez notar que as campa~i5 anmericanas, umna vos alcançado ume determiniado crescimento deixavam de ter neceasi no dado de receber fu~ da América. Entretanto 40 por cento do financia. e americanas foi obtido mente das ope de fundos realzds no estrangeiro acres . centa o do doent 0 ~iaetam~~ egopou ce, i EA O. N. U. E SIMON Afica do SUl UNIFORMIZAÇAO DAS PAhSAS DU Conclui o selatõrio dizendo que é ine givel que os Investimentos americanos ori "ianfU progresso, nio sendo no entanto os desse beneficiários principais os europeus diversos o deostaa «Cm ~eo "»a "3 mall com os países de Indústrias nado ), a poiUtica dessas companhias donondemte .- ~ éiafí m m.Ai" d- «reoeneçremos o Gveno de Heath t Seja qual for a comunicação que for feita ao Pa le, militam a favor e quem tomou Já uma posição definitiva sobre as ra~ do levantamento do embargo de armas lm ~p e m »« ~ Governo trabalhista, sgundo recomendaçio das Naes Unida. o a a afirem qws iu~i *Não pode haver uma lei para os « irmá-o ede 0*~ > t lhes agradar, e outra para um país (G U a mais e foi públicamente, muito fez pela defesa dos diritos doa povgoeàIldade aOi~ "r» Alec Douglas *a~ favor da descolonização do que qualquer o~ -Home, o novo chefe do For+iga Offim. inequivocamente à «Sir» Alec não podia ter sido mais eiq>14~atle reter navais s éticas da ameaça, levantada pelo fortalecimento e Intes¥~ que Moscovo em águas que lhs não eram familiares,~ lhe parecer. Porque wb de tdm os tipos arroga em fornecer nrã que lie pedem serviria deverá a Inglaterra impor-se rrições quasdo o ma~ aind mais importante d Baus para proteger a rota marítima, de 0*. agora para as potêncis ocidentais devido o .eeram~ docl~ do Sues? Alce Dmig1as-Home. De ~ Chegámos assim ao âmago do problema, rec~ a Gr&]RBn& te o dirent. de proteger qualquer forma, disse ele em conui O Egipto e a foi ~ r de 8u ~ as suas vitais comunicações marítima 0 ca o canal do Síria estão cada vez mais sob o wmtr4~ da União Soviéica. a' ÉS de-4 à,Ma~i Suez for reaberto, Adêm será ao ~ As companhias americanas subsidiáia na Europa produziram 95 por cento dos ah eUropea entre a Grá-Bre que os «Toriesa» ,OW e deenvl o cso da inste ap Tinento das opera~ americanas na Eu. lupa, como também permite aos america aos comprarem companhias europeias. Circuito& electrónicos Integrados ali produ íSMoa, 80 por cento des computadores e 29 POr cento da produção automvel, estando a ParticipaçÃo americana a expandir-se vir. todos os aectores da ocono bl~taem urs = ,od~ a elei ana mas a acre ~ ~ a vender armas à África do Suis. Essas gemis a vendas foi já to oss ditar no que informam de Londres, a decid de roseçr mada pelo Governo de Heath. a prepóito, tanto Não se compreenderia, de contrário, as veementoas iatorSs na Câmara dos Lordes como na doe Cemua, <.*oro~ 4aesOP~ têm-se mos a traar-uma batalha perdida. trado tanto mais violentos, quanto demonstrem as ores se e um grupo de cea No último momento, tudo levava er, muimm, N d « a havia igualmente oposto ao l quando inter o un., «~11 a mr p o O primeiro-ministro r mtou-9e em otc a0 a pelado por Harold Wilson, que cf em consultas dizer que o secretário de Estado doa Natava esta queme e ~ oo,da « com os Governos dos paases m ao Parlamento. que em breve seria feita uma pormenorizada ~uw~ não deixar ~parem e a0 . 4 Enquanto se aguarda esta eun~ os ~multar> - o a t~ dúvidas a ningqum - tanto a conserva~d-5 significa o i mde Lown, Governos da Comunidade, diz-a. nos c rcules p desfavorá abandono do plano na eventualidade de a ma~ dai e, m, necessário, veia, mas apenas informar esses Governes da inten~ e 4oh~ 0 qu - refere à natu to pos~ tomar em consideração as opinl&#, taun reza do material militar a entregar. E -o -à ~IN SAINTCLAIR W~A me de Março todas Foi anunciado em Joanesburgo que a partir do p as revistas sul-africanas que se poblicam em Ing14s e em «Afriklans» passarão a uniformizar o tamanho das suas páginas O novo formato dará página de M X M mílimetroe, com uma mancha ~Te-o.). de 295 X 217 milímetros (aproxitndamento as mídas de disse que as agncias de publi Um informador oficioso de uma firma edito cidade haviam solicitado esta uniformiao, confI*mando desta forma os pedidos que desde há vários anos vêm fazendo mes sentido. Esta decisão foi tomada em virtude de os diferentes tamanhos das páginas %m as', originando por vezes levantarem problemas aos anunciants4 ao desperdício de papel. am. amnciantes bem Os vários tamanhos das páginas Um crIado U*1fh.l~ como o aumento dos preços dos anúncios. 0 referido informador oficioso acrescentou eia que é notável o facto de as revistas concorrentes haverem, pela primeira vez, chegado a um acordo, consen- SOCIEDADE DE CONST RUÇõES METÁLI C __ TEC1NMCAS ALTMENTE E~SPECIALIZAI IÇ A DAR-ES-SALAM k OU CAMINHO DE FERRO POR r com OR neias numa zonas de Ã: Tanzamo a ao mar ,s-Salam. melhor a [do relati, através da zonas montanhosas e de pântanos, sem escalas possíveis ao longo decentenas de quilómetros sguios, chegam a perder-se qua renta ca m iões por mês que, aciden tdse inúteis, vão parar ao ferro 'umprimentos hai tuais sobre o sidente Mao, mostram-se realis flexíveis e atentos nunca dei do de levar em conta a posição s ideias do interlocutor ... » ,s conversações de Pequim, de se deslocaram os ministros Finanças da Zâmbia e da Tan ia, resultaram nun financia ito de dez milõs de contos que, termos ,êoga anunciado, po ser pago e .25 anos como um )réstimço sem juros. Um finan nentq que permitirá a concreti do monuental projecto de struçao daquela lina férrea ao ,o dos próxmo Entretanto, uma frota de 450 es miSes desmantela-se através da «rota do Inferno» transportando dez mil toneladas de cobre por mês para Da EsSalam e levando, na volta, petróleo e gasolina até Lu saka. Rodando nas piores condições, cineo anos, a de fins deste ano, segundo ios minuciosamente elaborados equipas técicas chinesas. Não , no entanto, a única saída para iar que a Zâmbia passará a po usar, no futuro, via Tanzânia: ltâneamente à construção deste inho de ferro -que há quatro s atrás o Banco Mundial se ne a a financiar por pouco econó o - os dois países transforma numa moderna auto-estrada as uais vias de comunicação rodo ria, que no conjunto e devido ao ýestado habitual são conhecidas 10 <a rota do Inferno», ligando a Dar Es-Salam. Estenden se paralelamente ao Tanzam no e com a mesma extensão, P0quilómetros, esta estrada será limente asfaltada graças a um ro empréstimo de 720 mil con efectuado pelos Estados Unidos Arnérica. Colaboração sino-ame iia na Ãfrica Oriental? Talvez, es, uma acérrima competição de pelos Russos, e a Volta, financiado dial. Estendendo 1600 qdilómetreiý inóspitas da Zâ*n ele foi considerad em Pequim comer do tratado de fli os dois países e a cio de un aume pensar pelo povo afro-asáticos. U ante os m:inist Zâmbia e da Tan KÇÃO DA EM ft5LA- ro-ministro Cliou ad passar periclitante enres a i uta contra o i americano em África «ai suficiente», «Estamos, 1 terminados a fornecer cada vez maior aos pov( e da.Ãsia» - disse text qeo pe ýenha pressa 0 FIM DE UMA «ÊPOCA IIEIICA» Por outro lado, e em princípios deste mês, os Estados Unidos anun ciaram formalmente terem conce dido unm novo empréstimo de 78 mil contos à Tanzânia visano a recons trução da auto-estrada Lusaka-Dar Es-Salam. Isto aumenta para 720 mil contos o total de empréstimos americanos destinados a esse pro jecto que ficará completo muito an tes do prazo previ-frn para conclu são do Tanzambiano. mirth para a Ko o a - por one e era asgurao todo o abasteci mento da Zâmbia e o escoamento do seu cobre. A niova estrada Lu saka-Dar Es-Salam e, em 1975, o caminho de ferro Tranzambiano li bertarão porém e definitivamente aquele país da asfixia em que hoje se encontra. Torn-lo o, também, mais solidário da vizinha Tanzânia aproximando-o da florescente comu nidade da Ãfrica Oriental que, por enquanto, reúne apenas a Tanzânia, o Quénia e o Uganda. 1 PAGINA 53 TImpoDES ORTI TEMPO de~a *ma -. %4M ma páginas ao Desporto. 9 s que desde Já se sn clam n ma s sobre desporto s sr ~ -«e fo rem determinadas pe pa1 4~ tistas, pelos dirigentes is edecties e pelos adeptos. às , 9usa sempre em fuesíío dmatde O actoe dos representants das ~res elus antes referidas, nus cem a 1~ 4911h~ de ofender A, impor s bs5.~ C. £ certo que dar~ rne iarl4da ao ai Interpretativo 4 ima6n 4 detrimensto do 9~ sM teremos a e o c1 de4Ms . de tornar o Jornaliamo Mo pelo Desporte. &da~is do 0~ páginas um jornallsmo do ~ ~m a. 1. a~ eà nalismo não A mm ' de mw tica, um jornai que ~ espocsie Es o clubismo dos que a~ lees~ dali dadas de preferé~ sM*» is com a preferencia ~el eesMftárla 6~. jamos o leitor da T~ aecs*~Pe nos debates d a das epin~ Por que já basta de o leitor eemum penar que o jornalista, u S, ma ow n aJor nais, é um ser ef•ri t kd~ e omnisciente. O Jornaa é um barne como qualquer er. 54 q« a p~ do momento em que as~ a pref tem sobre si responja*ilida4ês OMPa~eos~ quanto & Verdade, à ustiça o a uma Ética. Assim, haverá em ?T o jornalismo desmProa q- «m *«e novos no er s Pi da 9" e. hw e ~ excluiremos a critica e tanto fa . hm do que estiver bem em» < hI Mal do que estive"r mal. Nado 4 q wserá tudo menos criticar. E 4u~ a 1 a gem for do concllatlvo ao m~ é P que o assunto o peri e pr~e oi nalista desportivo am~ é in *«~ e por isso cultor de um os. Mas A~ les que se sintam atingidas dk~ ou In directamente por erítie*s 15mr~ no TEMPO é-lhes facultado o Im ita rec~o à resposta, 8o dewm e & 4ss. Pa~ que o que aqui #s disser Jamais > ~ o cariz do absoluto o do degma. P~ ? Porque TEMPO 4 feita Por b s ~ por seres omnipte*e. I%~sa da pp lação. E o Desporto age~ do uma pa pulação esclarecida A uma populaçio adulta em relae a prl mados que dinamiam o ~. os prima dos do Desporto. Co.ciala d pera comprar o jornal, l-lo e diatla. Em suma: quando algu~m s sentir vi. sado pode ter a certeza de que nunca estará em causa a sua pames m sim a pública discordá cia com as smo atitudos públicas. O ataque pae to como o Amem de olhos fechados ser ants frm tração do que jornalismo. E TEMPO não tem tempo para dedicar 9eja a quem for uma sé linha como taqu pasea NIo * tem tempo nem confere esam honra a nin guém. k TEMP I I ._ / SIXPOS0 INTERAMINALE APLICADO A EDUCAÇLO IU Moçambique foi durante alguns dias conferencista. Mas esse facto não o centro de comunicações relativas à minui o valor intrínseco dos trabaIN Educação Física e aos desportos. Com Também *cria interessante que a o nome de 1 Simpósio Internacional simpósio de tal natureza e de tal Apticedo à Educação Física um grupo importância teotica e tives ab de levestigadores apresentou conclu dado as muitas implíca~ sócio ses e discutiu proposições sobre a portivas do H~ k~us. com as matéria. versas fases do estádio cultural d populações no Mundo. É que o depe A cidade não teve a mais exacta per cepção da magnitude do acontecimento vale como uma fase de sublimaç o que decorria entre-muros. E se esse movimento, da adaptablidade i fecto significa muito quanto à oportuna dual e da acço colectiva, dis portanto, de suma mportância par ou prematura realização de um simpó sio de tio grande projecção, somos gumas das mais eles realizoçi dos que consideram como muito impor humanas na sociedade, das qu tante este esforço do Conselho Provin. SAODE E ESPIRITO DE EQUIPA * cial de Educação Física de Moçambi. factores óbviamete coísequemei q» no sentido de colocar a disciplina prática desportiva e progresso »o desportiva numa plataforma acima da O 1 SIMPÓSIO RM• NACION4 rotina comum na vida desportiva mo ÂPUCADO A EDUCAAO FISIC, realizando-se em Moçambique, cot çambkana. à Província estatuto de mais um com A apreciação dos vários trabalhos de investigação sobre Desero, o i¥ dos convidados será um contributo real é prestigiante para td nós. A dl mente fundamental para uma reavalia ção do fenómeno entre nós, pondo-o gação das comunicações das ~ em termos de didáctica e rodeando-o personalidades que estiveram pre daqueles delicados pressupostos que tes a esta magna asembleia de eu diosos de desporto porá o Conseli obrigam à evolução das coisas. Provincial de Educação Física e De Se houvesse que criticar ou tornar portos de Moçambique a nível inter reticente este simpósio seria difícil. cional como organismo dedicado ao a Cada intervenção valeu como uma tese. tudo da Educação Física. E quem ni E tal como qualquer tese, nenhuma deixa de estar positivamente compr comunicação deixou de oferecer aspec metido é o prof. Noronha Feio, prl tos discutíveis ou para debater. Talvez dente de vistas largas quanto a algui haja faltado em certos trabalhos o dos problemas que afectam o despor subsídio valioso da exemplificação ao moçambicano, na medida em que o si vivo ou por meio de filmes adequados nome ficará para sempre identlficad aos princípios propugnados por cada com esta bela realização. Tempo DESPORTIVO MINIBASQUETE: LANÇANDO A TERRA A GRANDE SEMENTE e E O SEXO FEMININO? E. F. O. pro No fértil solo moçambicano est lançada a grande semente: o C. P. massa moveu a realização de um torneio de minibásquete inteiramente dedicado à masculina. juvenil Massa cidade. da população juvenil da entralizado menos O beneficio desta iniciativa para um desporto meçambicano deixar de re numa determinada modalidade tem uma importância que não podemos aos 12 gistar com muito aprazimento. O minibásquete entre as camadas juvenis (l. para anos) proporcionará um processo desco.ngestionante eco.gicamente fundamental individuo. do eaducação na esse.ncial a sobrevivência do desporto como atvidade do Ecològicamente fundamental porque nenhuma modalidade deve coOstituir-Se depolvo centros interesse da maioria juvenil como está acontecendo entre populações é urbanos de grande censo e com repercussão em menores centros citadinos como Lourenço Marques (caso do futebol). nou A experiência leva a firmes conclusões sobre a matlria em foco. Tal como distri. tros casos o Homem necessita de providenciar no sentido de uma espécie de Tudo da vida. buição equitativa de valores imprescindíveis para a boa processologia exemplos cons dá nos Natureza a como exactamente princípios, e tem as suas leis tntes, tanto com os seres animais como vegetais. semente da lançar neste esquecimento importante um cometido teria se não Mas Porque pr6-basquetebo quando se tornou o torneio reservado ao sexo masculino? Inicia se teria posto a juventude feminina mais uma vez á margem desta magnífica tive? Por que razão a população feminina é vitima de discriminação desportiva, óbice já que é um facto comprovado pela pedagogia moderna não existir qualquer para uma conjugação ou simultânea acção entre lovens dos dois sexos, formando quadros mistos tanto em escolas como em logos recreativos? Nos chamados jogos lúdicos não se extraem lições extraordinárias contra velhos preconceitos? na igualdade Mais uma vez deparamos com una espécie de travão preconceitual minibêsquete. de direitos e regalias. As raparigas não teriam merecido um torneio de condenadas a porquê? Não necessitam de praticar desporto também? Ou estarão aprendizado fazer desporto numa fase da vida em que pouco beneficiarão de um pas técnico a muitíssimo pouco ganharão fisicamente com uma acidental e mete6rica sagem pelo desporto? não s6 talvez e A organização, certamente, não esqueceu o elemento feminino Esta haja divulgado ainda a realização de um torneio igual para as nossasmeninas. é a nossa convicção. O CONCEITO DELOUVOR E A SUBLIMAÇO DA MOEDA res morais em que o Desporto se su Todos nós sabemos quanto o Mundo blima aos olhos do Homem estão aj>er se encontra completamente subvertido e distorcidos. deturpados subvertidos, pelos valores materialistas. No desporto A Associação Provincial de Futebol começa a tornar-se raro o espírito des consignou a verba correspondente a vá portivo na acepção mais lata do termo, rios milhares de escudos para o efeito isto é: como forma absolutamente divor de prémio. Portanto, é a própria enti ciada de motivações à base das benesses dade que estimula o mercenarismo dos monetárias. jogadores. É o próprio organismo supe Que este fenómeno se registe por via rior que transforma o Desporto numa de várias contingências de carácter es actividade remuneradora. Mil escudos tranho aos valores mais desejáveis do para cada jogador representa o preço Desporto é de lamentar. Mas mais de la de uma glória autêntica? Em que é que mentar será verificar que tal facto su a Associação Provincial de Futebol se cede a partir de quem está imbuido da baseou para estimar o quantitativo de responsabilidade de orientação e coorde 1000$00? Em que tabela foram os senho nação da fenomenologia desportiva numa dirigentes da Associação de Futebol res ou noutra modalidade. o valor da exibição de cada um extrair a Este intróito serve para verberar depois pagar essa quantia? para Provin decisão tomada pela Associação A Associação Pronvincial não aten cial de Futebol ao atribuir a importân às consequências do seu acto apa deu moçam futebolistas cia de 1000$00 aos magnânimo. Quando em coro rentemente equipa a contra alinharam bicanos que berramos pelo nosso amadorismo ao per averbaram e Angola representativa de dermos contra clubes de profissionais, a uma vitória por 2-0. Associação faz pública propaganda do agra sabor tenha vitória essa Que nosso não amadorismo e paga aos joga dável não podemos deixar de reconhe dores que a representam. Insinua-se cer. O desporto de competição tem estas assim no espírito dos jogadores o «do contingências agradáveis (para uns) de ping» do dinheiro, como sendo a mais sagradáveis (para outros) e nesse facto natural e justa maneira de ter um absolutamente natural reside o interesse, prémio. E é a própria Associação a in a expectativa e a beleza do desporto in fringir as regras do amadorismo men dividual ou por equipas. Mas não é isso talizando os jogadores para a recom que está em causa. ,Quando uma equipa pensa monetária. Uma medalha ou qual de futebol adrega uma vitória honrosa quer troféu, não! Só DINHEIRO. E os e os dirigentes do organismo a que es jogadores inscritos como amadores na tão subordinados os clubes e os seus jo Associação Provincial? Não os quela forma gadores entendem que a melhor haverá nessa qualidade? Como pôde a o premiar e de mostrar reconhecimento Associação esquecer esse facto? Não esforço e a dedicação dos atletas é pa em gar esse esforço e essa dedicação CONTINUA NA PAG. 68 campo, temos de reconhecer que os valoPAGINA 55 conheça o mundo viajando na tap LONDON COPENHAGEN AMSTEROA M.. ~ARIB JOANSBR JOHANNESBURG 9 SSE HAMAURG BEIRA LOURENÇO MARQUES A linha aerea portuguesa internacional que o transporta aos grandes centros europeus e americanos. Procure uma solução na tap ou no seu agente de viagens. õ PÁGINA 56 TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES TEMPO Tenpo DESPORT IVO ATLETAS MOÇAMBICANAS NAS PISTAS METROPOLITANAS SUSANA ABREU - A me lhor marca feminina No desporto português deixou de estar em discussão a validade ou não validade da comparticipação do atletismo ultrama rino em provas oficiais na Metrópole. E deixou de estar em discussão porque, gra ças ás raparigas que se deslocaram a Lis boa, ficou bem patente a classe das nossas atletas. Classe autêntica! Agora que não restam dúvidas, nós gos taríamos que a comparticipação dos atletas moçambicanos em pistas metropolitanas obedecesse a outro critério. Um critério mais realístico e menos «poético». Já basta de enveredar por soluções um tanto à mar gem dos verdadeiros objectivos do atle tismo em si. E isto, porque as moças que se deslocaram à Metrópole não o fizeram pelo critério da Associação a que estão di rectamente subordinadas como praticantes, mas sim como merecedoras de prémios ins tituídos pelo C. P. E. F. D. M., os chamados C. A. A. (certificado de aptidão atlética), condicionados a aproveitamento escolar. No nosso modesto mas firme entender, cabe à Associação de Atletismo qualquer plano de deslocação de uma embaixada na modalidade. Ela é que deve apontar no mes que a representem em quaisquer com petições fora ou dentro da área 'da sua jurisdição. Como prémio de aptidão atlé tica o C. P. E. F. D. poderá conceder tro féus, medalhas, etc. Viagens á Metrópole é que nos parece um desvio da linha da sua competénêcia. Se não existisse um or ganismo a quem incumbir, então, sim. Existindo, não faz sentido, porque: ou há verba para que a Associação de Atletismo cumpra as suas obrigações como filiada da Federação Portuguesa de Atletismo, es tando presente a provas do seu calendá rio, ou não há disponibilidades para outras rubricas. A entidade hierárquicamente su perior não pode nem deve reger a sua actividade por uma dualidade de critérios. A ela compete orientar e não executar. Ser o cérebro e não o braço. Se há uma Associação de Atletismo que organiza provas; que homologa recordes e que é responsável pela modalidade em todos os seus pormenores - até discipli- narmente a ela compete formar uma selecção representativa para que tome parte no campeonato nacional inter-distrital na divisão a que pertença ou indicar todo aquele atleta que mereça estar nos nacio nais individuais. Indicar para seguir e não em vão. para esperar No caso das moças em foco, pelas suas proezas nas pistas metropolitanas, estamos todos de parabéns. A Angélica Manaca e a Katleen Binda, do Ferroviário da Beira, a Lena Relvas, do Desportivo de Lourenço Marques, a Lucrécia Cumba, do Sporting, e as juvenis Isabel Santos e Maria C. Vi lhena, da Associação Académica de Mo çambique, souberam colocar a grande al tura o atletismo moçambicano. Mas .... e se não houvesse C.A.A.? Se não houvesse C. A. A. nenhuma teria Ido. Porque a Asso ciação, essa, nem fundos tem para a com pra de uma dúzia de medalhas nem espi rito de iniciativa para procurar qualquer solução. PEDIMOS DESCULPA, DULCE, CLO, SUSANA, GRAÇA... Sim, pedimos desculpa. Pedimos, quem? Nós todos. Todos os que mesmo não participando directamente em actividades despor tivas, sentimos que o Desporto constitui uma das mais válidas realizações em prol da juventude. E pedimos desculpa porque já não podemos continuar a ignorar o direito que os nossos nadadores têm a uma piscina de 50 me troa. Já se falou dessa piscina como de uma necessidade e não de um snobismo social. A piscina faz falta. Cada vez mais se converte numa necessidade vital que é urgente satisfazer. Esse punhado de garotas e rapazes já não podem ser desiludidos. Nem desiludidos nem enganados. Ou se faz a piscina de 50 metros ou estamos todos a trai-los. E a traí-los de sorriso cínico nos lábios e palavrinhas hipócritas na boca. Não pode ser! Essa Juventude que em condições desvantajosas vai aos campeonatos nacionais e em ambiente estranho, piscinas estranhas e longe do calor dos seus adeptos «estoira» com a maior parte dos recordes da modalidade, tem de ser compensada. Compensada de tudo quanto tem estado a fazer para engrandecimento da sua terra. E Lourenço Marques vem gozando as glórias conquistadas pelos nossos jovens nadadores mas sem mexer uma palha. Limitamo-nos a colher os louros e a cruzar beatificamente os braços deixando andar. Lourenço Marques é atirada para os frontespícios dos jornais por causa da natação. É na Televisão e é na Rádio. Lourenço Marques entra nas casas dos metropolitanos graças à natação. Anda de boca em boca por causa da natação. Uma autêntica campa liha de propaganda à cidade e a Moçambique. Talvez coubesse à Câmara Municipal um quinhão muito graúdo na questão de uma piscina de 50 metros para o clube que tem Pugnado pela natação moçambicana. E isto porque é norma universal a existência de estádios municipais e piscinas municipais nas ár.as jurisdicionais das Câmaras. E em Lourenço Marques só existem museus e° jardins municipais Nem um estádio, nem um pavi lhão e nem. uma piscina do nosso Município. E contudo, o Diploma Legislativo n. 1670 diz na alínea c) do artigo 19.0: <AGpresentar "I câmaras municipais, organismos corporativos e outras entidades oficiais ou particulares planos de colaboração com o Conselho Provincial para o desenvolvimento físico das populações». Porque a Dulce, a Cló, a Graça, a Susana, o Carlos, o Rocha, etc., já fizeram o suficiente por Lourenço Marques com as suas brilhantes actuações na natação nacional, aqui estamos humildemente a pedir-lhes desculpa por ainda lhes não termos dado uma PÁGINA 57 Piscina de 50 metros. 3ýEMp_ TEMPO POP A Inglaterra conservadora CONTIUADO DA PA. CONTINUADO DA PJ 5I O contrapeso da esquadra britânica e das unidades complementares sul-africa nas será então, na opinlio do secretário de Estado británIco, uma absoluta iee~ sidade. É prevendo este futuro que a Gr&-Bretanha está estudando o forticimento do equipamento militar que faz falta à África do Sul: submarinos, avi~es help ros, tanques e artilharia, o que está em conformidade com o Acordo de 1955 refe rente à base anglo-sul-africana de Slmonstown A POSI(AO FRANC SA A distinção entre este material, destinado à «defesa externas da f Sul e o material que pode ser utilizado para represso, na eventualidade de pertu*. baçoes internas causadas pela .segreaç.o racial, tem aqui toda a lmportâncl . A posição do Governo de lleath é, alis, multo aemelhante à do Governo fraú cês desde 1962. Vale a pena recordar: o Conselho de Segurança das Nações Unidas, na sua resoluçÃo de 7 de Agosto de 1963, e com a intenção de conseguir do Govern de Pret6ria o abandono da sua política de «apartheid», recomendava aos Estados membros das Nações Unidas o fim da venda e envio de material militar para a África do SuL A França -tal como Michel Debró, ministro de Estado encarregado da Defesa Nacional, salientou em 9 de Agosto de 1969Maboliu desde 1962 o forne cimento de todo o material de guerrilha e antiguerrilha (morteiros ligeiros, bombas de «napalnm, armas automáticas e aviões lentos de ataque ao solo) capaz de ser utilizado na represso de desordens internas. O único material cuja venda é autori zada é de carácter convencional, destinado a satisfazer um exército moderno, em particular submarinos e aviõe supersônicos, como é o caso dos actuais fornecmen tos franceses à África do Sul. T&n sido numerosas as reacções à «exposiço de razõem e às «propostas do Governo de Heath, sendo a mais significativa tal vez aquela que partiu dos Estados africanos Independentes ou, zer que, o eapitaliso "áo péra de spi para seu lucro a nostallsW pseudo-rg nirlas dos jovens, p s~í eérii 4 slgo vende bem. * extravante querer ,. a revolta dos Jovens sen.9 p partir de i tock, quando se viu claramente a apat neles provocaram os filmes sobre os «h» a universidade de Kent e us aconte tos, os Panteras Negras, ou ainda o pr festival de 4qpop-musm de Monterey. justo .... descobrir a Jovem América 4 de um imenso musicorama, fllmado A m das mais banais reportagens de tel' Absolut~mnte de acordo. Mas tamb" Inteira~nte verdadeiro, pois a última a f o deixa de lado a inspiraçao do arts forma como ele trata o assunto. Se é vq que Woodstock não leva. a nenhum a ponto de vista de cioscienclallaço p (porque Justamente nio era uma mau o politica), nmo é menos verdadei Wadleloh filmou o que v:;Ia, se artíifcio 4. deformar a s vi* m' da .u n P mos deploIý.o mas Wodáteu foi um movimento de rolta. Sómente cua. E que ninguém duvide e. M árvre sere para esconder a resta! pelo menos, da grande maioria deles que, por Intermédio das suas delegações nas Nações Unidas, solicitaram a urgente convocaço do Conselho de Segurança para exigirem um «contrle» mais apertado ao embargo de armas destinadas à África do Sul. Seria interessante conhecerem-se as resposta - se alguma vez elas vierem a ser conhecidas - dos Estdos membros da «Commonwealth» que foram «consultado». Seja como for, e sem prever os resultados, pode-se afirmar que foi aberto um novo capítulo. Será de grande utilidade estar-se atento a ele. se a .. . esfErogrãfica que compra . tem a marca\ii OUVIMNOS LMOS CONSTRUIR A PAZ -por Dominique Pira CIENATOGIAP'C o caco aloe me flme dentre da -m Cue a Teias <Irada ri"*&~to definida e o lJnlted ,oa a aimie: edo I svi vida saiei e a Te. C«=» do lumei. ~at aisdu. dieca suas dentedet.e clv os mus pemaeas Caristru ir a Paz vindos e amama mais m. Tum em ~,es veleirs merais. a Iadvie de vid omm as ri do m eanor a aita e es hemns. e#ram FICHAS FILMÁTOGRAFICAS ATE AO DIA 27 DE SETEMBRO Dominique Pira, padre dominicano belga, ex põesta obra, que tem um prefécio do cien tista e filósofo. Robert Oppenheimer, a sua teo ria de como pode ser construida e paz: a par tir, nio da violência mas do diálogo fraterno. O seu livro esclarece também muitos mal -entendidos a reseito de pseudoteorias raciais, com base nas últimas aquisições da ciência e à luz do humanismo cristão. E uma obra eluci dativa para todos os que pretendem compreen der e solucionar os problemas que vivem. Está à venda na Livraria Texto. «MICHAEL KOHLHAS O REBELDE» (Michael Kohlhas): Realizaçáo - Vol ker Schlondorff: Argumento (drama histórico) Edwerd Bond; Fotogra fia - Willi Kurant; Música - Sta•ley Myer ; Int6rprete Arna Karina. <Avenida) «COMO EU GANHEI A GUERRA» (HOW I Won the War}: Realização ichard Lester; Argumento (farsa) David Cherles Wood; Fotografia Watkin; Música Ken Thorn; Intér prets ý- John Lenon e Michael Craw ord. (Nacional) lidee e is mea. é a. muh m deter. iUsa tipo de md ee .m OS emo mio~ inme..e lego. pasve. apena refes eum~ Ihva ilgr. Mrtis.esada m um do,*=*uoga w~olhadq vive ~ la da me um dao. Padva da p anr eeaa dd te rad M:OMIM ue ameiat que m No e*ao e M Pla d da mr. a adldae.S ega. regras ede igae. vnwll dzeanhead -u sImue dees hamasa gupevive Estagie do Rédia mite a épra, #Aldaí. Clul e0 DIABO A SOLTA» (The Devil by Philippe de the Tail): Realização Brocca; Argumento Daniel Boulan ger; Fotografia Jean Peazer; Mú nica - Georges Delorue; Intérpretes Ives Montand a Maria Schell. (Manuel Rodrigues) as 20 horas, a da M ;çambique trans. de Vrdi. com a megulhitdls. soprano Leontyne Price; tríbullie de vou&: Aida ovr; Radamés - tenor Amneris - meio.soprano Rita Jofi Viciara; Amonasro b 'io o Robrt Merrili; *bxe*ogo Toi; O Rei do Egipto Ramfls coros da ópera baixo ínio Caibssai. A orques*t de Roma dirigidos palo mimdro Gonrg Scifl fazm o acompanhamento. No dia eguinta è mesma hera, a Estaç,io C» apre Iglaelas, quvebem de emer famas em armelete. elhe6 eique 6pemItIa 4 het laaa O uhauea*dea anarea o preiar umrpveaae mempre es haens qu e aboar traaa. A AMUO próximo dia 24 de Setembro 4 em.A aud de dAlves, direntor da g61. dpeuldd.em me~çi a *ia, é cerctiac: ra e maia um ~le diraisda. ale prm i=.enem, etiama. empata, de. dps ae aa aalmete raivae 6di. 1 que tem um Mt 6 ~mm quen oe nrm per ia.,, eeslo eaeh) ge~ (nasfoatarlias eu dr 4ent iO MOTIM» (Riot): Realização Buzz Kulik; Argumento (drama) - Ja mes Poe; Fotografia - Robert Hauser; Música - Christopher Kiomeda; Intér pretes - Jim Brown, Mikei Kellin e Gerald 5. O. Loughlin. (Olímpia) mantea Sinfonia n.- S, em mi bemol maior, op. 8, d Sibalilus. composta em iSE, mudo uma das obras mais popUlarei e e mais apreciada das mas sinfonias. malo Modorato; d.se em tr1s nd•ntas: i.. 2.0, Andante Mosse, quemilgraito; ILa, Aliegro Malte. «PATRULHA HEROICA, (Que lia Dan nada Patruglia): Realização - Roberto Ro Montero; Argumento (guerra) berto Montero; Intérpretes - Dele Cummings, Mounty Greenwood e Ma dida Kameí. (S. Miguel) 4lmpdia.Osmagjeesi Porsu a dir daporqu mia U eu auc ~ lvwlv-m eia prépa n mar pete o a. d~ade, Campartlhede. easera. reunn. qu mede emu dentre hemeq~ de a e mrMr, impalval, ue~ieaheeet. sistIr 6 dlffll ele en a jeita d queNecm.I noemaantipda . eb e e dr. Mais i as oOS JOGOS (lhe Games): Realiza t o - Micheel Winner; Argumento rich Segai; Fotografia - Tony Troke; Música - Francis Lay; Intérpretes Micheal Crawford, Stanley Baker, Ryan O'Neal. (Sca•a) eles deu que qir »eg~ w~etap6p. cam M"e qe por E COREMOS deteda regíras e *~Mpísams qedaP~se m do nda r a f.. R u. a ,. , é 6,.e.q uaa.. r eie u ,.a m eirasi. .6 Por ler as a : servado pelo D2 A GANSO e m Chico do a alr ao pr~co de 8000. eate que é mpaevel caeqi*w r: r:a = s. esa ta l Posta de carne muito mal pas nea klmt, ~~e r*de .e limIar d um n. do& mnilDoslosmo fo oaminhauo que opter. l4 UIMIheia. u~, eases a¿ 4iga- C eJl" l.a lvR d OZ da que o P ari. permaUI e 0» ie mulheir ma rA de mo. fisa o~m sime mtlae Invilad ePleira ver~dlv Pior. guia (o espet MARIA 94-LOUROES: ^ - w - lqll - ~a~a.*aBBBBBBBB Ámo, lllwW w _ Isalom6veis Patifem (The Dirty Doen), da Robart Aldrich 'e$ de uma Noite da Vr&o. (Sotnarhettens len), de Ingemar Bergman Gringeo, de Roy Rolland HOffnemChamado Gringo (A Mea Nemis 40co., d Cunha Talas SArma Entra Mll* (Winchister ano of M«snnds), da Primo Zeglio imaeho dou Espiõe» (Th* Looking GlaisnWar). da Frank Pierson r eiroms (lIly's Horeas). da Briain 6. Hutton Meu Cerro Falam (The Leve 0»g), de Roeart Stevenson '**fim* (Riot), de lun Kulik 5o é o Meu Deuos (Het is My OSd) dedafadi Adelchi < avrsniuo. (lhe Arrangament). do Elia Ktaa na hi~da do Chomn; V ar ar V ar ar ar ar m v v SALA PlL 4-Um m on O AJUSTAMENTO CONJUGAL m6dico e psic6logo João Moaana de. bruça.se sobr, a problemáfica conju gal nesta obra que Liwos do radle dita e a Minerva Central vende. Es trito da forma a ser acessível ao grande público. Ajutamento Conju. gala contêm, além de alguns tente. para o leitor se conhecer a d pr6 prio, várias normas tendentes a fo mentar a felicidade a dois - marido e mulher - num mundo de tenses e problemas constanoescomo 6 o nosso. palmo quadrado de superficle r cona. Uitui de vez os urgentemente neesI tados de proteiaz. sasd aodasemue, Telas.4* que Cunhai 9as apt4 p~o ouulaat fetanel $» MarCiaCe me Livros Novos com três dedos de altura e quase um - O ar.prma; 4- Excepcional: 3- AVENIDA 2 CiNE-CLUIlE D lCCA ESTODIO 222 GIL VICENTE INFANTE MANUEL RODRIGUES NACIONAL OLIMPIA SAO MIGUEL SCALA 4 1 3 1 - 3 3 4 - 4 4 - - 2 3 I 4 2 4 4 4 4 3 4 -2 - 3 3 3 Com multo Intorsm; 2- Com algum interesse - - -3 4 - 5 5 1- Digeosivo; - 4 2 3 3 Para sair ao <ntervl@. ----------- j ---------DESEQUILffRIO PÁGINA i CýA NOIUA..: é nossa Convidada. Não paga bilhete tndo acompanhada pelo marido e o casamento se tenha realizado dentro dos 30 dias que antecederem a viagem, CbN Çz11.spos. lodas de Ptata Boda de Ouro viajar uma dás # coisas mais belas da vida! quando acompanhada pelo manido e a viagem se realize dentro dos 30 dias em que complete 25 ou 50 anos de casada, também não paga bilhete, nossa convidada. Esta concessão especial da DETA é vãlida para todas as carreiras na Provincía. BXETA LINHAS AÉREAS DEMOÇAMBIQUE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES sonap UMA ORGANIZAÇÃO NACIONAL Economia de Locambique na década de POPULAÇÃO população dos anos posteriores a 1960 stimada com base na população reve pelo censo daquele ano. Para a popu africana tomou-se a taxa de cresci > anual de 1,6 %, verificada na década Íor. Para a população não africana, a de 2,6 %, corrigida com os saldos mi rios anuais. serva-se todavia que a população dada ýenso de 1960 se apresenta certamente Lliada. Efectivamente os números obti o inquérito agrícola realizado nos anos 61 e sèguintes revelam, sobretudo nos tos mais rurais, diferenças muito sen em relação aos números do censo. taxa de crescimento de 1,7 % da po lo de Moçambique é muito baixa em Lo à taxa média de crescimento da aÇão do continente africano, da ordem A %. Esta diferença deve resultar de taxa de mortalidade bastante supe média do continente. PRODUTO INTERNO BRUTO 1 números do produto interno bruto ) relativos ao quinquénio 1959/1963 apurados pela Missão de Estudo do into Nacional do Ultramar e refe e ao conjunto dos circuitos monetá não monetários. Em relação a 1969, falta de dados da mesma origem, to e a estimativa apresentada na última do Atlas do Banco Mundial que nos e harmónica com os números anterio neles provàvelmente se baseia. 39 milhões de contos de 1969 corres ,' a 5 contos «per capita». Dado I 1959 esse valor foi de 3,8 con crescimento durante a década pro -se à taxa média de 2,6 %, o que, ceM conta a desvalorização da (0osvalores considerados referem-se a escudos do ano), senslvelmente da mesma ordem de grandeza, significa que o cresci mento do PIB apenas terá acompanhado o crescimento da população; o que aliás se harmoniza com a análise à evolução do PIB nas províncias ultramarinas du rante o período de 1958 a 1967 feita no Relatório da Execução do Plano Intercalar de Fomento onde se refere que «as capita çóes do rendimento e do produto interno bruto só não aumentaram prticamente em Angola, Moçambique e Macau». As razões deste lento crescimento estão certamente relacionadas com a debilidade estrutural dos centros motores da econo mia moçambicana que se situam no sector agro-pecuário. Efectivamente durante a dé cada de «60» mantiveram-se práticamente estagnadas ou até retrocederam as cultu, ras do algodão, das oleaginosas (copra e amendoim), do sisal, a silvicultura e a criação de gado. O aumento substancial das colheitas de caju e a lenta expansão de culturas como as do chá, do arroz, do ta baco e do açúcar não foram suficientes para dinamizar o processo de expansão do sector agro-silvo-pastoril onde a província encontra a sua vocação económica. 3 - AGRO-PECUARIA Em relação a este sector registam-se no quadro junto as produções de algodão, castanha de caju e os efectivos bovinos. Nas duas primeiras têm origem os dois ciclos económicos mais importantes e mais dinamizadores da economia da província, ciclos que em 1968 apresentaram o contri buto de 1 754 386 contos para as exporta ções, isto é, 40 % do total. Quanto aos efec tivos bovinos a sua importância resulta das grandes potencialidades oferecidas pela pe cuária. Na cultura do algodão o melhor ano da década foi o primeiro, o que quer dizer que algo existe na'estrutura produtiva que a impediu de quaisquer progressoq olongo de 10 anos. Aquela é constitulda por cerca de 500 000 minúsculas explorações que de tão débeis e dispersas não puderam nem poderão beneficiar, quer dos progressos tecnológicos de culturã,-R4'r das economias de escala da empresa. Assim, a produtivi dade das explorações é da ordem dos 350 quilos por hectar, a mais baixa do Mundo, segundo os números do Comité Consultivo' Internacional do Algodão publicadoa no último número do Boletim Trimestral do Banco de Angola, e apenas ligeiramente superior a um terço da média mundial. Em Angola a produção média por hectare é dupla da de Moçambique. Quanto às possibilidades de expansão da cultura (altamente rentável quando ra cionalmente explorada) basta dizer-se que a Rodésia passou da produção de 1000 to neladas de fibra em 1963 para 43000 em 1969 (ano em que Moçambique produziu 41000 toneladas) e que entre os 70 milhões de hectares de terras livres de Moçambi que se encontraram dezenas de milhares onde as condições ecológicas se apresentam superiores às da Rodésia. De resto a cul tura não é tão exigente em tecnologia que tenha obstado a que o México obtenha me lhores produções médias por hectare do que os Estados Unidos e a que Angola tenha duplicado a produtividade entre os anos de 1961 e 1969. A solução deste nosso grande problema não se encontrará sem a profunda altera ção da estrutura produtiva que exige o ro bustecimento da empresa agrícola pela agiu tinação das explorações. E a melhor via para essa aglutinação parece ser a coope rativização dos produtores sob imediato e sólido incentivo económico da continuação do processo tecnológico até a preparação da fibra, além do subsequente aumento da produção agrícola. Em relação ao caju, cuja colheita comercializada experimentou um cresci- mento à taxa média de 9,6% ao ano, em bora muito irregular, nenhuma alter»ção significativa se verificou na estrutura pro dutiva. O aumento da quantidade de casta nha introduzida no circuito comercial acom panhou o ritmo de aumento dos preços no produtor primário. Esse aumento, de mais de 100 % ao longo da década, está ligado à rarefacção da oferta para exportação pro vocada pela industrialização crescente em Moçambique. A estrutura produtiva poderá ser muito alterada quando for francamente rentável a cultura ordenada do cajueiro e para tal será um contributo muito apreciável a li nha industrial da «pera». PAGINA 64 A pecuária é dominada pela criação de bovinos que em 1968 forneceu 88 % da carne saída dos matadouros. Dos 97 800 criadores de gado, 95 000, ou seja 97 %, pertencem ao sector tradicional africano, e possuem 60 % dos efectivos bovinos. No decurso dos 10 anos de «60» os efec tivos bovinos cresceram à taxa média anual de 2,4 %. Esta lenta evolução quantitativa parece não ter 'sido acompanhada de me lhoria da qualidade, pelo menos nos oito primeiros anos, pois que o peso médio dos bovinos adultos abatidos nos matadouros, sendo muito .baixo, não aumentou. O peso médio ponderado durante aquele período foi de 151 quilos, cabendo a melhor média anual - 158 quilos - ao ano de 1960. 4- PESCA Apesar dos 2400 quilómetros de o marítima e da presunção animadora boa riqueza piscicola no canal de Moça bique, a pesca é um sector pouco relevai na nossa economia. Embora ocupe mais 20 mil pessoas, o seu valor não atinge 100 mil contos anuais. Durante a década a tonelagem dese barcada baixou até 1962 e neste ano i ci uma expansão lenta e flutuante i 1968. Em 1969, porém, essa expansão muito acentuada. Desta evolução result um crescimento à taxa média anual 4,1 por cento. - INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS As indústrias extractivas, tal como a Ica, apresentam um contributo insignifi ite para o P. I. B. da provincia. Redu a-se a pouco mais do que à exploração uma mina de carvão (Moatize) em Tete, alguns jazigos pegmatíticos na Zambé à exploração de pedreiras para a cons ção civil e à extracção de sal. Emprega ca de sete mil operários e estão investi i no sector cerca de 300 mil contos. O or da produção anda pelos 150 mil A taxa de crescimento de 2,5 % durante lécada, avaliada em escudos do ano, é ticamente anulada pela desvalorização moeda no decurso do período. -INDOSTRIAS MADORAS TRANSFOR O valor bruto da produção a escudos ano cresceu à taxa média de 9 %. Na indústria transformnadora distin dois sectores bem distintos: - 0 das indústrias dirigidas à expor tação, com um valor de produção pró ximo de metade (47 % em 1967) do total das indústrias transformadoras, laborando fundamentalmente os pro djutos primários da agricultura cuja produção é favorecida pelas condições ecológicas do território, abrangendo indústrias alimentares (açúcar, amên doa de caju e chá), extracção e refi nação de óleos vegetais (amendoim, algodão, copra e outros), preparação de fibras têxteis (algodão e sisal), cordoaria de sisal, serração de ma deira, e ainda, a indústria dos deri vados do petróleo bruto. Este con junto coloca no exterior cerca de 75 % da sua produção, assim contri buindo com dois terços do total das exportações. -O das indústrias dirigidas ao mer cado interno, com um valor de pro dução ligeiramente superior a me tade (53 % em 1967) do total das in dústrias transformadoras. Neste upo, e com valores de produção su pires a 106 mil contos em 1968, i em-se, a moagem de trigo, o des c ue de arroz, a fabricação de cer a, a manipulação do tabaco (ci g ), têxteis de algodão, vestuã , mento e a construção e monta de material de caminhos de f ; além de indústrias menos tipi as como a panificação, as artes cas e outras (metalomecínicas) , igualmente atingem aquele valor %Produção. Este conjunto exporta da sua produção e o sen contri Para o total das exportações é próximo dos 7 A taxa média de crescimento global do valor bruto da produção dos dois sectores da indústria transformadora foi, durante os oito primeiros anos da década (dos dois últimos não estão ainda publicadas as esta tísticas), de 9,1 %. Todavia, ao passo que a taxa de crescimento relativa às indús trias dirigidas à exportação foi apenas de 7,5 %, a correspondente às indústrias diri gidas ao mercado interno foi de 12 %. Estas taxas não foram contudo uniformes ao longo do período considerado. No quadro que segue podem verificar-se as flutuações ocorridas: MNO IMúst. Transform. Indúst. Exportação Indúst. Merc. Int. 1961 192 19 3 1M4 194 196 1967 1968 19 M6d. a6 ,al 11,3 13,6 6,3 4,5 9,8 11,8 5,3 5,2 0,2 5,7 13,8. 9,4 8,7 5,2 7,5 13,3 15,9 7,4 3,7 18,8 19,2 13,1 6,0 12,0 A taxa cresce nos dois primeiros anos e a partir de 1961 há uma quebra muito acentuada que se prolonga, até 1964 para as indústrias exportadoras, e até 1963 para as indústrias dirigidas ao mercado interno. O conjunto dos sectores atinge novo má ximo em 1966 (nas indústrias dirigidas ao mercado interno em 1965) e no ano se guinte inicia-se nova queda que se deve ter prolongado até ao fim da década. (Assim aconteceu com as indústrias de exportação). Durante os anos de «60» foram intro duzidas as seguintes indústrias novas: no grupo das indústrias exportadoras, a refi naria de petróleos (1961) e a cordoaria de sisal (1967); no grupo das indústrias diri gidas ao mercado interno surgiram, a pre paração de tintas (1962), a laminagem de ferro e aço (1963), as embalagens metáli cas (1963), a construção e montagem de material de caminho de ferro (1963) e a fabricação de adubos (1968). A taxa anual média global de 7,5 % de crescimento das indústrias exportadoras, em termos de valor bruto de produção, foi o resultado de taxas de variação anual muito diversas. Assim a indústria do descaroçamento do algodão, manteve-se estagnada, a do descasque de caju, mais que decuplicou, a dos óleos vegetais (obrigada a importar amendoim e germe de milho), cresceu à taxa de 10%, a do açúcar, apenas se ex pandiu à taxa de 6 %, a do sisal (fibra) experimentou uma redução à taxa média de - 1,7 %; na serração de madeiras verifi cou-se também a taxa negativa de 0,6 %, a refinaria de petróleos teve uma expansão bastante regular, de 8,3 %. O crescimento médio anual de 12 % do grupo de indústrias dirigidas ao mercado interno foi também sectorialmente muito diversificado. Assim, e mencionando apenas as mais importantes, a moagem de trigo cresceu à taxa média de 10 %, a fabrica ção de cerveja quase quintuplicou, a mani pulação do tabaco aumentou à taxa de 8 %, a indústria do vestuário (muito bem adap tada às condições ecoíiómicas da província e por isso competitiva nos mercados inter nacionais para onde vem exportando em muito bom ritmo) mais que decuplicou du rante a década; a fabricação de cimento apenas cresceu à taxa de 5 % e as meta lomecânicas tiveram um surto muito acen tuado. 7 - CONSTRUÇÃO A construção civil, que nos últimos anos de «50» se apresentava muito activa, cresce ainda em 1960 e no ano seguinte inicia uma depressão que a conduz a um valor muito baixo em 1962. No ano seguinte experimenta uma melhoria para novamente baixar nos anos de 1964 e 1965, apresen tando neste ano o valor mínimo da década. Em 1966 retoma o ritmo ascensional e no último ano deve ter ultrapassado o seu máximo, verificado em 1960. Trata-se de uma actividade com um peso bastante significativo na economia da província. Para tal se 'conjugam a redu zida propensão ao i1*"e.imento noutros sectores e a extensão dó crédito à cons trução habitacional. PÁGINA í m A Economia de Mocambique na década de 8- ENERGIA ELÉCTRICA A energia eléctrica é produzida em Mo çambique por um grande número de pe quenas centrais (772 em 1968), das quais cerca de 85 % são de serviço particular. Apenas existem duas centrais com potên cia instalada superior a 20 000 KW, uma térmica, em Lourenço Marques, e outra hi dráulica, no Mavuzi, servindo distrito de Manica e Sofala e exportando produção excedentária para a Rodésia. A produção de energia térmica foi, em 1968, sensivel mente dupla da de energia hidroeléctrica. No decurso da década ,o aumento da produção processou-se com bastante regu laridade à taxa média anual de 8,6 * 9-TRANSPORTES E COMUNI CAÇOES Neste importante sector da economia de Moçambique os progressos foram lentos como deixam ver as pequenas taxas médias anuais de crescimento de alguns seus mais significativos componentes. O mais impor tante de todos - os caminhos de ferro avaliado em termos de tonelagem de mer cadoria transportada, apenas se expandiu à taxa média de 4,5 % (em termos de to neladas/quilómetros a taxa é sensivelmente a mesma). E para este resultado contri buiu muito sensivelmente o transporte de minério da Suazilândia verificado nos últi mos anos. No domínio dos transportes rodoviários a ampliação da rede de estradas asfaltadas foi insignificante e todavia a densidade des tas estradas era, em 1960, de 1,3 metros por Xmr Em 1967, último ano de que se dispõe de informação estatística, aquele in dicador aparece aumentado de 36 %, o que significa que no decurso dos sete anos houve um aumento médio anual que não atingiu os 4 %. Quanto à rede de estradas não asfaltadas a sua extensão manteve-se na ordem de 25 000 quilómetros, isto é, 32 metros por Km2. O parque automóvel de veículos pesados teve um comportamento semelhante: apenas cresceu à taxa de 4,5%. A taxa de aumento dos veículos ligeiros foi todavia dupla desta. A rede telefónica cresceu, em termos de número de telefones em uso, regularmente e à taxa média anual de 9 %. O número actual de telefones deve andar pelos 25 000. !0CONSUMO Neste capítulo apenas se registam al guns números habitualmente utilizados como indicados da dimensão do mercado. Com excepção da expansão bastante acentuada do consumo de combustíveis lí quidos (à taxa de 13 %) e do de electrici dade (à taxa de 11,9 %), a progressão dos consumos de adubos, cimento e ferro pro cessou-se a taxas muito baixas. O crescimento médio anual de 6 % do consumo de adubos num território de mar cada vocação agrícola é especialmente insa tisfatório pois que se partiu de um con sumo «per capita» da ordem dos 2,4 quilos no princípio da década. Observa-se que em estudo apresentado ao Simpósio Interna cional de Desenvolvimento Industrial (Ate nas, 1967) se consideram consumos mode rados até à ordem dos 25 quilos «per caDita» ! "- COMÉRCIO EXTERNO Apesar do crescimento persistente e e bom ritmo das exportações os saldos i comércio externo mantiveramse fortemen negativos; aliás compensados pelos saldos i balança de prestação de serviços com os te ritórios vizinhos (transportes e mão-d -obra de trabalhadores deslocados). Ao co trário do que é habitual nos países subd senvolvidos, em que a flutuação das cot ções a que estão sujeitos os produtos c pequena gama das suas exportações (pr dutos primários ou fracamente industria zados) torna as receitas de exportação irr guiares e de tendência estagnante, o va14 das exportações de Moçambique aument< até 1968 sem a excepção de um só ano. Efe tivamente as exportações da província si razoàvelmente diversificadas e de produt com um certo grau de transformação indu trial. Os números que seguem dão ideia d origem das exportações. Referem-se a vali res médios dos últimos três anos de qt há informação estatística. SECTORES DE EXPLORAÇAO Indústrias exportadoras Outras indústrias Indústrias extractivas Agricultura (produtos primários) Artigos diversos (sucatas) 64 7 2 23 1 Entre os produtos das indústrias expor loras contam-se: a fibra de algodão, deo ácar, os óleos vegetais, a amêndoa i, o chá, a fibra de sisal, as madeiras e derivados do petróleo. Das restantes in strias (fundamentalmente visando o mer lo interno) tiveram alguma expressão a exportações: o arroz, os tecidos de algo o, o tabaco manipulado e o vestuário. Os odutos de exportação das indústrias ex Letivas foram o carvão e os minérios 1 matlticos. Dos produtos primários da ricultura, pesaram nas exportações, a tanha de caju e a copra, e com valores dito inferiores, o tabaco não manipulado, citrinas e as bananas. Nas importações, além dos bens de equi mento e de consumo durável entre os ais avulta o material de transporte, apam posição destacada: entre as maté is-primas, o petróleo bruto; no conjunto 9 produtos da alimentação e bebidas, os ilios, o peixe, o trigo, os lacticínios, o eite e as frutas; nogrupo das matérias deis e respectivas obras, os tecidos de ýodão e artigos de vestuário; e por fim, n valor superior a 100 mil contos, os edicamentos. !-BALANÇA DE PAGAMENTOS cadorias, fortemente negativa, mas pràtica mente compensada pelos fluxos, sempre po sitivos, referentes a transportes e outros serviços relacionados com o trânsito de mercadorias. Ainda com oestrangeíro são estruturalmente positivos os saldos das con tas Turismo e Transferências Privadas (remessas dos trabalhadores deslocados nos territórios vizinhos) e sistemàticamente ne gativas as contas de Capitais. Com a zona do escudo todas as contas, com excepção da de Movimento de Capitais com valoxres ora positivos ora negativos, apresentaram saldos negativos durante os últimos cinco anos. Ao contrário da convicção correntemente manifestada de que o desequilíbrio da ba lança de pagamentos com a Metrópole (prà ticamente a balança com a zona do escudo) provém do desequilíbrio das trocas comer ciais, os números revelam uma situação bem diversa. As contas Transferências Pri vadas, Rendimentos de Capitais e Diversos (fundamentalmente transferências governa mentais) concorrem mais intensamente para aquele desequilíbrio do que a conta Merca dorias. O valor médio dos saldos durante os últimos cinco anos apresenta-se como segue: CONTAS Saldo Médio do Quinquénio 9l65/1969 A balança de pagamentos acusou em los os anos da década saldos negativos. tica tes resultaram de um saldo d eitepositivo com o estrangeiro e um Ido sistemàticamente negativo com a zona escudo (pràticamente a Metrópole). O Ido positivo com o estrangeiro apresen 1 nos últimos três anos uma tendência que foi muito brusea em 1969 e riva 3aído negativo com a zona do escudo fiu Dumnas faixas dos duzentos e trezentos l contos durante os primeiros nove anos, evando-se bruscamente também em 1969. AO longo da década a balança de paga Dtos apresentou relações quantitativas , Persistentes que lhe conferiram caroe rsticas estruturais muito marcadas. mim, na balança com o estrangeiro, des pOu-se Pelo seu peso relativo a conta Mer- SALDO GLOBAL Mercadorias Turismo (lic. Metrópole) - 1352 Transportes Rendimentos de capitais Transferências privadas Movimento de capitais Diversos Em relação à conta Mercadorias, os fluxos que mais a onerari k correspondem à importação de tecidos, virLhos e artigos de vestuário, cujo valor glolDal, em 1968, se aproximou do milhão de ( =ntos. Dada a dinâmica da balança de paga mentos com a Metrópole, as pressões exer cidas pelos fluxos contabilizados nas con tas Transferências Privadas, Rendimen tos de Capitais e Turismo (férias na Me trópole), dificilmente consentirão o seu equilibrio, pois que também dificilmente se encontrará quem não deseje ver, por uma simples transferência, contado o seu di nheiro numa moeda mais forte. No quadro junto o saldo negativo de apre 1969 - 1279 milhares de contos sentou-se fortemente anómalo. Efectiva mente nos nove anos anteriores o seu valor médio foi de - 297 mil e oscilou entre os limites de -83 mil e -440 mil. Não se dis põe ainda de informação estatística que permita a análise detalhada da conjuntura que lhe deu origem. Contudo, o exame dos dados relativos ao comércio externo e ou tros já publicados, levam a admitir que houve sensível diminuição das exportações. A ser assim é a primeira vez que tal su cedeu durante a década. Por outro lado, a persistência de saldos negativos ao longo de todos os seis meses do ano em curso, com um valor acumulado de perto de um milhão de contos (993 mil), parece revelar, não só uma situação conjuntural, mas uma alteração de estrutura que não terá por isso solução a curto prazo. Em síntese, o exame dos números do quadro junto, relativos ao ritmo da econo mia de Moçambique durante a última dé cada, mostra que é nos sectores da produ ção primária - agro-pecuária, pesca e in que se encontram dústrias extractivastaxas de crescimento mais baixas. Desta debilidade de sectores tão intrinsecamente dinâmicos teria resultado a lentidão do pro cesso económico reflectida na evolução do produto interno bruto e a alteração estru tural que parece estar na base da mais longa e mais intensa série de saldos nega tivos da balança de pagamentos. Não foi certamente sem fortes razões que no discurso proferido em 15 de Agosto último, que na cerimónia inaugural de uma importante unidade industrial nas proximi dades da cidade da Beira, o Governador -Geral afirmou: «Nós temos que transpor para outros niveis a riqueza desta Pro víncia». O conceito de louvor CONTINUADO haverá quem não pudesse receber dinheiro sem perdi dade de AMADOR? Havendo, a quem imputar a culI quer responsabilidades futuras? Quem recebeu ou que Os clubes locais lutam desesperadamente contra ' mentalização do futebolista para o mercenarismo. E é entidade oficial que incentiva o não amadorismo, q mete o sentido moralístico da prática desportiva. S futebolistas houvessem exigido remuneração os dirige ram. Tal como nas grandes empresas desportivas, que mente os clubes de profissionais. Quando perderem também serão pagos? Quanto rec um empate? E para o jogador contemplado quanto du da vitória? Quanto tempo dura uma nota de mil escud de um desportista? NA ESPANHA CONTINUADO DA PAG. 50 ~711 ir WU ALENT-A^ ENTE MASCULINO IRISCH MOSS CREMESME ARMAR. LO~AS PARA A Jntem ation l 68"C PÁGINA ÿ ˜,>N, L 0OIZ , .ARBA,EMI-.O PARAA PELE,AGUA E S~ FIX O, T<NICO CAPILR roeder Leidenbergl, Lda.- 0 LMARQUIS pode significar mais uma bata lha na sua luta de quinze anos travada contra a Falange. Uma luta que se acentuou parti cularmente nos últimos dois anos com vantagem evidente para a «Opus» que, entretanto, teve que ultrapassar um golpe de Estado (e o estado de ex cepção decretado durante três meses numa Espanha gover nada por militares «duros» que tomaram transitáriamente o poder em 24 de Janeiro de 1969 e uma guerra de sucessão (terminada a favor da «Opus» com a escolha de João Carlos como futuro rei da Espanha e contra os rois restantes candi datos, seu pai Don Juan, conde de Barcelona, e o príncipe de Bourbon e Parma). Em todas estas circunstân cias, desenroladas sempre nos corredores da cena política, a estratégia fria, calculista e efi ciente da «Opus Dei» levou a melhor relegando para segundo plano os homens da Falange, pela primeira vez desde a Guerra Civil expurgados do ga binete ministerial do pais em que a maioria, se não todos, os titulares pertencem directa ou indirectamente à «Opus». O escândalo Matesa, o maior escândalo financeiro da histó ria espanhola, surge porém nesta conjuntura com a celeri dade de um raio distruidor. De nunciado e explorado até à exaustão pelos poderosos jor- nais falangistas, acenz toda a parte como int mente relacionado com todos e objectivos da Xque naturalmente se a desmentir não muito centemente todas as r( com o caso), julgados ( nados os que mais dirce nele estavam envolvido, Matesa torna-se assim tinua a sê-lo hoje - o pal argumento da prese tra-ofensiva da Falai4 Uma contra-ofensiva o previsto gabinete de brio que o generalíssimo em breve anunciará à o mais segunro indício primeira vitória falangi tra a preponderância & Dei» no país e, possiv de um recuo no liberal fachada que por vezes brilhar na Espanha doi dias. mise '1 adquira o melhor A PIONEER. comn o departamnt de iiweutga mais avançad no mundo da MPaidç6 deso. apenas oferc ~eana alta .ide"dad em qulqerdo6 seu mod~o florife-se. Comps Do mnais económic ao mnais sofist~Ica E ao adquirir PIONEER saber que w ~ 0heomn~a PIONEER é verdadeira alta-fideidaW garantida e assistid Po' RÁDIO SOAL LDA.Lu~Mu Beira .Rádio Seala (Beira > Lda.-]W - Sociead Eb~ti Ida. Na l. Eledl> Invicta Lda, Oueimn-Casa VMdM PO SPAGINA 69 Rui Cartaxrn, VIVER CUSTA Q UEM primeiro porsem ela fazer foram as donas de casa, deu mesmo gran des contas, nem complicados cálculos ma temáticos: de repente, galgando a curva natural do crescimento dos preços, as coi sas começaram a, custar mais din eiro. ... CADA VEZ *MAIS DMfHEIRO, funcionalismo em Moçambique), ou de ser viços onde eles não se repercutem, comto o da. habitação, o. fenómeno» que se en frenta tem uni nome próprio: chae a-se especulação. 0 fenómeno pode atá ser analisado fácil mente. 0 primeiro movimento deu-se logo. após ter sido oficialmente -anunciada a.. concessão dos subsídios de renda de casa para os funcionários, em meados do ano passado, e aeentuOu-se nos últimos tem pos, de forma especial depois do recente aumento dos veclmentos dos servidores do;Estado. Inflação, ou «doença flaciouista , come lhe chama o presidente PoMPidou, é uma tendência económ ca co'lli cida e definida, que perturba hoje meio Mundo e encontra a, sua explicação em factores perfeitamente Identificados. Um destes factores é, de facto, o aumento de vencimentos ou saáos, que se traduz sempre na entrada de mais dinheiro em eirculação. Mas o que éinteressante notar é que, n o aumento de salários ale- nas um dos componntes do fenómeno, lhe são sempre assacadas as culpas dos aumentos de preços, como se ele. fose o económic dasosit es e c na análise ~ micadai ituaões.ferir n Problema, não 0ó afeca, diz, respet atentamente o desenrolar dos acontecimen. toaneste domínio, disposto a par cobro iediato: -como em várias ocasiões já anunciou a toda a acção especulativa que se desenhe.» distinguido o fenómeno nato. E, apõs rä daterlnflato, que resulta das-àlterá é responsável pelas angústias deý uma: Ções de equilíbrio entre a oferta e apro.. cura, como «um mecanismo económico de Intensa maioria da população, comto teto ajustamento quase automático, cujaéxten. vindo a Preocupar sèriamente o Governio, são é controlável, em nada relacionado que dessa preocupação não0 tem feito se com formas de elevação artificial dos-pre ços». concluiu o secretário provincial:. «0 quer segredo. Logo após o aumento de venimetosdosfunionrio fuloáos dM§lçamde '.verno8 ciento desse a ovirncia mecanismo. tem prteiro e dispõe conhe de . ...... :.vencimensdo bique, o próprio Chefe do Governo abordou clara e significatlvamente o problema, Insurgindo-se contra o rumo Inflacionista em curso e prometendo as mais drásticas" medidas contra os responsáveis por ten. tativas de espução. meios adequados a acompanhar a evoiu ção do fenónmeno e controlar a sua exten são por forma que as consequências dele derivadas se mantenham entre limites bem definidos com amplitude ajustada às cau sas que o determinaram.» a. d iSA mesma linha de preocupaço.ofi. NEcial se pode eônquadrar também a comunicação que o secretário provincial de Ecoomia de Moçambique fez há pouco aos jornais diários e que, por emanar de uma entidade oficial responsável, velo con ao assmio um muito spo cJal. Disse o dr.. Hungorecorte de Jesus: «Têmse verificado, em diversas oportunidades, ten- »DE dizer-se que em poucas ocasiões tantas pessoas se devem ter entcon trado de acordo sobre um problema como desta vez, raramente o Governo terá en contrado tanto eco numa acção que se te nha proposto levar a cabo. OS chamados índices de preços médios ... no consumidor revelam,, de facto, oRAa ve é que o facto de os tatvas de elevação dos preços de certas Uma tendência claramente Inflacionista,. rio aumentarem não significa, i classes de bens e serviços sem ue, para não se explica apenas com o aumento Isso, concorram rasões justificativas. só, que os Preços devam aumentar na pro. É or devecmnods que tem sucedido, nomeadamente, nlnáiapbcse quando pe d or , oi ua um et arra. m a . .t +, .tuc oe rrvenciment espo nde nt e dos en trauncionrio da de m alspúblos di nhe ir e, porção, ou amentarde alguma maneira. ocorrem aumentos de vencimentos beneem circulação. A explicação +fciando determinados é outra, a que Não só os salários não são, como vimos, o sectores da poputranscor do que atrás fi d únl ... " ....+eq . lação. trncor do.qu_ atr.ás fc dito e que o. único componente de produção de qual.a... secretário provincial de Economia tratou quer bem (há o capital, as mnatrias-pri. , pelo verdadeiro nome. mas, o solo, etc.), como é evidente que • naco a agorat e m a r o meente:m eles Podem aumentar, sem q&e: os preços a incidência da pressãoinfla 0resto, lhoria de vencimentos ao funcionalismo aumentem: basta que aumente a produ .ti público - tais aumentos' não se reper cionista está a verificar-se em secto. vidade, ou que os lucros desçm para ní cutem em agravamentos dos factores de res claramente definidos (certos produtos veis maIs razoável Assacar as culpas, ou custo de produção ou distribuição. alimentares, rendas de casa e outros ser Justificar a inflação apenas com os aumen viços) que não apresentam, como é evi tos de vencimentos ou s" é, em suma, tentativas de elevação injustifi dente, qualquer relação Imediata entre os pretender que não seja alterada a disi cada dos preços constituem práticas seus custos e um aumento de salários do buição do rendimento -o que, no nosso altamente reprováveis que apenas resul funcionalismo público. Mas isto dava pano tam da atitutde de oportunismo assumi caso, é inverter as coisas e atraiçoar a das por alguns Intervenientes no circuito para mangas. O que todos desejamos é que ideia que presidiu A Justissfma melhoria econômico dos bens e serviços. «o Governo disponha de meios adequados de vencimentos que o Governo acaba de para acompanhar a evolução do fenómeno conceder ao funcionalismo público. Quando, «LPORQUE tais práticas não têm conto e controlar a sua extensão», como prome além do mais, a pressão inflacionista ocorre suporte (pelo menos em grande parte teu o secretário Provincial de Economia. em sectores como o de certos bens que na sua extensão) fundamentos económicos Porque por este caminho, viver custa cada devem elas ser ràpida e severamente re não foram, à evidência, afectados por primidas e sé-lo-ão, uma vez que o Go vez mais e, ao contrário do que diz o povo, aumentos de salários (cso do aumento do verno da Província vem acompanhando não adianta muito saber viver. «E, «EssAs PAÇãA 70 dê mais prazer à sua vida com a 3 -14 e 1,1 71 1 *a1a M a WF~1 [li