SÍNDROME FEMOROPATELAR

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SÍNDROME FEMOROPATELAR
Dr. Euclides José Martins Amaral
SÍNDROME FEMOROPATELAR
A patologia femoropatelar é uma das causas mais frequentes de queixas ao nível do joelho
nos adolescentes e adulto jovens. Estas patologias costumam ser chamadas de
condromalácia, alterações de amolecimento e fibrilação na cartilagem da patelar, porém na
prática clínica, não existe paralelismo entre estas lesões e a sintomatologia clínica. TenCel
José.
As síndromes femoropatelares são divididas em dois grupos bastantes distintos, isto é,
instabilidades objetivas, quando a patela está luxada ou luxou pelo menos uma vez com
caracteres morfológicos bem definidos de alteração no formato dela ou da tróclea femoral, e as
instabilidades subjetivas, onde há predominância de queixas dolorosas, também chamadas de
síndrome femoropatelar dolorosa, ou dor anterior ao joelho.
As instabilidades podem ser funcionais, quando o joelho ¨falha¨ durante a marcha, corrida ou
descendo escadas, porém sem tradução clínica evidente. As instabilidades mecânicas são
decorrente de uma articulação anormal com a tróclea femoral, com sinais evidentes de luxação
no exame clínico.
As radiografias simples são suficientes para o diagnóstico dos problemas femoropatelares. A
ressonãncia nuclear magnética fornece poucas informações da articulação femoropatelar,
sendo mais apropriado a tomografia axial computadorizada, que possibilita a medição com
precisão da inclinação lateral da patela, displasia da tróclea, etc.
As síndromes femoropatelares dolorosas respondem muito bem às medidas conservadoras,
não necessitando qualquer procedimento cirúrgico. Utilizamos medidas fisioterápicas de
reeducação, fortalecimento, flexibilidade muscular. Deve ser excluído o trabalho dinâmico
contra-resistência do quadríceps.
Nos pacientes sem instabilidade patelar, a indicação de artroscopia é reservada aos casos que
não respondem às medidas de reabilitação após 3 a 4 meses de tratamento, onde podemos
encontrar algumas alteração de plicas sinoviais, hiperpressão patelar lateral.
O tratamento cirúrgico das instabilidades visa corrigir os fatores da instabilidade, seja com
atuação sobre as partes moles ou partes ósseas.

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