Oração do Cursilhista - Movimento dos Cursilhos de Cristandade

Transcrição

Oração do Cursilhista - Movimento dos Cursilhos de Cristandade
CURSILHOS DE CRISTANDADE TORRES VEDRAS * MAFRA
Folha Informativa Nº 124 Fevereiro / Março / Abril / Maio 2011
Oração do Cursilhista
Ver
Julgar
Agir
Trabalhar
Estudar
Orar
Evangelizar
Amar
Ó Divino Jesus Cristo, diante de Ti;
Peço perdão por todas as minhas fraquezas, nesta hora;
Com o Teu perdão, quero ser inteiramente Vosso;
Para ver com os olhos do meu coração;
Para julgar com luz da Tua palavra, o Evangelho;
Para agir em favor dos mais sofridos;
E assim, à exemplo do São Paulo, fazer o meu serviço evangelizador.
Ó Senhor Jesus, que meu cursilho de três dias;
Sirva para a minha vida toda, que é meu quarto dia;
Que eu possa sempre por em prática o Tripé do Cristão;
O meu trabalho, o estudo da palavra, e a minha Oração!
Fazei-me, Senhor Jesus, um Cursilhista activo;
Para que possa produzir frutos, permanecendo em Ti;
Que és a minha videira;
Que seja, Senhor, uma ovelha evangelizadora entre os lobos;
Mas que seja simples como um pássaro;
Pois “O Servo não deve ser maior que seu Senhor”.
Ó Cristo, que dissestes “Tendes confiança, pois venci o Mundo”;
Dai a todos nós, Cursilhistas, Confiança, Fé e Sabedoria;
Para também vencermos este mundo de desencontros;
Que, junto com Maria, Tua e Nossa Mãe Santíssima,
Olhe sempre por nós, para que inspirados pelo Espírito Santo,
Possamos trabalhar pelo Reino de Deus, nesta caminhada pela terra.
Vós que Viveis e Reinais, pelos Séculos do Séculos,
Amém!
“Orar é elevar o coração e a alma até Deus”
Fonte : do livro “A Oração em nossa vida”
III Conversaciones de Cala Figuera
4 a 9 de Maio 2011
4 de Maio Aniversário do Nascimento de Eduardo Bonnín
E assim como chegou tão rápido, tão
rápido também terminou, mas não antes
de deixar-nos muito.
Temos estado convivendo juntos no
encontro de cursilhistas de diferentes
nacionalidades e línguas,
onde se
respirou a Cristo, se respirou a amizade,
e se respirou a Eduardo Bonnín.
Sabemos, e temos a certeza que apesar
de ser a primeira vez que as conversações
de Cala Figuera estão sem Eduardo
fisicamente, ele pode estar presente
em tudo, agora sem a limitação do seu
corpo físico. Sentia-se em cada abraço,
sentia-se em cada beijo, e se escutou em
cada palavra, tantos nos rolhos como nas
conversas nos corredores.
Três dias serviram para fazer mais
amigos, para sermos mais amigos e mais
amigos de Cristo. Três dias onde os
pensamentos de Eduardo, e seu espírito,
chegou a cada um de quem conviveu com
ele, estavam se movendo em torno do
hotel Sol Antillas, onde se realizaram as
conversações Cala Figuera III, e para cada
um dos lugares que se podem conectar
de diferentes partes do mundo através
da internet. Foram três dias antes de
tudo de amizade e admiração pelo o
encontro com Cristo e no encontro com
os outros. Foram três dias onde aqueles
que conheceram Eduardo, e partilharam
com ele, e aqueles que não tiveram a
felicidade de conhecê-lo.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Cristianismo em diálogo
O Sentido
Atitude
Criatividade
Comunicação
Confiança
Transcendência
Estes são temas, que normalmente
fazem parte da nossa vida, mais do
que na vida dos Cursilhos, e deixou em
todos nós envolvidos, um desejo de estar
desenvolvendo o nosso Cristianismo,
no diálogo com os outros, a partir do
nosso próprio sentido da vida que vamos
descobrindo, tendo uma atitude que nos
leve a desenvolver a nossa criatividade
e comunicação para nós mesmos, para
os outros e para Cristo, sabendo que ele
confia em nós e nos permite ressuscitar
para a vida eterna.
Então, esta experiência que marca a
nossa vida com uma amizade indelével em
Cristo, permanecerá em nossos corações,
e dará muito mais para aprofundar o
desenvolvimento de documentos, fazendo
chegar ao mundo, para ser mostrados a
mais pessoas que querem ser felizes e
fazer os outros felizes.
Qué detalle Señor, has tenido conmigo...!
Obrigado Jesus! Obrigado Eduardo!
Escrito por Tito Alvarez em Castelhano,
traduzido para o Rolho
Mais informações:
www.feba.info
Fomos capazes de desfrutar de um
regresso ao espírito das Conversas de Cala
Figuera I, com temas básicos e essenciais
que os oradores foram desenvolvendo. Os
temas foram:
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www.mcc-tvedrasmafra.org
Retiro da Quaresma
N
o dia 13 de Março de 2011
realizou-se mais um retiro da
Quaresma, no Centro Diocesano
de
Espiritualidade
do
Turcifal,
organizado pelo MCC, aberto a toda a
comunidade.
Este retiro teve como tema “A
Família, imagem da Santíssima
Trindade” e foi orientado e animado
pelo Padre João Monteiro, que faz
parte dos Missionários da Consolata e é
pároco na Diocese de Braga.
O padre João iniciou este retiro com
um rolho em que falou da família como
sinal e Sacramento da Trindade.
Neste momento foi-nos dada a
oportunidade de meditar sobre o amor
que une e rege a família e a falta
dele na comunidade dos dias de hoje.
Mostrou-nos que, em família, tanto na
nossa como em comunidade, o amor
verdadeiro e o diálogo são o caminho
para a perfeição, para a felicidade e
para Deus. A unidade é a expressão
do amor entre pai, mãe e filho(s), em
que o(s) filho(s) une(m) pai e mãe tal
como o Espírito Santo une o Pai e o
Filho. A Família, considerada a Igreja
Doméstica, é composta por três altares,
o leito conjugal, a mesa e o cantinho
da oração, aí começa a construção do
amor verdadeiro a Deus e aos outros.
Depois deste momento, reunimonos em grupo para troca de opiniões,
experiências e para reflectir sobre tudo
o que tinha sido falado até ali, de forma
a que cada grupo, pudesse apresentar
as suas conclusões e uma pergunta
pertinente sobre o tema.
Num segundo momento, o padre
João falou-nos da Reconciliação na e
da família.
Nesta meditação reflectimos sobre
a capacidade de cada um de nós, em
família, abraçar a sua “cruz”, de forma
a poder entende-la e aceita-la e não
simplesmente carregar com um coração
pesado. Percebemos que a reconciliação
é sacramento divino, e é através dela
que toda a família com problemas
consegue encontrar o perdão e o amor,
procurando mais facilmente resolver as
suas divergências familiares. E por fim,
compreendemos que o perdão restaura
tudo, dando a possibilidade de começar
de novo e assim voltarmos a ter a família
como refúgio de paz e amor.
Foi um dia cheio e animado em
que descobrimos e relembrámos que a
família é um porto de abrigo na nossa
vida, onde vamos encontrar amor e
perdão, ajudando-nos a caminhar
para Deus. Este dia terminou com a
celebração da nossa fé, na Eucaristia,
onde todos juntaram os seus corações
e louvaram nosso Senhor com alegria e
em família.
decolores
Ultreia de Ventosa
Catarina Martins
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3
Uma Últreia diferente...
N
o passado dia 22 de Março a Ultreia
da Ventosa teve visitas especiais,
um casal vindo da Ultreia de
Palma de Maiorca, Espanha, berço do
Movimento dos Cursilhos de Cristandade.
Eram a Margarita e o Tony.
Quem apresentou o rolho neste dia foi a
Margarita, e nem a língua foi obstáculo
para percebermos o que nos foi dito. A
Margarita deu-nos um belo testemunho
vivencial do que tem sido para ela fazer
parte deste movimento, pessoalmente e
em casal. Ela falou-nos da importância
de nos darmos aos outros de tentarmos
ajudar aqueles que nos procuram com
alguma dificuldade e para isso não e
necessário um grande discurso, com
grande retórica, mas apenas um ombro
amigo.
4
A Margarita falou-nos ainda da
importância da reunião de grupo para
o crescimento pessoal e cristão de cada
um de nós. E, segundo a Margarita, não
existem obstáculos a realização dessas
reuniões, pois ela tem uma reunião de
grupo que se realiza através do skipe,
pois as colegas de grupo estão na Itália.
A Ultreia terminou com todos os
participantes de mãos dadas em redor
da Igreja a rezar o Pai-nosso, foi um
momento muito emocionante.
No fim os nossos convidados interagiram
com os elementos da ultreia, e mais uma
vez digo que nem a diferença de língua
foi impedimento para a conversa.
decolores
Ultreia de Ventosa
Susana Pereira
www.mcc-tvedrasmafra.org
532º Cursilho de Cristandade de Homens
53º de Torres Vedras/Mafra
M
ais um Cursilho de Homens, o 532, se realizou no Centro Diocesano de
Espiritualidade do Turcifal, de 27 a 30 de Abril passado. Com alguns
entraves de ordem temporal, que a equipa aceitou com a maior
humildade, 19 homens dos 25 previstos, apresentaram-se para participarem
numa experiência, que alguns consideraram ser a maior da sua vida.
Curso de muita juventude, com preparação escolar elevada e com caminhada
cristã já feita, soube Integrar-se junto dos mais velhos com grande facilidade,
o que constituiu grande ajuda para o Decorrer dos trabalhos da equipa.
A equipa quer deixar um pequeno destaque para a Equipa Espiritual, que apesar
da disparidade de idades (81 e 34 anos), funcionou numa unidade e humildade
de realçar, estando presentes na sala de rolhos, durante todos os trabalhos.
Que os novos cursilhistas sejam amparados pelas suas Ultreias, de molde que
a pouco e pouco, se vá fazendo a renovação que se julga preciosa para que
o MCC continue a ser um meio evangelizador da Igreja Católica. Que o 532 seja
realmente um marco para todos os que nele participaram, são os votos da equipa
de serviço.
decolores
Reitor Maximino Costa
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Escola de Responsáveis
Torres Vedras/Mafra
N
o passado dia 13 de Maio a nossa
Escola recebeu a visita ilustre do
Padre Victor Feytor Pinto, um dos
homens (Sacerdotes) mais conhecida da
Igreja Católica. Homem de Cultura e de
Fé é conhecido pelo dom da Palavra entre
outros predicados.
Pároco da Paróquia do Campo Grande, 55
anos de sacerdócio, é também desde à 20
anos o coordenador Pastoral da Saúde em
Portugal, conselheiro do Vaticano para as
questões da saúde e professor de ética na
Universidade Católica.
Em 2005 o Papa Bento XVI distinguiu-o
com o título de Monsenhor.
O Instituto de Ciências da Saúde da
Universidade Católica Portuguesa, atribui
6
de dois em dois anos o prémio “Victor
Feytor Pinto”, para distinguir trabalhos
de Investigação Cientifica nas áreas da
Espiritualidade e Pastoral em relação
com a Saúde e a Terapia.
Depois desta breve apresentação da
qualidade do nosso orador, vamos então
ao que se passou naquela sala da Igreja
da Graça onde se reúne a nossa Escola.
Doutrina Social da Igreja
Nunca é demais ouvir falar sobre a
D.S.I., de tão rica e abrangente que
é, pois basicamente serve para nos
dar orientações, para nos guiarmos na
sociedade politica/económica.
www.mcc-tvedrasmafra.org
“Não podemos ser cristãos sem termos os
pés no mundo”
Esta frase do Padre Feytor Pinto, logo no
início deu o mote para a sua (aula).
Como curiosidade, o telemóvel do senhor
padre toca, ele atende apenas para
informar que no momento não pode
conversar, pois está a dar uma aula, e na
verdade foi uma excelente aula.
Começa por uma breve resenha da História
da Humanidade e pelos quatro tipos de
Homem, desenvolvendo cada um deles.
A saber: O Homem Filosófico, Religioso,
Cientifico e o Homem Anárquico.
Centrando-se mais detalhadamente sobre
o Homem Anárquico e na sua busca de
dignidade humana, nas novas relações,
na busca incontida da paz, o progresso
científico e técnico e a nova sensibilidade
ética, como seus aspectos mais positivos.
Como
aspectos
negativos
frisou
o
subjectivismo
individualista,
a
permissividade,
o
hedonista,
o
racionalismo materialista e uma visão
redutora da sexualidade e o economicismo
operante.
Depois de expor a sociedade desde os
primórdios até à actualidade, instiganos a sermos participantes activos para
o bem comum, a sermos solidários dos
bens universais, a denunciar o que está
errado, a repartir, a sermos ecológicos,
a preservarmos o ambiente, a lermos a
Bíblia duma forma realista e sólida para
podermos olhar e actuar no nosso mundo
socialmente e activamente.
“O cristão é ministro da vida
e não da morte. Tem de ter
participação responsável na vida
social”.
“O novo cristão tem como
referência JESUS CRISTO, a
liberdade e a dignidade do ser
humano. O nosso mandamento é
o AMOR”.
Palavras do Padre Feytor Pinto.
Consciente de que as suas palavras
podem gerar reacções muito díspares, o
sacerdote assegura que em primeiro lugar
tem uma enorme preocupação em ser fiel
a JESUS CRISTO e à doutrina da igreja, é
uma preocupação dominante na sua vida,
procura não dizer coisas que não estejam
pensadas, reflectidas e fundamentadas
no pensamento da igreja.
Assim terminou a (aula) do Padre, Victor
Feytor Pinto.
Alguém a meu lado comentou:
“Eu que a determinada altura tenho
sempre dificuldade em me manter
acordado, hoje estou aqui, desperto e
fresco que nem uma alface”.
Que venha mais vezes Senhor Padre.
decolores
Ultreia de Ramalhal
Carlos Moreira
www.mcc-tvedrasmafra.org
7
Bíblia Sagrada
O Novo Testamento
e a História
E
scritos entre os séc. I-II d.C., em plena
civilização greco-romana, os livros do
Novo Testamento aparecem-nos na
língua “comum” dessa civilização (o grego
da koiné) e giram em torno da mensagem de
Jesus. Por isso, os Evangelhos são a base de
todos os outros livros do Novo Testamento,
que, por sua vez, os explicitam e aplicam à
vida prática. Mas não podemos compreender
suficientemente a mensagem de Jesus nem os
escritos que a explicitam, sem conhecermos as
circunstâncias históricas em que nasceram.
Jesus anunciou a Boa Notícia da salvação
apenas oralmente, em aramaico, a língua
falada então na Palestina. Os seus discípulos
também não escreveram. Preocupava-os mais
o anúncio oral porque urgente do Evangelho.
A atitude de Jesus e dos seus discípulos faz
do Cristianismo, não uma “Religião do Livro”,
mas a religião que se centra numa Pessoa Jesus
Cristo. Depois de terem ouvido a mensagem
oral, durante a “primeira geração” cristã,
é que os discípulos da “segunda geração”
registaram por escrito as palavras e os factos
da vida de Jesus para incutir nos cristãos maior
fidelidade à mensagem e os conduzir à fé e à
salvação em Cristo (Lc 1,1-4; Jo 20,30-31). Os
Evangelhos não são unicamente a “História
de Jesus”; são sobretudo a narração escrita
das palavras e dos factos de Jesus de Nazaré,
mas já iluminados pelo Cristo ressuscitado,
presente na sua Igreja ao longo de muitos
anos.
A Constituição Dei Verbum (n.° 19) diz
que os Evangelhos não são História escrita
à maneira do nosso tempo. Os evangelistas
fazem uma História em função da fé, da
teologia: resumem, interpretam, explicam
e redigem factos da vida de Jesus para
apresentar uma determinada ideia teológica
a uma determinada classe de ouvintes.
8
Ambiente Político-Religioso
do Novo Testamento
G
enericamente falando, o ambiente
histórico-geográfico
do
Novo
Testamento
é
greco-romano.
A
Palestina cai sob o domínio dos Césares de
Roma em 63 a.C. e, com o Império, entra
no povo da Bíblia a cultura helenista, que se
tornara a cultura mais importante do Império
Romano (ver Lc 3,1-2). De facto, um Império
geograficamente enorme e com uns cinquenta
milhões de habitantes albergava no seu seio
multidões de povos, religiões e culturas
diferentes. No entanto, este pluralismo
cultural e religioso facilitou, de certo modo,
a expansão do Cristianismo, que não tardou
em adaptar as suas origens semitas à cultura
dominante. Neste campo, deve ser concedido
um especial relevo a Paulo (ver Act 15). A
Palestina, sobretudo pela mão de Herodes, o
Grande (que reinou entre 40 a.C. e 4 a.C.),
entrou também no caminho da civilização
helenista, pelas grandes obras, jogos e
espectáculos copiados dos helenistas.
Politicamente, as autoridades da Palestina
reis ou procuradores romanos dependem do
Imperador de Roma. Pilatos foi o procurador
mais famoso (entre 27 e 37 d.C.), por ter
participado activamente no processo e na
morte de Jesus. A partir de 66 d.C., começou
a revolta contra o poder romano, que foi
severamente punida com a destruição de
Jerusalém e do Templo, inaugurado poucos
anos antes. Com a destruição do Templo,
desaparece a classe politicamente mais forte,
a classe sacerdotal ou dos Saduceus. Na fuga
geral, também a pequena comunidade cristã
de Jerusalém, segundo algumas tradições, se
refugiou em Péla, na Decápole e noutros locais
próximos. A partir de 70 d.C. desaparecem
todos os principados da Palestina e o território
é governado por administração directa de
Roma.
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Economicamente, a Palestina, pequeno
território junto do deserto, contava pouco na
economia do Império. Interessa, no entanto,
saber como nela se vivia para compreender a
linguagem utilizada por Jesus nos Evangelhos,
sobretudo nas parábolas. Trata-se de um
território
de
agricultura
mediterrânica
(trigo, cevada, figueira, oliveira, videira)
e de pastoreio de gado miúdo (ovelhas e
cabras). A pequena indústria e o comércio
também ocupam um lugar de destaque na vida
quotidiana do povo.
Religiosamente, fervilhavam pelo império
muitas religiões e cultos pagãos, que
gozavam de uma relativa liberdade de culto
e de proselitismo. Na Palestina, o templo
de Jerusalém concentrava as principais
instituições judaicas. Era o centro religioso,
o lugar de Deus, do sacerdócio, das festas
nacionais; mas também onde as pessoas ligadas
ao culto exerciam o poder político. Todo o
varão judeu adulto pagava uma didracma por
ano de imposto ao Templo. Isso transformava
o Templo no centro económico do povo de
Deus.
O primeiro Templo tinha sido construído por
Salomão no séc. X e destruído pelos Babilónios
em 587 a.C.. O segundo, mais modesto,
foi construído em 515, depois do exílio da
Babilónia. Um terceiro Templo foi construído
por Herodes, o Grande; inaugurado no ano 60
d.C., foi destruído pelos Romanos no ano 70.
Em forma de cubo de uns cinquenta metros e
rodeado de vários átrios e portas, era uma obra
digna da admiração de qualquer visitante (ver
Mt 24,1; Mc 13,1; Jo 2,20). No tempo de Jesus
estava na fase de acabamento.
A Sinagoga era a instituição religiosa mais
importante depois do Templo, aonde todo
o bom judeu acudia, cada sábado. O próprio
Jesus frequentava a Sinagoga (Lc 4,16-38).
Era o lugar onde se proclamava e comentava
a Palavra de Deus e se fazia a oração da
comunidade; também servia de escola e
centro de cultura. Teve especial importância
sobretudo na Diáspora. Era chefiada pelos
Doutores da Lei e fariseus; e, como não havia
sacrifícios, os sacerdotes não tinham nela
www.mcc-tvedrasmafra.org
importância de maior.
Interessa aqui referir, com particular relevo,
os grupos religiosos de então:
Os Fariseus. Pessoas da classe média e baixa,
eram especialmente devotos e cumpridores de
todas as normas da Lei de Moisés. A sua origem,
sendo embora duvidosa, deve remontar à
revolução de Judas Macabeu (séc. II a.C.: 1
Mac 2,42). Considerando Deus como o único
Rei de Israel, opunham-se ao poder político
instalado: os Romanos e a dinastia de Herodes.
Como dominavam na Sinagoga, mediante a
sua pregação, levavam o povo a pensar do
mesmo modo. Por isso, constituíam o grupo
mais numeroso de todos. Jesus denunciou
muitas vezes a sua rigidez legalista, que não
respeitava o mais importante o amor e juntava
muitas outras tradições a chamada Lei oral ou
“tradição dos antigos” às prescrições escritas
na Bíblia. Admitiam como canónicos todos os
livros da actual Bíblia Hebraica, ou seja, a Lei,
os Profetas e outros Escritos (os do AT que
estão nas Bíblias católicas, excepto os Dêuterocanónicos). Sendo rígidos na observância da
Lei, eram progressistas nas ideias religiosas,
pois admitiam, ao contrário dos Saduceus,
a ressurreição final e a existência de anjos.
Destruído o Templo, no ano 70, com ele
desapareceu também a sua organização
cultual: os sacerdotes e os sacrifícios. Restava
a Lei, a Palavra de Deus que estava na mão
dos Fariseus da Sinagoga. E foi a Sinagoga que
perpetuou o judaísmo até aos nossos dias.
decolores
Continuação no próximo Rolho
Fonte: Franciscanos Capuchinhos
Ultreia de Monte Redondo
José Luís
9
actividades
F alerta E
O Cursilho de Senhoras é já de 8 a 11 de Junho de 2011
Falta pouco tempo...
F Já fizeste o teu convite? F Tens feito Pré-Cursilho?
F Estás activo na tua Ultreia? F Tens feito Oração?
CURSILHOS
(Senhoras)
8 a 11 Junho de 2011
Encerramento : Basílica de Mafra, 21.30 h.
Intendência Colectiva
9 de Junho de 2011
Picanceira - 21:30 Horas
(Caminhada para a Lagoa e Eucaristia)
Encontro dos 4 Cursilhos
Cursilho N.º 530 Homens - Cursilho N.º 434 Senhoras
Cursilho N.º 532 Homens - Cursilho N.º 438 Senhoras
dia 16 de Outubro, 15.00 Horas - Igreja da Graça
ENCERRAMENTO
Encerramento das Actividades
3 Julho de 2011, 10:00 Horas - Local a Designar
Atenção: Todos os Cursilhos, Minis e Retiros serão efectuados
no Centro Diocesano de Espiritualidade no Turcifal
agora também estamos em www.mcc-tvedrasmafra.org

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