NECESSIDADE E VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DE

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NECESSIDADE E VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DE
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NECESSIDADE E VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DE CENTRAL DE
MISTURAS INTRAVENOSAS EM HOSPITAL
GARVIL, Mariana Pacifico (UNITRI, Correspondência:
[email protected])
MACHADO, Marcelo Muniz (Farmacêutico co-orientador. Hospital e
Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro)
RODRIGUES, Kellen Cruvinel (UNITRI, Correspondência:
[email protected])
RESUMO: Na adoção do sistema de distribuição unitária, em tentativa principal
de redução de erros de medicação, todos os medicamentos devem ser
distribuídos em todas as formas, prontos para uso sem necessidades de
transferências ou cálculos por parte do serviço de enfermagem. Assim, a
implantação da central de misturas intravenosas é um dos requisitos a serem
contemplados a fim de evitar erros na administração de medicamentos. No
hospital, a central de misturas intravenosas é a área de manipulação de
medicamentos estéreis, sendo responsável pelas preparações (fracionamento,
diluição e reconstituição) dos medicamentos injetáveis utilizados pelos
pacientes. Esse trabalho tem por objetivo, mediante levantamento bibliográfico,
apresentar as necessidades e vantagens de implantação da central de misturas
intravenosas. Na oportunidade, bem como, descrever os requisitos para
implantação da central de misturas intravenosas. Além dessa implantação ser
um requisito a ser cumprido, apresenta justificativas vantajosas de ordem
técnica, terapêutica e econômica.
Palavras-chaves: Sistema de distribuição por dose unitária, medicamentos
injetáveis, central de misturas intravenosas.
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INTRODUÇÃO
Em um hospital, o ato da medicação pode ser definido como um sistema
complexo,
incluindo
vários processos interligados,
interdependentes e
constituído por profissionais das áreas médica, farmacêutica e equipe de
enfermagem, que em comum prestam serviços com eficácia, qualidade e
segurança aos pacientes. (MIASSO et al., 2006).
Em qualquer etapa do sistema podem ocorrer os erros de medicação,
acarretando injúrias ao paciente, como desencadear processos alérgicos por
administração de medicação errada, sub dosagem entre outras, além de gastos
desnecessários dos recursos hospitalares. A supervisão junto aos processos
do ato da medicação, desde a prescrição, dispensação, até a preparação e
administração da droga são importantes meios para a redução dos erros
(CASSIANI et al., 2005).
A obtenção de redução real dos erros de medicação somente ocorre
com uma análise sistêmica do processo, com detecção dos seus pontos
vulneráveis e a implementação de medidas que reduzem a incidência dos erros
(LEAPE et al., 2000).
A American Society of Hospital Pharmacists (ASHP) apresenta o uso da
distribuição por dose unitária e o sistema para preparação de medicação
intravenosa realizada pela farmácia como recomendações importantes para
evitar erros na medicação em um hospital (CASSIANI et al., 2005).
A alta taxa de erros de medicação, reportada em vários estudos norte
americanos no fim dos anos 50, demonstrou a necessidade de revisar os
sistemas tradicionais de dispensação. Em 1960, farmacêuticos hospitalares
norte-americanos desenvolveram o sistema de dose unitária, objetivando a
redução de taxas de erro nas medicações, custos de medicamentos, melhorar
a produtividade dos profissionais de saúde e a qualidade da assistência
médica. Esse sistema consiste na ordenação da dispensação com doses
prontas para a entrega de acordo com a prescrição médica do paciente
(ANACLETO et al., 2005).
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Um dos requisitos a serem seguidos para adoção do sistema de
distribuição por dose unitária é a implantação da central de preparações
estéreis, que requer, inicialmente, alto investimento financeiro (GOMES e
REIS, 2000). Considerando a realidade dos hospitais de resistência na
implantação, faz-se necessário questionar “Qual a importância da implantação
da central de preparação de misturas intravenosas em âmbito hospitalar?”.
Sendo assim, esse trabalho tem por objetivo levantamento teórico de
informações pertinentes da necessidade de implantação da central de misturas
intravenosas bem como descrever os requisitos de implantação.
2 - CENTRAL DE MISTURAS INTRAVENOSAS
2.1. HISTÓRICO
O ato da medicação é constituído de várias etapas, que abrange desde
a prescrição e distribuição até a administração do medicamento ao paciente.
Essas etapas dependem de vários profissionais da área de saúde. Deste
modo, a prescrição é de responsabilidade do médico, a dispensação e
distribuição de medicamentos são responsabilidades do farmacêutico e a
administração e acompanhamento de todas as reações do paciente são
responsabilidades do enfermeiro (CASSIANI et al., 2005).
Ao longo de anos, estudos evidenciam a presença de erros de
medicação nas etapas do ato de medicação. Esses erros representam um
grave
problema
de
saúde
pública,
desperdício
financeiro
e
sérias
consequências para pacientes, profissionais e organização hospitalar. Nos
Estados Unidos, em 1993, 7.391 americanos morreram em consequência de
erros de medicação. Dentre essas mortes, 2 a 14% ocorreram em pacientes
que estavam hospitalizados. Também, em período de 10 anos, entre 1983 a
1993, ocorreu um crescimento na ordem de 257% das mortes relacionadas à
medicação (MIASSO et al., 2006).
Outro indicador apresentado pelo Instituto de Medicina Americano
mostrou que 44.000 a 98.000 americanos morrem a cada ano por erros na
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medicação. Estima-se que em cada dez pacientes admitidos no hospital, um
está em risco para erro potencial ou efetivo na medicação (ZANGWILL et al.,
2000).
Em qualquer etapa do sistema pode ocorrer erros de medicação,
acarretando injúrias ao paciente causadas pelos efeitos adversos da
medicação. A supervisão junto aos processos de prescrição, preparação e
administração da droga são importantes meios para a redução dos eventos
adversos (CASSIANI et al., 2005).
A obtenção de redução real dos erros de medicação somente ocorre
com uma análise sistêmica do processo, com detecção dos seus pontos
vulneráveis e a implementação de medidas que reduzem a incidência dos
eventos adversos (LEAPE et al., 2000).
A produção de um mesmo medicamento pela indústria farmacêutica com
múltiplas dosagens, veículos, solubilidades e estabilidades diferentes, visando
atender às necessidades terapêuticas de todos os pacientes, não é
economicamente viável. Na realidade hospitalar, tem que se reconhecer que
tanto alguns pacientes e os cuidados à saúde não se encaixam nos perfis
teóricos de dosagem. Como a indústria farmacêutica não pode preparar
medicamentos personalizados, para grupos especiais (SUNDBERG, 2000), a
farmácia hospitalar consegue preencher essa lacuna deixada pela indústria por
meio da manipulação de medicamentos, atendendo racionalmente aos
pacientes.
Nas décadas de 70 e 80, a farmácia hospitalar nas instituições
avançadas e de grande porte, deixa de ser uma simples unidade de
armazenamento e distribuição, restrita aos aspectos técnico-científicos e passa
a gerenciar as atividades, sendo responsável pela produção de muitos
medicamentos não disponíveis comercialmente. Essa evolução busca redução
de custo, garantia do uso correto de medicamento e racionalização do trabalho
(MARIN et al. 2004).
Os medicamentos representam alta fração do orçamento de hospitais,
requerendo medidas que assegurem o uso racional. Na mesma circunstância,
em decorrência dos custos cada vez mais elevados na área da saúde, várias
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medidas são tomadas com a finalidade de reduzir o consumo de recursos mal
aplicados (MARIN et al. 2004).
2.2. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO POR DOSE UNITÁRIA
Foi com o lançamento, no mercado, de medicamentos novos e mais
potentes, que nos anos de 1960, farmacêuticos hospitalares americanos
desenvolveram o sistema de distribuição por dose unitária, visando melhorar a
segurança na distribuição e na administração dos medicamentos (ANACLETO
et al., 2005).
Conceitualmente, distribuição por dose unitária é a distribuição ordenada
dos medicamentos com formas e dosagens prontas para serem administradas
a um determinado paciente de acordo com a prescrição médica, num
determinado período de tempo (GOMES e REIS, 2000).
A criação desse método de central de misturas surgiu da necessidade
de modernização e maior eficiência no processo, bem como na tentativa de
reduzir o alto índice de erros que acometem este setor; além disso,
vislumbrava a possibilitava do farmacêutico desenvolver suas atribuições na
área hospitalar e diretamente participar das ações voltadas ao paciente
(ARAUJO et al., 2010).
A dose unitária possui várias vantagens em relação aos outros sistemas
de distribuição como: redução da incidência de erros; economia de custos;
maior segurança para o médico em relação ao comprimento de suas
prescrições, na garantia da utilização do medicamento certo, na dose certa e
hora certa; identificação do medicamento até o momento de sua administração,
sem necessidade de transferências de cálculos; redução do tempo da
enfermagem com atividades relacionadas ao medicamento permitindo mais
disponibilidade para o cuidado do paciente; auxílio no controle da infecção
hospitalar devido à higiene e à organização no preparo de doses, e maior
integração do farmacêutico na equipe multidisciplinar, com participação na
terapia medicamentosa (COIMBRA et al., 1998; GOMES e REIS, 2000).
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Com a adoção do sistema de distribuição por dose unitária, todos os
medicamentos em todas suas formas farmacêuticas devem ser distribuídos,
prontos para uso sem necessidades de transferências ou cálculos por parte da
enfermagem. Para que o sistema de dose unitária seja uma realidade, o grande
desafio é que se consiga obter as formas farmacêuticas estéreis unitarizadas.
Todavia, é necessário um alto investimento inicial para a implantação de uma
central de preparações estéreis, o que nem sempre é viável para hospitais de
pequeno e médio portes que correspondem a maioria dos hospitais (GOMES e
REIS, 2000).
A terapia intravenosa é um processo complexo que exige geralmente a
preparação do medicamento nas áreas clínicas antes da administração ao
paciente. Há relatos de mortes e danos causados pelos erros de medicação
como dose errada de fármaco, veículo, diluente, e erros de contaminação
cruzada com terapia intravenosa. Em hospitais, foram identificados erros nas
etapas de preparação e administração intravenosa de 13-84% (COUSINS et
al., 2005).
Conforme a Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 492/2008
Art. 5º, é de competência da farmácia hospitalar, nas atividades de assistência
farmacêutica, dispor de setor de farmacotécnica composto de unidades de
reconstituição de medicamentos, preparo de misturas intravenosas e
fracionamento de doses.
GOMES E REIS (2000) complementam que uma das funções básicas da
farmácia
hospitalar,
como
um
serviço
de
apoio
ao
hospital,
é
manipulação/preparo de medicamentos, seja pela indisponibilidade de produtos
no mercado, para atender prescrições especiais ou por motivos de viabilidade
econômica.
A manipulação/preparo de medicamentos em doses personalizadas
torna-se de fundamental importância por existir pacientes com patologias de
várias etiologias e características pessoais bastante diferentes, como faixa
etária, sexo, debilidade e incapacidade física (GOMES e REIS, 2000).
A manipulação em hospital envolve áreas de farmácia que são
específicas. O preparo dos medicamentos exige manipulação específica que
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não pode ser executada em outro local a não ser no laboratório de
manipulação e por pessoa treinada.
2.3. MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
A Resolução da Diretoria Colegiada nº 67/2007 define produto estéril
como aquele utilizado para aplicação parenteral ou ocular, contido em
recipiente apropriado. Sendo aqueles medicamentos que precisam garantir a
ausência total de microrganismo ou partículas sólidas, condicionados à
esterilidade. Por isso, eles requerem procedimentos mais rigorosos que
mantêm os níveis de qualidade elevados. Os estéreis mais comuns são os
injetáveis e os colírios.
A Farmacopéia Brasileira define os medicamentos injetáveis como
preparações estéreis destinadas à administração parenteral, apresentados
como soluções, suspensões, ou emulsões (BRASIL, 2010).
Por isso, as preparações injetáveis devem ser excepcionalmente puras,
isentas de contaminantes físicos, biológicos e químicos. Como requisitos
inerentes, todas essas preparações devem ter qualidade de proporcionar o
máximo de segurança ao paciente (MARIN, 2004).
Todas as propriedades, definidas pela Farmacopéia Brasileira, devem
ser mantidas, até o momento de sua administração no paciente. Portanto,
deve-se ter cuidado no preparo de medicamento injetáveis, no manuseio, antes
da administração ao paciente. Todos os procedimentos devem ser feito de
modo a evitar a contaminação do produto (PEREIRA et al., 2006)
A implantação da central de misturas intravenosa denota um avanço no
serviço de farmácia hospitalar, tanto em parte técnica, como econômica,
garantindo que se mantenham as exigências da Farmacopéia Brasileira.
As misturas intravenosas, preparadas na central, são medicamentos
diluídos ou reconstituídos para administração As preparações devem ser livres
de contaminantes do tipo microbiológico, pirogênio, tóxicos e partículas
estranhas e garantir que os aditivos agregados não percam mais de 10% da
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atividade terapêutica desde a manipulação até o término da administração
(PEREIRA et al., 2006).
Neste sistema o seguimento da terapia é adequado a cada paciente,
preparando e dispensando os medicamentos prescritos nas quantidades e
concentrações corretas, com identificação do paciente e do conteúdo da
preparação. Além de exigir a integração da equipe multidisciplinar entre a
médica, farmácia e de enfermagem.
2.4. PRÉ-REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO
A ANVISA com a Resolução da Diretoria Colegiada nº 67, de 08 de
outubro de 2007 regulamenta tecnicamente os requisitos mínimos exigidos
para o exercício da preparação de medicamentos injetáveis, instituindo as Boas
Práticas de Manipulação em Farmácia. Assim, essa mesma resolução
regulamenta a implantação de central de misturas intravenosas, onde se
realiza a manipulação ou somente a reconstituição, diluição ou fracionamento
do medicamento estéril a partir do produto industrializado.
2.4.1. REQUISITOS ESTRUTURAIS
2.4.1.1. Área Física
A farmácia de manipulação deve possuir no mínimo: área ou sala para
as atividades administrativas; área ou sala de armazenamento; área ou sala de
controle de qualidade; sala ou local de pesagem de matérias-primas; sala(s) de
manipulação; área de dispensação; vestiário; sala de paramentação; sanitários;
área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem; depósito
de material de limpeza.
A
farmácia
que
somente
realiza
reconstituição,
transferência,
incorporação ou fracionamento de especialidades farmacêuticas, deve atender
às disposições dos seguintes itens, no que couber, além das áreas comuns:
sala de limpeza, higienização e esterilização; sala ou local de pesagem; sala de
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manipulação e envase exclusiva; área para revisão; área para quarentena,
rotulagem e embalagem; sala de paramentação específica (antecâmara).
Os ambientes são protegidos contra a entrada de aves, animais, insetos,
roedores e poeiras, devem possuir superfícies internas (pisos, paredes e teto)
lisas e impermeáveis, sem rachaduras, resistentes aos agentes sanitizantes e
facilmente laváveis.
Os ralos devem ser sifonados e fechados, e nas áreas de manipulação,
limpeza e higienização não existem ralos.
A temperatura e a umidade relativa devem ser controladas diariamente
para que não haja deterioração dos produtos farmacêuticos e dos produtos
para saúde.
Os vestiários, lavatórios e os sanitários devem ser de fácil acesso e
suficientes para o número de funcionários. Os sanitários não têm comunicação
direta com as áreas de manipulação e armazenamento.
O acesso às salas de limpeza, higienização e esterilização; pesagem;
manipulação e envase deve ser realizado por meio de antecâmara.
2.4.1.2. Especificações da área física de manipulação
A área física deve ser localizada, projetada, construída ou adaptada,
com uma infraestrutura adequada às atividades a serem desenvolvidas. A sala
destinada à manipulação e envase de preparações estéreis deve ser
independente e exclusiva.
A área de manipulação das misturas intravenosas é dotada de filtros de
ar para retenção de partículas e micro-organismos, garantindo os níveis
recomendados – Grau B (100 partículas/ pé cúbico de ar) ou sob fluxo laminar,
Grau B (100 partículas/ pé cúbico de ar), em área Grau C (10.000 partículas/
pé cúbico de ar) e possui pressão positiva em relação às salas adjacentes.
A sala destinada à limpeza e higienização dos produtos farmacêuticos,
produtos para saúde e materiais de embalagem utilizada na manipulação das
misturas intravenosas possuir classificação Grau D (100.000 partículas/ pé
cúbico ar). A sala deve ser contígua à área de manipulação e dotada de
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passagem de dupla porta para a entrada de material em condição de
segurança.
Nas áreas de manipulação todas as superfícies devem ser revestidas de
material resistente aos agentes sanitizantes, lisas e impermeáveis para evitar
acúmulo de partículas e microrganismos, possuindo cantos arredondados.
A sala de paramentação deve possuir câmaras fechadas, onde as portas
apresentem dispositivos de segurança que impeçam a abertura simultânea das
mesmas, e apresentar pressão inferior à da sala de manipulação e superior à
área externa.
2.4.1.3. Área física do armazenamento de medicamentos e produtos
para saúde
A área de armazenamento tem capacidade suficiente para assegurar a
estocagem ordenada das diversas categorias de produtos farmacêuticos,
produtos para saúde e materiais de embalagem.
Todos os materiais serão armazenados sob condições apropriadas, de
forma ordenada, para que possam ser feitas a separação dos lotes e a rotação
do estoque, obedecendo à regra: primeiro que entra, primeiro que sai. Os
materiais de limpeza são armazenados separadamente.
2.4.1.4. Higiene e Vestuário
Na área de pesagem e salas de manipulação não é permitido o uso de
cosméticos, joias ou quaisquer objetos de adorno de uso pessoal. Não é
permitido conversar, fumar, comer, beber, mascar, manter plantas, alimentos,
medicamentos e objetos pessoais nas salas de pesagem e manipulação.
Os
funcionários
envolvidos
na
manipulação
devem
estar
adequadamente paramentados, utilizando equipamentos de proteção individual
(EPIs), para assegurar a sua proteção e a do produto contra contaminação,
devendo ser feita a colocação e troca dos EPIs sempre que necessária.
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Os manipuladores de produtos estéreis devem atender a um alto nível
de higiene e particularmente devem ser instruídos a lavar corretamente as
mãos e antebraços, com escovação das unhas, utilizando antisséptico
padronizado, antes de entrar na área de manipulação.
Os funcionários envolvidos na manipulação de preparações estéreis
devem estar adequadamente uniformizados para assegurar a proteção da
preparação contra a contaminação. Os uniformes e calçados utilizados nas
áreas classificadas devem cobrir completamente o corpo, constituindo barreira
à liberação de partículas provenientes da respiração, tosse, espirro, suor, pele
e cabelo.
2.4.1.5. Limpeza e Sanitização
Os produtos usados na limpeza e sanitização não devem contaminar,
com substâncias tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas as instalações e os
equipamentos de preparação. A limpeza deve ser efetuada com registros dos
procedimentos de limpeza.
O lixo e resíduos da manipulação devem ser depositados em recipientes
tampados, identificados e ser esvaziados fora da área de manipulação, com
descarte apropriado, de acordo com a legislação vigente.
2.4.1.6 Área de Dispensação
A área de dispensação do setor de manipulação possui espaço e
condições suficientes para as atividades de inspeção final e acondicionamento
das misturas intravenosas para o transporte.
2.4.1.7. Controle do Processo de Preparação
O controle do processo de preparação é efetivado a partir da avaliação
farmacêutica da prescrição, controle microbiológico do processo e do processo
de manipulação.
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A avaliação farmacêutica de cada prescrição, quanto à concentração,
viabilidade e compatibilidade físico-química e farmacológica dos componentes,
dose e via de administração, deve ser feita antes do início da manipulação.
Com base nos dados da prescrição, devem ser realizados e registrados
os cálculos necessários para a manipulação da formulação (peso, parâmetros
dos componentes etc.).
Para o controle microbiológico, é necessário a validação e monitoração
do controle ambiental e de
funcionários, para garantir a qualidade
microbiológica da área de manipulação. Complementando com validação e
verificação do cumprimento do procedimento de lavagem das mãos e
antebraços, e procedimentos de limpeza e desinfecção das áreas, instalações,
equipamentos e materiais empregados na manipulação das
misturas
intravenosas.
A realização dos testes de esterilidade e de endotoxinas bacterianas fica
dispensada de toda preparação estéril, obtida por reconstituição, transferência,
incorporação ou fracionamento de especialidades farmacêuticas estéreis, com
prazo de utilização de 48 horas.
No processo de manipulação devem existir procedimentos operacionais
escritos para todas as etapas.
Todas as superfícies de trabalho e os equipamentos da área de
manipulação devem ser limpos e desinfetados antes e após cada manipulação.
Deve-se efetuar registros das operações de limpeza e desinfecção dos
equipamentos empregados na manipulação.
As salas de manipulação devem ser mantidas com temperatura e
umidade
compatíveis
com
as
substâncias/matérias-primas
armazenadas/manipuladas. As condições de temperatura e umidade devem
ser definidas, monitoradas e registradas.
O transporte dos materiais limpos e desinfetados para a sala de
manipulação acontece através de câmara com dupla porta (pass-through).
Todo pessoal envolvido no processo de preparação das misturas
intravenosas deverá proceder à lavagem das mãos e antebraços e escovação
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das unhas, com antisséptico apropriado antes do início de qualquer atividade
na área de manipulação.
O envasamento das misturas intravenosas deve ser feito em recipiente
adequado e que garanta a estabilidade físico-química e microbiológica das
misturas intravenosas.
2.4.1.8. Rotulagem e Embalagem
As formulações preparadas devem ser rotuladas e embaladas de forma
adequada, seguindo as condições de armazenagem do fabricante.
Todo produto estéril, obtido após preparo destinado à utilização em
serviços de saúde, deve conter rótulo com as seguintes informações: nome
completo do paciente, quarto/leito e registro hospitalar (se for o caso),
composição qualitativa e quantitativa dos produtos e ou nomes das
especialidades farmacêuticas que compõem a manipulação, volume total,
velocidade da infusão, via de acesso, data e hora da manipulação, número
sequencial de controle e condições de temperatura para conservação e
transporte, nome e CRF do farmacêutico responsável e identificação de quem
preparou a manipulação.
A determinação do prazo de validade deve ser baseada na avaliação
físico-química das drogas e considerações sobre a sua estabilidade. As fontes
de informações sobre a estabilidade físico-química das drogas são obtidas em
compêndios
oficiais,
pesquisas publicadas
e
as recomendações
dos
fabricantes.
2.4.2. Recursos Humanos e Organização
A farmácia deve ter um organograma que demonstre possuir estrutura
organizacional e de pessoal suficiente para garantir que o produto por ela
preparado esteja de acordo com os requisitos do Regulamento Técnico.
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O Responsável pela manipulação, inclusive pela avaliação das
prescrições é o farmacêutico, com registro no seu respectivo Conselho
Regional de Farmácia.
Todo o pessoal envolvido nas atividades da farmácia deve estar incluído
em um programa de treinamento.
2.4.3. Requisitos Materiais - Equipamentos e Mobiliários
Os equipamentos devem ser instalados e localizados de forma a facilitar
a manutenção, e mantidos de forma adequada às suas operações,
minimizando os riscos de erro e contaminação, permitindo efetiva limpeza.
Os equipamentos devem ser validados, periodicamente verificados e
calibrados no mínimo uma vez ao ano, conforme procedimentos e
especificações escritas, e devidamente registrados.
Todos os equipamentos devem ser submetidos à manutenção
preventiva, de acordo com um programa formal, e corretivo, quando
necessário, obedecendo a procedimentos operacionais escritos com base nas
especificações dos manuais dos fabricantes.
O mobiliário será o mínimo e estritamente necessário ao trabalho
desenvolvido, constituído de material liso, impermeável, resistente e de
facilmente limpeza.
Dos materiais necessários inclui: produtos farmacêuticos, produtos para
saúde, materiais de embalagem e germicidas (anti-sépticos e desinfetantes)
empregados no processo de preparação das misturas intravenosas.
2.4.4. Água
A água utilizada na preparação de estéreis pode ser obtida no próprio
estabelecimento, por destilação ou por osmose reversa, obedecendo às
características farmacopéicas de água para injetáveis.
Água para injetáveis é o insumo utilizado na preparação de
medicamentos para administração parenteral, como veículo ou na dissolução
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ou diluição de substâncias ou de preparações. Essa água apresenta as
seguintes características físicas: líquido límpido, incolor, insípido e inodoro
(BRASIL, 2010).
Em casos excepcionais, quando o consumo de água não justificar a
instalação de sistema de produção de água para injetáveis, a farmácia pode
utilizar-se de água para injetáveis produzida por indústria farmacêutica.
2.5.
IMPORTÂNCIA
PARA
OS
PACIENTES,
INSTITUIÇÃO
E
PROFISSIONAIS
As principais justificativas de implantação de uma central de misturas
intravenosas são de ordem técnica, terapêutica e econômica, e apresentam
grande importância para os pacientes, instituição e profissionais.
As características de ordem técnica são garantia técnica de assepsia,
manutenção da integridade físico-química e reduções de erros de medicação.
Atendendo a preparação das misturas intravenosa questiona-se sobre o
preparo
pelo
serviço
de
enfermagem
dos
medicamentos
injetáveis,
considerando a ausência de técnicas de assepsia no preparo, e manuseio
incorreto na utilização do material, isso dificulta assegurar uma preparação
eficaz, eficiente e responsável (Portaria nº 500, 1997).
Em
estudos
realizados
avaliando
à
técnica
do
preparo
dos
medicamentos, observa-se que, das 1.129 doses observadas, 1.026 (90,9%)
doses estavam incorretas nos seguintes itens: lavagem das mãos, proteção de
medicamentos fotossensíveis e desinfecção das ampolas e preparo com muito
tempo de antecedência, entre outro (OPITZ, 2006). A técnica de assepsia é um
dos itens apontados na observação das doses incorretas.
Essa técnica é
garantida com o preparo de medicamentos na central de misturas intravenosas.
O local para manipulação pode interferir no preparo dos medicamentos,
então se recomenda realizar essa tarefa em local adequado e reservado.
Após pesquisa de 310 amostras de seringas manipuladas na sala de
serviço da enfermagem, constatou-se que 3,8% estavam contaminadas, ao
passo que a mesma quantidade de seringas manipuladas em ambiente
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controlado por fluxo laminar, apenas 0,65% encontravam-se contaminadas.
Observou-se com esses dados, uma redução da contaminação nas
preparações em ambiente controlado (ARAUJO et al., 2010).
A
preparação
de
medicamentos,
de
uso
injetáveis,
requer
o
conhecimento físico-químico do fármaco, incluindo os veículos nos quais os
medicamentos liofilizados serão diluídos, para que não se comprometa a
estabilidade, apirogenicidade, esterilidade e qualidade da preparação. A
segurança e qualidade da administração do medicamento ao paciente
dependem desses fatores (PEREIRA et al., 2006). O preparo de medicamentos
sendo de responsabilidade da farmácia, onde se encontra todo o conhecimento
técnico-científico dos medicamentos, a manutenção da integridade físicoquímica é assegurada.
Com a implantação do sistema de distribuição por dose unitária,
observou-se em estudos publicados uma redução nos erros de 13% para
7,20% (ARAUJO et al., 2010).
Erro de medicação é definido como: qualquer evento passível de
prevenção que pode causar ou induzir ao uso inadequado do medicamento ou
prejudicar o paciente enquanto o medicamento está sob o controle do
profissional de saúde, paciente ou consumidor. Tais eventos podem estar
relacionados à prática profissional, produtos de cuidado de saúde, aos
procedimentos e sistemas, incluindo prescrição; a comunicação da prescrição;
ao rótulo do produto; à embalagem e nomenclatura; à composição; à
dispensação; a distribuição; à educação; a monitoração e ao uso (OPITZ,
2006).
A maioria dos erros está relacionada à prescrição e administração dos
medicamentos (OPITZ, 2006).
As taxas de erros encontradas em quatro
instituições de saúde no Estado da Bahia, na fase do preparo, representa a
variação de 42% a 94% e na administração de 44% a 94%. (ANSELMI et al.,
2003). As consequências dos erros podem resultar em várias implicações para
os pacientes, trazendo diversas injúrias.
A análise dos erros de medicação deve ser de forma multidisciplinar,
pois dificilmente o erro tem uma única causa (LEAPE, 2000), onde a farmácia,
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no âmbito hospitalar, está envolvida com esses erros. Com a implantação da
central de misturas intravenosas, distribuindo os medicamentos injetáveis
unitarizados,
proporciona-se
uma
redução
dos
erros
de
medicação
relacionados a fase de preparo.
Para melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente, a
existência da central de misturas intravenosas exige maior interação da equipe
multidisciplinar da unidade hospitalar (GOMES e REIS, 2000). Essa integração
só vem agregar a vida profissional com ampliação de conhecimentos e
interação pessoal.
A integração da equipe multidisciplinar e agregação do conhecimento ao
profissional são características de ordem terapêutica, onde propiciam maior
qualidade e segurança no tratamento dos pacientes. De ordem econômica, as
características apresentadas são a redução do custo e economia com a
centralização do trabalho de preparo de medicamento.
A preparação de medicamentos injetáveis propicia uma economia
substancial para a instituição e, consequentemente, utilização racional dos
medicamentos. Estudos realizados pelo Instituto da Criança mostraram que,
com a disposição de medicamentos unitarizados, a farmácia reduz o consumo
interno em até 35% (ARAUJO et al., 2010).
Na prática, observa-se que a enfermagem trabalha em ambiente
agitado, pela complexidade assistência, podendo causar inconformidade
medicamentosa. Nessa situação, faz-se necessário propiciar um ambiente
seguro sobre a administração de medicamentos (ARAUJO et al., 2010). Com a
preparação de medicação intravenosa pela farmácia, há redução do tempo
gasto com os profissionais de enfermagem na preparação destas misturas,
proporcionando disponibilidade de tempo a esses profissionais para realização
de suas atividades de forma mais segura.
O trabalho centralizado, de preparo de medicamentos, resulta em
economia, a partir da consideração que o consumo do tempo dos profissionais
de saúde pode ser traduzido em preço-tempo (MOTA et al., 2008). Na situação,
onde toda a equipe de enfermagem deixa de exercer uma atividade, e passar
18
ser responsabilidade da farmácia, em equipe menor, o preparo de
medicamentos.
A implantação da central de misturas intravenosas representa para os
pacientes maior segurança e qualidade no tratamento, para a instituição a
proporção de substancial economia, e representa para o profissional a
ampliação de conhecimentos, maior integração a equipe com serviço mais
seguro. Especificamente a farmácia, essa implantação permite o retorno da
atividade de preparo de medicamentos, que é de fato sua responsabilidade.
CONCLUSÃO
A implantação da central de misturas intravenosas contempla um dos
requisitos na adoção do sistema de distribuição por dose unitária. A realização
dessa implantação muita das vezes não ocorre com resistência à necessidade
de alto investimento financeiro, sem considerar os benefícios justificáveis
oferecidos.
Justifica-se a implantação da central de misturas intravenosas pelas
vantagens proporcionadas de ordem técnica, terapêutica e econômica para a
unidade hospitalar.
Em ordem técnica as características são as reduções de erros de
medicação, garantia da técnica asséptica e manutenção da integridade físicoquímica. Como características de ordem terapêutica pode ser citada a
exigência da integração da equipe assistencial multidisciplinar e aprimoramento
do conhecimento técnico, garantindo maior segurança e melhor tratamento ao
paciente. Enquanto as características de ordem econômica envolvem a
redução de custos da terapia intravenosa e a economia pelo trabalho
centralizado de preparo.
A implantação da central de misturas intravenosas visa principalmente a
redução dos erros de medicação, proporcionando maior segurança e qualidade
dos medicamentos injetáveis administrados aos pacientes hospitalizados.
Além da redução dos erros de medicação, a implantação da central de
misturas do é significativa para o profissional farmacêutico hospitalar. As
atividades de reconstituição, diluição ou fracionamento dos medicamentos em
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meio hospitalar sempre foram realizadas pela equipe de enfermagem, porém é
de consenso que a manipulação de medicamentos é atributo do farmacêutico.
Considerando que a farmácia é a autoridade em medicamentos e que o
farmacêutico é o profissional que possui conhecimentos técnicos e científicos
necessários ao desenvolvimento e a gestão da manipulação de medicamentos,
a instalação da central de misturas devolve um papel que é do farmacêutico de
fato e consolida a sua responsabilidade na preparação dos medicamentos
estéreis.
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