Paraganglioma timpanico.cdr - fonte medicina diagnóstica
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PARAGANGLIOMA JUGULOTIMPÂNICO (GLOMUS TYMPANICUM) RELATO DE CASO F onte Andréa Rodrigues Cordovil Pires, Andréa Lima Cruz Monnerat, Cecília Vianna, Nathalie Quaresma Medicina Diagnóstica Fonte Medicina Diagnóstica Ltda. - Niterói - RJ & Hospital São Vicente de Paulo - Rio de Janeiro - RJ INTRODUÇÃO O paraganglioma jugulotimpânico (glomus tympanicum) é a neoplasia mais comum do ouvido médio e a segunda mais freqüente do osso temporal. Geralmente acomete adultos, com predileção por mulheres, o que não ocorre em outros tipos de paragangliomas. Tem origem nos quimioreceptores pressóricos e evolução lenta e benigna, apresar de extensão para a cavidade craniana ocorrer em cerca de 40% dos casos. É sugerido não utilizar a denominação “glômus timpânico” ou “tumor do glômus” para evitar confusão com o diagnóstico de tumor glômico, neoplasia totalmente não relacionada, de células musculares lisas da parede vascular. 1 2 Figuras 1 e 2 - neoplasia composta por células cuboidais sem atipias, formando pequenos ninhos com escasso estroma ricamente vascularizado, notar epitélio timpânico remanescente (1); HE, 4 e 40x. RELATO DO CASO Paciente feminina, 46 anos, com diagnóstico de paraganglioma jugulotimpânico desde 2005, porém só retornou para tratamento em janeiro de 2009. Tomografia computadorizada atual evidenciou mastóide com massa ocupando meso e hipotímpano e exame clínico revelou massa violácea em mastóide esquerda. Realizada timpanomastoidectomia com cauterização da massa e remoção com monitoração do nervo facial. A avaliação histopatológica mostrou neoplasia composta por células cuboidais sem atipias, formando pequenos ninhos separados por escasso estroma ricamente vascularizado; ausência de mitoses ou necrose. O exame imunohistoquímico evidenciou células neoplásicas com imunopositividade difusa com o anticorpo anti cromogranina A, multifocal com o anticorpo anti proteína S100 (células sustentaculares) e baixo índice de proliferação celular (ki-67 <10%). 3 4 Figuras 3 e 4 - Células neoplásicas com imunonegatividade com o anticorpo anti citoqueratinas-coquetel AE1/AE3, notar epitélio timpânico positivo (3); IHQ, 40x. CONCLUSÃO O reconhecimento dessa entidade permite adequado diagnóstico diferencial com outras neoplasias, particularmente hemangiomas. 5 6 Figuras 5 e 6 - Células neoplásicas com imunopositividade com o anticorpo anti cromogranina A; IHQ, 20 e 40x. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bono F. Jugulotympanic paraganglioma. Pathologica. 2007 Jun;99(3):81-3. Tiago RS, Gil FM, Ribeiro JT, dos Anjos PS, Sens PM, do Valle LO. Tympanic paraganglioma: two cases. Braz J Otorhinolaryngol. 2007;73(1):137. Kutz JW Jr, Slattery WH 3rd. Glomus tympanicum. Ear Nose Throat J. 2007;86(6):317. Hutchins T, Palacios E. Glomus tympanicum tumor. Ear Nose Throat J. 2007;86(4):202, 204. Neto ME, Vuono IM, Souza LR, Testa JR, Pizarro GU, Barros F. Tympanic paragangliomas: case reports. Braz J Otorhinolaryngol. 2005 Jan-Feb;71(1):97-100. Nguyen DQ, Boulat E, Troussier J, Reyt EI, Lavieille JP, Schmerber SI. The jugulotympanic paragangliomas: 41 cases report. Rev Laryngol Otol Rhinol (Bord). 2005;126(1):7-13. 7 8 Figura 7 - Rica microvascularização, evidenciada pelo anticorpo anti CD31; IHQ, 10x. Figura 8 - Baixo índice de proliferação celular evidenciado pelo anticorpo anti Ki-67; IHQ, 20x. Fonte Medicina Diagnóstica - www.fontemd.com.br
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Figura 7 - Células neoplásicas com imunonegatividade com o anticorpo anti desmina; IHQ, 20x. Figura 8 - Células neoplásicas com imunonegatividade com o anticorpo anti proteína S100; IHQ, 20x.
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