Equívocos criativos

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Equívocos criativos
EQUÍVOCOS CRIATIVOS
Diferentes Gerações
A revista Time do dia 20 de maio de 2013 contém uma lista
das gerações sob a ótica americana:
• Geração Perdida (1883-1900)
• Grande Geração (1901-1924)
• Geração Silenciosa (1925-1942)
• “Baby Boomers” (1943-1960)
• Geração X (1961-1980)
• Geração Y ou “Millennials” (1980-2000)
Os Millennials
Sob a escuridão do 11 de setembro, nasceu e cresceu esta nova
geração. Sob a luz das novas mídias emergentes, eles buscam
fazer carreira, provavelmente ainda morando com os pais,
endividado pelos empréstimos estudantis, tudo isso em meio a uma
recuperação econômica lenta, marcada pela falta de empregos e
por um futuro incerto.
Esta geração é arrogante, narcisista, preguiçosa, rebelde,
irrealisticamente ambiciosa, preguiçosa, totalmente desinteressada
pelos gostos, hábitos e valores da geração que a precedeu.
Mas também, esta geração é empreendedora, globalizada,
desconhece limitações, aceita as diferenças, sonha com fama e
fortuna e despreza a banalidade diária.
Que tipo de público-alvo é este?
Atingi-los é o desafio que hoje enfrentam criadores ao
redor do mundo. No desespero de acertar, muitos te se
equivocados e tendo resultados desastrosos.
É necessário que se estude esta nova geração mais a fundo,
para que não se faça campanhas tiradas do nada e não
tenha que se desculpar publicamente, como foi o caso de
algumas agências.
Cases equivocados
• GENERAL MOTORS
A montadora da SUV Chevrolet Traz, vendida no Canadá, aprovou
uma ideia que que incluía um antigo tema musical em que a letra
se refere – em termos hoje considerados racistas – aos chineses.
Resultado: Campanha cancelada.
• FORD
Na Índia, dois renomados profissionais criaram um anúncio fantasma
para o Ford Vigo que mostrava mulheres amarradas e
amordaçadas no porta-malas, enquanto a Paris Hilton e o Silvio
Berlusconi dirigiam o veículo.
Resultado: Os dois funcionários foram demitidos.
• PEPSI
A família de Emmet Till – um jovem cuja morte no Mississipi em 1955
fomentou o movimento pelos direitos civis no EUA – exigiu que a
Pepsi, dona da marca Mountain Dew, resolvesse duas ofensas: a
primeira, uma letra do rapper Lil Wayne que se refere à vítima
em termos vulgares; a segunda, um anúncio criado pelo artista
rap chamado Tyler Creator, em que garçonete branca tem de
apontar um suspeito em uma fila composta de negros e de um
cabrito.
Resultado: O contrato multimilionário de Lil Wayne foi rescindido e
a mensagem do Moutain Dew foi retirada do ar.
• RED BULL
Em 16 de Janeiro de 2007, por ocasião do desastre do metrô em
São Paulo, a Red Bull enviou ao local suas atraentes promotoras,
certamente com a boa intenção de refrescar e dar energia aos
bombeiros, policiais e outros que lá estavam dando assistência
aos feridos, resgatando corpos dos falecidos, etc.
Resultado: Teve uma péssima repercussão.
• HALLS
Em abril do ano passado , a popular marca Halls resolveu incluir em
sua página oficial no facebook a frase “pegaria muito a
namorada do meu amigo”.
Resultado: Houve uma enxurrada de protesto por parte dos fãs.
Há muitos exemplos dessa criatividade equivocada
por aí. Por um lado, é tentador descartar o
fenômeno como mais uma manifestação do velho
“errando que se aprende” e deixar por isso
mesmo. Por outro, talvez seja mais indicado dar-nos
conta de que certas disciplinas profissionais e certo
rigor intelectual produzem sólidos, inequívocos
resultados.
Grato pela
presença
Fonte: Meio&Mensagem 10/Jun/2013
www.ciencianasnuvens.com.br