O xote é uma dança de salão, semelhante à polca, mas

Transcrição

O xote é uma dança de salão, semelhante à polca, mas
V i v i a n e B e i n e k e
Xote
O xote é uma dança de salão, semelhante à polca, mas com andamento mais lento. De origem alemã, difundiu-se
na Europa, chegando ao Brasil em meados do século XIX, quando logo popularizou-se, sendo adaptada para
pequenos conjuntos instrumentais. A dicção popular da palavra inglesa “schottische” originou então a expressão
“xote” ou “xótis”. Chorões do século XIX compuseram xotes que eram acompanhados ao violão e, recebendo
versos, transformaram-se em modinhas. O xote difundiu-se por várias partes do Brasil, do Rio Grande do Sul ao
Nordeste, sendo o acompanhamento realizado por diferentes instrumentos em cada região. No Sul, a gaita é o
instrumento mais utilizado e no Nordeste, a sanfona.
Desenho: Diego de los Campos
Pesquisa e textos sobre os folguedos, ritmos e danças: Viviane Beineke,
Rodrigo Gudin Paiva, Glauber Aquiles Sezerino e Áurea Demaria Silva
F lor minha flor
V i v i a n e B e i n e k e
Revisão do arranjo: Fernando Lewis de Mattos
V i v i a n e B e i n e k e
Orientações para o professor
Viviane Beineke e Cláudia Ribeiro Bellochio
Flor minha flor
Vocalmente, a canção Flor minha flor apresenta, logo no início, um salto de 6ª descendente que merece atenção ao ser executado. Em
seguida, a mesma nota do salto é retomada no diálogo com as palavras “flor vem cá”. Ao longo da peça, esse diálogo será retomado
mais três vezes, com pequenas alterações. Na execução vocal esse diálogo pode ser valorizado se executado por dois grupos, um
cantando a melodia mais aguda e o outro grupo respondendo “flor vem cá”, na região mais grave. Também é importante que a
execução vocal não seja pesada, observando-se o caráter expressivo doce e suave da canção. O arranjo instrumental é bastante
simples em todas as vozes, podendo ser trabalhado tanto a partir da leitura de partitura como pela memorização das partes. O toque
do triângulo, semelhante ao utilizado no baião, em andamento mais lento, dá um caráter de música nordestina à peça.
Fontes consultadas para os textos:
ALVARENGA, Oneida. Música popular brasileira. 2 ed. São Paulo: Duas Cidades, 1982.
Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. Marcos Antônio Marcondes. (Org.). 2 ed. São Paulo: Art Editora, 1998.
Fonte das melodias:
Flor, minha flor
§Brincadeiras de roda, estórias e canções de ninar. Solange Maria/Antonio Carlos Nóbrega. Direção de Produção: Antonio
Madureira. Gravadora Eldorado, 1983. [1 CD].
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