Dinâmica do Mercado Imobiliário Popular na RM de Goiânia

Transcrição

Dinâmica do Mercado Imobiliário Popular na RM de Goiânia
DINÂMICA DO MERCADO IMOBILIÁRIO POPULAR E SEUS IMPACTOS NA
RECONFIGURAÇÃO ESPACIAL DA RM DE GOIÂNIA
Aristides Moysés *
Elcileni de Melo Borges **
Apresentação
Este ensaio tem o propósito de analisar dados empíricos sobre a questão
habitacional na Região Metropolitana de Goiânia, considerando, sobretudo, o mercado
popular e a provisão habitacional de interesse social.
A reestruturação da política
habitacional nos anos recentes, com alterações no financiamento e subsídio habitacional,
ampliação de todas as fontes de recursos do SFH, criação do SNHIS e FNHIS,
significaram uma inflexão no atendimento habitacional em favor das faixas de renda até 3
salários mínimos. A abertura dos créditos e a presença da iniciativa privada como
instância de produção para a população de baixa renda, fomentada, sobretudo, pela
injeção de grandes somas de recursos governamentais dinamizou o mercado popular de
habitação.
O bom momento vivido pelo mercado imobiliário brasileiro desde meados de
2007 (o boom imobiliário), tendo como pano de fundo o cenário econômico favorável,
também se reproduz no mercado imobiliário goianiense. O impacto da crise financeira
internacional ao final de 2008 quis arrefecer os ânimos do mercado construtivo local, mas
o lançamento do programa habitacional MCMV e a manutenção do PAC reanimaram o
setor, e em junho de 2010 o Estado de Goiás já detinha a posição de líder nacional
nas contratações do MCMV. A política habitacional local também passou a aportar
maiores contrapartidas, diversificando parcerias (governamentais e com o setor privado),
houve reformulação do Programa Estadual Cheque Moradia/Moradia Digna, e o
planejamento foi incluído como estratégia para o fortalecimento da provisão habitacional.
Palavras-Chave:
Mercado Imobiliário; Habitação de Interesse Social – HIS; Provisão Estatal de Moradia.
*
Doutor em Ciências Sociais pela PUC/SP (2001). Coordenador e professor do Mestrado em
Desenvolvimento e Planejamento Territorial. Coordenador e Pesquisador do Observatório das Metrópoles –
Núcleo Goiânia. Técnico do Departamento de Ordenação Sócio-Econômico da Secretaria Municipal de
Planejamento. [email protected]
**
Mestre em Economia Social e do Trabalho pela UNICAMP (2000). Gestora Governamental no Governo
de Goiás – Secretaria Estadual das Cidades, com exercício na Agência Goiana de Habitação – Agehab.
Pesquisadora do Observatório das Metrópoles – Núcleo Goiânia. [email protected]
1- Cenário nacional do mercado imobiliário popular brasileiro
Nos anos recentes, sobretudo a partir da criação do Ministério das Cidades,
instalação do Conselho Nacional das Cidades, formulação de uma nova Política Nacional
de Habitação, alterações relevantes no financiamento e subsídio habitacional, gerando
uma forte ampliação de todas as fontes de recursos (oriundos do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço – FGTS, do Fundo de Arrendamento Residencial – FAR, do Fundo de
Desenvolvimento Social – FDS, do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, do
Orçamento Geral da União – OGU, da CAIXA e do Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo – SBPE), assistiu-se a estruturação de um cenário muito dinâmico à cadeia
produtiva da construção civil brasileira.
Tendo como pano de fundo o cenário econômico favorável – estabilidade
monetária; sinais de crescimento da economia; recuperação do emprego formal, renda e
consumo; formação de uma nova classe média; crescimento da taxa de expansão do
crédito imobiliário – o mercado habitacional brasileiro passa por expressiva expansão. “A
Lei Federal 10.391/2004 deu maior segurança jurídica para o financiamento; a resolução
de 2005 do Conselho Monetário Nacional obrigou os bancos cumprirem a exigência legal
de investir em habitação os recursos da poupança; e como conseqüência destas medidas,
25 empresas imobiliárias abriram seus capitais na Bolsa, captando mais de 20 bilhões de
dólares no mercado de capitais. Com as alterações, as aplicações com recursos do SBPE
(poupança) passaram de menos de R$ 2 bilhões em 2003 para cerca de R$ 18 bilhões em
2007”1.
A aprovação da Lei nº 11.124/2005, que instituiu o Sistema Nacional de
Habitação de Interesse Social e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e seu
respectivo Conselho Nacional, vieram aperfeiçoar a política habitacional em vigor,
particularmente no que se refere ao subsídio habitacional para famílias de baixa renda
(Programa de Subsídio Habitacional – PSH). Conforme Bonduki, “o orçamento do FGTS
para habitação atingiu R$ 7 bilhões em 2007 e a grande novidade foi a Resolução
460/2005 do FGTS, que ampliou os subsídios chegando a R$ 1,8 bilhão anuais. Os
1
BONDUK, Nabil. O boom imobiliário vai chegar à habitação de interesse social? (Artigo) Agência
Estado, 15 de janeiro de 2008.
recursos fiscais cresceram com a implantação, em 2006, do FNHIS, atingindo cerca de
R$ 1,3 bilhão por ano. Assim, o subsídio total atingiu R$ 3,1 bilhões em 2007.” 2 Com o
ambiente de estímulo às contrapartidas estaduais, houve uma significativa ampliação do
atendimento na faixa de renda onde se concentra o déficit habitacional do país (mais de
90% atingindo famílias com renda mensal até 3 salários mínimos, segundo a Fundação
João Pinheiro – FJP, 2007).
A criação do Subsistema de Financiamento de Habitação de Interesse Social e a
abertura dos créditos possibilitando a presença da iniciativa privada como instância de
produção propiciou a criação do chamado “mercado popular de habitação”. Já a partir
de 2004 observa-se uma inflexão importante na política de habitação e direcionamento
dos investimentos, registrando uma redução percentual dos atendimentos habitacionais
nas faixas de renda acima de 5 salários mínimos em favor das faixas de renda menores
(até 3 salários mínimos).
Fonte: BONDUKI, Nabil. Do Projeto Moradia ao programa Minha Casa Minha Vida. (Op. Cit.)
O impacto da crise financeira internacional quando do seu agravamento a partir de
setembro de 2008, também afetou o setor da construção civil levando a perspectivas de
retração dos investimentos programados e perdas pontuais de emprego no setor. Todavia,
a economia brasileira foi muito menos afetada pela crise do que os países desenvolvidos,
e já ao final do primeiro semestre de 2009, com a relativa estabilização da crise norte
2
BONDUKI, Nabil. Do Projeto Moradia ao programa Minha Casa Minha Vida. Teoria e Debate, n. 82, São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2009.
americana e como resultado das medidas anticíclicas adotadas pelo Governo, havia
nítidos sinais de recuperação dos indicadores, sinalizando positivamente para os agentes
econômicos3. Especificamente quanto ao setor da construção, foi decisivo a manutenção
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o lançamento do programa
habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) em abril de 2009.
Ao completar 01 (um) ano do MCMV o cenário do mercado imobiliário brasileiro
é de muita euforia. Segundo balanço da CAIXA o volume de crédito imobiliário
(recursos onerosos do SBPE mais o FGTS) alcançou o recorde de R$ 49,3 bilhões no
ano de 2009, volume 09 vezes superior ao realizado em 2002, de cerca de R$ 5,4 bilhões
(dados ilustrados no Gráfico a seguir). E grande parte desse desempenho é atribuída ao
“programa de moradia popular MCMV que foi responsável por 45,7% de novas unidades
habitacionais financiadas por todas as entidades integrantes do Sistema Financeiro de
Habitação em 2009.” 4
Brasil - Evolução dos Financiamentos Imobiliários
(Aquisição e Construção)
34,0
30,1
18,4
15,8
10,6
9,3
1,7 3,7 2,2 3,8 3,1
6,9
3,9 4,8 5,5
9,9
6,9
0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009 2010 *
valo r es em R $ b ilhõ es. * 2 0 10 : Jan à M ar
Recursos do SBPE
Contratações do FGTS
Fonte: Estatísticas Básicas do BACEN (SFH – SBPE); CAIXA – posição da base: 09/02/2010.
A partir do Banco de Dados CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
Do total de empréstimos imobiliários concedidos em 2009, conforme informações
da CAIXA, R$ 14,1 bilhões foram destinados ao programa MCMV, e dentro do
3
COUTINHO, L. (2009) Apud CARDOSO, A. L. & LEAL, J. A. Mercados Habitacionais no Brasil: Tendências
recentes e respostas governamentais para a crise de 2008. (mimeo). ISA – International Housing Conference.
Glasgow. 1-4/09/2009.
4
CAIXA. Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis da Caixa Econômica Federal –
CAIXA – exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009. In: downloads.caixa.gov.br/_.../
caixa/caixa.../Relatório_da_Administração_CAIXA_122009.pdf Acesso em junho de 2010.
programa MCMV o destaque foi o crédito destinado a famílias com renda de 0 a 3
salários mínimos: foram contratadas 168.926 propostas de construção de novas unidades
habitacionais, de um total de 275.528 imóveis financiados pelo Programa (ou 61,31% dos
contratos assinados). Já em abril de 2010 (1 ano do MCMV) os investimentos alcançaram
a cifra de R$ 22,8 bilhões no financiamento de 408.674 imóveis – significando que
somente no primeiro trimestre deste ano foram contratadas 133.146 novas moradias pelo
Programa: das quais 203.997 contratações destinadas às famílias com renda de 0 a 3
salários mínimos, representando 120% da meta estipulada”. 5
No ano de 2010, somente nos primeiros 6 meses, a CAIXA informa que “o
volume de financiamentos habitacionais no Brasil somou R$ 34,1 bilhões (janeiro a
junho), representando expansão de 95,1% em relação a igual período do ano de 2009.
(...) a previsão é de que até o fim de 2010 a aplicação de recursos em crédito imobiliário
supere a marca dos R$ 60 bilhões. Acredita-se que o atual „ciclo virtuoso‟ deve se manter
ao longo dos próximos anos, e com isso espera se que o crédito imobiliário no Brasil
chegue a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) – atualmente representa apenas 3% do
PIB.”6
Ante este cenário, as perspectivas de investimento para 2010 seguem muito
otimistas7 e os ânimos de toda a cadeia da construção estão renovados, tanto que “as
construtoras já comemoram um novo milagre econômico, a exemplo do que ocorreu na
década de 70, depois de atingirem o fundo do poço na depressão financeira dos anos 80 e
90.” 8
É visível a “euforia” gerada pelo programa MCMV e pelo Programa de
Aceleração do Crescimento – PAC, aumentada com o lançamento do PAC 2 e as vultosas
cifras de metas de investimentos entre 2011 e 2014, dentre os quais: “R$ 278,2 bilhões
para o PAC Minha Casa Minha Vida e a previsão de construção de 2 milhões de unidades
habitacionais (reservados 60% dos recursos para a baixa renda); R$ 176 bilhões para
5
CAIXA (Release). Programa Minha Casa, Minha Vida contrata 408 mil imóveis em um ano. Brasilia,
15 de Abril de 2010. In: www1.caixa.gov.br/imprensa/imprensa_realease.asp?
6
ABECIP. Crédito imobiliário da Caixa cresce 95%. (Newsletter). Fonte: O Estado de São Paulo. Terçafeira, 20 de julho de 2010. In: www.abecip.or.br
7
FRANÇA. L. A. N.. Perspectivas do crédito imobiliário e seus impactos na economia (apresentação). ABECIP. 02
de junho de 2010. São Paulo. In: www.abecip.org.br.
8
O Estado de São Paulo. Construção vive novo milagre econômico. Caderno Economia e Negócios. Sábado, 03 de
julho de 2010. In: http://economia.estadao.com.br/noticias/not_25876.htm
financiamentos habitacionais com recursos do SBPE e mais R$ 30,5 bilhões em obras de
urbanização de assentamentos precários”9, o que vem gerando uma espécie de “efeito
manada” para o mercado habitacional popular brasileiro. Com a enxurrada de
recursos do Governo, o setor empresarial parece, finalmente, ter despertado para esse
“filão de mercado” – o segmento econômico de imóveis – e o grande desafio das
construtoras hoje é ocupar esse novo espaço, se adequando para de fato produzir imóveis
abaixo de R$ 100 mil (valor do imóvel do MCMV hoje varia de: R$ 80 mil a R$ 130 mil
para famílias que ganham entre 6 e 10 salários mínimos; até R$ 60 mil para famílias que
ganham entre 3 e 6 salários mínimos; e até R$ 40 mil para famílias que ganham até 3
salários mínimos).
Os atuais valores do MCMV vêm sendo criticados pelo setor construtivo como
muito baixos para cobrir os custos de produção – principalmente para o atendimento da
Habitação de Interesse Social – HIS10 (valor até R$ 60 mil). Há sinalização de adoção de
medidas corretivas/ paliativas a partir de 2011, conforme anunciado na segunda quinzena
de julho “na primeira etapa do programa MCMV, que vai até o fim de 2010, as
construtoras foram beneficiadas com a redução de 7% para 1% da alíquota do Regime
Especial de Tributação da Construção Civil (RET) para construção de imóveis de até R$
60 mil. (...) e para a segunda fase do Programa (o MCMV 2), entre 2011 e 2014, o valor
do imóvel que poderá ser construído com o benefício tributário subirá para R$ 75 mil.”11
Embora não se pretenda discutir no espaço deste artigo os limites e possibilidades
de toda essa reestruturação no mercado habitacional brasileiro, ou especular a retórica
hipótese da “bolha em formação”, de imediato, pode-se afirmar que o impacto das
medidas e programas implementados pelo governo federal sobre a economia alcançou
grande êxito. Do ponto de vista da política habitacional, no entanto, já existem sinais de
alerta, que confirmam as preocupações de alguns estudiosos, quanto à inversão da
9
Ministérios das Cidades. PAC 2: O Brasil vai continuar crescendo. (Apresentação). Brasília, 12 de maio de 2010.
Disponível em: www.cidades.gov.br/ministerio-das-cidades/manuais-em-pdf/Apresetação-PAC2-2010
10
A definição de HIS associa, de forma sucinta, duas categorias de condicionantes: o tipo ou padrão de
moradia (área útil entre 30m2 e máxima de 80m2; máximo de 1 banheiro e 1 vaga de garagem) e a faixa de
renda das famílias (máximo de 6 salários mínimos). In: Ministério das Cidades. Como delimitar e
regulamentar: Zonas Especiais de Interesse Social; ZEIS de Vazios Urbanos. (Pág. 31). Brasília - DF,
dezembro de 2009.
11
O Estado de São Paulo. Subsídio do Minha Casa 2 será ampliado. Caderno Economia e Negócios. Sextafeira, 16 de julho de 2010. In: http://economia.estadao.com.br/noticias/not_27862.htm
estratégia de fortalecimento do papel do setor público na produção de moradias em
detrimento da produção empresarial.
A supervalorização do preço da terra tendo em vista processos especulativos em
decorrência do superaquecimento da demanda é a questão mais preocupante: o aporte de
subsídios federais para a construção de 1 milhão de casas (PAC 1) e mais 2 milhões de
casas (PAC 2) pela iniciativa privada provocou uma verdadeira corrida a terrenos, o que
fez sumir os espaços ainda vazios para construção e o preço do metro quadrado disparar,
principalmente nas periferias dos grandes centros (Fórum Nacional de Secretários de
Habitação e Desenvolvimento Urbano – FNSHDU, abril de 2010). Conforme noticiado
em vários veículos de comunicação “os preços de imóveis estão em disparada nas
principais capitais do Brasil, com valorizações chegando em 100% em cidades que
recebem o impacto direto de grandes empreendimentos como Olimpíadas, Copa, Trem
Bala etc”.12 A conseqüência disso pode passar tanto pela falta de terrenos para a
construção de empreendimentos de interesse social, quanto pela dificuldade real de
acesso pelas classes populares.
Outro problema a vista é quanto ao temor de esgotamento dos recursos de
financiamento devido aos sucessivos recordes do crédito habitacional – teme-se que o
crescimento da poupança não acompanhe o dos empréstimos (por lei, os bancos são
obrigados a destinar apenas 65% dos depósitos em poupança para o crédito habitacional),
e por isso a necessidade de criar fontes alternativas de financiamento, além dos recursos
do FGTS e do SBPE. A Securitização de hipotecas é uma opção que começará a ser
testada pela primeira vez no Brasil, ainda em 2010, conforme anunciou a CAIXA. 13
2. Dinâmica do mercado imobiliário popular na RM de Goiânia
O bom momento vivido pelo mercado imobiliário brasileiro, desde meados de
2007, tendo como pano de fundo o cenário econômico favorável, também se reproduz no
mercado imobiliário goianiense que, da mesma, forma se beneficia desse boom
12
Pense Imóveis (Revista eletrônica). Boom do mercado imobiliário faz preço de imóveis disparar nas principais
capitais.
Editorial
Mercado
Imobiliário,
15
de
abril
de
2010.
In:
http://revistapenseimoveis.com.br/especial/rs/editorial-imoveis ;
Portal EXAME. Brasil: país dos imóveis – a terceira maior alta do mundo. Edição n. 0971, 30 de junho de 2010.
In: http://portalexame.abril.com.br/revista/s/sumario0971.html
13
ABECIP. Recurso para habitação é insuficiente. Newsletter. Fonte: Folha de São Paulo, Terça-feira,
20 de julho de 2010. In: www.abecip.org.br
imobiliário, passando por um dos seus melhores momentos em termos de
comercialização, produção e inovações no campo da organização e gestão.
O impacto da crise financeira internacional ao final de 2008, como em todo o
país, arrefeceu os ânimos do mercado construtivo goiano e houve diminuição pontual de
investimento e emprego no setor, mas essa tendência foi revertida rapidamente, e o setor
respondeu positivamente às medidas anticíclicas adotadas pelo governo federal,
recebendo com muito entusiasmo o lançamento do programa habitacional Minha Casa
Minha Vida em abril de 2009 e a manutenção do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC).
O desempenho do mercado imobiliário goianiense (Goiânia e Aparecida de
Goiânia), no período considerado entre 1996 e 2010, pode ser visualizado conforme
ilustrado no Gráfico a seguir: desde o início dos anos 90 o ano de 1996 havia sido o
marco do mercado local (pós Plano Real); a partir daí o setor patinou, oscilando entre o
lançamento de 2.768 unidades/ano em 1997 até 2.381 unidades/ano em 2002; no ano de
2003 o mercado teve uma reação positiva registrando o lançamento de 5.523 unidades,
expectativa que não se sustentou, exibindo números fracos nos anos seguintes; a partir de
2007 dá se a recuperação, e os indicadores revelam forte aquecimento tanto em números
de lançamentos quanto em vendas líquidas – foram lançadas de 4.563 unidades naquele
ano, 8.164 unidades em 2008, e mesmo com os efeitos da crise financeira internacional
registrou-se o lançamento de 7.823 unidades em 2009 e mais 2.899 unidades em apenas
04 meses de 2010 (janeiro à abril).
Fonte: ADEMI-GO/Banco de dados da CBIC. Nota: Em 2010, os dados vão de janeiro à abril.
Em termos de vendas líquidas realizadas no mercado imobiliário goianiense, no
período considerado entre 1996 e 2010, os indicadores mensais em número de unidades
comercializadas mostram que o segundo semestre de 2007 (precisamente o mês de
dezembro) foi o momento de forte recuperação e aquecimento do mercado de imóveis
local – quando foram vendidas 645 unidades imobiliárias. Segundo estudo de mercado da
ADEMI-GO, “somente no mês de dezembro de 2007 a quantidade de unidades vendidas
(645 unidades) foi quase seis vezes maior que a média mensal de vendas de todo o ano de
2006 (média de 120 unidades/mês).”
14
A partir daí, tem-se os maiores números no ano
de 2008, quando foram registradas 694, 750 e 875 unidades comercializadas (em julho,
agosto e novembro, respectivamente). Em 2009, já no mês de maio a venda de imóveis
em Goiânia tem nova recuperação e o movimento foi ascendente: 649 unidades/maio;
793 unidades/junho; 946 unidades/julho; 910 unidades/agosto; 914 unidades/setembro;
846 unidades/outubro; números menores em novembro e dezembro/2008; e chegou-se ao
maior desempenho de toda a série histórica no mês de março de 2010 (quando foram
comercializadas 977 unidades imobiliárias).
Fonte: ADEMI-GO/Banco de dados da CBIC. Nota: Em 2010, os dados vão de janeiro à abril.
No que diz respeito aos financiamentos habitacionais, o cenário do mercado
imobiliário goiano também mostra muita punjança. Pela análise dos dados do Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE é possível observar a tamanha evolução
14
Jornal Opção. Imóveis – Mercado Goiano na Mira. 30 de março a 5 de abril de 2008 – Opção Negócios. Goiânia.
In: www.jornalopção.com.br
ocorrida no período entre 2003 e 2009: saindo de um total de empréstimos habitacionais
no valor de R$ 7,7 milhões (aí incluído o financiamento imobiliário para aquisição,
construção, material de construção, reforma ou ampliação) e alçando a cifra de R$ 904,1
milhões no ano de 2009 (volume superior ao realizado em 2003 em 117,5 vezes, como
pode ser visto no Gráfico abaixo).
Fonte: Estatísticas Básicas do BACEN (SFH – SBPE). A partir de Banco de Dados CBIC.
Segundo balanço da CAIXA, somando os recursos do SBPE mais os do FGTS, o
volume de empréstimos habitacionais concedidos em Goiás no ano de 2009 alcançou
a marca histórica de R$ 1,8 bilhão, resultado quase duas vezes superior ao do ano de
2008 quando foram destinados R$ 897 milhões em financiamento habitacional no Estado,
e três vezes maior que o total de financiamentos de todo o ano de 2007 que somaram R$
587 milhões. Do volume total de financiamento concedido em Goiás em 2009, somente
até 15 de dezembro o programa habitacional Minha Casa Minha Vida foi
responsável por 29% das contratações: tendo assinado contratos para construção de
10.356 unidades habitacionais no valor de R$ 517,16 milhões (incluindo contratações
diretas para pessoa física), o que rendeu ao Estado o 2º lugar no ranking das
contratações do Programa.”
15
Recorde após recorde, o novo balanço da CAIXA,
referente ao primeiro semestre de 2010, informa que “os financiamentos habitacionais
liberados em Goiás somaram R$ 1,4 bilhão nos seis primeiros meses do ano (janeiro a
15
CAIXA (Releases). Habitação Regional. Balanço 2009 – Assessoria de Imprensa – Regional Sul de
Goiás (15 de dezembro de 2009). www1.caixa.gov.br/imprensa/imprensa_realease.asp?
junho), um crescimento de 114% em relação ao mesmo período do ano passado (...) e
grande parte do bom desempenho goiano é atribuído ao programa Minha Casa Minha
Vida, no qual Goiás alcançou a posição de líder nacional – 1º lugar em contratações,
com 27 mil unidades habitacionais contratadas, o equivalente a 97,8% da meta
estipulada para o Estado (de 27.613 unidades até o fim de 2010).”16
Sondagem de mercado realizada periodicamente pela ADEMI.GO17, com base em
informações fornecidas pelos empreendedores, permite visualizar a movimentação do
mercado imobiliário goianiense (Goiânia e Aparecida de Goiânia) por vários critérios:
Tipos de Empreendimentos Comercializados (Aptos; Lotes; Salas Comerciais e Casas em
Condomínio); Quantidade de Unidades disponíveis; Metragem: Área Privativa e Total;
Número de Unidades por Andar; Número de Torres; Tipologia do Empreendimento;
Quantidade de Suítes; Dependência e Banheiro de Empregada; Preço médio de Venda
(R$); Bairro de localização do Empreendimento (Zona de Valor); Data de Lançamento;
Equipamentos disponíveis no Empreendimento; Fase e Percentual da Obra; e Imobiliárias
responsáveis pela venda.
Embora observe se o crescente número de lançamentos de empreendimentos
habitacionais e comerciais com características de Alto Nível18 (principalmente os
verticais nos conceitos business e life style que se tornou um modismo em Goiânia, e
também os Condomínios Horizontais), a pesquisa da ADEMI.GO mostra, pela análise de
Vendas por Tipologia de empreendimentos, no período entre dezembro de 2007 e
dezembro de 2009, que os empreendimentos verticais de menor porte (apartamentos
de 2 e 3 Quartos), com tamanho variando entre 46 m2 (TENDA) à 65 m2
(GOLDFARB), teve um maior peso nesse boom do mercado imobiliário goianiense:
nos meses de novembro de 2008 e julho de 2009 responderam por mais de 90% das
vendas, chegando a registrar preço médio por Unidade de R$ 94.093,00 em abril/09
(dados no Gráfico a seguir). Outra movimentação importante observada nas vendas de
imóveis no mercado goianiense, conforme aponta o estudo da ADEMI.GO, corroborada
16
O Popular. Crédito para casa própria mais que dobra em Goiás no 1º semestre. Terça-feira, 20 de
julho de 2010. Goiânia. In: WWW.opopular.com.br
17
ADEMI.GO. Pesquisa Mercado Imobiliário – ADEMI.GO. Referente ao mês: dezembro de 2009.
(Elaboração: GRUPOM Consultoria Empresarial Ltda.). Goiânia.
18
MOYSËS, A. & BORGES E. M. Dinâmica imobiliária e a nova paisagem urbana da Rm de Goiânia:
o impacto da produção de Alto Nível. XIII ENAMPUR. 25 a 29 de maio, 2009. Florianópolis.
por pesquisa do CRECI.GO,
são as Casas em Condomínios Horizontais Fechados
produzidas para as classes de rendas mais inferiores (de 2 e 3 Quartos; tamanho médio de
120 m2; guarita e pequeno espaço de lazer), localizadas em bairros populares e com
pouca infraestrutura – grande quantidade em áreas conurbadas Goiânia-Aparecida de
Goiânia (Parque Amazônia, Jardim Imperial); nas imediações de vias de acesso às demais
cidades da RMG (saída pra Inhumas/Goianira, Nerópolis, Senador Canedo, Bela Vista,
Trindade); e mais recentemente em bairros tradicionais de ocupação de interesse social
como Vila Mutirão e Vila Monticelli.
3. Provisão Estatal de Moradia na RM de Goiânia
A RM de Goiânia é constituída oficialmente pela Lei Complementar nº 27, de
dezembro de 1999, composta por 11 municípios que constituem o que a Lei denomina de
“Grande Goiânia”, além de mais 09 municípios da Região de Desenvolvimento Integrado
de Goiânia – RDIG que pode ser considerada como “colar metropolitano”. Ou seja, o
espaço metropolitano institucionalizado – RMG+RDIG – é constituído por 20
municípios, com uma população de aproximadamente 1.743 milhão de habitantes (dados
do Censo demográfico 2000), sendo que somente 04 municípios somam uma população
de 1.564 milhão de habitantes (Aparecida de Goiânia: 336.392; Goiânia: 1.093.007;
Senador Canedo: 53.105; e Trindade: 81.457). O Déficit Habitacional no espaço
metropolitano de Goiânia, em números absolutos, correspondia a 49.529 domicílios,
sendo que apenas os 04 maiores municípios (acima citados) concentravam déficit de
45.529 domicílios (Aparecida de Goiânia: 10.193; Goiânia: 31.514; Senador Canedo:
1.702; e Trindade: 2.120) – os dados são apresentados no quadro a seguir.
QUADRO 1. ESPAÇO URBANO DE GOIÂNIA: POPULAÇÃO, DÉFICIT HABITACIONAL,
INDICADORES DE POBREZA, DOMICÍLIOS CARENTES E DOMICÍLIOS DEFICIENTES
ESPAÇO URBANO:
RM DE GOIÂNIA E
REGIÃO DE
DESENVOLVIMENTO
INTEGRADO DE
GOIÂNIA - RDIG
População
(2000)
Déficit
Habitacional
Básico
Número
de
pessoas
pobres1
%
Número de
domicílios
carentes2
%
Número de
domicílios
deficientes3
%
Região Metropolitana de Goiânia – RMG
Abadia de Goiás
Aparecida de Goiânia
4.971
72
1.539
0,5
408
1,2
990
0,5
336.392
10.193
76.832
25,4
9.498
28,4
66.818
35,1
Aragoiânia
6.424
59
2.020
0,7
646
1,9
1.182
0,6
Goianápolis
10.671
261
4.049
1,3
481
1,4
2.306
1,2
Goiânia
1.093.007
31.514
134.986
44,6
8.499
25,4
67.563
35,5
Goianira
18.719
378
5.223
1,7
765
2,3
3.975
2,1
Hidrolândia
13.086
341
3.595
1,2
1.584
4,7
1.828
1
Nerópolis
18.578
645
4.539
1,5
614
1,8
3.895
2
3.106
30
812
0,3
133
0,4
694
0,4
Senador Canedo
53.105
1702
16.978
5,6
1.818
5,4
11.865
6,2
Trindade
81.457
2.120
23.411
7,7
2.212
6,6
11.760
6,2
Santo Antônio de Goiás
Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia – RDIG *
Bela Vista de Goiás
19.210
453
4.545
1,5
1.991
5,9
2.961
1,6
Bonfinópolis
5.353
148
1.792
0,6
433
1,3
1.002
0,5
Brazabrantes
2.772
55
993
0,3
181
0,5
516
0,3
Caldazinha
2.859
69
870
0,3
480
1,4
336
0,2
Caturaí
4.330
78
1.551
0,5
397
1,2
822
0,4
Guapo
13.863
299
4.625
1,5
1.396
4,2
2.206
1,2
Inhumas
43.897
985
9.824
3,2
1.311
3,9
6.931
3,6
Nova Veneza
6.414
121
2.156
0,7
330
1
1.457
0,8
Terezópolis de Goiás
5.083
123
1.987
0,7
310
0,9
1.013
0,5
Total
1.743.297
49.646
302.327
100
33.487
100
190.120
100
FONTES: IBGE, METRODATA, PNUD - Anexo 4 (Observatório das Metrópoles, 2004); Fundação João Pinheiro – FJP.
NOTAS: 1 - São consideradas pobres pessoas com renda domiciliar mensal per capita até 1/2 salário mínimo;
2Domicílio carente é aquele que apresenta falta de algum serviço básico de saneamento (abastecimento de
água, instalação
sanitária ou escoadouro e destino do lixo); 3 - Domicílio deficiente é aquele que apresenta algum tipo de deficiência no acesso, ou
seja, aqueles que têm infra-estrututura mínima, porém de forma deficiente; 4 – Déficit Habitacional Básico: soma da coabitação
familiar, domicílios improvisados e domicílios rústicos; * O número do Déficit Habitacional da RDIG é a estimativa calculada pelo
MCidades.
Em termos de condição social dos municípios da Área Metropolitana, conforme o
estudo Como Anda a Metrópole Goianiense (Observatório das Metrópoles), mais de
300 mil pessoas são consideradas pobres (percebem renda até ½ salário mínimo), o que
representa 17,3% da população metropolitana, com presença mais acentuada nos municípios
de Goiânia (44,6%), Aparecida de Goiânia (25,4%), Trindade (7,7%) e Senador Canedo
(5,6%)
Quanto à presença de domicílios carentes (aqueles que não possuem pelo menos
alguns dos serviços básicos), o município de Aparecida de Goiânia é que tem a pior
proporção (28,4% dos domicílios), seguido por Goiânia (25,4%), Trindade (6.6%) e Senador
Canedo (5,4%). E no que se refere aos domicílios deficientes (que possuem infra-estrutura de
forma deficiente), nota-se que Goiânia (com 35,5% dos domicílios) supera ligeiramente
Aparecida de Goiânia (com 35,1%), seguida pelos municípios de Trindade e de Senador
Canedo: ambos com 6,2% dos domicílios.
Em termos de quantificação e espacialização das habitações precárias no espaço
metropolitano de Goiânia, o estudo Assentamentos Precários no Brasil Urbano
(CEM/CEBRAP), ofereceu um subsídio importante ao incluir no seu levantamento
informações que vão além dos dados de setores censitários do IBGE (setores
subnormais), considerando que “a questão da habitação precária envolve diversas
situações distintas, como favelas, loteamentos clandestinos e/ou irregulares e cortiços,
marcadas também por intensa heterogeneidade interna (...) e mesmo os conjuntos
habitacionais em avançado grau de degradação.”19 Foram incluídos no estudo 11
municípios da Região Metropolitana de Goiânia, e o município de Bela Vista de Goiás,
que não pertencia à RM de Goiânia no momento da realização do Censo Demográfico de
2000 foi analisado na classificação Demais Municípios do Estado de Minas Gerais e
Centro-Oeste.
Apenas em três municípios da RM de Goiânia (Aparecida de Goiânia, Goiânia,
Senador Canedo) foram identificados assentamentos precários: a capital Goiânia
apresentou o maior número absoluto de domicílios e pessoas vivendo em precariedade
(6.898 domicílios em setores identificados como subnormais e precários ou o equivalente
a 2,21% do total de domicílios urbanos; e 25.097 pessoas, ou 2,32% da população
urbana de Goiânia): em Aparecida de Goiânia 3 setores censitários foram
identificados como precários, totalizando 927 domicílios e cerca de 3.718 pessoas; e em
19
CEM/CEBRAP. Assentamentos Precários no Brasil Urbano. Publicação no âmbito do Projeto PNUD
BRA/00/019- Programa Habitar Brasil-BID”. Ministério das Cidades. Brasília, 2007.
Senador Canedo, apenas 1 setor censitário foi estimado como precário, com um total de
357 domicílios e uma população de 1.362 habitantes.
Mapa 1 – Distribuição espacial dos assentamentos subnormais e precários na
RM de Goiânia
O atendimento habitacional no âmbito do Governo Federal, a partir da criação do
Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS começou no ano de 2006, nas
modalidades: construção de unidades, urbanização de assentamentos precários,
assistência técnica e apoio para elaboração de planos locais de habitação. No ano de 2007
com o lançamento do Programa de Aceleração de Crescimento – PAC, linha
investimentos em Infraestrutura Urbana e Social (o chamado PAC Habitação), os
investimentos foram distribuídos nas modalidades: Urbanização de Favelas (OGU);
Financiamento (CAIXA e BNDES); FNHIS (OGU); Financiamento Habitacional –
Pessoa Física e Financiamento Habitacional (SBPE). O balanço do PAC GOIÁS entre
2007-2009, filtrando os resultados referentes à Urbanização e Produção Habitacional
no espaço metropolitano Goiânia (nosso objeto de estudo) é apresentado no quadro a
seguir (excluindo-se os recursos de financiamento e empréstimo à pessoa física).
Observa-se que no período considerado, foram destinados cerca de R$ 159 milhões de
investimentos para o atendimento habitacional das populações de menores rendas e a
provisão de habitação de interesse social, incluindo ações de Urbanização nos municípios
de Aparecida de Goiânia, Goiânia, Senador Canedo e Trindade.
QUADRO 2. PROVISÃO DE MORADIA NA RM DE GOIÂNIA: GOVERNO FEDERAL
Programa de Aceleração do Crescimento - PAC: Urbanização e Produção Habitacional
(2007-2009)
Espaço Urbano: RM
de Goiânia e Região
de Desenvolvimento
Integrado de Goiânia
- RIDG
Abadia de Goiás
Aparecida de Goiânia
Investimento
previsto até e
pós 2010 (em
R$ milhares)
Proponente
Tipo
Data da
seleção
Município
Elaboração do Plano
Local de Habitação
jan/08
31,5
set/07
42,0
Município
Elaboração do Plano
Local de Habitação
Prov. Hab Loteamento Agenor
Modesto
Urbanização - Jd.
Tiradentes
set/07
3.790,70
Estágio
Ação
Preparatória
Em Licitação
Em Obra
jan/08
5.939,80
Em Obra
Aragoiânia
Município
Elaboração do Plano
Local de Habitação
set/09
32,1
Ação
Preparatória
61,8
Município
Elaboração do Plano
Local de Habitação
Prov. Hab – Setor
Primavera
set/07
Bela Vista de Goiás
Ação
Preparatória
set/07
931,3
set/09
31,6
Em Obra
Bonfinópolis
Município
Elaboração do Plano
Local de Habitação
Brazabantes
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Caturaí
Município
Elaboração do Plano
Local de Habitação
set/09
31,6
Ação
Preparatória
Goianápolis
Município
Elaboração do Plano
Local de Habitação
set/09
32,5
Ação
Preparatória
Assistência Técnica Jd. Curitiba
set/07
21,0
Assistência Técnica –
Jd. Europa
set/07
21,0
Assistência Técnica Sede do Município
jan/08
31,5
Ação
Preparatória
Assistência Técnica Sede do Município
jan/08
31,5
Ação
Preparatória
Assistência Técnica Setor Amim Camargo
set/07
21,0
Assistência Técnica Setor Universitário
set/07
21,0
Caldazinha
Goiânia
Município
Ação
Preparatória
Em Licitação
Em Licitação
Em Licitação
Em Licitação
Estado
Entidade
Município
Goianira
Entidade
Guapó
Hidrolândia
Inhumas
-
Município
Município
Nerópolis
Município
Nova Veneza
Município
Santo Antônio de
Goiás
Município
Senador Canedo
Terezópolis de Goiás
Município
Município
Desenvolvimento
Institucional
abr/08
289,5
Prov. Hab - Resid. Frei
Galvão
jan/08
6.687,00
Prov. Hab - Resid.
Gov. Jerônimo Bueno
Urbanização - Resid.
Buena Vista e Orlando
Morais
dez/07
64.063,00
jun/07
61.219,60
Elaboração do Plano
Local de Habitação
Produção Social da
Moradia - construção
de U. H.
jan/08
920,7
Ação
Preparatória
abr/09
3.932,10
Não
Contratado
Assistência Técnica Sede do Município
jan/08
29,60
Ação
Preparatória
Elaboração do Plano
Local de Habitação
Produção Social da
Moradia - construção
de U. H.
set/07
61,80
jan/08
31,5
-
-
-
Assistência Técnica Sede do Município
jan/08
40,7
Ação
Preparatória
Elaboração do Plano
Local de Habitação
set/07
31,5
Ação
Preparatória
Provisão Habitacional
- Zona Central
set/07
296,5
Assistência Técnica Sede do Município
jan/08
39,9
Elaboração do Plano
Local de Habitação
set/07
62,9
Provisão Habitacional
- Loteam. Alfaville
jan/08
372,7
Provisão Habitacional
- Setor Sol Nascente
Elaboração do Plano
Local de Habitação
Elaboração do Plano
Local de Habitação
Assistência Técnica Sede do Município
set/07
680,5
set/09
31,6
set/09
31,6
jan/08
29,9
Elaboração do Plano
Local de Habitação
jan/08
59,9
Elaboração do Plano
Local de Habitação
jan/08
62,9
Provisão Habitacional
- Jd. Das Oliveiras
set/07
2.015,40
Em Obra
Urbanização – Parque
Alvorada
jan/08
2.148,10
Em Licitação
da Obra
Assistência Técnica Sede do Município
jan/08
40,70
Ação
Preparatória
Em Licitação
Em Obra
Em Obra
Em Obra
Em Licitação
Não
Contratado
-
Em Obra
Ação
Preparatória
Em Licitação
Em Obra
Em Obra
Ação
Preparatória
Ação
Preparatória
Ação
Preparatória
Ação
Preparatória
Em Licitação
Trindade
Município
Elaboração do Plano
Local de Habitação
set/07
31,5
Elaboração do Plano
Local de Habitação
jan/08
63,0
Ação
Preparatória
jan/08
1.775,60
Em Licitação
da Obra
set/07
2.778,10
Em Licitação
da Obra
Urbanização – Setor
Mariópolis
Urbanização - St.
Palmares e
Bandeirantes
Em Licitação
158.899,70
Total
Fonte: Balanço 3 anos PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – GOIÁS. (fevereiro de 2010).
Em Goiás, o atendimento habitacional de interesse social provido pelo Governo
Estadual desde 2001 resume-se no Programa Estadual antes denominado Cheque
Moradia, baseado em crédito outorgado de ICMS, doado a famílias com renda de até 3
salários mínimos exclusivamente para compra de materiais de construção. Pela
engenharia financeira do Programa os cheques doados aos beneficiários não podem ser
apresentados contra Bancos mas apenas nas casas de material de construção que, por sua
vez , só poderão usá-los para liquidação de crédito tributário devido ao Tesouro Estadual.
As Prefeituras assinam convenio com o Governo Estadual, são nomeadas como
intervenientes entre as famílias e a Agência Goiana de Habitação – AGEHAB, e ficam
responsáveis pela doação de terrenos no caso de novas construções e oferecimento de
assistência técnica em obras de reforma ou ampliação das moradias. Como contrapartida
as famílias entram com a mão-de-obra (uma espécie de “auto-construção” com
assistência técnica). O CM é distribuído nas modalidades Cheque Construção, Reforma
(ampliação/melhoria/infra-estrutura) e Equipamentos Comunitários.
O Programa Cheque Moradia, que desde a sua criação recebeu várias premiações
nacionais (Selo de Mérito 2003 – Associação Brasileira de COHABS; FGV/EASP – 20
Experiências de Gestão Pública e Cidadania – Ciclo de premiação 2004 – Cheque
Moradia; Prêmio CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local 2005-2006, parceria com o
Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social), obteve avaliações muito positivas
quanto ao seu alcance social (benefício às famílias de baixa renda, movimentação das
economias locais e estímulo a geração de emprego e renda) e inspirou algumas
experiências similares em outros Estados brasileiros, hoje no Brasil o Programa Cheque
Moradia está presente em pelo menos 06 Unidades da Federação: Distrito Federal,
Tocantins, Pará, Paraíba, Paraná e Rio Grande do Norte.
No ano de 2008, uma nova gestão na Agência Goiana de Habitação – AGEHAB
propôs a reformulação e aprimoramento do Cheque Moradia, integrando-o ao programa
Moradia Digna, e promovendo a sua atualização de valores (inicialmente o Cheque
Moradia era doado até o valor máximo de R$ 3 mil, passando à R$ 4 mil em 2004 e R$ 5
mil ao final de 2008). O Moradia Digna passou também a aportar maiores somas em
ações de Regularização Fundiária e Regularização Financeira (para mutuários das
carteiras imobiliárias da antiga COHAB.GO), mas manteve a engenharia financeira
original do CM (crédito outorgado de ICMS).
Entre as inovações na política habitacional local, a Agência Goiana de Habitação
– AGEHAB, orientada pelas diretrizes do Sistema Nacional de Habitação de Interesse
Social – SNHIS e elaboração do Plano Nacional de Habitação - PlanHab, foi
contemplada com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS
para elaboração do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS). Ainda nas
ações integrantes do Eixo Planejamento/programa Moradia Digna, a AGEHAB
desenvolveu metodologia de capacitação para apoiar os municípios goianos na
elaboração dos PLHIS: ao todo 168 municípios goianos assinaram convênio para receber,
ao longo de 2010, assistência técnica e apoio institucional nesta ação, tendo prioridade de
atendimento 31 municípios integrantes dos Territórios da Cidadania e os municípios da
RM de Goiânia e da RIDE do Distrito Federal.
No início de 2009, aproveitando o ambiente de entusiasmo com o programa
Minha Casa Minha Vida (MCMV) a AGEHAB lançou o Programa de Atendimento
Habitacional ao Servidor Público Estadual (PAHSPE), em parceira com o setor privado
(empresas como a Brookfield, GMS, FR, Engil, Sarkis etc.) e atendimento subsidiado no
âmbito do MCMV, criando mais oportunidades para este segmento de trabalhadores,
levando postos de atendimento das empresas privadas para dentro das secretarias e
empresas do Governo de Goiás, dando importante contribuição para o maior alcance
social do MCMV.
Os números do atendimento habitacional no âmbito do Programa Cheque
Moradia/Moradia Digna, no período 2001-2009, filtrados para os municípios do espaço
metropolitano de Goiânia, mostram a realização de investimentos no montante de R$
47.504 milhões e atendimento de 24.625 benefícios, com destaque para o benefício
Cheque Reforma: 17.327 e construção de novas unidades habitacionais: 7.209
benefícios (dados no quadro a seguir).
QUADRO 3. PROVISÃO DE MORADIA NA RM DE GOIÂNIA: GOVERNO DE GOIÁS
Programa Habitacional Cheque Moradia/Moradia Digna (2001-2009)
Espaço Urbano de
Goiânia: RMG +
RDIG
Abadia de Goiás
Aparecida de Goiânia
Aragoiânia *
Bela Vista de Goiás
Bonfinópolis
Brazabantes
Caldazinha **
Caturaí *
Goianápolis
Goiânia **
Goianira
Guapó *
Hidrolândia *
Inhumas
Nerópolis
Nova Veneza
Santo Antônio de
Goiás
Senador Canedo **
Terezópolis de Goiás
Trindade *
Sub-Total
Total Geral
Cheque
Comunitário
Cheque Contrução
Lote Prefeitura
Cheque Contrução
Lote Beneficiário
Investiment
o R$
Qtde.
Investiment
o R$
Qtde.
Investimento
R$
2
2
1
1
0
1
0
0
3
23
13
9
2
7
1
1
100.000
160.000
80.000
120.000
0
80.000
0
0
200.000
2.484.000
570.000
490.000
240.000
528.000
120.000
40.000
0
57
0
0
1
0
62
14
0
2435
32
29
80
115
25
20
0
149.500
0
0
3.000
0
219.000
70.000
0
11.495.000
96.000
145.000
400.000
575.000
62.500
90.000
25
516
4
1
87
0
29
18
0
1077
0
157
50
0
50
2
109.000
1.953.500
16.000
5.000
292.000
0
120.000
84.000
0
4.383.500
0
655.000
220.000
0
187.500
10.000
119
5.027
168
0
62
29
58
21
191
5598
163
347
164
2096
139
297
64.150
3.260.000
95.000
0
52.500
26.350
43.000
18.750
124.250
4.643.800
155.750
334.400
168.050
1.606.150
118.000
260.300
3
6
0
14
88.000
254.000
0
480.000
0
803
0
397
0
3.234.000
0
1.197.000
5.000
409.000
0
1.329.000
6.034.000
4.070
17.736.000
10
2216
0
622
17.32
7
9.900
2.456.800
0
518.700
89
1
802
0
320
3.13
9
Qtde
.
Quantidade: 24.625 benefícios
9.778.500
Cheque Reforma
Qtde.
Investiment
o R$
13.955.850
Investimento (R$): 47.504.350,00
Fonte: Agência Goiana de Habitação – AGEHAB/ Gerência de Atendimento Habitacional-GPH.
Nota: * Inclui Cheque Construção Rural; ** Inclui Cheque Infra-estrutura (fossa séptica e sumidouro).
A Demanda Apurada por moradias no espaço metropolitano de Goiânia,
conforme o Cadastramento realizado pela AGEHAB, no último semestre de 2009 e início
de 2010, para fins do Programa Estadual Moradia Digna e Federal Minha Casa Minha
Vida, mostra que as necessidades habitacionais da população local são ainda maiores do
que mostra os números oficiais do Déficit Habitacional, tendo registrado um total de
demanda por 64.672 Unidades Habitacionais, sendo: 58.180 para novas unidades e
6.427 para reforma/melhoria. No perfil das famílias que procederam ao cadastro apurouse um total de 29.689 demandas de famílias chefiadas por mulheres, e no perfil de renda
das famílias cadastradas mais de 90% estão na faixa até 5 salários mínimos, sendo:
51.405 com renda menor que 3 salários mínimos; 11.154 com renda entre 3 e 5 salários
mínimos; e 2.113 acima de 5 salários mínimos (informações da Agência Goiana de
Habitação/Gerência de Cadastro-GECAT).
Considerações finais
As informações apresentadas ao longo do texto confirmam a reestruturação da
política habitacional nos anos recentes, com alterações no financiamento e subsídio
habitacional, ampliação de todas as fontes de recursos do SFH, criação do SNHIS e
FNHIS, sinalizando uma inflexão no atendimento habitacional favor das faixas de renda
até 3 salários mínimos em detrimento das faixas acima de 5 salários mínimos. A abertura
dos créditos e a presença da iniciativa privada como instância de produção para a
população de baixa renda, fomentada, sobretudo, pela injeção de grandes somas de
recursos governamentais (PAC Habitação e Urbanização de Assentamentos Precários e
MCMV) dinamizou o mercado popular de habitação.
No espaço metropolitano de Goiânia, nosso objeto de investigação, foi possível
observar esse dinamismo de modo especial no mercado popular – tendo como exemplo o
desempenho do Estado de Goiás nas contratações do MCMV (líder nacional), com maior
concentração de empreendimentos na RM de Goiânia (principalmente Aparecida de
Goiânia e Goiânia). No âmbito do PAC Habitação, observam se significativa realização
de investimentos e ações na produção habitacional, chamando a atenção às ações de
Urbanização de Assentamentos Precários exatamente nos municípios diagnosticados no
estudo do CEM/Cebrap (Aparecida de Goiânia, Goiânia e Senador Canedo), parecendo
denotar um “alvo certeiro”. Em termos da Política Estadual de Habitação percebe-se
inovações importantes, reformulação do Cheque Moradia/Moradia Digna, importantes
investimentos em ações de regularização fundiária e financeira (antigos mutuários da
COHAB.GO), planejamento habitacional, e realização de novas parcerias incluindo o
setor privado – como na experiência do Programa de Atendimento Habitacional do
Servidor Público Estadual (PAHSPE) com subsídios do governo federal (MCMV).
Embora nem todos os investimentos na provisão estatal de moradias possam ser
contabilizados como benefícios individuais, como, por exemplo, as ações em urbanização
de assentamentos precários, e também as informações do PAC Produção Habitacional
aqui mostradas não detalhe o número de unidades habitacionais por município, quando
contrapõe se os números das necessidades habitacionais apuradas no espaço
metropolitano de Goiânia com os números do atendimento habitacional é possível
constatar que as ações realizadas ainda estão aquém do necessário: como foi visto o
déficit habitacional em números absolutos, no ano de 2000, somava 49 mil domicílios; o
atendimento via programa estadual Cheque Moradia, entre 2001 e 2009, proveu 24.536
benefícios (incluindo construção de novas unidades e reforma/melhoria); a demanda
apurada por moradia na região, em 2009, somou 64.672 unidades habitacionais (58.180
para novas unidades e 6.427 para reforma/melhoria).
Para complementação das informações, se faz necessário o levantamento dos
programas, ações e investimentos habitacionais nas esferas dos respectivos Municípios
integrantes do espaço metropolitano de Goiânia, juntamente com o mapeamento das
ações de iniciativa das Entidades Sociais e cooperativadas (com mais evidencia em
Aparecida de Goiânia, Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade, onde há registros
de movimentos por moradia) – estes dados comporão a segunda Etapa desta pesquisa.
À luz do resultado do relatório O Estado das Cidades do Mundo 2010/2011:
Unindo o Urbano Dividido, produzido pela ONU-Habitat, e divulgado em março de
2010, durante o Fórum Urbano Mundial no Brasil, que aponta “Goiânia como a cidade
brasileira mais desigual do país e a 10º mais desigual do mundo” (tendo como critério a
análise do coeficiente de Gini que mede a desigualdade de distribuição de renda), leva a
observar que a Goiânia de hoje concentra poucas pessoas ricas e muitas pessoas pobres.
Essa disparidade pode ser facilmente visualizada nos padrões de seus empreendimentos
habitacionais: de um lado, um pequeno, mas crescente mercado habitacional de Alto
Nível (principalmente os verticais life e business style que se tornou um modismo em
Goiânia, além dos Condomínios Horizontais Fechados), e de outro lado as habitações
precárias, em áreas de riscos permanentes como encostas, fundo de vales, área de cobertura da
rede elétrica de alta tensão, regiões alagadiças em tempo de chuvas , enfim, favelas
transmudadas em posses urbanas (um neologismo em Goiânia). Deve valer como um
alerta importante para esse momento de dinamismo do mercado popular de moradias: é
preciso olhar com muito critério o foço social prevalecente nessa moderna e jovem
metrópole.
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