Monografia - Serviço Florestal Brasileiro
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Monografia - Serviço Florestal Brasileiro
Concurso de Monografia III Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal Categoria: Profissional Tema: Economia e os Mercados Florestais Subtema: Mercado Florestal Monografia: Que área o Estado de São Paulo precisa cultivar para substituir a madeira serrada que consome da Amazônia? Resumo No Brasil atual, a madeira serrada é predominantemente extraída da Amazônia, reproduzindo nessa região o padrão predatório que destruiu a Mata Atlântica no passado recente. Da madeira extraída na Amazônia, 83% se destinam ao suprimento do Brasil, dos quais 20% ao do Estado de São Paulo. Além de ambiental e socialmente indesejável, esse sistema de suprimento carece de racionalidade econômica, porque as distâncias continentais do local de corte ao de consumo oneram o preço final da madeira. Para corrigir essa situação, e reduzir o estímulo econômico ao desmatamento da Amazônia, é necessário suprir essa demanda de madeira serrada com a produção nas próprias regiões onde efetivamente se concentra a população do país. O primeiro passo nesse sentido seria dimensionar a área necessária para o cultivo da madeira, e assim avaliar sua factibilidade frente a outros usos da terra. Nesse trabalho, focalizamos o dimensionamento da área a cultivar com madeira para suprir a demanda do Estado de São Paulo. Para o consumo de madeira foram utilizados dados secundários, de agências e organizações do setor. Para a produção de madeira por hectare por ano e para sua conversão em madeira serrada, utilizaram-se os parâmetros técnicos disponíveis para o eucalipto, por ser a essência florestal com maior acúmulo de informação tecnológica na região. A área estimada foi de 453.933,4 hectares, 1,8% da área total do Estado, menos de 6% de sua área de pastagens no Estado, ou menos de 7% de sua área em culturas temporárias. Em termos de políticas públicas, essa é uma área irrisória frente à dimensão dos problemas do atual sistema de suprimento de madeira serrada. Discute-se que essa produção local poderia contribuir mais para a preservação da Floresta Amazônica do que os atuais sistemas de controle do corte e de repressão ao corte ilegal, caros e de eficiência insuficiente. Palavras-chave: suprimento de madeira, desmatamento, Amazônia. 1 Abstract Most lumber consumed in Brazil is presently extracted from the Amazon, in a system that reproduces in this region the predatory pattern that destroyed the Atlantic Forest in the recent past. Eighty-three of the wood extracted in the Amazon is directed to the Brazilian domestic supply, out of which 20% to the State of São Paulo. This supply system is environmentally and socially undesirable, and lacks economic rationality, because the continental distances from the cutting site to the consumption site highly increase the final price of wood. To correct this situation, and to reduce the economic stimulus to deforestation of the Amazon, it is necessary to meet this demand with lumber production in the regions where the Brazilian population are concentrated. The first step in this direction would be to estimate the area required for growing timber, and then assess the feasibility of growing timber compared with other land uses. In this paper, we focus on the estimation of the area to cultivate with wood to meet the demand of the State of São Paulo. For lumber consumption we used secondary data from agencies and industry organizations. For timber production per hectare per year and its conversion into lumber, we used the technical parameters available for eucalyptus, because it is the timber crop for which the greatest amount of technological information is available in the region. The estimated area to be devoted to timber production was 453,933.4 hectares, 1.8% of the total area of the state, less than 6% of its area under pasture or less than 7% of its area under annual temporary crops. In terms of public policy, this is a very small area, considering the enormous problems arising from the current lumber supply system. Local timber production can contribute more to the preservation of the Amazon forest than the current state control systems to reduce deforestation, which are expensive and lack effectiveness. Keywords: wood supply, deforestation, Amazon. 2 Sumário Resumo........................................................................................................... 1 Abstract ........................................................................................................... 2 Sumário........................................................................................................... 3 1. Introdução ................................................................................................ 4 3.1 Brasil ocupação e florestas plantadas ................................................... 7 3.2 As florestas plantadas no Estado de São Paulo .................................... 8 3.3 Produção e consumo de madeira processada mecanicamente de florestas plantadas ..................................................................................... 10 3.4 Potenciais da produção de madeira serrada em florestas plantadas .. 11 3.5 A madeira de eucalipto e suas potenciais utilizações .......................... 13 3.6 Produção de madeira serrada tropical no Brasil e consumo do Estado de São Paulo ............................................................................................. 15 3.7 Alternativas para o consumo de madeira amazônica no Estado de São Paulo.......................................................................................................... 17 4. Objetivos gerais ........................................................................................ 18 4.1 Objetivo específico .................................................................................. 18 5. Material e métodos.................................................................................... 18 5.1 Definição, para fins de cálculo, da madeira tropical consumida pelo Estado de São Paulo ................................................................................. 18 5.2 Definição do tipo de manejo utilizado para simulação ......................... 19 5.3 Estimativa da produção de madeira serrada ....................................... 19 5.4 Estimativa da área necessária para produção de madeira serrada equivalente aos cenários de consumo ....................................................... 21 6. Resultados: ............................................................................................... 21 6.1 Volume de madeira produzida por hectare: ......................................... 21 6.2 Cálculo da área necessária para produção de madeira serrada equivalente aos cenários de consumo ....................................................... 23 7. Discussão ................................................................................................. 26 8. Conclusões ............................................................................................... 30 9. Referências bibliográficas ......................................................................... 31 10. Anexos: Simulações realizadas com o SisEucalipto ............................... 35 3 1. Introdução Os recursos florestais foram historicamente utilizados pela humanidade como meio para sua sobrevivência e desenvolvimento tecnológico. O principal desses recursos, a madeira, foi a matéria fundamental no desenvolvimento das civilizações antigas e continua sendo muito importante no mundo moderno (PERLIN, 1992). Desde o princípio do desenvolvimento da cultura humana, a madeira esteve presente como recurso energético, como elemento estrutural das habitações e na composição de ferramentas e artefatos, e em outras aplicações (ZENID, 1997). Na entrada do século XXI, aproximadamente 60% da área do Brasil, era coberta com florestas (LELE et al. 2000), o que sugere um quadro positivo de sua boa conservação no país e uma impressão de abundância de recursos florestais para a população. Mas ambos, boa conservação e abundância, são falsos. Efetivamente, as florestas brasileiras têm sido destruídas ao longo da história (Dean, 1996), da mesma forma como ocorreu na história de civilização em quase todo o planeta, com prejuízos para a população humana (Perlin, 1992). Presentemente, temos ainda 60% do território sob floresta apenas porque começamos com quase 100%, mas a maior parte desses 40% perdidos não são obra de um passado distante. Como assinala Castro (2002), quantitativamente o desmatamento no Brasil é um fenômeno moderno: em apenas uma década, de 1985 a 1995, e só na Mata Atlântica, foram derrubados mais de um milhão de hectares, mais do que em todo o período colonial, de 1500 a 1821. Assim, o desmatamento no Brasil, quantitativamente, é obra de responsabilidade das gerações atuais: de nossos avós, de nossos pais e de nós mesmos. Apenas 7% da área original do bioma da Mata Atlântica, berço da nacionalidade brasileira, exibe hoje algum tipo de formação florestal nativa. Com o esgotamento econômico das reservas de florestas na Mata Atlântica na década de 1970, nós brasileiros passamos a cortar madeira na Amazônia (Dean, 1996), onde quantitativamente estão os 60% de floresta do país. Assim, configura-se no Brasil uma realidade dual: de um lado, uma faixa 4 virtualmente desprovidas de florestas acompanha a maior parte da costa atlântica, e, de outro lado, um maciço florestal sendo derrubado nas suas faces sul e leste, o assim chamado arco do desmatamento. A segunda ideia falsa, da abundância de recursos florestais, não resiste a uma rápida visita a qualquer madeireira nas grandes cidades da costa brasileira. Efetivamente, a maior parte da população do país vive na faixa desmatada, e se abastece de madeira cortada na Amazônia. Entre o local de corte e o de consumo são pelo menos dois mil quilômetros, e podem ser mais de quatro mil, a serem vencidos de caminhão. Esse sistema de abastecimento de madeira no país resulta em madeira que vale pouco no local do corte, e é muito cara no local de consumo. Destruímos a floresta, um recurso natural com que a natureza nos brindou, para afinal nos abastecermos com madeira muito cara, e deixarmos à gerações futuras um legado de campo arrasado. Isso faz sentido? Haveria outras razões para justificar os desmatamentos? Haveria outras formas de suprir de madeira as populações da costa brasileira? Haveria uma necessidade de abrir áreas para a produção de cultivos, para a produção pecuária? Ou, posto de outra maneira, quais são hoje os benefícios sociais ou econômicos do desmatamento para a sociedade brasileira? A resposta a essas perguntas é hoje perturbadora: há hoje terras abertas suficientes no Brasil para multiplicar a produção agrícola, vegetal e animal, sem derrubar uma única árvore nas florestas nativas. Contudo, é forçoso reconhecer que para o abastecimento de madeira serrada a sociedade brasileira continua dependendo essencialmente da derrubada de florestas nativas, hoje na Amazônia, e predominantemente de corte ilegal e em condições muito precárias de trabalho. Para superar essa situação, a solução de maior racionalidade, econômica, ecológica e social é relativamente simples: produzir a madeira nas regiões onde a população brasileira efetivamente está concentrada. Essa produção regional reduziria fortemente a demanda que alimenta economicamente o desmatamento, traria racionalidade econômica e ecológica ao abastecimento de madeira e criaria postos de trabalho de melhor qualidade. 5 Mas qual o tamanho do esforço de produção necessário para essa produção de madeira, quanto de área seria necessária para essa finalidade? Durante minha graduação, repetidas vezes ouvi essas reflexões de meu orientador, e fui desafiado a estimar essa área. Relutei, resisti, me senti impotente, mas finalmente acabei envolvido nessa indagação, e desse envolvimento resultou o presente trabalho de conclusão de curso. Para operacionalizá-lo, decidimos utilizar como corte espacial o Estado de São Paulo, por ser o destino mais importante da madeira amazônica, ser o mais populoso (20% da população do Brasil) e também pela disponibilidade de dados. Da madeira cortada na Amazônia, cerca de 83% é consumido internamente (IMAZON, 2002), dos quais o Estado de São Paulo consome 20%, fração maior do que a exportada para outros países (SMERALDI e VERÍSSIMO 1999). Para estimar a área para produzir localmente a madeira serrada que hoje provém da Amazônia, levantamos o volume consumido, e o traduzir em volume de madeira produzida com os índices de produção de madeira plantada serrada disponíveis. Para elaboração da estimativa da área necessária foram utilizados índices de eucalipto, por ser a cultura florestal mais disseminada no país e pela disponibilidade de dados sobre o seu cultivo. A escolha do eucalipto se deveu também às observações do autor sobre a presença do eucalipto em serrarias no Estado de São Paulo, e da percepção de que sua madeira pode ser alternativa à de madeira nativa amazônica. Convém ressaltar que a motivação desse trabalho esta centrada na produção e consumo local e que essa produção pode ser realizada com espécies nativas do próprio Estado de São Paulo. Contudo, antes de entrar nos cálculos para a resposta à nossa questão pontual, convém contextualizar a ocupação florestal no Brasil, e nele o Estado de São Paulo, e discutir algumas aspectos do eucalipto manejado para produção de madeira serrada. 6 3.1 Brasil ocupação e florestas plantadas Para analisar a exploração de um recurso natural, é necessário que se dimensione o território discutido. No caso do Brasil, é importante ressaltar suas dimensões continentais de 851 milhões de hectares (ha). Para traçar um paralelo com a ocupação de florestas plantadas abordaremos um breve panorama da ocupação rural no país. Segundo o IBGE (2014) a produção agrícola de cereais, leguminosas e oleaginosas, em 2013, ocupou 56 milhões de ha e respondeu por uma produção de 193,5 milhões de toneladas. A pecuária, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) de estudo do Laboratório de Processamento de Imagens e Processamento da Universidade Federal de Goiás (UFG), ocupa cerca de 172 milhões de ha no país. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2013) o país é líder mundial na produção e exportação de vários produtos agrícolas. As exportações do agronegócio atingiram números recordes da ordem de US$ 99,6 bilhões, com destaque para a soja, cujo total exportado foi de US$26,5 bilhões (entre maio de 2012 e abril de 2013). Os dados relativos à ocupação do território e sua exportação apontam para os esforços nacionais dedicados em explorar a produção rural. Paralelamente com a capacidade de exploração agrícola investigaremos o panorama das potencialidades de produção florestal. Atualmente cerca de 517,54 milhões de ha, um pouco mais da metade do território nacional, é ocupado por florestas. Das florestas, 509,8 milhões de ha (98%) são naturais enquanto que 7,74 milhões de ha representam as florestas plantadas (IBA, 2015). Desta área de 7,74 milhões de ha de florestas plantadas, 5,56 milhões de ha são ocupados por plantios de eucalipto. Os plantios de eucalipto representam, portanto, 71,9% da área plantada e estão localizados principalmente nos Estados de Minas Gerais (25,2%), São Paulo (17,6%) e Mato Grosso do Sul (14,5%). Os plantios de pinus ocupam 1,59 milhão de ha e estão concentrados no Paraná (42,4%) e em Santa Catarina (34,1%). A localização das indústrias processadoras de Celulose e Papel, Painéis de 7 Madeira, Siderurgia e Serraria explica a maior concentração dos plantios de eucaliptos e pinus, nas Regiões Sul e Sudeste do país. Longue Jr. e Colodette (2013) apontam que o Brasil não explora todo seu potencial produtivo, seja no cultivo ou na geração de produtos derivados de madeira. Mesmo com suas dimensões continentais, o Brasil apresenta área total de floresta plantada muito menor que os Estados Unidos e a China, seus tradicionais competidores no setor. Países pequenos que reconheceram cedo o valor do recurso florestal, como Finlândia e Japão, possuem percentualmente mais áreas de florestas plantadas que o Brasil (Tabela 1). Tabela 1 Comparação das áreas de florestas plantadas dos países. Fonte: Longue Jr e Colodette, 2013 Área total do país Área com florestas (1000ha) plantadas (1000ha) Japão 36.450 10.326 28,3% Finlândia 30.409 5.904 19,4% Alemanha 34.887 5.282 15,1% Suécia 41.033 3.613 8,8% China 942.530 77.157 8,2% Índia 297.319 10.211 3,4% Chile 74.880 2.384 3,2% Estados Unidos 916.193 25.363 2,8% Indonésia 181.157 3.549 2,0% Brasil 851.196 6.973 0,8% 3.2 As florestas plantadas no Estado de São Paulo Com área total de 24.822.236,2 ha (IBGE, 2015) o Estado de São Paulo possui área ocupada com florestas plantadas de 1.190.329 ha. Da área de florestas plantadas, 976.186 ha (82%) estão ocupados com espécies do gênero Eucalyptus enquanto que 123.996 ha (10,5%) estão ocupados com espécies do gênero Pinus (IBA, 2015). As áreas de Eucalyptus e Pinus representam respectivamente 3,9% e 0,5% da área total do Estado. 8 Além das florestas plantadas (que somadas totalizam 4,4%) o Estado possui diversas ocupações de sua paisagem rural. Estas ocupações foram agrupadas em diferentes categorias, de acordo com o uso, para melhor comparação. São elas: área com cultura agrícola perene 1.225.035 ha (4,9%), área com cultura temporária 6.737.699 ha (27%), área com pastagem 8.072.849 ha (31%), área com vegetação natural 2.432.912 ha (9,8%), área de vegetação de brejo e várzea 294.754 ha (1,1%), área em descanso 222.419 ha (0,9%), área de outros usos 495.280 ha (1,9%) e área “não rural” 4.736.386 ha (19%) (SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO, CATI/IEA, PROJETO LUPA 2008). Figura 1 Área do Estado de São Paulo e suas ocupações rurais (em %). 9 3.3 Produção e consumo de madeira processada mecanicamente de florestas plantadas Madeira processada mecanicamente é definida como matéria, proveniente do setor florestal que é composto pelas indústrias de madeira serrada, laminados, compensados e produtos beneficiados (janela, molduras, parte de móveis). O setor de madeira processada possui estrutura bastante pulverizada por ser formado de empresas de pequeno porte com estrutura de produção familiar. Seus principais consumidores brasileiros estão na indústria de móveis e na construção civil (ABRAF, 2013). A produção nacional de serrados, no período de 2002 a 2012, evoluiu de 8,3 milhões de m³/ano para 9,2 milhões de m³/ano ao passo que seu consumo, de 6,4 milhões de m³/ano em 2002, atingiu 8,3 milhões de m³/ano (Figura 2). Figura 2 Produção e consumo de madeira serrada, de florestas plantadas, no Brasil no período de 2002-2012 (ABRAF, 2013). No período, 2002 à 2012, o crescimento do consumo de madeira serrada foi influenciado principalmente pelo desenvolvimento do mercado interno, da construção civil e embalagens. Com o crescimento de produção igual a 0,9 milhões m³/ano e o crescimento de consumo igual a 1,9 milhões m³/ano é oportuno o estudo de estratégias de produção de madeira serrada para aumento de oferta no território nacional. 10 3.4 Potenciais da produção de madeira serrada em florestas plantadas As árvores do gênero Eucalyptus constituem a cultura florestal de maior expressão no Brasil. Originário da Austrália e de alguns territórios vizinhos, o gênero Eucalyptus possui mais de 700 espécies. Essas espécies estão distribuídas, naturalmente, pela Austrália, Nova Guiné, Indonésia e Filipinas. Foi descrito, em 1788, por Charles Louis L'Héritier de Brutelle. Hoje é o gênero, de essência florestal, mais disseminado pelo mundo ocupando cerca de 18 milhões de ha distribuídos em 90 países. Sua disseminação é explicada por possuir algumas das espécies lenhosas com o crescimento mais rápido registrado e sua exploração permite aliviar o desmatamento e a perda da biodiversidade das florestas tropicais nativas nas regiões aonde é cultivado (TUME, 2014). Sua história, no Brasil, começa com os plantios do Rio Grande do Sul em 1868, embora o primeiro plantio em escala comercial só tenha ocorrido em 1904. Em 1904 foram começados estudos com povoamento implantado por Edmundo Navarro de Andrade. Os plantios de Navarro foram realizados para suprir a demanda de lenha das locomotivas e dormentes para trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro do Estado de São Paulo. Sua produção se estendeu para o centro e sul do País e na década de 1950 passou a ser produzido, como matéria prima, para o abastecimento das fábricas de papel e celulose. Nas décadas de 60 a 80, com os incentivos fiscais, teve sua maior expressão em pesquisa e expansão (TUME, 2014). Entre 1909 e 1966 vigorou a Lei 5.106 de incentivos fiscais ao reflorestamento. Nesse período foram plantados 470.000 ha de eucalipto em todo o país sendo 80% desse território localizado no Estado de São Paulo. Outros incentivos vigoraram até o ano de 1987 e foram responsáveis pelo plantio de 32 milhões de ha. Os incentivos fiscais de todo esse período, para além de possibilitarem a expansão da área plantada, foram fonte de geração de tecnologias que fortaleceram a indústria florestal (PEREIRA et al. 2000). 11 O rápido acúmulo de biomassa do Eucalyptus é resultado do crescimento ininterrupto relacionado a produtividades das espécies que crescem em território tropical e subtropical no país. Em média, os plantios atingem produtividades de 45m³/ha/ano. A produtividade é consequência da escolha das espécies e dos programas de melhoramento genético brasileiros, dentro de manejos que variam de 5 a 7 anos de rotação. Em países concorrentes com a produção brasileira, como os países da Península Ibérica, a produtividade média, em rotações de 12 a 15 anos, atingem valores médios de 11m³/ha/ano (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL, 2012). Das centenas de espécies com potencial madeireiro, apenas algumas tem destaque no cenário brasileiro: E. grandis, E. saligna, E. urophylla, E. viminalis, E. citriodora, E. camaldulensis, além de alguns híbridos de E. grandis x E. urophylla. Aliada à utilização dessa pequena parcela de espécies outro fator que merece destaque é a absorção da indústria de papel e celulose que consome 72,5% da produção, seguida pelas siderúrgicas e carvão vegetal com consumo de 19,5% e apenas 7,3% para o segmento de madeira industrializada (ABRAF, 2013). Segundo Santini Jr (2014) a baixa participação da madeira de eucalipto no segmento da madeira industrializada está relacionada a fatos culturais. O autor aponta a existência de “mitos” com relação ao gênero Eucalyptus: (1) o mito do estoque inesgotável da madeira nativa, utilizada em serraria e (2) de que o gênero apresenta características tecnológicas e estéticas inferiores às madeiras nativas. O autor ainda aponta que esses “mitos” podem ter como consequência à exploração desenfreada de espécies amazônicas como o Mogno (Swietenia macrophylla), a Cerejeira (Amburana cearenses), a Aroeira do Sertão (Myracrodruon urundeuva), o Pau Amarelo (Euxylophora paraensis) e outras espécies. O autor aponta que o conhecimento científico das propriedades mecânicas, das espécies do gênero Eucalyptus, é um dos caminhos para a superação dos mitos acerca da utilização da madeira de eucalipto podendo contribuir para a substituição do uso de algumas nativas pelo mesmo. 12 3.5 A madeira de eucalipto e suas potenciais utilizações A utilização dos recursos florestais no Sudeste bem como a expansão agrícola esta diretamente ligada à redução da Mata Atlântica (bioma predominante nas áreas de ocupação da Região). Como consequência a esses eventos de ocupação muito foi investido em pesquisa para a produção/silvicultura de Eucalyptus e Pinus. Desse modo se estabeleceu o lugar desses gêneros para produção ao lado de outras espécies florestais que ocupam, de maneira muito menos expressiva, o cenário da silvicultura brasileira: Acácia (Acacia mearnsii), Seringueira (Hevea spp.), Teca (Tectona grandis), Paricá (Schizolobium amazonicum), Araucária (Araucaria angustifolia) e Álamo (Populus sp.). Nesse contexto o gênero Pinus ocupa mais expressivamente a Região Sul enquanto que as espécies do gênero Eucalyptus estão distribuídas na Região Sudeste. Historicamente, a madeira de eucalipto é utilizada em seus países de origem e em outros, aonde se estabeleceu como floresta plantada, como na Argentina, Uruguai e África do Sul. No Brasil, a exploração do potencial madeireiro do eucalipto ainda é nova e insuficiente frente as possibilidades de expansão (PONCE, 1995). Parte dessa baixa exploração esta relacionada a informações geradas, entre as décadas de 60 e 70 que, sem rigor cientifico, são responsáveis pela baixa expressividade do eucalipto como madeira processada. Uma das informações, incompleta, mais expressiva é de que o eucalipto drena a água presente nos solos e pode levar à exaustão de lençóis freáticos. Os estudos de Whitehead e Beadle (2004) com análises fisiológicas da transpiração, índice de área foliar, eficiência do uso da água e balanço hídrico para concluir que o gênero possui comportamento contrário ao imaginário sendo sua relação de acúmulo de biomassa relacionado à utilização da água de melhor eficiência. Lima et al. (1990) afirma, em experimentação comparativa de cerrado com florestas plantadas de Pinus e Eucalyptus, que a floresta de eucalipto possui melhor eficiência, no caso estudado, em termos de consumo de água e acúmulo de biomassa. Além das informações de caráter ambiental existem as de caráter técnico do processamento da madeira. Parte da aceitação do eucalipto esta 13 relacionada às características oriundas das tensões naturais de crescimento e às consequências dessas ao processamento da madeira. As tensões naturais de crescimento podem resultar em empenamentos e rachaduras que são os principais defeitos relacionados às tábuas de eucalipto (CARVALHO, 2000). Os inconvenientes técnicos do Eucalyptus são explicados por seu histórico. As florestas não foram manejadas ou selecionadas para a produção de toras para serraria. Em um mesmo talhão são encontradas árvores com boa forma e diâmetros, mas que apresentam variações nas propriedades mecânicas: retratibilidade, tendência a colapso, tendência a empenamento e densidade. Essa variação é explicada pelos programas de melhoramento que visaram o crescimento do Eucalyptus voltado aos setores que, historicamente, foram responsáveis pelo seu consumo como matéria prima da indústria de papel e celulose. Programas de melhoramento, adequados à produção de madeira para serraria poderiam auxiliar na seleção de genótipos próprios para superação dos inconvenientes acerca da variação dessas propriedades mecânicas (PONCE, 1995). Couto (1995) aponta que os “defeitos” relacionados às propriedades mecânicas são consequência de falta de conhecimento silvicultural voltado a produção de madeira serrada. Esse conhecimento é expresso na poda, nos desbastes e no espaçamento para produção de matéria prima para a indústria de celulose que são distintos aos necessários ao manejo para madeira serrada. Lopes (2007) aponta a idade de colheita de 5 a 7 anos, própria da produção ideal para papel e celulose, como inadequada por apresentar alta porcentagem de lenho juvenil, ao passo que aos 12 a 18 anos a madeira de eucalipto possui maior porcentagem de lenho adulto. As propriedades mecânicas da madeira juvenil são inferiores à adulta por apresentarem defeitos de contração longitudinal, baixa resistência mecânica e maior potencial de empenamento se comparados ao lenho adulto. A passagem do lenho juvenil para lenho adulto é uma característica hereditária e pode ser selecionada através de programas de melhoramento (COUTO, 1995; YUBA, 2001 e LIMA, 2005). Rachaduras e empenamentos, em peças serradas, diminuem com o amadurecimento do lenho (SILVA, 2001). 14 Desse modo a união de manejo adequado e melhoramento genético voltado à produção de madeira serrada são fatores fundamentais para o fomento da silvicultura de eucalipto para serraria (SILVA, 2001). As conclusões sobre a utilização da madeira de eucalipto na construção civil são resultados subestimados por se limitarem à materiais provenientes de tratos culturais e melhoramento genético inadequado (MOTA-SILVA, 2001). 3.6 Produção de madeira serrada tropical no Brasil e consumo do Estado de São Paulo O território brasileiro possui, aproximadamente, 60% de sua área com cobertura florestal (que, em sua maioria, é de florestas tropicais). A geração de produtos (madeira, frutos, óleos e resinas), as diversas funções de recreação e moradia (como as Reservas Extrativistas, Reservas de desenvolvimento sustentável e territórios indígenas) bem como os serviços ambientais gerados pelas florestas (proteção dos recursos hídricos, regulação do clima e manutenção da biodiversidade) são destacadas como atributos de importância das florestas brasileiras (LELE et al., 2000). A Amazônia é um bioma florestal que têm 63% de sua cobertura localizada no Brasil e durante as últimas décadas foi desmatada em aproximadamente 600mil km² de sua cobertura. As causas dessa devastação, como em outros países tropicais, estão ligadas a incêndios florestais, expansão agropecuária e uso madeireiro predatório. Este último fator, a produção de madeira, é de especial interesse para o desenvolvimento do presente trabalho. A Amazônia é uma das principais regiões de extração de madeira tropical no mundo. Sua extração de 32 milhões de metros cúbicos está concentrada nos Estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia (SMERALDI e VERÍSSIMO 1999). No ano de 2009 foram registradas, aproximadamente, 2.200 empresas madeireiras em funcionamento na Amazônia Legal. As madeireiras extraíram, no ano de 2009, em torno de 14,2 milhões m³ de toras (equivalente a 3,5 milhões de árvores). Do total extraído estima-se que 47% tiveram origem no Estado do Pará (HUMMEL et al., 2010). 15 A atividade da exploração madeireira, na Amazônia, carrega com si o debate da conservação relacionado à produção. Uma produção baseada em exploração predatória tem como consequência danos ao ecossistema e, em longo prazo, pode prejudicar a economia regional. Por outro lado, se defende que o conjunto de práticas de manejo florestal exigido pela certificação florestal conhecido como “exploração de impacto reduzido” (EIR), mesmo que insuficiente, pode conciliar geração de renda e manutenção da cobertura florestal. Ainda assim, a preocupação com a consolidação de um setor madeireiro ambientalmente responsável é recente e ainda pouco expressiva. Vale frisar que o conjunto de práticas conhecido como manejo florestal surge na Amazônia apenas em 1994. A área manejada, no ano de 2001, correspondia a mais de 1 milhão de hectares. Dessa área apenas um terço correspondia à florestas certificadas. Ainda que corresponda a um avanço a madeira manejada equivale a menos de 5% da produção na região amazônica (SOBRAL, L. et al., 2002). A maior parte da madeira amazônica (cerca de 83%) é consumida no próprio território nacional. Esse consumo tem sua máxima expressão no Estado de São Paulo que consome sozinho 20% de toda a madeira amazônica absorvida pelo mercado interno (SMERALDI e VERÍSSIMO, 1999). Apesar da representatividade do Estado de São Paulo no consumo de madeira amazônica, as informações sobre esse mercado são escassas. Em 2002 foram entrevistados, no quadro de uma pesquisa, 861 estabelecimentos comerciantes de madeira amazônica, localizados em 114 municípios do Estado de São Paulo. Além, dos estabelecimentos comerciantes de madeira, o estudo abrangeu 119 empresas do setor de produtos de madeira e investigou o setor de construções verticais (construções de edifícios) do município de São Paulo. Portanto, o estudo abrangeu setores que utilizavam a madeira amazônica para produção de móveis, pisos, esquadrias e o setor de construção vertical. As conclusões desse levantamento apontam que o Estado de São Paulo consumiu, em tora, o volume de 6,1 milhões de m³ no ano de 2001. Esse valor superou o consumo de madeira amazônica de qualquer país europeu (SOBRAL et al., 2002). 16 Levantamentos mais recentes apontam uma redução no consumo de madeira, em tora, da Amazônia Legal entre os anos de 1998 e 2009. O consumo nacional de 28,3 milhões de m³, em 1998, diminui para 14,2 milhões de m³ no ano de 2009. A redução do consumo de madeira em tora foi atribuída a três causas principais: (I) substituição da madeira tropical por produtos concorrentes, (II) aumento na fiscalização e (III) crise econômica. Ainda que reduzido, o consumo do Estado de São Paulo se manteve como o mais expressivo e em 2009 representou 17% ou 2,4 milhões de m³ em tora (IMAZON, 2010). 3.7 Alternativas para o consumo de madeira amazônica no Estado de São Paulo Todo o levantamento realizado para esse trabalho é motivado pela substituição de uso da madeira amazônica por madeira serrada produzida localmente. Essa substituição esta apoiada na ideia de que a dependência do Estado de São Paulo pela madeira amazônica é irracional. É irracional por se tratar de uma exploração que tem como requisito o transporte de milhares de quilômetros do recurso ao consumidor e por ser dependente de um aparato de fiscalização falho. Além dos fatores logísticos (transporte e fiscalização) o consumo de madeira amazônica está relacionado ao desmatamento legal, de uma fração da floresta, cujas cosequências são insuficientemente consideradas. Não se espera que o recurso amazônico deixe de ser consumido. A utilização da madeira amazônica deve ser empregada em produtos que necessitem de suas qualidades (instrumentos musicais, móveis, itens de valor agregado, etc.) e que os fatores relacionados à sua exploração (extração, fiscalização, transporte e redução da cobertura florestal) sejam considerados de forma mais rigorosa que a atual. É preciso que se invista em alternativas de produção para que a madeira não seja substituída por outros produtos sintéticos e de elevado custo energético. Acreditamos que um dos caminhos para o estabelecimento de uma “cultura de uso da madeira” depende do acesso ao recurso madeireiro. Por 17 “cultura de uso da madeira” consideramos a utilização da madeira em todas as formas em que possa ser utilizada de modo a substituir recursos de origem não renovável. O acesso à madeira, para que seja abrangente, deve ter seus custos reduzidos e sua acessibilidade garantida. Norteado por esses princípios, o levantamento desse trabalho pretende contribuir com a superação dos gargalos ao acesso da madeira serrada através de sua produção local. Espera-se contribuir na tomada de decisões dos investimentos coletivos na produção florestal. 4. Objetivos gerais O presente trabalho tem por objetivo sistematizar e fornecer dados sobre as potencialidades da produção de madeira serrada. Tem como foco a produção de madeira serrada no Estado de São Paulo, para consumo interno, como alternativa ao consumo de madeira nativa Amazônica 4.1 Objetivo específico Estimar a área necessária à produção de madeira serrada para o consumo no Estado de São Paulo. 5. Material e métodos 5.1 Definição, para fins de cálculo, da madeira tropical consumida pelo Estado de São Paulo Para se estabelecer a relação, entre madeira consumida e madeira a ser produzida, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os trabalhos acerca do consumo de madeira no Estado de São Paulo. Desse modo foram assumidos dois valores de consumo: de 6,1 milhões de m³ de madeira em tora (SOBRAL et al., 2002) e 2,4 milhões de m³ em tora (IMAZON, 2010). O valor de 6,1 milhões de m³ foi escolhido para realizar a projeção de 3 cenários. Apesar ser referente ao consumo em 2001 o valor foi escolhido devido à sua metodologia de estimativa que utilizou de levantamentos no próprio centro comercial (Estado de São Paulo). Espera-se que o valor de 6,1 milhões de m³ possa 18 indicar cenários mais coerentes com a madeira consumida ainda que não esteja de acordo com dados recentes. Para fins de simulação foram realizados cálculos para quatro cenários. Um cenário com o valor de 6,1 milhões de m³ e outros dois cenários elaborados para situação de consumo 50% maior que o estimado e outro em que o valor seja 100% maior que respectivamente equivalem à 9,15 milhões de m³ e 12,2 milhões de m³ de madeira em tora. Essa simulação tem como objetivo estimar a área necessária caso o consumo cresça nas proporções arbitrariamente definidas. Para fins de comparação um quarto cenário foi realizado de modo a assumir o valor de 2,4 milhões de m³ (encontrado na literatura recente). 5.2 Definição do tipo de manejo utilizado para simulação Para fins de simulação da madeira produzida, no Estado de São Paulo, foi utilizado um modelo de manejo estudado por Bertolani et al. (1995). Esse modelo se assemelha às recomendações da EMBRAPA Florestas (2000) para produção de eucalipto em pequena propriedade rural. No modelo proposto, o manejo foi realizado com ciclo de 21 anos com a realização de dois desbastes: primeiro no ano 6 e segundo no ano 14. Ano 1: implantação de 1666 árvores/há em espaçamento de 3m x 2m; Ano 6: desbaste, sistemático, com objetivo de reduzir o povoamento à 600 árvores/ha; Ano 14: desbaste, sistemático, com o objetivo de reduzir o povoamento à 250 árvores/ha; Ano 21: colheita dos 250 indivíduos restantes. 5.3 Estimativa da produção de madeira serrada Para estimativa da produção de madeira serrada se utilizou o software, de domínio público, SisEucalipto disponibilizado pela EMBRAPA Florestas. O software desenvolvido tem um amplo público como alvo: técnicos, associações, instituições e empresas de assistência técnica e extensão rural, universidades 19 e produtores. Desse modo espera-se gerar estimativas coerentes com aquelas disponíveis aos produtores. O SisEucalipto simula o comportamento de um povoamento floresta bem como as produções de sua colheita. Nas simulações são considerados espaçamento, índice de sitio, taxa de sobrevivência das mudas, homogeneidade do material e tratos silviculturais (como desbastes). A produção de um povoamento é expressa em classes de diâmetro de modo a classificar os produtos em quatro classes de destino: energia, celulose, serraria (tipo 2) e serraria (tipo 1). (EMBRAPA, 2000). A equação para sortimento (classificação através dos produtos pelos limites de diâmetro), utilizada no software, é baseada no seguinte modelo: Figura 3 Modelo de cálculo volumétrico (EMBRAPA, 2000) Em que: di/D = diâmetro relativo hi/H = altura relativa. D = diâmetro à altura do peito (DAP) H = altura da árvore di = diâmetro em hi b1, b2, b3 e b4 = coeficientes. Para realização da simulação, os dados do manejo adotado (do item 5.2) foram inseridos no software SisEucalipto e os volumes de produção foram gerados. Os volumes gerados pelas simulações e a discriminação do volume de madeira serrada gerado são descritos em Resultados. 20 5.4 Estimativa da área necessária para produção de madeira serrada equivalente aos cenários de consumo Em sequência à estimativa da produção de madeira serrada, expressa em m³/ha, foi calculada a área a ser cultivada para produção dos volumes necessários. Esse cálculo pode ser expresso da seguinte forma: Ap = [Vc / (Vp/ha)] x C Em que: Ap = área necessária à produção (em hectares), Vc = Volume consumido (expresso em m³ no ano de consumo), Vp/ha = Volume produzido por hectare (expresso em m³/ha) C = ciclo de produção, de 21 anos, adotado no manejo para Vp. 6. Resultados: 6.1 Volume de madeira produzida por hectare: O volume produzido por hectare foi definido a partir de quatro simulações (Anexo 1) realizadas com o SisEucalipto. Essas quatro simulações foram realizadas variando os seguintes parâmetros: Simulação 1: Índice de sítio 31 e porcentagem de sobrevivência de 99%; Simulação 2: Índice de sítio 31 e porcentagem de sobrevivência de 95%; Simulação 3: Índice de sítio 30 e porcentagem de sobrevivência de 99%; Simulação 4: Índice de sítio 30 e porcentagem de sobrevivência de 95%; A escolha do índice de sitio levou em consideração índices menores (30 e 31) para a escala do SisEucalipto cuja variação abrange índices de 25 à 47 (com idade base de 15 anos). Com índices precisos para o Estado de São Paulo, será possível calcular a produtividade esperada de maneira mais assertiva. As produções geraram volumes por hectare em quatro classes de diâmetro (sortimento) para os seguintes produtos: energia, celulose, serraria II e serraria I. Nos resultados de sortimento, foram considerados como madeira para serraria os resultados de serraria I (Serra I) e serraria II (Serra II). A seguir, estão apresentadas as tabelas dos resultados da simulação (tabela 2, 3, 4 e 5) e uma tabela (tabela 6) com o valor médio das simulações. 21 Tabela 2 Volumes produzidos na Simulação 1 do software SisEucalipto Nº da Idade Árvores operação Povoamento Remanescentes 1 6 anos 600 2 14 anos 250 3 21 anos 0 TOTAL 485,4 m³ Classes e volumes dos produtos (m³) Serra I Serra II Celulose Energia 0 19,9 108,8 13,5 1,0 111,6 33,4 4,3 38,1 128,6 23,2 3,0 39,1 260,1 165,4 20,8 Tabela 3 Volumes produzidos na Simulação 2 do software SisEucalipto Nº da Idade Árvores operação Povoamento Remanescentes 1 6 anos 600 2 14 anos 250 3 21 anos 0 TOTAL 480,5 m³ Classes e volumes dos produtos (m³) Serra I Serra II Celulose Energia 0 20,4 102,9 12,7 1,0 112,5 33,3 4,3 38,4 128,7 23,4 2,9 39,4 261,6 159,6 19,9 Tabela 4 Volumes produzidos na Simulação 3 do software SisEucalipto Nº da Idade Árvores operação Povoamento Remanescentes 1 6 anos 600 2 14 anos 250 3 21 anos 0 TOTAL 450,8 m³ Classes e volumes dos produtos (m³) Serra I Serra II Celulose Energia 0 13,4 107,3 12,9 0,6 94,6 39,9 5,4 28,8 123,7 20,9 3,3 29,4 231,7 168,1 21,6 Tabela 5 Volumes produzidos na Simulação 4 do software SisEucalipto Nº da Idade Árvores operação Povoamento Remanescentes 1 6 anos 600 2 14 anos 250 3 21 anos 0 TOTAL 450,8 m³ Classes e volumes dos produtos (m³) Serra I Serra II Celulose Energia 0 13,7 101,8 12,0 0,6 95,6 39,7 5,4 33,8 123,8 21,0 3,4 34,4 233,1 162,5 20,8 Tabela 6 Volumes produzidos nas Simulações e valor médio das simulações. Nº da simulação Classes e volumes dos produtos (m³) Totais Serra I Serra II Celulose Energia 1 39,1 260,1 165,4 20,8 2 39,4 261,6 159,6 19,9 3 29,4 231,7 168,1 21,6 4 34,4 233,1 162,5 20,8 Valor médio 35,6 246,6 163,9 20,8 Valor médio de serraria (I + II) = 282,2 m³/ha 22 A partir das simulações, foram gerados os dados de volume utilizados para calcular a área necessária: o volume gerado como base foi o de 282,2m³/ha (soma das médias de Serra I e Serra II) em ciclo de 21 anos. 6.2 Cálculo da área necessária para produção de madeira serrada equivalente aos cenários de consumo Para fins de cálculo da área, foram realizadas quatro diferentes estimativas expressas em cenários. Os cálculos tiveram como base valores de consumo de madeira tropical no Estado de São Paulo e o valor de produção (282,2m³/ha) gerado através das simulações com o SisEucalipto. O valor do ciclo de produção (C) de 21 anos foi adotado para todos os cenários. Para o valor de consumo foi utilizado o maior valor disponível na literatura estimado por Sobral, L et al (2002) expresso em 6,1 milhões de m³ em tora. Outros dois cenários foram elaborados a partir de projeções do crescimento do consumo: um em que esse consumo seja 50% maior que o estimado e outro em que o valor seja 100% maior: 9,15 milhões de m³ e 12,2 milhões de m³ de madeira em tora, respectivamente. As simulações dos cenários 2 e 3 tem como objetivo estimar a área necessária caso o consumo cresça nas proporções arbitrariamente definidas. Para fins de comparação foi simulado um cenário (Cenário 4) com o consumo de 2,4 m³ que representa um consumo menor (IMAZON, 2010). 23 Figura 4 Esquema representativo do raciocínio que conduziu a estimativa da área a ser reflorestada. Figura 5 Esquema do cálculo dos 4 cenários propostos (baseado nos consumos). 24 Cenário 1: consumo considerado de 6,1 milhões de m³ / ano de madeira tropical com base no levantamento de 2002. Ap = [Vc / (Vp/ha)] x C Ap = [6.100.000m³ / (282,2m³/ha)] x C Ap = 21.615,87 ha x C Ap = 21.615,87 ha x 21 = 453.933,4 ha Através da simulação do cenário 1 é possível estimar que em 453.933,4 é possível produzir 6,1milhões de m³/ano de madeira para serraria em áreas, de extração anual, de 21.615,87 ha. Cenário 2: consumo considerado de 9,15 milhões de m³ / ano de madeira tropical (caso cresça em 50% do valor estimado de 6,1 milhões de m³). Ap = [Vc / (Vp/ha)] x C Ap = [9.150.000m³ / (282,2m³/ha)] x C Ap = 32.423,81 ha x C Ap = 32.423,81 ha x 21 = 680.900 ha Na simulação do cenário 2 é possível estimar que em 680.900 ha é possível produzir 9,15 milhões de m³/ano de madeira para serraria em áreas, de extração anual, de 32.423,81 ha. Cenário 3: consumo considerado de 12,2 milhões de m³ / ano de madeira tropical (caso cresça em 100% do valor estimado de 6,1 milhões de m³). Ap = [Vc / (Vp/ha)] x C Ap = [12.200.000m³ / (282,2m³/ha)] x C Ap = 43.231,75 ha x C Ap = 43.231,75 ha x 21 = 907.866,76 ha Na simulação do cenário 3, estima-se que em 907.866,76 ha é possível produzir 12,2 milhões de m³/ano de madeira para serraria em áreas, de extração anual, de 43.231,75 ha. 25 Cenário 4: consumo considerado de 2,4 milhões de m³ / ano de madeira tropical com base no levantamento de 2010. Ap = [Vc / (Vp/ha)] x C Ap = [2.400.000m³ / (282,2m³/ha)] x C Ap = 8.504,6 ha x C Ap = 8.504,6 ha x 21 = 178.596,74 ha Por fim, na simulação do cenário 4, estima-se que em 178.596,74 ha é possível produzir 2,4 milhões de m³/ano de madeira para serraria em áreas, de extração anual, de 8.504,6 ha. 7. Discussão Com base nos 4 cenários estimados, é possível comparar a área projetada de ocupação com plantios de Eucalipto, para madeira serrada, com os outros usos do solo no Estado de São Paulo. O cenário 1, cenário 2 e cenário 3 representariam, respectivamente, 453.933,4 ha (1,8% do Estado), 680.900 ha (2,7% do Estado) e 907.866,76 ha (3,6% do Estado) enquanto que o cenário 4, de menor consumo estimado, representaria 178.596,74ha (0,7% do Estado). A título de comparação as resgatamos os valores das outras ocupações de produção de maior área no Estado de São Paulo: São elas as Culturas (agrícolas) Perenes 1.225.035 ha (4,9% do Estado), Culturas Temporárias 6.737.699 ha (27,1% do Estado) e Pastagem 8.072.849 ha (32,5% do Estado). Na figura 4 estão dispostas as áreas das ocupações agropecuárias, a área já ocupada com plantios de eucalipto de 976.186 ha (3,9% do Estado), e as áreas dos cenários elaborados. Essas áreas estão traduzidas em porcentagem em relação à área do Estado. Na figura 5 os mesmos dados são dispostos de modo a se somar os cenários (1, 2, 3 e 4) com a área atualmente ocupada com eucalipto. Na figura 5 é expressa a comparação das áreas de ocupações agrícolas com as áreas de Eucalyptus e suas possíveis expansões em cada cenário (1, 2, 3 e 4). 26 Figura 6 Comparação das ocupações rurais no Estado de São Paulo (em %). Figura 7 Comparação das ocupações agrícolas no Estado de São Paulo (em %) e soma dos cenários com a área atualmente ocupada com Eucalyptus. O exercício de elaboração dos cenários objetiva tornar clara a comparação de quais as prioridades de utilização do território para produção e abastecimento interno do Estado. O objetivo dessa revisão e comparação é enriquecer o debate sobre o uso de madeira serrada produzida localmente como alternativa para o consumo de madeira amazônica do Estado de São Paulo. O eucalipto foi utilizado para as simulações desse trabalho por que 27 suas espécies são as mais estudadas e possuem maior disponibilidade de dados para realização das comparações. Quando comparada com outras ocupações, de produção a área necessária para a produção de madeira serrada no Estado de São Paulo se destaca por sua pequena proporção. Os valores do cenário hipotético de maior consumo, em que o consumo seria duas vezes maior (cenário 3) do que o apontado em revisão (de 2002 no cenário 1), chama a atenção por traduzirem que a área ocupada com reflorestamentos ainda seria equivalente a apenas 7,58% do Estado. Desse total estimado, equivalente a 1.884.052,76 ha, teríamos 907.866,76 ha em manejo dedicado à produção de serraria para substituição das importações amazônicas. Essa área se traduz em 907.866,76 com cobertura vegetal em ciclos de 21 anos, de acordo com o manejo proposto. No cenário 1, baseado nas estimativas de consumo vigentes de maior expressão, a área de expansão do eucalipto somada à área já ocupada totalizaria 5,72% do território. Esse valor representa 17,6% da área ocupada por pastagens ou 9,6% da área ocupada por pastagens somada à área de culturas temporárias. Novamente é preciso salientar a necessidade de estudos sobre quais ocupações do solo propiciam, para além dos produtos, condições e serviços ecossistêmicos. Embora não seja o foco desse levantamento, a produção de madeira serrada tem como subprodutos madeira para outros setores (energia e celulose). Se melhor estudado, o manejo para serraria pode vir a ser consorciado com atividades agropecuárias. Desse modo, por exemplo, as áreas ocupadas com pastagem poderiam incorporar parte da área necessária para a produção de madeira. Os cenários 1, 2 e 3, foram elaborados a partir de um valor consumido equivalente ao volume em tora de 6,1 milhões de m³. O cenário 4, de menor valor, foi baseado no volume de 2,4 milhões de m³. No estudo de SOBRAL, L. et. al. (2002) o volume de 6,1 milhões de m³, foi estimados pela conversão da madeira consumida em madeira em tora. O valor obtido por essa conversão, de madeira amazônica processada para madeira em tora, pode gerar um dado superestimado se comparado ao eucalipto, cuja conversão prevê melhor aproveitamento da madeira em tora para serrada. A precariedade, das pequenas serrarias amazônicas, e as dificuldades em se trabalhar com um 28 material heterogêneo, como o encontrado na floresta tropical, faz com que a conversão do metro cúbico da tora seja inferior a cinquenta por cento de seu volume em madeira processada (ADEODATO, S. et al. 2005). A forma do eucalipto e as tecnologias disponíveis fazem de sua conversão de tora para madeira processada melhor proveitosa que a da madeira amazônica. As considerações sobre a conversão de madeira em tora para madeira serrada, apontam a possibilidade de que a área, necessária para suprir o consumo de madeira no Estado, seja ainda menor do que o estimado. Além da ponderação sobre o tamanho reduzido da área necessária para suprir o consumo de madeira amazônica, surge outro questionamento: qual o investimento dedicado à fiscalização e transporte da madeira tropical consumida no Estado? É preciso conhecimento sobre esses números para comparar os valores investidos no aparato de fiscalização com o necessário à produção interna. É preciso analisar em quais investimentos poderemos auxiliar com maior objetividade a busca pela sustentabilidade do consumo de madeira. Outro questionamento, levantado por essa pesquisa, reside no consumo de madeira: se houvesse maior oferta de madeira serrada a população passaria a incorporar a ideia de consumi-la em maior proporção? Seria incorporada a percepção de que utilizar objetos, ferramentas e construções constituídas de madeira compõe uma medida sustentável? Substituiríamos os materiais de origem mineral por aqueles que podem ser cultivados e manejados, como a madeira de reflorestamento? Os custos ambientais e energéticos da utilização de materiais sintéticos devem ser comparados com a utilização da madeira. As mudanças nos parâmetros de consumo de materiais não renováveis dependem do conhecimento e acessibilidade das alternativas para seu uso. 29 8. Conclusões O consumo de madeira serrada amazônica pelo Estado de São Paulo pode ser suprido com uma produção interna em área inferior às diversas outras ocupações produtivas da área rural. De acordo com os cenários elaborados, a área necessária para esse abastecimento, em ciclos de manejo de 21 anos, corresponde a 453.933 ha ou 1,8% da área do Estado. Num cenário em que o consumo seja superestimado (duas vezes maior que o consumo estimado em 2002 e de maior valor) a área, ocupada pela expansão do eucalipto, seria equivalente a 907.866 ha, ou 3,6% do Estado, em manejo dedicado à produção de serraria. Em uma estimativa com menores valores, com consumo de 2,4 milhões de m³, a área ocupada pela expansão do eucalipto seria equivalente a apenas 178.596 ha ou 0,7% da área do Estado. A área de produção de madeira serrada no Estado pode ser alterada por meio de manejos alternativos e/ou consorciados com outras explorações. Desse modo a área de expansão estimada, de 1,8%, será menor. Para afinar essas estimativas é preciso estudar estes manejos alternativos e quantificar seus potenciais. Também se faz necessário o aprofundamento dos estudos sobre os custos institucionais de fiscalização e regulamentação acerca da madeira amazônica. Desse modo será possível maior precisão na comparação dos investimentos institucionais referentes à importação da madeira amazônica e aqueles necessários à expansão da produção interna de madeira serrada no Estado de São Paulo. É preciso apontar que não se deve ignorar que a produção de madeira amazônica em manejos sustentáveis desempenha um papel na valoração e manutenção da floresta na paisagem. Substituir o consumo de madeira amazônica deve ser acompanhado de medidas que não torne atrativa ou permissiva a substituição de florestas por outros usos do solo na Amazônia. Conhecer os potenciais de produção para consumo interno de madeira serrada no Estado de São Paulo é um ferramental para que sejam elaboradas políticas públicas no setor. Desse modo será possível a comparação dos 30 esforços e recursos já investidos com os possíveis rumos da utilização de madeira e seu impacto no setor florestal nacional. 9. Referências bibliográficas ADEODATO, S.; VILLELA, M.; BETIOL, L. S.; MONZONI, M. Madeira de ponta a ponta – o caminho desde a floresta até o consumo. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2005. 300p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL. Panorama do Setor. Disponível em: <www.bracelpa.org.br>. 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Instituto de Economia Agrícola. 33 Levantamento censitário de unidades de produção agrícola do Estado de São Paulo - LUPA 2007/2008. São Paulo: SAA/CATI/IEA, 2008. Disponível em: <http://www.cati.sp.gov.br/projetolupa>. Acessado em: 10 set. 2015. SILVA, J.C. Eucalipto a madeira do futuro. Revista da Madeira, Curitiba. Especial Eucalipto, 2001. SOBRAL, L. et. al. Acertando o alvo 2: consumo de madeira amazônica e certificação florestal no Estado de São Paulo. Belém: Imazon, 2002. 72p. SMERALDI, R; VERÍSSIMO, A. 1999. Acertando o Alvo: consumo de madeira no mercado interno brasileiro e promoção da certificação florestal. FOE, IMAFLORA & IMAZON. 41pp. TESTE DE USO MÚLTIPLO DE EUCALYPTUS – TUME. Piracicaba, 2014. Disponível em: <http://www.tume.esalq.usp.br/brasil.htm>. Acesso em 10 set. 2015. WHITEHEAD, D.; BEADLE, C. L. Physiological regulation of productivity and water use in Eucaliptus: a review. Forest Ecology and Management, v. 193, p. 113-140. 2004 YUBA, A.N. Cadeia produtiva de madeira serrada de eucalipto para produção sustentável de habitações. 2001. 162p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. ZENID, G.J. Identificação e grupamento das madeiras serradas empregadas na construção civil habitacional na cidade São Paulo. 1997. 169p. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 34 10. Anexos: Simulações realizadas com o SisEucalipto Em anexo estão dispostos os dados gerados pelas simulações realizadas com o SisEucalipto. As 4 simulações são representadas em duas partes. Na primeira são apresentados os dados do povoamento e suas relações de acordo com os tratamentos (desbastes) com dados de número de árvores, diâmetro médio, altura média, área basal, volume total e incrementos para cada idade do povoamento. Na segunda parte são apresentados os produtos gerados pelos desbates e corte final divididos em classes de diâmetro e tipos de produto (Serraria I, Serraria II, Celulose e Energia) 35 Simulação 1 (1/2): TABELA DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO Descrição: Produção para madeira Serrada Índice de Sítio: 31,0 Densidade (árvores por hectare): 1666 Porcentagem de sobrevivência: 99 % Idade 1 2 3 4 5 6 Alt. Dominante 4,0 9,1 13,0 16,1 18,6 20,6 Árvores / ha 1649 1641 1623 1597 1569 1539 Diâmetro médio 3,2 8,6 11,9 14,1 15,7 16,9 Alt. média Área Basal 3,4 7,6 10,9 13,5 15,6 17,3 1,3 9,5 18,1 25,1 30,4 34,6 Volume Total 1,7 28,1 77,0 131,7 184,7 233,2 I.M.A. 1,7 14,1 25,7 32,9 36,9 38,9 O povoamento foi desbastado pela remoção de 939 árvores. Idade Alt. Dominante 7 8 9 10 11 12 13 14 22,4 23,9 25,3 26,5 27,6 28,5 29,4 30,3 Árvores / ha 599 598 597 596 595 594 592 591 Diâmetro médio 18,5 19,7 20,6 21,4 22,0 22,6 23,2 23,6 Alt. média Área Basal 19,3 20,6 21,8 22,8 23,7 24,5 25,2 25,8 16,2 18,2 19,9 21,4 22,7 23,9 24,9 25,9 Volume Total 121,7 145,9 168,6 189,8 209,5 227,8 244,8 260,7 I.M.A. 37,7 36,0 34,5 33,2 32,0 30,8 29,8 28,8 O povoamento foi desbastado pela remoção de 341 árvores. Idade Alt. Dominante 15 16 17 18 19 20 21 31,0 31,7 32,3 32,9 33,5 34,0 34,5 Árvores / ha 250 250 250 250 250 250 250 Diâmetro médio 26,2 26,8 27,3 27,9 28,3 28,7 29,1 Alt. média Área Basal 27,2 27,7 28,2 28,7 29,1 29,5 29,9 13,4 14,1 14,7 15,2 15,7 16,2 16,6 DESBASTES Idade Volume Removido Volume Remanescente 6 14 142,3 150,4 90,9 110,3 36 Volume Total 142,5 152,4 161,6 170,3 178,5 186,2 193,4 I.M.A. 29,0 27,8 26,7 25,7 24,8 23,9 23,1 Simulação 1 (2/2): PRODUÇÕES SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (6 ANOS) Classes D.A.P 10,0-12,0 12,0-14,0 14,0-16,0 16,0-18,0 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 Totais Árv. /ha. 4 69 263 349 200 50 5 Altura média 15,4 16,2 16,7 17,2 17,6 18,0 18,3 17,3 Volume total Serraria I 0,2 6,2 31,1 53,3 38,3 11,8 1,4 142,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Serraria II 0,0 0,0 0,0 0,0 11,0 8,0 0,9 19,9 Celulose Energia 0,1 5,0 26,9 48,2 24,9 3,3 0,4 108,8 0,1 1,1 4,2 5,1 2,5 0,5 0,1 13,5 SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (14 ANOS) Classes D.A.P 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 24,0-26,0 26,0-28,0 28,0-30,0 30,0-32,0 Totais Árv. /ha. 13 74 121 88 35 8 1 Altura média 23,0 24,3 25,3 26,0 26,6 27,2 27,6 25,8 Volume total Serraria I 3,6 25,2 50,1 44,0 20,8 5,7 0,9 150,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,3 1,0 Serraria II 0,8 16,9 38,6 33,2 17,4 4,2 0,5 111,6 Celulose 2,5 7,3 10,0 9,8 3,0 0,6 0,1 33,4 Energia 0,2 1,0 1,6 1,1 0,4 0,1 0,0 4,3 SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO CORTE FINAL (21 ANOS) Classes D.A.P 24,0-26,0 26,0-28,0 28,0-30,0 30,0-32,0 32,0-34,0 34,0-36,0 Totais Árv. /ha. 12 69 95 54 16 3 Altura média 27,2 28,3 29,1 29,8 30,3 30,8 29,9 Volume total Serraria I 6,8 45,2 72,7 47,9 16,7 3,5 193,4 0,0 5,4 8,4 13,7 8,2 2,3 38,1 37 Serraria II 5,6 33,1 52,3 29,4 7,3 0,8 128,6 Celulose 1,0 6,0 10,9 4,1 1,0 0,3 23,2 Energia 0,2 0,8 1,0 0,7 0,3 0,0 3,0 Simulação 2 (1/2): TABELA DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO Descrição: Produção para madeira Serrada Índice de Sítio: 31,0 Densidade (árvores por hectare): 1666 Porcentagem de sobrevivência: 95 % Idade 1 2 3 4 5 6 Alt. Dominante 4,0 9,1 13,0 16,1 18,6 20,6 Árvores / ha 1582 1575 1559 1537 1511 1484 Diâmetro médio 3,2 8,6 12,0 14,2 15,8 17,0 Alt. média Área Basal 3,4 7,6 10,9 13,5 15,6 17,3 1,3 9,2 17,6 24,4 29,7 33,8 Volume Total 1,7 27,2 74,9 128,5 180,5 228,3 I.M.A. 1,7 13,6 25,0 32,1 36,1 38,0 O povoamento foi desbastado pela remoção de 884 árvores. Idade Alt. Dominante 7 8 9 10 11 12 13 14 22,4 23,9 25,3 26,5 27,6 28,5 29,4 30,3 Árvores / ha 599 598 597 596 595 594 592 591 Diâmetro médio 18,6 19,7 20,7 21,4 22,1 22,7 23,2 23,7 Alt. média Área Basal 19,3 20,6 21,8 22,8 23,7 24,5 25,2 25,9 16,3 18,3 20,0 21,5 22,8 24,0 25,1 26,0 Volume Total 122,8 147,2 169,9 191,2 210,9 229,3 246,4 262,3 I.M.A. 37,0 35,4 34,0 32,7 31,5 30,4 29,4 28,5 O povoamento foi desbastado pela remoção de 341 árvores. Idade Alt. Dominante 15 16 17 18 19 20 21 31,0 31,7 32,3 32,9 33,5 34,0 34,5 Árvores / ha 250 250 250 250 250 250 250 Diâmetro médio 26,2 26,8 27,4 27,9 28,3 28,7 29,1 Alt. média Área Basal 27,2 27,8 28,3 28,7 29,2 29,5 29,9 13,5 14,1 14,7 15,2 15,7 16,2 16,6 DESBASTES Idade Volume Removido Volume Remanescente 6 14 136,0 151,4 92,3 110,9 38 Volume Total 143,0 152,8 162,1 170,8 179,0 186,7 193,9 I.M.A. 28,7 27,5 26,4 25,5 24,5 23,7 22,9 Simulação 2 (2/2): PRODUÇÕES SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (6 ANOS) Classes D.A.P 10,0-12,0 12,0-14,0 14,0-16,0 16,0-18,0 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 Totais Árv. /ha. 3 59 236 330 199 53 5 Altura média 15,4 16,2 16,7 17,2 17,6 18,0 18,3 17,3 Volume total Serraria I 0,2 5,2 28,0 50,4 38,1 12,5 1,5 136,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Serraria II 0,0 0,0 0,0 0,0 10,9 8,5 1,0 20,4 Celulose Energia 0,1 4,3 24,2 45,6 24,8 3,5 0,4 102,9 0,1 1,0 3,8 4,8 2,4 0,5 0,1 12,7 SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (14 ANOS) Classes D.A.P 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 24,0-26,0 26,0-28,0 28,0-30,0 30,0-32,0 Totais Árv. /ha. 12 72 120 90 36 9 1 Altura média 23,0 24,3 25,3 26,0 26,6 27,2 27,6 25,9 Volume total Serraria I 3,3 24,4 50,0 44,9 21,6 6,0 1,0 151,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,3 1,0 Serraria II 0,8 16,4 38,5 33,8 18,0 4,5 0,5 112,5 Celulose 2,4 7,1 10,0 10,0 3,2 0,7 0,1 33,3 Energia 0,2 0,9 1,6 1,1 0,4 0,1 0,0 4,3 SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO CORTE FINAL (21 ANOS) Classes D.A.P 24,0-26,0 26,0-28,0 28,0-30,0 30,0-32,0 32,0-34,0 34,0-36,0 Totais Árv. /ha. 12 68 95 54 17 3 Altura média 27,2 28,3 29,1 29,8 30,3 30,8 29,9 Volume total Serraria I 6,6 44,8 72,9 48,5 17,0 3,6 193,9 0,0 5,3 8,5 13,9 8,4 2,4 38,4 39 Serraria II 5,5 32,8 52,5 29,7 7,4 0,8 128,7 Celulose 1,0 5,9 10,9 4,2 1,0 0,3 23,4 Energia 0,1 0,8 1,0 0,7 0,3 0,0 2,9 Simulação 3 (1/2): TABELA DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO Descrição: Produção para madeira Serrada Índice de Sítio: 30,0 Densidade (árvores por hectare): 1666 Porcentagem de sobrevivência: 99 % Idade 1 2 3 4 5 6 Alt. Dominante 3,9 8,8 12,6 15,5 18,0 20,0 Árvores / ha 1649 1643 1629 1607 1581 1553 Diâmetro médio 3,0 8,3 11,6 13,8 15,4 16,5 Alt. média Área Basal 3,3 7,4 10,5 13,0 15,0 16,7 1,2 8,9 17,2 24,0 29,3 33,4 Volume Total 1,5 25,5 70,7 121,8 171,7 217,6 I.M.A. 1,5 12,7 23,6 30,5 34,3 36,3 O povoamento foi desbastado pela remoção de 953 árvores. Idade Alt. Dominante 7 8 9 10 11 12 13 14 21,7 23,2 24,5 25,6 26,7 27,6 28,5 29,3 Árvores / ha 599 598 597 596 595 594 593 591 Diâmetro médio 18,1 19,3 20,2 21,0 21,6 22,2 22,7 23,2 Alt. média Área Basal 18,7 19,9 21,0 22,0 22,9 23,6 24,3 24,9 15,5 17,4 19,1 20,6 21,9 23,0 24,1 25,0 Volume Total 112,8 135,5 156,8 176,7 195,2 212,4 228,4 243,3 I.M.A. 35,2 33,6 32,3 31,0 29,9 28,8 27,8 26,9 O povoamento foi desbastado pela remoção de 341 árvores. Idade Alt. Dominante 15 16 17 18 19 20 21 30,0 30,7 31,3 31,9 32,4 32,9 33,4 Árvores / ha 250 250 250 250 250 250 250 Diâmetro médio 25,8 26,4 27,0 27,5 27,9 28,4 28,7 Alt. média Área Basal 26,3 26,8 27,3 27,7 28,1 28,5 28,8 13,0 13,7 14,3 14,8 15,3 15,8 16,2 DESBASTES Idade Volume Removido Volume Remanescente 6 14 133,5 140,4 84,1 102,8 40 Volume Total 133,6 142,9 151,7 160,0 167,7 175,0 181,9 I.M.A. 27,2 26,1 25,0 24,1 23,2 22,4 21,7 Simulação 3 (2/2): PRODUÇÕES SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (6 ANOS) Classes D.A.P 10,0-12,0 12,0-14,0 14,0-16,0 16,0-18,0 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 Totais Árv. /ha. 7 96 303 345 167 34 2 Altura média 15,0 15,7 16,3 16,7 17,1 17,5 17,8 16,7 Volume total Serraria I 0,4 8,3 34,7 50,9 31,0 7,7 0,6 133,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Serraria II 0,0 0,0 0,0 0,0 9,1 3,8 0,4 13,4 Celulose Energia 0,2 6,2 30,4 46,7 20,2 3,3 0,2 107,3 0,2 2,1 4,2 4,3 1,7 0,5 0,0 12,9 SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (14 ANOS) Classes D.A.P 16,0-18,0 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 24,0-26,0 26,0-28,0 28,0-30,0 30,0-32,0 Totais Árv. /ha. 1 22 88 119 77 28 6 1 Altura média 20,7 22,5 23,6 24,5 25,2 25,8 26,4 26,8 24,9 Volume total Serraria I 0,2 5,9 29,0 47,9 37,2 15,8 3,9 0,5 140,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,1 0,6 Serraria II 0,0 1,4 15,9 32,0 28,6 13,5 2,9 0,4 94,6 Celulose 0,2 4,1 11,7 14,0 7,4 2,0 0,4 0,0 39,9 Energia 0,0 0,3 1,5 2,0 1,2 0,4 0,1 0,0 5,4 SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO CORTE FINAL (21 ANOS) Classes D.A.P 22,0-24,0 24,0-26,0 26,0-28,0 28,0-30,0 30,0-32,0 32,0-34,0 34,0-36,0 Totais Árv. /ha. 1 21 78 89 46 13 2 Altura média 24,9 26,4 27,4 28,2 28,8 29,3 29,8 28,8 Volume total Serraria I 0,3 11,2 49,6 65,8 39,3 12,9 2,5 181,9 0,0 0,0 6,1 7,9 11,5 6,5 1,6 33,6 41 Serraria II 0,2 8,3 36,9 48,2 24,3 4,9 0,8 123,7 Celulose 0,1 2,5 5,6 8,6 2,7 1,3 0,1 20,9 Energia 0,0 0,3 1,1 1,1 0,7 0,1 0,0 3,3 Simulação 4 (1/2): TABELA DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO Descrição: Produção para madeira Serrada Índice de Sítio: 30,0 Densidade (árvores por hectare): 1666 Porcentagem de sobrevivência: 95 % Idade 1 2 3 4 5 6 Alt. Dominante 3,9 8,8 12,6 15,5 18,0 20,0 Árvores / ha 1582 1578 1565 1545 1522 1497 Diâmetro médio 3,0 8,3 11,7 13,9 15,5 16,7 Alt. média Área Basal 3,3 7,4 10,6 13,0 15,1 16,7 1,2 8,6 16,7 23,3 28,5 32,6 Volume Total 1,5 24,7 68,7 118,7 167,7 212,9 I.M.A. 1,5 12,3 22,9 29,7 33,5 35,5 O povoamento foi desbastado pela remoção de 897 árvores. Idade Alt. Dominante 7 8 9 10 11 12 13 14 21,7 23,2 24,5 25,6 26,7 27,6 28,5 29,3 Árvores / ha 599 598 597 596 595 594 593 591 Diâmetro médio 18,2 19,3 20,3 21,0 21,7 22,3 22,8 23,3 Alt. média Área Basal 18,7 19,9 21,0 22,0 22,9 23,7 24,3 25,0 15,6 17,6 19,3 20,7 22,0 23,2 24,2 25,1 Volume Total 113,9 136,7 158,0 177,9 196,5 213,8 229,8 244,8 I.M.A. 34,5 33,0 31,7 30,5 29,5 28,4 27,5 26,6 O povoamento foi desbastado pela remoção de 341 árvores. Idade Alt. Dominante 15 16 17 18 19 20 21 30,0 30,7 31,3 31,9 32,4 32,9 33,4 Árvores / ha 250 250 250 250 250 250 250 Diâmetro médio 25,8 26,4 27,0 27,5 28,0 28,4 28,8 Alt. média Área Basal 26,3 26,8 27,3 27,7 28,1 28,5 28,8 13,1 13,7 14,3 14,8 15,3 15,8 16,2 DESBASTES Idade Volume Removido Volume Remanescente 6 14 127,6 141,3 85,3 103,5 42 Volume Total 134,0 143,4 152,1 160,4 168,2 175,5 182,3 I.M.A. 26,9 25,8 24,8 23,8 23,0 22,2 21,5 Simulação 4 (2/2): PRODUÇÕES SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (6 ANOS) Classes D.A.P 10,0-12,0 12,0-14,0 14,0-16,0 16,0-18,0 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 Totais Árv. /ha. 6 82 274 329 167 36 3 Altura média 15,0 15,7 16,3 16,7 17,1 17,4 17,8 16,7 Volume total Serraria I 0,3 7,1 31,5 48,6 31,1 8,2 0,7 127,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Serraria II 0,0 0,0 0,0 0,0 9,1 4,1 0,5 13,7 Celulose Energia 0,2 5,3 27,6 44,5 20,3 3,6 0,2 101,8 0,2 1,8 3,8 4,1 1,7 0,5 0,0 12,0 SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (14 ANOS) Classes D.A.P 16,0-18,0 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 24,0-26,0 26,0-28,0 28,0-30,0 30,0-32,0 Totais Árv. /ha. 1 21 86 119 78 29 6 1 Altura média 20,7 22,4 23,6 24,5 25,3 25,9 26,4 26,8 25,0 Volume total Serraria I 0,2 5,5 28,4 48,0 38,0 16,5 4,1 0,6 141,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,1 0,6 Serraria II 0,0 1,3 15,5 32,0 29,2 14,0 3,1 0,4 95,6 Celulose 0,1 3,9 11,5 14,0 7,6 2,1 0,4 0,0 39,7 Energia 0,0 0,3 1,4 2,0 1,2 0,4 0,1 0,0 5,4 SORTIMENTO PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO CORTE FINAL (21 ANOS) Classes D.A.P 22,0-24,0 24,0-26,0 26,0-28,0 28,0-30,0 30,0-32,0 32,0-34,0 34,0-36,0 Totais Árv. /ha. 1 20 78 89 46 13 2 Altura média 24,9 26,4 27,4 28,2 28,8 29,3 29,8 28,8 Volume total Serraria I 0,3 10,9 49,3 66,0 39,7 13,1 2,6 182,3 0,0 0,0 6,0 7,9 11,7 6,6 1,6 33,8 43 Serraria II 0,2 8,2 36,6 48,4 24,6 5,0 0,8 123,8 Celulose 0,1 2,5 5,6 8,7 2,7 1,3 0,1 21,0 Energia 0,0 0,3 1,1 1,1 0,7 0,1 0,0 3,4