Anais SBNPE 2013

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Anais SBNPE 2013
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
ISSN 0103-7196
Revista Brasileira de
Nutrição Clínica
Suplemento Nutrição Clínica
2013
Publicação Oficial
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE)
Federación Latinoamericana de Nutrición Parenteral y
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Sumário
TEMAS LIVRES............................................................................................ 5
PÔSTERES EM DESTAQUE..........................................................................15
PÔSTERES...................................................................................................29
PÔSTERES RELATO DE CASO................................................................179
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Suplemento Nutrição
Clínica/2013
TEMAS LIVRES
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TL 01- ANÁLISE DE CORRELAÇÃO ENTRE O ÂNGULO DE FASE E O
ESCORE MELD EM CIRRÓTICOS
cálcio e a vitamina D sérica podem estar diretamente envolvidos nesse
desequilíbrio. Como não há um método padrão de avaliação nutricional
em cirróticos, o ângulo de fase (PA) e a força de preensão palmar (FAM)
são Método: bastante utilizados, e para avaliar a gravidade da cirrose o
método mais utilizado é o escore MELD. Objetivo: Identificar se a gravidade da cirrose, a dosagem de vitamina D, a ingestão diária de cálcio e os
métodos de avaliação nutricional podem ser indicadores de osteoporose
em indivíduos cirróticos. Método: O diagnóstico da osteoporose foi feito
pela Dual Energy X-Ray Absormetry (Dexa), o PA foi medido através de
bioimpedância elétrica, a ingestão de cálcio foi calculada pelo recordatório
alimentar, a vitamina D foi dosada no sangue dos pacientes e a FAM foi
mensurada através de um dinamômetro mecânico. Foram avaliados 19
pacientes com diagnóstico prévio de cirrose, de ambos os sexos, com pelo
menos 18 anos, em acompanhamento ambulatorial. Para comparar os
parâmetros nos grupos com e sem osteoporose foi utilizado o teste t não
pareado. Resultados: Na amostra avaliada, 14 pacientes tinham osteoporose e 5 não tiveram evidência de doença óssea associada. No grupo
com osteoporose a FAM teve valores significativamente menores do que
no grupo normal (p=0,005), porém não houve diferença nos valores de
PA, vitamina D sérica, ingestão diária de cálcio e escore MELD entre os
grupos. Conclusão: Menores valores de FAM foram associados a menores
valores de densidade mineral óssea, indicando que a FAM poderia ser
usada não apenas como um bom parâmetro para avaliar a força muscular,
mas também como um possível preditor de doença óssea em cirróticos.
LÍVIA ALVES AMARAL SANTOS (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); LAÍS
AUGUSTI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); LETÍCIA DE CAMPOS
FRANZONI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ); MARIANA DE SOUZA
DORNA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ); PAULA SCHMIDT AZEVEDO
GAIOLLA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); FERNANDO GOMES
ROMEIRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA)
Introdução: A cirrose hepática é uma doença crônica irreversível que surge
devido a lesões recorrentes e contínuas que provocam a fibrose. Atualmente
o melhor preditor de mortalidade na cirrose é o escore MELD, que apresenta
a limitação de não considerar o estado nutricional. Pacientes cirróticos são
acometidos por deficiências nutricionais, principalmente na doença mais
avançada, por isso é comum que apresentem desnutrição energéticoprotéica. O diagnóstico precoce da desnutrição é de extrema importância
por ser um indicador de morbidade e mortalidade nessa população. Um
bom parâmetro para detectar a desnutrição em cirróticos é o ângulo de fase
(PA), que tem sido utilizado como um marcador de várias condições clínicas
em que a integridade da membrana celular é comprometida e alterações
no fluido são detectadas, como a desnutrição. O PA é o único parâmetro da
avaliação nutricional que tem sido associado com a gravidade da cirrose.
Entretanto, a análise do PA recebe críticas por suas limitações, como em
pacientes com ascite e edema, por isso não se sabe se tem boa correlação
com preditores de mortalidade, como o escore MELD. Nessas situações,
alguns estudos avaliaram o estado nutricional através da força de preensão
palmar (FAM) e da prega cutânea triciptal (PCT). Objetivo: Determinar se o
PA, a FAM e a PCT apresentam boa correlação entre si e com o escore MELD
em cirróticos. Método: Foram coletados com a bioimpedância elétrica o
PA de 50 pacientes com diagnóstico prévio de cirrose, de ambos os sexos,
com mais de 18 anos, dos ambulatórios de Hepatologia. Também foram
mensurados a FAM, a PCT e o escore MELD, de acordo com os exames
laboratoriais: bilirrubina, creatinina, tempo de protrombina normalizado
ou “International Normalized Ratio”. Para avaliar a correlação entre as
variáveis foi utilizado o teste de correlação de Pearson. Resultados: Houve
correlação inversa entre o PA e o MELD (r=-0,364 e p=0,0211), ou seja
quanto menor o PA, maior o escore MELD. Também houve boa correlação
entre PA e FAM (r=0,461 e p=0,00277). Entretanto não foi observada
correlação entre PCT e PA, nem entre PCT e FAM e nem entre a FAM ou a
PCT com o escore MELD. Conclusão: O PA é um bom parâmetro nutricional
para a gravidade da cirrose e pode ser usado em associação com o escore
MELD como preditor de pior prognóstico.
TL 03 - INDICADORES DE QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL EM
UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
TACIANA BORGES ANDRADE (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO
PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA); NATANAEL MOURA TEIXEIRA
DE JESUS (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD
SANTOS UFBA/BA); ANA REGINA NOGUEIRA MEIRELLES (COMPLEXO
HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA);
GABRIELA MENDES GUIMARÃES (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO
PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA); IZABEL DOS SANTOS CRUZ
(COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS
UFBA/BA); MARIA HELENA LIMA GUSMÃO SENA (COMPLEXO HOSPITALAR
UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA)
Introdução: Diante do desafio representado pela desnutrição hospitalar
no Brasil, a monitoração da qualidade em assistência nutricional, através
de indicadores de desempenho, tem tomado espaço nos estudos que se
propõem a investigar qualidade em saúde. Os indicadores de qualidade
buscam trazer respostas sobre a efetividade do serviço prestado e, na
prática clínica, representam a experiência e organização da equipe multiprofissional em saúde. Estudos apontam que a presença de protocolos de
alimentação em terapia nutricional está associada à melhor assistência
nutricional. Objetivo: O presente trabalho propõe-se a caracterizar a
qualidade em terapia nutricional em um hospital universitário, através
da descrição de indicadores de qualidade. Método: Trata-se de uma
coorte retrospectiva. A amostra foi composta por adultos e idosos hospitalizados em enfermarias clínicas, cirúrgicas e em unidades de terapia
intensiva de um hospital universitário, que permaneceram internados
por período mínimo de 72 horas, entre os meses de março a agosto
de 2012. Utilizou-se um questionário semiestruturado para a coleta
de dados sobre a assistência nutricional, necessários para o cálculo
dos indicadores de qualidade: Frequência de realização de triagem
nutricional, Frequência de orientação nutricional na alta hospitalar,
Frequência de episódios de diarreia e Frequência de tempo de jejum
inadequado. Os dois primeiros indicadores citados foram calculados
para o total de pacientes internados no período do estudo, e os dois
últimos, somente para a parcela de pacientes em uso de Terapia Nutricional Enteral (TNE) via catéter ou ostomia. As fórmulas utilizadas no
TL 02- BAIXA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR COMO PREDITOR DE
OSTEOPOROSE EM PORTADORES DE CIRROSE
LÍVIA ALVES AMARAL SANTOS (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); LAÍS
AUGUSTI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); LETÍCIA DE CAMPOS
FRANZONI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); FERNANDA BOLFI
(UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); PAULA SCHMIDT AZEVEDO GAIOLLA
(UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); FERNANDO GOMES ROMEIRO
(UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA)
Introdução: A osteoporose é definida pela perda de massa óssea que
aumenta a suscetibilidade a fraturas, causando morbidade e afetando
a qualidade de vida. Cerca de 30% dos indivíduos com cirrose hepática
são portadores também de osteoporose, com porcentagem de fraturas de
7 a 35%, aumentando a mortalidade nessa população. O desequilíbrio
entre osteoclastos (responsáveis pela reabsorção óssea) e osteoblastos
(responsáveis pela formação óssea) tem sido indicado como o grande
responsável pela perda de massa óssea. Fatores como a ingestão de
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cálculo dos indicadores e as metas para cada um deles (>80%, >80%,
<10% e <12%, respectivamente) seguem as recomendações de Verotti
et al. (2012) e Waitzberg (2010). Todos os indicadores de qualidade
foram descridos através de frequências. Resultados: Foi incluído um
total de 894 pacientes internados, sendo 77 a parcela em uso de TNE
via cateter ou ostomia. Observou-se que a maioria dos indicadores de
qualidade ficou próxima da meta estabelecida pela literatura: Frequência
da realização de triagem nutricional 72,2%, Frequência de tempo de
jejum inadequado 15,6% e Frequência de episódios de diarreia 11,8%.
A Frequência de orientação nutricional na alta hospitalar teve um pior
desempenho, 42,5%, tendo como provável causa o subregistro deste
dado pelo serviço avaliado. Conclusões: Os indicadores de qualidade
descritos evidenciam que o serviço avaliado está próximo das metas
estabelecidas pela literatura, o que pode contribuir na identificação
precoce e melhor assistência aos indivíduos em risco nutricional.
ELAINE HILLESHEIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); NANCY
YUKIE YAMAMOTO TANAKA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE
DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO);
JOWANKA AMORIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARLENE
DE FÁTIMA TURCATO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); LUCIANA
DUARTE MARTINS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA
DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); JÚLIO SÉRGIO
MARCHINI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE
RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
Introdução: A terapia nutricional na fenilcetonúria exige restrição dietética
de fenilalanina, consequentemente de proteína natural, sendo necessária a
suplementação com fórmula elementar sem fenilalanina e enriquecida com
vitaminas e minerais. Pelas particularidades da alimentação, os fenilcetonúricos podem ser considerados um grupo vulnerável às desordens nutricionais.
Objetivo: Avaliar estado nutricional e consumo alimentar de crianças e
adolescentes fenilcetonúricos. Método: O estado nutricional foi avaliado
por índice de massa corporal para idade e estatura para idade, classificados
segundo os Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional; além
do percentual de gordura corporal por bioimpedância elétrica. O consumo
alimentar foi avaliado por registro alimentar de três dias. Para a adequação
nutricional da dieta foram utilizadas as Dietary Reference Intakes e o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Fenilcetonúria, publicado pelo Ministério
da Saúde (MS). Os exames bioquímicos foram avaliados de acordo com as
referências preconizadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria, sendo a
fenilalanina sanguínea avaliada pela recomendação do MS. As análises foram
realizadas por estatística descritiva e teste de Wilcoxon para amostra pareada,
com p&#8804;0,05. Resultados: Foram avaliados 18 indivíduos com média
de idade de 10,3±3,9 anos (meninos=61%). Observou-se excesso de peso
e estatura adequada para a idade em 44% e 94% da amostra, respectivamente, com escore-z positivo em ambos os indicadores. O percentual de
gordura corporal médio foi 23,9±6,6, sendo que por esse método 61% da
amostra foi classificada com excesso de peso. A ingestão energética média
foi de 1459±415 Kcal com adequação de 82,8% da necessidade energética
estimada. As médias de ingestão de macronutrientes apresentaram-se acima
e abaixo da recomendação para carboidratos (66,3%) e lipídios (19,0%),
respectivamente, e adequada para proteína (15,5%). A ingestão média de
fenilalanina foi 470 mg, estando o consumo abaixo da necessidade mínima
em 61% da amostra. Os exames laboratoriais demonstraram valores médios
de acordo com a referência para glicemia (81 mg/dL), colesterol total (140,7
mg/dL), triglicerídeos (113,6 mg/dL), proteínas totais (7,1 mg/dL) e albumina
(4,1 mg/dL). Os níveis plasmáticos de fenilalanina estiveram acima do recomendado em 61% da amostra. Não houve diferenças significativas entre os
sexos em relação ao estado nutricional, exames laboratoriais e ingestão de
energia e nutrientes. Conclusão: Verificou-se uma tendência a obesidade não
condizente com o consumo alimentar, que reflete uma possível subestimação
da ingestão total, principalmente quanto ao conteúdo de lipídio e fenilalanina
da dieta. A avaliação nutricional e análise do consumo alimentar periódicos
são importantes para direcionar as condutas dietoterápicas.
TL 04 -ABREVIAÇÃO DO JEJUM EM PACIENTES OBESOS
ROGER BONGESTAB (HEVV); JOSÉ TARCÍSIO BARROSO ZOVICO (HEVV);
GUSTAVO ALVES DE OLIVEIRA (HEVV); CARLOS RENATO DE CASTRO
RENON (HEVV); ALLAN GOMES DORIGUETTO (HEVV); ÁLVARO ARMANDO
CARVALHO DE MORAIS (HEVV)
Introdução: A abreviação do jejum em obesos não é ainda conduta dos
protocolos que visam acelerar a recuperação pós operatória, em decorrência
da premissa de que o esvaziamento gástricos nestes doentes é retardado.
Objetivo: Analisar a prática de abreviação do jejum em obesos,
comparando um grupo com jejum total de 8 horas com um grupo que
receberá dieta liquida duas horas antes da aferição do resíduo gástrico.
Método: Estudo descritivo, analítico, prospectivo, em 34 pacientes obesos
inscritos no programa de cirurgia da obesidade do Hospital Evangélico
de Vila Velha-ES, em pré-operatório, escolhidos em ordem de inscrição
no programa. Foram excluídos àqueles com diabetes, hérnia de hiato
e tireoidopatias. Formou-se aleatoriamente dois grupos: 17 receberam
jejum tradicional de oito horas, e 17 receberam abreviação do jejum com
a utilização de dieta líquida clarificada (carboidrato 86%; proteína 14%)
2h antes da aferição do volume residual gástrico (VRG). Aferiu-se o VRG
por aspiração direta durante endoscopia digestiva alta na rotina préoperatória. Aplicou-se estatística descritiva com distribuição de freqüências
e analítica, com utilização de ANOVA e teste-T na comparação de médias,
considerando p<0,05. Resultados: Dos 34 pacientes estudados, 7 (20,6%)
eram do sexo masculino e 27 (79,4%) feminino, idade média de 39,15
±10,62 anos (mediana 38,5; moda 34), com mínima de 19 e máxima 65
anos; IMC médio de 46,65 ±6,43 kg/m² (mediana 46; moda 38), com
mínimo de 38,01 e máxima 62,75 kg/m², sendo que 30 (88,2%) possuíam
obesidade grau III (>40,00 kg/m²). A média de volume residual gástrico
(VRG) no grupo com jejum tradicional de oito horas foi de 13,94 ±15,57
mL (mediana 10), com mínimo de zero e máxima 60 mL. Já no grupo
da abreviação do jejum, obteve-se média de 27,82 ±19,7 mL (mediana
25), com mínimo de zero e máxima 58 mL. Houve diferença estatística
na comparação das médias do VRG entre os grupos (p=0,03). Não foi
encontrada diferença estatisticamente significante entre o VRG e o IMC
(p=0,07), tampouco entre VRG e circunferência abdominal. Conclusão:
O VRG médio em paciente submetidos à abreviação do jejum foi maior
em comparação ao grupo do jejum tradicional. Entretanto, ao se analisar
a variação das médias, tem-se valores muito similares. Tal fato se deve a
amostra ser composta por número pequeno de sujeitos. Em comparação
à literatura, em ambos os grupos o VRG está dentro do esperado à população geral (média de 30mL).
TL06 - CONDUTA DIETOTERÁPICA E EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE NEUROPATAS PEDIÁTRICOS GASTROSTOMIZADOS
JOWANKA AMORIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP); VALÉRIA SALOMÃO AMBRÓSIO
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO
PRETO - USP); MARINA LUTZOFF DE CAMARGO VAZ (HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP);
REGINA SAWAMURA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP)
TL05 - CONSUMO ALIMENTAR E TENDÊNCIA À OBESIDADE EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES FENILCETONÚRICOS
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Introdução: Pacientes neuropatas podem desenvolver complicações múltiplas como distonia, déficit de crescimento e desenvolvimento, desnutrição
e disfagia. Nos disfágicos, a gastrostomia é a via preferencial para alimentação, necessitando de acompanhamento nutricional especializado. Objetivo: Descrever a conduta dietoterápica e o estado nutricional de neuropatas
pediátricos gastrostomizados seguidos em ambulatório de referência em
Nutrição e Gastroenterologia Pediátrica. Método: Estudo retrospectivo
descritivo com 9 crianças e adolescentes portadores de neuropatia hipóxiaisquêmica neonatal, gastrostomizados, (n=7 sexo masculino), avaliados
no primeiro e último atendimento. Critérios de inclusão: neuropatas com
idade entre 0 e 18 anos, gastrostomizado por no mínimo 3 meses e com
exclusão de pacientes neuropatas com erros inatos de metabolismo (EIM),
síndrome genéticas e hepatopatias. Foram coletados dos prontuários dados
antropométricos e da conduta dietoterápica. Resultados antropométricos
foram comparados aos Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar. Os
resultados foram expressos em média ± desvio padrão e mediada (valor
máximo e mínimo). Resultados: A mediana de idade no atendimento
inicial foi 4 anos e 3 meses (12a6m e 9m) e a final de 6 anos (2a10m
e 13a8m). O tempo de seguimento ambulatorial variou de 5 meses a 2
anos (mediana=10 meses), sendo realizado de 2 à 8 atendimentos por
paciente (mediana=4 atendimentos). A mediana de idade da gastrostomia
foi 1 ano e 7 meses (8m e 6a9m). A média do z-escore inicial de peso
para idade (P/I) foi -3,2 ± 1,31, estatura para idade (E/I) foi -3,6 ± 1,34
e índice de massa corporal para idade (IMC/I) foi -1,5 ± 094. No último
atendimento, os valores médios de P/I foram -2,4 ± 2,0, E/I -3,4 ± 1,74
e IMC/I -0,6 ± 0,98. Na conduta dietoterápica, a necessidade energética
foi calculada de acordo com Holliday-Segar (1957), adicionando-se 50%
para muito baixo peso para idade (MBPI) e 20% para baixo peso para idade
(BPI). A necessidade proteica foi estimada com base nas Dietary Reference
Intakes (DRIs), usando a idade corrigida para o peso atual, acrescentando
50% para MBPI e BPI. Foram prescritas dietas individualizadas artesanais
e/ou semi-artesanais, utilizando-se fórmulas industrializadas e/ou leite
de vaca, acrescidos de módulos calóricos (Mucilon®, aveia, amido, óleo
e açúcar), respeitando a condição sócio-econômica familiar. Conclusão:
A literatura é limitada ao tratar de terapia nutricional específica para tais
pacientes. Os resultados obtidos mostraram que a assistência terapêutica e
a conduta nutricional adotada pelo serviço propiciaram melhora nutricional
dos neuropatas gastrostomizados.
tiva na variação da concentração urinária de magnésio nos dois grupos
estudados (p<0,001). Foi verificado melhora estatisticamente significativa
das pressões respiratórias máximas (pressão inspiratória máxima - PImax e
pressão expiratória máxima - PEmax) somente após a suplementação com
Mg oral (variação no PImax: 11,02% previsto comparado com 0,45% previsto
após placebo; variação no PEmax: 11,93% previsto após Mg comparado
com 0,79% previsto após placebo, p <0,001 para ambos). Além disso, os
pacientes suplementados com magnésio apresentaram melhora estatisticamente significativa na avaliação clínica pelo escore SK (variação: 4,48
pontos após Mg comparado com -1,30 pontos após placebo, p <0,001).
Na avaliação espirométrica houve aumento estatisticamente significativo no
VEF1, na capacidade vital forçada (CVF) e na relação VEF1/CVF somente no
grupo que recebeu Mg (variação no VEF1: 4,17% previsto após Mg comparado com 0,72%, previsto após placebo, p = 0,002; variação na CVF 3,9%
previsto após Mg comparado com 0,27% previsto após placebo, p = 0,02;
variação na VEF1/CVF: 1,73% previsto após Mg comparado com -0,99%
previsto após placebo, p = 0,002). Conclusão: A suplementação oral de Mg
melhorou os parâmetros clínicos avaliados pelo escore SK, os parâmetros
manuvacuométricos e espirométricos nos escolares e adolescentes com FC.
TL 08 - RESPOSTA AO ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL EM 24 MESES
NA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO-ALCOÓLICA
TÂMARA OLIVEIRA REIS (UFMG); SILVIA MARINHO FEROLLA (UFMG); MARIA
ARLENE FAUSTO (UFOP); GEYZA ARMILIATO (UFMG); TERESA CRISTINA
ABREU FERRARI (UFMG); CLAUDIA ALVES COUTO (UFMG)
Introducão: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é
atualmente a doença hepática crônica mais comum. Dieta hipocalórica
e exercício físico são considerados principal medida terapêutica. No
entanto, estas medidas comportamentais devem ser mantidas no longo
prazo. Objetivos: Avaliar a resposta ao aconselhamento nutricional por
meio da determinação de parâmetros antropométricos e bioquímicos em
pacientes com DHGNA, no longo prazo. Método: coorte prospectiva de
pacientes com DHGNA assistidos no HC-UFMG, 2005-2011. DHGNA
diagnosticada pelos critérios AGA. Após avaliação clínico-laboratorial,
os pacientes receberam orientação de dieta hipocalórica individualizada
(1400kcal/d/mulher e 1600kcal/d/homem) sendo acompanhados a cada
três meses por 24 meses. Considerou-se resposta terapêutica, perda de
peso &#8805;5% do peso corporal inicial, ao término do seguimento.
Resultados: dos 105 pacientes incluídos, 45 (42,9%) não retornaram
após a primeira avaliação. Exceto pela proporção de hipertensos, maior
no grupo que permaneceu no estudo (63,6% vs 36,4% p = 0,02), não
foram observadas outras diferenças nos parâmetros clínicos e laboratoriais
entre esses grupos. Dos 60 indivíduos que retornaram para tratamento,
49 (81,7%) eram mulheres; idade média 55± 9 anos; tempo mediano de
acompanhamento 6,5 meses (limites 3,2-26,9 meses) e o número mediano
de consultas 3 (limites 2-11). A mediana do IMC foi 31,9 kg/m2 (limites
23,8-44,9kg/m2). Tiveram indicação para realização da biopsia hepática,
22 pacientes. A proporção de pacientes que alcançaram perda de peso
>5% ao longo do tempo foi à seguinte: aos 6 meses de seguimento, 5 dos
20 pacientes acompanhados; aos 12 meses, 3 de 15 pacientes; aos 18
meses, 3 de 12 pacientes; e ao término do seguimento, 4 dos 13 indivíduos
em acompanhamento. A redução média do peso corporal e do IMC aos
6, 12, 18 e 24 meses foram, respectivamente: 2,5kg, 1,5kg, 2kg e 1,6kg
e 1,04kg/m2, 0,66kg/m2, 0,83kg/m2 e 0,69kg/m2, sendo esses valores
significativos em relação ao peso inicial. Síndrome metabólica e hipercolesterolemia foram mais frequentes no gênero feminino, tanto no início
como no final do estudo. Conclusão: Diante da abordagem nutricional
proposta apenas uma pequena proporção de pacientes alcançou a perda
de peso objetivada e esta não foi acompanhada de melhora nos parâmetros bioquímicos, independentemente do tempo de seguimento. Portanto,
TL07 - MAGNÉSIO ORAL EM ESCOLARES E ADOLESCENTES COM
FIBROSE CÍSTICA: ESTUDO RANDOMIZADO, DUPLO-CEGO, CONTROLADO COM PLACEBO E CRUZADO
CLÉSIO GONTIJO DO AMARAL (UFMG); ELIZABETH VILAR GUIMARÃES
(UFMG); PAULO AUGUSTO MOREIRA CAMARGOS (UFMG); GABRIEL
HENRIQUE GONTIJO CARNEIRO (UFMG)
Introdução: O magnésio (Mg) tem sido utilizado de forma eficaz em um
grande número de patologias. O papel do Mg na fibrose cística (FC) precisa
ser melhor investigado. Objetivo: Avaliar prospectivamente o efeito da
suplementação oral de Mg na função pulmonar, escore de ShwachmanKulczycki (SK) e manuvacuometria em escolares e adolescentes com FC.
Método: Estudo duplo-cego, randomizado, controlado com placebo e
cruzado. Foram incluídos 44 escolares e adolescentes com FC (idade, 7 a
19 anos, 20 masculinos) randomizados para receber Mg (n = 22, 300mg/
dia) ou placebo (n = 22) durante 8 semanas com um período de “washout”
de 4 semanas entre os dois períodos de suplementação. Todos os escolares
e adolescentes foram submetidos ao tratamento convencional para a FC. O
protocolo experimental incluiu a avaliação clínica pelo escore SK, a dosagem
urinária de Mg, a manuvacuometria e a espirometria. O desfecho primário
foi o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF 1) medido pela
espirometria. Resultados: Não foi verificado o efeito de carreamento para
nenhuma variável analisada. Houve diferença estatisticamente significa-
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
é necessária a investigação de alternativas que aumentem a adesão às
mudanças do estilo de vida deste grupo de indivíduos.
de 2004 a 2011. Método: Quantitativo, retrospectivo e longitudinal, que
utilizou os dados do Checklist do Programa de Certificação ao enfermeiro
na Instalação da Sonda Enteral. Definido como ponte de corte o percentual
ideal de preenchimento dos itens acima de 80%, além das principais variáveis identificadas. Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa nº 165.327/12.
Resultados: Um total de 300 pacientes participou da Certificação da
Instalação da Sonda Enteral às cegas pelos enfermeiros, num total de
362 procedimentos, 49 pacientes tiveram mais de um procedimento de
instalação da sonda enteral, dos quais 35,3% foram realizados em 2004,
principalmente no período diurno (66,6%). Os principais itens do checklist
que obtiveram percentuais abaixo do valor de corte estavam relacionados
principalmente as Categorias: 1- Escolha da técnica (37,8%); 2- Informação
ao paciente (39 a 71,0%); 3- Itens informativos de observação do paciente
(40,9 a 77,9%); 4-Progressão pós-pilórica (71,0 a 71,3%) e 5 – Cuidados
pós procedimento para progressão espontânea da sonda (31,2 a 35,9%).
As medidas de segurança descritas no checklist foram realizadas acima
de 80,0%, destacadas como: observação da saída de ar a 25 cm da introdução da sonda enteral; verificação da radiografia de abdome e fixação/
marcação da sonda enteral. Em relação às principais técnicas utilizadas
para o posicionamento distal da sonda enteral, houve o destaque para a
insuflação de ar (48,3%). As principais localizações das sondas enterais
foram: 64,0% nas porções distais e 34,8% em posição gástrica, além de
0,9% no esôfago e 0,3% no pulmão, considerados incidentes sem danos aos
pacientes. Conclusão: Os itens com valores de corte inferior ao esperado
necessitam de reformulação, porém a adesão às etapas de segurança do
checklist, em especial a realização da radiografia de abdome foi essencial
para a identificação dos incidentes. A preferência pelo posicionamento
distal da sonda enteral, com a utilização da técnica de insuflação de ar foi
uma característica desta unidade hospitalar. A segurança na instalação da
sonda enteral foi possível, com recursos de treinamento e protocolos, por
outro lado, a não utilização de tecnologias seguras nas unidades hospitalares, condiciona os profissionais a realização de modificações da prática,
violações, adaptações e ajustes de procedimentos considerados essenciais.
TL09 - IDENTIFICAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES
HOSPITALIZADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SEGUNDO
MÉTODOS DE TRIAGEM NUTRICIONAL
LETICIA SERPA (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); VERA GOUVEIA
SANTOS (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ALINE MACHADO (HOSPITAL
ALEMÃO OSWALDO CRUZ); MONICA MEALE (NESTLÉ HEALTHSCIENCE)
Introdução: A incidência de desnutrição hospitalar é bastante elevada.
Estudos nacionais e internacionais relatam que 30% a 50% dos pacientes
internados apresentam algum grau de desnutrição. Triagem, avaliação e
intervenção nutricionais inadequadas podem contribuir para o agravamento
do estado nutricional durante a hospitalização. Além disso, pacientes
desnutridos apresentam maiores índices de morbidade e mortalidade, maior
número de complicações durante a hospitalização. Objetivo: Identificar os
pacientes com risco nutricional no momento da internação através de três
instrumentos de avaliação: ANSG, NRS e MAN para idosos. Método: Tratase de um estudo prospectivo, multicêntrico, realizado em seis hospitais do
município de São Paulo. A amostra foi composta por pacientes internados
nas unidades de internação e UTIs dos seis hospitais, de ambos os sexos,
com idade igual ou maior a 18 anos e que concordaram em participar da
pesquisa. A coleta de dados foi realizada no período de abril a junho de
2013, por Estagiários de enfermagem, selecionados a partir de prova escrita
e entrevista. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em
Seres Humanos Hospital Alemão Oswaldo Cruz/SP. Cada participante foi
informado sobre o projeto e preencheu o TCLE, concordando em participar
do estudo. Na sua impossibilidade, um familiar procedeu a assinatura. O
Instrumento para a coleta de dados era composto dos seguintes dados: Parte 1: Dados Demográficos; - Parte 2: Dados Clínicos - Parte 3: Triagem
Nutricional através das escalas: ANSG, NRS e MAN reduzida idosos.
Resultados: Foram avaliados 1452 pacientes no período, sendo 56,81%
do sexo feminino, 45,72% de pacientes idosos, considerando 14,18% com
80 anos ou mais, a maioria (56,61%) em tratamento clínico. Com relação
às doenças associadas, 18,42% dos pacientes eram portadores de DM e
42,47% de HAS. De acordo com os métodos de avaliação, os pacientes
foram classificados da seguinte forma: • NRS: 50% com risco de desnutrição
e 50% sem risco. A maioria (87,39%) dos pacientes recebeu pontuação entre
2 a 4 pontos; • ANSG: 97% dos pacientes foram classificados como bem
nutridos; • MAN reduzida: para os pacientes idosos: 36,94% classificados
como desnutridos, 35,66% sob risco de desnutrição e 27,38% em eutrofia.
Conclusão: Não houve similaridade nos resultados das diferentes avaliações. A utilização de um instrumento para a identificação dos pacientes
em risco é fundamental, pois auxilia na tomada de decisão e na instituição
de protocolos de prevenção.
TL 11 - O HDL-C E O ÁCIDO ÚRICO SÃO PREDITORES DAS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE ADIPONECTINA, DE MANEIRA DEPENDENTE DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA.
ANA CAROLINA PINHEIRO VOLP (UFOP); KIRIAQUE BARRA FERREIRA
BARBOSA (UFSE); JOSEFINA BRESSAN (UFV)
Introdução: O processo inflamatório pode ser modulado por variáveis
antropométricas, bioquímicas e de estilo de vida, sendo que a prática de
atividade física pode desempenhar um papel benéfico fundamental nesta
modulação. Objetivos: Avaliar as associações entre as concentrações
plasmáticas do biomarcador antiinflamatório adiponectina com os componentes antropométricos, de composição corporal, bioquímicos e de estilo
de vida em adultos jovens saudáveis. Método: De 157 indivíduos jovens
saudáveis, com idade entre 18 e 35 anos, foram coletados e analisados
dados antropométricos e de composição corporal, pressão arterial sistólica,
diastólica e de estilo de vida. Amostras sanguíneas foram coletadas após
jejum de 12 horas para determinação das concentrações de adiponectina,
glicose, triacilgliceróis, colesterol total, HDL-c, LDL-c, insulina, ácido úrico
e ceruloplasmina. Índices antropométricos e bioquímicos foram calculados
e analisados. Foram usados os testes de Shapiro-Wilk, Wilcoxon- MannWhitney- U e Spearman para verificar a distribuição, comparação entre variáveis, bem como suas possíveis correlações. O modelo de regressão linear
múltipla foi usado para identificar possíveis preditores das concentrações
de adiponectina, incluindo no modelo “gênero”, “tabagismo” e “atividade
física” (variáveis qualitativas) como variáveis indicadoras. Um p<0,05 foi
considerado estatisticamente significante. As análises estatísticas foram
efetuadas utilizando-se o software SAS. Resultados: As concentrações de
adiponectina foram significativamente maiores para as mulheres, quando
TL 10 - A SEGURANÇA DO PACIENTE NA INSTALAÇÃO DA SONDA
ENTERAL – É POSSÍVEL?
SANDRA REGINA MACIQUEIRA PEREIRA (HOSPITAL PRO CARDIACO);
MARIA JOSE COELHO (ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY); ANA
PAULA VEIRA CABRAL (HOSPITAL PRO CARDÍACO); HENRIQUE FERREIRA
RIBEIRO (HOSPITAL PRO CARDÍACO); PLINIO NASCIMENTO GOMES
(HOSPITAL PRO CARDÍACO); PRISCILLA DE CASTRO ALMEIDA (HOSPITAL
PRO CARDIACO)
Introdução: A instalação da sonda enteral é um procedimento privativo dos
enfermeiros, não isento de complicações graves, em especial à instalação
da sonda no sitio pulmonar. Objetivo: Analisar os resultados obtidos com
a utilização de um Checklist de instalação da sonda enteral no período
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
comparadas aos homens, e correlacionaram-se com o índice de massa
corporal, percentual de gordura corporal, circunferência da cintura, colesterol total, HDL-c, ácido úrico, gasto energético de repouso (bioimpedância
elétrica), pressão arterial sistólica, dentre outros. Em análise de regressão
linear múltipla, o HDL-c e o ácido úrico (r2=0,3100, p<0,0001) se associaram com as concentrações de adiponectina, de maneira dependente da
prática de atividade física. Conclusão: As concentrações plasmáticas de
adiponectina foram moduladas por medidas antropométricas, de composição corporal, bioquímicas bem como pelo estilo de vida. Esta modulação
parece ser dependente da presença de atividade física.
Introdução: O uso combinado de alanil-glutamina (GLN) e emulsão
lipídica de óleo de peixe (OP) por via parenteral em condições de estresse
metabólico vem sendo praticado em pacientes críticos. Faltam estudos sobre
eficiência e segurança dessa combinação. Pancreatite aguda experimental
(PA) tem alta mortalidade e gera estresse oxidativo. Objetivo: Avaliar o
efeito da infusão parenteral combinada de OP e GLN sobre estresse oxidativo hepático e sobrevida de ratos submetidos à modelo de PA. Método:
Ratos isogênicos Lewis (n = 160) foram submetidos à cateterização venosa
central e infusão de salina 0,9% por 24 horas. Após este período, os animais,
foram randomizados para receber infusão parenteral de salina (SS), OP
(grupo OP), GLN (grupo Gln) e mistura de emulsão lipídica de óleo de peixe
e glutamina (grupo OP+Gln), durante 48 horas, com livre acesso a dieta
oral padrão e água. O grupo SHAM foi cateterizado, mas não recebeu
infusão parenteral. A seguir todos os animais foram submetidos à indução
de PA, por infusão de ácido taurocólico a 3% no duto bíleo-pancreático.
Duas horas após PA, 50 animais (10 por grupo) foram sacrificados e
fragmentos do fígado foram coletados para analisar a produção de MDA
hepático, por método TBARS Assay. Os 100 animais restantes (20 por
grupo) foram observados para verificação de mortalidade até o sétimo dia
pós PA, quando os sobreviventes foram sacrificados. Resultados: O grupo
OP+Gln apresentou aumento significativo dos níveis de MDA no fígado, em
relação ao grupo com OP (média de 3,74 vs 2,96; p= 0,006). A mediana
de mortalidade foi 48 horas pós PA. Observou-se medianas distintas para
os diferentes grupos: SS (30-36 hs), OP+Gln ( 36-38hs), OP (30-42hs), Gln
(48hs) e o grupo SHAM (24-48 hs) (p>0,05). Até o sétimo dia a sobrevida
dos animais OP+Gln foi 53%, de Gln foi 75% e de OP foi 65%. Conclusão:
Em PA experimental, a infusão parenteral de OP + GLN mostrou aumento
significativo de estresse oxidativo hepático e tendência (não significativa)
a menor sobrevida do que a infusão isolada de GLN.
TL 12 - PREVALÊNCIA DE SINTOMAS QUE AFETAM A INGESTÃO
ALIMENTAR DE PACIENTES ONCOLÓGICOS
CLÁUDIA ANDRÉA PATOUNAS (CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE
SÁ DE SANTA CATARINA); MARIA EMÍLIA DE SOUZA FABRE (CENTRO DE
PESQUISAS ONCOLÓGICAS DE SANTA CATARINA); LUCIANA MARCON
BARBOSA (CENTRO DE PESQUISAS ONCOLÓGICAS DE SANTA CATARINA);
MARIANA GASCUE DE ALENCASTRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/UFSC);
PRISCILA DANIELE SERÔA DA MOTTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/UFSC);
ADRIANA SALUM (CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA
CATARINA)
Introdução: O câncer é uma enfermidade que se caracteriza pelo crescimento descontrolado, rápido e invasivo de células com alteração em seu
material genético. No Brasil, as estimativas para o ano de 2013 apontam
a ocorrência de aproximadamente 518.510 casos novos, reforçando a
magnitude do problema no país. A desnutrição, condição prevalente no
paciente oncológico, manifesta-se de forma universal em todos os tipos
de câncer e sua intensidade varia de acordo com o tipo e a localização da
doença. Além disso, durante o tratamento oncológico os pacientes apresentam sinais e sintomas que levam à diminuição da ingestão diária de
alimentos com impacto negativo no estado nutricional. A desnutrição está
associada com redução de resposta ao tratamento, aumento dos custos
em saúde, pior qualidade de vida e sobrevida. O controle e manejo nutricional dos sintomas apresentados pode ser um fator adjuvante importante
na prevenção da desnutrição e contribuir para o sucesso do tratamento
oncológico. Objetivo: Detectar os principais sintomas que afetam a ingestão
alimentar dos pacientes internados em um centro de tratamento oncológico
em Florianópolis, Santa Catarina. Método: A coleta de dados foi realizada
por meio da Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente
(ASG-PPP), entre abril e maio de 2013. Foram incluídos todos os pacientes
internados entre 18 e 65 anos, que assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido. Indivíduos com baixo nível de consciência foram excluídos da pesquisa. Resultados: Foram avaliados 51 pacientes, sendo 55%
(n=28) do sexo masculino. Verificou-se maior prevalência das neoplasias do
trato gastrointestinal (n=22). Em relação ao estado nutricional, 20% (n=10)
apresentou desnutrição severa (ASG-C), 49% (n=25) desnutrição moderada
(ASG-B) e apenas 31% (n=16) bem nutridos (ASG-A). Os sintomas com
maior interferência na ingestão alimentar, citados pelos pacientes, foram
dor (23%; n=14) e inapetência (19%; n=12), havendo neste grupo prevalência importante (41%) de perda ponderal grave. Conclusão: A avaliação
nutricional precoce, o controle dos sintomas e a abordagem nutricional
apropriada são fundamentais na prevenção da deterioração do estado
nutricional de pacientes oncológicos.
TL 14- ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PEDIÁTRICOS NOS
PERÍODOS PRÉ E PÓS-TRANSPLANTE RENAL
MARINA LUTZOFF DE CAMARGO VAZ (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO); ELAINE HILLESHEIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE
DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO);
VALÉRIA LAGUNA SALOMÃO AMBROSIO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO); INALDA FACINCANI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE
DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
Introdução: A doença renal crônica (DRC) é responsável por atraso no
crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. O transplante
renal (TxR) é considerado o tratamento mais eficaz em pediatria mas não
necessariamente corrige as alterações prévias ao procedimento, podendo
induzir ao aparecimentos de novos distúrbios nutricionais. Objetivo:
Comparar o estado nutricional de nefropatas pediátricos nos períodos
pré e pós-TxR. Método: Estudo retrospectivo realizado através de coleta
de dados de prontuários. Foram coletados dados referentes ao estado
nutricional e exames bioquímicos pré e pós-TxR, sendo esses momentos
caracterizados como a data prévia ao TxR, não ultrapassados seis meses,
e a última avaliação ambulatorial. O estado nutricional foi diagnosticado
pelos indicadores estatura para idade (E/I) e índice de massa corporal
para idade (IMC/I), classificados segundo os Protocolos do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional. Para a avaliação da área muscular do
braço (AMB) e prega cutânea triciptal (PCT) utilizou-se a idade corrigida
pela estatura. Os exames bioquímicos foram avaliados de acordo com os
valores preconizados pela National Kidney Foundation. A taxa de filtração
glomerular (TFG) estimada foi calculada pela fórmula de Schwartz. As
análises foram realizadas por estatística descritiva e teste de Wilcoxon para
amostra pareada, com p&#8804;0,05. Resultados: Foram avaliados 17
indivíduos com média de idade inicial e final de 9,1±4,1 e 14,7±2,3 anos,
TL 13- EFEITO DA INFUSÃO PARENTERAL COMBINADA DE ÁCIDOS
GRAXOS ÔMEGA-3 E GLUTAMINA SOBRE SOBREVIDA E ESTRESSE
OXIDATIVO EM PANCREATITE AGUDA: ESTUDO EXPERIMENTAL
PRISCILA GARLA (FMUSP); RICARDO GARIB (FMUSP); DAN WAITZBERG (FMUSP)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
10
Suplemento Nutrição Clínica/2013
respectivamente (meninos=82,3%). O tempo médio pós-TxR foi 5,57±4,17
anos, com 58,8% da amostra classificada no estágio três de DRC. Observouse melhora significativa nas médias dos escores-z IMC/I de -0,67±1,24
para 0,23±1,58, e E/I de -2,71±1,64 para -1,98±1,32. No pré-TxR 94,1%
da amostra apresentou eutrofia e 52,9% muito baixa E/I, com ausência
de excesso de peso. No pós-TxR houve aumento do excesso de peso para
35,3% e redução da muito baixa E/I para 29,4%. A frequência de percentil
&#8804;5 para PCT alterou-se de 25% para 18,7% e para AMB de 36,7%
para 68,7%. Houve aumento significativo nas médias de colesterol total e
albumina sérica, estando todos os valores de acordo com as recomendações;
no entanto, 35,3% da amostra apresentou colesterol total &#8805;170 mg/
dL no pós-TxR. Não houve diferença nas médias de triglicerídeo sérico, LDLcolesterol, HDL-colesterol e proteínas totais. Conclusão: No pós-TxR houve
melhora do estado nutricional, principalmente em relação a E/I, porém,
com aumento do excesso de peso, com índice semelhante à população
pediátrica brasileira saudável. O acompanhamento nutricional no pós-TxR
deve ser enfatizado a fim de evitar desordens nutricionais que aumentam
o risco de perda do enxerto.
Introdução: A condição nutricional pré-operatória de pacientes candidatos a cirurgias de grande porte influenciam na evolução clínica destes
indivíduos. Entretanto, são escassos os trabalhos que avaliem o impacto
que o estado nutricional pré-operatório tem sobre a morbimortalidade de
paciente submetidos à cirurgia cardíaca. Objetivo: Conhecer a influência
do estado nutricional pré-operatório na morbimortalidade de pacientes
submetidos à cirurgia cardíaca. Método: Estudo observacional, descritivo,
de caráter prospectivo, baseado no acompanhamento peri-operatório de
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. A coleta de dados foi dividida
em três etapas: 1ª etapa – Coleta das variáveis pré-operatórias (idade,
gênero, co-morbidades, euroSCORE, índice de massa corpórea, percentual de adequação da prega cutânea tricipital, circunferência do braço e
circunferência muscular do braço, e circunferência da cintura); 2ª etapa
– Coleta das variáveis pós-operatórias (óbito e complicações); 3ª etapa
– Acompanhamento pós-operatório se estendeu após a alta hospitalar
por meio de um contato telefônico semanal até o 30º DPO, a fim de
identificar os casos de óbito. Resultados: A amostra foi constituída por
173 indivíduos, com idade média de 57,4±10,5 anos, sendo a maioria
do sexo masculino (59,5%). O procedimento mais frequente foi a cirurgia
de revascularização do miocárdio (67%). A mortalidade foi de 16,2% e o
tempo médio de permanência hospitalar de 8 dias. A análise multivariada
mostrou associação significativa entre o índice de massa corpórea (p=0,02),
a circunferência da cintura (p=0,001), o percentual de adequação da circunferência do braço (p=0,02) e a ocorrência de complicações pós-operatórias
(p=0,01), com dimensão de efeito de pequena a moderada intensidade.
Conclusão: A condição nutricional influencia a ocorrência de complicações
pós-operatórias, estando este associado mais fortemente a incidência de
complicações não infecciosas neste grupo de pacientes.
TL 15 - INDICADORES DE RISCO NUTRICIONAL COMO PREDITOR
DE TEMPO DE INTERNAÇÃO E DESFECHO CLÍNICO EM PACIENTES
HOSPITALIZADOS
SILVIA MARINHO FEROLLA (HOSPITAL VERA CRUZ); BIANCA SOUZA
DUARTE (CENTRO UNVIERSITÁRIO UNA); JANAÍNA CESTARO DE SOUZA
(CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA); JULIANA RODRIGUES DA SILVA (CENTRO
UNIVERSITÁRIO UNA); GEYZA NOGUEIRA DE ALMEIDA ARMILIATO
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); TÂMARA OLIVEIRA DOS
REIS (HOSPITAL VERA CRUZ)
TL 17- MAIOR QUANTIDADE DE MASSA MUSCULAR ESQUELÉTICA
NÃO GARANTE INTEGRIDADE CELULAR
Introdução: A prevalência de desnutrição em pacientes internados varia
de 20% a 50%. A identificação precoce de risco nutricional está associada
ao aumento do tempo de internação, da frequência de complicações
pós-operatórias, dos custos com tratamento e de mortalidade. A triagem
de risco nutricional (NRS) proposta pela ESPEN (2002) tem sido utilizada
frequentemente no ambiente hospitalar para detectar indivíduos em risco
nutricional. Objetivos: este trabalho objetivou avaliar se a utilização da NRS
e de variáveis antropométricas foram capazes de predizer o aumento do
tempo de internação e do risco de complicação de pacientes hospitalizados.
Método: Trata-se de estudo observacional, retrospectivo com inclusão de 864
pacientes, adultos e idosos, internados em hospital privado de Belo horizonte,
Minas Gerais, entre setembro de 2011 e dezembro de 2012. Não foram
incluídos pacientes internados em unidade de terapia intensiva. O trabalho
foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Resultados:
Baixos valores de IMC relacionaram-se ao aumento do tempo de internação
(p=0,03). As variáveis que se correlacionaram ao aumento no risco de óbito
durante a internação foram: IMC<18,5Kg/m2 (OR:2,72; IC95%1,32; 5,59,
p<0,01), redução na ingestão alimentar recente (OR: 1,99; IC95%:1,05;
3,77; p=0,03) e ser classificado como risco nutricional (pontuação>3) pela
NRS (OR:2,31, IC95%:1,10; 4,85, p=0,02). Conclusão: Pacientes com baixo
IMC apresentam aumento no tempo de permanência hospitalar e aumento
em 2,7 vezes na chance de evoluírem para óbito durante a internação.
Pacientes que apresentam redução aguda da ingestão alimentar e que são
classificados como em risco nutricional pela NRS (pontuação >3 na NRS),
também apresentam chance dobrada de óbito intra hospitalar.
RUBIA DANIELA THIEME (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); CARYNA
EURICH MAZUR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); DARLA SILVERIO
MACEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); ANTONIO CARLOS
LIGOCKI CAMPOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); MARIA ELIANA
MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)
Introdução: Doenças do sistema digestório frequentemente acometem
o estado nutricional. Estudos apontam que 30 a 55% dos indivíduos
hospitalizados apresentam risco de desnutrir ou desnutrição. Indivíduos
desnutridos apresentam mais complicações pós-operatórias e pior desfecho
clínico. Um dos sinais físicos de depleção nutricional é a redução da massa
muscular. Em nível celular, a diminuição da integridade das membranas
está relacionada com mau prognóstico. Objetivo: Verificar associação entre
massa muscular esquelética e integridade celular em pacientes candidatos
à cirurgia do aparelho digestivo (CAD). Método: Estudo clínico transversal
prospectivo analítico realizado em Hospital Universitário de Curitiba, entre
junho de 2011 e junho de 2013. Os pacientes candidatos à CAD de médio
e grande porte foram submetidos à avaliação nutricional pré-operatória. Foi
realizada bioimpedância elétrica, por meio da qual foram obtidos valores
de resistência (R) e reactância (Xc), ambos em &#937;. Com os valores de
R e Xc foi obtido o ângulo de fase (AF), calculado como arco tangente da
razão Xc/R em graus, a fim de verificar integridade de membrana celular,
e estimada massa muscular esquelética (MME) com a equação proposta
por Janssen e cols (2000), que utiliza o valor de R. A análise estatística foi
realizada por meio do software SPSS versão 17.0 e utilizou-se coeficiente
de correlação de Pearson, com intervalo de confiança de 95%. Resultados:
Foram incluídos 51 pacientes, com média de idade de 63,1±12,5 anos
(mínimo=32; máximo=86), sendo 56,9% (n=29) do sexo masculino. A
média de AF foi 5,67±1,36 (mínimo=2,99; máximo=8,83) e de MME foi
de 21,8±5,79Kg (mínimo=11,91; máximo=37,01). A correlação entre AF
e MME foi fraca (R=0,118) e não foi estatisticamente significativa (p=0,41).
TL 16- INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-OPERATÓRIO
NA MORBIMORTALIDADE DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA
CARDÍACA
JULIANA TEIXEIRA DA SILVA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
NAYARA VARJÃO DE OLIVEIRA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
MONIQUE TAVARES DE JESUS (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
LUCIANA CATUNDA BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
Conclusão: Não foi encontrada associação entre MME e AF. Sugere-se que
a integridade celular não é proporcional à quantidade de MME.
o excesso de tecido adiposo também é muito comum entre os pacientes.
Objetivo: analisar a associação do índice de massa corporal (IMC) e da
circunferência da cintura (CC) com os estágios da (DRC) em pacientes sob
tratamento conservador atendidos no Ambulatório de Nutrição em Nefrologia – APMN/HUPES/UFBA. Método: Estudo transversal composto por 127
pacientes. Foi preenchido protocolo de atendimento para obtenção dos
dados clínicos e nutricionais. O IMC, seguindo a referência da OMS, 1995,
foi verificado por meio da medida do peso e de altura. A CC foi classificada
de acordo com os critérios da OMS, com risco de complicações metabólicas quando a CC for maior ou igual a 80cm para as mulheres e maior
ou igual a 94cm para os homens. Os estágios da DRC foram classificados
pela referência do KDOQI 2002, utilizando a estimativa do Clearance de
Creatinina de 24h realizado pela fórmula de Cockcroft-Gault (Cockcroft e
Gault, 1976), que utililiza a creatinina sérica. As análises estatísticas foram
realizadas utilizando o software Statistical Packcage for Social Science (SPSS)
na versão 21.0. Resultados: A média de idade da população foi de 59,1
anos (DP 14,2), sendo 64 (50,4%) pacientes do sexo feminino. A média
do IMC e da CC na população foi 25,53Kg/m2 (DP 5,32) e 91,58cm (DP
14,13), respectivamente. A mediana do clearance de creatinina foi de 30,25
(23,5-45,2). Quanto a estratificação pelo grau de DRC, 2 (1,6%) pacientes
se encontravam em estágio 1, 9 (7,1%) no estágio 2, 46 (36,2%) no estágio
3, 53 (41,7%) no estágio 4 e 17 (13,4%) no estágio 5. A distribuição do
IMC e da CC pelos grupos estratificados pelo grau de DRC não apresentou
diferença significante. Contudo observou-se que as médias do IMC nos
grupos com estágio 1,2,3 e 5 da DRC esteve acima dos valores normais
situando-se na faixa do sobrepeso e o valor médio encontrado no grupo com
estágio 4 encontrou-se dentro da faixa de normalidade. Os valores médios
da CC em todos os grupos estudados esteve acima de 89cm. Conclusão:
Apesar da DRC ser uma doença catabólica, a presença do excesso de peso
e da circunferência da cintura em valores próximo ao risco cardiovascular
se mantém na população estudada em todas as fases da doença.
TL 18- INTERCORRÊNCIAS GASTROINTESTINAIS E PRESENÇA DE
ÚLCERA POR PRESSÃO EM PACIENTES NEUROCIRÚRGICOS
JERUSA MARCIA TOLOI (UNIFESP- EPM); ELIS SIZANOSKI TEIXEIRA
(UNIFESP- EPM); LUCAS BASSOLLI (UNIFESP- EPM); PATRICIA STANICH
(UNIFESP- EPM)
Introdução: Indivíduos tratados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s)
freqüentemente apresentam complicações gastrointestinais que impedem
a adequada evolução da Terapia Nutricional (TN), aumentando o risco de
infecções e aparecimento de úlceras por pressão (UPP). Objetivo: Descrever
as principais intercorrências gastrointestinais e ocorrências de úlceras por
pressão em pacientes neurocirúrgicos em UTI em Terapia Nutricional Enteral
(TNE).Método: Estudo descritivo envolvendo 51 pacientes neurocirúrgicos
adultos admitidos em 2 UTI’s no período de fevereiro a julho de 2013.
Excluiu-se indivíduos com tempo de internação inferior a 72 horas e que não
estiveram em terapia nutricional enteral exclusiva em um período mínimo de
7 dias. Informações referentes à identificação do paciente, tempo de TNE,
motivo da internação (cirúrgico eletivo, cirúrgicos de urgência e cirúrgico
por trauma) e complicações gastrointestinais (distensão abdominal; elevado
volume residual gástrico- superior a 200 ml por horário de infusão de dieta;
vômitos, disfagia e diarréia- mínimo de 3 evacuações líquidas em 24 horas
sem uso de laxantes), além de ocorrência de UPP durante a terapia foram
levantados. Resultados: Dos 51 pacientes analisados (48,1±18,7 anos),
4 (7,8%) realizaram cirurgia eletiva, 20 (39,2%) cirurgia de urgência e 27
(52,9%) cirurgia de urgência por trauma. O tempo médio de internação foi
de 23,9 (±12,2) dias, sendo, em média, maior entre os pacientes vítimas
de trauma 24,6±13 dias (p<0,001) e o tempo mediano para início TNE foi
de 2 dias, variando entre 0 e 11 dias. 52,9% dos pacientes apresentaram,
em algum momento da TNE, sinais de intolerância gastrointestinal, sendo o
volume residual gástrico (VRG) aumentado a intercorrência mais observada
(74,5%). Encontramos episódios mais frequentes de intercorrências entre
os pacientes cirúrgicos não traumáticos (60% vs. 44,4%), embora os indivíduos acometidos por trauma tenham apresentado maiores prevalências
de distensão abdominal, vômito e VRG aumentado. A incidência de UPP
foi de 21,6%, sendo maior naqueles que em algum momento apresentaram complicações gastrointestinais (29,6% vs. 12,5%). Os pacientes que
apresentaram UPP levaram mais tempo para iniciar TNE (3,18 ± 06 dias) e
permaneceram internados na UTI por mais tempo (p <0,001). A ocorrência
de disfagia foi encontrada em 66% dos indivíduos internados. (sendo 55%
em pacientes não traumáticos e 74,1% em traumáticos). Conclusão: As
intercorrências se mostraram presentes na maioria dos indivíduos, evidenciando a importância da utilização de protocolos e da presença de equipe
multiprofissional na tentativa de minimizar o déficit nutricional relacionado
a essas causas.
TL 20 - INTERVENÇÃO DIETOTERÁPICA EM PACIENTES HIV POSITIVOS
COM LIPODISTROFIA SUBMETIDOS À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL
AMANDA LAÍS FERREIRA DE MORAES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);
SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); ROSANA
MARIA FEIO LIBONATI (UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE); CLÁUDIA
DANIELE TAVARES DUTRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Introdução: Os efeitos adversos da síndrome lipodistrófica são comuns
nos pacientes submetidos ao uso da terapia anti-retroviral de alta potência
(TARV). Objetivo: Avaliar a efetividade da orientação nutricional sobre as
alterações metabólicas em pacientes com lipodistrofia secundária à TARV,
na cidade de Belém-PA. Método: Estudo intervencionista com pacientes
HIV positivo, com síndrome lipodistrófica, em uso da TARV. Foram analisadas as alterações metabólicas e nutricionais antes e após a intervenção
clínico-nutricional. Os resultados foram analisados através dos programas
BioEstat 4.0 e Virtual Nutri 1.0. com p < 0,05. As variáveis estudadas
foram colesterol total e frações (LDL e HDL), triglicerídeos, resistência à
insulina, medidas antropométricas e risco cardiovascular. Resultados:
Foram avaliados 29 pacientes,observou-se maior prevalência de pacientes
aposentados, sexo masculino, faixa etária de 41 a 50 anos e renda de
zero a três salários mínimos. Não houve diferenças significativas entre os
sexos quanto ao etilismo e o tabagismo, sendo que 72% dos pacientes
não praticavam atividade física. A associação entre lipoatrofia e lipohipertrofia e o tempo de uso da TARV, foi significante, independente do sexo.
Observaram-se colesterol total e triglicerídeos elevados, HDL baixo e LDL
normal. Quanto à análise do metabolismo dos carboidratos, 48% dos
pacientes apresentaram alterações glicêmicas e 34 % resistência à insulina.
A síndrome lipoatrófica apresentou medidas globais menores do que a
síndrome mista e a lipohipertrófica. Após a intervenção clínico-nutricional
houve alterações significativas de diminuição dos níveis de triglicerídeos
TL 19- ASSOCIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA COM OS ESTÁGIOS DA DOENÇA RENAL
CRÔNICA EM PACIENTES SOB TRATAMENTO CONSERVADOR ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA NA BAHIA.
MARIA HELENA LIMA GUSMÃO SENA (FACULDADE DE MEDICINA / UFBA );
MARINA SAMPAIO (ESCOLA DE NUTRIÇÃO / UFBA); ALESSANDRA FORTES
ALMEIDA (ESCOLA DE NUTRIÇÃO / UFBA); ETHIANE JESUS SAMPAIO
(COMPLEXO HUPES/ UFBA ); JAIRZA MARIA BARRETO MEDEIROS (ESCOLA
DE NUTRIÇÃO / UFBA); CARLA HILÁRIO DA CUNHA DALTRO (ESCOLA DE
NUTRIÇÃO / UFBA)
Introdução: A doença renal crônica (DRC) representa importante problema
de saúde pública. Apesar da desnutrição ser frequente nesta população,
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
12
Suplemento Nutrição Clínica/2013
e glicose e aumento de HDL. Quanto às alterações cardiovasculares, 31%
dos pacientes diminuíram o risco absoluto de infarto e morte em 10 anos,
com diminuição do colesterol total e HDL. Com a intervenção nutricional
houve uma diminuição significativa no consumo alimentar das calorias,
proteínas e lipídios. Conclusão: O tratamento dietoterápico minimizou as
alterações metabólicas da TARV, melhorando o prognóstico e qualidade
de vida desses pacientes.
TL 22 - SISTEMATIZAÇÃO DOS INDICADORES DE QUALIDADE DE
ENFERMAGEM NA TERAPIA NUTRICIONAL- SEGUIMENTO DE 5
ANOS
CLAUDIA SATIKO TAKEMURA MATSUBA (HOSPITAL DO CORAÇÃOHCOR SÃO PAULO); ANDRÉ SANTOS ALVES DE ARAÚJO (HOSPITAL
DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); FERNANDA LARSEN (HOSPITAL
DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); ANA LUCIA CAPUCHO LORENA
ABRAHAO (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); BERNARDETE
WEBER (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); DANIEL MAGNONI
(HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO)
TL 21 - ADEQUAÇÃO DO SUPORTE ENTERAL E O IMPACTO NO ESTADO
NUTRICIONAL DE PACIENTES PEDIÁTRICOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO NORDESTE
LARISSA DE ANDRADE VIANA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA);
ANA CAROLINA RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ELDA AUGUSTO DE ANDRADE
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA);
JANINE MACIEL BARBOSA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CONCIANA MARIA ANDRADE FREIRE
NEVES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO
FIGUEIRA)
Introdução: Para garantir eficácia ao processo de tomada de decisões,
as organizações devem possuir sistemas estruturados de informações
confiáveis, apoiando-se na análise dos dados a fim de permitir comparações. A implantação de indicadores de qualidade em Terapia Nutricional
(TN) é essencial para a atuação do enfermeiro, exigindo monitoramento
contínuo dos processos, além de fornecer subsídios para a avaliação
do cuidado e garantir a otimização de recursos humanos e redução de
custos. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram comparar os resultados dos 4 indicadores de qualidade de enfermagem na TN, verificar
se os dados entre os setores foram homogêneos e levantar as causas
destas diferenças . Método: Estudo prospectivo, quantitativo, realizado
num hospital privado especializado em cardiologia do município de
São Paulo entre os períodos de 2009 a 2013. Utilizou-se ferramenta
gerencial de informações denominada DOCNIX SCORE CARD para
levantamento dos dados e análise dos resultados de todos os setores
em que havia pacientes com Terapia Nutricional Parenteral e Enteral.
Resultados: Neste período foram acompanhados 49.034 pacientes com
TN. O indicador “Índice de dieta enteral infundida” apresentou média
global de 78% em 2009 com evolução para 86,6% em 2013, sendo a
Unidade de Terapia Intensiva Adulta (UTI) o setor com maior número
de horas em pausa. No que se refere ao indicador “Índice de nutrição
parenteral infundida” nos setores críticos adultos e pediátricos verificouse média de 93% em 2009 e 96% em 2013, atribuindo melhorias ao
setor de UTI Pediátrico pela otimização de acesso intravenoso exclusivo
para esta terapia. Graças a estratégias como a implantação do Guia de
preparo de Medicamentos, intensificação de treinamento institucional e
uso de fixador nasal apropriado, o “Índice de perda de acesso enteral” de
3,1% em 2009 foi reduzido para 1,7% em 2013. Atualmente a “Taxa de
Satisfação quanto ao Planejamento Educacional mantém média anual de
97% entre os anos de 2012 e 2013. Conclusão: A utilização de indicadores de qualidade de enfermagem na Terapia Nutricional demonstra a
necessidade de monitoramento contínuo procurando garantir melhorias
como revisão de protocolos assistenciais e introdução de novas tecnologias aliado à adesão de toda a equipe multiprofissional. O alinhamento
destas informações permite também, a realização de benchmarking,
disseminação dos resultados a todos os níveis hierárquicos, segurança
ao paciente e mudança na cultura da organização.
Introdução: A prevalência de desnutrição em pacientes pediátricos hospitalizados encontra-se em torno de 30 a 50%. A utilização de terapia nutricional adequada tem demonstrado inúmeras vantagens como melhora na
resposta imunológica, diminuição de complicações clínicas, manutenção
do desenvolvimento, reduções de custos e tempo de internação. Objetivo:
Analisar a adequação do suporte enteral às estimativas calórico-protéicas
e o impacto no estado nutricional de pacientes pediátricos em um centro
de referência do Nordeste. Método: Estudo transversal, realizado com
crianças em suporte nutricional enteral, internadas em hospital de alta
complexidade pediátrico. A população foi composta por todos os pacientes
em terapia nutricional enteral (TNE) internados na clínica médica pediátrica no período de junho de 2012 a março de 2013. Os dados foram
extraídos da ficha de rotina do acompanhamento do suporte nutricional.
Foram considerados os pontos de corte propostos pela Organização
Mundial de Saúde (2006/2007) para a classificação do estado nutricional
segundo os indicadores antropométricos Peso/Idade e Índice de Massa
Corporal/Idade. As necessidades nutricionais foram estimadas conforme
a patologia de base e a meta calórica foi considerada atingida quando
>80%, conforme os critérios das Diretrizes de Terapia Nutricional (2011).
A análise estatística foi realizada no programa SPSS13.0. Resultados:
Foram analisados 136 pacientes, 64% do sexo masculino, de 0 a 120
meses (45,6% <24 meses), internados principalmente por doenças
neurológicas (46,2%) e pulmonares (27,3%). A TNE exclusiva foi instituída em 80,9% dos pacientes, sendo indicada em 49,3% dos casos,
devido ao desconforto respiratório, tendo como via preferencial o cateter
nasogástrico (64,6%) com média de dias em uso 9,17dias. As fórmulas
poliméricas específicas para a faixa etária representaram 76,5% das indicações pela equipe multiprofissional. As necessidades nutricionais foram
prioritariamente estimadas, segundo a American Society for Parenteral
and Enteral Nutrition (53%), obtendo-se meta calórica média 616,8kcal e
protéica 16,3g. Respectivamente, 70,4% e 65,4% dos pacientes atingiram
durante o internamento a meta de >80% da meta calórica e protéica.
No momento do internamento 30,6%(P/I) e 37%(IMC/I) encontravam-se
com algum grau de comprometimento nutricional (<-2DP). O peso médio
inicial (9,7+5,6kg) e final (9,9+5,7kg) foram comparados segundo o
teste T pareado, demonstrando melhora do estado nutricional, porém
sem significância estatística (p=0,236), no entanto 48,5% dos pacientes,
no momento da alta da TNE apresentavam melhora do seu estado nutricional. Conclusão: O uso adequado da TNE contribui para uma melhora
do quadro clínico e nutricional em pacientes pediátricos quando a meta
calórica e protéica for >80% das recomendações nutricionais.
TL 23- CORRELAÇÃO ENTRE ANEMIA MATERNA E INDICADORES
ANTROPOMÉTRICOS DO RECÉM-NASCIDO EM UMA MATERNIDADE
PÚBLICA EM SÃO LUÍS, MARANHÃO.
ADRIANA FONSECA TEIXEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA)); KÁTIA DANIELLE ARAÚJO
LOURENÇO VIANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA)); BYANCA MACIEL VIANA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA));
ROSÂNGELA CRISTINA ARAÚJO CANTANHEDE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA)); NATANIELE
FERREIRA VIANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO MARANHÃO (HUUFMA))
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
13
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A anemia causa consequências adversas à saúde da mulher, da
gestante e do concepto. As anemias maternas estão associadas a aumento
na incidência de abortos espontâneos, partos prematuros e morte perinatal. No feto, pode ocasionar restrição do crescimento intrauterino, baixo
peso ao nascer, morte fetal e anemia no primeiro ano de vida. Objetivo:
Identificar a prevalência de anemia em gestantes e sua correlação com
indicadores antropométricos do recém-nascido. Método: Estudo transversal,
com acompanhamento de 45 gestantes atendidas, por ocasião do parto,
na Unidade Materno Infantil de um Hospital Universitário, em São Luís,
Maranhão. Foram excluídas gestantes adolescentes, gravidez múltipla, parto
pré-termo e problemas de saúde durante a gestação (diabetes mellitus e
distúrbios hipertensivos). Adotou-se para diagnóstico de anemia, hemoglobina (Hb<11,0g/dL) e hematócrito (Ht<33%). As variáveis qualitativas foram
expressas através de frequências simples e percentuais e as quantitativas
na forma de médias (± DP). A correlação entre as variáveis quantitativas foi
avaliada pela correlação de Pearson. Para variáveis que não apresentaram
distribuição normal, a relação foi verificada pela correlação de Spearman,
nível de significância de 5%, programa Stata 10.0. Pesquisa aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade
Federal do Maranhão (Parecer nº252/11). Resultados: As gestantes
apresentaram idade média de 25,9 anos (± 5,6), em sua maioria, casadas
ou em união estável (82,2%), renda familiar inferior a 3 salários mínimos
(91,2%), Ensino Médio incompleto (46,7%) e cor da pele auto-referida
não branca (91,1%). A média de peso ao nascer foi 3.328g (±396,0),
80% dos neonatos apresentaram peso adequado ao nascer e 20% peso
insuficiente, comprimento médio de 49,3cm (±1,48) e o Índice de Rohrer
apresentou média de 2,78 g/cm3 (±0,272). A anemia foi diagnosticada
em 24,4% das gestantes, a dosagem da hemoglobina apresentou média
de 11,9g/dL (±1,3) e o hematócrito apresentou média de 35,15% (±3,63).
Observou-se correlação estatisticamente significante entre anemia e níveis
de hematócrito com o peso do recém-nascido (p=0,0421 e p=0,0430,
respectivamente). Conclusão: O estudo evidenciou influência da anemia
e concentração de hematócrito na gestante, com o peso ao nascer. Dessa
forma, considera-se o acompanhamento nutricional pré-natal indispensável
para que sejam identificadas situações de risco, visando uma intervenção
oportuna, gerando impacto positivo nas condições de nascimento e diminuição das taxas de morbimortalidade perinatal e neonatal.
GISLAINE APARECIDA OZORIO (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE
SÃO PAULO - ICESP); RONALDO SOUSA OLIVEIRA FILHO (INSTITUTO DO
CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); MARINA CELIA TOMAZELA
(INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); DEBORA
PEREIRA DOS SANTOS (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO
PAULO - ICESP); MARIA MANUELA FERREIRA ALVES DE ALMEIDA (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); THAIS CAMPOS
CARDENAS (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP)
Introdução: No paciente hospitalizado, a infusão de menor volume de
nutrição enteral (NE) comparado ao volume prescrito contribui para a
desnutrição e suas conseqüências. Diferentes condições podem favorecer
essa prática em pacientes críticos. Objetivo: Avaliar a diferença entre o
volume de NE prescrito e o infundido em unidades de terapia intensiva (UTI)
de um hospital oncológico de referência em São Paulo (SP). Método: O
estudo de caráter prospectivo e observacional selecionou pacientes críticos
oncológicos acima de 18 anos que receberam NE exclusiva por mais de
72 horas, entre março-maio/2013. Para triagem nutricional foi utilizada a
NRS-2002 e para os pacientes em risco nutricional foi aplicada a Avaliação
Subjetiva Global-ASG. Para análise dos dados foi utilizado o Stata 11.0 e
os valores expressos como média±desvio padrão, percentual, mediana e
Interquartil (IQ). Resultados: Foram incluídos 125 pacientes com idade
média de 60,4±12,7 anos, 60,0% eram do sexo masculino e o câncer
de cabeça e pescoço foi o mais prevalente (24,8%), seguido pelo câncer
gastrointestinal (21,6%). Quanto ao estado nutricional, 4,0% eram sem
risco (RN-), 29,6% classificados como nutridos (ASG/A), 59,2% desnutridos
moderados (ASG/B) e 7,2% desnutridos graves (ASG/C). Os pacientes
utilizaram NE por 8,1±5,9 dias e receberam 81,2% (IQ: 66,7-90,6%) do
volume prescrito, 79,5% (IQ: 64,9-87,1%) do aporte energético prescrito e
81,2% (IQ: 66,7-90,6%) do aporte protéico (p<0,001). O volume médio não
infundido em relação ao prescrito foi de 180±106mL/dia, 216±125Kcal/
dia e 36,9±16,1g/proteína/dia por paciente. Os principais motivos para não
infusão foram: jejum (94,4%), ventilação não invasiva (4,0%) e transferência
para enfermaria (1,6%). Ao relacionar estado nutricional e %kcal infundida,
60,0% dos pacientes RN- receberam mais de 80,0% do volume prescrito e
esse percentual foi menor quanto maior a gravidade do estado nutricional,
a saber: 59,5%, 54,1% e 44,4%, para ASG/A, B e C, respectivamente.
Conclusão: Os pacientes críticos com estado nutricional comprometidos
receberam volume de NE menor do que o prescrito, o que pode impactar
em sua recuperação e desfecho na UTI. É necessário conhecimento dos
motivos de jejum e discussão com a equipe de intensivistas para melhor
oferta energética e menor deficit diário, o que beneficiaria o paciente crítico.
TL 24 - ANÁLISE DA DIFERENÇA ENTRE O VOLUME DE NUTRIÇÃO
ENTERAL PRESCRITO E INFUNDIDO EM UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO DE REFERÊNCIA DO
ESTADO DE SÃO PAULO.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
14
Suplemento Nutrição
Clínica/2013
PÔSTERES EM DESTAQUE
Suplemento Nutrição Clínica/2013
PD-01 ULTRASSONOGRAFIA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR E
FORÇA DE PRENSÃO PALMAR: QUAL A ASSOCIAÇÃO?
(EN), ingestão alimentar (IA), e outros fatores relacionados à alimentação
nos distúrbios alimentares (DisA) e comportamentais (DisC) de idosos em
diferentes fases da DA. Método: estudo transversal analítico, no qual foram
incluídos idosos com diagnóstico de DA atendidos em uma Unidade de
Saúde de Atenção ao Idoso no período de novembro de 2010 a julho de
2011. Foram relacionados os DisC e DisA com EN avaliado pela Miniavaliação Nutricional e a ingestão calórica e protéica, avaliada por meio
do registro alimentar de 3 dias. Foram também analisadas as variáveis:
sobrecarga do cuidador, número de refeições diárias, companhia durante as
refeições, atividades durante as refeições, independência para se alimentar,
quem prepara o prato, comportamento alimentar quando fica sozinho,
renda per capita, opinião do cuidador com relação a qualidade e a quantidade das refeições, com quem mora o paciente, xerostomia, gosto amargo
na boca, problemas de mastigação, prótese dentária, disfagia, tosse ou
afogamento ao se alimentar e consistência da dieta. Foi considerada a a
influencia da idade, sexo, anos de estudo, número de refeições diárias,
ingestão calórica e proteica, estado nutricional, sobrecarga do cuidador e
estágio da doença nas variáveis dependentes DisA e DisC. A análise dos
dados foi realizada pelos testes Coeficiente de Correlação de Pearson e
Regressão Linear Múltipla ,considerando o nível de significância de 95%.
Resultados: Foram avaliados 96 pacientes, sendo a amostra predominantemente feminina (n = 68; 70,8%), com idade média de 78 anos (± 6,52).
Nas análises de correlação, houve correlações fracas ou muito fracas entre
todas as variáveis analisadas. Já pela análise de regressão linear múltipla,
as variáveis estágio da doença e sobrecarga do cuidador influenciam significativamente no número de distúrbios do comportamento e distúrbios da
alimentação, e o estado nutricional foi influenciado por: uso de prótese
dentária, disfagia, companhia ao se alimentar, opinião do cuidador a
cerca da quantidade ingerida e estágio da doença. Conclusão: As alterações comportamentais e alimentares ocorreram independentemente
do estado nutricional e dos demais fatores relacionados à alimentação,
pois se mostram associadas à evolução da doença. No entanto, alguns
fatores relacionados à alimentação podem interferir no estado nutricional,
cabendo a equipe multiprofissional e ao cuidador buscar intervenções
positivas neste sentido.
RUBIA DANIELA THIEME (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); CARYNA
EURICH MAZUR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); DARLA SILVERIO
MACEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); ARQUIMEDES ARTUR
ZORZETTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); MARIA ELIANA
MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ);
ANTONIO CARLOS LIGOCKI CAMPOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ)
Introdução: Estudos apontam que 30 a 55% dos indivíduos hospitalizados
apresentam risco de desnutrir ou desnutrição. As doenças do sistema
digestório frequentemente acometem o estado nutricional. O diagnóstico
nutricional pode variar de acordo com o método utilizado para realizá-lo.
Espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) e força de preensão palmar
(FPP) são parâmetros de composição corporal e capacidade funcional,
respectivamente, e são coadjuvantes na determinação diagnóstica. Objetivo: Verificar associação entre exame de imagem e capacidade funcional
em pacientes candidatos à cirurgia do aparelho digestivo (CAD). Método:
Estudo clínico transversal prospectivo analítico realizado em Hospital Universitário de Curitiba, entre junho de 2011 e junho de 2013. Os pacientes
candidatos à CAD de médio e grande porte foram submetidos à avaliação
nutricional pré-operatória. Entre as variáveis, foram verificadas EMAP, por
meio de aparelho de ultrassonografia com transdutor linear com frequência
entre 12 e 15 MHz, e FPP, com dinamômetro hidráulico com avaliação
de força aferida por quilogramas força, ambos da mão dominante e não
dominante. Considerou-se ponto de corte para EMAP segundo Lameu e cols
(2004) e para FPP de acordo com Lauretani e cols (2003), somente para
a mão dominante, com estratificação para sexo. A análise estatística foi
realizada por meio do software SPSS versão 17.0 e utilizou-se coeficiente de
correlação de Pearson, teste T e Qui Quadrado, com intervalo de confiança
de 95%. Resultados: Foram incluídos 39 pacientes, com média de idade
de 64,9±12,3 anos (mínimo=43; máximo=88), sendo 64,1% (n=25) do
sexo masculino. A média de EMAP dominante foi de 11,12 ±1,55 mm
e não dominante 11,12±1,46mm (p=0,994). Para EMAP, 60% (n=15)
dos homens e 21,4%(n=3) das mulheres apresentaram valor acima do
ponto de corte. A média de FPP dominante foi de 28,76±11,15kg e não
dominante de 26,03±10,52kg (p=0,270). Para o sexo masculino, a FPP,
foi maior que o ponto de corte para 64%(n=16) e 42,9% (n=6) para o
feminino. A correlação entre EMAP e FPP foi estatisticamente significativa
para mão dominante e não dominante (R=0,565 e R=0,544, respectivamente, p<0,001). Considerando ponto de corte, a associação entre EMAP
e FPP não apresentou diferença estatística para ambos os sexos (p>0,05).
Conclusão: A correlação entre exame de imagem e de capacidade funcional
foi positiva e moderada. Quando considerado os pontos de corte, a FPP não
aumentou na mesma proporção que a EMAP, revelando que o resultado
estatístico difere de resultado clínico.
PD-03 IMPACTO DE DÉFICIT CALÓRICO NA MORTALIDADE HOSPITALAR DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA QUE
NECESSITARAM NUTRIÇÃO ENTERAL NO PÓS-OPERATÓRIO
MARCIA FREITAS (INC); RENATO V GOMES (INC); LEILA MAGALHAES
(INC); CARINA PAIXÃO (INC); MARCELLE MARROIG (INC); ALEXANDRE
ROUGE (INC)
Introdução: A morbidade dos pacientes (pcs) críticos internados em UTI
se deve a uma série de fatores. Sabidamente a precocidade no início da
terapia nutricional, o sucesso no alvo calórico ofertado e o déficit calórico
(DC) gerado são contribuintes importantes neste contexto de gravidade
sobretudo em pacientes cirúrgicos. Objetivo: Analisar o impacto de variáveis de pré, per e pós operatórias, entre elas o DC, na ocorrência de óbito
em pcs submetidos a cirurgia cardíaca (CC) e iniciam suporte nutricional
enteral (NE). Método: Foram analisados prospectivamente pcs submetidos
a CC que necessitaram de NE no período de jun/12 a jun/13. Os dados
foram alocados em banco de dados existente. Nos pcs com NE analisamos:
sexo, tipo e classificação de cirurgia, função ventricular, DM, DPOC, HAP,
IAM prévio, insuficiência renal aguda, concentração de Hemoglobina e
contagem de Linfócitos, Tipo de NE empregada e DC com a ocorrência de
óbito. Definimos DC > 10.000 cal durante a internação na UTI. Análise
estatística pelo SPSS, significância estatística p<0,05, análise univariada
(testes de Fisher’s, Pearson, Mann Whitney). Resultados: Foram 696 pcs
submetidos a CC, destes 78 pcs iniciaram NE, foram incluídos na análise
51 pcs (dados completos). Na amostra: 76,7% pcs masc, IMC prévio a CC
com MED 26, Idade MED de 62a, SOFA MED 4, Tempo de UTI MED 20 dias.
PD-02 EXISTE INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL, DA INGESTÃO
ALIMENTAR E OUTROS FATORES RELACIONADOS À ALIMENTAÇAO
NOS DISTÚRBIOS ALIMENTARES E DE COMPORTAMENTO DE IDOSOS
COM DOENÇA DE ALZHEIMER?
MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UFPR); ANA PAULA DE
MELLO (UFPR); DANIELLE RODRIGUES LECHETA (UFPR); IVETE BERKENBROCK (PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA); JOAO CARDOSO NETO
(UFPR); ELIANE MALUF (UFPR)
Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é associada a alterações cognitivas, comportamentais e alimentares, sendo freqüentes as desordens
nutricionais como perda de peso e problemas na alimentação relacionados
à evolução da doença. Objetivo: Avaliar a relação entre estado nutricional
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
16
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Quanto a NE as MED foram: GEB 1277Kcal/d, Aporte proteico de 1,3g/d
e DC médio de 4770 cal. O óbito ocorreu em 13 pcs (25,5%). Apenas o
DC teve associação com a ocorrência de óbito (p=0,004). Conclusões: O
DC é fator importante na ocorrência de óbito em pcs graves submetidos a
CC. O alvo nutricional e o menor DC devem ser buscados precocemente
após o início de NE.
com 77,1% dos funcionários atingindo os valores preconizados pela Pirâmide Alimentar. No estudo comparativo entre os fatores socioeconômicos,
demográficos, do estilo de vida e o consumo, apenas com as variáveis sexo
e prática de exercício físico houve discordância estatisticamente significante.
Ou seja, com a freqüência de consumo de frutas e leguminosas sendo bem
superior no sexo feminino. O mesmo comportamento foi identificado entre
os praticantes de atividade física, com freqüências de consumo bem mais
elevadas de frutas, hortaliças e leguminosas. Conclusões: O consumo
inadequado de grupos alimentares importantes como frutas, hortaliças e
leguminosas pode trazer prejuízos à saúde do grupo avaliado, havendo,
portanto uma necessidade de estimular esse consumo, principalmente entre
os homens e os sedentários.
PD-04 IMPACTO DE DÉFICIT CALÓRICO NO TEMPO DE INTERNAÇÃO
EM UTI EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA QUE
NECESSITARAM NUTRIÇÃO ENTERAL NO PÓS-OPERATÓRIO
MARCIA FREITAS (INC); RENATO GOMES (INC); LEILA MAGALHAES (INC);
LILIAN PRADO (INC); CARINA PAIXÃO (INC); ALEXANDRE ROUGE (INC)
Introdução: Em pacientes críticos a precocidade no início da terapia nutricional, o sucesso no alvo calórico ofertado e o déficit calórico (DC) gerado
são contribuintes importantes em sua evolução e tempos de internação em
UTI (TUTI) e hospitalar (THOSP). Objetivo: Analisar o impacto do DC no
TUTI e THOSP em pcs submetidos a cirurgia cardíaca (CC) e iniciam suporte
nutricional enteral (NE). Método: Foram analisados prospectivamente pcs
submetidos a CC que necessitaram de NE no período de jun/12 a jun/13.
Os dados foram alocados em banco de dados existente. Definimos DC >
10.000 cal durante a internação na UTI. Foram analisados o TUTI e THOSP
em dias. Análise estatística pelo SPSS, significância estatística p<0,05,
análise univariada (testes de Fisher’s, Pearson, Mann Whitney).Resultados:
Foram 696 pcs submetidos a CC, destes 78 pcs iniciaram NE, foram incluídos na análise 51 pcs (dados completos). Na amostra: 76,7% pcs masc,
IMC prévio a CC com MED 26, Idade MED de 62a, SOFA MED 4, Tempo
de UTI MED 20 dias e THOSP com MED 31 dias. Quanto a NE as MED
foram: GEB 1277Kcal/d, Aporte proteico de 1,3g/d e DC médio de 4770
cal. O DC teve associação com o TUTI (p=0,025), porém não teve com o
THOSP (p=0,31). Conclusões: O DC é fator associado a maior tempo de
TUTI. O alvo nutricional e o menor DC devem ser buscados para redução
de morbidades, tempos de internação e custos.
PD-06 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL
ENTERAL ATRAVÉS DE INDICADOR DE EFETIVIDADE EM PACIENTES
DE CIRURGIA ORTOPÉDICA
IZABEL CRISTINA VARGAS ROCHA DE CARVALHO (INTO); MONICA
AZEVEDO LINHARES FERREIRA (INTO); VIVIAN SAVINO CAMPOS (INTO);
CLAUDIA CHRISTINA SOBRINHO DO NASCIMENTO (INTO); FERNANDA
FERREIRA (INTO); ALESSANDRA DA SILVA PEREIRA (UNIRIO)
Introdução: Os fatores que podem interromper a Terapia Nutricional
Enteral (TNE) são jejum pré-operatório e de exames específicos, complicações clínicas, entre outros. Atender plenamente as necessidades nutricionais
é fundamental para o tratamento, sobretudo em pacientes críticos e/ou
no pós-operatório de grandes cirurgias ortopédicas. A qualidade da TNE
pode ser medida por indicadores de efetividade, como a porcentagem de
pacientes com volume de Nutrição Enteral infundido maior que 70% do
prescrito. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da
TNE, através da adequação do volume de Nutrição Enteral infundido em
relação ao volume total de dieta programada em pacientes hospitalizados
em um CTI. Método: Foram avaliados os dados da planilha de porcentagem da Nutrição Enteral infundida versus programado que é utilizada
como indicador de qualidade na rotina da Área de Nutrição de um hospital
de Traumatologia e Ortopedia, localizado no Rio de Janeirono período de
janeiro a agosto de 2012. Para avaliação estatística utilizou-se analise
descritiva dos dados e Teste de Pearson para verificar se havia correlação
entre tempo de hospitalização e % de adequação de infusão. Resultados:
Participaram do estudo 20 pacientes, 35% do sexo masculino e 65% do
feminino. A média de dias de TNE dos pacientes avaliados foi de: 17±8,7
(mínimo=7 e máximo=35). A média de percentual de volume infundido
em relação ao volume programado foi de 83±7,9, com mínimo de 67,7%
e máximo de 98,2% do programado. Ao correlacionar as duas varáveis
(tempo de TNE e % infundido), verificou-se fraca correlação negativa (teste
de Pearson= - 0,1). Dos 20 pacientes, 2 tiveram média acima de 90% e
01 (5%) abaixo de 70% de adequação de infusão, enquanto que 60% e
25% ficaram com médias percentuais de infusão entre 70-80% e 80-90%,
respectivamente. Conclusão: A qualidade da TNE, avaliada através do
indicador de efetividade porcentagem de pacientes com volume de Nutrição
Enteral infundido maior que 70% do prescrito mostrou-se boa, considerando
que 95% dos pacientes apresentaram porcentagem acima de 70%, garantindo aos pacientes o recebimento do valor calórico determinado para sua
recuperação e/ ou manutenção do estado nutricional.
PD-05 INFLUÊNCIA DE FATORES SOCIOECONÔMICOS, DEMOGRÁFICOS E DO ESTILO DE VIDA NO CONSUMO DE FRUTAS, HORTALIÇAS
E LEGUMINOSAS DE FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DE UMA
UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE, PE.
GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO – UFPE); NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS
SANTOS (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); FERNANDA
CRISTINA DE LIMA PINTO TAVARES (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO -UFPE
); JAILMA SANTOS MONTEIRO (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO -UFPE );
POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE )
Introdução: Os estudos epidemiológicos têm fornecido evidências sobre a
importância da dieta na prevenção primária das doenças cardiovasculares,
cerebrovasculares, diabetes mellitus e neoplasias. Objetivo: Avaliar a influência de fatores socioeconômicos, demográficos e do estilo de vida sobre
o consumo de frutas, hortaliças e leguminosas em funcionários da área de
saúde de uma universidade pública da cidade do Recife- PE. Método: Estudo
com 267 indivíduos, sendo 135 do sexo masculino (50,6%), com média de
idade 43,5 ± 11,5 anos. As informações foram coletadas no período de
maio de 2010 a junho de 2011. As informações sobre idade, escolaridade
e estilo de vida (etilismo, tabagismo e sedentarismo) foram obtidas com o
auxílio de questionário. O consumo de frutas, hortaliças e leguminosas foi
avaliado de acordo com a freqüência de consumo desses grupos alimentares
constantes na Pirâmide Alimentar (PHILIPPI, ST et al, 1999). Resultados: Dos
funcionários avaliados, apenas 11,5% referiram consumo de frutas dentro
dos valores recomendados pela Pirâmide Alimentar, percentual que para
hortaliças foi de 6,9%. Entretanto, o consumo de leguminosas foi satisfatório
PD-07 EXCESSO DE PESO EM ADULTOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO:
MAGNITUDE E ASSOCIAÇÃO COM VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS
E DEMOGRÁFICAS
CLAUDIA PORTO SABINO PINHO (UFPE); ALCIDES DA SILVA DINIZ (UFPE);
ILMA KRUZE GRANDE DE ARRUDA (UFPE); PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA
(UFPE); MARINA DE MORAES VASCONCELOS PETRIBU (UFPE); MALAQUIAS
BATISTA-FILHO (UFPE)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: O excesso de peso, definido pelo índice de massa corpórea
(IMC) &#8805;25kg/m², está relacionado ao aumento da morbimortalidade por predispor o indivíduo a graves transtornos na pressão arterial
e no metabolismo dos lipídios e glicídios, tendo como consequências
mais marcantes doenças cardio e cerebrovasculares, principais causas de
morte e incapacitação de adultos em todo o mundo. Objetivo: Avaliar a
magnitude do excesso de peso em adultos do Estado de Pernambuco e
os fatores socioeconômicos e demográficos associados. Método: Estudo
de delineamento transversal, de base populacional, com coleta de dados
realizada no período de maio a outubro/2006, envolvendo adultos na faixa
etária de 25-59 anos, provenientes de áreas rural e urbana do Estado de
Pernambuco. O tamanho amostral foi calculado considerando-se uma
prevalência de 40% de excesso de peso, um erro de estimação de 4% e
um nível de confiança de 95%. O excesso de peso foi determinado pelo
IMC&#8805; 25kg/m². O modelo conceitual considerou variáveis socioeconômicas (renda familiar per capita, escolaridade em anos de estudo) e
demográficas (sexo, idade e estrato geográfico da residência). O estudo
teve aprovação em Comitê de Ética e Pesquisa (709/2006) e os dados foram
analisados através do software SPSS, versão 13.0. Resultados: Foram
avaliados 1580 indivíduos, com mediana de idade de 33 (IQ: 29-42) anos
e predomínio do sexo feminino (58%), de indivíduos do interior do Estado
(73,3%) e com baixa escolaridade (54,3% com menos de 5 anos completos
de estudo). A prevalência de excesso de peso foi 51,1% (IC95%: 48,6-53,6),
sendo maior entre as mulheres (p<0,001). A análise estratificada por sexo
dos fatores associados ao excesso de peso mostrou que este foi maior em
homens da Região Metropolitana (p<0,001), de maior renda (p<0,001) e
escolaridade (p<0,001). Para o sexo feminino, o excesso de peso foi maior
entre as mulheres a partir de 30 anos (p<0,001) e com menor escolaridade (p<0,010). Conclusão: A expressiva prevalência do excesso de peso
corrobora os níveis epidêmicos que este problema tem assumido em todo
o mundo e a associação fatores socioeconômicos e demográficos reforçam
a multifatorialidade de sua etiologia. Os determinantes socioeconômicos e
demográficos que influenciam o excesso peso são diferentes entre os sexos,
destacando a importância de caracterizar o perfil básico do público-alvo
de ações individuais, coletivas e públicas relacionadas com a prevenção e
controle do problema da obesidade no país.
alimentar foi avaliado pelo registro alimentar. A Pressão Arterial (PA) foi
aferida indiretamente, utilizando o aparelho digital Omron®. Resultados:
A amostra foi constituída, em sua maioria, por indivíduos do sexo feminino (76,6%), com média de idade de 60,8± 12,9 anos, de cor de pele
não branca (85,9%), com baixo nível de escolaridade (75,0%) e renda
inferior a quatro salários mínimos (53,3%). O consumo alimentar de sódio
evidenciou médias dentro dos valores preconizados segundo a OMS, para
pessoas saudáveis, cuja recomendação diária é de menos que 5 g/dia/
pessoa (menos de 2000 mg de sódio). Já o consumo de potássio de modo
geral, apresentou-se abaixo das recomendações (4,7 g/ dia). Indivíduos
com maior renda e escolaridade apresentaram maior consumo de sódio e
potássio. A maior ingestão de sódio e potássio ocorreu entre os homens,
com valor estatisticamente significante (p<0,05). Quanto ao controle dos
níveis pressóricos, menos da metade dos indivíduos apresentaram PA
controlada (42,9%). Um sério problema no tratamento dessa população.
Conclusão: Verificou-se que a grande maioria não fazia um controle
alimentar adequado, uma vez que apresentaram consumo significativo de
sódio e baixo de potássio. O controle da HAS foi insatisfatório, podendo
ser reflexo da baixa adesão ao tratamento que é um problema frequente,
demandando maior atenção dos profissionais envolvidos no tratamento.
PD-10 AVALIAÇÃO DO CUSTO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
EM PACIENTES ATENDIDOS POR UM PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
KARINE ZORTÉA (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); VIVIAN D. SOUZA (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); SATI J. MAHMUD (PROGRAMA
DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO)
Introdução: O Programa de Atenção Domiciliar (PAD) do Grupo Hospitalar
Conceição é um serviço do Sistema Único de Saúde com experiência consolidada nesta área desde 2004. O PAD viabiliza o atendimento domiciliar
de pacientes após a alta hospitalar por equipe multidisciplinar, incluindo o
nutricionista. Além dos pacientes com via oral, atende também os pacientes
que necessitam de dieta enteral administrada por sondas enterais. Fornece
dieta enteral industrializada e todo o material necessário para sua administração (frascos, equipos, seringas), sem custos para os pacientes, além
de treinamento para os cuidadores. As dietas-padrão fornecidas pelo PAD
são prontas para o uso em sistema aberto de administração, poliméricas,
isentas em lactose e sacarose, baixa osmolaridade, complementadas em
vitaminas e sais minerais. Além das dietas-padrão, também são utilizadas
dietas especializadas para insuficiência renal ou imunológica, rica em fibras,
hiperproteica e hipercalórica, doença intestinal e hipossódica. Objetivo:
Avaliar o custo médio mensal dispendido para administração de dietas
enterais industrializadas durante o acompanhamento de pacientes atendidos por um Programa de Atenção Domiciliar. Método: O valor das dietas
é obtido através do sistema de informação financeiro do hospital. Em um
banco de dados, mensalmente, são computadas as seguintes informações:
pacientes em dieta enteral, tipo de dieta, quantidade utilizada por paciente
e custo de dieta por litro. A partir destas informações é possível estimar o
custo mensal de dieta por paciente e o custo total. Resultados: De agosto
de 2012 até junho de 2013 o PAD atendeu 46 pacientes novos com dieta
enteral, sendo 12 pacientes atendidos em média por mês. A maioria é do
gênero masculino (54,3%) com média de idade de 62,85±16,46 anos. Do
total de pacientes, 82,6% recebiam dieta via sonda nasoenteral, 15,2% via
gastrostomia e 2,2% jejunostomia. O custo médio mensal das fórmulas
enterais industrializadas foi R$2628,39, sendo o custo médio por paciente
de R$250,20 por mês e R$8,34 por dia. Conclusão: O custo deste padrão
de dieta é semelhante ao estimado em elaboração de dietas moduladas
caseiras e traz um bom custo-benefício, sendo que reduz o risco de contaminação e complicações pela administração ou manipulação incorretas.
Além disso, a dieta modulada caseira traria custos às famílias que, muitas
vezes, vivenciam situações de pobreza extrema. Portanto, o fornecimento
PD-08 CONSUMO DE SÓDIO E POTÁSSIO E CONTROLE DA PRESSÃO
ARTERIAL EM HIPERTENSOS ATENDIDOS EM UNIDADES BÁSICAS DE
SAÚDE DE SÃO LUÍS- MA
BYANCA MACIEL VIANA (SÃO LUÍS MA); SILVIA TERESA DE J. R. MOREIRA
LIMA (SÃO LUÍS MA); ADRIANA FONSECA TEIXEIRA (SÃO LUÍS MA);
MARIANE DE CARVALHO RODRIGUES (SÃO LUÍS MA)
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) revela-se como
problema de saúde pública apresentando crescimento importante nos
últimos anos, estudos apontam que mais de 25% da população mundial
adulta (cerca de 1 bilhão) tem hipertensão, e estima-se que em 2025, 29%
da população adulta será hipertensa. Dentre os fatores nutricionais associados à alta prevalência de HAS, destacamos o consumo baixo de potássio
e elevado de sódio, importante fator no aumento dos níveis pressóricos.
Objetivo: Identificar o consumo de sódio e potássio, bem como os níveis
de controle pressórico nessa população. Método: Estudo transversal com
184 hipertensos atendidos em unidades básicas de saúde, entre 2010 e
2011. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário
da Universidade Federal do Maranhão (Parecer n°312/09). As variáveis
qualitativas foram apresentadas por meio de frequências e porcentagens e
as quantitativas por média e desvio padrão. Para comparação das variáveis
qualitativas foi utilizado o teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher, para as
que apresentaram distribuição normal foi utilizado teste t-Student e as que
não apresentaram normalidade foi utilizado o teste de Mann Whitney. Os
dados foram analisados no programa estatístico STATA 10.0. O consumo
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
18
Suplemento Nutrição Clínica/2013
de dieta industrializada pelo PAD, facilita o acesso à alimentação aos usuários do SUS, já que os custos são arcados pelo hospital, potencializando a
recuperação da saúde do indivíduo.
correlação moderada com a ATAV (adultos: r= 0,46; p<0,01 e idosos: r=
0,42; p<0,05). Entre as mulheres o IAV apresentou correlação positiva e
estatisticamente significante com a ATAV apenas entre as idosas (r=0,47;
p<0,01). A CC apresentou altas correlações com a gordura visceral em
ambos os grupos etários e sexos. Para os homens estas correlações foram:
r= 0,75; p=0,000 nos adultos e r= 0,74; p= 0,000 nos idosos e entre as
mulheres adultas observou-se r= 0,75; p= 0,000 e r = 0,60; p<0,01 para
as idosas. Conclusão: A CC apresentou correlações superiores ao IAV com
a área de tecido adiposo visceral de risco para doenças cardiovasculares
para adultos e idosos, em ambos os sexos.
PD-11 CORRELAÇÃO DO PRODUTO DA ACUMULAÇÃO LIPÍDICA E
ÍNDICE DE ADIPOSIDADE VISCERAL COM A GORDURA VISCERAL
CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
ANNA KARLA CARNEIRO RORIZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);
MICHAELA EICKEMBERG (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); PRICILLA
ALMEIDA MOREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); LILIAN BARBOSA
RAMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)
PD-14 ADEQUAÇÃO CALÓRICO-PROTEICA DA TERAPIA NUTRICIONAL
ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS: ESTUDO COORTE
Introdução: O Produto da Acumulação Lipídica (Lipid Accumulation Product
– LAP) e o Índice de Adiposidade Visceral (IAV) são considerados bons
parâmetros das alterações cardiometabólicas pela relação indireta com a
deposição de gordura visceral. Objetivo: Avaliar a correlação do LAP e IAV
com a gordura visceral em adultos e idosos. Método: Estudo transversal,
com 191 indivíduos, de ambos os sexos. Os participantes foram submetidos
à mensuração da circunferência da cintura e foi dosado o nível sérico dos
triglicerídeos e HDLc. O LAP foi obtido através das fórmulas propostas por
Kahn et al. (2005) e o IAV através das fórmulas propostas por Amato et al.
(2010). A área de tecido adiposo visceral (ATAV) foi medida pela tomografia
computadorizada. Utilizou-se a Análise descritiva e Correlação de Pearson.
Resultados: Dos participantes, 50,8% eram mulheres e a média de idade
foi de 56,2 anos (DP 19,6). A média do LAP e IAV foi superior entre os idosos
quando comparados aos adultos, em ambos os sexos. O LAP apresentou
correlação positiva com a ATAV para homens (Adultos: r=0,593; Idosos:
r=0,570) e mulheres (Adultas: r=0,611; Idosas: r=0,605), com nível de
significância de p=0,000 para todos os grupos. O mesmo foi observado na
correlação entre o IAV e a ATAV para homens (Adultos: r=0,438; p=0,002
/ Idosos: r=0,416; p=0,004) e mulheres (Adultas: r=0,378; p=0,008 /
Idosas: r=0,473; p=0,001). Conclusão: O LAP apresentou melhor correlação com a gordura visceral, para ambos os sexos e grupos etários, quando
comparado ao IAV. Novos estudos devem ser realizados para explorar o
LAP como indicador de risco cardiovascular
CAROLINA HAUBER DA SILVA (IRMANDADE SANTA CASA MISERICÓRDIA
PORTO ALEGRE/UNIVERSIDADE FEDERAL CIÊNCIAS SAÚDE PORTO
ALEGRE); CECÍLIA FLÁVIA LOPES COUTO (IRMANDADE SANTA CASA
MISERICÓRDIA PORTO ALEGRE); ANELISE BERTOTTI TORBES (UNIVERSIDADE FEDERAL CIÊNCIAS SAÚDE PORTO ALEGRE); GILBERTO FRIEDMAN
(IRMANDADE SANTA CASA MISERICÓRDIA PORTO ALEGRE/UNIVERSIDADE
FEDERAL CIÊNCIAS SAÚDE PORTO ALEGRE); FABIANA VIEGAS RAIMUNDO
(UNIVERSIDADE FEDERAL CIÊNCIAS SAÚDE PORTO ALEGRE)
Introdução: A Society of Critical Care Medicine e a American Society for
Parenteral and Enteral Nutrition sugerem que, para o paciente crítico, a NE
deve ser introduzida entre as 24 e 48 horas após a admissão hospitalar e
progredida até a dieta plena nas 48 a 72 horas após seu início. A NE precoce
mostrou ser capaz de reduzir a mortalidade e as complicações relacionadas
a infecções. Entretanto, estudos mostram que 85% dos pacientes de UTI não
atingem a dieta plena. Objetivo: Identificar o percentual de adequação
da meta calórica dos pacientes de pacientes internados em uma UTI, após
o início da administração de NE. Método: Estudo coorte, com pacientes
adultos e idosos hospitalizados na UTI Central do Hospital Santa Clara da
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA) no período
de abril a julho de 2013. Foram excluídos os pacientes em nutrição oral ou
parenteral total. Os dados foram coletados no sistema de prontuário informatizado pelo período de sete dias. Resultados: Pacientes apresentaram
idade média de 63,8±13,7 anos, escore SOFA de 5,8 ± 2,7, APACHE II de
21,3 ± 7,9 e mortalidade de 10% (n=2) no período de seguimento. Metade
dos pacientes avaliados (50%, n=10) atingiu as metas calóricas e 25% (n=5)
as metas protéicas após 72h de início da dieta enteral na internação na
unidade de terapia intensiva. Os principais motivos que impossibilitaram
a evolução da dieta foram: NPO para realização de procedimento (n=4) e
instabilidade hemodinâmica (n=2). Nos três primeiros dias e no sétimo dia
de administração da dieta, o valor calórico total administrado foi de 51,1 ±
19,2%, 72,2 ± 25,9%, 75,6 ± 45,9%, 73,9±45,9% respectivamente, da meta
calórica determinada a partir das necessidades nutricionais individuais dos
pacientes. Conclusão: Somente metade dos pacientes avaliados atingiram
a sua meta calórica em 72h conforme o preconizado. Novas estratégias se
fazem necessárias para aproximação entre as práticas e as recomendações,
com o objetivo de melhorar o prognóstico nutricional do paciente crítico.
PD-15 RESULTADOS ALCANÇADOS PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) POR MEIO DA UTILIZAÇÃO
DE INDICADORES DE QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM
USO DE TERAPIA ENTERAL
PD-12 ÁREA DE GORDURA VISCERAL MEDIDA PELA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA E SUA CORRELAÇÃO COM O ÍNDICE DE ADIPOSIDADE VISCERAL E CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA
ANNA KARLA CARNEIRO RORIZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);
CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
LUIZ CARLOS SANTANA PASSOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);
MICHAELA EICKEMBERG (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); PRICILLA
ALMEIDA MOREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); LILIAN BARBOSA
RAMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
Introdução: O índice de adiposidade visceral (IAV) expressa, indiretamente, a função da gordura visceral associada a riscos para doenças
cardiovasculares.A circunferência da cintura (CC) é um indicador antropométrico capaz de estimar alterações cardiometabólicas consequentes
do excesso de gordura visceral. Objetivo: Verificar a correlação entre o
Índice de Adiposidade Visceral e a circunferência da cintura com a área de
tecido adiposo visceral. Método: Estudo transversal, com 191 indivíduos,
adultos e idosos, de ambos os sexos. Os indivíduos foram submetidos à
avaliação antropométrica (peso, altura e circunferência da cintura) e exames
laboratoriais (Triglicerídeos e HDL-Colesterol). O IAV foi obtido através das
fórmulas propostas por Amato et al (2010). A área de tecido adiposo visceral
(ATAV) foi medida pela tomografia computadorizada. Utilizou-se a Análise
descritiva e Coeficiente de Correlação de Pearson. Resultados: Os valores
médios do IAV e da CC foram maiores para os idosos em comparação
aos adultos em ambos os sexos. Para o sexo masculino, o IAV apresentou
ADRIANA FLORES HAIKEL (HOSPITAL SANTA CRUZ); JULIARA MUSSI DE
ALMEIDA CHRISTIANO (HOSPITAL SANTA CRUZ); SAMANTA ALMEIDA SILVA
(HOSPITAL SANTA CRUZ); STELA DELGADO DE SOUZA SAMPAIO (HOSPITAL
SANTA CRUZ); JANICI THEREZINHA SANTOS (HOSPITAL SANTA CRUZ)
Introdução: Para os pacientes submetidos a Terapia Nutricional acompanhados pela equipe multiprofissional, os indicadores identificam os
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
benefícios, padronizam os processos, selecionam e promovem intervenções adequadas na busca pela qualidade(Waitzberg, 2012) Objetivo:
Demonstrar os resultados alcançados pela EMTN através de indicadores de
qualidade na assistência ao paciente em uso de terapia enteral. Método:
Pesquisa quantitativa exploratória e descritiva de caráter prospectivo, realizada em Hospital Geral de médio porte do Município de São Paulo. A coleta
de dados foi realizada entre os meses de abril a junho de 2013, diariamente
pela EMTN por meio de um instrumento elaborado pela equipe. Total de
164 pacientes em Terapia Nutricional Enteral. Como fonte de pesquisa
utilizou-se dados do prontuário eletrônico associados à visita diária dos
profissionais beira leito. Resultados: Investigou-se 113 pacientes em uso
de SNE entre os meses de Abril a Junho. Quanto ao Indicador do número
de perdas de SNE: Abril: 30 SNE: 4,89% foram perdidas, Maio: total de
35 SNE: 3,80% foram perdidas, Junho: 48 SNE: 3,77% foram perdidas.
Notou-se neste período o aumento do número de pacientes em uso de SNE,
porém houve a diminuição do número de perdas nos pacientes estudados.
O maior motivo atribuído às perdas foi o saque pelo próprio paciente.
Quanto ao indicador de volume prescrito X volume infundido: Em média
foram levantadas 484,3 divergências durante o período do estudo, nestas
foram identificadas as mais significativas e que vão de encontro ao objetivo
do trabalho, são elas: volume infundido no final das 24h menor do que o
esperado, sem descrição no prontuário: 24%, seguidas de falta de anotação
de volume infundido no final do plantão: 32,5% e jejum para procedimentos:
5,4%. Diante do exposto, os resultados mostrados deixam evidentes que
apenas 18,3% dos pacientes receberam o volume prescrito pelo médico.
Conclusão: Os indicadores levantados proporcionaram à EMTN subsídios
para equacionamento dos resultados da assistência frente aos pacientes
submetidos à terapia nutricional. Desta forma a recuperação nutricional
e o estado clinico dos pacientes puderam ser monitorados pontualmente
pela equipe. Algumas intervenções como, treinamentos intensivos para a
equipe de enfermagem foram realizados a curto prazo a fim de melhorar
os próximos resultados dos indicadores.
pacientes, de ambos os gêneros, onde foi mostrado o catálogo de fotos,
e aplicado o Controle de aplicabilidade do mesmo, e ao final, ocorriam
as visualizações das bandejas a fim de verificar a eficácia do método.
Resultados: Foi verificada a aceitação alimentar de 89 pacientes, dentre
estes, 52 eram do gênero feminino e 37 do gênero masculino, na faixa
etária entre 14 a 93 anos de idade. Verificou-se que 75,3% dos pacientes
conseguiram visualizar bem o catálogo e 24,7% tiveram uma visualização
ruim do mesmo. Como conseqüência da má visualização do catálogo de
fotos, a resposta de 42,7% dos pacientes não coincidiu com o que foi
visualizado na bandeja, sendo que 24,7% destes subestimaram a quantidade que foi consumida e 18% superestimaram. Conclusão O catálogo
fotográfico se mostrou eficaz na avaliação do consumo alimentar, mas
pode apresentar falhas na interpretação das quantidades pelos pacientes,
portanto, o mais indicado para validação é realizar treinamentos para
a equipe de saúde que os acompanha, permitindo assim uma melhor
efetividade na terapia Nutricional.
PD-17 EFEITO DO PARATORMÔNIO SOBRE A INGESTÃO ALIMENTAR
E O ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA
MARINA DE OLIVEIRA MENEZES (UFPE); MARIA EDUILA COUTO SANTOS
(UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (UFPE); BRUNA LÚCIA DE MENDONÇA
SOARES (UFPE); PRISCILLA ALVES SANTOS (UFPE); JULIANA GONÇALVES
TRIGUEIRO (UFPE)
Introdução: A doença renal crônica constitui importante problema de
saúde pública. Graças às terapias substitutivas da função renal, um
crescente número de pacientes sobrevive a esta patologia. Apesar da
diálise, alguns distúrbios metabólicos não são corrigidos e os pacientes
freqüentemente evoluem com diversas alterações, dentre estas, destacase o Hiperparatireoidismo Secundário (HPT2). O quadro clínico do HPT2
é bastante variado e, devido as suas alterações fisiológicas, os pacientes
estão submetidos a complicações, algumas destas alterações contribuem
para a desnutrição. Objetivo: Avaliar a infuência do paratormônio sobre
a ingestão alimentar e sua relação com o estado nutricional de pacientes
com IRC. Método: Estudo realizado com 42 pacientes adultos de um
Hospital Universitário. Para a coleta de dados foi utilizado questionário
de avaliação, no qual continha dados antropométricos (peso, altura, IMC,
PCT, CMB e AMB), laboratoriais (cálcio, fósforo, colesterol, albumina,
creatinina e PTH), dietéticos (recordatório de 24 horas) e da bioimpedância
(% gordura e água corporal). As variáveis foram comparadas entre dois
grupos, conforme níveis de PTH. Os resultados são apresentados em
média e desvio padrão. Resultados: A composição corporal analisada
pela bioimpedância demonstrou percentual de gordura aumentado para
homens e mulheres, enquanto que na avaliação bioquímica o Colesterol total mostrou-se diminuído e o PTH elevado. Quando comparados
conforme níveis de PTH, o grupo 2 apresentou-se significativamente
mais jovem, possuía fósforo sérico e paratormônio mais elevado e
menor percentual de gordura corporal, quando comparado ao grupo 1.
Observou-se correlação negativa entre o PTH e o percentual de gordura
corporal. Os resultados evidenciaram que com consumo alimentar semelhante, o paratormônio influenciou negativamente na gordura corporal,
independente da idade, o que demonstra os efeitos deletérios deste
hormônio sobre a composição corporal. Conclusão: Diante do exposto,
o acompanhamento nutricional deve ser cuidadoso e contínuo, uma vez
que estes pacientes diferem extremamente da população em geral, a fim
de prevenir e minimizar a deterioração do Estado Nutricional.
PD-16 VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO PARA MONITORAÇÃO DA
ACEITAÇÃO ALIMENTAR DE PACIENTES HOSPITALIZADOS
CAMILA AFONSO ALHO (SÃO CAMILO); ANA PAULA LEAL COSTA (SÃO
CAMILO); CRISTIANE CRISTOVÃO DE OLIVEIRA (SÃO CAMILO); DAIANE
SANTOS (SÃO CAMILO); CAROLINA SHIBA (SÃO CAMILO); PATRICIA
LIMA (SÃO CAMILO)
A dieta hospitalar é substancial por garantir o fornecimento de nutrientes
ao paciente e preservar ou restabelecer seu estado nutricional. A aceitação
da alimentação está relacionada com aspectos sensoriais dos alimentos.
Através do acompanhamento, é possível identificar alterações a serem
realizadas, dependendo das necessidades nutricionais, preferências ou
aversões alimentares do paciente. Várias metodologias vêm sendo utilizadas para quantificar a ingestão alimentar, no sentido de obter dados
válidos, reprodutíveis e comparáveis. Todavia, ainda não existe um método
ouro onde a informação mensurada reflita exatamente o que se pretende
medir. Objetivo: Validar instrumento de monitoração da dieta hospitalar,
permitindo uma avaliação mais verídica da porcentagem de aceitação
alimentar para uma maior efetividade na terapia nutricional. Método:
Foram realizadas pesquisas em artigos científicos nas bases de dados
Lilacs, Scielo, MedScience e Pubmed, entre os anos de 2000 e 2013 por
meio dos descritores aceitação alimentar, terapia nutricional, percepção
alimentar. Posteriormente, foi utilizado o catalogo de fotos desenvolvido
anteriormente para o acompanhamento da aceitação alimentar dos
pacientes, composto por fotografias das dietas do Hospital, que consiste
em: dieta líquida, leve, pastosa, branda e geral, representando 25%, 50%,
75% e 100% do almoço ou jantar. No verso de cada foto, foi impresso o
valor calórico, obtido por meio dos dados do Manual de Dietas, correspondente à porcentagem de aceitação. Foram realizadas visitas aleatórias aos
PD-18 CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DO PLASMA DE HAMSTERS
HIPERCOLESTEROLÊMICOS ALIMENTADOS COM MICÉLIO DE COGUMELO COMESTÍVEL
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
20
Suplemento Nutrição Clínica/2013
ANA CLÁUDIA THOMAZ (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); HERTA STUTZ
DALLA SANTA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE); ELISA
PEREZ (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE); DAIANA NOVELLO
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE); MELISSA DOS SANTOS
RAYMUNDO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE); KELLY CRISTINA DE BRITO OLIVEIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE)
dos pacientes com DCNT (doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e
obesidade), composta por 46 adultos na faixa etária de 20 a 59 anos.
As entrevistas foram realizadas com pacientes internados, entre junho e
julho de 2013. Foram coletadas informações sobre consumo alimentar a
partir de um questionário composto por perguntas retiradas do projeto
“Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico”, além de dados de variáveis sócio-econômicas (sexo,
faixa etária, escolaridade). Utilizando estatística descritiva e analítica (teste
qui-quadrado). Resultados: Os dados demonstraram uma prevalência do
consumo diário de feijão (68,8%) e leite (55,2%), um baixo consumo diário
de verduras/legumes (21,8%) e frutas (14,9%). O consumo regular de
refrigerantes (34,8%) e doces (29,2%) foi considerado elevado. Os dados
com significância estatística (p<0,005) demonstrou um maior consumo de
frutas em mulheres, elevado consumo de feijão em homens, além de um
maior consumo de refrigerante por parte de adultos jovens. Conclusão:
Portanto, os hábitos alimentares apresentados pela maioria da população
foram considerados inadequados, na tendência alimentar característica da
transição nutricional, aumentando o risco de desenvolvimento das doenças
crônicas não transmissíveis.
Introdução: A produção de radicais livres, de espécies reativas de oxigênio
(ERO), de nitrogênio (ERN), entre outras espécies reativas, é parte integrante
do metabolismo humano e animal, observada em diversas condições fisiológicas. Porém, em situações patológicas pode haver aumento da geração
de radicais livres. Objetivo: Avaliar o efeito do consumo do micélio de
cogumelo Agaricus brasiliensis (A. brasiliensis), produzido sobre grãos
de trigo, no potencial antioxidante do plasma de hamsters hipercolesterolêmicos. Método: Os animais foram divididos em 4 grupos: grupo que
recebeu dieta padrão, Grupo P (n=10), grupo que recebeu dieta padrão
hipercolesterolêmica, Grupo H (n=9), grupo que recebeu dieta padrão
adicionada de 10% de farinha de trigo contendo micélio de A. brasiliensis,
Grupo C (n=10), e grupo que recebeu dieta padrão hipercolesterolêmica
com adição de 10% de farinha de trigo contendo micélio de A. brasiliensis,
Grupo HC (n=10). Foi analisada a capacidade antioxidante no plasma
dos hamsters de cada grupo experimental, sendo verificada através da
concentração de antioxidantes no plasma expressa em ácido ascórbico e
da porcentagem de inibição do branqueamento da crocina, antioxidante
isolado do açafrão. Os resultados obtidos foram analisados utilizando-se
Análise de Variância (ANOVA), Teste de Tukey e t de student com nível de
5% de significância. Resultados: Observou-se que os grupos de animas
que receberam a dieta hipercolesterolêmica com (HC) e sem micélio de A.
brasiliensis (H) apresentaram níveis de colesterol total maiores (p<0,05)
que os grupos P e C. Foi verificado que a ingestão da dieta do grupo C
foi aquela que mais aumentou, significativamente, a concentração de
antioxidantes presentes no plasma dos animais (0,39 mg.mL-1, expresso
em ácido ascórbico). O grupo HC apresentou maior capacidade antioxidante que aqueles que receberam apenas dieta hipercolesterolêmica (H)
(p<0,05), pois inibiu 20,2% do branqueamento da crocina, enquanto o
grupo H inibiu apenas 10,4%. O grupo P apresentou valor de concentração
de antioxidantes no plasma estatisticamente semelhante ao grupo HC e
ao grupo H. Conclusão: A ingestão de micélio do cogumelo A. brasiliensis
por hamsters influenciou positivamente na proteção antioxidante desses
animais, sugerindo que o micélio do cogumelo cultivado sobre grãos de
trigo pode ser uma fonte de antioxidantes naturais.
PD-20 “AVALIAÇÃO DO RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE
ÚLCERA POR PRESSÃO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO”
LETÍCIA SERPA (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); VERA SANTOS
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ALINE MACHADO (HOSPITAL ALEMÃO
OSWALDO CRUZ); MONICA MEALE (NESTLÉ HEALTHSCIENCE)
Introdução: A incidência de UP tem sido considerada um indicador de
qualidade dos serviços de saúde, demandando ações institucionais e
cuidado multiprofissional para a sua prevenção. O primeiro passo para
a prevenção é a identificação dos pacientes em que apresentam risco e
quais os fatores de risco mais importantes para cada população. Objetivo:
Propósito do estudo: Identificar os pacientes hospitalizados com risco para
o desenvolvimento de Úlcera por Pressão, no município de São Paulo.
Método: A metodologia e o material utilizados: Trata-se de um estudo
prospectivo, multicêntrico, realizado em seis hospitais do município de São
Paulo. A amostra foi composta por pacientes internados nas unidades de
internação e UTIs dos hospitais, de ambos os sexos, com idade igual ou
maior a 18 anos e que concordaram em participar da pesquisa. A coleta
de dados foi realizada no período de abril a junho de 2013, por Estagiários de enfermagem, selecionados a partir de prova escrita e entrevista. O
projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos
Hospital Alemão Oswaldo Cruz/SP. Cada participante foi informado sobre
o projeto e preencheu o TCLE, concordando em participar do estudo. Na
sua impossibilidade, um familiar procedeu a assinatura.O Instrumento
para a coleta de dados era composto dos seguintes dados: Parte 1 - Dados
Demográficos; Parte 2 - Dados Clínicos e Nutricionais; Parte 3 - Avaliação
do risco através da Escala de Braden. Resultados: resumo dos resultados
apresentados com detalhes suficientes para apoiar a conclusão. Foram
avaliados 1452 pacientes no período, sendo 56,81% do sexo feminino,
45,72% de pacientes idosos, considerando 14,18% com 80 anos ou mais,
a maioria (56,61%) em tratamento clínico. Com relação às doenças associadas, 18,42% dos pacientes eram portadores de DM e 42,47% de HAS.
Com relação ao risco de Úlcera por Pressão, observamos que 33,92% dos
pacientes apresentavam risco para o desenvolvimento de UP na primeira
avaliação, sendo: 23,68% com risco baixo, 4,43% com risco alto, 3,99% com
risco moderado e 1,09% com risco muito alto. Vale ressaltar que 42% dos
pacientes tiveram 1 a 2 dias de internação. Conclusão: conclusão alcançada
A utilização de um instrumento de avaliação do risco para UP possibilita
desenvolver a conscientização dos profissionais quanto à importância
da implementação de medidas preventivas, além de dar apoio à gestão
desse cuidado.
PD-19 HÁBITOS ALIMENTARES DOS PACIENTES COM DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS INTERNADOS EM UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
RAFAEL PINTO LOURENÇO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
NAYANE SANTIAGO BARRETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
LUAN FELLIPE BISPO ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
MARÍLIA PRUDENTE MENESES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
CARLA VANESSA OLIVEIRA DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SERGIPE); MÁRCIA MARIA MACÊDO LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SERGIPE)
Introdução: As características da alimentação resultantes da transição
nutricional – como o consumo excessivo de açúcar e gorduras - atreladas
à redução da atividade física contribuem, significativamente, para o
aumento da ocorrência da obesidade e de outras doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) no Brasil. Além do impacto na saúde, tais doenças
acarretam importantes despesas para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Objetivo: Identificar os hábitos alimentares dos pacientes internados no
Hospital Universitário e verificar sua associação com variáveis sociodemográficas. Método: Foi realizado um estudo transversal em uma amostra
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
21
Suplemento Nutrição Clínica/2013
PD-21 CORRELAÇÃO ENTRE O ÂNGULO DE FASE COM VARIÁVEIS
ANTROPOMÉTRICAS E CLÍNICAS EM PACIENTES CRÍTICOS
de um hospital público. Método: Estudo longitudinal e prospectivo.
Os dados foram coletados durante a permanência do paciente na UTI,
utilizando-se um formulário próprio contendo informações sobre dados
demográficos, clínicos e bioquímicos, tempo de internamento, desfecho
clínico, além dos dados antropométricos, triagem de risco nutricional e
de suporte nutricional. Resultados: A amostra final da pesquisa foi de 40
pacientes. Observou-se um predomínio do sexo feminino e a média de
idade foi de 53,1 ± 22; 47,5% da amostra não apresentou comorbidades
pré-existentes e a insuficiência respiratória aguda foi a causa principal
de internamento. Sepse foi o diagnóstico mais frequente e a taxa de
mortalidade foi de 30%. A prevalência de hipofosfatemia foi de 52,5%
e, considerando apenas em pacientes sépticos, aumentou para 71,4%.
Em associação com a hipofosfatemia, observou-se que os pacientes
hipofosfatêmicos apresentaram um menor valor de bicarbonato sérico
quando comparado com os não hipofosfatêmicos (p=0,006), um maior
tempo de internamento (p=0,022), presença de insuficiência orgânica
(p=0,002), maior risco nutricional (p=0,028), tempo de jejum maior do
que 48 h (p=0,007), menor IMC (p=0,000) e maior taxa de mortalidade
(p=0,000). Conclusão: A hipofosfatemia é uma desordem eletrolítica de
alta prevalência nestes pacientes e os principais fatores associados foram:
acidose metabólica, tempo de jejum maior do que 48 horas, maior tempo
de internação hospitalar, menor IMC, maior risco nutricional, presença
de insuficiências orgânicas e maior taxa de mortalidade.
RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE); MILENA CAROLINE TERTULIANO
DE LIMA (PROCAPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE); ADNA
JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (ICB/UPE); CLÁUDIA PORTO SAINHO PINHO
(PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES (PROCAPE)
Introdução: O ângulo de fase (AF) é uma medida obtida através da Bioimpedância Elétrica a partir da relação entre as medidas diretas de Resistência (R) e Reatância (Xc), e tem sido estudado como valor prognóstico em
várias situações clínicas e como preditor do estado nutricional. Objetivo:
Avaliar a correlação do AF com parâmetros antropométricos e bioquímicos
e sua relação com variáveis clínicas em pacientes cardiopatas críticos.
Método: Estudo retrospectivo, realizado na UTI de um hospital cardiológico, entre abril e julho de 2013, em indivíduos adultos e idosos, de ambos
os sexos. O AF foi determinado no prazo de 48 horas após admissão,
através da seguinte fórmula: AF = arco tangente-Xc/R x 180°/&#960;. As
variáveis analisadas foram: antropométricas (circunferência do braço (CB),
prega cutânea triciptal (PCT), área muscular do braço corrigida (AMBC)
e circunferência da panturrilha (CP)), bioquímicas (contagem total de
linfócitos (CTL), hemoglobina (Hb), albumina sérica), e clínicas (APACHE
II, tempo de internamento e de ventilação mecânica (VM)). Os dados
foram analisados através do SPSS versão 13.0, com significância quando
p<0,05. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa(nº
protocolo 274.057/2013). Resultados: Foram avaliados 73 pacientes,
com idade média de 60,2±16,5 anos e prevalência do sexo masculino
de 53,4%. As principais causas de internamento foram o Infarto Agudo
do Miocárdio (41,1%) e Insuficiência Cardíaca descompensada (28,8%).
A média do tempo de internamento foi 11,5±12,4 dias. A hipertensão
foi a comorbidade mais prevalente (56,2%), seguida do diabetes mellitus
(24,7%), insuficiência renal em tratamento dialítico (20,5%) e conservador
(6,8%). O valor médio do AF obtido foi de 5,3±1,8o. O AF correlacionouse positivamente com CB (r=0,318; p=0,006) e AMBc (r=0,421; p <
0,001). Não houve correlação com CP, PCT, CTL, Hb, albumina sérica,
APACHE II, tempo de internamento ou de VM. Conclusão: Apesar do AF
ser considerado como marcador prognóstico em várias situações clínicas,
não foi encontrado resultados semelhantes em pacientes críticos. Houve
correlação do AF com variáveis antropométricas importantes na avaliação
nutricional. Por ser um método rápido e prático, sua utilização em UTI
parece ser útil para auxiliar o diagnóstico nutricional. No entanto, mais
estudos são necessários para respaldar sua utilização como preditor do
estado nutricional.
PD-25 INFLUÊNCIA DO PERFIL DE LIPÍDICO NA ATIVIDADE AUTONÔMICA CARDÍACA DE INDIVÍDUOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS
JOANNA DARC GOMES RODRIGUES DA SILVA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DA PARAÍBA); NAYARA MOREIRA LACERDA MASSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); CARLOS VINICIUS DA SILVA BARBOSA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); PRISCILA DINAH LIMA OLIVEIRA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); CASSIA SURAMA OLIVEIRA DA
SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); ALEXANDRE SÉRGIO SILVA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)
Introdução: Durante os últimos anos observa-se o aumento da mortalidade por causas cardiovasculares em países em desenvolvimento. Alterações nos níveis séricos lipídicos e hiperatividade do sistema simpático
são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares
e doença arterial coronariana. O aumento da modulação simpática é
um importante prognóstico para o aparecimento de eventos cardíacos.
Objetivo: Analisar a influência dos níveis de colesterol e frações na Atividade Autonômica Cardíaca (AAC) em sujeitos com dislipidemia. Método:
Pesquisa descritiva e transversal. Foram avaliados 35 pacientes (47,4±
9,1 anos), sendo 18 homens, funcionários do Restaurante Universitário.
Foi realizada avaliação bioquímica para dosagem do perfil lipídico
(colesterol total-CT, LDL-c, HDL-c, VLDL-c e triglicerídeos-TG). A AAC foi
medida durante cinco minutos, com sujeitos em repouso e posição supina
utilizando um aparelho cardiofrequêncimetro Polar RS800CX e a análise
dos dados foi realizada no domínio da frequência utilizando o software
Kubios HRV (Finlândia). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Universitário Lauro Wanderley CEP/HULW, sob o número protocolo 472/11. Na análise da relação entre
as variáveis do estudo a correlação de pearson foi utilizada adotando
nível de confiança com p#8804;0,05. Os dados foram analisados utilizando o software SPSS versão 17.0. Resultados: Os sujeitos da pesquisa
apresentavam perfil lipídico com valores de 252,2±36 para CT, 43,8±11
para HDL-c, 162±32,6 para LDL-c, 42,6±31,7 para VLDL e 270,6±233,6
para TG. Na avaliação da AAC os valores foram de 372,6±565,8 para
PD-24 HIPOFOSFATEMIA EM PACIENTES CRÍTICOS: PREVALÊNCIA E
FATORES ASSOCIADOS
AIRTA LARISSA CERQUEIRA LIMA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); EDUILA
MARIA COUTO SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); VANINA
CORDEIRO DE SOUZA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); LUISIANA LINS
LAMOUR (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA)
Introdução: Os distúrbios eletrolíticos são comuns nos pacientes críticos.
A hipofosfatemia, que é definida como valores séricos de fósforo inferiores
a 2,5mg/dL, ocorre em 2 a 5% de todas as internações e a prevalência
deste distúrbio é ainda maior, quando se trata de pacientes agudamente
doentes, podendo chegar a 80% nos pacientes sépticos. Objetivo:
Avaliar a prevalência da hipofosfatemia e os seus fatores associados
em pacientes admitidos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
22
Suplemento Nutrição Clínica/2013
o componente simpático (LF) - denotando a hiperatividade desta função,
201,2±204,3 para a análise do componente parassimpático (HF) e
3,1±3,3 para o balanço autonômico entre a atuação simpática e parassimpática (LF/HF). Os níveis elevados de colesterol total correlacionaramse positivamente com o componente simpático da Atividade Autonômica
Cardíaca (r2 =0,388e p#8804;0,034) o mesmo ocorreu para o VLDL (r2
=0,620 e p#8804;0,001). Conclusão: A hiperatividade do simpático
está relacionada com maior risco para desenvolvimento de aterosclerose,
fazendo-se de relevância o cuidado nutricional destes pacientes para
normalização dos valores lipídicos através de uma dieta balanceada.
(HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL
DE CLÍNICAS/UFPR); DENISE JOHNSSON CAMPOS (HOSPITAL DE
CLÍNICAS/UFPR)
Introdução: A presença de dislipidemia e alterações na composição
corporal, como o aumento do percentual de gordura, são complicações
frequentes em pacientes submetidos ao transplante de células tronco
hematopoiéticas (TCTH). Objetivo: Verificar se o percentual de gordura
corporal tem correlação com o perfil lipídico de pacientes em pós TCTH
tardio. Método: Foram incluídos no estudo pacientes atendidos no ambulatório de transplante de medula óssea de um Hospital Universitário de
Curitiba-PR, no período de maio a setembro de 2012, com mais de 1 ano
pós TCTH e maiores de 18 anos. O percentual de gordura corporal (%GC)
foi avaliado através do DEXA (Dual-energy X-ray absorptiometry) e sua
adequação baseada na classificação preconizada por Lohman et al.(1992).
O perfil lipídico foi analisado por meio dos níveis sanguíneos de HDL,
LDL, colesterol (CLT) e triglicerídeos (TG). A presença de dislipidemia foi
definida segundo a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemia e Prevenção
de Aterosclerose (2007). Para a análise estatística utilizou-se o teste
de Pearson com intervalo de confiança de 95% (p<0,05). Resultados:
Foram incluídos no estudo 37 pacientes, sendo 56,7% (n=21) do sexo
feminino. A idade média foi de 35,53±11,01 anos. A média de %GC foi
de 42±6,37% para as mulheres e 26,3±10% para os homens. O risco
de doenças associadas à obesidade foi encontrado em 75,7% (n=28)
da amostra e de dislipidemia em 64,86% (n=24). Não houve correlação
entre a %GC e as demais variáveis: HDL (p=0,18; r=0,23); LDL (p=0,76;
r=0,05); CLT (p=0,27; r=0,18) e TG (p=0,19; r=0,22). Conclusão:
Mais da metade dos pacientes apresentou risco de doenças associadas à
obesidade, quando analisada a %GC. No entanto, não houve correlação
significativa do %GC e os níveis de lipídeos plasmáticos.
PD-26 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM MULHERES PORTADORAS
DE MIGRÂNEA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO SOBRE A GRAVIDADE
ALINE BÁRBARA PEREIRA COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS); ANA MARIA DOS SANTOS RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MINAS GERAIS); ANTÔNIO LUCIO TEIXEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MINAS GERAIS); ADALIENE VERSIANI MATOS FERREIRA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MINAS GERAIS)
Introdução: A migrânea é uma doença de alta prevalência, dolorosa e
incapacitante. A ingestão de determinados alimentos pode desencadear
as crises e a obesidade têm sido associada ao aumento da prevalência,
gravidade e cronificação desse agravo. Objetivo: Avaliar a associação
da composição corporal e do consumo alimentar com a gravidade da
migrânea, antes e após intervenção nutricional. Método: Ensaio de intervenção não controlado e não randomizado, com duração de três meses,
em mulheres portadoras de migrânea. As pacientes foram submetidas
à calorimetria indireta e a avaliações antropométrica, dietética, composição corporal e gravidade da migrânea [Headache Impact Test (HIT-6)
e Migrane Disability Assessment (MIDAS)]. Questionário para a auto
identificação de fatores desencadeantes das crises foi aplicado. Plano
alimentar coerente com o diagnóstico nutricional inicial e orientações
para promoção de alimentação saudável foram elaborados. Após 90
dias, as pacientes foram reavaliadas para identificação de mudanças no
perfil antropométrico, consumo alimentar e gravidade das crises. Resultados: Participaram do estudo 52 mulheres, com média de 44,4 ± 13
anos. Excesso de peso e gordura visceral aumentada estavam presentes
em 61,5% e 63,6%, respectivamente. Vinte e sete pacientes associaram
a ingestão de alimentos com o desencadeamento das crises. Quanto à
gravidade da migrânea, as crises exerciam impacto severo na vida de
66,7% das pacientes, sendo que 46,% relataram incapacidade moderada
a grave em função das crises. Pacientes com migrânea crônica (13,5%)
apresentaram maior percentual de gordura corporal (p=0,024), maior
gasto energético de repouso (p=0,008) e piores escores de gravidade
(HIT-6, p< 0,001; MIDAS, p=0,001). A avaliação dietética mostrou baixo
escore médio do IQD-R adaptado (61,2 ± 12,31). Após intervenção dietética observou-se melhora nos escores do IQD-R e do HIT-6 (p<0,05).
Conclusão: A intervenção nutricional foi capaz de promover melhoras
no padrão dietético, refletindo na redução da gravidade da cefaléia de
mulheres portadoras de migrânea.
PD-28 PERFIL METABÓLICO E CONSUMO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS CORONARIOPATAS
ADNA JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);
CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);
AMANDA SOUZA BEZERRA PIRES FERREIRA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)
Introdução: A dieta tem forte correlação com a saúde cardiovascular
por participar da prevenção e tratamento de fatores de risco, tais como
Diabetes Mellitus (DM), hipertensão arterial (HA), dislipidemia e obesidade. Objetivo: Descrever o perfil metabólico e o consumo alimentar
de coronariopatas hospitalizados. Método: Estudo transversal com 164
pacientes internados em hospital cardiológico de Junho a Setembro de
2012. Consideraram-se as variáveis clínicas (HA, DM), antropométricas
(IMC e circunferência abdominal-CA), perfil lipídico e consumo alimentar
(habitual: &#8805;4 vezes/semana; não habitual:<4 vezes/semana; ou
raramente consumido: uma vez/mês, ocasiões festivas mensais ou anuais),
através de questionário de frequência de consumo simplificado. A análise
dos dados foi feita com ajuda do software Microsoft Excel 2010. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 62,88 (±9,64) anos, com
predomínio do sexo masculino (55,0%). Verificou-se elevada prevalência
de HA (89,0%), excesso de peso segundo IMC (51,4%) e obesidade abdominal segundo CA (62,2%). DM esteve presente em 32,9% dos pacientes.
Reduzido nível sérico de HDL foi encontrado em 78,4% dos avaliados,
enquanto 41,7% tinham TG elevado. O consumo de carne foi relatado
como habitual por 76,8% dos indivíduos. A maioria dos avaliados referiu
rara ingestão de vísceras (72,5%), embutidos (64%) e cereais integrais,
PD-27 CORRELAÇÃO ENTRE PORCENTAGEM DE GORDURA
CORPORAL E PERFIL LIPIDICO EM PACIENTES NO PÓS TRANSPLANTE
TARDIO DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS
EMMANUELLE DIAS BATISTA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); AMANDA
CRISTINA DE OLIVEIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); CRISTIANE
PAVAN PEREIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); JÉSSICA ALVES DE PAULA
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
23
Suplemento Nutrição Clínica/2013
aqui representados pela aveia (55,4%). A ingestão de leite e derivados,
hortaliças, frutas e leguminosas foi relatada como habitual por 57,9%,
68,2%, 57,9% e 68,2% dos pacientes. Conclusão: O hábito alimentar dos
coronariopatas parece adequado do ponto de vista qualitativo, embora
não tenha sido habitual o consumo de alimentos integrais. A determinação
do perfil metabólico e do consumo alimentar em indivíduos já acometidos
pela doença coronariana constitui importante subsídio às intervenções
terapêuticas com vistas a prevenir a ocorrência de outros agravos decorrentes da inadequação alimentar.
ostase da glicose. Algumas dessas adipocitocinas vêm sendo apontadas
como tendo uma relação mais estreita com resistência a insulina, como
a resistina, a leptina e a adiponectina. Objetivo: Investigar a correlação
entre adipocitocinas periféricas e a resistência à insulina em adolescentes.
Método: Foram avaliados 150 adolescentes com faixa etária entre 10
e 19 anos, residentes na cidade de São Paulo. Amostras de sangue
foram coletadas para dosagem de glicemia e insulina de jejum, ambas
para cálculo do índice HOMA-IR, além da dosagem das adipocitocinas
resistina, adiponectina e leptina. As amostras de sangue foram coletadas
após jejum de 12-15 horas, com análise pelo método imunoenzimático
(ELISA). Os dados foram comparados através do teste de correlação de
Spearman, utilizando-se o pacote SPSS versão 20.0. Foi adotado p<0,05
como nível de significância. Resultados: Entre as três adipocitocinas,
a leptina apresentou correlação positiva com o HOMA-IR (r=0,566 e
p<0,001), enquanto a adiponectina apresentou relação inversa(r=-0,223
e p=0,006). A resistina não apresentou associação com HOMA-IR(r=0,390
e p=0,638). Conclusão: Nos adolescentes estudados foi observada
associação entre valores de HOMA-IR e duas adipocitocinas: leptina e
adiponectina, reforçando o papel citado pela literatura dessas adipocitocinas, uma de forma negativa (leptina) e a outra de forma positiva
(adiponectina) no metabolismo da glicose.
PD-29 EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA K1 EM RATOS
ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS (SHRSP) COM PROPENSÃO AO
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
VICTOR AGATI CAVARGERE (UNIRIO); AMANDA DA SILVA CHAVES
(UNIRIO); NATASHA CARDOSO MAIA (UNIRIO); MONIQUE DE BARROS
ELIAS (UNIRIO); LUCIA MARQUES VIANNA (UNIRIO)
Introdução: Segundo a OMS, o AVE é classificado como uma síndrome
pelo rápido desenvolvimento de disfunção neurológica, podendo levar
a morte. A vitamina K atua como cofator essencial na carboxilação
de resíduos específicos de ácido glutâmico (Glu), levando a formação
de ácido gama carboxiglutâmico (Gla). Diante disso, o objetivo desse
trabalho é esclarecer as alterações na homeostasia da ingestão de vitamina K, uma vez que o distúrbio nesse equilíbrio pode levar a eventos
isquêmicos encefálicos, levando a danos cognitivos e, sua importância
na recuperação motora dos ratos SHRSP. Método: Trata-se de um estudo
experimental. Doze ratos machos da linhagem SHRSP foram utilizados no
estudo. Os animais foram subdivididos em 2 grupos, sendo grupo tratado
e grupo controle. O grupo controle recebeu gavagem orogástrica com
0,3mL de óleo de coco e o grupo tratado recebeu gavagem orogástrica
com 0,3mL de óleo de coco + 40µg de filoquinona. Os animais foram
avaliados, segundo os parâmetros biológicos (peso, diurese, ingestão
de água e ração) e fisiológicos gerais (teste aquático de Morris, teste
motor de reposicionamento postural, teste motor de queda livre, teste
do labirinto), seguindo o manual de Vianna LM (2009). Resultados:No
que se refere à memória curta, as variações encontradas neste parâmetro durante o experimento não foram estatisticamente significativas
(p=0,072), mostrando que a memória curta dos animais não foi alterada
após a administração da vitamina. No que se referem aos padrões de
manutenção ou prejuízo da função da memória, os testes de labirinto,
labirinto aquático de Morris apresentaram uma redução significativa
(p=0,021 e p=0,036) do tempo de execução da tarefa no grupo tratado
quando comparado ao grupo controle, resultando em preservação da
memória espacial dos animais. Conclusão: Diante dos achados, pode
se afirmar que a vitamina K1 tem desempenhado um papel neuroprotetor, entretanto necessita-se de mais ensaios para determinar doses
adequadas da vitamina.
PD-31 PRECISÃO DE MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE PESO E ESTATURA NA DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE
IDOSOS
SUAMY SALES BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
NORTE); MARIA ALDINEIDE BORGES DA SILVA (UNIVERSIDADE POTIGUAR); JANAIZA CARLA OLIVEIRA LIMA (UNIVERSIDADE POTIGUAR);
DIANA QUITÉRIA CABRAL FERREIRA (UNIVERSIDADE POTIGUAR)
A avaliação antropométrica em idosos hospitalizados torna-se, em sua
maioria, de difícil aplicação devido à restrita mobilidade dos pacientes
acamados e em estado crítico, fazendo necessária a utilização de métodos
de estimativa do peso e estatura para a determinação das necessidades
energéticas. Este estudo teve como primeiro objetivo correlacionar as
medidas estimadas com as reais e como segundo, verificar a concordância
entre os valores das necessidades energéticas determinados a partir da
utilização das medidas antropométricas aferidas e estimadas de idosos
hospitalizados. Participaram do estudo 21 idosos, com idade média de
72,5±8,4 anos, de ambos os sexos, internados em dois hospitais públicos
e um hospital militar de Natal, Rio Grande do Norte. Durante a coleta de
dados foi mensurada a estatura, com auxílio de estadiômetro fixo e o peso,
utilizando balança digital. O peso estimado foi obtido pela fórmula de
Chumlea (1988) e a estatura estimada pelas fórmulas da altura do joelho
(Chumlea, 1985), comprimento recumbente e pela semi-envergadura e
envergadura (Kwok Whitelaw, 1999). Após obtenção dos dados aferidos e
estimados foram determinadas as necessidades energéticas dos pacientes
pela equação de Harris e Benedict (1919), utilizando as medidas aferidas
e combinações entre os métodos estimados, utilizando o peso estimado
pela equação de Chumlea e estatura pelos quatro métodos supracitados.
Para análise da associação entre as determinações energéticas com diferentes metodologias foi utilizado o Teste de Correlação de Pearson. As
comparações foram realizadas por meio do Teste GLM, medidas repetidas,
e as análises post hoc foram realizadas utilizando o Teste de Sidak, com
nível de significância de 5%. De acordo com os resultados foi observada
correlação positiva e forte entre a determinação energética utilizando
peso e estatura aferidos e as quatro determinações que utilizaram o peso
e estatura estimados. Foram encontradas diferenças estatisticamente
PD -30 ADIPOCITOCINAS E RESISTÊNCIA À INSULINA EM
­ADOLESCENTES: EXISTE CORRELAÇÃO?
ISABELLA PEREIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA
SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); NÁGILA DAMASCENO (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ANTÔNIO AUGUSTO CARIOCA
­(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
Introdução: As adipocitocinas, proteínas produzidas pelo tecido adiposo,
tem sido apontadas como agentes importantes da regulação da home-
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
24
Suplemento Nutrição Clínica/2013
significativas entre a determinação de energia utilizando as medidas
aferidas (1226,80kcal) e as medidas estimadas a partir do peso estimado
e a estatura estimada pelo comprimento recumbente (1165,23kcal). Esta
última medida também foi estatisticamente diferente das demais combinações usando o peso estimado e as estaturas pela altura do joelho,
envergadura e semi-envergadura. Assim, percebe-se que as medidas
estimadas, exceto a altura recumbente, são confiáveis e aplicáveis para
a avaliação nutricional de idosos hospitalizados.
entre adipocitocinas e o índice de conicidade em adolescentes. Método:
Foram avaliados 158 adolescentes com faixa etária entre 10 e 19 anos,
residentes em São Paulo. Coletou-se dados antropométricos de altura,
peso e circunferência da cintura e os exames bioquímicos, realizados
após jejum de 12 a 15h para dosagem das adipocitocinas resistina,
adiponectina e leptina, utilizando-se o método imunoenzimático (ELISA).
O índice de conicidade foi calculado pela relação entre a circunferência
da cintura (em metros) e a raiz da relação peso(kg)/estatura(m) multiplicada pela constante 0,109. Os resultados foram avaliados através do
teste de correlação de Spearman, utilizando-se o pacote SPSS versão
20.0. Foi adotado p<0,05 como nível de significância. Resultados: A
adiponectina apresentou correlação negativa com o ICO (r=-0,238 e
p=0,003), enquanto que com a leptina essa relação foi positiva (r=0,302
e p<0,001). Não houve correlação com a resistina (r=0,113 e p=0,165).
Conclusão: Observou-se que, quanto maior o ICO, ou seja, quanto maior
a concentração de gordura corporal na região central, maiores os níveis de
leptina. Porém, com a adiponectina essa relação é inversa, confirmando
achados da literatura que evidenciam que os níveis dessa adipocitocina
estão relacionados a marcadores de saúde positivos.
PD-32 HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTES GRAVES
RICARDO ROSENFELD (ETERNU); VALERIA ROSENFELD (ETERNU); CARMEN
LEITE (ETRENU); CLARISSA BANDEIRA (ETERNU)
Introdução: A vitamina D é conhecida por sua importância no metabolismo do cálcio e fósforo para promover a mineralização óssea. Estudos
recentes têm demonstrado outras funções da vitamina D relacionadas a
funções não esqueléticas. Os efeitos da vitamina D estão também relacionados a imunidade, controle glicêmico e doenças cardiovasculares.
A avaliação da deficiência de vitamina D se torna importante pois, nos
dias atuais, o estilo de vida, as dietas com restrição de gorduras, o uso
de filtros solares e a falta da exposição ao sol para evitar o câncer de
pele levam a hipovitaminose D. O prognóstico relacionado a deficiência
de vitamina D deve ser melhor estudado. Objetivo: O estudo avalia os
valores de vitamina D plasmáticos nas primeiras 3 semanas de internação
na UTI. Método: Foram avaliados 49 pacientes em uma UTI clinicocirúrgica. Os níveis séricos de vitamina D foram dosados por método de
radioimunoensaio, da dosagem de 25(OH)D, albumina, fósforo, calcio
nas primeiras 3 semanas de internação. Os níveis séricos de vitamina
D são considerados como indetectáveis quando menores do que 15 ng/
mL, deficientes quando entre 15 e 30 ng/mL, insuficientes entre 30 e
60 ng/mL e normais acima de 60 ng/mL. Os dados foram armazenados
em planilha EXCEL 8.0 e analisados no EPI-INFO – CDC, Versão 3.5.1
(2008).Resultados: Os pacientes eram de sexo feminino 56%, idade
media = 66,85 anos, NRS = 3,6, Apache II = 11,39, permaneceram
em jejum por 3 dias em media, cirúrgicos 64%, em nutrição enteral
83%. Permaneceram em media 19 dias internados. A media de infusão
calorica foi de 1.537 kcal/d. Os valores na 1a semana foram: vitamina
D = 18,8 ng/mL, calcio = 8,06 mg/dL, fósforo = 2,76 mg/dL. Na 2a
semana os foram: vitamina D = 21,68 ng/mL, calcio = 7,09 mg/dL,
fósforo = 2,79 mg/dL. Na 3a semana: vitamina D = 26,9 ng/mL, calcio
= 8,09 mg/dL, fósforo = 3,28 mg/dL. Conclusão: Os niveis séricos de
vitamin D se encontram deficientes nainternação, no entanto aumentam
progressivamente, resultado de dieta e recuperação da doença base.
Unitermos: vitamin D; paciente grave, nutrição enteral
PD-34 CORRELACAO ENTRE IDADE, % DE MASSA MUSCULAR ESQUELÉTICA E TESTES FUNCIONAIS EM IDOSAS DA COMUNIDADE
DARLA SILVERIO MACEDO (UFPR); JÉSSICA ALVES DE PAULA (HC
-UFPR); EDUARDO L. WAMSER (UFPR); CARYNA EURICH MAZUR
(UFPR); RUBIA DANIELA THIEME (UFPR); MARIA ELIANA M. SCHIEFERDECKER (UFPR)
Introdução: Com o aumento da expectativa de vida da população o
surgimento de doenças relacionadas ao processo de envelhecimento e
alterações como a sarcopenia ganha destaque na população idosa. A
sarcopenia é definida como a perda de massa, função e força muscular
associada ao envelhecimento e apresenta impactos clínicos negativos, pois
frequentemente compromete a mobilidade e independência. Objetivo:
Avaliar a correlação entre idade, % de massa muscular esquelética, força
de preensão palmar e velocidade da marcha em idosas independentes.
Método: Foram avaliadas idosas com idade &#8805; 60 anos, ativas
residentes no município de Curitiba-PR no período de maio à junho de
2013. O cálculo da Massa Muscular Esquelética (MME) foi feito de acordo
com Janssen e cols (2000) e o Percentual Muscular Esquelético (%MME)
de acordo com Janssen e cols (2002). A Força de Preensão Palmar (FPP)
foi verificada com dinamômetro hidráulico com avaliação de força aferida
por quilogramas força de acordo com Coelho e cols (2010). A velocidade
da marcha foi calculada de acordo com Graham e cols (2008). A análise
estatística foi realizada por meio do software SPSS versão 17.0 e utilizouse coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: A amostra foi
composta de 20 idosas, com média de idade de 67,3+6,3 anos (min.: 60
e máx.: 84) anos. O percentual de MME médio foi de 25,6%+2,7% (min.
22,3 e máx. 32). A média de velocidade da marcha foi de 0,75±0,24m/s
(min.0,55 e máx. 1,43) e a FPP média foi de 27,9±5,3Kg (min. 13 e
máx. 35). Houve correlação negativa entre a idade e %MME, porém sem
significância estatística (R= -0,78 p=0,744). A FPP e a idade também
apresentaram correlação negativa (R= -0,267 p=0,255). Quando realizada a correlação entre a FPP e %MME houve associação positiva (R=137
p=564). A idade e a velocidade da marcha apresentaram coeficiente de
correlação positivo (R= 0,320 p=0,169). Conclusão: Houve correlação
negativa sem significância estatística entre a idade e o % de MME e FPP e
a FPP se associou com o % de MME, no entanto a velocidade da marcha
se correlacionou positivamente com a idade.
PD-33 ADIPOSIDADE CENTRAL E ADIPOCITOCINAS
ISABELLA PEREIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA
SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); NÁGILA DAMASCENO (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ANTÔNIO AUGUSTO CARIOCA
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
Introdução: As adipocitocinas são hormônios peptídicos produzidos e
secretados pelo tecido adiposo. Dessa forma, seus níveis apresentam
relação íntima com a quantidade de gordura corporal, estando ainda
mais relacionados à gordura central. O índice de conicidade (ICO) é um
indicador antropométrico de gordura corporal baseado nas medidas de
peso, altura e circunferência da cintura. Objetivo: Investigar a correlação
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
25
Suplemento Nutrição Clínica/2013
PD-35 CORRELAÇÃO ENTRE O ÂNGULO DE FASE E FORÇA DE
PREENSÃO PALMAR EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA
RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR ATENDIDOS EM
AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM SALVADOR-BA
Contudo, os estudos não têm avaliado se o consumo de bebidas contendo
frutose promove, num curto prazo, risco de doenças crônicas nãotransmissíveis. Objetivo: Avaliar, em ratos jovens, se a ingestão precoce
de solução aquosa enriquecida com frutose promove aumento do risco
de desenvolver obesidade e diabetes. Método: Ratos Wistar, 30 dias,
foram distribuídos em dois grupos experimentais: controle (C) e frutose
(F). Ambos os grupos foram tratados por 04 semanas com livre acesso
a dieta sem frutose e água (C) ou solução aquosa de frutose a 20% (F).
Foram avaliados o consumo alimentar e energético de 24 horas e a
massa corporal semanal, os níveis séricos de glicose e triacilglicerol e os
depósitos de gordura epididimal (EPI), retroperitoneal (RET), mesentérico
(MES) e perirrenal (PER). Aos 60 dias de vida, os ratos foram submetidos
à eutanásia, o sangue coletado e o soro separado para dosagens séricas.
Resultados: O grupo F não apresentou diferença na massa corporal, na
ingestão alimentar final e nem na ingestão energética de 24 h comparado
ao grupo C. Nas análises séricas, observou-se tendência a hipertriacilglicerolemia no grupo frutose e aumento significativo na glicemia. Tomados
juntos estes resultados séricos corroboram para demonstrar que a ingestão
elevada de frutose favorece precocemente o desenvolvimento de resistência periférica à insulina. Na avaliação da adiposidade visceral, os teores
de gordura total e dos depósitos RET e MES demonstraram tendência à
elevação, e o depósito PER foi menor no grupo F. Conclusão: Sugere-se
que o consumo de frutose, mesmo na idade jovem e em curto período
de tempo, pode contribuir para resistência à insulina e alterações na
adiposidade, podendo ser considerado fator de risco ao desenvolvimento
de doenças ainda na adolescência.
ALESSANDRA FORTES ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);
THAIS VITORINO NEVES DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA
BAHIA); TARCÍSIO SANTANA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);
ÁVILA SANTOS SOUSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); PRISCILA
NASCIMENTO DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); MARIA
HELENA LIMA GUSMÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)
Introdução: Aumento da morbidade e mortalidade relacionada a redução
da massa magra é comum em pacientes com Doença Renal Crônica
(DRC). A Força de Preensão Palmar (FPP) através da dinamometria tem
sido utilizada como uma ferramenta de triagem nutricional simples e de
baixo custo, baseada em evidências de que está fortemente correlacionada
com massa magra corporal e pode identificar os pacientes que tiveram
uma redução significativa no estado nutricional. O ângulo de fase (AF)
obtido através da bioimpedância elétrica é derivado do arco tangente
entre a reactância e a resistência, indicando alterações na integridade das
membranas celulares e do espaço intercelular, sendo associado a maiores
índices de hospitalização e mortalidade. Objetivo: Avaliar a correlação
entre a FPP e AF em pacientes com DRC em tratamento conservador.
Método: Estudo transversal, realizado entre outubro de 2012 e julho de
2013, com 61 pacientes adultos (20 e < 60 anos) e idosos (&#8805; 60
anos), de ambos os sexos, com Clearance de Creatinina entre 89 a 15
ml/min/1,73m2, atendidos no ambulatório de Nutrição e Nefropatias
na cidade de Salvador-Ba. Todos os pacientes receberam orientação por
escrito referente ao preparo para realização da bioimpedância, conforme
protocolo previamente estabelecido. Utilizado aparelho de bioimpedância
tetrapolar da marca Biodynamics450®. A FPP foi realizado no braço não
dominante medida através do dinamômetro da marca Jamar®, segundo
a técnica de Hillman et al (2005). Resultados: A maioria da população
estudada apresentou Taxa de Filtração Glomerular (TFG) estimada média
de 36,85 (± 17,13), a maioria dos indivíduos foi do sexo masculino
(54,1%), a média da idade foi 59,31 (± 12,15) sendo 52,5% composto
de indivíduos idosos, a média do IMC foi 24,9Kg/m² (± 4,95), a média
do AF foi 6,02 (± 1,33) e a média da FPP foi 12,9 (± 3,15). A análise do
Coeficiente de Correlação de Spearman entre a força de preensão palmar
e o ângulo de fase evidenciou boa correlação (r 0,50), com valor estatisticamente significante (p<0,000). Conclusão: Estes achados sugerem que
a FPP tem boa correlação com o o AF que é um método adequado para
avaliar presença de risco de morbimortalidade no pacientes com DRC
em tratamento conservador e que deve ser inserido cotidianamente na
avaliação nutricional desta população. Unitermos: doença renal crônica,
dinamometria, ângulo de fase.
PD-37 AVALIAÇÃO PELA CIRCUFERÊCIA DA CINTURA E RELAÇÃO
CINTURA-ALTURA DE IDOSOS DE 60 A 75 ANOS, ATENDIDOS EM
UM POLO DE ATIVIDADE FÍSICA EM SÃO LUÍS – MA
ANA PATRÍCIA GUTERRES SILVA (CEST); ABRAHÃO LIMEIRA DE
OLIVEIRA (CEST); ELIETE COSTA OLIVEIRA (CEST); AÍDA CAVALCANTI
DANTAS (CEST); PATRICIA ALMEIDA DE ANDRADE (CEST); NARUNA
ARITANA COSTA MELO (CEST); MARCOS ROBERTO CAMPOS DE
MACÊDO (CEST)
Introdução: A circunferência da cintura (CC) é um parâmetro que nos
permite obter o índice de risco de doenças cardiovasculares. A razão
cintura-estatura (RCE) foi identificada como o melhor índice de obesidade
associado com hipertrofia do ventrículo esquerdo e apresenta vantagem
em relação à CC isolada. Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar
o risco cardiovascular por meio da medida da CC e a RCE de idosos de
60 a 75 anos, atendidos em um pólo de atividade física em São Luís –
MA. Método: Estudo transversal, analítico e descritivo, com idosos de
60 a 75 anos, atendidos em um pólo de atividade física em São Luís –
MA. Foram coletados altura, CC, conforme técnica apropriada, sendo a
relação cintura-estatura (RCEST) obtida por meio da razão entre a cintura
e altura.A classificação segundo o estudo de Ashwell e Gibson (2009)
sugere que indivíduos que apresentarem esta variável acima de 0,50 cm
serão classificados como risco à saúde. Para classificar a CC,utilizou-se o
seguinte parâmetro: (CC &#8805; 88 e 94 cm serão classificados como
alterado respectivamente para homem e mulheres). Os dados foram analisados por meio do programa estatístico Stata 10.0®, aplicando-se o Teste
t de Student. Resultados: Dos 39 participantes, houve predominância de
idosos de 65 a 70 anos, representados por 43,59% (17). Observamos que
66,67% (26) são do sexo feminino. Constatou-se que a maioria dos idosos
avaliados possuía 2º Grau e 3º Grau completos, 41,03% (16) e 41,03%
(16), respectivamente e prevalência de 2 salários mínimos,com 35,90%
PD-36 CONSUMO ELEVADO DE FRUTOSE EM RATOS JOVENS
CONTRIBUI PARA RESISTÊNCIA À INSULINA
CAROLINE THURLER PEREIRA (UNIRIO); LEANDRO OLIVEIRA BATISTA
(UFRJ-CAMPUS MACAÉ); VIVIANE WAGNER RAMOS (UFRJ-CAMPUS
MACAÉ); ELISALDO MENDES CORDEIRO (UFRJ-CAMPUS MACAÉ); KELSE
TIBAU DE ALBUQUERQUE (UFRJ-CAMPUS MACAÉ)
Introdução: Há evidências científicas de aumento na incidência do
diabetes mellitus entre crianças e adolescentes, no mesmo tempo em
que se verifica um consumo elevado de refrigerantes e bebidas adoçadas.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
26
Suplemento Nutrição Clínica/2013
(14) entre 2 e 4 salários e 20,51% (8) com renda de mais de 4 salários. A
maioria encontra-se em um estado civil, sem um relacionamento conjugal
ativo, dentre eles 20,51% (8) estando solteiros, 10,26% (4) divorciados, e
35,64% (10) viúvos. Podemos analisar estas variáveis junto com as variáveis da ocupação que está apresentando prevalência de 71,79% (28), nos
aposentados. O estudo da RCEST demonstrou que tanto homens, quanto
mulheres possuíam alterações neste parâmetro (0,54±0,05 e 0,57±0,06,
respectivamente). Da amostra possuíam alterações quanto o parâmetro
da CC, 99%(14) das mulheres, nenhum homem apresentou CC alterada.
Da amostra possuíam alterações quanto o parâmetro da RCEST, 99%(12)
e 99%(25) respectivamente para homens e mulheres. Conclusão: Portanto
o trabalho revelou uma prevalência importante de risco cardiovascular
(DCV) entre os avaliados, de acordo com a CC e RCEST, sendo necessárias maiores intervenções quanto as orientações nutricionais que visem a
redução dessas medidas e conseqüentemente do risco DCV.
esteve presente na população estudada, então, torna-se necessário o uso
de marcadores de composição corporal objetivando melhorar a acurácia
e a precisão do diagnóstico nutricional dessa população.
PD-38 COMPOSIÇÃO DE MASSA MAGRA EM PACIENTES COM
DOENÇA RENAL CRÔNICA EUTRÓFICOS OU COM EXCESSO DE PESO
SEGUNDO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
Introdução: A prevalência de desnutrição é um achado comum em
pacientes oncológicos, variando de 40 a 80% a depender da localização
do tumor, estadiamento e tipo de tratamento realizado. Tais fatores
comumente resultam em efeitos colaterais que podem agravar o estado
nutricional. Objetivo: Avaliar a associação entre alterações na ingestão
alimentar e sintomas gastrointestinais com a localização do tumor, tempo
de internamento e mortalidade hospitalar em pacientes oncológicos.
Método: Estudo transversal com 667 pacientes, maiores de 20 anos,
internados durante o mês de Novembro de 2012, nas enfermarias de
clínica cirúrgica e médica de um hospital de referência em Salvador-Ba e
que aceitaram participar do estudo. Entrevistadores treinados aplicaram
a ASG-PPP em até 24 horas da admissão hospitalar. O tempo de internamento hospitalar e desfecho clínico (alta ou óbito) foram resgatados
em prontuário eletrônico. Foram excluídos 216 pacientes por não serem
localizados os prontuários eletrônicos, finalizando uma amostra de 451
pacientes. Para análise dos dados, o estado nutricional foi categorizado em
bem nutrido (ASG-PPP A) e com desnutrição (ASG-PPP B e C). Resultados:
A maioria dos pacientes (52,3%) era do sexo feminino. Os cânceres mais
frequentes foram o de mama, próstata, de cabeça e pescoço e do trato
gastrointestinal. Dos pacientes admitidos 77,2% (n=348) fizeram tratamento cirúrgico. A prevalência de desnutrição foi de 37,9% (n=171). A
mortalidade hospitalar foi de 12,2% (n=55) e 80,5% dos pacientes permaneceram internados por até 5 dias. A presença de alterações na ingestão
alimentar foi relatada por 42,6% (n=192) dos pacientes, sendo a redução
da quantidade de alimentos habitualmente consumidos o mais frequente
(58,9%). Cerca de 40% (n=180) dos pacientes apresentaram sintomas
gastrointestinais, dos quais anorexia, náuseas e disfagia foram os sintomas
mais prevalentes. Observou-se associação entre a presença de alterações
na ingestão alimentar e de sintomas gastrointestinais com mortalidade
hospitalar (p<0,001). A prevalência de pacientes que permaneceram
por mais de 5 dias internados foi maior entre aqueles que apresentaram
alterações na ingestão alimentar e sintomas gastrointestinais (p<0,001).
Conclusão: A presença de alterações na ingestão alimentar e de sintomas
gastrointestinais é comum em pacientes oncológicos e está associada a
piores desfechos clínicos e maior tempo de internamento hospitalar. A
identificação precoce destas alterações através de um método de triagem
nutricional na admissão e no pré-cirúrgico pode auxiliar a redução mortalidade e tempo de internamento hospitalar.
PD-39 IMPACTO DAS ALTERAÇÕES NA INGESTÃO ALIMENTAR E
SINTOMAS GASTROINTESTINAIS NO TEMPO DE INTERNAMENTO
E MORTALIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM UM HOSPITAL
DE REFERÊNCIA
PRISCILA SOUZA CAPISTANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);
THIAGO LARANJEIRA ALVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); NÍVEA
ALMEIDA CASÉ (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); LUCIANA RIBEIRO
CUNHA (HOSPITAL ARISTIDES MALTEZ); MARIA LÚCIA VARJÃO DA COSTA
(HOSPITAL ARISTIDES MALTEZ); LUCIVALDA PEREIRA MAGALHÃES DE
OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)
THAIS VITORINO NEVES DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA BAHIA); TARCÍSIO SANTANA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA
BAHIA); LAYNE CARLA GONZAGA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA BAHIA); ALESSANDRA FORTES ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA BAHIA); MARIA HELENA LIMA GUSMÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA BAHIA)
Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) tem quadro clínico que implica
em catabolismo proteico, mas é observado um aumento na prevalência
de sobrepeso e obesidade nestes pacientes. Indicativos de sobrepeso e
obesidade avaliados pelo Índice de Massa Corporal (IMC) estão presentes
em cerca de 50% a 60% dos pacientes em tratamento conservador. Estudos
que trazem o IMC elevado como fator protetor para mortalidade, utilizam
apenas este indicador do estado nutricional, o qual isoladamente não
discrimina a gordura da massa magra. Sabe-se que a obesidade sarcopênica está presente nesses pacientes, caracterizada por acúmulo de gordura
corporal e massa muscular reduzida, podendo contribuir para elevadas
taxas de morbidade e mortalidade nesta população. Objetivo: avaliar
a prevalência de déficit de massa muscular em pacientes com DRC com
IMC adequado ou elevado. Método: Estudo transversal, realizado entre
outubro de 2012 e agosto de 2013, com 64 pacientes adultos (20 e < 60
anos) e idosos (#8805; 60 anos), de ambos os sexos, com Clearance de
Creatinina entre 89 a 15 ml/min/1,73m², atendidos em um ambulatório
de Nutrição em Nefropatias em Salvador-BA. Todos os pacientes tiveram
o peso e a altura aferidos. O IMC foi calculado, e classificados de acordo
com os critérios da World Health Organization –WHO. Através dos valores
obtidos da Circunferência do Braço e da Prega Cutânea Tricipital foram
realizados os cálculos da Área Muscular do Braço Corrigida (AMBc) para
indivíduos adultos e da Circunferência Muscular do Braço (CMB) para
idosos, segundo Frisancho, (1981). Resultados: a média da Taxa de
Filtração Glomerular (TFG) estimada na população foi de 36,46 (± 17,05);
a maioria dos indivíduos foi do sexo masculino (54,7%); a média da idade
foi 59,16 (± 11,9) anos, sendo que 51,6% eram idosos; a média do IMC foi
24,9Kg/m² (± 4,88), sendo que 76,2% (48) destes encontravam-se na faixa
de normalidade e acima. Dos 64 pacientes avaliados, 24 (38,7%) apresentavam depleção de tecido muscular e destes 10 (41,7%) apresentavam
IMC dentro ou acima da normalidade. O teste Exato de Fisher demonstrou
associação estatisticamente significante entre IMC normal ou elevado e
déficit de tecido muscular (p<0,000). Conclusão: A obesidade sarcopênica
PD-40 ASSOCIAÇÃO DO DÉFICIT CALÓRICO E ÚLCERA DE PRESSÃO
EM PACIENTES CRÍTICOS COM SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL NO
PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
27
Suplemento Nutrição Clínica/2013
PAIXÃO CARINA (INC); GINA SPEROTTO (INC); MARCIA FREITAS (INC);
ARGEMIRO BASSO (INC); RENATO GOMES (INC); LILIAN PRADO (INC)
pcs com NE analisamos: ocorrência de úlcera de pressão (UP), infecções
(INF), tempo de ventilação mecânica (TVM) e DC com a ocorrência de
óbito. Definimos DC > 10.000 cal durante a internação na UTI. Análise
estatística pelo SPSS, significância estatística p<0,05, análise univariada
(testes de Fisher’s, Pearson, Mann Whitney). Resultados: Foram 696 pcs
submetidos a CC, destes 78 pcs iniciaram NE, foram incluídos na análise
51 pcs (dados completos). Na amostra: 76,7% pcs masc, IMC prévio a
CC com MED 26, Idade MED de 62a, SOFA MED 4, Tempo de UTI MED
20 dias. Quanto a NE as MED foram: GEB 1277Kcal/d, Aporte proteico
de 1,3g/d e DC médio de 4770 cal. TVM com MED de 10 dias. Nessa
mostra estiveram presentes: UP em 5 pcs (9,8%). Nessa amostra não houve
associação entre DC e UP (p=0,25). Conclusões: O DC nessa mostra não
se associou ao surgimento de UP, mas sabidamente associa-se a maior
gravidade nestes pcs e possui interferência na cicatrização. A continuidade
desta série poderá mostrar resultados diferentes.
Introdução: A presença de úlcera de pressão (UP) em pacientes (pcs)
críticos internados em UTI é importante fator associado a evolução destes
pcs e seu tempo de internação. A precocidade no início da terapia nutricional, o sucesso no alvo calórico ofertado e o déficit calórico (DC) gerado
são contribuintes importantes para proteção quanto ao seu surgimento
ou na cicatrização quando presentes sobretudo em pacientes cirúrgicos.
Objetivo:
Analisar a associação do DC com o surgimento de UP em pcs submetidos
a cirurgia cardíaca (CC) que iniciam suporte nutricional enteral (NE) no
período de pós-operatório. Método: Foram analisados prospectivamente
pcs submetidos a CC que necessitaram de NE no período de jun/12 a
jun/13. Os dados foram alocados em banco de dados existente. Nos
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28
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Suplemento Nutrição
Clínica/2013
PÔSTERES
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-002 ASSOCIAÇÃO DA OBESIDADE ABDOMINAL COM O NÍVEL
SÉRICO DE HDL-COLESTEROL (HDL-C) EM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA
DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE.
média de idade 43,5 ± 11,5 anos. As informações foram coletadas no
período de maio de 2010 a junho de 2011. A aferição da pressão arterial foi
realizada com esfigmomanômetro digital marca Omron, modelo HEM 711,
em duas medidas com intervalo entre 5 e 10 minutos, com os funcionários
sentados em posição relaxada, segundo as normas técnicas padronizadas.
Foi definido como hipertenso, segundo critérios estabelecidos pelas IV
Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial, o indivíduo que apresentou
pressão sistólica >140 mmHg (PAS>140 mmHg) e/ou pressão diastólica
>90 mmHg (PAD>90 mmHg), ou indivíduos sabidamente hipertensos que
estivessem em uso regular de medicação anti-hipertensiva cujos níveis
pressóricos estivessem elevados ou não no momento da entrevista. Com
o objetivo de estimar o consumo quantitativo de sódio foram empregados
dois inquéritos tipo Recordatório de 24 horas com intervalo mínimo de 15
dias entre os dois. Resultados: Dos funcionários avaliados, 12,6% apresentavam alteração da PAS e/ou PAD no momento da entrevista e 15,7% se
declararam hipertensos. O consumo diário de sódio foi elevado, 6,8 ± 3,1
g/dia sem diferença estatisticamente significante entre os hipertensos e não
hipertensos. Além disso, o percentual de indivíduos que tinham um consumo
superior ao limite superior tolerável de ingestão (UL=2,3g), ficou em torno
de 38,2%. Conclusões: Os dados desse estudo mostram a necessidade
de intervenção e orientação nutricional para esse grupo, independente
da ocorrência de HAS, tendo em vista que o consumo elevado de sódio se
constitui em um importante fator de risco para esse mal.
GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO - UFPE); NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO - UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS
(CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO - UFPE); VANESSA CAROLINA
DE CHAGAS BARRETO (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO - UFPE);
LEOPOLDINA AUGUSTA SOUZA SEQUEIRA DE ANDRADE (DEPARTAMENTO
DE NUTRIÇÃO - UFPE); POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE
NUTRIÇÃO - UFPE)
Introdução: Segundo relatos da literatura, a obesidade abdominal está
associada com elevada frequência de dislipidemias, o que contribui para
a elevação do risco cardiovascular. Objetivo: Verificar a associação entre
a obesidade abdominal e os níveis séricos de HDL colesterol (HDL-C) em
funcionários da área de saúde de uma universidade pública da cidade do
Recife-PE. Método: Estudo com 267 indivíduos, sendo 135 do sexo masculino (50,6%), com média de idade 43,5 ± 11,5 anos. Para o diagnóstico da
obesidade abdominal foi aferida a circunferência da cintura (CC), no ponto
médio entre a última costela e a crista ilíaca, sendo avaliada de acordo
com os pontos de corte da OMS (1998), considerando-se risco muito
elevado CC &#8805;102 cm (homem) e CC &#8805;88 cm (mulher). O
nível de HDL-C foi avaliado através dos exames sanguíneos realizados
pelos profissionais, nos últimos 3 meses, na rotina de sua avaliação de
saúde. O diagnóstico de baixo HDL-C foi feito utilizando-se o valor de
<40 mg/dL para homens e < 50mg/dL para mulheres, estabelecido pela
IV Diretriz Brasileira de Dislipidemia (SBC, 2007). Resultados: Nesse
estudo, 56,3% dos homens e 81,6% das mulheres apresentaram obesidade
abdominal (p=0,0000). Quanto ao HDL-C, 12,7% e 44,0% dos homens e
mulheres, respectivamente apresentaram valores alterados (p=0,0318).
Por outro lado, a ocorrência de obesidade abdominal, nesse estudo, não
mostrou influência sobre os níveis de HDL-C dos homens (p=0,5464) e
das mulheres avaliados (p=0,0935). Conclusão: Apesar não ter sido
evidenciada associação entre a obesidade abdominal e níveis alterados
de HDL-C, os dados desse estudo, com elevada prevalência de acúmulo
de gordura na região abdominal, mostram a necessidade de intervenção
e orientação nutricional para esse grupo, visando redução do risco cardiovascular. Infelizmente, a CC é um indicador de obesidade abdominal, não
diferenciando tecido adiposo subcutâneo (menor risco) da gordura visceral
(maior risco). Ou seja, talvez nessa amostra em particular, o acúmulo seja
maior de gordura subcutânea.
P-004 CURCUMA LONGA (L.) E O ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
AMANDA DA SILVA CHAVES (UNIRIO); NATASHA CARDOSO MAIA
(UNIRIO); THAÍZE ARAÚJO (UNIRIO); STELLA LENZ DE MELLO (UNIRIO);
CAROLINE THURLER (UNIRIO); VICTOR AUGUSTUS MARIN (UNIRIO/
FIOCRUZ)
Introdução: Curcuma longa Linn é uma planta do tipo herbácea, componente do curry, muito utilizada na culinária. Possui ação anti-inflamatória,
antioxidante, além de exercer ação neuroprotetora, diminuindo o estresse
oxidativo. Objetivo: Identificar a ação neuroprotetora da curcuma longa
(L.) no acidente vascular encefálico (AVE). Método: Realizou-se uma revisão
sistemática por meio de pesquisa em bases de dados eletrônicas entre os
anos de 1900 a 2013. Resultados: Dentre os 1.751 artigos selecionados,
23 artigos foram tabulados para a revisão, sendo eles n=17 (73,9%)
estudos experimentais e n=06 (26,1%) estudos de revisão. Discussão: A
curcumina possui efeitos polifenólicos e dicetônicos, ajudando na varredura
dos radicais livres, sendo capaz de atravessar a barreira hematoencefálica,
reduzindo, assim, a área infartada isquêmica, representando numa maior
sobrevida dos animais tratados com suplementação. Conclusão: De acordo
com os trabalhos, as formas de Curcuma longa apresentam resultados positivos no papel da regulação e proteção dos efeitos causados por um AVE.
P-003 FREQÜÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) E
CONSUMO DE SÓDIO ENTRE FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DE
UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE, PE.
NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO – UFPE); GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS
(CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); VANESSA CAROLINA
DE CHAGAS BARRETO (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO –UFPE);
JAILMA SANTOS MONTEIRO (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE );
POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE )
P-005 ASSISTÊNCIA EM TERAPIA NUTRICIONAL EM ALTA COMPLEXIDADE: UM ESTUDO SITUACIONAL EM HOSPITAIS PÚBLICOS DO
ESTADO DA BAHIA.
MARIA LUISA MORAIS GUIMARAES (SESAB-DIVISA); DAVID CANCIO
VERGNE (SESAB-DIVISA)
Introdução: A terapia nutricional tem sido considerada um importante
recurso terapêutico na redução da morbidade mortalidade de pacientes
portadores de patologias graves e alternativa terapêutica na redução da
desnutrição intra-hospitalar. Objetivo: Inspecionar, avaliar e dar parecer
técnico para habilitação nos Serviços de Assistência de Alta Complexidade
em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral da rede SUS. Método: Estudo
de natureza exploratória, do tipo observacional, abordagem quantiqualitativa em oito hospitais que foram desabilitados pelo Ministério da
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada um
problema de saúde pública por sua magnitude e por ser um dos mais
importantes fatores de risco para o desenvolvimento do acidente vascular
cerebral e infarto agudo do miocárdio. Objetivo: Avaliar a ocorrência
de hipertensão arterial e o consumo de sódio em funcionários da área
de saúde de uma universidade pública da cidade do Recife- PE. Método:
Estudo com 267 indivíduos, sendo 135 do sexo masculino (50,6%), com
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
30
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Saúde na Terapia Nutricional de Alta Complexidade. Durante processo de
fiscalização foi realizada coleta de dados em prontuário, analise documental, entrevistas, avaliação da estrutura física, equipamentos e recursos
humanos no período de agosto de 2010 a junho de 2013, utilizando
como instrumento o Roteiro de Inspeção, conforme exigência da Portaria
120/2009. Resultados: Oito unidades hospitalares foram avaliadas, quatro
unidades apresentaram parecer favorável da Vigilância Sanitária e foram
habilitadas, quatro hospitais foram monitorados com 70% dos requisitos
mínimos atendidos e 50 profissionais foram orientados. Conclusão: As
unidades habilitadas cumpriram os requisitos mínimos, apresentando
condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos
adequados à prestação da assistência a pacientes em risco nutricional ou
desnutridos. Este trabalho comprova a importância da ação de fiscalização
e educação da Vigilância Sanitária nas unidades hospitalares, contribuindo
para aprimorar a prática profissional com a incorporação de indicadores
e padrões de qualidade da assistência, fornecendo para os gestores um
diagnóstico da realidade, instrumentos de acompanhamento das Unidades
Hospitalares e garantindo uma assistência nutricional segura, eficaz e
com equidade, visando o bem estar do paciente e um menor tempo de
internação, conforme preconiza o SUS.
ADRIANE DOS SANTOS DA SILVA (HOSPITAL ADVENTISTA SILVESTRE);
ANNIE BELLO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO);
IDA CRISTINA MANARINO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO)
Introdução: A senescência causa diversas repercussões na saúde pública.
A perda da capacidade funcional, autonomia e alterações fisiológicas
contribuem para a desnutrição no idoso. A desnutrição afeta tanto a
condição clínica do paciente, como também aumenta o risco de complicações em idosos, sendo responsável por contribuir com o aumento do
tempo de hospitalização e taxa de morbimortalidade desta faixa etária
Objetivo: Estudar a associação do risco nutricional e desfechos clínicos
em idosos internados em Unidade de Clínica Médica em hospital privado
do Rio de Janeiro utilizando ferramenta de triagem nutricional. Método:
Estudo longitudinal prospectivo, com 116 pacientes idosos. Nas primeiras
72 horas após a admissão hospitalar foi aplicado o questionário Triagem
de Risco Nutricional (NRS-2002), coletados dados antropométricos como
peso e altura e diagnóstico clínico e foram coletados dados de desfechos
clínicos no final da internação (óbito, infecção e tempo de internação).Os
dados foram avaliados em programa estatístico SPSS e foi considerado
significância menor que 5%. Resultados: Verificou-se que 39,6% dos
pacientes apresentaram risco nutricional no momento da admissão hospitalar. Os pacientes em risco nutricional eram mais idosos, apresentaram
um índice de massa corporal (IMC) menor (p<0,05) e chance três vezes
maior de óbito. Os pacientes que ficaram internados por tempo prolongado (> que 13 dias), apresentam chance três vezes maior de desenvolver
infecção e ir a óbito. Conclusão: Os pacientes em risco nutricional tiveram
maior risco de complicações como maior tempo de internação, infecção
e óbito. Sugerimos que a NRS-2002 é um método de triagem simples,
de fácil aplicação e baixo custo, com eficiência para predizer desfechos
clínicos em pacientes idosos hospitalizados e identificar precocemente
indivíduos com problemas nutricionais ou aqueles em risco nutricional
que necessitem de um suporte nutricional adequado.
P-006 NÚMERO DE REFEIÇÕES POR DIA E QUALIDADE DO CAFÉ DA
MANHÃ EM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE, PE.
NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO – UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS (CURSO DE
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA
(CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); VANESSA CAROLINA
DE CHAGAS BARRETO (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE);
JAILMA SANTOS MONTEIRO (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO – UFPE);
POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO – UFPE)
Introdução: De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira
(MS/CGAN, 2005) o indivíduo deve fazer pelo menos 3 refeições diárias
intercaladas com lanches saudáveis. No entanto, a agitação da vida diária
prejudica o cumprimento dessa recomendação e dificulta a obtenção de
uma refeição adequada. Objetivo: Avaliar o número de refeições por
dia e a qualidade do café da manhã em funcionários da área de saúde
de uma universidade pública da cidade do Recife- PE. Método: Estudo
com 267 indivíduos, sendo 135 do sexo masculino (50,6%), com média
de idade 43,5 ± 11,5 anos. As informações foram coletadas no período
de maio de 2010 a junho de 2011. As informações foram coletadas
utilizando-se um questionário, onde foi abordado o número de refeições
por dia, se tomavam café da manhã e quais alimentos eram ingeridos
nessa refeição. A criação do banco de dados e a análise estatística foram
realizadas através do programa epi-info, versão 6.04 e para avaliar a
qualidade do café da manhã, foi utilizado o prato equilibrado (Monteiro,
1998). Resultados: A grande maioria dos entrevistados (97,4%) realizava
três ou mais refeições por dia. Desses, 28,1% faziam três refeições; 38,5%,
quatro refeições; 23,4%, cinco refeições; 10,0%, seis refeições. Quanto à
qualidade do café da manhã, 97,2% referiu fazer essa refeição, porém,
destes, apenas 42,7% consumiam uma refeição nutricionalmente equilibrada, como preconizado por Monteiro, 1998. No que se refere ao local
onde era realizada essa refeição, 77,5% realizavam no próprio domicílio.
Conclusão: Essa população apresentou um bom número de refeições por
dia. No entanto, os resultados encontrados mostram que a qualidade do
café da manhã dos funcionários deve ser melhorada através de técnicas
de educação nutricional.
P-008 ANÁLISE SENSORIAL DE IOGURTE DE MORANGO NAS VERSÕES
TRADICIONAL E LIGHT
ERIKA ALBUQUERQUE (HOSPITAL PROMATER); ANGÉLICA ALVES (UNIVERSIDADE POTIGUAR); ELIZABETH CHAGAS (HOSPITAL PROMATER); KATIA
VIANA (UNIVERSIDADE POTIGUAR)
A produção de iogurtes vem crescendo de maneira considerável,
destacando-se o sabor de morango mais vendido e aceito. Além de
conter substâncias nutritivas, a quantidade de gordura apresentada se
mostra um fator importante, visto que as pessoas estão à procura de
uma alimentação mais saudável e cuidados com a estética corporal,
enquadrando-se neste quesito os produtos diet e light. Dentro da Análise
sensorial, os testes afetivos feitos por meio da escala hedônica (EH) de 9
pontos são utilizados para se conhecer a preferência de um produto e o
grau de aceitação deste pelo consumidor. Assim, este trabalho teve por
finalidade avaliar sensorialmente duas amostras de iogurte de morango,
na versão tradicional e light, e sua intenção de compra e consumo (ICC).
Setenta provadores não treinados participaram do estudo e avaliaram
as duas amostras de iogurte nos quesitos Aparência, Cor, Odor, Sabor
e textura, através da EH de 9 pontos. Também foi calculado o Índice de
Aceitabilidade (IA) e intenção de compra e consumo. Na avaliação da EH,
o iogurte tradicional obteve a média 7, sendo classificado como gostei
regularmente, e o light média 6, classificado como gostei ligeiramente.
Os resultados apresentados pelo IA mostraram a aprovação do iogurte
tradicional em todos os atributos (>70%) e detentor do maior percentual
de ICC; a amostra do iogurte light foi rejeitada no quesito sabor (65,6%),
com um percentual de ICC inferior ao iogurte tradicional, possivelmente
pela presença de três edulcorantes (ciclamato de sódio/sacarina sódica/
steviosídeo). Diante dos resultados expostos, verificou-se que o iogurte
P-007 RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES IDOSOS HOSPITALIZADOS
COMO DETERMINANTES DE DESFECHOS CLÍNICOS
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
tradicional foi melhor aceito que o iogurte light, tornando-se necessários
mais estudos sobre quais os componentes e quantidades a serem utilizados
na fabricação de produtos light; para que suas características organolépticas não sejam prejudicadas e a aceitação pelo mercado consumidor
não seja prejudicada.
foi realizado de novembro de 2009 a agosto de 2012, sendo convidadas
todas as 36 instituições hospitalares administradas pelo governo estadual
na cidade de São Paulo. À diretoria de nutrição e/ou EMTN foi entregue o
questionário de auto preenchimento, composto por questões que caracterizavam o atendimento da EMTN. Foram realizados testes estatísticos (Exato
de Fisher e não Paramétrico Mann-Whitney), considerando significância
estatística um valor de p menor que 0,05. Resultados: Participaram do
estudo 17 instituições (47,2%), onde 76.6% de hospitais de administração
direta, 64.7% de atendimento geral e 64.7% sem atividade de ensino. A
EMTN é instituída em 88.2% das instituições, considerada equipe de apoio
em 71.4%, possui protocolo de atendimento em 76.5%, cadastro no Sistema
Único de Saúde - SUS em 71.4% e com profissionais exclusivos para a função
em 13.3%. Quando realizados os testes de associação entre as instituições
quanto ao tipo de administração hospitalar, especialidade da instituição
e instituição com fins educacionais, encontrou-se associação relacionada
ao tipo de infusão, profissionais que compõem a equipe, fórmula enteral
utilizada, média diária de pacientes em uso de terapia nutricional enteral.
Conclusão: Apesar da regulamentação vigente, os hospitais estaduais
no município de São Paulo apresentam EMTN instituída, com número de
profissionais adequados, protocolos elaborados, porém com dificuldade
de execução na rotina hospitalar.
P-009 FATORES RELACIONADOS À INTOLERÂNCIA À GLICOSE EM UM
GRUPO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS DO AMBULATÓRIO
DO SERVIÇO DE NEFROLOGIA NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL
LINA MONTEIRO DE CASTRO LOBO (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE
GOIÂNIA); ADRIANA CRISTINA CAMPOS (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
DE GOIÂNIA)
Introdução: O transplante renal é uma opção para o tratamento do
portador de doença renal crônica avançada. A intolerância a glicose de
jejum é uma condição que precede o diabetes e geralmente não causa
sintomas. Objetivo: Avaliar os fatores associados à glicemia de jejum
alterada em pacientes transplantados renais atendidos em ambulatório.
método: Avaliação dos prontuários de 65 pacientes entre 2009 e 2010,
ambos os sexos, maior que 18 anos, usuários do Sistema Único de Saúde,
máximo de seis meses de pós-operatório. Exclusão: pacientes com diagnóstico de diabetes ou intolerância à glicose pré transplante. O estado nutricional foi classificado pelo Índice de Massa Corporal (IMC). A glicemia de
jejum alterada foi considerada como &#8805;100 mg/dL3. Os dados foram
analisados no SPSS 19.0. Testes estatísticos: qui-quadrado de Pearson, teste
exato de Fisher, teste T e teste t pareado. Nível de significância de 5%.
Resultados: A idade média foi 39,9±12,6 anos, sendo 58,0% do sexo
masculino. A média de glicemia pré-transplante foi 80,0±8,5 mg/dL.
Não houve associação entre o status vital do doador e a glicemia no 6º
mês pós-transplante (p=0,089). Não houve associação entre glicemia de
jejum alterada e idade (p=0,416), IMC (p=0,639), peso pré-transplante
(p=0,432), peso seis meses após o transplante (p=0,647) e uso de
ciclosporina ou tacrolimus (p=0,475). A glicemia pré e seis meses após o
transplante apresentaram associação com a glicemia de jejum alterada.
Houve diferença significativa entre a glicemia pré e após seis meses do
transplante e entre o peso pré e após seis meses do transplante (p<0,001).
Conclusão: Não houve associação entre glicemia de jejum alterada e idade,
IMC, peso pré e após seis meses de transplante renal. Houve diferença
significativa entre glicemia pré e glicemia seis meses após transplante e
entre o peso pré e seis meses após o transplante.
P-011 PERFIL DO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO NOS
HOSPITAIS PÚBLICOS ESTADUAIS NA CIDADE DE SÃO PAULO
LENITA GONÇALVES DE BORBA (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE
CARDIOLOGIA); FERNANDO JOSÉ DE NÓBREGA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SÃO PAULO); FERNANDA LUÍSA CERAGIOLI OLIVEIRA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO PAULO); ANA MARGARET N. G. F. SOARES (INSTITUTO
DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); REGINA GONÇALVES PLATA
(INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); CAMILA MITIE
HATTORI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); MARIA JOSÉ
DOS SANTOS (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); SILVANA
PIORELLI VIANA (UNIVERSIDADE METODISTA); ISABELLA CASTELLANO
SILVA (UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO); CARLOS DANIEL MAGNONI
(INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA)
Introdução: O estado nutricional de pacientes frequentemente piora
durante a hospitalização. Objetivo: Caracterizar a atuação do Serviço de
Nutrição - SN nos hospitais públicos administrados pelo Governo do Estado
na cidade de São Paulo. Método: O estudo foi realizado de novembro
de 2009 a agosto de 2012, sendo convidadas todas as 36 instituições
hospitalares. À diretoria de nutrição foi entregue o questionário de auto
preenchimento, composto por questões que caracterizavam o atendimento
do SN. Para descrever o grupo foram calculadas medidas de tendência
central e de dispersão (variáveis quantitativas) e frequências absolutas
e relativas (variáveis qualitativas). Resultados: Participaram do estudo
17 instituições (47,2%). Os equipamentos mais frequentes são balança
digital adulto, fita antropométrica e balança mecânica para adulto, pois
pelo menos. A avaliação do estado nutricional era realizada em 41,2%
dos pacientes; Avaliação do Risco Nutricional em 76,5% da amostra, mas
apenas 42,9% a realiza em todos os pacientes; utilização de protocolos em
76,5%; 46,7% possuem número de profissionais nutricionistas suficientes;
100% possuem orientação nutricional impressa e, 43,8%, orientam seus
pacientes de acordo com algum critério de seletividade; 35,3 % realizam
algum método de avaliação do consumo alimentar; evolução em prontuário é realizada em 94,1% das instituições, sendo que a frequência diária
ocorre em apenas 43,8% casos. Conclusão: Apesar da regulamentação
vigente, os hospitais estaduais no município de São Paulo apresentam
um atendimento nutricional instituído com protocolos elaborados, porém
com número de profissionais inadequados e dificuldade de execução na
rotina hospitalar.
P-010 PERFIL DO ATENDIMENTO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
EM TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) NOS HOSPITAIS PÚBLICOS ESTADUAIS NA CIDADE DE SÃO PAULO - PATENUT
LENITA GONÇALVES DE BORBA (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE
CARDIOLOGIA); FERNANDO JOSÉ DE NÓBREGA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO PAULO); FERNANDA LUÍSA CERAGIOLI OLIVEIRA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO); ANA MARGARET N. G. F.
SOARES (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); REGINA
GONÇALVES PLATA (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); CAMILA MITIE HATTORI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE
CARDIOLOGIA); MARIA JOSÉ DOS SANTOS (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); SILVANA PIORELLI VIANA (UNIVERSIDADE
METODISTA); ISABELLA CASTELLANO SILVA (UNIVERSIDADE NOVE DE
JULHO); CARLOS DANIEL MAGNONI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE
DE CARDIOLOGIA)
Introdução: A Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional - EMTN
contribui para garantir a adequada atenção aos pacientes hospitalizados.
Objetivo: Caracterizar a atuação da EMTN nos hospitais públicos administrados pelo Governo do Estado na cidade de São Paulo. Método: O estudo
P-013 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO EM NUTRIÇÃO DE GESTANTES
ATENDIDAS EM UM HOSPITAL E MATERNIDADE DE PARNAÍBA-PI.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
32
Suplemento Nutrição Clínica/2013
ANA KARINE ALVES DE MOURA (); ANA GLAYRCE DE ARAUJO OLIVEIRA ();
KEYLANE OLIVEIRA DE SOUZA (); JOANA DARC RODRIGUES DE SOUSA
(); MARIA DO SOCORRO VERAS DE ARAUJO ()
Resultados: Foram analisados 84 indivíduos com mediana de idade de
35,5 (28,3 - 42) anos, predominantemente homens (81%) e não brancos
(78,6%), com mediana do tempo de infecção pelo HIV de 3 (2-7) anos e
mediana de CD4 de 582 (438,5-750,5) céls/mm3. De acordo com o IMC,
51,2% da amostra foi classificada com sobrepeso/obesidade, e apenas
2,4% apresentava desnutrição. Foram observados valores aumentados de
RCEst, IC, CC e RCQ em 67,9%, 57,1%, 45,2% e 15,5% dos indivíduos,
respectivamente. Conclusão: Identificamos uma elevada prevalência
de sobrepeso/obesidade, principalmente abdominal, em indivíduos HIV
ainda virgens de tratamento antirretroviral. A utilização dos indicadores de
obesidade permite detectar alterações precoces da composição corporal,
incluindo o maior acúmulo de adiposidade visceral, identificando indivíduos
com maior risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. Estes
resultados reforçam a necessidade de intervenções nutricionais ainda na
fase assintomática da doença.
Introdução: Durante a gestação, o estado anabólico é constante e promove
ajustes contínuos em relação a diversos nutrientes. As necessidades nutricionais estão aumentadas a fim de se garantir a saúde materno-fetal.
A assistência pré-natal é fundamental para o preparo da maternidade.
Objetivo: O presente estudo teve por objetivo avaliar o conhecimento das
gestantes atendidas por um serviço de pré-natal de uma maternidade de
Parnaíba- PI, sobre alimentação e nutrição. Método: Trata-se de um estudo
transversal, retrospectivo com dados coletados através de questionários
contendo 10 questões do tipo Survey certo / errado, aplicados durante
consulta de pré-natal de um hospital maternidade, considerado referência
no atendimento de gestantes, puérperas e neonatos de médio e alto risco.
A pesquisa ocorreu em outubro de 2012, e o questionário continha questões de noções básicas de alimentação saudável; aleitamento materno e
alimentação infantil. Resultados: Entre as gestantes, 14,3% encontram-se
entre 15 e 19 anos; 54,3% entre 20 e 30 anos; 24,3% entre 31 e 40 anos;
7,1% encontram-se entre 41 ou mais. Das 70 gestantes, 64 estavam realizando pré-natal e somente 27 receberam informações nutricionais durante
o mesmo. Houve 70% de acertos no geral, um conhecimento satisfatório
das gestantes. Conclusão: Observou-se que as gestantes possuem conhecimentos básicos a respeito de alimentação e nutrição concluindo que a
Maternidade procura orientá-las de uma maneira geral. Espera-se que, a
partir deste estudo, sejam realizadas mais ações voltadas para o atendimento nutricional das gestantes, para que elas aprendam a se alimentar
corretamente contribuindo para a redução da morbi/mortalidade associadas
à gestação e ao parto.
P-015 PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE ANTIRRETROVIRAIS USADOS
ATRAVÉS DE CATETERES ENTERAIS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR
DE DOENÇAS INFECCIOSAS
MICHELE FERNANDA BORGES DA SILVA (IPEC/FIOCRUZ); PATRÍCIA DIAS
DE BRITO (IPEC/FIOCRUZ); LUSIELE GUARALDO (IPEC/FIOCRUZ)
Introdução: Com o surgimento de novos antirretrovirais para o tratamento
da AIDS, a expectativa de vida dos pacientes vem aumentando. Durante
a hospitalização estes pacientes necessitam de cuidados especializados,
dentre eles o preparo e administração de medicamentos pelos técnicos e
auxiliares de enfermagem sob a supervisão do enfermeiro. Nos pacientes
em uso de nutrição enteral por cateteres é frequente a administração de
medicamentos por esse dispositivo. Trata-se de uma via mais fisiológica e
com menor risco de ocorrência de eventos indesejáveis que a via parenteral,
porém não é isenta de complicações, que podem ocorrer por erros nas
etapas que envolvem o processo de preparo e administração.
Objetivo: Descrever o perfil de medicamentos orais mais utilizados em
uma unidade hospitalar especializada em doenças infecciosas e elaborar
um plano de recomendações de preparo e administração de antirretrovirais usados através de cateteres enterais nesta unidade. Método: Estudo
exploratório retrospectivo. A compilação da lista destes medicamentos foi
feita através de busca no relatório de consumo médio mensal da farmácia
da internação e no cadastro de produtos da farmácia. As informações
sobre o correto preparo e administração dos medicamentos por cateteres
enterais foi obtida a partir de revisão bibliográfica nas bases MedLine, Lilacs
e Scielo, além da base de dados Micromedex , do bulário eletrônico da
ANVISA e do Guideline da ASPEN. Resultados: Dos 241 medicamentos
orais, 25 eram antirretrovirais, representando um consumo médio mensal
de 24,9% de medicamentos dispensados ao setor de internação. Apenas
sete antirretrovirais eram disponibilizados na forma farmacêutica líquida,
ideal para administração através de cateteres enterais. Os medicamentos
sólidos eram comprimidos (simples e revestidos), cápsulas (moles e de
liberação prolongada). Os principais problemas encontrados na literatura
para a administração destes medicamentos nestas formas farmacêuticas
através de cateteres enterais foram: impossibilidade de ser triturado, risco
de interação com dieta enteral, risco de obstrução do cateter e risco de
alteração da farmacocinética do medicamento. As bulas dos medicamentos
não trazem informações sobre a correta administração por cateteres e as
possíveis interações com dietas enterais. Conclusão: A forma farmacêutica
mais utilizada dos antirretrovirais foram os comprimidos que normalmente
podem ser triturados e diluídos para serem administrados através de
cateteres enterais desde que a lavagem adequada antes e após a administração seja feita. Espera-se com este estudo propiciar condições ou a
disponibilidade de informações farmacológicas à equipe assistencial acerca
dos antirretrovirais garantindo a segurança na prescrição, preparo e administração destes medicamentos, reduzindo e prevenindo reações adversas.
P-014 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ATRAVÉS DOS INDICADORES
DE OBESIDADE EM INDIVÍDUOS HIV+ VIRGENS DE TRATAMENTO
ANTIRETROVIRAL
RAQUEL ESPIRITO SANTO (IPEC/FIOCRUZ); VALDILÉIA GONÇALVES
VELOSO (IPEC?FIOCRUZ); PAULA SIMPLÍCIO DA SILVA (IPEC/FIOCRUZ);
CLAUDIA SANTOS DE AGUIAR CARDOSO (IPEC/FIOCRUZ); CRISTIANE
FONSECA DE ALMEIDA (IPEC/FIOCRUZ); PATRÍCIA DIAS DE BRITO (IPEC/
FIOCRUZ)
Introdução: A infecção pelo HIV implica em risco nutricional em qualquer
fase da doença. Atualmente os pacientes estão desenvolvendo complicações metabólicas, incluindo alterações na distribuição da gordura corporal,
antes mesmo da introdução da terapia antirretroviral. Torna-se necessária
avaliar a regionalização do tecido adiposo, através dos indicadores de
obesidade, para identificar precocemente os indivíduos com maior risco de
doenças cardiometabólicas. Objetivo: Avaliar o estado nutricional através
dos indicadores de obesidade de indivíduos portadores de HIV virgens de
tratamento antirretroviral. Método: Estudo descritivo do tipo transversal
realizado no período de março de 2012 a janeiro de 2013. Foram selecionados portadores de HIV VT, de ambos os sexos, com idade entre 20
e 60 anos, acompanhados no serviço ambulatorial de uma instituição de
pesquisa em doenças infecciosas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa e todos os participantes assinaram TCLE. Dados clínicos
foram coletados do prontuário. Dados antropométricos (peso corporal,
estatura, circunferência de cintura-CC, circunferência de quadril-CQ)
foram utilizados para a construção dos indicadores de obesidade: Índice
de Massa Corporal (IMC), Razão cintura/quadril (RCQ), razão cintura/
estatura (RCE) e índice de conicidade (IC). Para análise estatística foi utilizado o software SPSS versão 16.0. Variáveis categóricas são apresentadas
na forma de freqüência e variáveis quantitativas na forma de mediana e
intervalo interquartílico, após aplicação do teste de Kolmogorov-Smirnov,
que indicou distribuição não-paramétrica.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
33
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-016 NUTRITION DAY: RESULTADOS DE UM HOSPITAL GERAL DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
alimentação, na faixa etária até seis meses, a alimentação predominante é
o aleitamento materno exclusivo 60% (12); na idade entre seis meses e um
ano, são o leite materno e mingau 63,63% (7); e, por fim, a alimentação
das crianças de um a dois anos é mingau e cardápio alimentar familiar
79,24% (42).Conclusão: Quando a criança passa a receber alimentação
complementar aumenta a possibilidade de acometimento de diarreia, que
constitui importante causa de morbimortalidade entre crianças pequenas.
Os maiores problemas dessa ordem são a contaminação da água e de
alimentos durante a sua manipulação e preparo, higiene pessoal e dos
utensílios inadequados, alimentos mal cozidos e conservação dos alimentos
em temperatura não recomendada (BRASIL, 2002).
MARIA CRISTINA ZANCHIM (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); GABRIELA
SGARBOSSA (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); TATIANA PACHECO
RODRIGUES (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO)
Introdução: O Nutrition Day (NutriDia Brasil) é um projeto multicêntrico,
iniciado na Europa em 2006, que visa avaliar uma ou várias unidades de um
mesmo hospital, evidenciando os problemas nutricionais que os pacientes
possam apresentar. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional dos pacientes em
uma unidade de internação de um Hospital Geral de Alta Complexidade da
cidade de Passo Fundo, RS. Método: Estudo de caráter descritivo, retrospectivo e transversal, com protocolo de coleta de dados segundo o NutriDia
Brasil, com dados coletados em um único dia, em novembro de 2012. Foram
aplicados 4 questionários, sendo: (1) a respeito da instituição, unidade
de internação e seus recursos humanos, (2) referente às informações do
paciente (estado nutricional, medicações, terapia nutricional, diagnóstico
e co-morbilidades, tempo de internação hospitalar, etc), (3) e (4) questionários referentes ao consumo alimentar e aceitação da dieta. O paciente
informou sua história nutricional e como se encontrava a sua ingestão
naquele dia. Utilizou-se ainda um questionário final, onde reavaliou-se o
desfecho clínico dos mesmos após 30 dias. Resultados: A amostra incluiu
32 pacientes de uma Unidade de Internação, desses 56,2% eram homens,
43,8% eram adultos e 56,2% idosos. A media do IMC dos pacientes foi
de 26±5,0 kg/m² e a média de idade de 64 anos. Cinquenta e três por
cento relataram perda de peso nos últimos três meses, sendo que destes
34% perderam de 0 a 4 kg. Com relação ao consumo alimentar na última
semana, 41% relataram comer menos que o habitual devido a inapetência.
A ingesta hídrica também apresentou-se abaixo das recomendações (média
de um litro/dia). O uso de terapia nutricional esteve presente em 78% dos
avaliados, seja pelo uso de sondas, suplementos nutricionais e/ou dietas
específicas. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 18 dias,
sendo que 97% obtiveram alta para domicílio e 22% foram readmitidos na
instituição em 30 dias. Conclusão: Por meio da participação deste Projeto,
pôde-se traçar o perfil nutricional dos pacientes internados, e com isso,
auxiliar na otimização dos cuidados nutricionais prestados, visto o elevado
percentual de perda de peso e ingestão alimentar insuficiente identificados.
P-018 ANÁLISE DO CONSUMO ALIMENTAR FORA DO DOMICÍLIO
DE CONSUMIDORES DE FAST-FOOD DE UM SHOPPING EM SÃO
LUIS – MA.
NARUNA ARITANA COSTA MELO (CEST); PRISCILA SOUSA BARCELLOS
(CEST); MARIA TEREZA MEDEIROS AURELIANO DE LIMA (CEST); MARCOS
ROBERTO CAMPOS DE MACEDO (CEST); AÍDA CAVALCANTI DANTAS
(CEST); ANA PATRICIA GUTERRES SILVA (CEST)
Introdução: O crescimento de consumo das refeições fora do domicílio
pode ser explicado por fatores como a crescente urbanização, o aumento
da participação da mulher no mercado de trabalho, as diferenças socioeconômicas e culturais, as mudanças na composição familiar, entre outros.
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2002-2003,
do valor mensal destinado pelas famílias brasileiras, em média, para a
alimentação, aproximadamente 24,0% são gastos com alimentação fora
do domicílio. Objetivo: Analisar consumo alimentar fora do domicílio de
consumidores de lanchonetes do tipo fast-food de um shopping de São
Luís – MA. Método: A amostra foi composta por 113 indivíduos de ambos
os sexos que estavam presentes na praça de alimentação do shopping nos
dias da pesquisa, que aceitaram participar e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Para a coleta de dados foi utilizado um
questionário socioeconômico e de frequência alimentar adaptado dos questionários socioeconômico de Critério de Classificação Econômica do Brasil da
ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) e do questionário de
frequência alimentar (YAQ) da Escola de Medicina de Harvard.Resultados:
Dos entrevistados, 86 (76%) eram do sexo feminino e 27 (24%) do sexo
masculino, com faixa etária prevalente entre 18 e 25 anos. A maioria dos
entrevistados, 72 (64%) possuíam grau de instrução compreendido entre
o ensino médio completo e o ensino superior incompleto, quanto a classe
econômica 60 (54%) pertenciam à classe B e possuíam constituição familiar
de 4 moradores por domicílio, 32 (29%). Entre os motivos para o consumo
de fast-foods o quesito sabor foi o mais citado com 13 (38%) para homens
e 54 (47%) para mulheres; 78 (69%) dos entrevistados afirmam que os
alimentos tipo fast-food são de boa qualidade, porém nocivos à saúde e 59
(52%), relataram realizar refeições fora do domicílio uma ou duas vezes por
semana, enquanto 26 (23%) nunca ou quase nunca realizam refeições fora
do domicílio. Conclusão: O consumo alimentar fora do domicilio tem-se
mostrado cada vez mais frequente na vida da população, principalmente
de jovens, motivo de grande preocupação, tendo em vista o aumento do
consumo de açúcares simples e gordura. Estratégias de educação nutricional
precisam ser criadas a fim de evitar as co-morbidades causadas pela má
alimentação e excesso de peso.
P-017 PADRÃO ALIMENTAR DE CRIANÇAS DE ZERO A DOIS ANOS DE
IDADE INTERNADAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SÃO LUÍS-MA
ANA PATRÍCIA GUTERRES SILVA (CEST); ABRAHÃO LIMEIRA DE OLIVEIRA
(CEST); ELIETE COSTA OLIVEIRA (CEST); AÍDA CAVALCANTI DANTAS (CEST);
PATRICIA ALMEIDA DE ANDRADE (CEST); NARUNA ARITANA COSTA MELO
(CEST); MARCOS ROBERTO CAMPOS DE MACÊDO (CEST)
Introdução: A amamentação da criança, do nascimento e aos primeiros
anos de vida é considerada como um dos fatores mais importantes para o
seu crescimento e desenvolvimento, pela capacidade de leite materno de
suprir suas necessidades nutricionais.Objetivo: Avaliar o Padrão alimentar
de crianças de zero a dois anos de idade internadas em um hospital público
de São Luís-MA. Método: Trata-se de estudo de caráter descritivo, que
tem como objetivo avaliar a prática alimentar de crianças de zero a dois
anos de idade e variáveis maternas. A investigação se deu através de uma
entrevista às mães das crianças, no período de 1º a 30 de setembro do
corrente ano, tendo como instrumento de coleta de dados 01 questionário.
Utilizou-se uma amostra de 80 crianças, com faixa etária de zero a dois
anos de idade.Resultados: Sobre os resultados das variáveis das crianças,
conclui-se que a maioria estava internada pela primeira vez 72,50% (58),
com prevalência do sexo masculino 51,25 % (41), na faixa etária de 1 a
2 anos 66,25% (53), por doenças gastrointestinais 50% (40), apontando
como principal causa, o padrão alimentar inadequado. No tocante à
P-019 FREQUÊNCIA DE CONSUMO DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS DE
COMENSAIS DE UMA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO DE UM SHOPPING
EM SÃO LUIS - MA.
NARUNA ARITANA COSTA MELO (CEST); PRISCILA SOUSA BARCELLOS
(CEST); MARIA TEREZA MEDEIROS AURELIANO DE LIMA (CEST); MARCOS
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
34
Suplemento Nutrição Clínica/2013
ROBERTO CAMPOS DE MACÊDO (CEST); AIDA CAVALCANTI DANTAS
(CEST); ANA PATRICIA GUTERRES SILVA (CEST)
correlação com o IMC real do paciente (r=0,79 e r=0,86, respectivamente, com p<0,001).Conclusão: Os resultados sugerem que a técnica
de inspeção visual possa ser utilizada, por nutricionistas experientes, para
determinar o IMC em pacientes acamados deste hospital. Porém, em relação
à obtenção do IMC através da escala de silhuetas, mais estudos devem
ser delineados para uma recomendação mais segura.
Introdução: O crescente interesse pelo consumo de alimentos com maior
valor nutritivo e menor teor de contaminantes, além da busca por hábitos
de vida mais saudáveis, têm contribuído para impulsionar o consumo de
alimentos saudáveis. A promoção do consumo de frutas e hortaliças é
uma prioridade mundial para a melhoria da saúde da população. Hábitos
alimentares poucos saudáveis estão associados a inúmeros agravos à saúde,
entre eles, a obesidade e outros agravos não transmissíveis.Objetivo: O
presente trabalho teve como objetivo analisar o consumo de alimentos
saudáveis de consumidores de lanchonetes do tipo fast-food de um shopping
de São Luís – MA. Método: A amostra foi composta por 113 indivíduos
de ambos os sexos que estavam presentes na praça de alimentação do
shopping nos dias da pesquisa, que aceitaram participar e assinaram o
termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Para a coleta de dados
foi utilizado um questionário socioeconômico e de frequência alimentar
adaptado dos questionários socioeconômico de Critério de Classificação
Econômica do Brasil da ABEP (Associação Brasileira de Empresas de
Pesquisa) e do questionário de frequência alimentar (YAQ) da Escola de
Medicina de Harvard.Resultados: Dos entrevistados, 86 (76%) eram do sexo
feminino e 27 (24%) do sexo masculino, com faixa etária prevalente entre
18 e 25 anos, 72 (64%) possuíam grau de instrução compreendido entre
o ensino médio completo e o ensino superior incompleto e pertenciam à
classe B 60 (54%). O tipo de leite mais consumido pelos entrevistados foi
o leite integral 73 (65%), 11 (13%) relataram não consumir leite e 4 (4%)
não sabem qual tipo de leite consomem. Quanto ao consumo de frutas, 30
(34%) relataram consumir frutas apenas uma ou duas vezes por semana,
enquanto 35 (31%) relataram o consumo em cinco ou mais vezes por
semana. Quanto ao consumo de verduras, 34 (30%) relataram consumir
verduras de uma a duas vezes por semana, enquanto 34 (30%) relataram
o consumo em cinco ou mais vezes por semana.Conclusão: O consumo
de alimentos saudáveis tem-se mostrado cada vez menos frequente na
vida da população, principalmente de jovens, o que chama atenção para
necessidade de criação de estratégias de educação nutricional a fim de
evitar as co-morbidades causadas pela má alimentação e excesso de peso.
P-021 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MANIPULADORES DE
NUTRIÇÃO ENTERAL ANTES E APÓS TREINAMENTO
ADRIANA QUEIROZ LISBOA (MSC) (SES DF); HELLEN FERREIRA TELES DE
OLIVEIRA (SES DF); QUEDMA MARTINS TRINDADE (); MAISE CLAUDIA
VARGAS MATTOS (); POLYANA ALVES RODRIGUES (MSC) (SES DF)
Introdução: A terapia nutricional enteral deve ser segura, pois a contaminação destas trazem complicações ao paciente como diarreia, infecções e
em casos extremos sepse. Portanto, é importante o treinamento continuado
dos profissionais que lidam com a manipulação das dietas enterais. Objetivo: Avaliar o grau de conhecimento dos manipuladores do laboratório
de nutrição enteral de um hospital público do Distrito Federal antes e após
treinamento. Método: Todos os manipuladores participaram da pesquisa.
Este estudo foi dividido em três etapas: avaliação prévia do conhecimento,
treinamento e avaliação do conhecimento adquirido. Para avaliação do
conhecimento prévio e do conhecimento adquirido foi elaborado questionário composto por 10 questões objetivas de múltipla escolha. As questões foram divididas em manipulação da nutrição enteral (NE) e higiene.
Conceitos e notas foram utilizados para avaliação dos questionários. O
treinamento foi dado por nutricionista especialista responsável pelo laboratório de nutrição enteral. Tanto o questionário quanto o treinamento foram
elaborados tendo por base a RDC nº 63 da ANVISA. Após treinamento o
questionário foi reaplicado após 15 dias. Resultados: A nota média antes
do treinamento foi de 4,44 (±1,33). Os conceitos foram péssimo (12,5%),
ruim (37,5%) e regular (50%). Após o treinamento a nota média foi de 5,75
(±0,88). Os conceitos foram regular (75%) e bom (25%). Quando avaliado
por área de conhecimento os conceitos nas questões sobre manipulação da
NE tiveram melhores resultados, onde antes do treinamento eram péssimo
(50%) e regular (50%) e após o treinamento regular (87,5%) e bom (12,5%).
Conclusão: Os manipuladores apresentaram baixo grau de conhecimento
antes do treinamento. Após treinamento houve melhora discreta dos
conceitos e médias. Um fator que pode ter colaborado para este resultado
foi o possível uso de linguagem inadequada, tanto no questionário e/ ou
no treinamento, uma vez que todas lactaristas tem experiência prática e
trabalham sob supervisão.
P-020 AVALIAÇÃO DE MÉTODOS SUBJETIVOS COMO INSTRUMENTO
PARA A ESTIMATIVA DE IMC EM PACIENTES ACAMADOS
ELIANE ALBURQUERQUE BESERRA (SES DF); POLYANA ALVES RODRIGUES
(SES DF); ADRIANA QUEIROZ LISBOA (SES DF)
Introdução: Medidas simples como peso e altura nem sempre são possíveis
de serem aferidas de forma direta. A altura é uma medida relativamente
mais simples de ser aferida de forma indireta. Já as fórmulas de estimativa
de peso precisam da aferição de pregas cutâneas e circunferências que pode
ser dificultada devido à restrição ao leito e edemas. O uso do Índice de
Massa Corporal (IMC) poderia ser uma alternativa para a estimativa do peso.
Conhecendo a altura e o IMC, o peso corporal pode ser obtido facilmente.
Objetivo: Comparar o uso da Escala de Silhuetas e inspeção visual como
instrumentos para determinar o IMC em pacientes acamados de um hospital
público do Distrito Federal. Método: Estudo transversal, analítico. A amostra
foi composta por 102 indivíduos procedentes das clínicas médica e cirúrgica.
Foram realizadas as medidas de peso e da altura para obtenção IMC (IMC
real). Realizou-se ainda a avaliação subjetiva do IMC, por duas nutricionistas
experientes (10 anos de experiência em prática clínica), pela da escala de
silhuetas (IMC estimado) e por inspeção visual (IMC sugerido). As médias
foram comparadas através de teste T e foi aplicado a correlação de Pearson.
Resultados: O estudo revelou que a média do IMC sugerido foi similar à
média do IMC real (p=0,95). Porém, a média do IMC estimado apresentou
uma tendência há ser diferente (p=0,06) quando comparado ao IMC real.
Observou-se também que o IMC estimado e sugerido apresentaram boa
P-022 CORRELAÇÃO DOS MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE PESO E
ALTURA COM AS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS REAIS EM PACIENTES
ADULTOS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL
POLYANA ALVES RODRIGUES (MSC) (SES DF); JULYANNA MARQUES ROLIM
(HOSPITAL DA CRIANÇA); MARTINA CELI BANDEIRA RUFINO (SES DF);
ELAINE ALVES CORREIA (HOSPITAL DA CRIANÇA); ADRIANA QUEIROZ
LISBOA (MSC) (SES DF)
Introdução: O peso corporal e a altura são medidas antropométricas mais utilizadas para prescrição dietética. Porém para pacientes
acamados são necessários métodos para estimá-los. Poucos estudos
avaliaram estes métodos para a população brasileira adulta internada,
sendo a maioria dos estudos em idosos. Objetivo: Avaliar a correlação dos métodos de estimativa de peso e da altura com as medidas
antropométricas reais em pacientes adultos de um hospital público do
Distrito Federal. Método: Estudo transversal e analítico. As fórmulas
de estimativas de peso e altura propostas por Chumlea et al (1988;
1985), meia envergadura do braço (Kwok; Whitelaw, 1991) e o método
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
35
Suplemento Nutrição Clínica/2013
indireto de aferição de altura (altura recumbente) foram analisadas
pelo coeficiente de correlação de Pearson utilizando as medidas reais
como padrão ouro. Participaram do estudo 100 pacientes entre 20-59
anos. Resultados: Todas as estimativas de altura apresentaram boas
correlações com a altura real: altura recumbente (r=0,94), meiaenvergadura (r=0,84) e Chumlea et al (1985) para sexo masculino
(r=0,85) e feminino (r=0,87), todos com o p<0,0001. O peso também
apresentou forte correlação com a fórmula de Chumlea et al (1988) em
ambos os sexos (r=0,92; p<0,0001). Conclusão: Todas as medidas
estimadas apresentaram boa correlação com as medidas reais.
Introdução: A terapia nutricional é fundamental no tratamento de pacientes
internados em unidade de terapia intensiva (UTI), porém transtornos
gastrointestinais podem estar relacionados à rápida evolução da terapia
nutricional a fim de atingir o suporte pleno. Objetivo: O objetivo deste
estudo foi avaliar a relação entre a velocidade de evolução da dieta enteral
e a ocorrência de vômito e diarreia. Método: estudo com 197 pacientes,
em suporte nutricional enteral e/ou parenteral exclusivo, internados na UTI
de um hospital público do Distrito Federal. A coleta de dados foi realizada
de janeiro de 2012 a junho de 2013, através de registros da enfermagem,
em formulário específico, quanto às intercorrências gastrointestinais e da
nutrição quanto à velocidade da evolução da dieta até atingir o suporte
pleno. Os pacientes foram divididos em três grupos em relação ao número
de dias gastos para atingir o suporte pleno: menos de 3 dias, 3 dias e mais
de 3 dias. Resultados: em média os pacientes atingiram o suporte nutricional pleno em 3,81 dias. A incidência de vômito, na amostra, foi de 51
pacientes (25,89%), dentre estes pacientes a ocorrência de vômito foi maior
(47,83%) quando a evolução da dieta foi rápida, ou seja, em menos de 3
dias, quando comparada à meta nutricional alcançada em 3 dias (17,39%) e
em mais de 3 dias (34,78%). Já em relação à ocorrência de diarreia, a maior
incidência aconteceu entre os pacientes que atingiram o suporte pleno em
mais de 3 dias (42,31%) seguidos dos pacientes que o fizeram em menos
de 3 dias e em 3 dias, (38,46% e 19,23%, respectivamente); ressaltando
que a diarreia acometeu 82 pacientes o que corresponde a 41,62% do
total da amostra. Conclusão: a evolução rápida da terapia nutricional,
com o objetivo de atingir o suporte pleno, pode ter contribuído com a alta
incidência de vômitos, porém, vale ressaltar que outros fatores como, uso
de opioides, sedativos e drogas vasoativas também estão relacionados à
ocorrência deste sintoma. O mesmo não foi observado com a incidência
de diarreia, já que a sua frequência foi maior em pacientes que atingiram
a meta nutricional em mais de 3 dias, o que pode ser influenciado pelo
tempo prolongado de internação e pelo uso recorrente de antibióticos.
P-023 VARIAÇÕES GLICÊMICAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMASECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); NIARANJAN
CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA- SECRETARIA DE
ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); ROSANA BARCELLOS VIEIRA
DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA- SECRETARIA DE ESTADO DE
SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); MARCOS ANDRÉ DUQUE ()
Introdução: A variação glicêmica impacta na morbidade e mortalidade
dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Objetivo: O objetivo desse estudo foi observar a incidência de hiperglicemia
e hipoglicemia, isoladas e associadas ao uso de insulina intravenosa (IV)
e corticoide, em pacientes internados na UTI de um hospital público do
Distrito Federal. Método: Estudo realizado com 345 pacientes em terapia
nutricional (TN) oral, enteral e/ou parenteral exclusivo ou não, de janeiro
de 2012 a junho de 2013. Os dados foram coletados a partir da ficha de
sinais vitais da enfermagem. Os pontos de corte utilizados foram: glicemia
capilar menor que 80 mg/dl para hipoglicemia e glicemia capilar maior que
180 mg/dl para hiperglicemia. Resultados: A hiperglicemia foi constatada
em 248 pacientes (71,48%) e a hipoglicemia em 194 pacientes (56,23%),
ressaltando que 137 pacientes (39,71%) apresentaram algum episódio
tanto de hiper quanto de hipoglicemia durante a internação. Associando
o controle glicêmico com o uso de insulina IV, dos pacientes hiperglicêmicos apenas 24,6% usaram insulina IV, destes 74,19% apresentaram pelo
menos um episódio de hipoglicemia, porém sem especificação se antes ou
depois do início do uso da insulina IV. Em relação ao uso de corticoide, a
amostra foi de 312 pacientes, dentre os quais, 50% (n=156) usaram esse
tipo de fármaco, e destes 90,38% apresentaram hiperglicemia em algum
momento da internação. Avaliando apenas os 197 pacientes em TN enteral
e/ou parenteral exclusiva, a incidência de hiperglicemia passou para
78,68%, a de hipoglicemia para 54,82% e a de hiper e/ou hipoglicemia
para 42,64%. Ainda nesta última amostra de 197 pacientes, 52,8% usou
corticoide e 27,1% dos hiperglicêmicos usou insulina IV. Conclusão: No
presente estudo observou-se inadequação do controle glicêmico, com alta
incidência de hiper e hipoglicemia, tanto em pacientes com nutrição enteral
e/ou parenteral exclusiva, quanto em pacientes que associaram a via oral.
Como visto acima, uma pequena parcela da amostra recebeu insulina IV,
o que denota que nesta UTI não é feito um controle glicêmico restrito e
eficaz, a fim de evitar grande variação glicêmica e suas consequências,
como aumento na morbi mortalidade.
P-025 INDICADORES DE QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL EM
UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL
NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); RONYLMA
MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE
ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); ROSANA BARCELLOS VIEIRA
DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE
SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); MARCOS ANDRÉ DUQUE ()
Introdução: Sabe-se que os danos da desnutrição estão associados a maior
morbimortalidade de pacientes graves, portanto, o suporte nutricional é
fundamental para a evolução clínica satisfatória desses pacientes. Nesse
contexto, indicação e controle adequados da terapia nutricional são necessários para minimizar esses danos. Objetivo: Avaliar em uma Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da rede pública de saúde do Distrito
Federal, os seguintes indicadores de qualidade da terapia nutricional (TN):
tempo de jejum para início da TN, número de dias para atingir o suporte
pleno, e percentual da TN prescrita, efetivamente infundido. Método:
Foram avaliados 197 pacientes em TN enteral e/ou parenteral exclusivas,
de janeiro/2012 a junho/2013. Os dados foram coletados em formulário
próprio, pelo nutricionista assistente durante o acompanhamento diário.
Resultados: Com relação ao tempo de jejum para o início da TN: 61
pacientes (30,96%) iniciaram a TN no dia da admissão; 99 (50,25%) ficaram
um dia em jejum; 18 (9,14%) dois dias; 11 (5,58%) três dias; e 8 (4,06%)
mais de três dias. Esses dados demonstram que 178 pacientes (90,35%)
dos tiveram a TN implementada em até 48h horas após a internação, como
preconizado pela literatura. A média de tempo gasto para atingir o suporte
pleno, foi de 3,81 dias, sendo que 31 (15,7%) pacientes não atingiram o
suporte pleno, pois faleceram ou receberam alta. No tocante ao percentual
de TN prescrita, efetivamente infundida: 38 pacientes (19,29%) receberam
P-024 VELOCIDADE DA EVOLUÇÃO DE DIETAS ENTERAIS: QUAIS AS
CONSEQUÊNCIAS?
RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMASECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); NIARANJAN
CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA- SECRETARIA DE
ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); ROSANA BARCELLOS VIEIRA
DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA- SECRETARIA DE ESTADO DE
SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); MARCOS ANDRÉ DUQUE ()
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
36
Suplemento Nutrição Clínica/2013
100% do prescrito durante a internação; 95 (48,22%) de 99,9 a 90%; 39
(19,80%) de 89,9 a 80%; 21 (10,66%) de 79,9 a 50%; 3 (1,52%) de 49,9
a 25% ; e um paciente (0,51%) recebeu menos de 25%. Isto evidencia que
133 pacientes (67,51%) receberam 90% ou mais da TN e 64 pacientes
(32,49%) menos de 90%. Conclusão: Os dados coletados demonstram
que, apesar deste hospital não contar com equipe multidisciplinar de
terapia nutricional (EMTN) atuante, os pacientes tiveram acesso à TN em
tempo adequado e, em média, atingiram suporte pleno até o quarto dia de
internação. Entretanto, houve um percentual elevado de inadequação do
percentual de TN infundido, fato que pode estar relacionado à pior evolução
clínica e denota que a TN, apesar de indicada e prescrita corretamente,
não é implementada efetivamente. Ressalta-se que esta inadequação é
influenciada por diversos fatores, como interrupções para procedimentos
e exames, ou por complicações gastrointestinais como vômitos, por saída
inadvertida da sonda em pacientes em TN enteral, dentre outros.
mentar protocolos, treinamento da equipe, acompanhamento e supervisão
da terapia nutricional. Assim seria possível garantir melhor tolerância ao
suporte nutricional e, consequentemente, manutenção ou recuperação do
estado nutricional dos pacientes.
P-027 TRIAGEM NUTRICIONAL, DESFECHO CLÍNICO E CARGA DE
TRABALHO PARA ENFERMAGEM
CAROLINE SANTOS DA ROCHA (HOSPITAL UNIMED - RIO); FERNANDA
GUIMARAES RESENDE (HOSPITAL UNIMED - RIO); HAROLDO FALCAO
RAMOS DA CUNHA (HOSPITAL UNIMED-RIO); MONICA HISSA (HOSPITAL
UNIMED-RIO); RENATO VIEIRA GOMES (HOSPITAL UNIMED RIO); PEDRO
MIGUEL MATTOS NOGUEIRA (HOSPITAL UNIMED-RIO); LUIZ ANTONIO
DE OLIVIERA CAMPOS (HOSPITAL UNIMED RIO)
Introdução: Desnutrição hospitalar associa-se a maior morbi-mortalidade. Identificar o risco nutricional por triagem permite intervenção
precoce e contribui para melhores desfechos. Tencionamos Descrever
a prevalência de estratos de risco nutricional e avaliar sua relação com
desfechos clínicos e medida de trabalho de enfermagem hospitalares.
Método: Considerando um banco de dados (Oracle), jan-jul/2013, foram
incluídos pacientes > 18a e tempo de internação hospitalar > 48h. A
avaliação nutricional foi medida em até 48h de admissão pelo Nutrition
Risk Screening 2002 (NRS-2002), considerando-se 3 estratos (0 pts. =
baixo risco; 1 a 2 pts. = moderado risco; > 2 pts. = elevado risco) e a
carga de trabalho de enfermagem foi medida pelo Nursing Activity Score
(NAS). Ao todo 1019 pacientes foram incluídos e submetidos a estatística descritiva; médias entre grupos foram calculadas e comparadas por
teste t não-pareado; variáveis categóricas foram comparadas por teste
qui-quadrado. Resultados: 1019 registros foram estudados. Não houve
diferença em relação a sexo e faixas etárias maiores ou menores que 65
anos. (47% vs. 53%, NS). A distribuição por NRS foi: baixo risco = 37%,
moderado = 41%, e alto = 24%. A prevalência de risco moderado a alto
na primeira avaliação (<48h) foi 65%. Variáveis de tempo de internação
em UTI e hospitalar, ocorrência de internação em UTI e morte diferiram
significativamente entre os grupos (p < 0.0039). Só foi observada diferença significativa no escore NAS entre o grupo de alto risco e os demais.
Conclusão: A prevalência de risco nutricional foi elevada. Possivelmente
a exclusão de pacientes com tempo curto internação pode ter contribuído com viés de seleção, aumentado a prevalência de pacientes com
risco nutricional elevado. O risco nutricional na amostra considerada se
relacionou com piores desfechos hospitalares. A carga de trabalho para
enfermagem foi significativamente maior apenas no grupo com risco
nutricional alto.
P-026 INTERCORRÊNCIAS RELACIONADAS AO SUPORTE NUTRICIONAL NA AUSÊNCIA DE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE TERAPIA
NUTRICIONAL ATUANTE
NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); ROSANA
BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA
DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); RONYLMA MAGNA SILVA
LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE
SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); MARCOS ANDRÉ DUQUE ()
Introdução: As intercorrências relacionadas ao suporte nutricional, aliadas
à ausência de uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN)
estabelecida na unidade hospitalar, exercem dificuldades quanto à indicação, à manutenção e à evolução do suporte nutricional de pacientes
internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Complicações como
presença de diarreia, de episódios eméticos e um controle glicêmico insatisfatório influenciam a tolerância e a evolução do suporte nutricional prescrito
para estes pacientes; e devem ser corretamente interpretados para que não
aconteça interrupção e/ou suspensão da terapia nutricional desnecessárias.
A presença de profissionais especialistas em terapia nutricional na unidade
tem papel fundamental na diminuição e controle dessas intercorrências,
minimizando-as. Objetivo: Avaliar a ocorrência de diarreia/constipação;
vômitos e de controle glicêmico insatisfatório em pacientes nutridos exclusivamente por suporte nutricional enteral e ou parenteral em um hospital da
rede pública do Distrito Federal. Método: Foram avaliados 197 pacientes
no período de janeiro/2012 a junho/2013. A diarreia foi definida como a
presença de três ou mais evacuações volumosas e com fezes amolecidas
por dia; constipação definiu-se como a ausência de evacuação por mais
de três dias; hiperglicemia foi estabelecida como glicemia capilar maior
que 180mg/dL e, por fim, a hipoglicemia como glicemia capilar menor
que 80mg/dL. Os dados foram coletados diariamente através da análise
dos registros de enfermagem, pelo nutricionista assistente. Resultados: A
presença de diarreia foi constatada em 82 pacientes (41,62%); já a presença
de constipação ocorreu em 123 pacientes (62,44%), confirmando o descrito
na literatura. A ocorrência de vômito foi constatada em 51 pacientes
(25,89%); destes 33 (64,7%) apresentaram resíduo gástrico maior que
200ml em algum momento da internação. Ressalta-se que não há protocolo de checagem de volume residual gástrico nesta UTI e, na presença
de vômitos, o suporte nutricional é, por vezes interrompido sem critérios
estabelecidos para o seu retorno. Com relação ao controle glicêmico, 155
pacientes (78,68%) apresentaram hiperglicemia, e 108 pacientes (54,82%)
hipoglicemia, dados que ratificam o controle glicêmico deficitário nesta UTI.
Conclusão: As intercorrências apresentadas acima são frequentes nestes
por pacientes, por diversos fatores, como uso de antibioticoterapia, desnutrição e pelo próprio quadro clínico, entretanto, poderiam ser minimizadas
através da atuação da EMTN que é fundamental para estabelecer e imple-
P-028 IMPACTO DO IMC NO TEMPO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR
EM DIFERENTES ESTRATOS ETÁRIOS
FERNANDA GUIMARAES RESENDE (HOSPITAL UNIMED - RIO); CAROLINE
SANTOS DA ROCHA (HOSPITAL UNIMED - RIO); MONICA HISSA (HOSPITAL
UNIMED-RIO); HAROLDO FALCAO RAMOS CUNHA (HOSPITAL UNIMEDRIO); RENATO VIEIRA GOMES (HOSPITAL UNIMED RIO); PEDRO MIGUEL
MATTOS NOGUEIRA (HOSPITAL UNIMED-RIO); LUIZ ANTONIO DE ALMEIDA
CAMPOS (HOSPITAL UNIMED RIO)
Introdução: Idade e IMC são importantes determinantes do prognóstico em pacientes hospitalizados. Objetivo: O objetivo do estudo é
avaliar associação entre IMC em adultos de diferentes faixas etárias e
o tempo de internação. Método: Consulta à base dados em Oracle dos
pacientes registrados de janeiro a julho de 2013. Total de 1019 registros
pacientes foram incluídos e submetidos a estatística descritiva simples;
médias entre os grupos foram calculadas e comparadas através de
teste t não pareado, variáveis categóricas foram comparadas por teste
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
37
Suplemento Nutrição Clínica/2013
qui-quadrado. IMC foi obtido através de informações com o paciente
ou familiares, estimado ou calculado à beira do leito. Foram incluídos
todos os pacientes com mais de 18 anos e com tempo de internação
hospitalar >2d. Não foi feita distinção entre população internada em
UTI e pacientes internados em quarto. Foram elaboradas duas matrizes
3 x 3 (extratos de IMC vs. Idade; <20, 20-30 e >30 e 18 a 65a, 66 a
80a e >80a) para avaliação do tempo de internação e da mortalidade.
Resultados: Pacientes idosos com IMC<20 apresentaram tempo médio
de internação maior que idosos com IMC <20 (28.5 vs. 13.1 vs. 15.6;
p=0.0034 e p=0.0361). Entre pacientes com IMC 20-30, observou-se
diferença significativa no tempo de internação entre as faixas etárias
até 65 anos, com 65-80 anos e com os mais de 80 anos (8.4, 13.1 e
17.2, p=0.0001, p=0.0001 e p=0.0427). Para níveis de IMC acima
de 30, não se observou diferença significativa no tempo de internação
entre os pacientes com idade de 65-80 anos e os com mais de 80 anos.
(15.6 vs. 16.8, p=0.7854). Conclusão: Na amostra estudada não se
observou diferença significativa no tempo de internação hospitalar entre
as diversas estratificações de idade nos indivíduos idosos. A comparação
entre os grupos pode ter sido influenciada pelo número reduzido de
indivíduos em alguns grupos.
ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA);
RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA);
NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA);
MARCOS ANDRÉ DUQUE
Introdução: A nutrição enteral (NE) em sistema aberto (SA) exige
manipulação antes de ser administrada; já no sistema fechado (SF),
não exige manipulação, é estéril, industrializada e acondicionada em
recipiente hermeticamente fechado. A dieta em SF, após aberta, pode ser
infundida em até 24 horas; já a dieta em SA em até 04 horas. O desperdício de NE em SA gera ônus financeiro e promove aporte nutricional
inadequado, retardando a manutenção e/ou recuperação do estado
nutricional. Suspensão de exames/cirurgias que necessitam de jejum;
interrupções da dieta sem justificativa; lentidão no reposicionamento e
na desobstrução de sondas nasoenterais, entre outros, são responsáveis
pela interrupção da NE na unidade de terapia intensiva (UTI). Objetivo:
Mensurar o desperdício de NE em SA na UTI. Método: O desperdício
de NE foi medido por 236 dias úteis, de julho/2012 a junho/2013, em
UTI com 20 leitos de hospital público do Distrito Federal, com média de
internação de 30 pacientes/mês e média de 22 dias de internação. Os
pacientes recebem, em média, 1500mL/dia de NE (aproximadamente
R$120,00/NE ou R$0,08/mL, considerando a dieta menos onerosa do
contrato). Os dados foram coletados dos registros de enfermagem, pelo
nutricionista assistente, em formulário próprio. Resultados: O volume
total de NE desperdiçado foi de 89.289mL, ou 378mL/dia, representando 25% da quantidade diária necessária para nutrir um paciente.
Conclusão: os resultados evidenciam o caráter secundário imputado ao
suporte nutricional, devido ao elevado volume de NE desperdiçado no
SA. Além disso, o SA possui apenas 1/6 do prazo de infusão (04 horas)
do SF (24 horas). Frequentemente, o reinício da NE ocorre nas primeiras
horas seguintes à interrupção da dieta, minimizando o desprezo nos
casos de dietas em SF, já que o produto ainda encontra-se na validade.
O custo do desperdício foi de aproximadamente R$7.140,00 no período
ou R$ 30,25/dia nesta UTI.
P-029 FREQUÊNCIA DE DIARREIA ANTES DA IMPLANTAÇÃO DE
UM PROTOCOLO ASSISTENCIAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA
­INTENSIVA
MARINA AUGUSTA CIRINO RUOCCO (HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO
BRASILIENSE); CAROLINA CÉLIA TITO GARCIA SELLI (HOSPITAL ESTADUAL
AMÉRICO BRASILIENSE); EVELIN DROCIUNAS PACHECO CECHINATTI
(HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE); MILENA REGINA SIMPLÍCIO
(HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE)
Introdução: Vários estudos demostram que sintomas gastrintestinais são
frequentes na UTI e mais de 62% dos pacientes exibem pelo menos um
sintoma gastrintestinal, por no mínimo, um dia.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a frequência de diarreia na UTI em um
hospital de nível secundário antes da implantação do protocolo assistencial
específico e treinamento da equipe. O local possui 10 leitos, com média
de 30 internações/mês. Observou-se as anotações da enfermagem em
impresso e prontuário eletrônico, no período de junho/2012 a junho/2013,
seguindo o conceito de diarreia como 3 ou mais evacuações liquidas e/ou
em grande quantidade - definida por +4/+4 por mais de 2 dias consecutivos. A frequência de diarreia foi calculada entre o total de pacientes
internados na unidade e o total de pacientes em terapia nutricional, sendo
observada uma média mensal de 4,88% e 5,82%, respectivamente. O
menor valor foi de 2,65% e o maior de 10,23% entre os que estavam em
terapia nutricional, a Força Tarefa de Nutrição Clínica ISLI Brasil, 2010
preconiza valor ideal menor ou igual a 10%. Os valores obtidos podem
estar subestimados por anotações inadequadas e falta de treinamento da
equipe, que pode usualmente classificar erroneamente diarreia. A alteração
de dieta durante quadro diarreico foi efetuada em 20% dos casos, sendo
realizadas modificações de tipo de dieta, concentração da formula enteral
e acréscimo de fibras, já que a administração é feita de forma contínua.
Observou-se o uso de terapia antimicrobiana em 57,5% dos pacientes
internados e compactação fecal em 7,91% dos pacientes em terapia
nutricional. Os valores obtidos estão dentro do preconizado, com causas
e adequações também observadas na literatura. Porém a implantação de
um protocolo relacionado ao controle da diarreia faz-se necessário pela
presença constante de fatores causadores, acompanhado da capacitação
da equipe multiprofissional sobre definição e condutas frente ao quadro
intestinal alterado.
P-031 O SUPORTE NUTRICIONAL É PREPONDERANTE EM PACIENTES
INTERNADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA?
ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA);
RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA);
NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA);
MARCOS ANDRÉ DUQUE ()
Introdução: O suporte nutricional exerce grande importância na
recuperação de pacientes internados em unidades de terapia intensiva
(UTI), visto que, muitas vezes, suas necessidades energéticas e proteicas
encontram-se exacerbadas, devido às diversas comorbidades que lhes
acometem ao longo da internação. Entretanto, em muitos casos, não há
condições de suprir este aporte por via oral, havendo indicação plena de
terapia nutricional (TN) enteral. O objetivo deste estudo, realizado na
UTI de um hospital da rede pública do Distrito Federal, foi o de avaliar
o quantitativo de pacientes em suporte nutricional, exclusivo ou não, e
o percentual de dieta efetivamente infundida. Método: foram avaliados
345 pacientes no período de janeiro/2012 a junho/2013. Os dados
foram coletados em formulário próprio pelo nutricionista assistente.
Resultados: observou-se que 197 pacientes (57,10%) tiveram indicação
de TN exclusiva; 116 pacientes (33,62%) receberam, concomitantemente à terapia nutricional, dieta oral durante a internação e, apenas
32 pacientes (9,28%) receberam dieta oral exclusiva. Com relação
ao percentual de dieta efetivamente infundido, observou-se que 193
pacientes (61,66%) receberam entre 90-100% da terapia nutricional
prescrita. Consequentemente, os outros 120 pacientes (38,34%) receberam menos de 90% do suporte nutricional prescrito. Conclusão: Os
P-030 MENSURAÇÃO DO DESPERDÍCIO DE DIETAS ENTERAIS EM
SISTEMA ABERTO DENTRO DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
38
Suplemento Nutrição Clínica/2013
dados acima ratificam a importância da atuação da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) nas UTI’s, visto que 313 pacientes
(90,72%) utilizaram TN, exclusivo ou não, durante a sua internação.
Tais pacientes necessitam de monitoração nutricional e de reavaliações
periódicas, a fim de avaliar tolerância e a adequação à terapia nutricional
empregada. Observou-se ainda que, apesar da indicação da TN ser
precisa e a terapia implementada, um elevado percentual de pacientes
recebeu menos de 90% da TN prescrita, demonstrando que o suporte
nutricional ainda não é visto como prática prioritária no tratamento de
pacientes críticos, à revelia do estabelecido na literatura.
Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença genética autossômica
recessiva com mutações no gene que codifica a proteína reguladora da
condutância transmembrana – CFTR, responsável pelo transporte de cloro
através das membranas celulares. Possui como característica fisiopatológica
relevante a insuficiência pancreática exócrina, causando má digestão e má
absorção de nutrientes, principalmente gorduras. A esteatorréia ocorre
quando há lesão pancreática importante, com capacidade secretora inferior
a 10%, sendo considerada a manifestação digestiva mais importante nos
pacientes com fibrose cística. Esta manifestação digestiva encontra-se dentre
os principais fatores que estão associados à perda de energia pelas fezes e
possível desnutrição nos pacientes fibrocísticos, mesmo em uso da terapia
enzimática. A intervenção nutricional tem resposta positiva na melhora do
estado nutricional, principalmente quando associada a terapia enzimática
de substituição. Objetivo: Avaliar a influência do relato de esteatorréia
no estado nutricional antropométrico dos pacientes com fibrose cística em
uso de terapia enzimática. Método: Trata-se de uma coorte histórica de
base secundária com 25 pacientes com Fibrose Cística em uso de terapia
enzimática, na faixa etária de 0 a 18 anos. Foram incluídos indivíduos
com diagnóstico clínico confirmado de Fibrose Cística com teste do suor
positivo e clínica compatível. Os indicadores antropométricos avaliados
foram P/I, E/I, P/E e IMC/I. Aplicou-se o inquérito alimentar de 24 h. Na
anamnese investigou-se o ritmo intestinal referido pelo cuidador ou pelo
paciente. Foram coletados dados de 3 avaliações: M1: primeiro momento
pós-intervenção nutricional, no M2, após 6 meses, e no M3, após 12 meses.
Resultados: As idades dos pacientes variaram de 1 a 18 anos, apresentando idade mediana de 5,2 anos (IQ=6,3) no M1. Detectou-se no grupo
com déficit de peso uma prevalência no M1 de 20% de esteatorréia e de
10% nos demais. Nas três avaliações, todos os pacientes com quadro de
esteatorréia apresentaram médias de consumo energético próximas ao
recomendado. O consumo médio de gordura ficou abaixo do preconizado
nos três momentos. Quanto ao estado nutricional, observou-se que durante
o seguimento do estudo todos os participantes apresentaram melhora
dos indicadores antropométricos, independe da presença de esteatorreia.
Conclusão: O relato de esteatorréia de forma isolada não mostrou influência no estado nutricional antropométrico dos pacientes com diagnóstico
de fibrose cística, demonstrando que uma boa adesão a dieta garante um
estado nutricional adequado.
P-032 INGESTÃO DIETÉTICA E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES
COM FIBROSE CÍSTICA EM USO DE TERAPIA ENZIMÁTICA.
RAFAELA CAJAÍBA S. CRUZ (UFBA); ANA PAULA DE BRITO AGUIAR (UFBA);
CAROLINA DE GODOY ALMEIDA (UFBA); EDNA LÚCIA S. DE SOUZA (UFBA);
SANDRA SANTOS VALOIS (UFBA)
Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença genética autossômica
recessiva com mutações no gene que codifica a proteína reguladora da
condutância transmembrana – CFTR - responsável pelo transporte de
cloro através das membranas celulares. As necessidades energéticas dos
pacientes com FC são muito diferentes e tem sido preconizado como de
120 a 150% das exigidas para indivíduos saudáveis do mesmo sexo e
idade, segundo as DRIs (Dietary Reference Intakes). A perda de peso e o
crescimento deficiente na FC têm sido pensados como parte integrante
no processo da doença. Entretanto, o suporte nutricional agressivo tem
uma correlação positiva com a melhora no estado nutricional e sobrevida dos pacientes fibrocísticos, através do uso de enzimas pancreáticas,
terapia de substituição, aconselhamento dietético, alimentos com alta
densidade calórica e suplementos nutricionais. Objetivo: Relacionar
a ingestão dietética com o estado nutricional de pacientes com fibrose
cística, em uso de terapia enzimática. Método: Estudo de coorte histórica,
envolvendo 25 crianças e adolescentes com fibrose cística e insuficiência
pancreática. Foram realizadas três avaliações: no momento 1 (M1:
1°avaliação pós-intervenção nutricional), no M2, após 6 meses, e no M3,
após 12 meses. Foram analisados nos três momentos: o escore Z dos
indicadores peso/idade (P/I), peso/ estatura (P/E), estatura/idade (E/I) e
índice de massa corpórea para a idade (IMC/I), bem como o cálculo do
recordatório alimentar de 24 horas, quantificando o consumo total de
energia e macronutrientes dos participantes. Resultados: Nas crianças
menores de 5 anos observou-se aumento significante do escore Z do
indicador IMC/I entre o M1 e o M2(M1=-0,23; M2=-0,96; M3=-1,01)
após intervenção nutricional, sem melhora significativa nos escores Z de
P/E e E/I. Notou-se piora do indicador antropométrico P/I entre o M1 e
M3. Nos maiores de 5 anos, ocorreu uma melhora nos indicadores A/I e
IMC/I entre os momentos 1 e 3, porém essa melhora não foi significante.
Verificou-se aumento na média de consumo energético no M2 (134,75
Kcal/Kg) em relação ao M1(122,20 Kcal/Kg). Houve considerável aumento
no consumo de proteína e lipídeos. Observou-se uma ingestão calórica
e protéica superior nos indivíduos desnutridos quando comparado aos
pacientes eutróficos nos três momentos da coorte.
Conclusão: A oferta calórica entre 120 a 150% da RDA pode ser suficiente
para pacientes eutróficos com FC, todavia, insuficiente para aqueles com
algum comprometimento do estado nutricional.
P-034 COMO OCORRE A INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR EM ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL?
ALICE MAGAGNIN NEVES (PORTO ALEGRE/RIO GRANDE DO SUL); DARLISE
RODRIGUES DOS PASSOS (PORTO ALEGRE/RIO GRANDE DO SUL)
Introdução: O número de pais que procuram escolas de educação infantil
(EEI) tem crescido. Assim, torna-se importante a discussão sobre a maneira
como as EEI iniciam a alimentação complementar (AC). Objetivo: Visualizar como a AC é ofertada para crianças que freqüentam EEI, utilizando
como referência as recomendações do guia alimentar para menores de
2 anos (GAM). Método: Trata-se de um estudo exploratório, de cunho
qualitativo. Tendo como amostra EEIs com classes de crianças de até 2
anos de idade, pertencentes ao território de uma Unidade Básica de
Saúde de Porto Alegre-RS. Do total de 17 escolas, 3 não estavam mais
em funcionamento, 6 não aceitaram participar, em 3 não houve coleta
dos dados por incompatibilidade de horário, restando-nos um total de 5
escolas. Dessas, 4 eram particulares situadas em bairros de classe média
alta, e apenas uma comunitária. Para a coleta utilizou-se um questionário semi-estruturado, com questões norteadoras baseadas no GAM. O
entrevistado foi o nutricionista responsável pela alimentação das crianças
na escola, o qual também concedeu uma cópia do cardápio mensal. As
entrevistas foram gravadas em áudio com posterior degravação, transcrição das falas e categorização das respostas, para posterior leitura e
análise. Todos os entrevistados assinaram o termo de consentimento livre
P-033 A INFLUÊNCIA DA ESTEATORRÉIA NO ESTADO NUTRICIONAL
ANTROPOMÉTRICO DE PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA EM USO
DE TERAPIA ENZIMÁTICA
MARIA GRAZIELE FERNANDES DOS SANTOS (UFBA); ANA PAULA DE BRITO
AGUIAR (UFBA); RAFAELA CAJAÍBA S. CRUZ (UFBA); SANDRA SANTOS
VALOIS (UFBA)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
39
Suplemento Nutrição Clínica/2013
esclarecido. Resultados: Introdução do grão de feijão e carne em torno
de 7-8 meses; 1 oferece alimentos em consistência líquida; 3 misturam
os alimentos; todas oferecem os líquidos em mamadeira; introdução dos
alimentos depende de liberação do pediatra da criança, não havendo
qualquer tipo de contato por parte do nutricionista da escola com médico;
todos os profissionais afirmaram ter conhecimento do GAM. Conclusão:
Verificou-se que a alimentação das crianças menores de 2 anos nas EEIs
avaliadas, não seguem as orientações do GAM. Ademais, os nutricionistas
das EEI avaliadas seguem as recomendações do pediatra mesmo quando
a mesma é prejudicial a criança.
ALESSANDRA STEFANI (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE CURITIBA); PATRICIA
STRAPAÇÃO (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE CURITIBA); ELISE OBAYASHI
(HOSPITAL UNIVERSITARIO DE CURITIBA); ODERY RAMOS (HOSPITAL
UNIVERSITARIO DE CURITIBA)
Introdução: No decorrer dos tempos, ocorreram mudanças no padrão
alimentar e, consequentemente, o acarretamento de doenças crônicodegenerativas, tais como obesidade, dislipidemias, Diabetes Mellitus, entre
outras. Suas maiores causas são os maus hábitos alimentares, em geral
adquiridos na infância, e o sedentarismo.Objetivo: Identificar as faixas
etárias e sexo dos atendidos, avaliar o estado nutricional através do peso,
altura e IMC e avaliar a coexistência de patologias associadas Método:
O estudo foi desenvolvido no ambulatório de nutrição de um Hospital
de Curitiba, cuja coleta de dados nos prontuários ocorreu no período de
09/2012 a 05/2013. Os dados antropométricos colhidos dos prontuários foram idade, peso, altura e patologias associadas. Para análise dos
dados, foi calculado o IMC, (peso (kg) dividido pelo quadrado da altura
(m), independente do sexo e idade). Resultados: Foram levantados 150
prontuários. Na classificação por sexo, 77% correspondem a pacientes do
sexo feminino. Na classificação de acordo com a idade foi constatado que
do total de 115 mulheres, 54 (47%) correspondem a faixa etária de 40 a
60 anos de idade e do total de 35 homens, 17 (48%). Segundo a classificação quanto ao IMC observou-se uma grande prevalência de pacientes
com obesidade, totalizando 61% da amostra. Foi avaliada a existência
de patologias associadas, verificando-se que, 84 (37%) apresentavam
hipertensão, 56 (25%) eram diabéticos, 32 (14%) tinham problemas com
colesterol e 54 (24%) portavam outro tipo de patologia. Conclusão:
A reeducação alimentar é o principal motivo do encaminhamento ao
ambulatório de nutrição, fortalecendo assim, a importância da equipe
multidisciplinar no tratamento e na avaliação nutricional. A orientação
à população na escolha de alimentos mais saudáveis e suas preparações,
contribui para que ocorra uma mudança de vida significativa, diminuindo
assim, as patologias associadas à alimentação.
P-035 AVALIAÇÃO CLÍNICA DE UMA MEDIDA PARA INTRODUÇÃO DE
SONDA NASO-GÁSTRICA EM ADULTOS: ESTUDO PILOTO
SANDRA CRISTINA VEIGA OLIVEIRA SANTOS (FENF-UNICAMP); NELSON
ADAMI ANDREOLLO (FCM-UNICAMP); NELSON MÁRCIO GOMES
CASERTA (FCM-UNICAMP); MARIA ISABEL PEDREIRA DE FREITAS (FENF
- UNICAMP)
Introdução: A despeito da visão simplista de que a inserção da sonda
para alimentação é uma técnica padronizada e não complexa, a literatura
demonstra tratar-se de um procedimento sujeito a graves complicações,
podendo incorrer em óbito. As complicações mecânicas estão entre as
mais freqüentes especialmente durante o procedimento de sua inserção.
Objetivo: Avaliar clinicamente a possibilidade de se usar uma medida
de inserção de sonda naso-gástrica para alimentação de adultos, estabelecida estatisticamente em estudo anterior, usando-se medidas obtidas
em pontos de referencia. Método: População de referência: pacientes
internados em Unidades de Emergência Clínica e Cirurgia do Trauma de
um hospital universitário, com prescrição de sonda naso-gástrica para
alimentação em estômago. A sonda foi inserida por uma das autoras,
seguindo um protocolo pré-determinado, contendo as medidas a serem
seguidas. Após a inserção e comprovação da localização as cegas, por
dois profissionais, o paciente era encaminhado ao exame radiológico,
no tempo máximo de 6 horas. Resultados: 17 pacientes adultos,
com diagnóstico de traumatismo torácico-abdominal (41%) seguido
de alterações do sistema neurológico (25%) dentre outros. 76% dos
pacientes estavam sob ventilação mecânica, 12% com traqueostomia e
12% respiravam espontaneamente. 82,3% dos pacientes estavam sob
sedação (Escala de Hamsay = 5). Foi utilizada como medida externa,
a medida estabelecida anteriormente com nível de correlação (r
=,85), correspondente à distância obtida do lóbulo da orelha à base
do apêndice xifóide e desta, ao ponto médio da cicatriz umbilical. As
sondas utilizadas foram de poliuretano, 08 french (71%) e 12 french
(29%). O exame radiológico foi usado como padrão-ouro para estabelecer a locação da ponta distal da sonda. O êxito da colocação foi
demonstrado em 94% dos casos, porém o exame radiológico não pode
ser considerado padrão ouro em pacientes com patologias respiratórias
e com área cardíaca aumentada. As complicações estiveram presentes
em quatro (23,5%) pacientes e um deles apresentou três complicações
concomitantemente. Outro apresentou dificuldade para progressão
da sonda, com ocorrência de epistaxe. Três apresentaram dificuldade
para se posicionarem corretamente para se obter das medidas por
problemas de comorbidade (alteração mental) ou anatômica devido á
idade. Conclusão: A alimentação por sonda não é um procedimento
simples, não está isento de complicações. O exame radiológico auxilia
na identificação da locação da sonda, porém não pode ser considerado
padrão ouro. É necessário utilizar dados de evidência científica para se
alimentar o paciente com o menor risco de iatrogenia possível.
P-038 PERFIL DE PACIENTES QUEIMADOS EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
YASMIM SENA SILVA DE CARVALHO (GHC); CRISTIANE WENTZEL DA SILVA
(GHC); LISIANE LIMA BOENO (GHC); LEANDRA SCOLA (GHC)
Introdução: O paciente queimado necessita de alto aporte proteico-calórico para fornecer substratos à cicatrização epitelial. No grande queimado,
mais que 20% de superfície corporal queimada (SCQ), há indicação do uso
de Nutrição Enteral (NE) de maneira complementar à nutrição Via Oral (VO)
devido à alta demanda nutricional desses pacientes. Objetivo: Conhecer
características dos pacientes queimados em uso de Terapia Nutricional (TN).
Método: Todos os pacientes queimados que fizeram uso de TN no período
de agosto de 2010 a maio de 2013 foram acompanhados pela equipe
multiprofissional de TN. Foram registrados idade, gênero, percentual de
SCQ, diagnóstico nutricional subjetivo, duração de TN, unidade hospitalar
de avaliação e desfecho: alta com VO, alta com TN, óbito ou transferência.
Os dados foram analisados com medidas de frequência no software Excel.
Resultados: Foram realizadas 121 avaliações. A idade média foi de 39,5
± 19,9 anos; 64,5% do sexo masculino; 40,5% iniciaram TN por menos
de 20% de SCQ, 43% de 20 a 40% e 16,5% com mais de 40%.Quanto
ao diagnóstico nutricional, 52% eram eutróficos, 18% com algum grau de
desnutrição e 15% com excesso de peso e obesidade, cada. A duração
de uso de NE foi de 1 a 156 dias, com mediana de 16 dias, sendo que
51% iniciaram NE complementando VO e 19% iniciaram VO após a NE.
Nutrição parenteral foi utilizada em 2,5% dos casos. A maioria foi avaliada
na enfermaria - 54%. Sobre o desfecho, 67% tiveram alta com VO, 7% alta
com TN, 23% de óbitos e 3% de transferências.
P-037 PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES ATENDIDOS EM UM
AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DE CURITIBA
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
Conclusões: A maioria dos pacientes queimados que receberam TN era
jovem, do sexo masculino, eutrófico, com grande SCQ e com alta hospitalar sem TN. O tempo de uso de NE foi variado, possivelmente associado
com sua indicação. A maioria iniciou NE de maneira complementar à VO
e teve alta sem TN.
(NCEP-ATPIII) e da International Diabetes Federation (IDF) e observar a
concordância entre essas duas definições. Método: Trata-se de um estudo
transversal com indivíduos atendidos no Ambulatório de Hipertensão de um
hospital de referência em cardiologia do Rio Grande do Sul entre o período
de 2006 a 2012. Foram incluídos os 148 pacientes com dados de primeira
consulta que permitiam verificar a prevalência de SM segundo os critérios do
NCEP-ATP III e da IDF. Resultados: A prevalência de SM encontrada foi de
74,8% e 61,6%, segundo os critérios da IDF e NCEP-ATPIII, respectivamente.
A concordância (kappa) entre os métodos foi de 0,673 (0,721 entre mulheres
e 0,545 entre homens); nenhum deles mostrou diferença significativa em
relação ao sexo (p=0,537 para IDF e 0,063 para NCEP-ATPIII). Os critérios
do IDF indicaram que a presença de SM aumentou conforme a faixa etária,
já o NCEP-ATPIII mostrou maior prevalência entre 40 e 59 anos; no entanto,
os métodos não apresentaram associação estatística em relação à idade.
A faixa etária que apresentou melhor concordância entre as definições foi
a de 40 a 59 anos (kappa=0,786). Todos os pacientes diagnosticados pelo
NCEP-ATPIII como portadores de SM também foram pelo IDF. Conclusões:
Houve boa concordância entre os métodos, entretanto, os critérios adotados
pela IDF identificaram mais pacientes com SM.
P-039 TEMPO DE JEJUM INICIAL EM PACIENTES QUE INICIARAM
TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL DE TRAUMA E NEUROCIRURGIA DE PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL
CLÁUDIA MESQUITA DE CARVALHO (GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO);
CRISTIANE WENTZEL DA SILVA (GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO);
LEANDRA SCOLA (GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO)
Introdução: O jejum compreende o tempo em que o organismo fica
privado de ingestão alimentar. A Terapia Nutricional (TN) precoce, iniciada
nas primeiras 24 a 48 horas após internação e utilizando principalmente
a via enteral, é uma estratégia que pode reduzir complicações, tempo de
hospitalização e atuar favoravelmente na evolução clínica do paciente1. Na
TN parenteral um estudo envolvendo 4640 indivíduos mostrou que o início
tardio foi associado a uma recuperação mais rápida e menos complicações2.
Objetivo: Avaliar o tempo de jejum inicial em pacientes que iniciaram
terapia nutricional em um hospital de trauma e neurocirurgia de Porto
Alegre, RS. Método: Estudo transversal descritivo, realizado entre janeiro e
fevereiro de 2013. Os dados foram coletados do banco de dados da Equipe
Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN). Foram incluídos no estudo
todos pacientes que iniciaram terapia nutricional enteral ou parenteral. O
tempo de jejum inicial foi contabilizado a partir da internação hospitalar
do paciente até a prescrição médica de terapia nutricional. Todos pacientes
foram avaliados pela EMTN. As variáveis coletadas foram: sexo, idade,
causa da internação, diagnóstico nutricional subjetivo, dias de jejum inicial,
unidade onde iniciou a terapia nutricional e via de alimentação utilizada.
Os dados foram analisados através de estatística descritiva com auxílio
do programa Excel 2000. Resultados: Foram incluídos 99 indivíduos, 68
homens, com idade média de 49 anos, sendo a mínima 15 e a máxima de
94 anos. Em relação ao estado nutricional, 27,3 % apresentaram algum
grau de desnutrição. O tempo médio de jejum inicial após internação
hospitalar foi de um (±1,6) dia e 89 pacientes iniciaram a dieta em até
2 dias da internação. Do total de pacientes acompanhados, 94 iniciaram
dieta por via enteral. Dentre os pacientes com nutrição enteral, o início
ocorreu após 1 (±1) dia de jejum. Aqueles que necessitaram de nutrição
parenteral iniciaram em média no sexto dia, com tempo de jejum mínimo de
três e no máximo oito dias. Dos pacientes avaliados, 75 (75,8%) iniciaram a
terapia nutricional na Unidade de Terapia Intensiva. Conclusão: A maioria
dos pacientes apresentou início da terapia nutricional precoce, dentro das
24 a 48 horas da internação, permanecendo de acordo o recomendado
na literatura.
P-041 DIARREIA E ANTIBIOTICOTERAPIA EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
CAROLINA REBELO GAMA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA
DE ESTADO DE SAÚDE DO DF); ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE
(HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO
DF); NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA
- SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DF); RONYLMA MAGNA SILVA
LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE
SAÚDE DO DF); MARCOS ANDRÉ DUQUE ()
Introdução: Estudos já comprovaram a relação estabelecida entre uso
de antibióticos e diarreia em pacientes hospitalizados em unidades de
terapia intensiva (UTI), podendo tal quadro dificultar a manutenção e/
ou recuperação do estado nutricional, além de espoliar pacientes que,
muitas vezes, já encontram-se desnutridos. Objetivo: Avaliar a relação
entre função gastrointestinal e o uso de antibiótico em pacientes críticos
em uma UTI de um hospital público do Distrito Federal. Método: Foram
avaliados 345 pacientes internados de janeiro/2012 a junho/2013, que
receberam terapia nutricional (TN) enteral e/ou parenteral exclusiva ou
associada à via oral. A diarreia foi definida como a presença de três ou
mais evacuações volumosas e com fezes amolecidas por dia; constipação
definiu-se como a ausência de evacuação por mais de três dias. Os dados
foram coletados em formulário próprio, pelo nutricionista assistente, por
meio dos registros de enfermagem e da prescrição médica. Resultados:
Do total da amostra, 145 pacientes (42,03%) apresentaram diarreia, 209
(60,58%) apresentaram constipação e 83 (24,06%) apresentaram os dois
sintomas em algum momento da internação. Com relação ao uso de
antibiótico, 273 pacientes (79,13%) submeteram-se à antibioticoterapia,
dentre os quais 120 (43,96%) apresentaram diarreia e 174 (63,74%)
apresentaram constipação. Ao selecionar os pacientes em TN exclusiva, o
universo passou a ser de 197 pacientes, em que 82 (41,62%) apresentaram
diarreia; 123 (62,44%), constipação; e 51 (25,89%) apresentaram os dois
sintomas em algum momento da internação. Ainda nessa amostra, 170
(86,29%) fizeram uso de antibióticos, entre os quais 72 (42,35%) apresentaram diarreia e 110 (64,71%) constipação. Conclusão: Os resultados
encontrados revelaram que a frequência de diarreia e constipação foi
similar entre os pacientes que receberam antibiótico ou não. Esses dados
surpreenderam, pois confrontam o descrito na literatura, já que há uma
associação previamente estabelecida entre antibioticoterapia e diarreia.
Além disso, mostra a constipação intestinal como mais um obstáculo a
ser vencido nos pacientes internados em UTI, devido às suas repercussões
abdominais, como distensão abdominal, fecaloma e consequente menor
P-040 SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HIPERTENSOS:
COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
MIRENA BOKLIS (IC-FUC); DENISE DILLENBURG OSÓRIO (IC-FUC); ALINE
DALMAZO (IC-FUC); SÍLVIA GOLDMEIER (IC-FUC); PATRÍCIA PEREIRA
RUSCHEL (IC-FUC); MARIA CLAUDIA IRIGOYEN (IC-FUC)
Introdução: Estudos têm verificado que a síndrome metabólica (SM), caracterizada pela presença de distúrbios metabólicos e hemodinâmicos associados, apresenta alta prevalência em pacientes hipertensos. No entanto,
esta pode variar dependendo dos critérios diagnósticos adotados. Considerando que a síndrome está associada ao aumento da morbi-mortalidade
cardiovascular, é importante identificar de forma adequada a população
de risco. Objetivo: Verificar a prevalência de SM em pacientes hipertensos
de acordo com a definição do National Cholesterol Education Program
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
41
Suplemento Nutrição Clínica/2013
tolerância à TN. Este achado corrobora a importância de se ter uma equipe
multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) estabelecida e atuante, a fim
de minimizar tais complicações advindas de um suporte nutricional mal
empregado e assistido.
renda familiar, estado nutricional, época de introdução da alimentação
complementar, motivo da introdução, entre outras. Resultados: A média
de idade dos responsáveis entrevistados foi 24 anos (±5,6) com idade
mínima de 13 e máxima de 38 anos. A maioria apresentou união estável
(55,56% casadas). Em relação ao grau de instrução (40,74%) concluíram
o 2º grau e (25,93)% possuíam o nível superior. 70,37% dos entrevistados
possuía renda entre 1 a 3 salários mínimos. A prevalência de amamentação
exclusiva até o sexto mês foi 96,30%. Motivos citados para o desmame
precoce: necessidade de trabalhar (29,66%), leite fraco (7,41%), rejeição
do bebe (7,41%), recomendação médica (3,70%), falta de apoio familiar
(3,70%), conselho da mãe, avós ou outros familiares (3,70%), pouco leite
(22,21%), leite secou (22,21%). Os tipos de alimentos introduzidos foram
leite (51,85%), mingau (25,93%), suco, fruta e leite (18,52%) e todos os
alimentos (água, chás, leite, mingau, frutas, sucos, papa salgada) 3,70%.
Na avaliação nutricional das crianças predominou peso adequado/idade
(66,67%). O surgimento de doenças se deu em 44,44% das crianças, sendo
as de maior prevalência infecção com (41,67%), diarreia (33,33%), refluxo
(16,67%) e anemia (8,33%). Conclusão: Pelos resultados obtidos neste
estudo, constatou-se que existe efeito protetor do aleitamento materno
sobre o sobrepeso e obesidade no estado nutricional das crianças, já
que quase 70 % estavam com peso adequado para idade. Observou-se
também que as que foram desmamadas já no primeiro mês, tiveram alguns
problemas como infecção, diarreia e anemia devido ao provável consumo
de alimentos nutricionalmente inadequados e a ausência dos fatores de
proteção do leite humano.
P-042 ANÁLISE QUALITATIVA DA COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE
FÓRMULAS ENTERAIS PARA DIABETES
CAROLINA REBELO GAMA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA
DE ESTADO DE SAÚDE DO DF); GILBERTI HELENA HÜBSCHER (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - RS)
Introdução: O Diabetes Mellitus é uma doença crônica não transmissível
de proporções epidêmicas em muitos países. No Brasil, trata-se de um
problema de Saúde Pública, visto que o mal controle da doença é uma
das principais causas de internação hospitalar. Parte desses pacientes não
são capazes de se alimentar por via oral e dependem da via enteral para
nutrição. Objetivos: Avaliar qualitativamente a composição nutricional
de quatro fórmulas enterais específicas para diabéticos. Método: Trata-se
de um estudo de análise qualitativa descritiva. Foram analisadas quatro
fórmulas enterais em relação ao tipo de proteína, fonte de carboidrato,
presença de fibras e prebióticos, qualidade do lipídeo, presença de cromo,
vitamina D e nutrientes antioxidantes. Resultados: observou-se que
nenhuma fórmula possui a proteína do soro do leite em sua composição,
a qual, por possuir uma maior concentração de aminoácidos de cadeia
ramificada, pode causar um efeito deletério pela exaustão das células
beta-pancreáticas. Apenas as fórmulas 1 e 2 possuem proteína da soja,
que possui efeitos protetores. Constatou-se, ainda, uma tendência à
redução do percentual de carboidratos e aumento de lipídeos em relação
ao VET da dieta, com destaque ao aumento da gordura monoinsaturada.
Essas características da dieta são úteis em melhorar o controle glicêmico
dos pacientes. Apenas a fórmula 4 possui distribuição de macronutrientes
semelhante às fórmulas padrão. Todas as dietas também são acrescidas
de fibras, com destaque à fibra solúvel, a qual aumenta os níveis de
adiponectina e peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1), conferindo
efeitos benéficos ao controle glicêmico. Em relação aos micronutrientes
e antioxidantes, todas as fórmulas são acrescidas desses nutrientes em
quantidades superiores às recomendações de ingestão de indivíduos 31 a
50 anos do sexo masculino. Conclusão: As quatro fórmulas enterais apresentam características úteis ao controle glicêmico de pacientes diabéticos,
porém são necessários estudos clínicos que comparem as quatro fórmulas
enterais, a fim de determinar qual delas resulta em melhores resultados.
P-044 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE BISCOITOS ENRIQUECIDOS
COM FARINHAS DE AVEIA E DE PINHÃO
JOÃO VICTOR BATISTA CABRAL (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO
DE NASSAU); DYEGO DA COSTA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
CAMPINA GRANDE); EMANUEL NETO ALVES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE CAMPINA GRANDE); FÁBIO HENRIQUE PORTELLA CORRÊA
DE OLIVEIRA (FACULDADE DE SAÚDE DE PAULISTA); NEIDE KAZUE SAKUGAWA SHINOHARA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: A indústria de biscoitos está buscando melhorar o valor
nutritivo e a funcionalidade de seus produtos, com a finalidade de
satisfazer as exigências de cada vez mais consumidores conscientes com
a saúde. Uma alternativa para agregar valor nutricional a biscoitos é
através da adição de farinhas de cereais e grãos, a exemplo da aveia
(Avena sativa L.) e do pinhão do Brasil (Araucaria angustifolia). Nesse
contexto, objetivou-se elaborar e determinar a composição nutricional de
biscoitos utilizando-se farinhas de aveia (FA) e farinha pinhão (FP) como
substitutos parciais à farinha de trigo. Foram elaboradas 04 formulações
de biscoitos com substituição da farinha de trigo: T1 (0% de FP e 0% de
FA), T2 (20% de FP e 0% de FA), T3 (0% de FP e 20% de FA) e T4 ( 20%
de FP e 20% de FA). Em todas as formulações foram adicionados açúcar
cristal, ovos, margarina e coco ralado. Os ingredientes foram pesados
e misturados até obtenção de massa homogênea, que foi fracionada
em porções de 15 g. Estas foram moldadas manualmente em formato
oval, adicionadas em bandejas de aço inoxidável e colocadas em forno
à temperatura de 200 °C até completo forneamento (20 a 30 min). Após
cocção, os biscoitos foram resfriados à temperatura ambiente, acondicionados em sacos plásticos de polietileno e submetidos às análises da
composição nutricional (umidade, cinzas, proteínas, lipídeos, carboidratos
e valor energético). Observou-se que o teor de umidade variou entre 2,53
a 3,48%, sendo que não foi verificada diferença estatística significativa
entre os tratamentos T1 (3,48%) e T2 (3,06%) e entre os tratamentos T3
(2,54%) e T4 (2,53%). Todos os biscoitos apresentaram menos de 3% de
cinzas, que é o máximo permitido pela legislação, e consideráveis valores
de proteínas com variação entre as amostras de 5,90 (T1) a 7,15% (T3).
O menor e maior valor de lipídeos foi encontrado nos tratamentos T2
P-043 RELAÇÃO ENTRE O ESTADO NUTRICIONAL COM A INTRODUÇÃO PRECOCE DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR EM CRIANÇAS
ATENDIDAS EM UMA MATERNIDADE DE PARNAÍBA-PI.
JOCLEANE ALMEIDA DE LIMA (PREFEITURA TIANGUA); ANA KARINE ALVES
DE MOURA (PREFEITURA VIÇOSA-CE)
Introdução: A introdução de alimentos na dieta da criança após os seis
meses de idade deve complementar as numerosas qualidades e funções
do leite materno, que deve ser mantido preferencialmente até os dois anos
de vida ou mais. Esse processo complexo é baseado em fatores biológicos,
culturais, sociais e econômicos, sendo um momento vulnerável para a ocorrência de deficiências nutricionais, infecções, atraso no desenvolvimento
e formação de hábitos alimentares inadequados. Objetivo: Relacionar o
Estado Nutricional com a introdução precoce da alimentação complementar
em crianças de atendidas em uma maternidade de Parnaíba-Piaui. Método:
Trata-se de um estudo transversal, descritivo, qualiquantitativo com mães
de crianças atendidas em um serviço de puericultura. Os dados foram
coletados no período de 24 de setembro a 23 de outubro de 2012, por
no por meio de um questionário contendo perguntas como escolaridade,
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
42
Suplemento Nutrição Clínica/2013
(18,15%) e T3 (23,33%), respectivamente. Esses tratamentos também revelaram os maiores (70,71%) e menores (65,40%) valores de carboidratos,
respectivamente. Os biscoitos apresentaram elevado valor energético,
com uma variação de 471,41 (T2) a 500,12 kcal/100g (T3). Conclui-se
que a adição das farinhas de pinhão e de aveia em substituição parcial
à farinha de trigo na elaboração de biscoitos mostrou-se viável, pois os
biscoitos apresentaram considerável valor nutritivo e baixo custo.
Introdução: O tratamento de escolha para o megaesôfago avançado é a
esofagectomia transhiatal, sendo as fístulas cervicais uma das complicações mais frequentes. Objetivo: Discutir o manejo nutricional realizado
em um caso de megaesôfago chagásico após realização de esôfagogastroplastia a Thal - Hatafuko. Método: Pesquisa de caráter descritiva
transversal, com abordagem qualitativa e de finalidade comparativa.
Os dados da evolução da doença, do tratamento clínico, procedimentos
realizados e a conduta nutricional, foram colhidos em prontuário eletrônico no mês de julho de 2013. Os mesmos foram comparados com base
na revisão bibliográfica e o tratamento nutricional adotado. Resultados:
Paciente do sexo masculino, 66 anos. Diagnóstico de megaesôfago
chagásico grau IV. A cirurgia foi realizada em 02/2010 e em seguida
o paciente foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
permanecendo em jejum por 4 dias. Ainda na UTI iniciou nutrição enteral
(NE). Na enfermaria, no 6º dia de pós-operatório (PO) evoluiu com fístula
esofagopleural, sendo então retomado o jejum. No 7º PO foi solicitado
início da nutrição parenteral (NP) e no 15º PO observou-se que não houve
mais débito pela fístula, sendo então solicitado o início da NE (17º PO).
A dieta via oral (VO) líquida restrita associada a NE foi liberada no dia
20º dia de PO. No 3º dia de alimentação VO a dieta foi evoluída para
pastosa e no dia seguinte a NE foi suspensa. Após 24 dias de internação
o paciente recebeu alta com orientações nutricionais VO exclusivamente.
Conclusão: O megaesôfago é uma doença que afeta diretamente o
estado nutricional. Dessa forma evidencia-se a importância de apresentar
e discutir casos em que o manejo nutricional são fundamentais para o
sucesso do tratamento.
P-045 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE POLPAS DE FRUTAS
TROPICAIS
JOÃO VICTOR BATISTA CABRAL (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO
DE NASSAU); DYEGO DA COSTA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
CAMPINA GRANDE); EMANUEL NETO ALVES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE); FÁBIO HENRIQUE PORTELLA
CORRÊA DE OLIVEIRA (FACULDADE DE SAÚDE DE PAULISTA); NEIDE
KAZUE SAKUGAWA SHINOHARA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE
PERNAMBUCO)
Introdução: O consumo de frutas tropicais vem crescendo a cada ano em
virtude da conscientização da população em ter um estilo de vida mais
saudável. Dentre as frutas de interesse destacam-se o caju (Anacardium
occidentale L.), a pinha (Anona squamosa L.), o umbu-cajá (Spondias
spp.), a manga (Mangifera indica L.) e a graviola (Annona muricata L.)
devido às boas características para o consumo in natura, industrialização
e processamento. Nesse contexto, objetivou-se determinar a composição
nutricional de diferentes frutas tropicais consumidas na região Nordeste.
Frutos maduros de caju, pinha, umbu-cajá, manga e graviola foram
adquiridos diretamente de pequenos produtores na cidade de Campina
Grande (PB – Brasil) conduzidos, ao laboratório, onde foram despolpados
manualmente com auxilio de facas de aço inoxidável, homogeneizados
em liquidificador doméstico e refinados em peneiras de malha de nylon,
para remoção da maior parte dos resíduos. Posteriormente foram envasados em sacos de polietileno e analisados quanto à composição nutricional. As análises foram em triplicata, com determinação dos teores de
umidade, minerais, proteínas, lipídeos, carboidratos e valor energético.
Observou-se que o teor de umidade das amostras variou de 74,32%
(pinha) a 91,25% (caju), com apenas as polpas de manga (81,60%) e
graviola (81,72%) não apresentando diferença estatística significativa.
As polpas apresentaram valores de minerais inferiores a 1%, com uma
variação de 0,86% (pinha) e 0,36% (umbu-cajá). Não foram detectados
lipídeos nas amostras de caju, pinha e umbu-cajá. Entretanto, nas polpas
de graviola e manga foram encontrados teores de 0,01 e 0,10% de
gordura, respectivamente. O conteúdo protéico variou de 0,32% (caju)
a 1,31% (graviola), não sendo verificada diferença estatística significativa entre as proteínas do umbu-cajá (0,89%) e manga (0,97%). As
polpas de pinha e de caju, por terem apresentado a maior (23,78%) e a
menor (8,05%) concentração de carboidratos, também revelaram valores
extremos para o valor energético, com valores de 99,27 kcal/100 g e
33,49 kcal/100 g, respectivamente. Ante o exposto, conclui-se que as
polpas de frutas analisadas constituem-se em fontes consideráveis de
carboidratos, proteínas e minerais para a dieta, além de contribuir com
valores energéticos relativamente baixos.
P-047 A OBESIDADE SE RELACIONA COM MAIOR NECESSIDADE DE
REINTERNAÇÃO HOSPITALAR?
FERNANDA GUIMARAES RESENDE (HOSPITAL UNIMED - RIO); CAROLINE
SANTOS DA ROCHA (HOSPITAL UNIMED - RIO); HAROLDO FALCAO
RAMOS DA CUNHA (HOSPITAL UNIMED-RIO); MONICA HISSA (HOSPITAL
UNIMED-RIO); RENATO VIEIRA GOMES (HOSPITAL UNIMED RIO); PEDRO
MIGUEL MATTOS NOGUEIRA (HOSPITAL UNIMED-RIO); LUIZ ANTONIO
DE ALMEIDA CAMPOS (HOSPITAL UNIMED RIO)
Objetivo: Identificar marcadores independentes na necessidade de reinternação hospitalar. Casuística: De 3 Janeiro a 15 de julho de 2013, foram
analisadas retrospectivamente a partir de banco de dados em Oracle,
1390 pts internados e um hospital terciário Definimos como reinternação
todos aqueles pacientes que necessitaram de mais de uma internação em
nosso hospital no período de até 6 meses. Análise estatística pelo SPSS,
significância estatística p<0,05, análise univariada (testes de Fisher’s,
Pearson, Teste T, e Kruskal-Wallis) e análise multivariada com regressão
logística binária. Resultados: A reinternação ocorreu em 201(14,4%) das
1390 internações no período. Após análise univariada foram associados
a reinternação: Idade, Tempo de internação hospitalar, NRS, internação
Clínica, presença de comorbidade, pacientes com plano de saúde classe A,
obesidade grau 2 (IMC &#8805;35), pacientes internados por transferência
de outros hospitais (transferidos); a regressão com os 1373 pcs que tinham
preenchido todas as variáveis identificou risco aumentado de re-internação
em até 6 meses em pacientes obesos (p=0,007, OR: 2,05, IC: 1,22 – 3,45),
portadores de co-morbidades (p<0,0001, OR: 3,15, IC: 2,14 – 4,65),
pacientes transferido (p=0,001, OR: 3,234, IC: 1,65 – 6,36) planos classe
A (p=0,002, OR: 1,96, IC: 1,29 – 2,99). Conclusão: Nesta amostra inicial
a obesidade, presença de comorbidade, pacientes com planos classe A,
pacientes transferidos aparecem como interessantes marcadores de reinternação devendo merecer atenção especial.
P-046 MANEJO NUTRICIONAL NO PÓS-OPERATÓRIO DE MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO: UM ESTUDO DE CASO
CINTHIA CORDEIRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE
CURITIBA); ELISE TANAAMI (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE
CURITIBA); CRISTINA ROTH (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE
CURITIBA); ODERY RAMOS JÚNIOR (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA); EDWIN BALDERRAMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
EVANGÉLICO DE CURITIBA)
P-048 VALIDADE DA ALTURA AFERIDA E ESTIMADA PARA AVALIAÇÃO
DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HOSPITALIZADOS:
CONCORDÂNCIA ENTRE MÉTODOS
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
43
Suplemento Nutrição Clínica/2013
LARISSA SILVA BARBOSA (HOSPITAL DE URGÊNCIA DE GOIÂNIA E PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); JULIANA SIPPERT
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); SARA
CADIGE DE FREITAS LIMA (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
GOIÁS (PUC GOIÁS)); CINTIA SANTOS TAKAHASHI (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS))
dia e o fornecido 947,76±361,98 ml/dia. Conclusão: A administração de
volume, calorias e proteínas foi menor que o prescrito para os pacientes
críticos em uso de terapia nutricional enteral, o que pode interferir na
melhora do seu quadro clínico.
P-050 INDICADORES DE QUALIDADE: A MELHORIA APÓS IMPLANTAÇÃO EM UMA ENFERMARIA DE CLÍNICA MÉDICA SUS EM UM
HOSPITAL FILANTRÓPICO DO INTERIOR DE SÃO PAULO
Introdução: Para a realização da avaliação nutricional, faz-se necessário a
aferição de dados antropométricos, como peso e altura, de forma prática,
barata e confiável. Objetivo: Avaliar a concordância entre altura aferida e
estimada de pacientes internados em um hospital público de Goiás, segundo
diferentes métodos antropométricos. Método: Estudo do tipo transversal,
realizado com pacientes com idade de 20 a 59 anos, de ambos os sexos.
Foram coletados dados demográficos e antropométricos. As análises foram
realizadas no programa STATA/SE. Realizou-se análise descritiva de algumas
variáveis de estudo. A concordância entre a altura estimada a partir de
outras variáveis antropométricas e a aferida foi realizada pela análise
gráfica proposta por Bland e Altman e por Lin. Resultados: De acordo
com Índice de Massa Corporal, a maioria dos pacientes apresentavam-se
eutróficos. Analisando a inclinação da reta de regressão, observou-se que a
altura do joelho apresentou tendência em superestimar os menores valores
e subestimar os maiores valores da altura aferida, com concordância satisfatória (CCC = 0,879). Melhores resultados foram observados para altura
recumbente, apresentando superestimativa de 0,01 metros em relação à
altura aferida e a maior concordância (CCC = 0,941). Já a envergadura do
braço subestimou os valores inferiores e superestimou os valores superiores
em relação à altura aferida, apresentando a maior diferença média (DM
= 0,02 metros). Pior concordância foi encontrada para semi-envergadura
do braço (CCC = 0,717). Conclusão: A altura recumbente destacou-se
como a melhor forma de aferição da altura, como substituto da altura real.
A semi-envergadura do braço se colocou como método menos confiável.
AMANDA DAVID CASTANHEIRA (SANTA CASA DE VOTUPORANGA); DAISY
CRISTINA VITOR (SANTA CASA DE VOTUPORANGA)
Introdução: A monitorização da qualidade em saúde requer o entendimento de conceitos de saúde de qualidade de medição, proporcionando
a comparação e a continuidade de ações, visto o acompanhamento das
técnicas de melhoria no cuidado como a maneira de medir. O indicador de
qualidade fornece o intuito de diagnosticar os problemas para a tomada de
decisões futuras, seja para correção do processo ou redefinição das metas
na busca de melhoria contínua. Objetivo: Avaliar, orientar e acompanhar
o atendimento prestado no paciente em Terapia Nutricional (TN) de uma
enfermaria. Método: Trabalho desenvolvido através da percepção da
necessidade de melhoria no atendimento prestado no paciente em Terapia
Nutricional (TN) de uma enfermaria. Teve-se a análise de 6 indicadores
de qualidade propostos pela Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional
(EMTN), com seleção e implantação de 3 indicadores: índice de perda de
sonda nasoenteral para aporte nutricional, índice de diarréia de pacientes
em TN, volume prescrito x volume infundido. Através dos dados obtidos
nos primeiros meses, proporcionou um treinamento que direcionou à boas
práticas de manutenção de sondas e administração da dieta. Foram obtidos
resultados que sugerem melhorias na assistência ao paciente. Resultados:
Foi observado pela EMTN uma grande rotatividade no setor, gerando dificuldades em atingir o aporte calórico devido a falta de conhecimento em
relação à importância da TN, assim como a inexperiência na infusão da
dieta e a falta de habilidade nos cuidados com a sonda enteral, causando
um aumento no custo e aos danos que poderiam causar aos pacientes. Após
a orientação e incentivo a toda equipe do setor, observou-se melhorias da
assistência prestada através dos resultados dos indicadores no índice de
perda de sonda nasoenteral, diminuição de diarréia e aumento na infusão
do volume prescrito. Conclusão: O trabalho com indicadores demonstrou
ser uma ferramenta importante para o cuidado no paciente adulto em uso
de TN, possibilitando ações preventivas para a melhoria da assistência e
segurança do paciente.
P-049 OFERTA NUTRICIONAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
PRESCRIÇÃO VERSUS ADMINISTRAÇÃO DE DIETAS ENTERAIS
LARISSA SILVA BARBOSA (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA E PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); ALINE CRISTINE
FERREIRA FELIPE (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC
GOIÁS)); GABRIELLA MARIA SILVA (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); NATHÁLIA DE SOUSA MARTINS (PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS))
Introdução: A monitoração da oferta nutricional em Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) é importante para que as necessidades nutricionais do
paciente sejam atendidas, visto que pacientes internados normalmente
se encontram em estado hipercatabólico e frequentemente apresentam
depleção nutricional. Objetivo: Analisar se a dieta prescrita foi efetivamente consumida por pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de
um hospital público de Goiânia, Goiás. Método: Estudo do tipo transversal,
desenvolvido a partir do estudo multicêntrico – Nutrition Day, cujos dados
foram obtidos a partir entrevista com aplicação de questionário padronizado
sobre prescrição e administração de dietas enterais. As análises foram
realizadas no programa STATA/SE versão 8.0. Realizou-se análise descritiva
por meio de freqüência absoluta e relativa. Aplicou-se Teste t pareado para
comparação entre médias. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas e do Hospital de
Urgências de Goiânia. Resultados: Identificou-se 43 pacientes sob o uso
de terapia nutricional enteral, sendo 72,09% do sexo masculino. A média
do tempo de internação foi de 36,28±27,24 dias, sendo 24,39±55,83 dias
em uso exclusivamente de dieta enteral. A prescrição de calorias diárias foi
de 1407,71±364,36 Kcal/dia e o administrado 1264,88±455,04 kcal/dia.
Já a prescrição de proteínas foi de 52,72±17,02 g/dias e o administrado
47,55±20,14 g/dias. O volume planejado foi de 1101,32±266,23 ml/
P-051 PADRONIZAÇÃO DO AQUECIMENTO DE FÓRMULAS LÁCTEAS
EM BANHO-MARIA PARA O SERVIÇO DE LACTÁRIO DE UM HOSPITAL
PÚBLICO MATERNO-INFANTIL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.
SIMONE DE PINHO FERREIRA AZEVEDO (INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE
DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FERNANDES FIGUEIRA);
ALINE CARNEVALE LIA DIAS GUIMARÃES (INSTITUTO NACIONAL DA
SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FERNANDES
FIGUEIRA); RAQUEL SYLVESTRE RIBEIRO (INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE
DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FERNANDES FIGUEIRA);
SUZANY FELICÍSSIMO DE OLIVEIRA (INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE
DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FERNANDES FIGUEIRA)
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, o aleitamento
materno é recomendado exclusivamente até os seis meses de idade, sendo
orientada sua manutenção até os dois anos ou mais. Porém, existem
situações em que a introdução de fórmulas lácteas deve ser realizada
precocemente, podendo estas ser utilizadas como única medida terapêutica.
Recomenda-se que, após a reconstituição destas fórmulas, deve-se proceder
ao consumo imediato ou refrigeração. Caso refrigeradas, devem ser aque-
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
44
Suplemento Nutrição Clínica/2013
cidas, utilizando método que minimize as perdas de nutrientes e garanta a
sua administração em temperatura capaz de preservar a zona térmica neutra
dos pacientes. A identificação do método de aquecimento que garanta estas
condições é uma tarefa importante para o serviço de lactário. Objetivo:
Padronizar o procedimento de aquecimento das fórmulas lácteas, em
banho-maria, considerando o tempo, temperatura, volume e tipo de dieta.
Método: Este trabalho foi realizado no lactário de uma unidade hospitalar
situada no Município do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo experimental,
com acompanhamento do aquecimento em banho-maria de três tipos de
dietas de volumes diferentes, comparando duas técnicas: galheteiro vazado
e galheteiro fechado com água. Resultados: Observou-se que todas as
dietas aquecidas no galheteiro fechado com água atingiram a temperatura
de 45°C em até dez minutos, independentemente do volume e do tipo de
dieta. Já no galheteiro vazado, o tempo de aquecimento observado para
alcançar a temperatura de 45°C oscilou entre 10 minutos (apenas nos
pequenos volumes) e 35 minutos. Conclusão: Padronizou-se a utilização
de galheteiro com água como método mais indicado para o aquecimento
das fórmulas lácteas em banho-maria, permitindo que as mesmas sejam
aquecidas por no máximo dez minutos até atingir a temperatura de 45°C,
possibilitando assim que as dietas sejam administradas ao paciente na
temperatura corporal.
LARISSA COSTA PEREIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS); CAMILA
ARAÚJO OLIVEIRA DANTAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS); ELENICE
OLIVEIRA SANTOS FILHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS); MÁRCIA
FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS);
DORIANE DA CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/
UFS); SIEUNE ROBERTA ARAÚJO GOMES DOS SANTOS (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO-HU/UFS)
Introdução: O risco nutricional e a desnutrição são prevalentes em
pacientes hospitalizados e sua detecção precoce pode ser decisiva para
a recuperação dos mesmos. Assim, os métodos subjetivos de avaliação
nutricional, como a ASG (Avaliação Subjetiva Global) e NRS (Nutritional
Risk Screening), permitem identificar pacientes desnutridos ou em risco de
desnutrir-se e instituir a terapia nutricional adequada que vise à recuperação do estado nutricional e a prevenção de complicações relacionadas
à desnutrição. Objetivo: Comparar a ASG e MAN com a NRS-2002 na
avaliação do risco nutricional em pacientes hospitalizados. Método:
Estudo transversal realizado com adultos e idosos, de ambos os gêneros,
internados em um hospital Universitário. O estado nutricional foi avaliado
por intermédio da Avaliação Subjetiva Global (ASG) para adultos e Mini
Avaliação Nutricional (MAN) para idosos e NRS (Nutritional Risk Screening),
nas primeiras 48 horas de internamento. Para analisar os dados utilizou-se o
programa SPSS versão 18.0. O teste estatístico Qui-Quadrado, foi utilizado
para análise dos dados, sendo considerado nível de significância de 5% ou
p<0.05. Resultados: A amostra foi composta por 24 pacientes hospitalizados, sendo 54,2% do sexo feminino, a média de idade encontrada foi de
45±18 anos. Ao analisar os métodos subjetivos de avaliação nutricional foi
possível constatar que a ASG e MAN diagnosticaram 79,16% (n=19) dos
pacientes com desnutrição enquanto que a NRS verificou 70,83% (n=17)
em risco nutricional. A ASG e MAN detectaram um número mais significativo
de pacientes desnutridos do que a NRS (p=0,005). Conclusão: A ASG e
MAN identificaram maior prevalência de desnutrição em comparação com
a NRS, sendo mais sensível na avaliação do estado nutricional de pacientes
hospitalizados neste estudo.
P-052 TRIAGEM NUTRICIONAL DE ADULTOS ADMITIDOS NUMA
UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DE UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
CAMILA DIAS FÜHRER (HSL - PUCRS); DANIELA DE SOUZA MOTTA MARCHI
(HSL - PUCRS); RAQUEL MILANI EL KIK (HSL - PUCRS)
Introdução: A triagem nutricional é definida como o processo de
identificação das características associadas a problemas dietéticos e/
ou nutricionais. Consiste na realização de inquérito simples ao paciente
e/ou familiar com o objetivo de rastrear pacientes em risco nutricional.
Dentre os instrumentos de triagem validados, um dos mais utilizados é a
Nutritional Risk Screening 2002 (NRS 2002), que pode ser aplicada em
todos os pacientes hospitalizados. Objetivo: Identificar o risco nutricional
de adultos hospitalizados em uma unidade de emergência do Sistema
Único de Saúde (SUS) a partir da NRS 2002. Método: Estudo transversal,
descritivo e retrospectivo. A amostra foi composta por adultos admitidos
em uma unidade de emergência do SUS no mês de junho de 2013. Foram
excluídos do estudo os adultos que reinternaram no mesmo período.
As variáveis analisadas foram idade, sexo, tempo de permanência na
emergência, índice de massa corporal (IMC) e a classificação da NRS
2002. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 17.0. Foi
realizada estatística descritiva, medidas de tendência central, variabilidade e teste t para amostras independentes (p < 0,05). Este estudo foi
previamente aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados: Foram incluídos 72 adultos com média de idade 44,2±10,9 anos, sendo 59,7% (43)
do sexo feminino e 40,3% (29) do sexo masculino. O tempo médio de
permanência na emergência foi de 2,68±2,32 dias, sendo que 86,1%
(62) foram transferidos para unidades de internação do hospital. A média
do IMC foi 27,29±7,17 kg/m², sendo que 58,3% (42) dos avaliados
apresentaram sobrepeso e obesidade em diferentes graus, 34,7% (25)
eutrofia e 7% (5) estavam entre desnutrição leve e grave. Com relação
à classificação da NRS 2002, 25% (18) dos adultos apresentaram risco e
75% (54) foram classificados sem risco nutricional. Foi evidenciado que o
risco nutricional decai com o aumento do IMC (p=0,002). Conclusão: A
maioria dos pacientes não apresentou risco nutricional e foi identificada
alta prevalência de sobrepeso/obesidade, o que evidencia a realidade
da transição nutricional na população estudada.
P-054 INFLUÊNCIA DE FATORES AMBIENTAIS SOBRE A OCORRÊNCIA
DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DOS PRIMEIROS ANOS
DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PARTICULAR DO MUNICÍPIO DE LONDRINA, PARANÁ
LARA RIBEIRO SISTI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); LUISA
DE ALBUQUERQUE PHILIPPSEN (); GRAZIELA MARIA GORLA CAMPIOLO
SANTOS (CENTRO UNIVERSITÁRIO FILADÉLFIA); CAMILA BOSSONI RUSSO
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CLISIA MARA CARREIRA
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)
Introdução: No Brasil, transição nutricional está cada vez mais presente,
sendo caracterizada pela redução da desnutrição e aumento do excesso
de peso. A obesidade possui caráter multifatorial e vários estudos têm
indicado que o desmame precoce, utilização de bicos artificiais e a
introdução de alimentos complementares antecipadamente contribuem
posteriormente para o desenvolvimento da obesidade infantil, onde
existe um risco aumentado dessas crianças tornarem-se adultos obesos.
Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo investigar a prevalência da
obesidade infantil, identificando possíveis associações desta com fatores
ambientais, em escolares dos primeiros anos do ensino fundamental
de uma escola particular do município de Londrina, Paraná. Método:
Realizado um estudo com 73 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental de ambos os sexos. Foram entregues aos pais e/ou responsáveis
pela criança, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e um
questionário referente aos hábitos alimentares e estilo de vida da criança.
Foram relacionados os dados deste questionário com o estado nutricional
dos escolares, obtido através do indicador IMC/Idade (IMC/I) padronizado
P-053 COMPARAÇÃO ENTRE ASG E NRS-2002 NA DETERMINAÇÃO
DO RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
45
Suplemento Nutrição Clínica/2013
pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2007). Resultados: Com a
tabulação destes dados foi possível verificar que a prevalência de eutrofia
na amostra foi de 54,8%, enquanto que o excesso de peso (sobrepeso
e obesidade) apresentou um índice de 45,2%. Constatou-se que dentre
as crianças que apresentaram excesso de peso, 58,4% não receberam
aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, 100% nasceram
com macrossomia fetal (> 4 kg), 67% afirmaram consumir refrigerantes
quatro vezes por semana e mais de 77% relataram consumir apenas duas
vezes por semana frutas, verduras e legumes. Conclusão: Assim, concluise que o significativo índice de excesso de peso encontrado comprova
o processo de transição nutricional e a influência de fatores ambientais
sobre o estado nutricional dos indivíduos.
NAIRA ROSE DO NASCIMENTO FERREIRA PAIXÃO (CLÍNICA ESPECIALIZADA
EM NUTRIÇÃO - CENUTRI); CRISTINA GAMA PEREIRA LUCENA (CLÍNICAESPECIALIZADA EM NUTRIÇÃO - CENUTRI); ALINE ÁVILA FRANÇA CONSERVA
(CLÍNICA ESPECIALIZADA EM NUTRIÇÃO -CENUTRI); FLÁVIA ROBERTA
SILVESTRE GOMES (CLÍNICA ESPECIALIZADAEM NUTRIÇÃO - CENUTRI)
Introdução: A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) é uma terapêutica
importante para a sobrevivência dos recém-nascidos prematuros (RNP),
especialmente aqueles de baixo peso (RNBP) ou de muito baixo peso
(RNMBP). Neste grupo de pacientes, a sepse ainda constitui-se num grande
desafio, tendo em vista a imaturidade de diferentes órgãos e sistemas,
especialmente do ponto de vista imunológico. Objetivo: avaliação da
TNP em RNP com o diagnóstico de sepse em maternidades de Sergipe
e Alagoas. Método: Estudo observacional, prospectivo, para análise das
seguintes variáveis: sexo, peso, acesso venoso, tempo de uso da TNP, motivo
da alta da TNP. Os dados foram colhidos no período de janeiro de 2010 a
junho de 2013. Resultados: foram avaliados 96 RNP, sendo 57% do sexo
masculino. Cerca de 70% dos pacientes eram RNMBP, ou seja, de peso
inferior a 1.500g, e 29%, RNBP. O peso máximo na amostra estudada foi de
4,320g (RNP com gigantismo, nascido com 32 semanas), enquanto o peso
mínimo foi de 0.500Kg. Em cerca de 70% dos casos o acesso foi central.
O tempo médio de uso da TNP foi de 10.63 dias, sendo o tempo máximo
registrado de 31 dias e o tempo mínimo de 1dia. Entre as causas de alta
da TNP observaram-se troca de terapia nutricional em 56% (via oral em
23% e enteral em 33%), óbito e agravo clínico em 32%, problemas relativos
ao acesso venoso em 6% e outras causas em 6% dos casos. Conclusão:
1 - A TNP em RNP sépticos teve indicação quase absoluta em pacientes
de baixo peso, predominantemente em RNMBP, sendo o acesso central o
acesso mais utilizado em um tempo médio de uso acima de 10 dias. 2.
Apesar da morbimortalidade elevada decorrente a gravidade do quadro
dos RNP que usaram a TNP, houve alta desta terapia para a utilização do
tubo digestivo na maioria dos pacientes.
P-055 CONSUMO DE ALIMENTOS RICOS EM FERRO NA INTRODUÇÃO
DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR E SEUS DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS
THAISSA BORGES ELIAS DE ALENCAR PRATES (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS); RENATA MOREIRA GONÇALVES (PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS); LINA MONTEIRO DE CASTRO
LOBO (FACULDADE DE NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS);
MARIA DO ROSÁRIO GONDIM PEIXOTO (FACULDADE DE NUTRIÇÃO,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS); IDA HELENA CARVALHO FRANCESCANTONIO MENEZES (FACULDADE DE NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS)
Introdução: O perfil do consumo alimentar, fatores sócioeconômicos e
cuidados dispensados à criança influenciam sua saúde, principalmente
nos primeiros dois anos, onde o risco de desenvolver carência nutricional
é maior. A anemia é a carência nutricional mais prevalente no mundo e
afeta principalmente as crianças, tornando-se importante o diagnóstico
social da doença, além da implementação de medidas socioeducativas de
prevenção e tratamento. Objetivo: identificar dados sociodemográficos
que interferem no consumo alimentar e na ingestão de ferro por crianças
de 6 a 24 meses. Método: Estudo transversal, de base populacional e
domiciliar, realizado com 235 crianças de Goiânia-GO, nos anos de 2011
e 2012. A ingestão alimentar foi avaliada por meio do questionário de
frequência de consumo alimentar, realizado com os pais ou responsáveis.
O banco de dados foi montado no programa EPI INFO® 3.1 e análise
estatística realizada no programa STATA/SE® 12.0. A associação entre
variáveis socioeconômicas com hábitos alimentares foi avaliada pelo
Qui-quadrado de Pearson considerando nível de significância de 5%
(p<0,05).Resultados: Das crianças incluídas na faixa etária do estudo,
a maioria era do sexo masculino (52,34%) e tinha de 12 a 24 meses
(68,1%). Na classe socioeconômica, predominou a classe C (51,49%).
O nível de escolaridade materno mais prevalente foi o ensino médio
(53,6%). Dentre os alimentos pesquisados, os mais consumidos foram o
feijão (93,6%), carne bovina (91%), ovos (52,8%) e vegetais verde-escuros
(51,5%). Em contrapartida, os menos consumidos foram fígado bovino
(46,8%) e a linguiça/salsicha (34,47%). A classe econômica influenciou o
consumo de vegetais verde-escuros, onde a maior ingestão foi observada
na classe D/E (p=0,04). Em se tratando da idade da criança, de forma
geral houve associação direta com todos os alimentos estudados, exceto
os vegetais verde-escuros (p=0,053). A escolaridade materna influenciou
de forma significativa somente o consumo de vegetais verde-escuros
(p=0,019), estando o consumo mais presente nas mães que possuíam
ensino superior (12,7%). Conclusão: Foi identificado um maior consumo
de ferro não-heme, além do baixo consumo de modo geral de alimentos
ricos em ferro, principalmente nas crianças com idade inferior a um ano,
devido a introdução da alimentação complementar.
P-058 AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE CONSTIPAÇÃO E DIARREIA
EM IDOSOS DIABÉTICOS
RITA DE CÁSSIA SANTOS DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO); GABRIELA CAMPOS DE BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO); RAFAELA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE COELHO
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); THIALLY MARINA ALVES
HOLANDA (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); MARIA
GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO)
Introdução: Com o envelhecimento populacional, as doenças crônicas
como o diabetes mellitus são de alta prevalência entre os idosos. Quando
não tratada adequadamente, poderá acarretar complicações que contribuem para redução na qualidade de vida. Esse grupo ainda sofre alterações relacionadas com a idade, trazendo diversas mudanças funcionais
no organismo, inclusive no trato gastrointestinal, elevando o risco de
constipação e diarreia. Objetivo: Avaliar o funcionamento intestinal em
idosos diabéticos. Método: Estudo transversal tipo série de casos com
dados coletados a partir da ficha de atendimento de 108 idosos diabéticos,
atendidos no ambulatório de nutrição, do Núcleo de Atenção ao Idoso de
uma Universidade Pública de Pernambuco. 80,56% da amostra tinham entre
60-75 anos e 19,44% com idades superiores a 75 anos. A coleta de dados
ocorreu de março/2011 a julho/2013. As variáveis analisadas foram: idade,
sexo, procedência, atividade física, funcionamento intestinal, frequência de
defecação, consistência das fezes, ingestão de liquidos, ingestão de frutas
(uma porção igual a uma unidade média ou duas pequenas), verduras (
porção&#8805; duas colheres de sopa) e leguminosas (porção &#8805;
uma concha média) . Resultados: Do grupo total, 81(75%) eram mulheres e
27(25%) eram homens, procedentes do Recife (78,70%), Área Metropolitana
P-057 AVALIAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL EM RECÉM-NASCIDOS
PREMATUROS COM SEPSE
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
46
Suplemento Nutrição Clínica/2013
(19,44%) e do Interior do Estado de Pernambuco (1,85%). O sedentarismo
esteve presente em 53,70%, enquanto 41,66% realizavam atividade física
diária. A ingestão de fibras foi verificada através do consumo de frutas,
verduras e leguminosas; onde observou-se que 43,51% dos idosos ingeriam
diariamente três ou mais porções de frutas e, duas ou mais porções de
verduras e leguminosas (68,51%). A média da ingestão de liquidos foi de
1200mL (6 copos/dia). Em relação a frequencia de defecação, a maioria
do grupo (35,48%) referiu defecar 1x/dia, com fezes de consistência normal
(62,50%). Quanto ao tipo de funcionamento intestinal auto referido, 67,59%
da amostra apresentavam normalidade, 25,92% constipação, 0,92%
diarreia, 2,77% alternância frequente entre diarreia/constipação e 2,77%
não souberam classificar seu funcionamento intestinal. Foi observado que
81,48% dos constipados não realizavam atividade física, enquanto ingeriam em média apenas 600mL de líquidos por dia. Conclusão: Diante dos
resultados, conclui-se que este grupo de idosos diabéticos tem funcionamento intestinal normal com consistência e frequencia de fezes dentro dos
parâmetros fisiológicos eutróficos. O sedentarismo e a reduzida ingestão
hídrica foi frequente naqueles com presença de constipação.
P-060 ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES NUTRICIONAIS CALÓRICAS E
PROTEICAS DE PACIENTES PORTADORES DE ÚLCERA POR PRESSÃO
EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ACOMPANHADAS POR
UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR
ALANE NOGUEIRA BEZERRA (UECE); FERNANDA MARIA MAIA MACHADO
(UECE); GEYSIANNE SOARES DA SILVA (UNIMED LAR); GERMÂNIA ALVES
MARTINS (UNIMED LAR); SIMONE CLESIA LOPES MELO (UNIMED LAR)
Introdução: O cuidado nutricional é importante tanto na prevenção como
no tratamento de Úlcera por Pressão (UP), promovendo uma cicatrização
mais rápida e eficaz. A nutrição adequada do paciente é uma das estratégias
de prevenção. O tratamento das UP deverá recuperar o estado nutricional
e garantir uma alimentação adequada de maneira individualizada. Objetivo: Avaliar as prescrições nutricionais de acordo com as recomendações
nutricionais para pacientes portadores de UP em Terapia Nutricional Enteral
(TNE) assistidas por um serviço de Atendimento Domiciliar. Método: Foram
avaliados 33 pacientes adultos e idosos de ambos os sexos em TNE e
portadores de UP, acompanhados pelo serviço de Atendimento Domiciliar.
O estado nutricional foi avaliado de acordo com índice de massa corporal
para adultos e idosos. As necessidades e as prescrições nutricionais calóricas
e proteicas foram verificadas durante o mês de junho de 2013. Os dados
foram obtidos a partir dos prontuários dos pacientes. Resultados: A idade
média foi de 80,7 anos. Os pacientes eram 66,6% do sexo feminino. Dentre
os 33 pacientes avaliados 63,6% eram eutróficos, 3,1% tinham sobrepeso,
12,1% tinham risco de desnutrição e 21,2% eram desnutridos. 27,2% dos
pacientes usavam suplemento específico para cicatrização de UP, 48,5%
faz uso de módulo proteico, 3,1% faz uso tanto de módulo proteico como
de suplemento específico para cicatrização de UP e 21,2% não faz uso de
nenhum suplemento ou módulo proteico. Os pacientes apresentam necessidades energéticas, em média, de 1560 kcal diárias e consumo calórico
médio de 1597 kcal por dia. Receberam, em média, 31,58 kcal/kg de
peso diariamente. O consumo proteico diário foi, em média, 1,44g/kg de
peso/ dia. Conclusão: Considerando as análises realizadas, observa-se
que a maioria dos pacientes portadores de UP assistidos por um serviço
de Atendimento Domiciliar em uso de TNE são mulheres idosas, eutróficas
e recebem terapia nutricional adequada tanto em relação ao consumo
calórico como proteico.
P-059 ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES NUTRICIONAIS CALÓRICAS E
PROTEICAS DE CRIANÇAS EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL
ENTERAL ACOMPANHADAS POR UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO
DOMICILIAR
ALANE NOGUEIRA BEZERRA (UECE); FERNANDA MARIA MAIA MACHADO
(UECE); GEYSIANNE SOARES DA SILVA (UNIMED LAR); GERMÂNIA ALVES
MARTINS (UNIMED LAR); SIMONE CLESIA LOPES MELO (UNIMED LAR)
Introdução: Para garantir uma recuperação ou manutenção do estado
nutricional das crianças bem como uma melhor qualidade de vida, é
importante uma prescrição nutricional adequada. As necessidades calóricas variam de acordo com a etapa de crescimento das crianças, sendo
importante o seu fornecimento adequado. Já a necessidade proteica
deve ser adequada de maneira quantitativa e qualitativa. Objetivo:
Avaliar as prescrições nutricionais de acordo com as recomendações
nutricionais para crianças em Terapia Nutricional Enteral (TNE) assistidas
por um serviço de Atendimento Domiciliar. Método: Foram avaliados
12 pacientes de ambos os sexos e faixa etária de 2 a 16 anos, em
TNE, acompanhados pelo serviço de Atendimento Domiciliar. Foram
verificados o estado nutricional segundo World Health Organization,
as necessidades e as prescrições nutricionais calóricas e proteicas dos
pacientes, durante o mês de julho de 2013. Os dados foram obtidos a
partir dos prontuários dos pacientes. Resultados: A idade média foi de
10,3 anos. Dentre os 12 pacientes avaliados 58,3% eram eutróficos,
25% tinham risco de sobrepeso ou sobrepeso já instalado e 16,7% eram
desnutridos ou tinham risco de desnutrição. Para análise da necessidade
energética, dividiu-se em três grupos: idade de 1-7 anos, 7-12 anos e
12-18anos. Apresentaram prescrição nutricional calórica de 73,3, de
45,9 e de 31,55 kcal/kg de peso, enquanto suas recomendações calóricas
eram de 75-90, de 60-75 e de 30-60 kcal/kg de peso, respectivamente,
estando apenas um grupo atendendo a essas recomendações. Para
análise da necessidade proteica, dividiu-se em três grupos: idade de 1-10
anos, 10-18 anos do sexo masculino e do sexo feminino. Apresentaram
prescrição nutricional proteica de 1,92, de 1,56 e de 0,92 g/kg de peso/
dia, enquanto suas recomendações proteicas eram de 1-1,2, de 0,9 e
de 0,8 g/kg de peso/dia, respectivamente, estando todos os grupos
acima das recomendações. Conclusão: Considerando as análises realizadas, observa-se que a maioria das crianças assistidas por um serviço
de Atendimento Domiciliar em uso de TNE tem prescrição nutricional
calórica de acordo com as recomendações, podendo ser reajustadas de
acordo com a evolução clínica, porém as necessidades proteicas estão
acima do que se recomenda, necessitando que as condutas nutricionais
sejam reavaliadas.
P-061 PLANO DE ALTA HOSPITALAR E SEU ÍNDICE DE ADESÃO EM
PACIENTES ACOMPANHADOS PELA EMTN DE UM HOSPITAL DA REDE
PRIVADA DO MUNICÍPIO DE ARACAJU
LAISE REIMÃO BARRETO (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
JULIANA TEIXEIRA DA SILVA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
NARA NAYANE BRITO MENESES (ENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
MICHELI CRUZ LIMA (ENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); ANA
GRAZIELA SANTOS BARBOSA (ENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
NOEMIA DOS SANTOS PEIXOTO (ENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO)
Introdução: A Terapia Nutricional (TN) a nível hospitalar tem como
objetivo a recuperação ou manutenção do estado nutricional do paciente
sendo necessária, em muitas situações, sua continuidade após a alta
hospitalar (AH). Sendo assim, a TN Domiciliar, quando bem indicada,
é considerada segura e possui uma satisfatória relação custo-benefício
com implicações na diminuição das complicações clínicas e reinternações.
Objetivo: Avaliar o percentual de pacientes que receberam orientação
nutricional na AH e conhecer o índice de adesão a esta. Método: Foram
considerados 201 pacientes em TN, de janeiro a junho de 2013. Os que
receberam AH em uso de nutrição enteral (NE) receberam três opções de
plano alimentar individualizados, além de orientações do enfermeiro da
EMTN. Já os pacientes em uso de suplemento alimentar foram orientados
para continuidade do mesmo após a AH. Para os pacientes em uso de NE,
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
47
Suplemento Nutrição Clínica/2013
após 21 dias da AH, foi aplicado o questionário de adesão por meio de
contato telefônico. Foram excluídos do estudo os pacientes encaminhados
para internamento domiciliar. Resultados: 88% dos pacientes receberam
orientação nutricional para continuidade da TN em domicílio. O motivo de
24 pacientes não receberem orientação foi a falta de aviso da AH pelos
médicos e/ou enfermeiros. Dessas orientações, 38 foram para pacientes em
uso de NE, sendo feito contato telefônico com 34 destes, pois 02 pacientes
foram à óbito e 04 não atenderam a ligação telefônica, foi observado que
100% dos pacientes aderiram ao plano de AH. Conclusão: A maioria dos
pacientes em terapia nutricional enteral (TNE) recebe orientação nutricional,
e uma melhor e mais efetiva comunicação entre a equipe de profissionais
pode favorecer uma maior abrangência. Diante do índice de adesão ao
plano de alta observado, vale a pena investigar a adesão da continuidade
da TNE dos pacientes que recebem AH em uso de suplemento nutricional.
indivíduos que não receberam dieta por um período mínimo de 6 horas
durante a TNE. Tem-se como precoce, o início da TNE em até 48 horas
após a admissão na unidade. Resultados: Dos 51 pacientes analisados,
4 (7,8%) realizaram cirurgia eletiva, 20 (39,2%) cirurgia de urgência e 27
(52,9%) cirurgia de urgência por trauma. O tempo médio de internação
foi de 23,9 (±12,2) dias, sendo a média maior entre os pacientes vítimas
de trauma- 24,6±13 dias (p<0,001) e o tempo mediano para início da
TNE foi de 2 dias, variando entre 0 e 11 dias. Dentre estes, os cirúrgicos
não trauma foram os que apresentaram, em média, maior tempo para o
início da TNE (2,8±1,7 dias) (p<0,001). Apenas 3 pacientes não estiveram
em jejum nem por razões terapêuticas e nem por razões diagnósticas,
considerando a interrupção da dieta para procedimentos diagnósticos
(PD) em 51% e/ou terapêuticos (PT) em 84,3%. A maioria aconteceu para
intervenções sobre o aparelho respiratório como: intubação orotraqueal
e traqueostomia. Houve em 52,9% dos pacientes, interrupção por sinais
de intolerância do trato gastrointestinal, sendo mais prevalente entre os
pacientes não traumáticos. Conclusão: A adoção de protocolos institucionais faz-se necessária para otimização e melhor manejo da TNE frente
aos frequentes procedimentos que levam ao déficit nutricional durante a
internação em terapia intensiva.
P-062 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE RECÉM NASCIDOS POR
MEIO DA ANTROPÓMETRIA
LILIA DO SOCORRO BONFIM DA SILVA (SESPA)
Introdução:A AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE RECÉM NASCIDOS É
UMA IMPORTANTE TAREFA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NA
NEONATOLOGIA,POIS NESTE PERÍODO DA VIDA AS COMPLICAÇÕES
OCASIONADAS PELO BAIXO PESO,PODEM OCASIONAR MORBIDADES
E OU MORTALIDADE EM RECÉM NASCIDOS.Objetivo:AVALIAR ATRAVÉS
DA ANTROPOMÉTRIA OS RECÉM NASCIDOS .METODOLOGIA ESTUDO
TRANSVERSAL REALIZADO EM RECÉM NASCIDOS INTERNADOS EM
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ATRAVÉS DA ANTROPOMÉTRIA
,ONDE FORAM AVALIADOS 22 NEONATOS DE AMBOS OS SEXOS
INCLUINDO(<738 GRAMAS E 26 SEMANAS GESTACIONAL Á 3760
GRAMAS Á TERMO),SENDO USADO COMO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A CURVA DE PESO/IDADE DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE DE
2006.Resultados:50% DOS NEONATOS ENCONTRAM-SE COM PESO
ADEQUADO,31,81% MUITO BAIXO PESO E 9,09% COM PESO ELEVADO.
CONCLUI-SE QUE A AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA É UM METODO DE
GRANDE IMPORTÂNCIA EM NEONATOLOGIA
P-064 AVALIAÇÃO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS SUBMETIDOS
A TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: TEMPO PARA INTRODUÇÃO X
TEMPO PARA ATINGIR O APORTE PLENO X FATORES QUE IMPOSSIBILITAM DE ATINGIR A META
MARCELA RODRIGUES VIVEIROS (HOSPITAL AGENOR PAIVA); TARSILA
RIBEIRO CAVALCANTE (HOSPITAL AGENOR PAIVA); ADHEMAR DE OLIVEIRA
E SILVA NETO (HOSPITAL AGENOR PAIVA); MAGNO CÉZAR AMARAL DE
SOUZA JUNIOR (HOSPITAL AGENOR PAIVA); LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA
(HOSPITAL AGENOR PAIVA)
Introdução: As implicações da desnutrição sobre a evolução das doenças
em pacientes hospitalizados são relatadas como fatores coadjuvantes na
morbidade e na mortalidade. A terapia nutricional enteral (TNE) está indicada para pacientes desnutridos ou sob risco nutricional quando a alimentação oral está contra-indicada ou não é capaz de prover a quantidade
adequada de nutrientes. A TNE deve ser introduzida nas primeiras 24/48
horas após a admissão. Deve-se identificar os pacientes desnutridos ou
em risco nas primeiras 24 horas, assim como as necessidades nutricionais
específicas de cada paciente, de acordo com sua condição clínica, e introduzir precocemente a oferta calórico-protéica adequada. Objetivo: Avaliar
a TNE de pacientes hospitalizados, com relação ao tempo para introdução
e o tempo para atingir as necessidades energéticas estimadas (NEE), procurando identificar as intercorrências que interferiram no processo. Método:
Foram avaliados diariamente, durante o período de março a julho de 2013
todos os pacientes submetidos a TNE de um hospital privado da cidade de
Salvador-Ba. Além do intervalo de tempo foram observados os seguintes
parâmetros: sexo, idade, diagnóstico clínico na admissão, agrupados por
especialidade, e as principais causas relacionadas ao retardo para atingir as
NEE. As necessidades energéticas foram estimadas utilizando-se a relação
Kcal/Kg peso estimado, de acordo com as recomendações da ESPEN 2006.
Resultados: Foram avaliados no período 75 pacientes, sendo a maioria
pertencente ao sexo feminino (54,6%) e a faixa etária idosa (74,7%). Com
relação ao diagnóstico clínico, grande parte foi admitida por causas neurológicas (65,3%), seguido de causas infecciosas (17,3%), cirúrgicas (8,1%)
e outras causas (9,3%). Do total de pacientes avaliados 48 (64%) tiveram
o início da TNE nas primeiras 48 horas de internamento e o tempo médio
para atingir o aporte nutricional considerado pleno foi de 3,7 dias. Dos
pacientes avaliados 28 (37,3%) não apresentaram complicações. Dentre
as causas que retardaram o avanço da TNE encontrou-se: jejum para
procedimento (29,3%), instabilidade hemodinâmica (6,7%), diarreia (9,3%),
resíduo gástrico elevado (8,1%), êmese (5,3%) e distensão abdominal (4,0%).
P-063 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E MOTIVO DE JEJUM EM
PACIENTES NEUROCIRÚRGICOS INTERNADOS EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA
ELIS SIZANOSKI TEIXEIRA (UNIFESP- EPM); JERUSA MARCIA TOLOI
(UNIFESP- EPM); LUCAS BASSOLLI (UNIFESP- EPM); PATRICIA STANICH
(UNIFESP- EPM)
Introdução: A terapia nutricional não é efetiva em 2/3 dos pacientes
admitidos em unidades de terapia intensiva (UTIs) por questões não relacionadas com o funcionamento do trato gastrointestinal. Esse fato pode
comprometer ainda mais o estado nutricional já acometido por injúrias
que aumentam o catabolismo e prejudicam o metabolismo de maneira
geral. Objetivo: Apresentar as principais causas de interrupção da terapia
nutricional em unidade de terapia neurointensiva. Método: foram estudados 51 pacientes (35 homens e 16 mulheres) neurocirúrgicos adultos
(48,1±18,7 anos) admitidos em 2UTI’s de um hospital universitário, no
período de fevereiro a julho de 2013. Excluíram-se dados de indivíduos
com tempo de internação inferior a 72 horas e que não estiveram em
terapia nutricional enteral (TNE) exclusiva por um período mínimo de 7
dias. Foram analisadas informações referentes à identificação do paciente,
motivo da internação (cirúgico eletivo, cirúrgico de urgência e cirúrgicotrauma); dados relacionados com a TNE e as principais causas de jejum
(divididas em: jejum para procedimentos diagnósticos (PD) exames e/
ou jejum para procedimento terapêutico (PT) - causas respiratórias, pré
e pós-cirúrgico e complicações gastrointestinais). Considerou-se jejum
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
48
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Conclusão: A terapia nutricional adequada contribui no processo de
melhora dos pacientes hospitalizados. Apesar da maioria dos pacientes ter
iniciado a TNE precocemente, um percentual elevado apresentou fatores
que podem ter contribuído para o atraso na progressão das NEE. Faz-se
necessário a instituição de indicadores de qualidade para uma melhora
progressiva do serviço prestado.
dos pacientes. Resultados: Dentre os 192 pacientes avaliados 80,2% não
apresentavam nenhuma complicação relacionada à nutrição enteral. Dos
que foram avaliados com alguma complicação, 1,6% apresentaram saída
invertida da sonda, 3,1% diarreia, 13,5% constipação e 1,6% distensão
abdominal. Conclusão: Considerando o baixo número de complicações
encontradas percebe-se que o serviço está de acordo com o que recomenda
a literatura, sendo considerado um serviço de boa qualidade.
P-065 IMPACTO DO USO DE SIMBIÓTICOS NA INCIDÊNCIA DE DIARREIA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM DIETA ENTERAL
P-067 PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES INCLUÍDOS EM UM
SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR DE FORTALEZA- CE
METÚSSULA SIMEIA (HOSPITAL GERAL - PAPI); ÊMILY BEZERRA (HOSPITAL
GERAL - PAPI); SILVIO JOSÉ (HOSPITAL GERAL - PAPI)
GABRIELLA FIDELIS DE SÁ (UECE); ALANE NOGUEIRA BEZERRA (UECE);
FERNANDA MARIA MAIA MACHADO (UECE); GERMANIA ALVES MARTINS
(UNIMED LAR); SIMONE CLESIA LOPES MELO (UNIMED LAR)
Introdução: A diarreia é uma complicação comum associada ao paciente
hospitalizado com nutrição enteral. O uso de prebióticos, probióticos e
simbióticos podem contribuir para a prevenção e controle da diarreia, além
de promover diversos benefícios para a saúde do individuo, sendo este
último com ação mais efetiva. Objetivos: O presente estudo teve como
objetivo avaliar o impacto do uso de simbióticos na incidência de diarreia
em pacientes hospitalizados com dieta enteral. Método: A população
estuda foi constituída de 28 pacientes, onde se avaliou a frequência e a
característica de evacuações intestinais dos 10 primeiros dias de acompanhamento de pacientes hospitalizados, que recebiam dieta enteral, em um
hospital geral, na cidade de Natal-RN. A amostra de pacientes foi dividida
em dois grupos: grupo 1, constituído de pacientes que se encontravam
internados quatro meses que antecederam o novo protocolo do hospital, os
quais não recebiam suporte da terapia nutricional enteral com módulo de
simbióticos; e grupo 2, composto de pacientes internados nos quatro meses
que sucederam o novo protocolo do hospital, os quais recebiam suporte
da terapia nutricional enteral com módulo de simbióticos. Resultados: Os
resultados apontaram uma incidência de 21,4% de episódios de diarreia no
grupo 1, enquanto que no grupo 2 a incidência foi de 7,70%, ou seja, uma
diminuição de 278% de episódios de diarreia. Conclusão: Conclui-se que
a utilização de simbióticos em pacientes que recebem suporte nutricional
enteral é importante para o controle da função intestinal dos mesmos,
principalmente no que se refere à diminuição de episódios de diarreia.
Introdução: O crescimento do atendimento domiciliar (AD) no Brasil
é recente. Esse crescimento deve-se a fatores como a transição demográfica, que demonstra um envelhecimento populacional cada vez mais
acentuado, e a mudança no perfil epidemiológico da população, no qual
há um aumento das doenças crônicas não transmissíveis. O serviço de
atendimento domiciliar tem como prioridade aliar a atenção à saúde
com: redução de custos; reintegração do paciente ao ambiente familiar,
redução do número de internações e do estresse causado ao paciente pelo
próprio ambiente hospitalar. A terapia nutricional interfere diretamente
sobre o estado de saúde do paciente, sendo necessário acompanhamento
contínuo do profissional nutricionista junto à equipe multiprofissional para
promover recuperação ou manutenção do estado nutricional do paciente.
Objetivo: Conhecer o perfil nutricional dos pacientes incluídos no serviço
de atendimento domiciliar. Método: Os dados foram coletados de todos
os pacientes inclusos no serviço dos meses de janeiro a junho de 2013.
As vias de alimentação consideradas foram: via oral (VO), sonda nasoenteral (SNE) ou gástrica (SNG), gastrostomia (GTT), jejunostomia (JTT), via
oral e enteral, parenteral (NPT). Foi avaliado o estado nutricional através
do IMC estimado, segundo Organização Mundial da Saúde e Lipschitz,
e a presença de alterações gastrointestinais como vômitos, constipação,
distensão abdominal e diarreia. Resultados: O total de pacientes inclusos
foi de 182, dentre os quais: 35,7% alimentavam-se V.O, 21,4% por SNG
ou SNE, 38,5% por GTT, 0,5% por JTT, 3,9% VO e enteral. 48,9% eram
eutróficos, 20,3% possuíam risco nutricional, 20,3% eram desnutridos,
5% sobrepeso, 5,5% obesidade; 77% não apresentavam nenhuma alteração gastrointestinal, 14,3% apresentavam constipação, 1% distensão
abdominal, 1% vômito e 6,7% diarreia. Conclusão: O perfil nutricional
dos pacientes inclusos no serviço pode ser traçado como sendo eutrófico,
que se alimenta por sonda, sendo a maioria por gastrostomia e que não
apresenta alterações gastrointestinais.
P-066 PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO ENTERAL EM
PACIENTES ACOMPANHADOS POR UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO
DOMICILIAR.
GABRIELLA FIDELIS DE SÁ (UECE); ALANE NOGUEIRA BEZERRA (UECE);
FERNANDA MARIA MAIA MACHADO (UECE); GERMANIA ALVES MARTINS
(UNIMED LAR); SIMONE CLESIA LOPES MELO (UNIMED LAR)
Introdução: A Terapia Nutricional Enteral (TNE), é considerada um
conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção
ou recuperação do estado nutricional por meio de nutrição enteral. As
complicações da NE podem ser divididas em três grupos: relacionadas à
via de acesso, gastrintestinais e metabólicas. A literatura considera estas
complicações como indicadores de qualidade de TNE. Dentre as recomendações é preconizado que a frequência de saída invertida de sonda de
nutrição enteral deve ser menor ou igual a 10%, a de obstrução de sonda
de nutrição enteral menor ou igual a 5%, a de diarreia menor ou igual a
10%, a de constipação menor que 20% e a de distensão abdominal menor
que 15% para qualificar o serviço como de boa qualidade. Objetivo:
Avaliar a prevalência de complicações da nutrição enteral em pacientes
em TNE assistidos por um serviço de Atendimento Domiciliar. Método:
Foram avaliados 192 pacientes de ambos os sexos e idades variadas em
terapia nutricional enteral, acompanhados pelo serviço de Atendimento
Domiciliar, foram analisados a frequência de saída invertida de sonda,
obstrução de sonda, diarreia, constipação e distensão abdominal durante
o mês de Junho de 2013. Os dados foram obtidos a partir dos prontuários
P-068 OCORRÊNCIAS RELACIONADAS À TERAPIA NUTRICIONAL
ENTERAL (TNE) QUE INTERFEREM NA OFERTA E NA RECUPERAÇÃO
NUTRICIONAL DO PACIENTE HOSPITALIZADO
ALINE CHAVES NERI (HOSPITAL SANTA CRUZ); JANICI THEREZINHA
SANTOS (HOSPITAL SANTA CRUZ); JULIARA MUSSI DE ALMEIDA CHRISTIANO (HOSPITAL SANTA CRUZ)
Introdução: Nos últimos anos, o interesse pelo estado nutricional de
pacientes hospitalizados tem crescido mundialmente, uma vez que já é de
conhecimento geral os efeitos da desnutrição sobre a morbi-mortalidade
desse grupo (VASCONCELOS, 2002).Objetivo: identificar as ocorrências
mais freqüentes relacionadas a Terapia Nutricional Enteral que possam
interferir na oferta e na recuperação nutricional do paciente hospitalizado. Método: Estudo quantitativo, prospectivo, exploratório e descritivo,
realizado em Hospital Geral de médio porte entre os meses de janeiro a
março de 2012. A coleta de dados foi realizada durante as visitas diárias da
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
49
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Enfermeira e Médica da Equipe Multiprofissional de Terapia Enteral (EMTN)
em 176 pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva, Transplante
de Medula Óssea, Clinica Médica e Cirúrgica sob terapia nutricional,
norteada por meio de um instrumento elaborado pelas pesquisadoras com
os seguintes itens: Faixa etária, Gênero, Grau de dependência segundo
escala de Fugulin, Tempo de permanência, Diagnóstico, Indicação para
terapia nutricional. Ocorrências que interferiram na oferta da terapia nutricional ao paciente. Resultados: As ocorrências mais comuns foram: saque
da SNE: 61 (35%) dos pacientes, diarréia: 53 (31%) dos casos, obstrução:
20 (12%), seguidos por 21 (12%) dos casos de jejum para procedimentos,
distensão abdominal com 6 (3%) dos casos, vômito foram 6 (3%) dos casos
investigados, intolerância a dieta foram 5 casos (3%), estase gástrica com
4 (2%) dos casos. Conclusão: Conclui-se que a administração de Terapia
Nutricional pode ser dificultada por diversos fatores dire¬tamente relacionados ao paciente e sua evolução clinica ou pela rotina da assistência
relacionada com o mesmo. Sabe-se que, diante das ocorrências levantadas,
o paciente poderá não receber totalmente o aporte calórico prescrito pelo
médico o que poderá impactar na sua recuperação. Diante desses fatos
observou-se a necessidade de intervenções rápidas e conjuntas da EMTN
como treinamentos para a equipe de enfermagem, padronização de fixação
de SNE e implantação de protocolos assistenciais, para que as ocorrências
pudessem ser resolvidas a curto prazo, garantindo o adequado aporte
calórico e nutricional, prevenindo novas ocorrências.
P-070 ADEQUAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM
PACIENTES SOB CUIDADOS INTENSIVOS
SHIRLEY TAVARES OLIVEIRA (CLINUTRI); RENATA SIMONE OLIVEIRA
BANDEIRA (CLINUTRI); RENATA BRANDÃO BORGES (CLINUTRI)
Introdução: A depleção nutricional é frequente em pacientes em terapia
intensiva, visto o intenso catabolismo e mobilização de proteínas para
o reparo de tecidos lesados e fornecimento de energia, conhecida com
resposta metabólica ao estresse ou resposta de fase aguda. Já está bem
relatado em literatura que o início precoce e adequada da terapia nutricional
enteral (TNE) pode reduzir consideravelmente a incidência de infecção e
o tempo de permanência hospitalar. Objetivo: Verificar a adequação da
oferta nutricional em até 72 horas do início da terapia nutricional enteral
em pacientes sob cuidados intensivo. Método: Estudo transversal e observacional, realizado no período de janeiro a julho de 2013 na Unidade
de Terapia Intensiva do Hospital Albert Sabin. Participaram da amostra
pacientes maiores de 18 anos com terapia nutricional entereal exclusiva
por mais de 72h. Foi aplicado o indicador de qualidade proposto, sendo
considerada oferta calórico-protéica adequada quando alcançadas as
necessidades nutricionais estimadas em até 72h após início da nutrição
enteral. Resultados: Foram acompanhados 176 pacientes, sendo a maioria
do sexo feminino (64,8%). A idade média foi 78,9 anos, com predominância
de idosos (94,9%). A maioria tinha o diagnóstico de doença cardiovascular
(76%), seguido de doenças pulmonares (19,9%). A adequação calóricoprotéica foi alcançada em 86,4%. Os principais motivos para o não alcance
da adequação nutricional foram o óbito e a intolerância com 33,3% cada.
Conclusão: Verificou-se um alto percentual de pacientes com adequação
da oferta nutricional em até 72 horas, o que muitas vezes torna-se difícil
pela instabilidade hemodinâmica de pacientes críticos, que retarda o início
precoce e/ou a progressão da dieta conforme recomendado. O indicador
de qualidade permite uma melhor monitorização da evolução da qualidade
da assistência nutricional.
P-069 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES CANDIDATOS À CIRURGIA
CARDÍACA
JULIANA TEIXEIRA DA SILVA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
NAYARA VARJÃO DE OLIVEIRA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
MONIQUE TAVARES DE JESUS (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
ERLAINE SOARES DO NASCIMENTO GOMES (CENTRO ESPECIALIZADO
DE NUTRIÇÃO); LUCIANA CATUNDA BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE)
P-071 IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES QUE INTERFEREM NA ADMINISTRAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DE UM HOSPITAL
DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG.
Introdução: O comprometimento nutricional é um fator que afeta de forma
significativa o prognóstico de pacientes cirúrgicos. As deficiências orgânicas
ou afecções graves apresentadas na desnutrição comprometem a capacidade de gerir o estresse, resultando numa maior taxa de complicações
pós-operatórias. A obesidade, do mesmo modo, parece estar relacionada
a uma maior incidência de complicações cardiovasculares e respiratórias
no pós-operatório, entretanto os dados relativos ao impacto da obesidade
sobre mortalidade e morbidade pós-operatória em cirurgia cardíaca ainda
são contraditórios. Objetivos: Conhecer o estado nutricional dos pacientes
candidatos à cirurgia cardíaca. Método: Estudo observacional, descritivo,
de caráter prospectivo, baseado na avaliação antropométrica de pacientes
candidatos à cirurgia cardíaca. Foram considerados como parâmetros para a
avaliação nutricional o índice de massa corpórea, percentual de adequação
da prega cutânea tricipital, circunferência do braço e circunferência
muscular do braço, e circunferência da cintura, os quais foram coletados
no dia que antecedeu a cirurgia. Resultados: A amostra foi constituída por
173 indivíduos de ambos os sexos, com idade média de 57,4±10,5 anos,
sendo a maioria do sexo masculino (59,5%). O procedimento mais frequente
foi a cirurgia de revascularização do miocárdio, a qual foi realizada em
116 indivíduos (67%). Foram encontrados 7% (n=12) dos indivíduos com
diagnóstico de desnutrição e 58,8% (n=100) com sobrepeso ou obesidade,
diagnosticado pelo IMC. A pesar do grande número de indivíduos com
sobrepeso ou obesidade diagnosticado por este índice, foi encontrado 34,7%
(n=60) dos indivíduos com depleção de massa muscular demonstrado
pelo percentual de adequação da CB e 32,4% (n=56) evidenciado pelo
percentual de adequação da CMB. Conclusão: A maior parte dos pacientes
estudados apresentam sobrepeso ou obesidade quando classificados pelo
IMC, entretanto boa parte deles encontra-se com baixa reserva de massa
muscular e excesso de gordura visceral e subcutânea.
HELOISA HELENA FIRMINO (CASA DE CARIDADE DE VIÇOSA HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO); KARINE FRANKLIN ASSIS (CASA DE
CARIDADE DE VIÇOSA - HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO); MÁRCIO LUIZ
FORTUNA ESMERALDO (CASA DE CARIDADE DE VIÇOSA - HOSPITAL
SÃO SEBASTIÃO)
Introdução: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) mostra-se importante
nos cuidados dispensados ao paciente, pois o estado nutricional interfere
diretamente na evolução clínica. Na prática, percebe-se que, muitas
vezes, volumes preconizados para a infusão da TNE não são atingidos,
dificultando ou, até mesmo, retardando a recuperação do estado de
saúde do paciente, o que pode ser devido às várias intercorrências
relacionadas à administração da TNE. Objetivo: Detectar os principais
fatores que limitam a administração correta da TNE para promoção do
ajuste da taxa de infusão com otimização da mesma em prol da saúde
dos pacientes internados em um hospital do município de Viçosa, MG.
Método: Trata-se de um estudo prospectivo realizado a partir de uma
Ficha pré estabelecida para o acompanhamento da administração da
TNE; os dados foram tabelados e as estatísticas realizadas no Software
Excel. Resultados: Foram analisados 12 pacientes críticos submetidos
à TNE. A idade média destes foi de 70 anos, com mínima de 39 anos
e máxima de 87 anos. A necessidade calórica estimada média foi de
1650Kcal/dia, com mínima de 1400Kcal/dia e máxima de 2160Kcal/
dia. A média de volume infundido foi de 1125ml/24h, com mínima de
930ml/24h e máxima de 1440ml/24h e a média da taxa de infusão foi
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
50
Suplemento Nutrição Clínica/2013
de 49,5ml/h, com mínima de 39ml/h e máxima de 60ml/h. As intercorrências mais frequentes foram os procedimentos de enfermagem,
fisioterapia e pela própria condição clínica dos pacientes. Não houve
registro de interrupções relacionadas à tolerância da dieta administrada. Os principais motivos da defasagem entre as necessidades
calóricas calculadas, o prescrito e o administrado foram as interrupções
para cuidados de enfermagem e de fisioterapia respiratória. O tempo
médio do período de interrupção da administração da nutrição enteral
perfez 4,5 horas/dia. O volume médio e a quantidade média de calorias não administrados pela TNE foi de 227,25ml/dia e 340 Kcal/dia,
respectivamente. O percentual calórico médio infundido foi de 77,6%.
Conclusão: Percebe-se que os fatores identificados implicaram na falta
de administração do Valor Energético Total (VET) prescrito, o que merece
atenção, elaboração e seguimento de um novo protocolo de infusão
pela equipe de terapia nutricional, sendo proposta uma taxa de infusão
calculada considerando-se apenas 20 horas, em contraposição às 24
horas adotadas pela instituição.
CYNTHIA BARBOSA ALBUQUERQUE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE
TIRADENTES); TATIANA MARIA PALMEIRA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE
TIRADENTES); TAYS AREIDE DOS SANTOS ANDRADE (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MUNIK SAMARAH GOMEZ SOUZA (UNIVERSIDADE TIRADENTES);
JEORGEANY DIAS DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); ROSÂNGELA
CRISTIANE DE OLIVEIRA ROCHA (UNIVERSIDADE TIRADENTES)
Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) representam uma das
principais causas de morbimortalidade no mundo. Quanto à sua etiologia,
os principais fatores de risco foram identificados por estudos epidemiológicos realizados nos últimos 30 anos, destacando-se o tabagismo,
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabete Mellitus (DM), obesidade,
inatividade física e dislipidemia. Dessa forma, quanto melhor o controle dos
hábitos de vida, com redução do número de fatores modificáveis associados,
maior é a redução deste risco. Objetivo: Traçar o perfil nutricional e estimar
a prevalência dos principais fatores de risco cardiovasculares (RCV) em
pacientes atendidos em um ambulatório de nutrição. Método: Trata-se de
um estudo transversal e retrospectivo, composto por 76 pacientes, adultos
(93%) e idosos (7%), com idade média de 35,1 ± 12,4 anos. Foram utilizados os dados pessoais, clínicos e nutricionais disponíveis nos protocolo de
atendimento. Para traçar o estado nutricional foi utilizado o IMC classificado
de acordo com OMS (1998) para adultos e Lipschitz (1994) para idosos
e CC segundo OMS (1998). Após estimar a prevalência dos fatores RCV,
realizou-se a distribuição de frequência simples das variáveis de interesse.
Resultados: As seguintes prevalências foram encontradas: 79% de sobrepeso/obesidade, 58% de hipertensão arterial sistêmica, 16% diabetes
mellitus, 26% dislipidemia, 79% possuíam circunferência da cintura alterada,
55% inativos e 11% tabagismo. Verificamos que apenas 6% dos indivíduos
não possuíam nenhum dos fatores de risco; 8% apresentavam um fator e
30%, 25%, e 31% apresentavam dois, três e quatro ou mais fatores associados, respectivamente. Conclusão: Foram identificados fatores de risco
para doenças cardiovasculares nos pacientes atendidos como excesso de
peso, sedentarismo, hipertensão, diabetes melitus tipo 2 e dislipidemia.
Assim, é preciso intensificar as estratégias de prevenção, insistindo em
medidas educativas e promoção de saúde,
P-072 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES GRAVES DE
UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG: RESULTADOS.
MARIA AMÉLIA DA FONSECA (CASA DE CARIDADE DE VIÇOSA - HOSPITAL
SÃO SEBASTIÃO); HELOISA HELENA FIRMINO (CASA DE CARIDADE DE
VIÇOSA - HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO)
Introdução: A Terapia Nutricional é peça fundamental nos cuidados dispensados ao paciente crítico, devido às evidências científicas que comprovam
que o estado nutricional interfere de forma concreta na sua evolução clínica.
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) faz parte da rotina de tratamento em
pacientes impossibilitados de utilizar a via oral para alimentação e que
possam utilizar o trato gastrintestinal. O uso da nutrição enteral (NE) está
associado à redução no número de complicações infecciosas, manutenção
da integridade da mucosa intestinal e redução da translocação bacteriana.
Objetivo: Caracterizar o perfil nutricional dos pacientes hospitalizados no
período de 1 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2012 usuários de
Terapia Nutricional Enteral (TNE) de um hospital do município de Viçosa,
MG. Método: Trata-se de um estudo prospectivo realizado a partir da
revisão de banco de dados, por meio de uma ficha pré elaborada, dos
pacientes usuários de TNE do referido período com posterior análise através
do softwear SPSS versão 20. Utilizou-se as seguintes variáveis: sexo, idade
superior ou inferior a 60 anos, tempo de permanência em TNE em dias,
convênio utilizado pelo paciente, indicação da TNE, evolução do diagnóstico e estado nutricional do paciente. Resultados: Foram avaliados 356
pacientes durante o referido período, dos quais 51,1% eram do sexo feminino e 68,5% possuíam mais de 60 anos de idade. Do total, 19,9% foram
inicialmente classificados com desnutrição grave; 23,6% com desnutrição
leve-moderada; 11,2% com desnutrição leve; 38,8% como eutróficos e 6,5%
com excesso de peso. A indicação mais frequente da TNE foi na Terapia
Intensiva, sendo de 50,3% dos casos. Não obstante, o convênio mais utilizado em TNE pelos pacientes no hospital em questão foi o Sistema Único
de Saúde – SUS, representando 72,2%. Dentre a evolução de diagnóstico,
o mais frequente foi o óbito, sendo 53,7% dos casos e a média de tempo
de permanência dos pacientes em TNE foi de 10,36 dias. Fez-se o teste de
correlação entre o uso de TNE em terapia intensiva e evolução para óbito
e encontrou-se uma correlação negativa. Conclusão: Percebe-se, assim,
que a prescrição de TNE no referido hospital é elevada e suas características foram acima descritas, mas que o seu uso não correlaciona-se com
a incidência de óbito nos pacientes usuários, o que corrobora a afirmativa
que o uso de TNE favorece o prognóstico.
P-074 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES EM UM HOSPITAL DE
URGÊNCIA DE ARACAJU-SE
TATIANA MARIA PALMEIRA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES);
CYNTHIA BARBOSA ALBUQUERQUE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); TAYS AREIDE DOS SANTOS ANDRADE (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MUNIK SAMARAH GOMEZ SOUZA (UNIVERSIDADE TIRADENTES);
ROXANNE MELO PEIXOTO (UNIVERSIDADE TIRADENTES)
Introdução: O estado de desnutrição é causa direta do maior tempo de
internação hospitalar, aumento do número de complicações infecciosas,
menor rotatividade dos leitos e maior custo por doente internado. Um
dos métodos de avaliação nutricional utilizado no meio hospitalar para
o diagnóstico desse é a antropometria. Objetivo: Avaliar o estado nutricional dos pacientes internados em um hospital de emergência, situado
em Aracaju/SE. Método: Trata-se de um estudo de corte transversal e
retrospectivo, cuja amostra foi composta por 76 pacientes, adultos e
idosos de ambos os sexos, internados num Hospital Público de Sergipe.
Os dados coletados foram obtidos durante o período de maio a julho de
2013. Para avaliar o estado nutricional foi utilizado o peso e altura para
calcular o índice de massa corporal (IMC), a circunferência do braço (CB) e
a prega cutânea tricipital (PCT) para cálculo da circunferência muscular do
braço (CMB) e da área muscular do braço corrigida (AMBc). Resultados:
Foram coletados dados de 76 pacientes, sendo 57 (75%) adultos e 19
(25%) idosos, 54 (71%) do sexo masculino e 22 (29%) do sexo feminino. A
avaliação do estado nutricional através do IMC, para os pacientes adultos
(OMS, 1998), demonstrou que 54% eram eutróficos, 23% estavam com
P-073 PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO
UNIVERSITÁRIO
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
51
Suplemento Nutrição Clínica/2013
sobrepeso e 13% desnutridos e segundo a classificação de IMC para idosos
(Lipschitz, 1994) 50% destes apresentavam baixo peso e 11% excesso.
Segundo a avaliação da PCT, 52% dos adultos foram classificados como
obesos e 24% como desnutridos, e 37% dos idosos como desnutridos
graves. Quanto a CMB, 78% dos adultos e 75% dos idosos possuíam
algum grau de desnutrição. Através da AMBc foi comprovado que 63%
dos adultos e 56% dos idosos eram desnutridos graves. Conclusão:
Baseado no que foi exposto, é possível verificar uma alta prevalência de
desnutrição principalmente entre os idosos. Vale ressaltar que o estado de
desnutrição acarreta em complicações clinicas, ocasionando diretamente
um maior tempo de internamento. Assim, o acompanhamento nutricional
e a interferência alimentar são de grande importância na recuperação
da saúde desses pacientes.
Introdução: A investigação adequada do estado nutricional de pacientes
hospitalizados está diretamente relacionada com a melhora na sua recuperação e com menor tempo de hospitalização. Para facilitar esse processo,
foi criada na área pediátrica uma Triagem Nutricional chamada Strong Kids.
Essa triagem é considerada completa pelo fato de contemplar: avaliação
subjetiva, investigação da doença apresentada, perda ou ganho ponderal
e a ingestão alimentar/nutricional. Avaliar o perfil nutricional das crianças
internadas em um hospital filantrópico do Município de São Paulo, durante
o mês de Fevereiro de 2013, por meio da aplicabilidade da ferramenta de
triagem nutricional pediátrica: Strong Kids. A pesquisa se caracteriza como
transversal, prospectiva, de caráter descritivo e quantitativo. Iniciou-se com
a visita nutricional nos pacientes internados nas últimas 24 horas, confirmando dados necessários para o preenchimento da ferramenta Strong Kids.
A seguir, definiu-se o estado nutricional das crianças a partir do percentil do
índice peso/idade e para os adolescentes, a partir do índice do IMC/idade.
Avaliando também a perda de peso desde admissão até alta hospitalar,
perda de peso por dia de internação. A classificação de perda de peso
durante a internação foi comparada com a classificação de porcentagem
de perda de peso de acordo com Blackburn. A amostra do estudo totalizou
74 indivíduos. Deste total, 69 eram crianças, sendo 35 do sexo masculino
e 34 do feminino; e 5 adolescentes, 2 do sexo masculino e 3 do feminino.
A média de idade da amostra foi de 47,13 meses. De acordo com o índice
de peso/idade nas crianças 91,3% apresentaram peso adequado para
idade. Em relação aos adolescentes, 60% apresentaram eutrofia. De acordo
com a classificação pelo Strong Kids, nas crianças, 62,31% apresentaram
Baixo Risco, 36,23% apresentaram Risco Moderado e apenas 1,44%, do
sexo feminino apresentou Risco Alto. Nos adolescentes 80% apresentaram
Baixo Risco e apenas 20% do sexo feminino, apresentou Risco Moderado.
As crianças que perderam peso durante a internação totalizaram 36,23%.
Enquanto que dentre os adolescentes, 80% tiveram perda de peso durante
a internação. A média de perda de peso por dia de internação foi de 1,41%
do peso. No entanto todos os pacientes avaliados mantiveram seu estado
nutricional. É de extrema importância a existência de uma ferramenta de
triagem nutricional na especialidade pediátrica que possibilite identificar
precocemente o risco ou a desnutrição já instaurada para a realização de
um plano nutricional adequado e individualizado.
P-075 AVALIAÇÃO DA GORDURA CORPORAL COMO FATOR DE RISCO
CARDIOVASCULAR EM FUNCIONÁRIOS DE UMA UNIVERSIDADE
PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE/PE
FABÍOLA KARINE ARRUDA XAVIER PONZI (UFPE); POLIANA COELHO
CABRAL (UFPE); NATHALIA FIDELIS LINS VIEIRA (UFPE); ANA MARIA
ACCIOLY BEZERRA DE MELO (); CATARINA VASCONCELOS DE MELO ();
LÍVIA AZEVEDO REGIS OLIVEIRA ()
Introdução: É sabido atualmente que a obesidade tem aumentado significativamente e, hoje, já está bem estabelecida a relação entre o excesso de
gordura corporal, principalmente aquela localizada na região abdominal, e
o desenvolvimento de complicações metabólicas e cardiovasculares. Desse
modo, para a prevenção dessas complicações, são necessários métodos
precisos e acessíveis para avaliar a gordura corporal. Objetivo: Analisar as
diferentes técnicas de avaliação da gordura corporal em adultos. Método:
Foi realizado estudo transversal com 268 funcionários de uma universidade
pública do Recife, com média de idade de 43 anos. Os participantes foram
submetidos à aferição do peso, altura, dobras cutâneas, circunferência da
cintura (CC) e percentual de gordura pela bioimpedância elétrica (GorBIA).
Aproximadamente 60% da amostra estudada apresentaram excesso de
peso, dentre os quais, cerca de 20% eram obesos. Também foi elevada
a prevalência de obesidade abdominal, 56,3% dos homens e 81,6% das
mulheres foram classificados na faixa de risco pela CC (p=0,0001) e mais
de 70,0% da amostra estudada foi classificada nessa categoria pela RCE.
Em relação a GorBIA, 28,9% das mulheres e 31,1% dos homens apresentaram percentual de gordura na faixa de risco (p=0,812). Esses percentuais
quando avaliados pelo somatório de dobras foi de 43,8% e 42,5% para
mulheres e homens, respectivamente (p=0,942). Os resultados mostraram
que houve moderada associação entre a GorBIA e o somatório das dobras,
assim como entre a GorBIA e a RCE e CC. Por outro lado, no estudo
comparativo entre a GorBIA x somatório de dobras verificou-se que, este
último identificou, no sexo feminino, percentuais bem mais elevados de
risco relacionados à obesidade. Conclusão:Os achados mostram que na
impossibilidade de utilizar a BIA, o somatório das dobras cutâneas pode
ser utilizado para avaliar o percentual da gordura corporal e devem ser
realizadas também medidas da CC e da RCE para analisar distribuição
corporal de gordura.
P-077 FIBROSE CISTICA - PERFIL NUTRICIONAL EM DOIS MOMENTOS
DE CRIANÇAS ACOMPANHADAS EM UM AMBULATÓRIO MULTIDISCIPLINAR DE CURITIBA/PR
MIRELLA NEVES ALMEIDA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA
CRUZ DOS SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); DENISE TIEMI
MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); BRUNA MANSUR LAGO
(HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL
PEQUENO PRÍNCIPE); KARIN KNABBEN DE SOUZA (HOSPITAL PEQUENO
PRÍNCIPE)
Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença hereditária autossômica recessiva que tem como as principais complicações: respiratória e
disfunção das glândulas exócrinas com comprometimento da completa
digestão dos alimentos. A desnutrição representa um desafio para as
equipes que acompanham esses pacientes, por ter um caráter multifatorial
e, em decorrência da progressão da doença, poder se manifestar como
déficit de crescimento, perda de peso, retardo da puberdade, deficiências nutricionais e comprometimento da função pulmonar. Foi realizado
estudo retrospectivo com dados de prontuários de pacientes atendidos
em ambulatório multidisciplinar de FC em Curitiba/PR após aprovação do
comitê de ética da instituição. Os dados foram coletados a partir de 80
prontuários, sendo excluídos aqueles que não tinham segunda avaliação
e aqueles maiores de 19 anos. Permaneceram no estudo 71 pacientes,
sendo 52,1% do sexo feminino e 47,9% masculino. Destes, 40,8% foram
identificados pela triagem neonatal e todos tiveram o diagnóstico confir-
P-076 AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS INTERNADAS EM UM HOSPITAL DE SÃO PAULO, SEGUNDO FERRAMENTA
STRONG KIDS
NATHALIA FERREIRA PINHO GAMA (CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO
CAMILO); MARIANE MARQUES (CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO);
VERA SILVIA FRAGELLA (CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO);
JULIANA ZANETTI MACHADO (HOSPITAL SÃO CAMILO ); STEFANIA YUMI
(HOSPITAL SÃO CAMILO ); MARISA RESENDE COUTINHO (HOSPITAL
SÃO CAMILO)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
52
Suplemento Nutrição Clínica/2013
mado através do teste do suor. A média de idade na 1ª consulta foi de
37 meses, sendo a maioria menores de 5 anos (76,1%). O tempo médio
de acompanhamento foi 48 meses. Na avaliação antropométrica da 1ª
consulta, 48 pacientes (67,6%) encontravam-se eutróficos, e destes 34
(70,8%) mantiveram esta condição na última avaliação. Dos pacientes
desnutridos (magreza e magreza acentuada – 22 pacientes: 30,98%) na
1ª avaliação, 68,1% apresentavam-se eutróficos na última avaliação.
Concluímos que pacientes acompanhados por suporte nutricional e por
equipe multidisciplinar em ambulatório especializado em FC apresentam
recuperação e melhora do estado nutricional.
Introdução: O cuidado nutricional deve ser realizado com planejamento
e de forma sistematizada, sendo necessária uma intervenção precoce
a fim de minimizar os distúrbios nutricionais, possibilitando um manejo
adequado de forma a auxiliar na recuperação do estado de saúde do
paciente.Objetivo: Objetivou-se elaborar e implantar um instrumento
para acompanhamento de avaliação e terapia nutricional de pacientes
internados na unidade de tratamento intensivo (UTI). Método: O estudo
foi dividido em três etapas - construção do instrumento, avaliação através
de um estudo piloto e implantação do mesmo. Resultados: A construção
do instrumento foi o primeiro passo. Neste foi realizado uma revisão
da literatura básica, abordando itens da avaliação nutricional como:
antropometria, exames bioquímicos e avaliação clínica. Para acompanhamento da terapia nutricional foram incluídos: via de administração,
tipo de fórmula, vazão, composição de macronutrientes e evolução
da dieta, todos baseados nas necessidades nutricionais do paciente.
No segundo momento, realizou-se um piloto que serviu de base para
ajustes do instrumento e a última etapa constou da implantação do
mesmo, já com as devidas modificações.Conclusão: Verificou-se que o
instrumento pode facilitar e direcionar o acompanhamento nutricional
e que serve de guia para a elaboração de condutas individualizadas
para os pacientes críticos.
P-078 APLICABILIDADE DA ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR
DO POLEGAR COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE
PACIENTES CANDIDATOS À CIRURGIA CARDÍACA.
NAYARA VARJÃO (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); JULIANA
TEIXEIRA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); LUCIANA
CATUNDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MONIQUE TAVARES
(CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); LÍVIA RIBEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); BIANCA SOUZA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE)
P-080 IMPLANTAÇÃO DE UM MANUAL DE INTERAÇÃO DROGA X
NUTRIENTE NA PRÁTICA NEONATAL E PEDIÁTRICA
Introdução: A desnutrição associa-se a complicações pós-operatórias,
tornando fundamental a identificação precoce dos pacientes em risco. A
Espessura do Músculo Adutor do Polegar (EMAP) consiste em um método
direto para avaliação do estado nutricional, dispensando o uso de fórmulas
estimativas de seu valor real. O músculo está fixado entre duas estruturas
ósseas, é plano e anatomicamente definido, permitindo uma adequada
avaliação de sua espessura. Objetivo: Avaliar a associação da EMAP com
medidas antropométricas e laboratoriais clássicas em pacientes candidatos
à cirurgia cardíaca e, consequentemente, sua eficiência como parâmetro
de avaliação nutricional. Método: Estudo transversal de caráter quantitativo, realizado com pacientes candidatos a cirurgias cardíacas. Eles foram
submetidos à avaliação nutricional por meio do índice de massa corporal,
circunferência do braço, circunferência da panturrilha, albumina sérica e
EMAP. Para a classificação do estado nutricional a partir desta última, foram
utilizados pontos de corte divididos por gênero e faixa etária. A análise
estatística dos dados utilizou o software SPSS versão 19. Foi realizado o
teste qui-quadrado para verificar a associação entre as variáveis categóricas.
O critério de significância foi ao nível de 5%. Resultados: A amostra foi
composta por 106 pacientes, dos quais 57% eram homens e 43% mulheres,
com uma média de idade de 58,01 ± 10,48 anos. A média da EMAP foi de
14,9 ± 4,64 mm, sendo 77% dos pacientes classificados como desnutridos
por esta medida. Foi encontrada uma associação da classificação do estado
nutricional através da EMAP com o índice de massa corpórea (p = 0,049),
bem como com a circunferência do braço (p = 0,004). Conclusão: Tendo
em vista a associação entre a classificação do estado nutricional por meio
da EMAP com medidas classicamente utilizadas, tal método pode ser considerado eficaz para a avaliação nutricional de pacientes no pré-operatório
de cirurgia cardíaca.
ANDRÉIA MINUTTI (HOSPITAL SANTA CATARINA); MÁRIO FALCÃO
(HOSPITAL SANTA CATARINA); CLAUDIA MATSUBA (HOSPITAL DO
CORAÇÃO); REGINA STIKAN (HOSPITAL SANTA CATARINA); TATIANA
CLEMENTE (HOSPITAL SANTA CATARINA); MÁRCIA SASAKI (HOSPITAL
SANTA CATARINA)
Introdução: A administração de medicamentos por sonda enteral em
Neonatologia e Pediatria vem se tornando mais frequente devido a
gravidade dos pacientes, mas não isenta de complicações. Assim se fez
necessário a elaboração de um Manual de Interação Droga x Nutriente
para auxilio da equipe multidisciplinar na prática segura de administração de medicamentos e nutrientes.Objetivo: Implantar um Manual
de Interação Droga x Nutriente na Prática Neonatal e Pediátrica pela
Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Pediátrica, visando consulta
segura e rápida à beira leito pela equipe multidisciplinar, minimizando
intercorrências com o dispositivo,segurança no atendimento ao paciente,
alcance do aporte calórico, diminuição do tempo de interação e custos,
além de preparar a equipe para as boas práticas de administração do
medicamento por via enteral. Método: 1° Levantamento dos principais
medicamentos administrados por sonda; 2° Revisão bibliográfica de 2001
a 2011 nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs e Micromedex dos
medicamentos e as possíveis interações com os nutrientes. 3° Redação
do Manual e apresentação à equipes que atuam no atendimento destas
Unidades. Resultados: Foram levantados de acordo com p perfil de uso
das Unidades Neonatal e Pediátrica os medicamentos mais utilizados
por via enteral e selecionados 40 dentre os grupos: anti-hipertensivos,
cardiotônicos, diuréticos, antibióticos, analgésicos, hormônios, anticonvulsivantes, inibidores da bomba de prótons, disponibilizado na forma
de manual onde consta o nome do fármaco, forma farmacêutica, via
de administração, mecanismo de ação e recomendações no cuidado
da administração dos mesmos, além das possíveis interações droga x
nutriente. Conclusão: A implantação de um Manual de Interação Droga
x Nutriente demonstrou ser ferramenta essencial no cuidado da equipe
multidisciplinar ao paciente pediátrico em terapia nutricional enteral,
proporcionando consulta rápida, sinalizando as possíveis interações
droga x nutriente e possibilitando ação direta para prevenção destes,
garantindo melhorias na assistência e segurança no atendimentos a
estes clientes.
P-079 PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE ACOMPANHAMENTO DE
AVALIAÇÃO E TERAPIA NUTRICIONAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
BRENDA LIMA DA SILVEIRA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR
ALBERTO ANTUNES); ALYNE DA COSTA ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITARIO
PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); JOÃO ARAÚJO BARROS NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); NINA THAIS GOMES DE CARVALHO
SANTIAGO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES);
PATRICIA BRAZIL PEREIRA COELHO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR
ALBERTO ANTUNES); THALITA SOUTO DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
53
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-081 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM UM GRUPO DE APOIO AO
PACIENTE OBESO MÓRBIDO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
ALAGOAS
específicos para as diferentes faixas etárias. O diagnóstico antropométrico
foi obtido mediante os indicadores peso/idade, índice de massa corpórea/
idade, estatura/idade, peso/estatura, considerando os pontos de corte
preconizados pela Organização Mundial de Saúde (2006). Para a triagem
nutricional foi utilizada a ferramenta STRONGkids. Resultados: Dos 42
pacientes que participaram do estudo, 20 (48%) foram classificados com
baixo risco nutricional, segundo a ferramenta STRONGkids, 21 (50%) com
risco nutricional moderado e 1 (2%) com alto risco nutricional. Quanto ao
diagnóstico antropométrico, 36 (86%) pacientes eram eutróficos, 5 (12%)
desnutridos e 1 (2%) apresentava déficit de crescimento. Dos pacientes
eutróficos, 18 (50%) foram classificados com baixo risco nutricional, 18
(50%) com risco moderado e nenhum com alto risco nutricional. Entre os
pacientes desnutridos, apenas 1 (20%) apresentava baixo risco nutricional,
enquanto que 3 (60%) foram classificados com risco moderado e 1 (20%)
com alto risco nutricional. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo
permitiram concluir que embora a maioria dos pacientes admitidos não
apresentasse alterações segundo os indicadores antropométricos, cerca
de metade dos pacientes triados apresentavam risco nutricional variando
entre moderado e grave. Considerando que a identificação precoce de
pacientes em condição de risco nutricional possibilita a intervenção em
tempo hábil e direciona o cuidado nutricional, a implantação da triagem
por meio do STRONGkids se constitui em um instrumento importante para
o benefício do paciente.
BRENDA LIMA DA SILVEIRA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR
ALBERTO ANTUNES); ALYNE DA COSTA ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); EMÍLIA MARIA WANDERLEY DE
GUSMÃO BARBOSA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO
ANTUNES); NINA THAIS GOMES DE CARVALHO SANTIAGO (HOSPITAL
UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); THALITA SOUTO DOS
SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES)
Objetivo: Descrever as atividades de educação nutricional realizada em
um Grupo de apoio ao Paciente Obeso Mórbido (GAPOM) de um Hospital
Universitário de Alagoas. Método: As atividades foram realizadas semanalmente ao longo do ano de 2013 com pacientes do pré-operatório
acompanhados pelo GAPOM. As atividades foram realizadas em duas
etapas: a primeira, por intermédio de exibição de recursos audiovisuais e
dinâmicas de grupo, sobre diversos temas como: diabetes, hipertensão e
dislipidemia. Na segunda etapa foram realizadas discussões sobre o papel
da nutrição nessas patologias. Após isso foram iniciadas rodas de conversa
onde os pacientes expuseram suas opiniões e tiraram suas dúvidas acerca
da alimentação nessas patologias. Resultados: As atividades abrangeram
48 pacientes, sendo 75 % do sexo feminino e 25% do sexo masculino. São
pacientes do pré-operatório incluídos no programa há cerca de 2 a 8 anos e
que relataram dificuldades em participar das reuniões rotineiramente devido
ao longo período de acompanhamento e falta de transporte, desistências
e retornos ao grupo e problemas de marcação de consultas com os vários
profissionais incluídos no programa. As principais dúvidas giraram em torno
de quais ingredientes podem ser usados para substituir o uso de açúcar, sal
e gorduras em geral, sobre a alimentação no pós-operatório, intolerâncias,
mitos e tabus que cercam a abordagem cirúrgica. Conclusão: Percebe-se
a importância de atividades de educação nutricional e acompanhamento
desses pacientes a longo prazo na perspectiva de que os conhecimentos
adquiridos possam ser úteis na escolha de hábitos de vida saudáveis
contribuindo na melhoria da qualidade de vida e sucesso do tratamento.
P-083 IMPLANTAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE EM EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR DE TERAPIA NUTRICIONAL
ANDREIA MINUTTI (HOSPITAL SANTA CATARINA); MÁRIO FALCÃO
(HOSPITAL SANTA CATARINA); REGINA STIKAN (HOSPITAL SANTA
CATARINA); ROSANA TUMAS (HOSPITAL SANTA CATARINA); RASMIE
GHAZZAOUI (HOSPITAL SANTA CATARINA); JORGE REZENDE (HOSPITAL
SANTA CATARINA)
Introdução: Os serviços de saúde públicos e privados estão passando por
mudanças, necessitando aperfeiçoar processos e aumentar a produtividade
que resultem em melhor atendimento, sendo a implantação de indicadores
de qualidade hospitalar importante arma para o aprimoramento de seus
processos.Objetivos: Descrever indicadores de qualidade hospitalar
implantados pela Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Pediátrica
em um hospital geral, privado, de nível terciário em São Paulo (Capital) e
os benefícios encontrados na assistência ao paciente. Método: Trabalho
desenvolvido em 4 etapas: 1° Análise dos 9 indicadores de qualidade
propostos pelo grupo; 2° Seleção e implantação dos 5 indicadores ( Índice
de perda de sonda para aporte nutricional, Índice de perda de acesso
venoso para aporte nutricional, Índice de dieta enteral infundido, Índice de
nutrição parenteral infundido, Índice de calorias prescritas) pela EMTN; 3°
Análise dos resultados encontrados e não conformidades que dificultavam
ao sucesso da terapêutica, com orientação e treinamento da equipe de
enfermagem e médica direcionadas as boas práticas de administração e
prescrição da terapia nutricional; 4° Análise dos resultados para a detecção
de melhorias propostas. Resultados: Foi observada pela equipe uma
grande dificuldade em atingir o aporte calórico necessário ao paciente,
devido à intercorrências relacionadas aos dispositivos e não conformidades
na assistência prestada. Após a orientação de toda a equipe envolvida no
processo, observamos melhorias dos processos através da sinalização dos
indicadores como: Índice de Calorias Prescritas, Índice de Dieta Enteral,
Índice de Nutrição Parenteral, Índice de Perda de acesso e Índice de Perda
de Sonda. Conclusão: A implantação e monitoramento dos indicadores de
qualidade demonstrou ser ferramenta essencial no cuidado ao paciente
em terapia nutricional, devendo sinalizar as não conformidades e possibilitar à Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional atuação direta na
prevenção destes, garantindo assim melhorias na assistência e segurança
no atendimento a estes clientes.
P-082 DIAGNÓSTICO ANTROPOMÉTRICO E TRIAGEM NUTRICIONAL
EM PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO DO
NORDESTE BRASILEIRO.
MARIA ZILDA NERY (UFRB); PATRICIA PINHEIRO SOUZA CAMPOS (IMIP);
MAYARA NOGUEIRA MOREIRA (IMIP); CLOTILDE ASSIS OLIVEIRA (UFRB);
CATIA REGINA BISPO DOS SANTOS E SANTOS (IMIP); CASSIA LORENA
CAVALCANTE SIMPLÍCIO DA SILVA (UFRB)
Introdução: Diante da elevada prevalência de desnutrição hospitalar, a
triagem nutricional tem sido recomendada nacional e internacionalmente,
para detecção do risco nutricional durante a hospitalização e que antecede
a avaliação nutricional. Assim, a identificação do risco nutricional dos
pacientes possibilita ao nutricionista uma intervenção nutricional precoce.
Objetivo: Comparar os resultados de uma triagem nutricional com os
resultados obtidos a partir da avaliação antropométrica realizada nos
pacientes admitidos em um hospital público do estado da Bahia. Método:
Estudo transversal, prospectivo, exploratório, realizado em um hospital
público do estado da Bahia, entre maio e junho de 2013. A amostra foi
obtida por conveniência e o critério de seleção permitiu incluir pacientes com
idade entre 1 mês e 18 anos incompletos. Foram excluídos deste estudo,
pacientes portadores de neuropatia, edema, amputação de membros, para
e tetraplegia, ou com diagnóstico clínico ainda não definido. Os pacientes
foram triados e as medidas antropométricas mensuradas conforme
protocolo instituído pelo Serviço de Nutrição. A avaliação antropométrica
compreendeu a mensuração do peso e estatura através de equipamentos
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
54
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-084 ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES NEFROPATAS ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO DE UM HOSPITAL
INFANTIL DE CURITIBA-PR: PERFIL EM DOIS MOMENTOS
medicação à base de inibidor de bomba de prótons. Aplicou-se o teste da
urease para verificação de presença ou ausência do microorganismo. A
coleta de dados dietéticos foi realizada através de 2 recordatórios alimentares de 24 horas. As medidas caseiras foram convertidas em gramas com
auxílio da tabela de Pinheiro et al. (2005). A análise da composição química
da dieta foi realizada utilizando o DietWin Profissional 2.0, especificamente
quantificando carboidrato, proteína, gordura, fibra, sódio e colesterol. A
análise estatística foi efetuada através do programa estatístico SPSS (Statistical Program of Social Science), versão 18.0. As variáveis categoriais foram
analisadas através do teste Qui-quadrado e as médias foram comparadas
através do teste t de Student, adotando-se p < 0,05 como nível de significância. Resultados: Dentre os 140 pacientes estudados, 101 (72,1%) eram
mulheres e 39 (27,9%) eram homens. Em relação à presença da bactéria
Helicobacter pylori, 78 (55,7%) eram negativos e 62 (44,3%) eram positivos. A idade média dos participantes foi 39,7 ± 12,0 anos, sendo 39,9
± 12,1 anos entre os pacientes Hp positivos e 39,6 ± 11,9 anos entre os
Hp negativos. As médias de ingestão em pacientes negativos e positivos,
respectivamente, foi 223,5g e 207,7g (p = 0,323) de carboidrato, 73,8g
e 69,5g (p = 0,307) de proteína, 47,4 e 49,5g (p = 0,855) de gordura,
13,9g e 12,8g (p = 0,352) de fibra, 2826,3mg e 2779,3mg (p = 0,545)
de sódio e 180,6 e 196,6mg (p = 0,879) de colesterol. Conclusão: Não
foram encontradas diferenças significativas nos itens dietéticos analisados.
São ainda necessárias pesquisas envolvendo amostras maiores, com a
investigação de marcadores antropométricos e análise qualitativa da dieta.
BRUNA MANSUR LAGO (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); DENISE TIEMI
MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); MIRELLA NEVES ALMEIDA
(HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA CRUZ DOS SANTOS
(HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL
PEQUENO PRÍNCIPE); KARIN KNABBEN DE SOUZA (HOSPITAL PEQUENO
PRÍNCIPE)
Introdução: A desnutrição acomete crianças com doença renal crônica,
podendo aumentar a morbimortalidade. Diagnosticá-la precocemente
possibilita intervenção. O estudo objetivou conhecer o perfil antropométrico
em 2 momentos de pacientes nefropatas acompanhados em Ambulatório
de Nutrição Clínica de um hospital pediátrico de Curitiba/PR. Foi realizado
um estudo longitudinal, aprovado pelo comitê de ética, com peso e estatura
de pacientes acompanhados no período de janeiro/2008 a junho/2013.
Os índices Peso/idade (P/I), Estatura/idade (E/I) e IMC/idade (IMC/I)
foram classificados conforme escore z da OMS. Para análise estatística de
associação entre as variáveis utilizou-se teste de QuiQuadrado (p<0,05).
Realizou-se 95 avaliações, 44 (46,3%) meninas e 51 (53,7%) meninos, com
média de idade de 84 ± 81 meses. O tempo médio de acompanhamento
foi de 12,1 meses (0-53 meses). A maior frequência de diagnóstico foi de
doença renal crônica (59 – 62,1%), seguido de bexiga neurogênica (16
-16,8%). Houve associação estatística entre tempo de acompanhamento
e o indice P/I (p=0,03), assim como com o índice E/I (p=0,04). Setenta
crianças (42,85%) tiveram medidas antropométricas aferidas na última
consulta e considerando-se alteração de peso, 36 (53,7%) mantiveram o
peso, 9 (13,4%) ganharam e 4 (6,0%) perderam peso durante o acompanhamento. Onze pacientes (15,7%) apresentaram melhora do escore-z
IMC/I. Dos 22 pacientes que utilizaram suplemento alimentar via oral, 5
melhoraram o índice E/I sem utilização do hormônio do crescimento, e
dos 10 que apresentaram subnutrição na ultima avaliação, 6 (60%) eram
maiores de 10 anos (p=0,01). Dos 36 pacientes acompanhados mais de
12 meses, 18 mantiveram-se eutróficos (50%), 3 (8,3%) mantiveram-se
desnutridos, 5 recuperaram estado nutricional (13,8%) e 3 permaneceram
com sobrepeso (8,3%). Pacientes com doença renal crônica devem iniciar
precocemente o acompanhamento nutricional para que o estado nutricional,
assim como o crescimento sejam mantidos.
P-086 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: PERFIL ANTROPOMÉTRICO EM DOIS MOMENTOS
BRUNA MANSUR LAGO (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); DENISE TIEMI
MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); MIRELLA NEVES ALMEIDA
(HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA CRUZ DOS SANTOS
(HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL
PEQUENO PRÍNCIPE); ANA PAULA FADONI (HOSPITAL PEQUENO
­PRÍNCIPE)
Introdução: Crianças hospitalizadas podem ter sua morbimortalidade
aumentada pela desnutrição. O estudo objetivou conhecer o perfil antropométrico de pacientes em terapia nutricional em hospital pediátrico de
Curitiba em dois momentos. Foi realizado um estudo longitudinal, aprovado
pelo comitê de ética, com peso e estatura de pacientes internados, acompanhados pelo Suporte Nutricional de janeiro a março/2012. Peso/idade,
Estatura/idade e IMC/idade foram classificados conforme escore z da OMS.
Para verificação da associação estatista entre as varáveis utilizou-se o teste
QuiQuadrado (p<0,05). Realizadas 60 avaliações, 27 (45%) meninas e 33
(55%) meninos, maioria (53/88,3%) assistida pelo SUS. O tempo médio de
internamento foi de 17,6 dias (4-116 dias). A maior frequência de diagnóstico foi de nefropatias (13 – 21,7%), seguido de doenças hematológicas
(10-16,7%) Não houve associação estatística entre período de internamento
e IMC/I, assim como com o índice E/I (p=0,14 e p=0,58 respectivamente).
27 crianças (45%) tiveram medidas antropométricas aferidas antes da alta
hospitalar e considerando-se alteração de peso a maioria (22/81,5%)
manteve peso, 4 (14,8%) ganharam e 1 (3,7%) perdeu peso durante o
internamento. 6 pacientes (22,2%) apresentaram melhora do indice IMC/I.
Dos 15 pacientes inicialmente eutróficos, 12 assim se mantiveram, e dos
10 que apresentaram subnutrição na primeira avaliação, 2 (20%) recuperaram o estado nutricional, 5 (50%) mantiveram e 3 (30%) melhoram
parcialmente. Dos 16 pacientes internados mais de 15 dias, 8 mantiveramse eutróficos (50%), 1 recuperou totalmente o estado nutricional (6,25%),
3 recuperaram parcialmente (18,75%) e 4 mantiveram-se subnutridos
(25%). Pacientes internados que recebem o suporte nutricional adequado
durante o internamento não sofrem alteração do seu estado nutricional
inicial. Já aqueles que apresentam algum tipo de déficit nutricional não
são prejudicados pelo internamento.
P-085 INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI: QUAL A REPERCUSSÃO
NA INGESTÃO ALIMENTAR?
NAYRANNE HIVINA CARVALHO TAVARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
CEARÁ); SARAH MARIA DE ARAUJO ALMEIDA (UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO CEARÁ); DAIANNE CRISTINA ROCHA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
CEARÁ); HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); ANTÔNIO AUGUSTO FERREIRA CARIOCA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); JOSÉ RUVER LIMA HERCULANO JÚNIOR
(HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA)
Introdução: A infecção pelo Helicobacter pylori (Hp) ocorre em todo o
mundo e acomete mais da metade da humanidade. Pesquisas apontam que
tal infecção pode influenciar a ingestão alimentar, porém apesar de alguns
estudos apontarem redução de ingestão, o tipo de influência ainda é tema
controverso. Objetivo: Investigar os efeitos da presença de Helicobacter
pylori sobre a ingestão alimentar. Método: Estudo do tipo transversal, de
abordagem quantitativa e comparativa. A amostra foi constituída por 140
pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde e que buscaram o Serviço
de Endoscopia de uma Instituição de referência para realização de endoscopia digestiva alta, no período de julho de 2012 a maio de 2013. Foram
excluídos: idosos, crianças, portadores de neoplasia gástrica e usuários de
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
55
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-088 CUIDADO NUTRICIONAL DO PACIENTE MUITO IDOSO
laboratoriais. A avaliação antropométrica foi realizada por um único investigador e a semiologia foi realizada no mesmo dia por duas avaliadoras
independentes, anteriormente à avaliação antropométrica, sem terem
conhecimento dos resultados uma das outras, assim como das avaliações
objetivas. Foram analisadas a sensibilidade (S) e a especificidade (E) do
exame físico, comparando-o com o diagnóstico nutricional obtido pelo
IMC, considerando uma alta validade com valores de S e E em torno
de 90%. O grau de concordância observado entre as examinadoras
no exame físico foi verificado por meio do teste Kappa, adotando-se:
kappa < 0,4 = concordância leve; 0,4-0,8 = concordância moderada;
0,8-1,0 = concordância forte; kappa = 1,0 = concordância perfeita.
Os dados foram analisados utilizando-se o software SPSS, versão 13.0.
Resultados: A casuística foi composta por pacientes com média de
idade 41,2 (± 10,7) anos, sendo 50% do sexo masculino. Os resultados
evidenciaram que 81,3% dos pacientes não apresentavam desnutrição
segundo o índice de massa corporal (IMC), já pela prega cutânea tricipital
100% se mostraram desnutridos. Pelo exame semiológico, mais de 50%
dos pacientes apresentaram ausência dos sinais físicos de desnutrição.
Revelou-se uma baixa sensibilidade da semiologia, utilizando o IMC como
padrão, apresentando boa especificidade (E>90%) para a musculatura
do quadríceps, panturrilha, adutora do polegar e fáceis de desnutrição
crônica. A reprodutibilidade interobservadores variou de leve a moderada,
sendo melhor para a musculatura do quadríceps por apresentar > valor
Kappa (0,77). Conclusão: A semiologia não foi uma boa ferramenta
para o diagnóstico de desnutrição, quando comparada ao IMC, sendo
um método de fácil aplicação e baixo custo, melhor utilizada quando por
observadores treinados.
FERNANDA RPDRIGUES ALVES (HOSPITAL SAMARITANO); MARISA CHICONELLI BAILER (HOSPITAL SAMARITANO); LARISSA LINS (HOSPITAL SAMARITANO); VANESSA BELLINI (HOSPITAL SAMARITANO)
Introdução: Os pacientes geriátricos acima de 80 anos, são os idosos
longevos ou “Muito Idosos”. Estes apresentam dificuldade de aceitação
alimentar devido às alterações fisiológicas como mudança de paladar,
salivação irregular, saciedade precoce, dificuldade para mastigação e
inapetência. Portanto é fundamental que este público tenha cuidados
especiais com a alimentação, visando favorecer a aceitação alimentar e
a manutenção ou melhora do estado nutricional. Objetivo: Apresentar
estratégias dietoterápicas e gastronomicas para intervenção nutricional
durante o período de internação, de forma efetiva e individualizada, a
fim de minimizar os efeitos negativos da hospitalização que impactam
diretamente no estado nutricional do idoso. Método: Para o desenvolvimento desta proposta avaliou-se as necessidades relatadas por esta
população em consultas nutricionais de rotina verificando a necessidade
de suplementação, adequação do tamanho das porções, aumento da
umidade dos alimentos, intensificação do sabor e inclusão de preparações caseiras como feijão e purê de batata. Resultados: O Serviço de
Nutrição e Gastronomia do Hospital Samaritano implantou o padrão
de dieta ‘’muito idoso’’. Este padrão é aplicado a dietas de consistência
pastosa ou leve, onde a refeição é ofertada em porções pequenas que
são mais harmônicas com o estado clínico dos pacientes que passam a
cursar com inapetência. A refeição é composta pelo prato base, principal
e guarnição, além da sopa. Também é servido feijão batido suplementado
com azeite, purê de batatas modulado com suplemento em pó especifico
para geriatria, purê de legumes batido com carne e molho gastronômico
para garantir mais umidade às preparações. São oferecidos realçadores de
sabor como glutamato monossódico, sal de ervas e azeite. A montagem
apresenta um padrão diferenciado com louças atrativas e as preparações
são porcionadas de forma a serem mais apetitosa ao paciente. Conclusão:
Com esta proposta o paciente muito idoso recebe uma refeição mais
adequada à situação fisiológica atual, com maior variedade e menores
porções, contudo com maior aporte nutricional resultante da suplementação. As refeições são acrescidas dos itens que podem intensificar o sabor
e ajudar na melhora da aceitação alimentar. O publico geriátrico merece
muita atenção nos cuidados com a alimentação e tratando dos idosos
longevos todas as estratégias nutricionais são de altíssima importância
para garantir o sucesso da intervenção dietoterápica.
P-090 ESTADO NUTRICIONAL E CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA
EM PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL (DII)
ATENDIDOS AMBULATORIALMENTE
ALINE DE FAVERI (ACADÊMICA DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI), SANTA CATARINA (SC).); CLARICE
MARIA SPECHT (ENFERMEIRA, MESTRE EM SAÚDE E GESTÃO DO TRABALHO
– UNIVALI, SC.); EVERSON FERNANDO MALLUTA (MÉDICO, DOUTOR EM
MEDICINA – USP, DOCENTE E PESQUISADOR DO CURSO DE MEDICINA DA
UNIVALI, SC.); BRUNO LORENZO SCOLARO (MÉDICO, MESTRE EM SAÚDE
E MEIO AMBIENTE – UNIVILLE, DOCENTE E PESQUISADOR DO CURSO
DE MEDICINA DA UN); CLAIZA BARRETTA (NUTRICIONISTA, MESTRE EM
CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS – UNIVALI, DOCENTE E PESQUISADORA DO
CURSO DE NUTRIÇ); CRISTINA HENSCHEL DE MATOS (NUTRICIONISTA,
MESTRE EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UFSC, DOCENTE E PESQUISADORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO )
P-089 REPRODUTIBILIDADE INTEROBSERVADORES DA SEMIOLOGIA
NUTRICIONAL E SENSIBILIDADE DO MÉTODO NO DIAGNÓSTICO DE
DESNUTRIÇÃO
Introdução: Doença Inflamatória Intestinal (DII) é a denominação dada
para um grupo de distúrbios inflamatórios crônicos que apresentam-se
como: a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI).
Pacientes com DII podem ter suas necessidades nutricionais aumentadas
como consequência da atividade inflamatória, e estão comumente associadas às carências nutricionais. Objetivo: Considerando que, boa parte dos
medicamentos empregados no tratamento das DII são depletores de ferro
e ácido fólico, este trabalho tem por objetivo avaliar o estado nutricional,
as concentrações de Hemoglobina (HB) sérica e principais medicações
empregadas no tratamento de pacientes atendidos pelo ambulatório de
DII em uma Unidade de Saúde Escola de Itajaí – SC. Método: O projeto
foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UNIVALI, sob o parecer
254.904. A coleta de dados foi realizada a partir dos registros de prontuários dos pacientes, entre junho e julho de 2013. Foram coletados dados
referentes a doença, aos sinais e sintomas, medicações utilizadas, exames
laboratoriais e antropometria. O estado nutricional foi avaliado a partir das
variáveis peso e estatura, utilizando-se o indicador Índice de Massa Corporal
(IMC) e classificações da Organização Mundial da Saúde (WHO, 1995).
SYDIA DARCILA OLIVEIRA MACHADO (PROCAPE); CRISTIANE MARIA
ARAÚJO TAVARES DE SÁ (PROCAPE); CLARISSA VITA ARRUDA (PROCAPE);
MARIA LYGIA BARROS (PROCAPE)
Introdução: A influência do estado nutricional (EN) sobre a evolução
clínica torna clara a importância do diagnóstico nutricional precoce
para permitir a correção da desnutrição e favorecer a recuperação do
paciente. O reconhecimento dos sintomas e sinais clínicos de alteração
do EN, através da semiologia nutricional, é de grande importância por
se tratar de prática simples e econômica. Objetivo: Verificar a sensibilidade da semiologia para o diagnóstico de desnutrição e confrontar
o diagnóstico nutricional obtido pela semiologia sob a ótica de duas
avaliadoras independentes. Método: Estudo transversal com 80 adultos
internados de março a setembro de 2011, em hospital universitário
cardiológico. Foi aplicado protocolo de avaliação do EN composto por
dados de identificação, antropométricos, de semiologia nutricional e
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
56
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Resultados: Foram avaliados 52 pacientes, destes 57,7% apresentavam DC
e 42,3% RCUI, possuíam idade entre 18 e 71 anos, e o tempo de diagnóstico
da doença variou de 3 meses a 27 anos. O hábito evacuatório variou de 1
à 15 vezes ao dia, tendo como média 3,6 ± 2,6 vezes. Quanto aos sinais
e sintomas avaliados, 48% apresentavam dor abdominal, 42,3% diarreia
e 21,1% hematoquezia. O diagnóstico nutricional revelou que 9,6% dos
indivíduos foram classificados com baixo peso, 38,5% eutróficos, 36,5%
com sobrepeso e 15,4% com obesidade. A concentração sérica de HB dos
pacientes variou de 10,1 a 16,9mg/dl, tendo média de 12,7mg/dl. Das
medicações utilizadas para o tratamento das DII, a mais comum são os
aminossalicilatos, sendo a mesalazina utilizada por 55,8% dos avaliados,
sulfassalazina 21,1%, seguidos dos imunossupressores azatioprina em
26,9% dos pacientes e metotrexato 5,8%. A classe de medicamentos biológicos (Infleximab e Adalimumabe) foi empregado em 19,2% dos pacientes,
e os corticosteroides foram utilizados por 5,8%. Conclusão: Conclui-se que,
apesar das DII e o uso de medicamentos possam comprometer a absorção
de ferro e ácido fólico, a concentração média de HB encontrava-se dentro
da normailidade. Ressalta-se a importância da presença do nutricionista
na equipe multidisciplinar para tratamento das DII. Projeto financiado pelo
artigo 170/Governo de Santa Catarina.
Introdução: A nutrição é essencial para promover e manter a saúde. As
alterações do estado nutricional contribuem para o aumento da morbimortalidade. Dentre várias formas de caracterizar o estado nutricional de
pacientes hospitalizados, destacam-se: Avaliação Subjetiva Global (ASG) e
Mini Avaliação Nutricional (MAN). Objetivo: Caracterizar o estado nutricional dos pacientes adultos e idosos hospitalizados no Hospital de Urgência
do Nordeste, segundo a ASG ou MAN. Método: Fizeram parte do estudo
76 pacientes, sendo 57(75%) adultos e 19(25%) idosos. Foi aplicado a ASG
ou MAN entre 03 de junho e 11 de julho de 2013. A ASG avalia a perda
ponderal, depleção de tecido adiposo e muscular, mudanças na ingestão
alimentar habitual e capacidade funcional. Enquanto a MAN é utilizada
em pacientes idosos para identificar se estão com risco de desnutrição ou
já desnutridos. Apresenta perguntas relacionadas com a ingesta alimentar,
perda ponderal anterior a internação, estresse e mudanças neuropsicológicas. Resultados: De acordo com os resultados da ASG, 61,40% (35)
dos pacientes adultos encontram-se nutridos, 33,33% (19) moderadamente
desnutridos e 5,26% (3) gravemente desnutridos. Já os resultados obtidos
através da MAN indicam que 21,05% (4) dos pacientes idosos estão em
estado normal, 42,1% (8) com risco de desnutrição e 36,84% (7) desnutridos.
Conclusão: Diante desses dados observamos a importância de avaliar o
estado nutricional dos pacientes hospitalizados, visto que a prevalência de
desnutrição é elevada nesses pacientes. Sendo assim a utilização da ASG e
MAN são imprescindíveis para uma intervenção precoce, que por sua vez
repercute na qualidade de vida desses pacientes.
P-091 PREVALÊNCIA DE CONSTIPAÇÃO E FATORES ASSOCIADOS EM
INDIVÍDUOS ATENDIDOS AMBULATORIALMENTE
DANIELLA WANDERLEY DE CERQUEIRA (IMIP); FABRÍCIA MICHELLINE
QUEIROZ DE HOLANDA PADILHA (IMIP); POLIANA COELHO CABRAL
(UFPE)
P-093 PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À CONSTIPAÇÃO
INTESTINAL EM FUNCIONÁRIAS DO SETOR ADMINISTRATIVO DE UMA
UNIVERSIDADE FUNDACIONAL DE SANTA CATARINA
Introdução: A constipação intestinal (CI) é uma síndrome de caráter
polissintomática e de etiologia multifatorial, sendo a queixa digestiva mais
comum na população. Os hábitos modernos, fatores psicossociais, estilo
de vida, sedentarismo têm sido associados à sua maior ocorrência. Devido
à sua elevada prevalência nos últimos anos vem sendo considerada um
problema de saúde pública, além de ser um sintoma inicial de doenças
graves, como o câncer colorretal e acarretar disfunções do assoalho pélvico.
Objetivos: Estimar a prevalência de CI em pacientes atendidos ambulatorialmente e a sua associação com outras variáveis. Método: Estudo com
484 pacientes atendidos em ambulatório geral de nutrição de um hospital
filantrópico de Recife, Pernambuco, entre junho de 2011 e dezembro de
2012, com indivíduos maiores de 19 anos, de ambos os sexos. As variáveis
estudadas foram: escolaridade, idade, atividade física, estado nutricional
e morbidade. Para definição da CI, foram utilizados os critérios de Roma.
Para a análise estatística dos dados sóciodemográficos, clínicos e prática
de atividade física foi utilizado o teste Qui-quadrado. Resultados: A CI
esteve presente em 16,7% dos indivíduos, sendo significativamente maior
no sexo feminino (20,7%) que no masculino (8,1%) (p=0,0015). Não houve
associação significativa entre escolaridade (p=0,8479), idade (0,4374),
atividade física (p= 0,9600), estado nutricional (p=0,9875), morbidade e
CI. Conclusões: A prevalência de CI encontrada é similar ao que observado
em outros estudos, assim como a predisposição do sexo feminino a essa
alteração no hábito gastrointestinal. Descritores: Constipação intestinal;
prevalência; fatores associados.
ALINE DE FAVERI (ACADÊMICA DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ/UNIVALI, SANTA CATARINA (SC)); ANA LUIZA
PFÜTZENREUTER NUNES (NUTRICIONISTA, GRADUADA PELA UNIVALI);
VANESSA WOYCICKOSKI BEBBER (NUTRICIONISTA, GRADUADA PELA
UNIVALI); CLAIZA BARRETTA (NUTRICIONISTA, MESTRE EM CIÊNCIAS
FARMACÊUTICAS/UNIVALI, DOCENTE E PESQUISADORA DO CURSO DE
NUTRIÇÃO); CRISTINA HENSCHEL DE MATOS (NUTRICIONISTA, MESTRE
EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO-UFSC, DOCENTE E PESQUISADORA DO
CURSO DE NUTRIÇÃO DA)
Introdução: A constipação intestinal representa uma queixa comum em
consultórios médicos, sendo um dos principais problemas da população
dos países ocidentais. É mais prevalente em mulheres, decorrentede hábitos
alimentares impróprios, sedentarismo, inibição do reflexo de evacuação e
outros costumes comportamentais. Objetivo: O presente estudo avaliou
a prevalência e fatores associados à constipação intestinal em funcionárias administrativas de uma Universidade Fundacional. Método: Para a
determinação da amostra foi considerado o limite superior da maior prevalência de constipação estimada para a população ocidental que é de 28%,
estabelecendo-se nível de confiança de 95% e erro de 5%, obtendo-se o
valor representativo de 137 funcionárias. A coleta de dados foi realizada por
meio de questionário fechado com dados de identificação, hábitos de vida
e intestinais, avaliação do consumo alimentar (inquérito alimentar de 1 dia)
e verificação de medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência
da cintura), avaliadas segundo os critérios estabelecidos pela OMS (2004).
O diagnóstico da constipação foi realizado a partir de um questionário
fechado, adaptado de Del Ciampo et al. (2002), que abordava sinais maiores
e menores para o risco de constipação intestinal. Os dados foram analisados
pelo programa STATISTICA®, as variáveis categóricas foram testadas através
do teste do Coeficiente de Contingência ajustado de Pearson (C*) (OGLIARI;
PACHECO, 2004). Resultados: Pôde-se constatar que 44% (n=60) da população apresentava características da constipação intestinal. Este resultado
pode ser em decorrência de hábitos alimentares impróprios, principalmente
o baixo consumo de fibras das funcionárias (93%; n=128), o baixo consumo
P-092 ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS NA ENFERMARIA DE UM HOSPITAL DE URGÊNCIA DO NORDESTE SEGUNDO A
AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL
TATIANA MARIA PALMEIRA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES);
CYNTHIA BARBOSA ALBUQUERQUE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MARIA JAQUELINE ALMEIDA RODRIGUES (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MUNIK SAMARAH GOMEZ SOUZA (UNIVERSIDADE TIRADENTES);
LORRAYNE ZOGAIB MARDONES (UNIVERSIDADE TIRADENTES); SAMUEL
BENSON ALVES PASSOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
hídrico (46%;n=63), e inatividade física (62%;n=85), embora não se tenha
encontrado associação entre estas variáveis. Quanto ao estado nutricional,
prevaleceu a eutrofia em71% (n=97) da população eausência de risco de
doenças metabólicas associada à obesidade em 78% (n=104). Conclusão:
Diante do exposto, constatou-se que a o percentual de mulheresque apresentavam características de constipação intestinal foi bem maior que a média
da população ocidental. Associado a isso, foi observado que a maior parte
das funcionárias consumia quantidades insuficientes de fibras e água, e não
praticavam exercícios físicos. Acredita-se que a modificação destes fatores
podem ser determinantes para o tratamento e prevenção da constipação
intestinal, melhorando a saúde destas mulheres. Projeto financiado pelo
artigo 170/Governo de Santa Catarina.
Introdução : A hiperglicemia é um conhecido fator de risco para mortalidade em pacientes criticamente enfermos. A maioria destes pacientes
recebem alimentação enteral. Há controvérsias sobre a composição
ideal de carboidratos das dietas oferecidas. O objetivo deste estudo foi
comparar duas fórmulas enterais com a mesma proporção de carboidratos com e sem frutose nos níveis de glicose no sangue. Método: Vinte
e cinco adultos diabéticos e não diabéticos, internados em UTI ( unidade
de Terapia Intensiva) com glicemia capilar (HGT)> 180 mg / dL foram
incluídos no estudo randomizado, duplo-cego com “crossover”. Pacientes
que não estivessem com a oferta alimentar plena via enteral ou estivessem
hemodinâmica instáveis, não foram incluídos. Os pacientes elegíveis foram
alocados aleatoriamente para receber uma fórmula enteral de baixo teor
de carboidrato com e sem frutose e foram seguidos por dois dias em cada
dieta. As fórmulas entéricas foram administradas continuamente, sem
interrupção, por meio de bomba de infusão. Valores da glicemia capilar
(HGT) foram medidos no intervalo de 4 horas usando Accu-Chek Advantage
®. Duas análises de variância foram utilizadas para comparar a variação
de glicose de cada dieta controlada por: utilização de glucocorticóides, a
insulina e a administração IV de perfusão de glucose a 5%. Resultados:
A idade média (DP) foi 77,0 (9,8) anos, e o IMC foi de 25,0 (5,8) kg/m2.
Um total de 12 pacientes (48%) morreram. Não foi observada diferença
significativa nos valores absolutos de HGT entre os dois tipos de dieta ao
longo dos dois dias de seguimento (efeito da interação, p = 0,330). No
entanto, a magnitude da variação da glicose foi mais elevada nos doentes
que receberam fórmula entérica sem frutose: 2,9 (8,9) mg/dl vs 9,22 (15,8),
p = 0,028. Conclusão: A dieta enteral sem frutose foi associada com uma
menor variação dos valores de glicose e pode ser útil na obtenção de um
melhor controle glicêmico em pacientes criticamente enfermos.
P-094 ELEVADO CONSUMO DE SÓDIO, COLESTEROL E GORDURA
SATURADA POR PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO UNIVERSITÁRIO EM
ARACAJU/SE
CYNTHIA BARBOSA ALBUQUERQUE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE
TIRADENTES); TATIANA MARIA PALMEIRA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE
TIRADENTES); TAYS AREIDE DOS SANTOS ANDRADE (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MUNIK SAMARAH GOMEZ SOUZA (UNIVERSIDADE TIRADENTES);
JEORGEANY DIAS DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); ROSÂNGELA CRISTIANE DE OLIVEIRA ROCHA (UNIVERSIDADE TIRADENTES)
Introdução: A prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)
apresenta, na atualidade, um crescente aumento, principalmente devido
a rápidas mudanças no estilo de vida e na dieta, sendo esta um dos
principais fatores determinantes passíveis de modificação para DCNT.
Objetivo: Identificar os pacientes portadores de doenças crônicas não
transmissíveis e correlacionar com o elevado consumo de sódio, colesterol
e gordura saturada através do recordatório 24 horas. Método: Trata-se de
um estudo transversal e retrospectivo, composto por 76 pacientes, adultos
(93%) e idosos (7%), com idade média de 35,1 ± 12,4 anos. Foram utilizados os dados pessoais, clínicos e nutricionais disponíveis nos protocolo
de atendimento. Para estimar o consumo dietético foi empregado como
inquérito alimentar o Recordatório Alimentar de 24h e posteriormente os
dados obtidos foram analisados utilizando o software comercial Avanutri®.
Resultados: A amostra foi composta por 84% (n= 64) de indivíduos do
sexo feminino e 16% (n= 12), do sexo masculino. Dos pacientes atendidos,
79% possuíam sobrepeso/obesidade, 58% hipertensão arterial sistêmica,
sendo que destes, 16% também eram portadores de diabetes mellitus DM
tipo 2, 10% eram portadores de outras patologias e 16 % não apresentava
nenhuma patologia. No que tange a ingestão de Sódio, colesterol e gordura
saturada foi possível identificar um consumo inadequado onde: 55% dos
pacientes consumiam quantidades excessivas de Sódio, 66% de colesterol
e 68% de gordura saturada acima dos valores preconizados pelas diretrizes
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Conclusão: Neste contexto, foi
possível apontar uma elevada correlação entre a prevalência de portadores
de doenças crônicas não transmissíveis com hábitos alimentares errôneos.
Corroborando estudos epidemiológicos que têm comprovado a forte e
comum associação que as principais DCNT mantêm com a dieta.
P-096 QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E RELAÇÃO
ENTRE FORMA DE INFUSÃO DAS DIETAS
ALINE LOSCHI DE OLIVEIRA BRANDÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS); MÁRCIA MAIA SATHLER (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS); ALESSANDRA ALEXANDRINO DINIZ (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MINAS GERAIS); ANA MARIA DOS SANTOS RODRIGUES (HOSPITAL
PÚBLICO REGIONAL DE BETIM); SIMONE VASCONCELOS GENEROSO
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); EDUARDO PAULO COELHO
ROCHA JÚNIOR (HOSPITAL RISOLETA TORENTINO NEVES)
Introdução: A nutrição enteral (NE) é opção terapêutica para garantir
a oferta nutricional adequada em pacientes hospitalizados. Estudos têm
demonstrado discordância entre recomendação nutricional, volume prescrito e volume infundido de NE. Além disso, não há consenso se a forma de
infusão da NE interfere na prevalência de intercorrências gastrointestinais
e adequação nutricional. Objetivo: Avaliar a adequação entre o volume
prescrito e infundido de dietas enterais contínuas e intermitentes assim
como a incidência de intercorrências gastrointestinais.Método: Estudo
prospectivo e observacional que avaliou pacientes internados na enfermaria
de clínica médica de um hospital de ensino de Belo Horizonte, MG, durante
10 meses. Indivíduos adultos, de ambos os sexos, egressos do centro de
terapia intensiva em uso exclusivo de nutrição enteral (NE), sistema fechado
foram incluídos na amostra. Foram excluídos pacientes diabéticos, estomizados, em uso de agentes laxativos ou constipantes, ou que não atingiram
o objetivo calórico prescrito. Os pacientes foram divididos aleatoriamente
em dois grupos: infusão contínua (administração em bomba de infusão:
20 horas/ d) e infusão intermitente (5 refeições/ d, administração em 2
horas, seguida de descanso intestinal de 2 horas). Foi realizado controle
diário dos volumes prescrito e infundido da NE e verificada a presença de
intercorrências gastrointestinais passiveis de comprovação. Resultados:
Participaram do estudo 36 pacientes, idade de 62,9 ± 25,1 anos. O
tempo de utilização de NE foi 12,9 ± 9,5 dias, sendo o mínimo de 2 dias
e máximo de 40 dias. O percentual de adequação entre volume prescrito
P-095 ÍNDICE DE VARIAÇÃO GLICÊMICA DURANTE INFUSÃO DE
FÓRMULA ENTERAL COM BAIXO TEOR DE CARBOIDRATOS COM E SEM
FRUTOSE EM PACIENTES CRÍTICOS: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO “CROSSOVER”
MAGALI CRISTINI KUMBIER (HOSPITAL MOINHOS DE VENTO); JORGE
LUIS GROSS (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE); JOSÉ VICENTE
SPOLIDORO (HOSPITAL MOINHOS DE VENTO); AMANDA RIMOLO
(HOSPITAL MOINHOS DE VENTO); ANA LIA BARRETO (HOSPITAL MOINHOS
DE VENTO)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
e volume infundido foi de 100,1 ± 20,5%, porém sem diferença entre o
tipo de infusão intermitente e contínuo (95,3 ± 23,0% vs. 105,1 ± 17,0%,
respectivamente). Dentre as complicações, ocorreu maior prevalência de
diarreia (36,6%), seguida por estase (7,3%) e vômito (4,9%). A prevalência
de tais complicações foi influenciada pela idade (p< 0,041), mas não pelo
tipo de infusão (p> 0,05). Conclusão: A assistência nutricional realizada
aos pacientes em terapia nutricional enteral independente da forma de
administração está dentro dos padrões de qualidade recomendados.
de estudo transversal, de amostragem por conveniência, composta por
39 pacientes, com idade maior igual a 18 anos, de ambos os gêneros,
submetidos à cirurgia bariátrica e assistidos pelo Sistema Único de Saúde,
em nível ambulatorial, em um Hospital Universitário. Foram selecionados para participar do estudo todos os pacientes que apresentavam,
pelo menos, 2 meses de pós-operatório em cirurgia bariátrica.O estudo
confrontou as porções ingeridas pelos pacientes, obtidas pela média de,
pelo menos, 2 Recordatórios de 24h em consultas consecutivas, com as
porções recomendadas pela pirâmide alimentar proposta para pacientes
em pós-operatório de cirurgia bariátrica. Foram coletadas informações
referentes a identificação pessoal, gênero, idade, tempo de acompanhamento nutricional e de pós-operatório, estilo de vida, hábitos alimentares
e estado nutricional do paciente. Para a avaliação do estado nutricional
foram realizadas medidas antropométricas (peso e estatura), conforme a
padronização de Lohman et al. (1988).O estado nutricional dos pacientes
no pós-operatório esteve, distribuído desde a eutrofia até a obesidade
grau III. O tempo médio de assistência no pré-operatório foi 38,89 meses.
Houve inadequação no consumo de alimentos do grupo das carnes, ovos,
leite e derivados e leguminosas e do grupo das hortaliças e óleo vegetal
e alimentos com alto teor de gorduras e açucares. Em contrapartida,
houve adequação para o grupo das frutas e grupo dos cereais, raízes
e tubérculos. É fundamental a construção do conhecimento do padrão
alimentar desta população em longo prazo, para orientação e prevenção
de carências nutricionais.
P-097 PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS ATENDIDOS EM UM
HOSPITAL PRIVADO DO RECIFE
KALINE SCHRÖDER (RECIFE - PE); LIVIA AZEVEDO REGIS OLIVEIRA (RECIFE
- PE); SUZIANE DUTRA DE ALCANTARA SANTOS (RECIFE - PE); FABIOLA
KARINE ARRUDA XAVIER PONZI (RECIFE - PE); RAFAELLA BRANCO PIRES
(RECIFE - PE); DANIELA FARIAS TEIXEIRA DE BARROS (RECIFE - PE)
Introdução: O impacto do estado nutricional na condição física e emocional
é especialmente alto nos idosos. Além disso, pessoas idosas têm maior risco
de deficiência nutricional que adultos e jovens, merecendo maior atenção
na identificação e tratamento precoce desta. Objetivos: O presente estudo
teve como objetivo avaliar o estado nutricional dos idosos hospitalizados em
um hospital privado da cidade de Recife-PE. A coleta de dados foi realizada
durante os meses de Janeiro a Abril de 2013. Método: o estudo caracterizouse como transversal, sendo a amostra constituída por 130 pacientes idosos
(60 a 97 anos) das unidades de internação e a classificação de acordo com
o motivo de internação procedeu-se em: crônicos, cirúrgicos, infecciosos,
outros. Foram avaliados os parâmetros antropométricos peso e estatura
através da coleta por meio de registro prévio em programa informatizado
(prontuário eletrônico do hospital). Para analise dos dados foram utilizados
os programas Bioestat® 5.0 e Microsoft® Office Excel versão 2010. Os dados
foram inseridos em planilha do Excel com iniciais do nome, idade, peso,
estatura, índice de massa corpórea (IMC) e classificação do estado nutricional.
Utilizou-se para avaliação do estado nutricional o IMC, com classificação
proposta por Lipschitz (1994). Resultados: Os resultados obtidos foram
submetidos à analise descritiva e expressos em porcentagem relativa aos
valores válidos. Dos 130 idosos avaliados, 46,1% eram do sexo masculino
e 53,9% do sexo feminino. Em relação a classificação do estado nutricional
pelo IMC, 33,1% apresentavam desnutrição, 36,9% eutrofia e 30% excesso
de peso. Não houve diferença significativa entre os sexos. A idade média
foi de 77,4 anos. Observou-se que acima dos 75 anos ocorre aumento do
número de idosos com desnutrição e diminuição do número de eutróficos e
obesos. Conclusão: Visto o risco de priora no estado nutricional, sugere-se
que a avaliação nutricional de pacientes idosos seja realizada rotineiramente
na prática clínica, uma vez que esses indivíduos representam uma população
vulnerável a distúrbios nutricionais. Percebe-se ainda a necessidade de
intervenções incentivando hábitos alimentares saudáveis e utilização quando
necessário de suplementos, a fim de reverter o quadro de risco.
P-099 MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: UMA FERRAMENTO UTILIZADA EM IDOSOS PARA DETECÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL EM UM
HOSPITAL PRIVADO DO RECIFE – PE
LIVIA AZEVEDO REGIS OLIVEIRA (RECIFE - PE); KALINE SCHRÖDER (RECIFE
- PE); SUZIANE DUTRA DE ALCANTARA SANTOS (RECIFE - PE); FABIOLA
KARINE ARRUDA XAVIER PONZI (RECIFE - PE); SILENE ALVES PEREIRA
(RECIFE - PE); ELIZABETH BARBOSA RIVERA (RECIFE - PE)
Introdução: A desnutrição é um considerável precedente de patologias
e mortes em idosos, pois é um fator que prolonga o tempo de permanência em hospitais, impondo enormes gastos para os serviços de saúde.
Além disso, pessoas idosas têm maior risco de deficiência nutricional que
adultos e jovens, merecendo maior atenção na identificação e tratamento
precoce desta. Objetivos: Avaliar o risco nutricional e a aplicabilidade de
instrumento de triagem em idosos hospitalizados em um hospital privado
do Recife-Pe. Método: Foi realizado um estudo do tipo transversal, com
avaliação de 130 idosos, de ambos os sexos com idade superior ou igual
a 60 anos, internados de Janeiro a Abril de 2013. Para avaliação do risco
nutricional foi utilizado o questionário MAN – Mini Avaliação Nutricional
traduzida, sendo esta a versão do método Short-form Mini Nutricional
Assessment (Guigoz, 2006). A avaliação antropométrica foi realizada pelo
Índice de Massa Corpórea (IMC). Utilizou-se os pontos de corte propostos
por Lipschitz (1994). A idade, gênero e motivo de internação foram obtidos
através do sistema de prontuário eletrônico do hospital. Resultados: Em
relação ao sexo, observou-se que 46,1% da amostra era do sexo masculino.
Verificou-se pela MAN que: 33% da amostra encontravam-se eutrófica,
28,5% em risco para desnutrição e 38,5% com desnutrição. Conforme
avaliado, houve associação do estado nutricional com a faixa etária (mais
desnutrição na faixa acima de 70 anos e mais eutrofia nos menores de
69 anos). Com a classificação do IMC foi verificado que 33,1% estavam
desnutridos, 36,9% eutróficos e 30% apresentavam excesso de peso.
Conclusão: Através da utilização da MAN, observamos uma alta prevalência de desnutrição e risco de desnutrição (77%) nos idosos hospitalizados
pesquisados. A identificação precoce dos desvios do estado nutricional,
por esta ferramenta, possibilita ao profissional nutricionista a realização
pró-ativa de uma avaliação nutricional completa e de uma consequente
intervenção nutricional efetiva.
P-098 CONSUMO ALIMENTAR CONFORME PIRÂMIDE PROPOSTA PARA
PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
FABIANA MELO SOARES (UFS); EPIFÂNIO FEITOSA DA SILVA NETO (UFS);
CAROLINE TRINDADE SILVA (UFS); THAMIRES FERNANDA SILVA VASCONCELOS (UFS); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO- UFS); KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA (UFS)
Introdução: O sucesso no tratamento cirúrgico da obesidade com
promoção de perda ponderal satisfatória e manutenção da saúde requer
um acompanhamento nutricional direcionado para as necessidades do
paciente.O objetivo deste estudo foi avaliar a adequação da frequência do
consumo de alimentar de acordo com pirâmide alimentar para pacientes
no pós operatório tardio da cirurgia bariátrica, com adaptações. Tratou-se
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-100 USO DA MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL COMO INSTRUMENTO DE TRIAGEM NUTRICIONAL EM IDOSOS HOSPITALIZADOS
Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado em duas unidades
de terapia intensiva, UTI neurológica e UTI geral,de um hospital privado na
cidade de Salvador-Ba, no período de março a julho de 2013. Foram acompanhados, durante os 04 meses, todos os pacientes submetidos a TNE,
que estavam internados em tais unidades, sendo coletadas informações
referentes a sexo, faixa etária, diagnóstico clínico, vias de administração
da dieta enteral e complicações gastrintestinais (diarreia, êmese, resíduo
gástrico elevado e distensão abdominal). Para o rastreamento nutricional
foi utilizado o NRS-2002, recomendado pela ESPEN. Resultados: Foram
acompanhados um total de 63 pacientes, sendo a maioria pertencente a
faixa etária idosa (71,4%) e ao sexo feminino (55,5%). Com relação ao
diagnóstico clínico, 41,3% foi admitido por doença neurológica, 34,9%
por doenças infecciosas seguido de outras patologias (23,8%). A principal
via de administração da dieta era a sonda nasoenteral (89%). Segundo o
NRS-2002 a maioria dos pacientes estava em risco nutricional (68,2%). Ao
analisar as alterações gastrintestinais que podem influenciar diretamente na
introdução/evolução da TNE constatou-se que 65% dos pacientes avaliados
não apresentaram complicações gastrintestinais. Um percentual elevado
41,0% apresentou 02 ou mais complicações, seguido de diarreia (31,8%),
resíduo gástrico elevado (13,6%), distensão abdominal (9,1%) e êmese
(4,5%).Conclusão: Com base nos resultados analisados, evidenciou-se que
o perfil do paciente crítico estudado teve como base a doença neurológica
e a dietoterapia possui caráter relevante para a remissão de sintomas e/ou
melhora do quadro clínico. Associando que a maioria dos pacientes estava
com risco nutricional e não apresentaram complicações gastrointestinais,
que favorecem ao comprometimento do estado nutricional, devemos
concluir que não houve agravamento do estado nutricional motivado pelas
alterações do trato gastrointestinal.
SUZIANE DUTRA DE ALCANTARA SANTOS (RECIFE - PE); FABIOLA KARINE
ARRUDA XAVIER PONZI (RECIFE - PE); KALINE SCHRÖDER (RECIFE - PE);
LIVIA AZEVEDO REGIS OLIVEIRA (RECIFE - PE); ELIZABETH BARBOSA RIVERA
(RECIFE - PE); RAFAELLA BRANCO PIRES (RECIFE - PE)
Introdução: O impacto do estado nutricional na condição física e
emocional é especialmente alto nos idosos. A desnutrição energéticoprotéica é uma das maiores causas de morbidade e mortalidade entre
idosos hospitalizados e é associada a aumento nas complicações e no
tempo de permanência hospitalar. Objetivos: Avaliar o risco nutricional
em idosos hospitalizados através da Mini Avaliação Nutricional (MAN)
revisada e elaborar uma proposta de intervenção nutricional. Método:
Estudo do tipo transversal, realizado com 130 pacientes idosos, de ambos
os gêneros, com idade superior ou igual a 60 anos internados em um
hospital particular de Recife-PE. Os pacientes avaliados foram submetidos
a triagem nutricional através da MAN para avaliação do risco nutricional
nas primeiras 24h de internação hospitalar e os dados foram registrados
em prontuário eletrônico. Foi realizada a caracterização demográfica
(gênero e idade), avaliação antropométrica (IMC, circunferência do braço,
da panturrilha e perda de peso), avaliação global (perguntas relacionadas
ao modo de vida, medicação, mobilidade e problemas psicológicos),
avaliação dietética (perguntas relativas ao numero de refeições, ingestão
de líquidos e autonomia na alimentação) a autoavaliação (a autopercepção da saúde e da condição clínica). A partir dos resultados obtidos
propôs-se um fluxograma de intervenção nutricional.
Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 77,4 anos, sendo
46,1% do gênero masculino e 53,9% do feminino . Os resultados da MAN
mostraram que 77% dos idosos apresentavam risco nutricional e desnutrição. A análise dos quartis indicou que os idosos no maior quartil de
idade (80 a 97 anos) apresentaram os menores valores de circunferência
da panturrilha. Conclusão: A ferramenta de triagem nutricional utilizada
mostrou-se simples pratica e aplicável na rotina hospitalar. O resultados
obtidos permitem a identificação rápida de idosos que necessitam de
intervenção nutricional precoce, contribuindo para a sua recuperação ou
manutenção do estado nutricional. O uso de um fluxograma de intervenção
pode ser um facilitador desse processo.
P-102 ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR COMO
PARÂMETRO NUTRICIONAL EM PACIENTES CIRÚRGICOS
AMANDA FERNANDES OLIVEIRA SOUZA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA);
CLAUDIA MOTA SANTOS (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); DIONISIO
HENRIQUE AMARAL SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); MARIA
GRACIANNY SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); PATRICIA CARLA
(HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); KEILA FERNANDES DOURADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: Pacientes cirúrgicos hospitalizados apresentam uma alta
prevalência de desnutrição variando de 30% a 50%. Vários métodos
podem ser utilizados para avaliação do estado nutricional, como a
Espessura do Músculo Adutor do Polegar (EMAP), que é uma medida
direta para detectar desnutrição e que avalia o compartimento muscular.
Estudos mostram que a EMAP é um método simples, não invasivo,
rápido, baixo custo e confiável para avaliação do estado nutricional de
pacientes cirúrgicos. Para a triagem nutricional de pacientes cirúgicos
indica-se a Nutritional Risk Screening 2002 (NRS) com o objetivo de
detectar desnutrição e promover uma intervenção nutricional precoce e
para o rastreamento nutricional há a Avaliação Subjetiva Global (ASG),
sendo um bom preditor do estado nutricional de pacientes hospitalizados. Objetivo: Avaliar o EMAP como indicador do estado nutricional
de pacientes cirúrgicos. Método: Estudo transversal, realizado de abril
a junho de 2013, em pacientes internados para cirurgias eletivas de
grande porte no trato gastrointestinal. Foram utilizados 43 pacientes,
de ambos os sexos, sem dificuldade de locomoção, sem gravidez, amputados ou neurológicos. Foram avaliados coletando-se dados pessoais,
questionário de avaliação da NRS 2002, questionário da ASG adaptada
de Destsky 1987 e medidas antropométricas: Peso, Altura, Índice de
Massa Corporal (IMC) e EMAP. Na análise estatística foi realizada uma
análise descritiva, incluindo distribuições de frequência e cálculo de
média e desvio padrão para as variáveis quantitativas, foram utilizados
os testes Exato de Fisher e Qui-quadrado. Resultados: A média de idade
P-101 PERFIL DOS PACIENTES CRÍTICOS SUBMETIDOS A TERAPIA
NUTRICIONAL ENTERAL EM UM HOSPITAL PRIVADO NA CIDADE
DE SALVADOR-BA E AS COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS MAIS
FREQUENTES
MARCELA RODRIGUES VIVEIROS (HOSPITAL AGENOR PAIVA); TARSILA
RIBEIRO CAVALCANTE (HOSPITAL AGENOR PAIVA); ADHEMAR DE OLIVEIRA
E SILVA NETO (HOSPITAL AGENOR PAIVA); MAGNO CÉZAR AMARAL DE
SOUZA JUNIOR (HOSPITAL AGENOR PAIVA); LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA
(HOSPITAL AGENOR PAIVA)
Introdução: A doença crítica é uma situação patológica grave, com risco
vital imediato, afetando diversos órgãos, que depende de medidas extraordinárias de suporte, tais como ventilação mecânica e nutrição artificial.
Há algumas décadas reconhece-se a correlação entre desnutrição e pior
evolução clínica do doente grave. O suporte nutricional do paciente grave é
um dos maiores desafios clínicos dentro da UTI. Apresentam com frequência
complicações gastrintestinais que prejudicam o início e a progressão da
terapia nutricional enteral (TNE), podendo contribuir para a piora do
estado nutricional e consequentemente com o surgimento de complicações.
Objetivo: conhecer o perfil dos pacientes críticos submetidos a TNE em um
hospital privado na cidade de Salvador-Ba e as complicações gastrintestinais mais frequentes que podem influenciar no início/progressão da TNE.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
60
Suplemento Nutrição Clínica/2013
foi de 57,91 ± 15,31 anos sendo 53,5% do sexo masculino. A eutrofia
predominou com 72,1% e 37,2% pelo EMAP e IMC, respectivamente.
Por outro lado, a NRS detectou 53,5% dos pacientes com risco e pela
ASG 41,9% apresentaram desnutrição. Não foram observadas associações significativas entre o diagnóstico de desnutrição pela EMAP e ASG
(p=0,196) e entre o EMAP e NRS (p=0,099). Entretanto houve associação
significativa entre o EMAP e o IMC (p=0,026). Conclusão: A eutrofia foi
elevada segundo o EMAP e IMC levando a associação significativa entre
os indicadores, no entanto a NRS e ASG mostraram alto risco nutricional
e desnutrição nesses pacientes. O EMAP, portanto, pode ser utilizado
na avaliação nutricional de pacientes cirúrgicos, desde que associado
a outros parâmetros de avaliação nutricional.
parecem estar mais relacionados às mudanças atuais no estilo de vida e
aos hábitos alimentares. Diante do exposto, procurou-se avaliar o estado
nutricional de escolares de duas escolas, uma pública e outra privada,
da cidade de Itapetim-PE, e especificamente identificar a prevalência de
excesso de peso entre as crianças. Para tanto, foi realizada uma pesquisa
do tipo transversal e descritiva com 98 crianças de ambos os gêneros,
54,1% delas matriculadas na rede particular e os demais (45,9%) na rede
municipal de Itapetim(PE), na faixa etária de 06 a 10 anos. Foi realizada
a avaliação nutricional das crianças utilizando o padrão de referência da
OMS (2007) e os indicadores antropométricos P/I, E/I e IMC/I. Observouse que para as duas escolas, prevaleceu o estado nutricional adequado
em todos os indicadores, porém houve uma freqüência significativa de
sobrepeso entre os escolares, com maior número na escola particular.
Considerando o IMC/I, a prevalência de sobrepeso foi de 24,5% entre
as crianças da escola privada e 6,7% nas da escola pública. Em relação
ao P/I constatou-se 22,6% e 8,9% de sobrepeso na escola particular e
pública, respectivamente. No que se refere a déficit nutricional, 2,2%
da amostra da escola pública apresentaram baixo peso e baixa estatura
para a idade, não havendo déficit ponderal, nem estatural entre os
escolares da rede particular. Desse modo, percebe-se um antagonismo
de tendências temporais entre desnutrição e obesidade, definindo uma
das características marcantes do processo de transição nutricional do país.
Portanto, faz-se necessário uma maior atenção nas áreas que envolvem
a alimentação infantil, sendo a educação, a indústria alimentícia e os
meios de comunicação, os principais meios de atuação.
P-103 TEMPO MÉDIO DE JEJUM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO EM CIRURGIAS DO TRATO GASTROINTESTINAL
YASMIM SENA SILVA DE CARVALHO (GHC); ALINE MARCADENTI
DE OLIVEIRA (GHC); ANELISE SIVIERO RIBEIRO (GHC); SOLANGE
BORDIGNON (GHC)
Introdução: O período em que os pacientes são submetidos a jejum
antes e após cirurgias é grande, principalmente nas que envolvem o trato
gastrointestinal (TGI). A literatura aponta média de jejum pré-operatório
de 16 horas em cirurgias eletivas e de até 5 dias no pós-operatório,
conforme sinais de retorno de atividade gastrointestinal. Há protocolos
multimodais específicos para cirurgias eletivas visando à redução do jejum
em cirurgias. Objetivo: Avaliar o tempo de jejum pré e pós-operatório
em cirurgias do TGI. Método: Estudo de prevalência entre pacientes
submetidos a cirurgias do TGI, que foram acompanhados desde a intervenção até a prescrição dietética. Foram coletados dados demográficos,
do tempo cirúrgico em horas e tipo de cirurgia, horário da última e da
primeira refeição após o ato cirúrgico. Os dados foram descritos em médias
&#61617; desvio padrão, percentuais e mediana. Resultados: No total,
foram avaliados 301 pacientes com idade média 53,2 &#61617; 16,7
anos e 53,1% do sexo masculino. Em relação às cirurgias, 81,1% foram
classificadas como de urgência e as mais freqüentes foram laparotomias
exploratórias (34,9%), intervenções em vias biliares (25,9%) e apendicectomias (13,6%). Na mediana, o tempo cirúrgico foi de 2,3 horas, variando
de 15 minutos a 12 horas. A mediana do jejum pré-operatório foi de 16
horas, variando de 2 a 218 horas; quanto ao jejum pós-operatório, a
mediana foi de 19,5 horas, variando de 1,5 a 234 horas. Conclusão: O
tempo de jejum em cirurgias do TGI na população estudada foi elevado,
porém em concordância com a literatura. Observou-se grande amplitude
nos resultados, provavelmente relacionada com os tipos de cirurgias realizadas. Na maioria dessa população não se aplicam os protocolos para
cirurgias eletivas, porém outras medidas devem ser encontradas para se
minimizar o tempo em jejum.
P-105 ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL E ÍNDICE DE MASSA
CORPORAL ESTÃO CORRELACIONADOS EM PACIENTES COM CÂNCER
DE PRÓSTATA
NAYRANNE HIVINA CARVALHO TAVARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
CEARÁ); SARAH MARIA DE ARAUJO ALMEIDA (UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO CEARÁ); PATRÍCIA CÂNDIDO ALVES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
CEARÁ); HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); ANTÔNIO AUGUSTO FERREIRA CARIOCA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); MARCOS VINICIUS ALVES LIMA (HOSPITAL
DO CÂNCER - INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ )
Introdução: Para os pacientes diagnosticados com câncer de próstata, a
correta mensuração da adiposidade é de extrema importância, já que esta
pode ser constituir como fator agravante da doença. Para isso utiliza-se
comumente na prática clínica de ambulatórios públicos o Índice de Massa
Corporal (IMC), utilizado amplamente para predição de adiposidade, mas
que, no entanto, representa mais a corpulência do que a quantidade de
gordura corporal. Diferentemente, o Índice de Adiposidade Corporal
(IAC), tem sido apontado como detentor de maior correlação com a
gordura corporal e, portanto, uma alternativa mais fidedigna. No entanto
os resultados obtidos a partir de sua utilização ainda são controversos.
Objetivo: Avaliar a correlação e concordância entre IAC e IMC na análise
de adiposidade em pacientes com câncer de próstata. Método: Foram
avaliados 58 pacientes, com faixa etária entre 51 e 90 anos, com diagnóstico de câncer de próstata atendidos em um centro de referência para
tratamento desta doença. Foram coletados dados antropométricos (peso,
altura e circunferência do quadril) para cálculo do IMC (peso/altura²) e IAC
([C.Quadril/(altura x &#8730;altura)] – 18), a fim de quantificar o excesso
de adiposidade, adotando-se como parâmetros classificatórios, respectivamente, a World Health Organization (1998) e Bose et al. (2011). Após
isto, realizou-se a analise dos dados através da correlação de Pearson e
de concordância por kappa, utilizando o pacote estatístico do SPSS versão
19.0 e estabelecendo p < 0,05, como nível descritivo de teste. Resultados:
A média de IAC foi 30,4 (4,6)% e o IMC médio foi 27,3 (5,0) kg/m². IAC
e IMC apresentaram forte correlação positiva (r = 0,743; p < 0,001). No
grupo avaliado, 67,3% apresentou excesso de adiposidade de acordo com
P-104 PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ESCOLA PÚBLICA E PRIVADA DA CIDADE DE
ITAPETIM- PE
DÉBORA DANUSE DE LIMA SILVA (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
DA PARAÍBA); KAMILA MARIA DANTAS DE ALBUQUERQUE (FACULDADE
DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA)
Introdução: A obesidade é uma doença crônica que ocorre devido a
fatores de risco genéticos e ambientais. A projeção dos resultados de
estudos efetuados nas últimas três décadas é indicativa de um comportamento claramente epidêmico do problema. Este fato é preocupante,
uma vez que a associação do excesso de peso com alterações metabólicas já pode ser observada freqüentemente na faixa etária mais jovem.
Os fatores que poderiam explicar este crescente aumento na infância
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
61
Suplemento Nutrição Clínica/2013
o IMC e 87,9% segundo o IAC. O diagnóstico dos parâmetros apresentou
leve concordância (kappa = 0,346; p = 0,001). Conclusão: IAC e IMC
apresentam forte correlação, entretanto baixa concordância no diagnóstico
de adiposidade. Desta forma, são necessários maiores estudos, para avaliar
o verdadeiro comportamento das duas variáveis.
triagem nutricional do paciente cirúrgico com o objetivo de detectar o risco
nutricional. O diagnóstico nutricional deve ser realizado, através de diversos
métodos de avaliação, havendo destaque para a Avaliação Subjetiva Global
(ASG), que é considerada por muitos autores como padrão ouro, inclusive
em cirurgia do trato gastrointestinal. Objetivo: Verificar o risco nutricional,
desnutrição e perda de peso em pacientes submetidos a grandes cirurgias
no trato gastrointestinal. Método: Estudo transversal, realizado em abril
a junho de 2013, em pacientes internados para realização de grandes
cirurgias no trato gastrointestinal. A amostra foi composta de pacientes
com idade superior a 18 anos, ambos os sexos, não podendo ser pacientes
neurológicos, gestantes e amputados. Foi coletado: Peso atual e habitual,
altura, Índice de Massa Corpórea (IMC) e patologia de base. Foi aplicada
triagem NRS-2002 e o questionário da ASG (Detsky 1987). Na análise
estatística foi realizada uma análise descritiva e utilizados os testes, Exato
de Fisher, Qui-quadrado e Pearson. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê
de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da
Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (nº 255.398). Resultados:
Foram avaliados 43 indivíduos, sendo 23 (53,5%) sexo masculino. A média
de idade foi 57,91 + 15,31 anos, sendo 58,1% de idosos. Pela NRS-2002
53,5% apresentaram risco nutricional, pela ASG 41,9% apresentaram
desnutrição, pelo IMC houve desnutrição em 13 pacientes (30,2%), sendo
11 idosos (p=0,002) e a perda de peso maior que 10% foi encontrada em
34,9% dos pacientes, sendo o câncer a patologia mais prevalente (67,5%).
Houve associação entre ASG e perda ponderal (p< 0,001), entre ASG e IMC
(p=0,037) e pacientes desnutridos pela ASG apresentaram risco em 65,2%
dos casos (p=0,002). Não foi encontrada associação entre a patologia de
base e as variáveis ASG, NRS-2002 e IMC, havendo uma tendência a desnutrição pelo IMC nos casos de câncer gastrointestinais (p=0,084). Conclusão:
Conclui-se que os pacientes candidatos a cirurgias gastrointestinais de
grande porte têm alta prevalência de desnutrição apresentando perda de
peso significativa, havendo assim uma tendência principalmente nos casos
de câncer e na população idosa.
P-106 COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS DE ESCOLAS
PÚBLICA E PRIVADA DO MUNICÍPIO DE ITAPETIM-PE
DÉBORA DANUSE DE LIMA SILVA (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
DA PARAÍBA); KAMILA MARIA DANTAS DE ALBUQUERQUE (FACULDADE
DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA)
Introdução: À medida que a tecnologia avança, a população brasileira
ganha também novos estilos de vida. Há uma mudança evidente na alimentação das pessoas e uma modernização da cultura, na qual as atividades
são mecanizadas, globalizadas, advindo disto um sedentarismo que se torna
indicador preocupante na grande escala da obesidade. Neste contexto, a
mídia dita regras e a indústria exerce um papel influenciador no dia-a-dia das
pessoas. Diante do exposto, procurou-se avaliar o perfil dietético de escolares
de duas escolas, uma pública e outra privada, da cidade de Itapetim-PE, e
especificamente identificar a freqüência de consumo de alimentos promotores
e protetores do sobrepeso. Para tanto foi realizado um estudo de campo, de
caráter transversal e quantitativo, utilizando, com uma amostra de 98 crianças
de ambos os gêneros na faixa etária de 06 a 10 anos, um questionário de
consumo alimentar do dia anterior (QUADA) com o intuito de reconhecer a
freqüência do consumo de determinados grupos de alimentos. Os resultados
mostram que os alimentos mais consumidos pelo grupo foram semelhantes
para as duas escolas. Foi possível observar que o feijão, arroz, pão e/ou
macarrão e carne foram os mais citados, estando presente na alimentação
de ao menos 80% das crianças estudadas. O doce obteve uma frequência
elevada de consumo (acima de 60%), destacando-se principalmente nos da
escola pública (64,4%). O refrigerante, batata frita, pizza e/ou hambúrguer
foram consumidos por 40% ou mais das crianças avaliadas, no entanto,
com freqüência maior entre os da escola particular (64,2%, 41,5% e 39,6%
respectivamente). Em oposição, os alimentos que obtiveram os menores
percentuais nas duas escolas foram o peixe e as verduras. As frutas e sucos
de fruta foram citados por menos da metade das crianças entrevistadas.
Percebe-se, portanto, que o padrão alimentar do grupo estudado tem sofrido
influências do estilo de vida moderno, favorecendo a substituição das refeições tradicionais pelos fast foods e o baixo consumo de legumes e frutas,
induzindo o aumento de doenças crônicas degenerativas de forma cada vez
mais precoce. Sabendo-se que é na infância que se constroem os hábitos
alimentares, é importante iniciar a educação alimentar neste período de
vida para assegurar a formação de conduta alimentar satisfatória, evitando
o aparecimento da obesidade e suas complicações.
P-108 AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO ALIMENTAR DE PACIENTES
INTERNADOS EM UM HOSPITAL PARTICULAR DE JOÃO PESSOA – PB
KAMILA MARIA DANTAS DE ALBUQUERQUE (FACULDADE DE CIÊNCIAS
MÉDICAS DA PARAÍBA); DÉBORA DANUSE DE LIMA SILVA (FACULDADE DE
CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA); LETÍCIA HOSANA ARAÚJO DE ALMEIDA
(FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA)
Introdução: A satisfação do cliente é um dos temas mais amplamente
tratados e estudados nas áreas de marketing, administração e qualidade.
As necessidades, preferências e opiniões de cada paciente têm significado
importante para a definição dos objetivos de todas as operações dentro
da empresa, pois elas auxiliam a identificação dos fatores competitivos
ganhadores de pedidos na hora de tomar decisões estratégicas para a
melhoria e qualidade do serviço. A criação de um padrão de qualidade
da alimentação servida aos clientes possibilita o aparecimento da gastronomia hospitalar, com o objetivo de confrontar a adequação da dieta à
patologia do paciente. A alimentação, seguindo a linha de inovações do
hospital, passa a ser considerada um dos aspectos mais importantes para
a criação da nova imagem do lugar, e não, somente, um dos aspectos do
atendimento voltados ao tratamento. Deste modo, o presente estudo teve
como objetivo avaliar a satisfação alimentar dos pacientes internos em um
hospital particular de João Pessoa – PB. Durante dois dias foram abordados
60 pacientes, sendo 26 do gênero feminino e 34, masculino, e aplicado um
questionário com os itens da avaliação. Quando analisado aroma, sabor e
aparência o índice ótimo obteve 40%, 46,67% e 43,33% respectivamente,
enquanto o índice bom prevaleceu em 56,67%, 51,67% e 53,33% na mesma
sequência. Percebe-se então que a alimentação servida pelo Serviço de
Nutrição e Dietética deste hospital teve bom êxito em agradar a clientela,
proporcionando-lhes boa satisfação.
P-107 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA
NO TRATO GASTROINTESTINAL
DIONISIO HENRIQUE AMARAL SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA);
KEILA FERNANDES DOURADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO ACADEMICO DE VITORIA DE SANTO ANTÃO); MARIA
GRACIANNY SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); AMANDA FERNANDES
OLIVEIRA SOUZA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); LIVIA SIQUIERA BELTRAO
(HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); EVANE MARIA QUEIROZ VENTURA
BERNARDO (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA)
Introdução: Nos últimos vinte anos trabalhos em todo o mundo observam
altas prevalências de desnutrição em pacientes hospitalizados, um problema
bastante recorrente em pacientes cirúrgicos, chegando a acometer de 29,8%
a 78,6% dos casos. O Projeto Acelerando a Recuperação Total Pós-operatória
preconiza a utilização da Nutritional Risk Screening 2002 (NRS-2002) para
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
62
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-109 ADESÃO DE PACIENTES AMBULATORIAIS AO TRATAMENTO
PARA PERDA DE PESO
Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (UNINOVAFAPI). Método: Essa pesquisa foi concretizada por meio de uma avaliação
qualitativa da dieta, utilizando um questionário de frequência de consumo
alimentar (QFCA) e avaliação antropométrica por meio do cálculo do Índice
de Massa Corpórea (IMC), utilizando-se do peso e a altura ao quadrado.
Resultados: Com relação ao estado nutricional, o peso corporal médio foi
de aproximadamente 56Kg, a estatura média de 154 cm. O IMC variou de
16,40 a 25,30 Kg/m², com média de 21,44 Kg/m², sendo que, apenas um
indivíduo encontrou-se com sobrepeso (5,26%); 68,42% destes estavam
eutróficos; 26,31% com baixo peso. Enquanto que no consumo alimentar,
foram divididos em grupos alimentares, dos quais os alimentos que tiveram
maior prevalência consistiram no pão francês, leite integral, óleo vegetal,
manteiga, açúcar e café; e aqueles que tiveram menor predominância constituíram da ingestão de frutas, carne e aves, lanches, salgados e salgadinhos.
Conclusão: Portanto, estudos confirmam a importância da inclusão do café
da manhã na rotina diária juntamente com a qualidade nutricional, tendo em
vista, majoritariamente, o papel de “combustível primordial” do organismo
para o inicio das atividades cotidianas do indivíduo.
CLÁUDIA MOTA SANTOS (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); ABDEJANE
ROCHA ARAÚJO (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); POLIANA COELHO
CABRAL (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); DIONÍSIO HENRIQUE AMARAL
SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA)
Introdução: Diferentes abordagens terapêuticas estão disponíveis para
indivíduos com excesso de peso, a exemplo dos tratamentos farmacológicos, cirúrgicos e dietoterápicos. Os ambulatórios de nutrição adotam o
tratamento dietoterápico, que, quando associado à prática de atividade
física, objetivando uma perda ponderal de 5% a 10% do peso inicial, parece
ser uma medida efetiva. Entretanto, a adesão do paciente ao tratamento
proposto, especialmente do obeso, deve ser considerada, visto que frequentemente são observadas altas taxas de insucesso. Objetivo: Avaliar a taxa
de adesão do paciente ambulatorial ao tratamento dietoterápico para perda
de peso. Método: Estudo transversal, com base no modelo analítico, no
qual foi acoplada uma variável com caráter prospectivo (tempo de acompanhamento). O estudo foi realizado em ambulatórios de atendimento
geral em nutrição de dois hospitais da rede pública de saúde do Estado de
Pernambuco. Para execução do estudo, utilizaram-se os prontuários dos
indivíduos admitidos para orientação nutricional, no período de janeiro a
dezembro de 2009, encaminhados pelos ambulatórios médicos. Foram
estudados todos os pacientes de ambos os sexos na faixa etária superior a
19 anos, sendo excluídas as gestantes, os pacientes portadores de doenças
consumptivas, como câncer e AIDS, os pacientes que tenham utilizado
medicamento para perda de peso nos últimos seis meses ou que tenham
realizado cirurgias plásticas, tipo abdominoplastia ou os portadores de
patologia que pudessem modificar a distribuição da gordura corporal,
como a hepatopatia, ascite, entre outras. O intervalo entre as consultas
era de 30 dias. A taxa de adesão ao tratamento foi avaliada de acordo
com o retorno às consultas durante os três meses de acompanhamento.
Resultados: Foram avaliados 550 pacientes de ambos os sexos (76,4%
de mulheres) com média de idade de 49,4 + 13,3 anos. O atendimento
nutricional dava-se principalmente pelo excesso de peso e presença de
HAS. Avaliando a adesão dos pacientes ao tratamento nutricional proposto,
verifica-se que, dos 550 pacientes que iniciaram o tratamento, apenas
235 (43%) retornaram para a segunda consulta e 94 (17%) para o terceiro
momento avaliado. Conclusão: Os dados encontrados nesta população
demonstraram uma baixa taxa de adesão ao tratamento, e diante do quadro
epidemiológico da obesidade, estes achados evidenciam a necessidade de
mudanças na estrutura do atendimento atualmente utilizada pelo serviço
público para os casos de excesso de peso e obesidade.
P-111 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PROJETO DE INTERVENÇÃO EM
CENTRO DE APOIO A CRIANÇA E ADOLESCENTE – TERESINA PI
MARINA DIAS BORGES (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS
HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUI )
Introdução: Centros de Apoio abrigam crianças e adolescentes oferecendo
condições favoráveis, propiciando o desenvolvimento integral e harmonioso por
meio do apoio educacional, nutricional e psicológico. O Estatuto da Criança e
do Adolescente considera o desenvolvimento sadio e harmonioso da criança
e do adolescente como um dos direitos fundamentais para esta faixa etária,
e sugere oferecimento de orientação destinados especificamente a eles. O
Centro de Apoio a Criança e ao Adolescente (CACA) é um centro que tem os
objetivos citados, sobrevivendo de doações o que não abona a insegurança
alimentar, porém recentemente contemplou-se pelo Programa de Aquisição de
Alimentos, assim viu-se a necessidade de conscientizar as voluntárias a aproveitar integralmente os alimentos, a partir do desenvolvimento de um trabalho
educativo, equilibrando o orçamento e acrescentando qualidade nutricional
nas preparações. Este relato de experiência foi desenvolvido por um Projeto de
Intervenção, tendo seu inicio na disciplina Nutrição em Saúde Pública. Metodologia: Realização de palestra educativa, com o público-alvo as voluntárias que
preparam as refeições, sobre como reaproveitar os alimentos nas refeições do
dia-a-dia e, sugestões de novas preparações, e a entrega de cartilhas e folders
contendo as recomendações. Ao final, as crianças e adolescentes receberam
lanche saudável de bolo de abóbora e suco de abacaxi. Resultados: A execução
do projeto constituiu de alta aceitabilidade, pois não houve preconceito da utilização de resíduos de alimentos, e as voluntárias surpreenderam-se com a gama
de preparações aproveitando integralmente os alimentos. Conclusão: Consistiu
uma intervenção inovadora, possibilitando à oportunidade de conhecer técnicas
de aproveitamento máximo dos alimentos comumente utilizados, bem como do
aproveitamento integral dos nutrientes que os mesmo contém, equilibrando o
orçamento e garantindo segurança alimentar.
P-110 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO
ALIMENTAR DO CAFÉ DA MANHÃ DE ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO EM
UM CENTRO UNIVERSITÁRIO EM TERESINA - PI
MARINA DIAS BORGES (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS
HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUI )
Introdução: De modo a interdisciplinar diagnóstico e dietética temos que,
uma das refeições a qual evidências científicas relacionam com o sobrepeso e
obesidade é o café da manhã, visto que seu consumo frequente proporciona
baixo risco destas doenças crônicas não transmissíveis, além de melhorar
o poder de saciedade do comensal, e assim, reduzir a quantidade calórica
total ingerida durante o dia. Reconhecendo a importância do café da manhã
para a saúde, e apesar de ser considerada uma das principais refeições,
observar-se-á uma relativa carência de informações na literatura científica,
desta forma, objetivou-se avaliar o consumo alimentar do café da manhã.
Objetivo : Estimar o consumo alimentar do café da manhã e o estado nutricional de estudantes do 5º bloco de Bacharelado em Nutrição do Centro
P-112 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DO
MUNICÍPIO DE TRIUNFO – PE
DANIEL LUÍS VIANA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); PLÍNIO PEREIRA GOMES JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DE PERNAMBUCO); MARIA LUCIANA DA SILVA (PREFEITURA
MUNICIPAL DE TRIUNFO PERNAMBUCO); TAYLANE HELLEN DE LIMA
SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); TACIANO
GONÇALVES DE SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); CAIO VINÍCIUS FEITOSA ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DE PERNAMBUCO)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
63
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: O acompanhamento nutricional é de fundamental importância para melhores condições de saúde da população infantil, evitando
o desenvolvimento da obesidade, desnutrição e contribuindo para o
desenvolvimento físico e cognitivo. O trabalho possui relevância sócioeducativa por atingir as crianças carentes da escola pública. Objetivo:
Traçar o perfil nutricional das crianças assistidas, assim como promover
informações sobre educação nutricional, incentivando-os a serem agentes
multiplicadores. Método: O estudo foi realizado durante o mês de maio
a junho de 2013 em três escolas: uma da zona urbana, uma da zona
distrital e uma da zona rural, tendo respectivamente 76, 41 e 33 estudantes da educação infantil e ensino fundamental I. Primeiramente foi
aplicado um inquérito alimentar, para pesquisa de hábitos alimentares
e um inquérito socioeconômico, para pesquisa da qualidade de vida.
Em seguida, houve a avaliação antropométrica dos alunos, seguindo os
critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), com o uso de balança
mecânica antropométrica, obtendo-se o peso e fita inelástica fixada em
parede sem rodapés, para medida de altura, calculando assim, o Índice
de Massa Corporal (IMC) utilizados para crianças e adolescentes. Após
as análises antropométricas, os resultados foram tabelados e entregues
aos pais com uma semana após a realização, e nos casos necessários,
dietas foram passadas por uma nutricionista. Posteriormente houve em
cada escola, a palestra sobre educação nutricional. Resultados: O projeto
atingiu diretamente 150 crianças. De acordo com IMC calculado 70,67%
das crianças estavam com o peso adequado, 13,33% estavam obesas,
12% estavam com sobrepeso e 4% estavam abaixo do peso ideal. Nas
escolas da zona urbana, da zona distrital e da zona rural a porcentagem de
crianças com o peso adequado foi de 76,31%, 68,29% e 60,60%, seguido
das obesas 10,52%, 14,63% e 15,15%, com sobrepeso 11,84%, 12,19% e
12,12% e abaixo do peso ideal 1,31%, 4,88% e 9,1% respectivamente. A
renda mensal da maioria dos familiares dos estudantes é de apenas um
salário mínimo. O consumo habitual apresentou-se alto em feijão, arroz/
macarrão, café, pães e margarina, biscoito, pipoca/salgadinho; consumo
médio de frutas, sucos, carnes, ovos; baixo consumo de hortaliças, refrigerante, doces/guloseimas. Conclusão: Diante dos resultados obtidos a
ocorrência de excesso de peso acima do esperado na curva normal pode
estar relacionada ao padrão alimentar, sendo necessárias medidas de
intervenção, de educação e saúde, para prevenir doenças crônicas não
transmissíveis e melhorar a qualidade vida.
I. Primeiramente foi realizado um inquérito alimentar, para pesquisa de
alimentação escolar, contendo quatro opções relacionadas ao consumo
diário e a qualidade das refeições escolares de um modo geral e a
relação dos alimentos que eles traziam quando não foi possível a oferta
da merenda escolar. Posteriormente houve em cada escola, a palestra
sobre a importância da alimentação escolar. Resultados: Participaram
do estudo 150 estudantes. De acordo com o inquérito aplicado 88,7%
das crianças sempre come a merenda escolar e gostam muito; 3,3%
sempre comem, mas não gosta muito; 6,7% só comem às vezes; 1,3%
nunca come. A aceitação da merenda escolar quanto ao consumo diário
e a qualidade foi satisfatória. O consumo habitual apresentou-se alto
em biscoito, frutas, suco, pão e pipoca/salgadinho; consumo médio de
biscoito receado, achocolatado, bolo e farofa de cuscuz; baixo consumo
de refrigerante, doces/guloseimas, mortadela, leite queijo e ovo cozido.
Nos períodos em que não foi possível a oferta da merenda escolar, o
consumo de alimentos ricos em nutrientes foi razoável assim como os
alimentos ricos em açúcar e gordura. Dos 150 estudantes 4% não tinham
condições financeiras para levar algum tipo de lanche para a escola.
Conclusão: Diante dos resultados obtidos a merenda escolar mostrase essencial para atender as necessidades nutricionais dos estudantes,
principalmente para aqueles que não possuem condições de levar seu
próprio alimento, pois as escolas municipais possuem profissionais capacitados para elaboração e administração das refeições dos estudantes.
P-114 COMPORTAMENTO DE RISCO PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES ENTRE ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE
SARAH MARIA DE ARAUJO ALMEIDA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
CEARÁ); NAYRANNE HIVINA CARVALHO TAVARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); NARA DE ANDRADE PARENTE (UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO CEARÁ); HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CEARÁ); ANTÔNIO AUGUSTO FERREIRA CARIOCA (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); DIANA JIMÉNEZ RODRÍGUES (UNIVERSIDAD SAN
ANTONIO DE MURCIA )
Introdução: O Eating Attitudes Test-26 (EAT-26) é um questionário
composto de 26 perguntas, já validado no Brasil, que vem sendo
largamente utilizado para identificar indivíduos susceptíveis ao desenvolvimento de distúrbios no comportamento alimentar. Ele avalia
comportamentos de risco para transtornos alimentares (TA). Sua
utilização na avaliação de estudantes da área da saúde é importante,
já que estes tanto possuem maiores conhecimentos sobre praticas de
alimentação saudáveis e transtornos alimentares, como, ao mesmo
tempo, são apontados como grupo populacional vulnerável a tais
distúrbios. Objetivo: Avaliar comportamentos de risco para transtornos alimentares de estudantes de cursos da área de saúde de uma
universidade pública, utilizando o EAT-26. Método: O questionário
foi aplicado em uma amostra de 187 participantes, matriculados nos
seguintes cursos: Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem,
Medicina e Nutrição. Os dados foram tabulados para apresentação em
frequências simples e percentual e a diferença entre sexos foi avaliada
através do teste Qui-quadrado, com p < 0,05 como nível de significância. Resultados: O estudo incluiu 49 alunos do sexo masculino e
138 do feminino. O resultado do EAT-26 foi positivo para 29 (15,5%)
estudantes e negativo para 158 (84,5%) deles. Considerando o sexo,
24 (17,4%) mulheres e 5 (10,2%) homens tiveram resultado positivo,
sem diferença estatística entre ambos (p = 0,233). Entre as mulheres,
(138) o resultado foi positivo para 24 delas (17,4%). Conclusão: Os
achados são concordantes com estudos nacionais e evidenciam alta
prevalência de risco para TA nesta população. Ações preventivas são
necessárias uma vez que esses comportamentos podem evoluir para
síndromes completas de TA, além de levarem a outros prejuízos à saúde
e a consequências psicossociais.
P-113 ANÁLISE ALIMENTAR DE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE
TRIUNFO – PE
DANIEL LUÍS VIANA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); PLÍNIO PEREIRA GOMES JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL
DE PERNAMBUCO); MARIA LUCIANA DA SILVA (PREFEITURA MUNICIPAL
DE TRIUNFO PERNAMBUCO); ARIADJA MONIQUE DE SÁ VANDERLEY
(UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); TÚLIO PAULO
ALVES DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MAIANNE
JOSANNE DA SILVA MORENO (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE
PERNAMBUCO)
Introdução: É consensual a importância de atender as necessidades
nutricionais dos alunos durante sua vida escolar, contribuindo para o
desenvolvimento físico e cognitivo, bem como promover a formação
de hábitos alimentares saudáveis. Incentivando a propagação de uma
alimentação de qualidade na escola, segundo os objetivos do Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Objetivo: Analisar a aceitação
da merenda escolar municipal por meio dos estudantes, assim como
avaliar os alimentos consumidos por eles no período em que não foi
possível a oferta da merenda escolar. Método: O estudo foi realizado
durante o mês de maio a junho de 2013 em três escolas: uma da zona
urbana, uma da zona distrital e uma da zona rural, tendo respectivamente 76, 41 e 33 estudantes da educação infantil e ensino fundamental
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-115 PREVALÊNCIA DE RISCO NUTRICIONAL E DESNUTRIÇÃO EM
PACIENTES HOSPITALIZADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE NATAL – RN
valores menores do que 31cm (depleção muscular). Destaca-se que entre
os pacientes que apresentaram CP menor que 31cm, um elevado percentual (84% / n=116) foi também classificado como desnutrido ou em risco
nutricional pela MAN em comparação aqueles com CP maior que 31cm.
Conclusão: A maioria dos pacientes idosos avaliados apresentou desnutrição ou risco de desnutrição e esta identificação precoce é fundamental
para que a intervenção nutricional seja realizada melhorando o prognostico
de morbidade e mortalidade destes pacientes. A MAN é um método de
triagem importante nesta avaliação precoce, pois apresenta sensibilidade,
especificidade e acurácia na detecção do risco nutricional em idosos.
AMANDA FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);
PAULA DIAS DE VASCONCELOS (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO
GURGEL); KASSIA SANTANA (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL);
JANE SAÚ (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL)
Introdução: É reconhecida a influência do estado nutricional sobre a
evolução clínica de pacientes hospitalizados. A detecção precoce de Risco
Nutricional é fundamental para que seja iniciada a intervenção, minimizando
as complicações nestes pacientes. A Avaliação Nutricional Subjetiva Global
(ASG) tem sido considerada um método com boa reprodutibilidade e capacidade de prever complicações relacionadas à desnutrição e está indicada em
doentes sob diferentes condições clinicas. Objetivo: Avaliar a prevalência de
risco nutricional e desnutrição em pacientes hospitalizados de acordo com a
(ASG). Método: Estudo do tipo transversal, com amostragem de conveniência
no qual foram incluídos 98 pacientes adultos de ambos os sexos, com diversos
diagnósticos, que estavam hospitalizados em um hospital geral público em
Natal-RN. Foi aplicado o questionário da ASG dentro do período de até três
dias após a internação. Após o diagnóstico nutricional inicial foi realizada
intervenção nutricional nos pacientes em risco de desnutrição ou desnutridos.
Resultados: A amostra foi composta por 53% (n=54) de pacientes do sexo
masculino e 47% (n=44) feminino com idade média de 45,9 ±11,4 anos.
Os resultados demonstraram que, dos pacientes avaliados, 19% (n=19)
foram classificados em Risco Nutricional e 12% (n=12) como Desnutridos,
de acordo com a ASG, estando a maioria deles classificados como “Sem
Risco Nutricional” (69% / n=67). Os pacientes em Risco Nutricional ou
desnutridos sofreram intervenção nutricional, sendo 39% (n=12) com uso de
suplementação oral e 45% (n=14) com uso de Suporte Nutricional Enteral
por sonda. Conclusão: A ASG é um instrumento importante como forma de
diagnosticar a desnutrição de maneira não invasiva, rápida e de baixo custo,
podendo ser utilizada de modo seletivo e complementar a outras formas de
diagnostico nutricional. A aplicação deste método no momento da admissão
do paciente permite uma intervenção nutricional precoce, minimizando as
complicações decorrentes do estado nutricional comprometido.
P-117 ESTIMATIVA DA ADIPOSIDADE CORPORAL EM PORTADORAS
DE CÂNCER DE MAMA SEGUNDO O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E
O ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL
SARAH MARIA DE ARAUJO ALMEIDA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
CEARÁ); NAYRANNE HIVINA CARVALHO TAVARES (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); ANTÔNIO AUGUSTO FERREIRA
CARIOCA (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARIA OLGANÊ DANTAS
SABRY (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); LUIZ GONZAGA PORTO
PINHEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ). Introdução: O câncer
de mama é o segundo mais freqüente no mundo e o mais comum entre
as mulheres, havendo vários fatores etiológicos envolvidos. Dentre estes,
a composição corporal desempenha importante papel quando existe
excesso de adiposidade corporal. Adicionalmente, tal excesso compromete
a resposta terapêutica e aumenta o risco de recidiva da doença. Assim
torna-se importante selecionar indicadores acurados de determinação
de composição corporal e viáveis na prática clínica. Recentemente vêm
sendo debatidos dois indicadores: o índice de massa corporal e o índice
de adiposidade corporal, ainda sem conclusões definitivas quanto ao mais
fidedigno. Objetivo: Comparar a prevalência do excesso de adiposidade
corporal entre portadoras de câncer mama segundo dois indicadores: o
Índice de Massa Corporal (IMC) e o Índice de Adiposidade Corporal (IAC).
Método: Foram avaliadas 182 pacientes, com faixa etária entre 30 e 78
anos, com diagnóstico de câncer de mama e atendidas em Instituições de
referência na assistência as portadoras desta doença. Foram coletados os
seguintes dados: idade, altura, peso e circunferência do quadril. A partir
dos dados coletados foi calculado o IMC (peso/altura²) e o IAC ([C.Quadril/
(altura x &#8730;altura)] – 18), adotando-se como parâmetros classificatórios, respectivamente, a World Health Organization (1998) e Bose et al.
(2011). Realizou-se a analise dos dados através da correlação de Pearson
e de concordância por kappa, utilizando o pacote estatístico do SPSS versão
19.0 e estabelecendo p < 0,05, como nível descritivo de teste. Resultados:
A média de IAC foi de 36,8 (5,2)% e o IMC médio foi 27,6 (4,6) kg/m².
Segundo o IMC, 67,58% estavam com excesso de peso. Já segundo o IAC,
62,64% estavam com excesso de peso. IAC e IMC apresentaram forte
correlação positiva (r = 0,808; p < 0,001). O diagnóstico dos parâmetros
apresentou leve concordância (kappa = 0,595; p = 0,001). Conclusão: A
partir desse estudo pode-se concluir que não houve grandes diferenças na
classificação da adiposidade corporal, segundo os indicadores utilizados.
Estudos com maior amostra e na presença de diferentes doenças podem
apontar quais os melhores indicadores para cada situação.
P-116 TRIAGEM NUTRICIONAL EM IDOSOS HOSPITALIZADOS EM UM
HOSPITAL PÚBLICO DE NATAL-RN
PAULA DIAS DE VASCONCELOS (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO
GURGEL); AMANDA FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
DO NORTE); KASSIA SANTANA (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO
GURGEL); JANE SAÚ (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL)
Introdução: Alterações no estado nutricional tem reconhecida influência
sobre a evolução clínica de pacientes hospitalizados, especialmente idosos,
devendo haver empenho na identificação precoce destas alterações. A
Mini Avaliação Nutricional (MAN) foi desenvolvida especificamente para
avaliação nutricional de idosos e é um método de triagem sensível para
identificar risco nutricional e desnutrição em estágio inicial. Objetivo:
Identificar o risco nutricional em idosos hospitalizados a partir da aplicação
da MAN. Método: Estudo do tipo transversal, com amostragem de conveniência no qual foram incluídos 233 pacientes idosos de ambos os sexos, que
estavam hospitalizados em um hospital geral público em Natal-RN. Para
identificação do Risco Nutricional foi aplicada MAN dentro do período de
até três dias após a internação. Resultados: A amostra foi composta por
60% de mulheres e 40% de homens com idade média de 76 ± 9,9 anos.
Os resultados demonstraram que 39,5% (n=92) apresentaram desnutrição;
21% (n=49) foram classificados em Risco Nutricional e 39,5% (n=92) não
apresentavam risco nutricional. Uma das variáveis avaliadas na MAN é a
circunferência da panturrilha e a avaliação deste parâmetro antropométrico
isoladamente demonstrou que 59% (n=138) dos idosos apresentaram
P-118 PREVALÊNCIA DE ANTECEDENTES FAMILIARES DE FATORES DE
RISCO CARDIOVASCULAR EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
DORIANE DA CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO);
MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO);
CAROLINA PRADO DE OLIVEIRA BERGAMINI (UNIVERSIDADE TIRADENTES);
LORENA LIMA PIMENTEL (UNIVERSIDADE TIRADENTES); ANDREZA MELO
DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO); THAMIRIS THATIELE RODRIGUES
DE MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
65
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A identificação da presença de fatores de risco cardiovascular
como hipertensão arterial (HAS), diabetes (DM) e dislipidemias, entre familiares, torna-se importante para melhor entendimento dos mecanismos de
desenvolvimento de DCV em crianças. Objetivo: Identificar antecedentes
familiares de fatores de risco cardiovascular em crianças hospitalizadas.
Método: Foi conduzido um estudo do tipo transversal no período de
abril a julho. Participaram do estudo 50 crianças, sendo 72,5 % do sexo
masculino e 37,5 % do sexo feminino com média de idade de 4,6 ± 3,0
anos. Foram coletados dados de antecedente pessoal e familiar de fatores
de risco cardiovascular, como Diabetes Melitus (DM), Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS) e dislipidemia, além do peso e circunferência abdominal de
um protocolo padrão utilizado na pediatria pelo serviço de nutrição de um
hospital universitário. Resultados: A prevalência de antecedentes familiares
de Doença Cardiovascular, DM, HAS e dislipidemia foi 12,5%, 25 %, 47,9
%, 10,4 % e 1,2%, respectivamente. A média de peso atual foi 16,27 ±
6,44 kg e de circunferência abdominal 53,23 ± 7,86 cm. Foi observado
que 62% dos familiares das crianças reportaram apresentar, pelo menos,
um dos fatores de risco. Conclusão: Os fatores de risco mais prevalentes
na história familiar foram a hipertensão arterial e diabetes. A prevalência
destes fatores de risco representa uma advertência e mostra a necessidade
de identificação dos mesmos para que possam ser implementadas medidas
precoces de prevenção na população infantil estudada.
entretanto 78,3% dos indivíduos foram classificados em risco nutricional
pela ASG. Quando avaliou-se os parâmetros antropométricos por sexo
foi observado que houve diferença estatisticamente significativa apenas
no IMC(p= 0,039)., tendo destaque o sexo feminino apresentou maior
percentual de desnutrição (23,1%). Quanto a associação entre ASG e os
outros métodos analisados, foi observada apenas a associação com IMC.
Conclusão: Diante dos resultados obtidos a ASG não se apresentou como
padrão ouro, uma vez que a mesma obteve associação apenas com o IMC,
método pouco sensível a alterações na composição corporal, principalmente
na quantidade de tecido muscular.
P-120 COMPORTAMENTO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE
ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO
MUNICÍPIO DE PETROLINA – PE
MICHELLE VANCE DE FIGUEIREDO FULCO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); VANESSA MAYANA ALVES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DE
PERNAMBUCO); ANA CAROLINA RODARTI PITANGUI (UNIVERSIDADE DE
PERNAMBUCO); MARIANE LOUISE MARINHO MENDES (UNIVERSIDADE DE
PERNAMBUCO); CRISTHIANE MARIA BAZÍLIO DE OMENA (UNIVERSIDADE
DE PERNAMBUCO)
Introdução: O perfil alimentar da população está fortemente associado
a aspectos culturais, socioeconômicos e demográficos exercendo grande
influência sobre o crescimento, desenvolvimento e saúde geral dos
indivíduos. Estudos relacionam, por exemplo, à obesidade não somente
quanto ao volume da ingestão alimentar, como também à composição
e qualidade da dieta. Objetivo: Avaliar o comportamento alimentar
e estado nutricional de adolescentes do sexo feminino de uma escola
pública do município de Petrolina - PE. Método: Trata-se de um estudo
de corte transversal com adolescentes da faixa etária de 10-17 anos
de idade do sexo feminino. Sendo aplicado um questionário de dados
gerais com a finalidade de conhecer as adolescentes, além de analisar
a frequência de consumo do café da manhã e a quantidade de refeições
diárias. A investigação do consumo alimentar foi realizada utilizando
questionário de frequência alimentar. O questionário possuía uma
listagem de alimentos estruturados em três grupos distintos: alimentos
construtores; alimentos reguladores e alimentos energéticos. O estado
nutricional foi avaliado através de medidas antropométricas com análise
do índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura. Resultados: Foram avaliadas 418 alunas do sexo feminino. No referente à
frequência da ingestão do café da manhã, a maioria (42,58%) sempre
realizava essa refeição; 30,86%, às vezes; 13,63%, raramente; 10,28%,
frequentemente e 2,15% nunca. Questionadas sobre a quantidade de
refeições realizadas: 0,23% realizavam apenas 1 refeição diária; 4,78%,
2 refeições diárias, e 17%, 35,16%, 25,11%, 12,44%, 12,44%, 3,4,5,6
e mais de 6 refeições ao dia; respectivamente. Na avaliação do estado
nutricional, 66,33% encontraram-se eutróficas de acordo com o IMC;
77,22% foram classificadas normais com relação à circunferência da
cintura e segundo a distribuição de gordura corporal, 58,66% obtiveram
a classificação ótima. No que diz respeito à frequência alimentar, os
alimentos consumidos diariamente com maior predominância foram:
açúcar, 74,58%; arroz e macarrão, 92,08%; frutos e sucos de fruta,
55,39%; manteiga e margarina, 65,46%; balas e chicletes, 53,23% e
leguminosas, 70,02%. Conclusão: A maioria das adolescentes apresentaram estado nutricional adequado. A frequência alimentar mostrou uma
variedade de alimentos e nutrientes bem distribuídos entre os grupos de
alimentos que seriam indicados em uma dieta saudável, em contraponto
houve uma frequência significativa do consumo de açúcar e gordura.
Sendo importante ressaltar que alimentos comumente não ingeridos
na fase da adolescência, foram citados pela maioria das adolescentes
como alimentos habitualmente consumidos a exemplo das hortaliças
verdes, coloridas e frutas.
P-119 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL É O MÉTODO PADRÃO
OURO DE AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES
HOSPITALIZADOS ?
MARIA GRACIANNY DA SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); DIONISIO
HENRIQUE AMARAL DA SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); KEILA
FERNANDES DOURADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);
MARINA DE MORAES VASCONCELOS PETRIBÚ (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO); AMANDA FERNANDES OLIVEIRA DE SOUZA (HOSPITAL
BARÃO DE LUCENA); LÍVIA SIQUEIRA BELTÃO (HOSPITAL BARÃO DE
LUCENA)
Introdução: A desnutrição é um importante problema observado em
pacientes hospitalizados e torna-se cada vez mais necessário a utilização de métodos e técnicas para a avaliação do estado nutricional
desses pacientes. Mesmo sem existir uma avaliação nutricional ideal, há
métodos bastante utilizados, como é o caso da avaliação antropométrica,
método objetivo, e da avaliação subjetiva global (ASG), considerada
padrão ouro para o diagnostico nutricional. A ASG é uma avaliação que
considera alterações na composição corporal e também a presença de
alterações funcionais do paciente, que pode ser empregada em diversas
patologias. Objetivo: Avaliar o diagnostico nutricional de pacientes
internados pela ASG e associar com a antropometria clássica. Método:
O estudo foi do tipo transversal, realizado entre abril a junho de 2013,
em pacientes internados na clínica médica de um hospital estadual de
Pernambuco. A amostra foi composta de 60 pacientes, com patologias
diversas e idade superior a 18 anos, de ambos os sexos, que se encontraram em condições físicas e mentais para realização dos procedimentos
necessários. Foram excluídos pacientes incapazes de prestar informações,
acamados, gestantes e que possuíam alguma deficiência física e mental.
Os pacientes foram avaliados através de métodos objetivos como peso,
altura, índice de massa corpórea e circunferência do braço (CB), e pela
ASG. Foram utilizados os testes Exato de Fisher, Qui-quadrado e Pearson
e os dados foram analisados no programa Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS), versão 21. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê
de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências
da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (nº CEP 231.736).
Resultados: Dos 60 pacientes avaliados, 56,7% eram do sexo masculino,
com idade média de 44,47 &#61617; 15,39 anos. Foram classificados
com desnutrição 18,3% pelo IMC, 51,7% pela CB e apenas 5% pela ASG,
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
66
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-121 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO NA PREDIÇÃO DO
RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
seguida, p &#61603; 0,05, sendo realizadas etapas com entrada e saída de
covariáveis até que restassem somente aquelas com valor de p &#61603;
0,05. Observou-se para o grupo com sonda nova e o grupo que teve a
sonda reaproveitada, o custo total em valores médios (em reais) relativos
ao desperdício decorrente da sondagem enteral, considerando o valor da
mão de obra e os materiais gastos, em torno de R$2.448,79. Em relação
à obstrução da sonda, concluiu-se que houve maior chance de obstrução
em casos com uso de fibras, fórmulas farmacêuticas sólidas e líquidas e
administração de sucos e módulos. Concluiu-se que há a necessidade
de medidas de contenção de custos principalmente, o desperdício, assim
como conhecer e controlar os fatores potenciais que levam à obstrução
de sonda enteral, e a adoção de de protocolos que podem otimizar a
administração da TNE.
CAMILA ANDRADE DE OLIVEIRA DANTAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DE SERGIPE); LARISSA COSTA PEREIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SERGIPE); ELENICE DE OLIVEIRA SANTOS FILHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); DORIANE DA CONCEIÇÃO LACERDAS
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); SIEUNE ROBERTA ARAÚJO
GOMES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE)
Introdução: É elevada a prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados e o diagnóstico adequado é imprescindível na predição do risco
nutricional e para a recuperação de pacientes internados, diminuindo o
tempo de permanência hospitalar dos mesmos. Objetivo: Analisar a medida
da Circunferência Muscular do Braço (CMB) na predição do Risco Nutricional
de pacientes hospitalizados. Método: Estudo transversal com adultos e
idoso de ambos os gêneros, internados na clínica médica em um hospital
universitário. O estado nutricional dos pacientes da amostra foi avaliado
por meio da Circunferência Muscular do Braço (CMB), nas primeiras 48
horas de admissão. Para análise estatística dos dados foi utilizado o SPSS
versão 18.0.A análise comparativa dos dados foi realizada pelo teste do
Qui-Quadrado, sendo o nível de significância adotado de 5% ou p<0.05.
Resultados: A amostra foi composta por 40 pacientes com média de idade
de 49,05 ± 17 anos, sendo 56,1% (n=23) do sexo masculino. Quanto à
avaliação do estado nutricional pela CMB, verificou-se prevalência de 31,7%
(n=13) de pacientes eutróficos e 68,3% (n= 28) de pacientes desnutridos.
Conclusão: Diante dos resultados encontrados, a CMB detectou uma alta
prevalência de desnutrição tendo se mostrado como uma opção prática,
rápida e sensível na predição de risco nutricional em pacientes hospitalizados.
P-123 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-NUTRICIONAL DE
CRIANÇAS SUBMETIDAS À INTERNAÇÃO HOSPITALAR
DORIANE DA CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO);
MÁRCIA FERREIRA CANDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO);
LORENA LIMA PIMENTEL (UNIVERSIDADE TIRADENTES); CAROLINA
PRADO DE OLIVEIRA BERGAMINI (UNIVERSIDADE TIRADENTES); THAMIRIS
THATIELE RODRIGUES DE MELO (HOSPITAL UNIVERSITARIO); ANDREZA
MELO DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITARIO)
Introdução: Partindo-se do pressuposto de que a nutrição infantil constitui
um importante indicador das condições gerais de vida de uma população, o
acompanhamento da situação nutricional e do controle do crescimento infantil
de um país revelam-se instrumentos essenciais, tanto para a aferição das
condições de vida a que está submetida à população infantil, como da sociedade em geral. Objetivo: Avaliar o perfil social e nutricional de crianças em
um Hospital Universitário . Método: Estudo transversal com uma população
de crianças hospitalizadas .As avaliações do estado nutricional e do perfil
social basearam-se nos dados coletados do protocolo de nutrição padrão
utilizado na pediatria do hospital universitário.As variáveis utilizadas foram
idade , gênero , tempo assistindo TV, escolaridade do pai e da mãe e medidas
antropométricas. Resultados: Este estudo foi composto por 48 crianças com
idade média 4,6 ± 3,0 anos , sendo a maioria do gênero masculino(72,5%)
. De acordo com a classificação do IMC 4,2% das crianças apresentaram
muito baixo peso, 6,3% baixo peso, 77,1% peso adequado, 8,3% risco de
sobrepeso e 4,2% de sobrepeso. Dentre as características sociais a média do
tempo de TV assistida pela criança em sua residência foi de 5 horas/dia. Em
relação a escolaridade a média de tempo de estudo do pai 7,0 anos e da
mãe 10 anos. Conclusão: Apesar das crianças apresentarem um adequação
no peso , elas demonstraram ter um índice significativo de sedentarismo
pelas elevadas horas em que passam assistindo TV.
P-122 ANÁLISE DO CUSTO E DO DESPERDÍCIO RELACIONADO
AO PROCEDIMENTO DE SONDAGEM ENTERAL EM UNIDADES
DE INTERNAÇÃO DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE MINAS
GERAIS
VALERIA MOURA (CEFET-MG); ANGELA MELLO FERREIRA (CEFETMG);
LÍLIAN BARBOSA SILVA (PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM)
Introdução: A terapia nutricional enteral (TNE) contribui para a evolução
favorável dos indicadores nutricionais e bioquímicos dos pacientes.
Porém, alguns fatores como a saída acidental e a obstrução da sonda
podem limitar sua oferta, gerando custos relacionados ao desperdício. O
controle de custos na área da saúde constitui um dos grandes desafios a
ser enfrentado, principalmente os custos relacionados ao desperdício. O
objetivo deste estudo, foi analisar o custo e o desperdício relacionado ao
procedimento de sondagem enteral em unidades de internação de um
hospital de médio porte de Minas Gerais. Trata-se de um estudo descritivo,
exploratório, analítico e correlacional, envolvendo uma amostra de 51
pacientes adultos e idosos internados em unidades de Clínica Cirúrgica,
Clínica Médica e Terapia Intensiva. A coleta de dados foi realizada em
duas etapas. Na primeira, foram coletados dados demográficos, clínicos,
e informações relativas à nutrição enteral dos pacientes submetidos à
TNE. A segunda etapa compreendeu a quantificação do material gasto
e a cronometragem do tempo de execução da sondagem enteral para
avaliar os custos relacionados ao procedimento, no período de 16 a 31 de
julho. As análises foram realizadas nos softwares R versão 2.7.1 e Epi Info
versão 6.04, sendo considerado nível de significância de 5%. A presença
de obstrução da sonda e os fatores associados ao seu surgimento foram
identificados, na análise univariada, por meio do ajuste dos modelos de
regressão Generalized Estimating Equations. Após a análise univariada, foi
realizado o ajuste dos modelos multivariados, que adotou o critério para a
inclusão no modelo inicial o valor-p &#61603; 0,25 na univariada e, em
P-124 USO DE SIMBIÓTICOS EM PACIENTES COM DISBIOSE INTESTINAL EM TERAPIA NUTRICIONAL DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE
JOINVILLE-SC
TALITA DEFREIN (ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL LUTERANA BOM JESUS/
IELUSC); NEIVA INEZ MEDEIROS (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSE/HMSJ)
Introdução: O surgimento de diarreia e constipação intestinal durante
internação hospitalar é evento comum, relacionado à morbidade do
paciente, terapia medicamentosa e terapia nutricional, alterando a microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de patógenos bacterianos no
intestino delgado. A suplementação de probióticos e prebióticos dieta
pode assegurar o equilíbrio ao intestino humano, desempenhando papel
fundamental no estado nutricional dos pacientes. Objetivo: avaliar o uso de
simbióticos em pacientes com diarreia aguda ou constipação intestinal em
terapia nutricional, internados em um hospital público de Joinville. Método:
Trata-se de um estudo de caso clínico prospectivo de intervenção, realizado
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
67
Suplemento Nutrição Clínica/2013
com pacientes internados em terapia nutricional,que propôs inicialmente
identificar pacientes com terapia nutricional enteral via oral, sonda nasoenteral ou gastrostomia com quadros de diarreia e constipação. Após a
identificação de disbiose foi realizado a intervenção com simbiótico durante
três dias, na posologia de dois saches diários, avaliando após os resultados.
Resultados: Participaram do estudo 32 pacientes, com prevalência do sexo
feminino sendo que (47%) apresentaram quadro de desnutrição e 41%
dos pacientes foram submetidos ao tratamento com antibióticos. Quando
avaliados quadros de disbiose observou se o predomínio de constipação
intestinal com 53% dos pacientes. Em relação aos pacientes com diarreia,
antes da intervenção foi identificado a média 4 evacuações diárias, sendo
87% com consistência líquida. Após a intervenção, o número médio de
evacuações reduziu para 1 vez ao dia, com melhora da consistência da
fezes. Nos casos de constipação, os pacientes permaneceram em média de
4 a 5 dias sem evacuar, após a intervenção, 76% dos pacientes evacuaram
em até 2 dias. Conclusão: Através deste estudo pode-se verificar que a
suplementação com simbióticos em pacientes hospitalizados, com quadros
de diarreia aguda ou constipação intestinal em terapia nutricional, contribuiu positivamente na redução desses sintomas, bem como, evidenciando
os efeitos benéficos na recuperação da microbiota.
P-126 AVALIAÇÃO DO PERFIL DOS PACIENTES EM USO DE TERAPIA
NUTRICIONAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL
PRIVADO DE SERGIPE.
SHIRLEY BARROS DA CONCEIÇÃO ANDRADE (HOSPITAL UNIMED-SE);
IRLA RODRIGUES SANTOS (HOSPITAL UNIMED-SE); CRISTINA GAMA
PEREIRA LUCENA (HOSPITAL UNIMED-SE); LUDMILLA RODRIGUES MURTELE
(HOSPITAL UNIMED-SE); MIRNA SANTOS LEAL DAMASCENO (HOSPITAL
UNIMED-SE); MICHELE OLIVEIRA LOPES (HOSPITAL UNIMED-SE)
Introdução: Na abordagem dos pacientes críticos, a complexidade
de cada patologia implica na necessidade de manutenção de um bom
aporte nutricional. Estudar suas características possibilita seu acompanhamento mais sistematizado pela equipe multidisciplinar. Objetivo:
Identificar o perfil de pacientes que necessitaram de terapia nutricional
(TN) no período em que estiveram internados na unidade de terapia
intensiva (UTI) em hospital geral privado de Sergipe. Método: Estudo
retrospectivo e descritivo, realizado entre janeiro de 2012 a janeiro de
2013 com pacientes admitidos na UTI geral em uso de TN. Excluíramse pacientes com idade inferior a 18 anos e aqueles que receberam
apenas suplementação oral. Coleta de dados por meio da analise de
prontuários eletrônico com autorização do Comitê de Ética da instituição.
Variáveis estudadas: sexo, idade, diagnóstico à admissão na UTI, tempo
de permanência na unidade, tempo para início da TN, óbitos e altas.
Resultados: No período estudado, 39 pacientes receberam TN, sendo
54% do gênero feminino. Idade média: 69 anos (22-92). Cerca de
67% dos pacientes tiveram idade superior aos 65 anos . Apenas 8% da
população estudada teve idade inferior aos 40 anos. Tempo médio de
permanência na unidade: 31 dias (3-240 dias). Nos pacientes clínicos
(59% do total), o principal diagnóstico foi de insuficiência respiratória
(57%). Dos pacientes cirúrgicos, 56% foram submetidos cirurgias digestivas e utilizaram a TN parenteral como primeira escolha. A TN teve
início em até 24h após a admissão na UTI em 94% dos pacientes. Em
6%, a TN foi iniciada em até 48h da admissão. Em cerca de 60% dos
casos houve alta da UTI com o paciente em TN exclusiva, em 28% houve
alta com alimentação via oral exclusiva e em 12%, com associação de
TN + via oral. A mortalidade foi de 35%, observando-se predominância
de óbitos em mulheres (71%). Dos pacientes que foram a óbito, 85%
apresentaram idade superior a 65 anos e comorbidades que agravaram
o quadro clínico. Conclusão: Neste estudo, perfil dos pacientes admitidos
na UTI, foi predominantemente de idosos, com tempo médio de permanência na unidade superior a 30 dias, com início precoce da TN, a qual
foi mantida após a alta da Terapia Intensiva na maioria dos pacientes.
Observou-se ainda que, nos pacientes críticos cirúrgicos, houve maior
emprego da TN parenteral em relação à enteral.
P-125 AVALIAÇÃO DO COLESTEROL SÉRICO E SUA CORRELAÇÃO COM
O CONSUMO DE GORDURAS EM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE)
CATARINA TENÓRIO CERQUEIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO–
UFPE); GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO–UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS (CURSO DE
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO–UFPE); JÉSSICA CRISTINA GUEDES LIMA DA
SILVA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO–UFPE); JAILMA SANTOS
MONTEIRO (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO-UFPE ); POLIANA COELHO
CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO-UFPE )
Introdução: Estudos relatam que, indivíduos que consomem grandes
quantidades de gorduras, têm níveis mais elevados de colesterol sérico
(CT). Objetivo: Avaliar a ocorrência de correlação entre o consumo de
gordura total (G) e gordura saturada (AGSA) com os níveis de CT de
funcionários da área de saúde da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE). Método: Trata-se de um estudo de caráter transversal onde foram
avaliados 267 indivíduos. Com o objetivo de quantificar o consumo de
lipídios foi utilizado o inquérito alimentar tipo Recordatório de 24hs em
todos os funcionários da amostra. Após a estimativa do valor lipídico
da dieta, foram tomados como referência os intervalos de distribuição
aceitável do lipídio, estabelecidos em função da prevenção das DCNTs
e das necessidades nutricionais (< 30% do valor calórico total da dieta
como lipídios e < 10% como AGSA). O CT foi avaliado através dos exames
sanguíneos, realizados nos últimos 3 meses, na rotina de avaliação de
saúde da UFPE e os resultados foram analisados, tendo como base os
valores de referência apresentados na III Diretriz Brasileira de Dislipidemia (2001) que estabelece como alterado o valor de CT > 200 mg/
dL. O banco de dados foi estruturado no software EPI-info versão 6.04
e a análise estatística no SPSS versão 13.0. Como as variáveis do estudo
não apresentaram distribuição normal a avaliação da correlação foi
realizada através do coeficiente de Spearman. Adotou-se como nível de
significância estatística o valor de p< 0,05. Resultados: Os resultados
mostram que a prevalência de hipercolesterolemia e consumo inadequado de gordura total e saturada foram bastante elevados em ambos
os sexos. Apenas o consumo de AGSA apresentou, no sexo feminino,
uma fraca correlação com o colesterol sérico (r=0,228 p=0,011).
Conclusão: A não ocorrência de correlação pode ter ocorrido em
virtude das limitações na técnica de aferir o consumo alimentar. Desse
modo, são necessários mais estudos com outros desenhos para avaliar
a possibilidade dessa correlação.
P-127 APLICABILIDADE DE FÓRMULAS PREDITIVAS DE PESO E
ESTATURA EM PACIENTES NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
CARDÍACA.
MONIQUE TAVARES DE JESUS (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
JULIANA TEIXEIRA DA SILVA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO);
LUCIANA CATUNDA BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); BIANCA
S. SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LÍVIA R. DE SANTANA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); NAYARA VARJÃO DE OLIVEIRA
(CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO)
Introdução: O peso e a estatura corporal são medidas importantes para
avaliação nutricional. Contudo, a aferição destas nem sempre é possível,
sendo necessário utilizar métodos preditivos. Objetivo: Avaliar a aplicabilidade de fórmulas de estimativa de peso e altura proposta pela literatura
e correlacioná-las com o peso e altura aferidos em pacientes adultos e
idosos no pré-operatório de cirurgia cardíaca. Método: Trata-se de um
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
68
Suplemento Nutrição Clínica/2013
estudo transversal, baseado no acompanhamento pré-operatório dos
pacientes com indicação de cirurgia cardíaca em um hospital filantrópico
referência em cardiologia. A amostra constituiu-se de 115 pacientes,
dos quais foram aferidos peso e altura e, para o cálculo das equações
de estimativa de peso e altura, foram coletadas a altura do joelho, a
circunferência da panturrilha, do braço, do abdômen e a dobra cutânea
subescapular. A análise estatística foi feita por meio do software SPSS
versão 18.0, sendo utilizado para comparação entre as variáveis (idade,
altura e peso) o teste de Wilcoxon e a correlação de Pearson para analise
de correlação entre as medidas antropométricas aferidas e estimadas,
adotando o nível de significância 5% (p<0,05).Resultados: A amostra
constituiu-se de 60 adultos e de 55 idosos com idade média de 58,2 ±
10,2 anos. Observou-se correlação forte e significativa entre o peso real
e o estimado pelas fórmulas de Chumlea et al. (r: 0,929 e r: 0,922) e
Rabito et al. (r: 0,932 e r: 0,933), nos adultos e nos idosos respectivamente.
Com relação à diferença média encontrada entre as medidas estimadas
e aferidas e a média da proporção dessa diferença, observou-se que a
aplicação das fórmulas preditivas para peso de Chumlea et al. e Rabito
et al. , subestimou e superestimou, respectivamente, o peso aferido tanto
em adultos como em idosos. Para as medidas de altura, observou-se fraca
correlação entre a aferida e a estimada pelos métodos de Chumlea et
al. (r: 0,426) e de Silveira et al. (r: 0,511), quando aplicados em adultos.
Contudo, quando utilizados em idosos apresentam forte correlação,
Chumlea et al. (r: 0,755) e Silveira et al. (r: 0,772). Conclusões: As
fórmulas utilizadas para estimativa de peso mostraram importante aplicabilidade em adultos e idosos. Para estimativa de altura, houve menor
correlação com as medidas reais, porém, a aplicabilidade apresentou-se
maior em indivíduos idosos que em adultos.
de peso foi de 39,9%, sendo de obesidade 9,7%. Em relação à obesidade abdominal, 22,2% apresentam CC elevada e 7,8% muito elevada.
Conclusão: Verifica-se uma prevalência significativa de excesso de peso
e obesidade abdominal na população estudada. Tal resultado evidencia
a necessidade de intervenções visando à redução de peso corporal em
especial a gordura abdominal reduzindo assim o risco de comorbidades
associadas à obesidade.
P-129 PERFIL DE MULHERES QUE RECEBERAM TERAPIA
NUTRICIONAL(TN) EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
MATERNA(UTIMAT).
SILVIANE M. LUNA VIANNA (UNCISAL ); EDJA SOLANGE DE SOUZA
RANGEL (UNCISAL ); ALBA M WANDERLEY SILVA QUINTELA CAVALCANTE (UNCISAL); RENATA MYLENA GUERRA DE HOLANDA BARBOSA
(UNCISAL); DEISE M MENESES DE ALMEIDA (UNCISAL); VINILZA LINS
GÓES (UNCISAL)
Introdução: A gestação é o processo fisiológico da reprodução humana
em que a nutrição tem um papel fundamental na manutenção do binômio
mãe x feto. A existência de grávidas enfermas que necessitam de TN
é incomum nos hospitais. A realidade de uma UTImat é peculiar. Nela
encontram-se gestantes, puérperas e pacientes ginecológicas gravemente
enfermas. Quando indicada, a TN pode representar na gravidez a salvação
para a mãe e feto; e no puerpério a possibilidade de recuperação de um
corpo espoliado pela gravidez e doença. Objetivo: Conhecer o perfil
das mulheres internas em UTImat que receberam TN.e compara-lo com
a literatura. Método: Os dados foram extraídos das fichas de acompanhamento nutricional e de prontuários das pacientes internas na UTI mat
que receberam TN de janeiro de 2008 a dezembro de 2012. Resultados:
Receberam TN no período do estudo 99 pacientes das quais, 27,2% eram
grávidas, 70,7% puérperas e 2% ginecológicas. Quanto aos diagnósticos,
apresentaram cirurgia obstétrica com sepse abdominal(39,3%), doença
hipertensiva da gestação(20,2%), doenças infecciosas(14,1%), doenças
neurológicas(6,06%), neoplasias(6,06%), litíase biliar (4,04%). Com
menor prevalência aparecem: hiperemese gravídica, intoxicação exógena
dentre outras. Quanto ao tipo de TN utilizada; 56,5% receberam nutrição
enteral(NE), 31,3% % receberam nutrição parenteral(NP), e 11,1% receberam NP associada a NE. Quanto à evolução 61,6% receberam alta da
TN, 13,1% evoluíram para o óbito e 11,1 % foram transferidas de unidade
hospitalar. Conclusão: Sepse pós-cirurgia obstétrica foi encontrada como
principal indicação de TN, seguida de doença hipertensiva da gestação.
Estes dados apontam para a necessidade de melhorias na atenção à
gestante, visto que, a maioria das causas apontadas poderia ser evitada
com pré natal e condições de parto adequadas. Um percentual de 61,6%
evoluiu satisfatoriamente recebendo alta da TN. Estes dados reforçam a
necessidade de equipes multidisciplinares de TN atuando nas maternidades
brasileiras. Não foram encontrados na literatura trabalhos que avaliam as
indicações de TN em UTImat..
P-128 PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO E OBESIDADE ABDOMINAL CONFORME INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS EM
PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE CARDIOLOGIA EM
SÃO LUÍS-MA
FLORINDA MARIA DE FREITAS MORAIS (FACULDADE SANTA TEREZINHACEST); JULIANA MOREIRA DA SILVA (FACULDADE SANTA TEREZINHA-CEST);
SUZANNE CAROLYNE DO NASCIMENTO FERREIRA (FACULDADE SANTA
TEREZINHA-CEST)
Introdução: A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e que se
constitui em reconhecido fator de risco independente para muitas outras
doenças debilitantes, como hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes
tipo 2, dislipidemias e alguns tipos de câncer. Quando esse acúmulo
centraliza-se na região abdominal os prejuízos e repercussões são múltiplos.
A antropometria é o método quantitativo mais utilizado no diagnóstico da
obesidade por ser barato, não invasivo e universalmente aplicável. Entre
os indicadores antropométricos mais utilizados estão o Índice de Massa
Corporal (IMC) e a circunferência da cintura (CC). Objetivo: O propósito
do estudo é determinar a prevalência de excesso de peso e adiposidade
abdominal em pacientes adultos atendidos em ambulatótio de cardiologia
de um serviço privado e analisar os dados obtidos segundo indicadores
antropométricos pré-estabelecidos. Método: Estudo realizado em ambulatório de cardiologia de um serviço privado, localizado na cidade de São
Luís-MA. Neste estudo foram incluídos adultos (20-59 anos), de ambos os
sexos, sem ascite e diagnóstico de gravidez. Para a análise de excesso de
peso e obesidade abdominal foram utilizados o IMC, seguindo os pontos
de corte da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998), e a CC, classificada em elevada para mulheres (CC > 80cm) e para homens (CC >
94cm), e muito elevada para mulheres (CC > 88cm) e para homens (CC
> 102cm) (OMS 1998). Resultados: Foram avaliados 637 pacientes, dos
quais 58,4% eram do sexo feminino, a média de idade e IMC foi de 35,5
± 11,4 anos e 25,2 ± 15,6 kg/m2, já a média da CC foi de 87,8 ± 11,9
cm para homens e 83 ± 15,5 cm para mulheres. A prevalência de excesso
P-130 PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES INTERNADOS NA
CLÍNICA CIRURGICA EM UM HOSPITAL GERAL DO ESTADO DA
BAHIA
BIANCA GONÇALVES DE BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANO ); LAIANA NASCIMENTO LÔBO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RECÔNCAVO BAIANO ); PERICLES SANTOS CRUZ (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANO )
Introdução: A desnutrição é uma realidade em nosso meio, que pode ser
detectada durante o período de internação hospitalar. Sua investigação
é essencial para o prognóstico de pacientes, já que alguns desses são
admitidos no hospital com desnutrição e outros a desenvolvem após a
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
69
Suplemento Nutrição Clínica/2013
internação. Objetivo: Verificar, na admissão, a classificação do índice
de massa corporal (IMC) e nível de assistência nutricional de pacientes
internados na unidade cirúrgica de um hospital Geral do Estado da Bahia.
Método: Estudo exploratório, prospectivo e transversal, realizado com
pacientes adultos e idosos de ambos os sexos, internados na unidade
cirúrgica de um hospital do estado da Bahia, no período de junho a
julho de 2013. Todos os pacientes foram avaliados nas primeiras 48
horas do internamento. Os critérios utilizados para classificar o nível de
assistência nutricional (primário, secundário e terciário) se basearam no
resultado da triagem nutricional e na necessidade de cuidados dietoterápicos decorrente da doença de base ou problema apresentado. Já o
diagnóstico antropométrico considerou os pontos de corte preconizados
pela Organização Mundial de Saúde para os diferentes grupos etários.
Resultados: A amostra foi constituída de 31 pacientes, sendo que 54,8%
eram do sexo masculino, com idade entre 17 e 71 anos. Segundo o IMC,
52% eram eutróficos, 29% com excesso de peso e 19% abaixo do peso.
Com relação ao nível de assistência, 23% foram classificados como nível
primário, 48% secundário e 29% terciário. Conclusão: Os resultados
evidenciaram que quase metade dos pacientes apresentava alguma
alteração no estado antropométrico apontando a importância de se
instituir a classificação por nível de assistência como instrumento capaz de
direcionar o cuidado, na perspectiva da identificação do risco nutricional
e prevenção da desnutrição, uma vez que mais da metade dos pacientes
foi classificada como nível secundário e terciário e, por sua vez, requerem
intervenção nutricional precoce.
P-132 ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO: COMO ANDA ESTA
PRÁTICA?
JULIANA JORDÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PRISCILA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JÉSSICA
ROBERTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); ELAINE CRISTINA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); ANA PAULA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO); JULIANA MARIA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO)
Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aleitamento materno exclusivo (AME) deve ser a única prática alimentar a ser
adotada nos seis primeiros meses de vida. Entretanto, muitos são os fatores
que interferem na decisão da mãe em interromper o AME precocemente.
Por esta razão, o Projeto de Extensão Ame Amamentar, teve como objetivo
promover e incentivar o aleitamento materno no pré-natal realizado no
Hospital Barão de Lucena (HBL) no período de junho a dezembro de 2012.
Objetivo: Avaliar a duração do AME da última amamentação realizada
por mães que frequentavam o pré-natal no HBL. Método: Ao longo de
seis meses de trabalho, foram reunidos cento e vinte nove questionários
respondidos pelas mulheres que participaram da atividade proposta pela a
equipe do projeto AME Amamentar. Este questionário continha informações
relativas a dados demográficos, a gestação e ao aleitamento materno.
Resultados: Das 129 mulheres entrevistadas, 24% (n=31) eram adolescentes, 73% (n=94) eram adultas e 3% (n=4) não informaram a idade. Do
total, 38% (n=49) eram primíparas e 62% (n=80) eram multíparas. Entre
as multíparas, cinco eram adolescentes e setenta e uma eram adultas.
Quando perguntadas sobre a duração do AME em relação ao último
filho amamentado, 31% relataram que a duração do AME foi inferior a
quatro meses, 18% amamentou exclusivamente entre 4 e 5 meses, 29%
amamentou exclusivamente por 6 meses, 20% não souberam informar e
3% disseram não ter amamentado. Conclusão: Apesar das estratégias
do Ministério da Saúde em promover, incentivar e apoiar o Aleitamento
Materno Exclusivo por seis meses pôde-se constatar que, neste pré-natal,
ainda havia um percentual elevado de mulheres que na última experiência
com amamentação não chegaram a atingir quatro meses de AME. Isto
reforça a necessidade de um empenho ainda maior das equipes de saúde
da família junto às mulheres, no sentido de apoiar o Aleitamento Materno
Exclusivo nos seis primeiros meses de vida.
P-131 ANÁLISE DO PERFIL NUTRICIONAL E INGESTÃO ALIMENTAR
DE PACIENTES NA FILA DE ESPERA PARA O TRANSPLANTE HEPÁTICO
ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO BIAS FORTES DO HC – UFMG.
LIDIANE DE PAULA VIEIRA (UFMG); SIBELLE CAROLINE SCHRAMM
CARVALHO TEIXEIRA DA SILVA (UFMG); ANA MARIA DOS SANTOS
RODRIGUES (UFMG); AGNALDO LIMA SOARES (UFMG); MARIA ISABEL
TOULSON DAVISSON CORREIA (UFMG); SIMONE DE VASCONCELOS
GENEROSO (UFMG)
Introdução: A prevalência de desnutrição é alta entre pacientes submetidos
a transplante hepático. Essa é decorrente de várias causa, sendo a inadequação alimentar uma delas. O objetivo do presente trabalho é descrever
o estado nutricional e o perfil da ingestão alimentar desses indivíduos.
Método: Estudo realizado com pacientes acompanhados no ambulatório
Bias Fortes HC/UFMG, de agosto/2012 a julho/2013. A avaliação nutricional foi realizada avaliação global subjetiva (AGS), antropometria e,
registro de ingestão alimentar habitual (24 horas). Foi avaliada a associação entre a ingestão total de proteínas e a ocorrência de encefalopatia.
Utilizou-se o software SPSS versão 17.0 para análise dos dados tendo-se
adotado o nível de 5% para significância estatística. Resultados:Trinta e
um pacientes pré-transplante hepático foram avaliados. A mediana de
idade foi de 50 anos (mín21 – máx 65), sendo a maioria (80,6%) do sexo
masculino. 70,9%(n=22) dos doentes possuem algum grau de desnutrição, segundo a AGS . Metade dos pacientes tiveram ingestão calórica
e proteica abaixo de 60% das necessidades nutricionais. Não houve
associação entre a ingestão proteica e o estado nutricional. Contudo,
pacientes desnutridos consomem menos de 60% das necessidades
calóricas (p<0,05). Em relação ao consumo de aminoácidos de cadeia
ramificada (BCAA) e aromática (AAA), 57,2% (n=16) não atin giram a
proporção mínima recomendada de 2:1 e, nenhum paciente atingiu a
proporção 3:1. Não houve associação entre encefalopatia hepática e
consumo proteico assim como com a proporção dos aminoácidos BCAA
e AAA. Conclusão: A desnutrição e a ingestão calórica/proteica inadequadas são prevalentes entre pacientes no pré-transplante hepático. Há
também inadequação na relação entre os tipos de aminoácidos, o que
pode favorecer o risco de encefalopatia hepática.
P-133 ESTADO NUTRICIONAL E PRESENÇA DE DOENÇAS CRÔNICAS
NÃO TRANSMISSÍVEIS EM PACIENTES IDOSOS COM HIV/AIDS.
LUIZA MORAES HOLLO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS);
MONIQUE APARECIDA MELLO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO
RIBAS); ANDREA ZUMBINI PAULO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO
RIBAS); CATIA DE LIMA CARVALHO GASPAR (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA
EMILIO RIBAS)
Introdução: O Brasil apresenta uma das maiores taxas de crescimento da
população idosa. Segundo Ministério da Saúde (2008), 2% da população
acima de 60 anos são portadoras do vírus HIV. A Terapia Antirretroviral
(TARV) proporciona melhora no prognóstico e expectativa de vida dos
portadores do HIV, entretanto, idosos apresentam uma resposta imunológica
mais lenta à TARV e maior risco de desenvolver doença cardiovascular pela
combinação: envelhecimento, infecção, HIV e TARV. Objetivo: Identificar
o estado nutricional e a presença de doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT) em idosos com HIV/AIDS. Método: Estudo transversal retrospectivo,
realizado em 2012, com coleta de dados nos prontuários de pacientes
com 60 anos ou mais, de ambos os gêneros, atendidos no ambulatório
de hospital referência em doenças infecciosas no município de São Paulo,
sendo: idade, sexo, peso, altura, colesterol e frações, triglicérides, glicemia
e presença de diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
70
Suplemento Nutrição Clínica/2013
e infarto agudo do miocárdio (IAM). A avaliação nutricional foi realizada
a partir do Índice de Massa Corporal (IMC) e classificado de acordo com
o Nutrition Screening Initiative, 1994 (NSI). Resultados: A amostra foi
constituída de 30 prontuários, sendo 50% do gênero masculino e 50%
feminino; a faixa etária média foi de 69,3 anos. De acordo com NSI, 20%
dos pacientes estavam acima do peso, 30% abaixo e 37% eutróficos. As
DCNT observadas foram DM em 59,5%, HAS em 66% e IAM em 10%. Os
pacientes apresentavam exames laboratoriais fora dos níveis recomendáveis, sendo 46% deles com glicemia, 30% com colesterol, 36,6% com HDL,
10% com LDL e 10,5% com VLDL. Conclusão: Dos indivíduos avaliados, 52%
tinham três ou mais critérios de diagnóstico de Síndrome Metabólica e 47%
apresentavam IMC>25 kg/m2, comprovando que a dislipidemia em níveis
associados com o aumento do risco de doenças cardiovasculares ocorre em
número considerável dos idosos infectados pelo HIV/AIDS.
Introdução: O paciente submetido a cirurgia sofre alterações metabólicas
e fisiológicas que comprometem o seu estado nutricional. Assim sendo, o
estado nutricional prévio à cirurgia é de extrema importância porque irá
condicionar a resposta, relativamente à reversão catabólica própria do
trauma cirúrgico, cicatrização e prevenção de complicações frequentes
como a infecção. Os pacientes desnutridos no pré-operatório têm um
risco significativamente mais elevado de complicações no pós-operatório e
mortalidade, comparativamente a pacientes com bom estado nutricional. O
Objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de desnutrição de pacientes
em peri-operatório de cirurgias do tratogastrointestinal. Foram avaliados
183 pacientes, de ambos os sexos, acima de 18 anos, admitidos entre abril
e julho de 2013 em um Hospital público de referência em Salvador – Bahia.
Foram coletados dados referentes a sexo, idade, diagnóstico cirúrgico,
medidas antropométicas como peso e altura, além da classificação da
Nutritional Risk Screening (NRS). O diagnóstico nutricional foi dado por
meio do Índice de Massa Corporal (IMC) com referência da Organização
Mundial da Saúde, 2000, e a estratificação de risco foi dada por ausência
de risco, risco leve, moderado ou grave. A amostra foi constituída na sua
maior parte pelo sexo feminino (57,9%), a média de idade para ambos os
sexos foi de 52 anos (±16), e a médida de peso foi de 67 Kg (±14,6). Dentre
os procedimentos cirúrgicos os mais prevalentes foram esofagectomia,
enterectomia, colectomia, colelitíase, dentre outras. De acordo com o IMC,
19,2% dos pacientes foram diagnosticados com algum grau de magreza,
enquanto que 43,3% eram eutróficos, seguidos de 37,5% com excesso de
peso. Quanto a estratificação do risco nutricional dado pela NRS, 40% dos
pacientes apresentaram risco moderado/grave de desnutrir, enquanto que
20,6% apresentaram ausência de risco ou risco leve. Ao correlacionar o
IMC com a NRS, observou-se que dos pacientes considerados com magreza
pelo IMC e que obtinham a estrafificação da NRS, 60,8% encontravam-se
entre o risco moderado/grave da NRS. Neste estudo foi constatado que o
risco de desnutrição em pacientes em peri-operatório é alto, o que reforça
a importância de traçar estratégias de atenção nutricional logo no início
da internação.
P-134 ESTADO NUTRICIONAL E AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE E
NUTRIÇÃO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE LAGARTO-SE
CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
HELOISA MIRELLE COSTA MONTEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE); FÁBIO RESENDE DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE); DAYANE KELLY DOS SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SERGIPE); DRIELLI OLIVEIRA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SERGIPE); MARIANA CRUZ SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE)
Introdução: O envelhecimento acarreta alterações fisiológicas com repercussões nas condições de saúde e nutrição. A insatisfação da condição de
saúde exerce influência sobre a percepção do idoso a cerca do seu estado de
nutrição. Objetivo: Avaliar o estado nutricional antropométrico dos idosos
e sua percepção em relação ao seu estado de saúde e nutrição. Método:
Estudo transversal, realizado com idosos residentes em uma Instituição de
Longa Permanência (ILP) na cidade de Lagarto-SE. O estado nutricional
antropométrico foi classificado segundo pontos de corte do IMC, proposto
pelo NSI (2002). A auto-percepção do estado de saúde e nutrição foi obtida
por meio de dados da Mini-avaliação nutricional (MAN). Resultados: Dos
30 idosos residentes na ILP, não foi possível aferição do peso e aplicação
da MAN em 16 idosos devido a recusas, fragilidade ou déficit cognitivo do
idoso. A idade média foi de 83,6 (DP 9,4) anos, representando percentual
importante (68,4%) de idosos longevos (>80 anos). Segundo o estado
nutricional antropométrico, 64,3% apresentaram magreza e 35,7% peso
adequado. Em relação à auto-percepção da condição nutricional, 54,5%
acreditavam não ter problema nutricional, 36,4% se consideravam desnutridos e 9,1% não sabiam responder. Em relação à condição de saúde
em comparação a outras pessoas da mesma idade, 66,7% dos idosos
acreditavam que sua própria saúde não estava muito boa. Conclusões: A
maioria dos idosos apresentavam magreza, muito embora não acreditavam
ter qualquer problema nutricional. A maioria dos idosos acreditava que sua
saúde não estava muito boa em relação aos outros idosos. A percepção do
idoso a cerca do seu perfil de nutrição é uma importante ferramenta a ser
utilizada na atenção nutricional, uma vez que os aspectos subjetivos, quando
associados aos métodos objetivos, auxiliam na conduta mais coerente para
um cuidado individualizado.
P-136 COMPARAÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO ENTRE IDOSOS
DIABÉTICOS PRATICANTES OU NÃO DE ATIVIDADE FÍSICA
THIALLY HOLANDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RAFAELA
COELHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GABRIELA BARROS
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RITA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARINA BARROS (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA GORETTI BURGOS (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno global,
que vem ocorrendo em todas as regiões e países do mundo, com exceção
daqueles em extrema pobreza. Nesta faixa etária ocorrem mudanças no
comportamento social, biológico e físico, acarretando alterações corporais.
Com o aumento da idade cronológica as pessoas ficam menos ativas e
diminui consequentemente a prática de exercícios físicos, o que facilita o
aparecimento e/ou o agravamento de doenças crônicas degenerativas.
Objetivo: Avaliar o índice de massa corpórea (IMC) de idosos diabéticos
e comparar com a prática de atividade física. Método: Estudo descritivo,
transversal e quantitativo, com idosos, de ambos os sexos, orientados e
em boas condições físicas. Os dados foram coletados nas fichas de atendimento do ambulatório de Nutrição, do Núcleo de Atenção ao Idoso de
uma Universidade Pública, tendo como base a primeira consulta, no período
de março/2011 a julho/2013. Foram analisadas informações referentes à
prática de atividade física, sexo, idade, procedência, peso, altura, calculado IMC, tendo com faixa de normalidade de 22-27kg/m2. Resultados:
Foram avaliados 68 idosos diabéticos na faixa etária de 60 a 70 anos,
com a maioria (76%) do sexo feminino, procedentes do Recife e interior do
estado de Pernambuco. Do grupo total 54% realizavam atividade física com
P-135 PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES NO PERIOPERATÓRIO INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO REFERÊNCIA
NA CIDADE DE SALVADOR, BAHIA.
LUANA DE OLIVEIRA LEITE (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); DANNIELI
DO ESPIRITO SANTO SILVA (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); TATIANE
MELO DE OLIVEIRA (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); MANOEL ALVES
COSTA NETO (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); MARIA ESTELA P
MASAVITCH (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
71
Suplemento Nutrição Clínica/2013
frequência de três vezes por semana, na modalidade de caminhada com
duração de 30 a 60 minutos. As modalidades menos praticadas incluíam
ginástica aeróbica, hidroginástica e natação. Quanto à adesão ao exercício, em relação ao sexo, era realizado por 73% das mulheres e apenas
27% dos homens. Dos idosos com excesso de peso (IMC > 27) 54% eram
praticantes de atividade física, enquanto 46% eram sedentários, não sendo
evidenciada diferença ponderal entre os praticantes ou não de atividade
física. Conclusão: Diante dos resultados pode-se concluir que na amostra
estudada a prática de atividade física não influenciou diretamente o IMC,
provavelmente pela modificação corporal que ocorre na terceira idade.
retrospectivo, realizado em um hospital na cidade de São Paulo. Os dados
foram coletados de janeiro a dezembro de 2012 em prontuário eletrônico e
compilados em planilha Excel. As variáveis do estudo foram idade, gênero,
diagnóstico, via da dieta liberada, tempo de início de dieta, alteração
ponderal e diagnóstico nutricional na admissão e na alta. Resultados:
Foram avaliados 439 pacientes, dos quais 61% (n=267) sexo masculino e
39% (n=172) sexo feminino. Idade: 49% (n=215) menor que 2 anos (maior
risco nutricional), 21% (n=92) entre 3 a 5 anos e 30% (n=132) com mais de
5 anos. A média de dias de internação foi de 6,29 dias, onde 73% (n=321)
tiveram dieta por via oral liberada, 20% (n=89) por via enteral, 1% (n=4)
por via parenteral e 6% (n=25) estavam em jejum. Tempo para liberação
de dieta: 91% (n=400) liberação em menos de 24 horas, 7% (n=32)
mais de 24 horas e 2% (n=7) foram a óbito. O diagnóstico observado foi
de 37% (n=163) respiratório, 20% (n=86) renal, 7% (n=29) convulsão,
6% (n=28) cardiopatias, 30% (n=133) outros. Avaliação ponderal: 31%
(n=137) ganharam peso durante a internação em média 450g, 36%
(n=158) perderam peso em média 400g e 33% (n=144) peso inalterado.
Diagnóstico nutricional na (I) internação e na (A) alta: eram Eutróficos (I):
62% (n=269) e (A): 62% (n=273). Risco para desnutrição: (I): 2% (n=10) e
(A): 2% (n=9). Desnutridos: (I): 21% (n=93) e (A) 21% (n=91). Sobrepeso:
(I): 6% (n=28) e (A): 6% (n=27). Obesos: (I): 3% (n=14) e (A): 3% (n=14).
Estavam sem avaliação 6% (n=25) dos pacientes (I) e (A). Conclusão: Os
indicadores nutricionais são muito importantes para avaliar a efetividade
da dietoterapia aplicada, impactando diretamente na recuperação clínica
do paciente, assim evitando a desnutrição intra-hospitalar.
P-137 COMPARAÇÃO ENTRE DOIS TIPOS DE INFUSÃO DE NUTRIÇÃO
ENTERAL E A ADEQUAÇÃO DAS METAS CALÓRICA E PROTEÍCA.
ANDREA ZUMBINI PAULO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS);
MEIRE MARCHI PEREIRA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS);
CAMILA GARCIA MORENO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS);
ROBERTA NEMER CAMARGO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS)
Introdução: Pacientes em terapia nutricional enteral (TNE), recebem
menos nutrição do que o prescrito, o que pode contribuir para a desnutrição e piores desfechos hospitalares. Atualmente, o suporte nutricional
é visto como uma ferramenta terapêutica fundamental no manejo do
paciente, portanto, o conceito de controle de qualidade dos cuidados
em TNE é um tema cada vez mais discutido. Objetivo: Comparar se os
tipos de sistemas de infusão da nutrição enteral (NE), podem interferir
na adequação das metas calórica e proteica e consequentemente nos
indicadores de qualidade da terapia nutricional. Método: Foi realizado
o levantamento do resultado dos indicadores de qualidade, meta calórica
(MC) e meta proteica (MP), aplicados pela Equipe Multiprofissional em
Terapia Nutricional (EMTN) de um hospital do município de São Paulo, em
dois períodos: de agosto a setembro de 2012, quando o serviço utilizava
a infusão através do sistema aberto (SA), e em outubro a novembro de
2012, quando o serviço passou a utilizar o sistema fechado (SF) com
gotejamento contínuo, e observado se os indicadores atingiam o mínimo
de 80% de adequação propostos pela EMTN e segundo o International
Life Sciences Institute (ILSI- Brasil), 2008. Resultados: O primeiro grupo
(SA) foi constituído de 30 pacientes com idade média de 43,5 anos e a
média dos resultados dos indicadores foram MC e MP de 66,38% e 63,25%
respectivamente. O segundo grupo (SF) foi constituído de 31 pacientes
com idade média de 38,3 anos e a média dos resultados dos indicadores foram MC e MP 84,88% e 84,57%, respectivamente. Conclusão:
O SF para infusão da NE mostrou-se mais eficiente atingindo as metas
propostas e consequentemente oferecendo melhor assistência nutricional
aos pacientes.
P-139 PERFIL GLICÊMICO DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS EM
AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DE RECIFE-PE
MARINA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GABRIELA
BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RITA OLIVEIRA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); THIALLY HOLANDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GORETTI BURGOS (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: Diabetes mellitus é um conjunto de distúrbios metabólicos
caracterizados pela presença de hiperglicemia, a qual é o resultado de
defeitos na ação e/ou secreção da insulina. O monitoramento laboratorial
do nível glicêmico é importante para acompanhar e prevenir possíveis
complicações. Contudo, a adoção de uma conduta rigorosa em idosos,
além de não prevenir eventos cardiovasculares, aumenta a mortalidade.
Objetivo: Traçar o perfil glicêmico de idosos diabéticos atendidos na
primeira consulta em um ambulatório de nutrição de um Núcleo de Atenção
ao Idoso, de uma Universidade Pública de Pernambuco, em Recife-PE.
Método: No período de maio de 2011 a julho de 2013, foram avaliadas
dosagens de glicemia de jejum (GJ) e hemoglobina glicada (HbA1c), coletadas a partir de resultados de exames bioquímicos de rotina, na primeira
consulta de nutrição. Os valores coletados foram classificados segundo a
Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes-2013, com pontos de cortes
para faixa de normalidade GJ valores até 150 mg/dL, HbA1c maior que
7%. Resultados: Foram atendidos 32 pacientes na faixa etária de 60-88
anos, sendo 73% mulheres e 27% homens, provenientes da Cidade do
Recife (79%), área metropolitana (19%) e interior do Estado de Pernambuco
(2%). O tratamento medicamentoso mais freqüente foi hipoglicemiante oral
duas vezes ao dia, não sendo referidos casos de hipoglicemia. Quanto à
GJ, o valor médio encontrado foi de 144 mg/dL, com a menor glicemia de
84 mg/dL e a maior de 517 mg/dL, sendo detectado que 68,7% do grupo
total estavam com GJ aceitável, e 31,3% com GJ maior que 150 mg/dL.
Denota-se que 2/3 das GJ estavam na faixa de normalidade. Em relação
à HbA1c, o valor médio encontrado foi de 7,3%, com a menor de 4,4% e
a maior de 12,1%. Metade dos idosos atendidos encontrava-se com HbA1c
menor que 7%, 18,7% estava abaixo de 8%, enquanto 31,3% acima de 8%.
P-138 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES
INTERNADOS EM UTI PEDIÁTRICA ATRAVÉS DE INDICADORES
NUTRICIONAIS
DENISE RURI UTSUNOMIA SEKIYA (HOSPITAL SAMARITANO); KATIA JARANDILHA (HOSPITAL SAMARITANO); LARISSA LINS (HOSPITAL SAMARITANO);
WERUSKA DAVI BARRIOS (HOSPITAL SAMARITANO)
Introdução: A nutrição adequada é fundamental para promover o crescimento e o desenvolvimento adequado da criança, garantindo melhores
condições de saúde. A identificação precoce da desnutrição intra-hospitalar
e o risco nutricional dos pacientes ao internar fornecem instrumento para
a intervenção nutricional precoce, interferindo diretamente no custo da
internação hospitalar, reduzindo o tempo de hospitalização e complicações. Objetivo: Avaliar o diagnóstico nutricional na admissão e na alta da
unidade de UTI pediátrica, o tempo de liberação da dieta e perda ou ganho
ponderal durante a internação. Método: Estudo descritivo, longitudinal e
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
72
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Conclusão: O perfil glicêmico dos pacientes idosos desta amostra revelou
adequado controle glicêmico.
risco nutricional 31,9%. O tempo de internação foi diretamente relacionado
com a idade da população estudada (teste de Pearson 0,180, p=0,004).
Houve correlação negativa entre a circunferência da panturrilha e o tempo
de internação - teste de Pearson -2,4 (p < 0,001). Houve também correlação entre a circunferência da panturrilha e o desfecho (p < 0,005). Não
houve correlação entre a circunferência do braço e o desfecho (p=0,074).
Conclusão: A prevalência de desnutrição em hospitais gerais é muito
elevada, principalmente entre os idosos. Estes apresentam tempo de
internação mais prolongado em relação aos pacientes mais jovens. A
circunferência da panturrilha foi um bom preditor do tempo de internação
hospitalar assim como do desfecho. Pacientes idosos e, principalmente
os sarcopênicos, apresentam risco elevado de desnutrição, internações
prolongadas e também de maior mortalidade.
P-140 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES
EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ATRAVÉS DA ESPESSURA DO
MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR E CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO.
BARBARA VERNE FACIN (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS);
MEIRE MARCHI PEREIRA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS);
ROBERTA NEMER CAMARGO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS);
ANDREA ZUMBINI PAULO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS)
Introdução: A desnutrição gera consequências aos indivíduos hospitalizados, comprometendo a imunidade, prolongando o sofrimento e aumentando o risco de infecções. O acompanhamento e intervenção nutricional
são de grande importância, interferindo positivamente no tratamento
e prognóstico de diversas doenças. Os métodos mais utilizados para a
avaliação nutricional são: exames bioquímicos, composição corporal e
antropometria. O objetivo da medida da espessura do músculo adutor do
polegar (EMAP) é acompanhar o grau da degradação do tecido muscular.
Objetivo: Caracterizar o estado nutricional (EN) dos pacientes na unidade
de terapia intensiva (UTI) de um hospital referência em infectologia através
da EMAP e da circunferência do braço (CB); avaliar a aplicabilidade e empregabilidade da EMAP na prática clínica. Método: O estudo foi realizado na
UTI, de Setembro à Dezembro de 2012, com 30 pacientes de 18 a 65 anos,
que recebiam exclusivamente Terapia nutricional enteral ou parenteral (TNE/
TNP) ou ambas. A classificação do EN foi realizada através adequação da
CB, Blackburn, 1979, e adequação da EMAP, Lameu, 2004. Resultados: A
EMAP encontrou 100% de redução muscular nos pacientes enquanto a CB
apresentou 73% dos pacientes com subnutrição. Dos pacientes eutróficos
avaliados pela CB, 87,5% apresentaram redução moderada e 12,5% de
redução leve. Conclusão: Este estudo demonstrou ser possível utilizar a
EMAP para avaliar o estado nutricional de pacientes internados recebendo
TNE e TNP, diante maior sensibilidade verificada no diagnóstico de risco de
depleção nutricional, quando comparados a CB. Sugere-se que a EMAP
pode ser aplicada como método de avaliação antropométrica preditor e
complementar na avaliação do EN, na prática clínica, inclusive em pacientes
com doenças infecciosas.
P-142 ALTERAÇÕES CORPORAIS E DISLIPIDEMIAS EM PACIENTES
COM HIV POSITIVO INTERNADOS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM
INFECTOLOGIA DE SÃO PAULO
LORENA DE CASTRO BARROS E SOUSA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA
EMILIO RIBAS); CAETANO SORAGGI NETO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); MIRIAM KLOCK BARCHA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); PAULA GOUVEA GUIMARÂES (INSTITUTO DE
INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); MEIRE MARCHI PEREIRA (INSTITUTO DE
INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); ANELYSE MARIA IURKY (INSTITUTO DE
INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS)
Introdução: A infecção pelo HIV ainda acomete um alto número de pessoas
em todo o mundo. A terapia antirretroviral (TARV) aumentou a sobrevida,
porém trouxe alterações metabólicas e corporais. Objetivo: Verificar as
alterações corporais e o risco de dislipidemia em pacientes HIV positivo
internados no hospital de infectologia da cidade de São Paulo. Método:
A amostra foi composta de adultos de ambos os gêneros, portadores do
vírus HIV em uso ou não de TARV. A classificação do estado nutricional foi
realizada através do Índice de Massa Corporal (IMC), da Adequação da
Circunferência do Braço (CB) Circunferência Muscular do Braço (CMB), e
Circunferência Abdominal (CA); e os exames bioquímicos analisados foram:
HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicerídeos. Resultados: O estudo foi
concluído com 25 pacientes com a prevalência do gênero masculino (68%)
sobre o gênero feminino (32%). O estado nutricional mais diagnosticado
quanto ao IMC foi a Eutrofia.(OMS,1997/1998). Segundo as adequações
de CB e CMB, predominou a Desnutrição Leve. (BLACKBURN, G. L. &
THORTON, P.A., 1979). Quanto a CA, 92% dos pacientes apresentaram
valores adequados, não indicando possíveis riscos cardiovasculares ou
metabólicos. A maioria não apresentou alterações nos exames bioquímicos
de Colesterol total, LDL e HDL. A irregularidade foi encontrada apenas
nos exames de triglicerídeos, em 60% dos participantes. Conclusão: Foi
inconclusiva a relação entre a TARV e a dislipidemia, assim como a relação
entre CA aumentada e o risco cardiovascular. Observou-se que a CMB é
um indicador importante na determinação do diagnóstico nutricional. Já
os exames bioquímicos mostraram-se indispensáveis métodos a serem
analisados frequentemente
P-141 CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA É PREDITOR DE TEMPO
DE INTERNAÇÃO E DO DESFECHO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
NO INSTITUTO DE CARIDOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO
EDILENE BOEIRA (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO);
BRUNA DUTRA (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO); CÁTIA
SILVA (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO); JOÃO WILNEY
FRANCO (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO)
Introdução: desnutrição hospitalar é muito frequente, multifatorial e se
associa com piores desfechos dos pacientes hospitalizados, como tempo de
internação e mortalidade, principalmente em pacientes idosos.
Objetivo: Descrever aspectos nutricionais da população internada em um
hospital geral da Grande Porto Alegre.
Método: Foram coletados prospectivamente idade, sexo, avaliação nutricional (Avaliação Global Subjetiva (AGS) e Mini Avaliação Nutricional
(MAN)), circunferência de braço e panturrilha, tempo de internação e
desfechos (alta hospitalar e óbito). Resultados: Foram avaliados 303
pacientes hospitalizados com idade média de 62,6 anos (15 a 04 anos),
52% do sexo feminino. Um total de 7,4% apresentou magreza (IMC <
18,5), 48,8% IMC > 25 e 20,9% apresentavam-se obesos (IMC > 30).Os
pacientes foram avaliados por AGS ou MAN no caso dos idosos. A prevalência de desnutrição na população foi de 53,1%. Quando separamos os
idosos (acima de 65 anos), a prevalência de desnutrição foi de 47% e de
P-143 ESTADO NUTRICIONAL NO PRIMEIRO ANO DE VIDA EM
PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA IDENTIFICADOS PELA TRIAGEM
NEONATAL.
MIRELLA NEVES ALMEIDA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA
CRUZ DOS SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); DENISE TIEMI
MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); BRUNA MANSUR LAGO
(HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL
PEQUENO PRÍNCIPE); KARIN KNABBEN DE SOUZA (HOSPITAL PEQUENO
PRÍNCIPE)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
73
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença passível de identificação
precoce através da triagem neonatal (TN). Seu diagnóstico precoce permite
que o acompanhamento seja iniciado em uma fase crítica do crescimento
onde a nutrição tem um importante papel. O objetivo do estudo foi identificar a evolução do estado nutricional no 1º ano de vida de crianças
portadoras de FC identificadas pela TN acompanhadas em ambulatório
especializado de um hospital pediátrico de Curitiba/PR. O estudo foi
aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da instituição. Foi realizado
um estudo retrospectivo com levantamento de dados dos prontuários de
pacientes portadores de FC identificados pela TN. As variáveis foram: sexo,
idade, índices antropométricos (média do escore-z de Peso/Estatura (P/E);
Estatura/Idade (E/I); Peso/Idade (P/I) e IMC/Idade (IMC/I) segundo a OMS
– Programa Anthro) e cálculo do desvio-padrão (DP). A população estudada
consiste em um grupo de 17 crianças, sendo 9 (52,9%) meninas e 8 (47,1%)
meninos. Treze pacientes (76,5%) apresentavam insuficiência pancreática;
2 (11,8%) apresentaram como 1ª manifestação da doença íleo meconial;
1 (5,9%) apresentou alteração hepática e 1 (5,9%) usou via alternativa de
alimentação neste período. Observamos que no momento 1 (3 meses de
vida), o índice E/I teve a média de -2,04 (DP±1,20), com 60% dos pacientes
adequados, 20% baixa estatura (BE) e 20% muito baixa estatura (MBE). No
momento 2 (12 meses de vida), a média foi de -0,80 (DP±1,19), com 83,3%
adequado, 16,7% BE e nenhum MBE. Em relação ao índice P/I, a média
inicial foi de -2,28 (DP±1,54), sendo 53,3% adequado, 26,7% baixo peso
(BP) e 20% muito baixo peso (MBP). Na evolução, verificou-se média de
-0,73 (DP±0,90), com 91,7% adequado, 8,3% MBP e nenhum BP. O IMC/I
inicial teve média de -1,53 (DP±1,84), com 73% eutrofia (E), 6,7% magreza
(M) e 20% magreza acentuada (MA). Aos 12 meses de vida, a média foi
de -0,29 (DP±0,86), 91,7% E, 8,3%M. A média do P/E inicial era -0,80
(DP±1,92), com 60% E, 13,3% M, 13,3% MA, 6,7% risco de sobrepeso e
6,7% sobrepeso. No momento 2, a média foi de -0,51 (DP±0,79), com
91,7% E, 8,3% M. A identificação da fibrose cística pela triagem neonatal
e a instituição do tratamento precoce específico possibilitam que a desnutrição não se mantenha, permitindo a recuperação nutricional através da
melhora de todos os parâmetros antropométricos.
nenhum paciente com BP ou MBP. Na 1ª avaliação, o índice IMC/I demonstrou: 73,3% eutrofia (E), 6,7% magreza (M), 20% magreza acentuada (MA)
e nenhum com risco de sobrepeso (RS) e sobrepeso (S). Contudo, na última
avaliação tivemos 76,5% E, 17,6% RS e 5,9% S, porém nenhum M ou MA.
O índice P/E apresentou 60% E, 13,3% M e o mesmo valor com MA, além
de 6,7% RS e o mesmo valor S na 1ª avaliação. Na última avaliação, 82,4%
apresentavam-se E e o mesmo valor (5,9%) foi encontrado nos outros 4
grupos (MA, M, RS e S). Conclui-se que o estado nutricional de pacientes com
FC pode ser modificado pelo acompanhamento nutricional, visto que houve
melhora de 94,1% dos pacientes em relação ao P/I na última avaliação.
Porém, 11,8 % persistiram BE, que pode estar associado a outros fatores não
dietéticos. Esses dados alertam para o RS e S existentes nesta população.
P-145 MONITORAMENTO DAS CAUSAS DA INADEQUADA INFUSÃO
DE DIETA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO
TATIANA MORENO DE OLIVEIRA (HOSPITAL SÃO CAMILO); FERNANDA
CAROLINA MARIN (HOSPITAL SÃO CAMILO); DANIELA FRANÇA GOMES
(IMEN); LÍGIA DOS SANTOS (HOSPITAL SÃO CAMILO); JULIANA ZANETTI
MACHADO (HOSPITAL SÃO CAMILO)
Introdução: A resposta metabólica ao trauma, estresse ou doença grave
pode ser modificada pelo tratamento e controle da doença de base. O catabolismo e o consumo são acelerados e as respostas hormonais adaptativas
ao jejum são sobrepostas. A terapia nutricional não reverte completamente
o catabolismo, porem minimiza a depleção calórica e a perda tissular e,
quando utilizado o trato gastrointestinal auxilia resposta imune e minimiza
translocação intestinal bacteriana. A atuação da Equipe Multiprofissional de
Terapia Nutricional dentro das unidades de Terapia Intensiva Adulto auxilia
na introdução precoce de terapia nutricional e monitorar as dificuldades de
fornecer adequada terapia nutricional. Objetivo: Monitorar as causas da
inadequada infusão de dieta em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto.
Método: Estudo retrospectivo, observacional quantitativo, conduzido no
período de janeiro de 2011 á junho de 2013, totalizando dois anos e seis
meses de análise. Este estudo pretende mostrar as principais motivos de não
infusão da dieta enteral proposta, adotando como meta, no mínimo, 90%
de infusão, nos pacientes em terapia nutricional enteral de uma unidade
de terapia intensiva de um hospital particular de São Paulo. A adequação
do volume administrado e as causas da não infusão seguiram o referencial
de porcentagem que ficaram abaixo da meta proposta. Resultados: Neste
período, foram acompanhados pela Equipe Multiprofissional de Terapia
Nutricional 901 pacientes em terapia nutricional enteral, sendo 47% do
sexo masculino e 53% do sexo feminino, com média de idade de 61 anos
(25-97 anos). Do total dos pacientes acompanhados, 300 ficaram abaixo
da meta proposta de infusão, totalizando 33%. A média calculada foi de
73% no ano de 2011, 84% em 2012 e 83% até junho de 2013. As causas
que impactaram na baixa infusão da dieta foram: repassagem de sonda
enteral (23%), ausência de informação (22%), vômito (21%), instabilidade
hemodinâmica (19%) e desconforto respiratório (15%). Todos os dados
foram coletados diariamente, discutido nas reuniões mensais com a equipe
multiprofissional com o objetivo de sensibilização e foco na melhora da meta
de infusão. Conclusão: O conhecimento dos fatores que impedem a efetiva
administração da nutrição enteral permite a adoção de medidas intervencionais, visando ação direta para atingir a meta proposta e adequada aos
pacientes em terapia nutricional enteral.
P-144 EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM
FIBROSE CÍSTICA ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO MULTIDISCIPLINAR
DENISE TIEMI MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA
CRUZ DOS SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); MIRELLA NEVES
ALMEIDA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); BRUNA MANSUR LAGO
(HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL
PEQUENO PRÍNCIPE); KARIN KNABBEN DE SOUZA (HOSPITAL PEQUENO
PRÍNCIPE)
Introdução: Fibrose cística (FC) é uma doença hereditária autossômica
recessiva. Seu diagnóstico precoce e tratamento específico pode prevenir
desnutrição, melhorar prognóstico e a qualidade de vida. Trata-se de estudo
retrospectivo com dados coletados de prontuários de pacientes com FC,
identificados pela triagem neonatal e acompanhados nos últimos 5 anos em
ambulatório especializado de hospital pediátrico de Curitiba/PR. O objetivo
foi avaliar a evolução do estado nutricional no período. Avaliaram-se os
índices antropométricos escore-z: Estatura/Idade (E/I), Peso/ Idade(P/I),
Peso/Estatura(P/E) e IMC/Idade (IMC/I) através do programa Anthro (WHO).
A população estudada consiste em 17 crianças, 9 (52,9%) meninas e 8
(47,1%) meninos. A média de idade foi 41 meses na última avaliação. Na
1ª avaliação (3 meses de vida), 60% apresentaram índice E/I adequado, 20%
baixa estatura (BE) e 20% muito baixa estatura (MBE). Na última avaliação,
88,2% encontrava-se adequado, 11,8% BE e nenhum apresentou MBE.
O índice P/I encontrava-se adequado em 53,3% na 1ª avaliação, 26,7%
baixo peso (BP) e 20% muito baixo peso (MBP). Na última avaliação, 94,1%
encontrava-se adequado e 5,9% estava elevado, não sendo detectado
P-146 A INFLUÊNCIA DO MARKETING NAS ESCOLHAS ALIMENTARES
DAS CRIANÇAS DE UMA ESCOLA PARTICULAR, EM SÃO LUIS- MA.
LAURA CAROLINA DE MATOS BARBOSA (FACULDADE SANTA TEREZINHACEST, SÃO LUIS- MA); ADRIANA FURTADO BALDEZ MOCELIN (FACULDADE
SANTA TEREZINHA- CEST, SÃO LUIS- MA)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
74
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: Os hábitos e as preferências alimentares são constituídos
na infância e consolidados nas demais fases da vida. Diversos fatores
exercem poderoso influxo nas escolhas alimentares das crianças, dentre
eles, a mídia, especialmente a televisiva, que, através dos comerciais de
alimentos, conseguem persuadir e induzir ao consumo o público infantil.
Objetivo: Analisar a influência do marketing nas escolhas alimentares
das crianças de uma escola particular, em São Luís – MA. Método: Foi
realizado um estudo descritivo, quantitativo, de caráter transversal, no mês
de março de 2013, com amostra de 62 crianças, na faixa etária de 7 a 10
anos, de uma escola particular do município de São Luis - MA. A coleta de
dados foi realizada através de questionário padronizado e da gravação da
programação de três canais de TV a cabo. A análise de dados foi realizada
no Microsoft Office Excel 2010. Resultados: Os resultados evidenciaram
que a maioria das crianças avaliadas era do sexo masculino (53,0%), com
sete anos de idade (52,0%), cursando a 1ª série (37,0%). Toda a amostra
tinha o hábito de assistir televisão, sendo que somente algumas crianças
relataram ter o costume de fazer as refeições em frente à TV (52,0%). A
maioria relatou receber mesada dos pais (69,4%) e ter o costume de pedir
os alimentos anunciados na televisão (92,0%), entretanto a maioria dos
pais não atendia a esse pedido (65%). Foi observado que a maioria das
crianças não considera os alimentos veiculados saudáveis (69,0%), mas,
ainda assim, possui o desejo de comprá-los (74,0%), e prefere os alimentos
que contêm desenhos animados nas embalagens (63,6%). Em relação a
influencia na hora da compra, as crianças se sentem mais influenciadas
pelos produtos que aparecem com maior frequência nas propagandas
(37,0%). Foi observada a prevalência de propagandas de alimentos em
canais infantis de TV a cabo. Conclusão: A mídia exerce influência sobre
o desejo de compra e nas escolhas alimentares, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias voltadas para a saúde, nutrição e qualidade de
vida, buscando a adoção de hábitos alimentares adequados e a redução
do tempo destinado à TV.
P-147 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE, PERCENTUAL DE ÁGUA E
MINERAIS CORPORAL DE PACIENTES CRÍTICOS EM TRATAMENTO
INTENSIVO COM SOBRECARGA DE LÍQUIDOS
log10 (PCT+PSE+PCB+PCA), desenvolvida na população de estudo com
uma prevalência de 25% de sépticos e edemaciados. Indivíduos, idade igual
ou superior a 18 anos, em tratamento intensivo foram incluídos. Médias
e desvio padrão foram desenvolvidas no SAS®. Resultados: Um total de
20 participantes, 12 (60%) eram homens e 8 (40%) mulheres. As análises
mostraram idade mediana em ambos os sexos (45,5 anos). Os homens
(180,95±14,81 cm) e mulheres (178,77±9,14 cm) mostraram estatura
alta. A densidade corporal foi quase o dobro do observado em indivíduos
normais (DC = 1.8956±0,1555 Kg/mL em homens e 1.8476±0,1653 Kg/
mL em mulheres). O percentual de água e peso da água corporal variou
entre homens e mulheres (54,23±3,54%; 41,12±5,23% e 40,48±4,71
litros; 26,17±2,52 litros), respectivamente. O percentual de água e minerais mostraram valores esperados para altura e peso corporal estimados
pelo comprimento do joelho. Conclusão: Os resultados sugerem que a
densidade corporal é o principal parâmetro de avaliação do acúmulo de
água corporal porque utiliza dobras cutâneas, essas superestimadas pela
retenção hídrica. A estimativa do peso pela altura do joelho subestima a
retenção hídrica e percentual de minerais.
P-148 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA COMO PREDITOR DE ALTERAÇÕES NO PERFIL GLICÊMICO E LIPÍDICO EM PORTADORES DE
DIABETES TIPO 2
REBECCA PEIXOTO PAES SILVA (UFPE); ANA CAROLINA DE SOUSA BRAGA
(UFPE); MARIA DA CONCEIÇÃO CHAVES DE LEMOS (UFPE); ILMA KRUZE
GRANDE DE ARRUDA (UFPE); POLIANA COELHO CABRAL (UFPE)
Introdução: A obesidade e o sobrepeso estão relacionados com o desencadeamento e/ou exacerbação das doenças crônico degenerativas, como
doenças cardiovasculares, hipertensão e o diabetes mellitus, e a circunferência da cintura fornece melhor estimativa de gordura visceral que o IMC.
Objetivo: Avaliar a associação entre estado nutricional e perfil glicêmico
e lipídico de pacientes com diabetes tipo 2 (DM2). Método: Estudo transversal, realizado com 65 pacientes portadores DM2, de ambos os sexos,
atendidos no ambulatório de endocrinologia do Hospital das Clínicas
de Pernambuco e no Centro Médico Senador Ermídio de Moraes. Para
avaliação do estado nutricional e bioquímico foi realizado peso, estatura,
circunferência da cintura (CC), glicose de jejum (GJ), glicose pós-prandial
(GPP), hemoglobina glicada (HbA1c), colesterol total (CT) e frações (HDL-c
e LDL-c) e triglicerídeos (TG). Os pontos de corte para perfil glicêmico e
lipídico foram utilizados segundo critérios da ADA. Resultados: Do total
dos pacientes atendidos, foi encontrado maior prevalência de idosos (63,1%)
e do sexo feminino (78,5%). Em relação à avaliação nutricional, 73,8%
apresentavam excesso de peso e 87,7% circunferência da cintura elevada.
Houve associação positiva e significativa entre CT e GJ; LDLc e GJ; LDLc e
HbA1c; TG e HbA1c; CC e HbA1c; CC e TG, e correlação negativa entre
HDL-c e HbA1c, IMC e HDL-c e CC e HDL-c. Conclusão: A CC aumentada
está associada à elevação de HbA1c e TG, e diminuição do HDL, enquanto
que o IMC elevado apresenta associação inversa apenas com HDL. Sendo
assim, ressalta-se a importância de intervenções dos profissionais de saúde
para melhoria do estado nutricional e controle metabólico, o que irá contribuir para a prevenção de complicações crônicas futuras.
MARIA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMZONAS); RAISA LIMA DE SOUSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS); ROBERTA FLORES MARQUEZINI (UFA/FIOCRUZ/UFPA);
PAULA RAQUEL BENZAQUEM DA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS); HELEN MARIA SILVA CÉSAR DE CARVALHO (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO AMAZONAS); THAIZE MARIA SILVA LIMA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO AMAZONAS)
Introdução: Em pacientes internados em Unidade de Tratamento Intensivo
-UTII, o edema é uma condição secundária ao tratamento por excessiva
infusão de soluções endovenosas associadas às complicações da doença de
base. Neste caso, a causa de base deve ser investigada e a alimentação,
com restrição de sódio e água deve ser introduzida precocemente, visto ser
fundamental no tratamento. Os pacientes sépticos, geralmente apresentam
taxas de água corporal aumentada podendo atingir um acúmulo de 10 a 20
litros, condição que reflete diretamente na densidade corporal, modificando
os valores observados em homens sadios (1,015-1,086 Kg/mL). Objetivo:
Determinar a densidade corporal, o percentual de água e minerais de
pacientes críticos em tratamento intensivo com sobrecarga de líquidos.
Método: Consistiu na análise secundária de dados de um estudo transversal
conduzido entre dezembro de 2011 a março de 2012, num total de 20
pacientes críticos provenientes de uma UTI de Manaus. Utilizou-se medidas
antropométricas, somatório de dobras cutâneas e equações de predição
segundo modelo de quatro compartimentos para estimar a quantidade de
água corporal [AGUA%= (79,45)-(0,24*peso)-(0,15* idade, sexo masculino]; [AGUA%= (69,81)-(0,3*peso)-(0,2*idade, sexo feminino)] e minerais
[Minerais% = (altura (cm)*2,46 * 0,0326)/(peso corporal * 100) *100]. A
densidade corporal foi obtida a partir da equação DC= (1.1765-0.0744)*
P-149 IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DO RISCO PARA DEFINIÇÃO
DE CONDUTAS DE RECUPERAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PARA
PACIENTES ONCOLÓGICOS INTERNADOS
JULIANA CORRÊA DO NASCIMENTO (NUTRICIONISTA - FUNDAÇÃO
CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ); DERLYANE
CONSOLAÇÃO SIMÃO DE PAIVA (NUTRICIONISTA - FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ); BETHÂNIA ESTEVAM
MOREIRA CABRAL (NUTRICIONISTA RESPONSÁVEL TÉCNICA - FUNDAÇÃO
CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ); JOSÉ CLAÚDIO
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
75
Suplemento Nutrição Clínica/2013
SOUZA (NUTRÓLOGO - FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO
CÂNCER DE MURIAÉ); ANA CAROLINA FERREIRA FÉLIX (NUTRICIONISTA
- FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ);
MARINA SANTANNA LOPES (NUTRICIONISTA - FUNDAÇÃO CRISTIANO
VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ)
observou-se que dentre os pacientes eutróficos, 31,8% apresentaram piora
no estado estado nutricional. Dos pacientes inicialmente classificados como
levemente e moderadamente desnutridos, 45,5% e 30%, respectivamente,
apresentaram piora do estado nutricional. Dentre aqueles classificados
como gravemente desnutridos, não foi observada melhora no estado
nutricional. Entretanto, a taxa de desnutrição mostrou-se menor quando
comparado a dados de anos anteriores. Foi observada uma prevalência
negativa na evolução nutricional dos pacientes, o que enfatiza a importância da realização da triagem, seguida da avaliação nutricional no início
da internação, permitindo assim a rastreabilidade da desnutrição, dada
a importância de um adequado estado nutricional para a evolução clínica
dos pacientes.
Introdução:Cerca de 85% dos pacientes oncológicos encontram-se em
estado de risco nutricional ou desnutrição devido à doença ou seu tratamento (Buschinelli e Piovacari, 2011). O estabelecimento de indicadores
como antropometria e exames laboratoriais que evidenciem o paciente em
risco nutricional é necessário para possíveis intervenções precoces (INCA,
2011). Atualmente a Avaliação Subjetiva Global (ASG) é utilizada para
identificar esse paciente, além de ser um método simples, de baixo custo
e que pode ser realizado por todos os profissionais da área da saúde em
poucos minutos no leito do paciente (Waitzberg, 2001). Pesquisas indicam
que o bom estado nutricional melhora a terapêutica e a evolução clínica
do paciente oncológico, com isso a importância de determinar as intervenções nutricionais adequadas, e consequentemente, melhorar ou manter o
estado nutricional do paciente e sua qualidade de vida (Bentes et al, 2009;
Huhmann e Cunningham, 2005). Objetivo: Apresentar os resultados da
classificação de risco nutricional estratificando perda ou ganho ponderal,
demonstrando a importância do conhecimento deste contexto para definição
de condutas nutricionais adequadas para recuperação do estado nutricional.
Método: A coleta dos dados ocorreu no período de janeiro a junho
de 2013. A classificação do estado nutricional foi verificada através da
Avaliação Subjetiva Global adaptada para a instituição e a aferição do
peso realizada com a balança digital, segundo procedimento operacional
padrão do hospital, na admissão dos pacientes e na alta. Resultados:
No estudo foram identificados 118 pacientes internados classificados em
risco nutricional, no período de janeiro a junho de 2013. De acordo com
os dados compilados, 57% dos pacientes apresentaram ganho ponderal,
35% evoluíram com perda de peso e os demais, 8%, mantiveram o peso.
Foi verificada uma média de ganho de ponderal de 1,37kg e de perda de
peso de 1,18kg. Quando analisados os motivos da perda de peso, a principal causa identificada foi a baixa ingestão alimentar dos pacientes devido
aos efeitos colaterais do tratamento, principalmente a quimioterapia. Já o
ganho ponderal justifica-se na intervenção nutricional e boa tolerância da
terapia instituída. Conclusão: O reconhecimento do paciente classificado
em risco nutricional é de suma importância para que possíveis intervenções nutricionais sejam realizadas de forma precoce, a fim de promover o
estado nutricional adequado do paciente evitando assim o declínio para
a desnutrição.
P-151 APLICABILIDADE DE TRIAGEM NUTRICIONAL PADRÃO FRENTE
À AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL E NUTRITIONAL RISK SCREENING
LIZANDRA TRALDI MENDONÇA SANCHES (HOSPITAL DO CORAÇÃO);
APARECIDA NATANE VIEIRA DE SOUZA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); CAMILA
ANDRADE PEREIRA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); ROSANA PERIM COSTA
(HOSPITAL DO CORAÇÃO)
Introdução: Pesquisas nacionais e internacionais demonstraram alto índice
de pacientes hospitalizados com desnutrição. Portanto, uma ferramenta
de triagem nutricional eficiente pode ajudar na identificação precoce de
risco nutricional ou desnutrição, melhorando o prognóstico e evolução
clínica. Objetivo: Avaliar a autenticidade da ferramenta triagem nutricional
padrão de um hospital particular de São Paulo, frente aos instrumentos:
Avaliação Subjetiva Global (1987) e Nutritional Risk Screening (NRS)(2002),
na detecção do risco nutricional de pacientes adultos e idosos. Método:
Estudo de campo não direcional, observacional transversal, não controlado,
com eixo de seleção incompleto. Amostra de 241 pacientes internados até
48 horas. As ferramentas de triagem foram aplicadas em cada paciente
com a intenção de confrontar os diagnósticos e avaliar sua praticidade e
tempo. Os questionários foram realizados verbalmente e o tempo de cada
triagem foi cronometrado. Para as variáveis numéricas foi calculado desvio
padrão e média, com o auxílio do programa estatístico STATISTICA 7.0.
O estudo foi submetido ao Comitê de Ética da Instituição e aprovado sob
o número: 08730412.7.0000.0060. Resultados: A amostra compôs-se
de 241 pacientes, com média de idade de 63 anos ± 15,53, sendo 157
homens e 84 mulheres. Na Avaliação Subjetiva Global 94,2% pacientes
foram classificados como bem nutridos, 5,8% como moderadamente
desnutridos e casos nulos de desnutrição, tempo médio de aplicação: 3
minutos e 30 segundos. Na NRS 93,8% não apresentaram risco nutricional
enquanto 6,2% apresentaram risco nutricional, sendo a maioria idosos com
mais de 60 anos, tempo médio: 28 segundos. Na Avaliação Nutricional
Admissional do hospital 19,9% foram classificados com nível de assistência
Primário, 66,4% Secundário e 13,7% Terciário, tempo médio: 3 minutos.
Conclusão: O método de avaliação nutricional admissional padronizado
na Instituição obteve sensibilidade na detecção do risco nutricional ou
desnutrição semelhante aos demais instrumentos. O método apresentou
aspectos positivos em relação aos demais por identificar também o desvio
nutricional à direita (excesso de peso). A NRS demonstrou ser o método
mais rápido, porém os demais não excederam a 3 min e 30s, demostrando
também praticidade na aplicação.
P-150 ANÁLISE DA EVOLUÇÃO NUTRICIONAL DOS PACIENTES EM
INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE CURITIBA- PR
LARISSA NEGRELLO ORSO (HOSPITAL DO TRABALHADOR); TELMA SOUZA E
SILVA GEBARA (UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ); MARY EVELYN PISTORI
SBALQUEIRO (HOSPITAL DO TRABALHADOR)
Introdução: A elevada incidência de desnutrição hospitalar, assim como a
piora do estado nutricional observado durante o internamento, enfatizam
a necessidade de atenção sobre a situação nutricional e sua relação no
tratamento e recuperação dos pacientes. Com o objetivo de verificar a
evolução do diagnóstico nutricional dos pacientes, foram analisadas 1888
fichas de avaliação nutricional de pacientes internados na enfermaria de
clínica cirúrgica de um hospital de trauma de Curitiba no período de maio
de 2012 a maio de 2013. O serviço realiza triagem nutricional (NRS 2002),
seguida de avaliação antropométrica (IMC, pregas e circunferências) nos
paciente que apresentam risco nutricional, sendo essa repetida a cada 7
dias durante a hospitalização. Inicialmente, foi observada incidência de
59,4% de eutrofia e 9,6% de desnutrição, considerada grave em 2,1% dos
pacientes. Com relação à evolução nutricional durante o internamento,
P-152 CONCORDÂNCIA ENTRE DOIS MÉTODOS DE TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
MARIA GRACIANNY DA SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); MARINA
DE MORAES VASCONCELOS PETRIBÚ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO); KEILA FERNANDES DOURADO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO); DIONISIO HENRIQUE AMARAL DA SILVA (HOSPITAL
BARÃO DE LUCENA); AMANDA FERNANDES OLIVEIRA DE SOUZA
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
76
Suplemento Nutrição Clínica/2013
(HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); CLÁUDIA MOTA DOS SANTOS (HOSPITAL
BARÃO DE LUCENA)
complicações gestacionais. Avaliou-se o consumo alimentar com a aplicação do recordatório de 24 horas. A necessidade energética foi estimada
pelo cálculo simplificado da RDA (1989), a de proteína (PTN) pela FAO/
OMS (1985) e as porcentagens de macronutrientes foram estabelecidas
segundo a DRI (2002). Para os micronutrientes, utilizaram-se os valores da
FAO/NIH/IOM (2000). A classificação da adequação do consumo seguiu os
critérios da OMS (1990). Os dados foram analisados no programa STATA
11.0 e adotado nível de significância de 5%. A associação das variáveis
quantitativas foi avaliada pelos testes ANOVA ou Kruskal-Wallis e a normalidade das variáveis quantitativas pelo Teste Shapiro Wilk. Resultados: A
média de idade das gestantes foi de 25,9 anos (±5,4), com maioria de
cor não branca (89,6%), em união estável (56,2%), com renda familiar de
1 a 2 salários mínimos (75%) e ensino médio completo (45,8%). A média
de consumo de energia da dieta foi de 1716,4 kcal (±563,9), com 72,9%
da amostra apresentando consumo insuficiente quando comparado à
recomendação, a média de PTN foi de 74,3g/dia (±26,7), com consumo
excessivo em 45,8% das gestantes. Quanto à distribuição percentual de
macronutrientes, identificou-se média de 18% de proteínas, 26% de lipídios
e 56% de carboidratos. Entre os micronutrientes, apresentaram consumo
inadequado: cálcio, ferro, vitaminas A e C. Quando comparado o consumo
alimentar com a renda familiar, PTN (%), sódio (Na) e vitamina C foram os
únicos que tiveram associações significantes. Conclusão: A maioria das
gestantes apresentou consumo insuficiente de energia e de micronutrientes
e consumo excessivo de PTN(g). Portanto, deve-se dar maior atenção ao
acompanhamento nutricional das gestantes, buscando melhoria da qualidade da alimentação e orientando quanto às quantidades adequadas dos
nutrientes para essa fase.
Introdução: A desnutrição nos últimos anos tem sido um fator preocupante entre pacientes hospitalizados e seu aparecimento só tende a
crescer durante a permanência hospitalar. Por esse motivo se faz cada
vez mais necessário a realização de métodos de triagem nutricional,
que detectam o risco nutricional, como é o caso da Triagem de Risco
Nutricional 2002(NRS 2002) e o Instrumento Universal de Triagem de
Desnutrição (MUST). Objetivo: Avaliar o risco nutricional através da
NRS 2002 e da MUST, além da concordância entre os dois métodos,
em pacientes hospitalizados. Método: O estudo foi do tipo transversal,
realizado entre abril a junho de 2013 em pacientes internados na clínica
médica de um hospital estadual de Pernambuco. A amostra foi composta
por 60 pacientes, com patologias diversas e idade superior a 18 anos, de
ambos os sexos, que se encontravam em condições físicas e mentais para
realização dos procedimentos necessários. Foram excluídos, pacientes
incapazes de prestar informações, acamados, gestantes. Todos foram
triados até 72 horas após a admissão hospitalar, através das triagens
NRS 2002 e MUST. Os dados foram analisados no programa Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21. A concordância entre
os métodos foi medida através do índice kappa, considerando ruim
valores menores que 0,00, fraca entre 0.00 e 0.20, sofrível de 0.21 a
0.40, regular de 0.41 a 0.60, boa de 0.61 a 0.80, ótima de 0,81 a 0,99
e perfeita igual a 1.00. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Federal de Pernambuco (nº CEP 231.736). Resultados:
Dos 60 pacientes avaliados, 56,7% eram do sexo masculino e 43,3% do
sexo feminino, com idade média de 44,47 &#61617; 15,39 anos. De
acordo com a NRS 2002, 30,0% dos pacientes apresentaram risco nutricional, enquanto a MUST evidenciou 28,3% e 11,7% com médio e alto
risco nutricional, respectivamente. Observou-se uma boa concordância
entre os dois métodos (índice kappa = 0,638), sendo que dos pacientes
classificados como apresentando baixo risco pela MUST, apenas 5,6%
foram classificados como possuindo risco nutricional pela NRS2002 e
dos pacientes classificados como risco médio ou alto pela MUST, 33,3%
foram classificados como sem risco através da NRS 2002. Conclusão:
Diante dos resultados encontrados houve uma boa concordância entre os
dois métodos. Dessa forma tanto a NRS 2002 quanto a MUST podem ser
utilizadas para detecção do risco nutricional em pacientes hospitalizados.
P-154 ADEQUAÇÃO CALÓRICO-PROTEICA EM UMA UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA: APLICAÇÃO DE INDICADORES DE
­QUALIDADE
WÉLLIDA BRÍGIDA GOMES DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); CELINA DE AZEVEDO DIAS
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP);
JACQUELINE ELINEUZA DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); CLAUDETE XAVIER DO NASCIMENTO
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP);
FRANCISCA LEIDE DA SILVA NUNES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ELDA SILVA AUGUSTO DE ANDRADE
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP)
P-153 CONSUMO ALIMENTAR DE GESTANTES ATENDIDAS EM UM
HOSPITAL DO MUNICIPIO DE SÃO LUIS, MARANHÃO
Introdução: Os pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva
(UTI) apresentam como característica comum o estado de hipermetabolismo, que elevam as suas necessidades nutricionais. O elevado índice de
desnutrição nesses pacientes, desfavorece o seu prognóstico e aumenta a
morbimortalidade. A aplicação dos indicadores de qualidade em terapia
nutricional enteral (TNE) possibilita a identificação das não conformidades
da assistência nutricional, garantindo a sua qualidade. Objetivo: Avaliar
a TNE por meio dos indicadores de qualidade em pacientes internados na
UTI clínica de um Hospital da cidade do Recife. Método: Estudo retrospectivo realizado durante o período de janeiro a julho de 2013 com dados
obtidos das fichas de acompanhamento de TNE de pacientes admitidos na
UTI clínica adulto de um Hospital da cidade do Recife. Foram aplicados
dois indicadores de qualidade: 1. Frequência de aporte calórico adequado
em pacientes em TNE; 2. Frequência de dias de administração com aporte
protéico insuficiente no total de dias de pacientes em TNE, de acordo com
a proposta da Força Tarefa em Nutrição Clínica (ILSI, 2008). Resultados:
A amostra estudada (N=60) foi composta de 55% de pacientes do gênero
feminino e 45% gênero masculino, com idade média de 59,78 anos (+
19,55). O tempo médio de permanência na UTI foi de 8,5 dias (variação
de 06 a 15). A estimativa média das necessidades nutricionais foi de 25,69
Kcal/kg/dia (variação de 24,78 a 27,25) para energia e 1,14 g/kg/dia (±
0,16) para proteínas. Todos os pacientes receberam dieta enteral com loca-
BRUNA RENATA FERNANDES PIRES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); ADRIANA FONSECA TEIXEIRA
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO);
KÁTIA DANIELE ARAÚJO LOURENÇO VIANA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO MARANHÃO); LUANA LOPES PADILHA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO MARANHÃO); LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); ALINE
DIAS GUIMARÃES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO)
Introdução: Na gestação ocorrem alterações das necessidades nutricionais para que seja possível o desenvolvimento do bebê e para suprir as
necessidades nutricionais da gestante. Durante essa fase, há a necessidade
adicional de energia devido ao crescimento do feto, da placenta e tecidos
maternos. Ainda, o consumo inadequado de vitaminas e minerais está
associado a desfechos gestacionais desfavoráveis. Objetivo: Analisar o
consumo energético, de macronutrientes e micronutrientes de gestantes no
pré-parto. Método: Estudo transversal realizado com 48 gestantes adultas,
em trabalho de parto, atendidas em uma maternidade pública, em São
Luis, Maranhão. Foram excluídas aquelas com gravidez múltipla e com
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
77
Suplemento Nutrição Clínica/2013
lização pós-pilórica, industrializada, em sistema aberto, administrada em
bomba de infusão contínua. Os principais diagnósticos encontrados foram
doenças oncológicas (55%), pulmonares (11,66%), cardíacas (5%), renais
(5%) e hepáticas (5%). A aplicação dos indicadores de qualidade revelou
que a frequência do aporte calórico adequado foi 81,48% e a frequência
de dias de administração com aporte protéico insuficiente foi 5,2%, equivalentes às metas propostas: >70% e < 10% respectivamente. Conclusão:
Os resultados encontrados dos indicadores de qualidade atenderam a meta
proposta pela literatura, indicando que o acompanhamento da TNE está
ocorrendo de forma contínua e de acordo com referenciais científicos. A
utilização dos indicadores de qualidade permitem monitorar a evolução da
qualidade da assistência nutricional, sendo de grande importância ao considerar as dificuldades existentes na avaliação nutricional do paciente crítico.
prescritos em pacientes em terapia nutricional oral/enteral, internados em
UTIP. Método: Estudo prospectivo com coleta de dados primários, realizado
na UTIP de um hospital especializado em cardiopneumologia. O estado
nutricional foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal para a idade
e da circunferência do braço. As necessidades energético-proteicas foram
estimadas por meio das equações propostas pelo Institute of Medicine. Foi
verificada a aceitação da dieta via oral, bem como o volume infundido de
fórmula enteral, o tempo em jejum prévio à Terapia nutricional enteral,
interrupções no fornecimento da dieta e intercorrências, e tempo de ventilação mecânica. A adequação prescrito/ingerido foi analisada em porcentagem. Foram considerados significantes valores de p<0,05. Resultados:
Foram acompanhados 12 pacientes, dos quais 41,7% desnutridos, 41,7%
eutróficos, 8,3% sobrepeso e 8,3% obesidade. Houve variação média de
193,22% ± 115,33 entre as necessidades energéticas diárias estimadas e
a dieta prescrita, e de 157,84% ± 100,73 entre as necessidades proteicas
e a dieta prescrita, porém não se estabeleceu relação estatística significante (p>0,05), 16,7% apresentou consumo energético abaixo de suas
necessidades, e 33,3% consumo proteico inferior às necessidades (p>0,05).
Conclusão: Foi observada uma tendência de prescrições dietéticas hipercalóricas e hiperproteicas para pacientes críticos internados, favorecendo
ganho ponderal e balanço nitrogenado positivo. Ressalta-se a importância
do acompanhamento nutricional individualizado para que sinais de hiperalimentação possam ser evitados ao longo do tratamento.
P-155 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE JOVENS ATLETAS DE UM CENTRO
DE TREINAMENTO ESPORTIVO
BÁRBARA CRISTINA GUEDES MIRANDA (UFMG); LETÍCIA FREITAS ZANON
(UFMG); LICIA TORRES (UFMG); GÉSSIKA VIEIRA BARBOSA (UFMG);
JANAINA LAVALLI GOSTON (UFMG); SIMONE DE VASCONCELOS GENEROSO (UFMG)
Introdução: A adolescência é caracterizada por intenso desenvolvimento
e crescimento sendo fase importante do ponto de vista nutricional, em
especial quando há participação em atividades esportivas. O objetivo deste
estudo foi avaliar o perfil nutricional de jovens participantes do programa
contínuo de formação de atletas em um centro de treinamento esportivo
universitário. Método: Trata-se de dados preliminares de estudo piloto
envolvendo 18 atletas de ambos os sexos, com idades entre 12 e 15 anos.
A classificação do estado nutricional foi obtida pela caracterização do perfil
antropométrico, adequação da ingestão de energia, macro e micronutrientes. Resultados: A média dos valores de IMC foi de 21,0±3,5 Kg/m2
e do percentual de gordura corporal de 21,6±8,5%GC, em que a maioria
apresentou %GC adequado (66,7%). Metade da população estudada
apresentou consumo energético abaixo do recomendado, ainda que o
consumo de macronutrientes segundo as recomendações propostas pelas
DRIs (ingestão dietética de referência) estão adequados (57,5±8,1%carboidratos; 13,8±5,4%proteínas; 28,6±5,3%lipídios). Considerando o consumo
em g/kg de peso corporal, o de proteínas (1,4 ± 0,56g/kg/d) e carboidratos (8,24 ± 5,76g/kg/d) foi adequado mas o de lipídios (1,5 ± 0,75g/
kg/d)foi elevado. A ingestão de cálcio estava abaixo da recomendada em
77,8% da população e a de ferro em 38,9%.Conclusão: Os jovens atletas
apresentam maior demanda energética inerentes ao ciclo de vida e níveis
de treinamento físico. Intervenções nutricionais devem ser realizadas para
corrigir as inadequações dietéticas observadas, tais como a baixa ingestão
de cálcio, ferro e energética, além do alto consumo de lipídeos, a fim de
favorecer o desempenho físico e de saúde dos mesmos.
P-157 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
ANA CRISTINA FREITAS RIBEIRO (SCMBA); ANDRÉ NEY MENEZES FREIRE
(SCMBA); DARCI MALAQUIAS DE OLIVEIRA BARBOSA (SCMBA); IANA
CORREIA REIS SANTOS (SCMBA); DANIELE LEAL BRAGA DA SILVA (SCMBA);
GIOVANNA LÚCIA OLIVEIRA BONINA COSTA (SCMBA)
Introdução: No Brasil, a desnutrição hospitalar é uma realidade e um
desafio para os profissionais da saúde, sendo esta responsável por maiores
índices de morbidade e mortalidade e aumento no tempo de internação.
Frente a esta realidade, a Terapia Nutricional Enteral (TNE) vem sendo
amplamente utilizada por trazer grandes benefícios ao paciente, entretanto, alguns estudos revelam que sua administração é prejudicada por
vários fatores, como: jejum para exames, pausas para procedimentos,
disfunções do trato gastrintestinal e ausência de equipe especializada e
que, freqüentemente, os pacientes recebem aporte nutricional inferior ao
prescrito. Assim sendo, o monitoramento diário da oferta nutricional através
de indicadores de qualidade, permite o estabelecimento de estratégias
para aumentar a eficiência da TNE e melhorar a qualidade assistencial ao
paciente. Objetivo: avaliar os indicadores de qualidade da terapia nutricional enteral em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital
Filantrópico de Salvador – BA e analisar as complicações apresentadas por
estes de acordo com os parâmetros estabelecidos na literatura. Método:
Trata-se de estudo observacional, prospectivo, a coleta de dados foi realizada com pacientes maiores de 18 anos internados em uma UTI de um
Hospital Filantrópico da cidade de Salvador - BA, durante o período de
dezembro de 2012 à fevereiro de 2013, atendidos pelo Serviço de Terapia
Nutricional. Foram aplicados os indicadores de qualidade de acordo com a
proposta da Força Tarefa em Nutrição Clínica (ILSI, 2008). Os dados foram
descritos por distribuição de freqüência simples, média e desvio padrão e
processados no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences),
versão 11.0. Resultados: A amostra foi composta por 51 indivíduos,
sendo 56,9% do gênero feminino. A média de idade encontrada foi de
62,4 ± 17,5 anos. Dentre as afecções principais estão as enfermidades do
sistema nervoso central (70,5%) seguido das infecções sistêmicas (15,6%).
A meta calórica foi adequada em 62,7% dos casos. Dentre as complicações
relacionadas à nutrição enteral, foi observado que, 23,5% apresentaram
diarréia, 15,7% distensão abdominal, 94,1% ficaram em jejum prolongado
para algum procedimento e 39,2% tiveram resíduo gástrico elevado em
P-156 AVALIAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES INTERNADOS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
DE UM HOSPITAL ESPECIALIZADO EM CARDIOPNEUMOLOGIA
FELIPE MANFRA (); HELENICE MOREIRA DA COSTA (INSTITUTO DO
CORAÇÃO); PATRICIA TIEMI HIDAKA (INSTITUTO DO CORAÇÃO); LETÍCIA
GOMES DE OLIVEIRA (INSTITUTO DO CORAÇÃO); MITSUE ISOSAKI (INSTITUTO DO CORAÇÃO)
Introdução: A prevalência de desnutrição hospitalar entre indivíduos
admitidos em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) é de 24,1%.
A disparidade entre prescrito/administrado, propicia balanço energéticoproteico negativo, relacionado ao decréscimo dos parâmetros antropométricos e desnutrição. Objetivo: Comparar e verificar a porcentagem de
adequação dos valores energético-proteico ingeridos/administrados com os
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
algum momento do internamento. Conclusão: Na população estudada, a
frequência de interrupção da nutrição enteral é significativamente elevada.
O jejum prolongado aparece como motivo mais frequente de interrupção.
Diante do exposto, ressalta-se a importância da aplicação dos indicadores
de qualidade em TNE visando um adequado monitoramento na evolução
da qualidade de assistência nutricional prestada.
Hábitos alimentares de idosos participantes “Programa de atividade física
para a promoção de corpo e mente saudável no envelhecimento”
Barretto, EMF; Silva, JR ; Santos, PAS; Holanda, TMA; Costa, AS.
Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2003),
gradativamente vem ocorrendo grandes mudanças no estilo de vida das
pessoas no mundo, e isso têm se refletido nos hábitos alimentares. De
acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, uma alimentação
saudável deve ser acessível, variada, referenciada pelo hábito alimentar,
harmônica em quantidade e qualidade, e adequada às necessidades. O
envelhecimento está relacionado com alterações fisiológicas que afetam a
necessidade de vários nutrientes. A orientação nutricional é especialmente
importante para os idosos devido às mudanças fisiológicas e aparecimento
de doenças relacionadas ao envelhecimento. Este, apesar de ser um
processo natural, submete o organismo a diversas alterações com repercussões nas condições de saúde e nutrição do idoso. Objetivo: O trabalho
teve como objetivo identificar a freqüência do consumo de alimentos energéticos, protéicos e reguladores, através da aplicação do Questionário de
Frequência Alimentar (QFA) por idosos participantes do projeto. Método:
Para avaliação qualitativa da dieta utilizou-se um questionário já validado
de frequência de consumo alimentar, elaborado por Maciel & Enes (2006).
Foram entrevistados 30 idosos, sendo 04 do sexo masculino e 26 do sexo
feminino. Resultados: Entre os alimentos protéicos, o leite (43,3%), queijo
branco (46,6%), carne bovina (23,3%), o feijão (73,3%) e os ovos (13,3%)
se destacaram pelo consumo acima de quatro vezes por semana. Entre os
alimentos reguladores a ingestão de hortaliças, frutas e verduras mostrouse satisfatória, verificado consumo por mais da metade dos entrevistados.
Dentre os alimentos energéticos avaliado pelo QFA, identificou-se maior
consumo pelos idosos de arroz (86,66%) seguido do pão (53,33%). O suco
de frutas (73,3%) era consumido diariamente. Quanto à ingestão de frutas
e verduras, apresentaram consumo diário de 60% e 85%. Óleos e gorduras
eram consumidos por mais de 90% dos entrevistados, sendo que a preferência foi o azeite (46,66%). Estes resultados se mostram favoráveis, visto
o baixo consumo destes por outros extratos da população. Conclusão: As
características e as transformações pelas quais passam os indivíduos com
o avanço da idade, demonstram a necessidade de ações mais efetivas no
controle e/ou na prevenção dos fatores relacionados à saúde na terceira
idade, resultantes de estilo de vida.
P-158 NUTRIÇÃO PRECOCE E ADEQUAÇÃO CALÓRICO- PROTEICA DA
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS
ANA CAROLINA SALES DOS SANTOS (UFPE-HSE); ANNE ELLEN ALVES E
OLIVEIRA (HSE); MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (HSE); LAURA
MATA DE LIMA SILVA (UFPE-HSE); NÍVOLA BEATRIZ MENDONÇA DE
ARRUDA (UFPE-HSE); ANDRESSA FARIA NEVES LOPES (HSE)
Introdução: A Desnutrição é uma realidade comum para o paciente
crítico devido o estado hipermetabólico bem como a oferta nutricional
inadequada. Neste contexto, a Terapia Nutricional Enteral (TNE) adequada
é essencial para a recuperação e/ou manutenção do estado nutricional
destes pacientes. Segundo a American Society for Parenteral and Enteral
Nutrition (ASPEN) em 2009, a Terapia Nutricional (TN) precoce deve ser
iniciada entre 24 a 48 horas após internamento, além disso, a meta nutricional estimada deve ser alcançada em até 72 horas após inicio da TNE.
Estas práticas estão relacionadas com melhora do balanço nitrogenado e
melhora da imunidade. Objetivo: Avaliar o estado nutricional, estimar as
necessidades, descrever o tempo para início da TNE e a adequação da oferta
nas primeiras 72 horas do início da TNE em pacientes críticos internados em
um hospital público. Método: Estudo realizado com pacientes de ambos os
sexos, em uso de TNE, internados nas Unidades de Terapia Intensiva de um
hospital público de janeiro a julho de 2013. Amostra caracterizada segundo
sexo e idade. Classificou-se o estado nutricional utilizando-se Índice de
Massa Corpórea (IMC), Circunferência do Braço (CB) e Circunferência da
Panturrilha (CP). Para a classificação do IMC, utilizou-se o ponto de corte
da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1995) para adultos e para idosos
o proposto por LIPSCHITZ (1994). Para CB, considerou-se a classificação de
BLACKBURN (1979), e para CP, o ponto de corte da OMS (1995). Necessidades estimadas segundo recomendação da European Society for Clinical
Nutrition and Metabolism (ESPEN). A nutrição foi considerada precoce
quando iniciada em até 48 horas da admissão (ASPEN, 2009). Resultados:
Foram avaliados 41 pacientes, sendo 63,4% do sexo feminino, com idade
média 74,9 &#61617; 12,09 anos, em sua maioria, maiores de 60 anos
(90,3%). Segundo IMC, 53,6% dos pacientes eram desnutridos. Utilizando
valores de CP e adequação de CB, isoladamente, observou-se um percentual
ainda maior de desnutrição (60,9%). A nutrição precoce ocorreu em 85,4%
dos casos, sendo 65,85% iniciada nas primeiras 24 horas. Nas primeiras
72 horas de TNE, em 39,1% dos casos não foi obtida a adequação da
oferta às necessidades, tendo como principal motivo a instabilidade hemodinâmica (62,5%). Conclusão: A instabilidade hemodinâmica é prevalente
em pacientes críticos, e, por sua vez, acaba retardando o início precoce
ou a progressão adequada da TNE. Isso contribui para os altos índices de
desnutrição encontrados nesses pacientes, agravando a depleção do estado
nutricional comumente observada.
P-160 PREVALÊNCIA DE CO-MORBIDADES EM PACIENTES DIABÉTICOS
ATENDIDOS EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA
ARABELA VIEIRA CLEMENTINO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,
JOÃO PESSOA); FLÁVIA LIMA NUNES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAÍBA,JOÃO PESSOA); KEYTH ULAMITTA DE LIMA GUIMARÃES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,JOÃO PESSOA); REIDENE SIMPLICIO DA
SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,JOÃO PESSOA); MARIA DA
CONCEIÇÃO RODRIGUES GONÇALVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAÍBA,JOÃO PESSOA)
Introdução: A prevalência do diabetes mellitus está aumentando de
forma exponencial, adquirindo características epidêmicas em vários países.
As complicações crônicas do diabete são as principais responsáveis pela
morbidade e mortalidade desses pacientes, sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de morte. A adiposidade, em especial a visceral,
está intimamente ligada à resistência insulínica e ao diabete, dessa forma
a obesidade e a diabete são doenças que têm forte associação. Esse
estudo possui como objetivo avaliar a prevalência de co- morbidades
em pacientes diabéticos atendidos em uma instituição pública. Foram
avaliados 57 pacientes diabéticos a parti da aplicação de um questionário
semi-estruturado, desenvolvido com o objetivo de traçar o perfil desses
pacientes. Desse modo, foram selecionados os dados relacionados à saúde
e antropométricos para caracterização das patologias associadas aos
P-159 HÁBITOS ALIMENTARES DE IDOSOS PARTICIPANTES
“PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA A PROMOÇÃO DE CORPO
E MENTE SAUDÁVEL NO ENVELHECIMENTO”
EDIGLEIDE BARRETTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JOYCE
SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PAULA SANTOS
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); THIALLY HOLANDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); ANDRÉ COSTA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO)
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
pacientes diabéticos e o seu estado nutricional. Dos diabéticos atendidos
28 % eram homens e 72 % eram mulheres, com média de 59± 10,3 anos
de idade. Destes, 39 % eram diabéticos tipo 1 e 61% eram diabéticos tipo
2. Segundo o Índice de Massa Corporal os homens apresentaram média de
29,8±6,16 kg/m² e as mulheres de 29,9±6,22 kg/m ². Foram identificadas
18 patologias crônicas não transmissíveis, entretanto foram selecionadas
para este estudo aquelas que obtiveram a prevalência p&#8805;4. Dentre
as doenças que acometiam os diabéticos estavam a Hipertensão Arterial
sistêmica em 58 % dos pacientes, Dislipidemia 23 %, Obesidade 22 %,
Hipotireoidismo 9 %, sendo que 4 % não apresentaram doenças crônicas
associadas. Percebeu-se um maior percentual de pacientes diabéticos que
apresentam Hipertensão Arterial Sistêmica e com o índice de massa corporal
alto, indicando um diagnóstico de Obesidade. Percebemos a necessidade
de promover a educação nutricional e adotar medidas dietéticas, na perspectiva de prevenir as complicações decorrentes do diabete Mellitus, e
assim melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
P-162 SUPLEMENTAÇÃO MODICIFICADAS NA TNO NO PACIENTE
ONCOLÓGICO INTERNADO PARA QUIMIOTERAPIA.
ANA CAROLINA BRASIL E BERNARDES (HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL
LIBANIO); VIVIAN MARA SILVA DA LUZ (HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL
LIBÂNIO); ANA CAROLINA FERREIRA DE OLIVEIRA (HOSPITAL DAS CLINICAS
SAMUEL LIBANIO); ERICA CRISTINA MARIANO (HOSPITAL DAS CLINICAS
SAMUEL LIBANIO); THAILA ROMANELLI MOKARZEL DE MELLO (HOSPITAL
DAS CLINICAS SAMUEL LIBANIO); MARCIENE DA SILVA MOREIRA E SILVA
(HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL LIBANIO)
Introdução: Existem no mercado diversos suplementos alimentares para
auxiliar na nutrição de pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico, porém, muitas vezes esta suplementação associada a alimentação,
não consegue atingir as necessidades do paciente, principalmente no
âmbito hospitalar. Para melhorar esta aceitação, algumas técnicas foram
aplicadas, no quesito consistência e apresentação. Uma forma bem aceita
pelos pacientes internados, foi a administração dos suplementos, em
forma de gelatina, em copos com tampa. Esta apresentação foi escolhida,
por minimizar as características da alimentação em ambiente hospitalar.
A receita constitui o seguintes ingredientes:500 ml de água fervida e filtrada
474 ml de Suplemento hiperprotéico e hipercalórico específico para
pacientes oncológicos,170 g de gelatina em pó com sabores variados. A
receita foi ofertada a 100 pacientes internados neste hospital, 2 vezes ao
dia, sendo 100ml por porção. A aceitação destes pacientes foi de 100%.
Na anamnese alimentar verificou-se que a aceitabilidade se deu devido aos
seguintes itens: consistência gelatinosa, temperatura fria e apresentação.
Conclui-se com isso que a imposição de oferta de suplementos muitas vezes
não é bem aceita pelo paciente, porém, quando modificado a forma de
apresentação, tornando o alimento mais familiar a alimentação habitual,
este é melhor aceito e tolerado, já que a introdução de novos alimentos
no ambiente hospitalar pode ser frustrante.
P-163 TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES INTERNADOS EM UM
HOSPITAL PÚBLICO
P-161 NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE: UMA REALIDADE EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM SALVADOR
GIOVANNA LÚCIA OLIVEIRA BONINA COSTA (SCMBA); ANA CRISTINA
FREITAS RIBEIRO (SCMBA); ANDRÉ NEY MENEZES FREIRE (SCMBA); IANA
CORREIA REIS SANTOS (SCMBA); DANIELE LEAL BRAGA DA SILVA (SCMBA);
ILANA D`ANDRADE SOUZA (SCMBA)
Introdução: A terapia nutricional enteral precoce em pacientes internados
na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem objetivos específicos: melhora
da resposta imune, prevenção da atrofia intestinal evitando translocação
bacteriana e diminuição da resposta inflamatória. Ao avaliar o risco e o
benefício da terapia nutricional, conclui- se que ele sempre tem sido um
fator benéfico; assim, nos dias atuais é imprescindível a avaliação para
introdução da terapia nutricional precoce. Para início da Nutrição Enteral
Precoce (NEP) – aquela instituída em até 48 horas da admissão – deve-se
avaliar o funcionamento do intestino, principalmente, em pacientes críticos
que passaram por momentos de instabilidade hemodinâmica. Objetivo:
Analisar a instituição da nutrição enteral precoce em pacientes adultos e
idosos admitidos em uma UTI de um hospital filantrópico de Salvador e identificar o motivo de não introdução da mesma. Método: trata-se de estudo
observacional, prospectivo, a coleta de dados foi realizada com pacientes
adultos e idosos internados em uma UTI de um Hospital Filantrópico de
Salvador - Bahia, durante os meses de dezembro de 2012 à fevereiro de
2013, atendidos pelo Serviço de Terapia Nutricional. Analisaram-se dados
como: idade, sexo, afecção principal, diagnóstico nutricional, início de NEP e
fatores limitantes para não introdução da mesma. Os dados foram descritos
por distribuição de freqüência simples, média e desvio padrão e processados
no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 11.0.
Resultados: A amostra foi composta por 51 indivíduos, sendo 56,9% do
gênero feminino. A média de idade encontrada foi de 62,4 ± 17,5 anos.
Dentre as afecções principais estão as enfermidades do sistema nervoso
central (70,5%) seguido das infecções sistêmicas (15,6%). Quanto ao estado
nutricional observou-se que 64,7% destes apresentavam-se desnutridos,
35,3% em risco nutricional. Instituiu-se NEP em 82,4% dos pacientes analisados, sendo observados como motivo para não introdução da mesma nos
17,6% dos pacientes restantes: presença de instabilidade hemodinâmica
em 88,9% dos casos, seguidos de dificuldade de passagem de SNE em
11,1% dos casos. Conclusão: A nutrição enteral é recomendada como
terapia ideal para pacientes críticos, sendo considerada cuidado padrão
na maioria das UTIs. Diante dos benefìcios da NEP descritos na literatura, é
importante a agilidade nas decisões relativas à terapia nutricional enteral,
já que são potencialmente capazes de influenciar nos resultados clínicos,
de acordo com recentes evidências.
ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (HSE); SHIRLEY TAVARES DE OLIVEIRA
(HSE); SHEYLANE PEREIRA DE ANDRADE (HSE); ANA CAROLINA SALES
DOS SANTOS (UFPE-HSE); MARIA RAMOS DO NASCIMENTO SILVA (HSE);
MONARA KAELLE CRUZ ANGELIM (HSE)
Introdução: Alterações no estado nutricional contribuem para o aumento
da morbimortalidade, podendo aumentar as complicações e com isso, o
tempo de permanência hospitalar e os custos1. Segundo os dados do IBRANUTRI (2001), 48,1% de 4.000 dos pacientes internados em hospitais da
rede pública do país apresentavam algum grau de desnutrição2. Portanto,
torna-se relevante estabelecer rotinas de screening nutricional que facilitem
a identificação de pacientes que necessitam passar por avaliação mais detalhada a fim de se obter um planejamento dietoterápico individualizado3.
Objetivo: Descrever o risco nutricional de pacientes recém admitidos
no SPA do Hospital dos Servidores do Estado /HSE, na cidade de RecifePernambuco, no período de Março a Junho de 2013, pontuado através da
aplicação de instrumento de triagem nutricional (NRS, 2002)4. Método:
Foi aplicado o protocolo de triagem nutricional (NRS, 2002) implementado
no hospital, em até 72 horas da admissão do paciente. Assim, foi obtido
o escore para classificação do risco nutricional segundo os critérios estabelecidos. Foi considerada a presença de risco nutricional quando escore
total &#8805; 3 e iniciado suporte nutricional após avaliação criteriosa e
individualizada. Quando escore total < 3, classificou-se a ausência desse
risco e a retriagem foi realizada semanalmente. Resultados: De 1019
pacientes admitidos, foram aplicadas 460 triagens (45,1%), porém 56,5%
(n=576) saíram do serviço em menos de 72h (alta/transferência/óbito),
devido à alta rotatividade no setor de emergência. A média de idade foi
de 67,5 (±15,48 anos), na maioria > 60 anos (72,6%),e mulheres (55,2%).
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
Segundo a pontuação da triagem, 22,82% foram considerados com risco
nutricional. Conclusão: A triagem e/ou avaliação nutricional dos pacientes
internados tornam-se importantes instrumentos, uma vez que identificam os
pacientes desnutridos ou em risco nutricional, permitindo uma intervenção
precoce, evidenciando-se também a importância da recuperação do estado
nutricional como variável para sucesso terapêutico da enfermidade.
pacientes, gera disfunções que interferem negativamente no consumo
alimentar e no crescimento/desenvolvimento, ocorrendo muitas vezes
necessidade de alimentação via artificial (sondas ou ostomias). Portadores
de ECNP apresentam, geralmente, necessidade reduzida de calorias, e
frequentemente apresentam tolerância a volumes reduzidos, dificultando
o aporte nutricional adequado de micronutrientes, podendo ocasionar
deficiências nutricionais importantes para o processo de crescimento,
como deficiência de ferro. Objetivo: Associar níveis de hemoglobina e
hematócrito com via de acesso da terapia nutricional de pacientes com
ECNP acompanhados ambulatorialmente. Método: Trata-se de um estudo
transversal realizado no período de março a junho de 2013 com crianças
e adolescentes portadores de ECNP. Foram classificados quanto ao Gross
Motor Function Classification System – GMFCS, que baseia-se na função
motora e estratifica a população em cinco níveis, nível I caracterizado
pela capacidade de caminhar sem dificuldades e nível V pela locomoção
com cadeira de rodas dirigida por cuidador, com subníveis para via de
alimentação (crianças alimentadas via oral e sonda/ostomias). A amostra
foi dividida em 2 grupos – Alimentados via artificial (VA) e alimentados
via oral (VO). Os parâmetros bioquímicos incluíram hemoglobina e de
hematócrito. Os dados foram analisados através do programa SPSS®,
e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: A amostra foi
composta por 17 pacientes, com idade entre 2 e 18 anos, 50% do sexo
masculino e média de idade de 9,4 ± 3,9 anos . Segundo o GMFCS 64,70%
pertenciam ao nível V (n= 11); 12,5 % (n=2) no nível IV; 6,25 no nível 3
(n=1); 6,25 ao nível 2 (n=1) e 12,5 ao nível I (n=2). Todos os pacientes
classificados no nível V recebiam alimentação por via artificial (sonda ou
gastrostomia) e 53% da amostra utilizavam suplementos nutricionais.
Os valores de hemoglobina e hematócrito foram semelhantes entre os
grupos, sendo de hemoglobina 12,73 ± 1,79 mg/dL versus 12,63 ± 1,07
mg/dL para o grupo VA e para o grupo VO respectivamente (p = 0,26).
Os valores de hematócrito também foram semelhantes, 38,41% ± 4,65
e 38,32% ± 3,65 (p = 0,62) para o grupo VA e VO respectivamente.
Conclusão: Os resultados apontam que crianças e adolescentes portadores
de ECNP podem apresentar níveis normais de hemoglobina e hematócrito
quando recebem aporte adequado de micronutrientes.
P-164 EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL ORAL AVALIADA
ATRAVÉS DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM PACIENTES HOSPITALIZADOS.
IANA CORREIA REIS SANTOS (SCMBA); ANA CRISTINA FREITAS RIBEIRO
(SCMBA); DANIELE LEAL BRAGA DA SILVA (SCMBA); ILANA D´ANDRADE
SOUZA (SCMBA); ANDRÉ NEY MENEZES FREIRE (SCMBA); CLAUDIA DA
SILVA DALTRO (SCMBA)
Introdução: A avaliação nutricional é a primeira etapa no processo de
tratamento nutricional (TN), o qual é amplamente conhecido pela sua
importância no acompanhamento hospitalar. Entre os objetivos desta
avaliação, destacam-se: identificar indivíduos que precisam de suporte
nutricional mais intensivo; recuperar e manter o estado nutricional do
indivíduo; escolher o TN mais apropriado e monitorar a eficácia das intervenções realizadas. Dentre as ferramentas utilizadas para tal avaliação,
destaca-se o Teste de Força de Preensão Palmar (FPP), que consiste na
aferição da força máxima de preensão manual e objetiva estimar a função
do músculo esquelético. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da
suplementação nutricional oral (SNO) através da FPP em pacientes hospitalizados em um hospital filantrópico de Salvador. Trata-se de um estudo
longitudinal em que foi verificado a FPP dos pacientes antes do início
da suplementação nutricional e após 5 dias desta, sendo este ofertado
2 vezes ao dia. Utilizou-se o dinamômetro de bulbo da marca Lange; a
aferição foi obtida pela posição padronizada pela American Society of
Hand Therapists. A amostra compôs-se de 27 pacientes com diversos
diagnósticos, exceto os que interfeririam na avaliação, como alteração
do nível de consciência. A escolha da SNO ofertada deu-se pela particularidade do quadro clínico. A medida foi realizada em triplicata e feito
a média dos valores, os quais foram tratados estatisticamente pelo Teste
Paramétrico T para amostras emparelhadas, através do pacote estatístico SPSS 18.0, ao nível de significância de 5%. Observou-se que a FPP
mínima tanto antes quanto depois da implantação do suplemento foi de
2,0. Já em relação FPP máxima, notou-se um aumento de 2,0. Conclui-se
que a suplementação nutricional oral nos pacientes hospitalizados surtiu
aumento na força de FPP no período assistido. No entanto, é necessário
um acompanhamento a maior prazo para uma análise de maior eficácia.
P-166 SARCOPENIA EM IDOSOS INTERNADOS EM HOSPITAL DE
CARDIOLOGIA
ANA MARGARET NASCIMENTO GOMES FARIAS SOARES (INSTITUTO DANTE
PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); NAYARA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE SÃO
JUDAS TADEU); RITA DE CÁSSIA AQUINO (UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
TADEU); DANIELA FRANÇA GOMES (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE
CARDIOLOGIA); DANIEL MAGNONI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE
CARDIOLOGIA); AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA (INSTITUTO
DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA)
P-165 TERAPIA ENTERAL E NÍVEIS DE HEMOGLOBINA E HEMATÓCRITO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA ACOMPANHADOS AMBULATORIALMENTE
Introdução: Sarcopenia é uma palavra de origem grega que significa
“perda de carne” (sarco= perda e penia = carne). É caracterizada pela
associação da diminuição de massa, força e funcionalidade do músculo
esquelético, a depleção se inicia aos 30 anos, evoluindo na quinta década
de vida, quando a proteína muscular contrátil passa a ser substituída por
lipídios. Apesar de frequente nessa população e de ocasionar significativos
prejuízos, ainda são poucos os estudos que avaliam a sarcopenia em
ambiente hospitalar. Objetivo: Dessa forma, o objetivo do presente estudo
foi avaliar a associação de sarcopenia com estado nutricional em pacientes
internados em hospital de cardiologia. Método: Estudo transversal, quantitativo, realizado em 81 idosos internados em um hospital de cardiologia
durante o segundo semestre de 2012. A presença e a classificação de
sarcopenia foi obtida pelo método proposto por Lee et al. e associada a
medidas antropométricas(circunferência do braço, circunferência muscular
do braçoecircunferência da panturrilha), aorisco nutricional (instrumento de
triagem NutritionalRiskScreening- NRS 2002) e a força de pressão palmar
MARIANA GONÇALVES DE ALENCAR (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ELDA SILVA AUGUSTO DE ANDRADE
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP);
ANA CAROLINA RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LARISSA DE ANDRADE VIANA
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP);
LUCIANA DE LIMA ARAÚJO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF.
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP)
Introdução: Encefalopatia crônica não progressiva (ECNP) é uma
desordem do movimento e da postura, persistente, porém variável, surgida
nos primeiros anos de vida pela interferência no desenvolvimento do
sistema nervoso central. O comprometimento motor, característico desses
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Suplemento Nutrição Clínica/2013
(avaliada pelo dinamômetro de mão). Resultados: Os idosos do gênero
masculino apresentaram maior frequência de sarcopeniae associação à
presença de risco nutricional. As medidas antropométricas observadas foram
maiores entre os idosos com ausência de sarcopenia e a força de pressão
palmar diminuiu com a idade (p<0,05). Conclusão: Os dados do presente
estudo indicam que a sarcopenia está associada ao gênero masculino,
a presença de risco nutricional e redução de medidas antropométricas
Introdução: As padarias oferecem grande variedade de produtos,
suficientes para atender à crescente demanda de consumo variado que
abrange desde um simples lanche a refeições principais. As boas práticas
de fabricação abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas
pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a
conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos que
se aplicam a qualquer estabelecimento que manipule, prepare, fracione,
armazene, distribua, transporte ou exponha à venda alimentos preparados
ao consumo. A capacitação fornece aos manipuladores conhecimentos
técnicos e práticos necessários ao desenvolvimento de habilidades e atitudes
de trabalho específicas da área de alimentos. Objetivo: Capacitar funcionários de unidade produtora de refeição e panificação, do município de
Natal/RN, através de uma palestra de boas práticas de fabricação.
Método: Trata-se de um estudo descritivo cuja população estudada foi de
30 indivíduos, com faixa etária entre 23 e 52 anos. A avaliação foi realizada
nas dependências da unidade produtora de alimentos, no período de 10 a
12 de abril de 2013. Para o treinamento, foi realizada uma palestra sobre
manipulação segura dos alimentos e aplicado um questionário, no início
e após o término do evento, estruturado com cinco perguntas referentes
à manipulação segura dos alimentos e higiene pessoal, e finalizando com
uma dinâmica de lavagem das mãos. A intervenção foi realizada durante
o estágio supervisionado do curso de Nutrição da Universidade Potiguar.
Resultados: Dentre os resultados do questionário antecedente ao treinamento, 7 funcionários acertaram 100% das questões, 7 acertaram 80%,
11 acertaram 60% e 5 acertaram 40%. Após a realização do treinamento,
os resultados da aplicação do questionário apresentaram dados significativos. 20 funcionários acertaram 100% das questões, 8 acertaram 80% e 2
acertaram 60%. Conclusão: O resultado confirma que é indiscutível que os
programas de treinamentos específicos para manipuladores de alimentos
constituem o meio mais recomendável e eficaz para transmitir conhecimentos e promover mudanças de atitudes, devendo os manipuladores de
alimentos ser capacitados e supervisionados periodicamente. A capacitação e educação continuada dos manipuladores envolvidos no processo
produtivo de alimentos se faz necessária para estabelecer a segurança
higiênico-sanitária do ambiente produtor de refeições, de modo a evitar
consequências inadequadas do processamento errôneo.
P-167 ANÁLISE CLÍNICA E NUTRICIONAL DE PACIENTES NO PRÉ
OPERATÓRIO DE CIRURGIAS ABDOMINAIS E GASTRINTESTINAIS
ELETIVAS DE UM HOSPITAL ESCOLA DA CIDADE DO RECIFE -PE
FRANCISCA LEIDE DA SILVA NUNES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MILENA DAMASCENO
DE SOUZA COSTA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MARIA DA GUIA BEZERRA DA SILVA
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA
- IMIP); PATRICIA CALADO FERREIRA PINHEIRO GADELHA (INSTITUTO
DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP);
WÉLLIDA BRÍGIDA GOMES DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); KARLA VANESSA GOMES
DE LIMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO
FIGUEIRA - IMIP)
Introdução: Pacientes cirúrgicos frequentemente apresentam quadro de
desnutrição que pode estar associado tanto ao comprometimento nutricional
prévio quanto à doença de base ou mesmo ao seu tratamento. Objetivo:
Descrever o perfil clínico e o estado nutricional de pacientes candidatos a
cirurgias abdominais e gastrintestinais eletivas. Método: Estudo transversal,
retrospectivo, composto por adultos e idosos de ambos os sexos, admitidos
para cirurgia eletiva, no período de abril a julho de 2013 na clínica de
cirurgia geral de um hospital do estado de Pernambuco. O estado nutricional foi avaliado pelo índice de massa corporal (IMC), circunferência do
braço (CB) e prega cutânea tricipital (PCT). Para a classificação do IMC foi
utilizado o ponto de corte da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1997)
em indivíduos adultos e por LIPSCHITZS (2004) em idosos. Para a classificação da CB e PCT foram utilizadas suas adequações conforme proposto
por BLACKBURN & THORTON (1979). Resultados: Foram avaliados 50
pacientes, sendo a maioria adultos (60%) com idade média de 50 &#61617;
16,56 anos e, na sua maioria, mulheres (76,5%). As principais cirurgias
realizadas foram colecistectomia por videolaparoscopia (37,2%), seguida
por hernioplastias (19,6%) e colectomias (13,7%). Segundo o IMC, 30% da
amostra foi classificada como em sobrepeso e 30% obesidade, 32% em
eutrofia e 8% com algum grau de desnutrição. Quando utilizado a CB como
parâmetro de diagnóstico nutricional, observou-se aumento no percentual
de desnutrição com 23% da amostra diagnosticada como desnutrida. Já
segundo a PCT 19,9% da amostra possuía algum grau de desnutrição,
19,4% era classificada como sobrepeso e 41,6% em obesidade. Quando
se avalia sobrepeso juntamente com obesidade utilizando IMC e PCT,
percebe-se quem ambos obtiveram um percentual de 60% dos pacientes
internados. Conclusão: Verifica-se diferentes prevalências de desnutrição
a depender do método de avaliação nutricional utilizado, o que evidencia
a necessidade da utilização de mais de um parâmetro de avaliação para
obter maior precisão no diagnóstico nutricional.
P-169 EVOLUÇÃO PONDERAL DE PACIENTES CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS
MILENA CAROLINE TERTULIANO DE LIMA (PROCAPE/UPE); RENATA REIS DE
LIMA E SILVA (PROCAPE/UPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE/
UPE); LARISSA PESSOA VILA NOVA (PROCAPE/UPE); ADNA JESSICA SILVA
DE ARAUJO (ICB/UPE); CLAUDIA PORTO SABINO PINHO (UFPE)
Introdução: O comprometimento do estado nutricional do paciente hospitalizado relaciona-se diretamente com sua evolução clínica, influenciando
no sistema imunológico e função cognitiva, podendo causar um aumento
na incidência de infecções, complicações pós-operatórias,podendo interferir
na recuperação, acarretando maior tempo de internamento hospitalar.
Objetivo: Avaliar a evolução ponderal de pacientes cardiopatas em 15
dias de internamento. Método: Estudo do tipo retrospectivo, com coleta
de dados em fichas de acompanhamento nutricional de pacientes internados em um Hospital de Referência em Cardiologia, entre fevereiro de
2011 e junho de 2013. Foram coletados dados como sexo, idade, peso,
altura e índice de massa corpórea (IMC). Foram excluídos indivíduos com
idade menor que 18 anos e edema. Foi avaliado o peso admissional, em 1
semana e em 15 dias. Os dados foram analisados no software SPSS, versão
13.0. Este trabalho obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP), com número de protocolo 346.129/2013. Resultados: O peso
de 222 pacientes foi reavaliado em uma semana e de 88 após 15 dias.
Na avaliação admissional, 14,1% eram desnutridos, 24,7% sobrepeso e
14,4% obesos. Em uma semana, o percentual de desnutridos aumentou
P-168 ANÁLISE DE TREINAMENTO DE BOAS PRÁTICAS PARA FUNCIONÁRIOS DE UMA UNIDADE PRODUTORA DE REFEIÇÃO E PANIFICAÇÃO
DO MUNICÍPIO DE NATAL/RN
JAILMA MORAES (UNP - LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITIES); MARIÁ
RAQUEL (UNP - LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITIES); ILLANA MELO
(FCF/USP)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
82
Suplemento Nutrição Clínica/2013
para 17,5% e para 24% em duas semanas. Não foi observada alteração
ponderal significativa na primeira semana (desnutridos: 0,18%; eutróficos,
0,24%; sobrepesados, 0,05%; e obesos, 0,57%, com p-valor=0,342), e na
segunda semana (desnutridos: 0,34%; eutróficos, 0,51%; sobrepesados,
0,71%; e obesos, 0,06, com p-valor=0,709). Conclusão: Embora não tenha
havido alteração significativa do peso na primeira e segunda semana de
internamento, o percentual de desnutridos aumentou no período avaliado,
indicando que o indivíduo com comprometimento nutricional permaneceu
maior tempo no ambiente hospitalar. Isto demonstra a importância do
acompanhamento nutricional do paciente hospitalizado, visando prevenir
a deterioração do estado nutricional.
GRACYANNE MARIA OLIVEIRA MACHADO (FACULDADE MAURICIO DE
NASSAU)
Introdução:A Terapia Nutricional Enteral-TNE tem sido rotineiramente
usada como uma alternativa bem sucedida para melhorar as condições nutricionais de pacientes hospitalizados. Pacientes que recebem
TNE, frequentemente recuperam ou mantém seu estado nutricional.
Objetivo:Identificar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre
nutrição enteral verificando como a equipe realiza a assistência de enfermagem ao paciente que está com esse suporte nutricional. Método:
Pesquisa descritiva utilizando o método quantitativo, realizada na UTI de um
Hospital Público do Município de Parnaíba, Piauí. As informações foram coletadas através de questionário semiestruturado. A amostra foi compostapor
36 profissionais da equipe de enfermagem (07 enfermeiros e 29 técnicos
de enfermagem). Foram respeitados os princípios éticos da Resolução 196
do Conselho Nacional de Saúde. Resultados:Quanto a fixação da sonda,
a maioria (78%) relata que precisa ter cuidado com a fixação adequada;
em relação à gastrostomia e a jejunostomia, relatam a necessidade de
fazer o curativo, a maior preocupação está com o manuseio da sonda de
forma que a mesma não desprenda; os cuidados de enfermagem citados
realizados antes da administração da dieta e medicamento foram verificar
refluxo, posicionamento da sonda; e o principal cuidado realizado citado
após a administração da dieta e medicamento foi à lavagem da sonda,
entretanto, alguns não especificaram a quantidade que deve ser utilizada
para lavar, as complicações da terapia enteral mais citadas foram: diarréia,
bronco aspiração, infecção, refluxo aumentado e obstrução da sonda.
Conclusão: Constatou-se que o conhecimento da equipe de enfermagem
sobre nutrição enteral não é suficiente para contribuir satisfatoriamente na
recuperação e manutenção do equilíbrio nutricional do paciente, diante da
assistência prestada o risco do paciente desenvolver complicações torna-se
muito alto dificultando a eficácia do método. Então, sugerimos a instituição
que ofereça a equipe de enfermagem atividade de capacitação e educação
continuada para melhorar a assistência prestada. Além do maior envolvimento e comprometimento da equipe multiprofissional.
P-172 NÍVEIS GLICÊMICOS E SOBREVIDA DE PACIENTES GRAVES EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
P-170 ANÁLISE DE CONSUMO DE REFRIGERANTES E SEUS RISCOS
POR ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PRIVADA DO MUNICÍPIO DE
NATAL/RN
JAILMA MORAES (UNP - LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITIES);
MARIÁ RAQUEL (UNP - LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITIES); ILLANA
MELO (FCF/USP)
Introdução: A adolescência é uma fase marcada por diversas mudanças
biológicas, psicológicas e sociais que podem interferir no consumo
alimentar. Estudos sobre alimentação dos adolescentes mostram a inadequação alimentar com excessos de açucares e gorduras, marcadas muitas
vezes pela preferência e não pela disponibilidade de alimentos saudáveis. O
uso universalizado dos refrigerantes mostra a aceitação globalizada dessa
bebida, composta, na maior parte das vezes, por um extrato vegetal ou suco
de frutas, gaseificada artificialmente, adoçada por açúcar ou edulcorantes.
O alto valor calórico dos refrigerantes, proveniente da concentração de
açúcares, contribui para a obesidade. E os aditivos neles contidos, tais
como acidulantes, conservantes e corantes artificiais. Objetivo: Analisar o
consumo de refrigerantes e seus riscos, por alunos de uma escola privada
do município de Natal/RN, através de enquete. Método: Trata-se de um
estudo descritivo cuja população estudada foi de 80 estudantes, com faixa
etária entre 11 e 18 anos. A avaliação foi realizada no colégio no período
de 04 de março a 08 de abril de 2013. Para a avaliação foi utilizado um
questionário estruturado com nove perguntas referentes à preferência
por refrigerantes, sabor, tipo e hábito de consumo. Foi aplicada a seção
correspondente de um Questionário de Frequência Alimentar (QFA), semiquantitativo, para obter informações relativas à frequência de ingestão
por dia, semana, mês e ano e a porção média das referidas ingestões.
Resultados: Os resultados demonstraram que o maior consumo de refrigerante se deu entre os meninos (63,7%), inseridos, estes e as meninas
(36,3%), na faixa etária dos 11 aos 15 anos. Quanto aos refrigerantes de
mais preferência, o maior consumo foi do tipo cola, com 41,2% (n=33) e
de uva 21,3% (n=17). Quanto às demais bebidas, o consumo foi inferior
tanto no consumo quanto na frequência. Conclusão: Conclui-se que é
de suma importância uma reflexão sobre o consumo de refrigerantes nas
escolas, entre adolescentes, uma vez que a ingestão elevada dessas bebidas
pode provocar excesso de peso, deficiências de nutrientes, cárie dental e
atrapalhar a absorção de cálcio. É importante, então, que sejam desenvolvidas ações de educação alimentar no ambiente escolar, com incentivos
a promoção da saúde, favorecendo as escolhas alimentares saudáveis e
protegendo, assim, a saúde dos estudantes.
RAISA LIMA DE SOUSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS);
ROBERTA FLORES MARQUEZINE (FIOCRUZ); PAULA RAQUEL BENZAQUEM DA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); THAIZE
MARIA SILVA LIMA (); HELEN MARIA SILVA CÉSAR DE CARVALHO ();
MARIA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS)
Introdução: As diretrizes para pacientes graves, preconiza que a manutenção da glicemia no intervalo de 140 a 150mg/dL apresenta menor
risco de complicações associadas a hipoglicemia. Enquanto valores
acima de 180mg/dL se associam com pior desfecho clínico. Objetivo:
Avaliar o perfil glicêmico de pacientes graves em associação com o
desfecho clínico dos participantes. Método: Consistiu de uma análise
secundária de dados utilizando um estudo transversal, em dezembro
de 2011 a março de 2012. Participaram 20 pacientes graves, 25% com
sepse, edemaciados e provenientes de uma UTI de Manaus. Medidas
demográficas e antropométricas foram analisadas, incluindo no estudo
indivíduos com idades superiores a 18 anos e em tratamento intensivo.
Foram acessados os valores de glicemia de jejum, 24 horas anterior
ao desfecho clínico (alta ou óbito). Utilizou-se avaliação entre classes
considerando os pontos de corte: menor que 140mg/dL, níveis glicêmicos
desejáveis, e acima de 140mg/dL, glicemia alta e como desfecho clínico
as variáveis, óbito e sobrevida. Média, desvio padrão e a média com
tabulação cruzada segundo gênero e classe de níveis glicêmicos foram
analisadas, assim como a associação entre exposição (classe glicêmica
ou sexo) e desfecho clínico desenvolvidos no Programa Estatístico, EPI
P-171 NUTRIÇÃO ENTERAL: SABERES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
DA TERAPIA INTENSIVA
ANA DE CÁSSIA IVO DOS SANTOS (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU);
ANDRESSA LIMA RAMOS (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); DANILA
PACHECO DA SILVA (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); VICTOR
GALENO DA COSTA LIMA (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU);
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
83
Suplemento Nutrição Clínica/2013
INFO 7.0. Resultados: A média de glicemia de jejum (160,05±109,18)
mostrou coeficiente de variação (CV%= 68,2%) muito alta na população,
mínimo de 74mg/dL e máxima de 591mg/dL. A tabulação cruzada
segundo sexo destacou 8 (40%) mulheres com níveis glicêmicos alto
(197,8±164,0 mg/dL), enquanto 12 (60%) homens com níveis glicêmicos
menores (134,91±41,82 mg/dL), p>0,05. A média de glicemia cruzada
com desfecho clínico mostrou óbito em 9 (45% ) participantes. Em 3 (15%)
mulheres observou-se níveis glicêmicos de 291,0±262,7 mg/dL e 6
(30%) homens com glicemia de 155,5±45,19 mg/dL (p<0,05). Contudo,
sobreviveram 11 (55%) participantes, destes 5 (25%) mulheres e 6 (30%)
homens com valores de níveis glicêmicos mais baixos (141,8±46,19
mg/dL; 114,33±28,09 mg/dL), respectivamente (p>0,05). A análise de
associação estimada por odds ratio mostrou um risco 5,3 vezes maior
para óbito em expostos aos níveis glicêmicos superiores a 140mg/
dL (IC 95% 0,782 – 36,33), quando comparados com níveis inferiores
ou igual a 140mg/dL, porém, um intervalo de confiança muito largo
descartando a possível associação. Conclusão: Os resultados sugerem
no estudo que sexo não é fator determinante dos níveis glicêmicos e que
essas variáveis individualmente não se associam com o óbito. Enquanto,
níveis glicêmicos entre 114 a 142 mg/dL favorecem a sobrevida em uma
importante parcela (55%) da população.
identificou-se que no período de abril a julho de 2013, houve uma redução
do volume infundido x volume prescrito, em abril de 40,8%, maio 38,4%,
junho de 38,1% e em julho de 35,2%. Conclusão: Apenas o treinamento
e o acompanhamento do volume infundido x volume prescrito pela EMTN
semanalmente, não é suficiente, para a evidência de que o processo ocorra
de maneira adequada. Faz-se necessário o gerenciamento diário de cada
unidade de internação pela sua equipe.
P-174 TEMPO DE JEJUM NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS
ABDOMINAIS E GASTRINTESTINAIS ELETIVAS DE UM HOSPITAL
ESCOLA DA CIDADE DO RECIFE – PE
FRANCISCA LEIDE DA SILVA NUNES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MILENA DAMASCENO
DE SOUZA COSTA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MARIA DA GUIA BEZERRA DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP);
PATRICIA CALADO FERREIRA PINHEIRO GADELHA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ANA CAROLINA
RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); GEÓRGIA FERREIRA DA SILVA (INSTITUTO
DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP)
P-173 IMPLANTAÇÃO E MONITORAMENTO DE VOLUME PRESCRITO
X INFUNDIDO DE TERAPIA NUTRICIONAL PELA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE TERAPIA NUTRICIONAL EM HOSPITAL PRIVADO DE
SÃO PAULO
Introdução: A abreviação do jejum perioperatório está sendo vista como
um dos fatores benéficos para diminuir a resposta orgânica, a resistência
insulínica e o estresse cirúrgico além de melhorar o bem estar do paciente.
Essa prática mostra-se não apenas segura, mas também essencial para a
recuperação mais rápida do trauma cirúrgico. Objetivo: Descrever o tempo
de jejum pré e pós-operatório de cirurgias abdominais e gastrintestinais
eletivas de um hospital escola da cidade do Recife – PE. Método: Estudo
transversal, composto por adultos e idosos de ambos os sexos, internados
para cirurgias abdominais e gastrointestinais eletivas, no período de abril
a julho de 2013 na clínica de cirurgia geral de um hospital do estado de
Pernambuco. Os dados foram coletados por meio de observação direta,
coleta em prontuário e entrevista ao paciente realizada pelas nutricionistas
do serviço. Resultados: Foram avaliados 60 pacientes, com idade média de
48 ± 16,3 anos. As principais cirurgias realizadas foram colecistectomia por
videolaparoscopia (31,7%) seguida por gastroplastia (16,7%), hernioplastia
(15%) e colectomias (11,7%). O tempo médio de jejum pré-operatório
foi de 12h20min, apresentando menor média nas colecistectomia por
videolaparoscopia (12h16min) e maior nas hernioplastias (13h19min),
colectomias (13h44min) e gastroplastias (13h54min). Já no pós-operatório,
o tempo médio de jejum para a realimentação foi de 6h20min, apresentando menores médias nas hernioplastias (2h20min) e colecistectomia
por videolaparoscopia (3h02min) e maiores nas colectomias (24h27min)
e gastroplastias (37h04min). Conclusão: Verifica-se que o tempo de
jejum pré-operatório foi prolongado em todas as cirurgias analisadas o
que pode contribuir para potencializar a resposta metabólica ao trauma
cirúrgico. Com relação ao jejum pós-operatório, a realimentação precoce
foi realizada nas cirurgias de pequeno porte, contudo, não é observada nas
cirurgias de grande porte cujos protocolos mais recentes sugerem iniciar
a dieta no 1º dia pós operatório (DPO). Esse tempo prolongado de jejum
pós-operatório pode predispor um aumento da permeabilidade intestinal
e, consequentemente, levar à translocação bacteriana.
MYLENE MONTES RODRIGUES FAIM (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO
CRUZ); SAMARA PROZZI (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ);
JOYCE REBOUÇAS PASSOS MOURÃO (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO
CRUZ); SÉRGIO DOS ANJOS GARNES (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO
CRUZ); MARIA CAROLINA TORLINI LINARIC (HOSPITAL ALEMÃO
OSWALDO CRUZ); SEE HEE PARK (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO
CRUZ)
Introdução: Atualmente verifica-se a importância da implantação e
monitoramento de indicadores de qualidade em terapia nutricional para
garantir efetividade e qualidade dos serviços prestados. Um dos principais
indicadores em terapia nutricional utilizado é a relação entre volume
prescrito e infundido, tendo meta internacional no mínimo 70% de infusão,
sendo este valor mínimo estipulado para aporte nutricional do paciente.
Objetivo: Analisar processo de implantação e monitoramento do volume
prescrito x infundido de terapia nutricional pela equipe multidisciplinar
de terapia nutricional (EMTN) em hospital geral privado de São Paulo.
Método: Realizado levantamento de prontuários em diferentes períodos
para comparação de dados. Em setembro de 2012 foram acompanhados
24 prontuários. Analisou-se a relação percentual entre o volume prescrito
e infundido de terapia nutricional, considerou-se adequado o volume
superior ou igual à 70% do volume infundido em relação ao prescrito.
Em março de 2013 foram acompanhados 92 prontuários onde a EMTN
realizou a implantação do indicador de volume prescrito e infundido de
terapia nutricional, realizou treinamento com equipe de enfermagem,
disponibilização de instrumento digital para monitoramento in loco do
indicador e acompanhamento diário dos volumes. No período de abril à
julho de 2013 a EMTN realizou acompanhamento semanal do indicador
em 342 prontuários. Resultados: Observou-se em setembro de 2012,
que apenas 45% dos prontuários avaliados, apresentavam registro do
volume infundido maior que 70% em relação ao volume prescrito. Porém
vale salientar que este índice se deve a falta de registro e/ ou anotações
incorretas do mesmo. Em março de 2013, verificou-se, que houve um
aumento gradativo do volume infundido x volume prescrito, semana 1
(57,8%), semana 2 (77,8%) e na semana 3 (92,6%). Acredita-se que este
aumento das evidências do volume infundido seja em decorrência do treinamento realizado e da implantação do instrumento digital. Em contrapartida,
P-175 NUTRIDIA BRASIL 2012: EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS.
ETHIANE JESUS SAMPAIO (COMPLEXO HUPES/UFBA); MARTA FRANÇA
(COMPLEXO HUPES/UFBA); JULIA DUARTE PAMPONET (COMPLEXO HUPES/
UFBA); LUZIA FAGUNDES PRUDENTE (COMPLEXO HUPES/UFBA); MARIA
LUCIA NASCIMENTO (COMPLEXO HUPES/UFBA); MARIA HELENA LIMA
GUSMÃO SENA (COMPLEXO HUPES/UFBA)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
84
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A desnutrição hospitalar pode determinar maior permanência
hospitalar, e maior custo, além de risco aumentado para infecções e complicações durante o internamento. Objetivo: Avaliar o risco nutricional de
pacientes internados em clínica médica e cirúrgica de um Hospital Universitário (HU). Método: Estudo transversal realizado no dia 08 de novembro de
2012, com protocolo de coleta de dados segundo o NUTRIDIA (ND) 2012,
projeto que no Brasil foi desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Nutrição
Parenteral e Enteral. Foram aplicados quatro formulários nas unidades de
internação abertas, caracterizadas como clínicas médicas e cirúrgicas, com
o objetivo de avaliar os pacientes internados, em relação à condição clínica,
medicamentos em uso, história nutricional prévia e ingestão alimentar.
Foram incluídos no estudo pacientes com idade superior a 19 anos. Foram
adotados como indicadores de risco nutricional, o Índice de Massa Corporal
(IMC), a perda ponderal e a ingestão alimentar insuficiente na última
semana. Os dados foram coletados por nutricionistas do HU e estudantes
de nutrição e os resultados analisados pela equipe nacional do projeto.
O protocolo de pesquisa foi reconhecido pelo Comitê de Ética e Pesquisa
da instituição. Resultados: No dia do ND encontravam-se internados nas
unidade selecionadas 80 pacientes, dos quais 78 (97,5%) participaram do
estudo. Os pacientes apresentaram média de idade de 53,5 anos, sendo
42 (53,85%) pacientes do sexo masculino. A permanência hospitalar destes
pacientes foi em média 27 dias. A média do IMC foi de 22,83Kg/m2. A
perda de peso nos últimos três meses esteve presente em 62 pacientes
(79,5%) e 31 (39,7%) pacientes apresentaram apetite reduzido na última
semana. Dentre os indivíduos que apresentaram apetite reduzido, 5 (16%)
relataram ingerir menos de 25% da dieta hospitalar avaliada ou próximo
a nada. Dentre as causas da redução da ingestão alimentar, 20 (64,5%)
pacientes referiram a perda de apetite e 3 (9,7%) náuseas. Conclusão:
Os dados apresentados permitiram identificar que apesar da adequação
da média do IMC, a perda de peso anterior e a inadequação da ingestão
alimentar esteve presente nos indivíduos estudados, o que nos confirma
a necessidade de uma intervenção precoce para prevenir e/ou tratar a
desnutrição.
P-176 O QUE OS PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO CONHECEM A
RESPEITO DAS EXPECTATIVAS DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS DE
UM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO PAULO: UMA ANÁLISE QUALITATIVA
alimentação simples e ao mesmo tempo diferenciada do que preparações
sofisticadas. O trabalho também auxiliou na identificação de oportunidades
de melhorias no serviço oferecido ao paciente oncológico como implantação de cardápio específico para atender melhor a expectativa do cliente.
P-177 OTIMIZAÇÃO DA ACEITAÇÃO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
ORAIS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
INGRID OLIVEIRA ALONSO (HOSPITAL BARRA DOR); JOANA DARC CÂMARA
CORDEIRO (HOSPITAL BARRA DOR); PATRICIA PINHÃO FREITAS COSTA
(HOSPITAL BARRA DOR); CAMILA DE ARAÚJO STEFE (HOSPITAL BARRA
DOR); ANA BEATRIZ FRANCO E SOUZA (HOSPITAL BARRA DOR); ADRIANA
LAGES DE ANDRADE (HOSPITAL BARRA DOR)
Introdução: O estado nutricional expressa o equilíbrio entre a ingestão e
a necessidade de nutrientes. Alterações alimentares causadas por doenças,
juntamente com períodos prolongados de jejum, levam ao menor consumo
dos alimentos, podendo resultar em desnutrição. Objetivo: Elaborar um
protocolo de aceitação de suplemento oral. Método: Estudo prospectivo de
Setembro de 2012 a Março de 2013 em um Hospital geral da rede privada
do município do Rio de Janeiro, onde foi desenvolvido um protocolo para
avaliar a aceitação dos suplementos orais. A amostra foi composta por
pacientes com aceitação inferior a 75% de acordo com o protocolo existente
e dividida em 2 grupos, o primeiro recebeu o suplemento na apresentação
original entregue em um horário de refeição, o segundo recebeu o volume
total do suplemento fracionado em 6 horários de refeição. O Protocolo foi
aplicado por três dias e constava de perguntas sobre aceitação. Os dados
coletados foram comparados para propor melhor técnica a fim de otimizar
a oferta. Os dados estatísticos foram avaliados pelo Epi info versão 3.5.1.
Resultados: Foram estudados 65 pacientes, 48,9% do sexo feminino e
51,1% do sexo masculino, com idade média de 75,4 anos. Divididos em
55% grupo controle e 45% grupo experimental, foram excluídos 20 pacientes
de acordo com critérios descritos na metodologia. Do total de suplementos
prescritos, 54% fórmula padrão e 46% específica. No grupo controle, 76%
dos pacientes entendiam a importância da suplementação, no grupo
experimental 90%. 30% da amostra do grupo controle e 15% da amostra
do grupo experimental aceitaram abaixo de 85%. No grupo controle, 45%
dos pacientes recusaram o suplemento, bem como 25% do grupo experimental, por não se adaptarem ao sabor. Em relação ao horário, 43,5% do
grupo controle não apresentou preferência e 60% no grupo experimental.
No que diz respeito ao sabor e preparação, ambos não apresentaram
preferência. No grupo controle, 64% preferiram receber o suplemento
gelado, no grupo experimental 61%. Quanto à interferência do suplemento na refeição seguinte, 16% do grupo controle relatou que o mesmo
atrapalhou. Já no grupo experimental não houve prejuízo. Conclusão: A
suplementação oral oferecida na apresentação fracionada foi bem aceita
pelos pacientes. Identificamos que este fator isolado não é determinante,
tornando não aplicável a criação de um protocolo. É importante a individualização da terapêutica através do acompanhamento diário da aceitação
para que possamos intervir no estado nutricional dos pacientes.
FABIANA CURTI BELUTTI (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); CAMILA
MORAES MARTINS (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); JOYCE
REBOUÇAS PASSOS MOURÃO (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ);
MYLENE MONTES RODRIGUES FAIM (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO
CRUZ); SAMARA PROZZI (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); ANDREA
APARECIDA LOPES MARTINEZ (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ)
Introdução: A desnutrição calórica e proteica em indivíduos com câncer é
muito frequente. Os principais fatores determinantes da desnutrição nesses
indivíduos são a redução na ingestão total de alimentos, as alterações
metabólicas provocadas pelo tumor e o aumento da demanda calórica pelo
crescimento do tumor. Por isso, técnicas gastronômicas são fundamentais
para a elaboração de cardápios nutritivos e que estimulem a aceitação do
paciente. Objetivo: Analisar qualitativamente a correlação entre o conhecimento das nutricionistas sobre as necessidades dos pacientes oncológicos e
a real necessidade desses indivíduos. Método: Aplicou-se um questionário
em pacientes oncológicos (n=35) e profissionais da nutrição (PN) (n=25)
em uma Instituição Privada, de São Paulo, SP, no qual os mesmos foram
questionados a respeito de sua opinião sobre a alimentação, o grau de
importância, o que a mesma representa e proporciona, além das principais
queixas. Resultados: Tanto para os pacientes como para os PN é importante uma alimentação segura (11,3% e 13,2% respectivamente) e não tão
elaborada (7,5% e 7,4% respectivamente) devido ao fato de que o paciente
em questão tem preferência por preparações simplificadas, entretanto é
importante um cardápio diferenciado (34,8% para os pacientes). Conclusão:
Podemos concluir que, para os pacientes é muito mais importante uma
P-178 FATORES DIFICULTADORES DA AMAMENTAÇÃO: ONDE ESTÁ
O APOIO NECESSÁRIO?
JÉSSICA ROBERTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JULIANA
JORDÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); VANESSA VIEIRA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA SURAMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JAILMA SANTOS (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO); JULIANA MARIA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO)
Introdução: Atualmente, preconiza-se que nos primeiros seis meses de
vida da criança, o leite materno seja a fonte exclusiva de nutrientes e água.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
85
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Entretanto, o número de mulheres que interrompem o aleitamento materno
exclusivo antes dos 6 meses de vida, ainda é muito significativo em todo o
mundo. Há vários fatores que contribuem para esta interrupção e, dentre
eles, aqueles relacionados ao manejo da amamentação são os mais citados
pelas mães. Objetivo: Identificar as causas mais freqüentes referidas por
mães como dificultadoras do aleitamento materno exclusivo por seis meses.
Método: Ao longo de seis meses de trabalho, foram reunidos cento e vinte
nove questionários respondidos por mulheres que participaram das atividades propostas pela a equipe do projeto de Extensão AME Amamentar
durante o pré-natal no Hospital Barão de Lucena (HBL). Este questionário
continha informações relativas a dados demográficos, a gestação e ao
aleitamento materno. Resultados: Das 78 mulheres que disseram ter
amamentado anteriormente, 36% (n=28) relataram ter tido problema
com a amamentação e 64% (n=50) disseram não ter tido problema ao
amamentar. Apesar da maioria não ter referido problema anterior com a
amamentação, 49% delas interromperam o Aleitamento Materno antes dos
seis meses. Segundo as mães, as causas dificultadoras mais freqüentes da
amamentação foram: peito ferido (n=11), leite secou (n=5), estresse (n=4),
leite empedrado (n=3), dor (n=2), pouco leite (n=1) entre outras (n=7).
Conclusão: Muitas mulheres interrompem o aleitamento materno antes
dos seis meses, apesar de não referir problema com a amamentação. Os
problemas comumente referidos estão relacionados com a falta de apoio
para a amamentação após o parto. Isto sugere a necessidade em intensificar
as ações de apoio à mulher no puerpério.
P-181 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS:
IMPACTO NO VOLUME TOTAL INFUNDIDO APÓS MUDANÇA DE
PROTOCOLO EM UM SERVIÇO DE TERAPIA NUTRICIONAL DE UM
HOSPITAL PRIVADO EM SALVADOR-BA.
SUZANA SANTOS (HOSPITAL PORTUGUES); LIVIA PEDROSA (HOSPITAL
PORTUGUES); PRISCILA FACCHINETTI (HOSPITAL PORTUGUES); SARA
MOREIRA (HOSPITAL PORTUGUES); CLÁUDIO ZOLLINGER (HOSPITAL
PORTUGUES)
Introdução: A oferta segura das necessidades nutricionais através da
terapia nutricional enteral (TNE) no paciente crítico é um grande desafio.
O percentual de volume infundido (VI) em relação ao volume prescrito (VP)
é um indicador de qualidade de efetividade em TNE. Os pontos de corte
descritos na literatura variam de 50% a 90% 1,2,3,4. Objetivo: Avaliar o
volume da dieta enteral prescrita e administrada em um hospital privado
em Salvador – BA, após mudança no protocolo do serviço, reduzindo a
programação de infusão do VP para 22h. Método: Estudo tranversal, de
caráter observacional prospectivo, realizado em Unidades de Cuidados
Intensivos, com pacientes com idade igual ou superior a 18 anos de ambos
os sexos, que receberam TNE exclusiva por pelo menos 72 horas. No
primeiro momento (M1), entre outubro e novembro de 2012, o volume de
dieta foi programado para ser infundido em 24 h e, no segundo momento
(M2), período de março a abril de 2013, reprogramada para 22h. Foram
considerados como adequados os dias em que o VI foi >70% do VP. Resultados: Compuseram a pesquisa 174 pacientes no M1 e 286 pacientes no
M2, cujos dias de acompanhamento somados resultaram numa amostra de
547 dias no M1 e 723 dias no M2. Em M1, 67,75% dos dias foi identificada
adequação na infusão e, durante o M2, a adequação de infusão ocorreu
em 73% dos dias. Conclusão: Observou-se que a mudança no protocolo
de TNE, com redução do tempo de infusão da dieta para 22h, resultou em
melhora da adequação do VI. O gerenciamento das possíveis causas de
inadequação de infusão, com aprimoramento dos protocolos e treinamento
da equipe assistente, provavelmente resultaria em dados mais satisfatórios
de efetividade da terapia nutricional.
P-179 É POSSÍVEL MONITORAR INDICADORES DE QUALIDADE EM
LACTÁRIO?
LILLIAN DE CARLA SANT´ANNA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); ADRIANA
MARIA DA SILVA FÉLIX (HOSPITAL DO CORAÇÃO); DÉBORA GOMES
FIDALGO (HOSPITAL DO CORAÇÃO); CAMILA ANDRADE PEREIRA
(HOSPITAL DO CORAÇÃO); ROSANA PERIM COSTA (HOSPITAL DO
CORAÇÃO)
Introdução: A qualidade dos processos realizados no Lactário deve ser
mensurada e aprimorada por meio de indicadores de qualidade. Os indicadores são instrumentos utilizados para avaliar e direcionar a execução
dos processos. Diversos estudos demonstram a importância da prática de
higienização das mãos, porém, sabe-se que a taxa de adesão dos profissionais de saúde é em média 50% e informações referentes à adesão em
serviços de Lactário são inexistentes. Objetivo: Relatar o acompanhamento
de indicadores de qualidade em Lactário e descrever as estratégias de
monitoramento utilizadas para avaliar a adesão à higienização das mãos.
Método: Estudo transversal com coleta de dados prospectiva, realizado
no Lactário de um hospital privado especializado em cardiologia, em São
Paulo (SP), no período de janeiro de 2011 a junho de 2013. Os procedimentos realizados pelas lactaristas foram acompanhados diariamente por
meio da aplicação de check-list, baseado em oportunidades e adesões
a fim de encontrar as não conformidades presentes. Para evitar que as
lactaristas previssem os horários de observações, estes foram aleatorizados.
Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados: As taxas de adesão atingidas em 2011, 2012 e 2013 foram
de 74, 91 e 94%, respectivamente e as metas foram evoluídas anualmente.
As lactaristas recebiam mensalmente o panorama geral do indicador por
meio de um quadro de Questão à vista. Dentre as ações educativas, o
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, realizou treinamentos teóricopráticos em que foram abordados tópicos referentes à indicação, técnica
e recursos necessários para a higienização das mãos. Conclusão: Neste
estudo, o acompanhamento da adesão à higienização das mãos no Lactário,
mostrou-se uma prática possível. Com isso, as ações estabelecidas foram
monitoradas por planos de melhorias, proporcionando maior qualidade
ao setor. O trabalho em equipe, o monitoramento da adesão e o feedback
mensal para a equipe de lactaristas foram fatores que contribuíram para
a obtenção e manutenção dos resultados alcançados.
P-182 INDICADORES DE QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL NA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL ONCOLÓGICO EM
SÃO PAULO: APLICAÇÃO E RESULTADOS SEGUNDO DIAGNÓSTICOS
RONALDO SOUSA OLIVEIRA FILHO (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO
DE SÃO PAULO - ICESP); GISLAINE APARECIDA OZORIO (INSTITUTO DO
CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); DEBORA PEREIRA DOS
SANTOS (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP);
MARINA CELIA TOMAZELA (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE
SÃO PAULO - ICESP); MARIA MANUELA FERREIRA ALVES (INSTITUTO DO
CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); THAIS CAMPOS CARDENAS
(INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP)
Introdução: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) no paciente crítico torna-se
um cuidado essencial na manutenção da função imune, na diminuição das
complicações metabólicas e principalmente na reversão de déficit na massa
muscular. Os Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional (IQTN), em
conjunto com as ações da Equipe Multiprofissional em Terapia Nutricional
(EMTN), constituem uma ferramenta importante para avaliar o uso adequado
de TNE em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Objetivo: Aplicar, monitorar
e verificar, segundo diagnóstico oncológico, os IQTN na UTI de um hospital
oncológico de referência em São Paulo (SP). Método: Trata-se de um estudo
retrospectivo, observacional, realizado entre março e maio de 2013, em
pacientes da UTI com diagnósticos de câncer do trato digestório(A), cabeça e
pescoço(B), neurológico(C), hematológico(D), respiratório(E), ginecológico(F),
outros(G), acima de 18 anos, sob TNE exclusiva por no mínimo 72 horas (h).
Os IQTN (meta) aplicados foram: I Frequência de aplicação da Avaliação
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
86
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Subjetiva Global-ASG (>75%), II Cálculo da estimativa de gasto energético e necessidade proteica (>80%), III Jejum digestório >24h (<10%), IV
Realização de ensaios bioquímicos (100%) e V Volume de infusão de TNE
(>80%). A coleta de dados foi realizada através do prontuário eletrônico
TASY®. Resultados: Foram incluídos 125 pacientes, a idade média foi de
60,4 (+12,78) anos, 59,2% eram desnutridos moderados e 60% eram do
sexo masculino. O diagnóstico B teve 24,8% de prevalência seguido do A
com 21,6%. O tempo médio de TNE foi de 8,14 (+5,98) dias e as medianas
do percentual do infundido versus prescrito de infusão de volume, calorias
e proteínas da TNE foram de 81,6%, 79,5% e 81,2%, respectivamente. No
total da amostra estudada, apenas o IQTN V não atingiu a meta estabelecida. A meta foi alcançada nos IQTN I, II, III, IV em todos os diagnósticos. O
IQTN V foi contemplado pelos diagnósticos B (80,6%), C (100%), F (87,5%),
porém não pelos diagnósticos A (66,6%), D (72,2%), E (66,6%), e G (58,3%).
Conclusão: As metas propostas foram contempladas em 80% dos IQTN na
amostra total dos pacientes no período estudado. Isso representa a qualidade
da assistência nutricional no doente grave e a importância da sua sustentação
por meio de projetos de educação continuada, além da estruturação de
protocolos institucionais de TNE. Destaque para o diagnóstico B com 80,6%
de adequação no IQTN V, enquanto os diagnósticos A, D e E merecem uma
atuação mais específica da EMTN.
P-184 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA
E O INDICE DE ADISPOSIDADE CORPORAL NA CLASSIFICAÇÃO DO
ESTADO NUTRICIONAL
CLAUDIA PORTO SABINO PINHO (PROCAPE); PATRÍCIA AMANCIO DOS
SANTOS (PROCAPE); AMANDA SOUZA BEZERRA (PROCAPE); ISA GALVÃO
RODRIGUES (PROCAPE)
Introdução: O índice de massa corpórea (IMC) é o parâmetro antropométrico tradicionalmente mais utilizado na avaliação do estado nutricional
apesar de suas limitações serem bem reconhecidas, sobretudo por não
traduzir a ampla variação que ocorre na composição corporal de indivíduos.
Com isso, alguns parâmetros têm sido propostos como uma alternativa
mais fidedigna para a avaliação da adiposidade, entre eles o Índice de
adiposidade corporal (IAC), que apresentou forte correlação com a quantidade de gordura corporal medida pela densitometria (r=0,85). Objetivo:
Analisar comparativamente a classificação do estado nutricional segundo
o IMC e o IAC. Método: Estudo de delineamento transversal envolvendo
pacientes coronariopatas com idade &#8805; 30 anos, internados em
Hospital Universitário Cardiológico de Recife-PE no período de maio a
setembro/2010. O IMC foi classificado em desnutrição de acordo com os
pontos de corte preconizados pela Organização Mundial de Saúde, 1998. O
IAC foi obtido pela equação proposta e validada por Bergman et al, 2011:
[Quadril/(altura1,5)] – 18 e categorizado em baixo peso (IAC<11 para
homens e <23 para mulheres), eutrofia (IAC entre 11 e 22 para homens
e 23 e 35 para mulheres), sobrepeso (IAC entre 22 e 27 para homens e
35 a 40 para mulheres) e obesidade (IAC>27 para homens e >40 para
mulheres). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do
hospital (nº 24/2010). Os dados foram analisados utilizando os softwares
Epi Info, versão 6.04 e SPSS, versão 13.0. Resultados: Foram avaliados
323 indivíduos, com média de idade de 61,6 (±11,8) anos e 60,1% do
sexo masculino. Segundo o IMC, foram encontrados 0,6% de desnutrição,
38,1% de eutrofia, 42,4% de sobrepeso e 18,9% de obesidade. De acordo
com o IAC, 1,2% dos indivíduos apresentaram desnutrição, 28,2% eutrofia,
34,4% sobrepeso e 36,2% eram obesos. Embora, tenha sido encontrada
correlação entre o IMC e o IAC (r=0,622, p<0,001), diferenças significativas foram demonstradas na classificação do estado nutricional segundo
os dois parâmetros analisados (p<0,001). O índice de concordância para
diagnóstico da desnutrição e obesidade foi fraco (Kappa= 0,328 e 0,330,
p<0,001, respectivamente).Conclusão: Diferenças significativas foram
reveladas na classificação do estado nutricional segundo o IMC e o IAC,
demonstrando a importância de que o IMC seja utilizado em associação com
outros parâmetros para evitar que diagnósticos imprecisos sejam emitidos,
levando à condução de uma prescrição dietética inapropriada, sobretudo
na vigência de um distúrbio nutricional.
P-183 REGISTRO ELETRÔNICO REALIZADO PELA ENFERMAGEM
DE ACEITAÇÃO DA DIETA E DA OFERTA DO SUPLEMENTO VO EM
PACIENTES DISFÁGICOS HOSPITALIZADOS
SIMONE TEIXEIRA DE SOUSA (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO); PATRICIA
NORIKO IDERIHA NAGATO (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO); LILIAN CHIKA
KATO (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO); ROBERTO IEIRI (HOSPITAL NIPO
BRASILEIRO); WAGNER ISSAO HOSHINO (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO);
CESAR BRANT (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO)
Introdução: A sistematização da assistência nutricional, enfermagem e
fonoaudiológica de pacientes disfágicos determinam critérios e técnicas a
serem utilizadas e concretiza a estruturação de protocolos de avaliação,
os quais objetivam padronizar e viabilizar o processo, visando diagnosticar
o estado nutricional e a presença de disfagia. Entretanto, no acompanhamento do paciente, observa-se que seu manejo e monitoramento necessitam ser eficazes. Mediante esta dificuldade, foi criado neste Hospital
particular um protocolo de registro de aceitação alimentar e suplemento em
pacientes disfágicos, o que torna fundamental o sucesso do procedimento
escolhido e a integração da equipe multidisciplinar. Objetivo: acompanhar
o estado nutricional dos pacientes disfágicos, mediante oferta e monitoramento de aceitação do suplemento e do alimento VO pela enfermagem
através do registro eletrônico. Método: No período junho a julho de
2013,participaram desta pesquisa 50 pacientes com disfagia orofaríngea
diagnosticada pela fonoaudióloga, sendo que 26 mantiveram dieta VO
disfágica e CNE e 24 com dieta VO disfágica exclusiva. Foram excluídos os
pacientes que permaneceram com dieta disfágica no período menor de 4
dias. Na avaliação da nutricionista, calculou-se o aporte calórico-proteico,
por meio de dados antropométricos e exames bioquímicos, enviou-se dieta
suplementada e acompanhou-se o estado nutricional até a alta do paciente.
A enfermagem administra e realiza controle e anotações da aceitação
alimentar e do suplemento conforme a legenda de ingestão (pontuação1:
< que 25%, pontuação 2: 50%, pontuação 3: 75% e pontuação 4: 100%. O
suplemento é mensurado por ml ou sachê ingerido). Resultados: No grupo
de pacientes com dieta VO e CNE, observou-se que 23% dos pacientes
apresentaram piora, 23% melhora e 54% mantiveram estado nutricional.
No grupo de pacientes com VO exclusiva, 8% apresentaram piora, 33%
melhora e 59% mantiveram. Conclusão: Com a administração e anotação
da enfermagem, foi possível controlar a quantidade de aceitação alimentar,
bem como adaptar oferta, horários e volume dos suplementos, levando a
uma manutenção ou melhora do estado nutricional.
P-185 INCIDÊNCIA DE DIARRÉIA E PROVÁVEIS CAUSAS ASSOCIADAS
EM PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DE UM HOSPITAL
PRIVADO EM SALVADOR-BA.
SUZANA SANTOS (HOSPITAL PORTUGUES); ARUANI BRITO (HOSPITAL
PORTUGUES); FERNANDA BARREIROS (HOSPITAL PORTUGUES); LAILA
HOHLENWERGER (HOSPITAL PORTUGUES); CLÁUDIO ZOLLINGER
(HOSPITAL PORTUGUES)
Introdução: A ocorrência de diarréia em pacientes críticos é uma das
complicações mais observadas na Terapia Nutricional Enteral (TNE),
possuindo incidência que varia de 2% a 95%1. A frequência da diarréia
é considerada um bom indicador de qualidade em TNE2 e sua etiologia
é multifatorial. O uso de antibióticos representam 80,2%, tendo como
outras causas a hipoalbuminemia, toxinas bacterianas, medicamentos
osmoticamente ativos3. A identificação das causas ajuda na formulação
de protocolos, adotando medidas de controle e prevenção do evento.
Objetivo: Determinar a frequência da diarréia em pacientes críticos
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
87
Suplemento Nutrição Clínica/2013
em TNE e descrever suas possíveis causas, em um hospital privado em
Salvador – BA. Método: Estudo tranversal, de caráter observacional
prospectivo, realizado com pacientes com idade > 18 anos, ambos os
sexos, que receberam TNE exclusiva e contínua por pelo menos 72 horas
e que apresentaram 3 ou mais episódios de evacuações líquidas ou
semi-líquidas no período de 24 horas. As variáveis coletadas das possíveis causas foram: uso de antibiótico, osmolaridade da fórmula enteral,
hipoalbuminemia, medicamentos hiperosmolares ou procinéticos, uso de
laxantes e patologia de base. Os dados foram coletados durante o mês de
julho de 2013. A tabulação e análise foram feitas no programa Microsoft
Excel 2010. Resultados: Participaram da pesquisa 148 pacientes, 54,7%
do sexo feminino, média de idade de 72 anos. Foi observada a ocorrência
de diarréia em 21% dos pacientes. Dentre as causas, a mais frequente foi
o uso de medicamentos hiperosmolares ou procinéticos (31%), seguido
do uso antibiótico (23,1%) e hipoalbuminemia (21,5%). Conclusão: A
diarréia apresentou elevada ocorrência, tendo como principal causa o
uso de medicações hiperosmolares ou procinéticos. Um maior critério na
prescrição desses medicamentos poderia reduzir a ocorrência, a fim de
contribuir com a maior efetividade da terapia nutricional e redução dos
riscos deletérios ao estado nutricional do paciente.
P-187 A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO EM PACIENTE COM QUADRO
DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA E ÚLCERA POR PRESSÃO
LAÍS NANCI PEREIRA NAVARRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR
ALBERTO ANTUNES HUPAA/UFAL); PATRÍCIA DE MENEZES MARINHO
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES HUPAA/
UFAL); FABIANA ANDREA MOURA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS);
DENIZE PEREIRA VERÇOSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR
ALBERTO ANTUNES HUPAA/UFAL)
Introdução: A Encefalopatia Hepática (EH) refere-se a uma síndrome
neuropsiquiátrica, de etiologia multifatorial e depende da ruptura da
barreira hematoencefálica, junções rígidas entre as células endoteliais que
compões os capilares cerebrais. Dentre as complicações da EH, destaca-se
a dificuldade de deambulação, confusão mental e rigidez muscular o que
aumenta o risco do paciente ficar acamado, além da desnutrição, sendo
estes fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras por pressão
(UPP). Essas UPP aumentam o risco de infecção e necessidade de intervenções clínico cirúrgicas, elevando o tempo de permanência hospitalar.
Descrever a importância da nutrição em paciente em processo com EH e
com UPP. Paciente LVOS, 55 anos, sexo feminino, internada com quadro
de EH apresentando estado geral comprometido, confusão mental, rigidez
muscular em membros, sinal de flapping e fala arrastada. Foi diagnosticado esquistossomose há quatro anos. Ex-tabagista e nega etilismo.
Teve perda ponderal de aproximadamente 17 kg nos últimos seis meses.
Apresenta ainda HAS e DM tipo 2. A avaliação clínico nutricional identificou catabolismo intenso, disfunção e lesão hepática; os dados dietéticos
revelaram redução de apetite, com realização de apenas três refeições
ao dia; ao exame físico foi detectado mucosas hipocoradas (+/4+), além
de sinais de depleção de tecido adiposo e muscular; segundo a antropometria, a paciente apresentava IMC de 18,08 kg/m², e um % de perda
de peso severa de 29,8% além de depleção grave de tecido adiposo e
moderada de tecido muscular. Sendo então diagnosticado com desnutrição
moderada. Inicialmente foi prescrita dieta por VO, branda, fracionada em
seis ref/d, com adição de suplemento oral rico em BCAA, hipossódica,
isenta de sacarose, com as seguintes características: hipercalórica (1670
kcal), hiperproteica (1,25 g/kg/PTN), com 25,5 g de fibras, 8,7 mg Zn,
10,5 mg Fe, 880 mg Ca. Após 17 dias de intervenção, a equipe de enfermagem identificou inicio de pequena ulceração na região sacral (grau
1). Foi adicionado um suplemento especifico para cicatrização, isenta de
sacarose, elevando o fornecimento calórico para 1700 kcal e proteico
para 1,45 g/kg/PTN, além de Zn (13,7 mg), Fe (12,3 mg) e Ca (980 mg).
A paciente evoluiu com melhora significativa do seu quadro clinico, com
ganho de 1,8 kg e controle das glicemias. A UPP apresentou cicatrização
de aproximadamente 95%, recebendo alta após 30 dias de internação.
A intervenção nutricional realizada favoreceu o ganho de peso, melhora
da EH, controle das glicemias e consequentemente melhor qualidade de
vida para o paciente.
P-186 ESTUDO PILOTO PROSPECTIVO DE OFERTA SEGURA DE MEDICAMENTOS VIA ORAL DOS PACIENTES DISFÁGICOS
CESAR BRANT (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); CLARA RODRIGUES
(HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); DONATA FEROLDI (HOSPITAL GERAL DO
GRAJAÚ); FABIANE OLIVEIRA (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); MARISTELA
PANTALEÃO (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); JESSICA MAGRINI (HOSPITAL
GERAL DO GRAJAÚ)
Introdução: A disfagia orofaríngea é freqüente no ambiente hospitalar,
atingindo até 57% dos pacientes hospitalizados. A disfagia é uma dificuldade
na deglutição, um sintoma de uma doença de base. As consequências são
desnutrição, desidratação e risco de complicações pulmonares. A correta
administração dos medicamentos via oral para os pacientes com disfagia
orofaríngea, é essencial para a eficácia do tratamento. É necessário sempre
adequar à medicação de acordo com a possibilidade de deglutição que o
paciente tem, evitando maiores complicações e garantindo a oferta segura
do medicamento. Desenvolvemos o protocolo de modificação da forma
farmacêutica do medicamento, ofertando-o para o paciente disfágico
misturado ao espessante visando diminuir as comorbidades, como o riso
de aspiração. Objetivo: Garantir a administração segura do medicamento
via oral para pacientes disfágicos. Método: Estudo prospectivo, realizado
no período de 06 de Junho de 2013 a 06 de Agosto de 2013. Avaliamos
247 pacientes sendo 24 pacientes elegidos para o estudo. A Triagem é
aplicada diariamente por um membro da Equipe de Terapia Nutricional
para verificação da presença do risco de broncoaspiração. Identificado o
grau de risco, o avaliador comunica toda a equipe multidisciplinar (médico
assistente, fonoaudióloga, fisioterapeuta, nutricionista e farmacêutica).
Cada membro é responsável pela avaliação, intervenção e condutas
específicas. Os medicamentos são enviados para as unidades elegidas no
estudo juntamente com o espessante e a forma farmacêutica. Esta, quando
possível, modificada. Cada medicamento é ofertado ao paciente com 20
ml do espessante na consistência pudim. Realiza-se orientação e educação
continuada in loco com a equipe de enfermagem na intenção de que o
medicamento misturado ao espessante seja administrado corretamente.
Resultados: Avaliamos e acompanhamos 247 pacientes com risco de
disfagia, sendo 6 com disfagia leve, 10 moderada e 8 grave. Foram 18
medicamentos com espessante e 13 medicamentos com alteração na forma
farmacêutica para solução. Conclusão: Desenvolvemos um protocolo que
apresenta uma forma segura e eficaz de ofertar medicamentos via oral para
pacientes disfágicos. Unitermos: oferta segura de medicamentos; disfagia
orofaríngea; espessantes.
P-188 DESAFIO DA TERAPIA NUTRICIONAL NA CARDIOPATIA
CONGÊNITA
LILLIAN DE CARLA SANT´ANNA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); TATIANA
CARNEVALLI DE VUONO (HOSPITAL DO CORAÇÃO); RENATA BORGES
ABDULMASSIH (HOSPITAL DO CORAÇÃO); CRISTIANE FÉLIX XIMENES
PESSOTTI (HOSPITAL DO CORAÇÃO); CAMILA ANDRADE PEREIRA
(HOSPITAL DO CORAÇÃO); ROSANA PERIM COSTA (HOSPITAL DO
CORAÇÃO)
Introdução: A Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE) é
uma doença na qual o ventrículo esquerdo e a aorta apresentam graus
variados de hipoplasia. Estudos revelam que a desnutrição e perda de peso
podem modificar desfavoravelmente a evolução pós-operatória de crianças
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
88
Suplemento Nutrição Clínica/2013
portadoras de cardiopatias congênitas submetidas à cirurgia cardiovascular.
Objetivo: Relatar a adequação nutricional e ganho ponderal no pós cirúrgico de um recém nascido diagnosticado com SHCE submetido à primeira
fase da cirurgia. Método: Estudo observacional retrospectivo. Foram
analisados dados no prontuário durante o período de internação com as
seguintes variáveis: peso, estatura, evolução ponderal, volume infundido,
oferta calórica, oferta proteica, intercorrências clínicas e valores de proteína
C reativa (PCR). Resultados: D.M.S.R, 2 dias de vida, gênero masculino
foi caracterizado no pré-cirúrgico com diagnóstico de eutrofia segundo
Organização Mundial da Saúde (2006/2007). Foram observados 87 dias
de internação em que a média da oferta energética e protéica via nutrição
enteral exclusiva foi de 70 kcal/kg/dia e 1,5 grama/kg/dia (ganho ponderal
de 6,1 g/dia) e 109 kcal/kg/dia e 2,8 grama/kg/dia (ganho ponderal de
13 g/dia) na UTI Neonatal e Pediatria, respectivamente. As principais intercorrências clínicas que tiveram relação direta com a diminuição do volume
prescrito foram distensão abdominal, êmese e instabilidade hemodinâmica.
A fase de recuperação nutricional teve relação com diminuição do PCR e
indicação de fórmula enteral específica hipercalórica e hiperproteica, com
evolução progressiva de volume diário. Com relação ao estado nutricional,
após 3 meses de tratamento, o lactente apresentou evolução nutricional,
com ganho de peso adequado à cardiopatia congênita e foi submetido à
segunda fase do procedimento cirúrgico. Conclusões: Constatou-se no
relato de caso que a Terapia Nutricional Enteral (TNE) atua diretamente
no tratamento dessa doença e apresenta impacto em sua evolução. A
equipe multiprofissional é essencial para o sucesso da terapia nutricional
em crianças com cardiopatias congênitas e deve ser inserida no sentido de
promover a adequação nutricional como indicador de qualidade.
52% da amostra relatou ter conhecimento e 84% caracterizou ser importante
a sua utilização na recuperação e manutenção nutricional. Com relação ao
consumo, 56% afirmaram que foram orientados pela equipe da nutrição ou
médico assistente e apenas 18% não consumiam todo o volume ofertado.
Conclusão: O uso da suplementação oral é de grande valia para atingir
as necessidades nutricionais do paciente hospitalizado, prevenindo o risco
de desnutrição, mantendo e/ou recuperando o estado nutricional.
P-191 CORRELAÇÃO ENTRE A INGESTÃO ALIMENTAR DE COLESTEROL
E FIBRAS COM O COLESTEROL SÉRICO TOTAL EM PACIENTES NO PÓS
TRANSPLANTE TARDIO DE CÉLULAS TRONCO-HEMATOPOIÉTICAS
AMANDA CRISTINA DE OLIVEIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR - CURITIBA/PR); ANA CLÁUDIA THOMAZ (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR - CURITIBA/PR); CRISTIANE PAVAN PEREIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR
- CURITIBA/PR); CAROLLINE ILHA SILVÉRIO (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR
- CURITIBA/PR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR
- CURITIBA/PR); DENISE JOHNSSON CAMPOS (HOSPITAL DE CLÍNICAS/
UFPR - CURITIBA/PR)
Introdução: A dislipidemia por uso de agentes imunossupressores é uma
complicação frequente no pós transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH). O excesso de lipídeos pode interferir na ação dos macrófagos
e prejudicar o sistema imune. A ingestão alimentar de fibras vem sendo
estudada por reduzir os níveis de absorção de colesterol. Objetivo: Correlacionar a ingestão alimentar de colesterol e fibras com o colesterol sérico de
pacientes submetidos ao TCTH. Método: Estudo retrospectivo realizado no
ambulatório do serviço de TCTH de um hospital universitário no período de
maio a setembro de 2012. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos e
com mais de 1 ano pós TCTH. A ingestão de colesterol e fibras foi avaliada
através do método Recordatório Alimentar de 24 horas. Os pacientes foram
classificados em dislipidêmicos ou não de acordo com a IV Diretriz Brasileira
sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Para adequação do
consumo de fibras e colesterol foram consideradas as recomendações da I
Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Os dados
foram submetidos à análise estatística através dos testes Qui-quadrado e
Pearson com nível de 5% de significância. Resultados: Foram incluídos 37
pacientes com idade média de 35,5±11 anos, sendo 56,7% (n=16) homens.
O consumo médio de fibras foi de 20,2±12,8 g, sendo que 64,9% (n=24)
apresentaram consumo de fibras menor que 20 g. O consumo médio de
colesterol foi de 321,0±339,2 mg (0 a 1390 mg), sendo que 35,1% (n=12)
dos participantes consumiram mais que 300 mg. A média do colesterol
sérico foi de 190,5±46,8 mg/dl e a prevalência de dislipidemia foi de 73%
(n=27). A ingestão de colesterol e fibras não apresentou correlação com os
níveis de colesterol sérico (p>0,05). Conclusão: A maioria dos pacientes
apresentou consumo de fibras abaixo da ingestão mínima recomendada e
níveis elevados de colesterol sérico. Não foi encontrada correlação entre a
ingestão de colesterol e fibras com os níveis séricos de colesterol. Diante
disso, há necessidade de orientação nutricional promovendo a alimentação
saudável e prevenindo estas alterações.
P-189 AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL, INGESTÃO ALIMENTAR
E ADESÃO À TERAPIA NUTRICIONAL ORAL EM PACIENTES DE UM
HOSPITAL REFERÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
MARIA CRISTINA ZANCHIM (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO);
GABRIELA SGARBOSSA (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); TAÍSA ANNES
(HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); TATIANA P. RODRIGUES (HOSPITAL
SÃO VICENTE DE PAULO)
Introdução: O impacto da desnutrição sobre a morbimortalidade em
pacientes hospitalizados tem sido descrito e a Terapia Nutricional Oral (TNO)
torna-se fator de promoção da saúde, melhorando o estado nutricional,
função muscular, imunológica e a qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o
perfil nutricional, ingestão alimentar e adesão à TNO em pacientes hospitalizados. Método: Estudo descritivo, transversal, realizado com pacientes
adultos e idosos, com prescrição de TNO, em diferentes unidades de
internação de um hospital geral, entre junho e julho de 2013. Os dados
foram coletados por meio de questionário composto por história clínica,
avaliação nutricional e antropométrica, abordando ainda questões referentes à suplementação oral. Resultados: Foram avaliados 50 pacientes,
56% do gênero masculino e 44% do feminino, com idade média de 59±21,2
anos. Houve predomínio de atendimento pelo Sistema Único de Saúde
(62%) e o principal motivo de internação foram as neoplasias (36%). O
estado nutricional segundo o Índice de Massa Corporal demonstrou que
50% eram eutróficos, 32% apresentavam excesso de peso e 14% estavam
desnutridos. Foi prevalente a prescrição de dieta livre (26%), seguido
de diabetes (18%) e hipossódica (10%). Quanto à aceitação da dieta
hospitalar, 48% relataram estar regular, 40% boa e 12% a consideraram
ruim. A análise do Recordatório Alimentar identificou consumo médio de
1583,3±2229,0kcal e 55,3±17,4g de proteína. Quando associado o uso
de TNO, obteve-se percentual de adequação de 94,8±19,0% em calorias e
105,4±26,5% para ingestão proteica. A prescrição de suplementação oral
hiperproteica foi de maior prevalência (52%) e o tempo médio de uso foi
de 5,7±6,13 dias. O volume médio ofertado foi de 263,6±115,8ml, com
aporte calórico/proteico médio de 352,6±140,7kcal e 17,6±10,4g/kg.
Quando questionado sobre os motivos do uso de TNO e seus benefícios,
P-192 AUMENTO DA OBESIDADE APÓS TRATAMENTO DE HAS EM
PACIENTES IDOSOS DE UM AMBULATÓRIO DO MUNICÍPIO DE
NATAL/RN
MARIÁ RAQUEL (UNIVERSIDADE POTUGUAR UNP); JAILMA MORAES
(UNIVERSIDADE POTUGUAR UNP); NÁDIA MARIA SOUSA FREITAS (INSTITUTO FEDERAL DE LIMOEIRO – IFCE/CE); ANAKLAUDIA SOMBRA SANTOS
(INSTITUTO FEDERAL DE LIMOEIRO – IFCE/CE); ILLANA LOUISE PEREIRA
DE MELO ( FCF/USP)
Introdução: A população brasileira vem envelhecendo desde a década de
sessenta. Juntamente nessa fase, surgem várias doenças crônicas, desta-
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
89
Suplemento Nutrição Clínica/2013
cando-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), doença multifuncional,
caracterizada por níveis elevados da pressão no interior das paredes dos
vasos sanguíneos, associados às alterações metabólicas e hormonais e a
fenômenos tróficos. Para o controle da pressão arterial, os especialistas
recomendam uma alimentação rica em nutriente e com pouco teor de
gordura. Vários nutrientes, como cálcio, fibra alimentar, magnésio, potássio
e vitaminas C, são abundantes em muitos desses alimentos. Esses nutrientes
podem ajudar a baixar a pressão arterial e também controlar o aumento
de peso, que é um dos fatores da causa da Hipertensão Arterial Sistêmica.
Objetivo: Investigar o aumento de peso após o tratamento medicamentoso
de HAS através de prontuários e discutir os fatores de riscos em idosos
atendidos em um ambulatório do RN, no ano de 2013. Método: O estudo
consistiu em uma análise pós-tratamento de HAS em 36 idosos, de 65 a
85 anos, atendidos na unidade hospitalar entre os meses de fevereiro a
agosto de 2012, sendo observado o índice de massa corporal (IMC) e a
pressão arterial antes e após o tratamento da HAS. A aferição da PA e o IMC
foram coletados e colocados nos prontuários por enfermeiras do posto de
saúde. Onde utilizaram aparelhos existentes da própria unidade de saúde.
Resultados: Os resultados da aferição demonstraram que, após o tratamento com medicamentos, 29 pacientes (80,5%) obtiveram redução nos
índices da pressão arterial. Entretanto, essa redução foi acompanhada de
aumento no índice de massa corporal em 21 pacientes (61,1%). Em geral,
a recomendação médica para pessoas com HAS é a diminuição de frituras
e a inclusão de uma dieta isenta de sal. No caso dos idosos analisados, a
falta de um acompanhamento adequado acerca da educação alimentar fez
com que muitos deles recompensassem a diminuição da ingestão de sal
com a inserção de alimentos calóricos na dieta, como frituras e açúcares,
aumentando o peso e os riscos de outras patologias, como problemas
cardíacos e nas articulações, além de colesterol elevado. Conclusão:
O estudo realizado demonstrou que o controle medicamentoso da HAS
trouxe resultados satisfatórios, sendo necessário, porém, para garantir uma
melhora na qualidade de vida dos pacientes, acrescentar no tratamento
uma maior preocupação com a orientação nutricional.
enquanto os do sexo masculino apresentaram peso adequado. Já a DCNT
mais prevalente nos adultos de ambos os sexos, foi a obesidade, seguido de
DM 2, HAS e dislipidemia. Nos idosos do sexo feminino a mais ocorrente foi
HAS, seguido de obesidade, DM 2 e dislipidemias e nos do sexo masculino
foi DM 2, seguido de HAS, obesidade e dislipidemia. Conclusão: As DCNT
representam atualmente a maior causa de morbidade mundial. Existe um
acentuado interesse em reduzir os gastos com a saúde pública por meio
da prevenção dessas doenças, melhorando a qualidade de vida e principalmente da alimentação da população. Com os resultados encontrados,
ressaltam uma maior necessidade de estabelecer práticas de monitoramento
e direcionar intervenções mais adequadas em ambulatórios de nutrição.
P-194 INDICADORES DE QUALIDADE EM TNE: PACIENTES CRÍTICOS
COM INDICADORES NÃO TÃO CRÍTICOS - UMA REALIDADE DO
HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA
MARIA MÁRCIA FEITOSA MELO (HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA);
MARIA ELIZABETE MAGALHÃES YUM (HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA);
FERNANDO CÉSAR GURGEL PINHEIRO (HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA);
LEYSHIR GOMES DE CARVALHO VIANA CAVALCANTE (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CEARÁ); MÁRCIA ANGÉLICA DOS SANTOS LIMA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); KEITHYANNE MARINHO SABÓIA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)
Introdução: A terapia nutricional (TN) é considerada um dos pilares de
sucesso na reabilitação dos pacientes clínicos, cirúrgicos, oncológicos e
internados em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Segurança na assistência à saúde significa evitar, prevenir e aprimorar resultados adversos
e danos gerados pelo serviço. Assim, visando atingir um bom nível de
segurança na TN aplicada em pacientes de UTI, foi realizado um estudo
de indicadores de qualidade da TN nesses pacientes. Objetivos: verificar
a proporção de pacientes em TN, avaliar a frequência e intensidade de
diarreia e constipação nos pacientes em terapia nutricional enteral (TNE),
bem como de resíduo gástrico (RG) e vômito, ou seja, as principais intolerâncias gastrointestinais que dificultam a evolução da TN. Método: Foram
avaliados 35 pacientes internados na UTI do HGF no mês de julho de
2013. Foram coletadas informações sobre o número de pacientes em TNE
que apresentaram diarreia, a média de episódios diarreicos por paciente,
o número de pacientes constipados e o tempo médio de constipação, a
frequência de pacientes com RG e o volume médio apresentado, o índice
de vômito e a média de vômitos ocorridos por paciente. A proporção de
pacientes em TN também foi mensurada. Resultados: Dos 35 pacientes
avaliados, 91,52% ± 0,07 % estavam sob algum tipo de TN e 83,35% ±
0,13% estavam sob TNE. Desse total, 24,49% ± 0,12 apresentam diarreia,
com uma média de 2,21 ± 0,86 eventos de evacuações líquidas. 12,07%
± 0,12% apresentaram constipação, com uma média de 3,67 ± 2,44 dias
sem evacuações. O índice de pacientes com vômitos foi de apenas 1,14%
± 0,02% com uma média de 0,25 ± 0,75 episódio de vômito por paciente.
4,43% ± 0,07 % apresentaram RG com um volume médio de 123,5 ml ±
145,55 ml por paciente. Conclusão: A TN alcançou quase a totalidade dos
pacientes internados na UTI, com um bom número de pacientes em TNE,
conforme a recomendação. A intolerância gastrointestinal mais comum foi
a diarreia, frequente nesse tipo de paciente devido a antibioticoterapia.
A constipação foi a segunda maior intercorrência, entretanto, pelo tempo
médio de constipação, observa-se uma resolução efetiva dessa intolerância,
principalmente ao se considerar a dismotilidade intestinal, típica do paciente
grave. Os índices de pacientes com vômito e RG surpreendem, com valores
bem abaixo do relatado na literatura científica, mostrando um bom nível
de segurança na TNE aplicada nesse hospital.
P-193 PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS
NÃO TRANSMISSÍVEIS EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO
DE NUTRIÇÃO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ELIMARY FRANCELINO DE OLIVEIRA (HOSPITAL REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ); MARIA STELLA SINGH RONA (HOSPITAL REGIONAL
UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ); MARIA SILVIA ANDRE BASSAN (HOSPITAL
REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ); LILIAN LONGHI BERALDO DA
ROSA (HOSPITAL REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ)
Introdução: A transição nutricional, na qual grande parte da população
mundial vive, é caracterizada pela redução na prevalência de desnutrição
energética protéica com aumento generalizado na prevalência de sobrepeso, obesidade, surgimento de Doenças Crônicas não Transmissíveis
(DCNT) e sedentarismo. Objetivo: Verificar o perfil nutricional e a prevalência de DCNT em pacientes atendidos no ambulatório de nutrição de um
Hospital Universitário. Método: Participaram desta pesquisa pacientes de
ambos os sexos, atendidos no ambulatório de nutrição no período de janeiro
de 2006 a dezembro de 2012, sendo considerados adultos aqueles com
idade entre 20 e 59 anos e idosos, igual e/ou superior a 60 anos. O perfil
nutricional foi calculado pelo IMC, no qual os adultos foram classificados
segundo a OMS, 1997 e os idosos de acordo com a tabela da OPAS. A
prevalência de DCNT foi determinada através do diagnóstico médico, onde
as patologias analisadas foram as seguintes: obesidade, hipertensão arterial
sistêmica (HAS), diabetes mellitus 2 (DM 2), dislipidemia. Resultados: Do
total dos 504 indivíduos avaliados, 383 eram adultos, sendo 316 do sexo
feminino e 67, masculino e 121 eram idosos, onde 78 do sexo feminino e 43,
masculino. Em relação ao perfil nutricional verificou-se maior prevalência de
adultos e idosos do sexo feminino com obesidade, seguido de sobrepeso,
P-195 PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES DA ENFERMARIA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
90
Suplemento Nutrição Clínica/2013
CRISTINA GAMA PEREIRA LUCENA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
JOSÉ MACHADO NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MARCO
ANTÔNIO NUNES PRADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); ALINE
FRANÇA CONSERVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
pacientes em TNE e Porcentagem de pacientes em TN com estimativa do
gasto energético e necessidades protéicas) e desfechos clínicos (mortalidade,
tempo de dieta e tempo de hospitalização). Os dados foram avaliados pelo
programa PRISM com modelo estatístico utilizado Mann-whitney U (&#945;
< 0,05). Resultados: No grupo Geral os IQ não estiveram associados aos
desfechos clínicos. A mortalidade esteve associada apenas com a idade
(p=0,0425) e tempo de hospitalização (p=0,04). No grupo da UTI, o IQ
volume de caloria administrado foi maior no grupo que sobreviveu (1109 x
1386 kcal/d; p=0,0004). Também foram encontradas diferenças nas idades
(p=0,0029), tempo de dieta (p=0,0001) e tempo de hospitalização (13,3
x 27,8 dias; p=0,0001). Conclusão: O impacto dos IQ foram maiores na
UTI possivelmente pela maior gravidade clínica e desnutrição.
Introdução: A desnutrição hospitalar (DH) acarreta aumento da morbimortalidade dos pacientes, inclusive cirúrgicos, com impacto no tempo de
internação e nos custos hospitalares. O IBRANUTRI (1996) mostrou uma
taxa de DH no Brasil de 48%. Mais recentemente, Waitzberg (2009) estimou
que a DH brasileira ainda é de 30%. Objetivo: caracterizar sob o ponto de
vista nutricional os pacientes admitidos numa enfermaria Cirúrgica de um
hospital universitário da região Nordeste. Método: estudo observacional,
prospectivo, cuja coleta de dados foi realizada por um acadêmico de
Medicina de junho a julho de 2013. Como ferramenta para o diagnóstico
nutricional, utilizou-se a Avaliação Subjetiva Global. Variáveis estudadas:
sexo, idade, diagnóstico clínico, IMC, estado nutricional e sua correlação
com o IMC. Resultados. Avaliaram-se 46 pacientes, sendo 72% do sexo
feminino, com idade média de 48.7 anos (15-80) e 52% de patologias
digestivas. Observou-se uma taxa de DH de 32% e um IMC médio de
26.6Kg/m2 (13.5-48.7). Os pacientes desnutridos graves representaram
17% da amostra. Destes, 87% apresentaram afecções digestivas, sendo 85%
neoplásicas. Neste grupo, a média de idade foi 60.6 anos, o IMC médio
foi de 20.1kg/m2 (13.5-24.1). Aqueles com desnutrição moderada/risco
nutricional foram 15% da amostra, com 71% de doenças ginecológicas e
29% de doenças digestivas, idade média de 44.7 anos e IMC médio de
25.7kg/m2 (17.6-39.7). A correlação entre o IMC e o estado nutricional
mostrou que 25% dos desnutridos graves apresentaram IMC abaixo do
normal enquanto 75% dos mesmos apresentaram IMC dentro da normalidade. Dos pacientes de desnutrição moderada/risco nutricional, 43%
tiveram IMC normal, 29% sobrepeso, 14% baixo e 14% apresentaram
obesidade grau II. Dos pacientes bem nutridos, 39% apresentaram IMC
normal, 39% sobrepeso e 22% apresentaram obesidade. Conclusões:
1- Em cerca de 32% dos pacientes avaliados houve DH, índice compatível
com o da literatura nacional. 2- O paciente desnutrido grave apresentou
uma média de idade maior em relação aos demais grupos e predomínio de
patologias digestivas neoplásicas. 3- A maioria dos pacientes com alteração
nutricional apresentou um IMC normal. 4- A triagem nutricional é uma
ferramenta importante e de fácil aplicação para o diagnóstico precoce e
terapia dos pacientes com DH.
P-197 AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL DE MULHERES ATENDIDAS NA ATENÇÃO BÁSICA DE DUAS UBS DO ESTADO DO PARANÁ
LARA RIBEIRO SISTI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CAMILA
BOSSONI RUSSO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); FERNANDA
DOS SANTOS NERI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); BEATRIZ
SIMÕES GALERA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CRIVALDO
GOMES CARDOSO JUNIOR (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);
CLISIA MARA CARREIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)
Introdução: O sobrepeso e a obesidade são considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos maiores problemas de saúde
pública, sendo o quinto maior fator de risco de mortalidade no mundo.
Estudos têm demonstrado que o sobrepeso e obesidade representam uma
séria ameaça à saúde da mulher, contribuindo para o risco aumentado de
doenças crônicas degenerativas, particularmente doenças cardiovasculares,
diabetes mellitus tipo II e outros distúrbios endócrinos e metabólicos.
Objetivo: Avaliar o perfil nutricional de mulheres atendidas na atenção
básica de duas UBS do estado do Paraná e verificar a presença de fatores
de riscos relacionados à doença cardiovascular.
Método: Foi realizada avaliação do estado nutricional de 214 mulheres,
com idade entre 18 e 59 anos, assistidas pela atenção básica. Durante
consulta nutricional, foram avaliados os seguintes indicadores: peso,
estatura, circunferência abdominal (CA), índice de massa corporal (IMC) e
o levantamento sobre a presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS),
diabetes mellitus (DM) e dislipidemias.
Resultados: A maioria das mulheres avaliadas foi classificada com obesidade (52,9%) e 38,8% com sobrepeso, apenas 8% delas estavam com o
peso adequado (eutróficas). Em relação a CA, 87,9% apresentavam riscos
aumentados para doenças cardiovasculares (CA > 80cm) e 70% apresentaram pelo menos um fator de risco associado ao excesso de peso, sendo
10,7% com DM, 34,1% com HAS e 25,2% com dislipidemia.
Conclusão: A avaliação nutricional das mulheres atendidas indicou
prevalência de obesidade e alto risco para doenças cardiovasculares.
Esses resultados vêm de encontro com as novas diretrizes, do Ministério
da Saúde, de prevenção e tratamento do sobrepeso e obesidade. Nesse
sentido, são evidentes que novas estratégias devem ser integradas as UBS
promovendo ações que aumentem o nível de conhecimento da população
sobre a importância da promoção da saúde por meio da manutenção de
um estilo de vida mais saudável e ativo.
P-196 INDICADOR DE QUALIDADE NUTRICIONAL E DESFECHOS
CLÍNICOS
ELIMARY FRANCELINO DE OLIVEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGINAL
DE MARINGÁ); LILIAN LONGHI BERALDO DA ROSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGINAL DE MARINGÁ); MARIA STELLA SINGH RONA (HOSPITAL
REGINAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ); MARIA SILVIA ANDRE BASSAN
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGINAL DE MARINGÁ); NESTOR ALEJANDRO
SAINZ RUEDA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGINAL DE MARINGÁ)
Introdução: Dentro da Terapia Nutricional os Indicadores de Qualidade (IQ)
podem avaliar a eficiência e a eficácia da terapêutica nutricional. Podem
desta forma repercutir os desfechos clínicos dos pacientes, tais como mortalidade e tempo de internação. Objetivo: Avaliar os desfechos clínicos dos
pacientes com dieta enteral através dos IQ. Método: Foi feito uma avaliação
seqüencial das fichas de acompanhamento de nutrição enteral em dois
momentos distintos. O primeiro de Janeiro a Junho de 2013 abrangendo a
terapia nutricional enteral de pacientes adultos (grupo Geral) e o segundo
de Janeiro a Dezembro de 2011 de pacientes adultos internados na UTI sob
ventilação mecânica (grupo UTI) em um Hospital Universitário da região
Noroeste do Paraná. As fichas eram compostas de informações epidemiológicas básicas, IQ (Índice de volume administrado/volume prescrito; Nº
de dietas não administradas (infundido - administrado)/ total de dietas
prescritas; Nº de pacientes em TNE com registro de peso e altura/ Total de
P-198 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ESCOLARES DE UMA
ESCOLA ESTADUAL NO MUNICÍPIO DE CUITÉ/PB
HELENA CRISTINA MOURA TAVARES (UFCG); JANAÍNA ALMEIDA DANTAS
ESMERO (UFCG); CAROLINA DE MIRANDA GONDIM (UFCG)
Introdução: O acompanhamento da situação nutricional de crianças constitui um instrumento essencial para a aferição das condições de saúde da
população infantil. A antropometria é amplamente utilizada para avaliação
nutricional de indivíduos e de grupos populacionais por se tratar de uma
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
91
Suplemento Nutrição Clínica/2013
técnica de baixo custo, não invasiva, universalmente aplicável e com boa
aceitação da população. Objetivo: Realizar a avaliação antropométrica de
crianças em idade escolar, do ensino fundamental, de uma escola estadual
de Cuité, PB. Método: Trata-se de um estudo de delineamento transversal
com alunos de 5 a 10 anos de uma escola da rede pública estadual do
município de Cuité-PB, selecionados aleatoriamente. Foram avaliados
349 alunos, no período de 21/06/12 a 24/07/12. Para avaliação antropométrica, utilizaram-se as medidas de Estatura/Idade (E/I) e Peso/Idade
(P/I), com auxílio de uma balança digital CAMRY EB9013 e estadiômetro.
Os alunos foram pesados através de medição única, em pé, descalços e
sem roupas sobrepostas. Para a estatura, foram realizadas medidas com
os alunos descalços na plataforma do estadiômetro, de costas para a
haste, em posição ereta e sem adornos na cabeça. A idade foi analisada
em relação à diferença entre a data de nascimento e a data da avaliação.
Foram utilizados como valores de referencias as Curvas de Crescimento
da OMS, 2007.Resultados: Na avaliação nutricional dos escolares pelo
indicador P/I, observou-se que a prevalência de crianças eutróficas foi de
83,81% e 89,14% para os sexos masculino e feminino, respectivamente.
A distribuição de frequência de sobrepeso foi de 15,03% para meninos e
10,27% para as meninas. Aproximadamente 1,16% dos alunos do sexo
masculino estavam abaixo do peso esperado, em contrapartida com os
0,59% encontrados nos alunos do sexo feminino. Quanto à avaliação pelo
parâmetro E/I, constatamos que 99,98% das crianças do sexo feminino
tinham um crescimento apropriado para a idade; e 0,02% estavam fora
do padrão estabelecido. Considerando o sexo masculino, todos os escolares tinham estatura adequada para a idade. Conclusão: A frequência
de eutrofia foi superior ao baixo peso e sobrepeso nesta amostra e que
avaliação nutricional de escolares é fundamental para subsidiar as condutas
a serem adotadas para a promoção da saúde.
estadiômetro, 6,7% eram desprovidas de balança, 80% não possuíam fita
inelástica e 73,3% possuíam fitas métricas de costura, para realização da
antropometria dos beneficiários. Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Romeiro (2006). Conclusão: Constatou-se a falta de
execução do SISVAN nas UBS de São Luís. A Secretaria Municipal de Saúde
deve sensibilizar os gestores de saúde e servidores das UBS a executarem
o SISVAN, além de dar subsídios para sua devida implementação.
P-200 PERFIL DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
ATENDIDOS POR UM PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR NO
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
KARINE ZORTÉA (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO
HOSPITALAR CONCEIÇÃO); DIANI O. MACHADO (PROGRAMA DE
ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); CRISTINA O.
CECCONI (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR
CONCEIÇÃO); DIRCE R. P. NUNES (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR,
GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); GISLAINE S. JARDIM (PROGRAMA
DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); SATI J.
MAHMUD (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR
CONCEIÇÃO)
Introdução: A terapia nutricional enteral é necessária a pacientes que
não tem viabilidade de alimentar-se via oral e tem como objetivo recuperar ou manter o nível máximo de saúde do paciente. O Programa de
Atenção Domiciliar (PAD) é um serviço do Sistema Único de Saúde (SUS)
que viabiliza o atendimento a domicílio de pacientes após a alta hospitalar
por equipe multidisciplinar, incluindo o nutricionista. Muitos pacientes em
internação domiciliar alimentam-se por via enteral. Neste contexto, é
importante conhecer o perfil destes pacientes para auxiliar nas intervenções
das equipes, minimizar as intercorrências e melhorar o prognóstico clínico.
Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes em terapia nutricional enteral
atendidos por um Programa de Atenção Domiciliar no SUS. Método: Os
pacientes adultos acompanhados pelo PAD são triados quanto ao risco
nutricional através da ferramenta Malnutrition Screening Tool (MUST) na
primeira visita realizada pelas equipes. Estas informações são computadas
em um banco de dados específicos, que foi utilizado para a análise dos
dados deste trabalho. Resultados: De janeiro a junho de 2013 foram atendidos 38 pacientes, com tempo médio de internação domiciliar de 31,7 dias.
A maioria do gênero masculino (52,63%), com média de idade 62 anos.
Em relação às vias de acesso, 86,84% (n=33) estavam em alimentação via
sonda nasoenteral e 13,17% (n=5) via gastrostomia. Foi realizada triagem
de risco nutricional em 26 pacientes. Destes, 68% referiram perda de peso,
sendo a média de 9% (7 kg) do peso usual nos últimos 3 a 6 meses. Do
total de pacientes, 23,68% (n=9) progrediram para alimentação via oral
total, e 8% (n=3) via oral complementada com via enteral. Dez pacientes
(26,31%) reinternaram, 2 (5,26%) foram a óbito e 27 (71,05%) receberam
alta e foram encaminhados para Unidade Básica de Saúde de referência.
Conclusão: Os pacientes em terapia nutricional enteral atendidos pelo PAD
apresentam elevado risco nutricional e relatam perda importante de peso
nos últimos meses. Durante o atendimento domiciliar, muitos pacientes
evoluem para alimentação via oral, o que está associado a um bom prognóstico já que é a via natural de alimentação. Em relação ao número de
reinternações, deve ser investigado se há associação com a patologia de
base, situação clínica ou nutricional para que possam ser implementadas
medidas preventivas. Uma vez que os pacientes possuem várias comorbidades, as intervenções multidisciplinares no domicílio preparam melhor os
familiares, tanto para os cuidados na administração da fórmula enteral,
quanto para a solução de intercorrências.
P-199 AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM
SÃO LUÍS – MA
GLAUCIANE MÁRCIA DOS SANTOS MARTINS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
MARANHÃO); SUELI ISMAEL OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MARANHÃO); SILVIO GOMES MONTEIRO (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MARANHÃO); THALLITA DE OLIVEIRA AMORIM (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); ALINE DIAS GUIMARÃES (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MARANHÃO); LILIAN PEREIRA CAVALCANTE (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MARANHÃO)
Introdução: O monitoramento da situação alimentar e nutricional da população é uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição
e é realizado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).
Objetivo: Avaliar a execução do SISVAN, em Unidades Básicas de Saúde
(UBS) do Município de São Luis, Maranhão. Método: Estudo do tipo transversal, realizado em 15 UBS selecionadas por meio de sorteio. Aplicou-se
questionários pré-elaborados aos funcionários e usuários atendidos nas
UBS, sobre o nível de conhecimento, atuação e participação no SISVAN. A
análise dos dados contemplou uma abordagem descritiva e quantitativa
mediante verificação de freqüência simples e foram elaboradas tabelas de
contingências, envolvendo as variáveis estudadas. Resultados: Entre os
dirigentes das UBS, 46,6% não sabiam no que consistia o SISVAN, 66,6%
afirmaram que o mesmo era executado nas UBS, 86,7% relataram que a
população que freqüentava a UBS tinha peso e altura aferidos. Entre os
usuários do SUS entrevistados, 85% nunca ouviram falar em SISVAN, 61,6%
afirmaram ter seus pesos e alturas aferidos quando iam às UBS, 96,7 % não
responderam os questionários sobre seu consumo alimentar e 78,3% não
responderam os questionários sobre o consumo alimentar de membros de
sua família. Em 100% das UBS não foram encontrados os formulários de
Cadastro e de Acompanhamento do SISVAN. Quanto aos equipamentos
antropométricos, 60% das UBS não tinham infantômetro, 20% não possuíam
P-201 IMPACTO DA INADEQUAÇÃO DO VOLUME PRESCRITO VERSUS
INFUNDIDO EM TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL NO DESFECHO
CLÍNICO
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
92
Suplemento Nutrição Clínica/2013
GLAUCIA SHIROMA (GANEP); LILIAN HORIE (GANEP); MELINA CASTRO
(GANEP); LUCIANA LOGULLO (GANEP); MARIA DE LOURDES SILVA
(GANEP); DAN WAITZBERG (GANEP, FMUSP)
diabetes em 10% das mulheres e 16,7% dos homens e hipertensão em
5% das mulheres e 22,2% dos homens. Conclusão: População obesa com
predomínio de síndrome metabólica, as quais comprometem a saúde e a
qualidade de vida do indivíduo.
Introdução: A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) tem mostrado ser benéfica quando bem indicada1,2,3, porém ainda existe muita inadequação.
Estudo prévio demonstrou grande taxa de inadequação (68,5% prescrito
versus meta calórica)4. Assim, mais estudos se fazem necessários para
avaliar o impacto desta inadequação no desfecho clínico de pacientes
hospitalizados. O objetivo do estudo foi verificar o impacto da inadequação
(volume prescrito versus infundido) via Nutrição Parenteral (NP) no desfecho
clínico em pacientes internados. Método: Estudo observacional, sequencial
e prospectivo realizado entre março de 2009 a setembro de 2010. Cem
indivíduos adultos hospitalizados foram recrutados para receber NP via
central ou periférica. Considerou-se como adequado os pacientes que
receberam 80% ou mais do volume de NP prescrito. A análise estatística
foi calculada pelo Teste de Mann Whitney, sendo significativo valor de
p<0,05. Resultados: 100 pacientes (55H e 45F) com mediana de idade de
59 anos (21 – 95) internados em enfermarias (n=54) ou UTI (n=46) predominantemente cirúrgicos (57%) foram incluídos. Pacientes que receberam
alta hospitalar (65 pacientes) ficaram 59% dos dias recebendo volume >
80% do prescrito, com desvio padrão de 20%, enquanto os pacientes que
tiveram desfecho final óbito (35 pacientes) ficaram 49% dos dias recebendo
volume > 80%, com desvio padrão de 20%. (p = 0,027). Conclusão: A
adequação do volume prescrito versus infundido proporcionou maior taxa
de alta hospitalar.
P-203 CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DIAS DE
INTERNAÇÃO DE CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS
FERNANDA PIRES RESENDE (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); MARYANNE
ZILLI CANEDO DA SILVA (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); NATALI CAROL
FRITZEN (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); REBECCA BAUMGARTNER
(HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); ANA CLÁUDIA THOMAZ (HOSPITAL DE
CLÍNICAS / UFPR); FRANCISCA EUGÊNIA ZAINA (HOSPITAL DE CLÍNICAS
/ UFPR)
Introdução: O estado clínico e o tempo de internamento de indivíduos
hospitalizados são diretamente influenciados pelo estado nutricional. A
má nutrição aumenta o risco de morbimortalidade e por consequência, o
tempo de internação e os custos hospitalares. Objetivo: Avaliar a correlação
entre o índice de massa corporal (IMC) e dias de internação de cardiopatas
hospitalizados. Método: Estudo retrospectivo realizado com pacientes
internados na Unidade de Cardiologia em um Hospital Universitário no
período de 2011 a 2012. Foram aferidos peso e estatura dos pacientes nas
primeiras 48 horas após admissão, com os dados foi possível calcular o IMC.
O tempo de internação foi obtido por meio do sistema hospitalar informatizado. Para análise dos dados aplicou-se o teste de Pearson, considerando
o nível de confiança de 95% (p<0,05) por meio do programa SigmaPlot®.
Resultados: Participaram do estudo, 605 pacientes, sendo 58,68% do
sexo masculino (n=355) e 41,32% do sexo feminino (n=250), com média
de idade de 57 anos (mínimo 15 e máximo 98 anos). O IMC médio dos
participantes foi de 27,1Kg/m² (mínimo de 14,8 e máximo de 47,6kg/
m²). O tempo médio de internação foi de 13 dias (mínimo de 1, máximo
de 89 dias). A correlação do IMC com o número de dias internados foi
fraca (r=-0,151), embora, estatisticamente significativa, com p=0,00175.
Conclusão: Os dados avaliados mostram que quanto menor o IMC, maior
o tempo de internação, apesar da fraca correlação observada. Isto pode
ser devido ao IMC, de forma isolada, não ser um bom determinante do
estado nutricional, embora seja muito utilizado na prática clínica. Sendo
assim, destaca-se a importância da avaliação nutricional completa, que
inclua diversos parâmetros como composição corporal, ingestão alimentar
e exames bioquímicos.
P-202 ÍNDICES PREDITORES DE GORDURA CORPORAL NA PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM INDIVÍDUOS COM AIDS
CATIA LIMA CARVALHO GASPAR (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO
RIBAS); NATALIA GOLIN (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS);
MIRIAM LUCIA NASCIMENTO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO
RIBAS); ANDREA ZUMBINI PAULO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO
RIBAS); LUIZA MORAES HOLO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO
RIBAS); MONIQUE APARECIDA MELLO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA
EMÍLIO RIBAS)
Introdução: O índice de massa corpórea (IMC) em conjunto com idade
e sexo, pode influenciar na distribuição de gordura corporal. Excesso de
peso e gordura abdominal aumentados mostra associação positiva com
níveis de pressão arterial e podem predizer fatores de risco para doenças
crônicas não transmissíveis e mortalidade. Síndrome metabólica (SM) é um
conjunto de anormalidades orgânicas relacionadas ao perfil lipídico, excesso
de adiposidade visceral, resistência à insulina e risco cardiovascular. Objetivo: Observar a ocorrência de síndrome metabólica e seus componentes
em indivíduos obesos com Aids. Método: Estudo retrospectivo, envolvendo
adultos acima de 18 anos, ambos os sexos, com Aids e com IMC &#8805;
30 Kg/m², atendidos em 2012 no Ambulatório do Instituto de Infectologia
Emilio Ribas. Para classificação da obesidade utilizou-se os critérios da
Organização Mundial da Saúde (2000): IMC 30 - 34,9 Kg/m² grau I; IMC
35 - 39,9 Kg/m² grau II e IMC &#8805; 40 Kg/m² obesidade mórbida.
Para síndrome metabólica adotou-se os critérios do National Cholesterol
Education Program Adult Treatment Panel III, que preconiza a combinação
de pelo menos três componentes: circunferência da cintura &#8805; 102 cm
para homens e 88 cm para mulheres; diagnóstico de diabetes, dislipidemia
e hipertensão. Resultados: Avaliados 40 pacientes, idade média de 43
anos; predomínio do sexo feminino 52%, peso médio 96,3 kg; diagnóstico nutricional predominante de obesidade grau I 63%, comparados com
obesidade mórbida e obesidade grau II de respectivamente 20% e 17%.
Observado a presença de três ou mais critérios de SM em 97,3% da amostra,
com circunferência da cintura elevada na totalidade das mulheres e 83,3%
dos homens, dislipidemia em 90% das mulheres e 94,4% dos homens,
P-204 PREVALÊNCIA DE HIPERURICEMIA PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA
ALINE DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO); PRISCILLA SANTOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); BRUNA MENDONÇA (HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARLA
MARTINS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO); MARIA IZABEL ANDRADE (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); DENISE DE LIMA (HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: Bypass gátrico em Y de Roux consiste na redução da capacidade gástrica e deslocamento da alça intestinal, sendo uma técnica
restritiva e disabsortiva. Esse procedimento requer no pós operatório dietas
altamente restritivas e de consistência líquida, que podem levar ao aumento
das cetonas urinárias. Estas interferem na liberação renal do ácido úrico,
elevando seus níveis séricos e podendo levar ao aparecimento de gota.
Objetivo: Avaliar prevalência de hiperuricemia nos primeiros 30 dias
após Bypass Gástrico em Y de Roux. Método: Coletaram-se dados de 42
fichas de acompanhamento ambulatorial de pacientes submetidos à Bypass
Gástrico em Y de Roux em um hospital universitário de Recife-PE entre maio
de 2011 a fevereiro de 2013. Consideraram-se apenas os pacientes que
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
93
Suplemento Nutrição Clínica/2013
apresentavam exames bioquímicos após 30 dias do procedimento cirúrgico.
Foram adotados os pontos de corte de 6,0 e 7,0mg/dL para mulheres e
homens respectivamente, sendo considerados hiperuricêmicos aqueles
que apresentaram valores maiores que o limite superior proposto. Foram
administradas dietas hipocalóricas, com aproximadamente 700kcal, média
de 100g de carboidratos e 70 g de proteínas (com uso de suplementos)
e 4g de lipídios. Analisaram-se os dados pelo programa SPSS, versão 20.
Resultados: Dos pacientes coletados 31 (73,8%) eram mulheres e 11
(26,19%) homens com média de idade de 40,12 anos, IMC médio de
37,17 kg/m2, e valor médio de ácido úrico de 6,26mg/dL. A prevalência
de hiperuricemia no pós-operatório foi de 33,33% (14 pacientes - 10
mulheres e 4 homens). Não houve correlação significativa do aumento do
ácido úrico com idade e IMC. Conclusão: Pode-se sugerir que pacientes
pós gastroplastizados submetidos a dietas altamente restritivas tenham
uricemia monitorizada visando evitar o aparecimento de complicações
posteriores. Além disso, o monitoramento faz-se necessário devido à
introdução do maior aporte protéico e lipídico após essa fase inicial, que
também se associa com hiperuricemia.
50% de hipoalbuminemia e 22,2% de hemoglobina abaixo dos valores
de normalidade. Conclusão: Pode-se verificar maior percentual de déficit
nutricional pelos indicadores bioquímicos e de composição corporal quando
comparados aos antropométricos. Esses achados podem estar associados
a alterações no estado nutricional secundária a patologia que gerou a
indicação cirúrgica. Esses resultados corroboram com a literatura indicando
que diferentes métodos de avaliação nutricional associados podem melhor
identificar os agravos nutricionais em pacientes cirúrgicos pediátricos.
P-206 GLICEMIA DE JEJUM E NÚMERO DE REFEIÇÕES CONSUMIDAS
POR PACIENTES DIABÉTICOS HOSPITALIZADOS
FERNANDA PIRES RESENDE (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); JESSICA ALVES
DE PAULA (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); EMMANUELLE DIAS BATISTA
(HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL
DE CLÍNICAS / UFPR); LETÍCIA HACKE (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR);
FRANCISCA EUGÊNIA ZAINA (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR)
Introdução: O diabetes mellitus (DM) está entre as seis causas mais
frequentes de internação hospitalar, representando cerca de 30% dos indivíduos internados em Unidades Coronarianas Intensivas. Uma alimentação
adequada associada a um estilo de vida saudável é considerada essencial
para o controle do DM, pois pode ser atingida a partir de orientações
nutricionais personalizadas. Recomenda-se que o plano alimentar do
indivíduo com DM seja fracionado em três refeições principais e em duas
a três refeições intermediárias complementares. Método: Estudo retrospectivo realizado em um Hospital Universitário de Curitiba/PR onde foram
coletados dados de pacientes admitidos no período de 2011 a 2012 no
setor de cardiologia. Foi analisada a glicemia de jejum, obtida por meio
de exames laboratoriais coletados nos primeiros dias de internação e o
número de refeições realizadas por dia, informados em um Recordatório
Habitual de consumo alimentar, no momento da anamnese nutricional.
Foram considerados somente pacientes portadores de DM. Para fins de
análise estatística foi utilizada a correlação de Pearson, considerando o
nível de confiança de 95% (p<0,05), através do programa SigmaPlot®.
Resultados: Foram incluídos no estudo 153 pacientes, dentre os quais
50,9% (n=78) eram do sexo masculino. A idade média foi de 61 ± 12
anos e a glicemia de jejum média foi de 174,29 ± 88,59 mg/dL. Foram
consumidas em média cinco refeições por dia. Não houve correlação entre a
glicemia de jejum e o número de refeições (p=0,41 e r=0,06). Conclusão:
O número de refeições realizadas por indivíduos diabéticos, como fator
isolado, não exerce influência significativa sobre a glicemia. Existem outras
variáveis relevantes como o tipo de carboidrato ingerido, o intervalo entre
cada refeição, consumo de fibras alimentares, uso ou não de insulina e
outros medicamentos, que também influenciam as taxas glicêmicas em
pacientes diabéticos.
P-205 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-CIRÚRGICO DE
PACIENTES PEDIÁTRICOS SEGUNDO DIFERENTES INDICADORES
LIGIA PEREIRA DA SILVA BARROS (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ALCINDA DE QUEIROZ MEDEIROS
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA);
ANA CAROLINA RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CHIKA WAKIYAMA (INSTITUTO
DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); KELLYANE
CORREIA DA CRUZ (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA); JANINE MACIEL BARBOSA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA)
Introdução: O estado nutricional identifica a proporção na qual as
necessidades fisiológicas estão sendo alcançadas, sendo ele o resultado
do equilíbrio entre a ingestão e a necessidade de nutrientes. O processo
de assistência nutricional é iniciado com a avaliação do estado nutricional
e essa tem como objetivo identificar o crescimento e as medidas corporais
de um indivíduo ou em uma comunidade. As alterações nutricionais e
metabólicas decorrentes das afecções cirúrgicas são semelhantes as observadas após politraumatismo, queimaduras extremas e infecções graves e
decorrem basicamente do jejum e do hipercatabolismo. Objetivo: Avaliar
o estado nutricional pré-cirúrgico através de indicadores antropométricos,
de composição corporal e bioquímicos em paciente pediátricos em hospital
de referência do Nordeste. Método: Estudo descritivo, tipo série de casos
realizado em clínica cirúrgica pediátrica. A amostra foi composta por
crianças e adolescente, de ambos os sexos, internados no período de março
a julho de 2013, que atenderam os critérios de elegibilidade. O diagnóstico
nutricional foi realizado a partir dos indicadores antropométricos: al¬tura/
idade (A/I), peso/idade (P/I) e índice de massa corpórea/idade (IMC/I),
tomando-se como base o padrão de referência da Organização Mundial da
Saúde. Também foram avaliadas a circunferência muscular do braço (CMB)
e a prega cutânea tricipital (PCT) para avaliar a compo¬sição corporal.Os
dados foram coletados em formulários previamente estruturados. A análise
estatística foi feita através do programa statistical peckage for the social
sciences 13 (SPSS 13.0). Resultados: Dos 18 pacientes avaliados, 55,6%
eram do sexo masculino, 44,4% com idade inferior a 24 meses e 66,9%
possuíam como indicação cirúrgica alterações no sistema geniturinário. Na
antropometria, obteve-se déficit nutricional segundo os indicadores P/I, A/I
e IMC/I (escore Z< -2) em 14,3%, 5,6% e 5,6%, respectivamente. Segundo
relato do acompanhante 5,6% apresentaram perda ponderal. Em relação
às medidas de composição corporal, encontrou-se depleção de massa
adiposa e magra (<90% de adequação de PCT e CMB, respectivamente)
em 94,4% e 33,3%. Observou-se nos parâmetros bioquímicos analisados
P-207 PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS
EM MULHERES ATENDIDAS NO AMBULATÓRIO DE GINECOLOGIA DE
UM HOSPITAL ESCOLA DA CIDADE DE RECIFE – PE
MARIA DA GUIA BEZERRA DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MILENA DAMASCENO
DE SOUZA COSTA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LEILA VIRGÍNIA DA SILVA PRADO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP);
FRANCISCA LEIDE DA SILVA NUNES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); EDIJANE MARIA DE CASTRO
SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO
FIGUEIRA - IMIP); LIDIANE CONCEIÇÃO LOPES (INSTITUTO DE MEDICINA
INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
94
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A obesidade é uma doença crônica de etiologia multifatorial que pode estar associada a fatores sociais, comportamentais,
ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos. Objetivo:
Avaliar a frequência do excesso de peso (EP) e fatores associados em
mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia de um hospital escola
da cidade do Recife. Método: Estudo do tipo transversal, com mulheres
adultas, realizado no ambulatório de ginecologia no período de janeiro
de 2011 a março de 2012. O EP foi determinado pelo índice de massa
corporal (IMC) &#8805; 25 kg/m2 segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS, 1997). Foram analisadas a relação do EP com as variáveis
estado civil, escolaridade, história familiar de obesidade, consumo de
álcool e tabagismo. Resultados: Foram avaliadas 486 mulheres com
idade entre 20 – 49 anos. A frequência de EP foi de 84,6%, sendo sobrepeso encontrado em 48,4% e obesidade em 36,2% das participantes.
Quanto à escolaridade, 32,1% das mulheres tinham até sete anos de
estudo. A história familiar de obesidade foi encontrada em 32,5% das
participantes, sendo que 58,9% dessas mulheres referiram obesidade
materna, enquanto 10,1% relataram este agravo no pai. Cerca de 10%
das mulheres fumavam e 21,2% ingeriam bebida alcoólica. A análise
multivariada mostrou que o EP foi maior em mulheres com companheiros
(p=0,004), escolaridade menor que sete anos (p=0,02), história familiar de obesidade (p<0,001). Não houve associação com o consumo de
álcool e o tabagismo. Conclusão: Os resultados evidenciaram uma alta
prevalência de EP na população estudada. Sugerindo ainda que fatores
socioeconômicos e hereditários possuem associação com o EP reforçando
a natureza multifatorial de sua etiologia
suplementação em pequenos volumes que forneça um aporte elevado
em calorias é fundamental, visto que os pacientes mantidos em âmbito
hospitalar cursam com anorexia, não sendo tolerada a administração
de grandes volumes por via oral. O maior uso desta terapia nutricional
em pacientes portadores de neoplasia e AIDS se devem ao fato destas
patologias estarem diretamente relacionadas ao aparecimento do quadro
de baixa aceitação alimentar, astenia e desnutrição.
P-209 INDICADORES DE QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL:
DIAGNÓSTICO DA ADEQUAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
MAÍRA BRANCO RODRIGUES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARCELA PIRES SERAFIM
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO); ANA CLÁUDIA DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); BÁRBARA
NOGUEIRA PALMIERI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); THALITA DE MOURA SANTOS BRAGA
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO); VITOR PIOVESAN CONTI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
Introdução: Todo paciente deve ter a TNE monitorizada. Objetivos:
Analisar os indicadores de qualidade em TN (IQTN) e identificar os motivos
de interrupção. Método: Estudo prospectivo e descritivo, com pacientes
admitidos em UTI’s, acompanhados a partir das 24 horas do início da TNE
até a sua des¬continuação, de agosto a outubro de 2012. Foram excluídos
pacientes menores de 18 anos, com diagnóstico de diarréia ou má absorção,
menos de 24 horas em UTI, sem condições de antropometria e TNE não
exclusiva. Os dados clínicos, prescrição, administração e causas de interrupção da dieta foram coletados do prontuário. As metas para a adequação
do aporte nutricional foram calculadas de forma individualizada, a partir do
peso ideal. Foram considerados para os IQTN frequência de aporte protéico
insuficiente e adequação energética, episódios de diarreia e adequação
de dieta infundida e prescrita. As metas foram definidas conforme ILSI,
2010. Resultados: Foram acompanhados 36 pacientes, 61,1% do sexo
masculino. O período médio de acompanhamento foi 7,6 dias. O desfecho
clínico mais frequente foi introdução de alimentação oral. Constatou-se
adequação de 80,6% de volume de dieta prescrita x infundida, sendo a
meta superior a 80%. A frequência de episódios de diarreia foi encontrada
em 5,6%, inferior à meta que é abaixo de 10%. O indicador de dias de
aporte proteico insuficiente foi de 73,3%, superior a meta que é inferior
a 10%. Com relação aos dias de administração adequada de energia o
atingido foi de 43,1%, inferior a meta que é acima de 80%. Em 49,2% das
interrupções da administração da dieta enteral houve ausência de registro.
As causas mais citadas de interrupções da NE englobam os procedimentos
de enfermagem. Conclusão: O estudo evidenciou inadequação no aporte
calórico e proteico, estando ambos abaixo do preconizado por ILSI. O que
pode ser atribuído pelas pausas na dieta. Ressalta-se a importância da
inclusão do acompanhamento desses IQTN nos procedimentos de rotina.
P-208 USO DA TERAPIA NUTRICIONAL ORAL HIPERCALÓRICA DE
PEQUENOS VOLUMES EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE
- PE
MARCELLA CAMPOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO); PRISCILLA SANTOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GLÁUCIA QUEIROZ
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); LIDIANA HOLANDA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA DO SOCORRO ALVES (HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); DENISE DE LIMA
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: A suplementação nutricional oral é uma das estratégias
utilizadas no manejo de pacientes com risco nutricional e desnutrição.
Deficiências nutricionais prévias, comuns entre indivíduos hospitalizados,
têm justificado o emprego de suplementos com o objetivo de suprir a
ingestão oral insuficiente. Objetivos: Avaliar do uso da terapia nutricional
oral (TNO) hipercalórica de pequenos volumes em pacientes internados
em um hospital universitário do Recife-PE Método: Estudo do tipo série
de casos envolvendo 240 pacientes internados nas enfermarias de um
hospital universitário do Recife-PE no período de agosto de 2011 a
julho de 2013, os quais receberam o mesmo suplemento hipercalórico
fracionado em pequenos volumes. Os dados foram coletados a partir
das prescrições dietéticas. A construção do banco de dados e a análise
estatística foram realizadas no programa Epi-info versão 6.04 e SPSS
versão 13.0. Resultados: 57,5% da população estudada eram do sexo
feminino. Estes pacientes estavam internados principalmente nas enfermarias de clínica médica (29,6%) e doenças infecto-parasitárias (18,3%),
tendo como principal diagnóstico neoplasia (33,75%) e AIDS (18,75%).
A média de volume da suplementação ofertada foi de 107,0±29,3 ml,
onde foi ofertada uma média de 681,4±257,3 calorias (Kcal) e 27,3±10,3
gramas de proteína. A mediana do tempo em terapia nutricional foi de
Md=7 (P25=3, P75=14,5). Apenas 4,7% da amostra foi a óbito durante o
internamento em uso da suplementação. Conclusão: A TNO é uma forte
aliada na manutenção e recuperação do estado nutricional. O uso de uma
P-210 CONSUMO ALIMENTAR E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES OBESAS ASSISTIDAS EM UM AMBULATÓRIO
DE NUTRIÇÃO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
FABIANA MELO SOARES (UFS); LUCIANA VIEIRA SOUZA ALVES (UFS); PAULA
GUIMARÃES DE CARVALHO SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO- UFS);
EPIFÂNIO FEITOSA DA SILVA NETO (UFS); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO
DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO- UFS)
Introdução: No Brasil, as doenças cardiovasculares (DCVs) são a principal
causa de morte, com cerca de 300.000 brasileiros por ano vítimas desta
doença. As DCVs possuem fatores de risco modificáveis, tais como dieta,
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
95
Suplemento Nutrição Clínica/2013
obesidade, sedentarismo, tabagismo, HDL baixo e triglicérides elevado. O
presente estudo teve como objetivo descrever o consumo alimentar e os
fatores de risco cardiovascular encontrados em mulheres obesas assistidas
pelo ambulatório de nutrição de um hospital universitário. Foram incluídas
mulheres obesas atendidas no ambulatório de nutrição, avaliando-se
dados antropométricos (peso, altura, IMC, circunferência da cintura (CC),
dados bioquímicos (Glicemia de Jejum (GJ), HDL, LDL, Triglicérides (TG) e
Colesterol Total (CT)), dados da história clínica (frequência de fatores de
risco cardiovascular) e dados alimentares (perfil de consumo alimentar
e classificação do consumo de nutrientes). Os dados foram coletados
durante os atendimentos ambulatoriais com nutricionistas e estagiários.
Realizou-se o teste t-pareado (p<0,05) com auxílio do programa Statical
Package for Social Science. Avaliaram-se 120 mulheres, com idade média
de 46±14 anos, com predominância da faixa etária de 40 a 49 anos
(27,5%). Na avaliação antropométrica, a média de peso inicial foi 94,81
± 20,62 kg, IMC 37,45 ± 7,28 kg/m², sendo 71,7% da amostra com o
IMC na faixa da obesidade e 28,3% com sobrepeso. A circunferência da
cintura apresentou média de 109,21 ± 15,13 cm. Na avaliação bioquímica, verificou-se a média do HDL 46,06 ± 10,66mg/dl, LDL 121,40 ±
64,38 mg/dl, colesterol total 187,79 ± 40,29 mg/dl, TG 147,01 ± 78,81
e GJ 101,83 ± 31,76 mg/dl. De acordo com os dados da história clínica,
as patologias mais prevalentes foram: dislipidemias (85,83%), hipertensão
(65,8%), diabetes (40,8%), esteatose hepática (27,5%), doenças tireoidianas (25,8%) e DCVs (20%). Na amostra, 15,8% das pacientes fumavam
e 26,7% ingeriam bebidas alcoólicas e 53,3% da população apresentaram
antecedentes familiares de obesidade. Na análise dos dados alimentares
observou-se consumo calórico médio de 1962,25 ± 489,68 kcal, com um
percentual de 38,3% da amostra apresentando um consumo acima das
necessidades, enquanto o consumo de proteínas apresentou-se adequado
pela maior parte (90,8 %) da população estudada. O consumo de carboidratos foi adequado para 58,3% da amostra. Grande parte da amostra
(85,8%) apresentou consumo de lipídios acima das recomendações e
quase metade dela (46,7%) apresentou consumo de gordura saturada
acima do preconizado. A maioria (84,2%) da amostra apresentou uma
ingestão de fibras significativamente abaixo das recomendações. O estudo
demonstrou associação positiva entre consumo alimentar inadequado e
fatores de risco cardiovascular.
tais como: duração da terapia, indicação, tipo de fórmula utilizada, cálculo
das necessidades nutricionais, via de acesso, complicações e evolução.
Todas as informações foram coletadas a partir de registros de protocolos
de acompanhamento nutricional. Resultados: A amostra foi composta por
43 pacientes, com a maior incidência de crianças com idade inferior a 12
meses e do sexo masculino (46,5% e 60,3%, respectivamente). A patologia
de base com maior freqüência está incluída no grupo de doenças cardiovasculares (25,6%), seguida das doenças pulmonares (20,9%). A indicação
da TNE foi, em sua maioria, devido ao estado crítico do paciente (81,6%).
A maior parte das crianças recebeu TNE exclusiva (81,4%), com o cateter
nasogástrico como via de acesso mais utilizada (79,1%). A média de duração
da terapia foi de 16,6 dias. Em relação ao estado nutricional admissional,
84% das crianças foram classificadas como eutróficas através do Índice de
Massa Corpórea para Idade (IMC/I) > 2 Desvios Padrão. Para o cálculo das
necessidades nutricionais, o método mais utilizado foi o da Organização
Mundial de Saúde (1985) com 54,6%. O tipo de fórmula nutricional mais
empregada foi a padrão adequada para pediatria (36,2%), seguido de
fórmulas especializadas para lactentes (27,9%). Em relação à adequação
da dieta enteral às necessidades nutricionais, 76,7% e 62,8% das crianças
atingiram >80% das metas calóricas e protéicas, respectivamente. Após a
permanência na UTIPED, 32,6% das crianças tiveram alta em recuperação
do estado nutricional e 48,8% evoluíram ao óbito. Conclusão: O estado
crítico das crianças internadas, evidenciado pela alta taxa de mortalidade,
pode ter sido responsável pela dificuldade no manejo nutricional, interferindo negativamente na adequação da TNE. O déficit energético ao longo
do internamento somado ao estado hipermetabólico podem também
influenciar em um pior prognóstico para o paciente.
P-212 ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS E LOCALIZAÇÃO DA DOENÇA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
ELUÁ BENEMÉRITA VILELA NASCIMENTO (UFBA); FERNANDA SILVA
BARBOSA (UFBA); LAÍS RAMOS SOARES (UFBA); JOSIENE CARVALHO
PEREIRA (UFBA); LUCIVALDA PEREIRA MAGALHÃES DE OLIVEIRA (UFBA);
MARIA LÚCIA VARJÃO DA COSTA (HOSPITAL ARISTIDES MALTEZ)
Introdução: O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento
anormal das células, proveniente da interação de diversos fatores. As
modalidades de tratamento oncológico incluem cirurgia, quimioterapia,
radioterapia ou ambas, e podem causar efeitos colaterais, interferindo
negativamente no estado nutricional (EN) dos pacientes dificultando a
recuperação dos mesmos. Assim, evidencia-se a necessidade de uma
triagem nutricional dos pacientes oncológicos para intervenção precoce.
Objetivo: Avaliar a associação do Estado Nutricional, segundo métodos
objetivo e subjetivo, com dados sociodemográficos e localização da doença
em pacientes oncológicos internados em um hospital de referencia. Método:
Estudo transversal com dados preliminares de uma investigação maior
intitulada “Perfil nutricional e qualidade de vida dos pacientes internados
no hospital em Salvador” que esta sendo realizado com indivíduos maiores
de 20 anos internados nas clínicas médicas e cirúrgicas de um hospital
de referência no tratamento de câncer em Salvador, Bahia. Utilizou-se o
questionário da ASG-PPP como método de triagem nutricional nas primeiras
72h após internamento, dados sociodemográficos e antropométricos. O
EN foi avaliado segundo o IMC e a ASG-PPP. Resultados: Observou-se
que 74,0% dos pacientes eram do sexo feminino. A média de idade foi
de 53,32(+13,50DP) anos, sendo 60,54(+12,4DP) anos para homens e
50,78(+13,0) anos para mulheres. A prevalência de desnutrição foi de 9%
segundo o IMC e 34% a ASG-PPP (com 35,3% entre as mulheres e 64,7%
entre os homens); não houve associação significante entre o EN, segundo
a ASG-PPP, com gênero e idade. O IMC médio do grupo foi 25,7(+5,6DP),
sendo 24,36 para os homens e 26,12 para as mulheres, sem diferença
significante. Os tipos de tumores mais prevalentes foram mama (35%),
P-211 SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS
PEDIÁTRICOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
SIMONE RAPOSO MIRANDA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF.
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); CAROLINA BEATRIZ DA SILVA SOUZA
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA
- IMIP); CHIKA WAKIYAMA CARVALHO (INSTITUTO DE MEDICINA
INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ALCINDA QUEIROZ
MEDEIROS (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO
FIGUEIRA - IMIP); KELLYANE CORREIA DA CRUZ (INSTITUTO DE
MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ANNE
ELLEN ALVES E OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF.
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP)
Introdução: Os pacientes críticos pediátricos cursam com fases distintas de
resposta metabólica, onde após a estabilização, comumente ocorre o hipermetabolismo. A Terapia Nutricional Enteral (TNE) muitas vezes possibilita o
aporte nutricional necessário quando a via oral não é uma opção segura
ou quando as necessidades destes pacientes encontram-se muito elevadas.
Objetivo: Descrever o suporte nutricional enteral em pacientes pediátricos
hospitalizados em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIPED)
de um hospital de referência. Método: Estudo foi do tipo transversal,
realizado com pacientes pediátricos internados em UTIPED, submetidos
à TNE, no período de junho de 2012 a março de 2013. Foram coletados
dados demográficos, antropométricos e sobre a terapia nutricional enteral
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
96
Suplemento Nutrição Clínica/2013
TGI (22%) e pele (13%). Dos pacientes com cânceres no TGI 68,2% apresentavam maior prevalência de desnutrição (p<0,001), enquanto os de
mama e pele tiveram maior proporção de pacientes bem nutridos, 82,9%
(p=0,009) e 84,6% (p>0,05) respectivamente. Conclusão: Houve uma
alta prevalência de risco nutricional ou desnutrição pela ASG-PPP, sendo
este o método mais apropriado para triagem e diagnostico nutricional em
pacientes oncológicos. Os pacientes com câncer no TGI apresentavam
mais desnutrição, e aquelas com câncer de mama, em sua maioria eram
bem nutridas. Entretanto, não houve associação significativamente entre
desnutrição com gênero e idade dos pacientes.
Objetivo: avaliar a indicação do uso de sonda para alimentação de
lactentes cardiopatas, e destacar a importância da avaliação nutricional à
admissão. Método: estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados
em prontuários de crianças cardiopatas de 0 a 24 meses admitidas na
fase pré-operatória em hospital de cardiologia, entre novembro de 2007
e julho de 2011. Estudou-se as variáveis: sexo, idade, peso, comprimento,
defeitos cardíacos, repercussão hemodinâmica, peso ao nascer, tipo e via
de alimentação, procedência, e uso de sonda para alimentação até 72hs
de admissão. Na avaliação nutricional(escore Z), utilizou-se os índices peso
por idade (P/I), comprimento por idade (C/I), peso por comprimento (P/C),
e índice de massa corporal para idade (IMC/I), tendo como padrão de
referência as Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde,
2006. Resultados: Estudou-se 101 lactentes, destes 55(54,5%) do sexo
masculino, com idade média de 8 meses(DP=6,40), sendo 69(68,3%)
procedentes de suas residências, 50,5% com 3 ou mais defeitos cardíacos, 42(41,6%) apresentando repercussão hemodinâmica, 90(89,1)%
se alimentando por via oral na admissão, e 94(93,1%) nascidos de baixo
peso. Segundo parâmetros nutricionais, 43(42,6%) apresentaram baixo
P/I, 32(31,7%) baixo P/C, 37(36,6%) baixo C/I, e 42(41,6%) baixo IMC/I.
Do total da amostra 24(23,8%) precisaram de sonda para alimentação
nas primeiras 72hs de admissão, e esta medida esteve associada ao déficit
nutricional, sobretudo pelo IMC/I(p=0,000) e com a procedência de outros
Serviços ou setores do hospital(p=0,000). Conclusão: Aproximadamente
um quarto da amostra necessitou de sonda para alimentação devido ao
déficit nutricional e a condição clínica, alertando para a importância da
avaliação nutricional à admissão.
P-213 AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA APLICAÇÃO DO MANUAL DE
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR SONDAS ENTERAIS NA
REDUÇÃO DA TAXA DE OBSTRUÇÃO DE ACESSOS ENTERAIS
LÍVIA MARIA GONÇALVES BARBOSA (HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS); THAIZ
ANGÉLICA FRANZONNI (HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS); PAULO CÉSAR RIBEIRO
(HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS); FABIANA RUOTOLO (HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS)
Introdução: O sucesso da Terapia Nutricional depende em parte de se
manter os acessos enterais em boas condições de funcionamento. Vários
motivos tornam o acesso enteral impróprio para uso, como deslocamento
por tração inadvertida, acotovelamento, infecção, vazamento, ruptura
e obstrução. Com o advento dos acessos enterais menos calibrosos, os
eventos obstrutivos são uma ocorrência freqüente, obrigando muitas
vezes o paciente a ser submetido a uma nova passagem, o que aumenta
o desconforto, os custos e a morbidade, pois alguns procedimentos são
complexos, como por exemplo, endoscopia sob sedação endovenosa.
Avaliação da aplicação de uma ferramenta capaz de orientar os profissionais
de saúde envolvidos nesta prática para reduzir o número de obstruções
acessos enterais. O manual de administração de medicamentos por acessos
enterais foi finalizado em janeiro, porém sua aplicação e treinamento
efetivamente ocorreram no final do mês de março. Os treinamentos foram
aplicados para ensinar os profissionais a manusear o manual e reforçar
a importância quanto ao cuidado na administração de medicamentos por
acessos enterais. Foram levantados quantos pacientes receberam acessos
enterais no período de janeiro de 2013 a junho de 2013. A cada obstrução a
equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) era informada e realizava as intervenções necessárias além de realizar o registro da obstrução
para fins estatísticos. Durante os 6 meses observados, foram realizados
393 acessos enterais, sendo 371 sondas e 24 gastrojejunostomias. No
primeiro trimestre foram encontradas 33 obstruções, neste período não
havia sido ainda aplicado o manual na rotina dos profissionais de saúde
relacionados aos cuidados com a sonda (enfermeiros e farmacêuticos). Já
no segundo trimestre foram encontradas 18 casos de obstrução. Do total
de 393 acessos enterais realizados no semestre 51 sofreram obstrução, o
que resulta em uma taxa de 13% de obstrução dos acessos enterais. Destes
51 casos, 46 (12%) foram relativos a sondas e 5 (20%) a gastrojejunostomias. O desenvolvimento e implementação do manual de medicamentos
reduziu em 54% o número de obstrução dos acessos enterais. O trabalho
da EMTN com foco na qualidade e segurança para o paciente é capaz de
realizar ações que garantam resultados positivos e melhoria na qualidade
de vida para os pacientes.
P-215 ABREVIAÇÃO DO JEJUM NO PREPARO DA COLONOSCOPIA
CAROLYNE DONEDA SILVA SANTOS (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA);
MAURO WILLEMANN BONATTO (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA)
Introdução: A colonoscopia é o exame de primeira escolha na avaliação
das doenças do cólon. O jejum e preparo intestinal são obrigatórios para a
realização deste exame e a qualidade do preparo encontra-se diretamente
relacionada ao sucesso do procedimento. Vários pacientes apresentam
sintomas adversos durante o preparo. A possibilidade do uso de suplementação líquida de rápida absorção auxilia na redução destes. Objetivo: Avaliar
a redução dos sintomas adversos durante o preparo para colonoscopia em
pacientes utilizando suplementação nutricional e a possível interferência do
seu uso na visualização do exame. Método: Os pacientes foram divididos em
2 grupos, com 47 pacientes cada e idade entre 50 e 70 anos, de ambos os
sexos. Foram excluídos pacientes com constipação (avaliados pelos critérios
de Roma III), diarréia atual e diabéticos. Para o grupo 1 foram oferecidas 2
amostras de um produto com 200mL de líquido clarificado rico em carboidrato
e isento de gordura e fibras, devendo ser consumindo 8 horas e 4 horas
antes do exame, consecutivamente. Na data da colonoscopia, os pacientes
responderam questionário sobre o uso do suplemento e sobre os sintomas
apresentados (náuseas, vômito, tontura, desmaio e estufamento). Durante o
exame, o endoscopista avaliou o resultado final do preparo (limpo, regular
e ruim). Todos os pacientes selecionados tinham indicação prévia de colonoscopia na Gastroclínica Cascavel e assinaram o termo de consentimento
livre esclarecido. Resultados: No grupo 1, 40 (85%) pacientes consumiram
toda a suplementação proposta, os demais consumiram apenas 1 frasco e
relataram saciedade. 44 (94%) consideraram o suplemento saboroso e 43
(91%) sentiram aumento da sede após o consumo do mesmo. No grupo 1,
seis (13%) pacientes relataram um ou mais sintomas e no grupo 2, vinte e
seis (55%) pacientes relataram presença de sintomas. Em relação à qualidade
final do preparo, no grupo 1, dois (4%) preparos apresentaram má qualidade,
enquanto no grupo 2, apenas um (2%). Conclusão: O uso de suplementação
rica em carboidratos e composição nutricional adequada reduz a presença
de sintomas adversos causados pelo período prolongado de jejum e diversos
P-214 INDICAÇÃO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM LACTENTES
NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: IMPORTÂNCIA DA
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA ADMISSÃO
ADRIANA CÉSAR DA SILVEIRA (PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES
(PROCAPE); CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO (PROCAPE)
Introdução: Devido à alta prevalência de desnutrição em crianças cardiopatas, a intervenção nutricional se torna fundamental para estes pacientes.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
97
Suplemento Nutrição Clínica/2013
episódios de diarréia que acontecem durante o preparo para a colonoscopia
e não interfere na qualidade do preparo e visualização do cólon.
biópsia (Doença celíaca em fase pré destrutiva Marsh III, Rostami IIIC) e
exames laboratoriais: Anti-ENDOMÍSIO IgA Reagente, Anti-GLIADINA IgA
616,0U/mL, Anti-GLIADINA IgG 36,0U/mL, Anti-GLIADINA IgM 436,4U/
mL e Albumina 1,14g/dL. Recebeu orientação nutricional sobre a restrição
do glúten na dieta e suplementação imunomoduladora e probióticos.
Resultados: Após 2 meses do diagnóstico o paciente recuperou 18kg e
melhora de todos os sintomas, albumina atual 4,2g/dL. Conclusão: A
avaliação duodenal de pacientes tem síndrome consumptiva é importante
para afastar diagnóstico de doença celíaca.
P-216 CONSUMO ALIMENTAR DE CAFEÍNA POR HIPERTENSOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE
ANTONIA EDLAYNE SILVA GOMES (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU);
BARBARA RAVEENA DINIZ BERGAMINI (FACULDADE MAURICIO DE
NASSAU); JULIANNE SANTOS SOUSA (FACULDADE MAURICIO DE
NASSAU); MARIA DAS GRAÇAS VIEIRA CIARLINI (FACULDADE MAURICIO
DE NASSAU); IZABELLE SILVA DE ARAÚJO (FACULDADE MAURICIO DE
NASSAU)
P-218 AVALIAÇÃO DAS FÓRMULAS PREDITIVAS DE PESO E ALTURA
EM PACIENTES INTERNADOS NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL
ESTADUAL
Introdução: As doenças cardiovasculares são afecções muito prevalentes
em nosso meio e numerosos fatores de risco são identificados para sua
prevalência, dentre eles podemos citar a hipertensão arterial. A dieta é
primordial para o acometimento ou não da hipertensão, onde cabem às
pessoas buscar uma vida mais saudável, limitando da sua vida alguns
alimentos que aumentem a predisposição dessa doença e dentre esses
alimentos encontra-se a cafeína. Objetivo: O objetivo do presente trabalho
foi verificar o consumo alimentar de cafeína de pacientes hipertensos em
um centro de especialidades em saúde. Método: Trata-se de uma pesquisa
de campo, descritiva e quantitativa, onde foi aplicada uma entrevista
estruturada, bem como Recordatório de 24 horas e frequência de consumo
alimentar a 40 pacientes hipertensos assistidos em um centro de especialidades em saúde no período de 22 de setembro a 22 de outubro de 2011.
Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: A maioria é do sexo feminino (72%/n= 29), possui renda
de até 1 salário mínimo (60%/n=24), não pratica atividade física (52%/
n=21) e possui como doença associada a gastrite (65%/n=26). O consumo
alimentar de cafeína foi em média 104 mg (± 76,87mg) e se mostrou maior
entre os pacientes do sexo masculino (112,4 mg/ ± 55,78mg). Entre os
alimentos fontes de cafeína mais consumidos diariamente encontram-se o
café tradicional (infuso) (50%/n= 20) e o café solúvel (18%/n= 7), já entre os
alimentos desconhecidos ou que nunca foram consumidos encontram-se o
chá preto (100%/n=40), chá mate (98%/n=39), bebidas energéticas (98%/
n=39) e o café expresso (98%/n=39). Conclusão: O consumo alimentar
de cafeína na amostra estudada encontra-se dentro do aceitável para a
população em geral (cerca de 250 mg/dia). Porém uma vez que a doença
associada mais presente foi a gastrite, o consumo alimentar de cafeína
deve ser monitorado nessa população.
MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO
ESTADO DE PERNAMBUCO); MONARA KAELLE CRUZ ANGELIM (HOSPITAL
DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); LAURA MATA DE LIMA
SILVA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO);
NÍVOLA BEATRIZ MENDONÇA DE ARRUDA (HOSPITAL DOS SERVIDORES
DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ADNA J.S.ARAÚJO (HOSPITAL DOS
SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); DANIELLE DE PAIVA PONTES
(HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO)
Introdução: Para melhor predizer as necessidades nutricionais dos
pacientes, faz-se necessário, no mínimo o conhecimento de medidas
antropométricas simples, como peso e altura. Entretanto, não é possível
aferir tais medidas na maioria dos pacientes internados no setor de emergência, devido à senilidade ou à própria condição clínica no momento
de admissão. Assim, é lançada mão de fórmulas estimativas, a partir
de medidas antropométricas como a circunferência do braço (CB), da
panturrilha (CP), abdominal (CA) altura de joelho (AJ), prega cutânea
subescapular (PCSE). Objetivo: Identificar, dentre as fórmulas existentes
para estimar peso por Chumlea et al. (1988), Rabito et al. (2006), Lee e
Nieman (1995), altura por Chumlea et al. (1985; 1994) e envergadura,
as que mais se aproximavam do valor real. Método: Estudo transversal
com delineamento amostral por conveniência. Para tanto, utilizou-se as
medidas reais como padrão ouro e foram coletados dados antropométricos de pacientes internados no setor de emergência em um hospital
público, com idade entre 24-93 anos. Foram excluídos da pesquisa,
pacientes com edema, deficientes e que não deambulam. Calculouse o coeficiente de Correlação de Pearson. Resultados: Observou-se
correlação forte, mas não significativa, entre o peso real e o estimado
pela equação de Chumlea et al. para o sexo masculino (&#961;=0,91;
p>0,05; n=14) e feminino (&#961;=0,92; p>0,05; n=23). Da mesma
forma, forte correlação foi encontrada com as fórmulas de Lee e Nieman
(&#961;=0,79; p>0,05; n=47) e Rabito (&#961;=0,84; p>0,05; n=47).
Para as medidas de altura, observou-se correlação significativa entre a
medida real e a estimada pelos dois métodos de Chumlea et al (1985)
(&#961;=0,85; p<0,05; n=47), Chumlea et al (1994) (&#961;=0,84;
p<0,05; n=47); e pela envergadura (&#961;=0,86; p<0,05; n=47).
Todas as medidas estimadas apresentaram boa correlação entre os
dados de peso reais, principalmente o método de Chumlea et al
(1988), entretanto a PCSE é necessária para este método, a qual é de
difícil mensuração em pacientes idosos. Conclusão: Todas as fórmulas
estudadas podem ser utilizadas com segurança para estimar a altura
dos pacientes, pois apresentam boa correlação significativa. Portanto,
são necessários mais estudos que identifiquem fórmulas que melhor se
aproximem do peso real do paciente e que utilizem medidas de fácil
mensuração, como CB, CP e AJ.
P-217 IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA E CONDUTA
NUTRICIONAL PRECOCE NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA
DOENÇA CELÍACA
MAURO WILLEMANN BONATTO (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA);
CAROLYNE DONEDA SILVA SANTOS (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA);
UNIVALDO ETSUO SAGAE (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA)
Introdução: A doença celíaca (DC) é uma intolerância à ingestão do
glúten, proteína presente em no trigo, aveia, centeio, cevada e malte. A
DC provoca um processo inflamatório no intestino delgado que resulta
na atrofia das vilosidades intestinais. O diagnóstico é feito por sorologia
de anticorpos e confirmação por biópsia duodenal, porém, o cuidado
na observação das alterações intestinais na endoscopia pode promover
o diagnóstico e intervenção nutricional precoces. Objetivo: Ressaltar a
importância da endoscopia no diagnóstico da doença celíaca. Método:
Estudo de caso, paciente S.A.D., 46 anos, masculino, atendido na Gastroclínica Cascavel, em Maio/2013. Foi recebido em cadeira de rodas, com
perda de 23kg em 8 meses, IMC 15,8kg/m². Com vários episódios de
diarréia/dia, cefaléia, estufamento, dores articulares, descamação de
pele e edema de membros inferiores. Foi submetido à endoscopia e
P-219 ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPLICAÇÕES CLÍNICAS E ESTADO
NUTRICIONAL DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
DOMICILIAR
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
98
Suplemento Nutrição Clínica/2013
CARYNA EURICH MAZUR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); RUBIA
DANIELA THIEME (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); DARLA SILVERIO
MACEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); GISLAINE CUTCHMA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); KARLA TAJANA PIDPALA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)
contínuas foram avaliadas pelos coeficientes de correlação de Pearson
ou Spearman. O nível de significância foi de 5% (p<=0,05) e as análises
realizadas no programa SPSS versão 18.0. Resultados: Dos pacientes
avaliados (78,7anos ± 17,7) 68% eram mulheres e 38% portadores de
Doença de Alzheimer. Das dietas, 65% eram industrializadas, com VCT
de 1325 kcal ± 209 e oferta proteica de 53,3g ± 11.2, sendo 27% de
origem animal, 32% vegetal e 41% mista. A média sérica de proteína
foi 6,67 g/dL ± 0,67, onde 8% apresentaram deficiência, e de albumina
3,40 g/dL ± 0,53, com hipoalbuminemia em 42% da amostra. Houve
associação positiva entre a quantidade de proteína vegetal ingerida e
os níveis séricos de proteína (rs=0,473; p=0,004), porém negativa para
a proteína animal (rs=-0,410; p=0,013). O aumento do consumo de
proteína vegetal demonstrou aumento da albumina sérica (rs=0,333;
p=0,047), enquanto que, para proteína animal, a ocorrência foi limítrofe (rs=-0,309; p=0,067). Conclusão: Nossos resultados sugerem
que o consumo maior de proteína vegetal aumenta os níveis séricos de
albumina e proteína nos pacientes crônicos e acamados.
Introdução: A terapia nutricional enteral domiciliar (TNED) é uma modalidade terapêutica que visa manutenção/melhora do estado nutricional do
paciente em domicílio. O estado nutricional é importante fator prognóstico.
A presença de complicações, relacionadas ou não à TNED, pode contribuir
para a piora do quadro clínico. Objetivo: Verificar se existe associação
entre complicações clínicas e o índice de massa corporal (IMC) de pacientes
em TNED. Método: Estudo transversal descritivo e analítico realizado nos
meses de janeiro a maio de 2013, em domicílios da cidade de Curitiba, PR,
com pacientes em TNED. O diagnóstico nutricional foi realizado por meio
do IMC e foram considerados os pontos de cortes para adultos, de acordo
com a OMS (1998), e para idosos, conforme Lipchitz (1994). A presença
ou ausência de complicações clínicas nos últimos seis meses foi relatada
pelos cuidadores. A análise estatística foi realizada com o software SPSS
versão 19.0. Para análise entre grupos, utilizou-se análise de variância
(ANOVA). O nível de significância utilizado foi 5% (p<0,05). Resultados:
Foram avaliados 42 pacientes, 13 eram adultos e 29 eram idosos. A média
de idade dos adultos foi de 41,62±13,6 anos (min.:21; máx.:58) e dos
idosos foi de 75,03±6,9 anos (min.:60; máx.:94). A desnutrição foi encontrada em 71,8% (n=10) dos adultos e a magreza em 86,2% (n=25) dos
idosos. A gastrostomia era via de acesso para nutrição em 33,3% (n=14)
dos pacientes. Complicações digestivas, como vômito, náusea, diarreia
ou obstipação, foi relatada por 35,7% (n=15), úlcera por pressão em 23%
dos pacientes e pneumonia em 7,1% (n=3) dos pacientes. A pneumonia
foi significativamente relacionada com o estado nutricional, de forma que
quanto menor o IMC maior a chance dessa complicação (p<0,02). As
demais complicações relatadas no estudo não se correlacionaram com
o IMC (p>0,05). Conclusão: Houve associação positiva entre o IMC e a
ocorrência de pneumonia.
P-221 ADEQUAÇÃO DA DIETA EM RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS
EM UMA UTI/UCI NEONATAL
ALINE RAFAELLY APOLÔNIO DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); GERLANE QUERCIA
DE FREITAS FRANÇA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO HC/UFPE); MARYANE GABRIELA TAVARES (HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE);
DENISE SANDRELLY CAVALCANTI DE LIMA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE)
Introdução: A meta nutricional na abordagem do recém- nascido (RN)
é alcançar crescimento pós-natal adequado, sem produzir deficiências
nutricionais, efeitos metabólicos indesejáveis ou toxicidades decorrentes
de uma reduzida ou exagerada oferta nutricional. A adequação nutricional
nesta fase pode influenciar de forma significante na morbidade e mortalidade do RN. A alimentação representa contínuo desafio, principalmente
daqueles prematuros e de muito baixo peso ao nascer, tendo como meta
a adequação das dietas no final da segunda semana de vida. Objetivo:
Avaliar a adequação das dietas de recém-nascidos internados em uma UTI/
UCI neonatal. Método: Estudo transversal, com dados coletados de RNs,
nascidos na maternidade de um hospital universitário e posteriormente
internados na UTI/UCI neonatal no período de maio a julho de 2013.
Foram excluídos da amostra os RNs que permaneceram tempo inferior a
14 dias de internamento, totalizando em 32 RNs. A rotina de assistência
nutricional teve como meta atingir a necessidade calórica de aproximadamente 130 kcal/kg/dia e 3,5g de proteínas/kg/dia, no final da segunda
semana, caso as condições das crianças assim o permitissem. Analisaram-se
os dados pelo programa Epi Info e SPSS versão 20. Resultados: Dentre a
amostra, 75% foram do sexo masculino, idade gestacional média de 32±4,0
semanas, 65,6% pré-termos, peso médio de 1886±965. Quanto ao estado
nutricional 46,9% apresentaram extremo baixo peso, 28,1% baixo peso ao
nascer e 25% peso adequado. No final da segunda semana 50% e 18,8%
dos RNs alcançaram as necessidades nutricionais consideradas desejáveis.
Dentre os RNs que atingiram a meta de calorias, a maioria apresentavam
baixo peso, em média 1446±667kg, sendo significativo (p<0,005). Tendo
58,3% e 20,8% dos RNs de baixo peso atingido a adequação de calorias
e de proteínas respectivamente. Conclusão: Diante dos dados, pode-se
observar que os RNs de baixo peso, apresentaram maior probabilidade
de adequação da dieta ofertada. Dentre os possíveis fatores, podemos
citar a necessidade de menor volume para atingir as necessidades, e o
maior tempo de internamento muitas vezes necessário para recuperação
do estado nutricional. Contudo, o início precoce de alimentação enteral,
é fundamental para não alterar o estado nutricional, minimizar perdas e
estimular o desenvolvimento do trato gastrointestinal.
P-220 RELAÇÃO ENTRE A FONTE PROTEICA COM A ALBUMINA E
PROTEÍNA SÉRICA DE PACIENTES INTERNADOS NO HOME CARE EM
USO EXCLUSIVO DE DIETA ENTERAL.
AGNES MARTINS DE LIMA (NUTRIVIDA LTDA); MÁRCIA MENEGASSI
(NUTRIVIDA LTDA); MARIA DA CONCEIÇÃO DAVIM (NUTRIVIDA LTDA);
LARISSA VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO (NUTRIVIDA LTDA); LINDINALDA
DE FRANÇA ROCHA (NUTRIVIDA LTDA); FERNANDO FREIRE LISBOA
(NUTRIVIDA LTDA)
Introdução: No internamento domiciliar é constante o desafio pela
adoção de condutas nutricionais específicas ao acompanhamento dos
pacientes, principalmente idosos, portadores de enfermidades crônicas
e incapacitantes, com maior risco para desnutrição proteica decorrente
do declínio da massa muscular e da redução da síntese de proteínas.
Diante disto, buscou-se observar se a qualidade e quantidade de proteínas ofertadas através da dieta propiciam diferenças nos níveis séricos
de proteína e albumina. Objetivo: Relacionar a fonte proteica das
dietas enterais de pacientes crônicos em internamento domiciliar com
valores séricos de proteína e albumina. Método: Estudo observacional
com dados de 37 pacientes crônicos internados em home care, em uso
exclusivo de dieta enteral. As variáveis contínuas foram descritas por
média e desvio padrão ou mediana e amplitude interquartílica, enquanto
as categóricas por frequências absolutas e relativas. Foi aplicada a
Análise de Variância (ANOVA) one-way com post-hoc de Tukey para
comparar médias entre os grupos e teste qui-quadrado de Pearson
para comparação de proporções. As associações entre as variáveis
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
99
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-222 APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE EM TERAPIA
NUTRICIONAL ENTERAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO
ESTADO DE PERNAMBUCO); ANNE ELLEN ALVES DE OLIVEIRA (HOSPITAL
DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ANDRESSA FARIA
NEVES LOPES (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ANA CAROLINA SALES DOS SANTOS (HOSPITAL DOS SERVIDORES
DO ESTADO DE PERNAMBUCO); LAURA MATA DE LIMA SILVA (HOSPITAL
DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); MONARA KAELLE CRUZ
ANGELIM (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO)
Introdução: Pacientes críticos apresentam uma intensa resposta metabólica, geralmente caracterizada por hipermetabolismo, com importante
catabolismo proteico. Além disso, esses pacientes frequentemente apresentam inadequações no suporte nutricional com alto risco de depleção do
estado nutricional, o que pode agravar ainda mais sua condição clínica.
A aplicação dos indicadores de qualidade em terapia nutricional enteral
(TNE) possibilita a identificação das não conformidades da assistência nutricional, garantindo a sua qualidade. Objetivo: Monitorar a adequação da
TNE na unidade de terapia intensiva visando à melhoria da qualidade da
assistência nutricional. Método: Estudo transversal, composto por pacientes
com idade &#8805; 18 anos de ambos os sexos, no período de maio de
2013 internados nas unidades de terapia intensiva de um hospital escola
de Pernambuco. Os dados foram coletados diariamente por um profissional
nutricionista. Foram aplicados os indicadores de qualidade em terapia
nutricional propostos pela Força Tarefa em Nutrição Clí¬nica do Comitê
de Nutrição do International Life Sciences Institute (ILSI, 2008; ILSI, 2010).
Resultados: Foram avaliados 237 registros, destes 100% foram triados ou
avaliados nas primeiras 72h sendo a meta acima de 80%. A frequência de
estimativa das necessidades calóricas e proteicas foi de 100% alcançando
a meta preconizada acima de 80%. A Frequência de dias de administração
com aporte calórico e proteico insuficiente no total de dias em terapia
nutricional foi, respectivamente, de 4,6% e 3,6% alcançando também a
meta preconizada. A frequência de diarreia foi de 3% e a de constipação
foi de 4%, alcançando também a meta proposta que é menor que 10%
para ambos. Conclusão: Foi observado adequação de todos os indicadores
de qualidade utilizados atendendo assim a meta proposta pela literatura.
Isto indica que a assistência aos pacientes da TNE está ocorrendo de forma
contínua e de acordo com referenciais científicas.
P-223 ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL LIPÍDICO DE CRIANÇAS COM
AIDS.
NATALIA GOLIN (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); CATIA DE
LIMA CARVALHO GASPAR (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS);
ROBÉRIO ALVES CARNEIRO JÚNIOR (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA
EMÍLIO RIBAS); MARINELLA DELLA NEGRA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA
EMÍLIO RIBAS)
Introdução: A dislipidemia em indivíduos com Aids é resultado da combinação entre fatores genéticos, infecção pelo vírus, ação da terapia antirretroviral (TARV) e fatores alimentares. Estima-se que até 50% das crianças
recebendo TARV apresentarão anormalidades nos lipídios. Objetivos:
Observar o estado nutricional e as alterações lipídicas em crianças com Aids.
Método: Tratou-se de um estudo retrospectivo, descritivo, observacional,
em crianças com Aids atendidas no ambulatório do Instituto de Infectologia
do Emílio Ribas (IIER), no primeiro semestre do ano de 2012. Buscaram-se
informações como idade, sexo, peso, altura, prática de exercício físico e
exames bioquímicos, como: colesterol total, HDL-colesterol (HDL), LDLcolesterol (LDL), VLDL-colesterol (VLDL) e triglicérides. Quanto ao estado
nutricional, adotou-se como critério índice de massa corpórea por Idade
(IMC/I) de acordo com OMS (2007). Para os parâmetros bioquímicos, foram
classificados conforme os valores de referência do IIER (2012), sendo os
seguintes padrões: colesterol total &#8805; 200 mg/dL, HDL < 60 mg/dL,
LDL &#8805; 130 mg/dL, VLDL > 30 mg/dL e triglicérides &#8805; 200
mg/dL. Em relação à prática de exercício físico, foram consideradas sedentárias aquelas crianças que não realizavam nenhuma atividade recreativa
regular, sendo excluídas as atividades do cotidiano. Resultados: Foram
estudados 35 pacientes, com idade média de 8,2 anos, sendo 57,1% do
sexo masculino. Quanto ao estado nutricional, foram encontrados 80% de
eutrofia, 14,3% de magreza e 5,7% de sobrepeso, e em relação à prática
de exercício físico, 82,9% encontram-se sedentárias. Quanto às alterações
lipídicas observaram-se valores elevados de colesterol total (25,7%), de HDL
(65,7%), de LDL (20%), de VLDL (20%) e de triglicérides (2,9%). Conclusão:
Predomínio de eutrofia e sedentarismo, o que possivelmente pode estar
relacionado à prevalência de baixos níveis de HDL, o que compromete o
crescimento, desenvolvimento e a qualidade de vida.
P-224 DIAGNÓSTICO E INDICAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL EM
RECÉM-NASCIDOS
NAIRA ROSE NASCIMENTO FERREIRA PAIXÃO (CENUTRI - CLÍNICA ESPECIALIZADA DE NUTRIÇÃO); ALINE ÁVILA FRANÇA CONSERVA (CENUTRI
- CLÍNICA ESPECIALIZADA DE NUTRIÇÃO); CRISTINA GAMA PEREIRA
LUCENA (CENUTRI - CLÍNICA ESPECIALIZADA DE NUTRIÇÃO); FLÁVIA
ROBERTA SILVESTRE GOMES (CENUTRI - CLÍNICA ESPECIALIZADA DE
NUTRIÇÃO)
Introdução: A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) está indicada para
recém-nascidos (RN) nas diversas condições clínicas e pode ser de
grande auxílio na profilaxia e no tratamento da desnutrição aguda que
tanto acomete estes pacientes. Assim, diversas condições clínicas como
prematuridade, doenças respiratórias do prematuro, sepse, enterocolite
e exclusões do trato gastrintestinal fazem com que a TNP seja um dos
procedimentos mais utilizados em terapia intensiva neonatal. Objetivo:
avaliação dos diagnósticos e indicações da TNP em RN de maternidades
de Sergipe e Alagoas. Método: Estudo observacional, prospectivo,
para análise das seguintes variáveis: diagnótico e indicação da TNP. Os
dados foram colhidos no período de janeiro de 2011 a junho de 2013.
Resultados: foram avaliados 1162 RN. Foram avaliados todos os diagnósticos clínicos e indicações, com predominância da prematuridade com
89,75%, insuficiência respiratória 18,41% e sepse com 17,29%; Icterícia
(7,22%), enterocolite neonatal (6,28%), anóxia (6,68%), asfixia (4,04%),
pneumonia (2,49%), enterectomia (2,84%) refluxo gástrico (1,80%), insuficiência renal aguda (1,54%), atresia de esôfago (1,89%), cardiopatias
(1,29%), gastrosquise (1,29%), hemorragia pulmonar (1,11%) e persistência do canal arterial (1,89%) seguem com menores prevalências. As
miscelâneas (pneumotórax, perfuração intestinal, epidermólise bolhosa,
infecção urinária, megacólon, abscesso duodenal, pós-operatórios de
pâncreas, diverticulite, intolerância à dieta enteral, meningoencefalite,
onfalocele,hérnia diafragmática e infecção fúngica) somaram-se 3,81%.
Conclusões: 1 - A TNP em RN teve como maior indicação a prematuridade,
sendo comprovada a importância da mesma para evitar desnutrição em
prematuros de baixo peso.
P-226 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES GRAVES EM TERAPIA
NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE TRAUMA
LORENA LOBATO RODRIGUES DA CUNHA (NUTRITERÁPICA); FABIO COSTA
DE VASCONCELOS (CESUPA)
Diante da influência do estado nutricional sobre a evolução clínica de
pacientes hospitalizados, surge a necessidade de identificar os distúrbios nutricionais. A desnutrição hospitalar tem sido associada à maior
incidência de complicações e mortalidade. Terapia nutricional se refere
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
100
Suplemento Nutrição Clínica/2013
a um conjunto de procedimentos que visam reconstituir ou manter o
estado nutricional de um indivíduo, por meio de oferta de alimentos ou
nutrientes para fins especiais. A avaliação nutricional visa identificar os
distúrbios nutricionais para permitir intervenção adequada e, favorecer
a recuperação do paciente. Foram utilizados testes de avaliação clínica,
bioquímica, antropometria e exames de composição corporal. Desta forma
foram avaliados 30 pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva
do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência do Pará, no período
de junho a julho de 2008. O estado nutricional foi avaliado, através
de métodos antropométricos (IMC, CB, PCT e CMB). Verificou-se que a
maioria dos pacientes apresentaram-se em estado de eutrofia de acordo
com o IMC (76%), PCT (35%) e CMB (53%), entretanto de acordo com a
CB foi encontrado a maior incidência de desnutrição leve, 29%. Quanto
ao diagnóstico nutricional final percebeu-se uma maior prevalência de
eutrofia (62%). Sendo assim, podemos verificar a importância da avaliação
nutricional do paciente hospitalizado como parte fundamental do tratamento, porém devemos atentar sempre ä duração da estadia hospitalar
e se a infusão da dieta está sendo feita de forma correta.
P-227 SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL EM LACTENTES HOSPITALIZADOS EM CLINICA MÉDICA PEDIÁTRICA DE UM CENTRO DE
REFERÊNCIA DO NORDESTE
ILÍLIAN K. F DA SILVA (IMIP); LARISSA DE A. VIANA (IMIP); ANNE ELLEN
A E OLIVEIRA (IMIP); DERBERSON JOSÉ DO N. MACÊDO (IMIP); ANA
CAROLINA S. CAMELO (IMP); JANINE M. BARBOSA (IMIP)
Introdução: A nutrição enteral (NE) via sonda ou ostomias é uma terapêutica que tem um papel fundamental no manejo do paciente impossibilitado
de ingestão plena por via oral, sendo uma ferramenta para manutenção e/
ou recuperação do estado nutricional, promovendo um adequado aporte
calórico-proteico. Para isso, precisa ser adequadamente planejada de
acordo com a situação clinica e nutricional do paciente. Objetivo: Descrever
o suporte nutricional enteral em pacientes pediátricos hospitalizados em um
centro de referência do Nordeste. Método: Estudo transversal realizado com
menores de 2 anos submetidos à terapia nutricional enteral (TNE), entre
Junho/2012 e março/2013. Foram obtidos dados clínicos, antropométricos
e dietéticos. Os valores de escore Z dos indicadores Peso-para-Idade (P/I)
e Índice-Massa-Corporal-Para-Idade (IMC/I) foram calculados através do
software AnthroPlus®. As necessidades calóricas e proteicas foram calculadas de acordo com as recomendações da ASPEN (2002/2009) ou método
de acordo com patologia de base. O Comitê de Bioética em Pesquisa do
IMIP aprovou o presente estudo (n.ºxxxx). Na análise estatística utilizou-se
programa SPSS® e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados:
Foram avaliados 325 lactentes, cuja maioria era do sexo masculino (61,2%),
com média de idade de 4,2 meses (±4,6 desvio-padrão). Ao início do
suporte, obteve-se 49,5% e 39,8% de déficit nutricional pelos indicadores
P/I e IMC/I (escore Z <-2DP), respectivamente. A principal indicação para
terapia foi o desconforto respiratório (52,9%) e sua utilização ocorreu em
81,8% dos pacientes de forma exclusiva, com administração via sonda
nasogástrica em 67,3% dos casos. Mais da metade dos pacientes (54%)
utilizou fórmula infantil modificado para idade e a duração média da
terapia foi de 10 dias (±12,9). A adequação da dieta ofertada em relação à
estimada foi de 82,8% e 85,4% para calorias e proteínas, respectivamente.
Conclusão: Os resultados apontam que o comprometimento do estado
nutricional é uma situação frequente entre lactentes hospitalizados e que
em percentual importante da amostra o suporte nutricional garantiu a
oferta calórica e proteica estimada. O adequado monitoramento da TNE
favorece melhores resultados nutricionais com consequente impacto positivo
na evolução clínica.
P-228 ASSOCIAÇÃO ENTRE PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E
BIOQUÍMICOS COM DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES CARDIOPATAS CRÍTICOS
RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE); MILENA CAROLINE TERTULIANO
DE LIMA (PROCAPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE); ADNA
JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (ICB/UPE); CLÁUDIA PORTO SAINHO PINHO
(PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES (PROCAPE)
Introdução: Pacientes graves apresentam alterações hormonais que visam
manter a homeostase hemodinâmica,podendo cursar com hiperglicemia
e hipercatabolismo proteico. Esta resposta metabólica ao estresse leva a
depleção nutricional frequente,sendo a desnutrição um fator agravante e
potencialmente letal nestes indivíduos. Objetivo: Verificar associação de
variáveis antropométricas e bioquímicas com desfecho clínico em pacientes
cardiopatas críticos. Método: Estudo retrospectivo,realizado na UTI de um
hospital cardiológico,entre março de 2012 e julho de 2013, com adultos
e idosos, de ambos os sexos. Foram avaliadas variáveis antropométricas
(circunferência do braço (CB) e circunferência da panturrilha (CP) para os
idosos), bioquímicas (albumina sérica, glicemia,hemoglobina,contagem
total de linfócitos) e o desfecho clínico.A análise dos dados foi realizada
através do pacote estatístico SPSS versão 13.0. A associação entre as variáveis categóricas foi avaliada pelo teste qui-quadrado com nível de significância <5%. Resultados: A amostra constou de 301 pacientes, com média
de idade de 64,4±14,4 anos e maior prevalência do sexo feminino (50,6%).
A média de internamento foi 13,8±13,7 dias. A desnutrição esteve presente
em 57,5% e 63% da amostra, de acordo com CB e CP respectivamente.
Quanto às variáveis bioquímicas, 61,6% da amostra apresentou anemia,
49,3% hipoalbuminemia e 55,1% hiperglicemia. Quanto ao desfecho clínico,
49,8% evoluíram para o óbito. Dentre os parâmetros antropométricos e
bioquímicos analisados, apenas a desnutrição segundo a CB (p=0,005),
hipoalbuminemia (p=0,011) e hiperglicemia (p=0,041) estiveram associados a um pior desfecho clínico. Conclusão: A desnutrição avaliada pela
CB, a hipoalbuminemia e a hiperglicemia foram variáveis preditoras de
um mau prognóstico, ressaltando a importância de um adequado controle
glicêmico e da necessidade de que estratégias efetivas para prevenir e
tratar a desnutrição no paciente crítico sejam precocemente instituídas.
P-229 O IMPACTO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES
CIRÚRGICOS
SUELEN DALBOSCO LINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE);
ANDREZA MELO DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE);
RAYSA MANUELLE SANTOS ROCHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SERGIPE); LEILA ALMEIDA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
LETÍCIA CAROLINE DA SILVA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FERDERAL DE
SERGIPE); MARINA MENEZES ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE)
Introdução: Estudos mostram que a prevalência de desnutrição varia de
30% a 50% em pacientes cirúrgicos. Além disso, a desnutrição hospitalar
tem sido associada ao maior tempo de internação, ao maior custo e ao
aumento de complicações e mortalidade. Diante da reconhecida influência
do estado nutricional sobre a evolução clínica de pacientes candidatos a
procedimentos cirúrgicos, deve-se iniciar precocemente a intervenção nutricional pré-operatória e, dessa forma, favorecer a recuperação do paciente
no pós-operatório. Objetivo: Avaliar a intervenção nutricional em pacientes
no pré-operatório de cirurgias eletivas. Método: Trata-se de um estudo
transversal com uma amostra de pacientes em pré-operatório de cirurgias
eletivas. Foi realizada a avaliação antropométrica (peso, altura, circunferência do braço (CB)) em até 48 horas após admissão e após cinco dias
de hospitalização. Resultados: A amostra foi composta por 62 pacientes
com idade média de 58,42±16,41 anos. O IMC médio no momento da
admissão hospitalar foi 23±4,85 kg/m² e na avaliação final do estudo foi
23,18±5,15 kg/m². A circunferência do braço no momento da admissão
foi 27,08±5,06 cm e no momento da avaliação final foi 26,82±4,77 cm.
Ambas as medidas não apresentaram diferença significativa entre os dois
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
101
Suplemento Nutrição Clínica/2013
momentos. Conclusão: A intervenção nutricional permitiu a manutenção
do estado nutricional dos pacientes do estudo, sendo uma estratégia eficaz
no tratamento cirúrgico dos mesmos.
P-230 POSICIONAMENTO ANÔMALO DA SONA ENTERAL EM VIA
BILIAR PRINCIPAL
SILVIO DANTAS (UNP); LUÍSA DANTAS (UNP); MATHEUS SILVA (UFRN);
THAIS ANDRADE (UNP); NATHANY ARAÚJO (UNP); TIAGO DINIZ (UNP)
Os autores relatam um caso inédito de posicionamento anômalo de sonda
nasoenteral (SNE) em paciente submetido à terapia de nutrição enteral.
Paciente, 67 anos, sexo feminino, internada com quadro de desnutrição
grave devido doença de Crohn, tinha passado de colectomia total com
ileostomia definitiva e derivação bilio-digestiva. Há seis meses com fístula
êntero-vesico-vaginal. Em decorrência do quadro de desnutrição e baixa
ingesta por via oral foi submetida à terapia nutricional por SNE. Após alguns
dias, apresentava dor em abdome superior e náuseas, que melhorava com
a parada da infusão da nutrição. Exames complementares evidenciaram
posicionamento da SNE na via biliar principal. A SNE foi reposicionada por
via endoscópica, tendo a paciente melhorado da sintomatologia. Realizado pesquisa no banco de dados da BIREME, no qual não foi encontrado
nenhuma referencia a esse tipo de complicação.
P-231 DISFUNÇÃO INTESTINAL EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO
PORTAL
OLIVAL CIRILO LUCENA DA FONSECA NETO (HR); DANIELLE TETI MAGALHÃES (HOSPITAL DE CARIDADE SÃO BRAZ); CAMILA GOMES FERNANDES
(HR); JULIANA FERNANDES DE OLIVEIRA (HR)
Introdução: Desnutrição é encontrada com frequência em pacientes cirróticos. Ascite, icterícia, sangramento digestivo (SD) e encefalopatia contribuem como complicadores da ingesta alimentar. Alterações da motilidade,
absorção e digestão são observados em pacientes com hipertensão portal.
Objetivo: Descrever as alterações intestinais que contribuem com a desnutrição em pacientes com hipertensão portal. Método: Estudo retrospectivo
entre pacientes adultos com hipertensão portal admitidos na emergência
de um hospital do SUS - Recife/PE, que apresentavam alterações da motilidade, absorção ou digestão, entre janeiro de 2002 e junho de 2013.
Resultados: Quarenta e cinco pacientes foram avaliados, trinta e dois
eram do sexo masculino. A idade variou de 27 a 68 anos. A origem da
hipertensão portal foi esquistossomose (8), cirrose alcoólica (10), cirrose
viral (18), Síndrome de Budd-chiari (4), colangite esclerosante primária (3),
cirrose biliar primária (2). Vômitos e náuseas ocorreram em 15 pacientes;
diarréia, em 12; constipação, em 5 casos. A associação entre dois sintomas
ocorreu em 50% ( 22 pacientes). Colestase com diarréia ( em 4 pacientes)
foi responsável pela pior evolução ( 2 óbitos). Empachamento e flatulência
foram encontrados em todos os pacientes com ascite (13). Conclusão:
Alterações gastrointestinais inerentes à congestão esplâncnica podem
originar complicações nutricionais de difícil manejo.
P-232 PANORAMA DE INDICAÇÃO DE TERAPIA NUTRICIONAL MISTA
EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA.
WANDYRA PEIXOTO MENDES TEMPORINI (NUTRIMEDICAL); ERIDAN
BERTÉ (HOSPITAL MINISTRO COSTA CAVALCANTI); CAMILA PRIM (NUTRIMEDICAL); ROSSANE MATOS (NUTRIMEDICAL); TAYLINI SAMISTRARO
(NUTRIMEDICAL); GISLAINE VERÔNICA DA SILVA LEAL (NUTRIMEDICAL)
Introdução: A terapia nutricional no paciente crítico é um desafio. A
nutrição parenteral (NPT) tem sido levantada como uma abordagem
alternativa ou adicional quando outras vias, como a nutrição enteral não
suprem o aporte calórico proteico. O principal objetivo da NPT é proporcionar a adequação de nutrientes tendo como condição de segurança
e prevenindo possíveis complicações. Objetivo: Avaliar a indicação de
nutrição mista nas unidades de terapia intensiva em um hospital privado.
Método: Estudo de coorte retrospectivo com 36 pacientes que permaneceram mais de sete dias com nutrição enteral nos primeiros quatro
meses do ano de 2013, internados nas duas unidades de terapia intensiva
(geral e coronariana). Foram randomizados pacientes de ambos os sexos,
com idade maior que 18 anos, os quais foram randomizados em dois
grupos para análise comparativa: Grupo 1 = pacientes que receberam
nutrição enteral exclusiva e Grupo 2 = pacientes que receberam nutrição
mista. Foram avaliados de ambos os grupos o aporte calórico e proteico,
assim como também, motivo e prazo para início da nutrição parenteral
complementar. Para classificação do estado nutricional foi utilizado à
avaliação nutricional subjetiva global (ANSG). Resultados: Os pacientes
apresentaram idade média de 89+42 anos, quanto ao sexo, sendo mais
da metade da amostra composta pelo gênero masculino (58,3%). Quanto
aos diagnósticos clínicos, a maior prevalência foram as doenças cardiovasculares (33,3%), seguidas de pacientes oncológicos (27,7%). Do total de
pacientes, apenas 16,6%, atingiram as metas nutricionais estabelecidas
até o 4° dia de nutrição enteral. Dentre os pacientes que não atingiram
meta calórica proteica (44,4%), metade iniciou a nutrição parenteral
complementar. Em relação ao prazo para início da nutrição complementar
notou-se que o tempo mínimo foi de nove dias após internação (média
de 13,7 dias). Conclusão: A terapia mista não foi instituída em acordo
com os guidelines e estudos realizados, indicando a necessidade da
implementação do protocolo de nutrição mista na presente instituição.
Unitermos: Nutrição mista; paciente crítico; protocolo.
P- 2 3 3 C I R U R G I A D E C O N T R O L E D E DA N O E S U P O R T E
NUTRICIONAL
OLIVAL CIRILO LUCENA DA FONSECA NETO (HR); CAMILA GOMES
FERNANDES (HR); DANIELLE TETI MAGALHÃES (HR); JULIANA FERNANDES
DE OLIVEIRA (HR); RENATA FERREIRA BEZERRA (HR)
Introdução: Pacientes graves vítimas de trauma abdominal podem
necessitar de uma cirurgia abreviada (Controle de dano) para melhorar
as suas condições fisiológicas. Após a reanimação e establização do
paciente a recuperação nutricional é necessária e pode ser responsável por melhor evolução.Objetivo: Descrever as opções de acesso
nutricional nos pacientes submetidos a cirurgia do controle de dano
(CCD). Método: Estudo retrospectivo entre pacientes adultos admitidos
na unidade de trauma de hospital de emergência do SUS do recife - PE
entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Pacientes submetidos a CCD
que não evoluíram para óbito nos primeiros 07 dias foram estudados.
Resultados: Foram estudados 14 pacientes. Dez eram do sexo masculino. A idade variou de 19 - 37 anos. A indicação de CCD foi acidose
metabólica grave (> -15) e hipotermia (< 35 graus) em 10 pacientes.
Em quatro, ocorreu coagulopatia. Na relaparotomia, a jejunostomia
alimentar foi a opção em 05, a gastrostomia em 03, e a sonda nasoenteral com posição pós-Treitz em 04. Em 02 a nutrição parenteral foi
a opção. A introdução da dieta ocorreu no 4° dia em 06, no 5° dia em
05. Íleo prolongado ocorreu em 04, necessitando do retorno ao jejum
em 02. Ocorreu óbito em 01 paciente. Conclusão: A necessidade do
acesso nutricional em pacientes submetidos a CCD deve fazer parte do
manejo multidisciplinar possivelmente levando ao melhor prognóstico.
P-234 PERFIL NUTRICIONAL DE CANDIDATOS A TRANSPLANTE RENAL
EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE
SILVANA FRADE GALVÃO (HC/UFPE); BRUNA LUCIA DE MENDONÇA
SOARES (HC/UFPE); KARLA GABRIELA LAPENDA DOS SANTOS MOTA
(HC/UFPE)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
102
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A literatura mostra alta prevalência de desnutrição
energético-proteica em pacientes que aguardam o transplante renal.
Grande parte destes pacientes se beneficiam do tratamento dialítico
prévio, que associado a doença renal proporciona um estado catabólico,
contribuindo para a deterioração do estado nutricional. Há a hipótese de
que os pacientes candidatos a transplante já apresentam algum grau de
desnutrição energético-protéica. Objetivo: Avaliar o estado nutricional
de pacientes candidatos a transplante renal em um hospital universitário
do Recife. Método: Estudo do tipo descritivo transversal realizado com
pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos. Foram coletados dados de
200 fichas de acompanhamento nutricional dos pacientes que internaram
para realizar o transplante renal no período de 1994 a 2011. A variável
estudada para avaliar o estado nutricional foi o índice de massa corpórea
(IMC), cuja classificação adotada foi a proposta pela Organização Mundial
da Saúde (OMS, 1995) para os adultos, e para os idosos (&#8805;60 anos)
o Nutrition Screening Initiative (NSI, 1994). Também foram coletados
dados sobre tipo de doador, tempo de tratamento dialítico e patologia
de base para o desenvolvimento da doença renal. O banco de dados foi
elaborado no Excel e os dados foram expressos em percentuais, médias
e desvio-padrão. Resultados: Dos 200 pacientes analisados 63,5% eram
do sexo masculino, com idade entre 20 – 67 anos, com média de 36 ±
(10,7) anos, sendo 95,5% adultos. Segundo o estado nutricional, avaliado
pelo IMC, 68,2% dos adultos foram classificados como eutróficos, 14,8%
com algum grau de magreza e 16,9% com sobrepeso e obesidade. Já
entre os idosos (5,5%) foi verificado que 72,7% estavam eutróficos, 27,2%
baixo peso, não sendo visualizado pacientes idosos com excesso de peso.
O enxerto foi proveniente em 33% dos casos de doadores vivos e o tempo
médio de diálise prévia ao transplante foi de 6 (± 3,8) anos. A patologia
mais frequente como causa da insuficiência renal, neste estudo foi a
Glomerulonefrite (33%), e em 52,5% a causa foi indeterminada. Conclusões: Diferentemente do que é apresentado na literatura, esta pesquisa
verificou que a maioria dos pacientes candidatos ao transplante eram
eutróficos. Estudos demonstram que o estado nutricional é seguramente
um dos fatores que mais influenciam nos resultados pós-operatórios.
Em pacientes desnutridos ou em risco de desnutrição, candidatos a
transplantes, a resposta orgânica ao trauma operatório tem maiores
repercussões e influencia negativamente no sucesso do procedimento.
P-235 AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM RELACIONADO
AO USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL
ANDRÉ SANTOS ALVES DE ARAUJO (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO);
CLAUDIA SATIKO TAKEMURA MATSUBA (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO);
BERNADETE WEBER (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); DANIEL MAGNONI
(HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO)
Introdução: A Evolução de Enfermagem é o registro do estado geral
do paciente após a avaliação do enfermeiro, onde deverá conter os
problemas identificados inicialmente, o resultado dos cuidados prescritos
e o seguimento da assistência nas 24 horas subsuquentes. Segundo a
Resolução do Conselho Federal de Enfermagem 277/2003, é responsabilidade do enfermeiro a garantia do registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e a evolução do paciente em uso de
terapia nutricional enteral (TNE) e terapia nutricional parenteral (TNP).
Objetivo: Avaliar a realização da Evolução de Enfermagem relacionada
à TNE e TNP e a qualidade das descrições. Método: Estudo transversal,
quantitativo, realizado num hospital privado, especializado em cardiologia, na cidade de São Paulo. O acompanhamento ocorreu no período
de maio a julho de 2013. Para coleta de dados institui-se um instrumento
no formato de check-list. Os dados acompanhados foram relacionados
ao tipo de dispositivo, volume de infusão da dieta enteral ou nutrição
parenteral e intercorrências com a terapia. Resultados: Foram acompanhados 79 pacientes, sendo 51 adultos e 28 pediátricos. O tipo de
terapia nutricional em uso foi descrito em 82% das evoluções; dispositivo
utilizado em 95% e controle do posicionamento do acesso enteral em 79
%. Quanto ao volume de infusão da dieta enteral verificou-se registro
em 90% com descrição do indicador de infusão em 86%. As interferências na infusão da dieta do dia anterior foram documentadas em 65%
dos prontuários com intervenção de enfermagem em 83% dos casos e
aspecto de curativo peri-cateter e gastrostomia em 31,4%. Conclusão: O
registro da terapia nutricional na Evolução de Enfermagem é necessário
para garantir o acompanhamento da administração e intercorrência pelo
enfermeiro. Apesar de ser instituída como rotina em vários hospitais
e constar na legislação, na prática clinica não são observados dados
relacionados à TNE e TNP na Evolução de Enfermagem. Os resultados
demonstram a necessidade de supervisão e treinamento dos enfermeiros
visando promover uma assistência de melhor qualidade e segurança ao
paciente em uso desta terapia
P-236 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DE PACIENTES DIABÉTICOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
INGRID RIBEIRO DA CRUZ MELO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
LARISSA MARINA SANTANA MENDONÇA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE); CAMILA DE LIMA PIRES LIMA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE); JULIANA MENÊSES SANTOS LIMA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE)
Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) acomete, em média, 300 milhões
de pessoas no mundo. Em torno de 20% das pessoas que possuem entre
65 e 76 anos já são consideradas diabéticas e esses números tendem a
aumentar com o avanço da idade. A alta prevalência de casos associada
à elevada mortalidade e custos com o tratamento tornam a doença um
problema de saúde pública. No Brasil, essa prevalência chega a 7,6%,
sendo que quase metade dessa população (46%) desconhece o diagnóstico. O conhecimento acerca das características da doença em pacientes
ambulatoriais é fundamental para um melhor tratamento e controle da
patologia. Objetivo:Caracterizar o estado clínico dos pacientes diabéticos
atendidos no ambulatório de um Hospital Universitário. Método: Foi realizado um estudo transversal com pacientes atendidos no ambulatório do
Hospital Universitário de Sergipe. Foram coletados dados antropométricos,
bioquímicos e história clínica dos protocolos de atendimento do ambulatório
de nutrição. Analisou- se peso, IMC, colesterol total e frações, glicemia
de jejum, triglicérides e prevalência de hipertensão arterial sistêmica e
dislipidemia. Resultados: Foram avaliados 102 pacientes sendo, 82,4%
do sexo feminino. Foi identificado nesta população uma prevalência de
89,2 % de excesso de peso de 80,66 ± 20,63 kg com IMC médio 32,55 ±
8,19 kg/m², prevalência de 77,5% de hipertensão arterial sistêmica e 50%
de dislipidemias. A média de circunferência de cintura apresentou valor
de 107,7 ± 18,47 cm. Também foram analisados exames bioquímicos,
entre eles, glicemia de jejum (136,68 ± 65,58 mg/dl)colesterol total
(174,49 ± 41,39 mg/dl), LDL-c (102,02 ± 33,52 mg/dl), HDL-c (47,64
± 14,81 mg/dl) e triglicerídeos (123,51 ± 71,94 mg/dl). Conclusão: Ao
analisar-se os dados encontrados, identificou-se prevalência de excesso
de peso e obesidade grau I, obesidade abdominal e hipertensão arterial
nos pacientes estudados. O perfil lipídico dos mesmos, entretanto, não
demonstrou alterações condizentes com dislipidemias, o que pode estar
relacionado ao uso de medicamentos à base de estatinas a que a maioria
dos pacientes da amostra estava submetida. Reforça-se a necessidade de
um controle nutricional adequado a fim de contribuir para a redução do
peso e consequente melhora das comorbidades associadas.
P-237 APLICABILIDADE DA TRIAGEM NUTRICIONAL NA ADMISSÃO
HOSPITALAR.
ZÂNIA REGINA PEREIRA (UFAM)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
103
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A triagem nutricional consiste de realização de inquérito
simples ao paciente ou seus familiares com o propósito de indicar o risco
nutricional na admissão hospitalar. Identifica o risco de desnutrição,
mudanças na condição que afetem o estado nutricional do doente, fatores
que possam ter como conseqüências problemas relacionados à nutrição e
se é necessária avaliação nutricional mais detalhada. Avaliação e triagem
nutricional dos pacientes à internação tornam-se importantes já que identifica os pacientes desnutridos, permitindo a intervenção precoce. Considerase alvo da terapia nutricional os pacientes classificados em desnutrido ou
em risco nutricional. Ressaltar a importância da utilização de ferramentas
e recursos disponíveis para o combate da desnutrição. Objetivo: Aplicar
o questionário de triagem nutricional em pacientes internados e uma
clínica ortopédica de um Hospital Universitário da cidade de Manaus.
Método: Trata-se de uma estudo quantitativo transversal, incluindo 321
pacientes com idade maior ou igual de 18 a 59 anos, com até 24 horas
na admissão hospitalar em uma clínica ortopédica no período de Janeiro
a Junho de 2013, onde foi aplicado o questionário de triagem nutricional.
Resultados: Dos pacientes que foram aplicados o questionário de triagem
nutricional, (33%)106 são do sexo feminino e (67%)215 do sexo masculino,
sendo (3,5%) 11 apresentaram IMC < 20,5 ; (2%) 6 apresentaram perda
de peso nos últimos meses; (3,5%)11 apresentaram redução na ingestão
de alimentos ; (84,42%) 271 apresentaram estado nutricional normal;
(5%)16 apresentaram gravidade da doença e (2,0%)6 pacientes apresentaram déficit proteica. Conclusão: Aplicabilidade da triagem nutricional
mostrou a importância desta ferramenta para detectar o risco nutricional
de pacientes na admissão hospitalar, prevenindo assim a desnutrição,
reduzindo a morbimortalidade e permanência média hospitalar.
P-238 IMPLANTAÇÃO DE INDICADOR PARA ALTA DOMICILIAR EM
TERAPIA NUTRICIONAL COM USO DE ESCALA LIKERT
ANDRÉ SANTOS ALVES DE ARAUJO (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO);
CLAUDIA SATIKO TAKEMURA MATSUBA (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO);
LILIAN CARLA SANT´ANNA MACEDO (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO);
BERNADETE WEBER (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); DANIEL MAGNONI
(HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO)
Introdução: Segundo os padrões da Joint Commission International (JCI),
melhorar a comunicação efetiva e promover a educação de pacientes e
familiares faz parte das Metas Internacionais de Segurança do Paciente.
O plano educacional em Terapia Nutricional (TN) é uma das atividades
desenvolvidas pelos profissionais da Equipe Multiprofissional de Terapia
Nutricional (EMTN), procurando promover adesão do cuidador e minimizar erros e complicações no domicilio. Objetivo: Avaliar as ações e o
cumprimento das atividades desenvolvidas no período que precede a alta
domiciliar por meio do indicador Taxa de Satisfação do Paciente/Familiar quanto ao Planejamento Educacional. Método: Estudo prospectivo,
quantitativo desenvolvido entre os períodos de janeiro dee 2012 a julho
de 2013, num hospital privado especializado em cardiologia do município
de São Paulo. Utilizou-se um instrumento contendo escala de LIKERT
com avaliações de cinco itens de satisfação relacionados às atividades
desenvolvidas, ao tempo e a atuação do enfermeiro e do nutricionista.
Para critérios de inclusão foram considerados aqueles que tivessem plano
educacional de no mínimo 3 dias, sem auxílio de serviços de homecare.
Resultados: No período relacionado 81 pacientes tiveram indicação
para planejamento educacional, sendo que 26 pacientes atenderam aos
critérios de inclusão (12 do sexo feminino e 14 do sexo masculino). A
média da idade encontrada foi 71 anos, com variação de 1 a 107 anos;
o diagnóstico mais encontrado foi o clínico em 83,3%, com predomínio
de broncopneumonia em 33% dos casos. As principais indicações para
uso da TN foram: risco para broncopneumonia (44,5%); aporte calóricoproteico (22,2%) e intubação orotraqueal (11,1%). O dispositivo mais
utilizado foi sonda enteral (66,7%) e o número de horas utilizadas para
treinamento foi de 2 a 5 horas. Houve maior participação do cuidador
no planejamento educacional em 50%, seguido de algum familiar do
paciente em 27,7%. 72% dos entrevistadores não relataram apresentar
dúvidas, mas os questionamentos mais frequentes foram relacionados
ao dispositivo (37,5%) e ao tipo da dieta enteral (11,1%).Este indicador
apresentou média global de 94% (80 a 100%). Conclusão: A implantação
deste indicador demonstrou ser útil para avaliação da qualidade do atendimento e satisfação do paciente, procurando esclarecer dúvidas e tornar
subsídios para melhorar abordagem educacional. Com estes resultados
percebeu-se a importância deste indicador institucional.
P-239 MELHORES PRÁTICAS DE ENFERMAGEM EM TERAPIA NUTRICIONAL- SÉRIE HISTÓRICA NUM HOSPITAL ESPECIALIZADO EM
CARDIOLOGIA
CLAUDIA SATIKO TAKEMURA MATSUBA (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR
SÃO PAULO); MADALENA MONTERISI NUNES (HOSPITAL DO CORAÇÃOHCOR SÃO PAULO); ANDRÉ SANTOS ALVES DE ARAÚJO (HOSPITAL DO
CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); BERNARDETE WEBER (HOSPITAL DO
CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); DANIEL MAGNONI (HOSPITAL DO
CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO)
Introdução: A terapia nutricional (TN) tem sido reconhecida amplamente
pelos seus benefícios desde o século 20. No entanto, esta prática não
está isenta de intercorrências, levando à sub ou super-infusão da dieta,
necessitando de monitoramento. O gerenciamento de riscos em TN
compõe-se de ações para identificar, propor e estabelecer melhorias,
com monitoramento rigoroso dos resultados das condutas. Objetivo:
O objetivo foi verificar a existência de planos de ações elaborados pela
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) a pacientes em
uso desta terapia e avaliar o cumprimento e os resultados destas estratégias. Método: Estudo retrospectivo, quantitativo, realizado num hospital
privado especializado em cardiologia do município de São Paulo. Para
levantamento dos dados utilizou-se uma ferramenta gerencial de informações denominada DOCNIX 6-0, nos quais são realizadas notificações
de ocorrências e planos de melhorias de todas as áreas assistenciais.
Resultados: Verificou-se que existem 22 planos estabelecidos entre 2007
a 2013. Destes, 72, 7% (16) pertenciam ao nível assistencial e 27,3% (6)
em nível educacional. Quanto à categoria, estes foram distribuídos em
melhorias (59%), corretivos (27,3%) e preventivos (13,7%). As principais
áreas envolvidas foram Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Pediatria em 36,3% dos planos; Setor de Avaliação de produtos em 22,7% e
Setor de Farmácia, em 9%. O número total de ações foi 93, tendo em
média 4 por ocorrência. O tempo mínimo para resolução foi de 30 dias
e o máximo, de 120 dias. Observou-se atraso em seis casos por falta de
disponibilidade do material para teste (50%), demora na finalização de
testes (17%) e demora na entrega do material após sua padronização
(17%). As ações mais freqüentes foram reuniões para análise em 32%;
avaliação de materiais em 18% e realização de testes de materiais/
processos em 13,7%. Conclusão: Esta pesquisa demonstrou que o estabelecimento de planos de ação foram direcionados a área da Pediatria
e avaliação de produtos, demonstrando sua complexidade e carência de
materiais específicos. As ações implantadas para o gerenciamento de
risco na TN permitiram identificar possibilidades de melhorias, sendo um
processo dinâmico e contínuo para garantir a segurança daquele que
recebe e daquele que administra a terapia.
P-240 COMPLICAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS EM PACIENTES
COM ILEOSTOMIA
CAMILA GOMES FERNANDES (HR); OLIVAL CIRILO LUCENA DA FONSECA
NETO (HR); DANIELLE TETI MAGALHÃES (HR); JULIANA FERNANDES DE
OLIVEIRA (HR); RENATA FERREIRA BEZERRA (HR)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
104
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: Doença inflamatória intestinal (DII) e Trauma são as principais
indicações de ileostomia. Câncer e abdome agudo também podem originar
a derivação cutânea ileal. Manejo hidroeletrolítico e nutricional são desafiadores e requerem atenção especial nesses pacientes. Objetivo: Descrever
as complicações metabólicas e nutricionais em pacientes com ileostomia.
Método: Estudo retrospectivo entre pacientes adultos admitidos em hospital
do SUS do Recife-PE de janeiro de 2002 a junho de 2013. Todos eram
provenientes da emergência onde foram submetidos a cirurgia para trauma
ou abdome agudo. Resultados: Foram avaliados 29 pacientes. Quinze
eram homens. A idade variou de 20-52 anos. Ileostomia com origem de
trauma foram 20. Abdome agudo ocorreu em 08, sendo tumor de cólon
direito (03), isquemia mesentérica (03), aderências (01), hérnia inguinal
(01) e doença de Chron (01). Acidose metabólica e hipovolemia ocorreu
em 20 pacientes nas 48 horas iniciais. Retardo na nutrição enteral ocorreu
em 07 (diarréia e dor). Nutrição parenteral foi necesária em 13 pacientes,
necessitando ficar por mais de 15 dias em 03 (peritonite, íleo paralítico e
insuficiência renal). A ingesta oral foi iniciada no 2° dia em 16 e no 5° dia
em 10. Três pacientes evoluiram para o óbito. Conclusão: Em pacientes
com ileostomia os cuidados com a hidratação e nutrição devem ser precoces
para evitar complicações graves com risco de vida.
P-241 PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO E DE SINTOMAS DE IMPACTO
NUTRICIONAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PALIATIVOS HOSPITALIZADOS
RAFAELA MAGALHÃES SOARES (IMIP); FERNANDA RAFAELLA MELO DA
SILVA (IMIP); MIRELLA GONDIM OZIAS AQUINO DE OLIVEIRA (IMIP); LEILA
VIRGÍNIA DA SILVA PRADO (IMIP); CELINA AZEVEDO DIAS (IMIP); PATRÍCIA
CALADO FERREIRA PINHEIRO GADELHA (IMIP)
Introdução: A avaliação nutricional (AN) deve preceder a indicação da
terapia nutricional (TN) e, em cuidados paliativos, deve ser realizada em
todas as fases da doença de forma completa sem gerar desconforto físico
ou emocional. Atualmente, não há consenso sobre o método ideal, porém
a realização da AN é essencial tendo em vista a baixa ingestão alimentar,
perda ponderal e a presença de sintomas de impacto nutricional nestes
pacientes. Objetivo: Avaliar a frequência de desnutrição segundo Avaliação
Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente (ASG-PPP), percentual
de Perda de Peso (%PP) e Índice de Massa Corporal (IMC) e de sintomas
de impacto nutricional em pacientes oncológicos em cuidados paliativos
exclusivos hospitalizados. Método: Trata-se de um estudo transversal com
coleta de dados de março/junho de 2013. Foram incluídos indivíduos com
idade superior a 18 anos e excluídos aqueles alimentados exclusivamente
por via artificial a mais de 72h e portadores de síndromes consumptivas.
Os participantes foram avaliados com até 72h de internamento e classificados como desnutridos aqueles que tiveram resultado B e C na ASG-PPP,
%PP &#8805; 5 em um período &#8804; 6 meses ou %PP > 5 em período
superior a 6 meses e IMC <18,5 e &#8804;23 kg/m² para adultos e idosos,
respectivamente. Os sintomas apresentados foram colhidos a partir da
ASG-PPP. Resultados: A casuística foi composta de 21 indivíduos com idade
média de 57 anos, sendo 62% do sexo feminino. Na AN, o método que
detectou maior prevalência de desnutrição foi a ASG-PPP com prevalência
de 95%, seguida do %PP com 93% e do IMC com apenas 53%. Do total de
pacientes estudados apenas 3 ganhou ou manteve seu peso habitual. Os
sintomas mais prevalentes foram: falta de apetite (52%), disgeusia (40%),
náuseas e vômitos (33%), sendo os menos frequentes: plenitude gástrica
e constipação (19%); xerostomia, cheiros que enjoam, diarréia e outros
[dispnéia e azia] (10%). Disfagia e dor apresentaram menor prevalência
com apenas 5%. Conclusão: Os achados mostram a importância da escolha
adequada do método de AN tendo em vista que a sensibilidade na detecção
da desnutrição é diferente entre eles e que este distúrbio nutricional tem alta
prevalência neste grupo de pacientes. Além disso, percebe-se a relevância
na detecção dos sintomas de impacto nutricional devido a sua influência na
ingestão alimentar e no valor do seu manejo para minimizar o desconforto
causado pela alimentação, proporcionando um melhor bem estar para o
indivíduo e sua família.
P-242 PERFIL GLICÊMICO E NUTRICIONAL DE PACIENTES IDOSOS
INTERNADOS EM UM SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL
PÚBLICO DE PERNAMBUCO
HELÂNIA VIRGINIA DANTAS DOS SANTOS (HOSPITAL MIGUEL ARRAES);
SHIRLEY KELLY DOS SANTOS SIMÕES (HOSPITAL MIGUEL ARRAES);
LARISSA MARIA CAVALCANTE E SILVA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES);
KELIANE OLIVEIRA DE LIMA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); CIBELE MARIA
DE ARAÚJO ROCHA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); DARLLETY CANTO DA
SILVA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES)
Introdução: O envelhecimento populacional atrelado a alta prevalência
de desnutrição hospitalar e a possível associação da hiperglicemia com
complicações pós-operatórias. Objetivo: Avaliar o perfil glicêmico e
o estado nutricional pré-operatório de pacientes idosos. Método: Foi
realizado um estudo transversal descritivo e analítico, com aprovação
pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos com parecer de nº
63041/2012. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional
de Saúde, autorizando a realização da mesma. Foram avaliados pacientes
idosos (&#8805; 60 anos), internados em uma enfermaria de cirurgia
geral. O estado nutricional foi avaliado até 48 horas da sua admissão no
pré-operatório, tomando por base os dados antropométricos que incluíram
peso, altura estimada pela altura do joelho (Chumlea, 1985) e o índice
de massa corporal (IMC), calculado a partir da fórmula: Peso/(altura)² e
classificado conforme descrição de Lipschitz, 1994. Para a avaliação da
glicemia de jejum foram analisados prontuários e considerado valores
normais < 100mg/dL. Os dados foram digitados no programa Excel for
windows, versão 2007. A análise estatística foi realizada no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0, sendo considerado
um p < 0,05 para rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: Os 44
idosos avaliados possuíam uma idade média de 70,0 ± 7,6 anos (mínimo
60 e máximo 98 anos) sendo 61,4% do sexo feminino. Segundo avaliação
nutricional o IMC médio foi de 24,0 ± 4,4 kg/m2 com uma prevalência
de desnutrição de 45,5% (20) e de 29,5% (13) de excesso de peso. Com
relação à glicemia de jejum a mediana foi de 96,55 mg/dL, com variações
mínima e máxima de 54 e 522mg/dL, respectivamente. Não foi encontrada
associação entre os níveis glicêmicos e o estado nutricional (p > 0,55).
Conclusão: A desnutrição hospitalar continua sendo uma das principais
alterações nutricionais. Embora, não tenha sido observada associação dos
níveis glicêmicos com o estado nutricional, a grande variabilidade glicêmica
encontrada deixa clara a necessidade de uma atenção especial para os
níveis glicídicos dos pacientes idosos no pré-operatório, uma vez que já
foi observada a associação da hiperglicemia com um possível aumento de
complicações cirúrgicas.
P-243 PERFIL NUTRICIONAL E USO DE TERAPIA NUTRICIONAL EM
PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA EM UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ROSEMARY DE BARROS FONSECA (UFPE); MARIA DO SOCORRO ALVES DE
CARVALHO (UFPE); PATRICIA FORTES CAVALCANTI DE MACEDO (UFPE);
DÉBORA JOICE DA SILVA (UFPE); CINTIA MARIA DO NASCIMENTO
GIBSON BARBOSA (UFPE); JULIANA GONÇALVES TRIGUEIRO (UFPE)
Introdução: A avaliação nutricional de pacientes com Doença Hepática
Crônica (DHC) é considerada difícil, pois não existe, até o momento, um
padrão-ouro para a estimativa do seu estado nutricional. A terapia nutricional tem um papel fundamental para manutenção ou recuperação do
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
105
Suplemento Nutrição Clínica/2013
estado nutricional desses pacientes. Objetivo: descrever o perfil nutricional
e o uso de terapia nutricional em pacientes portadores de DHC. Método:
Trata-se de um estudo realizado em um Hospital Universitário. A amostra
foi composta de pacientes com DHC, internados entre 2010 e 2012. A
fonte de coleta de dados foram fichas utilizadas para acompanhamento dos
pacientes pelo Serviço de Nutrição do Hospital. Foi elaborado um banco
de dados utilizando o Excel, onde foram analisadas variáveis demográficas
(sexo, idade), clínicas (diagnóstico, história de encefalopatia), antropométricas (peso, altura, edema e ascite, peso ajustado, IMC) e dietéticas (terapia
nutricional e tipo de fórmula utilizada). Os resultados foram expressos
através de média, desvio padrão e percentuais. Resultados: A amostra foi
composta de 75 indivíduos com média de idade 58,5 anos (+ 13,8) sendo
61,33% homens e 38,67% mulheres. As principais causas da DHC foram de
etiologia mista com 30,6%, seguidos por EHE (25,3%), álcool (16%) e vírus C
(10,6%). Foi observado que 41,33% tiverem encefalopatia e 61,33% ascite
de leve a grave. Em relação ao estado nutricional houve predominância
de eutrofia (48%), desnutrição (28%) e excesso de peso (24%). A terapia
nutricional empregada foi predominantemente oral (18,67%), seguida da
terapia enteral (9,33%) e parenteral (2,67%). A maior parte da amostra
não fez uso de terapia nutricional (68%). Dentre as fórmulas utilizadas,
destacou-se o uso daquelas especializadas para hepatopata (95,45%), foi
visto o uso de fórmulas hipercalóricas e hiperprotéicas (13,64%) e especializadas para doença renal (4,55%). Conclusão: No presente estudo foi
visto predominância da eutrofia, é válido ressaltar que parte da amostra
apresentava ascite, e que o único parâmetro utilizado para avaliação foi o
IMC que se usado isoladamente, pode superestimar o estado nutricional.
O uso de terapia nutricional não foi predominante, mas destacou-se o uso
de fórmulas especificas para hepatopatia.
P-244 MONITORAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTES ADMITIDOS
EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO.
MARIA DA CONCEIÇÃO MASCARENHAS VASCONCELOS (UFRB); MARIA
ZILDA NERY (UFRB); EDINEUSA DE JESUS FERNANDES (UFRB); ANGELA
MARIA SILVA LISBOA FERREIRA (IMIP); CAROLINE SILVA CARVALHO (IMIP);
CAMILA ARAÚJO SOUSA (IMIP)
Introdução: Grande parte das crianças hospitalizadas perde peso ao longo
do internamento, o que se confirma através dos altos índices de desnutrição
entre esses pacientes. Isso se deve a uma série de fatores que se somam,
e entre os quais, destaca-se a ausência da triagem de risco nutricional.
A triagem nutricional possibilita a identificação do risco de complicações
decorrentes da condição clínica, da ingestão nutricional e alterações de
peso do paciente, antecipando a conduta nutricional. Objetivo: Monitorar
o risco nutricional dos pacientes admitidos em um hospital pediátrico,
através da ferramenta de triagem STRONGkids. Método: Estudo transversal,
prospectivo, exploratório, realizado em um hospital público pediátrico do
estado da Bahia. Foram incluídos todos os pacientes admitidos na unidade
emergência durante o período de maio a junho do ano de 2013 com
idade variando entre um mês de vida até os 18 anos incompletos. Foram
excluídos do estudo os pacientes portadores de neuropatia, edema, amputação de membros, para e tetraplegia, ou com diagnóstico clínico ainda
não definido. Todos os pacientes foram triados no momento da admissão,
mediante o instrumento STRONGkids que classifica o risco nutricional em
três níveis (leve, moderado e elevado), e retriados semanalmente, até a
quarta semana de internamento. Resultados: Participaram do presente
estudo 42 pacientes. De acordo com a classificação do STRONGkids, 20
(48%) pacientes apresentaram baixo risco nutricional, 21 (50%) médio risco
e apenas 1 (2%) alto risco nutricional no momento da admissão hospitalar.
Dos pacientes classificados com baixo risco nutricional na admissão, 16
(80%) receberam alta hospitalar antes de iniciar a segunda semana de
internamento. Durante a retriagem, notou-se melhora no que se refere à
classificação do risco nutricional em 4 (9,5%) pacientes da primeira para
a segunda semana e 2 (7,8%) da segunda para a terceira semana de
acompanhamento. Além disso, nenhum pacientes apresentou agravo da
classificação de risco nutricional durante o internamento. Conclusão: O
monitoramento do risco nutricional durante o internamento permitiu direcionar a assistência nutricional aos pacientes com maior risco, sobretudo,
porque estes permaneceram internados por um período superior a uma
semana. Ressalta-se a importância de se instituir protocolo de triagem,
uma vez que a gravidade do risco nutricional pode variar de uma semana
para outra, no mesmo paciente, ao longo do internamento.
P-245 EFEITO DE INTERVENÇÃO NUTRICIONAL SOBRE ANTROPOMETRIA EM IDOSOS DIABÉTICOS
MARINA HORTÊNCIA DA SILVA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARÍLIA CORREIA CARVALHO NOVAES
FERRAZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PRISCILA VIEIRA
ANTUNES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: Diabetes Mellitus (DM) é um conjunto de distúrbios metabólicos caracterizados pela presença de hiperglicemia, a qual é o resultado
de defeitos na ação e/ou secreção da insulina. A obesidade é considerada
como o principal fator de DM 2 em idosos, por resultar em resistência a
insulina, influenciando de forma negativa o metabolismo da glicose. O
controle adequado do peso corporal tem sido eficaz no processo de controle
da glicemia, sensibilidade insulínica, perfil lipídico, níveis pressóricos e
redução da mortalidade, além de sempre estar entre as prioridades para
o tratamento do DM. Objetivo: Avaliar o efeito de intervenção nutricional
sobre parâmetros antropométricos (peso, altura e Índice de Massa CorporalIMC) em idosos diabéticos atendidos em um ambulatório de nutrição de
Recife-PE. Método: Foi realizado um estudo transversal do tipo série de
casos no período de maio a agosto de 2013 com uma amostra de 27
pacientes. Nas primeiras consultas, os idosos foram pesados e suas alturas
foram estimadas pelo cálculo da equação de Chumlea, 1994 através da
técnica da altura do joelho. O IMC foi calculado segundo Lipschitz, 1994
(estando a eutrofia na faixa de 22 a 27Kg/m²). Depois de realizada a
orientação nutricional, o paciente foi instruído a retornar 3 meses após
para ser reavaliado. No retorno, o paciente foi submetido a nova avaliação
antropométrica, do mesmo modo que na primeira consulta. Resultados:
Na primeira consulta, 51,8% dos pacientes apresentaram excesso de peso
(IMC>27Kg/m²), 37,1% eram considerados eutróficos e 11,1% estavam
com baixo peso (IMC<22Kg/m²). Após 3 meses, não houve variação
significativa no IMC, porém, 64,3% dos idosos classificados com excesso de
peso conseguiram reduzir em média 3,09% do peso anterior, o equivalente
a aproximadamente 2Kg. Conclusão: A partir dos resultados obtidos na
avaliação antropométrica, foi possível mostrar que a intervenção nutricional na primeira consulta promoveu resultados benéficos após 3 meses
de seguimento das orientações recebidas, visto que a maioria dos idosos
diabéticos com excesso de peso conseguiu uma redução ponderal significativa. O acompanhamento periódico é de fundamental importância na
busca de um controle metabólico satisfatório, bem como de uma melhor
qualidade de vida do paciente diabético.
P-246 SEGURANÇA ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE PORTADORES DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIA
PAULA SIMPLICIO DA SILVA (IPEC/FIOCRUZ); CLAUDIA SANTOS DE AGUIAR
CARDOSO (IPEC/FIOCRUZ); CRISTIANE FONSECA DE ALMEIDA (IPEC/
FIOCRUZ); ADRIANA COSTA BACELO (IPEC/FIOCRUZ); RAQUEL ESPIRITO
SANTO (IPEC/FIOCRUZ); PATRICIA DIAS DE BRITO (IPEC/FIOCRUZ)
Introdução: O estado nutricional de pacientes hospitalizados influencia
a sua evolução clínica e tempo de internação. A desnutrição hospitalar
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
106
Suplemento Nutrição Clínica/2013
tem sido associada a complicações infecciosas, contribuindo para um
aumento significativo na morbidade e na mortalidade. A insegurança
alimentar, definida como a persistente falta de acesso a alimentos de
qualidade, em quantidade suficiente, está relacionada com aumento de
internação hospitalar e consequente desnutrição. Objetivo: O objetivo
desta pesquisa é avaliar a situação de segurança alimentar e estado
nutricional de pacientes portadores de doenças infecciosas e parasitárias
(DIPs) internados em hospital federal. Método: Este é um estudo descritivo
de corte transversal com portadores de DIPs. O projeto foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Para a avaliação da Segurança alimentar foi adotada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar
(EBIA). A avaliação do estado nutricional dos pacientes foi realizada pelo
índice de massa corporal (IMC) (OMS, 2004). A construção do banco de
dados e a análise estatística foram realizadas pelo Excel (Microsoft Corp.,
Estados Unidos). Resultados: Os dados são apresentados na forma de
média, desvio padrão e freqüências. Foram avaliados 384 pacientes, idade
43,8±15,2 anos, sendo 40,1% do sexo feminino e 59,9% masculino. Os
portadores de HIV/AIDS representaram 65,2% da amostra e outras DIPs
(doença de chagas, doença febril aguda, HTLV, tuberculose, hanseníase,
esporotricose e paracoccidioidomicose) 34.8%. Insegurança alimentar
foi encontrada em 46,6% dos pacientes. Quando avaliamos a segurança
alimentar de acordo com a doença infecciosa encontramos que 52,5% dos
portadores de HIV/AIDS apresentam insegurança alimentar, enquanto que
os portadores de outras DIPs apresentaram 36,4%. A avaliação nutricional
foi realizada em 342 pacientes, a maioria apresentou eutrofia, entretanto
30% apresentavam desnutrição. Conclusão: A prevalência de insegurança
alimentar foi elevada, sendo observada em todas as faixas de classificação do estado nutricional, evidenciando a necessidade de intervenção
nutricional precoce em portadores de DIPs. A determinação da situação
de insegurança alimentar nessa população poderá embasar propostas de
programas, ações de prevenção e recuperação nutricional, bem como a
implementação de políticas públicas específicas para os pacientes portadores de doenças infecciosas.
P-247 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICA DE PACIENTES
IDOSOS INTERNADOS NA CLÍNICA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL
PÚBLICO DE PERNAMBUCO
HELÂNIA VIRGINIA DANTAS DOS SANTOS (HOSPITAL MIGUEL ARRAES);
AMANDA MOREIRA DE ANDRADE (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); ELIZANGELA ALICE DE MELO GOMES SOARES (HOSPITAL MIGUEL ARRAES);
RAFAELLA DE ANDRADE SILVA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); IONÁ GALVÃO
DE AZEVÊDO (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); MILENA SANTOS SOUZA
(HOSPITAL MIGUEL ARRAES)
Introdução: Diante do quadro de envelhecimento da população brasileira,
da alta prevalência de desnutrição hospitalar associado às transformações
naturais do envelhecimento que tornam complexa a avaliação nutricional de
idosos. Objetivo: Avaliar o estado nutricional pré-operatório de pacientes
idosos. Método: Foi realizado um estudo transversal descritivo e analítico,
com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos com
parecer de nº 63041/2012. Todos os participantes assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com a resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde, autorizando a realização da mesma. Foram
avaliados idosos (&#8805; 60 anos), internados em uma enfermaria
de cirurgia geral. O estado nutricional foi avaliado até 48 horas da sua
admissão no pré-operatório, tomando por base os dados antropométricos
que incluíram peso, altura estimada pela altura do joelho (Chumlea, 1985)
e o índice de massa corporal (IMC), calculado a partir da fórmula: Peso/
(altura)² classificado conforme descrição de Lipschitz, 1994 e a circunferência da panturrilha (CP) classificada como adequada a circunferência
&#8805; 31cm para homens e mulheres (WHO, 1995). Os dados foram
digitados no programa Excel for windows, versão 2007. A análise estatística
foi realizada no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS),
versão 13.0, sendo considerado um p < 0,05 para rejeição da hipótese de
nulidade. Resultados: Os 49 idosos avaliados possuíam uma idade média
de 69,7 ± 7,5 anos (mínimo 60 e máximo 98 anos) sendo 59,2% do sexo
feminino. A avaliação nutricional antropométrica mostrou um IMC médio
de 23,8 ± 4,4 kg/m2 com uma prevalência de desnutrição em 46,9% (23)
pelo IMC e de 34,7% (17) pela CP, a média da CP foi de 32,4 ± 3,7cm.
Observou-se uma associação significativa do IMC com a CP (p = 0,001),
e com o sexo (p = 0,01), sendo o sexo masculino o que apresentou maior
índice de desnutrição, 70%. Conclusão: Apesar de todos os esforços a
elevada prevalência de desnutrição hospitalar, continua apresentando
dados alarmantes. A significativa associação do IMC com a CP é um achado
importante, uma vez que nem sempre é possível avaliar o peso e a altura
dos mesmos devido às limitações do envelhecimento. Além disso, a alta
incidência de desnutrição entre os pacientes do sexo masculino merece
um destaque importante.
P-248 SUPORTE NUTRICIONAL COM NUTRIÇÃO PARENTERAL EM
PACIENTE COM NEOPLASIA DE CÓLON
KAREN BEATRIZ BORGES DE OLIVEIRA DE OLIVEIRA (UFPB); SUELLEN
TAVARES PAULINO (UFPB); JOANNA DARC GOMES RODRIGUES SILVA
(UFPB); FILIPE RODOLFO MOREIRA BORGES DE OLIVEIRA (UFPB); RAQUEL
PATRICIA ATAIDE LIMA (UFPB); JESSICA VICKY BERNARDO (UFPB)
Introdução: O suporte nutricional via parenteral é indicado sempre que
o paciente estiver impossibilitado de usar a via enteral por um tempo
predefinido, podendo ser utilizada como apoio ou exclusivamente, para
aqueles casos em que o uso da via enteral é contra indicada. Este estudo
teve como objetivo aplicar o suporte nutricional em paciente crítico com
neoplasia de cólon, para melhoria do estado nutricional do paciente afim
de melhorar as condições críticas do paciente.Tratou-se de um estudo
clínico, realizado no Hospital Universitário Lauro Vanderley, por estudantes
de Graduação do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) e Nutricionistas do Hospital. Os resultados levantados no prontuário
médico apresentou que o paciente foi diagnosticado com neoplasia de
cólon, diarréia crônica e sepse, sendo ofertado a este paciente o suporte
nutricional parenteral. Concluindo que, Devido aos traumas normalmente
levarem o paciente a estados hipermetabólicos, e sabendo que a única
terapia capaz de suprir tais necessidades é a parenteral, esta foi ofertada
ao paciente e verificou-se, pela equipe multiprofissional, melhoria no
estado nutricional do paciente e redução do número de evacuações/dia.
P-249 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE CÁLCIO E INGESTÃO DA
VITAMINA D NUMA POPULAÇÃO DE UMA CIDADE DA REGIÃO DE
JUNDIAÍ, SP
ENARA AMÁDIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA);
TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); KATIA
CRISTINA GAMBINI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); DANILA
MARIANE PEREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); BRUNO
CARAMELLI (USP); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO
PADRE ANCHIETA)
Introdução: O cálcio é um nutriente essencial e necessário em funções
biológicas como a contração muscular, coagulação sanguínea, transmissão
do impulso nervoso ou sináptico e o suporte estrutural do esqueleto. Muitos
estudos têm demonstrado que o consumo de cálcio previne doenças
como a osteoporose, hipertensão arterial, obesidade e câncer de cólon.
A deficiência de vitamina D afeta diretamente a absorção de cálcio. A
vitamina D é produzida pela síntese cutânea, através da exposição solar,
e também pode ser adquirida pela ingestão de alimentos fontes desse
nutriente. Portanto, o baixo consumo de alimentos fontes de vitamina D e
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
107
Suplemento Nutrição Clínica/2013
insuficiente exposição solar podem interferir na absorção do cálcio. Objetivo: O objetivo geral foi avaliar a ingestão alimentar de estudantes de 6
a 10 anos de idade, seus pais e mães em duas escolas públicas de uma
cidade da região de Jundiaí-SP, através do recordatório 24 horas, por meio
efetuou-se o cálculo do cálcio e da vitamina D na dieta desta população.
Método: Foi aplicado recordatório 24h em cada indivíduo. Essa avaliação
foi feita para investigar ingestão de cálcio e vitamina D das crianças, pais
e mães. O cálculo foi realizado pelo software AVANUTRI versão 3.1.4.
Para avaliação da adequação quanto à ingestão de cálcio e vitamina D foi
utilizado a DRI (2002), como parâmetro de comparação. Resultados: A
avaliação foi realizada em 428 Crianças, 211 pais e 433 mães e pode-se
verificar que o consumo de cálcio encontro-se por 5,60% das crianças
acima do recomendado, 94,40% abaixo do recomendado e nenhuma
criança ingeriu adequadamente. Os pais consumiram o cálcio 5,20% acima
do recomendado, 94,80% abaixo e ninguém ingeriu adequadamente. As
mães ingeriram 4,41% do cálcio acima, 95,61% abaixo e nenhuma mãe
ingeriu adequadamente este micronutriente. O consumo da vitamina D
foi observado que 10,27% das crianças ingeriram acima, 87,86% abaixo
e 1,86 % adequado.O consumo de vitamina D pelos pais foi de 6,15%
acima, 93,35% abaixo e 0,50% adequado.As mães ingeriram a vitamina
D em proporções inadequadas, sendo que 4,84% acima, 94,91% abaixo e
0,23% apenas consumiu este micronutriente em quantidades adequadas
segundo a DRI, 2202. Conclusão: Todos os sujeitos do estudo apresentaram
consumo inadequado do cálcio e da vitamina D, sendo necessário a realização de trabalhos de intervenção e educação nutricional nesta população.
UNITERMOS: cálcio, vitamina D, ingestão alimentar.
P-250 NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D, CONSUMO ALIMENTAR E
OBESIDADE NO PÓS TRANSPLANTE TARDIO DE CÉLULAS TRONCO
HEMATOPOIÉTICAS
AMANDA CRISTINA DE OLIVEIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR);
EMMANUELLE DIAS BATISTA (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); CRISTIANE
PAVAN PEREIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); ANA CLÁUDIA THOMAZ
(HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL
DE CLÍNICAS - UFPR); DENISE JOHNSSON CAMPOS (HOSPITAL DE
CLÍNICAS - UFPR)
Introdução: A deficiência de vitamina D é um problema de saúde conhecido mundialmente e pode levar a alterações ósseas como osteoporose,
osteomalácia, fraturas e outras alterações metabólicas. O transplante de
células tronco hematopoiéticas (TCTH) pode aumentar o risco de deficiência
de vitamina D devido ao condicionamento, doença do enxerto versus
hospedeiro, restrição da ingestão alimentar, da atividade física e da exposição solar. A obesidade também pode ser fator de risco para deficiência
de vitamina D. Objetivo: Avaliar os níveis séricos de vitamina D no pós
TCTH, e sua correlação com o consumo alimentar e o IMC (Índice de Massa
Corporal). Método: Estudo retrospectivo incluindo pacientes com mais de
1 ano pós TCTH, maiores de 18 anos, do ambulatório de transplante de
medula óssea de um Hospital Universitário, no período de maio a setembro
de 2012. O estado nutricional foi determinado pelo IMC utilizando-se a
classificação da OMS (1998). Para a avaliação da ingestão de vitamina D
aplicou-se o recordatório alimentar de 24h. A adequação de consumo foi
baseada na RDA (Recommended Dietary Allowances). O valor sérico de
vitamina D (25OHD) foi considerado adequado quando acima de 30 ng/
dl. Os dados foram submetidos à análise estatística por meio dos testes
Qui-quadrado e Pearson, com nível de 5% de significância. Resultados:
A amostra foi composta por 32 pacientes, com idade de 34±10,3 anos,
sendo 52,9% mulheres (n=18). Com relação ao estado nutricional, 65,6%
pacientes eram eutróficos (n=21), 21,8% sobrepeso (n=7) e 12,5% obesos
(n=4). Todos os pacientes (100%) apresentaram ingestão inadequada de
vitamina D, com média de consumo de 1,35±3,5 mcg/dia. Apenas 18,7%
dos pacientes (n=6) apresentavam níveis sanguíneos adequados de vita-
mina D, com dosagem plasmática média de 20,6±9,07 ng/dl. Não houve
correlação significativa entre os níveis séricos de vitamina D e o consumo
alimentar (r=0,05; p=0,76) ou o IMC (r= -0,05; p=0,78). Conclusão:
Níveis séricos reduzidos de vitamina D foram observados na maioria dos
pacientes. Todos os pacientes possuiam baixa ingestão de vitamina D.
Portanto, não foi possível encontrar correlação dos níveis séricos de vitamina
D com o consumo alimentar e o IMC. É necessário orientação nutricional
destes indivíduos, visando a adequação da ingestão alimentar, prevenindo
a obesidade e doenças futuras.
P-251 EFEITOS POSITIVOS DA INTERVENÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL RELACIONADAS À TERAPIA
ENTERAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
FRANCINE GONÇALVES (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); AYRTON
ALVES ARANHA JUNIOR (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); JUANG
HORNG JYH (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); MAILA MARIANA
CRUCINSKI (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); CHEILA RAQUEL
WOLLINGER DE SOUZA (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); MARINA
YAMAMOTO (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA)
Introdução: A efetividade da participação da equipe multiprofissional de
terapia nutricional (EMTN) vem sendo demonstrada em diversos estudos. A
discussão multiprofissional dos casos internados, bem como a participação
efetiva de médicos, nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos no suporte
nutricional diário reduz de forma significativa complicações e custos relacionadas a terapia enteral, bem como o tempo de internamento dos pacientes.
Objetivo: O presente estudo tem por objetivos comparar os resultados
do uso de terapia enteral nos períodos prévios e posteriores à efetivação
da equipe multidisciplinar de terapia nutricional, avaliando complicações
gastrointestinais e mecânicas, porcentagem de volume infundido em relação
ao prescrito e custos. Método: Estudo retrospectivo de dados obtidos de
planilhas de acompanhamento do serviço de nutrição e dietética referente
a pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) adulto de um
hospital secundário e tratados com terapia nutricional enteral. As variáveis
avaliadas foram: causa e tempo de internação em UTI, via utilizada para
administração, fórmula utilizada, complicações mecânicas e gastrointestinais, volume prescrito e volume infundido. Foram comparados os períodos
prévios à instalação efetiva da EMTN (2008-2011), como sendo grupo I, e
posterior à mesma (2011-2013), como sendo grupo II. A análise estatística
foi realizada através dos testes ANOVA e t de Student.
Resultados: Comparando as causas de internação, a maioria dos pacientes
em ambos os períodos, foram insuficiência respiratória associada a broncopneumonia em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou sequela
de acidente vascular encefálico. Com relação à via utilizada, a nasogástrica
representou a maioria em ambos os grupos analisados (87% - grupo I e 90%
- grupo II), estatisticamente não havendo diferença significativa. Analisando
as complicações, tanto mecânicas quanto gastrointestinais, houve diferença
estatística significativa entre os grupos (P<0,05), onde o grupo II apresentou
menor freqüência. Comparando a porcentagem de volume prescrito versus
infundido, houve um aumento significativo após a efetivação da EMTN,
passando de uma média de 78% para 97%. Conclusão: A participação
efetiva da EMTN proporcionou melhora significativa no acompanhamento
aos pacientes críticos que recebem suporte nutricional através de dieta
enteral, com redução de perdas de volumes infundidos, o que proporciona
ao recebimento quase integral das suas necessidades calóricas e protéicas.
Isso também reflete na melhoria da assistência a saúde e na redução de
desperdícios com relação ao suporte nutricional.
P-252 TRIAGEM NUTRICIONAL EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
108
Suplemento Nutrição Clínica/2013
ANA PAULA LEÃO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); GICELE MENDES
CHAGAS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); CLARA MARIZE CARLOS
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG)
Introdução: Desnutrição hospitalar é um evento prevalente e está
associada a maior morbidade e mortalidade. Vários fatores colaboram
para esse desfecho na hospitalização: ação da doença de base e comorbidades, ingestão insuficiente, efeitos colaterais de medicamentos e
inatividade física. Identificação precoce desses fatores possibilita adoção
de melhor manejo nutricional e a triagem nutricional (TN) é capaz de
identificá-los de forma eficiente, direcionando os pacientes para um
atendimento nutricional individualizado. Objetivo: Caracterizar os
pacientes submetidos a TN classificados como risco nutricional (RN) nas
Unidades de Terapia Intensiva (TI) de um hospital universitário de Belo
Horizonte e identificar os principais motivos que levam estes pacientes ao
RN grave, assim como as patologias mais prevalentes. Método: Trata-se
de estudo transversal onde foram avaliados pacientes internados nas
unidades de TI (Centro de Terapia Intensiva e Unidade Coronariana)
do hospital, de março a agosto de 2012. O protocolo de TN utilizado
tem como referência o Nutritional Risk Screening (2002), que emprega
parâmetros antropométricos (peso, altura, circunferência do braço),
diagnóstico, avaliação da ingestão e história de perda de peso. O protocolo foi adaptado para pacientes críticos, visto que não há na literatura
ferramenta de TN específica para esta população. Considerou-se, para
classificação de RN grave, ausência de suporte nutricional por 72 horas,
baixa aceitação da dieta e presença de sintomas gastrintestinais que
comprometam a ingestão. Os resultados foram organizados em banco
de dados do Excel, versão 2007. Resultados: Foram triados, no período,
247 pacientes, 53,44% do sexo masculino e 46,56% do feminino. Foram
classificados como RN grave 36,84% dos pacientes, os quais foram
encaminhados para avaliação individualizada. Destes, 36,3% estavam
com dieta suspensa há pelo menos 72 horas; 56,04% apresentavam
ingestão diminuída (25-60% na última semana); 30,8% alegaram perda
de peso não intencional (últimos 3 meses) e 32% apresentavam sintomas
gastrintestinais que comprometiam a ingestão (vômitos e/ou diarréia)
na semana anterior à TN. As doenças mais prevalentes foram as cardiovasculares (46,15%), pós-operatório (PO) de ressecção de aneurisma
cerebral (12,09%), PO de troca valvar mitral (6,59%) e câncer (6,59%).
Conclusão: Através dos dados avaliados, observou-se a importância da
realização da TN para identificar precocemente pacientes em RN grave
na TI, uma vez que má nutrição é problema comum entre esses e pode
levar a pior prognóstico. O processo de identificação do RN através da
TN é efetivo, capaz de sinalizar, muitas vezes precocemente, pacientes
que poderiam beneficiar-se de terapia nutricional, minimizando complicações relacionadas à internação e à desnutrição.
P-253 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE FERRO, VITAMINA A E VITAMINA
C DE ESTUDANTES DE 6 A 10 ANOS DE IDADE.
ENARA AMÁDIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA);
TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); KATIA
CRISTINA GAMBINI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); DANILA
MARIANE PEREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); BRUNO
CARAMELLI (USP); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO
PADRE ANCHIETA)
Introdução: As anemias carenciais ocorrem por deficiência da
produção de eritrócitos, devido à falta de elementos essenciais para
sua formação e diferenciação. O Ferro apresenta-se sob duas formas
nos alimentos: heme (de origem animal) e não-heme (cereais e hortaliças). A absorção intestinal do Ferro envolve mecanismos complexos,
que necessitam da presença de substâncias facilitadoras e inibidoras.
O baixo consumo de vitamina C e Vitamina A são fatores dietéticos
que atrapalham a absorção e biodisponibilidade do Ferro da dieta
atuando diretamente em vários processos metabólicos no cérebro.
Desta maneira o consumo adequado do Ferro, Vitamina C e vitamina
A constituem estratégia de prevenção da anemia, principalmente na
fase escolar. Objetivo: O objetivo geral foi avaliar a ingestão de ferro,
vitamina C e vitamina A de estudantes de 6 a 10 anos de idade em
duas escolas públicas de uma cidade da região de Jundiaí-SP, através
do recordatório 24 horas. Método: Foi aplicado recordatório 24h em
cada indivíduo. Essa avaliação foi feita para investigar ingestão de
Ferro, vitamina C e vitamina A das crianças. O cálculo foi realizado
pelo software AVANUTRI versão 3.1.4. Para avaliação da adequação
quanto à ingestão de Ferro, vitamina C e vitamina A foi utilizado a
DRI (2002), como parâmetro de comparação. Resultados: A avaliação
foi realizada com 428 Crianças e observou-se que as crianças ingeriram o Ferro 29,22% acima, 69,40% ingeriu abaixo e 1,40% ingeriu
adequadamente. Em relação ao consumo de vitamina C verificou se
que 51,86% ingeriu acima, 48,13% ingeriu abaixo e nenhuma criança
ingeriu adequadamente. A ingestão da vitamina A foi 24,10% acima,
75,93% abaixo e ninguém ingeriu adequadamente. Conclusão: Todos
os sujeitos do estudo apresentaram consumo inadequado do Ferro,
vitamina A e Vitamina C, sendo necessário a realização de trabalhos
de intervenção e educação nutricional nesta população.
P-254 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DA FIBRA ALIMENTAR EM ESTUDANTES DE 6 A 10 ANOS DE IDADE.
ENARA AMADIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA);
TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); KÁTIA
CRISTINA GAMBINI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); DANILA
MARIANE PEREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); BRUNO
CARAMELLI (USP); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO
PADRE ANCHIETA)
Introdução: O consumo da fibra alimentar é considerado fator importante na prevenção e no tratamento da constipação. Tanto a fibra
insolúvel como também a solúvel, tem um possível papel na prevenção
de outras doenças, tanto do tubo digestivo como extra-digestivas. As
mudanças dos hábitos alimentares ocasionadas pelo desenvolvimento
das indústrias alimentícias, em especial os “fast foods” tem causado
grande preocupação e aumento da constipação, já que estes alimentos
são pobres em fibras e ricos em gorduras e sódio. Desta maneira o
consumo adequado da Fibra dietética constitui estratégia de prevenção
da constipação e saúde do trato gastro intestinal. Objetivo: O objetivo
geral foi avaliar a ingestão alimentar de estudantes de 6 a 10 anos de
idade em duas escolas públicas de uma cidade da região de Jundiaí-SP,
através do recordatório 24 horas, por este meio efetuou-se o cálculo da
fibra alimentar na dieta desta população. Método: Foi aplicado recordatório 24h em cada indivíduo para avaliação do micronutriente(fibra). Essa
avaliação foi feita para investigar a alimentação das crianças. Por meio
desse método, foi avaliado a ingestão de fibras alimentares. O cálculo
foi realizado pelo software AVANUTRI versão 3.1.4. Para avaliação da
adequação quanto à ingestão deste micronutriente foi utilizado a SBC
(2005), como parâmetro de comparação. Resultados: A avaliação foi
realizada com 428 Crianças e pode-se verificar que as crianças ingeriram
a fibra alimentar 21,04% acima, 77,10% ingeriu abaixo e 1,86% ingeriu
adequadamente, essa menor ingestão de fibra alimentar tem levado a
maiores índices de constipação intestinal, sendo um distúrbio comum na
população infantil. Conclusão: A maioria das crianças do estudo apresentaram consumo de fibras abaixo do recomendado, sendo necessário
a realização de trabalhos de intervenção e educação nutricional nesta
população, já que este nutriente é de fundamental importância no bom
funcionamento intestinal destas crianças. UNITERMOS: Fibra alimentar,
recordatório alimentar, constipação.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
109
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-255 CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICES DIETÉTICOS, COMPOSIÇÃO
CORPORAL E GASTO ENERGÉTICO DE REPOUSO DE MULHERES
JOVENS
RENATA ADRIELLE LIMA VIEIRA (UFOP); FERNANDA CAMPOS FREIRE (UFOP);
LÍDIA MARA GOMES HENRIQUES (UFOP); CRÍSSIA MARIA DE LIMA (UFOP);
ANA CAROLINA PINHEIRO VOLP (UFOP)
Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública e sua gênese
pode ser avaliada no âmbito da identificação do papel da dieta por meio da
análise do padrão alimentar. Este é verificado por vários índices dietéticos
que avaliam a qualidade da dieta de um indivíduo ou população. Objetivo: Avaliar a relação dos índices Contagem de Alimentos Recomendados
(CAR) e Escore da Diversidade da Dieta (EDD) com a composição corporal
de mulheres eutróficas e com excesso de peso. Método: Trata-se de um
estudo transversal realizado em indivíduos do sexo feminino, com idade
entre 18 e 35 anos. As voluntárias foram selecionadas segundo o índice
de massa corporal (IMC) e divididas em dois grupos: 1- eutrofia (IMC: 18,5
a 24,9kg/m2) e 2- excesso de peso (IMC: 26 a 35kg/m2). Dados sobre o
consumo alimentar foram obtidos por meio do questionário de frequência
de alimentos. Para o CAR adotou-se 1 ponto para cada alimento recomendado e consumido na última semana. O EDD, foi atribuído 1 ponto
para cada grupo de alimento consumido dentro das quantidades mínimas
estabelecidas. Seus escores variam entre 0 e 5, sendo 0 baixa diversidade
e 5 alta diversidade. A composição corporal foi avaliada por meio da
bioimpedância elétrica tetrapolar que determina porcentagem de gordura
corporal, massa magra e gasto energético de repouso (GER). Utilizou-se o
teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e a correlação de Pearson,
adotando-se um nível de significância de 5%. Para as análise estatísticas
utilizou-se o software PASW 18. Resultados: Estudo realizado com 22
voluntárias das quais, 68,2% pertenciam ao grupo 1 e 32,8% ao grupo
2. A idade média da amostra foi 24,1±3,6 anos. As médias obtidas para
IMC, massa magra, gordura corporal, GER, CAR e EDD foram 21,5±1,6kg/
m2, 41±4,2kg, 28,6±4%, 1245,5±130,7Kcal, 8,5±2,6 e 4,3±0,6,
respectivamente para o grupo 1. Já no grupo 2 observou-se 30,1±3,1kg/
m2, 51±6,6kg, 37,3±3,9%, 1555,2±195,3Kcal, 8,4±3,1 e 4,1±0,9,
respectivamente. Ao correlacionar EDD e CAR com as variáveis, apenas o
grupo 2 apresentou correlação negativa entre EDD, massa magra e GER
(r=-0,775, p=0,041 e r=-0,774, p=0,041, respectivamente).Conclusão:
Nesse contexto, observou-se que os indivíduos apresentaram uma dieta
diversificada, porém não necessariamente tal diversidade implicará no
aumento da massa magra e consequentemente no aumento do GER.
P-256 EMULSÕES LIPÍDICAS EM TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL:
UMA PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA
KAYO ALVES FIGUEIREDO (HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA); ILKA
DE CARVALHO BARROS (HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA); JÉSSICA
FREIRE DA SILVA (HOSPITAL REGIONAL NORTE)
Introdução: Em 1961, a utilização parenteral de emulsão lipídica (EL)
contendo óleo de soja foi um importate marco na história da terapia
nutricional parenteral (TNP). Em 1970, surgiram estudos sobre a ação
imunossupressora dessa EL, os quais motivaram o desenvolvimento de novas
formulações de EL para uso parenteral. Objetivo: Esta prospecção tecnológica objetiva realizar um levantamento nas principais bases de patentes de
novas formulações que contenham EL para TNP. Método: Foram obtidos os
pedidos de patentes depositados no últimos 20 anos nas seguintes bases
(até 07/2013): European Patent Office (EPO); World Intellectual Property
Organization (WIPO); United States Patent and Trademark Office (USPTO);
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) do Brasil. Foram utilizados
como descritores: Emulsão/Emulsion AND Nutrição parenteral/Parenteral
nutrition e Lipídeo/Lipid AND Nutrição parenteral/Parenteral nutrition. Através
da leitura exploratória dos títulos e resumos foram selecionados os pedidos
de patentes até o presente momento que contemplassem resultados de
desenvolvimento tecnológico de formulações de EL para TNP. Resultados:
Foram pré-selecionados 40 documentos com base nos critérios de inclusão
com a seguinte distribuição: INPI (1); EPO (9); USPTO (4); WIPO (26). Com a
exclusão das patentes repetidas, foram incluídas no estudo 16 documentos
com os seguintes anos de depósito: 2012 (5); 2011 (1); 2010 (2); 2008 (3);
Outros (5). Das patentes selecionadas, a grande maioria foi oriunda de
países americanos ou europeus: EUA (8); Alemanha (2); Canadá (1); Brasil
(1); Rússia (1); Outros (3). Com relação a sua composição, foram encontrados
os seguintes componentes como fonte de lipídeos: óleo de peixe (7); óleos
vegetais (6); triglicerídeos de cadeia média (TCM) (6); ácidos graxos poliisaturados ômega 3 (6) e ômega 6 (1); outros (7). Novas EL vem sendo desenvolvidas com outros óleos vegetais, como óleo milho, girassol, oliva, palma
e de argan, os quais podem conter vitaminas antioxidantes. Além dos TCM,
que já são adicionados às clássicas EL, algumas patentes relatam a adição
de ácidos graxos poliinsaturados, como os ácidos linoléico e alfa-linolênico.
Muitas formulações relatam indicações para tratamento e prevenção de
hepatopatias, tratamento de inflamações e de condições urêmicas, como as
nefropatias. Conclusão: Novas formulações de EL são importantes considerando o potencial de reações imunológicas das EL de primeira e segunda
geração. Outros óleos vegetais, assim como alguns óleos de peixe, vem se
consagrando como potenciais fontes de lipídeos para a TNP, tendo em vista
que estes contem constituintes com propriedades interessantes aos pacientes
críticos, como efeitos antioxidantes e antiinflamatórios.
P-257 CONTRIBUIÇÃO PARA FORMAÇÃO DE HÁBITOS HIGIÊNICOS
DE CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS PERIFÉRICAS DE BELÉM/PA
RAFAELA ALVES FERREIRA (UFPA); ANDREIA NAZARE SOUZA CARDOSO
(UFPA); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UFPA); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UFPA)
Introdução: A manifestação de maus hábitos higiênicos é comum em
crianças que ainda não possuem a noção de higiene, por não terem concretizados seus conceitos acerca de uma higienização e hábitos. O baixo poder
aquisitivo contribui significativamente para torná-los recipientes de patologias
infecto-contagiosas, pela falta de esclarecimentos sobre o assunto. Objetivo:
Orientar escolares para a formação de seus hábitos higiênicos, em particular,
aqueles relacionados à manipulação dos alimentos. Método: As ações foram
realizadas por meio de palestras de cunho ilustrativo, expositivo e explicativo;
com ou sem auxílio de equipamentos multimídia, dinâmicas de grupos (jogo
de pistas, soletramento com palavras-chave de temas das palestras; ‘quiz’
com as dúvidas mais frequentes sobre os temas); teatralização com fantoches;
exposição de recursos pedagógicos sobre educação nutricional. Resultados:
Os dados aqui registrados resultam de cinco ações nos meses de Maio a
Novembro de 2012, em escolas públicas estaduais (EE) e municipais (EM)
e em uma creche municipal (CM) que atingiram 444 estudantes da 2ª à 5ª
séries, de crianças de creche aos adolescentes do Ensino Fundamental de
escolas da periferia da cidade de Belém/PA. Conclusão: O esclarecimento
para criança sobre hábitos higiênicos e agentes infecciosos e parasitários
contribuirá para que se tornem adultos mais conscientes acerca de higiene,
oferecendo a possibilidade para conhecerem hábitos de higienização
adequados e promovendo a auto-prevenção de enfermidades ligadas aos
maus hábitos higiênicos.
P-258 ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO DE PACIENTES
TRANSPLANTADOS RENAIS ATENDIDOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE
RECIFE-PE
FLÁVIA ERIKA FELIX PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);
HELOÍSA MIRELLE COSTA MONTEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE); MARÍLIA TOKIKO OLIVEIRA TOMIYA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
110
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: O Transplante Renal é, atualmente, a melhor forma de
tratamento da insuficiência renal crônica terminal. No entanto, após o
procedimento podem surgir problemas e riscos nutricionais, entre eles,
desnutrição protéico-energética ou sobrepeso/obesidade. Assim, é de
grande valia conhecer-se os aspectos nutricionais que envolvem o paciente
transplantado, os quais podem ser evidenciados primeiramente por meio
da avaliação do estado nutricional. Objetivo: O presente estudo teve
como objetivo avaliar o estado nutricional antropométrico dos pacientes
transplantados renais, no período pós-operatório tardio, de uma instituição
do Recife-PE. Método: Foi realizado um estudo de coorte transversal e
descritivo com 21 pacientes adultos (38,9 + 10, 7 anos) que se encontravam
no período pós-operatório tardio de transplante renal. Na ocasião foram
mensurados o Índice de Massa Corporal (IMC), Prega Cutânea Tricipital
(PCT) e Circunferência do Braço (CB). Para análise estatística utilizou-se
o SPSS.13. Resultados: A média do IMC foi de 22.37 kg/m2 ± 3.518,
sendo 57,1% eutróficos, 28,6% com sobrepeso e 14,3% com desnutrição.
Segundo PCT (Média=12.75 mm ± 5.64), 81% dos pacientes estavam
desnutridos, destes 61,9% com desnutrição grave, 14,3% com sobrepeso/
obesidade e 4,8% com estado nutricional adequado. A média da CB entre
os participantes foi de 26.68cm ± 3.11, com 52,4% de desnutrição, 42,9%
de eutrofia e 4,8% de sobrepeso. Conclusão: A classificação do estado
nutricional dos pacientes transplantados renais através de medidas antropométricas mostrou que o IMC não se apresentou como um bom indicador
isolado, uma vez que definiu a maioria dos pacientes dentro da faixa de
normalidade, enquanto que a avaliação por outros parâmetros antropométricos como PCT e CB, mostrou que a maioria da amostra é classificada
como desnutrida. Portanto, percebe-se que o diagnóstico nutricional pode
variar de acordo com o tipo de indicador utilizado para essa finalidade,
devendo ser estimulado o uso de um conjunto de parâmetros de avaliação
nutricional para que se possa determinar com maior precisão a condição
nutricional do indivíduo.
correlação do IMC com Kt/V (r= - 0,40), PRU (r= - 0,35), HDL (r= - 0,28).
Conclusão: Embora a maioria dos pacientes encontrava-se com estado
nutricional adequado, a prevalência de desnutrição nessa população foi
elevada. Além disso, quanto maior o IMC melhor qualidade da diálise,
melhor percentual de redução da ureia e maior HDL.
P-260 A EVOLUÇÃO DO RISCO CARDIOMETABÓLICO EM PACIENTES
SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
EPIFANIO FEITOSA DA SILVA NETO (UFS); FABIANA MELO SOARES (UFS);
CAROLINE TRINDADE DA SILVA (UFS); THAMIRES FERNANDA SILVA
VASCONCELOS (UFS); KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA (UFS); MÁRCIA
FERREIRA CANDIDO DE SOUZA (HU/UFS)
Introdução: A obesidade atinge proporções epidêmicas, associada ao risco
cardiometabólico (RCM), conjunto de condições que favorecem o desenvolvimento da diabetes, hipertensão e dislipidemia. A cirurgia bariátrica
vem sendo considerada uma estratégia eficaz no tratamento da obesidade,
promovendo perda ponderal e sua manutenção em longo prazo, mediante
assistência nutricional, reduzindo assim as comorbidades. A redução da
mobimortalidade entre pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, se deve
em parte, à reversão do RCM. Objetivo: Investigar a evolução clínica dos
componentes do RCM em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, assistidos em nível ambulatorial. Método: Foram avaliados 47 pacientes de 18
a 60 anos de idade, assistidos pelo ambulatório de nutrição de um Hospital
Universitário do Nordeste, em 4 momentos distintos: inicial (na admissão),
na liberação para a cirurgia, e aos 3, 6 e 12 meses após a cirurgia. A
classificação do estado nutricional por meio do índice de massa corporal
(IMC) foi realizada utilizando as tabelas de referência da Organização
Mundial de Saúde (OMS). O RCM foi diagnosticado quando componentes
de risco estivessem presentes: diabetes, dislipidemia e hipertensão. Foram
coletadas do prontuário do paciente as medidas antropométricas (peso,
altura, circunferência do braço, circunferência da cintura, circunferência
abdominal e circunferência do quadril). Em razão do tamanho amostral
e distribuição das variáveis, foram adotados testes não paramétricos. Foi
utilizado o teste de W-Wilcoxon para comparar os diferentes momentos da
assistência nutricional. Para as variáveis categóricas foi utilizado o teste de
&#967;2-Qui-quadrado.Adotou-se o nível de significância estatística de 5%.
Resultados: Prevaleceu o sexo feminino, 72%; Na admissão todos os
pacientes tinham obesidade grau 3 e 12 meses pós cirurgia apenas 34,2%.
Aplicando a avaliação das comorbidades relacionadas à obesidade (ACRO)
na admissão, liberação para a cirurgia, pós-operatório (3,6 e 12 meses) foi
possível observar que na admissão 19,1% apresentaram diabetes, 61,7%
dislipidemia, 80,9% hipertensão e no pós-operatório de 12 meses apenas a
HAS chegou a 2,7% e os outros tiveram melhora em relação a esses índices.
Conclusão: Os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentaram
redução significativa do RCM de acordo com a ACRO, desde o pré-operatório até durante todo o período de pós-operatório.
P-259 ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES EM
DIÁLISE COM MARCADORES BIOQUÍMICOS E QUALIDADE DA DIÁLISE
ISABELA DARIÚ MACEDO (HU-UFJF); FABIANA DE FARIA GHETTI (HU-UFJF);
MARIA AMÉLIA RIBEIRO ELIAS (HU-UFJF)
Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um processo em que
ocorrem alterações nutricionais, metabólicas, hormonais e bioquímicas.
A desnutrição é uma complicação frequente em pacientes com DRC em
diálise, e marcador de mau prognóstico nesses pacientes. Objetivo:
Avaliar o estado nutricional de pacientes em diálise e sua correlação com
marcadores bioquímicos e qualidade da diálise. Método: Coletaram-se
dados antropométricos e bioquímicos dos prontuários de pacientes renais
crônicos dialíticos, de um Hospital Universitário. Para classificar o estado
nutricional, utilizou-se o Índice de Massa Corporal (IMC), segundo critérios
da OMS e Lipschitz para adultos e idosos, respectivamente. Os marcadores
bioquímicos avaliados foram albumina, hemoglobina, ferro sérico, ferritina,
cálcio, fósforo, potássio, ureia pré e pós diálise, percentual de redução
de ureia (PRU) proteína C reativa (PCR), colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, leucócitos, paratormônio. A qualidade da diálise foi
mensurada pelo Kt/V, cujo valor ideal recomendado pela National Kidney
Foundation Disease Outcomes Quality Initiative é superior a 1,2. Os dados
foram descritos em frequência e média±DP. Para correlacionar o estado
nutricional com os marcadores bioquímicos e Kt/V foi utilizada a correlação de Pearson, adotando-se p < 0,05 (SPSS 13.0). Resultados: Foram
avaliados 50 pacientes em diálise no período de julho de 2013, com idade
média de 54,1±15,5 anos, com mais de seis meses de tratamento dialítico,
sendo 54% do sexo masculino. A média do IMC foi de 22,9±4,2 kg/m²,
sendo que a desnutrição foi observada em 28% dos pacientes. A maioria
encontrava-se eutrófica (44%) e o sobrepeso e obesidade foi observada
em 22% e 6%, respectivamente. A média de Kt/V foi de 1,5±0,3. Houve
P-261 EFEITOS DO CONSUMO DA POLPA DE AÇAÍ SOBRE A
COMPOSIÇÃO CORPORAL, MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E ÍNDICES
DIETÉTICOS
RENATA ADRIELLE LIMA VIEIRA (UFOP); FERNANDA CAMPOS FREIRE
(UFOP); GILCE ANDREZZA DE FREITAS FOLLY (UFOP); CRÍSSIA MARIA DE
LIMA (UFOP); LÍDIA MARA GOMES HENRIQUES (UFOP); ANA CAROLINA
PINHEIRO VOLP (UFOP)
Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial relacionada, atualmente, a um processo inflamatório. A incidência de várias doenças crônicas
tem sido inversamente correlacionadas com as dietas ricas em polifenóis . O
açaí é um fruto que possui efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, entretanto, existem poucas evidências relacionadas ao seu potencial efeito sobre
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
111
Suplemento Nutrição Clínica/2013
a alteração na composição corporal. Objetivo: Avaliar o efeito do consumo
da polpa de açaí sobre a composição corporal, medidas antropométricas
e índices dietéticos em mulheres jovens, eutróficas e com excesso de peso.
Método: Trata-se de um estudo de intervenção nutricional com dois grupos
de voluntários do sexo feminino, um grupo eutrófico e outro com excesso de
peso, com idade entre 18 e 35 anos que receberam 200g de polpa de açaí
durante 30 dias. Foram realizadas medidas antropométricas, de composição
corporal por meio da bioimpedância elétrica tetrapolar e dietéticos, obtidos
pelo questionário de frequência de alimentos. Para o cálculo da contagem
de alimentos recomendados (CAR) adotou-se 1 ponto para cada alimento
recomendado e consumido na última semana. O escore da diversidade da
dieta (EDD) foi atribuído 1 ponto para cada grupo de alimento consumido
dentro das quantidades mínimas estabelecidas. Seus escores variam entre
0 e 5, sendo 0 baixa diversidade e 5 alta diversidade. Utilizou-se o teste de
normalidade de Kolmogorov-Smirnov e na comparação entre as médias foi
utilizado teste t-Student pareado adotando-se um nível de significância de
5%. Para as análise estatísticas utilizou-se o software PASW Statistics 18.
Resultados: Participaram 22 voluntárias, sendo 68,2% do grupo 1 e
32,8% do grupo 2. A idade média foi 24,1±3,6 anos. A diferença entre as
médias no período antes e após o consumo de açaí (delta) para índice de
massa corporal (IMC), circunferência da cintura, circunferência do braço,
pregas cutâneas tricipital, bicipital, subescapular, suprailíaca, massa magra,
gordura corporal, gasto energético de repouso, CAR e EDD não foi significativa para nenhum dos grupos. Conclusão: Nesse contexto, observa-se
que o consumo diário de 200g da polpa de açaí parece não interferir na
composição corporal, nas medidas antropométricas e na qualidade da dieta
após 30 dias de intervenção para esta população.
Introdução: Atualmente a cirurgia bariátrica é considerada uma forma
eficaz no controle e tratamento da obesidade. As técnicas cirúrgicas são
de caráter restritivo; disabsortivo ou misto. A técnica Fobi-Capella, mista,
é amplamente utilizada e considerada “padrão ouro”. O aumento do
número de cirurgias leva à preocupação com a ocorrência de deficiências
nutricionais em decorrência de baixa ingestão e comprometimento da
digestão e/ou absorção. Objetivo: Relatar o comprometimento grave
do estado nutricional no período pós-operatório tardio de cirurgia FobiCapella em paciente portadora de obesidade mórbida, com posterior
necessidade de reversão parcial da cirurgia. Método: Estudo retrospectivo,
com análise de prontuário da paciente NRS, 46 anos, com diagnóstico
anterior de obesidade mórbida (IMC= 52,9kg/m2). Resultados: A
paciente foi submetida à cirurgia de Fobi Capella em Março/2010. Após
dois anos foi internada em um Hospital Universitário, para investigação do
quadro clínico de anasarca. Durante a internação hospitalar foi diagnosticada como portadora de desnutrição proteica grave, tipo kwashiorkor, com
albumina sérica de 1,8mg/dl, e proteínas totais de 4,9mg/dl. Apresentavase hipocorada, com unhas quebradiças, alopecia e IMC= 24,99kg/m2.
Após alta hospitalar foi encaminhada para atendimento ambulatorial
multiprofissional. A paciente evoluiu com quadro clínico de síndrome
disabsortiva (hipoalbuminemia, diarreia e anasarca - com variação de
peso de 68, 95kg a 52,95kg em 1 mês), ocorrendo 3 internações hospitalares no período de 1 ano, para receber suporte nutricional. Durante
as internações foi ofertada dieta enteral semielementar, com aumento
de volume gradual, em bomba de infusão, e sonda em posicionamento
gástrico. Associou-se dieta via oral de consistência branda, hipolipídica,
com baixo teor de fibras insolúveis, isenta de lactose e sacarose. Diante
do importante e persistente quadro disabsortivo foi proposto cirurgia
para reinserção de alça intestinal de delgado ao trânsito alimentar. Este
procedimento foi realizado em Julho/2013, sendo acrescidos cerca de 100
cm de intestino delgado, anteriormente excluso, à porção funcionante.
Vinte dias após a cirurgia, a paciente apresentou boa evolução clínica,
com valor sérico de albumina de 2,42mg/dl, IMC=24,12kg/m2, redução
progressiva do edema e estabilidade da função intestinal. A paciente
mantém acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Pacientes obesos
submetidos a técnicas cirúrgicas mistas apresentam acentuada perda de
peso, porém pode haver grave comprometimento do estado nutricional.
A cirurgia e as condutas nutricionais devem ser realizadas de forma
criteriosa e individual, visando uma perda de peso saudável e evitando
carências nutricionais.
P-262 EDUCANDO PARA O CONHECIMENTO E A PREVENÇÃO DA
ANOREXIA EM ESCOLARES
RAFAELA ALVES FERREIRA (UFPA); ANDREIA NAZARE SOUZA CARDOSO
(UFPA); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UFPA); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UFPA)
Introdução: Transtornos alimentares são modificações relacionadas à
alimentação de um indivíduo. A anorexia é um dos transtornos alimentares
mais comuns em adolescentes do sexo feminino, responsável por uma perda
deliberada de peso, ocasionado por imagens distorcidas do próprio corpo.
Tudo se inicia pela busca da “forma perfeita” imposta pela mídia de moda,
que transforma as adolescentes reféns do que acham ser o ideal. Objetivo:
Orientar adolescentes para aspectos dos desvios dos hábitos alimentares
e a importância da manutenção de uma dieta alimentar sadia. Método:
A abordagem temática foi por meio de palestras de cunho ilustrativo,
expositivo e explicativo; com ou sem auxílio de equipamentos multimídia;
aplicação de dinâmicas de grupos (jogo de pistas, soletramento, ‘quiz’
com as dúvidas sobre os temas); exposição de recursos pedagógicos sobre
educação nutricional. Resultados: As ações de extensão, promotoras de
saúde, foram realizadas em escolas públicas da periferia de Belém/PA, no
período de Maio a Novembro de 2012, tanto em escolas públicas estaduais
(EE) e municipais (EM) para um público de 600 estudantes da 2ª à 5ª séries.
Conclusão: As atividades de esclarecimento e discussão com adolescentes,
sobre o transtorno alimentar da anorexia, ouvindo as experiências compartilhadas, contribuirá para que tomem cuidados com relação ao próprio corpo
e não se deixem levar pela mídia, acreditando ser aquele o padrão ideal.
P-264 CAUSAS PARA NÃO REALIZAÇÃO DE TRIAGEM NUTRICIONAL DIFEREM DAS CAUSAS PARA NÃO ATENDIMENTO NUTRICIONAL NO HOSPITAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO-BELO
HORIZONTE-MG
JOSÉ ADALBERTO LEAL (HOSPITAL DO IPSEMG); ERIKA SIMONE COELHO
CARVALHO (HOSPITAL DO IPSEMG); ADRIANA KELLER COELHO (HOSPITAL
DO IPSEMG); NATHÁLIA BITTENCOURT RODRIGUES LOPES (FACULDADE
NEWTON PAIVA); FABIANA RAMOS MARTINS GUERRA (FACULDADE UNIBH)
Introdução: A assistência nutricional beneficia-se do processo de triagem
nutricional na medida em que organiza o atendimento nutricional em função
do risco nutricional e da desnutrição, morbidade de alta prevalência e de
grande impacto no processo assistencial. Este trabalho objetivou analisar
os resultados dos indicadores de triagem e atendimento nutricional e
as causas-raízes apontadas em um hospital de grande porte. Método:
Avaliamos os pacientes triados com internação superior a 72 horas, em risco
nutricional e atendidos entre maio e julho de 2013. Resultados: Observouse no período avaliado um aumento do número de pacientes internados (5%)
e do número de pacientes em risco nutricional (3,54%), acompanhado da
redução do número de pacientes triados (2,2%) e atendidos (5,7%). Entres
as causas-raízes apontadas para a não realização da triagem destacaram-se
P-263 DESNUTRIÇÃO PROTEICA GRAVE EM PACIENTE EM PÓSOPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA COM POSTERIOR
REVERSÃO PARCIAL DA CIRURGIA
TATIANA MARTINS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); THAÍS
DUARTE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); ETELVINA MOSCA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); MARINA LOPES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); BIANKA REIS (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE UBERLÂNDIA)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
112
Suplemento Nutrição Clínica/2013
o tempo de internação<72 horas (40%), transferência (33,26%) e feriado
(14,33%). E a principal causa-raiz apontada como para não atendimentos
dos pacientes em risco nutricional foi demanda excessiva. Conclusões:
Os resultados demostram uma limitação na capacidade de triagem dos
pacientes internados e de atendimento dos pacientes em risco nutricional
e que as causas-raízes apontadas para não realização da triagem diferem
das do não atendimento nutricional.
THAMIRIS THATIELE R. DE MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE);
ELENICE DE OLIVEIRA SANTOS FILHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SERGIPE); MÁRCIA F. C. DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SERGIPE); DORIANE CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DE SERGIPE); TAYANE B. FREITAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE);
ADRIANA B. L. FONSECA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
Introdução: Crianças hospitalizadas apresentam um maior risco de desenvolver desnutrição, sendo necessário que a mesma seja detectada mais
precocemente e com maior precisão, por meio de métodos de fácil aplicação. Objetivo: Identificar a prevalência de risco nutricional em crianças
hospitalizadas. Método: Estudo transversal e descritivo, realizado em um
hospital universitário. Os dados dos pacientes foram coletados a partir dos
prontuários clínicos e protocolos de nutrição do hospital. Foram incluídas
no estudo as crianças que ficaram hospitalizadas por um tempo superior
a 24 horas, sendo avaliadas com menos de 48 horas de internação, no
período de abril a julho de 2013. A categorização final do grau de risco
nutricional foi feita através do instrumento de triagem de risco nutricional
infantil STRONGkids, que classifica o paciente em três níveis de acordo
com a pontuação obtida: baixo risco (escore 0), médio risco (escore de 1 a
3) e alto risco (escore de 4 a 5). Resultados: A amostra foi composta por
48 pacientes com média de idade de 4,66 ± 0,46 anos, sendo 62,5% do
gênero masculino, com tempo médio de internação de 8 dias. Os motivos de
internação mais frequentes foram: doenças infecciosas (43,8%), realização
de cirurgias eletivas (31,3%), anemia falciforme (12,5%) e diarréias (12,4%).
Na classificação de risco nutricional pelo STRONGkids foi observado que
45,8% das crianças apresentavam baixo risco nutricional, 39,6% médio
risco e 14,6% alto risco nutricional. Conclusão: Foi encontrada uma alta
prevalência de crianças em risco nutricional na população estudada. A
identificação do risco nutricional aliada à classificação do estado nutricional
do paciente pediátrico fornece informações essenciais para estabelecer a
conduta dietoterápica mais adequada, diminuindo assim, as complicações
intra-hospitalares e o tempo de hospitalização em pacientes infantis.
P-265 AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DE ESTUDANTES, SEUS PAIS E MÃES DE DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA
REGIÃO DE JUNDIAÍ – SP.
ENARA AMADIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA);
TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); KÁTIA
CRISTINA GAMBINI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); SUZANA
GONÇALVES BASCHIERA (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA);
BRUNO CARAMELLI (USP); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA)
Introdução: Há diversas classificações de gorduras, no qual o tipo que
compõe a dieta desempenha um papel importante no desenvolvimento
de muitas doenças, como as doenças cardiovasculares, diabetes melittus
e alguns tipos de câncer. Alguns estudos têm demonstrado haver uma
associação positiva entre a ingestão de gordura saturada e a prevalência
dessas doenças, bem como uma associação negativa com a ingestão de
gorduras insaturadas. Desta maneira o consumo adequado dos ácidos
graxos saturados, monoinsaturados e polinsaturados constituem estratégia
de prevenção da prevalência de doenças. Objetivo: O objetivo geral
foi avaliar a ingestão alimentar de estudantes de 6 a 10 anos de idade,
seus pais e mães em duas escolas públicas de uma cidade da região de
Jundiaí-SP, através do recordatório 24 horas, por este meio efetuou-se o
cálculo dos ácidos graxos na dieta desta população. Método: Foi aplicado
recordatório 24h em cada indivíduo para avaliação dos ácidos graxos.
Essa avaliação foi feita para investigar a alimentação dos pais e crianças.
Por meio desse método, foi avaliado a ingestão de fibras alimentares. O
cálculo foi realizado pelo software AVANUTRI versão 3.1.4. Para avaliação
da adequação quanto à ingestão dos ácidos graxos foi utilizado a SBC
(2005), como parâmetro de comparação. Resultados: A avaliação foi
realizada em 428 Crianças, 211 pais e 433 mães e verificou-se que as
crianças ingeriram 83,40% de gordura saturada acima do recomendado,
nenhuma criança ingeriu abaixo e 16,60% ingeriu adequadamente, a
gordura monoinsaturada foi consumida 16,11% acima, 0,23% ingerida
abaixo e 83,65% ingerida adequadamente e a gordura polinsaturada foi
27,56% ingeriu acima, 0,23% abaixo e 72,20% ingeriu adequadamente.
Os pais ingeriram da gordura saturada 82,95% acima, nenhum ingeriu
abaixo e 17,07% ingeriu adequadamente, sobre a gordura polinsaturada
44,10% ingeriu acima, nenhum pai ingeriu abaixo e 55,91% ingeriu
adequadamente, em relação a gordura monoinsaturada 33,16% ingeriu
acima, ninguém ingeriu abaixo e 66,82% ingeriu adequadamente. As mães
ingeriram 69,96% acima da gordura saturada, nenhuma ingeriu abaixo
e 30,02% ingeriu adequadamente, foi ingerida a gordura polinsaturada
26,01% acima, ninguém ingeriu abaixo e 74,12% ingeriu adequadamente,
e a gordura monoinsaturada foi consumida 14,07% acima, nenhum
ingeriu abaixo e 85,93% ingeriu adequadamente. Conclusão: A maioria
dos sujeitos do estudo apresentaram consumo inadequado das gorduras
saturadas e adequado das gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas,
sendo necessário a realização de trabalhos de educação nutricional, já que
é de fundamental importância para a saúde o consumo de quantidades
adequadas dos ácidos graxos.
P-267 DIARRÉIA NO PACIENTE EM TERAPIA NUTRICIONAL: ANÁLISE
DA INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO EM UM HOSPITAL DE MONTES
CLAROS.
EDNEI SILVA ANDRADE (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON GODINHO);
NADJA PACCELLI FROTA PEREIRA (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON
GODINHO); MICHELE ANTUNES DA SILVA (FUNDAÇÃO HOSPITALAR
DILSON GODINHO); DARDIANE GUIMARÃES PEREIRA (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON GODINHO); JANE SANTA ROSA (FUNDAÇÃO HOSPITALAR
DILSON GODINHO); ANTÔNIO SÉRGIO BARCALA JORGE (FUNDAÇÃO
HOSPITALAR DILSON GODINHO)
Introdução: O surgimento de diarréia durante a internação hospitalar é
evento comum, principalmente no doente crítico.Na prática clínica o uso de
Nutrição Enteral é amplamente apontado como fator de risco para diarréia.
Objetivo: Analisar a incidência de diarréia nos pacientes em Terapia Nutricional Enteral (TNE) e identificar seus fatores de risco, correlacionando a
TNE com o uso de procinético, bloqueador de bomba e antibiótico.Método:
Pacientes internados e acompanhados pelo serviço de nutrição num período
de 6 meses( janeiro e junho de 2013), totalizando 226 pacientes. Estudo
prospectivo baseado em dados clínicos registrados e monitorados de
prontuários da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional. Resultados:
A incidência de diarréia foi de 6,6% - 54 pacientes, sendo 33,3% do sexo
masculino, com idade média de 59,6 anos. Quanto ao número de dejeções
diárias, 55,3% dos pacientes apresentaram 3 dejeções, 29,4% 4 dejeções e
15,5%, mais que 5 dejeções. Verificou-se ainda que 62,9% desses pacientes
estava em uso de antibiótico, 64,8%,de inibidor de bomba de prótons e
85,5%, de procinéticos. Não houve, entretanto, associação estatística entre o
número de dejeções e o uso desses medicamentos (p:0,71; p:0,26; p:0,17,
P-266 PREVALÊNCIA DE RISCO NUTRICIONAL DETECTADA PELO
STRONGKIDS EM CRIANÇAS INTERNADAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
113
Suplemento Nutrição Clínica/2013
respectivamente). Houve entretanto significância estatística em relação à
ocorrência de diarreia e a via de administração da dieta (p:0,002); sendo
maior a incidência nos pacientes nutridos por sonda e ostomias (67,6%)
em relação à via oral (32,4%). Conclusão: A administração de dieta por
sonda ou ostomia foi o principal fator associado à diarréia neste estudo
mostrando a importância da preservação da fisiologia alimentar.
Introdução: Pacientes com menos de 45 anos e elevada quantidade de
massa livre de gordura parecem perder maior quantidade de peso após a
cirurgia bariátrica. Não está bem estabelecido se a perda de peso no préoperatório influencia na perda de peso após a cirurgia bariátrica. Objetivo:
O objetivo do nosso estudo foi analisar se a perda de peso pré-operatória
é um fator preditivo para o sucesso pós-operatório. Método: Estudou-se a
correlação entre a perda de peso antes e depois da cirurgia em 74 pacientes
submetidos ao bypass gástrico, com seis meses de acompanhamento. A
análise estatística foi realizada usando o teste de Wilcoxon. Resultados:
Setenta e quatro pacientes obesos grau 3 (61F/13M) com mediana de 39
anos (18-64) anos e mediana do índice de massa corporal pré-operatório
(IMC) 45,0 (34,6-60,1) kg/m2 foram incluídos. A perda média de peso préoperatória foi de 9,1 ± 6,42 kg e após seis meses de pós-operatório foi
de 25,7 ± 11,36 kg. Nós encontramos uma correlação significativa entre
a perda de peso pré e pós-operatória (r = 0,3, p <0,001). Conclusão:
Nosso estudo mostrou uma correlação positiva entre a mudança de peso
no pré-operatória e perda de peso pós-operatória em pacientes submetidos
ao bypass gástrico em Y de Roux.
P-268 IMPACTO DA PERDA PONDERAL E DA REDUÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL SOBRE A EVOLUÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO
E GLICEMIA DE JEJUM, EM PACIENTES CANDIDATOS À CIRURGIA
BARIÁTRICA.
EPIFANIO FEITOSA DA SILVA NETO (UFS); LAÍS PRISCILA CAVALCANTE
SANTOS (UFS); FABIANA MELO SOARES (UFS); PAULA GUIMARÃES DE
CARVALHO SOUZA (HU/UFS); MÁRCIA FERREIRA CANDIDO DE SOUZA
(HU/UFS)
Introdução: A obesidade é uma doença cuja prevalência atinge proporções epidêmicas, elevando o risco de doenças associadas ao sobrepeso e
à obesidade, tais como condições cardiometabólicas. A cirurgia bariátrica
vem se popularizando como uma forma de tratamento dessa condição nos
casos em que as opções de tratamento convencional não foram suficientemente eficazes. Ainda que esse percentual de perda ponderal esteja, muitas
vezes, aquém do desejado pelo paciente, ele é capaz de modi&#64257;car
favoravelmente diversas condições relacionadas à obesidade. A redução
de peso melhora a tolerância à glicose e o per&#64257;l lipídico, além
de poder melhorar os escores que avaliam a qualidade de vida. O objetivo do estudo foi analisar o impacto da perda ponderal e da redução da
circunferência abdominal sobre a evolução do perfil lipídico e glicemia
de jejum (GJ) em pacientes candidatos à cirurgia bariátrica. Tratou-se de
estudo transversal com acompanhamento de pacientes no ambulatório de
nutrição do Hospital Universitário, em dois momentos distintos: inicial (na
primeira consulta no ambulatório de nutrição) e final (antes da cirurgia).
Foram coletados dos prontuários os exames laboratoriais referentes ao
perfil lipídico (colesterol total (CT), HDL-c, LDL-c e triglicérides(TG)), GJ e foi
realizada a avaliação do peso corporal e da circunferência abdominal. Foi
realizado o teste “T” pareado para comparação dos dados iniciais e finais.
Avaliaram-se86 pacientes com média de idade 43,74 ± 10,26 anos. No
momento inicial foram observadas as seguintes medidas antropométricas:
peso médio 132,09 ± 27,37 kg, IMC 51,59 ± 10,96 kg/m² e CC 128,30
± 14,64 cm. Com relação ao perfil lipídico foram encontradas as seguintes
concentrações médias: CT 195,42 ± 37,10 mg/dL, LDL 122,89 ± 38,88
mg/dL, HDL 45,67 ± 11,45 mg/dL e TG 153,46 ± 82,97 mg/dL. Os resultados referentes à GJ foram: 106,84 ± 47,98 mg/dL. Após a intervenção
nutricional, os valores antropométricos foram: peso médio 123,69 ± 23.60
kg, IMC 47,98 ± 7.97 kg/m² e CC 1283,30 ± 14,46 cm. Com relação ao
perfil lipídico foram encontrados os seguintes valores no momento final:
CT 180,50 ± 33,78 mg/dL, LDL 111,50 ± 31,37 mg/dL, HDL 45,40 ±
9,41 mg/dL e TG 131,52 ± 58,04 mg/dL. A média final da GJ foi 98,41
± 42,35 mg/dL. Todos os parâmetros sofreram uma melhora significativa
(p<0,05), com exceção do HDL. A perda ponderal e as mudanças na
composição corporal induzidas pela intervenção nutricional auxiliaram na
promoção do controle lipídico e GJ dos pacientes estudados, mesmo em
curto período de avaliação.
P-270 IDENTIFICAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL ENTRE PACIENTES
ONCOLÓGICOS HOSPITALIZADOS: EXISTE MELHOR MÉTODO?
JULIANA MIGUEL (HOSPITAL DO IPSEMG); ERIKA SIMONE COELHO
CARVALHO (HOSPITAL DO IPSEMG); ADRIANA KELLER COELHO (HOSPITAL
DO IPSEMG)
Introdução: o estado nutricional de pacientes oncológicos hospitalizados
interfere na evolução clínica, uma vez que a desnutrição aumenta a
morbimortalidade e associa-se à piora do prognóstico. Objetivo: verificar qual dos métodos de triagem nutricional é mais adequado para
detectar risco nutricional em pacientes oncológicos. Método: trata-se de
um estudo observacional com coleta de dados retrospectiva de pacientes
oncológicos internados em um hospital público de Belo Horizonte, MG,
no período de Novembro de 2012 a Fevereiro de 2013. Foi realizada a
comparação entre as ferramentas de triagem nutricional ASG-PPP, NRS
e MNA em 33 pacientes com idade superior a 20 anos. Resultados: não
foram observadas diferenças estatísticas entre as ferramentas de triagem
nutricional avaliada para identificação de risco nutricional em pacientes
oncológicos. Conclusão: embora esse estudo não tenha demonstrado
diferença entre os métodos de triagem nutricional nota-se a importância
da aplicação deste instrumento na identificação de risco nutricional em
pacientes oncológicos.
P-271 SUPORTE NUTRICIONAL EM PACIENTES INTERNADOS EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE HOSPITAL FILANTRÓPICO DO
NORDESTE BRASILEIRO
P-269 PERDA DE PESO PRÉ-OPERATÓRIA: UM FATOR PREDITIVO DE
SUCESSO APÓS BYPASS GÁSTRICO
KARLA VANESSA GOMES DE LIMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ); LEILA VÍRGINIA DA SILVA PRADO
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA );
MIRELLA GONDIM OZIAS AQUINO DE OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA
INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ); ANA MONIQUE DAVID
DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO
FIGUEIRA ); LAÉRCIO MARQUES DA CRUZ NETO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ); ALINE FIGUEIROA
CHAVES DE ARAÚJO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA )
MELINA GOUVEIA CASTRO (HOSPITAL ESTADUAL MARIO COVAS);
MARIANA LURAGO (HOSPITAL ESTADUAL MARIO COVAS); FABÍOLA ISABEL
SUANO DE SOUZA (HOSPITAL ESTADUAL MARIO COVAS); LILIAN MIKA
HORIE (FACULDADE DE MEDICINA DA USP); DAN LINETZKY WAITZBERG
(FACULDADE DE MEDICINA DA USP)
Introdução: Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a taxa de desnutrição varia de 30 a 60%, sendo proveniente de alteração no metabolismo
dos diferentes substratos e ao déficit de nutrientes. O estabelecimento
do diagnóstico do estado nutricional precoce torna-se imprescindível
para a prescrição adequada de terapia nutricional. Objetivo: Traçar o
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
114
Suplemento Nutrição Clínica/2013
perfil nutricional dos pacientes em suporte nutricional, internados em
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto de Medicina Integral
Professor Fernando Figueira (IMIP), em Recife/PE. Método: Estudo
retrospectivo e observacional, envolvendo 43 pacientes, entre adultos
e idosos e de ambos os sexos. Os dados foram coletados das fichas de
acompanhamento nutricional do período de Janeiro à Julho de 2013.
As variáveis coletadas foram idade, gênero, procedência, peso, altura,
Índice de Massa Corporal (IMC), tipo e duração de suporte nutricional,
requerimentos nutricionais, adequação calórica e proteica e desfecho
clínico. Resultados: A amostra avaliada foi composta principalmente
por indivíduos adultos (67,4%), do sexo feminino (67,4%), procedentes
do interior do Estado (37,2%) e com patologias relacionadas ao sistema
cardiovascular (48,8%). A mediana de idade foi de 56 (40-64) anos e a
média do IMC foi de 24,66 ± 4,36 kg/m2. De acordo com IMC, apenas
7,7% dos adultos e 14,2% dos idosos apresentaram desnutrição. Grande
parte dos pacientes (95,34%) receberam suporte nutricional enteral e a
mediana de duração do mesmo foi de 4 (3–7) dias. A estimativa média
de caloria e proteína foi de 1707,68 ± 318,23cal e 77,72 ±16,29g,
respectivamente. A adequação calórica média foi de 85,69 ± 19,56% e a
protéica de 83,27 ± 19,80%. A incidência de mortalidade foi de 55,8%.
Conclusão: A desnutrição, embora bastante prevalente em UTIs, não foi
encontrada na nossa população de estudo. A oferta de caloria e proteína
esteve abaixo dos requerimentos estimados, o que pode influenciar a
longo tempo no estado nutricional dos pacientes.
ALINE RAFAELLY APOLÔNIO DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE);
BRUNA LÚCIA DE MENDONÇA SOARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE);
PATRÍCIA FORTES CAVALCANTE DE MACÊDO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UFPE); CÍNTIA MARIA DO NASCIMENTO GIBSON BARBOSA (HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA UFPE); JULIANA GONÇALVES TRIGUEIRO (HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA UFPE)
Introdução: Em situações de obesidade grave, a cirurgia bariátrica
tem configurado como o único tratamento para alcançar perda de peso
adequada e durável. Após o procedimento bariátrico, a redução do peso
é claramente visível, com consequente melhora das comorbidades e da
qualidade de vida. Uma perda de peso que se traduz como sucesso cirúrgico
deve atingir ao menos 50% do peso excedente no momento da cirurgia.
Objetivo: Avaliar a perda de excesso de peso em pacientes submetidos
à cirurgia bariátrica em um hospital universitário do Recife após um ano
do procedimento. Método: Estudo realizado com 201 pacientes adultos
e idosos, de ambos os sexos, submetidos à cirurgia bariátrica do tipo By
Pass Gástrico em Y de Roux, no período de 2003 a 2012. Foram coletados
dados do peso corporal do pré-cirúrgico e após um ano de cirurgia a partir
de fichas de acompanhamento ambulatorial. As medidas antropométricas
analisadas foram: Índice de massa corpórea (IMC), Excesso de Peso (EP),
perda de peso (PP) e percentual de perda do excesso de peso (%PEP). Os
dados foram tabulados no Excel e todas as variáveis registradas foram
expressas em percentuais, médias e desvio-padrão. Resultados: Dentre os
201 pacientes estudados, 83,67% foram do sexo feminino, com idade média
de 40,6 ± 10,23 anos. Os pacientes apresentaram, redução média do IMC
de 15,92 ± 4,7 Kg/m² e PP de 41,29 ± 10,96 Kg. Pelo critério utilizado
para classificação do sucesso da cirurgia (%PEP &#8805; 50), foi verificado
que 73,84% ± 16,97% dos pacientes obtiveram o sucesso esperado. As
reduções dos demais parâmetros analisados corroboram com dados da
literatura. Conclusão: Diante do exposto, pode-se dizer que a cirurgia
bariátrica pela técnica do Bypass Gástrico promove adequada redução do
peso corporal, em médio prazo, com significativa perda do excesso de peso.
P-272 ESTUDO COMPARATIVO DA EXPRESSÃO DE MARCADORES
INFLAMATÓRIOS ENTRE INDIVÍDUOS OBESOS, EUTRÓFICOS E
CAQUÉTICOS.
GISLAINE CÂNDIDA BATISTA JORGE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
MONTES CLAROS); ALANNA FERNANDES PARAÍSO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); JOÃO MARCUS OLIVEIRA ANDRADE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); JACIARA NEVES DE SOUSA
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); ANTONIO SÉRGIO
BARCALA JORGE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); SÉRGIO
HENRIQUE SOUSA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS)
P-274 CLASSIFICAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL DE PACIENTES
INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO PEDIÁTRICO SITUADO NO
ESTADO DA BAHIA
Introdução: A obesidade têm aumentado drasticamente em todo o mundo
e leva a inúmeros distúrbios metabólicos adversos, incluindo doenças
cardiovasculares, diabetes tipo 2, e algumas formas de câncer. Reconhecese agora que um estado inflamatório crônico, sistémico de baixo grau que
se desenvolve durante a obesidade pode estar relacionado ao desenvolvimento destas doenças. Vários marcadores inflamatórios produzidos pelo
tecido adiposo têm um papel chave na produção de disfunção metabólica
e altos niveis de citocinas circulantes participam nas vias de sinalização
da inflamação . Objetivo: Investigar a expressão da interleucina 6 (IL-6)
e o fator de necrose tumoral (TNF-&#61537;) em pacientes obesos,
eutróficos e caquéticos. Método: Um estudo transversal foi realizado
em uma população de 45 indivíduos adultos, nos quais foram divididos
em três grupos: 21 pacientes obesos, 12 eutróficos e 12 caquéticos. Foi
avaliada a expressão de TNF-&#945; e IL-6 no tecido adiposo visceral,
o qual foi obtido de cirurgias realizadas em uma instituição hospitalar
pública. As análises de expressão gênica foram realizadas pela técnica
de PCR quantitativo em tempo real (RT-PCR). Resultados: Os principais
resultados do estudo mostraram que os pacientes caquéticos e obesos
mórbidos apresentam significativo aumento de TNF-&#945; e IL-6 em
relação aos pacientes eutróficos (p= 0,03 e p= 0,00 respectivamente).
Conclusão: Observamos neste estudo que existe uma expressão elevada
destes marcadores em pacientes caquéticos e obesos, principalmente
nestes últimos , havendo uma tendência de uma maior expressão destes
marcadores nos pacientes do sexo feminino.
EDINEUSA DE JESUS FERNANDES (UFRB); LAIANA NASCIMENTO LOBO
(UFRB); MARIA DA CONCEIÇÃO MASCARANHAS VASCONCELOS (UFRB);
ALICE CAROLINA DA CRUZ SANTOS (HEC); TIARA LIMA OLIVEIRA (HEC);
JUDELITA CARVALHO (UFRB)
Introdução: A triagem nutricional se caracteriza como um instrumento
rápido e prático utilizado no ambiente hospitalar para identificar pacientes
em condição de risco nutricional, isto é, com risco aumentado de morbimortalidade em decorrência do estado nutricional. Objetivo: Classificar o risco
nutricional dos pacientes, na admissão hospitalar, através do StrongKids®,
em um hospital público pediátrico situado no estado da Bahia Método:
Estudo transversal, prospectivo, exploratório, realizado em um hospital
público pediátrico, situado no estado da Bahia. Para a classificação de risco
nutricional aplicou-se o instrumento de triagem STRONGKids (Screening
Tool for Risk of Nutrition Status and Growth). Foram incluídos no estudo,
todos os pacientes admitidos na emergência com idade variando entre um
mês de vida até os vinte anos incompletos, no período de maio a junho
de 2013. Foram excluídos os pacientes portadores de neuropatia, edema,
amputação de membros, para e tetraplegia, ou com diagnóstico clínico
ainda não definido. As informações complementares para classificação
do risco foram obtidas nos prontuários dos pacientes. Resultados: Participaram do presente estudo 42 pacientes; sendo 13 (31%) do sexo feminino
e 29 (69%) do sexo masculino. A idade dos pacientes idades variou entre
1 mês e 13 anos. Segundo a classificação do STRONGKids, 20 (47%)
P-273 AVALIAÇÃO DA PERDA DE EXCESSO DE PESO APÓS CIRURGIA
BARIÁTRICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
115
Suplemento Nutrição Clínica/2013
pacientes apresentaram o baixo risco nutricional, 21(50%) pacientes médio
risco e apenas 1 (2%) paciente foi classificado com alto risco nutricional.
Conclusão: A partir dos resultados obtidos neste estudo, observou-se que
a maioria dos pacientes admitidos foi classificada com risco nutricional
variando entre moderado e elevado e, por isso, devem ser submetidos à
avaliação nutricional para que seja possível classificar seu estado nutricional
e planejar a assistência nutricional com vistas à prevenção e/ou tratamento
precoce da desnutrição.
P-275 PERFIL NUTRICIONAL DE ADULTOS ADMITIDOS EM UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
KELLY CAVALHEIRO LACERDA (HU-UFJF); MARIA AMÉLIA RIBEIRO ELIAS
(HU-UFJF); LUCIANE DE FREITAS LIMA (HU-UFJF); FABIANA DE FARIA
GHETTI (HU-UFJF)
Introdução: Pacientes hospitalizados se encontram em situação de maior
vulnerabilidade, tornando o cuidado nutricional fundamental para o
sucesso terapêutico e para a redução da morbimortalidade. Objetivo:
Avaliar o estado nutricional de pacientes hospitalizados em um Hospital
Universitário. Método: A pesquisa foi realizada no período de maio a julho
de 2013. Os pacientes foram submetidos à triagem nutricional através de
uma adaptação do Nutritional Risk Screening (Rastreio de Risco Nutricional
2002 - NRS). As medidas de peso e altura foram realizadas com balança
digital antropométrica e régua acoplada à balança. A classificação do
Índice de Massa Corporal (IMC) foi definida por meio dos pontos de corte
preconizados pela OMS. Resultados: Foram avaliados 227 pacientes,
sendo 55,9% do sexo feminino, com idade entre 19 e 64 anos. A maioria
dos pacientes relatou a não existência de comorbidades (59,9%), dentre
os que relataram alguma comorbidade, 40 (17,6%) informaram diabetes,
21 (9,3%) hipertensão e 30 (13,2%) informaram ter ambas as comorbidades. A maior prevalência de comorbidades (64%) foi encontrada entre
as mulheres. Segundo o IMC 41% dos pacientes apresentaram eutrofia,
32,2% sobrepeso, 22,5% obesidade e 4,4% baixo peso. Dentre os pacientes
com baixo peso, 90% eram mulheres. De acordo com o NSR, 38,8%
dos pacientes apresentaram algum grau de risco nutricional. Dentre os
pacientes com risco, 60% eram do sexo feminino. O risco nutricional
leve (25,6%) foi mais prevalente entre os pacientes, quando comparado
aos demais graus de risco. Conclusão: Embora a maioria dos pacientes
encontrava-se em estado de eutrofia no momento da admissão hospitalar,
a triagem nutricional revelou elevado percentual de risco nutricional,
sendo este mais prevalente entre as mulheres.
P-276 ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES ADMITIDOS EM UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PÚBLICO
LAURA MATA DE LIMA SILVA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO
DE PERNAMBUCO); ANA CAROLINA SALES DOS SANTOS (HOSPITAL DOS
SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); MILENA DAMASCENO DE
SOUZA COSTA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO
ESTADO DE PERNAMBUCO)
Introdução: A doença grave ou crítica refere-se a condições clínicas ou
cirúrgicas diversas que apresentam risco à vida e que, em sua maioria,
exigem internação em unidades de terapia intensiva (UTI). Nesses pacientes,
a depleção nutricional é frequente devido ao estado de hipermetabolismo
instalado em resposta ao estresse, o que influencia na evolução clínica.
Além disso, nutrição inadequada aumenta o risco de morbimortalidade.
Dessa forma, é importante fazer a avaliação nutricional para que haja uma
intervenção dietoterápica mais direcionada e efetiva. Objetivo: Avaliar o
estado nutricional de pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva
de um hospital público. Método: Estudo transversal e retrospectivo realizado
com pacientes de ambos os sexos, admitidos na UTI de um hospital público,
de abril a julho de 2013. Foram considerados dados antropométricos como
peso atual e altura e, quando não foi possível coletá-los, os mesmos foram
estimados pelas fórmulas de Lee e Niemann (1995) e Chumlea (1994),
respectivamente, considerando sexo, idade e raça. Para a classificação do
Índice de Massa Corporal (IMC), foram utilizados os pontos de corte da
Organização Mundial de Saúde (OMS, 1995) para adultos, e Lipzchitz (1994)
para idosos. A circunferência do braço (CB), foi classificada segundo Blackburn & Thorton (1979), e a circunferência da panturrilha (CP), de acordo
com a classificação da OMS (1995) para idosos. Foram excluídos pacientes
maiores de 80 anos, devido a inadequação da fórmula para estimar o peso
e àqueles sem condições para aferição da CB e CP. Resultados: A amostra
foi composta por 23 pacientes com idade média de 71,13 (±8,69 anos),
sendo 52,2% do sexo masculino. Quanto ao IMC, 52,2% eram eutróficos,
34,8% desnutridos e 13% tinham excesso de peso. De acordo com a classificação de CB, 26,1%, 21,7% e 4,3% foram classificados em desnutrição
moderada, leve e grave, respectivamente. Em relação à classificação de
CP, 21 pacientes idosos foram avaliados (91,3%), evidenciando uma alta
prevalência de desnutrição (52,4%). Conclusão: A alta prevalência de
desnutrição em pacientes críticos é extensamente evidenciada na literatura,
corroborando com a importância da associação de métodos na avaliação
antropométrica, a fim de propiciar condutas dietoterápicas adequadas à
condição clínica e ao estado nutricional.
P-277 ADIPOSIDADE CORPORAL: UM FATOR DE INTERFERÊNCIA NA
ESTIMATIVA DA FUNÇAO RENAL
ADNA JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);
RENATA REIS DE LIMA E SILVA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); MILENA
CAROLINE TERTULIANO DE LIMA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);
MARINALDO FREIRE LUSTOSA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); LARISSA
PESSOA VILA NOVA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); CLÁUDIA PORTO
SABINO PINHO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)
Introdução: A estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG) pela
equação de Cockcroft e Gault (CG) (1976) em pacientes com excesso de
peso tende a proporcionar resultados errôneos, pois a massa adiposa,
não produtora de creatinina, distorce o resultado. Objetivo: Avaliar a
influência do excesso de peso na estimativa da função renal pela equação
CG em uma população de cardiopatas. Método: Estudo transversal com
pacientes internados em hospital cardiológico que tiveram dosagem de
creatinina sérica entre Fevereiro de 2011 e Junho de 2013. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade >18 anos e diagnóstico de
excesso de peso segundo Índice de Massa Corpórea (IMC) (IMC > 24,9
kg/m² para adultos e > 27 kg/m² para idosos). Foram excluídos aqueles
com diagnóstico prévio de doença renal. Foi estimada a TFG utilizando-se
a fórmula de CG, e comparados esses resultados com aqueles obtidos
pela aplicação a esta fórmula do fator de correção para excesso de peso
proposto por Saracino et al.(2004): (CG corrigida= CG x [1,25– {0,012
x IMC}]). Foi considerada disfunção renal quando TFG <60mL/min. Os
dados foram analisados no programa SPSS 13.0. Para todas as análises
considerou-se significativo p<0,05. Resultados: Foram avaliados os
dados de 182 indivíduos, com média de idade de 58,4 (±13,7) anos,
sendo 51,1% homens. De acordo com a equação de CG e a equação CG
corrigida, a função renal diminuída prevaleceu em 14,8% e 20,3% dos
pacientes, respectivamente (p<0,001). Portanto, 5,5% (n=10) dos indivíduos avaliados não seriam identificados com disfunção renal utilizando-se
a equação CG sem o fator de correção. A concordância da classificação da
TFG pelas duas equações indicou um índice Kappa de 0,54. Conclusão:
Um percentual significativo de pacientes deixaria de ser considerado com
disfunção renal quando a equação de estimativa de função renal não é
corrigida considerando-se o IMC, comprometendo a adoção de medidas
preventivas e terapêuticas.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
116
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-278 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ORIENTAÇÃO PARA PREVENÇÃO
DO TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR
a Sepse ou Choque Séptico (25%). O peso médio da amostra foi 55,96 ±
15,96 kg e a média de IMC 18,21 ± 4,69 Kg/m2 (Baixo Peso). Os valores
médios de CB foram 25,45 ± 4,73 cm (< p5) e da CP foram 29,46 ± 5,11
cm (desnutrição). Com relação às variáveis bioquímicas foram encontrados
baixos valores médios de Hemácias (3,58 ± 0,63 106/mm3), Hemoglobina
(10,45 ± 1,87 g/dL), Hematócrito (32,87 ± 5,53%), Linfócitos Totais (1485
± 710,23 /mm3). Conclusão: A identificação do perfil geral do paciente
é essencial para estabelecer a prescrição dietética mais adequada, sendo
que esta deve ser baseada nas patologias e comorbidades apresentadas,
estado nutricional e avaliação bioquímica do mesmo.
ANDRÉIA DE NAZARÉ SOUZA CARDOSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARÁ - UFPA); RAFAELA ALVES FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARÁ - UFPA); DAVID AMÉRICO DE ASSUNÇÃO JÚNIOR (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARÁ - UFPA); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARÁ - UFPA); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO PARÁ - UFPA)
Introdução: A compulsão alimentar é caracterizada pela grande ingestão
de alimentos, em curto período de tempo sendo, onde o indivíduo perde
o controle sobre o comportamento alimentar, mesmo tendo conhecimento
sobre as consequências do mesmo. A alimentação saudável é caracterizada por ser acessível física e financeiramente, variada, harmônica em
quantidade, qualidade e segurança. Objetivos: Orientar para a alimentação saudável e escolhas mais adequadas, em casos de transtorno da
compulsão alimentar e suas conseqüências físicas e psíquicas. Método:
As atividades de educação em saúde foram realizadas em nove escolas
públicas da periferia e do centro de Belém/PA, por meio de palestras de
caráter explicativo-expositivas, acerca do tema discutido e esclarecimentos
de dúvidas manifestadas pelos alunos. Resultados: As palestras continham
informações necessárias sobre o distúrbio compulsivo alimentar e os danos
à saúde por ele desencadeados e orientações a respeito da alimentação
saudável, principalmente para indivíduos passíveis a alimentar-se compulsivamente. O público alvo foi de 600 estudantes de escolas públicas estaduais
e municipais, atingindo crianças e adolescentes do Ensino Fundamental e
estudantes da Educação de Jovens e Adultos, entre os meses de Maio e
Novembro de 2012. Conclusão: Os estudantes participaram ativamente,
com perguntas sobre as patologias e relatos de experiências. Orientou-se
para a busca de auxílio de equipe multiprofissional, principalmente, do
acompanhamento psicológico e de aconselhamentos dietéticos, para que as
pessoas saibam melhor lidar com as suas frustrações e ansiedades e possam
mudar os maus hábitos ocasionados pelo distúrbio da compulsão alimentar.
P-280 REGANHO DE PESO APÓS CIRURGIA BARIATRICA EM UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE
ALINE SILVA (HC/UFPE); MARLA MARTINS (HC/UFPE)
Introdução: Os resultados da cirurgia bariátrica compreendem a redução
de peso massiva associada à melhora ou remissão de comorbidades,
além de um impacto positivo na qualidade de vida. Apesar dos resultados
favoráveis, a perda ponderal sustentada nem sempre é uma realidade, e
algum reganho de peso é comumente observado pelas equipes de saúde,
especialmente após 24 meses da cirurgia, podendo comprometer os benefícios alcançados. Objetivo: Investigar o reganho de peso após a cirurgia
bariátrica. Método: Estudo transversal, que avaliou dados coletados de 143
indivíduos, acompanhados no ambulatório de cirurgia bariátrica do Hospital
das Clínicas de Pernambuco entre o período de 2003 a 2013. Estimou-se a
prevalência de indivíduos com reganho de peso, sua evolução antropométrica, e tempo de cirurgia. O reganho de peso foi calculado em percentual
de ganho de peso relativo ao menor peso pós-operatório registrado na
ficha de acompanhamento. Os dados foram tabulados no Excel e todas as
variáveis registradas. Resultados: Entre os pacientes avaliados, a média do
menor IMC=31,3 kg/m² e o tempo médio de cirurgia para início do reganho
de peso foi de 32 meses. Dentre a amostra, 34,9% apresentaram reganho
de peso, em média 6,62kg (7,81% de reganho do peso) e reganho de IMC
médio de 2,57kg/m2. Conclusão: O reganho de peso foi prevalente nesta
amostra estudada. O maior tempo de cirurgia pode ser considerado um fator
de risco para o reganho de peso, além da má qualidade da alimentação e
estilo de vida. Estes resultados sugerem a necessidade de monitoramento
clínico ao longo do pós-operatório e cuidado especialmente voltado ao
padrão alimentar e estímulo a um estilo de vida saudável.
P-279 PERFIL DE PACIENTES EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL
ENTERAL ASSISTIDOS PELO SUS
THAMIRIS THATIELE RODRIGUES DE MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SERGIPE); ELENICE DE OLIVEIRA SANTOS FILHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DE SERGIPE); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); DORIANE CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); REBECA R. ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE); SIEUNE ROBERTA A. G. SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DE SERGIPE)
P-281 ORIENTAÇÃO DE ESCOLARES PÚBLICOS SOBRE A IMPORTÂNCIA
DA HIDRATAÇÃO CORPORAL PARA A SAÚDE
MYLENNE CADIM FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); DAVID
AMÉRICO DE ASSUNÇÃO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);
MICHEL QUARESMA RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);
ANA CAROLINE BARBOSA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARÁ); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);
RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Introdução: A Terapia nutricional enteral (TNE) tem se mostrado uma
alternativa terapêutica cuja prescrição é um processo complexo, que implica
em conhecimento preciso do perfil geral do paciente. Objetivo: Identificar
o perfil de pacientes críticos em uso exclusivo de suporte nutricional enteral.
Método: Estudo transversal e descritivo, realizado em dois hospitais públicos
da cidade de Aracaju, Sergipe, Brasil. Os dados dos pacientes foram
coletados a partir dos prontuários clínicos e protocolos de nutrição dos
hospitais. O critério de inclusão foi o uso exclusivo da Terapia Nutricional
Enteral (TNE) e o critério de exclusão foi o tempo de hospitalização inferior
a 7 dias. A classificação do estado nutricional foi feita a partir do IMC e das
circunferências do braço (CB) e panturrilha (CP). O peso e a estatura foram
estimados pela fórmula de Chumlea. Resultados: A amostra foi composta
por 30 pacientes com média de idade de 46,96 ± 18,46 anos, sendo 54,8%
do gênero masculino. Os diagnósticos mais frequentes foram o Traumatismo Crânio-Encefálico (35,5%), o Acidente Vascular Encefálico (29,0%) e
a Hipertensão Arterial Sistêmica (23%). As comorbidades mais frequentes
foram a Insuficiência Respiratória (38%), as Úlceras de Decúbito (35%) e
Introdução: A contribuição da educação formal para socialização de conhecimento sobre educação em saúde para a população é inegável e as instituições de ensino têm uma responsabilidade social nesse contexto. Objetivo:
Introduzir dinâmicas interativas nas ações voltadas para os esclarecimentos
acerca da hidratação corporal e outras medidas preventivas em saúde para
os estudantes de escolas públicas periféricas de Belém/PA. Método: Na
consecução dos objetivos foram proferidas palestras explicativas interativas,
sem o auxílio recursos multimídia, enriquecidas por meio de dinâmicas
interativas (soletrando, ‘quis’, jogo das pistas e rodas de conversa), contando
com a participação de todos os alunos presentes nas atividades. Resultados:
As ações foram realizadas no período de Maio a Dezembro de 2012, com
900 estudantes de escolas públicas, municipais e estaduais, em diferentes
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
117
Suplemento Nutrição Clínica/2013
níveis de escolaridade, desde a Educação Infantil até Educação de Jovens
e Adultos e Educação Profissional. Conclusão: A introdução de dinâmicas
nesses eventos contribuiu para melhor assimilação dos conteúdos apresentados, pois a transmissão e a socialização do conhecimento tornaram-se
mais prazerosas, com grande interação do público participante com a equipe
responsável pela ação. Ou seja, as dinâmicas mostraram ser uma estratégia
eficaz em educação em saúde, como método de entretenimento educativo
que estimula a participação pró-ativa do público.
P-282 PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DE NEONATOS PREMATUROS
INTERNADOS EM UMA UTI/UCI NEONATAL
ALINE RAFAELLY APOLÔNIO DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); MARYANE
GABRIELA TAVARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO HC/UFPE); GERLANE QUERCIA DE FREITAS FRANÇA
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
HC/UFPE); DENISE SANDRELLY CAVALCANTI DE LIMA (HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE)
Introdução: O parto prematuro e o retardo do crescimento intrauterino são
os dois processos básicos que contribuem para o nascimento de crianças
com baixo peso. Pode-se constatar um progressivo risco de morbidade e
mortalidade quanto menor for o peso do nascimento. Entre as complicações associadas ao baixo peso destacam-se as infecções neonatais, a
síndrome do desconforto respiratório (SDR), os distúrbios metabólicos, a
enterocolite necrosante (ECN), a persistência do canal arterial (PCA) e, em
longo prazo, o desenvolvimento de displasia broncopulmonar (DBP), uma
das complicações crônicas mais importantes em prematuros sobreviventes.
Objetivo: descrever o perfil clínico e nutricional dos recém-nascidos prétermos internados em uma UTI/UCI neonatal de um Hospital Universitário
do Recife. Método: Estudo transversal, onde foram incluídos recém-nascidos
pré-termos (RNPT), de ambos os sexos, internados na UTI/UCI neonatal
de um Hospital Universitário do Recife, no período de maio a julho de
2013. Para a coleta de dados, foi utilizado um banco de dados, elaborado a partir de informações contidas no prontuário dos RNs. As variáveis
registradas foram: Idade gestacional (IG), peso ao nascimento, sexo e
diagnóstico. Analisaram-se os dados pelo programa Epi Info e SPSS versão
20. Resultados: De um total de 43 RNPT, 53,5% eram do sexo masculino,
com média da idade gestacional de 32±4,0 semanas e peso médio ao
nascimento 1948±827g. Em relação ao perfil nutricional, 79,1% tinham
peso adequado para idade gestacional (AIG), 16,3% pequenos para idade
gestacional (PIG) e 4,6% grandes para idade gestacional (GIG). As principais doenças e complicações observadas no período de internação foram:
síndrome do desconforto respiratório (32,5%), possibilidade de infecção
inespecífica (27,9%), sepse (20,9%), broncodisplasia (16,2%), persistência
do canal arterial (9,3%), e enterocolite necrosante 2,3%. Conclusão: Dessa
forma, podemos observar que apesar do avanço científico e tecnológico
empregados em Unidades Neonatais, ainda é muito prevalente a presença
de prematuridade e baixo peso ao nascer com consequentes morbidades.
Sugere-se que novos estudos sejam realizados, já que a sobrevida dessas
crianças está relacionada à assistência e a prevenção de complicações.
P-283 INFLUÊNCIA DO GÊNERO SOBRE O CONSUMO DE DOCES,
REFRIGERANTES E FAST-FOODS DE FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE
SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE)
RENATA MESQUITA LEAL (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO –
UFPE); NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO – UFPE); JÉSSICA CRISTINA GUEDES LIMA DA SILVA (CURSO DE
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); FERNANDA CRISTINA DE LIMA PINTO
TAVARES (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE ); LEOPOLDINA AUGUSTA
SOUZA SEQUEIRA DE ANDRADE (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE
); POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE )
Introdução: O processo de transição nutricional no Brasil é marcado
pelo aumento do consumo de alimentos com alta densidade energética
como biscoitos e refrigerantes e diminuição do consumo de alimentos
ricos em fibras. Objetivo: Avaliar a influência do gênero sobre as práticas
alimentares de funcionários da área de saúde da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE) quanto a freqüência de consumo de doces, refrigerantes
e dois tipos de fast-foods, hambúrguer e batatinha frita. Método: Trata-se
de um estudo de caráter transversal onde foram avaliados 267 indivíduos.
Com o objetivo de identificar o consumo de alimentos descritos acima foi
aplicado um Questionário de Freqüência Alimentar (QFA), desenvolvido e
validado para o estudo da dieta e doenças não transmissíveis. A construção
do banco de dados e a análise estatística foram realizadas no programa
Epi-info, versão 6.04. Para verificar associações entre as variáveis dicotômicas, foi aplicado o teste do qui-quadrado com correção de Yates e
o Teste de Fisher. Resultados: Dos funcionários analisados 135 (50,6%)
eram do sexo masculino, com média de idade em torno de 43 anos. As
mulheres apresentaram maior nível de escolaridade (p=0,0000) e maior
faixa etária (0,0043) quando comparada aos homens. Aproximadamente
60% da amostra estudada apresentaram excesso de peso, não sendo encontrado diferencial significante entre os sexos. Foi constatado um consumo
elevado de doces entre os entrevistados, com 62,2% dos homens e 66,7%
das mulheres (p=0,1697) ultrapassando a recomendação de ingestão
máxima de 2 porções/dia. O consumo diário de refrigerantes também foi
bastante elevado, sendo evidenciado em mais de 60,0% da amostra sem
diferencial significante entre os sexos (p=0,3564). Por outro lado o consumo
de hambúrguer e batata frita foi baixo, sendo relatado como “ocasional”
por cerca de 85,8% da amostra, também sem diferencial significativo por
gênero. Conclusão: Apesar de não ter sido evidenciado associação entre
as práticas alimentares avaliadas e o gênero, os resultados para a amostra
como um todo, demonstram a necessidade de intervenção e orientação
nutricional para esse grupo, com enfoque no estímulo ao consumo de uma
alimentação saudável.
P-284 CORRELAÇAO E CONCORDANCIA ENTRE INDICE DE RISCO
NUTRICIONAL E INDICE DE PROGNOSTICO NUTRICIONAL DE
ONODERA
DARLA SILVERIO MACEDO (UFPR); RUBIA DANIELA THIEME (UFPR);
CARYNA EURICH MAZUR (UFPR); MARIA ELIANA M. SCHIEFERDECKER
(UFPR)
Introdução: Estudos sugerem que 30 a 55% dos indivíduos hospitalizados estão desnutridos ou possuem risco de desnutrir. Alterações do
estado nutricional são relacionadas a diversos agravos à saúde e complicações. Em busca de diagnóstico acurado de alterações nutricionais,
diferentes índices foram desenvolvidos. O Índice de Risco Nutricional
(IRN) utiliza valores de albumina sérica e percentual de perda de peso
e a equação do Índice Nutricional Prognóstico de Onodera (IPNO) é
composto por albumina sérica e linfócitos totais. Objetivo: Verificar
associação e a concordância entre o IRN e o IPNO na determinação do
estado nutricional de indivíduos hospitalizados. Método: Estudo clínico
retrospectivo analítico. Foram coletados dados de fichas dos pacientes
internados nas Clínicas Médicas Masculina e Feminina de Hospital
Universitário de Curitiba, PR no período de janeiro a março de 2012. A
classificação de estado nutricional para IRN e IPNO foi de acordo com
Buzby e cols (1988) e Onodera e cols (1984), respectivamente. A análise
estatística foi realizada por meio do software SPSS versão 17.0 e utilizouse coeficiente de correlação de Pearson e teste de concordância de
Kappa, com nível de significância de 95%. Resultados: Foram incluídos
192 pacientes, com média de idade de 54,2±18,8 anos (mínimo=15;
máximo=91), sendo 50,5% (n=97) do sexo masculino. De acordo com
a classificação do IRN, 54,7% (n=105) dos pacientes apresentavam
desnutrição grave, 35,4% (n=68) desnutrição moderada, 3,1% (n=6)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
118
Suplemento Nutrição Clínica/2013
desnutrição leve e 6,8% (n=13) eram eutróficos. A classificação segundo
o IPNO foi de 64,1% (n=123) de desnutridos graves, 21,9%(n=42) de
desnutrição moderada, 8,9%(n=17) de desnutrição leve e 5,2% (n=10)
de eutrofia. Houve correlação positiva e moderada entre IRN e IPNO e foi
estatisticamente significante (R=0,52, p<0,001). A concordância entre os
índices foi aceitável (k=0,365, p<0,001). Conclusão: A correlação entre
o IRN e IPNO foi moderada e o teste de concordância demonstrou ser
aceitável e sugere-se que ambos podem ser utilizados na investigação
de risco nutricional em indivíduos hospitalizados.
PATRICIA DE CARVALHO PADILHA (UFRJ); ANA CAROLINA ALVES LAVOR
(UFRJ); MARIANNA MARINO (IPPMG/UFRJ); DAIANA BELÉN LOPEZ (IPPMG/
UFRJ); LUÍSA PEREIRA (IPPMG/UFRJ); WILZA PEREZ (UFRJ)
Introdução: Ao longo das últimas décadas, a prevalência de obesidade
infantil tem aumentado de forma significativa, sendo considerada como
um dos principais problemas de Saúde Pública e uma epidemia global.
Objetivo: descrever o consumo de energia, macro e micronutrientes de
crianças e adolescentes obesos atendidos pela primeira vez no ambulatório de nutrição de um Hospital Universitário. Método: Estudo descritivo
do tipo transversal. Definiu-se obesidade como Índice de Massa Corporal
(IMC) &#8805; percentil 97. Os critérios de exclusão foram: presença
de desordens metabólicas e genéticas, doenças auto-imunes, acesso a
orientações nutricionais previamente e aqueles que não concordaram em
participar do estudo. A coleta de informações do estudo ocorreu por meio
de entrevistas e consulta aos prontuários. Os instrumentos utilizados para
avaliação do consumo alimentar foram recordatório 24h e frequência
de consumo semi-quantitativa, sendo quantificado pelo softwear Nutwin
1.5. Resultados: A amostra final do estudo constituiu-se de 20 crianças e
adolescentes com média de idade de 9,4±2,1 anos. A média de IMC foi
25,6 ± 4,4Kg/ m2, variando de 25,9 a 37,0 Kg/ m2. Os valores médios
de consumo foram de 1775,1±740,8 Kcal de energia, 239,2 ± 105,0g
de carboidrato, 90,1±43,8g de proteína e 50,9±23,3g de lipídios (81,6%,
183%, 264% e 88,4% de adequação, respectivamente). Quanto aos micronutrientes a ingestão média de cálcio foi de 531,0±259,6 mg/d, 12,7±5,5
mg/d de ferro, 729,3±604,8 mg/d de vitamina A, 9,7±2,7 mg de zinco
(40,2%, 153%, 142% e 121,1% de adequação, respectivamente). As médias
de consumo de cálcio e IMC diferiram significativamente (p=0,000).
Conclusão: Sugere-se o planejamento de ações conjuntas para reforçar
os conhecimentos em nutrição pela população infantil e seus familiares
diante da necessidade de maiores esforços para educar as crianças sobre
bons hábitos alimentares.
P-285 ESTADO NUTRICIONAL E CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS
DE CRIANÇAS NASCIDAS PRÉ-TERMO ACOMPANHADAS EM AMBULATÓRIO DE FOLLOW-UP DO MÉTODO CANGURU
LARISSA MARIA CAVALCANTE E SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); JANINE MACIEL BARBOSA (INSTITUTO
DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CAMILA
YANDARA SOUSA VIEIRA DE MELO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA);
CHIKA WAKIYAMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA)
Introdução: O nascimento pré-termo tende a ser considerada como
importante demanda de saúde pública, em razão da sua prevalência (em
torno de 10%) e do alto percentual de morbimortalidade neonatal associado. Recém-nascidos prematuros (RNPT) apresentam risco iminente de
desenvolver algum grau de comprometimento no processo de crescimento
e desenvolvimento devido às condições clínicas adversas a que estão
submetidos. Dados existentes na literatura indicam maior suscetibilidade
ao desenvolvimento de obesidade na vida pós-neonatal dos recémnascidos (RN) com retardo de crescimento intra-uterino (RCIU), sendo o
catch-up precoce um possível fator acelerador desse processo. Objetivo:
Caracterizar a crianças nascidas prematuras quanto ao estado nutricional pós-neonatal e às suas características socioeconômicas. Método:
Estudo descritivo transversal realizado em ambulatório de follow-up do
Método Canguru, entre fevereiro a julho de 2012. A coleta de dados foi
realizada a partir de prontuário e formulário previamente estruturado.
Foram obtidos dados socioeconômicos, clínicos e antropométricos. Os
valores de escore Z do indicador Índice de Massa Corporal/idade (IMC/I)
foi calculado através do software WHO AnthroPlus. Na análise estatística utilizou-se programa SPSS e adotou-se nível de significância de 5%.
Resultados: Foram avaliadas 40 crianças prematuras com idade média
de 55,5 meses (DP±19,37) cuja maioria (72,5%) era do sexo feminino.
De acordo com o parâmetro de IMC/I observou-se que 25% da amostra
apresentava algum grau de excesso de peso (escore Z de IMC/I >+1dp)
e apenas 5% possuíam magreza acentuada (escore Z de IMC/I <-2dp).
As condições socioeconômicas evidenciaram uma renda per capita média
de R$ 229,16 reais (DP±159,49). Quanto às condições de moradia, a
maior parte foi procedente de regiões urbanas (85%), as quais residiam
em domicílios de alvenaria (95%) e possuíam piso não revestido (60%).
Além disso, a maioria tinha acesso aos serviços públicos básicos, tais como
abastecimento público de água (87,5%), coleta pública de lixo (92,5%) e
esgotamento sanitário (50%). Conclusão: Os resultados evidenciaram
condições socioeconômicas favoráveis ao crescimento e desenvolvimento,
contudo frequência cinco vezes maior de excesso de peso do que de baixo
peso. Além disso, demonstram ainda a importância de acompanhar a
evolução nutricional e o crescimento no período pós-neonatal de RNPT
com RCIU, que apresentam um padrão de crescimento pós-natal acelerado, na tentativa de alcançar canais de crescimento mais próximos aos
das medianas populacionais.
P-287 TRIAGEM NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PERNAMBUCO
SILVIA ALVES DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZHUOC); BRUNO SOARES DE SOUSA (HUOC); ANA MARIA BEZERRA DE
OLIVEIRA (HUOC); CAMILA YANDARA SOUSA VIEIRA DE MELO (HUOC)
Introdução: Estudos sobre incidência da desnutrição na população hospitalizada enfatizam a necessidade de atenção à situação nutricional e seu papel
no tratamento e recuperação do paciente. As sociedades de nutrição enteral
e parenteral recomendam estabelecer rotinas de screening nutricional
que facilitem a identificação de pacientes que necessitam de intervenção.
Objetivo: Identificar o risco nutricional e sua associação com o estado nutricional através de medidas antropométricas em pacientes hospitalizados.
Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado na Clínica Médica
do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Recife/PE, no período de
junho a outubro de 2010. Foi aplicado o protocolo de triagem nutricional,
Nutritional Risk Screening (NRS-2002) em até 72 horas após a admissão
hospitalar, a população foi composta por pacientes adultos e idosos, de
ambos os sexos. Para análise e processamento dos dados foi utilizado o
programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. Para
comparação entre médias, foi aplicado o teste T de student (duas variáveis
independentes). O nível de significância adotado para todos os testes foi
de 5%. Resultados: A casuística foi constituída por 106 pacientes, destes,
53,8% eram do sexo masculino, 67 (63,2%) se encontravam entre 18-59
anos e 39 (36,8%) tinham idade &#8805;60 anos. Na triagem nutricional,
em 86 pacientes (81,1%) foi possível a aplicação total do protocolo de
triagem. Dos quais, 54 (46,2%) estavam em risco nutricional. Com relação
ao escore do estado nutricional, 26 pacientes (24,5%) apresentavam
alto risco nutricional. Em relação ao escore da doença, 71 pacientes
P-286 CONSUMO DE ENERGIA, MACRO E MICRONUTRIENTES DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS DO RIO DE JANEIRO
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
119
Suplemento Nutrição Clínica/2013
(67%) obtiveram escore 01 e em relação ao escore final, 25 pacientes
(23,6%) obtiveram escore 04. Foi observada diferença significativa entre
os pacientes sem e com risco nutricional nas médias de índice de massa
corporal (26,55±3,93 vs 22,16±4,99 kg/m2, p<0,000), nas médias de
circunferência do braço (29,47±3,23cm vs 25,22±4,72cm, p<0,000) e
na perda de peso% (7,89±4,96% vs 16,84±9,54%, p<0,001), respectivamente.Conclusão: A aplicação do protocolo de triagem nutricional foi
efetiva na indicação do estado nutricional dos pacientes, contribuindo
para que recursos em terapia nutricional sejam direcionados para os que
apresentam déficit nutricional.
P-288 CUIDADOS DA NUTRIÇÃO ENTERAL: O IMPACTO DO TREINAMENTO EM UMA EQUIPE DE UNIDADE DE PACIENTES GRAVES
ANDRESSA GAUDENCIO (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); GISELE
SOUZA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); VILMA REGINA COLAO DE
PAULA PEREIRA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); GRAZIELA BASTOS
ORÇAI (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); LUCIANA ALONSO ROCHA
(HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); EMILIANA MARTINS MOTTA (HOSPITAL
FEDERAL DO ANDARAÍ)
Introdução: Determinar um plano dietoterápico que se ajuste às necessidades do paciente somente não é suficiente ao alcance de um bom
prognóstico nutricional. É preciso monitorar cada processo que envolve
a Terapia Nutricional (TN), sendo seu controle imprescindível ao sucesso
do tratamento. Um dos indicadores de efetividade comumente utilizado
é a mensuração do volume de infusão (VI) da nutrição enteral (NE) igual
ou superior a 70% daquele programado. Objetivo: Avaliar o impacto do
treinamento em equipe sobre a importância dos cuidados na infusão da NE
em uma Unidade de Pacientes Graves (UPG) do Hospital Federal do Andaraí
(HFA). Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, através
da análise de 46 registros do VI da NE, realizada pela equipe de Enfermagem da UPG/HFA, no mês de maio de 2013, sendo 23 registros antes
do treinamento (AT) elaborado pelo Serviço de Nutrição e Dietética (SND)
e 23 registros depois do mesmo (DT). Os registros de pacientes que apresentaram intercorrências, impossibilitando a infusão da NE programada,
foram excluídos. Foi utilizada a infusão de 70% do volume programado
como parâmetro mínimo à adequação. Para a análise estatística, foi utilizado o programa Epiinfo (versão 6.04) e calculadas média±desvio-padrão,
mediana, mínimo e máximo, odds ratio (OR) e teste qui-quadrado (QQ),
sendo considerado para significância estatística p-valor<0.05.Resultados:
Pode-se observar uma grande dispersão dos registros do VI em relação
a sua média (70±30% AT e 91±20% DT), contudo, tanto a mediana AT
(76%) quanto DT (99%) apresentaram VI&#8805;70% do volume programado, com valores de mínimo e máximo superiores para os registros DT
(45% e 130%) aos AT (7% e 112%). Houve associação significativa entre
a realização do treinamento e registros de VI&#8805;70% (número de
registros com VI&#8805;70%: 9 (AT) e 19 (DT); VI<70%: 14 (AT) e 4 (DT);
OR: 7,39 (1,60<OR<31,17); QQ: 9,13 e p-valor: 0,0025). Conclusão:
O trabalho desenvolvido pela equipe do SND e Enfermagem na UPG/
HFA demonstrou-se efetivo durante o período analisado, ressaltando-se
a importância da realização de treinamentos em prol da melhoria de sua
atuação e benefício ao paciente.
P-289 TRABALHANDO A IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO DE ESCOLARES DE ESCOLAS PÚBLICAS EM BELÉM/PA
MYLENNE CADIM FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); MICHEL
QUARESMA RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); DAVID
AMÉRICO DE ASSUNÇÃO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);
ANA CAROLINE BARBOSA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARÁ); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);
RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Introdução: Para manutenção de vida saudável devem-se desenvolver bons
hábitos de vida e a hidratação é de fundamental importância; compromissado o Programa “Distrito Sanitário UFPA: muito além da ação” integrou
atividades de ensino-pesquisa-extensão, absorvendo alunos oriundos de
cursos das áreas de biologia, da saúde e das ciências sociais, engajados
em atividades promotoras de saúde. Objetivo: Orientar e esclarecer
alunos da Educação Infantil, Educação Básica e EJA sobre a importância
e benefícios da hidratação na saúde humana para uma vida saudável no
seio da família, escola e comunidade; além de contribuir para a formação
integral dos universitários engajados no programa.Método: Nas ações
foram utilizadas palestras expositivas-ilustrativas de sensibilização e
esclarecimentos, como ou sem auxílio multimídia (data show, notebooks).
Foram utilizadas dinâmicas de grupo para os alunos da Educação Infantil
e de séries iniciais do Ensino Fundamental. Resultados: Os dados aqui
apresentados resultam de atividades desenvolvidas, em cinco escolas
públicas de Belém, com a proferição de nove palestras, para turmas de
Ensino Infantil, Fundamental, Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos),
o que totalizou 673 participantes. Conclusão: As atividades de Educação
em Saúde promoveram a ambientação dos estudantes universitários e a
plena interação com o alunado, que participou ativamente das preleções,
questionando e relatando situações pessoais, familiares ou comunitárias,
demonstrando ter assimilado boa parte do conteúdo. A maneira integrada
de abordar a temática aumentou o interesse do alunado para com o tema
hidratação, formulando perguntas pertinentes e informando ser o tema
pouco abordado pelas escolas.
P-290 CARACTERÍSTICAS ALIMENTARES DE PACIENTES COM MEGAESÔFAGO
LARISSA MARTINS COELHO (ESCOLA DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DA BAHIA); RAQUEL ROCHA (ESCOLA DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); JÉSSICA XAVIER DE SOUZA (ESCOLA DE
NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)
Introdução: Megaesôfago é uma manifestação macroscópica da
desordem motora esofágica, caracteriza-se pelo relaxamento parcial
do esfíncter inferior do esôfago em resposta a deglutição e contrações
não peristálticas no corpo esofágico. A disfagia como um dos principais
sintomas no megaesôfago atua diretamente sobre a qualidade e volume
da alimentação, provocando declínio do estado nutricional. Objetivo: O
objetivo do presente estudo foi traçar o perfil alimentar em um grupo de
pacientes com megaesôfago. Método: Trata-se de um estudo transversal/
observacional, realizado entre julho e dezembro/2012, em um grupo de
pacientes com diagnóstico de megaesôfago, atendidos em um Ambulatório de Nutrição em Gastroenterologia. Os pacientes foram avaliados
quanto aos sintomas, grau de comprometimento do esôfago, tratamento
(cirurgia e dilatação), indicadores antropométricos e consumo alimentar.
Os participantes foram submetidos a um questionário com questões relacionadas ao megaesôfago e a dois inquéritos alimentares: uma anamnese
alimentar e três recordatórios de 24h. Resultados: Foram avaliados 31
pacientes com megaesôfago, sendo que 71,0% eram do sexo feminino,
41,9% apresentavam IMC de eutrofia, 87,1% possuíam doença de etiologia
chagásica, 71,0% apresentavam a forma cardíaca da doença associada,
possuía distribuição homogênea entre os graus do megaesôfago e 80,6%
relatou disfagia. A maioria realizou modificações na alimentação após o
diagnóstico (54,8%); consumia alimentos na consistência normal (61,3%);
ingeria líquidos junto às refeições (74,2%); referia consumir volumes suficiente por refeição (64,5%); a temperatura do alimento não influenciava
na piora dos sintomas (74,2%) e associava alguns alimentos a piora dos
sintomas (87,1%). Todos esses dados mostraram-se semelhantes entre os
tratados e não tratados, assim como o consumo médio de calorias, gorduras,
proteínas e carboidratos da dieta (p>0,05). Conclusão: Observa-se que os
pacientes com megaesôfago, apesar da presença dos sintomas relacionados
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
120
Suplemento Nutrição Clínica/2013
a doença, apresentam características alimentares e consumo de nutrientes
semelhantes entre os pacientes submetidos ou não a algum tratamento.
P-291 ORIENTAÇÃO DE ESCOLARES SOBRE O TRANSTORNO DA
COMPULSÃO ALIMENTAR E SEUS EFEITOS
ANDRÉIA DE NAZARÉ SOUZA CARDOSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARÁ - UFPA); RAFAELA ALVES FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
- UFPA); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
- UFPA); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA)
Introdução: O transtorno da compulsão alimentar se assemelha ao da
bulimia nervosa (BN), mas dela se diferencia pela grande ingestão de
alimentos em curto período de tempo, com sensação de perda de controle
sobre o comportamento alimentar: o que come e o quanto come. Isso pode
estar associado à condição psicológica, pois é independente da sensação
de fome. O indivíduo com tal transtorno sente mal estar pela grande
quantidade de alimentos ingeridos e por sentir-se constrangido, isola-se
pelo sentimento de culpa e pode até desenvolver quadro depressivo. Objetivos: Orientar para o transtorno da compulsão alimentar e prevenir suas
consequências. Método: Durante as atividades em nove escolas públicas da
periferia e do centro de Belém/PA utilizou-se a apresentação de palestras
de caráter explicativo-expositivas, com orientações acerca do tema discutido
e esclarecimentos de dúvidas manifestadas pelos alunos. Resultados: As
palestras contendo informações necessárias sobre o distúrbio compulsivo
alimentar e os danos à saúde por ele desencadeados atingiram 600
estudantes de escolas públicas das rede estadual e municipal de ensino,
atingindo crianças e adolescentes do Ensino Fundamental e estudantes da
Educação de Jovens e Adultos, entre os meses de Maio e Novembro de 2012.
Conclusão: Expor o tema, discutir os conhecimentos existentes e esclarecer
as dúvidas de crianças, jovens e adultos permitiu grande interação com os
expositores e a oportunidade de estabelecer diferenças entre o transtorno
da compulsão alimentar e a bulimia nervosa, seus efeitos e as complicações
para a saúde física e mental de pessoas com esses problemas; além de se
dirimir as possíveis dúvidas relacionadas.
P-292 CORRELAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE PESO E ALTURA ESTIMADOS COM MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS AFERIDAS EM PACIENTES
CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS
LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
PRESIDENTE DUTRA); ALINE OLIVEIRA DINIZ (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
PRESIDENTE DUTRA); LUANA LOPES PADILHA (MESTRADO EM SAÚDE
COLETIVA); GLAUCIANE MÁRCIA DOS SANTOS MARTINS (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); BRUNA RENATA FERNANDES
PIRES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MATERNO INFANTIL); ALINE DIAS
GUIMARÃES ()
Introdução: O peso corporal e a altura são as medidas antropométricas
mais utilizadas para avaliação nutricional e acompanhamento clínico de
pacientes internados, sendo imprescindíveis para planejamento dietoterápico, visto que o paciente hospitalizado é nutricionalmente vulnerável devido
a uma série de fatores decorrentes de mudanças na ingestão alimentar após
a internação, ou ainda pela presença do intenso estado de catabolismo
relacionado à patologia em curso. Todavia, quando se trata de pacientes
acamados são necessários métodos alternativos para obtenção de tais
medidas, que apresentem baixo custo e maior praticidade de aferição.
Objetivo: Avaliar a correlação do peso e altura aferidos com medidas
antropométricas estimadas em pacientes pré-cirúrgicos, hospitalizados para
cirurgias cardíacas atendidos no Hospital Universitário Presidente Dutra.
Método: O estudo transversal realizado com 21 pacientes hospitalizados
para cirurgias cardíacas, no período de junho a julho de 2013. Os participantes responderam a um questionário contendo questões relativas a sexo,
cor da pele, idade e tipo de cirurgia realizada. Além disso, participaram de
avaliação nutricional com peso, altura, circunferência do braço e altura do
joelho. Foi utilizada a fórmula de Chumlea, 1988 para estimativa de peso e
Chumlea, 1988 e 1994 de altura. Para avaliar a correlação entre as varáveis
utilizou-se o Coeficiente de Correlação de Pearson (r). Os dados foram
analisados no programa estatístico STATA 11.0 e o nível de significância
adotado foi de 5%. Resultados: A amostra avaliada era predominantemente do sexo masculino (52,4%), com idade média de 52 anos (±16,7),
pessoas com menos de 60 anos representavam 61, 90%. Cirurgia de troca
de válvula representou 52,4%, de revascularização do miocárdio 42,9% e
comunicação intraventricular 4,8%. Ambas as correlações apresentaram-se
fortes e estatisticamente significantes. Peso aferido e estimado (r=0,76; p=
0,0001) e altura aferida e estimada (r=0,91; p=0,0001 ). Conclusão:
A correlação entre as medidas antropométricas e fórmulas de estimativa
de peso e altura mostraram-se elevadas e estatisticamente significantes,
apresentando-se como alternativa para atuação do nutricionista junto a
pacientes em que a avaliação antropométrica é impossibilitada e cujas
informações são fundamentais para seu manejo nutricional.
P-293 COMPORTAMENTO DE RISCO PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES ENTRE ACADÊMICAS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PARTICULAR
SILVIA ALVES DA SILVA (FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA - FAVIP/
DEVRY); EMMANUELLE MARINA ARRUDA LINS (FAVIP/DEVRY); KARINA
MARIA MAZZAROTTO (FAVIP/DEVRY)
Introdução: Os transtornos alimentares são fenômenos multifatoriais,
resultante da interação de fatores pessoais, familiares e socioculturais,
caracterizados por padrões anormais na alimentação e preocupação intensa
com o alimento, o peso, o corpo e avaliação da autoestima com base no
peso corporal. Acometem principalmente adolescentes e mulheres jovens
em idade reprodutiva. Objetivo: Verificar a presença de comportamentos de
risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares entre acadêmicas
de cursos da área de saúde. Método: Estudo transversal realizado com
alunas matriculadas nos cursos de Enfermagem, Nutrição e Psicologia da
Faculdade do Vale do Ipojuca (FAVIP), no município de Caruaru, Pernambuco, no ano de 2010. A identificação dos indivíduos com comportamentos
de risco foi feita através da utilização de questionários autoaplicáveis. Em
relação à anorexia nervosa (AN), foi utilizado o Teste de Atitudes Alimentares (EAT - 26). Para determinar a sintomatologia relacionada a bulimia
nervosa (BN) utilizou-se o Teste de Investigação Bulimica de Edimburgo
(BITE). Essa pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da FAVIP, sob o
protocolo nº 028/2010. Para análise e processamento dos dados foi utilizado o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0.
A associação entre as variáveis foi avaliada pelo teste de Qui-quadrado de
Pearson. O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%.
Resultados: A amostra foi composta por 260 alunas, sendo 120 (46,2%)
de nutrição, 44 (16,9%) de enfermagem e 96 (36,9%) de psicologia, com
idade média de 22,4 ± 4,0 anos. O risco para AN foi encontrado em
66 alunas (25,4%), com distribuição similar entre os cursos (p=0,900).
O BITE identificou que 55,8% apresentaram padrão alimentar não usual
(PNAU), 19,6% comportamento alimentar compulsivo (CAC) na escala de
sintomatologia, e segundo a escala de gravidade, 12,3% apresentaram
estado clínico comprometido (ECC). Analisando essa distribuição segundo
o curso, a maior frequência de normalidade foi encontrada nas alunas
de nutrição (32,5%). No entanto, o PANU e CAC foram mais frequentes
nas alunas de enfermagem (p=0,009). Não foi observada diferença na
distribuição do BITE na escala de gravidade segundo o curso das alunas
(p=0,163). O cálculo do índice de massa corporal das alunas revelou que
200 (76,9%) estavam eutróficas. Conclusão: A prevalência de possíveis
transtornos alimentares foi elevada na população estudada, com dados
semelhantes e até superiores aos índices obtidos por outras pesquisas. Tais
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
121
Suplemento Nutrição Clínica/2013
resultados apontam para a necessidade de avaliações mais detalhadas e a
implementação de programas de intervenção nutricional.
P-294 ASSOCIAÇÃO DO EXCESSO DE PESO EM CRIANÇAS NASCIDAS
PREMATURAS COM O ESTADO NUTRICIONAL DOS PAIS
CHIKA WAKIYAMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA); CAMILA YANDARA SOUSA VIEIRA DE MELO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ANNE
ELLEN ALVES E OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA); SIMONE RAPOSO MIRANDA (INSTITUTO DE
MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); LARISSA MARIA
CAVALCANTE E SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA); JANINE MACIEL BARBOSA (NSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA)
Introdução: Estudos sobre a obesidade infantil têm demonstrado que as
crianças cujos pais apresentam excesso de peso apresentam maior risco de
obesidade. Tal fato deve-se ao somatório de fatores genéticos e ambientais
que podem interferir tanto nos hábitos alimentares como no estilo de vida,
ambos que contribuem para o balanço energético positivo. Além disso,
na prematuridade há evidências sobre maior acúmulo de tecido adiposo
decorrente de alterações metabólicas inerentes a um fenótipo poupador.
Objetivo: Determinar a frequência de excesso de peso entre crianças
nascidas prematuras atendidas em ambulatório de follow-up do Método
Canguru e a sua associação com o estado nutricional dos pais. Método:
Foram analisadas 42 crianças, com idade entre 2 e 7 anos, acompanhadas
no Ambulatório de follow-up de prematuros de um hospital de referência
em pediatria, no período de março a julho de 2012. Para classificar risco
de sobrepeso e excesso de peso (RSEP) nas crianças, utilizou-se o índice
de massa corporal para idade (IMC/I) &#8805; +1 desvios-padrão da
curva de crescimento proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS,
2006- menores de 5 anos e OMS, 2007- 5 a 7 anos). O excesso de peso
nos pais foi classificado através do IMC &#8805; 25 kg/m2 (OMS, 1995).
A avaliação nutricional foi feita através do software WHO AnthroPlus. Na
análise estatística utilizou-se programa SPSS e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: A frequência de RSEP nas crianças foi de 42,8%.
Em relação ao gênero, observou-se maior percentual de RSEP entre as
meninas (43,3%) do que entre os meninos (41,7%), respectivamente, com
significância estatística (p=0,022). Entre essas crianças, 83,3% eram filhas
de mães com excesso de peso (p=0,310) e 11,1% filhas de pais obesos
(p=0,306). Encontrou-se também alta prevalência de RSEP nas crianças que
tinham ao menos um dos pais com sobrepeso/obesidade (72,2%) quando
comparadas aos pais com peso normal (16,7%) (p=0,915). Conclusão:
O percentual de crianças com RSEP encontrado neste grupo foi superior
ao apresentado em pesquisas populacionais. Este fato pode ser explicado
pelas alterações metabólicas decorrentes da prematuridade, visto que o
estado nutricional dos pais não pareceu ter influência significativa sobre o
excesso de peso nas crianças.
P-295 TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL: ASPECTOS GERAIS,
ECONÔMICOS E INDICAÇÕES EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE
TERESINA-PI
YTALLO SAMUEL OLIVEIRA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
- TERESINA/PI); CARLA ANDRESSA BRÁULIO (FACULDADE SANTO
AGOSTINHO - TERESINA/PI); KAYO ALVES FIGUEIREDO (HOSPITAL DE
URGÊNCIA DE TERESINA); ILKA DE CARVALHO BARROS (HOSPITAL DE
URGÊNCIA DE TERESINA)
Introdução: A Nutrição Parenteral (NP) é uma solução ou emulsão
que fornece alguns ou todos os nutrientes do metabolismo basal e do
crescimento, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou
sistemas, podendo ser classificada: quanto a via de administração, em
periférica e em central; quanto à composição, em sistema glicídico ou
lipídico. Objetivo: Analisar o perfil das NP manipuladas pelo Serviço de
Farmácia de um hospital municipal de Teresina, incluindo os custos da
manipulação das NP. Método: Estudo transversal que avaliou 313 prescrições de NP no período de 01/01/2013 a 31/03/2013. As NP foram
classificadas de acordo com as fórmulas prescritas em: Total ou Parcial;
adulta ou pediátrica; presença ou não de lipídeo; leito de internação;
presença ou não de glicerofosfato de sódio (GFNa) associado ao gluconato
de cálcio; quantidade de bolsas perdidas. Avaliou-se também o custo da
manipulação das bolsas. Resultados: O número de nutrições produzidas
no período analisado foi 313 bolsas. Desse total, 87,86% (N=275) eram
de Nutrições Parenterais Totais (NPT) e 12,14% (N=38) eram Nutrições
Parenterais Parciais (NPP). Identificou-se que a maior parcela atendida
pelo setor era adulta 52,40% (N= 164), sendo 36,58% (N=60) da clínica
médica, 60,61% (N=83) da cirúrgica, 10,37% (N=17) das UTI’s e 2,4%
(N=4) de outras clínicas. 47,60% (N=149) eram pacientes pediátricos,
onde 14,77% (N=22) eram da pediatria e 85,23% (N=127) da UTI
pediátrica. Quanto à adição ou não de lipídeo, 95,20% (N=298) das
bolsas continham lipídeos e 4,80% (N=15) continha lipídeo prescrito
separadamente da NP. A porcentagem de bolsas perdidas nesse período
foi de 1,6% (N=5). Das 313 prescrições, 23,97% (N=75) apresentavam
GFNa, dentre as quais em 88% (N=66) este eletrólito estava associado
ao gluconato de cálcio e em apenas 12% (N=9) não houve associação.
Baseando-se nos constituintes mais onerosos, no caso, aminoácidos,
lipídeos, glicose e GFNa, chega-se a uma média de custo de R$82,00
para Bolsas com aminoácidos + Glicose, R$147,00 para Bolsa com AA
+ Glicose + GFNa, R$166,50 para Bolsa com AA + Glicose + Lipídeo e
R$235,00 para Bolsa com AA + Glicose + Lipídeo + GFNa. Conclusão:
O papel atuante do farmacêutico aliado ao corpo médico no serviço de NP
é de extrema relevância, tendo em vista que avaliação farmacêutica das
prescrições de terapia nutricional parenteral permite: otimizar o serviço;
conhecer o perfil das NP manipuladas; redução dos custos; evita possíveis
interações, perdas e possíveis complicações com esta terapia nutricional.
P-296 COMPARAÇÃO DA PERDA DE PESO E DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA: SLEEVE X BYPASS GÁSTRICO
LORAINE DE MOURA FERRAZ (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ);
ANDRESSA GAUDENCIO (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); FERNANDO
DE BARROS (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); VILMA REGINA COLAO
DE PAULA PEREIRA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); LUCIANA ALONSO
ROCHA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); EMILIANA MARTINS MOTTA
(HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ)
Introdução: A deficiência de micronutrientes é um problema muito
frequente após o procedimento de cirurgia bariátrica. Acredita-se que a
técnica do sleeve cause uma menor deficiência de micronutrientes do que
técnicas que envolvam a disabsorção, como o bypass gástrico (associa a
restrição com a disabsorção). O número de cirurgias de sleeve tem crescido
nos últimos tempos, também pelos resultados semelhantes em termos de
perda de peso. Objetivo: Comparar o percentual da perda do excesso de
peso e a deficiência de nutrientes de pacientes que foram submetidos a
bypass gástrico e sleeve, nos primeiros 3 meses de pós-operatório. Método:
Trata-se de um estudo retrospectivo através da análise de prontuários de
26 pacientes com 3 meses de pós-operatório que foram submetidos a
bypass gástrico (BP) ou sleeve (SL). Foram analisadas as seguintes variáveis:
percentual da perda do excesso de peso (PEP), anemia ferropriva, deficiência
de vitamina B12, níveis de albumina e cálcio séricos. Utilizou-se balança
antropométrica digital da marca Welmy (0 a 300 Kg). Todos os exames
foram analisados pelo laboratório do Hospital. Os dados são descritos
como média± desvio-padrão ou mediana (mínimo e máximo). Estatística:
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
122
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Teste-t Student, Mann Whitney, Teste qui-quadrado; p-valor<0.05 como
significância estatística. Resultados: Dos 26 pacientes (13SL/13BP); Sexo:
24F/2M; PEP: SL- 37,0±11,8, BP- 40,3±8,29; Cálcio: SL- 8,9 (8,5-10,1)
e BP- 8,9 (8,7-8,9); Albumina: SL- 3,92 (3,85-3,99), BP- 3,94 (3,44-4,1).
Não houve diferença estatisticamente significativa na média de PEP nos
pacientes operados pelas duas técnicas avaliadas, nem nos níveis de albumina e cálcio. Em relação às variáveis categóricas, encontramos associação
entre a técnica do bypass e a ocorrência de deficiência de vitamina B12
(p-valor=0,018).Conclusão: A amostra estudada apenas mostrou associação entre a técnica do bypass e a ocorrência de deficiência de B12 no
primeiro trimestre de pós-operatório.
P-297 ADEQUAÇÃO DE ENERGIA PRESCRITA E INFUNDIDA COMPARADO AO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM PACIENTES EM TERAPIA
NUTRICIONAL ENTERAL DOMICILIAR
GISLAINE CUTCHMA (UFPR); CARYNA EURICH MAZUR (UFPR); ANA
PAULA HESKETH RABUSKE (UFPR); RUBIA DANIELA THIEME (UFPR); KARLA
TAJANA PIDPALA (UFPR); MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER
(UFPR)
Introdução: A terapia nutricional enteral domiciliar (TNED) vem crescendo
no cenário de saúde atual devido ao aumento do número de indivíduos
que necessitam de nutrição enteral por um longo período de tempo, onde
o estado de saúde não demanda a hospitalização. Objetivo: Avaliar a
adequação do valor energético total (VET) ofertado em relação ao recomendado e comparar o estado nutricional de pacientes em TNED. Método:
Trata-se de estudo transversal, analítico, descritivo com amostra de 42
pacientes em TNED atendidos por nutricionistas da rede básica de saúde
em um distrito sanitário de Curitiba-PR, durante o período de janeiro a maio
de 2013. A avaliação do estado nutricional foi realizada por meio do Índice
de Massa Corporal (IMC), conforme os pontos de corte propostos pela OMS
(1985) para adultos e por Lipschitz (1994) para idosos. O VET recomendado
foi por meio regra de bolsa da OMS (1995), sendo considerado 30 kcal/
kg de peso atual para pacientes eutróficos e 35 kcal/kg para pacientes
com baixo peso. A avaliação do consumo alimentar foi feita por meio de
recordatório de 24 horas. Para análise estatística utilizou-se o software SPSS
19.0, aplicando a correlação de Pearson e teste t de Student, com intervalo
de confiança de 95%. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 64,69
±18,67 anos (mín; 21 máx. 94 anos), sendo que 50% (n=21) eram do sexo
feminino. Foi avaliado o estado nutricional de 40 pacientes e observou-se
que 82,5% (n=33) dos pacientes apresentavam baixo peso ou algum grau
de desnutrição. A média do VET recomendado foi 1571,49± 416,77 kcal e
do VET ofertado foi 1697,58 ±496,23 kcal. Houve diferença estatística entre
o que foi infundido, via cateter, e a necessidade do paciente (p< - 0,001).
Entretanto não foi encontrada tal relação entre o IMC e o VET (p> 0.05).
Conclusão: O VET ofertado aos pacientes foi significativamente maior do
que as suas necessidades, entretanto o VET ofertado não influenciou o
estado nutricional dos pacientes, segundo o IMC.
P-298 DEFICIÊNCIA DE ZINCO EM PACIENTES SUBMETIDOS AO
TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS
ANDREA PEREIRA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEN); JULIANA SILVA
(HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEN); MARCIA TANAKA (HOSPITAL
ISRAELITA ALBERT EINSTEN); FABIANA LUCIO (HOSPITAL ISRAELITA
ALBERT EINSTEN); ANA PAULA BARRERE (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT
EINSTEN); NELSON HAMERSCHLAK (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT
EINSTEN)
Introdução: O zinco é um microelemento muito importante para o organismo, sendo um cofator de metaloenzimas, responsáveis pela síntese dos
ácidos nucleicos, e da manutenção do sistema imunológico. Os sintomas
de deficiência de zinco, como alopécia, diarreia, rash cutâneo e falha
de crescimento, podem ser confundidos com os do pós-transplante de
células tronco hematopoiéticas(TCTH). Alguns estudos mostram que a
suplementação de zinco, com finalidade de aumento do seu nível sérico,
associam-se a uma supressão seletiva da reação alogênica, na redução
da incidência de mucosite, dor, xerostomia e perda do paladar. A deficiência de zinco é relatada em crianças com leucemia, mas há poucos
estudos em adultos. Método: Foram avaliados 45 pacientes adultos, 22
mulheres e 23 homens, média de idade 49±16 anos, submetidos a TCTH
no Hospital Israelita Albert Einstein no período de 1 ano (2012-2013).
O nível sérico de zinco, cuja média foi 69±16 mg/dl, foi avaliado no
primeiro dia de internação para a realização do TCTH e nenhum paciente
utilizou suplementos com zinco antes da mesma. Resultados: 48% dos
pacientes apresentaram deficiência de zinco, sendo mais prevalente em
pacientes >60 anos, que tiveram 60% dessa deficiência. Não houve diferença entre os sexos. Conclusão: Alguns estudos, acreditam que o zinco,
será um agente muito importante na medicina de transplantes, devido
sua ação na melhora da severidade da mucosite induzida por quimioterapia, em pacientes com leucemia. No nosso estudo encontramos uma
alta prevalência de deficiência de zinco em adultos e idosos. Portanto, a
avaliação dos níveis séricos de zinco deveria ser considerada nos pacientes
submetidos ao TCTH, com a finalidade de tratamento e melhora das
complicações a ele relacionadas.
P-299 PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE PACIENTES NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA EM UM HOSPITAL, NO MUNICÍPO
DE SÃO LUÍS-MA
GLAUCIANE MÁRCIA DOS SANTOS MARTINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
PRESIDENTE DUTRA); LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); ALINE OLIVEIRA DINIZ (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); LUANA LOPES PADILHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); ALINE DIAS GUIMARÃES (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MARANHÃO)
Introdução: As cirurgias cardíacas são procedimentos de grande porte
que apresentam grande morbidade e têm muitas de suas complicações
relacionadas com o estado nutricional pré-operatório do paciente. Objetivo: Avaliar o perfil antropométrico de pacientes no pré-operatório de
cirurgia cardíaca em um Hospital Universitário na cidade de São Luís-MA.
Método: Estudo do tipo transversal, realizado com 21 pacientes hospitalizados para cirurgia cardíaca, no período de junho a julho de 2013.
As medidas antropométricas avaliadas foram Índice de Massa Corporal
(IMC), Circunferência do Braço (CB), Prega Cutânea Tricciptal (PCT) e
Circunferência Muscular do Braço (CMB) durante a internação hospitalar
pré-cirúrgica. Os dados foram analisados no programa estatístico STATA
11.0. Resultados: Dos 21 pacientes estudados, a maioria era do sexo
masculino (52,38%), com média de 52 anos (±16,7), 61,9% tinham
idade menor do que 60 anos. Cirurgia de troca de válvula representou
52,4% das cirurgias cardíacas, revascularização do miocárdio 42,9% e
comunicação intraventricular 4,8%. O IMC apontou 47,52% dos participantes com eutrofia e 23,81% com sobrepeso. A CMB verificou 66,67%
com eutrofia e 19,05% com sobrepeso. Entretanto, em relação a PCT,
destacou-se maior proporção de pacientes com desnutrição grave (38,1%)
e desnutrição moderada (19,05%). A CB evidenciou maior parcela com
desnutrição leve (42,86%). Conclusão: A avaliação nutricional no préoperatório de cirurgia cardíaca é necessária para identificar e reduzir riscos
e complicações após a cirurgia. Ressalta-se que os pacientes avaliados e
classificados como desnutridos, necessitam de um maior acompanhamento
clínico e nutricional desde o início do tratamento na intenção de prevenir
e minimizar a deterioração do estado nutricional, uma vez que pacientes
com baixo peso não possuem reservas corporais para combater os efeitos
causados por uma cirurgia de grande porte como essa.
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
123
Suplemento Nutrição Clínica/2013
P-300 ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES E FATORES CONDICIONANTES DA ACEITABILIDADE DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: ANÁLISE
COMPARATIVA ENTRE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS.
VERUSKA MOREIRA DE QUEIROZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
JANAÍNA SANTOS DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
JOSEANE RIBEIRO DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);
KATIANE DE OLIVEIRA NEVES GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE); BIANCA NOGUEIRA SANTOS CUNHA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SERGIPE); SILVANA CASTRO DE BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE)
Introdução: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é
uma política governamental que visa suprir as necessidades nutricionais
dos alunos de escolas públicas e filantrópicas durante o seu período de
permanência. Objetivo: Analisar o nível de adesão dos alunos ao PNAE
em escolas públicas e identificar as variáveis que a influenciam. Método:
Estudo transversal de caráter de pesquisa ação com 14 escolares entre 07
e 10 anos de duas escolas públicas municipais. Coletaram-se dados de
aceitabilidade da Alimentação Escolar (AE) e de antropometria dos alunos
autorizados para participar. Dados de peso (kg) e altura (cm) foram coletados
de acordo com a técnica proposta por Jelliffe (1968). Para a classificação
do estado nutricional, obteve-se o Índice de Massa Corporal, por sexo e
idade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. A análise foi
realizada através do Epiinfo. Resultados: Na escola X, 100% dos alunos
experimentaram a AE, sendo que 87,5% que consumiam frequentemente
consideram boa (100%), variada e saborosa (87,5%) e boa temperatura
(87,5%). 62,5% relataram que a sala de aula, local que comem a AE é
confortável. A maioria dos escolares (87,5%) apresentou estado nutricional
eutrófico e apenas um de magreza. A maioria das preparações oferecidas
foi aprovada pelos alunos, dentre as reprovadas foram: charque e suco
(37,5%) e Sopa de charque com legumes e macarrão (37,5%). Na escola
Y, 100% dos alunos experimentaram e consumem frequentemente a AE.
100% dos alunos afirmaram que tem a AE todos os dias, consideraram
variada (87,5%) e boa temperatura (37,5%). Dos que relataram comer a
AE no pátio e na cantina, todos afirmaram que o local é confortável. 62,5%
disseram que às vezes levam lanche feito em casa e 50,0% que compram
na cantina. Entre os entrevistados 87,7% apresentaram estado nutricional
eutrófico e 12,5% obesidade. A maior parte das preparações oferecidas foi
aprovada pelos alunos, e algumas não foram bem aceitas como, Cuscuz
temperado com ovos e fruta (50%) e canja de frango com legumes (50%).
Conclusões: As escolas apresentaram boa adesão à alimentação escolar
ao considerar presença da cantina (escola X e Y), características sensorial
(temperatura e sabor), variedade do cardápio. E que os fatores estudados
parecem contribuir para adesão da AE e podem estar associados ao estado
nutricional dos escolares, que em sua maioria encontram-se eutróficos.
P-301 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM
PANCREATITE CRÔNICA ALCOÓLICA POR MEIO DE DIFERENTES
MÉTODOS
ANGELICA ROCHA DE FREITAS MELHEM (UNIFESP); SIMONE CARLA
BENINCÁ (UNIFESP); ERMELINDO DELLA LIBERA JÚNIOR (UNIFESP);
RENATO DUFFLES MARTINS (UNIFESP); CARLOS FISCHER DE TOLEDO
(UNIFESP); JAIME ZALADECK GIL (UNIFESP)
Introdução: A pancreatite crônica (PC), que tem como principal etiologia
o consumo crônico de álcool, é uma doença inflamatória que desencadeia
perda progressiva das funções endócrina e exócrina do pâncreas, levando
também à perda de peso e desnutrição. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes com pancreatite crônica alcoólica (PCA) a partir de
diferentes métodos. Método: Estudo transversal realizado com 37 pacientes,
do gênero masculino, com pancreatite crônica de etiologia alcoólica, prove-
nientes do Ambulatório de Pâncreas e Vias Biliares, da Disciplina de Gastroenterologia Clínica, da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista
de Medicina (EPM). Para avaliação nutricional, foi realizada avaliação antropométrica (peso, estatura, dobra cutânea tricipital – DCT, circunferência do
braço e circunferência da cintura), e da composição corporal por meio de
bioimpedância elétrica, analisando-se porcentagem de gordura corporal
(%GC) e de massa magra (%MM). Posteriormente, calculou-se o Índice de
Massa Corporal (IMC), a circunferência muscular do braço (CMB), as áreas
muscular e adiposa do braço (AMB e AAB), e a porcentagem de peso ideal
(%PI). Utilizou-se o Teste do Qui-quadrado para comparação da prevalência
de desnutrição e eutrofia entre os diferentes métodos. Resultados: Entre
os 37 avaliados, a idade média foi de 50,43 anos (9,97), com tempo médio
de diagnóstico de PC de 94,03 meses (83,47). O peso atual médio foi de
59,27 (10,43), o IMC atual médio de 21,25 kg/m2 (3,51), sendo que 21,6%
estavam desnutridos por esse método. Dos avaliados, 51,4% estavam desnutridos por meio da avaliação da %PI. A CB média foi de 26,47 cm (3,29),
sendo que 83,8% estavam desnutridos por esse método. Na avaliação da
AMB e da AAB, 56,8% estavam desnutridos. Na avaliação da DCT, 10,8%
estavam desnutridos. A %GC média foi de 19,72% (7,41), sendo que 54,1%
estavam adequados. Comparando-se os diferentes métodos de avaliação
do estado nutricional, foi verificado que 3,4% dos pacientes eutóficos pelo
IMC, estavam desnutridos na DCT (p=0,021). Em relação à %GC, 31,1%
e 37,5% dos pacientes considerados eutróficos e desnutridos pelo IMC,
respectivamente, apresentaram %GC elevada (p=0,002). Ainda, 37,9%
dos pacientes com diagnóstico de eutrofia pelo IMC, foram classificados
como desnutridos por meio da %PI (p=0,002). Conclusão: A maioria dos
pacientes com PC estavam eutróficos quando avaliados apenas pelo IMC.
Destaca-se que o IMC isoladamente não foi suficiente para o diagnóstico
da desnutrição em todos os pacientes, sendo necessária a utilização de
mais métodos, para a determinação do correto diagnóstico nutricional.
P-302 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS DE TRIAGEM
NUTRICIONAL EM PEDIATRIA: AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA VS
FERRAMENTA DE TRIAGEM DO RISCO NUTRICIONAL (STRONGKIDS).
LUCIANA CORRÊA AGUIAR (HOSPITAL COPA DOR); ISABELLA ABREU
FERNANDES BARCELONA BERNARDES (HOSPITAL COPA DOR); NARA
LUCIA ANDRADE LOPES SEGADILHA (HOSPITAL COPA DOR); MARGARETH
FERVENTIS DA ROCHA VAZ COSTA (HOSPITAL COPA DOR); EDURADO
EIRAS MOREIRA DA ROCHA (HOSPITAL COPA DOR)
Introdução: O risco nutricional (RN) precisa ser identificado no momento
da admissão hospitalar, de modo que a apropriada intervenção nutricional
possa ser iniciada em um estágio inicial, a fim de prevenir a desnutrição,
principalmente a desnutrição intra hospitalar. O rastreio nutricional de
rotina raramente é realizado em pacientes pediátricos, devido à falta de
um método simples e válido de triagem nutricional. Objetivo: Análise
comparativa entre dois métodos de triagem nutricional em pediatria para
avaliar o risco nutricional nas primeiras 24h da internação hospitalar
(IH). Método: Na IH aplicou-se uma ferramenta de triagem nutricional,
o Screening Tool for Risk on Nutritional Status and Growth (StrongKids).
Um questionário baseado em quatro perguntas com um escore final que
classifica o paciente pediátrico (0 a 19 anos) como baixo (B=0 pontos),
médio (M=1 a 3 pontos) ou alto (A=4 a 5 pontos) RN, onde considera-se
o RN para M e A e, automaticamente para crianças com < 1 mês de idade
ou internadas na unidade de terapia intensiva. Concomitantemente foi
feita a avaliação antropométrica padrão (AAP) como triagem de RN, com
a utilização de peso corporal e estatura, comparando os dados do paciente
com um padrão de referência, nesses casos as curvas de crescimento da
Organização Mundial de Saúde 2006/2007, então o paciente é caracterizado como RN ou sem risco nutricional (sRN). Foram incluídos pacientes
internados no setor de Pediatria, entre 15 de abril a 31 de maio de 2013, no
total de 101 triagens. Resultados: Do total de pacientes, 26 (25,7%) tinham
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
124
Suplemento Nutrição Clínica/2013
< 1ano, 38 (37,6%) de 1ano a 4anos e 11meses, 18 (17,8%) de 5anos a
9anos e 11meses, 17 (16,8%) de 10anos a 14anos e 11meses, e 2 (1,98%)
de 15anos a 19anos, sendo 57 (56,4%) masculinos e 44 (43,6%) femininos,
p=0,288. Pela AAP, 91 (90,1%) foram sRN e 10 (9,9%) RN, p=0,000, pelo
StrongKids, 33 (32,67%) B e 68 (67,3%) M e A, p=0,002. Houve diferença
significativa entre os valores de AAP RN e StrogKids RN, p=002 e, todos
os pacientes em RN para AAP estavam inseridos no grupo de RN pelo
StrongKids. Conclusão: A caracterização do RN nos pacientes pediátricos
deve ser feita de forma adequada utilizando-se a ferramenta de triagem
nutricional apropriada, caso contrário o RN poderá ser subestimado na IH.
P-303 TEMPO DE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO EM PACIENTES NUTRIDOS
E EM RISCO NUTRICIONAL DE CIRURGIAS ELETIVAS DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
RAYSA ROCHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SERGIPE); ANDREZA ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); SUELEN LINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LEILA GOMES (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE); MARINA ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE ); ISIS DORIA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
Introdução: A desnutrição no período pré-operatório está associada a
maiores riscos de complicações, maior tempo de permanência hospitalar,
incidência de infecção, mortalidade e retardo da cicatrização de feridas.
O surgimento dessas intercorrências é potencializado mediante jejum préoperatório prolongado (>2 horas) no qual ocorrem alterações metabólicas,
mesmo em cirurgias eletivas de pequeno porte. Objetivo: Identificar o
estado nutricional e o tempo de jejum pré-operatório de pacientes cirúrgicos
Método: Trata-se de um estudo transversal com uma amostra de pacientes
em pré-operatório de cirurgia eletiva. Foram realizadas triagem e avaliação
nutricional, por meio da Nutritional Risk Screening – 2002 (NRS-2002) e
da Avaliação Subjetiva Global (ASG) ou Mini Avaliação Nutricional (MAN),
de acordo com a faixa etária específica, nas primeiras 24 horas após
admissão na clínica cirúrgica. Além disso, foi coletado o período de jejum
pré-operatório dos pacientes cirúrgicos. Adotou-se nível de significância
estatística de 5% ou p&#706;0,05. Resultados: A amostra foi composta por
32 pacientes, com idade média de 49,5±15,8 anos, sendo 84,4% do gênero
feminino. De acordo com os métodos de classificação do estado nutricional
empregados, 62,5 % dos pacientes estavam nutridos e 37,5% com desnutrição. O tempo médio de jejum pré-operatório foi 14,7±5,5 horas nos
pacientes classificados como desnutridos e 15,80±3,1 nos nutridos. Não
foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre as categorias
de estado nutricional com relação ao tempo de jejum pré-operatório
(p=0,861). Conclusão: A detecção da presença de desnutrição em 1/3 dos
pacientes no período pré-cirúrgico e o prolongado tempo médio de jejum
pré operatório no presente estudo, representam um dado agravante que
pode intensificar a resposta ao estresse metabólico do trauma cirúrgico e,
consequente, surgimento de complicações pós-cirúrgicas
P-304 COMPARAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E HÁBITOS DE ALCOOLISMO ENTRE PACIENTES COM PANCREATITE CRÔNICA ALCOÓLICA
COM E SEM DIABETES ASSOCIADO
ANGELICA ROCHA DE FREITAS MELHEM (UNIFESP); SIMONE CARLA
BENINCÁ (UNIFESP); ERMELINDO DELLA LIBERA JÚNIOR (UNIFESP);
RENATO DUFFLES MARTINS (UNIFESP); CARLOS FISCHER DE TOLEDO
(UNIFESP); JAIME ZALADECK GIL (UNIFESP)
Introdução: A pancreatite crônica (PC) pode levar à perda progressiva
das funções endócrina e exócrina do pâncreas. A insuficiência pancreática
endócrina pode levar ao desenvolvimento de diabetes secundário à PC,
sendo que estes pacientes são, em sua maioria, desnutridos. Objetivo:
Comparar o estado nutricional de pacientes com pancreatite crônica alcoólica (PCA), com e sem diabetes associado. Método: Estudo transversal,
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de
São Paulo (UNIFESP), realizado com 37 pacientes, do gênero masculino,
com pancreatite crônica de etiologia alcoólica, provenientes do Ambulatório
de Pâncreas e Vias Biliares, da Disciplina de Gastroenterologia Clínica, da
UNIFESP – Escola Paulista de Medicina (EPM). Os pacientes foram estratificados em dois grupos (com diabetes associado – DA e sem diabetes
associado – SDA). Foi realizada uma anamnese específica (verificando
hábitos alimentares e características clínicas), avaliação antropométrica
(peso, estatura, índice de massa corporal – IMC, dobras cutâneas, circunferência do braço e circunferência da cintura), e da composição corporal
(cálculos da área muscular do braço – AMB e circunferência muscular do
braço – CMB). Utilizou-se o Teste do Qui-quadrado e o Teste-T de Student
para comparação das frequências e médias entre os grupos. Resultados:
A idade média foi de 50,43 anos (9,97), com tempo médio de diagnóstico
de PC de 94,03 meses (83,47), sendo que 59,46% tinham diabetes (tempo
médio de 90,27 (67,87) meses). A idade média de início da ingestão de
bebidas alcoólicas foi menor nos pacientes com PCA e DA [19,36 anos (7,57)
x 27,47 anos (15,57), p=0,004]. Não foi observada diferença significante
entre os grupos com relação ao consumo diário de etanol e o tipo de
bebida consumida. Com relação ao estado nutricional, não houve diferença
significante na prevalência de desnutrição entre os grupos, na avaliação
do IMC. Porém, os pacientes com PC e DA, tiveram maior prevalência de
desnutrição nas avaliações da CMB e na AMB (72,7% x 33,3 p=0,018).
Conclusão: A maioria dos pacientes com PCA avaliados estavam eutróficos
quando avaliados apenas pelo IMC, sem diferença entre os grupos com DA
e SDA. No entanto, os pacientes com DA apresentaram maior prevalência
de desnutrição na avaliação da composição corporal (AMB e CMB).
P-305 SERUM LEVELS OF VITAMIN D IN PATIENTS UNDERGOING
HEMATOPOIETIC STEM CELL TRANSPLANTATION
ANDREA PEREIRA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN); SILVIA PIVOCARI
(HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN); JULIANA SILVA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN); MARCIA TANAKA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT
EINSTEIN); BARRERE ANA PAULA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN);
NELSON HAMERSCHLAK (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN)
Introduction: There are few studies on the behavior of vitamin D in patients
undergoing Hematopoietic Stem Cell Transplantation (HSCT), although
vitamin D serum levels are associated with use of corticosteroids and
immunosuppressive drugs. In some studies, vitamin D deficiency in patients
after HSCT is associated with reduced bone density, GVHD and increased of
parathyroid hormone. This deficiency often is not investigated. Objective:
To study vitamin D deficiency in patients undergoing to HSCT. Methods: 51
patients who underwent HSCT at Albert Einstein Hospital, São Paulo, Brazil,
were studied (28 male, 23 female) with a mean age of 50 ± 16 years, in
the period from 2012 to 2013. Results: 54 % had serum levels of vitamin D
&#8804; 50 nmol/l. And, 12% had serum levels of vitamin D &#8804; 25
nmol/l. A multivariate analysis showed that more age and higher Body Mass
Index (BMI) were significantly associated to lower serum levels of vitamin D.
A negative correlation was found between BMI and serum level of vitamin
D (rp=0,37). Conclusion: The use of corticosteroids, immunosuppressive
drugs and less lack of sun exposure during the HSCT and during the first
year post-HSCT are associated with a greater tendency to deficiency of
vitamin D. This deficiency can cause muscle and bone problems, which
can be prevented with diagnosis and early treatment. The deficiency of
vitamin D should be carefully investigated in the elderly and obese patients.
P-306 CORRELAÇÃO DA CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS COM
VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E DE MORBIDADE EM PACIENTES
CRÍTICOS
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
125
Suplemento Nutrição Clínica/2013
RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE); MILENA CAROLINE TERTULIANO
DE LIMA (PROCAPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE); ADNA
JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (ICB/UPE); CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO
(PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES (PROCAPE)
A prevalência da desnutrição em pacientes críticos é bastante elevada,
sendo a sua detecção precoce decisiva para a sobrevida do paciente. O uso
da contagem total de linfócitos (CTL) como marcador de estado nutricional
ainda é controverso na literatura. Objetivo: Avaliar a correlação entre CTL
com o estado nutricional e morbidade em pacientes cardiopatas críticos.
Método: Estudo retrospectivo, realizado em UTI Coronariana, entre Março
e Julho de 2013, envolvendo indivíduos adultos e idosos,de ambos os sexos.
As variáveis avaliadas foram: circunferência do braço(CB), prega cutânea
tricipital (PCT), circunferência da panturrilha (CP), área muscular do braço
corrigido (AMBc), tempo de internamento e de ventilação mecânica(VM). Os
dados foram analisados no software SPSS 13.0. As variáveis foram correlacionadas através do teste linear de Pearson com nível de significância <5%.
Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (nº protocolo
274.057).Resultados: A casuística foi composta por 73 pacientes, com
idade média de 60,2±16,5 anos e 53,4% do sexo masculino. As principais causas de internamento foram Infarto Agudo do Miocárdio (41,1%)
e Insuficiência Cardíaca descompensada (28,8%). A média do tempo de
internamento foi 11,5±12,4 dias. A hipertensão foi a comorbidade mais
prevalente (56,2%), seguida do diabetes mellitus (24,7%) e insuficiência
renal em tratamento dialítico (20,5%). A desnutrição foi identificada em
19,2% da amostra, por meio da CTL. Ao longo do internamento, 42,5%
dos pacientes fizeram uso de VM, com tempo médio de 17,9±14,4 dias. A
CTL se correlacionou positivamente com percentual de adequação de CB
(r=0,390; p=0,002) e PCT (r=0,414; p<0,001). Não houve correlação com
tempo de VM e internamento, CP e AMBc. Conclusão: Apesar dos resultados
terem indicado correlação da CTL com algumas variáveis antropométricas,
seu uso como indicador do estado nutricional em pacientes críticos precisa
de evidências mais consistentes para que seja recomendado na prática
clínica, sobretudo isoladamente.
P-307 PERFIL SOCIAL E NUTRICIONAL DE PORTADORES DE DOENÇA
PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ATENDIDOS EM UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
MARYANE GABRIELA TAVARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); ALEXSANDRA CAMILA SANTOS
DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); LUYSE
MANUELLY DE OLIVEIRA LUNA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); POLIANA COELHO CABRAL (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PENAMBUCO); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória caracterizada pela presença de obstrução crônica do
fluxo aéreo, progressiva, causada primariamente pelo tabagismo. Apresenta
complicações que afetam o estado nutricional, como a desnutrição, sendo
a ingestão inadequada de alimentos e o gasto energético aumentado os
principais mecanismos para sua gênese. Entretanto, estudos mostram que
pacientes que sofrem de DPOC grave apresentam taxa de mortalidade
diminuída de acordo com o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC).
Objetivo: Descrever o perfil socioeconômico e nutricional dos pacientes
com DPOC atendidos a nível ambulatorial de um Hospital Universitário.
Método: Estudo transversal, realizado entre setembro/novembro de 2012,
a nível ambulatorial de um Hospital Universitário, com adultos e idosos
de ambos os sexos, diagnosticados com DPOC. Para coleta de dados foi
realizado um questionário socioeconômico e ambiental, e avaliação antropométrica (peso, altura e circunferência da cintura - CC). Foi calculado o
IMC - peso corporal (kg)/altura (m)², com os valores entre 22 e 27 kg/m²
para eutrofia, segundo o Nutrition Screening Initiative, a American Academy
of Family Physicians e a American Dietetic Association (2002); e a CC foi
aferida no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca com uma
fita métrica não extensível de acordo com as normas e os pontos de corte
recomendados pela OMS (1998). A análise das variáveis foi feita através
do programa epi-info 6.04. Resultados: Foi estudado 30 pacientes, sendo
70% do sexo masculino, 64% possuindo ensino fundamental incompleto e
68% com renda &#8804; 1 salário mínimo. 93% eram tabagistas por mais
de 20 anos, com início do hábito de fumar entre 10-20 anos de idade;
enquanto 7% eram fumantes passivo. 50% foram classificados com excesso
de peso, 27% eutróficos e 23% baixo peso. Quanto a CC, 57% apresentaram
algum grau de obesidade abdominal. Conclusão: Verificou-se uma alta
incidência da doença em pacientes do sexo masculino, ex tabagistas, de
baixa renda, com excesso de peso e obesidade abdominal.
P-308 CORRELAÇÃO DA DIMAMOMETRIA MANUAL COM OUTROS
MÉTODO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES RENAIS
CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
JAQUIELE ARAÚJO DE LIMA CALADO (UPE/HUOC); JAQUELINE MAGALHÃES SOUZA (UPE/HUOC); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (UPE/
HUOC); ANDRÉIA LIRA SANTOS (UPE/HUOC); CAMILA LOURENÇO
BATISTA (UPE/HUOC); EDUILA MARIA COUTO SANTOS (UFPE)
Introdução: A desnutrição protéico-calórica é conhecida em pacientes
com doença renal crônica em hemodiálise e está associada ao aumento
da morbidade e mortalidade. A dinamometria manual (DM) é um teste
funcional dos músculos esqueléticos que está sendo utilizado para avaliar
o estado nutricional tanto em populações saudáveis quanto em pacientes
internados. Objetivo: Avaliar a correlação da função muscular, por meio
da DM, com outros métodos de avaliação nutricional. Método: Estudo
transversal com 101 pacientes submetidos à hemodiálise, com idade
de (49,81±16,01), sendo 53,4% do sexo masculino. Foram estudados
parâmetros antropométricos, bioquímicos, avaliação nutricional subjetiva
global, bioimpedância elétrica, músculo adutor do polegar (MAP) e DM.
O material utilizado foi balança de precisão, adipometro científico, estadiometro, bioimpedância elétrica, fita métrica, questionário de avaliação,
dinamometro e prontuários. Para análise estatística utilizou-se o teste
Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados e para
correlação os testes de Pearson para dados normais e Spearman´s para
dados não normais. Resultados: Verificou-se correlação da DM do lado
não dominante com Ureia pós hemodiálise (r =0,22; p<0,02), creatinina
(r =0,25; p<0,01), %gordura (r = -0,38; p<0,00), MAP (r =0,18; p<0,04)
e %massa magra (r =0,38; p<0,00). Conclusão: A DM pode ser uma
alternativa eficaz para avaliação do estado nutricional de pacientes renais
visto que houve correlação com outros métodos de avaliação já utilizados.
P-309 INDICADORES DE QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL EM
UM HOSPITAL PRIVADO – UMA ANÁLISE AO LONGO DE 5 ANOS.
NARA LUCIA ANDRADE LOPES SEGADILHA (HOSPITAL COPA DOR); KARLA
LOPES PEREIRA GOMES (HOSPITAL COPA DOR); EDUARDO EIRAS MOREIRA
DA ROCHA (HOSPITAL COPA DOR); LILIAN MARIA SOBREIRA TANAKA
(HOSPITAL COPA DOR); RODOLFO EDUARDO ANDRADE ESPINOZA
(HOSPITAL COPA DOR); MARGARETH FERVENTIS DA ROCHA VAZ COSTA
(HOSPITAL COPA DOR)
Introdução: A Terapia Nutricional (TN) deve ser monitorada para garantir
o cumprimento das normas e processos, fundamentais na assistência
de qualidade ao paciente. Os resultados da TN podem ser medidos por
indicadores de qualidade (IQ), que contribuem para o aprimoramento
da assistência per se. Objetivo: Analisar os IQ da TN estabelecidos pela
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) em um hospital
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
126
Suplemento Nutrição Clínica/2013
privado. Método: De Janeiro de 2008 a Dezembro de 2012 foram avaliados
retrospectivamente os relatórios mensais da EMTN, contendo os IQ. Foram
analisados todos os pacientes em TN, enteral (NE) e parenteral (NP);
obstrução (O) de cateteres, gastrostomias e jejunostomias; perdas de frascos
(Fr) de 1L para NE; utilização das formulações poliméricas (FP) e oligoméricas (FO); percentuais de administração (%Ad) da NE e da NP prescritas;
dias, à partir do início da TN, para atingir o valor calórico total calculado
com a NE (DpNE) e com a NP (DpNP); média de dias em NE (mdNE) e
em NP (mdNP) desses pacientes durante a internação hospitalar e seus
desfechos. A estatística foi paramétrica com significância em &#8804;5%.
Resultados: Foram acompanhados 5532 pacientes em TN, sendo 5179
(94%) em NE e 353 (6%) em NP, p=0,0001. Em média, a ocorrência de O
não aumentou significativamente, p=0,236, com 336 (6%) no total. Foram
utilizados 91071(99,67%) e inutilizados 295(0,33%) Fr, p=0,0001, com
correlação positiva e significativa entre número de pacientes em NE e a
perda de Fr, r=0,54 (p<0,001). As FP foram utilizadas em 4325 (84%) e
as FO em 857 (16%) pacientes, p=0,0001. O %Ad de NE foi 93±2% e NP
90±7%, aumentando e diminuindo no período para NE e NP, p=0,0001 e
p=0,043, respectivamente. DpNE foi 3,56±0,43, com pequeno aumento,
porém significativo, p=0,0001, e o DpNP 4,57±1,32, com aumento no
período, p=0,001. Observou-se a mdNE (10,99±1,23) diferente da mdNP
(9,36±3,47), p=0,0001, bem como o total de pacientes e o n° de dias, em
NE e NP, relativamente maiores para a NE, ao longo do período, p=0,0001
e p=0,002, respectivamente. Houve diferença significativa entre as altas
(1811 – 32,7%) e óbitos (836 – 15,1%), p=0,0001. Conclusão: A atuação
da EMTN foi eficaz pela monitoração da O e na perda de Fr para a NE,
apesar do aumento do n° de pacientes, bem como na utilização dos tipos
de FP e FO, no controle dos %Ad e nos DpNE e DpNP, esse maior ao longo
do período, possivelmente pela gravidade dos pacientes.
P-310 RISCO NUTRICIONAL E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES
CARDIOPATAS
LARISSA PESSOA VILA NOVA (PROCAPE/UPE); MARINALDO FREIRE
LUSTOSA (PROCAPE/UPE); MILENA CAROLINE TERTULIANO DE LIMA
(PROCAPE/UPE); RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE/UPE); ADNA
JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (ICB/UPE); CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO
(UFPE)
Introdução: A triagem é uma importante ferramenta para detecção do
risco nutricional e para que sejam instituídas medidas de intervenção nutricional mais precocemente, devendo ser realizada em todos os pacientes
hospitalizados. Objetivo: Verificar a prevalência de risco nutricional e os
fatores associados em pacientes cardiopatas. Método: Estudo prospectivo,
realizado em um hospital cardiológico, entre fevereiro de 2011 e junho
de 2013. Foram avaliados pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos.
Aqueles que apresentavam edema foram excluídos da amostra. Foi realizada a triagem do risco nutricional através do protocolo da Nutritional
Risk Screening (NRS, 2002) nas primeiras 48h do internamento hospitalar.
Foram consideradas as variáveis: diagnóstico clínico, circunferência braquial
(CB) índice de massa corpórea (IMC) e hemoglobina sérica. Este estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (nº protocolo 346.129/2013).
Os dados foram analisados no programa SPSS, versão 13.0. Para as análises
dos resultados, foi adotado como significativo p < 0,05. Resultados: Foram
avaliados 495 pacientes cardiopatas, com média de idade 58,1±14,1 anos,
sendo 52,9% do sexo masculino. Predominou os pacientes com diagnóstico
de coronariopatias (63,2%) e valvopatias (22,6%). A prevalência de desnutrição segundo o IMC foi 16,4% e de acordo com a CB foi 42,1% e anemia
foi verificada em 45,7% dos indivíduos. A prevalência de risco nutricional
foi 16,4%, sendo maior entre os idosos (p=0,049), desnutridos segundo o
IMC (p<0,001) e CB (p=0,001). Não houve associação com a hemoglobina
sérica e com o diagnostico cardíaco de base. Conclusão: A avaliação da
triage m de RN é uma ferramenta imprescindível para realizar na admissão
do paciente hospitalizado e acompanhar a evolução da situação clínica.
O EN influencia diretamente na avaliação da triagem nutricional, quanto
mais comprometido o paciente foi maior a probabilidade de apresentar RN.
Dentre os diagnósticos cardiovasculares analisados que mais interferiu no
EN e RN foram as coronariopatias. Logo, faz-se necessário que a intervenção
nutricional seja feita o mais precoce possível a fim de recuperar ou manter
o EN adequado e diminuir o tempo de internamento.
P-311 ESTADO NUTRICIONAL DE PORTADORES DE DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS INTERNADOS EM UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
NAYANE SANTIAGO BARRETO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); RAFAEL
PINTO LOURENÇO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); ANDRÉ FILIPE
PINHEIRO GÓES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); DANIELE LIMA
TRAVASSOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); PAULO HENRIQUE SANTOS
ANDRADE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); MÁRCIA MARIA MACÊDO LIMA
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS)
Introdução: A manutenção do adequado estado nutricional (EN) é essencial, tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão, diabetes,
doenças cardiovasculares, câncer. Objetivo: Avaliar o EN de portadores
de DCNT internados em um hospital universitário. Método: Estudo transversal, realizado entre junho e julho de 2013 com 27 pacientes adultos e
idosos, de ambos os sexos, portadores de DCNT, internados em um hospital
universitário. Os dados foram obtidos a partir da ficha de notificação
dessas doenças, implantada pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica
deste hospital. As variáveis selecionadas para análise foram: presença de
doença crônica (doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e hipertensão),
gênero, idade, peso, altura e circunferência da cintura (CC). Realizou-se o
diagnóstico do EN segundo o índice de massa corporal (IMC = P/A2), com
classificação de acordo com os pontos de corte recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Classificou-se também o risco para complicações
metabólicas associadas com a obesidade a partir dos valores obtidos com
a CC. Resultados: Em relação à presença de DCNT, foram notificados 10
casos de diabetes, 14 casos de hipertensão, 15 casos de câncer e 01 de
acidente vascular cerebral (AVC), sendo em alguns casos registrado mais
de 01 tipo de doença crônica por paciente. Quanto à caracterização dos
pacientes, a idade média foi de 58 anos, dos quais 52% (n = 14) eram do
sexo feminino. Para as variáveis peso e altura, observou-se peso médio de
65,7 Kg, enquanto que a altura foi de 1,63 m. Já o IMC médio foi de 24,7
Kg/m2, cuja classificação é de sobrepeso e a circunferência da cintura foi de
94 cm para homens e 89 cm para as mulheres, classificadas como de risco
aumentado e substancialmente aumentado para complicações metabólicas,
respectivamente. Conclusão: O conhecimento do EN permite intervir na
prevenção e controle das DCNT, principalmente no que se refere ao ganho
excessivo de peso, por ser um dos fatores de risco para essas doenças.
P-312 AVALIAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL EM UM COMPLEXO
HOSPITALAR DE REFERÊNCIA EM SÃO PAULO (SP)
THAIS C. CARDENAS (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO/
ICESP); MITSUE ISOSAKI (INCOR DO HCFMUSP); HELENICE MOREIRA
DA COSTA (INCOR DO HC-FMUSP); ADRIANA SERVILHA GANDOLFO
(INSTITUTO DA CRIANÇA HC-FMUSP); ANA CLÁUDIA DA SILVA (INSTITUTO
CENTRAL DO HC-FMUSP); JÉSSICA HELENA DA SILVA (HOSPITAL AUXILIAR
DE COTOXÓ DO HC-FMUSP)
Introdução: A presença de risco nutricional está associada a maior tempo
de permanência hospitalar, maiores complicações e maiores chances de
óbito. A triagem nutricional para identificação do risco deve fazer parte
da avaliação inicial em instituições de saúde. A importância da triagem
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
127
Suplemento Nutrição Clínica/2013
é reconhecida pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria 343/2005.
Objetivo: Avaliar o risco nutricional de pacientes hospitalizados em
diversos institutos especializados de um complexo hospitalar de referência
nacional. Método: O levantamento do risco nutricional foi realizado em 8
institutos de um complexo hospitalar de referência em São Paulo (SP) em
março/2013, considerando 20 dias úteis para avaliação. Foram utilizadas
as ferramentas NRS-2002 (Nutritional Risk Screening-2002) para adultos
e idosos e a STRONG KIDS (Screening tool for risk of nutritional status and
growth) para crianças (de 1 mês até 17 anos 11 meses e 29 dias) aplicadas
em até 48h de internação. O número médio de leitos/nutricionista foi de
47,7. Resultados: Os institutos possuíam, em média, 320,5 leitos (mínimo
66 – máximo 938). A média da taxa de ocupação foi de 84,0% (69,0-93,0%),
com permanência hospitalar média de 24,4 dias (7-120 dias). O número de
internações por mês variou de 16 (em um hospital de retaguarda) a 1829
(em um hospital geral). Foram avaliados 1.811 pacientes adultos e 257
crianças, sendo 14 em hospital de retaguarda (média de permanência: 120
dias e número de internações reduzido) e 565 pacientes em hospital geral
(média de permanência: 7 dias). A frequência de realização da triagem
nutricional, em até 48 horas da internação, oscilou de 30% (em hospital
geral) a 100% (no hospital de retaguarda). Os índices de risco nutricional
para adultos variaram de 18,0% (em um instituto de ortopedia e traumatologia) a 56,0% (em um instituto do câncer). Para o grupo das crianças,
considerando o resultado de alto e médio risco nutricional, observou-se
variação de 27,0% (em um hospital geral) a 85,0% (em um instituto de
cardiologia). Conclusão: Observou-se elevado percentual de risco nutricional, principalmente em pacientes oncológicos e de cardiopediatria,
o que demanda cuidado nutricional precoce na tentativa de minimizar
complicações e desfechos negativos. O percentual de pacientes triados
em <48h foi baixo devido ao grande número de internações somado ao
insuficiente número de nutricionistas/leito. Ações junto aos gestores são
necessárias para evitar a desnutrição hospitalar que representa um ônus
financeiro ao sistema de saúde em decorrência das complicações e de
períodos de internação prolongados.
P-313 PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PACIENTES OBESOS CLASSE III
MEURY KETTERYN MONTEIRO EVANGELISTA DA COSTA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); ALYNE DAYANA ALMEIDA
DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); JACQUELINE
MARIA DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); FLÁVIA
NUNES SALVIANO BRASIL (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ);
CRISTIANE PEREIRA DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ)
Introdução: O aumento da prevalência da obesidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento a caracteriza como uma epidemia mundial. Isto
confirma a hipótese de que a mesma é determinada por fatores genéticos
e ambientais, destacando-se os fatores socioeconômicos. Objetivo: Avaliar
o perfil socioeconômico de pacientes obesos internados para realização
de cirurgia bariátrica em serviço de referência. Método: Foram estudados
pacientes obesos, com idade maior que 18 anos, de ambos os sexos.
Através de questionário obteve-se informações sobre sexo, idade, estado
civil, escolaridade, situação empregatícia, número de pessoas na família,
renda familiar, dados comportamentais (tabagismo e etilismo) e doenças
prévias. Em prontuário foi recolhido peso e altura. Na determinação do nível
socioeconômico foi empregada os Critérios de Classificação Econômica do
Brasil. Efetuada análise estatística com Statistical Package for Social Sciences
(SPSS), versão 13.0. Resultados: Foram avaliados 39 pacientes com idade
média de 38,64+ 9,2 anos, sendo 87,2% mulheres. A maioria dos pacientes
era casada (61,5%), com ensino médio completo (51,3%) e desempregada
(51,3%). A maior parte das famílias (30,8%) era composta de 3 integrantes,
com variação de 1 a 7, e renda mensal média de R$ 1928,02+1022,3. A
classe social baixa foi mais prevalente (94,9%) com representatividade maior
da C1 (43,6%). Os níveis de tabagismo (10.3%) e etilismo (25,6%) foram
baixos. Em relação as comorbidades, 38,5% apresentaram diabetes tipo 2,
25,6% apnéia do sono, 59,0% hipertensão arterial, 28,2% dislipidemia, 7,7%
doença arterio-coronariana e 20,5% doenças articulares degenerativas. Não
houve correlação entre a renda média familiar com o peso, IMC e surgimento
de comorbidades. Conclusão: Embora haja maior facilidade de aquisição
de alimentos por indivíduos de alta renda as classes sociais mais baixas não
estão livres da obesidade, mesmo os indivíduos esclarecidos.
P-314 ANTROPOMETRIA E ESTILO DE VIDA EM PACIENTES COM
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ATENDIDOS
AMBULATORIALMENTE
ALEXSANDRA CAMILA SANTOS DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ/HUOC); MARYANE GABRIELA TAVARES (HOSPITAL
DAS CLÍNICAS); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UFPE);
POLIANA COELHO CABRAL (UFPE)
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença
tratável com efeitos extrapulmonares significantes que podem contribuir para
a deterioração nutricional do paciente. Além da dispneia, tosse, sibilância,
secreção e infecções respiratórias de repetição, consequências sistêmicas, tais
como fraqueza muscular, perda de peso e desnutrição são frequentemente
observadas. Dados da literatura sugerem alterações ponderais em portadores de DPOC, sugerindo a partir de recomendações de vários organismos
internacionais pontos de cortes mais elevados no índice de massa corporal
(IMC), do que os utilizados para indivíduos normais. Foi observado que entre
os pacientes que sofrem de DPOC grave a taxa de mortalidade é diminuída
de acordo com o aumento do IMC (isto é, pacientes obesos possuem menor
taxa de mortalidade), o que tem sido chamado “Paradoxo da Obesidade”.
(4) Segundo Fernandes, o IMC exerce grande influencia sobre a qualidade de
vida desses pacientes.(3). Objetivo: Avaliar antropometria e estilo de vida em
portadores de DPOC. Método: Estudo transversal, realizado entre setembro/
novembro de 2012, a nível ambulatorial de um Hospital Universitário,
com adultos e idosos de ambos os sexos, diagnosticados com DPOC. Para
coleta de dados foi realizado um questionário socioeconômico e ambiental,
e avaliação antropométrica dos pacientes. Para a avaliação antropométrica
foram utilizados: peso, altura, índice de massa corpórea (IMC), circunferência
do braço (CB), circunferência da panturrilha (CP), circunferência da cintura
(CC). A análise das variáveis foi feita através do programa epi-info 6.04.
Resultados: Participaram da pesquisa 30 indivíduos, dos quais 70% eram
idosos, 64% possuíam menos de 8 anos de escolaridade, 77% era de aposentados, 70% do sexo masculino e 67% possuía rendimento &#8804; 1 salário
mínimo. Na amostra houve predominância de indivíduos ex-tabagistas, que
fumaram por período &#8805; 20 anos, onde 67% eram sedentários. 50%
dos indivíduos estudados demonstraram, através do IMC, excesso de peso.
A gordura abdominal foi elevada em 57% dos indivíduos segundo CC, e
em relação a CB houve variação, onde 40% apresentou desnutrição e 40%
eutrofia. Através da CP, 84% dos idosos foram classificados como eutróficos.
Conclusão: Dentro das limitações do estudo, observamos que a DPOC
provoca elevadas alterações nos parâmetros antropométricos, associada ao
tabagismo atual e anterior a doença, e ao estilo de vida sedentário principalmente pós DPOC, corroborando para intensificação de tais alterações.
P-315 AVALIAÇÃO DA OFERTA CALÓRICA E PROTÉICA EM PACIENTES
SUBMETIDOS À TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL
MABELLE ALVES FERREIRA DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE
LOPES); KELLY SOUZA DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); SUAMY SALES BARBOSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); KAHULA CAMARA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); CÉLIA REGINA BARBOSA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CAROLINE MEDEIROS MACHADO (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
128
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A desnutrição hospitalar manifesta, por um lado, o perfil
nutricional da população e por outro, problemas nutricionais associados
aos processos patológicos. Segundo Logan e Hildebrandt, a desnutrição
proteica é um problema prevalente nos hospitais, afetando entre 30% a
60% dos pacientes. A terapia nutricional é peça fundamental nos cuidados
dispensados ao paciente, devido às evidências científicas que comprovam
que o estado nutricional interfere diretamente na sua evolução clínica.
Objetivo: Verificar o percentual de adequação da oferta calórica e proteica
das dietas administradas no tratamento dietoterápico nas diversas patologias. Método: Esta foi uma pesquisa de caráter retrospectivo e descritivo,
envolvendo a análise dos dados de 61 pacientes, internados em um Hospital
Universitário. Foram utilizados os Protocolos de Atendimento Nutricional
que continham variáveis demográficas, diagnóstico, tipo de dieta e sua via
de administração, bem como as medidas antropométricas e necessidades
nutricionais dos pacientes, sendo estes, separados por grupos de acordo
com suas patologias. Resultados: Houve uma distribuição heterogênea
quanto ao gênero, prevalecendo pessoas do sexo feminino (61%) com
idade média de 62±19,9 anos. Dos pacientes internados 38% eram da
neurologia, seguido por cirurgia do tratogastrointestinal (15%), neoplasia
(11%), nefrologia (10%), hepatologia (7%), gastroenterologia e cirurgia
geral (5%) e outros (10%). Na terapia nutricional 80% (n=46) pacientes nas
diversas patologias conseguiram atingir mais de 50% das suas necessidades
energéticas e 75% (n=46) proteicas, não apresentando diferenças entre
os grupos. Conclusão: A adequação da TNE é um desafio, uma vez que
são perfis de pacientes diferentes, cada um com inúmeras patologias e
suas comorbidades, dentre outras complicações. Desta forma, é essencial
a identificação dos principais fatores de interferência, monitoramento
clínico-nutricional,o uso de dietas específicas para cada patologia a fim
um eficiente suporte nutricional resultando em um bom prognóstico dos
pacientes em estado crítico.
P-316 TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA: AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO EM UM HOSPITAL DE
RECIFE- PERNAMBUCO.
NATHALIA FIDELIS LINS VIEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CELINA DE AZEVEDO DIAS (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA);
MIRELLA GONDIM OZIAS AQUINO DE OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA
INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); FABÍOLA KARINE ARRUDA
XAVIER PONZI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); EVELINE
CORREIA DA SILVA (HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA); ANA CAROLINA
RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA)
Introdução: Apesar da importância da adequada ingestão de nutrientes
e energia, os pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI)
frequentemente recebem um aporte nutricional inferior às suas necessidades. Os fatores que impedem a adequação desta oferta incluem os
relacionados à intolerância da dieta, associados às práticas de rotina de
enfermagem e de procedimentos e exames. A intervenção nutricional
adequada e precoce nesses pacientes reduz a mortalidade porque há uma
melhora na resposta metabólica ao estresse e na incidência de complicações
infecciosas. Objetivo: Descrever a adequação e oferta calórica e proteica
dos pacientes em UTI. Método: Foi realizado um estudo descritivo em
pacientes de ambos os sexos, internados em UTI com uso de terapia de
nutrição enteral (TNE) exclusiva por sonda ou ostomias por período > 72
horas, entre março e julho de 2011. A adequação nutricional foi considerada adequada quando atingiu &#8805; 90% das necessidades estimadas.
Resultados: A população do estudo foi de 45 pacientes, sendo a maioria
do sexo masculino (51%) e com idade média de 59 ± 17,7 anos. Em torno
de 91,1% e 64,4% dos pacientes atingiram a cota calórica e proteica
estimada, respectivamente. O aporte calórico estimado foi de 1689,4 ±
321,0 Kcal/dia, enquanto o ofertado foi de 1741,9 ± 298,0 Kcal/dia, tendo
uma adequação calórica de 104,5 ± 16,0 %. Já a cota proteica estimada
foi de 87,0 ± 14,7 g/dia e a ofertada de 80,9 ± 15,6 g/dia, com uma
adequação de 94,5 ± 18,7 % do estimado. Conclusão: Apesar da maioria
dos pacientes terem atendidos as necessidades calórico-proteicas estimadas,
a oferta calórica adequada foi presente em maior parte dos indivíduos
quando comparada à oferta proteica. O uso de fórmulas hiperproteicas
nos pacientes críticos poderia auxiliar para uma melhor adequação, assim
como a avaliação das possíveis causas de interrupções na administração
da TNE que impediriam a oferta adequada de proteínas.
P-317 PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ASSOCIADOS À OBESIDADE ABDOMINAL EM ADULTOS
RAYSA ROCHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE); CAROLINA BERGAMINI (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MARIA
BONFIM (UNIVERSIDADE TIRADENTES); KARINNE ARAUJO (UNIVERSIDADE
TIRADENTES); MÁRCIA CÂNDIDO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
Introdução: O excesso de peso em adultos está relacionado com o aumento
de tecido adiposo na região abdominal que é considerado um fator de risco
para as diversas morbidades, entre elas o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, alterações cardiometabólicas e dislipidemia. Objetivo:
Identificar a prevalência de fatores de risco em adultos com excesso de
peso e obesidade abdominal. Método: Trata-se de um estudo transversal
realizado com pacientes atendidos no ambulatório de nutrição de um
Hospital Universitário. Foram aferidos o peso, a estatura, a circunferência
da cintura (CC). Foi considerada CC &#8805; 80 para mulheres e > 94
para homens. Foi considerado com excesso de peso pacientes com Índice
de Massa Corporal (IMC) &#8805; 25 kg/m². Resultados: Este estudo foi
composto por 127 pacientes de ambos os gêneros com média de idade
46,83 ± 13,65 . A média de IMC foi 37,60 ± 7,24 e a CC 109,56 ± 15,03.
A prevalência de fatores de risco na população estudada foi: sedentarismo
(65,4%), dislipidemia (51,2 %), hipertensão arterial (41,7%), diabetes
(41,7%), esteatose hepática (26%), bebida alcoólica (25,2%), alterações
cardiometabólicas (19,7%), fumo (15,7%). Conclusão: Os pacientes da
amostra apresentaram uma alta prevalência de fatores de risco relacionados
ao excesso de peso e a obesidade abdominal, indicando a necessidade
de intervenção nutricional e monitoramento desses indivíduos visando a
redução do risco cardiovascular nos mesmos.
P-318 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES
OBESOS CLASSE III
MEURY KETTERYN MONTEIRO EVANGELISTA DA COSTA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); ALYNE DAYANA ALMEIDA DOS SANTOS
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); KAMILLA BRIANNI DE
ARAÚJO GOMES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); JAQUELINE
MAGALHÃES SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); SILVIA
ALVES DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); FLÁVIA
NUNES SALVIANO BRASIL (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ)
Introdução: A obesidade é uma doença crônica não transmissível caracterizada pelo excesso de tecido adiposo. A deposição visceral de gordura
e a resistência à insulina podem estar relacionadas ao surgimento da
síndrome metabólica (SM), aumentando a mortalidade geral de obesos
em 1,5 vezes e por doenças cardiovasculares em 2,5. Assim, sua identificação e o tratamento são fundamentais para redução da mortalidade.
Objetivo: Descrever a prevalência de síndrome metabólica em pacientes
obesos internados para realização de cirurgia bariátrica em serviço de
referência. Método: Foram estudados pacientes obesos, maiores de 18
anos, de ambos os sexos. Foi avaliado o peso, utilizando balança digital,
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
129
Suplemento Nutrição Clínica/2013
altura, aferida por estadiômetro compacto e circunferência da cintura (CC),
tomada com fita métrica inextensível. Dados de glicemia de jejum, triglicerídeos, colesterol HDL (HDLc) e pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica
(PAD) foram recolhidos em prontuário. Efetuada análise estatística com
Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. Resultados:
Foram avaliados 39 pacientes com média de idade de 38,64+ 9,2 anos,
sendo 87,2% mulheres. A média do IMC foi de 46,28+3,4, do peso
124,17+15,31 e da CC 125,7+12,0. Quanto aos parâmetros bioquímicos,
12 (30,8%) pacientes apresentaram alterações na glicemia, 26 (66,7%) no
HDLc, 16 (41%) no triglicerídeo, 26 (66,7%) da PAS e 18 (46,2%) da PAD.
Em relação a SM, 23 (59%) apresentaram 3 ou mais critérios diagnósticos da síndrome, sendo a CC, HDLc e PAS os que apresentaram maior
frequência, não havendo diferença nos pacientes mais velhos (P = 0,53).
Conclusão: O excesso de gordura que caracteriza a obesidade pode afetar
vários órgãos e sistemas, isso fica claro ao se observar a alta prevalência
de SM (>50%) encontrada. Por tanto, o tratamento da obesidade, por
técnicas cirúrgicas ou clínicas, tem importância fundamental na redução
da morbimortalidade desses pacientes.
P-319 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E USO DE TERAPIA NUTRICIONAL
EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS COLORRETAIS
MARIA IZABEL SIQUEIRA DE ANDRADE (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/
UFPE); JULIANA GONÇALVES TRIGUEIRO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/
UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE);
BRUNA LÚCIA DE MENDONÇA SOARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/
UFPE); DENISE SANDRELLY CAVALCANTI DE LIMA (HOSPITAL DAS
CLÍNICAS/UFPE)
Introdução: A avaliação do estado nutricional no pré-operatório de cirurgias colorretais (CCR) é essencial na determinação de alterações nutricionais, direcionando a implementação da terapia nutricional (TN) precoce e
influenciando o melhor prognóstico clínico nutricional no pós-operatório.
Objetivo: Avaliar o estado nutricional e o uso de TN no pré e pós-operatório
de CCR. Método: Estudo transversal, realizado com pacientes adultos e
idosos, de ambos os sexos, internados com indicação para CCR em uma
unidade hospitalar, no ano de 2012. As variáveis estudadas foram peso
atual, altura, peso habitual e percentual de perda de peso (%PP). Com os
dados de peso e altura foi calculado o IMC, o qual foi classificado segundo
a World Health Organization (1998) para adultos e LIPSCHITZ (1994) para
idosos. Informações com relação ao uso de terapia nutricional no pré e no
pós-cirúrgico também foram coletadas. A análise estatística foi realizada
pelo software SPSS 20.0. Resultados: Foram avaliados 54 pacientes com
idade de 58,7±14,9 anos, sendo 48,1% do sexo masculino. O diagnóstico
mais encontrado foi neoplasia de cólon (42,6%), neoplasia de reto (24,1%)
e sigmoide (18,5%), sendo as cirurgias mais realizadas as hemicolectomias
(38,9%), retossigmoidectomias (18,5%) e sigmoidectomias (13%). O IMC
médio foi 23,8±4,2Kg/m2, com 53,7% de pacientes eutróficos, 7,4%
desnutridos e 38,9% com excesso de peso. A PP involuntária foi relatada por
48,1% dos pacientes, onde o %PP foi de 16,7% em 5,9 meses, considerada
PP grave. Com relação ao uso de TN, no pré-operatório, 16,7% da amostra
fez uso de suporte nutricional por via oral. No pós-operatório, o uso da
TN por meio de sondas nasoentéricas (7,4%) e via oral (5,6%) foi mais
prevalente, com 3,7% da amostra necessitando de nutrição parenteral. O
maior percentual de pacientes avaliados no estudo não utilizou TN no pré/
pós-operatório (83,3% em ambas as ocasiões). Conclusão: No presente
estudo, foi encontrado maior número de indivíduos com diagnóstico
nutricional de eutrofia ou excesso de peso, segundo o IMC. No entanto,
o %PP evidencia o risco nutricional ao qual os pacientes estão expostos.
Grande parte da amostra estudada não utilizou TN, o que provavelmente
está associado ao fato de que o câncer colorretal não afeta de maneira
significativa o estado nutricional como em outros tipos de câncer, sendo,
por esse motivo, menos frequente o uso da TN.
P-320 PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DE PACIENTES MENORES DE
2 ANOS INTERNADOS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA
DO ESTADO DA PARAÍBA
SUÉLEN DE BARROS PINHEIRO (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA
PARAÍBA (FCM-PB)); ANA CLAUDIA FREIRE VIEIRA (FCM-PB); VANESSA
MEIRA CINTRA RIBEIRO (COMPLEXO PEDIÁTRICO ARLINDA MARQUES
(CPAM-PB)); RAQUEL BEZERRA BARBOSA DE MOURA (CPAM-PB); DÉBORA
SILVA CAVALCANTI (CPAM-PB); LÚCIA HELENA COUTINHO SERRÃO
(FCM-PB)
Introdução: Há uma alta incidência de internação hospitalar entre os
lactentes, sendo os problemas respiratórios a principal causa de internação;
contudo, outras doenças, como a desnutrição e a anemia, também podem
acometê-los. Objetivo: Traçar o perfil clínico e nutricional de pacientes
menores de 2 anos internados em hospital pediátrico de referência do
estado da Paraíba, detectando a prevalência de desnutrição e anemia e
correlacionando a presença de déficit nutricional com as variáveis gênero
e idade. Método: Esta foi uma pesquisa descritiva de caráter transversal,
envolvendo 50 menores de 2 anos, internados na clínica médica, durante
os meses de abril e maio de 2013. Foram coletadas na admissão diagnóstico, sinais e sintomas, valores de hemoglobina, bem como, medidas
antropométricas para a avaliação nutricional, utilizando os indicadores
peso-para-idade (P/I), estatura-para-idade (E/I), peso-para-estatura
(P/E) e IMC-para-idade (IMC/I) e a classificação nutricional descrita pela
Organização Mundial de Saúde (2006). Para a análise dos dados foi
utilizado o software estatístico SPSS na versão 20.0 e foi considerada diferença significativa quando o valor de p foi menor que 0,05. Resultados:
Observou-se uma maior incidência de internamento de lactentes do gênero
masculino (68%), com menos de seis meses de idade (74%). No que se
refere ao estado nutricional, foi encontrada a partir dos indicadores E/I,
P/I, P/E e IMC/I que 30,6%, 28,5%, 12,2% e 16,3%, da amostra apresentou déficit nutricional, respectivamente. A anemia esteve presente em
mais da metade dos lactentes (57%) e a pneumonia associada com outras
doenças, acometeu mais de 2/3 desses, o que constituiu a maior causa de
internamento. Correlacionando a presença de déficit nutricional com as
variáveis demográficas, foi verificado que não houve diferença significativa
entre os gêneros (p> 0,05). No entanto, o problema foi significativamente
maior (p< 0,05) entre os menores de 4 meses para todos os indicadores,
exceto pelo E/I. Conclusão: Além de ser um fator agravante para a permanência hospitalar, a desnutrição ainda é uma das causas de mortalidade
mais comuns entre crianças de todo o mundo. Portanto, conclui-se que é
necessário criar estratégias de intervenção nutricional a fim de identificar
os problemas nutricionais precocemente, verificar as relações desses com
o ambiente, alimentação e morbidades, e identificar as possíveis causas de
comprometimento nutricional, podendo reduzir o tempo de internamento,
melhorando a qualidade de vida destes pacientes.
P-321 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ATLETAS PORTADORES DE
DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
TALITA KIZZY BARBOSA BARRETO (UFS); RAQUEL SIMÕES MENDES NETTO
(UFS)
Introdução: O cuidado à saúde do portador de deficiência contribui para
melhoria de sua qualidade de vida. Aliado à nutrição adequada, o exercício
físico é importante para restaurar a saúde deles e para promover a inclusão
social, reabilitação e melhoria na qualidade de vida. Portanto, a avaliação
nutricional destes atletas é uma parceria para o rendimento no esporte e na
saúde. Objetivo: Avaliar o estado nutricional dos deficientes físicos praticantes de diferentes modalidades esportivas. Método: O estudo é do tipo
transversal exploratório realizado entre indivíduos esportistas participante
do Projeto Paradesporto de Sergipe da UFS. A avaliação antropométrica
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
130
Suplemento Nutrição Clínica/2013
incluiu a aferição do peso, altura e dobras cutâneas, como: tríceps, bíceps
e subescapular. Os dados coletados foram analisados no software SPSS
18.0. Resultados: Foram avaliados 13 deficientes físicos com idade média
de 34,38 de ambos os sexos (8 do sexo masculino e 5 do sexo feminino).
Sendo que 38,46%(5) apresentavam sequela de poliomielite, 30,76%(4) com
lesão medular e 30,76% (4) com amputação. Em relação ao IMC, 45,1%
dos paratletas apresentaram eutrofia, 30,7% com sobrepeso e 23,07%
com obesidade. Em relação à porcentagem de gordura corporal, 76,2%
foram classificados como alta porcentagem de gordura com as mulheres
apresentando maior grau. Conclusão: Através destes dados conclui-se que
a maior parte dos deficientes encontravam-se como IMC elevado e com
uma grande porcentagem de gordura. A antropometria dos portadores de
deficiência física demonstra o estado nutricional destes e viabiliza ao nutricionista uma melhor visão para intervenção nos problemas nutricionais que
acometem este grupo, melhorando a qualidade de vida e o desempenho
no esporte dos deficientes físicos.
P-322 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES RENAIS
CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIALISE
um total de 72 pré-escolares participantes da pesquisa. Foram aferidas
as medidas de peso e estatura. Os índices peso/ idade, estatura/ idade,
peso/ estatura e índice de massa corporal (IMC)/ idade, foram usados para
realizar as avaliações do estado nutricional utilizando o sistema Escore Z e
os pontos de corte proposto pela Organização Mundial de Saúde. Para a
identificação do excesso de peso foram considerados os valores acima de
+2DP Escores Z para o indicador de peso/estatura, e na identificação de
déficit nutricional, foram considerados os valores abaixo de -2DP Escores
Z para indicadores de estatura/idade, peso/idade e IMC/idade. Valores
de escore Z entre -2DP e +2DP classificaram eutrofia. Dos pré-escolares,
nenhum apresentou baixa estatura/ idade (Z<-2DP), contudo, 1,4% tinha
baixo peso/ idade, 6,9% apresentavam baixo peso/ estatura e 2,8% baixo
IMC/ idade. A maior prevalência de excesso de peso na população estudada foi evidenciada pelos índices IMC/idade (20,8%) e peso/ estatura
(30,6%). Enfatizando a tendência de aumento na prevalência de sobrepeso
e obesidade infantil observada tanto no Brasil como na América Latina
nos últimos anos.
P-324 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
JAQUIELE ARAÚJO DE LIMA CALADO (UPE/HUOC); JAQUELINE MAGALHÃES SOUZA (UPE/HUOC); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (UPE/
HUOC); ANDRÉIA LIRA SANTOS (UPE/HUOC); JACQUELINE MARIA DA
SILVA (UPE/HUOC); EDUILA MARIA COUTO SANTOS (UFPE)
Introdução: A doença renal crônica (DRC) pode ser definida como uma
síndrome clínica caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível
das funções renais que comina em diálise com frequente prevalência de
desnutrição proteico-energética. Objetivo: Avaliar o estado nutricional
de pacientes em hemodiálise. Método: Estudo transversal com 101
pacientes submetidos à hemodiálise, com idade de (49,81±16,01) sendo
53,4% do sexo masculino. Foram analisados parâmetros antropométricos,
bioquímicos e avaliação nutricional subjetiva global (ANSG). O material
utilizado foi balança de precisão, adipometro científico, estadiometro,
bioimpedância elétrica, fita métrica, questionário de avaliação e prontuários. Resultados: Houve prevalência de eutrofia em relação aos parâmetros: índice de massa corporal e percentual de gordura corporal (70,2% e
60,3% dos pacientes respectivamente) e desnutrição pela circunferência
do braço, circunferência muscular do braço, prega cutânea tricipital,
área muscular do braço e ANSG (70,2%, 49,5%, 72,2%, 64,3% e 55,8%
respectivamente). Os níveis séricos de ureia pós-hemodiálise e creatinina
ficaram acima da faixa de normalidade (81% e 64,3% respectivamente)
e abaixo para albumina e colesterol total (50% e 54% respectivamente).
Conclusão: Os resultados mostram prevalência de desnutrição, contudo
os dados bioquímicos devem ser analisados com cautela uma vez que
podem refletir a condição da doença.
P-323 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE PRÉ-ESCOLARES EM UMA
CRECHE GRATUITA DO MUNICÍPIO DE COARI – AM.
TAYNÁ OFÉLIA FREITAS SUAREZ (U); REGINA COELI DA SILVA VIEIRA
(UFAM); VERENA SILVA LIMA (UFAM)
Introdução: O diagnóstico nutricional da população infantil de um país
é essencial para aferir a evolução das condições de saúde. A avaliação
nutricional tem um papel importante, pois decorre da influência decisiva
que o estado nutricional exerce sobre a morbi-mortalidade no indivíduo.
O objetivo desta pesquisa foi avaliar o estado nutricional de crianças préescolares matriculadas em uma creche gratuita no município de Coari-AM
atualmente. A única creche gratuita do município atente uma população de
245 pré-escolares, com idades de três a quatros anos. O critério adotado
para a inclusão dos participantes foi a autorização do responsável, por meio
da assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido, resultando
MABELLE ALVES FERREIRA DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE
LOPES); KELLY SOUZA DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); SUAMY SALES BARBOSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); KAHULA CAMARA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); CÉLIA REGINA BARBOSA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CAROLINE MEDEIROS MACHADO (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES)
Introdução: Durante o uso da Terapia Nutricional Enteral (TNE), o paciente
pode apresentar sintomas gastrointestinais que prejudicam o suporte
nutricional adequado e podem interferir na sua evolução clínica e, consequentemente, na sua qualidade de vida. Os distúrbios gastrointestinais
são descritos como as principais complicações decorrentes do uso da TNE,
porém esses sintomas geralmente são de origem multifatorial, sofrendo
influência de aspectos como uso de medicamentos, ventilação mecânica,
grau de mobilidade e hidratação do paciente. Objetivo: Avaliar a presença
de sintomas gastrointestinais em pacientes submetidos a TNE em Hospital
Universitário. Método: Estudo observacional e retrospectivo, em que foram
utilizadas as fichas de acompanhamento nutricional de pacientes em uso de
TNE de um hospital universitário, em Natal-RN. Essas fichas contêm dados
demográficos, clínicos e nutricionais do paciente durante o seu tempo de
internamento com TNE. A partir dos registros nessas fichas, foi avaliada a
presença dos seguintes sintomas gastrointestinais: constipação (ausência de
evacuações por mais de 3 dias consecutivos), diarreia (mais de 3 episódios
de evacuações líquidas ou líquido-pastosas por dia), vômitos e presença de
resíduo gástrico. Resultados: Foram avaliados 65 indivíduos em uso de
TNE, sendo 61,5% do gênero feminino (n=40) e 38,5% (n=25), masculino.
A idade média foi de 62,4 ± 19,4 anos. A amostra avaliada era composta
por pacientes das seguintes clínicas: neurologia (38,5%), cirurgia (18,5%),
gastrenterologia (12,5%), oncologia (10,8%), nefrologia (7,7%) e outros
(12,3%). Os sintomas gastrointestinais mais frequentes foram constipação
(58,5%), diarreia (27,7%), vômitos (12,3%) e resíduo gástrico (6,2%). Todos
os pacientes avaliados usavam bomba de infusão para administração da
dieta enteral. Conclusão: Observou-se que a amostra avaliada era bem
heterogênea no que diz respeito às características clínicas, predominando
pacientes internados pela neurologia e pela clínica cirúrgica. Os sintomas
gastrointestinais mais frequentes foram constipação e diarreia, os quais
requerem um manejo nutricional voltado para a superação desses distúrbios
de motilidade intestinal e recuperação da saúde do indivíduo.
P-325 INGESTÃO DIÁRIA DE ANTIOXIDANTES EM PACIENTES COM
ARTRITE REUMATOIDE DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
131
Suplemento Nutrição Clínica/2013
BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA (UFPE); PEDRITA MIRELLA ALBUQUERQUE QUEIROZ (UFPE); ÍSIS LUCÍLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO
(UFPE); SILVIA GOMES DE OLIVEIRA (UFPE); MARIA GORETTI PESSOA DE
ARAÚJO BURGOS (UFPE)
Introdução: Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória
sistêmica que compromete a membrana sinovial das articulações periféricas,
propiciando aumento de radicais livres (RL). A literatura tem desmonstrado
associação entre ingestão de antioxidantes e menor formação de RL, constatando que estes antioxidantes suprimem liberação de citocinas e apresentam
efeito protetor na AR. Objetivo: Verificar adequação da ingestão diária de
antioxidantes e comparar entre faixas etárias. Método: Estudo transversal do
tipo série de casos, duração de 10 meses (2012), com mulheres portadoras
de AR (adultas e idosas), do ambulatório de Reumatologia de um hospital
universitário. Para avaliar o consumo alimentar, utilizou-se questionário
de frequência semi-quantitativo, estruturado em cinco grupos de micronutrientes: vitamina A, C, E, zinco e selênio, álbum ilustrativo com medidas
caseiras, tabela de composição de alimentos para análise de consumo e DRIs
para avaliar adequação. Para construção do banco de dados utilizou-se Excel
e para avaliação estatística SPSS 18.0, teste t de student e nível de confiança
de 5%. Resultados: 53 mulheres, com 54,51 ± 4,24 anos (70% adultos e
30% idosos). Denotou-se adequação maior que 100% de vitamina A e C nos
adultos e inadequação de vitamina C e selênio nos idosos. Pode-se verificar
que o consumo de vitamina A (p=0,037), C (p=0,036) e zinco (p=0,038)
das idosas foi maior em relação às adultas. Conclusão: Concluiu-se que
pacientes com AR apresentaram baixo consumo de antioxidantes. Portanto,
ressalta-se importância de maior consumo de alimentos fontes, a fim de
contribuir na prevenção da lesão articular e perda da função reumática.
P-326 AVALIAÇÃO DO CONSUMO QUALITATIVO DE ESTUDANTES,
SEUS PAIS E MÃES DE DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA REGIÃO DE
JUNDIAÍ
SUZANA GONÇALVES BASCHIERA (CENTRO UNIVERSITÁRIOPADRE
ANCHIETA); ENARA AMADIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITARIO PADRE
ANCHIETA); TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE
ANCHIETA); CRISTIANO JOSÉ MENDES PINTO (CENTRO UNIVERSITÁRIO
PADRE ANCHIETA); BRUNO CARAMELLI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE
ANCHIETA); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE
ANCHIETA)
Introdução: As ocorrências de doenças cardiovasculares estão associadas
aos hábitos alimentares inadequados e falta de prática de atividade
física durante a vida.Objetivo: Avaliar o consumo qualitativo de estudantes, pais e mães de duas escolas públicas através do Questionário de
frequência Alimentar. Método: A avaliação foi feita utilizando o Questionário de Frequência de Consumo Alimentar composto por: sopas e
massas, carnes e peixes, leite e derivados, leguminosas e ovos, arroz e
tubérculos, verduras e legumes, frutas, bebidas, pães e biscoitos, doces
e sobremesa, sendo entrevistados 201 crianças, 104 pais, 219 mães
em uma escola e 227crianças, 130 pais e 213 mães em outra escola
municipal, sendo avaliado a frequência diária , semanal e mensal e
o número de vezes que era consumido cada alimento. Resultados:
Observou-se que a porcentagem de crianças que consome refrigerantes/
sucos artificiais diariamente (2xD)=29,1% e doces(1xD)=17,4% é
maior que a de derivados do leite (2xD)=16% e o consumo de pães e
biscoitos(1xD)=33,8% comparado a frutas(1xD)=20,17%, frituras(carne de
vaca frita (1xS)=22,5%, frango frito(1xS)=25,8%,ovo frito(2xS)=18,16%)
é maior que a de legumes((3xS)=19,7% e verduras(1xS)=20,17%. Na
outra escola obtivemos dados parecidos como exemplo:sucosartificiais/
refrigerantes(2xD)=24,2%, doces(1xD)=21,14% pães e biscoitos(2xD)=32%
sendo que frutas (1xD)=18,5% derivados do leite(1xD)=21,14% e carnes
vaca frita(2xS)=24,23%,frango frito(1xS)=27,75%, ovo frito(2xS)=22%)
sendo maior que o consumo de legumes(2xS)=15,7% leguminosas
(1xS)=13,65%. No questionário de pais obtivemos os seguintes dados:
pães e biscoitos(1xD)=40,38% e frutas(1xD)=23,07%, e outra escola
pães e biscoitos(1xD)=41,53% derivados do leite(1xD)=15,38%, no
quadro de mães temos: pães e biscoitos (1xD)=36,7% sucos artificiais/
refrigerantes(2xD)=18,72% e derivados do leite(1xD)=18,72% e outra
escola as mães consumiam doces(1xD)=23% e frutas (1xD)=19,24%
pães/biscoitos(1xD)=34,27% e pão integral (1xD)=7,51%. Conclusão:
A maioria dos sujeitos do estudo apresentaram consumo inadequado de
todos os grupos avaliados, sendo necessário a realização de trabalhos de
intervenção e educação nutricional nesta população.
P-327 PRESENÇA DE CO-MORBIDADES ASSOCIADAS À OBESIDADE
EM PACIENTES CANDIDATOS A CIRURGIA BARIÁTRICA
INGRID MARIA NOVAIS BARROS DE CARVALHO COSTA (ARACAJU/
SERGIPE); ANTÔNIO ALVES JÚNIOR (ARACAJU/SERGIPE); ELLEN DE
ALMEIDA SANTOS (ARACAJU/SERGIPE); LARISSA DAMASCENO MIRANDA
(ARACAJU/SERGIPE)
Introdução: As prevalências de excesso de peso e de obesidade aumentaram continuamente ao longo das últimas décadas. Em 30 anos, a prevalência de excesso de peso em adultos aumentou em quase três vezes no
sexo masculino (de 18,5% para 50,1%) e em quase duas vezes no sexo
feminino (de 28,7% para 48,0%). No mesmo período, a prevalência de
obesidade aumentou em mais de quatro vezes para homens (de 2,8% para
12,4%) e em mais de duas vezes para mulheres (de 8,0% para 16,9%).
Objetivo: Detectar a presença de co-morbidades associadas à obesidade
em pacientes candidatos a cirurgia bariátrica. Método: Estudo retrospectivo, descritivo, transversal realizado em um serviço particular de cirurgia
bariátrica no Estado de Sergipe, com 65 pacientes de ambos os sexos. Para
a análise estatística dos dados foram utilizadas as frequências e o Teste
Exato de Fisher. Resultados: A média de idade dos pacientes avaliados foi
de 36,09 (±11,42) anos, sendo 27,7% eram do sexo masculino e 72,3% do
sexo feminino. Segundo o IMC, 50,0% dos homens e 55,3% das mulheres
apresentavam obesidade grau II. Quanto às co-morbidades, verificou-se
que 56,9% dos pacientes apresentavam diagnóstico para hipertensão, no
qual 66,7% dos homens e 53,2% das mulheres eram hipertensos. Com
relação a diabetes, 23,1% do total da amostra eram diabéticos, sendo
detectado que 33,3% dos homens e 27,7% das mulheres apresentavam
essa co-morbidade. O colesterol total estava elevado em 66,1% do total
da amostra, com 88,9% dos homens e 57,4 das mulheres (p=0,028)
apresentando hipercolesterolemia. A hipertrigliceridemia foi visualizada
em 56,5% dos pacientes, verificando-se níveis séricos alterados em 68,8%
dos homens e 52,2% das mulheres. O LDL-colesterol estava elevado em
50% dos pacientes desse estudo, sendo observado que 62,5% dos homens
e 45,7% das mulheres apresentavam essa descompensação. Os níveis do
HDL-colesterol apresentaram-se abaixo da normalidade em 56,5% dos
pacientes, no qual 68,8% dos homens e 52,2% das mulheres estavam com
os níveis alterados. A esteatose hepática foi diagnosticada em 58,5% do
total da amostra, com 83,4% dos homens e 53,2% das mulheres (p=0,045)
apresentando essa co-morbidade. Conclusão: Os resultados apresentados
mostraram que a obesidade grau II era predominante nos dois gêneros.
Porém, a maior freqüência de co-morbidades foi verificada no gênero
masculino, sendo evidenciado um maior comprometimento do quadro
clínico nesses pacientes.
P-328 DIETA REPRESENTATIVA DO NORDESTE BRASILEIRO ASSOCIADA A UMA SOLUÇÃO DE AGUARDENTE DE CANA DE AÇÚCAR
ALTERA PERFIL LIPÍDICO DE RATOS LACTENTES.
YASMINN ALVES (UFPE - CAV); LUCIANA ORANGE (UFPE - CAV); CYBELLE
LIMA (UFPE - CAV); INDINA SILVA (UFPE -CAV); FRANCISCA BION (UFPE
- CAV)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
132
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: O álcool pode causar alterações em diversos órgãos e sistemas,
em particular no cardiovascular, como alterações no perfil lipídico. Objetivo:
Avaliar as repercussões da ingestão materna de uma solução de aguardente de cana-de-açúcar associada a uma dieta experimental composta
por alimentos consumidos frequentemente pela população do Nordeste
brasileiro (feijão carioquinha, arroz polido, farinha de mandioca, frango
de granja) durante a lactação, sobre o perfil lipídico de seus descendentes.
Método: Ratas lactantes Wistar (N=12) e seus filhotes (N=72) foram
randomizados em quatro grupos de 18 animais (9 machos + 9 fêmeas), de
acordo com a dieta oferecida e/ou a exposição a uma solução de aguardente (15% v/v): GDE (grupo dieta experimental controle); GDEA (grupo
dieta experimental álcool); GC (grupo dieta caseína); GCA (grupo dieta
caseína álcool). Ao final do experimento (21 dias de lactação), os animais
foram sacrificados para obtenção das amostras de sangue dos filhotes.
Foram verificados: o peso da ninhada e o perfil lipídico (Colesterol - CT,
Lipoproteína de alta densidade - HDL, Lipoproteína de baixa densidade LDL, Lipoproteína de muito baixa densidade - VLDL, Triglicerídeo - TG) dos
lactentes. Resultados: A dieta caseína (GC e GCA) promoveu maior ganho
de peso entre os lactentes, sendo que o GCA apresentou-se sempre com
maior ganho de peso. O GDEA apresentou valores significativamente mais
elevados de CT, TG, HDL, LDL e VLDL. Conclusão: A ingestão materna de
uma dieta experimental composta por alimentos consumidos frequentemente pela população do Nordeste brasileiro, associada a uma solução
de aguardente de cana de açúcar durante a lactação promoveu aumento
em alguns parâmetros do perfil lipídico dos seus lactentes o que pode
comprometer o estado nutricional e metabólico dos mesmos, aumentando
o risco de doenças cardiovasculares.
P-329 ARTRITE REUMATOIDE EM MULHERES ATENDIDAS EM UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS, ANTROPOMÉTRICAS E CLÍNICAS
BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA (UFPE); PEDRITA MIRELLA ALBUQUERQUE QUEIROZ (UFPE); ÍSIS LUCÍLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO
(UFPE); SILVIA GOMES DE OLIVEIRA (UFPE); MARIA GORETTI PESSOA DE
ARAÚJO BURGOS (UFPE)
Introdução: A artrite reumatoide é uma doença autoimune inflamatória que
compromete a membrana sinovial das articulações periféricas. Dados recentes
têm mostrado aumento da incidência das doenças reumáticas, em virtude do
envelhecimento populacional. Apesar de apresentarem etiologia desconhecida, estão relacionadas a fatores genéticos, hormonais e ambientais, como o
excesso de peso. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico, nutricional
e clínico de mulheres com artrite reumatoide. Método: Estudo transversal
do tipo série de casos com 53 mulheres atendidas ambulatoriamente no
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no período
de janeiro a outubro de 2012. Foram aplicados formulários previamente
estruturados para coleta dos dados sociodemográficos: procedência, estado
civil, ocupação, renda, escolaridade; antropométricos: peso, estatura, para
cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC); e clínico: uso de drogas antirreumáticas. A construção do banco de dados e da análise, realizadas pelos
programas Excel e SPSS versão 18.0. Resultados: O estudo foi composto
de 53 mulheres, com idade de 54,51 ± 4,24 anos e IMC médio de 25,97
± 5,94 kg/m². As mulheres eram em sua maioria da área urbana (54,7%),
estavam sem companheiro (52,8%), ativas no mercado de trabalho (77,4%),
com renda entre 1-3 salários mínimos (73,6%) e alfabetizadas (90,6%).
Quanto ao estado nutricional, foram registradas o baixo peso em 7,7%,
eutrofia (34,6%), sobrepeso (36,5%), obesidade (21,2%), totalizando 57,7%
de mulheres com excesso de peso. O uso de pelo menos uma droga antirreumática foi observado em 50,9% das entrevistadas. Registrou-se diferença
estatística entre as variáveis de procedência (p=0,04), ocupação (p=0,01) e
renda (p=0,02). Conclusões: Os achados apontam para frequências mais
elevadas das doenças em mulheres dos centros urbanos, economicamente
ativas, e com renda superior a 1 salário mínimo. O excesso de peso, prevalente na amostra, sugere a necessidade de uma intervenção nutricional mais
direcionada para essa população.
P-330 SOMATOTIPOLOGIA EM UNIVERSITÁRIOS
ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO
CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE)); NADIA TAVARES
SOARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE)); GABRIELA
OLIVEIRA COSTA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)); PATRÍCIA
SOARES DE MOURA (FORTALEZA-CEARÁ); CAROLINA VIEIRA LIMA
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE)); SANDRA MACHADO LIRA
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE))
Introdução: Somatotipo é uma forma de classificar a composição e a
forma corporal. É expresso em três números, o primeiro representando a
endomorfia – gordura corpórea, o segundo a mesomorfia – robustez em
relação à musculatura esquelética e o terceiro a ectomorfia – linearidade
corporal. Objetivo: Analisar o somatotipo de universitários de diferentes
cursos da área da saúde. Método: A amostra foi composta por 209
graduandos de ambos os sexos (129 mulheres, 85 homens), matriculados
nos seguintes cursos: nutrição, educação física, medicina, enfermagem e
medicina veterinária. A caracterização do somatotipo foi feita pelo método
de Heath-Carter. Esse método preconiza 10 medidas antropométricas (peso,
altura, dobras – tricipital, subescapular, supra-espinal e perna medial;
circunferências – braço flexionado e tenso e perna medial; diâmetros
ósseos – umeral e femural). Posteriormente, os valores dessas medidas
são adicionados a equações específicas de cada componente para que
sejam identificadas as categorias somatotípicas. Estas são estratificadas
em 13 subcategorias: ectomorfo endomórfico, ectomorfo equilibrado,
ectomorfo mesomórfico, endoectomorfo, endomesomorfo, endomorfo
ectomórfico,endomorfo equilibrado, endomorfo mesomórfico, mesoectomorfo, mesomorfo ectomórfico, mesomorfo endomórfico, mesomorfo
equilibrado e central. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa. Resultados: O somatotipo predominante entre os alunos
foi endomorfo mesomórfico, independente do curso. Na análise por sexo,
este perfil se manteve predominante somente entre as mulheres. Entre
os homens predominou o tipo mesomorfo endomórfico. Conclusão: Há
diferença de composição corporal entre homens e mulheres estudados,
expressa por predominância da gordura no sexo feminino e musculatura
no masculino. Entretanto, o somatotipo mais encontrado na amostra não
é influenciado pelo sexo, nem pelo curso.
P-331 IDENTIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM ALUNOS
DO SEXO MASCULINO DE ESCOLA PRIVADA EM CUITÉ - PARAÍBA
CÉSAR AUGUSTO VIANA DE LIMA (UFCG); ADRIANA ELEUTERIO DA
SILVA (UFCG); LUCIANA SANTOS MANGUEIRA (UFCG); MIKAELLE ALBUQUERQUE DE SOUZA (UFCG); MANUELA SIMONY CUNHA GOMES
(UFCG); ANA PAULA MENDONÇA FALCONE (UFCG)
Introdução: Estudos realizados sobre transtornos alimentares mostram deficiência no diagnóstico destas patologias no sexo masculino, a carência de
dados está relacionada, possivelmente, à falta de assimilação dos profissionais de saúde e a crença da ausência desses distúrbios em homens. Fatores
psicológicos, sociais, relações familiares negativas, o uso abusivo de álcool
e drogas, depressão, estão sendo relacionados ao desenvolvimento destas
alterações entre o gênero masculino. Objetivo: Analisar transtornos alimentares em adolescentes do sexo masculino de escola privada do município
de Cuité-PB. Método: Método transversal, aplicando-se 14 questionários
Eating Attitudes Test (ETA 26) para avaliar distúrbios alimentares em alunos
do gênero masculino na faixa etária de 13 a 17 anos em rede privada,
após explanação do tema. Resultados: Após aplicação e tabulação dos
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
133
Suplemento Nutrição Clínica/2013
dados, observou-se um percentual significativamente baixo de meninos
que apresentam transtornos alimentares, de acordo o padrão adotado no
questionário EAT-26, no qual adotou-se a pontuação: sempre (3 pontos),
normalmente (2 pontos), frequentemente (1 pontos) e algumas vezes/
raramente/ nunca (0) pontos, exceto na questão 25 onde a pontuação é a
seguinte: sempre/normalmente/frequentemente (0 pontos), algumas vezes
(1 pontos), raramente (2 pontos) e nunca (3 pontos), onde o somatório
destes pontos devem encontrar-se maior ou igual a 20 pontos para serem
considerados positivos e confirmar a presença de atitudes alimentares
patológicas e risco para o desenvolvimento de anorexia nervosa e escore
com valores entre 0 e 19 sendo considerado fora da margem de risco.
Conclusão: Diante do encontrado concluímos que mesmo com percentuais considerados baixos, para classificação quanto ao desenvolvimento
de transtornos alimentares, devemos ressaltar a necessidade de maiores
estudos voltados ao gênero masculino, fator problema para se estabelecer
parâmetros mais precisos.
P-332 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA CB,
DCT E AMBC DE PACIENTES HOSPITALIZADOS EM USO DE TERPIA
NUTRICIONAL ENTERAL
MABELLE ALVES FERREIRA DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE
LOPES); KELLY SOUZA DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); SUAMY SALES BARBOSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); KAHULA CAMARA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ONOFRE LOPES); CÉLIA REGINA BARBOSA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CAROLINE MEDEIROS MACHADO (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES)
Introdução: Os pacientes hospitalizados em uso de terapia nutricional
enteral (TNE) possuem maior susceptibilidade ao comprometimento nutricional decorrente de variáveis como a baixa ingestão protéico-calórica e
recorrentes sintomas gastrointestinais. A avaliação nutricional desses indivíduos torna-se de grande importância para identificar o estado nutricional
e realizar um planejamento dietoterápico eficaz. Devido a dificuldade em
aferir as medidas corporais da maioria dos pacientes em dieta enteral, tanto
pelo estado crítico de saúde quanto pela mobilidade comprometida, faz-se
necessária a utilização de métodos preditivos de avaliação antropométrica.
A circunferência do braço (CB), a dobra cutânea tricipital (DCT) e a área
muscular do braço corrigida (AMBc) são técnicas usualmente empregadas
para realizar o diagnóstico do estado nutricional por sua praticidade, baixo
custo e por ser um método não invasivo. Objetivo: Identificar o estado
nutricional dos pacientes hospitalizados em uso de terapia nutricional
enteral, a partir da circunferência do braço, dobra cutânea tricipital e área
muscular do braço corrigida. Método: Estudo observacional e retrospectivo
realizado em um hospital universitário, em Natal - RN. A coleta de dados foi
realizada semanalmente durante um mês, utilizando fita métrica inextensível
e adipômetro clínico e os resultados foram registrados em fichas específicas
de acompanhamento dos pacientes em uso da TNE. Para a aferição da CB
e DCT foram utilizadas as técnicas propostas por Callaway et al. (1988) e
Durnin e Womersley (1974), respectivamente. E para o cálculo da AMBc
foram utilizadas as equações propostas por Heymsfield et al. (1982). Para
classificação do estado nutricional foram utilizados os valores propostos por
Frisancho (1990), os quais são apresentados em percentis (p). Resultados:
Foram avaliados 16 indivíduos adultos, sendo 50% (n=8) tanto do sexo
feminino quanto masculino, com uma média de idade de 51,1 ± 16,9
anos. De acordo com os resultados foi identificado que 87,5% (n=14) dos
pacientes apresentaram CB abaixo do normal (<p5 ou p5 – p15) e em
37,5% (n=6) dos indivíduos a DCT apresentou valores reduzidos (&#8804;
p5 ou p5,1 – p15). Quanto a AMBc, 68,8% (n=11) apresentaram valores
abaixo do ideal, sendo 56,2% (n=9) classificado como baixa musculatura
(<p5) e 12,5% como abaixo da média (p5,1-15). Conclusão: Foi observado
que a maioria dos pacientes internados em uso de TNE apresentou dados
antropométricos referentes à reserva muscular e tecido adiposo reduzidos,
representando um risco nutricional aumentado nessa população. Desse
modo, nota-se a importância da avaliação antropométrica na identificação
do estado nutricional para uma eficaz intervenção dietoterápica.
P-333 DESENVOLVIMENTO E ACEITABILIDADE DE SORVETE DE KEFIR
DIELLE TEIXEIRA SANTANA (UFRB); PALUZZI ANDRADE SOUZA (); CAROLINE RAIZA DOURADO LIMA (UFRB); THAIANE CRISTINA NASCIMENTO
DA HORA (); JANAI CRISTIANE SANTOS NASCIMENTO PAZ ()
Introdução: Kefir é uma bebida fermentada que resulta em uma associação
simbiótica de leveduras, bactérias ácido-láticas e bactérias ácido-acéticas,
indicando ser um produto com características probióticas, ou seja, possui
em sua composição microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio
microbiano intestinal. O kefir pode ser utilizado no preparo de sobremesas
geladas, bebidas, saladas, entre outros, tornando o seu consumo popular, e
integrando a essas preparações os diferenciais funcionais desse ingrediente.
Objetivo: Desenvolver um sorvete de kefir sabor goiaba. Método: Realizouse o cultivo dos grãos em leite integral, sendo 50g de grãos de kefir para
cada litro de leite e posteriormente, os grãos foram separados com peneira.
Utilizou-se ingredientes normalmente presentes na formulação padrão de
sorvete (estabilizante, açúcar, glicose, creme de leite, emulsificante e polpa
de goiaba) sendo o leite integral substituido pelo kefir. Foi elaborada uma
formulação de sorvete com 10% de polpa de goiaba. Após a homogeneização
dos ingredientes, armazenou-se as formulações no freezer a -18 °C para o
processo de maturação e congelamento do produto. Após 7 dias, adicionouse o emulsificante para a incorporação de ar e depois armazenadas em
freezer a -18°C.Para análise sensorial, com 60 provadores não treinados,
utilizou-se escalas que variava de 1 a 9 na aceitação global, onde 1
significava desgostei extremamente e 9 significava gostei extremamente e
na atitude de consumo, onde 1 significava só comeria isto se não pudesse
escolher outro alimento e 9 significava comeria isto sempre que tivesse
oportunidade. Resultados: Os julgadores possuem um grau relevante de
familiaridade com o hábito de consumir sorvete, podendo avaliar melhor a
influência da substituição parcial do leite integral pelo kefir nas características sensoriais do produto. Considerando a região de aceitação na escala
hedônica (valores de 6 a 9), obteve-se um índice de aprovação de 100% dos
provadores. Para atitude de consumo, a amostra obteve escore médio de
7,35. Observa-se que a atitude “Comeria frequentemente”, demonstra que
o produto obteve uma boa aceitação. O equilíbrio entre os ingredientes e a
quantidade aplicada dos aditivos proporcionou ao produto as características
necessárias para classificá-lo como sorvete, segundo a legislação preconizada
pela ANVISA. O uso dessa bebida probiótica possibilitou o desenvolvimento
de um produto novo e com sabor diferenciado. Conclusão: O sorvete de
kefir sabor goiaba apresentou uma boa aceitação, sendo que este produto
agrega qualidade sensorial e nutricional associados aos benefícios adicionais
que proporciona à saúde.
P-334 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS COM
HIDROCEFALIA
INGRID MARIA NOVAIS BARROS DE CARVALHO COSTA (AMBULATÓRIO
DE NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE); ANTÔNIO ALVES JÚNIOR (AMBULATÓRIO DE
NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE); DANIELLE GÓES DA SILVA (AMBULATÓRIO DE
NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE); CARLOS UMBERTO PEREIRA (AMBULATÓRIO DE
NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE); NAYARA MENEZES (AMBULATÓRIO DE NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE); ELLEN DE ALMEIDA SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
134
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: A hidrocefalia é uma patologia complexa que pode apresentar
diversas manifestações clínicas com comprometimento no crescimento e
desenvolvimento. Os riscos de complicações como processos infecciosos
e comprometimento do sistema imunológico podem apresentar-se acentuados na presença de desequilíbrios nutricionais. Porém, são escassos os
estudos avaliando o estado nutricional em crianças com hidrocefalia.Objetivo: Avaliar o estado nutricional de crianças com hidrocefalia. Método:
Trata-se de um estudo transversal desenvolvido no período de agosto
de 2010 a maio de 2011 em crianças com hidrocefalia em atendimento
ambulatorial. Foram coletados dados referentes à antropometria (peso (P)
e estatura (E)) e exames laboratoriais (hemoglobina (HG) e pré-albumina).
Foi calculado o escore Z dos índices: peso para idade (P/I), estatura para
idade (E/I) e índice de massa corporal para idade (IMC/I). Adotou-se como
pontos de corte para antropometria e HG, os valores para gênero e idade
estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde – OMS, enquanto que
a pré-albumina foi classificada de acordo com a American Society for
Parenteral and Enteral Nutrition – ASPEN (1998). Para análise dos dados as
crianças foram divididas em dois grupos de acordo com a faixa etária: Grupo
I - seis a 24 meses (Lactentes) e Grupo II - 25 a 76 meses (pré-escolares).
A associação entre os grupos foi verificada por meio do Teste Exato de
Fisher ou Teste Qui-Quadrado de Pearson. Para todas as análises adotou-se
como nível de significância estatístico o valor de p inferior a 0,05 ou 5%.
Resultados: Os resultados demonstraram que das 35 crianças estudadas,
65,7% eram do gênero masculino e 65,7% estavam na faixa etária de 25
a 76 meses. Verificou-se que 17,1% da amostra apresentaram baixo peso
pelo índice do IMC, 31,4% quadro de desnutrição com comprometimento
do crescimento linear, 40,0% anemia e 37,2% níveis abaixo da referência
para pré-albumina. Foi encontrada uma diferença significativa com comprometimento do estado nutricional para IMC/I (p=0,022), HG (p=0,031)
e pré-albumina (p=0,024) no Grupo I, quando comparado ao Grupo II.
Detectou-se que 66,7% das crianças do Grupo I apresentavam inadequação
com relação aos três parâmetros. Conclusões: Os resultados evidenciaram
um comprometimento do estado nutricional dentre as crianças estudadas e
a maior repercussão no peso, nos níveis de pré-albumina e anemia estava
presente nas crianças de seis a 24 meses.
P-335 EFETIVIDADE DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL SOBRE A OBESIDADE GRAVE DE PACIENTES ASSISTIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE
NUTRIÇÃO
NAYANE SANTIAGO BARRETO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); PRISCILA
SANTOS RIBEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); FABIANA MELO
SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); EPIFÂNIO FEITOSA DA
SILVA NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); PAULA GUIMARÃES
DE CARVALHO SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); MÁRCIA FERREIRA
CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS)
Introdução: Cerca de 1,7 bilhões de pessoas no mundo encontram-se
obesas, sendo a causa de morte de 2,5 milhões de pessoas ao ano devido
as comorbidades associadas. A elevada incidência da obesidade, observada
atualmente, está diretamente associada com muitas outras complicações,
tais como: doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias, hipertensão
arterial e esteatose hepática não alcoólica. O objetivo do estudo foi avaliar a
efetividade da intervenção nutricional sobre a obesidade grave de pacientes
assistidos pelo ambulatório de nutrição de um hospital universitário. Tratou-se
de estudo transversal com acompanhamento de pacientes no ambulatório de
nutrição. Foram incluídos indivíduos adultos atendidos no período de 2011
a 2012, avaliando-se dados antropométricos (peso, altura, IMC, circunferência da cintura (CC) e razão cintura/estatura (RCE) e dados bioquímicos
(Colesterol Total (CT), LDL, HDL, Triglicérides (TG) e Glicemia de Jejum (GJ).
A intervenção constou de consultas individuais periódicas com nutricionistas
e estagiários, com três avaliações semestrais. Realizou-se o teste t-pareado
(p<0,05) com auxílio do programa Statical Package for Social Science.
Avaliaram-se 32 pacientes, com idade média de 40,88±9,29 anos, sendo a
maioria do sexo feminino (78,1%). A média de peso inicial foi 132,21±24,66
kg, IMC 53,49±14,33 kg/m², CC 137,84±17,36 cm, HDL 44,24±11,33
mg/dl, LDL 124,81±36,33 mg/dl, colesterol total 202,66±35,21 mg/dl, TG
179,29±106,36, glicose de jejum 122,27±55,26 mg/dl. Após 6 meses, os
parâmetros antropométricos avaliados como peso (p=0,000), IMC (p=0,009)
e circunferência da cintura (p=0,000), apresentaram uma melhora significativa após a intervenção nutricional. O RCE para ambos os gêneros, mesmo
apresentando uma redução significativa (p<0,001) em sua média após a
intervenção nutricional, encontrou-se acima do limite máximo do ponto
de corte aceitável tanto no início (0,82±0,9) como no final (0,76±0,1) do
estudo. Com relação aos parâmetros bioquímicos observou-se uma redução
significativa nos valores de TG (p=0,001) e GJ (p=0,001). Com relação ao
HDL não houve um aumento estatisticamente significativo (p=0,057), porém,
importante do ponto de vista biológico (HDL final=50,56±14,16 mg/dl). A
redução dos indicadores de risco de pacientes com obesidade grave, após
a intervenção nutricional comprova a sua efetividade, com possíveis repercussões positivas sobre a saúde dos indivíduos.
P-336 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL EM PACIENTES
CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS
LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
PRESIDENTE DUTRA); ALINE OLIVEIRA DINIZ (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
PRESIDENTE DUTRA); LUANA LOPES PADILHA (MESTRADO EM SAÚDE
COLETIVA); GLAUCIANE MÁRCIA DOS SANTOS MARTINS (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); BRUNA RENATA FERNANDES PIRES
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MATERNO INFANTIL); ALINE DIAS GUIMARÃES ()
INTRODUÇÂO: O estado nutricional de pacientes internados pode apresentar repercussões nas taxas de morbidades e mortalidade. Os pacientes
cardiopatas com desnutrição calórica moderada ou grave apresentam
duas vezes mais riscos de mortalidade. Quando se trata de diagnóstico
nutricional, não há consenso sobre qual método seria universalmente
aceito, para tanto são utilizados vários métodos para tal diagnóstico. A
Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) tem sido utilizada como
uma opção para identificação de desnutrição em pacientes cirúrgicos,
onde a cirurgia cardíaca não foi originalmente contemplada. Objetivo:
Analisar a ANSG para o diagnóstico de desnutrição em pacientes précirúrgicos, hospitalizados para cirurgias cardíacas atendidos no Hospital
Universitário Presidente Dutra. Método: Estudo descritivo realizado com
21 pacientes hospitalizados para cirurgias cardíacas, no período de junho a
julho de 2013. Os participantes responderam a um questionário de ANSG
contendo questões relativas ao histórico nutricional (peso, dieta, sintomas
gastrointestinais, diagnóstico, capacidade funcional e física). Resultados:
A amostra avaliada era predominantemente do sexo masculino (52,4%),
com idade média de 52 anos (±16,7), pessoas com menos de 60 anos
representavam 61, 90%. Cirurgia de troca de válvula representou 52,4%,
de revascularização do miocárdio 42,9% e comunicação intraventricular
4,8%. Quando avaliado o estado nutricional segundo ANSG apresentou
38,1% de pacientes bem nutridos, 38,1% de moderadamente desnutridos
e 23,8% desnutrido. Conclusão: Os pacientes cardiopatas avaliados apresentam predominância de algum tipo de desnutrição, quando avaliados de
acordo com a ASNG. A avaliação nutricional satisfatória deve ser prática,
fácil de ser realizada, não invasiva e representar baixo custo. Além disso, a
identificação de pacientes desnutridos ou em risco nutricional deve ser feita
o mais precoce possível para a definição de terapia nutricional que possa
minimizar as alterações nutricionais e melhorar o prognóstico dos pacientes.
P-337 TERAPIA NUTRICIONAL E DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS
EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL ACOMPANHADOS AMBULATORIALMENTE EM UM HOSPITAL
DE REFERÊNCIA
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
135
Suplemento Nutrição Clínica/2013
MARIANA GONÇALVES DE ALENCAR (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ELDA SILVA AUGUSTO DE ANDRADE
(INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP);
FERNANDA MELO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO
FIGUEIRA - IMIP); LUCIANA DE LIMA ARAÚJO (INSTITUTO DE MEDICINA
INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LARISSA DE ANDRADE
VIANA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA
- IMIP)
Introdução: Distúrbios gastrointestinais são apontados como um fator de
risco, associado ao agravo nutricional, que estão diretamente relacionados
à alta prevalência de desnutrição, em crianças com paralisia cerebral (PC). A
presença de movimentos orais involuntários como acúmulo de alimentos na
cavidade oral possibilita a aspiração e consequente complicação infecciosa
de vias aéreas. Além desses distúrbios, é comum encontrar disfagia, doença
do refluxo gastresofágico (DRGE) e constipação crônica. Fatores esses que
geram incapacidade em atingir as necessidades energéticas, contribuindo
para o baixo peso, sendo comum a necessidade de vias alternativas para
alimentação como cateter e ostomias. Além do acompanhamento nutricional torna-se impreterível a intervenção de uma equipe interdisciplinar
para o manejo adequado desta população. Assim, o objetivo do estudo foi
descrever a terapia nutricional e distúrbios gastrointestinais em crianças e
adolescente portadores de PC acompanhados ambulatorialmente em um
hospital de referência. Estudo tipo transversal com crianças e adolescentes
portadores de PC realizado no período de março a junho de 2013. Foram
excluídos do estudo pacientes com diagnóstico de síndromes genéticas e
comorbidades interferentes do crescimento, tais como cardiopatias e nefropatias. Os dados foram coletados a partir dos prontuários, através de um
questionário semi estruturado que incluiu variáveis como sexo, diagnóstico
de alterações digestivas, como disfagia, DRGE e constipação. No perfil
alimentar foi observado a via de alimentação, característica da dieta e a
utilização de suplementação alimentares diária (SAD). A amostra composta
por 30 pacientes, com faixa etária de 2 a 18 anos, prioritariamente do
sexo masculino (60%). A via artificial (VA) de alimentação com incidência
de 47%, sendo 86% por gastrostomia, A utilização de dieta industrializada
exclusiva apareceu em 14% dos pacientes alimentados por VA, a utilização
de dieta artesanal foi predominante em 86% dos pacientes alimentados
por VA, deste todos faziam uso de SAD. A via oral foi a mais prevalente
com 53% onde 44% faziam uso de SAD. O distúrbio gastrointestinal mais
relevante foi a disfagia com 76%, seguido da constipação intestinal com
53%, sendo o menos frequente a DRGE com 40%. Apesar das complicações
do quadro neurológico e da alta prevalência dos distúrbios de impacto
nutricional como a disfagia, a utilização de via oral para alimentação foi
a mais frequente. Este achado sugere a importância do acompanhamento
por uma equipe multidisciplinar no manejo adequado da população em
estudo, visto que existe forte indicação de via alimentar artificial, a fim de
proporcionar melhor estado nutricional e qualidade de vida.
P-338 TEMPO DE JEJUM NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO EM PACIENTES
DE CIRURGIAS ELETIVAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
ANDREZA MELO DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE);
SUELEN DALBOSCO LINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); RAYSA
MANUELLE SANTOS ROCHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); LEILA
ALMEIDA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); ISIS BARBOSA
DÓRIA (UNIVERSIDADE FERDERAL DE SERGIPE); LETÍCIA CAROLINE DA
SILVA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
Introdução: O prolongamento do jejum pré-operatório e a realimentação tardia podem levar à desnutrição protéico-calórica que é a principal
responsável pelo aumento da morbimortalidade em pacientes hospitalizados. A desnutrição traz como consequências o retardo da cicatrização
de feridas cirúrgicas, o aumento da taxa de infecção e das complicações
hospitalares e o prolongamento do tempo de internação. Diretrizes
atuais (American Society of Anaesthesiologists-ASA; Norwegian National
Consensus Guideline-NNCG; Association of Anaesthetists of Great Britain
and Ireland-AAGBI) recomendam líquidos claros duas horas antes da
operação. Objetivo: Identificar o tempo de jejum pré e pós-operatório
dos pacientes em cirurgia eletiva.
Método: Trata-se de um estudo transversal realizado em um hospital
universitário no período de abril a julho de 2013. Foi coletado o tempo de
jejum pré e pós-operatório de pacientes em cirurgias eletivas internados na
clínica cirúrgica. Resultados: A amostra foi composta por 119 pacientes,
com idade média de 47,65±18,28 anos. O tempo médio de jejum no
pré-operatório foi 15,93 horas ± 4,91 horas e no pós-operatório foi 9,2
horas ± 13,67 horas. Conclusão: Os resultados encontrados corroboram
com estudos recentes, evidenciando longos períodos de jejum no pré e
pós-operatório, o que contribui para o retardo da recuperação do trauma
cirúrgico e para o aparecimento ou progressão da desnutrição.
P-339 ESTADO NUTRICIONAL E USO DE TERAPIA NUTRICIONAL
IMUNOMODULADORA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS
ABDOMINAIS
MARIA IZABEL SIQUEIRA DE ANDRADE (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE);
CINTIA MARIA DO NASCIMENTO GIBSON BARBOSA (HOSPITAL DAS
CLÍNICAS/UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/
UFPE); PRISCILLA ALVES SANTOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE); JANATAR
STELLA VASCONCELOS DE MELO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE); DENISE
SANDRELLY CAVALCANTI DE LIMA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE)
Introdução: A terapia nutricional (TN) imunomoduladora é frequentemente
empregada em cirurgia. Seus benefícios incluem melhora do estado nutricional, modulação do sistema imunológico e atenuação da resposta orgânica ao trauma. Objetivo: Avaliar o perfil clínico-nutricional de pacientes
que utilizaram TN imunomoduladora no pré e no pós-operatório de
cirurgias abdominais. Método: Estudo transversal, retrospectivo, realizado
com pacientes internados em um hospital universitário do Recife no ano
de 2012. Participaram do estudo indivíduos adultos e idosos, de ambos os
sexos, submetidos a cirurgias abdominais e que utilizaram TN imunomoduladora no pré e/ou pós-cirúrgico por via oral ou enteral. Os dados foram
coletados de fichas de avaliação nutricional, onde foram obtidos dados
referentes ao sexo, idade, diagnóstico, tipo de cirurgia e IMC, o qual foi
classificado segundo a World Health Organization (1998) para adultos e
LIPSCHITZ (1994) para idosos. Os dados foram processados pelo software
SPSS 20.0. Resultados: A amostra consistiu em 26 pacientes, com idade
de 56,8±14,8 anos, sendo 50% (n=13) do sexo masculino. As neoplasias
gástricas (42,3%; n=11) e periampulares (30,8%; n=9), com seus respectivos tratamentos, gastrectomia (30,8%; n=8) e gastroduodenopancreatectomia cefálica (23,1%; n=6), foram os diagnósticos e as cirurgias mais
frequentes. O IMC médio foi 24,03±3,8 Kg/m2, sendo 46,2% (n=12) dos
pacientes classificados como eutróficos, 19,2% (n=5) desnutridos e 34,6%
(n=9) com excesso de peso. A via de administração da TN mais prevalente
no pré-operatório foi a oral (30,8%; n=8) e no pós-operatório, a enteral
(73,1%; n=19). No pré-cirúrgico, 25% (n=3) dos eutróficos, 60% (n=3) dos
desnutridos e 44,7% (n=4) dos indivíduos com excesso de peso utilizaram
a TN. Já no pós-operatório, a terapia foi empregada em 91,7% (n=11)
dos pacientes eutróficos, 80% (n=4) dos desnutridos e 77,8% (n=7) dos
pacientes com excesso de peso. Conclusão: No presente estudo, foi encontrada uma alta prevalência de pacientes indicados à cirurgias abdominais
de grande porte, apresentando, em sua maioria, eutrofia e excesso de
peso, segundo o IMC. A TN imunomoduladora foi empregada com maior
prevalência em pacientes desnutridos no pré-operatório, em contrapartida,
no pós-operatório a TN foi utilizada com frequência, independente do
estado nutricional. A TN imunomoduladora é indicada no pré-cirúrgico
de procedimentos de grande porte, especialmente nos pacientes em risco
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
136
Suplemento Nutrição Clínica/2013
nutricional, além disso, é utilizada com frequência no pós-operatório de
algumas cirurgias como introdução inicial de dieta.
P-340 PERFIL DE PACIENTES ATENDIDOS POR ESTAGIÁRIOS DE
DISCIPLINA CURRICULAR SUPERVISIONADA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA
I: ESTADO NUTRICIONAL E ATENÇÃO DIETÉTICA.
REGINA COELI DA SILVA VIEIRA (INSTITUTO DE SAÚDE E BIOTECNOLOGIA – CAMPUS DO MÉDIO SOLIMÕES, UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS - UF); MARDUCE PEREIRA MARQUES (HOSPITAL REGIONAL
DE COARI-AM)
Introdução: A realização de estágio curricular na área de nutrição clínica
é obrigatória, conforme Diretrizes Curriculares Nacionais. É habitual a
definição de um dos pacientes acompanhados pelo estagiário para estudo
aprofundado e relato de caso clínico. Entre outras atividades obrigatórias do
estagiário está a elaboração de relatório. O objetivo desse trabalho é traçar
o perfil dos pacientes escolhidos para serem casos-clínicos de estagiários
matriculados na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição
Clínica I. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo com dados obtidos
dos relatórios de estágio em 2010. Doze acadêmicos matriculados na
disciplina obrigatória realizaram sua primeira etapa de estágios no Hospital
Regional de Coari. A anamnese nutricional foi a ferramenta usada para
coletar os dados que auxiliariam no diagnóstico nutricional, assim como
na posterior elaboração dos objetivos nutricionais a serem alcançados.
Os prontuários também foram analisados. Entre os instrumentos usados
na avaliação alimentar e nutricional encontraram-se: recordatório de 24h
(Rec24h), sintomas do trato digestivo e dados antropométricos, além de
dados socioeconômicos e história clínica. Dos pacientes escolhidos para
serem caso-clínico, apenas dois eram portadores de única patologia, os
demais apresentavam ao menos duas. Quanto à idade, 58,3% eram idosos,
41,7% tinha ensino fundamental incompleto. Considerando os sintomas do
trato gastrintestinal, 41,7% apresentavam náuseas e 33,3% vômitos. Na
avaliação antropométrica considerando o Índice de Massa Corpórea, 25%
eram classificados com sobrepeso, 16,3% com obesidade e 16,3% com
desnutrição variando de leve à moderada. Na avaliação dos recordatórios
de 24h, a média calórica ingerida era de 2.041,70 kcal/dia (± 807,76DP), as
necessidades energéticas 1.873,26 kcal/dia (± 697,96DP), já considerando
necessidade para perda ou ganho de peso, e as dietas implantadas tinham
em média 1.958,98 kcal/dia (± 622,02DP). Observou-se que os pacientes
com sobrepeso e obesidade receberam dietas que contemplavam cerca de
89,0% das necessidades nutricionais objetivadas. Aqueles com desnutrição
tiveram 98,1% das necessidades atendidas com a dieta prescrita. A conduta
dietoterápica implantada foi 50% mais adequada caloricamente em comparação ao recordatório de 24hs, sendo este último referente a dieta que
o paciente já estava fazendo ingestão no hospital. Apesar do percentual
calórico das dietas implantadas aos pacientes com sobrepeso/obesidade
ser cerca de 9,0% inferior ao daqueles desnutridos, não se pode afirmar
que seja tendência, inclusive pela impossibilidade de afirmativa estatística.
A participação dos estudantes na rotina hospitalar favorece o aprendizado
e a atenção dietética ao paciente, haja vista o número reduzido de profissionais nutricionistas para atender a população internada.
P-341 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE
PACIENTE CRÍTICO PORTADOR DE OSTEOSARCOMA.
CAMILA LIMA CHAGAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ);
JAQUELINE MAGALHÃES SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO
CRUZ); MEURY KETTERYN MONTEIRO EVANGELISTA DA COSTA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); ANDRÉIA LIRA SANTOS (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); JAQUIELE ARAÚJO DE LIMA CALADO
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); PRISSILA MUNIZ DE
MORAES ARAÚJO (SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO (SESC-GARANHUNS
PERNAMBUCO))
Introdução: Os tumores pediátricos tendem a apresentar menor período
de latência e em geral tornam-se bastante invasivos, levando ao estado de
desnutrição. Essa condição pode ser causada por mecanismos envolvendo
o próprio tumor, a resposta do hospedeiro e o tratamento antineoplásico.
Objetivo: Expor a avaliação e acompanhamento nutricional de paciente
portador de osteosarcoma, internado em UTI pediátrica de um hospital
público de Recife/PE. Método: Paciente E.DS, sexo masculino, 13 anos,
admitido na UTI pediátrica com quadro de osteosarcoma da tíbia direita,
com amputação parcial de membro inferior direito pelo procedimento
Van Ness Rotationplasty, retirada parcial de tumor abdominal, desconforto
respiratório e desnutrição. Dados clínicos e nutricionais foram coletados
em prontuário e formulário de acompanhamento nutricional do serviço de
nutrição, no período de maio e junho de 2013. Resultados: Os exames
bioquímicos revelaram anemia, leucocitose, plaquetopenia e elevado
catabolismo muscular, sem nenhuma interação medicamentosa importante. Na avaliação antropométrica utilizando os índices antropométricos:
Altura/Idade e Índice de Massa Corporal/Idade detectou-se desnutrição
e no exame físico, depleção de gordura subcutânea e massa muscular.
A via de administração dietética utilizada foi a Nutrição Parenteral Total
(NPT) por meio de acesso venoso central, fornecendo 16% de proteína,
20% de lipídeos e 64% de carboidrato atendendo a todas recomendações
de micronutrientes apresentando volume final de 1312,7ml e uma VIG de
6,536mg/kg/min. As necessidades nutricionais foram alcançadas em 04
dias. Conclusão: Crianças e adolescentes portadores de câncer constituem
um grupo de risco para desnutrição, portando, a terapia nutricional instituída, foi de grande importância para reduzir a perda de peso e fornecer
adequado aporte de nutrientes.
P-342 CONSUMO DE BETAÍNA EM CARDIOPATAS ATENDIDOS EM
NÍVEL AMBULATORIAL
ÍSIS LUCÍLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO); PEDRITA MIRELLA ALBUQUERQUE QUEIROZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); SILVIA GOMES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: A betaína é obtida a partir da dieta ou da colina. Seu consumo
tem sido associado com influência positiva na saúde cardiovascular. Objetivo:
avaliar o consumo de betaína em pacientes cardiopatas atendidos a nível
ambulatorial. Método: Estudo transversal realizado em um hospital universitário, com 102 pacientes cardiopatas. A ingestão alimentar da betaína foi
avaliada em todos os participantes a partir de um questionário de frequência
alimentar semi-quantitativo validado. Foi utilizado o ponto de corte para
ingestão média da população achado por Craig, ou seja, foi considerada
uma baixa ingestão aquelas <1g de betaína/dia e ingestão adequada
&#8805;1g/dia. Resultados: A média de ingestão de betaína foi 399,58
±282,85 mg nas mulheres e 776,15 ± 503,47 mg nos homens (p=0,000). Os
indivíduos com maior consumo médio eram homens, assalariados, eutróficos
e com renda > 1 salário mínimo. Conclusões: O estudo foi o pioneiro no
Brasil em avaliar o consumo de betaína em uma população brasileira com
DCV. Em particular, nós encontramos que essa população tem um consumo
mais alto quando comparada as população de estudos anteriores, porém não
satisfatório quando pensamos no efeito terapêutico da betaína.
P-343 ESTUDO COMPARATIVO DO EFEITO DA FOLHA DA SIRIGUELA
(SPONDIAS PURPUREA) NA DISLIPIDEMIA E GLICEMIA ENTRE RATOS
MACHOS E FÊMEAS WISTAR
GABRIELA OLIVEIRA COSTA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR));
CARLA ARIADNY RODRIGUES DE LIMA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
(UNIFOR)); PAMILLA BESERRA DA NÓBREGA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE))
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
137
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: No Brasil existe uma grande diversidade de frutos e produtos
derivados com constante inserção de novos produtos no mercado, os quais,
na maioria das vezes, ainda não foram devidamente pesquisados com
respeito às suas propriedades e atividades benéficas à saúde. A Siriguela
pertence ao gênero Spondias, da família Anacardiácea e espécie Spondias
purpurea L., uma fruta bastante comum no nordeste brasileiro e já possui
uma boa opção econômica para vários agricultores, graças à qualidade
dos frutos. Existem vários estudos em que avaliaram as características nutricionais da fruta siriguela, porém não há evidencias sobre as características
da folha, exceto relatos da população de quilombos que utilizam a folha
para tratar diarreia, diabetes e problemas de colesterol. Objetivo: Verificar
o efeito do suco da siriguela no controle da glicemia e dislipidemia entre
ratos machos e fêmeas Wistar. Método: Foram estudados 8 ratos Wistar,
divididos em 2 grupos, 4 fêmeas e 4 machos, com média de peso 170g e
148g respectivamente; marcadas com canetas atóxicas em cores distintas
e pesados semanalmente, mantidas em ambiente climatizado 22ºC e ciclo
claro/escuro 12/12 horas. Todos os animais foram induzidos à dislipidemia
por via intraperitonial, tyloxapol 30ml/kg diluídos em solução salina de
0,9%. Foram divididos em dois grupos, machos e fêmeas. Os dois grupos
(machos e fêmeas) receberam ração Labina/Purina própria para roedores
à vontade. Os dois grupos receberam o suco da folha da siriguela (7g/ dia
da folha diluídos em 100 ml de água) na mamadeira em substituição da
água. A glicemia pós-prandial foi medida durante 4 semanas e o colesterol
por 2 semanas. A pesquisa teve duração de 6 meses. Resultados: O peso
não se manteve constante, tanto nos machos como nas fêmeas. Os valores
de colesterol mantiveram-se inalterados desde o início do experimento.
Em relação à glicemia, observou-se diminuição no resultado ao longo do
experimento com os machos, não ocorrendo o mesmo com as fêmeas.
Sugere-se que a diferença no resultado da glicemia entre os ratos machos e
fêmeas, seja devido à quantidade de suco ingerida, já que machos bebiam
mais que as fêmeas. Conclusão: O consumo diário do suco da folha da
siriguela não alterou níveis lipídicos sanguíneos, porém apresentou resultado inverso nos níveis glicêmicos dos ratos machos.
P-344 INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E RISCO CARDIOVASCULAR
EM ALCOOLISTAS CRÔNICOS
PRISSILA MUNIZ DE MORAES ARAÚJO (SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
(SESC) - GARANHUNS/PE); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
(HUOC/UPE)); CYBELLE ROLIM DE LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO, CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA (UFPE/CAV)); ALYNE
DAYANA ALMEIDA DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO
CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE)); MEURY
KETTERYN MONTEIRO EVANGESLISTA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/
UPE)); JAQUIELE ARAÚJO DE LIMA CALADO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE))
Introdução: O acúmulo de gordura na região abdominal, que pode ser
causado pelo consumo excessivo do álcool, vem sendo descrito como o
tipo de obesidade que oferece maior risco para a saúde dos indivíduos,
devido à forte associação com as doenças cardiovasculares. Objetivo:
Avaliar o risco cardiovascular de alcoolistas crônicos através de indicadores antropométricos. Método: Estudo de caso e controle realizado com
50 alcoolistas crônicos e 50 não alcoolistas. Foram coletadas as variáveis
referentes às condições socioeconômicas e de estilo de vida dos grupos,
assim coma quantidade e tipo de bebida alcoólica consumida pelos alcoolistas. A avaliação antropométrica constou de aferição do peso, altura,
circunferência da cintura (CC) e do quadril, dados utilizados para o cálculo
dos indicadores antropométricos de obesidade: Índice de Massa Corporal
(IMC), CC, Relação Cintura Quadril (RCQ), Relação Cintura Estatura (RCEst)
e Índice de Conicidade (IC).Resultados: O grupo dos alcoolistas apre-
sentaram pior perfil socioeconômico e de estilo de vida, onde 80% eram
inativos, 62% possuíam apenas o ensino básico, 72% eram tabagistas, 30%
relataram morar sozinhos e 44% possuíam uma renda familiar mensal de
até 1 salário mínimo, foi observado que 80% dos alcoolistas relataram fazer
uso de bebidas do tipo destilada e 42% consumiam mais de 1000ml/ dia.
O grupo dos alcoolistas apresentou valores significativamente menores
de IMC, CC e RCEst. Já a RCQ e o IC não apresentaram diferenças entre
os grupos. Entretanto o IC foi o único indicador antropométrico que em
ambos os grupos, apresentou valores elevados. Conclusão: O consumo de
álcool não mostrou associações com a localização abdominal de gordura
e risco cardiovascular pela maior parte dos indicadores antropométricos
de obesidade abdominal. Sendo necessários mais estudos para posterior
comprovação da real eficácia e sensibilidade do método em alcoolistas.
P-345 CORRELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA DE
GESTANTES E INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DO RECÉM
NASCIDO, EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE SÃO LUÍS, MARANHÃO.
BYANCA MACIEL VIANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFMA); ADRIANA
FONSECA TEIXEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFMA); KÁTIA DANIELLE
ARAÚJO LOURENÇO VIANA (HOSPITAL UNIVERSITARIO DA UFMA);
ROSANGELA CRISTINA ARAUJO CANTANHEDE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DA UFMA); SAMIRIA DE JESUS LOPES SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DA UFMA)
Introdução: No que se refere ao comportamento do sistema imune, a
gestação constitui um fenômeno ímpar no organismo humano. Os processos
imunológicos envolvidos no desenvolvimento humano são fundamentais
para a evolução saudável da gestação. Em vez de ser essencialmente
destrutiva, a interação imunológica normal entre a mãe e os tecidos fetais
pode servir para promover o crescimento e desenvolvimento do feto.
Nesse contexto, os linfócitos natural Killer, que determinam o grau de
invasibilidade do endométrio pelo trofoblasto, parecem influenciar o desenvolvimento da gravidez desde o princípio, porém a inibição inadequada
destas células, pode culminar em aborto, problemas de nutrição, responsável pelos óbitos fetais e retardo de crescimento intra-útero. Objetivo:
Observar a correlação entre a competência imunológica de gestantes e os
dados antropométricos dos recém- nascidos. Método: Estudo transversal,
aprovado pelo comitê de ética do Hospital Universitário da Universidade
Federal do Maranhão (Parecer 252/11). As variáveis qualitativas foram
expressas por frequências simples e percentuais, as quantitativas na forma
de médias (&#61617; DP). Para avaliar a correlação entre as variáveis
quantitativas, foi utilizada a correlação de Pearson, para variáveis que não
apresentaram distribuição normal, a correlação de Spearman, adotou-se
nível de significância estatística de 5% (p<0,05). Resultados: 91,2% das
gestantes são de baixa renda e idade média de 25,9 anos (±5,6), Quanto
a categorização do acompanhamento pré-natal, a população estudada
apresentou percentual de 62,2%, considerado. Na avaliação do estado
nutricional gestacional, por meio da Curva de Atalah, observou-se que
26,7% das gestantes apresentaram baixo peso, 44,4% peso adequado
e 24,4% sobrepeso. No tocante aos recém-nascidos, a média de peso
ao nascer foi de 3,328 (± 0,396 kg), onde 80% com peso adequado ao
nascer. O comprimento médio dos bebês ao nascimento foi de 49,3 (±1,48
cm). A análise do estado nutricional, utilizando-se ao Índice de Rohrer,
apresentou média de 2,78 (± 0,272). Dentre as variáveis competência
imunológica maternas analisadas Em relação a associação entre a dosagem
de linfócitos e o peso dos neonatos não verificou-se significância estatística,
porém, a dosagem de linfócitos apresentou influência sobre a estatura do
recém nascido com correlação estatisticamente significante. Conclusão:
Qualquer inadequação do estado materno pré-gestacional e gestacional
pode constitui-se como um problema favorecendo o desenvolvimento de
intercorrências gestacionais e influencia as condições de saúde do neonato
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
138
Suplemento Nutrição Clínica/2013
e a saúde materna. A competência imunológica pode ser observada como
mais um fator de preocupação, necessitando de maiores explorações para
melhor observação de seus efeitos.
P-346 PARÂMETROS CLÍNICOS E NUTRICIONAIS DE PACIENTES
SUBMETIDOS A TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA EM UMA INSTITUIÇÃO
DE REFERÊNCIA
CAMILLA ARAÚJO DE BRITO (IMIP); JULYENE CORTEZ ALBUQUERQUE
FERREIRA (IMIP); LEOPOLDINA AUGUSTA DE SOUZA SEQUEIRA DE
ANDRADE (UFPE); BRUNO SOARES (IMIP)
Introdução: A doença renal crônica é caracterizada pela redução lenta,
progressiva e irreversível da função renal. A diminuição da função renal
levará à dependência vital de modalidades terapêuticas como a hemodiálise
(HD). Do ponto de vista nutricional, os pacientes renais crônicos em HD,
tornam-se mais vulneráveis a diversos fatores que predispõem ao estado
nutricional desfavorável, podendo levar à depleção das reservas de gordura
e proteína e, consequente, à desnutrição energético-protéica. Objetivo:
Descrever os parâmetros clínicos e nutricionais de pacientes portadores
de doença renal crônica em terapia hemodialítica. Método: Estudo transversal realizado com pacientes assistidos em um Serviço de Terapia Renal
Substitutiva, localizada em Recife/PE. Os dados clínicos foram obtidos de
registros nos prontuários. Para a avaliação do estado nutricional, foram
mensuradas, as seguintes medidas antropométricas: peso, circunferência do
braço (CB) e prega cutânea triciptal (PCT). A avaliação do tecido muscular
foi feita através da circunferência muscular do braço (CMB). Resultados:
A amostra foi composta por 66 pacientes de ambos os sexos, com tempo
médio de 3,64 anos (dp 3,19) em terapia hemodialítica e faixa etária
média de 47,5 anos. Constatou-se uma frequência de 47,0% (n = 31)
do gênero masculino e 53% (n = 35) do gênero feminino. Foi observado
uma frequência de 47,9% de hipertensos, 16,7% de diabéticos e 9,1% da
associação de hipertensão e diabetes no grupo analisado. Em relação ao
estado nutricional, foi evidenciado o quadro de desnutrição em 15,1% (dp
4,97) dos indivíduos quando considerado o IMC, em 34,85% (dp 4,7) e
31,82% (dp 3,03) quando considerada a CB e CMB respectivamente. A
depleção nutricional mais expressiva foi verificada em relação a PCT que
evidenciou 54,55% (dp 4,94) de desnutridos. Conclusão: A avaliação dos
compartimentos corporais como a CB, CMB e a PCT bem como da história
clínica podem representar parâmetros mais fidedignos para o diagnóstico
nutricional de pacientes portadores de doença renal crônica em terapia
hemodialítica.
P-347 RELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E A CONTAGEM DE
CÉLULAS CD4 EM PACIENTES HIV POSITIVOS
SILVIA GOMES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);
PEDRITA MIRELLA ALBUQUERQUE QUEIROZ (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO); BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO); ÍSIS LUCÍLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Introdução: O estado nutricional do paciente com HIV (vírus da imunodeficiência humana) adquiriu importância na prática clínica devido à desnutrição e aos efeitos colaterais da terapia antirretroviral. Objetivo: avaliar a
relação entre estado nutricional e a contagem de células CD4 em pacientes
com HIV. Método: Estudo observacional descritivo, com componente analítico, realizado com 55 pacientes, de ambos os sexos, com idade mínima de
20 anos, atendidos ambulatorialmente no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE). Resultados: Da amostra, 58,2%
dos pacientes eram do gênero feminino, a média da idade foi de 39,5±10,8
anos. Com relação ao estado nutricional 54,5% eram eutróficos, 38,2%
estavam abaixo do peso e 7,3% acima do peso. A média de IMC (Índice de
massa corporal) foi 19,9±3,9 kg/m2 e da albumina sérica de 3,3±0,8g/dL.
Não foi encontrada relação estatisticamente significativa entre a contagem
de células CD4 e os indicadores do estado nutricional (IMC e albumina
sérica). Conclusão: A perda de peso e a depleção da massa muscular são
características precoces da infecção pelo HIV. Mesmo na atualidade com a
potente terapia antirretroviral (HAART), ainda se observam tais alterações.
A incidência da perda de peso/desnutrição tem declínio proporcional ao
tipo de infecções oportunistas, que por sua vez estão relacionadas ao nível
de contagem das células CD4. Porém, a literatura relata que a perda de
peso persiste como complicação importante, inclusive em população com
acesso à HAART e independente do estágio da doença. A desnutrição, a
perda de peso e a depleção da massa muscular podem ocorrer em todos
os estágios da doença. A infecção pelo HIV está relacionada a aumento
do gasto energético basal.
P-348 CORRELAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE PESO E ALTURA ESTIMADOS COM MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS AFERIDAS EM PACIENTES
HOSPITALIZADOS
TALITA CARVALHO ASCENÇÃO (UFMA); NILTON JOSÉ DIAS PEREIRA
JUNIOR (UFMA); JOYCE ALINE FERNANDES LOPES (UFMA); LILIAN
FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (UFMA); TONICLEY ALEXANDRE DA
SILVA (UFMA); PRISCILA SOUSA BARCELLOS (UFMA)
Introdução: A avaliação nutricional e o monitoramento do estado nutricional dos pacientes hospitalizados são fundamentais para o planejamento
e avaliação do serviço nutricional oferecido uma vez que o paciente hospitalizado é nutricionalmente vulnerável. Este estudo teve como objetivo
correlacionar os métodos de estimativa de peso e altura com medidas
antropométricas aferidas em pacientes hospitalizados em um Hospital
Universitário. Realizou-se um estudo transversal em julho de 2013 com 82
pacientes hospitalizados das clínicas médica, cirúrgica e diálise do Hospital
Universitário Presidente Dutra. Foram avaliados dados sociodemográficos,
diagnóstico pelo índice de massa corporal e correlação entre as medidas de
peso e altura relacionados às formulas de estimativa (Chumlea 1988,1994,
Rabito, 2006 e WHO, 1999). Houve predomínio do sexo masculino, idade
média de 47,1 ±17,8 anos, diagnóstico de eutrofia e sobrepeso/excesso de
peso em mulheres. Entre os métodos antropométricos aferidos e estimados
estes apresentaram correlação positiva (teste de correlação de Person),
porém quando comparadas as amostras pareadas apresentam diferenças
estatísticas significantes demonstrando que os valores estimados são
superestimados quando comparados com os valores aferidos. Desta forma
há necessidade de novas estimativas mais adequadas à prática clínica da
população estudada, visto que o peso e altura são fortes indicadores para
avaliação, monitoração e recuperação do estado nutricional do paciente.
P-349 ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO E USO DE MAMADEIRA
E CHUPETA POR LACTENTES HOSPITALIZADOS INTERNADOS EM
HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DA PARAÍBA
SUÉLEN DE BARROS PINHEIRO (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA
PARAÍBA (FCM-PB)); ANA CLAUDIA FREIRE VIEIRA (FCM-PB); VANESSA
MEIRA CINTRA RIBEIRO (COMPLEXO PEDIÁTRICO ARLINDA MARQUES
(CPAM-PB)); GINA ARAÚJO MARTINS FEITOSA (CPAM-PB); TALLYTA PACOTE
VILLAR TOSCANO (CPAM-PB); MARTA GOMES DA SILVA (CPAM-PB)
Introdução: Uma estratégia para prevenir ou atenuar os quadros de
déficit nutricional é a manutenção do aleitamento materno durante a
primeira infância. O leite materno é um alimento indispensável para um
crescimento e desenvolvimento e base para a prevenção de doenças na
primeira infância e de forma isolada é o método que mais previne mortes
infantis. A literatura atual indica que entre as causas de desmame precoce
do aleitamento materno estão o uso de mamadeiras e chupetas. Objetivo:
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
139
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Avaliar a frequência de aleitamento materno exclusivo (AME) por pacientes
menores de 2 anos internados em hospital pediátrico de referência do
estado da Paraíba, verificar a frequência do uso de mamadeira e chupeta
por esses lactentes, bem como, a correlação desses como desmame precoce.
Método: Esta foi uma pesquisa descritiva de caráter transversal, envolvendo
50 menores de 2 anos, internados na clínica médica, durante os meses de
abril e maio de 2013. Para coleta de dados foi utilizado um questionário
contendo questões objetivas e subjetivas sobre aleitamento materno e
frequência do uso de mamadeira e chupeta. Para a análise dos dados
foi utilizado o software estatístico SPSS na versão 20.0 e foi considerada
diferença significativa quando, das associações de dependências entre as
variáveis, o valor de p foi menor que 0,05. Resultados: A frequência de
AME foi baixa, visto que apenas 19% dos lactentes foram amamentados
exclusivamente por 4 meses ou mais; entretanto, a frequência do uso de
chupetas e mamadeiras foi elevada (60% e 82% dos menores, respectivamente). Correlacionando estas variáveis com o tempo de amamentação
exclusiva, pode ser observado que o uso de mamadeira (94%) e de chupeta
(64,7%) foi maior por aqueles que amamentaram exclusivamente por menos
de 4 meses, porém esta associação não foi confirmada estatisticamente
(p>0,05). Conclusão: Diante do exposto, pode-se concluir que o desmame
precoce em crianças hospitalizadas ainda é elevado e o uso de chupetas
e mamadeiras tende a associar-se com este problema. Portanto, faz-se
necessário elaborar medidas de ação educativas focadas na prevenção da
desnutrição e do desmame precoce, auxiliando na redução das complicações clínicas, quanto da presença de doenças e, consequentemente, na
redução da frequência de hospitalização.
P-350 ANÁLISE DE USO DE PLANTAS MEDICINAIS PELOS PACIENTES
COM CÂNCER DE HOSPITAIS DO MUNICÍPIO DE NATAL/RN
NADIA MARIA DE SOUSA FREITAS (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ); ANA LUIZA DE OLIVEIRA SOUSA
(INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO
CEARÁ); MARIÁ DA PIEDADE DE SOUZA RAQUEL (UNIVERSIDADE POTIGUAR – NATAL/RN); MIICHELE EDMILA SILVA SOUSA (INSTITUTO FEDERAL
DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ); ANAKLAUDIA
SOMBRA SANTOS (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E
TECNOLOGIA DO CEARÁ); ILLANA LOUISE PEREIRA DE MELO (UNIVERSIDADE POTIGUAR – NATAL/RN)
Introdução: Em termos gerais, câncer é uma doença cuja característica é a
multiplicação e a disseminação descontrolada de células como metástase.
A medicina convencional estabelece três abordagens principais no tratamento do câncer: excisão cirúrgica, irradiação e quimioterapia. Entretanto,
nas últimas décadas, têm-se observado relevantes mudanças na relação
médico e paciente, visto que este solicita ao seu médico que sejam prescritos tratamentos alternativos para a cura de seu mal. Por outro lado, se
o paciente não for atendido em sua solicitação, ele próprio ou com ajuda
de familiares, amigos ou vizinhos, buscam outras terapêuticas, como é o
caso da fitoterapia. Estima-se que mais de 60% de todos os pacientes usam
métodos alternativos de tratamento no curso de sua doença procurando
melhorar a saúde. Objetivo: Analisar o consumo de plantas medicinais
pelos pacientes com Câncer de Natal/RN, através de prontuários. Método:
Trata-se de um estudo descritivo cuja população estudada foi de 40
pacientes com câncer, com faixa etária entre 30 e 52 anos. A avaliação foi
realizada nas dependências da unidade hospitalar através de prontuários,
no período de 05 a 29 de abril de 2013. A coleta de dados foi realizada
durante o estágio supervisionado do curso de Nutrição da Universidade
Potiguar. Resultados: Os resultados da coleta demonstraram que dos 40
pacientes investigados 29 utilizaram medicamentos alternativos durante e
após tratamento de câncer. Entretanto, nos prontuários analisados, houve
relatos de efeitos colaterais em 21 pacientes. E os que não utilizam se deu
em apenas 1 dos pacientes. Conclusão: Neste estudo ficou evidenciado
que muitos pacientes não usavam apenas os medicamentos convencionais
prescritos pelos médicos, mas também, as plantas medicinais. Porém,
apesar do uso milenar, as plantas medicinais não são desprovidas de efeitos
tóxicos. Entre os fatores responsáveis pela toxicidade das plantas destacamse: a dose, a idade, o estado nutricional e de saúde. Em um portador de
neoplasia maligna existe ainda um outro fator que poderá interferir de
forma negativa ou positiva na administração de plantas medicinais que
é o tratamento com quimioterápicos, medicamentos de origem natural
ou sintética, empregado para inibir o crescimento de células malignas no
interior do organismo. Sendo assim, se faz necessário conhecer a propriedade e a dosagem desses medicamentos para que não venham agravar o
estado de saúde de portadores dessa patologia.
P-351 ÍNDICE DE QUALIDADE DA DIETA, PARÂMETROS BIOQUÍMICOS
E DE COMPOSIÇÃO CORPORAL EM MULHERES JOVENS EUTRÓFICAS
E COM EXCESSO DE PESO
GILCE ANDREZZA DE FREITAS FOLLY (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO
PRETO); LÍDIA MARA GOMES HENRIQUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
OURO PRETO); FERNANDA CAMPOS FREIRE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
OURO PRETO); RENATA ADRIELLE LIMA VIEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE OURO PRETO); CRÍSSIA MARIA DE LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
OURO PRETO); ANA CAROLINA PINHEIRO VOLP (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE OURO PRETO)
Introdução: A obesidade (aumento de adiposidade corporal) é caracterizada por uma inflamação crônica sistêmica que está associada ao surgimento de doenças crônicas e alterações metabólicas. Essa adiposidade
corporal pode ser modulada pela alimentação (que pode ser avaliado
por índices dietéticos), hábito de vida e atividade física. Objetivo: Avaliar
a relação entre o índice de qualidade da dieta original (IQD), a composição corporal e as variáveis bioquímicas em mulheres jovens com peso
normal e com excesso de peso. Método: Estudo transversal realizado com
mulheres com idade entre 18 e 35 anos agrupadas conforme índice de
massa corporal (IMC) (grupo 1- eutróficas: 18,5 a 24,9 kg/m2 e grupo
2- excesso de peso: 26 a 35 kg/m2). Dados bioquímicos colhidos assim
como foram aferidos dados de composição corporal (bioimpedância elétrica
tetrapolar, BIA) e dietéticos para cálculo do IQD. Os itens do IQD foram
pontuados e seu escore varia entre 0 e 16, sendo 0 uma dieta excelente e
16 uma dieta péssima. Utilizou-se o teste de normalidade de Shapiro-Wilk
e a correlação de Pearson onde adotou-se o nível de significância de 5%.
As análise estatísticas foram realizadas no software PASW Statistics 18.
Resultados: Observou-se correlação positiva entre IQD e porcentagem
de gordura corporal (GC) pela bioimpedância (p=0,029, r=0,915) para
a população geral. Esta correlação refletiu-se apenas nos indivíduos do
grupo 2 que apresentaram correlação positiva entre IQD e porcentagem
de GC pela bioimpedância (p=0,029 e r=0,915). As demais variáveis não
apresentaram correlação com o IQD. Conclusão: Observa-se que para
esta população a qualidade da dieta está diretamente relacionada à GC
aferida pela bioimpedância e isso se reflete para o grupo de indivíduos
com excesso de peso. Ou seja, quanto maior é a porcentagem de GC nas
mulheres com excesso de peso maior é a pontuação do IQD que remete
a uma dieta péssima. Isso mostra que a GC está diretamente relacionada
aos fatores dietéticos que juntos podem estar relacionados ao surgimento
da obesidade e de doenças crônicas.
P-352 PROMOÇÃO DE AÇÕES CONSCIENTIZADORAS SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE BELÉM/PA
AMANDA LAÍS FERREIRA DE MORAES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);
DAVID AMÉRICO DE ASSUNÇÃO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARÁ); AMANDA CARVALHO SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);
SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); RÉIA
SILVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179
140
Suplemento Nutrição Clínica/2013
Introdução: Atitudes como verificar a validade dos alimentos, se as
embalagens estão estufadas, amassadas ou vazando, atentar para o local
onde estão sendo comercializados e para a higiene dos manipuladores são
essenciais para que o consumidor adquira um alimento que não ofereça
perigo a sua saúde. Estas características são os únicos sinais visíveis a olho
nú para reconhecer uma possível contaminação dos alimentos, pois as
biológicas só podem ser verificadas microscopicamente. Objetivo: Promover
ações de conscientização com alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos)
e do PROEJA (Educação Profissionalizante de Jovens e Adultos) acerca da
importância da qualidade higienico-sanitária dos alimentos como fator
de prevenção de doenças que afetam a saúde do consumidor. Método:
Foram realizadas palestras educativas expositivo-interativas sobre: noções
de segurança alimentar, rotulagem de alimentos, manipulação e armazenamento de alimentos, associadas ou não à dinâmica de grupo (rodas de
conversa). Resultados: As ações educativas em saúde foram realizadas
no período de Maio de 2012 a Novembro de 2012, para estudantes do
EJA e PROEJA de escolas públicas municipais e estaduais da periferia de
Belém. Foram apresentadas sete palestras com temas relacionados com
a segurança alimentar: “Cuidados na compra dos alimentos”, “Atitudes
conscientes do consumidor” e “Rotulagem dos alimentos”, em duas escolas
públicas, alcançando um total de 269 alunos, sendo 100 do EJA e 169 do
PROEJA. Conclusão: As ações educativas mostraram-se oportunas, visto
que o público se configura como consumidor de produtos industrializados,
passíveis de sofrer possíveis infecções ocasionadas pela falta de informação
sobre os perigos ao comprar um alimento que esteja fora dos padrões de
segurança. Os estudantes demonstraram bastante interesse referente ao
assunto, indagando sobre situações do cotidiano deles.
P-353 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL COMO INDICADOR DA
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA.
VANESSA ALVARENGA PEGORARO (UFMT); JANAINA DE MEDEIROS
TAVARES (HFSE RJ); ROBSON FERNANDO LORCA TAVARES (HOSPITAL
SANTA ROSA CUIABA MT); LIZIANE TOTOU (UNIRIO); MARISTELA ANDREOLLI (H SANTA ROSA CUIABÁ MT); CERVANTES CAPOROSSI (UFMT)
Objetivo: Monitorar a infusão de Terapia Nutricional Enteral (TNE) em
uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) como Indicador de Qualidade.
Método: Estudo Epidemiológico de Coorte, prospectivo, parte da pesquisa
de Mestrado em Ciências da Saúde da UFMT, aprovado no Comitê de
ética e Pesquisa cujo título Terapia Nutricional Enteral Intermitente: qual o
melhor momento para pausar? . Desenvolvido em uma Unidade de Terapia
Intensiva Adulto, nos anos de 2012 e 2013. Participaram da pesquisa 20
pacientes admitidos na UTI, com idade superior à 18 anos que tiveram
TNE exclusiva, utilizando-se sonda nasoenteral pelo menos cinco dias
durante a internação. Análise: Foi realizado um perfil Epidemiológico como
idade e sexo. Nas análises estatísticas veri os valores de média, segundo
o programa Microsoft Excel do Office 2010, da Terapia Nutricional Enteral
prescritos e infundidos como indicador de qualidade. Resultados: Foram
acompanhados 20 pacientes e destes 65% eram do sexo feminino com
média de idade de 71,35 anos. A média encontrada prescrita foi de 1.288
ml, a média infundida foi de 925 ml, portanto o indicador de infusão foi de
71,82%, sendo considerado um bom indicador de qualidade da assistência.
Conclusão: Observou-se que a TNE prescrita não foi infundida totalmente,
mas apresentou–se um bom indicador de infusão por ultrapassar 60% da
média encontrada em outros serviços de saúde.
P-354 EDUCAÇÃO EM SAÚDE: PROMOÇÃO COM PACIENTES EM
TRATAMENTO HEMODIALÍTICO.
SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); PEDRO
RUAN CHAVES FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); BELINA
SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Introdução: Educar demanda a convicção de que a transformação é
possível e que contribuirá significativamente para formação dos cidadãos.
Atividades de ensino-apendizagem, são importantes ferramentas para
a difusão do conhecimento quanto à prevenção e promoção em saúde,
assim como para a formação de multiplicadores destes conhecimentos.
Abordar temas distintos e de importância para a garantia da qualidade
de vida e de cuidados em saúde através de esclarecimentos auxiliam na
prevenção consciente de enfermidades de grande prevalência e ocorrência.
É importante que a população receba orientações sobre a doença de
forma simples e objetiva para maior entendimento. Objetivo: Favorecer o
processo de ensino-aprendizagem, fazendo a associação entre a essência
das metodologias lúdicas e o conhecimento a ser ministrado. Contribuir
para o interesse do público alvo em relação às informações repassadas.
Método: Elaboração de materiais didático/instrucionais para uso em
palestras de cunho explicativo-preventivas. Elaboração e utilização de dinâmicas preparadas pelos próprios pacientes (elaboração de dieta segundo
seus gostos e costumes e rodas de conversa em momentos de proferição
de palestras) Resultados: cinco ações educativas foram realizadas até
o momento, no período de Agosto a Novembro de 2012, em centros de
Hemodiálise (C.H) do Esta