1061_texto_sutaco_da_base_conceitual Data: 31/08/2016 Tamanho
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ANEXO II DAS TÉCNICAS DE PRODUÇÃO ARTESANAL As Técnicas de Produção Artesanal consistem num conjunto ordenado de condutas, habilidades e procedimentos, combinado aos meios de produção (máquinas, ferramentas, instalações físicas e fontes de energia e meio de transporte) e materiais, por meio do qual é possível obter-se, voluntariamente, um determinado produto que expresse criatividade e identidade cultural. A técnica artesanal alia criatividade, identidade cultural, forma e função, requerendo destreza manual no emprego das matérias-primas e no uso de ferramentas, conforme saberes variados e com uso limitado de equipamentos automáticos. AMARRADINHO/PUXADINHO Consiste em preencher as tramas da talagarça (ou tear) com retalhos, sempre no mesmo sentido. Os retalhos são inseridos na trama e presos com um nó simples, mas firme. Preenche uma trama, pula a seguinte e preenche a outra, seguindo até o fim da carreira. Na carreira seguinte, intercala o amarradinho com a trama da carreira anterior. O avesso é liso, já a frente do trabalho é cheia e fofa. SUGESTÃO SUTACO 1. AMARRADINHO é a técnica de trabalhar com “retalinhos” que são amarrados nos “furinhos” das tramas do tecido semelhante ao ponto smirna. O tecido pode ser juta ou talagarça. O trabalho pode apresentar motivos geométricos, outros tipos de desenhos ou não apresentar desenho algum, onde os retalhos são presos aleatoriamente. Criam-se tapetes, cobertura de sela para cavalos, cobertura bancos de automóveis, cadeiras etc. 2. BOLEADO Técnica de transformar material plano em forma boleada utilizando o boleador de metal que é aquecido no fogo e, ainda quente, colocado sobre a matéria-prima a ser trabalhada (fibras vegetais, papel, material sintético e tecido). Com o auxílio das mãos criam-se pequenos sulcos, valetas ou nervuras na matéria-prima. 3.BORDADO Técnica de ornamentar tecidos com desenhos ou motivos diversos, utilizando os fios e a agulha para formar o bordado, podendo ser feito com as mãos ou em máquinas de pedal ou de motor elétrico. Os bordados utilizamse dos pontos para se desenvolver, por isso, em muitos casos o nome do bordado é dado pelo nome do próprio ponto utilizado. 3.1 ABERTO Bordado à mão e do tipo fios contados, em que primeiramente o pano é desfiado na região a ser bordada. Depois se utiliza agulha e linha para unir os fios que ficaram no tecido e construir o ornamento. Forma desenhos mais padronizados, já que a sua característica marcante é a contagem igual de fios e a sua união através de pontos diversos. Geralmente é executado em tecido e linha na cor branca. Mesmo sendo incomum, também pode ser feito com máquina a pedal e utilizando o bastidor. 3.2 APLICAÇÃO Técnica com aplicação de tecidos recortados e dispostos formando uma imagem, cujo contorno é bordado com ponto caseado se feito à mão e ponto cheio e ziguezague se feito à máquina. Utiliza-se também pedrarias, miçangas, canutilhos e contas para formar o bordado sempre feito à mão NO TECIDO. 3.3 ARPILHARIA Técnica utilizada por um grupo de artesãs de Mato Grosso com a aplicação de bordado usando sobras de tecido em linguagem de relevo, formando figuras da fauna, da flora e paisagens, aplicadas em alto relevo, sobre outro tecido. Toda a costura é feita à mão, utilizando agulhas e fios, inclusive fios de lã para realçar o contorno das figuras. 3.4 BOA NOITE A técnica desse bordado consiste em desfiar o tecido e recompô-lo em faixas com motivos florais. Sempre rigorosamente geométrico e seguindo a trama dos tecidos, o bordado apresenta-se em quatro diferentes composições: Boa Noite Simples, Boa Noite de Flor, Boa Noite Cheio, além de uma variante do Boa Noite Cheio. Para compor essa técnica de bordado, precisa-se de bastidor, tecido, linha – as mais fortes para o acabamento e as mais finas para a feitura dos pontos – agulha e tesoura. O bastidor vem a ser o suporte de madeira circular no qual o tecido é esticado, permitindo que se tenha a base necessária para se começar a bordar. 3.5 CAMINHO SEM FIM Pode ser feito à mão ou à máquina. Nesta técnica faz-se um caminho sinuoso e longo em todo o tecido, e por isso a técnica se chama caminho sem fim. É encontrado também agregado a outras técnicas, como no acolchoamento de costuras (quilting) e do patchwork. 3.6 CASA DE ABELHA Bordado à mão, executado em tecido franzido anteriormente ou durante o bordado. Utilizando-se a linha de bordado e a agulha, vai-se juntando as dobras do tecido, formando desenhos que lembram uma colmeia ou “casa de abelha”. 3.7 CHEIO Este ponto implica um matizado básico e compreende o enchimento de linha ou algodão. Deve ser trabalhado no sentido contrário ao alinhavo, preenchendo todo o interior do desenho. Como resultado final o bordado fica com um efeito de maior relevo. O número de fios sobre os quais os pontos são trabalhados depende do efeito desejado. 3.8 COM FITA É uma técnica que utiliza a fita no lugar da linha e agulhas largas e de ponta afiada, formando imagens como flores. 3.9 CORRENTE OU CADEIA Ponto decorativo em forma de corrente, muito usado para contornar outros bordados. Também se pode usar esse ponto para preencher todo o interior do desenho. 3.10 CRUZ Conhecido também como ponto de marca e bordado de fio contado. Bordado com ponto imitando pequenas cruzes que permite a contagem de fios e que, quando agrupadas, formam um desenho. Geralmente executado em tecido étamine e linho. 3.11 MATIZ Tem a forma do Ponto Cheio, normalmente usado para dar um efeito matizado, ou seja, tendo em um mesmo desenho a mistura de cores e nuances variadas. Usado também para dar o efeito sombreado. Na primeira carreira os pontos são alternadamente longos e curtos e bem unidos para seguir o contorno do desenho. Os pontos das carreiras seguintes são arrumados visando instituir uma superfície uniforme e macia. 3.12 OITINHO É uma variação da técnica vagonite. Consiste em passar a agulha da direita para a esquerda, voltando no mesmo lugar e deixando o fio da trama do primeiro grupo de tecidos de fios. Já com o fio arrematado, pula-se uma das carreiras de tramas do grupo de cima e começa a fazer o mesmo no segundo grupo. As carreiras devem sempre começar contrárias às anteriores. 3.13 REDENDÊ, RENDEDEPE, RENDA DE DEDO OU HARDANGER Técnica executada preferencialmente sobre o linho preso em bastidor. Após ser bordado é recortado com tesoura para retirada do centro do bordado ou das partes do tecido que não foram cobertas pela linha. São utilizados pontos cheios e abertos formando desenhos geométricos. 3.14 RETO Bordado à mão em pontos feitos na horizontal e na vertical. Para formar o desenho segue-se esta mesma direção. É iniciado e finalizado com a mesma direção do ponto. Algumas vezes esses pontos são de tamanhos variados, o que possibilita uma sensação de que o desenho é diagonal. É o ponto base do bordado rendendepe. 3.15 RICHELIEU Bordado livre que pode ser executado à mão ou à máquina de pedal, com o auxílio do bastidor. O desenho é feito em papel manteiga e depois passado para o tecido. O tecido é costurado com ponto reto e reforçado com zigue-zague, contornando-se todo o desenho. Com a tesourinha, corta-se a parte interna do desenho e são bordadas as ligações internas (grades) e depois o contorno, utilizando um cordão\linha chamada cordonê. 3.16 ROCOCÓ Sequência de pontos sobre o tecido em torno de uma agulha. A agulha é introduzida tantas vezes quantas desejadas e no mesmo lugar. Com o auxílio de uma agulha de fundo pequeno que permita a passagem através da linha enrolada, puxa-se a linha até obter o ponto rococó desejado. É um bordado que possui volume, apresentando um aspecto semelhante a figuras tridimensionais. 3.17 RUSSO O ponto russo é uma técnica de bordar em alto relevo, feita com uma agulha especial, bastidor e tecido. Quando finalizado tem um efeito felpudo e atoalhado e com relevo bastante destacado. 3.18 SOMBRA Também conhecido por Ponto Atrás Duplo, o Ponto Sombra é bordado em tecido fino e transparente. Pode ser feito tanto do lado direito quanto do lado avesso, com pequenos pontos atrás, alternadamente. O efeito do bordado é bastante delicado. 3.19 VAGONITE Bordado em tecido com textura tipo tabuleiro em relevo ou em tecido étamine, no qual a agulha desliza sob a trama mais proeminente, sem atravessar o seu avesso. Os desenhos têm padrão geometrizado por causa do seguimento das tramas do tecido. 3.20 XADREZ É uma técnica feita à mão e é assim chamado por ser produzida em tecido xadrez, aproveitando-se o quadriculado para fazer o bordado. É executado com pontos diversos, sendo bastante comum o uso do ponto de cruz duplo. SUGESTÃO SUTACO TÉCNICAS DE TRABALHOS COM FIOS BORDADO A MÃO é uma forma de criar à mão desenhos em um tecido (pano) utilizando agulha, fios de algodão, seda, lã, linho e metal de maneira que os fios lançados no tecido formem o desenho desejado. BORDADO LIVRE é o bordado sobre riscos transferidos para o tecido. BORDADO DE FIOS CONTADOS E FIOS AGRUPADOS: não necessita de riscos, pois é trabalhado pela contagem de fios do próprio tecido, sendo cada ponto trabalhado sobre um número exato de fios. BORDADO HARDANGER: originou-se em uma região da Noruega, assim denominada. Inicialmente era bordado em linho branco, usando-se linha branca. O trabalho forma motivos simétricos com o ponto cheio amarrando os fios, permitindo que a área interna seja recortada sem que o tecido desfie. TIPOS DE PONTOS DE BORDADO PONTOS DE CONTORNO: são usados para contornar um motivo, desenho ou fazer linhas simples. Ex.: Haste, alinhavo, alinhavo enlaçado, atrás, pequinês, repôlego, cordonê, haste português, laçadas cruzadas, partido, espinha de peixe, apanhado. PONTOS CHATOS: são os pontos de preenchimento do motivo ou desenho. Ex.: reto, matiz, cheio, chato, folha, aberto, pétala, renascença, pé de galinha, russo, sombra, zigue-zage, ponto cruz, ilhoses, ponto de casear, ponto de aresta, folhinhas, laçada, vandyke, escada, trançada e mosca. PONTOS DE CADEIA: são os de correntinha: Ex: margarida, torcido, aberto, sólido, xadrez, elos em ziguezague, roseta e espiga. PONTOS DE NÓ: são pequenos pontos em alto relevo que dão outra dimensão ao bordado. Ex.: nozinhos franceses, rococó, coral, biquinhos Antuérpia, ponto nó duplo ou palestrina, elos em nó, aresta espanhol com nó. PONTOS DE COBERTURA E FIOS ESTENDIDOS: são fios que se estendem ao redor do desenho prendendo-o com pontinhos. Ex.: ponto apanhado, ponto apanhado rumeno, ponto brocatelo ou apanhado Bokhara, ponto apanhado jacobino ou ponto treliça, cobertura em ponto de feixes, ponto de areia, cobertura em teia de aranha e richelieu. PONTOS COMPOSTOS: são os utilizados para fazer barras. Ex. ponto entrelaçado, barra entrelaçada, cruz maltesa, barra de ponto português, barra suspensa de ponto cadeia e barra de listras tecidas. PONTOS DE ENTREMEIO: servem para união de tecidos. Ex. entremeio em ponto de casear, entremeio em ponto torcido, entremeio em ponto de nó. BAINHA ABERTA: ponto “Anjour, ponto “ Ajour” escadinha, ponto “ajour” em ziguezague, ponto ajour italiano, ponto ajour entrelaçado e meio ponto turco. PONTOS DE TELA: São os trabalhos executados sobre uma tela. Ex.: ponto tramada partido, “Gros Point” tramado, “petit point” ou ponto oblíquo e file. PONTOS SOBRE FIOS CONTADOS EM GERAL: São bordados executados mediante a contagem dos fios. Ex. ponto de Médici ou Holbein, ponto cruz duplo, ponto trançado eslavo ou arraiolo, ponto cruz de duas vistas, ponto atado, barra diagonal ascendente, cobertura em forma de mosaico, florentino e ponto tijolo, labirinto ou crivo e rendendê. PONTOS DE FIXAÇÃO: servem para fixar fitas, fitilhos e outros enfeites sobre tecidos. Ex.: ponto paris. 1. CARPINTARIA Utiliza ferramentas variadas, dependendo da peça a ser confeccionada, sendo as mais comuns a serra, o serrote, o formão, a goiva, a trena, o martelo entre outros. Sua matéria prima fundamental é a madeira natural, exigindo conhecimentos sobre a especificidade desta matéria. São produzidos mobiliários e utilitários mais rústicos. 2. CARTONAGEM A técnica de cartonagem permite modificar e criar diversos objetos decorativos e utilitários com papelão, papel, cartão ou outros tipos de papéis grossos. São utilizados a cola branca, tecidos estampados e papeis decorados para fazer a forração da estrutura cartonada. Considera-se o processo completo desde a confecção do papel. SUGESTÃO SUTACO 1. CARTONAGEM é a confecção de objetos utilitários e decorativos tendo como base o papel cartão e papelão, com diversas gramaturas, sendo revestido de tecido, de outro papel, pintado ou enfeitado de maneira criativa. Ex. caixas, pastas, porta objetos, porta documentos etc. 2. CERÂMICA Consiste no processo de queima do barro ou argila em diferentes tipos de forno com temperatura aproximada de 800 a 900°C. A forma pode ser conseguida por modelagem à mão com a técnica de rolinhos, placas ou bolas de argila, ou de forma escultórica. Existem diversas argilas nas quais se podem adicionar outros elementos para obter maior plasticidade e coesão e ainda um bom cozimento. 2.1 FAIANÇA É uma cerâmica branca, composta por massas porosas, de coloração esbranquiçada e que precisa passar por processo posterior de vitrificação. Seus produtos incluem aparelhos de jantar, aparelhos de chá, xícaras e canecas, peças decorativas etc. 2.2 GRÊS Massa cerâmica, cuja composição é semelhante a das rochas. A principal diferença entre essa massa e as rochas é que, enquanto as rochas se formam na natureza, o grés é preparado pelo homem com uma seleção de minerais e uma parte de argila plástica. Em sua composição não entram argilas tão brancas ou puras como na porcelana, o que estabelece uma coloração rósea, levemente avermelhada nas baixas temperaturas e acinzentada nas mais altas. A temperatura de queima pode ficar entre 1150 e 1300ºC, após a queima se tornam impermeáveis, vitrificadas e opacas (refratária). Ela vitrifica na sua temperatura de queima, o que permite a fabricação de vários tipos de produtos. Estes são em caso particular feitos numa só queima. Também conhecida pelo termo inglês stoneware “barro-pedra”. O grês é, em última análise, uma porcelana não-translúcida. 2.3 OLARIA A cerâmica de olaria é utilizada para fabricar objetos de uso doméstico, sendo os mais utilizados os potes (recipientes de transporte e depósito de água) e panelas para cozimento de alimentos. O fabrico da olaria passa pela modelagem à mão ou pela técnica do torno (roda de oleiro). A preparação da pasta (massa) é feita por métodos tradicionais locais que são transmitidos através dos conhecimentos empíricos Obs. SUTACO: O termo Olaria como o sentido de fabricar objetos cerâmicos não é adequado visto que a confecção de potes, panelas e utilitários domésticos, pelo oleiro com a utilização da modelagem no torno, modelagem a mão ou com placas, bem como a preparação da pasta (massa) feita por métodos tradicionais locais transmitidos por meio de conhecimentos empíricos podem ser traduzidos na técnica de cerâmica como: modelagem, queima e outros complementos se houver. 2.4 VIDRADO OU ESMALTE CERÂMICO Este é um tipo de vidrado feito a partir de minerais e óxidos que uma vez levados à queima, após a sua aplicação nas peças conferem uma aparência de vidro. É uma cobertura vítrea com que as peças são revestidas. Os óxidos utilizados são geralmente de baixa fusão, como, por exemplo, o chumbo (fundente muito ativo usado em esmaltes de baixa temperatura, extremamente tóxico). 2.5 PORCELANAS A porcelana é composta de caulim, uma terra aluminosa, e de petuntsê, um silicato. Quando submetida a uma temperatura de 1200 a 1500°C obtém-se uma matéria ainda mais dura, e mais lisa, que pouco a pouco se torna vítrea, até se transformar em porcelana, que é sempre translúcida. 2.6 RAKU Técnica cerâmica que se começa por modelar uma peça de barro poroso, cozendo-a a uma temperatura não muito elevada. Depois, aplica-se o vidrado na peça, e leva-se de novo ao forno, a uma temperatura de 800 a 1000 graus. As peças são retiradas ainda incandescentes e colocadas num ambiente com pouco oxigênio. Se surgir alguma chama é necessário tapar rapidamente o recipiente da serradura e deixar a peça descansar por alguns minutos. O fumo que escapa neste processo é um lençol espesso, quase viscoso, amarelado e muito tóxico. Na terceira fase do processo, a peça é retirada da serradura e rapidamente mergulhada em água. Todas estas ações permitem criar efeitos singulares: craquelês, brilhos e texturas especiais. A porosidade do barro, a quantidade de vidrado e a forma como este se aplica, a temperatura do forno, a madeira de que é feita a serradura, a temperatura da peça, o contato maior ou menor da superfície da peça com a serradura, o tempo de imersão em água tudo isso pode alterar a cor e brilho. As zonas da peça onde não foi colocado vidrado ficam totalmente pretas, o que permite criar contrastes com o vidrado branco, sobretudo quando há craquelê. 2.7 TERRACOTA A terracota é um material constituído por argila cozida no forno, sem ser vidrada, e é utilizada em cerâmica e construção. O termo também se refere a objetos feitos deste material e a sua cor natural, laranja acastanhada. A terracota caracteriza-se pela queima em torno dos 900º C, apresentando baixa resistência mecânica e alta porosidade, necessitando um acabamento com camada vítrea para torná-la impermeável. É uma cerâmica fria similar à argila, mas muito mais limpa e fácil de trabalhar. SUGESTÃO SUTACO DE MATÉRIA PRIMA (BARRO ARGILA) 1. BARRO E ARGILA a) Barro: é a terra molhada. Pode ser vermelha, amarela, branca, roxa, composta principalmente de alumina e sílica utilizadas na fabricação de telhas, tijolos, vasos, potes etc. b) Caulim: é uma argila primária e, portanto, de pouca plasticidade. c) Argila: é um material proveniente da decomposição, durante milhões de anos, das rochas feldspáticas, muito abundantes na crosta terrestre. As argilas se classificam em duas categorias: argilas primárias e argilas secundárias ou sedimentares. As primárias são formadas no mesmo local da rocha mãe e têm sido poucos atacadas pelos agentes atmosféricos. Possuem partículas mais grossas e coloração mais clara, são pouco plásticas, porém de grande pureza e possuem alto nível de fusão. Argilas secundárias ou sedimentares, são as que têm sido transportadas para mais longe da rocha mãe pela água, pelo vento incluindo ainda o desgelo. As secundárias são mais finas e plásticas que as primárias, podendo, no entanto, conter impurezas ao se misturarem com outras matérias orgânicas. O mineral básico das argilas é a caolinita. TIPOS DE ARGILA Argila natural: é a que foi extraída e limpa e pode ser utilizada em seu estado natural sem a necessidade de adicionar outras substâncias; Argila refratária: argila que adquire este nome em função de sua qualidade de resistência ao calor. Suas características físicas variam. Umas são muito plásticas, finas, outras não. Apresentam geralmente alguma proporção de ferro e se encontram associadas com os depósitos de carvão. São utilizadas nas massas cerâmicas, dando maior plasticidade e resistência em altas temperaturas, bastante utilizadas na produção de placas refratárias que atuam como isolantes e revestimentos para fornos. Argilas de bola (ball clay): são argilas secundárias, muito plásticas, de cor azulada ou negra e apresentam alto grau de contração tanto na secagem quanto na queima. Sua grande plasticidade impede que seja trabalhada sozinha, fica pegajosa com água. É adicionada à massa cerâmica para proporcionar maior plasticidade e tenacidade. Ela vitrifica aos 1300º C. Argila para gres: argila de grão fino, plástica, sedimentária e refratária – que suporta altas temperaturas. Vitrificam entre 1250º - 1300º centigrados. Nelas o feldspato como material fundente (é o que está em fusão; substância que auxilia a fusão dos metais). Após a queima sua coloração é variável, indo do vermelho escuro ao rosado e do acinzentado, do claro ao escuro. Obs. Grês= nome de origem francesa aplicado à cerâmica queimada a uma temperatura superior à 1.220º C. Argila vermelha (terracota) – popularmente conhecida como “barro”. Tem grande plasticidade e na sua composição entram uma ou mais variedades de argilas. Produzidas sem tanta preocupação com o seu estado de pureza e quando queimadas no máximo até 1100º C, adquirem coloração que vão do creme aos tons avermelhados, o que mostra o maior grau da porcentagem de óxido de ferro. Argila da China ou Caulim: argila primária, utilizada na fabricação de massas de porcelanas. É de coloração branca e funde a 1800º C. E uma argila pouco plástica devendo ser moldada em formas pois não são maleáveis. Bentonite: argila vulcânica muito plástica contendo mais sílica do que alumínio. Origina-se das cinzas vulcânicas. Apresenta uma aparência e tato gorduroso. Ao entrar em contato com a água pode aumentar em 10 ou 15 vezes seu volume. Adiciona-se às argilas para aumentar sua plasticidade. Funde por volta de 1200º C. SUGESTÃO SUTACO GRAUS DE QUEIMA DE ARGILA E BARRO 1.1 CERÂMICA é o resultado da primeira queima da argila, denominada biscoito, tornando-a permanente e dura. Esta queima vai até 800ºC a 900ºC. (Baixa temperatura). 1.2 FAIANÇA é cerâmica de baixa temperatura com queima entre 900º ou 1280º C. (média temperatura). 1.3 PORCELANA é confeccionada a partir do caulim e a queima acontece em duas fases; a primeira entre 900º e 1000º C a segunda vai de 1250º C a 1460ºC. 1.4 RAKU – técnica japonesa de queima de cerâmica que alcança, aproximadamente, 1.000º C na segunda queima, após a aplicação de vidrado. A peça incandescente é retirada do forno e colocada em um recipiente com serragem e abafada para não permitir a formação de chama. A conclusão da tarefa se dá com esguichos de água sobre a peça, propiciando um choque térmico que produz vários efeitos como brilhos especiais e o craquelado. 1.5 TERRACOTA – caracteriza-se pela queima até 900º. 2. CINZELAGEM OU REPUXO Técnica utilizada para criar volumes, relevos e texturas numa chapa metal formando desenhos, também chamada de técnica de repuxado ou repuxo. Utilizam-se ferramentas de precisão que são os cinzéis (ferro). 3. COMPOSIÇÃO DE IMAGEM COM AREIA Consiste em criar desenhos utilizando areia colorida, colocando uma cor por vez em um recipiente transparente, com o auxílio de palhetas e canudinho de madeira, retratando imagens. 4. COSTURA Técnica que consiste em unir duas ou mais partes de materiais diversos como tecido, couro ou outros, utilizando agulha ou máquina na produção de peças variadas. Para ser artesanato a costura deverá estar aliada ao desenvolvimento de peças com imagens ou figuras, devendo ser utilizada como técnica complementar. A costura como técnica isolada não constitui artesanato. 4.1 COSTURA-PATCHWORK (QUILTING OU ACOLCHOAMENTO É a técnica que une retalhos de tecidos costurados à mão, formando desenhos variados. O trabalho com patchwork sempre envolve uma sobreposição de três camadas com retalhos unidos por costura e manta acrílica criando um efeito acolchoado (matelassê). Para o arremate dos trabalhos de patchwork, utilizam-se pespontos largos, mais conhecidos como quilt. O quilt é uma espécie de alinhavo, usado para criar efeitos de relevo nos trabalhos de patchwork ou em acolchoados. O quilt pode ser feito à mão ou com a máquina de costura. 4.2 COSTURA-FUXICO Técnica de alinhavar retalhos dobrando uma pequena borda em torno do seu círculo enquanto é feito o alinhavo, depois puxa a linha até que as bordas do centro se unam. Prende o fio com um nó e corta a linha. Aperta o fuxico para que ele assente. Para o preparo são necessários retalhos, linhas, um molde, agulha e tesoura. SUGESTÃO SUTACO DE COSTURA 1. TECIDOS Tecido têxtil é o material à base de fios de fibra natural, sintética, artificial e mineral. Ex. tecidos planos, felpudos, leno ou giro-inglês, jacquard, malhas, mistos, tramados, TNT – (tecido não tecido), talagarça, panamá, juta, etamine, seda, amianto etc. Utilizado principalmente nos trabalhos manuais e no artesanato é utilizado no patchwork, batik etc. COSTURA EM TECIDO é o tipo muito ou mais comum de trabalho manual, onde a costura é ponto principal, para confeccionar objetos utilitários e decorativos, usando moldes ou não, servindo para fazer artigos de cama, mesa e banho, além de enfeites, brinquedos, bolsa, adornos de uso pessoal etc. EMENDAS DE RETALHOS é a técnica que utiliza retalhos que são costurados à mão ou máquina, aleatoriamente ou não, objetivando criar colchas, mantas tapetes, capas de almofada etc. Difere do patchwork porque este exige que os retalhos se componham com combinações de cores, tons, desenhos. FUXICO é técnica que utiliza principalmente retalhos cortados em círculos que são franzidos nas extremidades e puxados formando uma “cabeça de cogumelo”, que unidos um por um formam colchas, toalhas, apliques para roupas, bolsas, xales etc. Deve ser feito exclusivamente a mão. (Sem utilização de máquina de fazer fuxico). PATCHWORK - também significa trabalho com retalho de tecido. Nesta técnica unem-se os retalhos de tecido formando desenhos geométricos ou representando motivos do cotidiano. O patchwork é a parte superior do trabalho que será acolchoada com uma manta acrílica e o tecido de fundo que será o avesso, sendo tudo preso por uma técnica chamada “quilting”. (quilting provem do latim culcita, uma espécie de colchão preenchido com algo macio e quente, significa acolchoamento). 2. CROCHÊ Técnica desenvolvida com o auxílio de agulha especial terminada em gancho e que produz um trançado semelhante ao de uma malha ou de uma renda. SUGESTÃO DA SUTACO CROCHÊ – o termo tem origem no francês medieval significando “bordar com o gancho”. É um trabalho manual utilizando fios que são trabalhados com uma agulha dotada de um gancho em uma das extremidades, produzindo um trançado similar a uma malha rendada. CROCHÊ TUNISIANO é uma técnica semelhante a do tricô manual, porém utiliza uma única e grande agulha com um gancho na extremidade. 3.CURTIMENTO OU CURTUME ARTESANAL Técnica de curtir pele de animal transformando-as em couro. A técnica deve ser empregada imediatamente após o abate do animal. Caso isso não seja possível, as peles devem ser submetidas com rapidez a um tratamento de imersão em solução saturada de cloreto de sódio (sal de cozinha). 4. CUTELARIA Consiste em criar instrumentos de corte, em ações sequenciais para a confecção de lâminas como espadas, adagas, facas, facões, machados, punhais, navalhas e todo tipo de utensílios metálicos de corte. A matériaprima (metal) derretida é moldada com o auxílio de ferramentas para formar o produto desejado. 5. COLAGEM Técnica que envolve o uso de diversos materiais como madeira, papel, lã, tecido, bem como itens naturais como cascas, folhas, sementes, conchas e outros com a utilização ou não de um plano de fundo que superpostas ou colocado lado a lado formam uma imagem ou motivo. 5.1 PAPIETAGEM Técnica ou processo de composição que consiste na utilização de recortes ou fragmentos de material impresso, papéis picados e superpostos. É necessário colar várias camadas de papel, esperar a secagem, podendo desenformar ou não para obter o produto final. 6. DOBRADURA OU ORIGAMI Técnica de dobrar papéis, sem o auxílio de tesoura, cola ou de cortes, geralmente feita em papel quadrado para criar em formas representativas de animais, objetos, flores, entre outros. SUGESTÃO DA SUTACO 1. PAPEL Papel é um termo que provem do latim “papyro” (papiro) constituído por elementos fibrosos de origem vegetal. O material mais usado é a polpa de madeira de árvores, principalmente pinheiros e eucaliptos. No artesanato é utilizado para dobraduras (origami); para o kirigami que é a arte de cortar papel, criando formas, superficies e desenhos tridimensionais; para papietagem que é o papel recortado e colado em várias camadas, formando objetos; para o quiling que é a filigrana em papel. No trabalho manual serve para a cartonagem que é a fabricação de objetos de cartão, criando bijuterias, figuras e esculturas, além de cestaria, móveis etc. 2. PAPEL ARTESANAL Matéria- prima resultante de diferentes processos para a sua criação. Utiliza-se materiais fibrosos (vegetais) ou o próprio papel, formando-se lâminas que serão utilizadas na confecção de objetos utilitários e decorativos. 3. DOBRADURA DE PAPEL (ORIGAMI) é a técnica de dobrar papéis com criatividade. “Ori” significa dobrar e “kami” papel. Quando pronunciadas juntas o “k” é substituído pela letra “g”. O origami é uma arte tradicional japonesa de dobrar papel criando formas representativas de animais, flores e objetos. 4. ESCULPIR Técnica que expressa a criação de formas plásticas em volumes e relevos, seja pela modelagem, seja pelo entalhe, seja pela reunião de materiais e/ou objetos diversos. Arte de representar um objeto em relevo ou em 3 dimensões, moldando pedra, madeira ou outro material. OBS.: O termo esculpir/escultura está contido nas definições de entalhe e modelagem conforme abaixo, portanto não há necessidade de colocar mais uma técnica. 5. ENTALHE é a técnica de cortar a madeira ou pedra, formando desenhos em alto relevo ou criando figuras tridimensionais, utilizando cinzel, canivete, faca, goiva, ferra canto etc. 6. MODELAGEM é a técnica de criar objetos, modelando-os com as mãos, utilizando materiais macios e flexívies, como o barro, a argila e a cera. O processo de modelagem pode ser feito por placas, torno, paleteado, rolete, escavação e bloquinhos. 7. ENTALHE Processo minucioso realizado em material rígido e pesado (madeira, pedra, chifre, etc.), consistindo em abrir sulcos na matéria prima, resultando, de acordo com o artesão, em peças tipificadas como esculturas, talhas, objetos utilitários, tacos (matrizes de xilogravura). 7.1 ENTALHE EM PEDRA Consiste no desgaste de um bloco de pedra utilizando ferramentas como o cinzel, martelo e furadeiras. No artesanato, para pequenas esculturas, se utiliza também a serra diamantada, que vai dando o formato das peças. 7.2 ENTALHE EM MADEIRA É a técnica de talhar a madeira com uso de formão, goiva e lixa para obter uma escultura ou objetos decorativos ou utilitários. 8. LAPIDAÇÃO Lapidação é uma técnica para modelar, geralmente gemas, mas também se aplica a metais e outros materiais como vidros e cristais que servem para o fabrico de adornos, joias e peças utilitárias. No caso de lapidação de gemas deverá estar associada a outras técnicas de ourivesaria para considerar o produto final como artesanato. 9. ESMERILHAMENTO Técnica de formar esculturas, adornos e outras peças decorativas usando como ferramenta o esmeril. 10. ESQUELETIZAÇÃO Conferir forma de esqueleto. A técnica de esqueletização da folha vegetal é a retirada da clorofila da fibra vegetal, deixando somente as nervuras da folha, utilizando-se soda cáustica. Caso haja a preferência pelo clareamento das folhas, elas são colocadas em alvejante com cloro até atingir a cor desejada, podendo também ser tingidas. INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR PLANTAS ESQUELETIZADAS: são plantas encontradas espontaneamente na natureza que pela ação das larvas e insetos tiveram extraídas a sua clorofila deixando aparentes suas estruturas vasculares; também pode ser feito pela mão humana com utilização de soda cáustica, água sanitária e fervura, transformando assim em matéria-prima para a confecção de enfeites. FLORES PRENSADAS – (OSHIBANA) é técnica que utiliza a vegetação desidratada para criar desenhos que ornamentam caixas, quadros para decoração, marcador de livro, etc. 1. FIAÇÃO A técnica de fiação manual consiste no processo produtivo de retirada de fibras (da roca ou do cesto) para formar o fio, a torcedura das fibras (em poucas porções) e o enrolamento dos fios num suporte próprio (fuso). Em um processo de beneficiamento obtém-se o algodão batido ou chumaço de algodão desfiado, que é acondicionado em cestos. Bater o algodão é o mesmo que “cardar”. Uma outra etapa é a da fiação propriamente dita, que produz o fio, e para isso é empregado o fuso e a roca ou roda de fiar e é uma técnica que exige grande habilidade manual. Para se obter tecidos de boa qualidade, a fiandeira prefere fazer fios no fuso. A roda não é boa para torcer boa linha, com fios finos e fortes. 2. FOLHEAÇÃO/DOURAÇÃO Técnica de decoração de superfícies que utiliza uma camada finíssima de ouro ou material com aparência deste metal. O metal transformado em lâminas muito finas (conhecidas como folhas de ouro) é aplicado em objetos como madeira ou similares. Deve ser obrigatoriamente associado às técnicas de criação do objeto que servirá como suporte. 3. FUNDIÇÃO Na fundição, o metal bruto é passado do estado sólido para o líquido, sendo trabalhado em formas e moldes, e depois retorna ao estado sólido na forma desejada. OBS.: A matriz deve ter sido confeccionada pelo artesão. 4. FUNILARIA/LATOARIA Reaproveitamento de materiais para produção manual de funil, candeeiro, bacia e brinquedos entre outros através do processo de rebatimento e dobragem e, quando necessário, pontos de solda. 5. FUSÃO (FUSING) Consiste na junção de pedaços de vidro em sobreposições que são levados ao forno numa temperatura acima de 800º até o formar uma só peça. Na fusão, se aquece a matéria prima até uma temperatura entre 1.600 °C e 1.800°C, para que se tornem fluidos e possam ser moldados. 6. GRAVAÇÃO É a arte ou técnica de gravar, ou seja, de fazer riscos e incisões. Pode ser feita diretamente no suporte ou em uma matriz para posterior reprodução, classificando-se assim como gravura. No caso de gravuras, há a impressão de uma imagem, estampa ou qualquer ilustração desenvolvida no suporte escolhido. 6.1 GRAVAÇÃO EM METAL Feita em uma matriz em forma de chapa metálica em que são criados desenhos e texturas por meio de ferramentas. A gravura em buril ou talho-doce e a ponta seca usa o metal fazendo incisões e depois se utilizam a tinta e a prensa para finalização do processo de impressão. No caso da técnica água-forte se tem o uso de agente químico e verniz. A maneira-negra ou meia-tinta é feita com a matriz preparada sem ácidos, trabalhando-se a partir do negro por meio de raspagem. A água-tinta utiliza ácidos, resina, breu e betume que aderem à placa por meio do calor e traz como resultado a possibilidade das aguadas para se obter escalas de cinza. 7. LITOGRAFIA Técnica de fazer gravuras cujo processo de gravação é executado sobre pedra plana e calcária chamada de pedra litográfica. A superfície é desenhada com materiais gordurosos que são retidos pelo carbonato de cálcio da pedra, memorizando a imagem. Depois é preciso uma combinação de ácidos que reagem fazendo com que a imagem fique gravada na pedra. Posteriormente é passado um rolo com tinta de impressão sobre a superfície e então é colocado o papel e levado para a prensa. A tinta adere ao desenho deixando brancas as partes sem imagem. Para efeito colorido, utiliza-se uma pedra de cada cor. 8. PIROGRAFIA Técnica de gravar desenhos a fogo, sobre couro, madeira e outros tantos materiais - com o emprego de um pirógrafo (aparelho elétrico para gravação através do calor) ou ferro em brasa, formando paisagens variadas, feitas à mão livre em tonalidades que variam do marrom claro ao preto. 9. XILOGRAFIA É a técnica de fazer matrizes em relevo para a reprodução de gravuras, com características únicas e produção limitada. Tradicionalmente feitas sobre casca de cajá e imburana de cheiro, utilizando-se como principais instrumentos de trabalho um pequeno buril feito com haste de sombrinha, canivete, pregos e agulhas para fazer os clichês. Para reprodução, usa-se um rodo com tinta gráfica sobre a matriz para impressões em papel, tecido, madeira, borracha, etc. que retratam temas característicos da região, feitos populares e festividades locais. 10. LUTERIA É a construção, restauração e manutenção de instrumentos musicais. São confeccionados instrumentos de corda acústicos, como violino, viola, contrabaixo, violoncelo, e também instrumentos eletrificados, como guitarra e violão elétrico. OBS.: Trabalhos de restauração e manutenção entram na categoria de prestação de serviço e não na categoria de confecção de objeto artesanal (instrumento artesanal de corda). 11. LATONAGEM Consiste na arte de se fazer texturas e relevos a partir de qualquer tipo de forma ou figura em folha de metal maleável, utilizando a mão livre ou moldes para enfeitar os objetos. A folha de metal pode ser trabalhada de diversas formas e aplicada sobre madeira, vidro, porcelana entre outros. Pode ser utilizado alumínio, cobre, latão, além de boleadores, ponta seca e carretilha. 12. MAMUCABA A técnica consiste em transformar faixas de tecido plano ou fibras vegetais em fios, trançando-os. Esse tecido atravessa e reforça o cabrestilho, sendo as extremidades ornadas com as bonecas de mamucabas, que dão reforço e beleza aos punhos da rede de dormir. 13. MARCENARIA Técnica que surge da carpintaria como um dos ramos de trabalho artesanal na madeira, porém de forma mais delicada, com trabalhos em entalhe e torneamentos. Somente são consideradas como trabalho artesanal as peças caracterizadas dessa forma. 14. MARCHETARIA Técnica de encaixar, incrustar, embutir ou aplicar peças recortadas de madeira e metais, formando desenhos variados. As peças produzidas são chamadas de marchete, obra de embutidos ou peças de madeira a que se aplicam diferentes pedaços de madeiras preciosas, osso, chifre, madrepérola, entre outros. SUGESTÃO SUTACO 1. MARCHETARIA - (marqueter - palavra de origem francesa que significa embutir). É a tecnica de embutir, inscrustar pedaços de materiais diversos, como madeira, metais, madrepérola, plásticos, numa superfície plana de móveis, painéis, pisos, tetos tendo como principal suporte, a madeira. 2. MODELAGEM A modelagem pode ser definida como o ato de modelar, ajustar a forma manualmente de material como o barro, argila, balata, massa de guaraná e outros materiais maleáveis: massa sintética, papel machê; e transformá-los em objetos tridimensionais. Mesmo com as tecnologias vigentes e o possível uso de torno, ainda é uma prática bastante artesanal. Diferente do desenho e da pintura, a modelagem nos proporciona a visão de todos os ângulos e lados da estrutura, e ainda podemos perceber a sua textura. Também é a moldagem e forja em ferro. No caso de massa fria (biscuit), o artesão deverá fazer a própria massa. 3. MOLDAGEM A moldagem é o único método para tornar durável uma obra modelada, que será fundida em bronze ou alguma outra substância não perecível. Pode ser moldada peças em látex, massa, papel, ferro etc. A moldagem no artesanato pode ser considerada quando presumir regularidade e padrão, excetuando-se peças idênticas ou cópias. O artesão tem que fazer o molde (matriz). 4. MONTAGEM Técnica de unir matéria-prima, de um só tipo ou diversa, formando uma única peça com apelo cultural. Em caso de montagem de adornos e acessórios deverá utilizar materiais beneficiados a partir da natureza, tais como: sementes diversas, fibras naturais, casca do coco, frutos secos, conchas, chifre, madrepérola, capim, madeira, ossos, penas e escamas, dentre outros. Miçangas e pedrarias somente serão aceitas para artesanato quilombola, matriz africana e indígena. Complementar com a questão do beneficiamento? 5. MOSAICO Consiste em colocar peças recortadas ou quebradas (cacos) próximas umas das outras resultando num determinado desenho ou imagem. Depois da colagem e secagem das peças o trabalho é rejuntado. Os materiais utilizados podem ser azulejo, pastilha de vidro, pastilhas de porcelana, pedras, cerâmicas e espelhos em forma de pequenos fragmentos, feitos em suportes variados. 6. OURIVESARIA A ourivesaria na joalheria é a técnica de produção de joias e ornamentos utilizando metais nobres: platina, ouro e prata. Com o derretimento do metal as peças são condensadas em um bloco até que o mesmo fique na forma desejada através de técnicas de martelagem, modelagem e refinamento. 6.1 FILIGRANA EM METAL Técnica de ourivesaria que consiste na combinação de delicados e finíssimos fios de ouro, prata e outros metais, aplicados sobre placas do mesmo metal, desenhando motivos circulares ou espiralados. 7. PINTURA Consiste na pintura à mão sobre suportes diversos, exceto sobre tela, formando imagens criadas pelo artesão. 7.1 BATIQUE Técnica de pintura em tecidos ou couros com características bem definidas; são utilizados cera de abelha, parafina e tinta. Assim que o tecido é pintado, ele é colocado em um banho de corante onde as áreas sob a cera permanecerão destingidas. Podem ser produzidos desenhos complexos ao sobrepor cores e ao usar rachaduras na cera pintada para produzir linhas finas. SUGESTÃO DA SUTACO 1. BATIK OU BATIQUE – (artesanato migratório) originário da Indonésia como forma de expressão artística que consiste em desenhar com cera sobre o tecido e, em seguida tingi-lo com cores variadas. O efeito final é produzido por sucessivos tingimentos no tecido protegidos por uma máscara de cera onde somente as partes não vedadas são tingidas. As máscaras são aplicadas sobre a seda com pincel ou “tjanting”. 1.1 ENGOBE Caracteriza-se por ser um tipo de tinta utilizada para pinturas em cerâmica que é composta de uma mistura de argila e água, com adição ou não de óxidos corantes e/ou pigmentos para produzir tonalidades variadas, aplicada em forma líquida na peça antes da queima. 1.2 ESMALTE Os esmaltes cerâmicos não são tintas, são derivados do vidro, e também conhecidos pelos nomes de “vidrado” ou “verniz”. No esmalte, a cor é produzida por óxidos metálicos, e a sua formulação contém outros elementos que determinam propriedades diversificadas. A peça é pintada e depois levada ao forno para aderência, ativação da cor e do aspecto de vitrificação 1.3 ESTAMPARIA Tomando-se por base o tecido, são criadas sobre as mesmas estampas variadas com a utilização de pincéis, escovas, rolos, seringas, e o que a imaginação do artesão desejar. 1.4 PÊSSANKAS A técnica consiste na pintura de ovo cru ou esvaziado, ou ovo de madeira. São utilizados pigmentos naturais como casca de cebola, cebolinha roxa, cera de abelha, vela, etc. Utilizam-se como ferramentas pincel ou caneta. 1.5 PINTURA EM AZULEJO Técnica de pintura em azulejo com ornamentos geométricos ou florais, tanto à mão como serigrafados, levado ao forno para finalizar o objeto. Caso utilize matriz, deverá ser elaborada pelo artesão. 1.6 TABATINGA Técnica que utiliza a argila que após processada produz um pó de cor branca transformando-se em pigmento natural que misturado à água resulta em uma tinta líquida. A aplicação em cerâmica desse pigmento, geralmente pinturas florais, fará distinção ao nome tabatinga. 1.7 TAUÁ Técnica que utiliza um pigmento amarelo de origem mineral. O tauá é um corante rico em hidróxido de ferro, que após a queima, resulta em tom avermelhado sendo utilizado em forma líquida, como uma tinta, na decoração ou pintura da peça cerâmica produzida. SUGESTÃO DA SUTACO 1. AEROGRAFIA é a técnica de pintura e ilustração semelhante ao grafite que se utiliza de aerógrafo para sua execução. 2. CORDA SECA: e a técnica de pintura na cerâmica. Originária dos incas que decoravam suas peças de cerâmica, separando as cores do desenho com capim gorduroso ou tirinhas de argila, antes de leva-las para a queima. Hoje utiliza-se traços de grafite. 3. FILIGRANA EM PAPEL OU QUILLING Técnica minuciosa que utiliza tirinhas de papel, fita de cetim ou outros materiais para criar desenhos. O material é enrolado, moldado e colado, criando composições decorativas. Em algumas localidades é também conhecida como quilling. SUGESTÃO DA SUTACO 1. QUILLING – técnica de filigrana em papel. É a técnica que utiliza tiras de papel enrolado. Acredita-se que esta técnica teve inicio no sec. XV e era usada por freiras dos conventos franceses e italianos para decorar objetos religiosos. Elas retiravam as beiradas douradas das bíblias para fazer o trabalho. No seculo XVIII a técnica se tornou popular na Inglaterra e recebeu o nome de “quilling” porque os rolinhos eram feitos de penas de ganso. Pode ser usada fita de cetim ou outros materiais. 2. RECICLAGEM É um conjunto de técnicas que tem por finalidade o reaproveitamento de materiais diversos, transformados em matéria-prima, para a elaboração de novos produtos. O valor cultural agregado ao processo produtivo é determinante para se constituir em artesanato. SUGESTÃO DA SUTACO RECICLAGEM E REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS 1. RECICLAGEM é o processo de transformação aplicado aos materiais que voltam ao estado da matériaprima original, podendo ou não ser transformado em produtos iguais em todas as suas características. Ex. latinhas de refrigerantes que derretidas voltam a ser alumínio. 2. REAPROVEITAMENTO: é a reutilização do material que não se submete a processo de transformação. Não ocorre a destruição do material reutilizado. A matéria-prima continua a mesma. Ex. utilização do lacre das latinhas para fazer bolsas e vassouras de garrafas Pet. 2.1 PAPEL RECICLADO Técnica que utiliza diversos materiais, tais como: fibra vegetal, casca, erva, flor seca, papel industrializado e outros, a partir de processos artesanais tais como: separação, imersão, branqueamento, tingimento, feltragem e prensagem entre outros, resultam em um produto final constituindo-se, também, em matéria-prima para novos produtos. 3. RENDA Arte de produzir malha desenvolvendo um tecido de orifícios e desenhos feitos à mão. A renda nasce e se desenvolve do fio que é conduzido por agulhas, trançado por bilros ou formado por nós. A renda é um tecido construído e estruturado pela própria rendeira. Nela, os motivos do desenho são feitos à medida que o artesão produz o fundo que estrutura o tecido. 3.1 BILRO Técnica de produzir renda utilizando linhas de algodão e tendo como base um padrão feito de papelão picado, também chamado “pique”, afixado numa almofada cilíndrica por meio de alfinetes ou espinhos e que são trançadas pela troca de posição dos bilros. Os bilros são pequenas peças de madeira (13 a 15 cm), que têm a função de tramar os fios da renda (podem ser todo de madeira ou com a esfera de coco). Cada renda vai demandar uma quantidade diferente de bilros, que são trabalhados simultaneamente. SUGESTÃO DA SUTACO 1. RENDA DE BILROS - Originaria de Portugal. A renda de bilro é feita sobre uma almofada dura, o rebolo (nome dado à almofada em Portugal). É cilíndrico, de pano grosso, cheio com palha ou algodão, cujas dimensões dependem das medidas da peça a se realizar, coberto exteriormente por um saco de tecido fino. A almofada fica sobre um suporte de madeira, ajustável, de forma a ficar à altura conveniente para o trabalho da rendeira. No rebolo, é colocado um cartão perfurado, ou pinicado onde se encontra o desenho da renda feito com pequenos furos. Nos furos da zona do desenho que está a ser realizada, a rendeira espeta alfinetes, que desloca à medida que o trabalho progride. Os fios são manejados por meio de bilros que são pequenas peças de madeira torneada ou com coquinhos. Uma das extremidades do bilro tem a forma de pera ou de esfera, conforme a região. O fio está enrolado na outra extremidade. Os bilros são manejados aos pares pela rendeira que imprime um movimento rotativo e alternado a cada um, orientando-se pelos alfinetes. O número de bilros utilizados varia conforme a complexidade do desenho. 1.2 FILÉ Técnica que consiste em preencher um desenho sobre uma rede, feita com linha de algodão, também conhecida como grade. Essa grade é confeccionada com a mesma técnica usada nas redes de pesca. A partir da rede de nó, presa a uma peça de madeira com formatos e tamanhos diferentes, desenvolve-se a trama com pontos numa agulha de mão. Também conhecida como uma técnica de bordado, porém não utiliza o tecido como suporte, podendo se classificar como renda. 1.3 FRIVOLITÊ Espécie de renda cuja técnica consiste em pequenos nós produzidos inicialmente com o uso de navetes de madeira e linha de algodão. Hoje, o frivolité também é feito com agulhas e o cordão utilizado como matéria-prima na produção de colares, cintos, bolsas e outros adornos. Para as peças mais finas e vestuário, usa-se as linhas finas, conforme a tradição. SUGESTÃO DA SUTACO 1. RENDA FRIVOLETÊ: Também conhecida como espiguilha, pontilha ou rendilha. É feita com os dedos, linha de crochê, agulhas específicas, que podem ser substituídas por navetes (instrumento de forma elíptica, de plástico, metal ou madeira que possui no seu interior um carretel onde se enrola a linha que será trabalhada). A renda tem sua trama tecida por nós, picos e laços, que ao se unirem formam anéis ou arcos, que dão leveza à renda. 1.2 GRAMPADA Técnica de laçar fios e fitas ao redor de hastes de metal (grampos) com o auxílio de uma agulha de crochê. Conforme a malha vai crescendo, são retiradas dos grampos as primeiras laçadas. 1.3 IRLANDESA Trata-se de uma renda de agulha que tem como suporte o lacê, cordão brilhoso que, preso a um debuxo ou risco de desenho sinuoso, deixa espaços vazios a serem preenchidos pelos pontos. Estes pontos são bordados compondo a trama da renda com motivos tradicionais e ícones da cultura brasileira, criados e recriados pelas rendeiras. SUGESTÃO DA SUTACO 1. RENDA IRLANDESA: semelhante à renascença quanto ao modo de execução. A diferença consiste no lacê, ou seja, a fita que une as tramas. Aqui o lacê é um cordão ou cadarço revestido de viscose que dá o efeito acetinado ao lacê. 1.1 RENASCENÇA OU RENDA INGLESA Técnica em que a renda é construída a partir do alinhavo do lacê (espécie de fita) sobre o suporte com o desenho. Com agulha e linha se preenche os espaços entre os lacês. Depois de feito todo o preenchimento, o alinhavo é desfeito e a renda retirada do suporte. A técnica, também conhecida como Renda Inglesa, está incluída na categoria de renda de agulha por ser feita a partir de modelos riscados em papel, sobre o qual é preso o lacê, cadarço fino vendido em peças, que com agulha vai se ligando e formando os desenhos da renda. Técnica que utiliza linha, agulha e o lacê (espécie de fita) que é costurado por todo o desenho. A seguir são preenchidos os espaços entre os lacês, com pontos diversificados. 1.2 MACRAMÊ Técnica de dar nós cruzando os fios e formando desenhos geométricos, franjas e uma infinidade de formas decorativas. No caso do feitio de franjas, os fios podem ser colocados no tecido para que sejam desenvolvidos ou pode se desfiar o próprio tecido para fazer a franja. SUGESTÃO DA SUTACO 1. ABROLHO - técnica que consiste em desfiar a ponta de um tecido, separar os fios por pequenos grupos e entrelaçá-los por nós, resultando em desenhos que formam um rendado 1.1 SINGELEZA, RENDA TURCA OU JAGUAPITÃ Técnica elaborada com linha e agulhas. Uma das agulhas usadas é a de tapeçaria e as agulhas de apoio do trabalho são feitas com muita improvisação, usando talos de coqueiro, palitos de churrasco e o que estiver à mão. Em alguns locais os artesãos usam a mesma navete que pescadores utilizam em suas redes. Os pontos são costurados com a agulha de tapeçaria enquanto ficam montadas na agulha de apoio. A cada trecho vão sendo retirados desse apoio e trabalhados com novos detalhes. 1.2 LABIRINTO OU CRIVO OU CONTADO É uma técnica trabalhada com um emaranhado de pontos que se faz desfiando o tecido, montado em armação de madeira (tela ou bastidor), unindo fios e preenchendo espaços com cerzimentos. É uma renda de agulha onde se empregam os pontos de corte, de fios tirados, cruz, milindro, relevo e cerzimentos. O ponto crivo ou labirinto pode ser executado em qualquer tecido com fios contáveis, onde se fazem pequenos “cortes” em fios determinados do tecido, formando desenhos. O que o caracteriza é a formação de “buraquinhos” e a passagem da linha através destes. 1.3 TENERIFE OU NHANDUTI OU RENDA DO SOL Renda feita utilizando-se agulha grossa, linha e tábua de vários tamanhos e formas. A tábua serve de modelagem onde são colocados pregos sem cabeça para o entrelace da linha. Consiste no entrelaçamento da linha nos pregos repetidas vezes. SUGESTÃO DA SUTACO 1. RENDA NHANDUTI, TENERIFE OU RENDA DO SOL - significa teia de aranha em guarani, devido a trama radial que é a sua principal característica. Surgiu nas ilhas Canárias onde é conhecida como renda Tenerife. Usa-se um bastidor, que em sua maioria é circular, alfinetes, linhas e agulhas. É produzida uma trama radial com linha sobre o bastidor, utilizando alfinetes como apoio, seguido de mandalas que são tecidas com agulhas e linha. Os desenhos são formados conforme a variação dos pontos que ali serão executados. OBSERVAÇÃO: Redendê, Labirinto e Filé em que pese serem denominados de rendas, na verdade são bordados porque necessitam de suporte, como por exemplo uma rede. 2. SELARIA A técnica envolve o tratamento artesanal do couro, modelagem, costura, entalhes, perfuração, lixamento, rebite e outras variações, e a feitura manual de selas e artigos de montaria. 3. SERRALHERIA A técnica consiste na transformação de metais em peças artesanais decorativas e utilitárias. No artesanato pode ser expresso em ferro forjado ou batido, onde os objetos são colocados na forja (fornalha para incandescer metais) até deixar o material elástico e permitindo que seja trabalhado com batidas ou pancadas de martelo. 4. TAPEÇARIA Técnica que consiste na confecção artesanal de um tecido, geralmente encorpado, sobre o suporte de uma tela, formado pelo cruzamento de duas estruturas de fios obtidos de fibras flexíveis, como lã ou algodão. O uso de fios coloridos e de técnicas diversas de entrelaçamento permite que figuras sejam compostas durante o processo de execução. 5. TAXIDERMIA Técnica de dissecação para preservação da forma da pele, planos e tamanho dos animais com objetivo de manter as características de expressão do animal e, por vezes, seu habitat. Usada para coleção, material didático ou uso decorativo, essa técnica utiliza facas, tesoura, linha e agulha, tinta e pincel, entre outros, além de produtos químicos. 6. TECELAGEM Tecelagem é o trabalho de entrelaçar fios nos teares. Entrelaçar teia e trama – urdume e tapume. Teia é a base, o fundo do tecido, feito nas urdideiras e levado depois para o tear onde é tapado, e então tecido. Tanto para o urdume como para o tapume o tecelão vai utilizar fios de algodão, de lã, de linho, de buriti, de pita, entre outros. São instrumentos da tecelagem a urdidura, o cabo, a trama, o pente e outros, utilizados nos diversos tipos de teares. 7. TINGIMENTO Consiste na alteração da cor primitiva de tecidos ou outros suportes/materiais, dando-se cor por imersão em tinta ou corante, sintético ou natural, e formando padrões, entre dégradé colorido e com manchas ou figuras. 8. TORÇÃO EM ARAME É uma técnica de torcer o fio de arame para dar suporte para criação de bijuterias, acessórios, peças decorativas e utilitárias. 9. TRANÇADO O trançado consiste no entrelaçamento de fibras ou outras matérias-primas em forma de fios, lâminas ou tiras. A técnica do trançado é tão diversificada quanto o produto final. Sempre se inicia a peça mediante o simples cruzamento de duas ou mais talas, que correspondem à parte central, base ou fundo. Entrelaçando-se a seguir novas talas, obtém-se a forma desejada. 10. TEÇUME Revela o processo produtivo de moradores de comunidade ribeirinha da Amazônia, conhecido como “Teçume D´Amazônia”. Consiste num processo artesanal desde a extração de fibras vegetais (tala de cauaçu) com a utilização de corantes naturais, resultando em matéria-prima para produção de artefatos trançados, domésticos e decorativos. 11. TRICÔ Técnica de entrelaçar o fio de lã ou outra fibra têxtil por meio de duas agulhas grandes, de forma organizada, criando-se assim um pano que, por suas características de textura e elasticidade, é chamado de malha de tricô ou simplesmente tricô. SUGESTÃO DE EDUARDO RAFAEL F. RIBEIRO e OEY ENG GOAN 1. VIDRO 1.1 FUSING: Técnica que consiste em moldar vidros planos, geralmente utilizando dois vidros formando um “sanduiche”, e entre eles utiliza-se esmalte de vidro para dar coloração e efeito na peça. Em seguida é inserido em um molde dentro forno para vidro e, com o aquecimento, a placa do vidro assume a forma do molde. 1.2 GRAVAÇÕES NO VIDRO: Antigamente era utilizado este processo na Europa para enfeitar as taças e objetos decorativos como jarros, castiçais, dentre outros. Neste processo gravação em vidro utiliza-se um tipo de furadeira e, atualmente, uma broca específica para gravar o vidro ou pode-se utilizar jato de areia. 1.3 VIDRADOS: Entende-se por vidrados os esmaltes preparados especificamente para dar cor nas peças de vidro. Existem vários tipos de vidrados: translúcidos, fechados, com brilhos, opacos ou acetinados e efeitos com bolhas. Normalmente é feita a queima à 790°C. Existem outros esmaltes ou vidrados de baixa temperatura que, geralmente, são tóxicos porque tem PBO (chumbo), por sua função de baixar o ponto de fusão do esmalte. Quando isto ocorre tem que ser apontado na etiqueta. Após a queima do esmalte ocorre a VITRIFICAÇÃO devido à esmaltação do vidro. TÉCNICAS AVALIADAS CLAUDIA GT1 E DEMAIS– ENVIAR TÉCNICAS EM BEBIDAS E COMIDA 1. PRODUÇÃO DE BEBIDAS ARTESANAIS Consistem em misturar essências, frutos e ervas com ou sem álcool utilizando técnicas isoladas ou conjuntas como clarificação, destilação, esterilização e fermentação para produção de bebidas típicas, tais como: aguardente, aluá, cachaça, cauim, cajuína, umbuzada, licores, vinhos, dentre outros. 2. PRODUÇÃO DE ALIMENTOS ARTESANAIS Técnica de misturar, assar, cozer, fritar, moer e torrar alimentos com ingredientes regionais para produção de culinária típica que revelam costumes das pessoas que vivem na região e/ou influência cultural imigratória na localidade. 3. SAPONIFICAÇÃO E DEMAIS TÉCNICAS RELACIONADAS COM COSMÉTICOS, AROMÁTICOS E PERFUMARIA Técnica utilizada na confecção de sabonetes artesanais. Na massa produzida mistura-se água, compostos graxos (gorduras, óleos ou ceras) e um álcali (hidróxido ou carbonato de sódio) que através de uma reação química chamada “saponificação” produz o sabão especial. É a partir dessa base que se fará todos os tipos de sabonetes sólidos, para uso decorativo, terapêutico ou para higienização corporal. Nessa reação além do sabão é formada a glicerina que fica preservada conferindo propriedades benéficas à pele ocasionando um produto 100 por cento vegetal, natural e sem aditivos químicos.
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texto_sutaco_da_base_conceitual Data: 26/05/2016 Tamanho
Haste, alinhavo, alinhavo enlaçado, atrás, pequinês, repôlego, cordonê, haste português, laçadas cruzadas, partido, espinha de peixe, apanhado.
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