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Rui Carta
Director: Eng.* Rogério F. de Moura. Director-Adiunto:
Areosa Pena. Ri
xaa C.fg de Redecçio: Mofa Lopes. Redacção:
Fer
beiro pcieco, Manual Salvado, Augusto Carvalho (Lisboa),
Ribeiro (Porto). Secções especializadas: Fe
enda Goms e Sa.ntos,
isina- Maria de Lurdes erreira: Economia- Parc|dio Costa; Des
Júsior: Automobi
porto , José Craveirinha; Pop - Miguéis Lopes
lii*Carios Caiano. Fotografia:,Ricardo Rangei (chefe); Kock Nem
Expansão e publi
Martins.
Anfbal
a Atmjndo Afonso. MaquetiaÇío:
cI4Sdd Carlos Carvalho. Oficinas: António Gonçalves (chefe-geral);
Composição - Carlos Silva Pereira, Emidio Campos,. Henrique Pais
e José Gorçalves; lmpressio -José Arede e Alexandre Fernandes:
Simões;."Valdemar Betencourt a
Santos, Ant6nio
dos Prpriedad:
Offet-joaé
Tempográfica. S.A. R. L. Redcçio,
Rotáio.
Joaquim
Admídraç&a oclinas: Avenida Afonso de Albuquerque, n.~ 1078 A
6191. 92 e 6193. Lourenço Marques.,
S (prédlio levicta> -Telefones:
íNOTA DA REDACÇAO
«Tempo» é o primeiro semanário ilustrado que
aparece em Moçambique, nos moldes e à escala em
que ele é feito. Na página 4 desta mesma edição, Po
derá o Leitor fioa asaber mais alguma coisa sobre
o que pretende ser a publicação que tem nas mãos,
que pass
a ter todas as semanas: um verdadeiro
órõgão de Inr
o, um jornal desta época que vi
vemos e na'qu, quer queiramos quer não, ser&o fei
tas as opções que nos levarão ao futuro.
Sumario
-
.
00OW
*
FRAMA
OPIN
0.
Beprtagem:
CHEGoU O CALOR
O MUNDO EM QUE9 VIVMOS
SECA JÁ NÃO * 5: IPALTA IM ÁGUA
O M
MOI0 DA DROGA CHINESA
8~cêO:
* Para aqueles que se interessam mais por temas de
opinião, ou editoriais, recomendamos os nqsos colu
nistas; para as nossas leitoras as págh
de «Tempo
da Mulher». Das várias reportagens que inserimos
nesta edição, salientamos a que procura, fixar alguma
coisa da realidade actual do mundo em que vivemos
neste momento preciso em que «Tempo» vem à luz
do dia e aquela que aborda um problema candente: o
custo de vida.
A SEMANA (NOTICIÁRIO
NACIONAL)
LHIER
DAMU
TEMP
W=
TZpo DA
IMPRENSA DE A A Z
POP
TPICOS
INTERNACIONAL
DESPORTO
LEMOS, VIMOS E'OUVIMOS
OBJECTIVA. RR
ECONOMIA & MANAGEMENT
Na página 69 poderá-o Leitor encontrar um guia
preciosopara a sua actividade dita ociosa nos próxi
mos dias. Para os jovens em especial Pop e para a
grande massa de desportistas nada menos do que trás
páginas de Desporto. E até para a semana...
1:1
m
I
I
ASSINATURAS
Um simbolismo que
dispensa palavras.
aTempoa, um novo ór
glo de Informação de
Moçambique, acaba de
nascer.
i
í
SI'UAÇÃO. >
Nas nossas secções e páginas e"eiladas
poderá
o Leitor encontrar muita matéria de estudo e entre
tenimento. «Economia e Management>, por exemplo,
insere uma interessante e reveladora análise sobre a
economia de Moçambique nos anos da dcada de 60.
A NOSSA CAPA
-
QUEM SOMOS E O QUE QUEREMOS
Neste mesmo local, caberá sempre uma conversa
malí:ou menos informal com o Leitor. Aqui falare
moeo, p~s de cada edição que lhe formos apresen
tando, de como a fizemos e porque a fizemos. Neste
primeiro número, além dos nossos noticiários nacional
e Internacional, nos quais julgamos dar alguma coisa
de novo a quem nos 1, gostarmos de chamar a aten
ção para a Reportag
que inserimos com início na
página 86 sobre a severa seca que está actualmente
assolando o Sul de Moçambique.
1
:
.
Edoria s:
VIA AÉREA (Moçambiqu) -Número
avulso, 7$50; trimestral (13 nú
meros> 9000; semestral (26 números), 180$00: anual (52 números),
350 . VIA SUPERRCIE (Outros territórios portugueses - Número
avulso, 10$00; semestral (26 números), 220$0
anual (52 números).
40$00. Africa do Sul. Suazillindie, Rodésla o Maléwi- Número avulso,
10$00; semestral (26 números), 220$(00;anual (52 números), 400$00. Outros
países- Número avulso, 12$50;semestral (26 números), 320$00;anual (52
números), «~0)00. O envio por Vis Aérea implica um acréscimo, por
cada exemplar, da respectiva aobretaxa: Metrópole a ilhas, 18~80; An
gola, 9$50; Africa do Sul, Rodésia, Suazilândia e Malawi, 3$50
IPAGINA 8
1:
1r
I~EIJEE
OMEÇAMOS por ser um pequeno
grupo de profissionais da Im
prensa que, descontentes e amar.
gurados com o actual panorama
da Informação em Moçambique,
se juntou e pensou fazer um jornal. Mas
um jornal que informasse e não fizesse
obstrução à informação, que falasse a
linguagem saudável e necessária da ver
dade, ainda que ela nem sempre fosse
cor-de-rosa, que defendesse aquilo que
a nós tantas vezes se nos afigura os in
teresses da maioria, mesmo quando isso
tem de ser feito contra os interesses de
alguns. Numa palavra, um jornal apenas
comprometido corno Moçambique e com
o seu futuro.
em regime de tempo integral, cerca de
cinquenta profissionais dos diversos ra
mos ligados à feitura de um jornal.
OU
T
EMPO», é propriedade de uma
sociedade anónima legal
mente formada, que consti.
tui, no entanto, um caso sul
generis no conjunto das em
presas portuguesas: nela, capital e tra
balho, como factores harmoniosos de
toda a produção, complementam-se e en
contram-se efectivamente representados.
Esta feliz convergência, aliás tentada lá
fora com o maior êxito, teve entre outras
evidentes e imediaas vantagens, esta,
que não resistimos à tentação de refe
rir: numa altura em que todo o território
ideia não teria passado de um português, mas especialmente
em Mo
sonho irrealizável se não tives
çambique, todas as empresas de jornais
sem convergido nela duas cir
e artes gráficas lutam com enormes di
cunstâncias: a de o Governo, cer
ficuldades de recrutamento de mão-de
tamente por ter entendido como
-obra e manutenção de pessoal qualifi
nós que alguma coisa deveria ou pode
cado, «Tempoo não encontrou qualquer
ria mudar no panorama da Informação
problema em prover os seus quadros e
da Província, nos ter dado a indispen
se o teve foi de escolher os melhores.
sável autorização legal para isso, e a de
Julgamos poder afirmar, de facto, que
alguns homens lúcidos e generosos, pro
temos, nos diversos escalões da estru
fundamente enraizados nesta Terra e in
teressados no seu futuro, nos terem fa
tura da nossa organização, o que há de
cultado os meios financeiros necessários
melhor em Moçambique no campo do
à sua concretização.
jornalismo e das artes gráficas.
L\
OMOS hoje, já não um pequeno
grupo de românticos sonhadores,
com as mãos vazias, mas um
grande, um imenso conjunto de
vontades, perfeitamente cons
ciente do seu destino: a nossa organiza
ção envolve já investimentos da ordem
dos milhares de contos e trabalham nela,
il
UMA altura em que as atenções
do Governo parecem coincen
trar-se sobre os problemas da In
i
formação (desde a elevação do
departamento oficial que destes
assuntos se ocupava a Secretaria de Es
tado, aos cuidados que o Chefe do Go
verno põe nas suas frequentes e esciare
cedoras comunicações ao País, que dirige
U
deliberadamente ao homem comum,
ao novo projecto de Lei de Impre
que o líder à Assembleia Nacional a
ciou já públicamente, tudo parece do
tar a intenção do Governo de, n
nova fase da vida constitucional
poi
guesa,
restabelecer a confiança da
nião pública do País na Informação),
altura, dizíamos nós, em que o Goveí
parece deliberado
em
mação, através de umaprestigiar
política a
deIn
dade, fazemos aqui a profissão de fé
cooperar, servindo Moçambique e o Pa
Mas para que essa cooperação ees
vontade de servir, à escala que nos
possa ser firme e consciente é necesi
rio que falemos todos a linguagem ii
prescindível da verdade, que possam
equacionar e apresentar honestameq
os problemas, não procurando il!ik
opções, para que todos possamos esc
lher, com pleno conhecimento de caus
o caminho que temos a trilhar sem de
falecimentos, como indivíduos e cor
comunidade de homens livres.
ENOS de'30 anos nos separaý
UZ.
do ano 2000 e o País encoi
tra-se, sem dúvida, numa er
cruzilhada do seu destino mu
tissecular. Cabem-nos a nós, à
gerações de portugueses vivos, talvez ai
opções mais graves e fundamentais 41
toda a nossa História, mas que, por isso
mesmo, são problemas que a todos oi
portugueses dizem respeito. Num uni
verso em transformação vertiginosa, err
que os problemas essenciais da vida j
das relações entre os homens assumen
uma dimensão
planetária,
em que apark
hu
manidade«
caminha
irreversivelmente
PAG IN.4L4
TEMP
a semana
«Não poderemos ficar respon
sáveis perante gerações vin
douras de um subdesenvol
vimento cultural no contexto
europeu»
a unidade, a tecnologia revolve tudo, mo
dificando os hábitos, a vida das pessoas
e as instituições, as comunicações entre
-os povos adquirem uma escala ainda há
pouco inimaginável, uma Nação civili
zada não poderá decidir conscientemente
do seu Destino sem entender clara
mente as implicações, as consequências
e as dificuldades que se lhe deparam,
sem que aos seus cidadãos seja dado
saber e avaliar correctamente os meios
.e os sacrifícios que se lhes exige.
Chefe do Governo afirmou clara.
mente no acto da sua investidura
que não poderia levar por diante
a pesada- tarefa que se lhe impu
nha se lhe faltasse o interesse e
apoio da Nação e pediu a todos os por
tugueses um crédito de confiança. Com
preende-se e aceita-se que assim seja:
a complexa tarefa de governar exige nos
nossos dias tempo para estudar os pro
blemas e propor soluções. Mas sem in
formação, sem conhecimento do que se
passa, esse interesse e esse apoio não
serão nem válidos nem conscientes - e
não é por acaso que Marcello Caetano
tem mantido o hábito regular de infor
mar o mais directa e maciçamente pos
sível os portugueses daquilo que vai
çcorrendo. E, por outro lado, não é com
a preocupação doentia de manter uma
unanimidade aparente e transitória que
se poderão manter em aberto os proble
mas, adiar indefinidamente as soluções,
tergiversar no caminho que se escolher.
'J
pois, neste diálogo necessário e
consciente que queremos partici
par, no «desejo sinceríssimo de
um regime em que caibam todos
os portugueses».
PROF. VEIGA SIMÃO: «E eu,
que amo esse povo, jamais
trairei»
DO ALTO DE UMA ALDEIA SERRANA
O MINISTRO VEIGA SIMAO
DECLARA GUERRA AO ANALFABETISMO
O ministro Veiga Simão, cuja absorvente
actividade tem vindo a denotar um afã ino
vador digno de realce, com medidas con
cretas já transformadas em leis, pronun
ciou recentemente um notável discurso que
parece ter passado despercebido à maioria
da chamada Imprensa de grande infor
mação.
O dinamismo e o novo estilo do ministro
da Educação Nacional estão bem patentes
,em diversas passagens desse discurso que,
simbblicamente, fez do alto da pequena
aldeia serrana onde seus pais aprenderam
a ler. Foi em Prados, pequena povoação
do concelho de Celorico da Beira, que o
Prof. Veiga Simão se afirmou o primeiro
soldado «desta causa única de que depende
o fúturo de Portugal» que é a educação
do povo. «Simbôlicamente, nesta aldeia
aponto algumas linhas gerais do meu pen
samento, proclamando que teremos de ex
tirpar, com energia, o tumor do analfabe
tismo, através de uma mobilização cultural
à escala nacional; de não permitir o aban
dono de uma só criança da instrução pri
mária; de investir durante os próximos
quatro anos, na escolaridade obrigatória
de seis anos, lançando e estudando desde
já a sua extensão para os oito anos. Todos
os países da Europa já assim o decidiram
e não poderemos ficar responsáveis perante
gerações vindouras de um subdesenvolvi
mento cultural no contexto europeu.»
Considerando que o simples conhecimento
de ler, escrever e contar já não chega a
ninguém para viver no nosso tempo, que
não podem haver camadas de população
impermeáveis à cultura, Veiga Simão pro
meteu «um novo esquema educativo, du
rante o próximo ano escolar, e definido,
de modo preciso, num Organigrama de En
sino, desde o pré-primário ao superior pós
-graduado, tendo em conta o desenvolvi
mento cultural e as necessidades de mão
-de-obra a todos os níveis para o progresso
do País.»
E o ministro foi ainda mais claro:
«Tudo isso se fará, em nome e para os que
trabalham. De tudo não deixarei de dar
contas ao Pais.» Porque «eu, que amo esse
povo, jamais trairei.»
AS FORÇAS NEGATIVAS
Sobre aqueles que se desviam «do verda
deiro campo de batalha», disse o ministro:
«Uns resolvem fazer profissão de contes
tadores de uma sociedade de que usufruem
largos benefícios, incapazes de melhor sa
crifício em prol da sua modificação no que
ela contém de injusto. Outros, os imobilis
tas, aplicam a sua inteligência à causa
perdida da inacção em vez de servir a do
progresso. Outros ainda resolveram inter
vir na contenda utilizando a fraude como
elemento do roubo do trabalho da maioria,
estabelecendo a perturbação.»
Neste sumário, o ministro retratou aquilo
que considera as principais forças negati
vas. Estão lá, de facto, quase todas - iden
tificá-las será exercício de cada um de nós.
ESTILO DIFERENTE
O influente vespertino «Diário de Lis
boa», um dos raros diários portugueses
qué se debruçou sobre o significativo dis
curso de Prados, comentando algumas das
suas passagens, afirmava num editorial:
«Estamos em estilo diferente, nesta altura
em que um dos homens do leme não pro
clama: Eu faço. Eu dou: Eu ordeno. Estilo
diferente, sem dúvida, o de se sentir en
quadrado no comum das gentes, numa al
deia serrana, na escola onde seus pais
aprenderam a ler.»
PAGINA
NCIÁ1aIO XACIMNL
Novo Presidente da Relação:
1
semana
DIINIDADE E INDEPENDÊNCIA PARA O PODER JUDICIL
Revestiu-se do maior significado o acto
.de posse do novo presidente
do Tribunal da
Relação de Lourenço Marques, desembarga
dor dr. Antnio Martinez Vaiadas Preto que
fez, na ocasião, notáveis e desassombradas
afirmações sobre o problema da adminis
traçio da Justiça no vasto distrito judicial
agora confiado à sua responsabilidade,
engloba nada menos que as províncias que
de
Moçambique,
Macau e Timor.
O desembargador
Valadas Preto, que foi
empossado pelo desembargador mais antigo
do Tribunal da Relação, dr. Sousa Franklin,
começou por destacar esse facto: «Com
agrado ocupo o cargo perante um meu
Já se entendeu que competia ao mais par.
agente e representante, na Província, do alto
Go
verno central, empossar o presidente. Como
o acto supõe, em regra, normalmente fora
dos serviços de justiça, vinculos de hierar
quia ou de subordinação, tal entendimento
-que,
sem lei expressa a permiti-lo, chegou
a ser posto em prática nesta Província e
na de Angola- envolvia, porém, o grave
risco de sugerir no espírito do comum das
gentes, e até em certos sectores responsã
veis mas pouco esclarecidos, errada confu
são acerca do exacto papel do Poder Judi
cial e das recíprocas relações deste com a
Administração, dentro do Estado. E impli
caria ainda o perigo de dar origem, nos
mesmos espíritos, a perniciosa ideia de exis
tir alguma dependência dos Tribunais às
autoridades e órgãos da função executiva
ou administrativa, na qual se inclui,
como
6 sabido, a governativa.
1 Disse confusão errada e perniciosa ideia.
Confusão errada, pois que - e nunca è de
mais recordã-lo - a separação e independên
cia dos trés poderes ou funções estaduais
- legislativo, executivo ou administrativo
Jurísdicional- não só é conquista definitivae
da nossa civilização, como também repre
senta a base fundamental da estrutura juri
dica do Estado moderno. Aliás este princ
io demonstra-se nas normas da Constituição
olítica, em que se atribui aos Tribunais
dignidade de órgãos de soberania, ao ladoa
do Chefe do Estado, da Assembleia Nacio
nal e do Governo.
Ideia perniciosa, acrescentei, já que
atinge e solapa a caracteristica mais rele
vante da função de julgar: a imparcialidade.
Com inevitáveis consequéncias no crédito
moral dos juizes a quem está entregue a.
tutela dos direitos subjectivos - último re
duto da autonomia numa época assinalada
atribuições
naquele Tribunal («desembarga
dor como os
outros não ocupa nele posi.
ção hierárquica superior» mas «cumpre-lhe....
impedindo todo o acto susceptível de, por
qualquer modo, prejudicar as garantias do
exercício da função ou comprometer a con
sideração que lhe é devida»), o novo pre
sidente da Relação referiu-se a aspectos
administrativos das suas preocupações, no
meadamente ao das Instalações dos serviços
judiciais, no sentido de «se eliminarem si
tuações pouco dignificantes e reduzirem
frontos que patenteiam uma inversão decon
va
lores em desacordo com princípios repetida
mente proclamados».
REFORMAS
O dr. Valadas Preto prestou homenagem
ao seu antecessor, dr. Abrantes do Amarai,
actual secretário-geral de Moçambique, pelo
«equiUíbrio, inteligéncia e elevação com que
exercera aquelas funções e afirmou: «Pelo
senhor ministro do Ultramar fui chamado
para a sucessão. Com grato desvanecimento
e natural satisfação, mas não sem surpresa,
tomei conhecimento da escolha do meu nome.
Ao reflectir nela e na sua razão, rompeu,
porém, uma esperança: a esperança das re
formas e alterações, por todos desejadas.
Pois só a intenção de as fazer pode explicar
porque foi escolhido quem, fiel a si pró
prio, nunca calou inconformidades e sempre
foi pouco cómodo colaborador».
JUSTIÇA AUTÊNTICA
Finalmente, o novo presidente da Rela
ção salientou a necessidade de um esforço
conjugado de. magistrados e advogados na
«vasta quanto urgente obra de insuflar no
sistema judiciário ultramarino o alento e a
vitalidade que carece para poder realizar,
em toda a plenitude, a Justiça». Acrescen
tando:
«Mas justiça autêntica, real na sua con
cretização, generalizada na sua administra
ção, actuante na sua execução e pronta no
seu processamento, justiça cuja contempla
ção não deve ser obscurecida. pelas grandes
frases ou por estéreis abstracções retóricas.
Justiça autêntica, que não se acomoda
com.a mentalidade e a prática burocráticas,
para as quais por vezes,: se tende, e mal se
consegue com quadros insuficientesna quan-
«A
independência dos três poderes ou funções estaduais não
só éseparação
conquistae definitiva
da nossa civilização, como também representa
a base fundamental da estrutura jurídica do Estado moderno
»
afirmou
desembargador V dtes
pela avassaladora expansão da acção dministrativa.
Em boa hora, portanto, se regressou ao
entendimento e prática tradicionais».
UNESAO DE VALORES
Após ter definido aquilo que entendia
serem os escopos da mais alta instáncia judicial de Moçambique e as suas próprias
II 'ÁGINA
I
tidade e ineficiente na qualidade.
Justiça real, que exige dos julgadores,
para além do perfeito domínio da técnica
juridica, uma lúcida tomada de consciência
da escala de valores éticos -já alguém chamou
à função judicial a consciéncia
ética da
comunidade- e a clara percepção dos fins
normativos, sem se perder de vista - em
ordem à interpretação actualista - o horizonte ideológico do tempo em que a lei é
aplicada.
Noutro plano - no da busca da verdade
materialnão deve diminuir-se a impor
táncia de todos os factores, desde os psico
lógicos aos sociológicos, dos comportamen
tos humanos, de modo a obter-se a visão
unitária concreta e particularizada das
acções individuais sujeitas à apreciação dos
Tribunais.
Justiça generalizada, isto é, acessível, no
espaço, a todas as populações, por meio da
efectiva e completa cobertura do território
com Tribunais privativos e juizes profissio
nais; e econòmicamente facilitada aos de
fracos recursos, por nova lei de assisténcia
Judiciária.
Justiça actuante, que tem de encontrar
apoio em estruturas indispensáveis à fiel
execução dos comandos judiciais.
Justiça pronta, isenta de ritualismo, ex
purgada de emperros processuais, e aligei
rada de formalidades incompatíveis com a
celeridade da vida de hoje.
Esta justiça total, obstino-me em vê-la
não utópica; mas creio também que ela só
poderá ser alcançada mediante a coopera
ção de todos: juristas e leigos, magistrados,
funcionários e particulares, órgãos do Es
tado e cidadãos.
A hora, porém, como disse, é 4e espemismo. Tenhamos, portanto confiança».
do Amaral, que exerceu as funções de
presidente da Relação até ser chamado ao
cargo de secretário-geral
procurador
o
da República, dedr.Moçambique,
João Esteves
Cóias, desembargadores, magistrados
da
comarca e, segundo informava a Imprensa
diária, os advogados do Foro da capital
drs Filipe Ferreira, Almeida Santos, Maria
Arménia Soares de Meio, Pereira Leite,
Bord
aio e Adnião Rodrigues.
O desembargador Vaiadas Preto é natu
ral de Lourenço Marques
e, por significa
tva coincidência, o mais jovem desembar
gador do Venerando Tribunal da Relação.
TEMPO
BANCO NACJONAL ULTRAMARINO
0 BANCO DO POVO AO SERVIÇO DE PORTUGAL
PAGINA 7
IN'URlK
aecmc )
Édiflil prever.O Japão é ntualmente
a 28produtor mundial de outomoueis.
Por enquanto.
TOYOTAlideroo nmerado
laponês de nutomáõeis.(om um
nvançado niuel de produção industrial,
aTOYOTA é a grande impulsionadora
de imagem de prestígio e dinamismo
que hoje, em todo o mumdose alia
à té(nia japonesa.
OTOYOTA
IPGINA 8TM~
uma técnúca de vanguda
a semana
TOSTOES
AS MOEDAS DE TOSTAO E DOIS
CIRCULAÇÃO
DA
DESAPA]gECEM
<mistério» esclarece-se: para fazer anilhas
-o
a semana
frequên
As moedas de $10 e $20 da Metrópole desaparecem da circulação com uma
com igual frequência, novas cunha
fazer,
a
Moeda
da
Casa
a
obriga
que
o
c estranha,
prece ter sido agora decifrado, pelo menos as
ens das referidas moedas. 0 «mistério»
.d tostão e
iss:.a.meda
ter boas razões r
autoridades responsáveis julgam
•ostus para .. fazer anilhas.
são utilizadas
bom negócio
um
seria
assunto,
o
sobre
segundo uma investigação levada a cabo
só teriam excelente qualidade
transformar as citadas moedas em anilhas, as quais não
poderiam
baixo valor das mesmas, os autores da habilidade
e muita procura, como, pelo
achar na transformação uma boa fonte de rendimento.
um desvio da verdadeira função
Claro que tal prática, que se pode apontar comoque
é muito difícil surpreender os
acontece
do dinheiro-moeda, é proibida por Lel mas
da moeda ocorrida nos
inflação
da
resultado
em
possível
é
só
qual
a
autores da proeza
últimos anos.
de moedas de tostão
Entretanto, a Casa da Moeda está a cunhar grandes quantidades
necessidades normais de diversas actividades em que
e dois tostões, para fazer facea ás
circulação.,
ter grande
as mesmas ainda continuam
PASSAM A PERTENCER AO ESTADO
OS OBJECTOS SEM DONO
ENCONTRADOS NO MAR
OU ARROJADOS POR ESTE
Passam a pertencer ao Estado, nos termos
de um Decreto-Lei dos Ministérios das Finan
ças, Educação Nacional e Marinha, agora pu
blicado na Metrópole, os objectos sem dono
conhecido arrojados às praias, incluindo des.
pojos de naufrágios de navios, de aeronaves
ou ainda de qualquer material flutuante, bem
assim os achados no mar ou no fundo deste.
Esta disposição legal, de que é excluido
qualquer papel para os achadores, prevê
ainda que fiquem a pertencer ao Estado os
fragmentos de navios e aeronaves, as suas
cargas e equipamentos que do ponto de vista
cientifico, artístico ou outro tenham qualquer
interesse para o Estado.
A CÉSAR
o QUE É DE CÉSAR
O «Diãrio de Lisboa» referia numa das
suas últimas edições que o pároco da fregue
sia de Balança, concelho de Terras do Bouro,
vendera duas imagens muito antigas e valio.
=as, pertencentes à capela-mor a fim de
cobrar' uma divida que, segundo ele, a popu
lação lhe devia.
O sacerdote já propusera há meses tal
venda, mas os paroquianos haviam discordado
por se tratar de património antigo daquela
aldeia minhota. Desta feita, o pároco levou
as imagens limitando-se a informar a popu
lação de que estava autorizado a proceder
à venda e que quem quisesse saber do para
deiro das mesmas se lhe dirigisse pessoal
mente.
O facto de ter havido uma autorização é
que intriga os habitantes de Balança, pois
desconhecem quem teria competência para
a dar e, comentando a atitude do pároco, fa.
zem votos para que as imagens voltem de
pressa ao lugar onde pertencem há séculos.
A QUESTAO DAS TRANSFERÊNCIAS
O problema das .transferências monetárias
inter-territoriais entre a Metrópole e as pro
víncias foi, nos últimos dias, alvo de signifi.
cativas referências. Assim e segundo noticiava
a Imprensa diária, o assunto foi discutido
numa reunião da Associação Comercial de
Lisboa e da Câmara do Comércio daquela
cRpital as quais se ocuparam «da preocupante
situação a que estão a conduzir as demoras
das transferências comerciais para a Metró.
Pole das importâncias pagas em Angola e Mo
çambique pelos importadores daquelas pro
ultramarinas».
vtn
TEMPO
E, no primeiro Conselho de Ministros de
pois do período de férias, o ministro do Ultra
mar fez uma exposição sobre o estado em
que se encontra a questão das tranferências
e deu conta dos estudos feitos para remediar
as dificuldades existentes, «sobretudo preo
cupantes em Moçambique, dados os efeitos
que o bloqueio do porto da Beira, determi
nado pelas sanções aplicadas á Rodésia, têm
tido na economia da Província».
Esperamos que as medidas que certamente
resultarão dos estudos anunciados pelo sr. mi
nistro do Ultramar, na reunião do Conselho
de Ministros, possam levar, de facto, á solu
ção de um problema que tem vindo a causar
embaraços a multa gente e do qual ninguém
parece beneficiar.
COMEÇOU O CENSO
QUANTOS SEREMOS EM 1970?
Começaram no passado dia 15 do corrente
as operações de recenseamento da população
referentes à década de 70, através das quais
ficaremos a saber quantos somos, de facto,
em 1970. Estas operações, que se realizam
não só em todos os territórios portugueses,
mas pràticamente em todo o Mundo, reves
tem-se da maior importância, pois, cada vez
mais os actos administrativos e de governo
dos países e dos povos, a elaboração de dis
posições legais em matéria económica e social,
desemprego, migração, habitação, saúde pú
blica, bem-estar social, etc. se baseiam na
contagem da população.
Saberemos quantos seremos, agora, em Mo
çambique é, pois, uma questão do maior in
teresse, conhecimento sem o qual não é pos
sível fazer estimativas ou pensar, em 'termos
científicos, sobre o futuro.
MAIS AUTONOMIA
PARA AS UNIYERSIDADES
Os reitores das Universidades portuguesas
passaram a dispor de poderes mais amplos
depois da publicação de um despacho recen
temente emanado do Ministério da Educação
Nacional Sancionando uma proposta do direc
tor-geral do Ensino Superior e das Belas-Ar
teS, o ministro da Educação Nacional delegou
nos reitores das Universidades competência
para atribulrem as regências das aulas teóri
cas aos professores extraordinários, assisten
tes, leitores e assistentes eventuais e para
aprovarem os horários dos trabalhos escolares.
O prof. Veiga Simão, dentro do espírito
de autonomizar e simplificar o funcionamento
das Universidades, concedeu ainda, no mesmo
despacho, autorização aos conselhos adminis
trativos das Universidades para aprovarem os
mapas de distribuição do serviço docente.
ESTUPEFACIENTES: NOVO REGIME LEGAL
PRISÃO MAIOR DE 1 A 8 ANOS
E MULTAS ATÉ 100 CONTOS
Condenações a prisão maior de 2 a 8 anos
e multas de 10 a 100 contos são as penas pre
vistas pela nova legislação sobre estupefa
cientes, recentemente publicada na Metrópole,
para quem «importe, exporte, compre, obte
nha de qualquer modo, produza, prepare, cul
tive as plantas de onde se possam extrair,
prescreva, ministre, detenha, guarde, trans
porte, venda, exponha à venda, ou de qual
quer modo ofereça ou entregue ao consumo»
aqueles produtos. Esta rígida determinação
legal é acompanhada de uma lista de 107
produtos e drogas que o Governo considera
estupefacientes e que começa no Acetil-hidro
codeina e vai até à Trimeperidina, passando
pelo LSD, pelo ópio, heroína, cocaina e
morfina.
«O consumo de substâncias estupefacien
tes - lê-se no preâmbulo do Decreto do Mi
nistério da Justiça, aprovado em Conselho de
Ministros e publicado no «Diário do Go
e em geral de drogas susceptiveis
verno»de provocar toxicomania, assumiu neste sé
culo uma extensão e gravidade que o tornam
motivo de especial atenção e cuidado dos
Estados e organizações internacionais. Têm-se,
na verdade presentes os perigos que aquele
consumo comporta para a saúde física e mo
ral dos indivíduos e a sua não rara interpe
netração com fenómenos de delinquência.»
PENAS TAMBÉM PARA OS MÉDICOS
A nova legislação sobre estupefacientes
estabelece ainda, entre outras medidas, que
no caso de tais substâncias serem ilegalmente
prescritas, ministradas ou fornecidas a me
nores de 18 anos, as penas previstas serão
aplicadas em medida não inferior a metade
do seu máximo rigor. E especifica não serem
ilícitos os actos descritos, quando praticados
com fins industriais, cien#Jficos ou terapêu
ticos. Mas acrescenta um sistema de controlo
sobre essa excepção, estipulando penas para
os médicos que prescrevam estupefacientes
sem que para tal haja necessidade terapêu
tica ou em doses superiores à necessidade
terapêutica com intenção de favorecer o abuso
de estupefacientes: prisão de 2 a 8 anos e
multa de 10 a 100 contos; para os estabeleci
mentos, encerramento; para os comerciantes
ou industriais, a cassação das licenças ou
autorizações relacionadas com o exercício da
profissão e suspensão do exercício de direitos
provenientes da inscrição no grémio respec
tivo.
MOÇAMBIQUE
Espera-se que este novo regime legal so
bre os estupefacientes seja muito em breve
estendido ao Ultramar, e especialmente a
Moçambique, onde a legislação em vigor, tal
como acontecia na Metrópole, data da década
de vinte e se encontra, como é evidente,
muito desactualizada.
A extensão da nova legislação a Moçambi
que permitiria, por exemplo, ás autoridades
encontrar um instrumento legal para fazer
face aos diversos casos de tráfico de ópio
nos
descobertos - e relatados na Imprensaportos da Beira e Lourenço Marques, em que
inclusivamente, sido detidos tripulan
têm
tes estrangeiros de navios que tocam estes
portos e para repressão dos quais não tem
havido a necessária cobertura legal.
Como se sabe, todos esses casos têm sido.
por esse mesmo motivo, considerados como
infracções aduaneiras (contrabando ou tenta
tiva de fuga a direitos), que punem apenas
com multa correspondente ao valor dos di
reitos subtrados, deixando aos infractores
uma certa sensação de Impunidade, que con
vida a repetir a façanha.
PAGINA 9
<Prbiemas de paisagem nos territ6rios
em vias de desemvolvimeto»
eCAMINHO DE PAIS NOVOls
-
tvel definição
-TEMA
DE UMA REUNIAO
LIZADA EM LISBOA
de uma nova política Industrial,
pelo eq. Rogério Martins
Foi recebido com o maior interesse, aio
só nos meios económicos e industriais por
tugueses, mas entre todas as pessoas que
se preocupam com as grandes opções do
nosso tempo, o livro «Caminho de País
Novo», no qual o eng.° Rogério Martins,
actual secretário de Estado da Indústria,
reuniu agora em volume as suas opiniões,
discursos, incitamentos e interrogações so
bre o momentoso problema da nossa polí
tica industrial.
Personalidade vincada de homem pú
'blico, que soube grangear em pouco tempo
.'a admiração e o respeito, mesmo daqueles
,:que, por motivos nem sempre muito con
fessáveis, se opõem às ideias novas que
trouxe para a Administração, o eng.*' Ro
'gério Martins proclama, com uma coragem
a' que não estamos muito habituados, a ne
cessidade de se fazer um inventário dos
* nossos problemas, aceitando de boa carla a
sua discussão, convocando os interesses e
ouvindo-os, propondo e experimentando so
luções mais corajosas para acudir às neces
sidades que o Pais enfrenta.
Reconhecendo sem rodeios que «o re
gime industrial que vigorou no nosso Pais
nem permitiu que nos aproximássemos do
conjunto dos países europeus económica
mente avançados, diminuindo a distância
que deles nos separava, nem melhorou a
nossa posiço em relação a outros», o ilus
tre tecnocrata do Governo defende o prin
-clpio de que «a atitude básica ao tentar
:traçar directrizes orientadoras do esforço
:índustrial português tem de ser a de olhar
:e.,futuro, pensando pelo menos em termos
REA
Durante uma semana, J0 delegados de 28 pases
estiveram reunidos em Lisboa no XII Congresso da Fe
d*raçío internacional de Arquitectos Paisagistas pio
curando equilibrar os respectivos pontos de vista &
base do tema principal proposto: <Problemas de pai
segem nos territórios em vias de desenvolvimontce,
com particular incid&ncia nas reglies tropicais.
AIsrn da representaçIo portuguesa, a quem coube a
organização daquele congresso, através do Centro de
Estudos de Arquitectura Paisagista, tomaram parte nos
trabalhos delagados da Africa do Sul, Alemanha Oci
dental e Alemanha Oriental, Argentina, Áustria, Bélgica,
Bradl, Canadá, Checoslováquia, Formosa, Dinamarca,
Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França,
Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Israel, Ja
pio, Noruega, Polónia, Suécia, Suíça e Venezuela
Constitelram a comissão organiuzdora do XII Con.
grosso da Federação Internacional dos Arquitectos Pai
sagistas os especialistas prol. Caldeira Cabrel, eng.a
António Faca Viena Barreto e arquitectos Edgar Fontes
e Gonçalo Ribeiro Tolos.
da pr6xima década, e a ter muito presente
o Mundo que nos rodeia>.
Diante dos novos princípios que a muitos
poderio parecer audaciosos ou itíadaptdveis
ao caso português, o estadista corajoso, que
é simultãneamente um estudioso e um téc
nico experimentado, não vacila. A sua ba
talha consiste precisamente em fomentar e
encorajar ràpidamente a adesão dos em
presários portugueses - nem todos menta
lizados para isso - às realidades concor
renciais de um Mundo novo, que se abre e
ao mesmo tempo se especializa segundo as
sua vocações. Essa batalha é a nova polí
tica industrial do Pais, que este livro cla
ramente desenha e que constitui «um desa
fio exemplar à capacidade de os portugue
ses trabalharem em equipa>.
Como diz o eng. ° Rogério Martins, «te
mos, e ràpidameñte, que mudar de via para
nos industrializarmos a fundo», sem o que
não poderemos competir com os outros
o que seria desastroso num Mundo cada
vez mais competitivo.
DOOLITTLE EM MOÇAMBIQUE:
-De
INTERNACIONAL
general famoso a caçador de feras
Abril de 1942: Jãmes Doolittle, tenente-coronel da Força Aérea americana
(sangrava ainda nessa altura a ferida deixada pelo desa8tre de Pearl Harbour) foi
o homem escolhido para comandar a esquadrilha de 16 aparelhos incumbida de destruir
Tóquio. Como missão específica, cabia à tripulação do seu avião bombardear todos
os depósitos de explosivos e de material de guerra.
Setembro de 1970: o general James Doolittle, afastado das guerras, física e
espiritualmente, passou em Moçambique três semanas tentanto juntar aos seus tro
féus de caça um leão de juba negra. Reformado do Exército, hoje só os safaria agra
dam - como afirmou aos jornalistasao herói da «Operação Tóquio», primeiro
-piloto do Mundo a executar o acrobático voo de inversão e a passar a velocidade
de 300 milhas/hora, figura inspiradora do protagonista de «30 segundos sobre Tó
quio», (best-selle" de livrarias e, tornado em Imagens de cinema, filme que ajudou
a celebrizar Spencer Tracy), chefe das 12.1 e 15.* divisões aéreas e, pouco antes do
termo da II Guerra Mundial, comandante da Oitava Força Aérea dos Estados Unidos.
Durante três semanas Doolittle, agora com 50 anos, entregou-se numa coutada
inoçambicana ao seu passatempo favorito, os safaria. Já caçou no continente ame
ricano, na lpdoneMa e no Quénia, antes de deixar a esposa em Espanha (onde um
filho seu, oficial-piloto, se encontra em comissão de serviço) e embarcar para Mo
çambique em busca de emoções ainda não experimentadaL
Doolittle, que detesta falar em perspectivas de nova guerra, abandonou mesmo
as funções que desempenhava últimamente como especialista da aviação comercial
e agora só se interessa por safaris. Possui seis espingardas de boas marcas e com
a sua ajuda procura apenas ampliar a sua já vasta col~io de troféus.
COLERA
SITUAÇAO CONTROLADA
PELASAUTORIDADES SANITARIAS
Enquanto a cólera que já fez cerca de duas cen
tenas de vitimas alastra p~ra o sul do Saará, o que
acontece pela primeira vez na Hstória, e os países
de todo o mundo se precavém, as autoridades sanitá
rias de Moçambique afirmam não se ter ainda regis
tado qualquer caso no território e tomam medidas
preventivas, segundo um comunicado oficial publicado
há dia
o.
Ah frica do Sul fez saber, no entanto, que exigia o
certificado de vacina anti-cólera a todos os indivlduos
que pretendessem entrar nacuele país e fossem prove
nientes das zonas afectadas e dos territórios vizinhos,
entre os quais mencionou Moçambique e a Rodésia;
Na Metrópole, onde já chegarem milhares
de vaci
nas encomendados à Suiça, as pessoas que entram
ou
saem do pais fazem.se vacinar.
Tem uperintendido a luta contra a cólera a Ór.9a
niszação
Mundial de Saúde que está a encontrar difi
culdades no que se refere ao «mutisno de certos go
vernos» quanto & declaração obrigatória de existência
de cólera nos seus territórios. A O. M. S. acusou nomea
damente o Governo de Conacri de procurar dissímu
lar a epidemia de cólera que grassa por toda a Repú
blica da Guiné, quando já se declararam dois mil ca
sos, entre os quais lá se registaram quase uma centena
de mortes, segundo noticias fidedignas.
Na Guiná Portuguesa, es autordades procedem à va
cinaçro em massa da populaçáo, devido á existênci
de fronteiras com aquele pais.
A epidemia de cólera eciodiu repentinamente neste
fim de Verão no hemisfério norte, numa vasta zona
compreendida entre a Indonésia, a oriente, e a Repú
blica da Guiné. a ocidente, tendo havido casos fatais
em Israel, principado de Bahrein', Ghena, Palestina.
Líbano e U. R. S.S. (Astracã). Neste último pais, a
epidemia está práticamente debelada, devido ao rigo
roso cordão sanitário imposto á zona e à imediat/o
calização dos focos de infecção.
A cólera, também conhecida por c61era-morbo, có
lera-asiática, mordexim ou mordixim, á provocada
por um bacilo em forma de vírgula, 'isolado em 185,
por Robert Koch que o denominou de «vIbíigo colé.
rico». Trata-se de uma doença contagiosa, aguda, que
não sendo tratada convenientemente é fatal, em mais
de 50 por cento dos casos, devido á diarreia conti
nua - fezes parecidas com água de arrozque pro
voca desidratação, sede intensa, vómitos, cólicas intes
tinais, delírios, prostraçóés e, finalmente, a morte do
colérico.
Sendo um dos grandes problemas da Asia, a cólera
alastrou-se à Europa ánicamente e partir de 1817, ten
do-se registado diversas epidemias que fizeram milha
res de vitimas até que, em 1923, foi dada como defini
tivamente erradicada a ocidente dos montes Urais.
O vibrião colérico é susceptível ao frio e prolifera
em clima quente e húmido, sendo de notar que na
India existe a cólera em estado endémico, o que criou
imunidade
natural em grande parte da população.
•
Como tal não acontece nas nações ocidentais, o pre
sente surto espalhou o pânico e gerou uma corrida
ás vacinas. Assim, na Alemanha, já se luta com escas.
sez de vacinas e a Espanha que tem um milhão de
doses preparadas está a produzir seis milhões mais.
"TEMPO" é feito
na primeira impressora rotativa offset de Moçambique
uma "Solna RP 36"
Outro equipamento e material que vendemos ao <Tempo:
Uma impressora «Solha 132»
Duas máquinas de compor «lntertype»
Uma máina fotográfica offset «Kenron
máquina de picotar evincar crafolun
Uma
Tintas <Mander-Kidd»
Produtos químicos cEldesco»
Chapas de aluminio cWilly Krause», etc.
TELEFONE 91560- CAIXA POSTAL, 1023
LOURENÇO MARQUES
f1
~\
II O CAL
VELHO COMO 0 BICHO HOMEM, EIS o
CERCO: ELAS SENTAM-SE AO SOL. FIN*EM
QUENO
VEM NADA; ELES COMEÇAM A
i4LAVITARÀ VOLTA. ACABAM POR S SEN
S VEZES EM GRUPO. DEPOIS COMEÇA
TAR,
A BATALHA
,ANTIAm!EA», POR ENTRE A
MRRAEMDOS CULOS ESCUROS. E ASSIM
O MUNDO
TziMPO
AS MAMAS
SE VAI SUPERPOVOANDO
E OS MENINOS -
P OR
CAUSA
Do IODO
PAGINA 13
CH GOU O CALOR
C~wç achga gu de ~oo $5lados
Asm~se e$sm~-prcumad$ de;
a~uo de tos t~ .- pr fam
ozel rd ~ jar m toqi de pai. mm bo.
a~.lc o elas, dare per ldsetsmi
m *emai m eftde
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Ní ada es -donespTcua
verddl
dores de em especth ~apea par
quem e *sei".IdahIsae
e I>po
mopar §a~si
o calo é,am,4 - p~oet paamiae
de p~se ãltrrm us sem ~iR Apai
r~br por kwge mees $ ceut de grvl
d&&,de L=~ruç H~to s~re - des"oa
mota ddde fico mai perto do Oceie
Ea m~ioe baes es umve modes de
fale de ~ nam em cagme se~
a vei esa~aa.I msis mu2h ~lia
ap acm se o or a fizss desaldca
par arij epar alez, caia Va"i qe chga
Os =itsmes
~ em q.ea ~fka de o.
1-reida~ie heo calo. iva e
PAGINA 14
TOPRA
3.70
L ROLLS-ROYCE
r
para,*
e
rentabi
na navegação,
na rega ebombagem,
na agricultura,
industriae
camionagem
etambm na
electrificacão.
mr-)to
res
ROLLS-ROYCE
*rDmIESELS
... todo um prestí0o de marca atrás de si!
Um prestígio que es garantia máxima de produtividade,
duração eruis~
A. A. AZVDO & FILOs, LOA.
"
-PÁGINA 16
~
Fedrcol3
~1.gkm »
~Moneu.526-731473
c.p:,,al
412
L.lM
NA IEÉRA,
PAGINA
SM=S€GlM
CME AGIdNClAS, LOA.
lEMPO
Com efeito, e porque intrinsecamente
ligada à planificação económica, a pre
visão do futuro representa um factor
de realce no desenvolvimento em que
todos andamos ou devíamos andar em
penhados. A série de conferências rea
lizadas em Lisboa no primeiro trimes
tre deste ano por diversos membros do
actual Governo e subordinada ao tema
13r'- AO sei o que responder aos meus
mais conhe'cidas -e
bem signifi
«Para uma Prospectiva da Nação Por
devem-se exactamente ao
cativasfilhos quando eles me pergun
tuguesa» demonstra também a preo
e
lorque
Nova
em
tam qual será o futuro desta Hudson Institute,
cupação que, naturalmente e nos pró
foram-nos divulgadas pela voz pau
terra em que vivem e onde nas
prios círculos oficiais, a questão sus
director.
seu
Kahn,
Herman
de
ceram» - afirmava há tempos um pai sada
cita. No entanto, habitantes que somos
ao ano 2000 - referem, em suma, de um território em vias de desenvol
de família, industrial muito conhecido Até
o mundo gozará de
essas previsõesvimento, vivendo ainda o presente em
em Lourenço Marques de onde, tam
mas as armas nu
Prosperidade
e
Paz
seus
dele
antes
como
clima de fuga, de constante escapismo
bém ele e tal
pais, é natural. Sobre a minha mesa de cleares aumentarão: em 1979 o Japão, às mais prementes realidades, desabi
Ocidental, a Itália, a Sué
trabalho três livros esperam que eu os a Alemanha
tuámo-nos de assumir, de nos projec
terão já a bomba atómica:
índia
e
a
cia
«A
respectivamente,
leia. Intitulam-se,
tarmos no futuro em termos que não
vez do Brasil, do Mé
China no ano 2001», de Han Suyn; em 1989 será a
sejam, em geral, meros lugares-comuns
o
mundo
todo
1999
em
Israel;
e
xico
«A vida no século XXI», de Vassiliev e
pouco ou nada relacionados com as
Guchetchev, e «O ano 2000 - painel terá a sua b. a. É inevitável, pois, a dis
nos rodeiam. Esta é, aliás,
mas verdades que
de especulações para os próximos 32 seminação das armas nucleares
a evidência que o Repórter encontrou
atómica
guerra
uma
de
anos», de Herman Kahn e Anthony a possibilidade
novas ao longo dos anos de exercício da sua
Wiemer. Será necessário, melhor, será foi afastada, substituída por
profissão que o puseram em contacto,
armas.
novas
por
e
guerra
de
formas
possível prever o futuro? «Não, não é
diàriamente, com os mais diversos es
possível ...» - responde Bertrand de Os Estados Unidos gozarão, finalmente, tratos da sociedade em que se insere.
Jouvenel, 66 anos de idade, autoridade de uma grande estabilidade, as fron
E com'mágoa o constata: porque, é evi
teiras que hoje conhecemos manter
mundial (ao lado de Herman Kahn, Wie
dente, por muito grande que seja a dis
-se-ão, o Japão será a terceira potência
mer, Daniel Beli, Thomas Gordon, Fou
tância entre o sonho e a realidade, o
industrial do mundo em 1980 - logo
rastié e Olaf Helmer) dessa nova e fas
futuro existe já em tudo aquilo que fa
S.
S.
R.
à
U.
e
A.
a seguir aos E. U.
cinante ciência a que se poderá cha
hoje, na nossa acção quotidiana,
zemos
e constituirá uma séria preocupação
mar, de modo quiçá forçado, a futu
no nosso trabalho. Mais uma razão
velho
do
retorno
de
possibilidade
pela
logia. E de Jouvenel acrescenta: ,Pelo
para a necessidade de o conhecermos
menos no sentido tradicional do termo imperialismo japonês.
Herman Kahn não deixa
Mas o futuro será, apesar de tudo que o próprio medidas tomadas hoje
é impossível prever o futuro: contenta
de frisar: «As
al
ao
estará
a
cibernética
feliz:
isto,
mo-nos em identificar as leis económi
condicionarão o amanhã». Esquecer
cance de todos, o humanismo, a sensua
cas, tecnológicas, sociológicas e bioló
esta noção, aliás tão indiscutível quanto
gicas que definem tal ou tal aspecto do lidade e o lazer assumirão um máximo frequentemente olvidada, deixando
ano
do
início
do
Antes
importância.
de
futuro». Um trabalho em que o mago,
o presente em toda
2000 a maior parte da população activa assim de assumir
o profeta, a bola de cristal e as estre
sua acepção, seria negar a responsabi
terciário
sector
no
trabalhará
mundial
cien
las foram substituídas pela equipa
lidade que temos para com o futuro
(serviços) mas trabalhará menos ho
tífica e pelo computador, portanto. In
deverá
ras ao longo de semanas com quatro desprezando a dúvida -que
sisto: valerá a pena? O sociólogo Ray
sempre ser colocada na primeira linha
218
e
semanas
39
com
anos
de
e
dias
mond Aron, de quem não gosto mas que
sobre se
das nossas preocupaçõesé cómodo para citar, descreve-nos como feriados. Mais: a nação pós-industrial servirá ou não aos nossos filhos tudo
e
o
clima
o
onde
universo
num
viverá
20
século
pelo
assediados
demasiado
aquilo que hoje fazemos. Como diria
tempo serão controlados por.computa
para nos podermos dar ao luxo de per
Franz Fanon: «Todo o problema hu
der tempo a especular sobre o século dores, a hibernação facilitará a cirur
mano tem de ser considerado a partir
a
mu
e
circunstâncias
as
todas
em
gia
XXI. «As profecias históricas a longo
do tempo. O ideal será que sempre o
seus
dos
sexo
o
escolher
termo já passaram de moda» - diz lher poderá
presente sirva para construir o futuro».
textualmente. Mais uma vez se engana. filhos. Por outro lado o homem falará
Inadiável, por conseguinte, me pa
económicos
assuntos
de
mais
vez
cada
pre
a
que
A verdade, com efeito, é
ser esta necessidade de esquema
rece
os
visão do futuro, a prospectiva, ocupa e virá a desprezar, gradualmente,
tizar, em termos concretos, de assu
hoje um lugar cada vez mais destacado de ordem política. Procurará, ao mesmo
tempo, um novo estilo e, principalmente, mir, em toda a sua latitude, o presente
nas preocupações das nações tecnoló
que somos. Esquecê-lo, desprezá-lo,
gicamente avançadas do Globo. Nos um novo sentido para a vida, ao lado
será fazer cair pela base todas as ten
e
individual
satisfação
plena
mais
da
a
Rand
exemplo,
por
Estados Unidos,
tativas sequentes e não menos urgen
será,
prazer
do
procura
A
colectiva.
Corporation, a Comissão para o ano
tes de previsão. Para além de todo o
2000, o Hudson Institute e algumas portanto, a característica dominante sonho, portanto, de todo o escapismo
do homem de fins do nosso século. Que
outras organizações, estatais ou priva
que nos define, de todos os nossos an
pensar de tudo isto?
das, directa ou indirectamente relacio
Antes de tudo o mais que também seios e esperanças, de todas as nossas
nadas com as mais gigantescas empre
certezas ou dúvidas será imprescindí
se
temos de pensar o futuro em ter
nós
dados
seus
os
sas do país, lançam
vel procurarmos a realidade que vive
res
digam
mos reais, concretos que
gundo sistemas que se querem infalí
mos. Determinando, desde já, aqui e
peito ao nosso caso específico consi
veis e transformam em índices as coor
agora, a nossa verdadeira situação.
colectivamente.
ou
As
individual
amanhã.
derado
denadas que definem o
T
PO
opol,
lA 1-Y
'PL daJM-I1'
O EQUiLÍBRiO PERFEITO
NA SUA
ALiMENTAÇÃO DIARIA
MASSA
ESCEE.SE
O
PAGINA,19
AMIIO
com OVOS
E
TEMPO-
TEMPO
po
O tempo da mulher
Em ITê aqui a~ no resto do mundo, a mulher vive o tempo do man
'
c~.h da autnotla da responsabIldade.
de total dependcia que era a sua ainda há um sáculo, ps
Da st~
lia deste. os
depois o mardo e u
o pai pe
o ~ do f~
svs a m~hr vie num curo ea de to p mer de
or4e Mhe
us mse económicas que acelrm e proreso, mrc da
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de ríte de própria mudanca, como diz Roberto Oppeeheimer, frente
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~eisto sffuçh d lierdade e rpeabdde. O seu
ao lar e à familia, para
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de «onfinar
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a quem a vida moderna traz dia a dia novas situa
qui ao foi preparada: as mulheu Idosa, sja
m edee;
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fl B~
mo~ dvver a qem e ce
qm nos %am ao amor a è vida e eh o centro das noeas
w~
e eos fMuros uzes dos aes.
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condicnear osMnoo fracassos mas a Ilber
difeete da nom as
~ pracomea poe um vida to
~
m mw u traqulo lugar para a n~ ~lce, no futuro que
o hke usd.
DECORAÇAO
Se você é jovem e vai casar munida de pequeno orçamento para pôr casa, se vive só
o quer tero seu próprio apartamento, ou se vai viver para ornato ou outro local em regime
transitório, será absurdo pensar numa casa mobilada em estilo, e6 para copiar a moda. Os
S-
~
0
~
~'f~"9
~
_______________________
..... ..
...1...
...........
.....
CUIfNAm
0OD A
COSTELETAS DE PORCO Ã
FRANCESA
Preparação: 20 minutos.
Cozedura: 40 minutos.
Para 6 pessoas:
6 costoletas;
60 gramas de banha;
1 colher de sopa de farinha;
2 colheres de sopa de rodelas de pepino
de conserva;
2 copos de vinho branco seco;
Sal, pimenta e uma colher de café de
mostarda.
Tempera de sal e pimenta as costoletas.
Prepare o molho: pique a cebola e po
nha-a a alourar numa colher rasa de ba
nha. Junte a farinha e deixe cozer me
xendo tudo, até que esta fique também
loura. Junte de uma só vez o vinho branco.
Deixe ferver mexendo sempre, junte um
»copo de água e deixe apurar a fogo muito
brando, sem deixar pegar ao fundo. O
molho deve reduzir para 1/3 em 30 mi
nutos. Ponha sal e pimenta no molho já
apurado. Frite as costoletas em banha.
Coloque-as no prato de ir à mesa. Misture
a gordura que serviu para fritar ao mo
lho já preparado, junte o pepino de con
serva e a mostarda, aqueça e sirva na
molheira.
j
UM VESTIDO DE .COCKTAIL--, UM DOS COMPRIMENTOS DA MODA, DAj
COLECÇÃO DE OUTONO 1970/71, DE ÇIRISTIAN DIOR
Nsaúde
&belez
crescer az pestanas e torná4as e-ssas,
faz.a
P ar
istura:
besunte-se a raiz com a seguinte
Dua' coih.res de chá de rs;
de rícino.
oleo
de
chá
de
colheres
-Quatro
segundos
Se arder draete u
st.
que não prildica a
nã
s
As suas pestanas caem com frequência?
Empregue a seguinte Ioç o:
Chá em infusão, 100 gramas; sulfato de
grama.
assuste,
Po
quinino, um
á rios pacofinhos com um grama
C.mpre. na famrc ;
de sulfato de quinino para poupar o trabalho de o
pesar. São muitas vezes obstáculos desta ordem que
varrem as boas intenções. Faça uma porção de chá que
"d para vários dias. Eta receita oferece-lhe resultados
certos. Mas será bom verificar se a queda das pestanas
não é devida a umta dimhsutç o da vista. O esforço que
se faz para se aplicar a vista (antes de sabermos que
precisemos de óculos ou por usarmos óculos com lentes
erradas) produz uma irritaçáo invisível nas pálpebras, que
por sua vez provoca a queda das pestanas.
PÁGINA 21
1
~ - ~
mýý
>10
MONTUýEF
DE .MOÇAMIM
LIE-
TFAXAS
A ABONAR
Julgo
A PEAZO
r~ dstos
a prazo
Igal ou suprior a
Mcias ~ ano
OSMSDSD-õM
~0 dpôstos a prazo
uperior a um ano
LOIJRENÇO MARQUES
-
de barbear
Filosofia .& máquinascoluna
das sextas-feiras, no jornal
Receamos todavia que não se trate de «andameno Conjuntural
desfavorável» mas sim de cansaço estrutural de actividades mi
nentemente motoras da economia moçambicana. A estaga04o, d u
rante a última década, da economia do algodão, as dificuldades
surgidas na industrializaçãodo caju e a necessidade do recurso à
importação de amendoim pura aprovisionamento da indústria de
só
óleos alimentares, constituem obstáculos à expansão econômicapor
removíveis através de acções enérgicas de correcção estrutural,
forma a obter-se melhor produtividade dos factores empenhados
nas produções primárias. E esses factores, essencialmente a terra
e a força de trabalho, são abundantes em Moçambique.
Na sua habitual e conspícua
advogado do Porto
«Notícias» de Lourenço Marques, o conhecido a sua crónica por
generosamente
espalha
que
César,
jr. ngelo
fazia recentemente considerações
vários jornais de Moçambique,
a
muito originais sobre a rebelião do moderno humanismo contra
máquina e a sociedade de consumo. Ei-las:
A ela
A CIVILIZA ÃO não pode ser contráriaao PROGRESSO.
compete utilizá-lo e subordiná-lo.
um
foi
O romantismo idealista, que declarou guerra à máquina,
o
momento patológico da história da vida espiritual.
A incompreensão de Rabinadra Tayore, preferimos o fundamen
tado entusiasmo de Teixeira de Pascoaes proclamando o aparelho
De o jornal «A Capital»:
de fazer a barba como grande conquista humana.
pêlos
Em verdade, nem se pode medir o benefício de eliminar oslâmina
Fez-se referência recente neste jornal e, decerto, em outros, a
uma
de
breve
corte
o
e
do rosto com demorada ensaboadela
inquérito de amostragem efectuado pelo Instituto Português de
um
agrilhoada ou, sem a ajuda da espuma soporífera, graças à cómoda
Opinião Pública e Estudos de Mercado sobre as estruturas da po
pulação portuguesa, respectivos rendimentos e outros aspectos de
utilização da maquineta eléctrica. PROGRESSO, por si só, a pró
Mas ai de nós se julgamos ser o
acentuado interesse sócio-económico. As conclusões não serão, pró
pria Civilização! Desentranhado da escala de valores, que submete
priamente, sensacionais,no sentido de novidades espectaculares,mas
males
o pragmático ao ético, o PROGRESSO realiza o fomento dos
são, com certeza, impressionantes nas suas expressões numéricas.
e até do Mal.
Por exemplo: que 44 por cento das famílias portuguesas auferem
ao
já
E então a máquina ,continua a ser o anjo de aço, mas
rendimentos inferiores a 1500 ecudos mensais. Só um senão de
serviço do Inferno. Anjo mau.
linguagem fere mais desagradavelmente nesse trabalho: o de cha
Num congresso recente, os sábios que nele intervieram chega
«classe baixa» à dos portugueses desfavorecidos da fortuna,
mar
ram à conclusão de que a criminalidade cresce no mundo moderno «classe alta» à dos poucos que por ela foram contemplados. Alta e
como se fora a companheira inseparável da melhoria económica.
baixa porquê? N4o seria muito mais exacto, menos depreciativo
A tal respeito as estatísticas são eloquentes e terminantes: - o
para os que labutam e sofrem o sub-rendimento do seu trabalho,
crime multiplica-se em gestação fatal, nas grandes cidades e nos falar sem eufemismos de «classe pobre» e «classe s-¢ca?
países ricos.
Cidades e países ricos, em que se degradou a moral e a mor
lidad, em que a Religião funciona, como um resíduo comunitário
de velhos e raros.
Ainda não viram fotografias das tatuagens nos braços e no peito
de um suposto rei branco, de um pais evoluído da chamada Europa
O «Diário Popular» obteve o depoimento do deputado dr. Can
cristã?
de Abreu, que foi ministro da Saúde, sobre o trágico acidente
cela
pais
nesse
precisamente
foi
que
anotaram
ou
E não notaram
ocorrido na Guiné, em que perderam a vida o dr. José
helicóptero
de
ou
Negam
pornografia?
de
feira
inominável
uma
realizou
se
que
Pinto -Leite, esperançoso e jovem deputado por Liboa, e maio trás
desprezam Deus, e o crime vem ou advém por acréscimo.
outros parlamentares portugueses. O dr. Cancela de Abreu, que
seguia noutro helicóptero, relatou assim o dramático acidente:
Mais ou menos um quarto de hora depois de term~s levantado
um tornado.
voo, surgiu ràpidamente, julgo que do lado do mar,
°
helicópteros em formação. No n. 1, pilotado pelo
De um editorial da revista «Indústria de Moçambique>, órgão Vinham os trêsviajava,
Lima e Lo
-d
Covas
drs.
eu, os deputados
eapitão Cubas,
da Associaç~o Industrial de Moçambique:
Alves Morgado, que
tenente-coronet
o
ba
mecânico,
da
um
excepção
Frazão,
com
e,
pes
1970
de
semestre
primeiro
o
Dobrámos
e o maior Lemos Pires, que dirige
lança de pagamentos, não se dispõe ainda de informação estatís tinha entrado em Teixeira Pinto,das
Forças Armadas; no n.* t via,
tica que permita uma avaliação razoavelmente fundamentada sobre os serviços de acção psicológica
já° foi.divulgada e que haviam
o comportamento da nossa economia durante o ano de 1969. Entre javam os elementos cuja identidade
raros de ser vítimas do acidente; e no .' 3 viajavam os elementos da
tanto, entre aqueles que sentem na pele os seus problemas,
Salazar Leite.
~sero os que ficaram satisfeitos com os resultados do ano findo e Imprensa e Televisão e o deputado'
O helicóptero n., 3, que seguia mais atrasado, viu-nos entrar no
que não sentem preocupações quanto à evolução que se vem pro
cessando até ao presente.
tufão, sermos apanhados pelo turbilUio e comunicou por fonia que
toda a os
A escassez de informação económica, que torna a economia de abandonava a forrmação. Entrados no tornado, perdemos
é pécie de «contrôle», passámos por momentos de verdadeira aflição
MoÇambique porventura a menos conhecida do espaço português
Ftm
de
bem patente nos relatórios das empresas e instituições cuja índole e creio que nos salvámos por milagre de Nossa Senhora
mais ntimamente as relaciona com a actividade económica da Pro
que
vincia. Sem falar do relatóro anual do nosso Banco Emissor,
nem sequer se refere à situação económica de Moçambique, nos dos
da
actualidade
de
falta
e
pobreza
a
bancos a luta contra
restantes
informação estatística é bem patente e motivo de gerais lamentações. Casou outra vez ... e não
ronistas
aos
excepto
aproveita,
Desta situação que a ninguém
A página «Cartaz», do jornal «Noticias», de Lourenço Marques,
comen
da economia adjectiva, resultou que se tenham empolado os
nesta secção da nossa revista um lugar muito mais des
mereceria
paga
de
balança
da
anómalo
fortemente
o
sdo
do
volta
à
tários
da falta de espaço, não resistimos à tentação de
mentos em 1969. A ircunstância de esta reflectir directamente uma tacado; apesar
a das transferãn transcrever esta, de uma das suas últimas ediçes, como exemplo
dificuldade a que a Provínca é hipersensvelde uma noticia com verdadeiro interesse para os leitores daquele
foi mais um incentivo à discussão do pro
dei para Metrópole
blema, em que foram postas em casa as bases do sistema que importante jornal:
,-MARIA DOROTEIA, mesmo sem me ter dito nada, ela que
rege o funcionamento do Fundo Monetário da Zona do Escudo e
assun
tanto me telefonava há algumas semanas para determinados
até o próprio regime d emissão de moeda.
....be da notícia e aqui ficam os votos de
boa sorte.
1n1«ria a existência de «um andamento conjuntural desfavoráveb:
Eufemismos
Testemunha ocular
Economia de Moçambique
disse nada
PAGINA Z3
QUIMICA GERAL
a indústria química
servindo o progresso
OS MELHORES ADUBOS
PARA A AGRICULTURA
DE MOÇAMBIQUE
OUIMICA GERAL
Sede e Ecritórios:-
Predio Montepio, 2." andar - L. MARQUES - Instalações Fabris: - MATOLA
INTER
QG1'69
TEMPO
VVMOS
,M (U
A CONTESTACÃO
camas
resida na imensa desigualdade
que se verifica na distribuição da riqueze
das nacoas: dois terços da populaçao
total do Globo dispoem, apenas, de
_____________________________________
________________________________________contestaçao,
•
~à
~maçoes
.......
l
por cacto dos rendimentos mundiaiS.
Um político acrescentaria que á exacta
mente deste facto que deriva o clima da
antipartidarismo a instabi
lidada social que se verifica um pouco
por toda a parta. Falaria, talvez, nos
-hippies-., em Maio de 1908, nos movi
mentos estudantis e de nova esquerda,
na perda de influência do Partido Comu
nista tradicional frente à renovação
maoista, nos reflexos da guerra do Viet
name, no aparecimento da necessidade
de uma nova consciencialização frente
realidade. Seria secundado pelas afir
da um sociólogo que, possivel
mente, frisaria a ideia da que tudo isso
ésíntomático de um mundo que se re
nova, que caminha a passos cada vez
mais largos para a .sociedade ideal»,
E, se interrogássemos objectivamente
asse sociólogo sobre o presente, ele tal
vez nos respondesse que, embora náo
seja a;nda necessário procurar uma nova
definição para a palavra progresso, é já
premente e necessidade de novos proces
sus de análise para este mundo em que
vivemos e em que a História, pelo me
nos assim pere.ce, deixou da respeitar
as regras de um jogo que se julga conhe
cido. Seja como for, porém, a noçeo de
esperan;.a ser'ia decerto uma constante
envolvendo toda a sua arguntentaçeo
hoje servida por novos processos cien
tíficos para previsse do amanhã em to
das as suas consequências.
E naturalmente nesta contextura que
aa fotografias que ilustram estas pagi
nas reflectem que a revista TEMPO se
insere como novo órgao na Informação
de Moçambique, Uma contextura em
constante evoluçao e com a qual
-
como
um dia o disse por outras palavras Aí
brt Camas
-
o verdadeiro jornalismo
se deve comprometer na sua funçeo his
tórica de testemunho do momento, de
todos os momentos presentes.
O MUNDO EM QU]
A PAZ
Sim, a Paz será possível um dia. Entretanto, entre o desespero e a simples
evasão às mais prementes realidades, o Homem vive conquistas da Medicina como
as constituídas pelas transplantações de coração efectuadas pelo «playboy» Christian
Barnard e empolga-se com a chegada de Neil Armstrong ao'solo da Lua. A mini-saia,
os Beatles, Bob Dylan e a maxi-saia são outros tantos nomes para o escapismo. No
reverso da medalha, o abismo cada vez maior separando os países subdesenvolvidos
das sociedades teconlògicamente mais (cada vez mais) avançadas, um imenso mundo
em que ainda se morre de fome, a existência de milhões de homens para quem viver
não pode ter qualquer sentido. Parafraseando um «slogan» do Maio Francês: A Socie
dade é, ainda, uma flor carnívora. A questão mais premente será: até quando?
A VIOLENCIA
Aguerra é ainda uma constante donosso tempo. EmBiafra. onde em dois anos
marre mais de um nlhão de homens. m e e crimans, noV~
, Camoja eu
MédioOrieute, um pouco por toda a parte - na fruteir si~osoviética, na "Ilvia,
na Ãfrica Austral, noChade, naíndia - homens amados disputam pasikies, defendem
btemes, matam e morrem e destrólem em nome das mais diversas causas ouprin
cigIos. EmPraga, onde a Primavera demorou cinco meses após a queda deNovotny
(MarO de 1681 a figura de Du~eu com lirimas nos , i n
o
Çt O camuisam das mitares sviéticus no. era a mWsião dofaturo em eo
skibób deumadm realdade. E,asfiguras de Joh.K~ y (assass
emDalas
m Novembro de 1963), de Malcom X (morta em 21deFevereiro de 19S), de Guevara
(1de Outubro de 1967), de anPalach (que se suicid pela fogo
em Praga em 16
dJaneiro de 1969). de Martin Luther Kin (morto a tiro em Abril de 1968)e de Bob
BANCO PINTO
& SOTTO MAYOR
oTEM SEMPRE
A SOLUÇAO
b QUE LHE CONVÉM
PÁGINA 28
......
1
a5
1
1
1
1
1
1.
1
1
1
1
1
1
E
aluuuunulanuu.IuuUmIUIUanamiUIIuUiJI
A-BÊ:-C :
2 das mais comezinhas regras que sejam de apresentação as pri
meiras palavras. De qualquer publicação que inicia a sua actividade como
de qualquer secção - é o caso de «Trópico> - com pretensões a regular.
Regra empirica de sua natureza, mas consagrada e de solene aceitação
nos múltiplos actos da vida quotidiana. O ritual da apresentação toma
&nfase ou não consoante o temperamento das pessoas e as situações que
o provocam.
Já que terei de cumprir, aceitarei aquela obrigação torcendo quanto
possível os seus moldes tradicionais. E não será desajustado dar-lhe um
sentido mais concordante com a função do plumitivo.
A apresentação e outras situa~Ses semelhantes, estereotipadas pelo
uso e pelo abuso, causaram mesmo, em certas palavras, um notório des
gaste. Termos que usufruiram noutros tempos de peculiar pujança e viva
cidade surgem-nos hoje lassos e desbotados, vestidos ao estilo de toda-a
-estaão. Têm assento marcado em determinadas assembleias e quase se
poderiam inscrever nas ementas que sempre acompanham especiais tipos
de homenagens. Não estranha assim que duas pessoas, postas frente a
frente pela primeira vez, assegurem urna à outra o seu «muito prazer»
ou «muito gosto» no conhecimento, antes mesmo deste se tornar efec
tivo. O que, na maior parte das vezes, nunca chega a suceder.
Posto perante tal perspectiva, como poderei agora garantir - sem
risco de ser mal interpretado - que sinto prazer em dialogar consigo, lei
tor, através das páginas «off-set» desta nova publicação ? -Sem querer
(a gente tropeça em termos assim rombos de sentido a torto e a direito)
lá meti eu um vocábulo em voga, muito «up to date», cuja significaão,
de enublada, não é com precisão que se distingue: dialogar.
Mas é de resto o que eu quero dizer. O simples acto de escrever de
nuncia, do meu lado, a predisposição para a nossa conversa, que em prin
cipio deverá ser semanal. Sublinhei a palavra simples já com uma d
na manga, qual a de me contradizer, desde já, asseverando que aquele
simples acto não é um acto simples. Peço licença para me socorrer dos
tratados de fisiologia e adiantar que a escrita exige um não desprezável
esforço da parte de quem a pratica. Não obriga ela à movimentação isó
crona e ordenada de meio milhar de músculos?
O esforço do acto de escrever (e nele se condensam também as car
tas para a família) nem fica nem começa por aí. Se se estende, como
estende, à exigência de quietismo que recai sobre todos os outros mús
culos não envolvidos directamente naquela prática, é preludiado todavia
pelo acto de pensar, a partir do qual se forma.
Aceite que o esforço existe na simplicidade de um acto que não é
simples, ai está - e dentro do que é usual no formulário das apresenta
ções- quanto prudentemente poderei prometer: o esforço. Com ele, a
possibilidade do contacto (entreluziu na minha mente o vaga-lume do
diálogo) regular com o leitor. A conversa sem cerimónias que tanto
quanto possível nos interesse, admitindo e louvando até o salutar desa
cordo que por certo aparecerá muitas vezes a dividir as opiniões, as de
quem lê e as de quem escreve. Porque discordar pode não querer dizer,
rigorosamente, estar dentro da razão ou estar fora dela. Acima de tudo
traduz raciocínio, o qual, quando exercido na sua plenitude e expressado
em termos que o não traiam, envolve uma atitude amplamente positiva.
Sem ela não se chegará à razão. Não é com estranheza, mesmo de nariz
à banda, que aceitamos a sistemática unanimidade de pareceres e opi
niões de certas assembleias? ....
uuuu.uuunm,,mnunninflflUflIUU~mUflINflUtU~hIUUUUIUNImflhmnIHh
1
1
1
E
3.
a
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1
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PÁGINA
TRANQUILIDADE
COMPANHIA
DE MOÇAMBIQUE
DE
SEGUROS
ESTE É UM SfIBOLO DO PROGRESSO
Josê A, P. Domingues
DESPACHANTE
ALFANDEGA DE
OFICIAL
LOURENÇO MARQUES
AV. MANUEL DE ARRIAGA, 173.1.- ANDAR
LOURENÇO MARQUES
TELEFONES: 6252 e 2347
CAIXA POSTAL 515
PRÉDIO
CAMARA DOS DESPACHANTES
OFICIAIS
TEMPO
m
+emo
um15
Sou do tempo em que o Elvis fada furor
m vendio *os mn
&ts
lã na taba
h
ri. 4ahgy
Ses. Tm.
bim bati o p& no Sda, ao ver o «*. 1. Nu.., observei a chegada do CHlff.do Tosmy Senda, do Ufil*
EIclard e do Nu1 Hdey. splgev~e
aquela md<. diferente - porque o era, um dovida - embora
nio me disase. quem nada.
,.
do ter que apreandr
Entretanto, comeei a csar-m de ouvir o EMlvidizer que estava muito
uma nova dança todas as aemanas. No fundo. a cois= era sempre a mene. E enfio o entuano foi as
a t
fecendo. E tvmos em 62 e ou. um pouco mais velho e vamos lã, com um pouco mais de curiosi
lectual. Descobri ontio o ajam, talvez porque vism nele afinai, muitas das ralas daquela msica que mo
tinha ficado gravada na mente.
do na
O aiam ora na verdade uma coisa meis ia - assim o didam com ar premnço m oa ~
ra~*na. Elo estava, porim. na altura, estagnado. .Aim, depois de ter ouvido tudo o que um bom elau.ma
podia ouvir, o cansaço velo de novo.
A música deve ser algo de peraens
evoluçgo. Como todas as formas de arte alis. Mos mais eta.
por ur a que coague0 com maior facilidade, quebrar barreiras de Tempo a Espaço. Clro que podem dis
t, as veroidaras obras-prims, troamn smpre algo de novo a todes
co«rda. Afirmar que os eclisicom da
as 4p«as De acordo. Mas devem sr a"eites negundo a perspectv do tempo em que foram faltas eIen
em que do reIdzas.
Dbruca~ ob
a msica meis sri ( ou do que II ptetendo que sla)- a clsca. ~io e~4
ela. em boa verdade, empacotada, rotulada, transformada num mito? Tudo o que sa foz acerca dela fi
repetir ano após ano, que aquilo dsm 6 que era msica. Torni-la priviléglo de eiite s, («A que ido elo é
para roli,. E assim srgem os concertos das abas de grilo». Dos vestidos de eore e dos *~efoi .
aa gente b
vel. e ode toda a gente b
adormece por si*tema, Os comentro dlo sm
Onde
e
pr os mesmos:fenomenal, magisral, maravilhoso. E sal Jeus que para o povo o fado 6 que ain
o vinho 6 que dnstr6i. el lenascom as alienações musicais da juvantude, com essas ritmos brbaros...
Ai astemo a esquecer em pequeno pormenor. a que sa essa tal música d6ne (?) o 6, foi porque sa
depois um empacotamento caracterrlsca
popularisu verdadeiramente no, tepo em que foi feita. Depois
monte b
s
as
de e para burgueas. E Ns a quisermos verdadeiramente
divulgada temos que a trer ao confacto com o povo, com a maioria, pelos v*.e
culos sosoros mus perefrides. Miurndo-a, Integrando-a nesses veculos. A em res
peito posso já afirmar que fiserem os leaties ou o Ekmption mais por isso, do que
muilos c~certos sofisticados e soabs.
.,C.AEL WÍOD.,O. Tempo
(Realizador do filme WOODSTOCK, sobr, o festival)
«-
C
o
«0 MEU FILME É O MELHOR»
Para estreia desta subsecção
de TEM PO/POP, inserimos
hoje excertos de uma entrevista
concedida pelo realizador de
um filme sobre' o festival de
WOODSTOCK -
que em breve
teremos a oportunidade de ver
nas telas da capital - à revista
-Rock & Folk».
Apresente-se
-Chamo-me
Michael Wad
leigh, director .de «Woodstock»
e tenho 28 anos. Vivo, durante a
maior parte do tempo, no ar po
luido de Nova york. Aprendi o
meu oficio fazendo documentá
rios para a cadeia não comercial
da televisão americana. Fiz fil
mes sobre os problemas das uni.
versidades, sobre a questão dos
negros e sobre os brancos po
bres dos Apalaches.
- Tirou algum curso de ci
nema?
-Não,
mas li Já uma quanti
dade industrial de livros técni
cos. Para ser contratado pela te
levisão, baratinei e inventei uma
história, dizendo que já tinha
produzido filmes na Califórnia.
Eles acreditaram-me. Passou-se
isto há cerca de trs anos. Desde
então, produzi já mais de vinte
filmes.
- Fale-nos agora de «Woods
tock». Como trabalhou no plano
técnico?
-Constituíamos
uma equipa
de 80 pessoas. Isso custou cerca
de três mil contos, dos quais a
maior parte foram emprestados.
No filme podem-se observar vá
rias imagens simultáneamente.
Eu quis dar a impressão que se
tem quando, num concerto, uma
pessoa olha à sua volta. E há
assim, também, a possibilidade de
se poder escolher. Cada uma das
pequenas Imagens, não é muito
importante. Excepto quando uma
canção se torna séria, ou quando
Richie e Havens, por exemplo,
ou Joan Baez ou Coutry Joe ou
Jimmi Hendrix se encontram em
cena. Então todos os olhares
convergem na mesma direcção.
Dai existir nessas alturas, una
imagem apenas para toda a
gente. Escolhi primeiramente, as
canções cujas letras fossem
essenciais. Woodstock tornou-se
o símbolo da jovem América.
Não existiu lá violência. O estilo
das canções, a gentileza dos ou
vintes, a partilha dos alimentos,
aqueles milháres de pessoas que
a tudo resistiram para tudo po
derem testemunhar, ludo isso
diz muito acerca dos jovens. Por
tudo isso, seria desonesto ter es
colhido canções de amor todas
«cor-de-rosa». Crosby Stils &
Nash cantam também canções de
amor, mas de uma forma muito
mais livre.
lIt
fI11IN
Como 4 de «Let It Be» que queremos
falar, digamos imediatamente que este
disco demonstra pelo menos, cabalmente,
uma coisa: que quatro Ieatles juntos va
lem muito mais'do que três Beaties sepa
rados, pelo menos. Comparado aos- po
bres álbuns de Ringo e de Paul, este
pode fãcilmente fazer figura de obra
-prima. Não contém surpresas, é certo.
Mas quem desconhece que o tempo das
LET ITBE
Let I ltS: Apple PCS 7 09.
Ainda elesl O tom desta exclamação
pode variar até o infinito, exprimir o en
tusiasmo mais intenso ou o aborrecimento
mais profundo, consoante
consoante o
qu6? Consoante se seja emenino pop» ou
progressista convicto? Adepto da socie
dada do, consumo
ou do «underground»?
A ovoluçio das reacções do público em
mcdorde cada nova obra dos Beafles são
de tal modo significativas, que lembram
cada vez mais a morte de um grande
amor. Embora tudo isso seia relativo, pois
se nos formos a fiar nos números, o
grupo nunca foi tão popular. O público
de que falávamos, aquele que queima
hoje o que adorou ontem, não constitui
mui5do que uma pequena. inoria. Aquele
que se compõe de econhecedores, dos
verdadeiros «amantos do pop», aquele
que está ao corrente de tudo o que se
tal Esse não Julga oS ailes senão com
parando-os com o que fazem os outros
onjuntos, não tomando como termo de
comparação apenas os mais progressistas
o para afirmar que em relação a eles,
oseatles enfãio lã ultrapassedos. É certo
que **estão ultrapassados. É certo que
Jimmi Hendrix ou o Ufetime de Tony
Willliams vão um pouco mais longo. E de
pois? Ap*sr de tudo eu defendo-os, en
quanto todos os atacam, e porque o seu
PÁGINA I
último álbum
eet It Be», me agrada.
Sim, eu defendo-os, porque sempre fixa
ram música boa. Muito boa mesmo, por
que continuam a ser os mestres incontes.
távois da melodia epop» e maravilhosos
intérpretes, e porque, sobretudo, ohl so.
bretudo porque não se tomam a sério
(escutem o anteentróito de «Let It Ben,
aquela v¿zinha ridícula que anuncia: sE
agora vamos tocar» «Todos os anjos Vie.
ramn). Que o conjunto não progrediu
tècnicamente desde o uLP» «Sgt. Pep
per'se? É incontestável. E depois? Evo
luiram por ventura os Stones? O mal é
que sempre nos habituámos e pedir o
impossível aos Beatles. Era necessário que
eles tivessem permanecido os composito
res que são, os intérpretes que são, a
ainda que rivalizassem em virtuosismo
com Jimmi Hendriz ou Clapton. Enfim,
eles'deixaram de existir como conjunto #
esta será a última otasião que os seus
dtractores terão para os apunhalarem
pelas costas.
surpresas para os Beatles-grupo, já pas
sou?
Escutar Paul em «Let It Be», e escuti-lo
no seu próprio álbum é chegar à conclu
são de que ele, mais talvez do que os
outros trás, perdeu bastante ao precipitar
a dissolução do conjunto. Cantor soberbo
e compositor inspirado, brilha aqui com
um singular aparato, enquanto que soli
tário, não é mais do que um bom artista
no meio de tantos outros.
Porquê? Talvez porque os BSatles não
seiam em grupo, a expressão real daquilo
que são como indivíduos. Talvez porque
fabricassem a quatro, com técnicas com.
provadas, receitas repetidamente compro-
vadas, uma arte totalmente estranha
sua mentalidade e às suas preocupaç&
de momento. Uma arte distanciada, ine
pressiva, mas à qual, e é aí que inte
vem o milagre Beaties o inexplicãvel qi
podemos classificar de genial, por N
sabermos qual procedimento ou qual pr
funda sensibilidade (não pode ser outi
coisa senão a consciência profissional
o grupo lograva sempre encher uma pa
cela de vida, um rasgo de bom humo
um brinde de humor. E é aí que inte
vêm o paradoxo que ilustra admiràve
mente a fuga solitária de Paul: sem
tivação real, a ssa arte era infinitameni
superior à que se propõe hoje em di
e que se deseje ser o reflexo da soa viu
sentimental. O caso de Ringo é diferent
pois de instrumentista (e não subam.
quão inexpressivo instrumentista ele é
tornou-se cantor, mudança que exclui to
a possibilidade de julgamento. E Georgi
E George? É preciso esperar o seu álbu
com Dylan para podermos falar, pois s
ria bastante injusto condená.lo musica
mente tendo em vista os discos que pr,a
duziu. O caso de John é de longe o m
interessante, pois é o único dos Beath
a possuir uma mensagem tão forte, qt
consegue ultrapassar o conjunto. Exist
atrás da facilidade de escrita (musica
de John, qualquer coisa que é uma pI
derosa motivação e que lhe permite cri,
sbzinho (com Yoko, mas Yoko é ele), um
arte renovada, menos açucarada do qt
a dos eatIls, menos rica melódica
harmoniosamente, mas com um impact
mais raivoso. Ao contrário dos seus tMt
amigos. John é frequentemente visitad
pela inspiração na vido db todos os dia
Resta-nos, pelo menos, isso. Isso e eLÁ
It Sex. Disco o esouvenir» maravilhoso,
T~M
WOo dstock, ou o instante de uma época onde as «vibrações» fo
de pessoas de sem
gam mais plenamente sentidas pelo maior número
(ou
pre. Esta a máxima em que se tornou um mero- festival <pop»
«pop»> realizado
festival
mero
que se supunha viesse a ser .mais» um
no mês de Agosto de 1970, no estado americano da Califórnia, planí
ciede Woodstock.
meio milihão de
, Durante três dias e três noites chuvosas e frias,
vibrou e
jovens, arrostando abnegadamente todos os contratempos,
manteve-se unido escutando as palavras e os sons de pIguns dos maio
actualidade.
da
res nomes da música «pop»
Chamou-se a isso «três dias de paz, música e amor», e ýafrase não
veio a tornar-se utópica ou irreal. Ela constitui antes um modo de
vida livremente aceite no meio de uma planície norte-americana. Mais
importante do que a música em si - ela foi apenas o pretexto da
reunião -, mais importante do que os números, há a assinalar o com
portamento desses jovens, traduzido na fórmula que um locutor trans
mitira na abertura do festival:
«-O festival vai ter inicio. Tudo correrá da melhor maneira, ape
sar de nem sequer termos sonhado com uma afluência deste género,
se todos nos lembrarmos que o homem que está ao nosso lado é
nosso irmão.»
O mito Woodstock é pois feito disso mesmo: da fraternidade, do
desejo de paz e do amor entre todos os homens. Mito que toda uma
Juventude dos atribulados anos 70, anos das sociedades do ndividua
l mlno,dos Vietnames, da fome, da opressão, procura com desespero.
Uma procura que se reflecte no seu comportamento, na sua arte, na
sua vida.
Woodstock constitui pois como uma vitória nessa procura, uma
suave e doce alienação em que se pôde pensar aquela planicie como
um mundo presente e futuro.
Os três dias passaram e as engrenagens da sociedade nem por
cmrto deram conta desse grão de areia no seu maquiiismo bem
oleado. O importante porém, é que foi aventada a possibilidade da
sua concretização. O vento da esperança sopra agora mais forte na
vida de uma geração: a geração de Woodestock!
O VEICULO DE UM MITO
Restringido aos seus condicionalismos de espaço, o festival de
Woodstock, o mito que o rodeou, foi feito mais realidade através de
un filme. í certo que não é exactamente a mesma coisa do que ter
ter participado na reunião, pois podemos ver o Woodstock
assistido,
filme, sem sentir um milésimo da vibração que existiu em Woodstock
-festival. Nele não podem ser comunicadas, apesar de tudo, muitas das
coisas que estiveram presentes e que só se vivem num clima completa
mente humano. De qualquer forma, Woodstock-filme, servirá como
veículo de um mito, mais um, talvez, mas um. A fotografia impessoal
e externa de uma alma universal: a juventude.
A película, que dura três horas, é tècnicamente excelente, e foi
feita da selecção de 120 horas de filmagens. Fruto de um impressio
nante trabalho de montagem que permite muitas vezes, através de
uM «écran» dividido, ver a mesma cena sob três aspectos diferentes,
Ou várias cenas simultáneamente. O realizador Michel Wadleigh, com
Os seus vinte operadores e os seus vinte engenheiros de som, cons.
truiu maravilhosamente a película, de um ponto de vista puramente
mS*tico: Sem cessar, durante três horas, imagens e som debatem-se,
ferventes, terrivelmente importunantes, numa orgia colorida, torrente
majestosL 0 principio foi de restituir Woodstock na sua totalidade,
extamente de não menosprezar nenhum aspecto do acon
S
tecimento. É por isso que Woodstock não se queria um filme sobre
que actuaram no festival, mas reportagem, entrevista,
he-juntos
modelo cem por cento copiado da
televisáo, completo (Por aquito
~r)
que o possamos julgar, é
sobre esses três dias e três noites,
o que se -fez, o que se pensou.
Assim, as passagens puramente
musicais são separadas por apon
tamentos com as pessoas envolvi
das (organizadores, público, o ho
mem do canto, os discursos de In
trodução), ou com pessoas que
julgavam está-lo (pessoas da al
deia próxima, dos veraneantes).
Elas dizem coisas Interessantes,
por vezes, grosseiras como os amua
atores, noutras.
Três horas que satisfarlo intei
ramente os olhos e os ouvidos. Z
o espírito? Henri Chapier no
«Combat»: «Sejamos sérios! Woda
tock é interpretado pelos nosos
amigos de «esquerda» como um
fenómeno social, o que quer dli
CONTINUA NA PAG. S
PAGINA 33
FACTOS e FOI
Quando você deposita
no Instituto de Crédito
de Moçambique o seu
dinheiro é garantido pe
la Província e os juros
estão totalmente Isen
tos de lmpost~s
E Isto é,
aI só. o bstante pra ue v e se torne
depoelte/do 1.C. M., único estabelemento deo
d ito
ossjs depitos benefle"
destas regalias).
enterro
uoçcassDE
OIPóSITOS
1
A PRAZO
Entre 3o e go dias ..................
Entre 91 e 8<odias ..................
Entre iSi diase s ano ..................
A partirde i ano e i dia ...............
DIPÓSITOS
A
5%
5,5 %
ORDEM
Até ooooo$oo
.................. ,5%
De xooo(o$oo a Soooo
-155
5.5%
4%
DELEGAÇÕES
DE MOÇAMBIQUE
.........%
SERVINDO A ECONOMIA
NOVO PRESIDENTE PARA O CHILE
Salvador AlIonde, como lhe chamar#
as agancias internacionais,
marxista eleito para presidente
o <primo|
de R
ganhou
pblice num país ocidental»,
recentemente r*
eliçes nopresidenciais
lizadas
Chile. Ali*nde. que era cc
didato ,nico da esquerda, no obev
no entanto. a
absoluta
mais um voto domaioria
eleitorado)
e, nos(50t.
mos da Constituição
chilena
6 ao Pa
lamento que cabe escolher, dentro
M dias,
presidente que scederA
cri•latidemrocrta Eduardo
.rey, eMia
INTERCÂMIO COMERCIAL
MO
ÇAMBIQUE E O BRASIL-AENTRE
iniciativa
para um efectivo Inter~»mbio comercial
entre Moçambique e o Brasil pertencou,
no m áximo da sua força, aos cepitães
da economia do Edsao de São Paulo.
Numa segunda mlxxo oficial, em grupo
de i Indllduídades brasleirsdeo
co~-* a Moçambique
ob'ctvo
principal de fomentar com
o oIntercâmbio
comercial entre o territ6rio a o país
misslo, chefiada pelo dr. L4
Im&o.
Ilo
de A
Tolode
Pixa, preddeate do Banco
do Estado de São Paulo vice-presidente
daeVolkswao,
do Brasl, presidente da
Associaço Nacional de Programaçio
co
c Socil, e da AsiscIação No
cional de Pesquisas e Estudos Sociais,
cumpriu neste Província um apertado
programne de trabalhos de forma a dar
I0lo. quanto nts à dmlioda troca de
nrcadorias. Com menos dois dias do
qe Inicalmest
previsto^ o programa
f de ce
modo afectado, no que so
reere. a Moçambique. onde s verifico
a inclulo de algumas visitas mera
mente teristicas
m&is votd
primeIros candidatos
dos,doisprecisamente
os
Salvador Alnde
Jorge Alossandri, que a si pr6prio 1
chama de *candidato independentes. N
gravura, Aliande (à esquerda) e Alo
sendri: um dos dois será o novo pri
sidente do Chile
SUBSTITUIDO E PRESO UM BISPO CA
TOLICO DOS CAMARÕES O bispo
cat6lico do Nkomgsamba (nos Cama.
ras) f
preso recentement pela Poli.
da de Segurança de Yaoende. precisa
mnte quando regr0ssava de urna
vigem a Roma, sob a acusaçio de
conspirar contra a pessoa do presidente
Abidio. Note surpreendente: o Papa
Paulo vI havia-o substido nas sas
feções de Ipo de Nkomgsmba dias
ates de le ser preso. Na gravura, e
Iltima foto de monsanhor Ndongmo an
tes dae ma viagem ao Vaticano
OS GUERRILHEIROS ÁRABES
e
OS AVIÕES
PÁGINA 34
JORNALISTAS VISITAM , METRPOLE A
na
Regressaram
CONVITE DA TAP quinta-feira, dia 17, a Lourenço Marques
os jornalistas que haviam seguido no pas
sado dia 12 para Lisboa, a convite do
presidente do° conselho de administração
da TAP, eng. Vez Pinto. Entre o grupo
figuraram pela pr'meira vez representantas dos emissores regionais do Norte, ex
tensão merecida e que nos apre registar.
«Tempo» foi representado nesta viagem
pelo seu chefe de Redacção, Mota Lopeu,
que se vã na gravura conversando com
o delegado da TAP em Moçambique,
sr. Manuel Frade
1
1
0
f"
.RAM AS AULAS-- Começaram na passada segunda-feira, dia 14, as aulas
s as escolas primárias o do Ciclo Preparatório da Província. De norte a sul.
e milhares de crianças voltaram a encher at à saturação estabelecimentos
o oficiais e particulares. Na gravura, uma imagem do primeiro dia de aulas.
Ainda cheira a rosto de fárias.
Perante a impotáncia dos governos dos países mais poderosos do Mundo, os cha
mados *Comandos Palistinianosm. organizações revolucionárias árabes, desviaram dá
rotas e apoderaram-se, em dois dias, de quatro grandes aviões a jacto de quatro
das principais companhias de navegação aérea. Com os aviõas, retiveram num aeró
dromo improvisado do deserto de Zarca os passagelros e respectivas tripulações,
exigindo a imediata libertação de árabes acusados de tentativas de desvios de
aviões e presos em países ocidentais. Depois, como a resposta a esta exigência
demorasse, destruirem os quatro aparelhos apresados apara fazer pressão sobre 'os
governos ocidentaisa. Perante a condenação geral do mundo inteiro, os ecomandose
libertaram parte dos reféns mas mantiveram 40 pessoasaté que os guerrilheiros pre
sos seiam postos em liberdade. Um rude golpe na segurança da aviação comercial
e no eplano Rogerio para a paz no Médio Oriente. A sequência das nossas gravuras
mostra imagens da dramática situação no deserto de Zarca e um dos aparelhos
destruidos, um eloeing 747». Só os prejuízos da destruição dos aparelhos sobem
a mais de dois milhões de contos
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Ditiai
Goero
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esi
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a de. esíio
qu
E,
a.
eal
aepis ae
•IL~ NJ~T pc U•RL\•JI
desolação:
denominador comum das principais
regiões agricolas do sul
Com as suas ruas ensolaradas e quentes
mergulhadas num céu que é azul e sem
nuvens até perder de vista, a cidade de
João Belo sente em toda a sua dimensão
o imenso drama colectivo que avassala as
principais regiões agrícolas do Sul de Mo
çambique. Conversa número um nas casas,
cafés, esplanadas, restaurantes, recintos de
diversão e, mesmo, no Clube, a seca não
deixa ninguém indiferente e, poderá di
zer-se, toda a população segue, dia após
dia desesperadamente, uma situação que
PMINA
!
2*
PÁGINA 38
pela primeira vez pode ser previsível em
Março. Por outro lado, grupos de trabalha
dores rurais afluindo às suas ruas e subúr
bios reforçam ainda mais esta consciencia
lização do problema que Lourenço Marques,
situada a mais de 200 quilómetros para o
sul, não vive nem sente da mesma maneira.
Mas Lourenço Marques é excepção: na Ma
nhiça, Macia, Xinavane, Trigo de Morais,
Caniçado, Magude, Chibuto ou Inhambane,
nas aldeias do Colonato ou nas povoações
do interior, por toda a parte onde a Repor-
tagem chegou, a.estiagem também está
presente nas discussões e nos gestos dos
homens que a medem em termos de ma
nadas de gado que procuram água e pas
tos, de sementeiras que estiolaram sem as
chuvas, de longas estradas e caminhos
poeirentos, nos novos significados que
assume a palavra sobrevivência.
As últimas chuvas já caíram há muito
tempo mas a data exacta em que elas se
verificaram (Novembro do ano passado em
João Belo, há mais de três anos em MaTEMPO
gude. por exemplo) está tão presente em nas terras aradas que plenas de esperança
o solo se tor
todas as recordações quanto a imagem aguardam chuvas mas onde
actual de imensos regiões totalmente calci nou tão duro que parece cimento, nas vas
nadas pela estiagem que gradualmente fez tas zonas secas e poeirentas até perder de
secar os cursos de água mais importantes, vista onde o verde escuro das plantas xeré-
as lagoas, e outros reservatórios naturais.
0 próprio rio Limpopo. cujas águas salga
das e estéreis devido ás marés penetran
tes do indico, onde desagua, banham Joo
Belo antes de se estenderem até i pente
de Sicacate, no Chibuto, encontra-se total.
mente seco para montante. Eaté mesmo na
barragem Trigo de Morais -hoje assu
mindo o valor do mais absurdo símbolo da
rigorosa seca que assola Gaza - o seu leito
está transformado num profundo vale de
estranhos e quase belos paralelepípedos de
matope fendido e empedernido pelo Sol,
que se estendem de margem a margem, e
onde os homens cavam ainda, normalmente
em vão, procurando as últimas gotas de
água. Omesmo se pode dizer do Incomáti,
agora uma imensa e coleante mancha
branca de areia seca nas proximidades de
Magude. dos canais de irrigação, de quase
todos os cursos de água maiores ou me
nores, das lagoas e dos açudes. Por toda
a parte, portanto, a desolaão, Desolaçião
Patente nas machambas epropriedades agrí
colas que ladeiam as estradas e os cami
nhOs, nos campos que já foram promissores,
PÁGINA
39
filas, por vezes floridas, parece zombar das
dificuldades dos homens. « pior seca de
sempre» -ouve-se dizer a toda a gente
por toda a parte- «Nunca, nem mesmo
nesse ano de pesadelo que foi 1941 as chu.
vas tardaram tanto como agora. Que será
de nós se tudo assim continuar?...» e a res
posta, que tarda, que cada hora quèpassa
torna mais e mais urgente, que continua
a fazer crispar rostos impotentes, essa res
posta é procurada no azul sempre azul de
um céu quase sem nuvens que tudo envolve
em silêncio, calor e desespero.
sobreviver
Entretanto, enquanto não se concretizam
os anseios dos homens qie pedem chuvas,
a palavra de ordem é sobreviver. E assim,
o espectro da seca não é já, apenas, a
falta de água. É,também, a abnegação com
que muitos agricultores e criadores de
gado, principalmente os mais evoluídos, ýe
agarram às suas terras tentando salvar por
todos os meios o que ainda é possível sal
var. É a busca incessante de pastos e água
por manadas que ao longo de longas via
gens deixam atrás de si os animais mais
Velhos e as crias incapazes de suportar
por mais tempo as infindáveis estradas e
picadas do mato. É,ainda, a falta de milho
abudante, a especulação, as preces nas ca
pelas e igrejas, as povoações abandonadas
e vazias, os tormentos sofridos pelos ani
mais bravios que assolam os povoados, as
aves voando baixo, a sofreguidão com que
se procuram as últimas gotas de água.
No entanto, num plano paralelo a tudo
isto a esperança em melhres dias ainda
não abandonou totalmente os homens, as
mulheres e as crianças. «Fico. Tenho de sal
var o que me resta ...» ou «É a única so
lução. Que mais havia eu de fazer se não
lutar pelo que é meu? ...», são frases que
surgem no meio das conversas, pronuncia
das em voz quase cinzenta e monocórdica,
despida de toda a paixão ou desespero. Pa
lavras que assumem uma nova dimensão,
que ficam.flutuando à altura dos ouvidos
e no silêncio das planícies como estranhas
flores que não morrem com a seca.
contra
piente a uma implacável guerra
facto de
no
reside
,p;eculaçãode água
ter verificado como sendo
dos furos
número
,,lg8da grande outro lado, em mui
,fúctuados* Por
assolada ao
da regiãot5zonas
ngo de anos seguintes por secas mais
os lençóis de
ou mnenos rigorosas dimi
égua subterrânea estão também
di
particularmente
torna
nuídos o que
doce nas
água
de
aparecimento
o
ficil
ten
perfurações efectuadas. É aliás
possibili
as
mínimo
tando reduzir ao
Servi
dades de trabalho inútil que os
já
estão
Minas
ços de Geologia e
utilizando os mais modernos processos
suas
de prospecção em algumas das
brigadas. Por outro lado, os mercados
da capital e sul-africanos estão esgo
tados de material de prospecção e de
grupos moto-bombas o que, igualmente,
contraria em muitos casos os planos de
auxilio esquematizados. Para além de
tudo isto, e caso se vierem a verificar
imprescindíveis, o Governo está pronto
a tomar medidas de outra ordem como,
por exemplo, a deslocação de popula
ções a que não seja possível ajudar
por outros processos e que se venham
a encontrar em situações desespera
das - medidas estas que ainda não
foi necessário utilizar.
O futuro, porém, escreve-se nos fó
lios azulados dos empreendimentos já
a barragem de
anunciados -como
e nas páginas dos «dos
Mãssingirsiers, de estudos que estão a ser pre
parados sobre toda a região. Debru
çando-se fundamentalmente sobre a
possibilidade de se vir a regular em
todas as circunstâncias as águas dos
principais rios do Sul, do Limpopo,
nomeadamente, esses estudos encon-
JEI
yff
tram-se em curso e. segundo informa
ções não oficiais, frisam a necessidade
de se vir a construir um sistema de irri
gação complementar às barragens de
Trigo de Morais e Massingir (incluindo
a construção de uma pequena barra
gem a 18 quilómetros da foz do rio que
regulará a entrada da água salina do
Indico até Sicacate, no Chibuto). Os
seus resultados, sejam quais forem,
constituirão portanto, a melhor resposta
a uma situação que ao longo dos anos,
se tem vindo a repetir com prejuízos in
calculáveis e que um dia há-de vir a
ser totalmente sanada. O Homem domi
nará então a Natureza. E as secas im
piedosas, como esta que hoje se faz
sentir sobre as potencialmente mais
ricas regiões agrícolas do Sul de Mo
çambique, serão apenas recordações:
más recordações, sem dúvida de um
passado definitivamente ultrapassado.
... índices
de progresso
de um povo
e de um país!
COMPANHIA DE CIMENTOS
DE MOÇAMBIQUE, S.A.R.L
Escritórios
Av.
Fernão de Magalhães
Instalações
Fabris - MATOLA
DONDO
NACALA
Ii
PAGINA42
como terapêutica
música popular
das doenças car
diovasculares tem
sido objecto de uma expe
ria
bem sucedida no
suint-Joseph Hospital, em
Nova lorque, onde a taxa
de mortalidade, eatre os
doentes hospitaizados, dos
com de 18 para 8 por cento
A
de
que se dá curso ao
novo m6todo. A música si
fénic por exigir demasiada
aten~ mio é tna~d no
tratamento que consiste na
tranmisso ininterrupta,
pua todas as enfermaras,
grava
de melo~d
ONTAM-SE por 400
os «miii-mane
quins» (crianças
entre os seis me
ses e os 16 anos) que tra
ham actualmente em
Paris para as agndas de
publicidade, mas a ua ores
ceate uUizaçio tem levado
peieólogos e professores a
nç o alrme sobre os pe
a for
rigos que amea
~ai das crianças, ao sub
metlas tão cedo ao regime
de trabalho dos adultos e
ao nenvá-lu (e habtuo
-lus) à artificialidade de
ge
so s e atudes
Para as e&ma fotog~ái
Mltas
em e de te~
~es, alhei~ a este aviso,
isputam a entrada de senu
filhos nos estídios das
agiacas de publicidade, vi
sudo o sucesso e o alto
Pagamento por cada hora
l trabalho: 80 francos:
(4900).
E
Mfins de 1971 prin
cipios de 1972, de
verá concretizar-se
o voo «Apol-16»
que laclul um paseio na su
Perfieie lunar, num veiculo
terminará em 1974, depois
de ter custado ao tesouro
norte-americano 24 milhões
de dólares (720 milhões de
contos)i
A
de conserva
tana
Indústria
metropoli
conheceu, em 1969,
o ano mais critico
desde 1954, ao enlatar 49
mil toneladas de peixe, pro
duçio insuficiente para
ocupar os 17 mil operários
normalmente empregues
pela Indústria conserveira.
de alt~a Os encontros da
ponte situar-se-lo na ro
tunda Ferreira do Anmral,
em Macau, e na Taipa Pe
quena, na ilha da Taipa Na
sua extensão total, IluIndo
os aterros de acesso, a obra,
que obedece a um projecto
do Prof. Edgar Cardoso,
medirá 840 metros.
Á
R
maior das setenta
centms de dessali
ALPH NADER, jo
Conselho de Minis
tros aprovou um di
ploma que, a fim de
acorrer às necessi
dades mais prementes de
salas de aula, permite a
vem e famoso advo
gado nortesnmri
cano tornado conhe
pelo mundo para
aproveitamento da água do cido em todo o mundo pela
mar situa-se no Kuweit, luta que tem travado a fa
onde são neessários quatro vor do consumidor, acaba
litros de água salgada para de obter da General Motors
destilar um de água doce, uma bidemna
de 425
Importando o metro cúbico mil dólares (cerca de 18 mil
em 120$00. Está em estudo contos), após uma batalha
um sistema de dessaflniz
jdial que durou quatro
-fabricados em cortas áreas
da Metrópole onde mão é
imediata
viável a ostu
de edificlos escolares defi
nitvs.
Freezlng Vapor Compres
sion» que permitirá uma
produção a preço mais
baixo.
S
1>
montagem de pavilhões pr
EGUNDO os especia
listas japoneses em
demografia, a ci
dade de Tóquio
terá dentro de 15 anos cerca
de 80 milhões de habitantos.
Os mesmos técnicos pre
vêem que as cidades de Tó
quio e Osaka se ligarão
através de uma faixa Indus
trial de 480 quilómetros de
comprimento constituindo
já
aquilo que os japon
chamam a
ade idde
Tokad» e que alberg
80 milhões de habitantes.
A
fecudaioatiica
deu origem, até ao
momento presente,
a 250 mil crinças,
mau grado o processo ter
sido condenado por Pio Xll,
pelo bispo protestante ale
mo Dibelius e por diversos
cientistas de renome. Um
do tpo «rtam-t oo
qu», tão grande número de <fi
~ este o penúltimo voo lhos» da inseminação artifi
do programa «Apolo» que cial está a suscitar diversos
LE4UP0PAGINA
problemas de ordem paico
lógica, moral e jurídica, pre
parando-se a República Fe
deral Alema para publicar
especial sobre o
leçi
assunto, dentro do princípio
de «que o desejo de ter um
filho, seja qual for o modo
de o conseguir pertence à
esfera dos pala».
na~ o espalhadas
io denominado eVaeuum
primeira vez na
história da Afica
do Sul uma jovem
on
no branca
correr ao título de «Mia
Mundo». Embora já tenha
sido eso~lhida uma candi
data brana «mis» Wiliam
Jessup, de Port Elizabeth,
os organizadores do con
cue «Mias Afica do Sul»,
realizado em Durban, no
principio deste mês, resol
veram fazer deslocar a Lon
dres, em Novembro pró
ximo, a vencedora da com
petiio, a que estiveram
presentes cr de duas de
zenas de jovens mio bran
cas da Africa do SuL
A
ponte Macau-T
que fcará conclulda
em fins de 1973
custará cerca de 71
mil contos. Terá 1281 me
tros de comprimento (no
espaço), 78 metros de lar
gura e entre 27 e 80 metros
anos. Depois de Nader ter
publicado um livro Intitu
lado dInseguro a Qulquer
Velocidade» em que denun
ciava os defeitos de fabrico
do modelo «Corvair» da Ge
neral Motors, esta empra,
a reti
que se viu o
rar o veículo do mercado,
contratou detectives para
pesquisar a vida ýpat~
do advogado, a fim de des
cobrir qualquer escindalo
a ca
susceptivel de o o
Mas
lph Nader,
l
cuja vida é de um asetismo
Irrepreensivel, p8s a nu as
manobras da Generl Mo
tors forgando o seu presi
dente, James oe, a apre
sentar públicamente descul
pas, depois de admitir ter
havido «uma certa Interfe
rOnda, na vida do advo
gado. Este não se satisfez
com o pedido de desclps
e exigiu uma
de dois mlhies de dólares
(00 mil contos). A demanda
foi agora resolvida mediante
um acordo entre as duas
partes, terminando assim
um litigio que durante qua
tro anos apaixonou a opi
nilo pública norte-amerl
cana.
43
PÁGINA 43
ÀI
MISTERIOSA DROGA CHINESi
Q
do os três tripulantes chineses do «Oriental Rio»,
que tocou mais uma vez o porto de Loureno Marques,
desceram as escadas do portaló em fato de passeio tal
vez nem sequer fossem decididos a longas demoras. Mas
o diabo tece-as e as coisas complicaram-se à segunda
rodada de «chanpagne>, mal começada ainda a noite e
mal treinado ainda o pé para a dança, num ,cabaret»
da Rua Major Araújo Duas das três companheiras de
folia de Tsay Lee Gen e Chen Kuang Hsimg, do Chan
gai, e de Yuan Boa An, da Formosa, inesperada e simul
tâneamente indispostas, foram transportadas, incons
cientes, à sala de.reanimação do Hospital Central Miguel
Bombarda.
hipôtese da utza~çío de estranha ý
chinesa circulou cer na boca de quantos tom
conhecimento directo do sucedido.
Elisabeth e Gaby, duas irrequietas moças do «1
Duarte Show», acordaram sem saber como nem pc
rodeadas de cuidados de médicos e enfermeiros.
acreditam em coincidências, como por função a Pi
também não pode acreditar. E, como não acredit
três amigos foram detidos para averigua~õés e o «C
tal Rio» fez-se ao largo, a caminho dos portos da
rica do Sul, com a guarnição desfalcada.
sjanmarítimos
chineses
Tsay.
e Chen (à esquerda)
etidos pela Polícia at6
explicar o caso das
a|larinas Elisabeth a
aby (à direita), sua
sentada
COMPRIMIDO MISTERIOSO
Várias horas de inconsciência sepa
raram as duas bailarinas metropolita
nas da realidade. Elisa, tal como a
amiga, esteve internada na sala de rea
nimação do Hospital e, segundo nos
diz, muito mal: iEstive a receber soro».
Acessos de riso, de choro e de fúria
acometeram uma e outra após terem
recuperado os sentidos. Entretanto, de
tiidos pela Policia. os marítimos Tsay,
Yuan e Chen alegam desconhecer a
causa do que se passou. Nem se lem-
Chen, de calça lltrad.
bram de ter visto o comprimido. O
frasco com o líquido semelhante a
awhisky» foi apreendido e enviado para
análise para o LaboratóriO da Polícia
Judiciária de Lisboa. Onde estará a
droga? Ou então: como foram as duas
bailarinas, após a segunda -rodada de
«champagne., parar à sala de reani
mação do Hospital Miguel Bombarda?
Demais, ainda faltará esclarecer que
estranha indisposição obrigou o guarda
da P. S. P.; de serviço no local e o pri
meiro agente a intervir na questão,
Graciano Lourenço, a passar pelo banco
do mesmo Hospital, com cão-pollcia
e tudo.
aparece sespre à frente do grupo e foi apontao como o maIs
Na manhã seguinte ao sucedido as
duas vitimas da mistela tiveram alta
do Hospital. Ou era da droga ou Gaby
sentiu-se seguida. Ela explica: aMeio
tonta ainda, dirigi-me à Esquadra e dai
à pensão por causa das malas. Da sala
do restaurante tive a impressão de ter
sido seguida por um individuo chins,
que chegou a entrar na pensão. Não
tinha o ar daquele sujeito que pretende
conquistar uma mulher ... w
Ai está o pormenor que faltava para
completar o enredo que a Policia Ju
diciária agora terá de deslindar.
ielto dos trk tIlpiall
do eOrlenfal Rlio*
PAGINA 45
MISTERIOSA DROGA CHINESi
ONDE SE FALA
W MWHISKY, ...
A mesa do acabaret. a conversa.
entrecortada de risadas, corria sob o
signo da boa disposição. Tsay, Yuan e
Chen, com gestos exuberantes, pro
curavam entender-se da melhor ma
neira com Gaby, Elisabeth e Rosemary.
Mandarim, inglis, espanhol e portu
gués, numa mistura pitoresca, supriam
as insuficlncias da mímica ou com
pletavam-na.
Um frasco de boca larga surgiu na
mesa. Um dos tripulantes do *Orien
tal Rio» fez a exibição e despertou a
curiosidade das mulheres. O liquido
que continha era em tudo semelhante
ao ,whisky,. Gaby, diminutivo de Ma
ria Gabriela Forreira de Oliveira, natu
rol de Lisboa. quis ver o que era a o
outro Incitou: ,Good, gooda. Ms a
bailarina mexeu a só mexeu. Par* ver
o que era. Ainda que o tivesse visto
verter parte do liquido no copo dele.
E cheirou.
Maria Gabriela procura reconstituir
os últimos momentos da cana o em
fesse-se-nos ainda atordoada, indis
posta - ano sei o que tenho, mas
sinto-me canada; ainda nio estou boa».
Encontra o fio à meada e afirma-nos:
«De repente, eu estava distraída a fa
lar nio sei com quem, vejo o chinh
de calças às riscas a deitar uma por.
çlo do liquido na minha taça. Pro
curei impedir o gesto e o meu vestido
ainda foi atingide. Claro que no I*
a mist[e a derramei tudo no balde
gelo.
A partir desse moní~t, a bailarli
-ane
sai explicar o que sentti
viu-e desfalecer. Ela conta come fi
oAad~ i a mesa e sal pele cor
dor. Sentia-m
tremendamente Oal
lego um sem número da peosou
veio amparar. Depois, depois não a
fluir -qw wrlasse ...........
Estava-es na segunda rodada 4
achampeone, o a festa ficou de súbi
estro#ada, sobretudo quando se not
que Elisa §rito Lepas, natural de Md
tola, outra figura do ,Donls Duar
Show., era a segunda pessoa da meu
a sentlr
" Ude
roda. Também sem p4
caber como nem porqul.
Ellsabeth lembra-e de ter dançm
e tem a Impresão que a mesa e
se entara o grupo nunca havia ficam
completamente desocupada. Ouviu f
lar em .whisky. chinh e também r
taça dela certa does fel vrida. M
viu o derramou o conteúdo, tal coni
o havia fo
Gaby.
O marítimo das calças de riscas,
que porece o mais Irrequieto de M
trpulaíntes que perderam o eOrlie
RI.. tem no depoimento de
...n.
vitima um papel preponderante. E
mostru-m um comprimido do tem
to dauls que ormalmo
e ce
pram na farm hias, efervescentei
pera a má dispoIçã
estomacal. Te
vez um poc
maior. Ofereceu
pora ou masticar. Recuei ms, pu
curioidade, leve os dedos à boca
tomei o paladar da psth. . R
de-me de ter dito em voa alta: é ~i
chei, porqe era doe..
Cem uma
nianca iptentý
ou, enanto cemsva 4
uma s
t
.....
má dIspoão, tn
a
~ade da m. ',Quela me o em
o mc
~ e,4stand ou aul1i
um dos ut c e fez-mo um si
que m pereceu er de sil,
dade
l
. Tive um a
coe
~
me aco~
aram -a à entrada d
ase de ba . Soi que Por ~a
gundos sofri de esvanhs sen
ALLEY OOP SURGIU QUANDO H1AMLIN
COMEÇOU A INTERESSAR-SE PELA PRÉ-HISTÓRIA
.....
eAlley Oop tem mais de 1,80 metros de
altura e pesa para cima de 100 quilos,
mas ele não 6 mais do que eu próprio»,
diz o artista seu criador, V. T. Hamlin,
que é pequeno e pesa menos de 70 quilos.
«Na verdade, esse tipo e eu somos uma
e mesma pessoa, e tão sei quando deixo
do ser eu. para começar a ser ele. Creio
quê ele representa a admiração de um
«peguenote» por um «grandalhão» ...»
Hamlin nasceu em 1900,em Perry. Iowa.
Aos 17 anos, estava em França, comba
tendo na 1 Guerra Mundial. Enquanto con
valescia de um ataque de gás. no hospi
tal, entretinha-se a ilustrar^as suas cartas
e as dos seus companheiros. Um jorna
ista que se encontrava numa cama a seu
lado sugeriu-lhb que tentasse a caricatura.
Aos poucos e 'poucos, de sucesso em su
cesso, chegou a Alley Oop.
Em 1919, regressou à sua escola secun
dária em Perry o tirou um curso de jor
nalismo na Universidade de Missouri. Tra-
balhou como repórter em 'vários jornais
de Dos Moines, e mais tarde como cari
caturista num jornal de Fort W~orth,Taxas.
Em 1927 (dois anos antes do apareci
mento de Alley Oop) Hamlin dedicou-se a
pintar cartazes e mapas para várias com
panhias de petróleo. Quando fazia esse
trabalho, conheceu um geólogo que era
estudante da Pré-História. Hamlln deixou-se
fascinar por essa ciência, e começou a
ler tudo sobre Pr6-História que encontrava
nas bibliotecas públicas. Da Geologia Pas
sou à Paleontologia e, maiu tarde, His
tória, em geral.
Foi a insistênclas de sua mulher que
tentou uma história em quadradinhos, ins
pirada nos seus conhecimentos, e assim
surgiu Alley Oop e a Mooléndia. Logo de
inicio, Alley Oop ganhou o favor do pá
blico, e hoje as suas incríveis aventuras
são publicadas em centenas de jornais
diários e dominicais.
Quando, com a suaMáquina do Tempo,
QUEM IE
Q 4 SAO AL.EY OOP E OSSEUS PRI-INSTÓICOS AMIGOS
DA OOLADIA -00LA,
FOOZY, REI CRUZ e DL WOHMUIG?
Oop e os seus amigos viajam através da história numa incríve| Maquina
lo Tempo, Ouiando nao estao na pré-histórica Moolandia, podem estar a cor
-er aventuras alguresno Passado, Presente ou Futuro, com muita acção,
K:
AAtJIIHOM 1
IAJÕNI
OoP
8 ,~uj
Hamlindosfeztempos
saltar opré.históricos
seu famoso caverní
para o
cola
século 20. editores e leitores tiveram um
choque. Jamais tinha havido uma tão
drástica mudança nas histórias de qua
dradinhos e, apesar de Alley Oop haver
ganho enorme popularidade durante os
seis anos em que o seu criador o man
teve em ambientes pré-históricos, tornou-se
ainda mais popular quando surgiu nos
tempos modernos. As surpresas haviam
apenas começado a aparecer. O conheci
mento que Hamfin tinha da História, e a
sua invenção da Máquina do Tempo abri
ram a Qop ilimitadas possibilidades de
vaguear através do Passado. Presente e
Futuro. Alley Oop encontrou-se com o
Rei Artur e Cleóptra, foi ecowboys ame
ricano, e esteve já na Lua. Onde irá
agora? Esta pergunta só pode ser respon
dida por Hamlin que, através de Alley
Oop. passará a estar presente todas as
semanas nas páginas de «TEMPOn. -7
4
v
k
IX
1
AREOSA PENA
o. EXEMPLO
VEM
DO
Os quatro Sindicatos Na
cionais da Zambézia toma
rm a peito «conscienciali
zar» os seus três milhares
e meio de sócios sobre os
<direitos e obrigações», se
gundo afirmaram no comu
nicado, em que se verifica
ter principiado a campanha
por fazer distribuir, pelos
seus associados, uma cir
cular contendo algumas nor
mas e instruções sobre le
gislação do trabalho».
Pelo que tem de natural
e de acessório da missão de
qualquer órgão corporativo
não mereceria esta inicia
tiva nenhuma referência en
carecedora, se não se desse
o caso da mesma revelar
uma preocupação desusada
(entre nós) por parte das
direcções sindicais em rela
ãoàs massas associativas
e de nos suscitar imediata
mente as perguntas seguin
tes: <Que fizeram de idên
ticO Os restantes 29 sindi
StOs de Moçambique em
atenção aos trinta e cinco
Inil trabalhadores seus só
CiOS? Como têm demons
trado o seu interesse pelas
Inassas associativas?»
As respostas evidentes
trduzem um desinteresse
as direc
recproco -nem
Ç5es dos sindicatos porfiam
em aProximarse dos pro-
NORTE
blemas dos sócios nem es
tas vezes a antipatia (irra
cional sem dúvida, mas an
tes se entusiasmam a apre
tipatia) votada ao sindi
sentá-los aos dirigentes
cato.
conquanto caiba às direc
Prefere então o trabalha
ções a tarefa de dar o pri
meiro passo no sentido de dor apresentar as suas
questões com a entidade pa
estreitar as relações base
tronal à consideração do
-cúpula.
Estas relações da vida Instituto do Trabalho, espe
sindical têm-se restringido, rançado numa mais rápida
durante longas décadas, a e eficaz defesa dos seus in
teresses.
tarefas pouco mais palpá
Quer isto dizer que os tra
veis do que a cobrança coer
civa da quotização, o que balhadores preterem o ór
instaurou um processo de gão de que fazem parte, que
alienação de toda a massa os representa e que tem por
missão defendê-los, para en
associativa.
Agrava ainda a situação tregar a salvaguarda dos
as queixas insistentes dos seus interesses a um ser
viço estatal que, apesar da
trabalhadores ao referirem
-se à conduta sobranceira melhor boa vontade, não
tomada pelos empregados pode estar a par de todos
dos sindicatos quando lhes os meandros e anseios ine
rentes a cada profissão.
solicitam algum esclareci
Se tal acontece, deve-se
mento ou ajuda. Tal atitude
não só ao facto de grande
dos funcionários das secre
tarias - denunciadora do massa dos trabalhadores
desconhecimento de facto ignorar que o sindicato
tão simples como é o de existe para outra coisa mais
constituir cada sócio não só importante que a cobrança
um «patrão» mas também das quotas, mas também
porque se generalizou um
um dirigente em poten
ao alargar o fosso profundo cepticismo, justa
cial mente fundamentado, na
já existente entre o traba
lentidão e inoperância da
lhador e o seu sindicato, de
sencorajando-o de procurar máquina burocrática sindi
cal, quando chamada a lu
a solução dos seus proble
tar pelos direitos do tra
mas portas adentro do or
ganismo criado para os balhador, desprezados por
conhecer e determina mui- qualquer patrão.
Parece ser tempo dos di
rigentes sindicais reverem
a sua actuação e concluir
que não chega reunir-se se
manalmente, assinar o expe
diente organizado pelo chefe
da secretaria e debruçar-se,
de longe em longe, sobre os
problemas da classe que os
elegeu.
Consciencializar os sócios
através de comunicados fre
quentes, divulgar em lin
guagem acessível as leis que
defendem o trabalhador,
criar neste a noção de que
não é mais um indivíduo
fraco e indefeso à mercê de
patrões sem escrúpulos e
chamá-lo por todos os meios
a comparticipar na vida sin
dical parecem ser de mo
mento as tarefas mais ur
gentes a que os sindicatos
de Lourenço Marques e do
resto de Moçambique devem
deitar a mão, seguindo (e
ultrapassando) o exemplo
dos Sindicatos da Zambézia.
É que quanto mais cons
ciente se sentir cada traba
lhador da importância do
seu sindicato e da necessi
dade de activamente parti
cipar na sua gestão tanto
mais audível será a voz do
sindicato e mais equilibrado
o diálogo entre as associa
ções de operários e de pa
trões.
PAGINA 49
IZ
Na Espanha
PREVISTA REMODELAÇÃO MINISTERIAL
COINCIDE COM O DECLÍNIO DA «OPUS DEI»
O general Francisco Franco deverá
anunciar muito em breve ao povo de
Espanha uma nova remodelação no seu,
gabinete de ministros - um gabinete des
crito como sendo hoje composto por uma
maioria de jovens tecnocratas filiados ou
simpatizantes da controversa «Opus Dei»
(a «Obra de Deus»), sociedade de fiéis
católicos que se pode incluir entre as mais
poderosas e influentes sociedades políticas
e financeiras do mundo. Prevendo essa
remodelação, que é considerada como
ponto assente em todas as últimas notí
cias chegadas à redacção do «Tempo» so
bre aquele país, os observadores e comen
taristas políticos melhor informados acres
centam que ela visa principalmente a
constituição de um ministério «mais equi
librado». Isto significa, em suma, que nele
virão a tomar lugar mais preponderante
os homens da Falange, inimigos tradicio
nais da «Opus» que consideram como
principal factor de mudança numa Espa
nha que eles querem manter tradiciona
lista, conservadora e de costas voltadas
para a Europa além-Pirinéus. Significará,
também, um decréscimo de influência da
ainda todo-poderosa «Opus Dei»?
IÉ possível que sim. Falangista de
alma e coração, o generalíssimo Franco
mostra-se agora descontente com a actua
ção liberalizante de vários dos seus mi
nistros, agora, é bem de ver, que as mais
imediatas crises do país - insatisfação
estudantil e operária manifestando-se vio
lentamenteparecem ultrapassadas e
momentâneamente relegadas para segundo
plano. Por outro lado, e com o pano de
fundo constituído pelo escândalo Matesa
pendendo sobre toda a conjectura, o au
mento constante de salários e custo de
vida acompanhado de perto o crescimento
em flecha do «déficit» da balança comer
cial, constituem os melhores argumentos
contra a actual preponderância da «Opus
Dei» no Governo. Argumentos aliás utili
zados, pelos referidos comentadores e ar
ticulistas políticos, para explicar as re
centes nomeações de Luís Coronel de
Palma (conhecido detractor da «Opus
Dei») para o cargo de governador do
Banco de Espanha anteriormente ocupado
pelo ex-ministro das Finanças, Mariano
Navarro Rubio, da «Opus», e a do gene
ral Manuel Diez-Alegria Gutiérrez, um
soldado de carreira profundamente en
volvido na política e sem ligações conhe
cidas com a «Obra», para o cargo de
chefe de Gabinete, deixado 'vago com a
morte do general Mufloz Grande. Estas
nomeações, frisam ainda a propósito os
comentadores políticos, são os indicios
mais evidentes dn que a esperada remo
delação ministerial do generalíssimo
Franco visará efectivamente a constitui
ção de um gabinete «equilibrado» o que
para ocupação do cargo de primeiro-mi
nistro da Espanha, a nomear num futuro
mais ou menos próximo pelo generalís
simo, reflectem ainda essa viabilidade.
Assim, e além do almirante Luís Carrero
Bianco, que ocupa actualmente o cargo
de
vice -primeiro- ministro,
diz-se
que
Franco está considerando como nomea
ções prováveis para aquele cargo o ex
-ministro das Obras Públicas (e declara
damente anti-«Opus Dei») Federico Silva
Mufiloz e um «general», possivelmente o
general Diez Alegria. É aliás este último
quem parece reunir as maiores probabili
dades de escolha. Com efeito, e enquanto
o almirante Carrero Blanco, um homem
sem grandes ambições políticas,é contro
lado de perto pela «Opus Dei» e o ex
-ministro Silva Mufiloz ocupa hoje um
importante cargo directivo na companhia
petrolífera estatal Campsa, o general Diez
Alegria é extremamente popular entre as
novas gerações de militares espanhóis,
tem-se mantido disponível, desperta uma
certa simpatia junto de alguns sindicatos
mais ou menos controlados pelo Governo
e sempre demonstrou uma grande ambi
ção política. Sendo assim, e ultrapassada
positivamente a fase de negociações entre
a Espanha e o Mercado Comum Europeu
- durante a qual a nomeação de um mi
litar para um cargo-chave no Governo
poderia ser um sério passo em falso
a indigitação do general Diez Alegria
para primeiro-ministro parece ser efec
tivamente muito viável - com todos os
reflexos que isso possa vir a ter na Pe
nínsula.
Por outro lado, e em linha com a
acusação há tempos pronunciada no Su
premo Tribunal, que julgou o «caso Ma
tesa», contra a actuação de dois ex-mi
nistros do actual gabinete (Juan José
Espinosa-San Martin, Finanças, e Faus
tino Garcia Moncó, Comércio) que foram
pronunciados por «controlo negligente dos
gastos públicos», é provável que o então
ministro da Indústria e actual ministro
dos Negócios Estrangeiros, Gregório Lo
pez Bravo, possa vir a ser alvo do des
contentamento de Franco. No entanto, o
jovem tecnocrata Lopez Bravo tem vindo
a adquirir uma grande popularidade últi
mamente, não só na Espanha como em
toda a Europa, cujas revistas sensaciona
listas o descrevem com os termos, desta
que e adjectivos que'normalmente dedi
cam apenas aos Kennedy. Isto torna sem
dúvida difícil a sua demissão por parte
do genelarissimo Franco que, é frisado
a propósito, a deixará à responsabilidade
do seu futuro primeiro-ministro que po
derá inclu-lIa numa remodelação geral do
seu gabinete.
E A «OPUS DEI»?
No
H~
A nNGLATERRA CONSlERVADOA
VENDA DE ARMAS A AFRICA Dl
EA
Cmm
rn
M
NO
OS
A subida ao Poder dos coservador.e w
tenha e a África do Sul. Desde o inicio da s
o
4u
haviam dado isto a perceber. «Se formos ok~
Sundo um relmtie recentemente pu
blicado em fu~as, informa a agéncia
tmes americanos
rrance Proa, s v
nos paises do Mercado Comum atingiram
(fI0 milhões de
llM S4-d4i,~
sI0
í0.
contos) Co
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na Europa e duan o pertodo de 1N385
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twaace.s
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am 08
Actsc~
a~ o rMtt<rio: «Uma com
p~ai com a General M~tra não expor
tou doa Eados Unkdos um único dólar
para iavestimentos no estrangeiro, durante
05 úlimas vinte ans. Aquela firma fez
notar que as campa~i5 anmericanas, umna
vos alcançado ume determiniado crescimento
deixavam de ter neceasi
no
dado de receber fu~ da América.
Entretanto 40 por cento do financia.
e americanas foi obtido
mente das ope
de fundos realzds no estrangeiro acres
.
centa o do doent
0
~iaetam~~
egopou ce,
i
EA O. N. U. E SIMON
Afica do SUl
UNIFORMIZAÇAO DAS PAhSAS DU
Conclui o selatõrio dizendo que é ine
givel que os Investimentos americanos ori
"ianfU progresso, nio sendo no entanto os
desse
beneficiários
principais
os
europeus
diversos
o deostaa
«Cm
~eo
"»a
"3
mall
com os países de Indústrias nado
), a poiUtica dessas companhias
donondemte
.- ~ éiafí m m.Ai"
d-
«reoeneçremos
o Gveno de Heath
t
Seja qual for a comunicação que for feita ao Pa
le, militam a favor
e
quem
tomou Já uma posição definitiva sobre as ra~
do levantamento do embargo de armas lm ~p e m »« ~ Governo trabalhista,
sgundo recomendaçio das Naes Unida.
o
a a afirem
qws iu~i
*Não pode haver uma lei para os «
irmá-o
ede
0*~
>
t
lhes agradar, e outra para um país (G U
a
mais
e foi
públicamente, muito fez pela defesa dos diritos doa povgoeàIldade
aOi~ "r» Alec Douglas
*a~
favor da descolonização do que qualquer o~
-Home, o novo chefe do For+iga Offim.
inequivocamente à
«Sir» Alec não podia ter sido mais eiq>14~atle reter
navais s éticas
da
ameaça, levantada pelo fortalecimento e Intes¥~
que Moscovo
em águas que lhs não eram familiares,~
lhe parecer. Porque
wb
de tdm os tipos
arroga em fornecer nrã
que lie pedem serviria
deverá a Inglaterra impor-se rrições quasdo o ma~
aind mais importante
d Baus
para proteger a rota marítima, de 0*.
agora para as potêncis ocidentais devido o .eeram~ docl~ do Sues?
Alce Dmig1as-Home. De
~
Chegámos assim ao âmago do problema, rec~
a Gr&]RBn& te o dirent. de proteger
qualquer forma, disse ele em conui
O Egipto e a
foi ~ r
de 8u
~
as suas vitais comunicações marítima 0 ca
o canal do
Síria estão cada vez mais sob o wmtr4~ da União Soviéica.
a'
ÉS
de-4
à,Ma~i
Suez for reaberto, Adêm será ao ~
As companhias americanas subsidiáia
na Europa produziram 95 por cento dos
ah eUropea
entre a Grá-Bre
que os «Toriesa»
,OW
e deenvl
o cso da inste
ap
Tinento das opera~ americanas na Eu.
lupa, como também permite aos america
aos comprarem companhias europeias.
Circuito& electrónicos Integrados ali produ
íSMoa, 80 por cento des computadores e 29
POr cento da produção automvel, estando
a ParticipaçÃo americana a expandir-se vir.
todos os aectores da ocono
bl~taem
urs
=
,od~
a elei
ana mas a acre
~
~
a vender armas à África do Suis. Essas gemis a
vendas foi já to
oss
ditar no que informam de Londres, a decid de roseçr
mada pelo Governo de Heath.
a prepóito, tanto
Não se compreenderia, de contrário, as veementoas iatorSs
na Câmara dos Lordes como na doe Cemua, <.*oro~ 4aesOP~ têm-se mos
a traar-uma batalha perdida.
trado tanto mais violentos, quanto demonstrem as
ores se
e um grupo de cea
No último momento, tudo levava er, muimm,
N
d «
a
havia igualmente oposto ao l
quando inter
o un.,
«~11
a mr
p
o
O primeiro-ministro r
mtou-9e em
otc
a0
a
pelado por Harold Wilson, que cf
em consultas
dizer que o secretário de Estado doa Natava
esta queme e
~
oo,da «
com os Governos dos paases m
ao Parlamento.
que em breve seria feita uma pormenorizada ~uw~
não deixar
~parem
e
a0 . 4
Enquanto se aguarda esta eun~
os
~multar>
- o a t~
dúvidas a ningqum - tanto a conserva~d-5
significa o
i mde Lown,
Governos da Comunidade, diz-a. nos c rcules p
desfavorá
abandono do plano na eventualidade de a ma~ dai
e, m, necessário,
veia, mas apenas informar esses Governes da inten~ e 4oh~
0 qu - refere à natu
to pos~
tomar em consideração as opinl&#, taun
reza do material militar a entregar.
E
-o
-à
~IN SAINTCLAIR
W~A
me de Março todas
Foi anunciado em Joanesburgo que a partir do p
as revistas sul-africanas que se poblicam em Ing14s e em «Afriklans» passarão
a uniformizar o tamanho das suas páginas
O novo formato dará página de M X M mílimetroe, com uma mancha
~Te-o.).
de 295 X 217 milímetros (aproxitndamento as mídas de
disse que as agncias de publi
Um informador oficioso de uma firma edito
cidade haviam solicitado esta uniformiao, confI*mando desta forma os pedidos
que desde há vários anos vêm fazendo mes sentido.
Esta decisão foi tomada em virtude de os diferentes tamanhos das páginas
%m as', originando por vezes
levantarem problemas aos anunciants4 ao
desperdício de papel.
am. amnciantes bem
Os vários tamanhos das páginas Um crIado U*1fh.l~
como o aumento dos preços dos anúncios.
0 referido informador oficioso acrescentou eia que é notável o facto de as
revistas concorrentes haverem, pela primeira vez, chegado a um acordo, consen-
SOCIEDADE
DE CONST RUÇõES METÁLI C
__ TEC1NMCAS ALTMENTE E~SPECIALIZAI
IÇ
A DAR-ES-SALAM
k OU CAMINHO DE FERRO
POR
r com
OR
neias numa
zonas de Ã:
Tanzamo
a ao mar
,s-Salam.
melhor a
[do relati,
através da zonas montanhosas e de
pântanos, sem escalas possíveis ao
longo decentenas de quilómetros
sguios, chegam a perder-se qua
renta ca m iões por mês que, aciden
tdse inúteis, vão parar ao ferro
'umprimentos hai tuais sobre o
sidente Mao, mostram-se realis
flexíveis e atentos nunca dei
do de levar em conta a posição
s ideias do interlocutor ... »
,s conversações de Pequim,
de se deslocaram os ministros
Finanças da Zâmbia e da Tan
ia, resultaram nun financia
ito de dez milõs de contos que,
termos ,êoga anunciado, po
ser pago e .25 anos como um
)réstimço sem juros. Um finan
nentq que permitirá a concreti
do monuental projecto de
struçao daquela lina férrea ao
,o dos próxmo
Entretanto, uma frota de 450 es
miSes desmantela-se através da
«rota do Inferno» transportando
dez mil toneladas de cobre por mês
para Da EsSalam e levando, na
volta, petróleo e gasolina até Lu
saka. Rodando nas piores condições,
cineo anos, a
de fins deste ano, segundo
ios minuciosamente elaborados
equipas técicas chinesas. Não
, no entanto, a única saída para
iar que a Zâmbia passará a po
usar, no futuro, via Tanzânia:
ltâneamente à construção deste
inho de ferro -que
há quatro
s atrás o Banco Mundial se ne
a a financiar por pouco econó
o - os dois países transforma
numa moderna auto-estrada as
uais vias de comunicação rodo
ria, que no conjunto e devido ao
ýestado habitual são conhecidas
10 <a rota do Inferno», ligando
a Dar Es-Salam. Estenden
se paralelamente ao Tanzam
no e com a mesma extensão,
P0quilómetros, esta estrada será
limente asfaltada graças a um
ro empréstimo de 720 mil con
efectuado pelos Estados Unidos
Arnérica. Colaboração sino-ame
iia na Ãfrica Oriental? Talvez,
es, uma acérrima competição de
pelos Russos, e a
Volta, financiado
dial. Estendendo
1600 qdilómetreiý
inóspitas da Zâ*n
ele foi considerad
em Pequim comer
do tratado de fli
os dois países e a
cio de un aume
pensar pelo povo
afro-asáticos. U
ante os m:inist
Zâmbia e da Tan
KÇÃO DA
EM ft5LA-
ro-ministro Cliou
ad
passar
periclitante
enres a i uta contra o i
americano em África «ai
suficiente», «Estamos, 1
terminados a fornecer
cada vez maior aos pov(
e da.Ãsia» - disse text
qeo pe
ýenha pressa
0 FIM DE UMA «ÊPOCA
IIEIICA»
Por outro lado, e em princípios
deste mês, os Estados Unidos anun
ciaram formalmente terem conce
dido unm novo empréstimo de 78 mil
contos à Tanzânia visano a recons
trução da auto-estrada Lusaka-Dar
Es-Salam. Isto aumenta para 720
mil contos o total de empréstimos
americanos destinados a esse pro
jecto que ficará completo muito an
tes do prazo previ-frn para conclu
são do Tanzambiano.
mirth para a Ko
o
a - por one
e
era asgurao todo o abasteci
mento da Zâmbia e o escoamento
do seu cobre. A niova estrada Lu
saka-Dar Es-Salam e, em 1975, o
caminho de ferro Tranzambiano li
bertarão porém e definitivamente
aquele país da asfixia em que hoje
se encontra. Torn-lo o, também,
mais solidário da vizinha Tanzânia
aproximando-o da florescente comu
nidade da Ãfrica Oriental que, por
enquanto, reúne apenas a Tanzânia,
o Quénia e o Uganda.
1
PAGINA 53
TImpoDES
ORTI
TEMPO de~a
*ma -. %4M ma
páginas ao Desporto. 9 s
que
desde Já se sn clam n ma
s
sobre desporto
s sr ~
-«e fo
rem determinadas pe
pa1
4~
tistas, pelos dirigentes is edecties
e pelos adeptos. às
,
9usa
sempre em fuesíío dmatde O
actoe
dos representants das ~res elus antes
referidas, nus cem a 1~
4911h~
de ofender A, impor s bs5.~ C.
£ certo que dar~ rne iarl4da ao ai
Interpretativo 4 ima6n
4
detrimensto do 9~
sM
teremos a e o c1
de4Ms
.
de tornar o Jornaliamo
Mo
pelo Desporte. &da~is do 0~
páginas um jornallsmo do
~
~m
a.
1.
a~
eà
nalismo não A mm ' de
mw
tica, um jornai
que ~ espocsie Es
o clubismo dos que a~ lees~
dali
dadas de preferé~
sM*» is
com a preferencia ~el eesMftárla 6~.
jamos o leitor da T~
aecs*~Pe
nos debates d
a das epin~ Por
que já basta de o leitor eemum penar
que o jornalista, u S,
ma ow n aJor
nais, é um ser ef•ri
t
kd~
e
omnisciente. O Jornaa é um barne
como qualquer er.
54 q« a p~
do
momento em que as~ a pref
tem
sobre si responja*ilida4ês OMPa~eos~
quanto & Verdade, à ustiça o a uma
Ética.
Assim, haverá em ?T
o
jornalismo desmProa q- «m *«e
novos no er
s Pi
da
9"
e. hw e ~
excluiremos a critica e tanto fa
. hm
do que estiver bem em» <
hI
Mal
do que estive"r mal. Nado
4 q wserá
tudo menos criticar. E 4u~ a 1
a
gem for do concllatlvo ao
m~ é P
que o assunto o peri e pr~e
oi
nalista desportivo am~ é in *«~
e por isso cultor de um os. Mas A~
les que se sintam atingidas dk~ ou In
directamente por erítie*s 15mr~ no
TEMPO é-lhes facultado o Im ita rec~o
à resposta, 8o dewm
e & 4ss.
Pa~
que o que aqui #s disser Jamais > ~ o
cariz do absoluto o do degma. P~
?
Porque TEMPO 4 feita Por b
s
~
por seres omnipte*e. I%~sa
da pp
lação. E o Desporto age~
do uma pa
pulação esclarecida
A
uma populaçio adulta em relae a prl
mados que dinamiam o ~. os prima
dos do Desporto. Co.ciala
d pera
comprar o jornal, l-lo e diatla.
Em suma: quando algu~m s sentir vi.
sado pode ter a certeza de que nunca
estará em causa a sua pames
m sim a
pública discordá cia com as smo atitudos
públicas. O ataque pae
to como o
Amem de olhos fechados ser ants frm
tração do que jornalismo. E TEMPO não
tem tempo para dedicar 9eja a quem for
uma sé linha como taqu pasea NIo
*
tem tempo nem confere esam honra a nin
guém.
k
TEMP
I
I
._
/
SIXPOS0 INTERAMINALE APLICADO A EDUCAÇLO IU
Moçambique foi durante alguns dias
conferencista. Mas esse facto não
o centro de comunicações relativas à minui o valor intrínseco dos trabaIN
Educação Física e aos desportos. Com
Também *cria interessante que a
o nome de 1 Simpósio Internacional simpósio de tal natureza e de tal
Apticedo à Educação Física um grupo importância teotica e tives ab
de levestigadores apresentou conclu
dado as muitas implíca~ sócio
ses e discutiu proposições sobre a portivas do H~ k~us. com as
matéria.
versas fases do estádio cultural d
populações no Mundo. É que o depe
A cidade não teve a mais exacta per
cepção da magnitude do acontecimento vale como uma fase de sublimaç o
que decorria entre-muros. E se esse movimento, da adaptablidade i
fecto significa muito quanto à oportuna dual e da acço colectiva, dis
portanto, de suma mportância par
ou prematura realização de um simpó
sio de tio grande projecção, somos gumas das mais eles
realizoçi
dos que consideram como muito impor humanas na sociedade, das qu
tante este esforço do Conselho Provin. SAODE E ESPIRITO DE EQUIPA *
cial de Educação Física de Moçambi. factores óbviamete coísequemei
q» no sentido de colocar a disciplina prática desportiva e progresso »o
desportiva numa plataforma acima da
O 1 SIMPÓSIO RM• NACION4
rotina comum na vida desportiva mo
ÂPUCADO A EDUCAAO FISIC,
realizando-se em Moçambique, cot
çambkana.
à Província estatuto de mais um com
A apreciação dos vários trabalhos
de investigação sobre Desero, o i¥
dos convidados será um contributo real
é prestigiante para td nós. A dl
mente fundamental para uma reavalia
ção do fenómeno entre nós, pondo-o gação das comunicações das ~
em termos de didáctica e rodeando-o personalidades que estiveram pre
daqueles delicados pressupostos que tes a esta magna asembleia de eu
diosos de desporto porá o Conseli
obrigam à evolução das coisas.
Provincial de Educação Física e De
Se houvesse que criticar ou tornar portos de Moçambique a nível inter
reticente este simpósio seria difícil. cional como organismo dedicado ao a
Cada intervenção valeu como uma tese. tudo da Educação Física. E quem ni
E tal como qualquer tese, nenhuma deixa de estar positivamente compr
comunicação deixou de oferecer aspec
metido é o prof. Noronha Feio, prl
tos discutíveis ou para debater. Talvez dente de vistas largas quanto a algui
haja faltado em certos trabalhos o dos problemas que afectam o despor
subsídio valioso da exemplificação ao moçambicano, na medida em que o si
vivo ou por meio de filmes adequados nome ficará para sempre identlficad
aos princípios propugnados por cada com esta bela realização.
Tempo DESPORTIVO
MINIBASQUETE: LANÇANDO A TERRA A GRANDE SEMENTE
e
E O SEXO FEMININO?
E. F. O. pro
No fértil solo moçambicano est lançada a grande semente: o C. P.
massa
moveu a realização de um torneio de minibásquete inteiramente dedicado à
masculina.
juvenil
Massa
cidade.
da
população
juvenil da
entralizado
menos
O beneficio desta iniciativa para um desporto meçambicano
deixar de re
numa determinada modalidade tem uma importância que não podemos
aos 12
gistar com muito aprazimento. O minibásquete entre as camadas juvenis (l.
para
anos) proporcionará um processo desco.ngestionante eco.gicamente fundamental
individuo.
do
eaducação
na
esse.ncial
a sobrevivência do desporto como atvidade
do
Ecològicamente fundamental porque nenhuma modalidade deve coOstituir-Se depolvo
centros
interesse da maioria juvenil como está acontecendo entre populações
é
urbanos de grande censo e com repercussão em menores centros citadinos como
Lourenço Marques (caso do futebol).
nou
A experiência leva a firmes conclusões sobre a matlria em foco. Tal como
distri.
tros casos o Homem necessita de providenciar no sentido de uma espécie de Tudo
da vida.
buição equitativa de valores imprescindíveis para a boa processologia exemplos
cons
dá
nos
Natureza
a
como
exactamente
princípios,
e
tem as suas leis
tntes, tanto com os seres animais como vegetais.
semente
da
lançar
neste
esquecimento
importante
um
cometido
teria
se
não
Mas
Porque
pr6-basquetebo quando se tornou o torneio reservado ao sexo masculino? Inicia
se teria posto a juventude feminina mais uma vez á margem desta magnífica
tive? Por que razão a população feminina é vitima de discriminação desportiva,
óbice
já que é um facto comprovado pela pedagogia moderna não existir qualquer
para uma conjugação ou simultânea acção entre lovens dos dois sexos, formando
quadros mistos tanto em escolas como em logos recreativos? Nos chamados jogos
lúdicos não se extraem lições extraordinárias contra velhos preconceitos? na igualdade
Mais uma vez deparamos com una espécie de travão preconceitual minibêsquete.
de direitos e regalias. As raparigas não teriam merecido um torneio de condenadas a
porquê? Não necessitam de praticar desporto também? Ou estarão
aprendizado
fazer desporto numa fase da vida em que pouco beneficiarão de um
pas
técnico a muitíssimo pouco ganharão fisicamente com uma acidental e mete6rica
sagem pelo desporto?
não
s6
talvez
e
A organização, certamente, não esqueceu o elemento feminino
Esta
haja divulgado ainda a realização de um torneio igual para as nossasmeninas.
é a nossa convicção.
O CONCEITO DELOUVOR E A SUBLIMAÇO DA MOEDA
res morais em que o Desporto
se su
Todos nós sabemos quanto o Mundo blima
aos olhos do Homem estão aj>er
se encontra completamente subvertido
e distorcidos.
deturpados
subvertidos,
pelos valores materialistas. No desporto
A Associação Provincial de Futebol
começa a tornar-se raro o espírito des
consignou a verba correspondente a vá
portivo na acepção mais lata do termo,
rios milhares de escudos para o efeito
isto é: como forma absolutamente divor
de prémio. Portanto, é a própria enti
ciada de motivações à base das benesses
dade que estimula o mercenarismo dos
monetárias.
jogadores. É o próprio organismo supe
Que este fenómeno se registe por via
rior que transforma o Desporto numa
de várias contingências de carácter es
actividade remuneradora. Mil escudos
tranho aos valores mais desejáveis do
para cada jogador representa o preço
Desporto é de lamentar. Mas mais de la
de uma glória autêntica? Em que é que
mentar será verificar que tal facto su
a Associação Provincial de Futebol se
cede a partir de quem está imbuido da
baseou para estimar o quantitativo de
responsabilidade de orientação e coorde
1000$00? Em que tabela foram os senho
nação da fenomenologia desportiva numa
dirigentes da Associação de Futebol
res
ou noutra modalidade.
o valor da exibição de cada um
extrair
a
Este intróito serve para verberar
depois pagar essa quantia?
para
Provin
decisão tomada pela Associação
A Associação Pronvincial não aten
cial de Futebol ao atribuir a importân
às consequências do seu acto apa
deu
moçam
futebolistas
cia de 1000$00 aos
magnânimo. Quando em coro
rentemente
equipa
a
contra
alinharam
bicanos que
berramos pelo nosso amadorismo ao per
averbaram
e
Angola
representativa de
dermos contra clubes de profissionais, a
uma vitória por 2-0.
Associação faz pública propaganda do
agra
sabor
tenha
vitória
essa
Que
nosso não amadorismo e paga aos joga
dável não podemos deixar de reconhe
dores que a representam. Insinua-se
cer. O desporto de competição tem estas
assim no espírito dos jogadores o «do
contingências agradáveis (para uns) de
ping» do dinheiro, como sendo a mais
sagradáveis (para outros) e nesse facto
natural e justa maneira de ter um
absolutamente natural reside o interesse,
prémio. E é a própria Associação a in
a expectativa e a beleza do desporto in
fringir as regras do amadorismo men
dividual ou por equipas. Mas não é isso talizando os jogadores para a recom
que está em causa. ,Quando uma equipa
pensa monetária. Uma medalha ou qual
de futebol adrega uma vitória honrosa
quer troféu, não! Só DINHEIRO. E os
e os dirigentes do organismo a que es
jogadores inscritos como amadores na
tão subordinados os clubes e os seus jo
Associação Provincial? Não os
quela
forma
gadores entendem que a melhor
haverá nessa qualidade? Como pôde a
o
premiar
e
de mostrar reconhecimento
Associação esquecer esse facto? Não
esforço e a dedicação dos atletas é pa
em
gar esse esforço e essa dedicação
CONTINUA NA PAG. 68
campo, temos de reconhecer que os valoPAGINA
55
conheça o mundo
viajando na tap
LONDON
COPENHAGEN
AMSTEROA
M..
~ARIB
JOANSBR
JOHANNESBURG
9
SSE
HAMAURG
BEIRA
LOURENÇO MARQUES
A linha aerea portuguesa internacional que o
transporta aos grandes centros europeus e
americanos.
Procure uma solução na tap ou no seu agente
de viagens.
õ
PÁGINA 56
TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES
TEMPO
Tenpo DESPORT IVO
ATLETAS MOÇAMBICANAS
NAS PISTAS METROPOLITANAS
SUSANA ABREU - A me
lhor marca feminina
No desporto português deixou de estar
em discussão a validade ou não validade
da comparticipação do atletismo ultrama
rino em provas oficiais na Metrópole. E
deixou de estar em discussão porque, gra
ças ás raparigas que se deslocaram a Lis
boa, ficou bem patente a classe das nossas
atletas. Classe autêntica!
Agora que não restam dúvidas, nós gos
taríamos que a comparticipação dos atletas
moçambicanos em pistas metropolitanas
obedecesse a outro critério. Um critério
mais realístico e menos «poético». Já basta
de enveredar por soluções um tanto à mar
gem dos verdadeiros objectivos do atle
tismo em si. E isto, porque as moças que
se deslocaram à Metrópole não o fizeram
pelo critério da Associação a que estão di
rectamente subordinadas como praticantes,
mas sim como merecedoras de prémios ins
tituídos pelo C. P. E. F. D. M., os chamados
C. A. A. (certificado de aptidão atlética),
condicionados a aproveitamento escolar.
No nosso modesto mas firme entender,
cabe à Associação de Atletismo qualquer
plano de deslocação de uma embaixada na
modalidade. Ela é que deve apontar no
mes que a representem em quaisquer com
petições fora ou dentro da área 'da sua
jurisdição. Como prémio de aptidão atlé
tica o C. P. E. F. D. poderá conceder tro
féus, medalhas, etc. Viagens á Metrópole
é que nos parece um desvio da linha da
sua competénêcia. Se não existisse um or
ganismo a quem incumbir, então, sim.
Existindo, não faz sentido, porque: ou há
verba para que a Associação de Atletismo
cumpra as suas obrigações como filiada
da Federação Portuguesa de Atletismo, es
tando presente a provas do seu calendá
rio, ou não há disponibilidades para outras
rubricas. A entidade hierárquicamente su
perior não pode nem deve reger a sua
actividade por uma dualidade de critérios.
A ela compete orientar e não executar.
Ser o cérebro e não o braço.
Se há uma Associação de Atletismo que
organiza provas; que homologa recordes
e que é responsável pela modalidade em
todos os seus pormenores - até discipli-
narmente a ela compete formar uma
selecção representativa para que tome parte
no campeonato nacional inter-distrital na
divisão a que pertença ou indicar todo
aquele atleta que mereça estar nos nacio
nais individuais. Indicar para seguir e não
em vão.
para esperar
No caso das moças em foco, pelas suas
proezas nas pistas metropolitanas, estamos
todos de parabéns. A Angélica Manaca e
a Katleen Binda, do Ferroviário da Beira,
a Lena Relvas, do Desportivo de Lourenço
Marques, a Lucrécia Cumba, do Sporting,
e as juvenis Isabel Santos e Maria C. Vi
lhena, da Associação Académica de Mo
çambique, souberam colocar a grande al
tura o atletismo moçambicano. Mas .... e se
não houvesse C.A.A.? Se não houvesse
C. A. A. nenhuma teria Ido. Porque a Asso
ciação, essa, nem fundos tem para a com
pra de uma dúzia de medalhas nem espi
rito de iniciativa para procurar qualquer
solução.
PEDIMOS DESCULPA, DULCE, CLO, SUSANA, GRAÇA...
Sim, pedimos desculpa. Pedimos, quem? Nós todos. Todos os que mesmo não participando directamente em actividades despor
tivas, sentimos que o Desporto constitui uma das mais válidas realizações em prol da juventude.
E pedimos desculpa porque já não podemos continuar a ignorar o direito que os nossos nadadores têm a uma piscina de 50 me
troa. Já se falou dessa piscina como de uma necessidade e não de um snobismo social. A piscina faz falta. Cada vez mais se converte
numa necessidade vital que é urgente satisfazer.
Esse punhado de garotas e rapazes já não podem ser desiludidos. Nem desiludidos nem enganados. Ou se faz a piscina de
50 metros ou estamos todos a trai-los. E a traí-los de sorriso cínico nos lábios e palavrinhas hipócritas na boca. Não pode ser! Essa
Juventude que em condições desvantajosas vai aos campeonatos nacionais e em ambiente estranho, piscinas estranhas e longe do calor
dos seus adeptos «estoira» com a maior parte dos recordes da modalidade, tem de ser compensada. Compensada de tudo quanto tem
estado a fazer para engrandecimento da sua terra. E Lourenço Marques vem gozando as glórias conquistadas pelos nossos jovens
nadadores mas sem mexer uma palha. Limitamo-nos a colher os louros e a cruzar beatificamente os braços deixando andar.
Lourenço Marques é atirada para os frontespícios dos jornais por causa da natação. É na Televisão e é na Rádio. Lourenço
Marques entra nas casas dos metropolitanos graças à natação. Anda de boca em boca por causa da natação. Uma autêntica campa
liha de propaganda à cidade e a Moçambique.
Talvez coubesse à Câmara Municipal um quinhão muito graúdo na questão de uma piscina de 50 metros para o clube que tem
Pugnado pela natação moçambicana. E isto porque é norma universal a existência de estádios municipais e piscinas municipais nas
ár.as jurisdicionais das Câmaras. E em Lourenço Marques só existem museus e° jardins municipais Nem um estádio, nem um pavi
lhão e nem. uma piscina do nosso Município. E contudo, o Diploma Legislativo n. 1670 diz na alínea c) do artigo 19.0: <AGpresentar
"I câmaras municipais, organismos corporativos e outras entidades oficiais ou particulares planos de colaboração com o Conselho
Provincial para o desenvolvimento físico das populações».
Porque a Dulce, a Cló, a Graça, a Susana, o Carlos, o Rocha, etc., já fizeram o suficiente por Lourenço Marques com as suas
brilhantes actuações na natação nacional, aqui estamos humildemente a pedir-lhes desculpa por ainda lhes não termos dado uma
PÁGINA 57
Piscina de 50 metros.
3ýEMp_
TEMPO POP
A Inglaterra conservadora
CONTIUADO DA PA.
CONTINUADO DA PJ
5I
O contrapeso da esquadra britânica e das unidades complementares sul-africa
nas será então, na opinlio do secretário de Estado británIco, uma absoluta iee~
sidade. É prevendo este futuro que a Gr&-Bretanha está estudando o forticimento
do equipamento militar que faz falta à África do Sul: submarinos, avi~es help
ros, tanques e artilharia, o que está em conformidade com o Acordo de 1955 refe
rente à base anglo-sul-africana de Slmonstown
A POSI(AO FRANC SA
A distinção entre este material, destinado à «defesa externas da f
Sul e o material que pode ser utilizado para represso, na eventualidade de pertu*.
baçoes internas causadas pela
.segreaç.o
racial, tem aqui toda a lmportâncl .
A posição do Governo de lleath é, alis, multo aemelhante à do Governo fraú
cês desde 1962. Vale a pena recordar: o Conselho de Segurança das Nações Unidas,
na sua resoluçÃo de 7 de Agosto de 1963, e com a intenção de conseguir do Govern
de Pret6ria o abandono da sua política de «apartheid», recomendava aos Estados
membros das Nações Unidas o fim da venda e envio de material militar para a
África do SuL A França -tal
como Michel Debró, ministro de Estado encarregado
da Defesa Nacional, salientou em 9 de Agosto de 1969Maboliu desde 1962 o forne
cimento de todo o material de guerrilha e antiguerrilha (morteiros ligeiros, bombas
de «napalnm, armas automáticas e aviões lentos de ataque ao solo) capaz de ser
utilizado na represso de desordens internas. O único material cuja venda é autori
zada é de carácter convencional, destinado a satisfazer um exército moderno, em
particular submarinos e aviõe supersônicos, como é o caso dos actuais fornecmen
tos franceses à África do Sul.
T&n sido numerosas as reacções à «exposiço de razõem e às
«propostas do Governo de Heath, sendo a mais significativa tal
vez aquela que partiu dos Estados africanos Independentes ou,
zer que, o eapitaliso "áo péra de spi
para seu lucro a nostallsW pseudo-rg
nirlas dos jovens, p
s~í
eérii 4 slgo
vende bem. * extravante querer ,.
a revolta dos Jovens sen.9 p partir de i
tock, quando se viu claramente a apat
neles provocaram os filmes sobre os «h»
a universidade de Kent e us aconte
tos, os Panteras Negras, ou ainda o pr
festival de 4qpop-musm
de Monterey.
justo .... descobrir a Jovem América 4
de um imenso musicorama, fllmado A m
das mais banais reportagens de tel'
Absolut~mnte de acordo. Mas tamb"
Inteira~nte verdadeiro, pois a última a
f o deixa de lado a inspiraçao do arts
forma como ele trata o assunto. Se é vq
que Woodstock não leva. a nenhum a
ponto de vista de cioscienclallaço p
(porque Justamente nio era uma mau
o politica), nmo é menos verdadei
Wadleloh filmou o que v:;Ia,
se artíifcio
4.
deformar a s vi* m'
da .u
n
P mos deploIý.o mas Wodáteu
foi um movimento de rolta. Sómente
cua. E que ninguém duvide e. M
árvre sere para esconder a
resta!
pelo menos, da grande maioria deles que, por Intermédio das suas
delegações nas Nações Unidas, solicitaram a urgente convocaço
do Conselho de Segurança para exigirem um «contrle» mais
apertado ao embargo de armas destinadas à África do Sul.
Seria interessante conhecerem-se as resposta - se alguma
vez elas vierem a ser conhecidas - dos Estdos membros da
«Commonwealth» que foram «consultado».
Seja como for, e sem prever os resultados, pode-se afirmar
que foi aberto um novo capítulo. Será de grande utilidade estar-se
atento a ele.
se
a
..
.
esfErogrãfica
que compra .
tem a marca\ii
OUVIMNOS
LMOS
CONSTRUIR A PAZ
-por
Dominique Pira
CIENATOGIAP'C
o caco
aloe
me flme dentre da -m
Cue a Teias
<Irada ri"*&~to definida e o lJnlted ,oa a
aimie: edo I svi
vida saiei e
a
Te.
C«=» do lumei.
~at aisdu.
dieca
suas
dentedet.e clv
os mus pemaeas
Caristru ir
a Paz
vindos e amama mais m. Tum em
~,es
veleirs merais. a Iadvie de vid
omm
as
ri do m eanor a
aita e es hemns.
e#ram
FICHAS FILMÁTOGRAFICAS
ATE AO DIA 27 DE SETEMBRO
Dominique Pira, padre dominicano belga, ex
põesta obra, que tem um prefécio do cien
tista e filósofo. Robert Oppenheimer, a sua teo
ria de como pode ser construida e paz: a par
tir, nio da violência mas do diálogo fraterno.
O seu livro esclarece também muitos mal
-entendidos a reseito de pseudoteorias raciais,
com base nas últimas aquisições da ciência e
à luz do humanismo cristão. E uma obra eluci
dativa para todos os que pretendem compreen
der e solucionar os problemas que vivem. Está
à venda na Livraria Texto.
«MICHAEL KOHLHAS O REBELDE»
(Michael Kohlhas): Realizaçáo - Vol
ker Schlondorff: Argumento (drama
histórico) Edwerd Bond; Fotogra
fia - Willi Kurant; Música - Sta•ley
Myer ; Int6rprete Arna Karina.
<Avenida)
«COMO EU GANHEI A GUERRA»
(HOW I Won the War}: Realização
ichard Lester; Argumento (farsa)
David
Cherles Wood; Fotografia Watkin; Música Ken Thorn; Intér
prets ý- John Lenon e Michael Craw
ord. (Nacional)
lidee e is mea.
é a. muh m deter.
iUsa tipo de md
ee .m
OS emo
mio~
inme..e lego. pasve.
apena
refes eum~
Ihva ilgr.
Mrtis.esada m um do,*=*uoga w~olhadq vive
~
la da me um dao. Padva
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d da mr.
a adldae.S
ega.
regras ede igae.
vnwll dzeanhead
-u sImue dees hamasa
gupevive
Estagie
do Rédia
mite a épra, #Aldaí.
Clul
e0 DIABO A SOLTA» (The Devil by
Philippe de
the Tail): Realização Brocca; Argumento Daniel Boulan
ger; Fotografia Jean Peazer; Mú
nica - Georges Delorue; Intérpretes
Ives Montand a Maria Schell. (Manuel
Rodrigues)
as 20 horas, a
da M ;çambique
trans.
de Vrdi. com a megulhitdls.
soprano Leontyne Price;
tríbullie de vou&: Aida ovr; Radamés - tenor
Amneris - meio.soprano Rita
Jofi Viciara; Amonasro b 'io o Robrt Merrili;
*bxe*ogo Toi; O Rei do Egipto
Ramfls coros da ópera
baixo
ínio Caibssai. A orques*t
de Roma dirigidos palo mimdro Gonrg Scifl fazm o
acompanhamento.
No dia eguinta è mesma hera, a Estaç,io C» apre
Iglaelas, quvebem de emer famas em
armelete.
elhe6
eique 6pemItIa
4 het
laaa O uhauea*dea
anarea
o
preiar
umrpveaae mempre es haens qu e aboar
traaa.
A AMUO
próximo dia 24 de Setembro
4
em.A
aud de dAlves, direntor da g61.
dpeuldd.em me~çi a *ia, é cerctiac:
ra e maia um ~le diraisda.
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i=.enem, etiama. empata, de.
dps ae
aa aalmete raivae 6di.
1
que tem um
Mt 6 ~mm
quen
oe nrm per ia.,,
eeslo
eaeh)
ge~ (nasfoatarlias eu dr 4ent
iO MOTIM» (Riot): Realização
Buzz Kulik; Argumento (drama) - Ja
mes Poe; Fotografia - Robert Hauser;
Música - Christopher Kiomeda; Intér
pretes - Jim Brown, Mikei Kellin e
Gerald 5. O. Loughlin. (Olímpia)
mantea Sinfonia n.- S, em mi bemol maior, op. 8, d
Sibalilus. composta em iSE, mudo uma das obras mais
popUlarei e e mais apreciada das mas sinfonias.
malo Modorato;
d.se em tr1s nd•ntas: i..
2.0, Andante Mosse, quemilgraito; ILa, Aliegro Malte.
«PATRULHA HEROICA, (Que lia Dan
nada Patruglia): Realização - Roberto
Ro
Montero; Argumento (guerra) berto Montero; Intérpretes - Dele
Cummings, Mounty Greenwood e Ma
dida Kameí. (S. Miguel)
4lmpdia.Osmagjeesi
Porsu
a dir daporqu
mia
U eu auc
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lvwlv-m
eia prépa n mar
pete o a.
d~ade, Campartlhede.
easera. reunn.
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sistIr 6 dlffll
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a jeita d queNecm.I
noemaantipda
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eb e e dr. Mais
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oOS JOGOS (lhe Games): Realiza
t o - Micheel Winner; Argumento
rich Segai; Fotografia - Tony Troke;
Música - Francis Lay; Intérpretes
Micheal Crawford, Stanley Baker, Ryan
O'Neal. (Sca•a)
eles deu que
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MARIA 94-LOUROES:
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~a~a.*aBBBBBBBB
Ámo,
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Isalom6veis Patifem (The Dirty Doen), da Robart Aldrich
'e$ de uma Noite da Vr&o. (Sotnarhettens len), de Ingemar Bergman
Gringeo, de Roy Rolland
HOffnemChamado Gringo (A Mea Nemis
40co., d Cunha Talas
SArma Entra Mll* (Winchister ano of M«snnds), da Primo Zeglio
imaeho dou Espiõe» (Th* Looking GlaisnWar). da Frank Pierson
r
eiroms (lIly's Horeas). da Briain 6. Hutton
Meu Cerro Falam (The Leve 0»g), de Roeart Stevenson
'**fim* (Riot), de lun Kulik
5o é o Meu Deuos (Het is My OSd) dedafadi Adelchi
< avrsniuo. (lhe Arrangament). do Elia Ktaa
na hi~da do Chomn;
V
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SALA
PlL
4-Um m on
O
AJUSTAMENTO CONJUGAL m6dico e psic6logo João Moaana de.
bruça.se sobr, a problemáfica conju
gal nesta obra que Liwos do radle
dita e a Minerva Central vende. Es
trito da forma a ser acessível ao
grande público. Ajutamento Conju.
gala contêm, além de alguns tente.
para o leitor se conhecer a d pr6
prio, várias normas tendentes a fo
mentar a felicidade a dois - marido
e mulher - num mundo de tenses e
problemas constanoescomo 6 o nosso.
palmo quadrado de superficle r cona.
Uitui de vez os urgentemente neesI
tados de proteiaz.
sasd
aodasemue,
Telas.4*
que Cunhai
9as apt4 p~o
ouulaat
fetanel $» MarCiaCe
me
Livros Novos
com três dedos de altura e quase um
-
O ar.prma; 4-
Excepcional: 3-
AVENIDA
2
CiNE-CLUIlE
D lCCA
ESTODIO 222
GIL VICENTE
INFANTE
MANUEL RODRIGUES
NACIONAL
OLIMPIA
SAO MIGUEL
SCALA
4
1
3
1
-
3
3
4
-
4
4
-
-
2
3
I
4
2
4
4
4
4
3
4
-2
-
3
3
3
Com multo Intorsm; 2- Com algum interesse
-
-
-3
4
-
5
5
1-
Digeosivo;
-
4
2
3
3
Para sair ao <ntervl@.
-----------
j
---------DESEQUILffRIO
PÁGINA i
CýA
NOIUA..:
é nossa Convidada.
Não paga bilhete
tndo
acompanhada pelo marido
e o casamento se tenha realizado dentro
dos 30 dias que antecederem a viagem,
CbN
Çz11.spos.
lodas de Ptata
Boda de Ouro
viajar
uma dás #
coisas mais belas da vida!
quando acompanhada pelo manido
e a viagem se realize dentro dos 30 dias
em que complete 25 ou 50 anos de casada,
também não paga bilhete, nossa convidada.
Esta concessão especial da DETA é
vãlida para todas as carreiras na
Provincía.
BXETA
LINHAS AÉREAS DEMOÇAMBIQUE
COMBUSTÍVEIS
E LUBRIFICANTES
sonap
UMA
ORGANIZAÇÃO
NACIONAL
Economia de
Locambique na década de
POPULAÇÃO
população dos anos posteriores a 1960
stimada com base na população reve
pelo censo daquele ano. Para a popu
africana tomou-se a taxa de cresci
> anual de 1,6 %, verificada na década
Íor. Para a população não africana, a
de 2,6 %, corrigida com os saldos mi
rios anuais.
serva-se todavia que a população dada
ýenso de 1960 se apresenta certamente
Lliada. Efectivamente os números obti
o inquérito agrícola realizado nos anos
61 e sèguintes revelam, sobretudo nos
tos mais rurais, diferenças muito sen
em relação aos números do censo.
taxa de crescimento de 1,7 % da po
lo de Moçambique é muito baixa em
Lo à taxa média de crescimento da
aÇão do continente africano, da ordem
A %. Esta diferença deve resultar de
taxa de mortalidade bastante supe
média do continente.
PRODUTO INTERNO BRUTO
1 números do produto interno bruto
) relativos ao quinquénio 1959/1963
apurados pela Missão de Estudo do
into Nacional do Ultramar e refe
e ao conjunto dos circuitos monetá
não monetários. Em relação a 1969,
falta de dados da mesma origem, to
e a estimativa apresentada na última
do Atlas do Banco Mundial que nos
e harmónica com os números anterio
neles provàvelmente se baseia.
39 milhões de contos de 1969 corres
,' a 5 contos «per capita». Dado
I 1959 esse valor foi de 3,8 con
crescimento durante a década pro
-se à taxa média de 2,6 %, o que,
ceM conta a desvalorização da
(0osvalores considerados referem-se
a escudos do ano), senslvelmente da mesma
ordem de grandeza, significa que o cresci
mento do PIB apenas terá acompanhado
o crescimento da população; o que aliás se
harmoniza com a análise à evolução do
PIB nas províncias ultramarinas du
rante o período de 1958 a 1967 feita no
Relatório da Execução do Plano Intercalar
de Fomento onde se refere que «as capita
çóes do rendimento e do produto interno
bruto só não aumentaram prticamente
em Angola, Moçambique e Macau».
As razões deste lento crescimento estão
certamente relacionadas com a debilidade
estrutural dos centros motores da econo
mia moçambicana que se situam no sector
agro-pecuário. Efectivamente durante a dé
cada de «60» mantiveram-se práticamente
estagnadas ou até retrocederam as cultu,
ras do algodão, das oleaginosas (copra e
amendoim), do sisal, a silvicultura e a
criação de gado. O aumento substancial das
colheitas de caju e a lenta expansão de
culturas como as do chá, do arroz, do ta
baco e do açúcar não foram suficientes
para dinamizar o processo de expansão do
sector agro-silvo-pastoril onde a província
encontra a sua vocação económica.
3 -
AGRO-PECUARIA
Em relação a este sector registam-se
no quadro junto as produções de algodão,
castanha de caju e os efectivos bovinos.
Nas duas primeiras têm origem os dois
ciclos económicos mais importantes e mais
dinamizadores da economia da província,
ciclos que em 1968 apresentaram o contri
buto de 1 754 386 contos para as exporta
ções, isto é, 40 % do total. Quanto aos efec
tivos bovinos a sua importância resulta das
grandes potencialidades oferecidas pela pe
cuária.
Na cultura do algodão o melhor ano da
década foi o primeiro, o que quer dizer
que algo existe na'estrutura produtiva que
a impediu de quaisquer progressoq olongo
de 10 anos. Aquela é constitulda por cerca
de 500 000 minúsculas explorações que de
tão débeis e dispersas não puderam nem
poderão beneficiar, quer dos progressos
tecnológicos de culturã,-R4'r das economias
de escala da empresa. Assim, a produtivi
dade das explorações é da ordem dos 350
quilos por hectar, a mais baixa do Mundo,
segundo os números do Comité Consultivo'
Internacional do Algodão publicadoa no
último número do Boletim Trimestral do
Banco de Angola, e apenas ligeiramente
superior a um terço da média mundial. Em
Angola a produção média por hectare é
dupla da de Moçambique.
Quanto às possibilidades de expansão
da cultura (altamente rentável quando ra
cionalmente explorada) basta dizer-se que
a Rodésia passou da produção de 1000 to
neladas de fibra em 1963 para 43000 em
1969 (ano em que Moçambique produziu
41000 toneladas) e que entre os 70 milhões
de hectares de terras livres de Moçambi
que se encontraram dezenas de milhares
onde as condições ecológicas se apresentam
superiores às da Rodésia. De resto a cul
tura não é tão exigente em tecnologia que
tenha obstado a que o México obtenha me
lhores produções médias por hectare do que
os Estados Unidos e a que Angola tenha
duplicado a produtividade entre os anos de
1961 e 1969.
A solução deste nosso grande problema
não se encontrará sem a profunda altera
ção da estrutura produtiva que exige o ro
bustecimento da empresa agrícola pela agiu
tinação das explorações. E a melhor via
para essa aglutinação parece ser a coope
rativização dos produtores sob imediato e
sólido incentivo económico da continuação
do processo tecnológico até a preparação
da fibra, além do subsequente aumento da
produção agrícola.
Em relação ao caju, cuja colheita
comercializada experimentou um cresci-
mento à taxa média de 9,6% ao ano, em
bora muito irregular, nenhuma alter»ção
significativa se verificou na estrutura pro
dutiva. O aumento da quantidade de casta
nha introduzida no circuito comercial acom
panhou o ritmo de aumento dos preços no
produtor primário. Esse aumento, de mais
de 100 % ao longo da década, está ligado à
rarefacção da oferta para exportação pro
vocada pela industrialização crescente em
Moçambique.
A estrutura produtiva poderá ser muito
alterada quando for francamente rentável
a cultura ordenada do cajueiro e para tal
será um contributo muito apreciável a li
nha industrial da «pera».
PAGINA 64
A pecuária é dominada pela criação de
bovinos que em 1968 forneceu 88 % da
carne saída dos matadouros.
Dos 97 800 criadores de gado, 95 000, ou
seja 97 %, pertencem ao sector tradicional
africano, e possuem 60 % dos efectivos
bovinos.
No decurso dos 10 anos de «60» os efec
tivos bovinos cresceram à taxa média anual
de 2,4 %. Esta lenta evolução quantitativa
parece não ter 'sido acompanhada de me
lhoria da qualidade, pelo menos nos oito
primeiros anos, pois que o peso médio dos
bovinos adultos abatidos nos matadouros,
sendo muito .baixo, não aumentou. O peso
médio ponderado durante aquele período
foi de 151 quilos, cabendo a melhor média
anual - 158 quilos - ao ano de 1960.
4-
PESCA
Apesar dos 2400 quilómetros de o
marítima e da presunção animadora
boa riqueza piscicola no canal de Moça
bique, a pesca é um sector pouco relevai
na nossa economia. Embora ocupe mais
20 mil pessoas, o seu valor não atinge
100 mil contos anuais.
Durante a década a tonelagem dese
barcada baixou até 1962 e neste ano i
ci uma expansão lenta e flutuante i
1968. Em 1969, porém, essa expansão
muito acentuada. Desta evolução result
um crescimento à taxa média anual
4,1 por cento.
- INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS
As indústrias extractivas, tal como a
Ica, apresentam um contributo insignifi
ite para o P. I. B. da provincia. Redu
a-se a pouco mais do que à exploração
uma mina de carvão (Moatize) em Tete,
alguns jazigos pegmatíticos na Zambé
à exploração de pedreiras para a cons
ção civil e à extracção de sal. Emprega
ca de sete mil operários e estão investi
i no sector cerca de 300 mil contos. O
or da produção anda pelos 150 mil
A taxa de crescimento de 2,5 % durante
lécada, avaliada em escudos do ano, é
ticamente anulada pela desvalorização
moeda no decurso do período.
-INDOSTRIAS
MADORAS
TRANSFOR
O valor bruto da produção a escudos
ano cresceu à taxa média de 9 %.
Na indústria transformnadora distin
dois sectores bem distintos:
- 0 das indústrias dirigidas à expor
tação, com um valor de produção pró
ximo de metade (47 % em 1967) do
total das indústrias transformadoras,
laborando fundamentalmente os pro
djutos primários da agricultura cuja
produção é favorecida pelas condições
ecológicas do território, abrangendo
indústrias alimentares (açúcar, amên
doa de caju e chá), extracção e refi
nação de óleos vegetais (amendoim,
algodão, copra e outros), preparação
de fibras têxteis (algodão e sisal),
cordoaria de sisal, serração de ma
deira, e ainda, a indústria dos deri
vados do petróleo bruto. Este con
junto coloca no exterior cerca de
75 % da sua produção, assim contri
buindo com dois terços do total das
exportações.
-O das indústrias dirigidas ao mer
cado interno, com um valor de pro
dução ligeiramente superior a me
tade (53 % em 1967) do total das in
dústrias transformadoras. Neste
upo, e com valores de produção su
pires a 106 mil contos em 1968,
i em-se, a moagem de trigo, o des
c ue de arroz, a fabricação de cer
a, a manipulação do tabaco (ci
g ), têxteis de algodão, vestuã
, mento e a construção e monta
de material de caminhos de
f ; além de indústrias menos tipi
as como a panificação, as artes
cas e outras (metalomecínicas)
, igualmente atingem aquele valor
%Produção. Este conjunto exporta
da sua produção e o sen contri
Para o total das exportações é
próximo dos 7
A taxa média de crescimento global do
valor bruto da produção dos dois sectores
da indústria transformadora foi, durante
os oito primeiros anos da década (dos dois
últimos não estão ainda publicadas as esta
tísticas), de 9,1 %. Todavia, ao passo que
a taxa de crescimento relativa às indús
trias dirigidas à exportação foi apenas de
7,5 %, a correspondente às indústrias diri
gidas ao mercado interno foi de 12 %. Estas
taxas não foram contudo uniformes ao
longo do período considerado. No quadro
que segue podem verificar-se as flutuações
ocorridas:
MNO
IMúst. Transform.
Indúst. Exportação
Indúst. Merc. Int.
1961 192
19 3
1M4
194
196
1967
1968
19
M6d.
a6 ,al
11,3 13,6 6,3 4,5
9,8 11,8 5,3 5,2
0,2 5,7 13,8. 9,4 8,7 5,2 7,5
13,3 15,9 7,4 3,7 18,8 19,2 13,1 6,0 12,0
A taxa cresce nos dois primeiros anos
e a partir de 1961 há uma quebra muito
acentuada que se prolonga, até 1964 para
as indústrias exportadoras, e até 1963 para
as indústrias dirigidas ao mercado interno.
O conjunto dos sectores atinge novo má
ximo em 1966 (nas indústrias dirigidas ao
mercado interno em 1965) e no ano se
guinte inicia-se nova queda que se deve ter
prolongado até ao fim da década. (Assim
aconteceu com as indústrias de exportação).
Durante os anos de «60» foram intro
duzidas as seguintes indústrias novas: no
grupo das indústrias exportadoras, a refi
naria de petróleos (1961) e a cordoaria de
sisal (1967); no grupo das indústrias diri
gidas ao mercado interno surgiram, a pre
paração de tintas (1962), a laminagem de
ferro e aço (1963), as embalagens metáli
cas (1963), a construção e montagem de
material de caminho de ferro (1963) e a
fabricação de adubos (1968).
A taxa anual média global de 7,5 % de
crescimento das indústrias exportadoras,
em termos de valor bruto de produção,
foi o resultado de taxas de variação anual
muito diversas.
Assim a indústria do descaroçamento
do algodão, manteve-se estagnada, a do
descasque de caju, mais que decuplicou, a
dos óleos vegetais (obrigada a importar
amendoim e germe de milho), cresceu à
taxa de 10%, a do açúcar, apenas se ex
pandiu à taxa de 6 %, a do sisal (fibra)
experimentou uma redução à taxa média
de - 1,7 %; na serração de madeiras verifi
cou-se também a taxa negativa de 0,6 %, a
refinaria de petróleos teve uma expansão
bastante regular, de 8,3 %.
O crescimento médio anual de 12 % do
grupo de indústrias dirigidas ao mercado
interno foi também sectorialmente muito
diversificado. Assim, e mencionando apenas
as mais importantes, a moagem de trigo
cresceu à taxa média de 10 %, a fabrica
ção de cerveja quase quintuplicou, a mani
pulação do tabaco aumentou à taxa de 8 %,
a indústria do vestuário (muito bem adap
tada às condições ecoíiómicas da província
e por isso competitiva nos mercados inter
nacionais para onde vem exportando em
muito bom ritmo) mais que decuplicou du
rante a década; a fabricação de cimento
apenas cresceu à taxa de 5 % e as meta
lomecânicas tiveram um surto muito acen
tuado.
7 - CONSTRUÇÃO
A construção civil, que nos últimos anos
de «50» se apresentava muito activa, cresce
ainda em 1960 e no ano seguinte inicia
uma depressão que a conduz a um valor
muito baixo em 1962. No ano seguinte
experimenta uma melhoria para novamente
baixar nos anos de 1964 e 1965, apresen
tando neste ano o valor mínimo da década.
Em 1966 retoma o ritmo ascensional e no
último ano deve ter ultrapassado o seu
máximo, verificado em 1960.
Trata-se de uma actividade com um
peso bastante significativo na economia da
província. Para tal se 'conjugam a redu
zida propensão ao i1*"e.imento noutros
sectores e a extensão dó crédito à cons
trução habitacional.
PÁGINA í
m
A Economia de
Mocambique na década de
8-
ENERGIA ELÉCTRICA
A energia eléctrica é produzida em Mo
çambique por um grande número de pe
quenas centrais (772 em 1968), das quais
cerca de 85 % são de serviço particular.
Apenas existem duas centrais com potên
cia instalada superior a 20 000 KW, uma
térmica, em Lourenço Marques, e outra hi
dráulica, no Mavuzi, servindo distrito de
Manica e Sofala e exportando produção
excedentária para a Rodésia. A produção
de energia térmica foi, em 1968, sensivel
mente dupla da de energia hidroeléctrica.
No decurso da década ,o aumento da
produção processou-se com bastante regu
laridade à taxa média anual de 8,6 *
9-TRANSPORTES
E COMUNI
CAÇOES
Neste importante sector da economia
de Moçambique os progressos foram lentos
como deixam ver as pequenas taxas médias
anuais de crescimento de alguns seus mais
significativos componentes. O mais impor
tante de todos - os caminhos de ferro
avaliado em termos de tonelagem de mer
cadoria transportada, apenas se expandiu
à taxa média de 4,5 % (em termos de to
neladas/quilómetros a taxa é sensivelmente
a mesma). E para este resultado contri
buiu muito sensivelmente o transporte de
minério da Suazilândia verificado nos últi
mos anos.
No domínio dos transportes rodoviários
a ampliação da rede de estradas asfaltadas
foi insignificante e todavia a densidade des
tas estradas era, em 1960, de 1,3 metros
por Xmr Em 1967, último ano de que se
dispõe de informação estatística, aquele in
dicador aparece aumentado de 36 %, o que
significa que no decurso dos sete anos
houve um aumento médio anual que não
atingiu os 4 %. Quanto à rede de estradas
não asfaltadas a sua extensão manteve-se
na ordem de 25 000 quilómetros, isto é, 32
metros por Km2. O parque automóvel de
veículos pesados teve um comportamento
semelhante: apenas cresceu à taxa de 4,5%.
A taxa de aumento dos veículos ligeiros
foi todavia dupla desta.
A rede telefónica cresceu, em termos de
número de telefones em uso, regularmente
e à taxa média anual de 9 %. O número
actual de telefones deve andar pelos 25 000.
!0CONSUMO
Neste capítulo apenas se registam al
guns números habitualmente utilizados
como indicados da dimensão do mercado.
Com excepção da expansão bastante
acentuada do consumo de combustíveis lí
quidos (à taxa de 13 %) e do de electrici
dade (à taxa de 11,9 %), a progressão dos
consumos de adubos, cimento e ferro pro
cessou-se a taxas muito baixas.
O crescimento médio anual de 6 % do
consumo de adubos num território de mar
cada vocação agrícola é especialmente insa
tisfatório pois que se partiu de um con
sumo «per capita» da ordem dos 2,4 quilos
no princípio da década. Observa-se que em
estudo apresentado ao Simpósio Interna
cional de Desenvolvimento Industrial (Ate
nas, 1967) se consideram consumos mode
rados até à ordem dos 25 quilos «per
caDita»
!
"- COMÉRCIO EXTERNO
Apesar do crescimento persistente e e
bom ritmo das exportações os saldos i
comércio externo mantiveramse fortemen
negativos; aliás compensados pelos saldos i
balança de prestação de serviços com os te
ritórios vizinhos (transportes e mão-d
-obra de trabalhadores deslocados). Ao co
trário do que é habitual nos países subd
senvolvidos, em que a flutuação das cot
ções a que estão sujeitos os produtos c
pequena gama das suas exportações (pr
dutos primários ou fracamente industria
zados) torna as receitas de exportação irr
guiares e de tendência estagnante, o va14
das exportações de Moçambique aument<
até 1968 sem a excepção de um só ano. Efe
tivamente as exportações da província si
razoàvelmente diversificadas e de produt
com um certo grau de transformação indu
trial. Os números que seguem dão ideia d
origem das exportações. Referem-se a vali
res médios dos últimos três anos de qt
há informação estatística.
SECTORES DE EXPLORAÇAO
Indústrias exportadoras
Outras indústrias
Indústrias extractivas
Agricultura (produtos primários)
Artigos diversos (sucatas)
64
7
2
23
1
Entre os produtos das indústrias expor
loras contam-se: a fibra de algodão, deo
ácar, os óleos vegetais, a amêndoa
i, o chá, a fibra de sisal, as madeiras e
derivados do petróleo. Das restantes in
strias (fundamentalmente visando o mer
lo interno) tiveram alguma expressão
a exportações: o arroz, os tecidos de algo
o, o tabaco manipulado e o vestuário. Os
odutos de exportação das indústrias ex
Letivas foram o carvão e os minérios
1 matlticos. Dos produtos primários da
ricultura, pesaram nas exportações, a
tanha de caju e a copra, e com valores
dito inferiores, o tabaco não manipulado,
citrinas e as bananas.
Nas importações, além dos bens de equi
mento e de consumo durável entre os
ais avulta o material de transporte,
apam posição destacada: entre as maté
is-primas, o petróleo bruto; no conjunto
9 produtos da alimentação e bebidas, os
ilios, o peixe, o trigo, os lacticínios, o
eite e as frutas; nogrupo das matérias
deis e respectivas obras, os tecidos de
ýodão e artigos de vestuário; e por fim,
n valor superior a 100 mil contos, os
edicamentos.
!-BALANÇA
DE PAGAMENTOS
cadorias, fortemente negativa, mas pràtica
mente compensada pelos fluxos, sempre po
sitivos, referentes a transportes e outros
serviços relacionados com o trânsito de
mercadorias. Ainda com oestrangeíro são
estruturalmente positivos os saldos das con
tas Turismo e Transferências Privadas
(remessas dos trabalhadores deslocados nos
territórios vizinhos) e sistemàticamente ne
gativas as contas de Capitais.
Com a zona do escudo todas as contas,
com excepção da de Movimento de Capitais
com valoxres ora positivos ora negativos,
apresentaram saldos negativos durante os
últimos cinco anos.
Ao contrário da convicção correntemente
manifestada de que o desequilíbrio da ba
lança de pagamentos com a Metrópole (prà
ticamente a balança com a zona do escudo)
provém do desequilíbrio das trocas comer
ciais, os números revelam uma situação
bem diversa. As contas Transferências Pri
vadas, Rendimentos de Capitais e Diversos
(fundamentalmente transferências governa
mentais) concorrem mais intensamente para
aquele desequilíbrio do que a conta Merca
dorias. O valor médio dos saldos durante
os últimos cinco anos apresenta-se como
segue:
CONTAS
Saldo Médio
do Quinquénio
9l65/1969
A balança de pagamentos acusou em
los os anos da década saldos negativos.
tica
tes resultaram de um saldo d
eitepositivo com o estrangeiro e um
Ido sistemàticamente negativo com a zona
escudo (pràticamente a Metrópole). O
Ido positivo com o estrangeiro apresen
1 nos últimos três anos uma tendência
que foi muito brusea em 1969 e
riva
3aído negativo com a zona do escudo fiu
Dumnas faixas dos duzentos e trezentos
l contos durante os primeiros nove anos,
evando-se bruscamente também em 1969.
AO longo da década a balança de paga
Dtos apresentou relações quantitativas
, Persistentes que lhe conferiram caroe
rsticas estruturais muito marcadas.
mim, na balança com o estrangeiro, des
pOu-se
Pelo seu peso relativo a conta Mer-
SALDO GLOBAL
Mercadorias
Turismo (lic. Metrópole)
- 1352
Transportes
Rendimentos de capitais
Transferências privadas
Movimento de capitais
Diversos
Em relação à conta Mercadorias, os
fluxos que mais a onerari k correspondem à
importação de tecidos, virLhos e artigos de
vestuário, cujo valor glolDal, em 1968, se
aproximou do milhão de ( =ntos.
Dada a dinâmica da balança de paga
mentos com a Metrópole, as pressões exer
cidas pelos fluxos contabilizados nas con
tas Transferências Privadas, Rendimen
tos de Capitais e Turismo (férias na Me
trópole), dificilmente consentirão o seu
equilibrio, pois que também dificilmente se
encontrará quem não deseje ver, por uma
simples transferência, contado o seu di
nheiro numa moeda mais forte.
No quadro junto o saldo negativo de
apre
1969 - 1279 milhares de contos sentou-se fortemente anómalo. Efectiva
mente nos nove anos anteriores o seu valor
médio foi de - 297 mil e oscilou entre os
limites de -83 mil e -440 mil. Não se dis
põe ainda de informação estatística que
permita a análise detalhada da conjuntura
que lhe deu origem. Contudo, o exame dos
dados relativos ao comércio externo e ou
tros já publicados, levam a admitir que
houve sensível diminuição das exportações.
A ser assim é a primeira vez que tal su
cedeu durante a década. Por outro lado, a
persistência de saldos negativos ao longo
de todos os seis meses do ano em curso,
com um valor acumulado de perto de um
milhão de contos (993 mil), parece revelar,
não só uma situação conjuntural, mas uma
alteração de estrutura que não terá por
isso solução a curto prazo.
Em síntese, o exame dos números do
quadro junto, relativos ao ritmo da econo
mia de Moçambique durante a última dé
cada, mostra que é nos sectores da produ
ção primária - agro-pecuária, pesca e in
que se encontram
dústrias extractivastaxas de crescimento mais baixas. Desta
debilidade de sectores tão intrinsecamente
dinâmicos teria resultado a lentidão do pro
cesso económico reflectida na evolução do
produto interno bruto e a alteração estru
tural que parece estar na base da mais
longa e mais intensa série de saldos nega
tivos da balança de pagamentos.
Não foi certamente sem fortes razões
que no discurso proferido em 15 de Agosto
último, que na cerimónia inaugural de uma
importante unidade industrial nas proximi
dades da cidade da Beira, o Governador
-Geral afirmou: «Nós temos que transpor
para outros niveis a riqueza desta Pro
víncia».
O conceito de louvor
CONTINUADO
haverá quem não pudesse receber dinheiro sem perdi
dade de AMADOR? Havendo, a quem imputar a culI
quer responsabilidades futuras? Quem recebeu ou que
Os clubes locais lutam desesperadamente contra '
mentalização do futebolista para o mercenarismo. E é
entidade oficial que incentiva o não amadorismo, q
mete o sentido moralístico da prática desportiva. S
futebolistas houvessem exigido remuneração os dirige
ram. Tal como nas grandes empresas desportivas, que
mente os clubes de profissionais.
Quando perderem também serão pagos? Quanto rec
um empate? E para o jogador contemplado quanto du
da vitória? Quanto tempo dura uma nota de mil escud
de um desportista?
NA ESPANHA
CONTINUADO DA PAG. 50
~711
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roeder Leidenbergl, Lda.-
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pode significar mais uma bata
lha na sua luta de quinze anos
travada contra a Falange. Uma
luta que se acentuou parti
cularmente nos últimos dois
anos com vantagem evidente
para a «Opus» que, entretanto,
teve que ultrapassar um golpe
de Estado (e o estado de ex
cepção decretado durante três
meses numa Espanha gover
nada por militares «duros» que
tomaram transitáriamente o
poder em 24 de Janeiro de
1969 e uma guerra de sucessão
(terminada a favor da «Opus»
com a escolha de João Carlos
como futuro rei da Espanha e
contra os rois restantes candi
datos, seu pai Don Juan, conde
de Barcelona, e o príncipe de
Bourbon e Parma).
Em todas estas circunstân
cias, desenroladas sempre nos
corredores da cena política, a
estratégia fria, calculista e efi
ciente da «Opus Dei» levou a
melhor relegando para segundo
plano os homens da Falange,
pela primeira vez desde a
Guerra Civil expurgados do ga
binete ministerial do pais em
que a maioria, se não todos, os
titulares pertencem directa ou
indirectamente à «Opus».
O escândalo Matesa, o maior
escândalo financeiro da histó
ria espanhola, surge porém
nesta conjuntura com a celeri
dade de um raio distruidor. De
nunciado e explorado até à
exaustão pelos poderosos jor-
nais falangistas, acenz
toda a parte como int
mente relacionado com
todos e objectivos da
Xque naturalmente se
a desmentir não muito
centemente todas as r(
com o caso), julgados (
nados os que mais dirce
nele estavam envolvido,
Matesa torna-se assim
tinua a sê-lo hoje - o
pal argumento da prese
tra-ofensiva da Falai4
Uma contra-ofensiva
o previsto gabinete de
brio que o generalíssimo
em breve anunciará à
o mais segunro indício
primeira vitória falangi
tra a preponderância &
Dei» no país e, possiv
de um recuo no liberal
fachada que por vezes
brilhar na Espanha doi
dias.
mise
'1
adquira o melhor
A PIONEER. comn o departamnt de iiweutga
mais avançad no mundo da MPaidç6 deso.
apenas oferc ~eana alta .ide"dad
em qulqerdo6 seu mod~o
florife-se. Comps
Do mnais económic ao mnais sofist~Ica
E ao adquirir PIONEER saber que w ~ 0heomn~a
PIONEER é verdadeira alta-fideidaW garantida e assistid Po'
RÁDIO SOAL LDA.Lu~Mu
Beira .Rádio Seala (Beira > Lda.-]W - Sociead Eb~ti Ida.
Na l. Eledl> Invicta Lda, Oueimn-Casa VMdM
PO
SPAGINA
69
Rui Cartaxrn,
VIVER CUSTA
Q
UEM
primeiro
porsem
ela fazer
foram
as
donas
de casa, deu
mesmo
gran
des contas, nem complicados cálculos ma
temáticos: de repente, galgando a curva
natural do crescimento dos preços, as coi
sas começaram
a, custar mais
din eiro.
... CADA
VEZ *MAIS DMfHEIRO,
funcionalismo em Moçambique), ou de ser
viços onde eles não se repercutem, comto
o da. habitação, o. fenómeno» que se en
frenta tem uni nome próprio:
chae a-se
especulação.
0 fenómeno pode atá ser analisado fácil
mente. 0 primeiro movimento deu-se logo.
após ter sido oficialmente -anunciada a..
concessão dos subsídios de renda de casa
para os funcionários, em meados do ano
passado, e aeentuOu-se nos últimos tem
pos, de forma especial depois do recente
aumento dos veclmentos dos servidores
do;Estado.
Inflação, ou «doença
flaciouista ,
come lhe chama o presidente PoMPidou, é uma tendência económ ca co'lli
cida e definida, que perturba hoje meio
Mundo e encontra a, sua explicação em
factores perfeitamente Identificados. Um
destes factores é, de facto, o aumento de
vencimentos ou saáos, que se traduz
sempre na entrada de mais dinheiro em
eirculação. Mas o que éinteressante notar
é que,
n
o aumento de salários ale-
nas um dos componntes do fenómeno,
lhe são sempre assacadas as culpas dos
aumentos de preços, como se ele. fose o
económic dasosit
es e c
na análise
~ micadai
ituaões.ferir
n Problema, não 0ó afeca, diz, respet
atentamente o desenrolar dos acontecimen.
toaneste domínio, disposto a par cobro
iediato: -como em várias ocasiões já
anunciou a toda a acção especulativa
que se desenhe.»
distinguido o fenómeno nato.
E, apõs
rä daterlnflato,
que resulta das-àlterá
é responsável pelas angústias deý uma: Ções de equilíbrio entre a oferta e apro..
cura, como «um mecanismo económico de
Intensa maioria da população, comto teto
ajustamento quase automático, cujaéxten.
vindo a Preocupar sèriamente o Governio,
são é controlável, em nada relacionado
que dessa preocupação não0 tem feito se
com formas de elevação artificial dos-pre
ços». concluiu o secretário provincial:. «0
quer segredo. Logo após o aumento de
venimetosdosfunionrio
fuloáos
dM§lçamde
'.verno8
ciento
desse
a
ovirncia
mecanismo.
tem prteiro
e dispõe
conhe
de
. ...... :.vencimensdo
bique, o próprio Chefe do Governo abordou clara e significatlvamente o problema,
Insurgindo-se contra o rumo Inflacionista
em curso e prometendo as mais drásticas"
medidas contra os responsáveis por ten.
tativas de espução.
meios adequados a acompanhar a evoiu
ção do fenónmeno e controlar a sua exten
são por forma que as consequências dele
derivadas se mantenham entre limites bem
definidos com amplitude ajustada às cau
sas que o determinaram.»
a. d
iSA mesma linha de preocupaço.ofi.
NEcial se pode eônquadrar também a
comunicação que o secretário provincial de
Ecoomia de Moçambique fez há pouco
aos jornais diários e que, por emanar de
uma entidade oficial responsável, velo con
ao assmio
um
muito spo
cJal. Disse o dr.. Hungorecorte
de Jesus: «Têmse
verificado, em diversas oportunidades,
ten-
»DE dizer-se que em poucas ocasiões
tantas pessoas se devem ter entcon
trado de acordo sobre um problema como
desta vez, raramente o Governo terá en
contrado tanto eco numa acção que se te
nha proposto levar a cabo.
OS chamados índices de preços médios
... no consumidor
revelam,, de facto,
oRAa ve
é que o facto de os
tatvas de elevação dos preços de certas
Uma
tendência
claramente
Inflacionista,.
rio aumentarem não significa,
i
classes de bens e serviços sem ue, para
não se explica apenas com o aumento
Isso,
concorram
rasões
justificativas.
só, que os Preços devam aumentar na pro.
É
or
devecmnods
que
tem
sucedido,
nomeadamente,
nlnáiapbcse
quando
pe
d
or , oi
ua um et arra.
m a
. .t
+,
.tuc
oe rrvenciment
espo nde nt e dos
en trauncionrio
da de m alspúblos
di nhe ir e,
porção, ou amentarde alguma maneira.
ocorrem aumentos de vencimentos beneem
circulação.
A explicação
+fciando determinados
é
outra,
a que
Não só os salários
não
são,
como
vimos,
o
sectores
da
poputranscor
do
que
atrás
fi
d
únl
...
" ....+eq
. lação.
trncor
do.qu_ atr.ás fc dito e que o.
único componente de produção de qual.a...
secretário provincial de Economia tratou
quer bem (há o capital, as mnatrias-pri.
,
pelo verdadeiro nome.
mas, o solo, etc.), como é evidente que
•
naco a
agorat
e
m a r
o meente:m
eles Podem aumentar, sem q&e: os preços
a incidência da pressãoinfla
0resto,
lhoria de vencimentos ao funcionalismo
aumentem: basta que aumente a produ .ti
público - tais aumentos' não se reper
cionista está a verificar-se em secto.
vidade, ou que os lucros desçm para ní
cutem em agravamentos dos factores de
res claramente definidos (certos produtos
veis maIs razoável
Assacar as culpas, ou
custo de produção ou distribuição.
alimentares, rendas de casa e outros ser
Justificar a inflação apenas com os aumen
viços) que não apresentam, como é evi
tos de vencimentos ou s"
é, em suma,
tentativas de elevação injustifi
dente, qualquer relação Imediata entre os
pretender que não seja alterada a disi
cada dos preços constituem práticas
seus custos e um aumento de salários do
buição do rendimento -o que, no nosso
altamente reprováveis que apenas resul
funcionalismo público. Mas isto dava pano
tam da atitutde de oportunismo assumi
caso, é inverter as coisas e atraiçoar a
das por alguns Intervenientes no circuito
para mangas. O que todos desejamos é que
ideia que presidiu A Justissfma melhoria
econômico dos bens e serviços.
«o Governo disponha de meios adequados
de vencimentos que o Governo acaba de
para acompanhar a evolução do fenómeno
conceder ao funcionalismo público. Quando,
«LPORQUE tais práticas não têm conto
e controlar a sua extensão», como prome
além do mais, a pressão inflacionista ocorre
suporte (pelo menos em grande parte
teu o secretário Provincial de Economia.
em sectores como o de certos bens que
na sua extensão) fundamentos económicos
Porque por este caminho, viver custa cada
devem elas ser ràpida e severamente re
não foram, à evidência, afectados por
primidas e sé-lo-ão, uma vez que o Go
vez mais e, ao contrário do que diz o povo,
aumentos de salários (cso do aumento do
verno da Província vem acompanhando
não adianta muito saber viver.
«E,
«EssAs
PAÇãA 70
dê mais prazer
à sua vida com
a
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e 1,1
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