módulo 24 frente 1 – história integrada

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módulo 24 frente 1 – história integrada
E_C6_EP_HIST_2014_MA 26/06/14 12:12 Página 85
MÓDULO 24
MILITARISMO NA AMÉRICA LATINA
1.
O fotógrafo chileno Marcelo Montecino produziu a foto acima em 13 de
setembro de 1973. A imagem registra uma movimentação diante da
sede da Presidência da República do Chile, em Santiago, capital do país.
que a situação retratada relaciona-se com o golpe militar de
1973, que derrubou o presidente Salvador Allende (morto na
ocasião) e levou ao poder o general Augusto Pinochet.
b) O período citado corresponde ao governo do socialista Salvador
Allende, eleito presidente do Chile à frente de uma coalizão de
esquerda denominada “Unidade Popular”. O governo de Allende
caracterizou-se pela nacionalização de diversas empresas
estrangeiras (sobretudo norte-americanas) e pela estatização do
sistema bancário. Tais medidas suscitaram forte oposição dos
setores conservadores, respaldados pelos Estados Unidos, o que
levaria à queda e à morte de Allende.
c) Ditadura militar conservadora, chefiada pelo general Augusto
Pinochet e responsável por uma intensa repressão contra os
setores de esquerda, provocando milhares de mortes.
2. Nas décadas de 1960 e 1970, uma sucessão de golpes militares nas
Américas Central e do Sul resultou
a) no acelerado progresso dos países envolvidos, graças à ajuda econômica e financeira proveniente dos Estados Unidos.
b) na implantação de regimes autoritários conservadores, alinhados
com os Estados Unidos na luta contra o comunismo.
c) no retorno, em grande parte dos países americanos, das práticas
caudilhescas que instabilizaram o continente no século XIX.
d) no avanço do socialismo marxista, com apoio logístico do regime
cubano com respaldo da União Soviética.
e) no retorno à antiga “Política do Big Stick”, quando os Estados
Unidos intervinham militarmente na América Latina.
a) A partir da escolha de um elemento apresentado pela foto, explique
que situação foi retratada.
b) A fotografia representa o final de um período da história do Chile,
iniciado em 1970 e encerrado em setembro de 1973. Aponte duas
características desse período da história chilena.
c) Aponte duas características do período da história chilena que teve
início após os eventos representados na fotografia e que viria a se
encerrar em 1990.
RESOLUÇÃO:
Nas décadas mencionadas, o populismo de esquerda latinoamericano refluiu nos países onde vinha ganhando terreno. Em seu
lugar, foram instaladas ditaduras militares conservadoras e
fortemente anticomunistas. A exceção ficou por conta da
Nicarágua, onde, em 1979, ascendeu ao poder a Frente Sandinista
— organização guerrilheira marxista patrocinada pelo regime de
Fidel Castro.
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
a) Tomando como referência os danos causados ao palácio
presidencial chileno por um bombardeio aéreo, pode-se afirmar
– 85
HISTÓRIA E
FRENTE 1 – HISTÓRIA INTEGRADA
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HISTÓRIA E
3. (IBMEC) – Nas décadas de 1960 e 1970, a América do Sul assistiu a
uma onda de golpes militares. Apesar de ser uma região
tradicionalmente dominada por governos autoritários, a presença de
regimes militares era um fato novo na política do continente. O
surgimento e difusão desse fenômeno faziam parte do mesmo processo
e tinham as mesmas raízes, apesar das peculiaridades locais. Aponte,
entre as alternativas a seguir, aquela que não corresponde a esse
momento histórico.
a) O Brasil iniciou esse processo de instauração de regimes militares
autoritários em 1964, sendo seguido pelo Peru em 1968, Bolívia em
1971, Chile e Uruguai em 1973 e Argentina em 1976.
b) Esses regimes foram fruto da Guerra Fria, quando os Estados
Unidos, temerosos de que a Revolução Cubana se difundisse,
apoiaram golpes militares contra governos de esquerda.
c) Após anos de conflitos internos, esses regimes começaram a desmoronar na década de 1980, após um período de crise econômica e
em um contexto de perda do apoio dos Estados Unidos.
d) Com exceção da Argentina, onde o general Videla foi eleito
presidente no início da década de 1990, os militares se afastaram
definitivamente da vida política após o fim desses regimes.
e) O custo social das ditaduras militares foi alto, com grande número de
mortos e desaparecidos na luta contra esses regimes, principalmente na Argentina e no Chile, onde a repressão foi mais brutal.
RESOLUÇÃO:
Com o fim das ditaduras militares no Cone Sul e o subsequente
processo de redemocratização, os militares realmente se afastaram
da vida política. Portanto, não ocorreu na Argentina a eleição, em
1991, do general Videla para a Presidência da República, já que o
país passou a ter presidentes civis desde 1983. Videla, aliás, liderou
em 1976 o golpe que derrubou Isabelita Perón e implantou a
ditadura militar na Argentina; atualmente, cumpre pena de prisão
perpétua por crimes praticados naquele período.
Obs.: A ditadura chilena não passou pela “crise econômica”
mencionada na alternativa c, podendo-se dizer que o desgaste do
regime do general Pinochet foi essencialmente político.
Resposta: D
4. (FACID – Adaptado)
http://www.rededemocratica.org/images/2012/09/operacao_condor.gif
(Acesso: 20 de Outubro de 2013).
86 –
A charge faz alusão
a) à Intentona Comunista de 1935, liderada por Luís Carlos Prestes, e
que eclodiu em quartéis de Natal, Recife e Rio de Janeiro; foi prontamente reprimida pelas lideranças militares.
b) ao sadismo dos agentes do Regime Militar Brasileiro (1964-1985),
que negavam assistência médica aos opositores de esquerda feridos
em enfrentamentos armados.
c) à operação montada pelos militares brasileiros para envolver o então
presidente João Goulart em uma suposta conspiração comunista,
forjando cartas falsamente comprobatórias.
d) a uma ação conjunta das ditaduras instaladas em vários países da
América do Sul, com o objetivo de reprimir os grupos de esquerda
que lutavam contra aqueles regimes.
e) ao Plano Cohen, farsa montada pelo governo Vargas para acusar os
comunistas de estarem planejando uma insurreição armada para
derrubar o Estado Novo e tomar o poder.
RESOLUÇÃO:
“Operação Condor” é a denominação – ainda que não documentada – dada ao conjunto de operações executadas, nas décadas de
1970 e 1980, pelas ditaduras militares do cone sul (Brasil,
Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai) contra opositores de
esquerda àqueles governos que estivessem em território de um
país vizinho.
Resposta: D
5. (UFPR – Adaptado) – Em 2012, completaram-se 30 anos da Guerra
das Malvinas (Malvinas para os argentinos; Falkland para os ingleses),
sendo que a animosidade entre Argentina e Inglaterra na disputa por
aquelas ilhas, situadas no extremo sul da América do Sul, foi
recentemente relembrada pela presidente argentina Cristina Kirchner.
Sobre esse conflito, é correto afirmar que ele foi iniciado
a) pela Argentina, no contexto da ditadura militar iniciada em 1976, a
fim de angariar apoio popular ao regime.
b) pelos ingleses, preocupados com a exploração clandestina de petróleo na região, feita por empresas argentinas.
c) pela Argentina, no contexto da segunda ditadura de Juan Domingo
Perón, implantada no país desde 1976.
d) pelos ingleses, que não aceitaram a ocupação pacífica, pelos argentinos, de um arquipélago com grande valor estratégico.
e) pelos argentinos, que desejavam ocupar as Ilhas Malvinas por conta
de seus importantes recursos minerais.
RESOLUÇÃO:
Em 1982, a ditadura militar argentina, então sob a chefia do general
Leopoldo Gaultieri, encontrava-se desgastada política e
economicamente. Visando granjear o apoio da população ao
regime, os militares argentinos ocuparam as Ilhas Falkland/
Malvinas sem encontrar resistência. Mas não contavam com a
reação da primeira-ministra britânica Margareth Thatcher, a qual
retomou o arquipélago por meio de uma força militar que derrotou
os argentinos de forma acachapante. Desmoralizado, o regime
militar de Buenos Aires caiu no ano seguinte.
Resposta: A
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GOLPE MILITAR DE 64 E
GOVERNO DE CASTELO BRANCO
1. (FUVEST)
“Coube ao General Mourão Filho, Comandante da 4.a Região Militar,
essa histórica iniciativa, em 31 de março, nas altaneiras montanhas de
Minas. E a Revolução, sem que fossem havido elaboradas articulações
prévias entre os chefes militares – não teria havido tempo para isto –,
empolga o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, para ter seu epílogo às
11h45min do dia 2 de abril, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre,
com a partida do ex-Presidente João Goulart para o estrangeiro.”
(M.P. Figueiredo. A Revolução de 1964. Um depoimento para a
história pátria. Rio de Janeiro: APEC, 1970, pp. 11-12. Adaptado.)
2. (MACKENZIE – Adaptado) – A “Marcha da Família com Deus pela
Liberdade”, realizada em 19 de março de 1964 na cidade de São Paulo,
foi
a) uma demonstração de revolta dos setores conservadores contra os
esforços da direita para desestabilizar o governo Goulart.
b) uma manifestação de apoio das famílias de trabalhadores às
propostas populistas do governo de João Goulart.
c) uma manifestação das massas populares, apoiando as “reformas
de base” no Comício realizado na Central do Brasil.
d) uma demonstração de repúdio das classes trabalhadoras a um
eventual golpe militar e em apoio ao governo de Goulart.
e) uma demonstração das forças conservadoras contra o que chamavam de “esquerdismo” e “comunismo” do governo Goulart.
RESOLUÇÃO:
A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” (que seria repetida
em outras capitais estaduais) demonstrou a força da direita conservadora, representada pelas classes média e superior, contribuindo para desencadear o golpe militar que derrubou o presidente
João Goulart em 1964.
Resposta: E
“Lembro-me bem do dia 31 de março de 1964. Era aluno do curso de
Sociologia e Política da Faculdade de Ciências Econômicas da antiga
Universidade de Minas Gerais e militava na Ação Popular, grupo da
esquerda católica. No dia seguinte, 1.o de abril, já não havia dúvida sobre
a vitória do golpe. Saí em companhia de colegas a vagar pelas ruas de
Belo Horizonte. Contemplávamos, perplexos, a alegria dos que
celebravam a vitória e assistíamos, assustados, ao início da violência
contra os derrotados.”
(J.M. de Carvalho. Forças Armadas e Política no Brasil.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005, p. 118.)
a) Que denominação cada autor utilizou para se referir ao regime
instaurado após 31 de março de 1964? A que se deve essa diferença
de denominação?
b) Tal diferença se relaciona com a criação da Comissão da Verdade em
2012? Justifique sua resposta.
RESOLUÇÃO:
a) M. P. Figueiredo chama o movimento de 64 de “revolução”
porque, em seu entender, tinha como objetivo precípuo
modificar os rumos seguidos pelo País no governo Goulart, por
ele identificados como sendo um processo de esquerdização e
subversão. Deve-se acrescentar que em 1970, quando o livro foi
publicado, o Brasil vivenciava o auge da repressão da ditadura
militar (governo Médici), durante o qual o termo “golpe” sequer
podia ser veiculado.
J. M. de Carvalho considera o movimento de 64 um “golpe” por
entender que ele constituiu uma quebra das instituições
democráticas por meio da força, alterando a regularidade do
processo constitucional brasileiro. Deve-se acrescentar que a
obra desse autor foi publicada em 2005, em um contexto no
qual o termo “revolução” fora quase inteiramente abandonado,
até mesmo pelos defensores daquele episódio de nossa
História.
b) Sim, pois a Comissão da Verdade parte do princípio de que o
movimento de 64 constituiu um golpe – o que o torna ilegítimo
em sua origem –, contaminando com essa ilegitimidade toda a
atuação de seus agentes. Dentro dessa perspectiva, o objetivo
da comissão é investigar a ação repressiva da ditadura militar
contra seus opositores.
3. (FATEC) – “Em 31 de março de 1964, o general Mourão Filho iniciou
em Minas Gerais um movimento de tropas em direção ao estado da
Guanabara. Em outros estados também eclodiram movimentos
militares, apoiando Mourão. Em 2 de abril, sem resistência alguma do
governo, da população ou de militares legalistas, João Goulart foi
deposto.”
A justificativa para a deposição de Jango pelos militares foi a seguinte:
a) Jango estava transformando o Brasil em uma república sindicalista
e comunista, segundo o modelo cubano.
b) Jango estava realizando reformas que incomodavam os setores
exportadores para os mercados cubano e chinês.
c) Jango estava desviando-se do projeto de “revolução redentora” ao
não querer implantar a reforma agrária.
d) Jango havia realizado a reforma agrária e estava desapropriando latifúndios de empresas norte-americanas.
e) Jango irritou os setores nacionalistas ao vetar a lei que limitava
remessas de lucros para o exterior.
RESOLUÇÃO:
O golpe militar de 31 de março de 1964 foi um resultado da crise do
populismo, da conjuntura da Guerra Fria e da polarização
ideológica entre a esquerda reformista e a direita conservadora,
que acusava Jango de querer transformar o País em uma república
sindicalista de cunho marxista.
Resposta: A
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HISTÓRIA E
MÓDULO 25
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4. (UNESP) – Durante o regime militar brasileiro (1964-85), ocorreram
a) o fim do intervencionismo estatal na economia, a ampliação da
autonomia dos estados e o controle militar sobre o sistema de
informações.
b) a ampliação dos programas sociais voltados para a saúde e
educação, o crescimento industrial e o saneamento das contas
públicas.
c) o fortalecimento do Poder Executivo, o relativo esvaziamento do
Legislativo e do Judiciário e o aumento da participação estatal na
economia.
d) a limitação dos investimentos estrangeiros no País, a interrupção do
processo inflacionário e a redução da influência do FMI sobre as finanças brasileiras.
e) a modernização tecnológica nas comunicações, o incremento dos
transportes aéreos e ferroviários e um maior equilíbrio na distribuição
de renda.
HISTÓRIA E
RESOLUÇÃO:
O regime militar brasileiro caracterizou-se pela hipertrofia do Poder
Executivo, já evidenciada nos primeiros Atos Institucionais e
expandida com a edição do AI-5; esse processo levou obviamente
ao enfraquecimento do Legislativo e do Judiciário, reduzidos a
pouco mais que meros ratificadores dos atos do Executivo.
Paralelamente, intensificou-se a intervenção do Estado na
economia, tanto com relação a medidas protecionistas como na
elaboração de projetos de desenvolvimento.
Resposta: C
5. (UNICID) – “Paralelamente ao grande sucesso dos festivais e seus
debates estético-culturais, acontecia um movimento musical chamado
‘Jovem Guarda’, que também iria tornar-se ponto de referência no
quadro cultural do Brasil da década de 1960.”
(Antonio Brandão e Milton Duarte.
Movimentos culturais de juventude, 2004.)
O surgimento da “Jovem Guarda” insere-se no contexto
a) da consolidação da democracia populista e do apogeu do comércio
externo.
b) da implantação do Estado autoritário e da internacionalização da
economia.
c) da crise da ditadura getulista e do desenvolvimento da indústria de
base.
d) do término do regime militar e da expansão do capitalismo dependente.
e) da formação do Estado oligárquico e do auge da economia agroexportadora.
RESOLUÇÃO:
A “Jovem Guarda” surgiu em 1965, liderada por Roberto Carlos,
Erasmo Carlos e Wanderlea. Seu caráter alienante e a grande
influência que adquiriu sobre a juventude era conveniente ao
regime militar instaurado em 1964, pois tornava uma parcela dos
jovens alheia aos problemas nacionais. Paralelamente, a economia
brasileira alinhou-se com o capital internacional, consolidando o
“capitalismo dependente” que se esboçava desde a presidência de
Juscelino Kubitschek.
Resposta: B
88 –
MÓDULO 26
GOVERNO COSTA E SILVA E
JUNTA MILITAR
1. (UNICAMP) – “No dia 14 de dezembro de 1968, os leitores mais
atentos do Jornal do Brasil puderam perceber que o jornal apresentava
mudanças. Apesar do sol de dezembro, por exemplo, a previsão
meteorológica anunciava no alto da primeira página, à esquerda: ‘Tempo
negro. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O País está sendo
varrido por fortes ventos.’ Pela primeira vez, no lugar dos editoriais,
foram publicadas fotos: na maior delas, um lutador de judô gigantesco
dominando um garoto. Título: ‘Força hercúlea’.“
(Adaptado de Zuenir Ventura,1968: o ano que não terminou.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, pp. 288-289.)
a) Por que o Jornal do Brasil apresentava alterações no dia seguinte à
edição do Ato Institucional n.° 5, de 13/12/1968?
b) Que relação o jornal quis estabelecer entre o contexto político e a
foto do lutador com o garoto?
RESOLUÇÃO:
a) Porque o AI-5 significou um endurecimento do regime militar
brasileiro, aumentando o poder repressivo do governo e cerceando drasticamente as liberdades políticas e civis – entre as
quais a liberdade de imprensa, sujeita desde então a uma
censura férrea.
b) O lutador simboliza a ditadura militar, enquanto o garoto representa a sociedade civil, impotente diante do poder discricionário
imposto pelo AI-5.
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(Jorge Ferreira, João Goulart, uma biografia.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p.642.)
Entre as características dessa nova proposta, que alterou o rumo da
produção econômica durante os anos do regime militar, podemos citar
a) a expansão da fronteira agrícola, voltada prioritariamente para a revalorização das culturas tradicionais do café e do algodão.
b) a restrição do crédito para a indústria e, simultaneamente, a
ampliação dos créditos para os consumidores.
c) a criação de programas sociais, voltados principalmente para a
melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
d) a limitação das exportações e, simultaneamente, o estímulo às
importações, por meio da redução das alíquotas cobradas.
e) a abertura da economia a maiores investimentos estrangeiros e,
simultaneamente, a realização de grandes obras públicas.
RESOLUÇÃO:
A alternativa menciona duas características do “Milagre Brasileiro”
que marcou sobretudo o governo do general Médici (1969-74).
Entretanto, o texto utilizado reflete a opinião pessoal do autor, para
quem o “Milagre” constituiu uma mudança radical em relação à
política econômica empreendida pelos governos Castelo Branco e
Costa e Silva. Com isso, o autor parece esquecer que, sem a política
de combate à inflação dos dois governos anteriores, a administração Médici teria dificuldades para pôr em prática sua política de
crescimento econômico acelerado.
Resposta: E
3. (FGV) – “De Ademar de Barros, governador de São Paulo, sobre o
Golpe de 64: ‘No fundo, chegamos à conclusão de que fizemos a
Revolução contra nós mesmos.’ Essa frase lamentosa sintetizava o
ânimo de alguns conspiradores civis com os rumos do governo militar.
Após duras críticas ao regime, Ademar, em um manifesto à Nação,
chegou a exigir a renúncia do presidente Castelo Branco. Em junho de
1966, ele teve cassado seu mandato de governador e suspensos por
dez anos seus direitos políticos.”
(Flávio Campos, Oficina de História: História do Brasil)
d) de uma representação ao Congresso Nacional, exigindo a imediata
revogação do AI-2, que extinguira o pluripartidarismo.
e) da criação, no Rio de Janeiro, de um “Comitê pela Anistia”, apoiado
por militares e civis cassados pelo regime de exceção.
RESOLUÇÃO:
O Golpe de 1964, embora seja habitualmente atribuído apenas aos
militares, contou com uma sólida base civil, formada por políticos
conservadores (entre eles, Ademar de Barros/SP e Carlos
Lacerda/GB = estado da Guanabara). Entretanto, foram os militares
que assumiram o poder — o que os indispôs com diversos líderes
civis. Destes, Lacerda chegou ao extremo de se aliar a seus antigos
adversários JK e João Goulart, mas teve seus direitos suspensos e
se afastou da vida política.
Resposta: A
HISTÓRIA E
2. (PUC-SP) – “Ao assumir a Presidência em março de 1967, Costa e
Silva ainda patrocinava a política recessiva do governo anterior. A
ditadura parecia não ter nada a oferecer à sociedade. A impopularidade
do regime, a formação da Frente Ampla e o movimento estudantil nas
ruas convenceram os grupos militares mais duros a pressionar o
governo no sentido de alterar a política econômica. Com isso, a
prioridade de reduzir a inflação por métodos recessivos teria de ser
substituída por outra: o crescimento econômico com um controle
menos rígido do processo inflacionário. Com o AI-5 e a posse do general
Médici na Presidência, a nova proposta foi vitoriosa.”
4. (UNIFEV) – A edição do Ato Institucional n.° 5, em dezembro de
1968, representou a radicalização política do governo militar brasileiro,
instalado em 1964. O AI-5
a) implantou um sistema bipartidário, extinguindo o pluripartidarismo
que vigorou nos primeiros anos do regime militar.
b) instituiu o habeas corpus para crimes políticos, mas não permitiu sua
utilização em casos de crimes comuns.
c) foi aprovado pelo Congresso, pois o partido governista era majoritário
na Câmara dos Deputados e no Senado.
d) fortaleceu o Poder Executivo e facilitou a repressão política e a
perseguição aos opositores do regime.
e) determinou a reabertura do Congresso Nacional, com exclusão dos
parlamentares que faziam oposição ao regime.
RESOLUÇÃO:
O Ato Institucional n.° 5, de 13 de dezembro de 1968, foi editado
pelo presidente Costa e Silva com o objetivo de proporcionar, ao
governo militar brasileiro, instrumentos de contenção e repressão
à crescente mobilização dos setores oposicionistas. Estabelecido
para viger por tempo indeterminado, concedia ao chefe de Estado
poderes extremamente amplos, que iam desde a modificação da
Constituição até a exclusão do Poder Judiciário na apreciação de
efeitos decorrentes daquele Ato Institucional (bem como dos Atos
Institucionais subsequentes). Poderíamos acrescentar, entre outras
determinações do AI-5, a suspensão do direito de habeas corpus,
a cassação de mandatos eletivos, a suspensão de direitos políticos,
o confisco de bens, o fechamento temporário de órgãos legislativos
e a decretação do estado de sítio.
Resposta: D
Carlos Lacerda, outro importante líder civil do Golpe de 1964, também
reagiu contra o regime militar por meio
a) da criação de uma “Frente Ampla”, que contou com a adesão dos
ex-presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart.
b) da defesa de eleições diretas para a Presidência da República e governos estaduais, embora apoiasse a implantação do AI-5.
c) de um mandado de segurança impetrado no Supremo Tribunal
Federal, solicitando o afastamento do presidente Costa e Silva.
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5. (VUNESP – Adaptada) – “A greve de metalúrgicos de 1968 em
Osasco sofreu a influência de grupos de esquerda que tinham assumido
a perspectiva de que só a luta armada poria fim ao regime militar. Esses
grupos foram muito influenciados pelo exemplo da Revolução Cubana
e pelo surgimento de guerrilhas em vários países da América Latina,
como Guatemala, Colômbia, Venezuela e Peru. No Brasil, a organização
tradicional de esquerda – o PCB – opunha-se à luta armada. Em 1967,
um grupo liderado pelo veterano comunista Carlos Marighela rompeu
com o partido e formou a Aliança Libertadora Nacional (ALN). Vários
outros grupos semelhantes foram surgindo, entre eles a Vanguarda
Popular Revolucionária (VPR), com forte presença de militares de
esquerda.”
(Boris Fausto, História do Brasil, p. 264)
HISTÓRIA E
De acordo com o autor, é correto afirmar que,
a) nos países hispano-americanos, as guerrilhas tiveram papel de destaque; no Brasil, porém, elas foram combatidas pela própria
esquerda, que assumira uma posição relativamente moderada.
b) diferentemente do Brasil, países como Guatemala, Colômbia e Peru
tiveram grupos guerrilheiros ligados à URSS, o que atraiu a atenção
dos Estados Unidos para a agitação revolucionária na América Latina.
c) na América Latina, o PCB foi o principal potencializador da Guerra
Fria, tendo em vista que suas ações foram fomentadoras da
resistência armada contra as ditaduras militares do Cone Sul.
d) no Brasil, ocorreu uma concentração de grupos guerrilheiros de resistência às ditaduras latino-americanas, enquanto nos outros países
as tensões da Guerra Fria impediram a atuação desses movimentos.
e) mesmo com cisões nos partidos tradicionais de esquerda, em fins da
década de 1960, grupos de resistência armada se organizaram, inspirados por guerrilhas surgidas em outros países sul-americanos.
RESOLUÇÃO:
Nos anos finais da década de 1960, a esquerda radical brasileira
optou pela luta armada, apesar da desaprovação do PCB. Os
militantes que escolheram aquela via baseavam-se na teoria do
“foquismo”, concebida pelo marxista “Che” Guevara (um dos
líderes da Revolução Cubana): para que a revolução socialista
triunfasse, deviam ser criados pequenos focos insurrecionais
comprometidos com esse ideal, os quais contariam com a
crescente adesão das camadas populares, até a vitória final. No
Brasil, os principais representantes desse projeto foram Carlos
Marighela e Carlos Lamarca, adeptos respectivamente das
guerrilhas urbana e rural. Todavia, suas tentativas e outras
semelhantes fracassaram, por falta de apoio popular e pela
violência da repressão governamental.
Resposta: E
90 –
MÓDULO 27
GOVERNO MÉDICI
1. (UFV – Adaptada) – “Tropas começaram a se movimentar na terçafeira, 21 de abril [de 1970]. Deslocavam-se para o Vale do Ribeira, no sul do
estado de São Paulo, onde, segundo informações levantadas pelos serviços de inteligência, um grupo de subversivos havia montado um centro de
treinamento de guerrilheiros. Estradas e aeroportos foram bloqueados em
toda a região, enquanto unidades fortemente armadas, com a cobertura de
aviões e helicópteros, iniciavam seu avanço sobre a extensa floresta do
Vale do Ribeira. Ali, na mais pobre região paulista, surgiam agora centros
de preparação para a guerrilha rural. A operação desencadeada pelos
militares só terminaria com a limpeza completa da área.”
(Adaptado: Manchete, 09/05/1970.)
Aponte três elementos conjunturais ligados à origem dos movimentos
guerrilheiros no Brasil, no período relatado no texto.
RESOLUÇÃO:
– A reação contra a ditadura militar por meio da luta armada,
sobretudo após a entrada em vigor do Ato Institucional N.° 5.
– A polarização ideológica da Guerra Fria, com os Estados Unidos
apoiando a repressão organizada por ditaduras militares latinoamericanas contra opositores de esquerda, rotulados genericamente como “comunistas” ou “subversivos”.
– O êxito da Revolução Cubana em 1959, que serviu de inspiração
para os grupos de esquerda, contrários à política do regime
militar.
2. (UERJ) – Na Copa do Mundo de 1958, o povo cantou a vitória
brasileira com
“A taça do mundo é nossa!
Com brasileiro não há quem possa!
Êh eta, esquadrão de ouro,
É bom no samba, é bom no couro!”
Em 1970, cantou-se
“Noventa milhões em ação,
Pra frente, Brasil do meu coração!
Todos juntos vamos
Pra frente, Brasil! Salve a seleção!
De repente é aquela corrente pra frente (...)”
Essas duas formas de celebrar a vitória brasileira estão relacionadas, em
1958 e em 1970, respectivamente, com os contextos de
a) alienação diante dos valores nacionais – investimentos do governo no
setor esportivo.
b) ênfase na capacidade criativa do brasileiro – tentativa de legitimação
do governo militar.
c) reconhecimento do subdesenvolvimento nacional – exaltação da
arrancada para o desenvolvimento.
d) mobilização após a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial –
campanha popular pela superação da pobreza.
e) exaltação da cultura popular brasileira – primazia do Brasil entre as
nações do Terceiro Mundo.
3. (FGV) – Durante a ditadura militar, a economia brasileira apresentou
um desempenho extraordinário, conhecido como “Milagre Econômico”
(1969-73). Nesse período, o PIB cresceu a uma taxa média anual de
11,2%. Sobre a política econômica da época, analise as proposições a
seguir.
I. Foi implementada sob a direção do ministro Delfim Neto.
II. Teve como importante resultado uma distribuição de renda
equitativa.
III. Expandiu o crédito para elevar o consumo interno de produtos industriais.
IV. Foi a solução adotada para enfrentar o aumento drástico dos preços
do petróleo no mercado externo.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as proposições I e II são verdadeiras.
b) Somente as proposições I e III são verdadeiras.
c) Somente as proposições I e VI são verdadeiras.
d) Somente as proposições II e III são verdadeiras.
e) Somente as proposições III e VI são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
A proposição II é falsa porque o “Milagre Econômico” (ou “Milagre
Brasileiro”) provocou concentração de renda e agravamento da
desigualdade. A proposição IV é falsa porque foi justamente a
elevação dos preços internacionais do petróleo que pôs fim ao
“Milagre”.
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
As músicas refletem seus respectivos períodos históricos: a
primeira relaciona-se com a euforia desenvolvimentista do período
JK (1956-61); a segunda, com o ufanismo oficial do governo Médici
durante o “Milagre Brasileiro” (1969-73).
Resposta: B
– 91
HISTÓRIA E
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4. (CEFET – MG) – As imagens a seguir foram produzidas no Governo
Médici (1969-74).
que o Governo Médici atingisse um alto grau de popularidade. O
trabalho de divulgar as realizações do governo ficou a cargo da
Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da
República (AERP), que criou um clima ufanista, como pode ser
observados nos slogans da época.
Resposta: E
HISTÓRIA E
5. (UNESP) – Entre o final da década de 1960 e o início da década de
1970, a economia brasileira alcançou altos índices de crescimento. O
fenômeno, conhecido como “Milagre Econômico” ou “Milagre
Brasileiro”, resultou de uma política que, entre outros efeitos, provocou
a) o abandono do campo pelos trabalhadores rurais e o incremento do
setor ferroviário.
b) o crescimento imediato e concomitante dos níveis salariais e das
taxas de inflação.
c) o aumento do endividamento externo e das desigualdades socioeconômicas.
d) a estatização da estrutura industrial e do setor de produção
energética.
e) uma grave crise energética e novos investimentos em pesquisas
tecnológicas.
<http://historianovest.blogspot.com.br/2010/11/ensino-dehistoria-enacao-na.html>. Acesso em: 07 set. 2012.)
A partir da análise dessas imagens, pode-se afirmar que, nesse período,
a propaganda governamental
a) popularizou o projeto de abertura política por meio de slogans
nacionalistas.
b) neutralizou as críticas contra o desemprego e as baixas taxas de
crescimento.
c) politizou os veículos de comunicação controlados pelos movimentos
sociais.
d) estimulou a autoconfiança do povo diante do quadro de recessão
econômica.
e) promoveu o projeto de desenvolvimento econômico e segurança
nacional.
RESOLUÇÃO:
O desenvolvimento alcançado pelo País em diversas frentes, a
consequente ampliação do mercado de trabalho, os chamados
“grandes projetos de impacto” lançados durante o Governo
Médici, as vitórias esportivas do Brasil (como o tricampeonato
mundial de futebol) e os resultados das exportações fizeram com
92 –
RESOLUÇÃO:
O “Milagre Econômico”, cujo ápice se deu no governo Médici
(1969-74), não sobreviveu aos choques do petróleo ocorridos em
1973 e 1979. Os grandes empréstimos externos contraídos durante
o “Milagre”, a subsequente alta dos juros internacionais e o
aumento da conta-petróleo nas importações brasileiras contribuíram decisivamente para pôr fim à euforia ufanista do período. No
plano socioeconômico, restou, como consequência perversa, a
ampliação da concentração de renda e da desigualdade.
Resposta: C
E_C6_EP_HIST_2014_MA 26/06/14 12:12 Página 93
FRENTE 2 – HISTÓRIA GERAL
FASCISMO ITALIANO
1. (UNICAMP) – Na década de 1920, o fascismo surgiu com uma postura de crítica às democracias liberais e ao comunismo soviético; para
ele, esses dois regimes destroem os valores da nação e da pátria, quer
pela corrupção econômica e política, quer promovendo o internacionalismo proletário que enfraquece as forças do Estado Nacional.
a) Sobre quais ideias se alicerçou o fascismo?
b) Cite três países europeus em que o fascismo logrou impor-se como
regime político.
2. (IFCE-adaptado) – Ao término da Primeira Guerra Mundial, a Itália se
encontrava numa profunda crise econômica. Esta crise acabou desencadeando
a) o enfraquecimento do ideário nazista.
b) o desenvolvimento das ideias comunistas.
c) o fortalecimento de um ideário ultranacionalista.
d) a queda de Benito Mussolini, o Duce.
e) a fundação do Partido Comunista, por Mussolini.
RESOLUÇÃO:
A difícil situação econômica e social da Itália ao término da Primeira
Guerra Mundial, se de um lado favoreceu o crescimento do movimento comunista, de outro acirrou os sentimentos nacionalistas
de grande parte da população, bem como o reacionarismo das
classes conservadoras. Estas duas tendências foram corporificadas
no ideário do Partido Fascista de Benito Mussolini, o qual serviria
de modelo para todos os movimentos de extrema direita surgidos
no período.
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
a) Totalitarismo, nacionalismo, militarismo e anticomunismo,
recorrendo à violência como meio de ação política.
b) Itália, com Mussolini; Alemanha, com Hitler; Portugal, com
Salazar; Espanha, com Franco.
3. (UNESP)
“A Itália deseja a paz, mas não teme a guerra.”
“A justiça sem a força é uma palavra sem sentido.”
“Nós sonhamos com a Itália romana.”
Os três lemas acima foram amplamente divulgados durante o governo de
Benito Mussolini (1922-1943) e revelam características centrais do
fascismo italiano. Assinale a alternativa que menciona tais características.
a) O racismo, a liberdade de expressão e o respeito à liberdade.
b) O culto ao corpo, o pacifismo e a valorização do passado.
c) O nacionalismo, a valorização do espírito clássico e o materialismo.
d) A beligerância, o culto à autoridade e o esforço expansionista.
e) O revanchismo, a socialização da economia e a xenofobia.
RESOLUÇÃO:
A primeira frase dá a entender que a Itália estava preparada para a
guerra. A segunda, que a autoridade do Estado deve se
manifestar-se por meio da força, inclusive na aplicação da justiça.
A terceira, que a Itália Fascista deveria reconquistar o poder e a
influência da Roma Antiga.
Resposta: D
– 93
HISTÓRIA E
MÓDULO 24
E_C6_EP_HIST_2014_MA 26/06/14 12:12 Página 94
HISTÓRIA E
4. (PUC-RJ) – A ascensão dos partidos fascistas na Itália (1922) e na
Alemanha (1933) apresenta muitas diferenças, mas ao mesmo tempo
tem aspectos comuns. A esse respeito, analise as proposições a seguir.
I. Diversos grupos sociais na Alemanha e na Itália se sentiam
ameaçados politicamente após a Primeira Guerra Mundial e também,
após a revolução na Rússia, pela ascensão política dos movimentos
da esquerda revolucionária.
II. O discurso sobre a superioridade racial unia italianos e alemães em
um mesmo projeto ideológico, constituindo uma base sólida para a
aliança entre o Partido Fascista Italiano e o Partido Nacional-Socialista
dos Trabalhadores Alemães.
III. Após a Primeira Guerra Mundial, cresceu entre italianos e alemães,
e mesmo em toda a Europa, uma forte descrença na adoção da
democracia liberal como o modelo político a ser seguido. Com isso,
teorias autoritárias ganharam espaço no cenário político desses
países.
IV. A rápida recuperação militar e econômica da Alemanha e da Itália
precedeu a ascensão dos partidos fascistas que sustentavam uma
plataforma política militarista e expansionista.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as proposições I e II são verdadeiras.
b) Somente as proposições I e III são verdadeiras.
c) Somente as proposições I e IV são verdadeiras.
d) Somente as proposições II e III são verdadeiras.
e) Somente as proposições II e IV são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
A proposição II é falsa porque o racismo e o antissemitismo eram
característicos do discurso nazista, mas não faziam parte do
pensamento mussoliniano. A proposição IV é falsa porque não
houve na Itália e na Alemanha, após a Primeira Guerra Mundial,
uma “rápida recuperação militar e econômica”: na Itália, devido à
crise do país no imediato pós-guerra; na Alemanha, devido às
restrições impostas pelo Tratado de Versalhes.
Resposta: B
94 –
5. (FATEC) – “Eu poderia ter transformado esta sala em um campo armado dos camisas-negras, um acampamento para cadáveres. Eu poderia ter trancado as portas do Parlamento.”
(Benito Mussolini, 16/11/1922.)
As palavras acima foram pronunciadas
a) quando da instalação de um governo nacional, socialista e democrático na Itália, em substituição à monarquia absoluta do rei Vítor
Manuel III.
b) após a dissolução do Parlamento Italiano, que se opunha ao
programa social-democrata do recém-eleito primeiro-ministro Benito
Mussolini.
c) por ocasião da despedida de Benito Mussolini no Parlamento Italiano,
quando renunciou ao mandato de deputado para se tornar primeiroministro.
d) para assinalar o fim do reinado autocrático de Vítor Manuel III,
substituído por uma monarquia parlamentarista nos moldes da GrãBretanha.
e) no início do governo de Mussolini, marcando o processo que levaria
ao fim da democracia parlamentar e à instauração de uma ditadura
fascista.
RESOLUÇÃO:
A fala de Mussolini acima transcrita foi proferida no Parlamento
Italiano pouco depois da “Marcha sobre Roma” (28/10/1922) e de
sua nomeação para o cargo de primeiro-ministro, feita pelo rei
Vítor Manuel III (31/10/1922). Embora o Partido Nacional Fascista
fosse minoritário, Mussolini governou autoritariamente desde sua
ascensão ao poder. Em 1924, graças a uma nova lei eleitoral, à larga
prática da fraude nas apurações e à violência sobre os eleitores, o
Partido Fascista tornou-se majoritário e, em 1925, partido único,
devido à extinção das demais agremiações.
Resposta: E
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MÓDULO 25
NAZISMO E FRANQUISMO
2. (FGV) – “Atrás do jovem, a guerra; em frente a ele, a ruína social; à
esquerda, ele está sendo empurrado pelos comunistas; à direita, pelos
nacionalistas; e, a sua volta, não existe um só traço de honestidade,
de racionalidade, e todos seus bons instintos estão sendo distorcidos
pelo ódio.”
(Apud GAY, Peter, A cultura de Weimar, trad.,
1. (UNESP)
“1. Exigimos, baseando-nos no direito dos povos a disporem de si
mesmos, a reunião de todos os alemães em uma Grande
Alemanha.
2. Exigimos a ab-rogação [revogação] dos Tratados de Versalhes e
de Saint-Germain.
3. Exigimos territórios para a alimentação de nosso povo e para o
estabelecimento de seu excedente de população.
4. Não pode ser cidadão senão aquele que faz parte do povo. Não
pode fazer parte do povo senão aquele que tem sangue alemão,
qualquer que seja sua confissão. Consequentemente, nenhum
judeu pode fazer parte do povo.
5. Aquele que não é cidadão não pode viver na Alemanha senão
como hóspede e deve ser submetido à legislação aplicável aos
estrangeiros.”
(Programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores
Alemães, 1920. In: Kátia M. de Queirós Mattoso.
Textos e documentos para o estudo da história
contemporânea (1789-1963), 1977. Adaptado.)
a) Explique as origens da exigência contida no item 2 do Programa do
Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
b) Cite duas ações, realizadas pelos nazistas após sua chegada ao
poder, que derivaram do proposto nos itens 4 e 5 desse programa.
RESOLUÇÃO:
a) Os Tratados de Versalhes e de Saint-Germain, ambos de 1919,
foram impostos respectivamente à Alemanha e à Áustria pelos
vencedores da Primeira Guerra Mundial. Suas cláusulas eram
bastante duras, sobretudo em relação à Alemanha: perdas
territoriais na Europa e no ultramar, restrições militares e pagamento de pesadas reparações; a Áustria perdeu vários
territórios (alguns, como os Sudetos, habitados por populações
germânicas) e ficou proibida de se unir à Alemanha – situação
que o art. 1.o do programa nacional-socialista pretendia reverter.
b) Ações dos nazistas derivadas do proposto nos artigos 4 e 5:
perseguições aos judeus, incluindo a proibição de que
exercessem determinadas profissões, como professores,
advogados e médicos, reservadas aos cidadãos alemães; e
genocídio da população judaica durante a Segunda Guerra
Mundial, conhecido como o “Holocausto”.
A análise acima foi feita pelo novelista alemão Jakob Wassermann e diz
respeito à situação social durante a República de Weimar (1919-33),
quando a Alemanha
a) presenciou a derrocada do nazismo e o estabelecimento da
democracia, sob a tutela das principais potências ocidentais e pela
União Soviética.
b) vivenciou uma experiência democrática, marcada por sucessivos
governos de centro-esquerda, encabeçados pelo Partido SocialDemocrata Alemão.
c) passou por uma experiência democrática, abalada por graves crises
econômicas e pelas investidas de partidos e grupos extremistas de
esquerda e de direita.
d) assistiu à consolidação da Liga Espartaquista no poder, sob a liderança de Rosa Luxemburgo, que questionava as concessões ideológicas
feitas pelos social-democratas.
e) enfrentou a guerra contra a Tríplice Entente, mantendo o regime
democrático a partir de uma coalizão de centro-esquerda, liderada
pelos social-democratas.
RESOLUÇÃO:
Após ser derrotada na Primeira Guerra Mundial e se submeter às
imposições do Tratado de Versalhes, a Alemanha, entre 1919 e
1933, viveu uma experiência democrática conhecida como
“República de Weimar”. Nesse período, o governo republicano
parlamentarista sofreu oposição tanto de grupos nacionalistas de
extrema-direita (com destaque para os nazistas) como dos
comunistas, além de ter sido abalado por graves crises econômicas.
Obs.: A “República de Weimar” deve o nome ao fato de que sua
Constituição foi promulgada na cidade de Weimar e não em Berlim,
capital da Alemanha.
Resposta: C
– 95
HISTÓRIA E
Rio, Paz e Terra, 1978, p. 160.)
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4. (UERJ) – “O direito ao solo e à terra pode tornar-se um dever quando
um grande povo, por falta de extensão, parece destinado à ruína. Ou a
Alemanha será uma potência mundial, ou então simplesmente não será.
Mas, para se tornar uma potência mundial, ela precisa dessa grandeza
territorial que lhe dará, na atualidade, a importância necessária e
propiciará, a seus cidadãos, os meios para existir. O próprio destino
parece querer apontar-nos o caminho.”
3. (UERJ – Adaptada)
(Adolf Hitler. Minha luta, 1925.)
(Adaptado de FERREIRA, Marieta de M. e outros. História em curso:
da Antiguidade à globalização. São Paulo: Editora do Brasil;
Rio de Janeiro: FGV, 2008.)
HISTÓRIA E
As ideias contidas no projeto político do nazismo buscavam solucionar
os problemas enfrentados pela Alemanha após a Primeira Guerra
Mundial. Uma dessas ideias, abordada no texto, está associada ao
conceito de
a) xenofobia.
b) espaço vital.
c) purificação racial.
d) revanchismo militar.
e) unidade europeia.
RESOLUÇÃO:
A busca do “espaço vital” foi uma das bases da política
expansionista de Hitler e um dos fatores responsáveis pela eclosão
da Segunda Guerra Mundial. Tratava-se da conquista de territórios
no Leste Europeu, basicamente em detrimento da Polônia e da
União Soviética.
Resposta: B
5.
A Fita Branca, que venceu o Festival de Cinema de Cannes em 2009,
conta a história de uma comunidade rural na Alemanha entre 1913 e
1914, onde estranhos e violentos incidentes começam a ocorrer. O
diretor do filme comentou: “Não ficaria feliz se o filme fosse visto
apenas como um filme sobre um problema alemão. Ele significa mais
que isso. É um filme sobre as raízes do mal. É sobre um grupo de
crianças que são doutrinadas com alguns ideais e se tornam juízes dos
outros – justamente daqueles que lhes empurraram aquela ideologia
goela abaixo.”
”As Brigadas Internacionais foram unidades de combatentes formadas por voluntários de 53 nacionalidades,
dispostos a lutar em defesa da República Espanhola.
Estima-se que cerca de 60 mil cidadãos de várias partes do mundo –
incluindo 40 brasileiros – tenham-se incorporado a essas unidades.
Apesar de coordenadas pelos comunistas, as Brigadas contaram com
membros socialistas, liberais e de outras correntes político-ideológicas.”
(SOUSA, I. I. A Guerra Civil Europeia.
in: História Viva, n.o 70, 2009 (fragmento).)
(Maurício Stycer – adaptado)
A Primeira Guerra Mundial (1914-18) provocou transformações nas vidas
de crianças e jovens europeus. Uma delas é apresentada no filme A Fita
Branca e está associada ao que o diretor denominou de “raízes do mal”.
Nas décadas de 1920 e 1930, os efeitos dessas “raízes do mal” se
manifestaram no seguinte processo histórico:
a) Expansão do comunismo.
b) Difusão do etnocentrismo.
c) Ascensão do totalitarismo.
d) Renascimento do liberalismo.
e) Crescimento do internacionalismo.
RESOLUÇÃO:
Surgido na Itália no imediato pós-Primeira Guerra Mundial, o
totalitarismo de direita (fascismo) propagou-se por vários países
da Europa, sobretudo na Alemanha, onde foi representado pelo
Partido Nacional Socialista (Nazista), que assumiu o poder em
1933. Essa ideologia, por seu caráter ditatorial, excludente e
violador dos direitos humanos, é vista, pelos liberais de todos os
matizes, como representativa das “raízes do mal”.
Resposta: C
96 –
A Guerra Civil Espanhola (1936-39) expressou as disputas em curso na
Europa na década de 1930. A perspectiva política comum, que
promoveu a mobilização descrita, foi
a) a crítica ao stalinismo.
b) o combate ao fascismo.
c) a rejeição ao federalismo.
d) o apoio ao corporativismo.
e) a adesão ao anarquismo.
RESOLUÇÃO:
A Guerra Civil Espanhola mostrou uma clara dicotomia entre direita
e esquerda: a primeira, sob a denominação de nacionalistas, reunia
os conservadores de todos os matizes, liderados pelos fascistas da
Falange Espanhola e comandados pelo general Franco; a esquerda,
agrupada nos republicanos, uniu liberais e socialistas de todas as
tendências, ligados pelo antifascismo. É nesse contexto que se
enquadram as Brigadas Internacionais, cujos integrantes, no plano
ideológico, representavam as diversas correntes de esquerda.
Resposta: B
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SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: FATORES
1. (UFRJ) – “Mesmo depois de 1936, balões de ensaio em favor de
uma aproximação eram continuamente lançados pelos russos, tanto em
Berlim quanto em Moscou. Curiosamente, o corpo diplomático em
Moscou parecia ter a impressão de que uma aproximação germanosoviética estava no ar.”
(HILGER [alto funcionário da Embaixada alemã em Moscou], “The
Incompatible Allies”. Citado por Groupe de Recherche pour
I’enseignement de I’Histoire et La Géographie. “D’une guerre à
L’autre [1914-1939]”. Paris, Hachette, 1982, p. 362
2. (FGV-RJ) – O período entre as duas Guerras Mundiais, de 1918 a
1939, caracterizou-se pela polarização ideológica e política. Assinale a
alternativa que apresenta somente elementos vinculados a esse
período.
a) New Deal; globalização; Guerra do Vietnã.
b)
c)
d)
e)
Guerra do Vietnã; Revolução Cubana; Muro de Berlim.
Nazifascismo; New Deal; Crise dos Mísseis.
Doutrina Truman; República de Weimar; Revolução Sandinista.
Guerra Civil Espanhola; nazifascismo; quebra da Bolsa de Nova York.
RESOLUÇÃO:
Conhecimento factual e cronológico. O período Entreguerras situase entre 1918 e 1939. A Guerra Civil Espanhola transcorreu entre
1936 e 39; o líder fascista Mussolini ascendeu ao poder em 1922 e
o nazista Hitler, em 1933; e a quebra da Bolsa de Nova York ocorreu
em 1929.
Resposta: E
HISTÓRIA E
MÓDULO 26
A Segunda Guerra Mundial (1939-45) foi precedida por intensas
articulações, envolvendo a diplomacia e os governantes dos países que
vieram a participar daquele conflito. Nesse contexto de progressiva
tensão internacional, ocorreu a assinatura de um pacto de não agressão
entre a Alemanha Nazista e a URSS, provocando perplexidade e
incertezas na opinião pública internacional. Maior perplexidade, contudo,
causou a decisão norte-americana de precipitar o encerramento do
conflito com o Japão, lançando bombas atômicas sobre Hiroshima e
Nagasaki.
a) Cite um argumento para a assinatura do pacto germano-soviético
em agosto de 1939.
b) Explique de que maneira o uso da bomba atômica, em 1945,
influenciou as relações internacionais do período.
RESOLUÇÃO:
a) Para a Alemanha: evitar uma guerra em duas frentes, mantendo
a URSS neutra em caso de conflito da Alemanha com a França
e a Grã-Bretanha.
Para a URSS: desviar o expansionismo alemão para oeste e
expandir-se territorialmente, anexando territórios de Finlândia,
Polônia e Romênia, além de incorporar Estônia, Letônia e
Lituânia.
b) A posse de armamento nuclear pelos Estados Unidos proporcionou, a essa superpotência, superioridade militar sobre a
URSS nos primeiros anos da Guerra Fria.
3. (Barro Branco) – O episódio considerado por muitos historiadores
como o “prelúdio da Segunda Guerra Mundial” e que opôs a esquerda
a direita fascista foi
a) a Guerra Civil Espanhola.
b) o Congresso de Versalhes.
c) a Conferência de Berlim.
d) o Congresso de Viena.
e) a Guerra Franco-Prussiana.
Resolução:
A Guerra Civil Espanhola (1936-39) foi considerada uma
antecipacão da Segunda Guerra Mundial sob dois aspectos: nela
verificou-se uma clara dicotomia entre a esquerda (republicanos) e
a direita (nacionalistas), como ocorreria depois com a Alemanha
Nazista e a URSS comunista; além disso, os alemães utilizaram o
teatro de guerra espanhol para testar aviões de combate e
blindados que seriam depois usados no conflito mundial, em escala
muito maior.
Resposta: A
– 97
E_C6_EP_HIST_2014_MA 26/06/14 12:12 Página 98
4. (Espcex (Aman)) – Em março de 1938, a Alemanha, com o apoio de
habitantes locais, endossada por um plebiscito, anexou uma região/país
de seu entorno. Essa anexação ficou conhecida como Anschluss. A
região/país em questão foi (foram)
a) a Áustria.
b) a Renânia.
c) os Sudetos.
d) a Polônia.
e) a Dinamarca.
RESOLUÇÃO:
Anschluss é o termo alemão que designa “anexação”.
Historicamente, é usado para designar a incorporação da Áustria à
Alemanha em março de 1938, dentro do projeto pangermanista já
exposto por Hitler em Minha Luta.
Resposta: A
5. (FGV-2013 - Adaptado)
HISTÓRIA E
Dois Bons Camaradas.
(Belmonte. Folha da Noite, 22 set. 1939. In: Caricatura dos Tempos)
Hitler e o Primeiro Ministro Britânico Chamberlain.
(Belmonte, 1941. Apud Jayme Brener, Jornal de Século XX. p. 149)
Com base nas charges do brasileiro Belmonte, publicadas em
setembro de 1939 e em 1941, é correto afirmar que
a) a assinatura do acordo de não agressão entre Hitler e Stalin, em 1939,
foi o último movimento alemão no sentido de trazer a União Soviética
para seu lado, uma vez que os planos anteriores haviam sido
neutralizados pelo imenso poderio militar dos Aliados, temerosos da
progressão das forças germânicas, que em 1941 invadiram a União
Soviética e a Inglaterra.
98 –
b) a aproximação entre Berlim e Moscou, em 1939, não resultou em
um acordo de proteção às intenções expansionistas de ambos os
lados, pois Hitler e Stalin continuaram em lados opostos, monitorando-se reciprocamente até que, em 1941, diantes das vitórias
sucessivas dos Aliados, o III Reich, de forma apressada, assegurou
o precioso apoio da União Soviética.
c) o III Reich alemão fez dois movimentos visando conseguir o apoio
soviético: em 1939, um acordo de não agressão com Stalin, para
evitar a aproximação da URSS com os Aliados; e em 1941, outro, para
conseguir a adesão da URSS ao Eixo, antecipando-se à diplomacia
britânica que, imobilizada pela “política de apaziguamento”, não
esboçou resistência.
d) a Alemanha, depois de ocupar a Renânia, anexar a Áustria e invadir
a Checoslováquia, procurou neutralizar a URSS firmando com ela um
pacto de não agressão mútua, uma vez que contava com o
imobilismo da Inglaterra em relação ao expansionismo germânico;
esse processo culminou em 1941, com a invasão da União Soviética
pelos alemães.
e) Hitler, em 1939, depois de invadir a Polônia, aproximou-se da União
Soviética de forma cuidadosa, pois temia os planos expansionistas
de Stalin – até então apoiados pelos Aliados; mas estes, a partir de
1941, procupados com as sucessivas vitórias russas, retiraram essa
ajuda, obrigando o Estado Soviético a aceitar a parceria com o III
Reich.
RESOLUÇÃO:
O Pacto de Não Agressão Germano-Soviético (ou Pacto MolotovRibbentrop), firmado em 24 de agosto de 1939 e válido por 5 anos,
assegurou a conivência de Stálin com a invasão alemã da Polônia,
realizada uma semana depois. Com essa manobra diplomática,
Hitler antecipou-se a uma possível aliança anglo-soviética contra a
Alemanha, evitando uma guerra em duas frentes.
Obs.: O acordo de 1939 foi rompido em junho de 1941, quando as
forças nazistas invadiram a União Soviética.
Resposta: D
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SEGUNDA GUERRA MUNDIAL:
CONCLUSÃO E ONU
1. (UEG – Adaptado) – A imagem reproduzida a seguir é um cartaz de
propaganda alemã veiculada durante a Segunda Guerra Mundial. Ela
indica
2. (UNICAMP) – “Em 1942, os estúdios Disney produziram o desenho
Alô Amigos!, que apresentou a personagem Zé Carioca. Dois anos
depois, surgiu uma nova animação: The Three Caballeros, conhecida no
Brasil como Você já foi à Bahia?. Nos desenhos citados, o Brasil e a
América Latina são mostrados de forma simpática por meio de
esterótipos. Para entender esses desenhos e o esforço de Walt Disney,
devemos considerar o seguinte contexto:
a) O avanço da Guerra Fria e a Crise dos Mísseis de Cuba.
b) A Segunda Guerra Mundial e a Política de Boa Vizinhança.
c) A Política do Big Stick e a da “diplomacia do dólar”.
d) O avanço do populismo e a tentativa de Truman de barrar esta
influência.
e) A cultura pop e a política externa de Getúlio Vargas.
RESOLUÇÃO:
Os Estúdios Disney engajaram-se intensamente no esforço de
guerra empreendido pelos Estados Unidos durante a Segunda
Guerra Mundial. Dentro desse projeto, era importante consolidar a
solidariedade da América Latina para com o país do Norte, reforçando a “Política da Boa Vizinhança” inaugurada por Franklin
Roosevelt em 1934. Na verdade, exceção feita ao México e aos
países centro-americanos, o restante da América Latina (ou seja, as
repúblicas sul-americanas) relutou em declarar guerra ao Eixo,
limitando-se à ruptura de relações diplomáticas com Alemanha,
Itália e Japão. Isso explica a produção de desenhos animados de
longa metragem destinados a suscitar, junto às populações latinoamericanas, simpatia pela causa dos Aliados.
Obs.: O esforço estadunidense para conseguir a adesão dos sulamericanos foi infrutífero em relação à Argentina, que só declarou
guerra à Alemanha nos estertores do conflito, em 9 de abril de 1945.
Resposta: B
Disponível em: http://propagandadeguerra.fotos.net/alemanha/photo.
html?current Page=2 Acesso em: 07 maio 2007.
a) o interesse da Alemanha em transformar a Inglaterra em sede do
cristianismo ocidental, em oposição ao ateísmo comunista.
b) o pacto de não agressão entre Alemanha e União Soviética,
interessadas em impor sua hegemonia ao continente europeu.
c) o processo de separação do continente europeu em dois blocos
opostos, ao final do conflito que seria sucedido pela Guerra Fria.
d) a concepção do nazismo como uma força capaz de vencer o
bolchevismo internacional e assegurar a prosperidade da Europa.
e) a divisão do continente europeu entre a esquerda comunista e a
direita fascista, com o Reino Unido tentando mediar o conflito.
RESOLUÇÃO:
O nazismo era visto por seus partidários como uma força capaz de
deter o avanço do comunismo e manter os valores da civilização
ocidental – o que seria assegurado por sua vitória contra a URSS.
Resposta: D
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HISTÓRIA E
MÓDULO 27
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HISTÓRIA E
3. (FUVEST) – As bombas atômicas, lançadas contra Hiroshima e
Nagasaki em 1945, resultaram na morte de aproximadamente 300.000
pessoas, vítimas imediatas das explosões ou de doenças causadas pela
exposição à radiação. Esses eventos marcaram o início de uma nova
etapa histórica na corrida armamentista entre as nações, caracterizada
pelo desenvolvimento de programas nucleares com finalidades bélicas.
Considerando essa etapa e os efeitos das bombas atômicas, analise as
afirmações a seguir.
I. As bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki foram
lançadas pelos Estados Unidos, único país que possuía esse tipo de
armamento ao fim da Segunda Guerra Mundial.
II . As radiações liberadas em uma explosão atômica podem produzir
mutações no material genético humano, que causam doenças como
o câncer ou são transmitidas para a geração seguinte, caso tenham
ocorrido nas células germinativas.
III .Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, várias nações desenvolveram armas atômicas e, atualmente, entre as que possuem esse
tipo de armamento, estão China, Estados Unidos, França, Índia,
Israel, Paquistão, Reino Unido e Rússia.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
d) Todas as afirmações são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são falsas.
RESOLUÇÃO:
As três afirmações são verdadeiras convindo esclarecer que Israel
não admite oficialmente possuir armamentos nucleares.
Resposta: D
4. (PUC-RJ) – O “mundo globalizado” de hoje apresenta, segundo
algumas opiniões, maior liberdade e a universalização dos valores
democráticos; segundo outras, reflete a hegemonia ocidental, com
padronização cultural e perda de identidades nacionais. Constituem
exemplos adequados a essas duas interpretações, respectivamente,
a) a ampla circulação de informações pela Internet e a intervenção
norte-americana no Iraque, contrariando as recomendações feitas
pela ONU.
b) a abertura da economia chinesa a investimentos estrangeiros e o
surgimento de Estados islâmicos no Norte da África e no Oriente
Médio.
c) o reconhecimento generalizado do princípio da liberdade de
imprensa e a derrubada do Taleban por uma coalizão ocidental no
Afeganistão.
d) a regularidade das eleições presidenciais diretas na América Latina
e os recentes testes nucleares realizados pelo governo comunista da
Coreia do Norte.
e) a atuação da Organização das Nações Unidas, como mediadora nos
conflitos internacionais, e o surgimento de novos países no Leste
Europeu.
RESOLUÇÃO:
Apesar da censura imposta à Internet por certos regimes ditatoriais
(como o da China e o da Coreia do Norte), a divulgação e a troca de
informações por meio desse instrumento têm contribuído para
mobilizar pessoas, como ocorreu na “Primavera Árabe” de 2011.
Por outro lado, as intervenções norte-americanas no Afeganistão e
no Iraque constituem claras manifestações de hegemonia
praticadas pela superpotência ocidental.
Resposta: A
5. (IBMEC-RJ) – Na recente sessão da Assembleia Geral da ONU, da
qual participou a presidente Dilma Rousseff, mais uma vez o Irã foi alvo
de polêmica envolvendo o desenvolvimento de um “perigoso”
programa nuclear. Sobre esse tema, avalie as afirmações a seguir.
I. A origem da rivalidade entre Estados Unidos e Irã remonta ao ano de
1979, quando uma revolução de caráter religioso derrubou o xá
Mohamed Reza Pahlevi, tradicional aliado dos norte-americanos.
II. Os russos têm sido implacáveis na condenação do projeto nuclear
iraniano, já que o atual governo de Teerã é um crítico tradicional do
governo de Moscou.
III. Também a Coreia do Norte, em função de um programa semelhante,
vem sendo alvo de constantes pressões de diversos países – com
destaque para os Estados Unidos – para que abandone seu projeto.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmações I e II são verdadeiras.
b) Somente as afirmações I e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmações II e III são verdadeiras.
d) Todas as afirmações são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são falsas.
RESOLUÇÃO:
A afirmação II é falsa porque, na atualidade, a Rússia tem apoiado
o governo iraniano.
Resposta: B
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