Relatório Executivo – 7ª campanha de monitoramento de

Transcrição

Relatório Executivo – 7ª campanha de monitoramento de
RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA
FAUNA TERRESTRE DA USINA
HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS
Cutia (Dasyprocta azarae) registrada na área de influência da UHE São Domingos
em julho de 2014.
7ª Campanha – Fase pós-enchimento
Setembro/2014
1
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 3
1.
EQUIPE TÉCNICA ......................................................................................................... 4
2.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 6
3.
OBJETIVOS ................................................................................................................... 8
4.
METODOLOGIA............................................................................................................. 9
5.
4.1
Área de estudo ....................................................................................................... 9
4.2
Procedimentos Metodológicos ............................................................................. 9
4.2.1
Herpetofauna ................................................................................................ 10
4.2.2
Avifauna ........................................................................................................ 17
4.2.3
Mastofauna.................................................................................................... 21
RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 27
5.1
Herpetofauna ....................................................................................................... 27
5.2
Avifauna ............................................................................................................... 36
5.3
Mastofauna........................................................................................................... 59
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 67
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 70
ANEXOS ............................................................................................................................. 80
2
APRESENTAÇÃO
O presente relatório apresenta os resultados obtidos durante as sete campanhas do
Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre referente à fase de pós-enchimento
da Usina Hidrelétrica (UHE) São Domingos, empreendimento localizado no rio Verde, na
divisa das cidades de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, Mato Grosso do Sul.
O Monitoramento da Mastofauna Não Voadora, Avifauna e Herpetofauna compõe o
“Programa de Monitoramento e Conservação da Fauna Silvestre”, que teve início durante a
fase de pré-enchimento da UHE São Domingos. O Programa segue as diretrizes e
determinações do Projeto Básico Ambiental (PBA) do empreendimento e é composto pelo
monitoramento dos quatro grupos de vertebrados terrestres (Anfíbios, Répteis, Aves e
Mamíferos), com periodicidade trimestral entre as campanhas de campo.
Este relatório contém a descrição das atividades desenvolvidas durante as sete campanhas
de campo do monitoramento pós-enchimento (para todos os grupos da fauna), que se
iniciou em 2013, ano em que foram realizadas quatro campanhas nos períodos de 20 a 25
de fevereiro de 2013 (primeira campanha, estação chuvosa), 5 a 9 de maio de 2013
(segunda campanha, estação seca), 22 a 26 de julho de 2013 (terceira campanha, estação
seca) e 14 a 18 de outubro (quarta campanha, estação chuvosa). As duas primeiras
campanhas do segundo ano de monitoramento (2014) foram realizadas nos períodos de 20
a 24 de janeiro (quinta campanha, estação chuvosa), 07 a 11 de abril (sexta campanha,
estação seca) e 21 a 25 de julho (sétima campanha, estação seca), respectivamente. O
presente documento inclui as metodologias utilizadas para a coleta de dados e análise
preliminar dos resultados obtidos.
3
1. EQUIPE TÉCNICA
Nome do
Profissional
Registro no
Conselho
Formação
Responsabilidade no projeto
072522/01-D
Biólogo,
Mestre
e
Doutorando em Ecologia
e
Conservação
PPGEC/UFMS
Responsável pelos estudos de
campo
e
elaboração
do
relatório de Mastofauna
Mauricio Neves
Godoi
_
Bacharel em Ecologia
(UNESP),
Mestre
e
Doutorando em Ecologia
e Conservação (UFMS)
Responsável pelos estudos de
campo
e
elaboração
do
relatório de Avifauna
Camila Aoki
054178/01-D
Bióloga, Mestre e Doutora
em
Ecologia
da
Conservação (UFMS)
Co-responsável
pelo
monitoramento da Avifauna
Paulo Landgref Filho
047883/01-D
Bacharel e Licenciado em
Ciências
Biológicas,
Mestre em Ecologia e
Conservação
Responsável pelos estudos de
campo
e
elaboração
do
relatório de Herpetofauna
José Antonio da Silva
Menezes
_
Auxiliar de campo
Auxílio na campanha de campo
Renato Martins de
Oliveira
_
Auxiliar de campo
Auxílio na campanha de campo
Fernando Henrique
Martin Gonçalves
4
_________________________________________
Fernando Henrique Martin Gonçalves – Biólogo, CRBio N° 072522/01-D
Coordenador Geral de Campo e Responsável pelo Monitoramento da Mastofauna
5
2. INTRODUÇÃO
Comunidades de diversos organismos podem sofrer mudanças ao longo do tempo através
da perda ou surgimento de espécies e também pela alteração na densidade ou abundancia
de suas populações (Hero & Ridgway, 2006). Monitoramentos de comunidades e
populações podem ser entendidos como uma importante estratégia para se averiguar e
compreender as alterações às quais estão submetidas as comunidades de fauna estudadas.
Hartmann et al. (2008) afirmam que o monitoramento das populações em seus habitats são
essenciais para o planejamento e efetivação de ações que visam minimizar os impactos
provocados por qualquer empreendimento. Neste sentido, o monitoramento biológico
constitui um instrumento de grande importância no processo de mitigação de impactos
ambientais provocados por empreendimentos potencialmente impactantes (Yoccoz et al.
2001).
A Usina Hidrelétrica (UHE) São Domingos está instalada no rio Verde no limite dos
municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, inserida nos domínios do bioma do
Cerrado. Estudos atribuem ao Cerrado o título de maior, mais diversificada e mais
ameaçada savana tropical do mundo (Silva & Bates, 2002). Este bioma, conhecido como um
conjunto de fisionomias campestres, florestais e savânicas presentes no Brasil Central, é o
segundo maior bioma brasileiro, ocupando 21% do território nacional, sendo superado em
tamanho apenas pela Amazônia (Klink & Machado, 2005).
A biodiversidade do Cerrado apresenta números impressionantes. No que diz respeito à
herpetofauna, sabe-se que a fauna de anfíbios e répteis constituem um dos grupos menos
estudados dentro do bioma, ainda assim, a riqueza de espécies conhecida para seus
domínios corresponde a um número expressivo dentre os biomas brasileiros (Klink &
Machado, 2005).
Nas últimas décadas os anfíbios e répteis vêm ganhando destaque mundial devido a sua
alta sensibilidade a alterações ambientais (Feder & Burggren, 1992) e por possuírem
importante posição em cadeias alimentares (e.g. Marques et al. 1998, Machado & Bernarde,
2006), são considerados indicadores em potencial de alteração ambiental (e.g. Vitt et al.
1990, Heyer et al. 1994, Marques et al. 1998, Bastos et al. 2003, Uetanabaro et al. 2008),
desta forma, informações sobre esses grupos podem fornecer respostas eficientes sobre a
situação de determinado ambiente (Vitt et al. 1990, Tocher et al. 1997).
6
Quanto ao grupo das aves, a riqueza de espécies conhecida para o Cerrado chega a 856
espécies distribuídas em 64 famílias, sendo que 777 destas espécies (90,7%) são
residentes e se reproduzem no domínio (Silva & Santos, 2005). Segundo Silva (1995c), a
alta diversidade de aves do Cerrado se deve a forte influência e às interações bióticas
históricas com domínios fitogeográficos adjacentes, especialmente a Floresta Amazônica e
a Mata Atlântica.
A instalação e operação de Usinas Hidrelétricas (UHE’s) têm um impacto direto sob a
avifauna das regiões afetadas, seja pela perda e fragmentação de habitats naturais
ribeirinhos, tanto florestais quanto abertos, seja pelo aumento na abundância de algumas
espécies em áreas vizinhas não alagadas, já que estas podem receber um contingente
populacional de aves vindas das áreas alagadas.
Em relação à mastofauna, o Brasil é o país com a maior diversidade de mamíferos do
mundo, contendo um valor aproximado de 530 espécies descritas (Costa et al., 2005). A
maior parte das ordens de mamíferos existentes no Brasil é representada por espécies de
médio e grande portes, normalmente com mais de 1kg de massa corporal. Entretanto, mais
de 50% das espécies de mamíferos brasileiros possuem pequeno tamanho corpóreo, sendo
representados especialmente por roedores, marsupiais e morcegos (Eisenberg & Redford
1999).
Pequenos mamíferos não voadores, constituído por pequenos roedores e marsupiais,
representam um dos mais ricos e diversificados grupos de mamíferos em quaisquer
ecossistemas. Embora a fauna de pequenos mamíferos não voadores do Brasil seja
relativamente bem conhecida quando comparada a outros grupos taxonômicos, poucas
áreas têm sido amostradas adequadamente e listas locais de espécies normalmente
encontram-se incompletas (Voss & Emmons 1996), embora tais informações sejam de suma
importância para o manejo e conservação da fauna local.
O estado de Mato Grosso do Sul, por exemplo, se constitui em uma lacuna de conhecimento
sobre a presença e distribuição das espécies de pequenos mamíferos não voadores (Vieira
& Palma 2005). Até o momento, no estado em questão, são conhecidos ao menos 34
espécies de pequenos mamíferos não voadores, sendo 12 marsupiais e 22 pequenos
roedores (Alho et al. 2000; Mauro & Campos 2000; Rodrigues et al. 2002; Cáceres et al.
2007; Cáceres et al. 2008a).
7
Estudos de monitoramento da fauna, segundo Alho (2003), tem por função determinar a
composição da comunidade, determinar as abundâncias relativas e identificar as possíveis
alterações de densidade, constituindo assim de uma importante ferramenta para gerar
subsídios para o conhecimento da dinâmica biológica natural das espécies monitoradas e
para o esclarecimento das relações que se estabelecem entre os impactos advindos do
empreendimento e as populações animais existentes em sua área de influência.
3. OBJETIVOS
O objetivo deste estudo é dar prosseguimento ao levantamento e monitoramento da fauna
silvestre presente nas áreas de influência da UHE São Domingos como parte integrante dos
estudos que visam avaliar e monitorar os potenciais impactos ambientais das atividades da
referida UHE sob a fauna da região.
Dentre os objetivos específicos, destacam-se

Inventariar a fauna de anfíbios, répteis, aves e mamíferos não voadores na área de
influência do empreendimento;

Complementar dados acerca da distribuição das espécies de vertebrados
registradas;

Registrar os dados de ocorrência, abundância, riqueza e diversidade das espécies
de vertebrados diagnosticadas na área de estudo;

Ressaltar o status de conservação, endemismo, habitat preferencial, estrutura trófica
e interesse econômico das espécies de vertebrados registradas;

Analisar os padrões de diversidade e abundância das espécies para cada ambiente
amostrado, relacionando a ocorrência das mesmas com seus papéis ecológicos;

Definir espécies de vertebrados bioindicadoras que permitam detectar modificações
ambientais nos diferentes habitats estudados;

Discutir ações de manejo que visem minimizar e mitigar os impactos ambientais das
atividades da UHE sob a fauna da região, garantindo assim sua conservação no
longo prazo.
8
4. METODOLOGIA
4.1 Área de estudo
A UHE São Domingos está instalada no rio Verde, na divisa das cidades de Ribas do Rio
Pardo e Água Clara, Mato Grosso do Sul. O rio Verde está sob influencia da Bacia do Rio
Paraná e a área onde está instalada a UHE São Domingos está localizada em uma região
naturalmente dominada pelo bioma Cerrado. Atualmente, em grande parte da paisagem da
região predominam atividades agropecuárias e plantações de Eucalyptus, sendo que os
remanescentes de vegetação natural encontram-se fragmentados e isolados. Deve-se
destacar que o Cerrado é considerado um dos hotspots, que são áreas de grande relevância
ecológica em função da grande diversidade de espécies, alta proporção de espécies
endêmicas e alto grau de ameaça, devendo ser estudados e conservados em relação a toda
a sua diversidade biológica (Myers et al., 2000).
Na área de influência da UHE São Domingos podem ser observadas diversas fitofisionomias
tais como mata ciliar, mata aluvial, mata estacional semidecidual, veredas, cerradão e
cerrado stricto sensu, além de formações antrópicas como pastagens e açudes. As
fitofisionomias estão em diversos níveis de regeneração e conservação, cuja maioria
encontra-se comprometida pela ação antrópica e de animais domésticos como bovinos,
eqüinos e outros.
4.2 Procedimentos Metodológicos
O monitoramento da fauna silvestre da fase pós-enchimento da UHE São Domingos é
realizado em campanhas de cinco dias de campo, com periodicidade trimestral, de forma a
contemplar as estações seca e chuvosa. Todos os grupos da fauna alvo do monitoramento
(herpetofauna, avifauna e mastofauna) tiveram suas campanhas de campo realizadas
concomitantemente. O período de realização das campanhas de monitoramento pósenchimento já realizadas é apresentado no Quadro 01.
9
Quadro 01 - Período e respectiva estação sazonal das campanhas de campo já realizadas referentes
ao Programa de Monitoramento e Conservação da Fauna Silvestre da UHE São Domingos (fase pósenchimento), municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Ano de
Monitoramento
1º Ano
2º Ano
Amostragem
Período
Estação
1ª campanha
20 a 25 de fevereiro de 2013
Chuvosa
2ª campanha
5 a 9 de maio de 2013
Seca
3ª campanha
22 a 26 de julho de 2013
Seca
4ª campanha
14 a 18 de outubro de 2013
Chuvosa
5ª campanha
20 a 24 de janeiro de 2014
Chuvosa
6° campanha
07 a 11 de abril de 2014
Seca
7° campanha
21 a 25 de julho de 2014
Seca
Os pontos e os métodos de amostragem empregados foram os mesmos nas sete
campanhas de monitoramento. A descrição detalhada dos procedimentos metodológicos é
apresentada a seguir para cada grupo da fauna.
Todas as atividades de captura, manipulação, coleta e transporte de animais silvestres
descritas nesse documento foram licenciadas por meio da Autorização Ambiental para
Captura, Coleta e Transporte de Fauna Silvestre emitida pelo Instituto de Meio Ambiente de
Mato Grosso do Sul (IMASUL) N°. 002/2012 (Processo nº 23/105014/2012, válida até
24/10/2014).
4.2.1 Herpetofauna
Os pontos de amostragem da herpetofauna foram escolhidos no intuito de se contemplar as
principais fitofisionomias presentes na área de influência do empreendimento. Foram
selecionados nove pontos, os mesmos amostrados durante a fase de pré-enchimento.
De forma geral os ambientes presentes na área de influência da UHE São Domingos
apresentam-se descaracterizados, sendo a maioria convertidos em pastagem, não estando
conservadas as matas ciliares. A maioria dos corpos d’água amostrados é utilizada para
dessedentação do gado, sendo esta a principal causa de assoreamentos, descaracterização
da vegetação marginal e formação de pequenos barramentos (Fotos 1 a 9). As coordenadas
10
dos pontos amostrados no monitoramento da Herpetofauna são apresentadas no Quadro
02.
Quadro 02 - Pontos de amostragem do monitoramento da herpetofauna (fase de pós-enchimento)
nas áreas de influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Legenda: BALT – Busca Ativa Limitava por tempo; AQ – Armadilha de queda.
Ponto de
amostragem
Coordenadas
Geográficas (UTM – 22K)
DATUM - SAD 69
Altitude
(m)
Descrição do
Ambiente
Metodologias
Aplicadas
BALT
Procura Ativa 1
0271803/ 7784476
350
Área alagada na
margem direita,
formando um pequeno
brejo
Procura Ativa 2
0271763/ 7781639
339
Mosaico de ambientes:
Mata aluvial, Mata ciliar,
brejo
BALT
348
Área alagada na
margem direita,
formando um pequeno
brejo
BALT
377
Represa em um córrego
com vegetação
herbácea e arbustiva
bem estratificada
BALT
BALT
Procura Ativa 3
Procura Ativa 4
0271847/ 7784303
0273635/ 7783997
Procura Ativa 5
0271759/ 7784701
351
Represa de nascente
com vegetação
herbácea e arbustiva
bem estratificada
Procura Ativa 6
0273792/ 7781898
355
Campo úmido
BALT
Pitfall 01
0267786/ 7781037
371
Remanescente de
Cerradão
AQ
Pitfall 02
0273861/ 7783765
388
Remanescente de
Cerradão
AQ
Pitfall 03
0274162/ 7781689
380
Remanescente de
Cerradão
AQ
11
Foto 1 – Procura Ativa 1
Foto 2 – Procura Ativa 2
Foto 3 – Procura Ativa 3
Foto 4 – Procura Ativa 4
Foto 5 – Procura Ativa 5
Foto 6 – Procura Ativa 6
12
Foto 7 – Pitfall 01
Foto 8 – Pitfall 02
Foto 9 – Pitfall 03
Em geral os estudos da herpetofauna que visam inventariar a comunidade utilizam-se de
diversos métodos de captura conjugados, devido à grande diversidade de formas, tamanho,
hábitos, hábitats e horários de atividade das espécies de répteis e anfíbios (Heyer et al.
1994). Neste estudo foram conjugados três métodos de amostragens: armadilhas de
interceptação e queda (Cechin & Martins, 2000), busca ativa limitada por tempo (Heyer et al.
1994) e zoofonia (Scott Jr. & Woodwarr, 1994), cada um deles apresentando maior
eficiência para determinados grupos, visando assim uma melhor caracterização da
comunidade herpetofaunística. Complementarmente a estas metodologias, também foram
registradas espécies por encontros oportunísticos. Segue a descrição de cada método.
Armadilhas de queda com cerca-guia (Pitfall traps com drift-fences, Cecchin & Martins,
2000): Em cada um dos pontos de amostragem denominados Pitfall 01, 02 e 03 (Quadro
02) foi instalado uma linha de armadilhas (Fotos 10 e 11) composta por cinco baldes
13
(capacidade de 60 litros) enterrados com a abertura ao nível do solo, arranjados em formato
linear e interligados por cerca de direcionamento de lona plástica de 30m (5m entre os
baldes e 5m antes do primeiro e depois do último balde) de comprimento e 80cm de altura,
com a extremidade inferior enterrada no solo, cerca de 10cm, para evitar que os animais
pudessem passar por baixo do anteparo (Figura 01; Fotos 10 e 11). Este método é muito
utilizado para amostragem de espécies terrestres, fossoriais e semifossoriais de pequeno e
médio porte, sendo importante na amostragem de lagartos e no complemento das
amostragens de serpentes. No caso de anfíbios, as armadilhas de interceptação e queda
possibilitam o registro de espécies que raramente são encontradas quando outros métodos
empregados são utilizados (Campbell & Christman, 1982). O conjunto de armadilhas ficou
acionado por intervalo de tempo de cinco dias em cada campanha de campo, sendo
realizadas vistorias, para observações e registros a cada 12 horas. O esforço amostral por
campanha foi de 120 horas, totalizando 840 horas para as sete campanhas (24 horas x 5
dias x 7 campanhas).
Foto 10 – Armadilha de queda instalada no ponto
Pitfall 02.
Foto 11 – Armadilha de queda instalada no ponto
Pitfall 03.
Figura 01 - Disposição dos baldes e desenho esquemático da armadilha de interceptação e queda.
14
Busca ativa limitada por tempo (Heyer et al., 1994): Busca ativa ou procura visual
limitada por tempo é um método bastante generalista e amplamente utilizado em
levantamento para amostragem de vertebrados. Esta metodologia permite o registro de
espécies que se deslocam pouco, espécies arborícolas, que raramente descem ao chão e o
registro de espécies que raramente são amostradas em armadilhas de queda.
No estudo da herpetofauna da UHE São Domingos a busca ativa limitada por tempo foi
empregada nos pontos 1 a 6 (Quadro 02). As buscas foram realizadas durante o período
diurno e noturno, através de caminhadas assistemáticas, vasculhando os ambientes onde
os animais habitualmente se abrigam (em cavidades de árvores, entre frestas de rochas,
sob rochas e troncos, no solo, na serapilheira, nas moitas de bromélias e ao longo de
vegetação marginal dos cursos d’água).
As coletas noturnas tiveram início pouco antes do ocaso e término entre 22:00h e 23:00h. A
primeira metade da noite constitui o período de pico das atividades reprodutivas da maioria
das espécies de anuros (Cardoso & Martins, 1987; Prado & Pombal Jr, 2005). A duração da
coleta em cada ponto foi de 50 minutos a fim de padronizar o esforço amostral, além disso,
eram feitos censos de carro no trajeto entre os pontos de coleta, buscando identificar
eventuais espécimes observados nas estradas e suas imediações, para complementação do
trabalho. Durante o dia, as áreas de amostragem eram visitadas a fim de se registrar
qualquer ocorrência de répteis por encontro visual (Heyer et al., 1994).
Zoofonia (Scott Jr. & Woodwarr, 1994): Este método consiste na identificação das
espécies de anuros através das vocalizações emitidas pelos machos, realizadas em
períodos de atividade reprodutiva. A identificação de todas as espécies foi realizada em
campo. A zoofonia foi realizada nos pontos de procura ativa, sítios propícios para a
reprodução, com presença de água em abundância. Este método permite o registro de
espécies de anuros de tamanhos diminutos, que são dificilmente registrados por busca ativa
e também permite inferir a época reprodutiva das espécies.
Encontros oportunísticos (Sawaya, 2003): Esse tipo de registro de espécies é
amplamente utilizado em trabalhos herpetofaunísticos, pois contribui consideravelmente
com a listagem de espécies de uma dada área (Sawaya, 2003). Essa metodologia registra
os espécimes vivos ou mortos que são encontrados durante a realização de outra atividade
que não as outras metodologias supracitadas (por exemplo, durante o deslocamento pelas
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estradas que ligam os pontos) e os animais encontrados por pesquisadores de outras
equipes, quando a descrição pelos mesmos permite a identificação dos espécimes. Quando
estes encontros eram realizados nos pontos de monitoramento, o registro era dado a este
ponto. Porém quando era realizada fora dos pontos de coleta, mas dentro influência da
usina registrava-se somente o dado de presença (sem localização).
Os espécimes registrados através das metodologias supracitadas foram catalogados em
cadernetas de campo, onde foram anotados os seguintes dados: data do registro,
identificação da espécie, ponto de amostragem, descrição do habitat e microhabitat e
metodologia de registro. Quando possível, os espécimes encontrados também foram
fotografados.
Para o auxílio na identificação taxonômica dos anfíbios foi utilizado o “Guia de Campo dos
Anuros do Pantanal Sul e Planaltos de Entorno” (Uetanabaro et al. 2008) e “Amphibian
Species of the World” (Frost, 2012). Para a determinação taxonômica das espécies de
répteis foi utilizado “Serpentes do Pantanal” (Marques et al. 2005), o catálogo eletrônico
para
lagartos
do
cerrado
de
G.
Colli
&
L.
O.
Oliveira
(http://www.unb.br/ib/zoo/grcolli/guia/guia.html) e Giraudo (2001). A nomenclatura utilizada
para a classificação das espécies segue aquela proposta por Segalla et al. (2012) e Bérnils
& Costa (2012). As espécies de anfíbios e répteis foram enquadradas nas categorias de
ameaça em nível nacional (MMA, 2008) e global (IUCN, 2014).
Para as análises de diversidade foram utilizados os dados de composição, riqueza e
abundância dos anfíbios e répteis registrados em cada ponto de coleta. Dessa maneira,
foram calculados:
A) Índice de Shannon-Wiener (H', logaritmo base e), estima a diversidade de variáveis
categóricas em uma dada população, avaliando os aspectos da riqueza e equitabilidade, os
quais dizem respeito ao número de categorias da variável em questão e as proporções de
cada umas destas, respectivamente. É calculado através da seguinte fórmula:
16
Onde:
pe= Abundância relativa da espécie e (pe=ne/N)
ne= Número de indivíduos da espécie e
N= Número total de indivíduos
S= Número Total de espécies
B) Índice de equitabilidade de Pielou (J), expressa a maneira pela qual o número de
indivíduos está distribuído entre as diferentes espécies, isto é, indica se as diferentes
espécies possuem abundâncias semelhantes ou divergentes.
J=H’/lnS
Onde:
H’= Índice de diversidade de Shannon
S= Número Total de espécies
Para determinar a “suficiência amostral” foi utilizada a curva de acumulação de espécies,
também designada por “curva do coletor”, para as comunidades de anfíbios e répteis.
4.2.2 Avifauna
No estudo da avifauna procurou-se manter as áreas de amostragem utilizadas durante o
monitoramento da fase de pré-enchimento da UHE São Domingos, dando continuidade ao
monitoramento destas áreas durante a fase de operação do empreendimento. Desta forma,
foram mantidas oito áreas de amostragem distribuídas em diferentes fisionomias vegetais
presentes no entorno da UHE. Porém, em função de dificuldades de acesso causadas pela
formação do reservatório, não foi possível acessar duas destas áreas, a área A3 e o ponto
P4 (Quadro 03).
Foram amostradas diferentes fisionomias vegetais naturais e antrópicas como forma de
aumentar a probabilidade de encontro do maior número possível de espécies de aves
presentes na região. Na área onde foi instalada a UHE ocorrem florestas ripárias na forma
de matas de galeria, matas aluviais e veredas de Buriti (Mauritia flexuosa), brejos e campos
úmidos adjacentes, manchas de cerradão (savana florestada), cerrado stricto sensu (savana
17
arborizada) e pastagens ativas e abandonadas em diferentes estágios de regeneração
(Fotos 12 a 15). No Quadro 03 são apresentadas as coordenadas e principais fisionomias
vegetais presentes nas áreas de amostragem utilizadas para o monitoramento da avifauna
da UHE São Domingos.
Quadro 03 - Pontos de amostragem do monitoramento da avifauna (fase de pós-enchimento) nas
áreas de influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Coordenadas
Pontos de Geográficas (UTM) – 22K Altitude
Amostragem
(m)
DATUM - SAD 69
Descrição do Ambiente
Metodologias
Aplicadas
A1
22 K 0275050 / 7783550
413
Cerrado s.s., cerradão, mata
aluvial e brejos
Transectos
A2
22 K 0273792 / 7781879
360
Cerrado s.s., mata aluvial e
brejos
Transectos
A3
22 K 0268873 / 7786349
366
_
_
A4
22 K 0274161 / 7781705
382
Cerradão, cerrado s.s. e
pastagens
Transectos
P1
22 K 0271908 / 7784380
362
Cerrado s.s., cerradão, mata
aluvial e brejos
Pontos de
escuta
P2
22 K 0273636 / 7784064
376
Cerrado s.s., cerradão, mata
aluvial e brejos
Pontos de
escuta
P3
22 K 0273710 / 7778352
327
Mata ciliar, cerradão, brejos e
pastagens
Transectos
P4
22 K 0271164 / 7787019
351
_
_
Foto 12 – Ponto A1, com extensas áreas de
cerradão, cerrado s.s., além de brejos e veredas.
Foto 13 – Ponto A2, com brejos, matas aluviais e
cerrado s.s.
18
Foto 14 – Ponto P3, com mata ciliar, cerradão e
brejos.
Foto 15 – Ponto A4, com pequeno fragmento de
cerrado s.s. e cerradão.
O esforço amostral para avifauna em cada campanha da fase pós-enchimento foi de pelo
menos 24 horas, totalizando 168 horas de amostragem considerando as sete campanhas.
As amostragens foram realizadas no início das manhãs, das 05:30h – 09:30h, e no fim das
tardes, das 16:00h – 18:00h, já que nestes períodos a maioria das espécies de aves está
ativa, o que facilita o maior número de registros. As aves foram registradas por visualização
e vocalização, com auxílio de binóculos Nikon Monarch 10 x 42 mm, câmera fotográfica
Canon EOS 7D com lente Canon 100-400 mm, gravador digital Olympus LS10 e microfone
direcional Sennheiser ME66. A identificação das espécies foi feita com o auxílio de guias de
campo (Souza, 2002; Sigrist, 2007; Van Perlo, 2009).
A amostragem qualitativa e quantitativa das espécies de aves foi realizada através da
aplicação de dois métodos conjugados: o censo por observação direta (transectos),
empregado pelas manhãs nas áreas de amostragem A1, A2, P3 e A4, e pontos de escuta
conduzidos no fim das tardes, nos pontos P1 e P2.
Censo por observação direta: este método, também chamado de transecção, consiste em
caminhar ao longo de áreas de amostragem pré-determinadas anotando todas as espécies
observadas ou ouvidas, além do número de indivíduos registrados, evitando contar um
mesmo indivíduo duas vezes (Develey, 2004; Rodrigues et al., 2005).
Pontos de escuta: este método é aplicado com o observador parado em um ponto prédeterminado, quando ele então anota todas as espécies de aves observadas ou ouvidas,
19
além do número de indivíduos registrados, em um raio de 50 m em torno do ponto durante
20 minutos consecutivos (Develey et al., 2004).
Nos dois métodos adotados, para as espécies que vivem em grandes bandos, como
andorinhas e algumas espécies de psitacídeos, o número mínimo de indivíduos observados
foi anotado. Através destes métodos também foram anotados dados de riqueza observada e
abundância das espécies em cada área de amostragem, bem como para toda a área sob
influência da UHE São Domingos.
A ordenação taxonômica e nomenclatura científica seguem o Comitê Brasileiro de Registros
Ornitológicos (CBRO, 2011). Foram apontadas as espécies de aves ameaçadas de extinção
no Brasil (Silveira & Straube, 2008 in MMA, 2008) e em nível global (Birdlife International,
2009; IUCN, 2014). O reconhecimento de espécies endêmicas do Cerrado segue Silva
(1995b, 1997) e de espécies endêmicas da Mata Atlântica segue Goerck (1997) e Brooks et
al. (1999). Adicionalmente, foram apontadas espécies de aves características da Floresta
Amazônica (Silva, 1996) e do Chaco (Straube et al., 2006b) que expandem sua distribuição
geográfica até a Bacia do Alto Rio Paraná. A classificação das espécies quanto ao
comportamento migratório segue o CBRO (2011) para as que realizam migrações
intercontinentais.
As espécies de aves foram classificadas quanto às categorias tróficas de acordo com o
principal item alimentar consumido, adaptado de Karr et al. (1990) (Quadro 04) e também
classificadas em três categorias quanto à sensibilidade às perturbações ambientais (Stotz et
al., 1996), considerando-se como A as de alta sensibilidade, M as de média sensibilidade e
B as de baixa sensibilidade. Também foram classificadas em três categorias quanto à
dependência de ambientes florestados, de acordo com SILVA (1995a) (Quadro 05).
20
Quadro 04 – Categorias utilizadas para classificar as espécies de aves quanto ao hábito alimentar.
Categorias de Hábito
Alimentar
Definição/Características
Insetívora (I)
Predomínio de insetos e outros artrópodes.
Onívora(O)
Consumem diversos tipos de alimentos (Insetos/artrópodes e/ou
pequenos vertebrados e/ou frutos e/ou sementes).
Frugívora (F)
Predomínio de frutos.
Granívora (G)
Predomínio de sementes de gramíneas.
Nectarívora (NT)
Predomínio de néctar
Carnívora (C)
Predomínio de vertebrados capturados vivos na dieta
Necrófagos (N)
Consomem animais mortos
Piscívoros (P)
Alimentam-se de peixes;
Malacófagos (M)
Alimentam-se de moluscos.
Quadro 05 – Categorias utilizadas para classificar as espécies de aves quanto à dependência
florestal.
Grau de Dependência
Características
Independente
Espécies que ocupam, alimentam-se e reproduzem
preferencialmente na vegetação aberta como fisionomias naturais
de Cerrado (campo limpo, campo rupestre) ou áreas antropizadas
como pastagens.
Semi-Dependente
Espécies que ocupam, alimentam-se e reproduzem tanto em
ambientes abertos como em ambientes florestais.
Dependente
Espécies que ocupam, alimentam-se e reproduzem
principalmente em ambientes florestais (matas de galeria,
cerradão e matas secas).
4.2.3 Mastofauna
A rede de amostragem para mastofauna não voadora foi composta ao longo da área
diretamente afetada e indiretamente afetada pela UHE São Domingos, abrangendo
estações de monitoramento previamente identificadas como de interesse para a fauna
terrestre (Quadro 06, Fotos de 16 a 20). Também foram obtidos registros de forma
oportunista no entorno destas estações em diferentes momentos de deslocamento pela área
de estudo. A Área 4 foi contemplada com a metodologia de censos e procura por rastros e
vestígios e os resultados foram analisados separadamente, uma vez que a área em questão
foi utilizada para obtenção de dados complementares.
21
Quadro 06 - Coordenadas geográficas e fitofisionomia das estações amostrais utilizadas para o
monitoramento da Mastofauna nas áreas de influência da UHE São Domingos, municípios de Água
Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Área
Área 1
Área 2
Denominação dos
Pontos / Metodologia
utilizada
Coordenadas
Geográficas (UTM) –
22K
DATUM - SAD 69
Ponto 01 (Cerrado s.s.)
0267786 / 7781037
Estrada entre margem esquerda do Rio
Verde
Live trap 1
0267786 / 7781037
Cerrado Strictu Senso
Pitfall 1
0267780 / 7781037
Fragmento de Cerrado em regeneração
Ponto 02 (Cerradão)
0273643 / 7783942
Estrada entre Cerradão e área alagada
Live trap 2
0273643 / 7783765
Cerradão em estagio de recuperação,
com áreas de pastagens próxima
Pitfall 2
0273861 / 7783765
Cerradão em estagio de recuperação,
com áreas de pastagens próxima
Camera trap 2
0271864 / 7784349
Mata ciliar em córrego afluente ao Rio
Verde
Ponto 3 (Campo
sujo - cerradão)
0274109 / 7781640
Áreas abertas entre cerradão, alagados
e campos sujos
0273673 / 7781635
Cerrado
0274109 / 7781640
Cerradão
0274224 / 7781765
Borda de Cerradão
267022 / 7796529
Cerradão
Área 3 Live trap 3
Pitfall 3
Camera trap 1
Área 4 Ponto 4 (Cerradão)
Foto 16 – Área 1: Cerrado “Strictu Senso”.
Descrição do Ambiente
Foto 17 – Área 2: Cerradão em estágio avançado
de recuperação.
22
Foto 18 – Área 3: Cerradão.
Foto 19 – Cerrado “campo sujo” próximo à base
da Polícia Militar Ambiental.
PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES
A amostragem de pequenos mamíferos não voadores foi realizada através do método de
captura com armadilhas (Live trap) do tipo chapa de metal fechado (Sherman). Em cada
campanha foram utilizadas 20 armadilhas em cada uma das três estações amostrais, pelo
período de cinco dias.
As armadilhas foram dispostas em duas transecções por estação de amostragem e cada
transecção com cinco postos de captura equidistantes entre si aproximadamente 15 metros.
Cada estação contou com duas armadilhas: uma no solo e outra no sub-bosque (altura em
média de 1,5 a 2 m) (Fotos 20 e 21). As armadilhas foram iscadas com uma mistura de
banana, bacon e óleo de fígado de bacalhau (emulsão Scotti®).
O esforço de amostragem é calculado a partir do número de armadilhas X número de dias
em que as mesmas permaneceram acionadas. Dessa maneira, em cada campanha foi
empregado um esforço de 100 armadilhas-dia por estação (20 armadilhas x 5 dias).
Considerando todas as estações de amostragem e somando as sete campanhas tem-se um
esforço amostral de 2100 armadilhas-dia (100 armadilhas-dia x 3 estações x 7 campanhas).
Para complementação do trabalho foi considerada a amostragem com armadilhas de
interceptação e queda (Pitfall traps), instaladas nas estações para amostragem da
herpetofauna (ver metodologia 4.2.1 Herpetofauna). Essas armadilhas permaneceram ativas
pelos cinco dias consecutivos da campanha em cada estação amostral, totalizando 35 dias
para as sete campanhas.
23
Foto 20 – Armadilha de metal disposta no solo.
Foto 21 – Armadilha de metal no sub-bosque.
Os indivíduos de pequenos mamíferos não voadores foram identificados quanto à espécie,
classe etária, sexo e condição reprodutiva. Foram tomadas suas medidas biométricas
padrão e massa corporal (obtida com o uso de dinamômetros - Pesola®). Cada espécime
capturado foi marcado com um brinco numerado (National Band and Tag Company®).
Após o anilhamento os indivíduos capturados foram soltos no próprio local de captura. A
marcação realizada permite a posterior individualização dos espécimes capturados. Os
dados coletados durante a captura dos exemplares foram anotados em fichas individuais e,
posteriormente, informatizados em planilha de dados.
MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE
O monitoramento das espécies de mamíferos de médio e grande porte foi realizado através
de procura ativa de registros diretos, como visualizações, vocalizações e carcaças, e
indiretos, através de pegadas, tocas e fezes. Os animais avistados foram identificados e
quando possível, fotografados. As carcaças, pegadas, tocas e fezes encontradas foram
fotografadas e identificadas ao menor nível taxonômico possível. Os rastros e outros
vestígios foram identificados segundo Lima Borges & Tomás (2004) e Mamede & Alho
(2008). A classificação taxonômica adotada neste trabalho segue Reis et al. 2011.
Adicionalmente, foram utilizadas duas armadilhas fotográficas (camera-traps) que são
equipamentos compostos por uma câmera fotográfica digital e um sensor passivo para
detecção de calor e movimento (passive motion detection), que quando acionado, dispara a
24
câmera. As armadilhas fotográficas foram instaladas em duas estações de amostragem
(Quadro 06, Foto 22) e programadas para funcionamento durante 24 horas por dia, sem
interrupções, durante os cinco dias de cada campanha. O esforço de amostragem para esse
método foi calculado considerando o número de câmeras instaladas multiplicado pelo
número de dias e horas em que estas permaneceram acionadas. Em cada estação de
amostragem foi empregado um esforço de 5 cameras-dias, totalizando 10 cameras-dia por
campanha e 60 cameras-dia considerando as sete campanhas. O esforço total para as sete
campanhas foi de 1680 horas (2 cameras x 24 horas x 5 dias x 7 campanhas).
Foto 22 – Camera trap instalada para registro de mamíferos de médio e grande porte.
A abundância das espécies de mamíferos foi expressa a partir do número de indivíduos
registrados nas armadilhas fotográficas ou identificados através de vestígios em uma dada
estação de amostragem. Deve-se ressaltar que o esforço amostral empregado na procura
de vestígios foi padronizado para todas as estações amostrais em termos de tempo de
procura e área percorrida.
Usou-se o índice de diversidade de Shannon para cálculo da diversidade nas áreas
(diversidade local). Este índice, comumente utilizados em estudos de fauna, é determinado
pela seguinte fórmula:
Onde:
pi = proporção de indivíduos na espécie i.
25
pi = ni/N, número de indivíduos pertencentes à espécie i em relação ao total de indivíduos
registrados, fornecendo a proporção da espécie i no local.
Com o objetivo de determinar o quão representativa foi a amostragem em relação à
comunidade de mamíferos não voadores presente na área de estudo, foi construída a curva
do coletor baseada no número cumulativo de espécies encontradas em função do esforço
amostral empregado (dias de amostragem). A riqueza de espécies também foi estimada
pela média do estimador Jackknife 1, calculado por meio do software EstimateS Versão 8.2
(Colwell, 2011).
26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Herpetofauna
Durante a sétima campanha de monitoramento da Herpetofauna da UHE São Domingos
foram registradas sete espécies, sendo seis de anfíbios e apenas uma de réptil (Quadro 07).
Este resultado se deu pela ocorrência de baixas temperaturas registradas na área do
empreendimento nos dias de amostragens (14°C durante a madrugada). Anfíbios e répteis
são ectotérmicos (a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do meio),
portanto, quanto menor for a temperatura do ambiente, menores serão as atividades destes
animais (busca de alimento e principalmente reprodução). Estes animais são mais
facilmente encontrados no verão, período em que as temperaturas e umidade se encontram
altas, aumentando assim o tempo de busca e a oferta de alimento.
O grande número de espécies de anfíbios em comparação aos répteis pode ser resultado de
características intrínsecas destes grupos. Anfíbios, de modo geral, são mais fáceis de serem
observados, pois se encontram em grande número na época reprodutiva, momento em que
os machos vocalizam (coaxam) para a atração de fêmeas para o acasalamento (Bastos et
al., 2003), tornando-se mais visíveis e ocasionando a identificação, já que a vocalização é
específica.
Já em relação aos répteis, a grande mobilidade de lagartos e serpentes e a diversidade de
substratos que utilizam para suas atividades podem ter influenciado no baixo número de
registros obtidos durante as amostragens, pois são fatores que dificultam o encontro dos
mesmos. Soma-se a isso o fato de não haver métodos de atração e/ou captura que sejam
completamente eficientes e por não possuírem hábitos ligados diretamente à água (com
exceção de quelônios e jacarés) (Strüssmann et al., 2000).
Nenhuma das espécies registradas durante a sétima campanha se encontra inserida na lista
das espécies ameaçadas de extinção em nível Nacional (MMA,2008) e/ou Internacional
(IUCN, 2014).
27
Quadro 07 - Espécies registradas durante as sete campanhas do Monitoramento da Herpetofauna realizadas nas áreas de influência da UHE
São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do rio Pardo, MS. Legenda: PA: Procura Ativa; Categoria de Ameaça segundo: Nacional
(MMA, 2003), Mundial (IUCN, 2014 e CITES 2013): LC – Pouco preocupante, C1 – Listada no apêndice I da CITES, C2 – Listada no apêndice II
da CITES, EN – Endêmico do bioma Cerrado, Hábitat: BR - Brejo, RP – Represamento, CM – Campo úmido, CD – Cerradão. Microhabitat: VA –
Vegetação Arbustiva, VAB – Vegetação Arbórea, NS – Nível do Solo, NA – Nível d’água.
TAXA
NOME
POPULAR
PONTO DE
AMOSTRAGEM
CAMPANHA
CATEGORIA
DE
AMEAÇA
HÁBITAT
MICROHÁBITAT
Amphibia – Anura
Família Hylidae (10)
Dendropsophus elianae (Napoli & Caramaschi, 2000)
Perereca
PA3, PA5
1ª, 5ª
LC
RP, BR
NA
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Perereca
PA4, PA5, PA6
4ª, 5ª, 7ª
LC
RP, BR
NA
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Perereca
PA1, PA2, PA3,
PA4, PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 6ª
LC
RP, BR
NA, VA
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt & Lütken,
1862″1861″)
Perereca
PA3, PA5
1ª
LC
RP, BR
VA, NS
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Perereca
PA4, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 6ª
LC
RP, BR
VA, NS
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Perereca
PA1, PA2, PA3,
PA4, PA5, PA6
1ª, 2ª, 4ª, 5ª,
6ª, 7ª
LC
RP, BR,
CM
VAB, VA
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Pererecaverde
PA3, PA4, PA5, PA6
1ª, 5ª
LC
RP, BR
VAB, VA
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Pererecaamarela
PA1, PA2, PA3,
PA4, PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 6ª
LC
RP, BR
VAB, NS
PA2
5ª
LC
BR
VA
Perereca
PA1, PA2, PA3,
PA4, PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 7ª
LC
RP, BR
VAB, NS
Rã-do-cerrado
PA1, PA2, PA3, PA5
5ª
LC
RP, BR,
CM
NS, NA
Phyllomedusa azurea Cope, 1862
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Família Leiuperidae (5)
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
28
NOME
POPULAR
PONTO DE
AMOSTRAGEM
CAMPANHA
CATEGORIA
DE
AMEAÇA
HÁBITAT
MICROHÁBITAT
Rã
PA1, PA3, PA5
1ª, 4ª, 5ª, 7ª
LC
RP, BR
NS, NA
Rã-cachoro
PA1, PA2, PA3,
PA4, PA5, PA6,
Pitfall 3
1ª, 4ª, 5ª
LC
RP, BR
NS, NA
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Rãzinha
PA1, PA2, PA3,
PA4, PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª
LC
RP, BR
NS, NA
Pseudopaludicola saltica (Cope, 1887)
Rãzinha
PA3
4ª
LC
BR
NS
Rã-manteiga
PA1, PA2, PA3,
PA4, PA5
1ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª
LC
RP
NS, NA
Rãzinha
PA3, PA4, PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 7ª
LC
BR
NS, NA
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Rã-bicuda
PA1, PA2, PA3,
PA4, PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª
LC
RP, BR
NS, NA
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)
Rã-pimenta
PA3, PA4
1ª, 4ª
LC
BR
NS, NA
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Rã-tijolo
PA3, PA4, PA6
4ª, 5ª
LC
BR
NS, NA
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Rã-gota
PA1, PA2, PA3, PA5
1ª, 4ª, 5ª
LC
BR
NS, NA
Rãzinha
PA2, PA4, PA5
1ª, 4ª, 5ª
LC
BR
NS
TAXA
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Família Leptodactylidae (6)
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Família Microhylidae (1)
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Reptilia – Squamata
Família Gymnophthalmidae (1)
Micrablepharus maximiliani (Reinhardt & Luetken,
1862)
Lagartinho-dorabo-azul
Pitfall 2
1ª
LC
CD
NS
Lagartixaescorpião
Pitfall 3
6ª
EN
CD
NS
Família Sphaerodactylidae (1)
Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935)
Família Teiidae (1)
29
TAXA
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
NOME
POPULAR
PONTO DE
AMOSTRAGEM
CAMPANHA
CATEGORIA
DE
AMEAÇA
HÁBITAT
MICROHÁBITAT
Calango
Pitfall 2
5ª
LC
CD
NS
Jacaré-dopapo-amarelo
PA5
2ª, 4ª, 7ª
C1
RP
NA
Sucuri-preta
PA4
2ª
C2
RP
NA
Reptilia – Crocodylia
Família Alligatoridae (1)
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Reptilia – Squamata
Família Boidae (1)
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)
30
Considerando os dados das sete campanhas, tem-se o registro de 27 espécies da
herpetofauna, sendo 22 de anfíbios e cinco de répteis (Quadro 07), distribuídas em nove
famílias. Hylidae foi a família que apresentou o maior número de espécies, 10 no total, o que
representa 37% dos registros, seguida de Leptodactylidae com seis espécies (22,2%) e
Leiuperidae com cinco espécies (18,5%). As demais famílias apresentaram apenas uma
espécie (Figura 02).
A maior representatividade específica destas famílias é um padrão para assembleias de
anuros da região Neotropical (Duellman, 1999). Resultados semelhantes foram encontrados
em trabalhos realizados nos Biomas da América do Sul, que também registraram a
predominância desta família, p. ex. na Caatinga (Rodrigues, 2003), Cerrado (Strüssmann,
2000; Brandão & Peres-Júnior, 2001; Bastos et al., 2003; Uetanabaro et al., 2006; 2007;
Vaz-Silva et al.; 2007), no Pantanal Mato-grossense (Strüssmann et al. 2000, Uetanabaro et
al. 2008) e Chaco (Bucher, 1980; Brusquetti & Lavilla, 2006).
Figura 02 – Contribuição relativa de cada família na comunidade de anfíbios e répteis registrada na
área de influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Hylidae desponta como a maior família de anuros brasileira com 355 espécies, seguida por
Leptodactylidae com 75 e Leuperidae com 58 espécies, em um total de 20 famílias em todo
Brasil (Segalla et al., 2012). A dominância dos hilídeos pode estar ligada ao fato dos
31
mesmos possuírem adaptações evolutivas, discos ou lamelas adesivas, que lhes permitem
ocupar com sucesso um maior número de microhabitas disponíveis no ambiente (Cardoso et
al., 1989), como por exemplo gramíneas e árvores presentes na margem dos corpos d’água
encontradas na área de influência da usina.
Em contrapartida, a maioria das espécies da família Leptodactylidae e Leiuperidae possui
maior resistência a alterações ambientais produzidas pelo homem e os girinos parecem
suportar um grau de poluição não aceitável por outras espécies de anuros (Izecksohn &
Carvalho-e-Silva 2001, Maneyro et al. 2004).
A quinta campanha foi a que apresentou a maior riqueza (20 espécies), seguida da primeira
e quarta campanhas, ambas com 18 espécies. Já a segunda e terceira foram as que
apresentaram as menores riquezas (Figura 03).
As campanhas que registraram o maior número de espécies foram realizadas no período
chuvoso. Este resultado é um padrão comum para a anurofauna Tropical, uma vez que em
regiões com sazonalidade bem marcada (característica da área de estudo) a ocorrência da
maioria das espécies é registrada na estação chuvosa (e.g. Bertoluci & Rodrigues 2002,
Prado et al. 2005). Resultados semelhantes foram encontrados em outras regiões do país
tais como na região Sul (e.g. Bernardes 2007, Conte & Machado 2005, Conte & RossaFeres, 2006), Sudeste (e.g. Bertoluci & Rodrigues 2002, Grandinetti & Jacobi 2005) e no
Nordeste (Arzabe 1999), demonstrando que a ocorrência dos anfíbios anuros (grupo de
maior número de espécies para o monitoramento) é fortemente afetada por fatores
abióticos.
Segundo Duellman & Trueb (1986) a influência do clima na ocorrência de comunidades de
anuros de regiões tropicais é determinada principalmente pela distribuição e pelo volume de
chuvas. Já Pombal (1997) afirma que não há um único fator influenciando a ocorrência das
espécies, mas sim um conjunto de fatores climáticos.
Já as campanhas menos ricas foram realizadas em períodos de estiagem. Durante este
período a ocorrência de baixas temperaturas e baixa umidade relativa do ar pode causar o
desidratação e morte de muitos indivíduos. Como adaptação, algumas espécies podem
entrar em estivação enterrando-se o suficiente na lama de modo a evitar o congelamento,
outras podem se arrastar para dentro de troncos em decomposição ou para debaixo de
32
folhas, sendo ambas as estratégias capazes de providenciar calor suficiente para evitar as
condições adversas. No entanto esses comportamentos dificultam o registro das espécies.
Figura 03 – Riqueza (número de espécies) registrada em cada uma das sete campanhas do
monitoramento da herpetofauna (pós-enchimento) na área de influência da UHE São Domingos,
municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Reunindo os dados das sete campanhas, observa-se que as maiores riquezas foram
registradas nos pontos PA3, PA5 e PA4, respectivamente. Já no ponto Pitfall 01 não foi
registrada nenhuma espécie (Figura 04, Tabela 01).
Os pontos com maiores abundâncias foram o PA5, com 351 indivíduos, e PA4, com 266
indivíduos (Tabela 01). O ponto PA5 se destaca em relação aos demais, pelos maiores
valores de riqueza e abundância e o ponto PA3 pela alta diversidade. Estes pontos possuem
em comum a diversidade de microhabitats. Todos estão inseridos em um mosaico de
ambientes, tais como ambientes úmidos (brejo), formações de mata, pastagens,
represamento, com presença de poáceas em sua margem (local propício a reprodução dos
anuros). De acordo com Silvano & Pimenta (2003), a diversidade de microhabitats é um
fator importante para determinar o número de espécies ocorrentes em um determinado
ambiente.
33
Cabe ressaltar a alta equabilidade registrada nos pontos PA2 e PA6, indicando menor
dominância de espécies nesses locais, o que contribuiu para os bons resultados do
parâmetro de diversidade, juntamente com a riqueza de espécies.
Figura 04 – Número de espécies registradas em cada ponto de amostragem considerando os dados
das sete campanhas do monitoramento de anfíbios e répteis na área de influência da UHE São
Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Tabela 01 - Parâmetros de diversidade calculados a partir dos dados das sete campanhas de
monitoramento da herpetofauna (fase pós-enchimento) nas áreas de influência da UHE São
Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS. Legenda: PA: Pontos de Procura
ativa, PIT: Pontos de instalação de Pitfalls. Em negrito os maiores mais significativos.
Parâmetros Analisados
PA1
PA2
PA3
PA4
PA5
PA6
Riqueza de Espécies
11
13
19
15
19
12
0
2
3
Número de indivíduos
114
108
212
274
366
106
0
2
3
Diversidade de Shannon (H')
Equabilidade (E')
PIT1 PIT2
2,102 2,387 2,66 2,153 2,651 2,269
0
0,877 0,931 0,904 0,795
0
0,9
0,913
PIT3
0,693 1,099
1
1
34
A curva do coletor (Figura 05), construída com os dados coletados durante as sete
campanhas do monitoramento da Herpetofauna da UHE São Domingos, voltou a se
estabilizar, agora com 27 espécies. Quando a curva estabiliza, ou seja, espécies novas não
são adicionadas a cada campanha, significa que a amostragem é representativa. Em todo
caso, a estabilização total da curva é bastante difícil, pois muitas espécies raras costumam
ser adicionadas após muitas amostragens, sobretudo em regiões tropicais. O mais comum
encontrado nos estudos de curto prazo é uma curva em ascensão, mas com tendência à
estabilização, o que indica que embora existam outras espécies na área, a amostra é
representativa.
Figura 05 – Curva do coletor construída com os dados das sete campanhas de monitoramento
da herpetofauna (fase pós-enchimento) realizadas na área de influência da UHE São Domingos,
municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Durante as sete campanhas de monitoramento da herpetofauna da UHE São Domingos
registrou-se apenas uma espécie endêmica para o bioma Cerrado (Colli et al., 2002): a
lagartixa-escorpião (Coleodactylus brachystoma). Nenhuma das espécies registradas está
ameaçada de extinção em nível Nacional (MMA, 2008) e/ou Internacional (IUCN, 2014).
Cabe ressaltar que Phyllomedusa azurea, registrada na 5ª campanha, consta como
Deficiente em Dados na IUCN (2014). Essa espécie de anfíbio possui distribuição no Brasil
Central na região correspondente aos biomas do Pantanal e Cerrado, ocorrendo nos
35
estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e São Paulo,
se estendendo até o leste da Bolívia, Paraguai e norte da Argentina (Frost, 2012). Os
estudos acerca da espécie ainda são escassos, destacando a publicação de Freitas e
Colaboradores de 2008.
Duas espécies estão inseridas nos apêndices da Convention on International Trade in
Endangered Species of Wild Flora and Fauna – CITES (2012). No apêndice I está a espécie
Caiman latirostris. Esta categoria inclui espécies que estão em um maior grau de perigo e
cujo comércio é proibido, exceto quando a importação é para fins não comerciais, por
exemplo, para a pesquisa científica. No apêndice II está a espécie Eunectes murinus. Esta
categoria inclui todas as espécies que embora não estejam ameaçadas de extinção no
momento, podem vir a ficar, se o comércio de tais espécies não for regulamentado.
5.2 Avifauna
Nas sete campanhas realizadas até o momento nas áreas de influência da UHE São
Domingos (pós-enchimento) foram obtidos 3369 registros de 195 espécies de aves,
pertencentes a 25 ordens e 52 famílias. Destes valores, foram obtidos 440 registros de 124
espécies na primeira campanha, 481 registros de 102 espécies na segunda campanha, 385
registros de 95 espécies na terceira campanha, 553 registros de 130 espécies na quarta
campanha, 492 registros de 112 espécies na quinta campanha, 411 registros de 101
espécies na sexta campanha e 516 registros de 97 espécies na sétima campanha. Os
menores valores de abundância e riqueza de espécies obtidos na terceira campanha se
explicam pelo frio intenso durante a realização deste campo, prejudicando a amostragem de
aves já que várias espécies reduziram sua atividade durante este período.
As famílias com maior riqueza de espécies foram Tyrannidae (27 espécies) e Thraupidae
(20 espécies), e as mais abundantes Thraupidae, Tyrannidae e Psittacidae (Quadro 08).
A curva de rarefação apresentou ascensão com tendência à estabilização (Figura 06). No
entanto, a riqueza observada nestas sete campanhas não se aproxima da riqueza estimada
pelo estimador Jacknife 1 (Tabela 02; Figura 07). Estes resultados indicam que a riqueza de
espécies de aves da região é grande, o que reflete na dificuldade em se obter amostras
representativas, mesmo com 7 campanhas.
36
Quadro 08 - Composição, distribuição e abundância das espécies de aves registradas durante as sete campanhas do monitoramento pós enchimento nas
áreas sob influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. Legenda: RO (Registros oportunistas); AT
(Abundância Total); * (Espécies ameaçadas de extinção), nível nacional e/ou global . Endemismo: CE (endêmicas do Cerrado), MA (endêmicas da Mata
Atlântica); CT (Categorias Tróficas): I (insetívoro), O (onívoro), F (frugívoro), G (granívoro), NT (nectarívoro), C (carnívoro), P (piscívoro), N (necrófago), M
(malacófago); SP (Sensibilidade às perturbações ambientais): B (baixa), M (média), A (alta); DAF (Dependência de ambientes florestados): 1 (independente), 2
(semidependente), 3 (dependente).
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
CT
SP
DF
A1
ema
O
B
1
Crypturellus undulatus
jaó
F
B
3
2
Crypturellus parvirostris
inhambu-chororó
O
B
1
2
Rhynchotus rufescens
perdiz
O
B
1
Nothura maculosa
codorna-amarela
O
B
1
Cairina moschata
pato-do-mato
O
M
1
Amazonetta brasiliensis
ananaí
O
B
1
Dendrocygna viduata
irerê
O
B
1
2
jacupemba
F
M
3
3
A2
P3
A4
RO
2
1
10
4
1
2
3
2
AT
RHEIFORMES
Rheidae
Rhea americana*
13
TINAMIFORMES
Tinamidae
1
7
1
1
9
1
2
3
3
ANSERIFORMES
Anatidae
2
2
1
3
3
22
26
3
GALLIFORMES
Cracidae
Penelope superciliares
3
37
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
SP
DF
A1
A2
mutum-de-penacho
F
A
3
8
4
tuiuiú
P
M
1
2
2
biguá
P
B
1
8
8
biguatinga
P
M
1
1
3
Tigrisoma lineatum
socó-boi
P
M
1
Butorides striata
socozinho
P
B
Bubulcus ibis
garça-vaqueira
I
Ardea cocoi
garça-moura
Ardea alba
Crax fasciolata
P3
A4
RO
AT
CT
2
14
CICONIIFORMES
Ciconiidae
Jabiru mycteria
SULIFORMES
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
Anhingidae
Anhinga anhinga
1
1
1
2
3
1
1
1
B
1
3
145
P
B
1
garça-branca-grande
P
B
1
2
1
3
Egretta thula
garça-branca-pequena
P
B
1
1
1
2
Syrigma sibilatrix
maria-faceira
I
M
1
Mesembrinibis cayennensis
coró-coró
I
M
2
Theristicus caudatus
curicaca
I
B
1
urubu-de-cabeça-vermelha
N
B
1
PELECANIFORMES
Ardeidae
6
2
82
3
2
230
3
6
10
4
4
26
9
6
2
4
21
4
20
5
12
4
45
1
5
6
1
5
18
Threskiornithidae
CATHARTIFORMES
Cathartidae
Catharters aura
38
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
CT
SP
DF
PONTOS AMOSTRAIS
A1
A2
P3
2
4
A4
RO
AT
Cathartes burrovianus
urubu-de-cabeça-amarela
N
M
1
Coragyps atratus
urubu-de-cabeça-preta
N
B
1
Sarcoramphus papa
urubu-rei
N
M
2
águia-pescadora
P
M
1
Leptodon cayanensis
gavião-de-cabeça-cinza
C
M
3
Elanus leucurus
gavião-peneira
C
B
1
Accipiter striatus
gavião-miudo
C
M
2
2
Ictinia plumbea
sovi
I
M
2
1
Geranospiza caerulescens
gavião-pernilongo
C
M
2
Heterospizias meridionalis
gavião-caboclo
C
B
1
Urubitinga coronata*
águia-cinzenta
C
A
1
Rupornis magnirostris
gavião-carijó
C
B
1
6
2
5
4
17
Geranoaetus albicaudatus
gavião-de-rabo-branco
C
M
1
1
6
2
6
15
Aramides cajanea
saracura-três-potes
I
A
2
2
2
4
Porzana albicollis
sanã-carijó
I
M
1
7
8
18
Laterallus melanophaius
sanã-parda
I
B
2
2
2
Pardirallus nigricans
saracura-sanã
I
M
2
1
1
2
1
1
7
3
1
1
ACCIPITRIFORMES
Pandionidae
Pandion haliaetus VN
1
1
Accipitridae
2
2
1
1
2
2
1
4
1
1
1
1
2
4
2
2
GRUIFORMES
Rallidae
3
CHARADRIIFORMES
Charadriidae
39
NOME CIENTÍFICO
Vanellus chilensis
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
CT
SP
DF
quero-quero
I
B
1
pernilongo-de-costas-branca
I
B
1
PONTOS AMOSTRAIS
A1
AT
A2
P3
A4
RO
8
14
5
8
35
3
3
Recurvirostridae
Himantopus melanurus
COLUMBIFORMES
Columbidae
Columbina talpacoti
rolinha-caldo-de-feijão
G
B
1
7
3
16
7
33
Columbina squammata
fogo-apagou
G
B
1
26
27
27
10
90
Claravis pretiosa
pararu-azul
F
M
2
3
Patagioenas picazuro
asa-branca
F
M
2
18
6
9
14
47
Patagioenas cayennensis
pomba-galega
F
M
3
2
2
2
1
7
Zenaida auriculata
pomba-de-bando
G
B
1
2
1
Leptotila verreauxi
juriti-pupu
F
B
2
5
2
4
11
Piaya cayana
alma-de-gato
I
B
2
2
1
3
6
Coccyzus melacoryphus
papa-lagarta-acanelado
I
B
2
1
1
Crotophaga ani
anu-preto
I
B
1
24
36
53
Guira guira
anu-branco
I
B
1
6
6
34
Tapera naevia
saci
I
B
1
Glaucidium brasilianum
caburé
C
B
2
Athene cunicularia
coruja-buraqueira
I
M
1
3
3
6
CUCULIFORMES
Cuculidae
2
29
142
17
1
63
1
STRIGIFORMES
Strigidae
1
1
2
2
1
7
8
7
15
CAPRIMULGIFORMES
40
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
A2
P3
A4
RO
AT
CT
SP
DF
A1
mãe-da-lua
I
B
2
1
1
Chordeiles nacunda
corucão
I
B
1
1
1
Hydropsalis albicollis
bacurau
I
B
2
4
Hydropsalis torquata
bacurau-tesoura
I
M
2
1
andorinhão-do-temporal
I
B
1
4
Phaethornis pretrei
rabo-branco-acanelado
NT
B
2
Eupetomena macroura
beija-flor-tesoura
NT
B
1
Antracothorax nigricollis
beija-flor-de-veste-preta
NT
B
Chrysolampis mosquitus
beija-flor-vermelho
NT
Chlorostilbon lucidus
besourinho-de-bico-vermelho
Thalurania furcata
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgidae
3
7
1
APODIFORMES
Apodidae
Tachornis squamata
1
6
11
3
1
4
4
1
4
2
3
1
1
B
1
2
NT
B
2
2
beija-flor-tesoura-verde
NT
M
2
Hylocharis chrysura
beija-flor-dourado
NT
B
2
Amazilia fimbriata
beija-flor-de-gargante-verde
NT
B
2
Trogon surrucura MA
surucuá-variado
O
M
3
1
1
Trogon curucui
surucuá-de-barriga-vermelha
O
M
3
1
1
Trochilidae
12
2
11
5
2
2
2
1
2
7
6
1
6
3
6
31
1
TROGONIFORMES
Trogonidae
CORACIIFORMES
Alcedinidae
41
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
SP
DF
A1
A2
P3
1
2
1
5
1
1
3
Megaceryle torquata
martim-pescador-grande
P
B
1
1
Chloroceryle americana
martim-pescador-pequeno
P
B
2
1
Chloroceryle amazona
martim-pescador-verde
P
B
2
udu-de-coroa-azul
O
M
3
ariramba-de-cauda-ruiva
I
B
Nystalus striatipectus
rapazinho-do-chaco
I
Nystalus chacuru
joão-bobo
Monasa nigrifrons
4
1
3
1
8
2
5
2
3
M
2
2
2
I
M
1
3
4
chora-chuva-preto
I
M
3
4
Ramphastos toco
tucano-toco
O
M
2
18
Pteroglossus castanotis
araçari-castanho
O
A
3
Picumnus albosquamatus
pica-pau-anão-escamado
I
B
2
Melanerpes candidus
bilro
I
B
2
Veniliornis passerinus
picapauzinho-anão
I
B
2
Colaptes melanochloros
pica-pau-verde-barrado
I
B
2
Colaptes campestris
pica-pau-do-campo
I
B
1
Dryocopus lineatus
pica-pau-de-banda-branca
I
B
Campephilus melanoleucus
pica-pau-de-topete-vermelho
I
M
A4
RO
AT
CT
5
Momotidae
Momotus momota
2
14
GALBULIFORMES
Galbulidae
Galbula ruficauda
10
Bucconidae
4
6
3
16
4
PICIFORMES
Ramphastidae
12
13
13
56
4
6
10
3
3
8
13
4
9
2
3
4
5
5
2
8
9
2
2
23
2
2
4
1
1
2
10
3
6
4
5
Picidae
2
8
2
28
17
10
15
42
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
RO
AT
CT
SP
DF
A1
A2
P3
A4
seriema
O
M
1
13
8
14
10
Caracara plancus
carcará
O
B
1
6
3
9
6
Milvago chimachima
carrapateiro
I
B
1
5
7
5
2
Herpetotheres cachinnans
acauã
C
B
2
2
Falco sparverius
quiriquiri
I
B
1
1
Falco femoralis
falcão-de-coleira
C
B
1
Ara ararauna
arara-canindé
F
M
2
Diopsittaca nobilis
maracanã-pequena
F
M
2
15
Psittacara leucophthalmus
periquitão-maracanã
F
B
2
5
8
Eupsittula aurea
jandaia-estrela
F
M
1
35
18
7
84
Brotogeris chiriri
periquito-de-encontro-amarelo
F
M
2
10
14
2
26
Alipiopitta xanthops* CE
papagaio-galego
F
M
1
9
59
4
4
76
Amazona aestiva
papagaio-verdadeiro
F
M
3
20
20
12
14
66
Thamnophilus doliatus
choca-barrada
I
B
2
6
9
6
4
25
Thamnophlius pelzeni
choca-do-planalto
I
B
3
33
15
2
18
68
Taraba major
choró-boi
I
B
2
2
3
CARIAMIFORMES
Cariamidae
Cariama cristata
45
FALCONIFORMES
Falconidae
4
19
2
1
28
4
2
5
9
4
4
2
56
PSITTACIFORMES
Psittacidae
11
24
16
21
6
15
13
PASSERIFORMES
Thamnophilidae
1
43
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
CT
SP
DF
A1
A2
P3
A4
4
4
Formicivora rufa
papa-formiga-vermelho
I
B
1
2
Dysithamnus mentalis
choquinha-lisa
I
M
3
1
Herpsilochmus longirostris CE
chorozinho-de-bico-comprido
I
M
3
10
11
17
Sittasomus griseicapillus
arapaçu-verde
I
M
3
3
5
3
Lepidocolaptes angustirostris
arapaçu-do-cerrado
I
M
1
10
5
5
Dendrocolaptes platyrostris
arapaçu-grande
I
M
3
2
1
Furnarius rufus
joão-de-barro
I
B
1
Phacellodomus rufifrons
joão-de-pau
I
M
2
Synnalaxis albescens
ui-pí
I
B
1
Synnalaxis frontalis
petrim
I
B
3
Antilophia galeata CE
soldadinho
O
M
3
Neopelma pallescens
fruxu-do-cerradão
O
M
3
2
Tityra cayana
anambé-branco-de-rabo-preto
O
M
3
2
2
Pachyramphus polychopterus
caneleiro-preto
O
B
2
3
3
Pachyramphus validus
caneleiro-de-chapéu-preto
O
M
3
1
Leptopogon amaurocephalus
cabeçudo
I
M
3
Tolmomyias sulphurescens
bico-chato-de-orelha-preta
I
M
3
Todirostrum cinereum
ferreirinho-relógio
I
B
2
Hemitriccus margaritaceiventer
sebinho-olho-de-ouro
I
M
2
RO
AT
10
1
4
42
Dendrocolaptidae
11
3
23
3
Furnariidae
2
2
2
2
1
2
4
1
2
3
7
1
1
14
2
16
1
3
Pipridae
Tityridae
4
2
8
1
Rhynchocyclidae
1
1
1
4
1
1
14
10
6
1
7
6
37
44
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
RO
AT
CT
SP
DF
A1
A2
P3
A4
6
6
9
4
5
2
7
4
4
Tyrannidae
Camptostoma obsoletum
risadinha
I
B
1
Elaenia flavogaster
guaracava-de-barriga-amarela
I
B
2
Suiriri suiriri
suiriri-cinzento
I
M
1
Myiopagis gaimardii
maria-pechim
I
M
3
1
Myiopagis caniceps
guaracava-cinzenta
I
M
3
3
Myiopagis viridicata
guaracava-de-crista-alaranjada
I
M
3
1
1
Phaeomyias murina
bagageiro
I
B
1
3
4
Legatus leucophaius
bem-te-vi-pirata
I
B
2
1
Myiarchus swainsoni
irré
O
B
2
Myiarchus ferox
maria-cavaleira
I
B
2
6
5
2
Myiarchus tyrannulus
maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado
I
B
2
15
11
7
20
53
Casiornis rufus
caneleiro
I
M
3
23
15
5
19
62
Pitangus sulphuratus
bem-te-vi
O
B
1
14
13
17
7
51
Machetornis rixosa
suiriri-cavaleiro
I
B
1
1
1
Myiodynastes maculatus
bem-te-vi-rajado
O
B
3
2
2
Megarynchus pitangua
neinei
O
B
2
5
7
Myiozetetes cayanensis
bentevizinho-de-asa-ferrugínea
I
B
3
13
8
Tyrannus albogularis
suiriri-de-garganta-branca
I
B
1
3
6
Tyrannus savana
tesourinha
I
B
1
1
7
Empidonomus varius
peitica
I
B
2
1
1
Myiophobus fasciatus
filipe
I
B
1
1
1
2
5
Pyrocephalus rubinus
verão
I
B
1
4
4
1
9
Gubernetes yetapa
tesoura-do-brejo
I
B
1
11
18
2
36
25
1
1
4
2
1
8
1
4
1
5
4
13
3
5
4
8
3
23
4
25
9
3
9
20
2
45
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
CT
SP
DF
A1
A2
12
5
P3
A4
RO
AT
Cnemotriccus fuscatus
guaracavuçu
I
B
3
Knipolegus lophotes
maria-preta-de-penacho
I
B
1
3
Xolmis cinereus
primavera
I
B
1
1
1
1
3
Xolmis velatus
maria-branca
I
M
1
1
2
1
7
1
12
Cyclarhis gujanensis
pitiguari
I
B
2
7
8
4
4
Vireo olivaceus
juruviara
I
B
3
gralha-do-campo
O
M
1
13
Progne tapera
andorinha-do-campo
I
B
1
2
Pygochelidon cyanoleuca
andorinha-pequena-de-casa
I
B
1
Stelgidopteryx ruficollis
andorinha-serradora
I
B
1
Tachycineta leucorrhoa
andorinha-de-sobre-branco
I
B
1
1
corruíra
I
B
1
1
balança-rabo-de-máscara
I
B
2
Turdus rufiventris
sabiá-laranjeira
O
B
1
Turdus leucomelas
sabiá-barranco
O
B
2
sabiá-do-campo
I
B
1
3
20
3
Vireonidae
23
2
2
Corvidae
Cyanocorax cristatellus CE
10
7
19
20
2
4
53
Hirundinidae
1
11
3
23
2
24
2
3
8
47
5
6
Troglodytidae
Troglodytes musculus
1
Polioptilidae
Polioptila dumicola
16
6
22
Turdidae
3
7
1
11
13
10
9
7
39
3
11
15
13
Mimidae
Mimus saturninus
4
46
Motacillidae
46
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
SP
DF
A1
caminheiro-zumbidor
I
B
1
1
Saltator similis
trinca-ferro
F
B
2
6
Saltatricula atricollis CE
bico-de-pimenta
G
M
1
2
8
Nemosia pileata
saíra-de-chapéu-preto
F
B
3
6
2
Cypsnagra hirundinacea
bandoleta
F
A
1
Lanio cucullatus
tico-tico-rei
G
B
2
20
Lanio penicillatus
pipira-da-taoca
F
M
3
1
Tangara sayaca
sanhaçu-cinzento
F
B
2
8
7
9
4
28
Tangara palmarum
sanhaçu-do-coqueiro
F
B
2
1
4
4
1
10
Tangara cayana
saíra-amarela
F
M
1
8
14
2
4
28
Neothraupis fasciata*
cigarra-do-campo
F
M
1
Dacnis cayana
saí-azul
F
B
2
Cyanerpes cyaneus
saíra-beija-flor
F
B
3
Hemithraupis guira
saíra-de-papo-preto
F
B
3
19
6
Sicalis flaveola
canário-da-terra-verdadeiro
G
M
1
4
9
Emberizoides herbicola
canário-do-campo
G
B
1
Volatinia jacarina
tiziu
G
B
1
Sporophila plumbea
patativa
G
M
1
Sporophila caerulescens
coleirinha
G
M
1
Sporophila leucoptera
chorão
G
B
1
1
1
Sporophila angolensis
curió
G
B
1
4
4
tico-tico-do-campo
G
M
1
Anthus lutescens
A2
P3
A4
RO
AT
CT
1
Thraupidae
1
14
14
7
2
8
2
8
10
2
21
59
1
2
13
6
2
2
1
1
1
40
22
1
4
29
26
3
42
5
1
6
12
20
30
26
77
2
6
1
8
4
5
Passerellidae
Ammodramus humeralis
1
9
15
10
35
47
NOME CIENTÍFICO
NOME POPULAR
CLASSIFICAÇÃO
PONTOS AMOSTRAIS
SP
DF
tico-tico-de-bico-amarelo
G
M
3
Geothlypis aequinoctialis
pia-cobra
I
B
1
1
Basileuterus culicivorus
pula-pula
I
B
3
8
Myiothlypis flaveolus
canário-do-mato
I
M
3
32
8
Myiothlypis leucophrys CE
pula-pula-de-sobrancelha
I
M
3
2
8
Icterus pyrrhopterus
encontro
O
M
2
4
2
5
Gnorimopsar chopi
pássaro-preto
O
B
1
9
12
15
6
4
46
Pseudoleistes guirahuro
chopim-do-brejo
O
M
1
15
15
2
2
34
Molothrus rufoaxillaris
vira-bosta-picumã
O
B
1
3
Sturnella superciliaris
polícia-inglesa-do-sul
O
B
1
4
vivi
F
B
2
9
6
1
2
Abundância
-
-
-
750
985
850
515
269
3369
Riqueza
-
-
-
122
132
132
92
50
195
Diversidade H'
-
-
-
1.87
1.81
1.89
1.78
1.32
1.99
Arremon flavirostris
A1
A2
P3
A4
RO
AT
CT
2
2
Parulidae
4
12
1
6
2
22
5
45
10
Icteridae
11
3
2
6
Fringillidae
Euphonia chlorotica
18
48
Figura 06 - Curva de rarefação representando o número cumulativo de espécies de aves amostradas
x esforço amostral (em número de indivíduos registrados) para as sete campanhas de amostragem
do monitoramento da avifauna (pós-enchimento) da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e
Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul.
Figura 07 - Riqueza estimada de espécies em função do esforço amostral (n° de áreas amostrais x
n° de amostragens/por área) utilizando o estimador Jacknife 1, para as sete campanhas do
monitoramento da avifauna (pós-enchimento) da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e
Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul.
49
Tabela 02 - Número de campanhas de campo, riqueza observada e estimada pelo estimador Jacknife
1 para as áreas sob influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio
Pardo, Mato Grosso do Sul.
Riqueza estimada de espécies
Parâmetros
Monitoramento Pré-enchimento
(2010)
Monitoramento Pós-enchimento
(2013)
N° de Campanhas
4
7
Riqueza Observada
157
195
Jacknife 1
Indisponível
230.94
Abaixo são apresentados os dados de abundância e riqueza observada de espécies em
cada área amostral (Quadro 09, Figura 08). Deve-se destacar que os dados coletados em
P1 e P2 foram agrupados aos dados coletados em A1, já que estas áreas são muito
próximas fazendo com que os dados coletados não possam ser tratados de forma
independente. Desta forma, as áreas A2 e P3 apresentaram maior abundância e riqueza de
espécies, com A1 apresentando valores intermediários e A4 baixos valores de riqueza e
abundância. As áreas A2 e P3 apresentam grande diversidade de habitats, com áreas de
cerrado stricto sensu, matas aluviais e brejos, permitindo a ocorrência de muitas espécies
típicas de florestas e áreas abertas, tanto secas quanto úmidas. A diversidade de habitats,
bem como a grande extensão de áreas naturais preservadas, também explicam a grande
diversidade de aves na área A1. Finalmente, a área A4 apresentou baixa diversidade de
aves por se tratar de um fragmento pequeno, relativamente isolado e com baixa diversidade
de habitats, sendo composto basicamente por cerradão e cerrado stricto sensu mais
fechado.
50
Abundância
Riqueza
1200
140
122
132
132
120
100
800
92
80
600
60
400
Riqueza
Abundância
1000
40
200
20
0
0
A1/P1/P2
A2
P3
A4
Figura 08 - Abundância (n° de registros) e riqueza observada de espécies em cada área amostral,
considerando as sete campanhas do monitoramento da avifauna (pós-enchimento) da UHE São
Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul.
ESPÉCIES AMEAÇADAS E ENDÊMICAS
Quatro espécies registradas na área são consideradas ameaçadas ou quase ameaçadas de
extinção: a ema (Rhea americana), o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) e a cigarra-docampo (Neothraupis fasciata), que constam na categoria “quase ameaçados” em nível
global (Birdlife International, 2009; IUCN, 2012), enquanto a águia-cinzenta (Urubitinga
coronata) é considerada “ameaçada” em nível global (Birdlife International, 2009; IUCN,
2012) e “Vulnerável” no Brasil (Silveira & Straube, 2008) (Quadro 08). Estas quatro espécies
são habitantes de ambientes savânicos, como campos e cerrados abertos, sendo a ema e o
papagaio-galego abundantes na porção sul-mato-grossense da Bacia do Alto Rio Paraná,
enquanto a cigarra-do-campo e a águia-cinzenta parecem ser regionalmente raras (Godoi et
al., 2012; Godoi et al., 2013). A perda de habitats savânicos, em especial campestres, pode
ser apontada como o principal fator de ameaça para estas espécies no Cerrado, aliado a
coleta de ovos e filhotes, nos casos da ema e papagaio-galego, e abate por populações
rurais em função da predação de animais de criação de pequeno porte, no caso da águiacinzenta. A instalação da UHE São Domingos pode ter provocado impacto sob as
populações locais destas espécies, já que a formação do reservatório acarretou grande
alagamento de habitats naturais na região.
51
Foram registradas seis espécies endêmicas do Cerrado (Silva, 1995b,c, 1997): papagaiogalego (A. xanthops) (Foto 23), chorozinho-de-bico-comprido (Herpsilochmus longirostris),
soldadinho (Antilophia galeata), gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus), bico-de-pimenta
(Saltatricula atricollis) e pula-pula-de-sobrancelha (Myiothlypis leucophrys). Uma espécie é
considerada endêmica da Mata Atlântica (Goerck, 1997; Brooks et al., 1999): o surucuávariado (Trogon surrucura). A presença das espécies endêmicas do Cerrado aponta a
prevalência deste domínio fitogeográfico na região, sendo todas estas espécies endêmicas
relativamente comuns na área de estudo, assim como em outras regiões de Cerrado no
Mato Grosso do Sul (Godoi et al., 2013). A presença de uma espécie endêmica da Mata
Atlântica evidencia a influência deste domínio sob a biogeografia do Cerrado, em especial
sob as florestas estacionais e ripárias do Brasil central.
Foto 23 - Papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops), espécie endêmica do Cerrado e quase ameaçada
em escala global. Foto: Mauricio Neves Godoi.
ESPÉCIES CINEGÉTICAS E XERIMBABOS
Atenção especial deve ser dada à ocorrência de espécies cinegéticas (utilizadas como
alimento), como o jaó (Crypturellus undulatus), inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris),
perdiz (Rhynchotus rufescens), codorna-amarela (Nothura maculosa), pato-do-mato (Cairina
moschata), jacupemba (Penelope superciliares), mutum-de-penacho (Crax fasciolata), ou
como animais de estimação provenientes do tráfico de animais silvestres (xerimbabos),
como a arara-canindé (Ara ararauna), maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis), papagaiogalego (A. xanthops), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), tucano-toco (Ramphastos
toco) (Foto 24), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis
52
flaveola) (Foto 25) e curió (Sporophila angolensis) (RENCTAS, 2012). A maioria destas
espécies tem sofrido uma nítida redução populacional em praticamente toda a sua área de
distribuição em função de perda de habitat, mas também devido ao excesso de caça e
coleta.
Foto 24 – Tucano-toco (Ramphastos toco),
espécie comumente capturada e vendida no
tráfico de animais silvestres: Foto: Mauricio Neves
Godoi.
Foto 25 – Canário-da-terra (Sicalis flaveola),
espécie comumente capturada e vendida no
tráfico de animais silvestres: Foto: Mauricio Neves
Godoi.
CATEGORIAS TRÓFICAS
Neste estudo foram obtidos registros de 89 espécies de aves insetívoras, 31 onívoras e 26
frugívoras. As categorias tróficas menos ricas, mas não menos importantes, são os
granívoros (14 espécies), carnívoros (11 espécies), piscívoros (12 espécies), nectarívoros
(oito espécies) e necrófagos (quatro espécies) (Quadro 08; Figura 09, Fotos 26, 27 e 28).
O grupo das aves insetívoras normalmente é o mais rico e abundante dentre os diferentes
grupos tróficos de aves do Cerrado e de ambientes florestais fragmentados e degradados
(Motta Júnior, 1990; Marini, 2001). Mesmo em grandes maciços florestais, as aves
insetívoras são as mais abundantes e o grupo mais rico em espécies, como na Floresta
Amazônica (Terborgh et al., 1990) e na Mata Atlântica (Willis, 1979). Na área deste estudo,
a alta abundância e riqueza de aves insetívoras ocorrem tanto em função da presença de
espécies de áreas abertas quanto pela presença de aves insetívoras que vivem no subbosque de ambientes florestais, sendo estas muito sensíveis às perturbações ambientais,
53
tornando-se menos abundantes e diversas em fragmentos florestais e áreas degradadas
Riqueza de espécies
(Stouffer & Bierregaard, 1995; Canaday, 1997).
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Figura 09 - Riqueza de espécies de aves em cada categoria trófica, UHE São Domingos, municípios
de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul.
As aves onívoras utilizam diferentes itens alimentares, desde frutos, invertebrados e até
mesmo pequenos vertebrados (Sick, 1997). Desta forma, podem utilizar diferentes tipos de
ambientes para forragear, inclusive aqueles antrópicos e perturbados onde muitas outras
espécies de aves tornam-se pouco abundantes (Motta-Júnior, 1990; Johns, 1991; Borges &
Stouffer, 1999).
As aves frugívoras normalmente são mais susceptíveis à degradação ambiental,
principalmente por serem mais dependentes de ambientes bem arborizados, onde a riqueza
e abundância de árvores frutíferas são maiores (Bersier & Meyer, 1994; Sick, 1997). As aves
frugívoras destacam-se como importantes agentes no processo de dispersão de sementes
de diversas espécies de plantas, auxiliando na regeneração dos ambientes naturais.
Entretanto, vale ressaltar que as aves da família Psittacidae são frugívoras predadoras de
sementes, atuando no controle populacional de muitas espécies de plantas (Sick, 1997).
As aves granívoras estão representadas principalmente pelas famílias Columbidae,
Thraupidae e Passerellidae. Estas aves alimentam-se principalmente de sementes e grãos,
com algumas espécies podendo tornar-se pragas em campos agrícolas e pastagens (Sick,
54
1997; Marini, 2001). As aves de hábitos carnívoros (gaviões, falcões e corujas) são
naturalmente raras em comparação com outros grupos de aves, já que predadores tendem
a ocupar grandes territórios e serem menos abundantes que suas presas, enquanto
necrófagos são normalmente abundantes, mas representados por poucas espécies (Sick,
1997). As aves piscívoras, malacófagas e nectarívoras são normalmente representadas por
poucas espécies, dado o alto grau de especialização em suas dietas, aliado a natureza
concentrada da distribuição dos recursos alimentares utilizados por elas.
Foto 26 – Chopim-do-brejo (Pseudoleistes
guirahuro), espécie onívora. Foto: Mauricio
Neves Godoi.
Foto 27 – Periquitão (Psittacara leucophthalmus),
espécie frugívora. Foto: Mauricio Neves Godoi.
Foto 28 – Pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus), espécie insetívora. Foto: Mauricio Neves
Godoi.
55
SENSIBILIDADE ÀS PERTURBAÇÕES AMBIENTAIS
Até o momento foram obtidos registros de 121 espécies de baixa sensibilidade, 69 espécies
de média sensibilidade e cinco espécies de alta sensibilidade às perturbações ambientais
(Quadro 08; Figura 10; Fotos 29 e 30). Desta forma, a maioria das espécies de aves
registradas é comum em ambientes alterados, apresentando baixa sensibilidade às
perturbações ambientais. Entre estas, ocorrem muitas espécies que podem ser
consideradas comuns e generalistas, habitando especialmente áreas abertas, bordas de
matas e áreas perturbadas. Destaca-se a ocorrência de um grande número de espécies na
região que apresentam média sensibilidade às perturbações ambientais, muitas das quais
associadas a formações florestais estando sujeitas aos efeitos da perda de habitat e
fragmentação florestal. Também ocorrem na região muitas espécies associadas a campos
úmidos e brejos, ambientes ameaçados pela construção de hidrelétricas por serem
frequentemente alagados com a formação de reservatórios. Por fim, ocorrem na área cinco
espécies com alta sensibilidade às perturbações ambientais, o mutum-de-penacho (Crax
fasciolata), águia-cinzenta (U. coronata), saracura-três-potes (Aramides cajanea), araçaricastanho (Pteroglossus castanotis) e bandoleta (Cypsnagra hirundinacea).
Figura 10 - Riqueza de espécies de aves de baixa, média e alta sensibilidade às perturbações
ambientais, UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do rio Pardo, Mato Grosso do
Sul.
56
Foto 29 – Tico-tico-de-bico-amarelo (Arremon
flavirostris), espécie com média sensibilidade às
perturbações ambientais: Foto: Mauricio Neves
Godoi.
Foto 30 – Araçari-castanho (Pteroglossus
castanotis), espécie com alta sensibilidade às
perturbações ambientais. Foto: Mauricio Neves
Godoi.
DEPENDÊNCIA DE AMBIENTES FLORESTADOS
Considerando todas as espécies registradas durante as sete campanhas de monitoramento
foram obtidos registros de 94 espécies independentes de ambientes florestados, 61
espécies semidependentes e 40 espécies dependentes destes ambientes (Silva, 1995a)
(Quadro 08; Figura 11; Fotos 31 e 32). Segundo Silva (1995a; 1997) a maioria das espécies
de aves encontrada no Cerrado ocorre em ambientes florestais, sendo ao menos
semidependentes de florestas.
Entre as espécies de aves independentes de florestas, ocorrem na área principalmente
aquelas comumente observadas em pastagens e áreas agrícolas, e diversas espécies
associadas à ambientes úmidos, como brejos. Entre as aves semidependentes de florestas
encontram-se muitas espécies que utilizam tanto áreas abertas quanto às bordas de
florestas e cerrados fechados.
As espécies dependentes de ambientes normalmente são mais sensíveis às perturbações
ambientais, pois não ocorrem com frequência fora de florestas e dificilmente atravessam
longas distâncias em áreas abertas para se deslocar entre fragmentos florestais. Em função
de sua dependência de habitat, se faz necessária a conservação e re-conexão das manchas
remanescentes de matas estacionais, de cerradão, cerrado s.s. e veredas de buriti da
região, sendo esta a única forma de evitar a extinção local destas espécies.
57
Figura 11 - Riqueza de espécies de aves independentes, semidependentes e dependentes de
ambientes florestados, UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, Mato
Grosso do Sul.
Foto 31 – Pitiguari (Cyclarhis gujanensis),
espécie
semidependente
de
ambientes
florestados. Foto: Mauricio Neves Godoi.
Foto 32 – Fruxu-do-cerradão (Neopelma
pallescens), espécie dependente de ambientes
florestados. Foto: Mauricio Neves Godoi.
58
5.3 Mastofauna
Na sétima campanha de monitoramento (fase pós-enchimento) foram obtidos 25 registros
de 12 espécies de mamíferos não voadores nas áreas sob influência da UHE São
Domingos, pertencentes a 10 famílias e 6 ordens, sendo todas as espécies de médio e
grande porte (Quadro 09). A ordem mais rica em espécies foi Carnivora (n = 6), seguido por
Pilosa (n = 2), Rodentia, Artiodactyla, Perissodactyla e Cingulata (n = 1) (Quadro 09). Dentre
as doze espécies registradas nesta campanha, apenas Dasyprocta azarae não tinha sido
registrada nas campanhas anteriores.
Considerando as sete campanhas de monitoramento da fase pós-enchimento, foram
registradas 24 espécies (140 registros) de mamíferos não voadores nas áreas sob influência
da UHE São Domingos, pertencentes a 13 famílias e sete ordens, sendo três espécies de
pequenos mamíferos e 21 espécies de médio e grande porte (Quadro 09). As ordens mais
ricas em espécies foram Carnivora (10 espécies), Artiodactyla (4 espécies), Rodentia (3
espécies, Didelphimorphia, Cingulata e Pilosa (2 espécies), seguido por Perissodactyla (1
espécie) (Figura 12; Quadro 09).
Quadro 09 - Composição, distribuição, riqueza (n° observado de espécies), abundância (n° de
registros) e diversidade de mamíferos não voadores registrados nas sete campanhas do
monitoramento pós-enchimento na UHE São Domingos, Água Clara e Ribas do rio Pardo, MS.
Legenda: *Espécies ameaçadas de extinção segundo MMA (2008) e/ou IUCN (2014). C
(Campanhas). Área 1, 2, 3 e 4 (Estações Amostrais). Métodos de amostragem: S (armadilhas tipo
Sherman), V (registros visuais), P (pegadas), C (carcaças), F (fezes), T (tocas), VO (vocalização), PI
(armadilhas de interceptação e queda), CT (câmera traps).
TÁXON
NOME
POPULAR
C
ÁREA
1
ÁREA
2
2
2
ÁREA
3
ÁREA
4
MÉTODOS
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Gracilinanus agilis
cuíca
1,2,3
Micoureus constantiae
catita
3
PI,Y
1
Y
CINGULATA
Dasypodidae
Euphractus sexcinctus
tatu-peba
Priodontes maximus*
tatu-canastra
1,2,7
4
2
1
2
1
1
3
P, T, C,V
CT, V
CARNIVORA
Felidae
59
TÁXON
NOME
POPULAR
Leopardus pardalis *
jaguatirica
Leopardus tigrinus*
gato-domatopequeno
Puma concolor *
onça-parda
C
ÁREA
1
ÁREA
2
1,5
1
1
1
ÁREA
3
ÁREA
4
MÉTODOS
P
1
P
6,7
1
1
P
5
6
7
6
P, V, CT
2
5
1
P, V
Canidae
Cerdocyon thous
lobinho
1,2,3,
4,5,6,
7
Chrysocyon brachyurus *
logo-guará
1,2,4,
5,6,7
Lycalopex vetulus
raposinhado-campo
6,7
Procyon cancrivorus
mão-pelada
2,3,5,
7
Nasua nasua
quati
3,4
Lontra longicaudis
lontra
3
2
V
Eira barbara
irara
5,7
2
V
anta
1,2,3,
4,5,6,
7
5
6
7
6
P,V
Mazama gouazoubira
veadocatingueiro
1,2,3,
4,5,6,
7
1
5
4
P
Mazama americana
veadomateiro
2
P
2
P
3
3
P
2
1
P
Procyonidae
Mustelidae
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris *
ARTIODACTYLA
Cervidae
1,4
Tayassuidae
Tayassu pecari
queixada
Tayassu tajacu
cateto
2,3,4,
5,6,7
1
4
5
1
P
capivara
1,2,3,
4,5
1
3
1
2
F, P,V,CT
4
1
1
1
P
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
Cricetidae
Oligoryzomys fornesi
camundongo
-do-mato
Y
Dasyproctidae
60
TÁXON
Dasyprocta azarae
NOME
POPULAR
cutia
C
ÁREA
1
7
ÁREA
2
ÁREA
3
ÁREA
4
1
MÉTODOS
V
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla*
tamanduábandeira
1,2,4,
5,6,7
1
3
5
Tamandua tetradactyla
tamanduámirim
5,6,7
2
3
1
1
V, P,CT
P
Riqueza
-
-
12
17
16
9
-
Abundancia
-
-
23
45
48
24
-
Equitabilidade
-
-
0,9
0,9
0,9
0,8
-
Diversidade de espécies H'
-
-
2,2
2,6
3
1,9
-
Figura 12 - Riqueza de espécies por ordens de mamíferos não voadores registrados nas sete
campanhas de monitoramento pós-enchimento nas áreas sob influência da UHE São Domingos,
municípios de Água Clara e Ribas do rio Pardo, MS.
As 24 espécies amostradas nas áreas sob influência da UHE São Domingos representam
27,8% da riqueza de mamíferos não voadores listada para todo o Mato Grosso do Sul. As
21 espécies de médios e grandes mamíferos aqui registradas representam 47,6% da
riqueza deste grupo conhecida no Estado, enquanto que as três espécies de pequenos
mamíferos registradas nas campanhas constitui cerca de 4,8% da riqueza de marsupiais e
pequenos roedores de Mato Grosso do Sul (Cáceres et al., 2008b).
61
A curva cumulativa de espécies referente às sete campanhas do ciclo de monitoramento
pós-enchimento apresenta ascensão, com leve tendência a estabilização (Figura 13), porém
a riqueza estimada pelo Jackknife 1 ficou acima da riqueza observada (Jack 1 = 33,5 ± 1,8).
Esse resultado demonstra que com o aumento do esforço amostral outras espécies de
mamíferos podem ser adicionadas à lista local.
Figura 13 – Curva do coletor: número cumulativo de espécies x esforço amostral em dias de campo
referente às sete campanhas de monitoramento (pós-enchimento) de mamíferos não voadores nas
áreas sob influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
As pegadas, visualização direta e outros vestígios contribuíram para o registro de 21
espécies (87,5%), já as armadilhas live trap contribuíram com a captura de apenas três
espécies de pequenos mamíferos (12,5%). As armadilhas fotográficas registraram cinco
espécies (Cerdocyon thous, Hydrochoerus hydrochaeris, Myrmecophaga tridactyla, Tapirus
terrestris e Priodontes maximus), que também foram registradas através das buscas ativas
(Quadro 09; Fotos 33 a 36).
62
Foto 33 – Pegada de onça-parda (Puma
concolor) registrada durante busca-ativa.
Foto 34 – Pegada de tamanduá-mirim (Tamandua
tetradactyla).
Foto 35 – Pegada de mão-pelada (Procyon
cancrivorus).
Foto 36 – Cutia (Dasyprocta azarae) registrada
Durante busca-ativa.
Dentre as espécies registradas, sete encontram-se ameaçadas de extinção segundo MMA
(2008) e IUCN (2014): a “jaguatirica” (Leopardus pardalis), o “gato-do-mato-pequeno”
(Leopardus tigrinus), o “tamanduá-bandeira” (Myrmecophaga tridactyla), a “anta” (Tapirus
terrestris), o “lobo-guará” (Chrysocyon brachyurus), o tatu-canastra (Priodontes maximus) e
a onça-parda (Puma concolor) (Quadro 09).
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é listado como "vulnerável" pela IUCN
(2014) e MMA (2008) e, apesar de ser encontrado em inúmeras unidades de conservação,
foi extinto em algumas partes de sua distribuição geográfica. As principais ameaças à
sobrevivência da espécie são a caça, destruição de hábitat e os atropelamentos.
A anta (Tapirus terrestris) é considerada vulnerável pela lista de espécies ameaçadas
da IUCN (2014) e não consta na lista nacional, porém, sua população está declinando ao
63
longo de sua área de distribuição geográfica. Não existem dados sobre as populações
dessa espécie, entretanto, como a destruição de seu habitat ainda continua, elas estão em
declínio, mas é notável que em algumas regiões ela ainda possa ser comum, principalmente
em matas próximas a rios e lagos (Naveda et al., 2008). A caça, particularmente em
pequenos fragmentos de floresta, é capaz de extinguir a espécie localmente, visto que a
mesma possui uma baixa taxa de reprodução. A conservação de florestas úmidas, a inibição
da caça e ações mitigadoras para diminuir os atropelamentos desse animal em rodovias que
passam perto de áreas florestadas, são medidas para se evitar a extinção dessa espécie.
O logo-guará (Chrysocyon brachyurus) é considerado raro para a porção sul do estado do
Mato Grosso do Sul (Cáceres et al., 2008b) e corre risco de extinção na natureza em função
do declínio populacional e da extrema fragmentação da área de ocupação (Rodden,
2008). No Brasil, de acordo com o ICMBio, o lobo-guará é considerado espécie
ameaçada de extinção, na categoria vulnerável, sendo ainda objeto de um plano de ação
nacional cujo objetivo é a sua conservação. As principais ameaças ao lobo-guará vêm da
conversão de terras para agricultura, do fato de ser susceptível a doenças de cães
domésticos que competem com eles por alimento, e de acidentes, como atropelamentos
em estradas (Cheida et al., 2011).
A jaguatirica (Leopardus pardalis) sofre com a perda e fragmentação de habitat e
consequente diminuição da abundância de presas, o que afeta diretamente as suas
populações, já que a redução de alimento disponível diminui a densidade das populações
existentes. Portanto, a principal ameaça a esta espécie é o desmatamento e a consequente
fragmentação das áreas florestadas, assim como a destruição/alteração da cobertura
original. Medidas para a conservação das populações devem envolver a proteção de
habitats, procurando manter sempre a conectividade entre as áreas preservadas. O
monitoramento das populações naturais também deveria ser uma prioridade, assim como a
recuperação de habitats, já que esse felino ocorre nos biomas mais seriamente impactados
do país (MMA, 2008).
As maiores ameaças à sobrevivência do gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) são a
perda, a fragmentação e a conversão dos habitats. A captura de exemplares para animal de
criação, tanto em escala local quanto para o tráfico, também constitui ameaça a este
pequeno felino. Medidas conservacionistas devem incluir a proteção e fiscalização tanto das
Unidades de Conservação quanto dos ecossistemas naturais. Como os conhecimentos
64
acerca da sua biologia/ecologia são extremamente limitados, pesquisas científicas nessa
área tornam-se essenciais para melhor conhecer a espécie e, dessa forma, traçar
estratégias de ação mais eficazes. O monitoramento das populações naturais também é
importante (MMA, 2008).
O tatu-canastra (Priodontes maximus), também conhecido como tatuaçu, é uma espécie
de tatu de grandes dimensões, encontrado na maior parte da América do Sul. Chegam a
medir mais de 1 metro de comprimento. Têm o corpo coberto por poucos pelos e patas
anteriores dotadas de garras enormes, que auxiliam na escavação de buracos. Estão
vulneráveis à extinção devido à caça para obtenção de carne e pelo desmatamento do
seu habitat. Hoje é raríssimo nas diversas regiões brasileiras onde ocorria. A caça, bem
como as alterações de seus habitats, com consequente redução da disponibilidade de
presas são as principais ameaças a sobrevivência desta espécie (Medri et al., 2011).
Segundo Nowak (1999), esta espécie declinou 50% na última década devido à caça e
desmatamento do seu habitat. P. maximus está listado no Apêndice I da CITES e há
necessidade de diminuir a pressão de caça e manter habitats preservados onde populações
viáveis podem ocorrer.
A onça-parda (Puma concolor) é o felídeo de maior distribuição no continente americano,
ocorrendo desde o oeste do Canadá ao extremo sul do continente sul-americano. Possui
adaptação a diversos tipos de ambientes, de desertos quentes até altiplanos alpinos, e
florestas tropicais e temperadas. No Brasil, está presente em todos os biomas, ocorrendo
em todos os estados brasileiros, com exceção do sul do Rio Grande do Sul. A caça e
alterações de seus habitats, com consequente redução da disponibilidade de presas, são as
principais ameaças a sobrevivência desse felino (Cheida et al., 2011).
Os valores de riqueza e abundância de espécies variaram em algumas estações amostrais,
sendo que a Área 2 apresentou maior valor para riqueza (N=17) e a Área 3 para abundância
(N=48) (Quadro 09, Figura 14).
Em relação à riqueza de espécies nos diferentes ambientes amostrados deve-se destacar a
importância das manchas de cerrado s.s. como detentoras da maior parte da diversidade
local de mamíferos não voadores. O cerrado s.s. é o ambiente natural historicamente
dominante na paisagem e as manchas remanescentes desta fisionomia se constituem como
os maiores refúgios para a fauna nesta região. Desta forma, espera-se uma alta riqueza
nestas áreas tanto pela presença de espécies típicas de cerrado s.s. como pela presença de
65
espécies que encontraram refúgio neste ambiente, uma vez que atualmente a paisagem da
região é dominada por atividades pecuárias e plantações de Eucalyptus.
Figura 14 - Abundância (n° de registros) e riqueza (n° observado de espécies) de mamíferos nãovoadores registrados nas estações amostrais de monitoramento da mastofauna considerando as
sete campanhas da fase pós-enchimento da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas
do Rio Pardo,MS.
66
A diversidade de espécies, por estação amostral, foi maior na Área 3 (3), seguido da Aréa 2
(2,6). Segundo Magurran (1988), o índice de diversidade de Shannon-Wiener varia de 1,5 a
3,5, podendo raramente ultrapassar o valor de 4,5. Vielliard e Silva (1990) dizem que valores
de diversidade entre um e dois caracterizam a mastofauna não voadora das florestas
temperadas e valores em torno de três são obtidos em ambientes tropicais. De maneira
geral, pode-se considerar que as espécies apresentaram distribuição equilibrada, sem
dominância, pois os índices de equitabilidade de Pielou ficaram próximos e acima de 80%.
67
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As baixas temperaturas características do período de seca contribuem para diminuição do
número de registros, uma vez que a maioria dos animais tem sua atividade reduzida,
dificultando a detecção. Os resultados da sétima campanha de monitoramento da fase pósenchimento da UHE São Domingos corroboraram com os resultados obtidos durante as
campanhas anteriores realizadas na estação seca (2°, 3° e 6° campanhas), quando os
valores de abundância e riqueza de espécies foram menores em comparação com as
campanhas realizadas na estação chuvosa.
As diferenças verificadas nos resultados das sete campanhas de monitoramento de fauna
no período pós-enchimento (número de registros, número de espécies, diversidade e
equabilidade) podem ser decorrentes da variação natural das populações e distribuição das
espécies, influenciadas principalmente pela sazonalidade. Flutuações populacionais naturais
durante o ano dificultam a detecção de interferências sobre a fauna, incluindo aquelas
decorrentes de alterações ambientais por ação antrópica. Por este motivo, monitoramentos
trimestrais e com no mínimo dois anos de duração, como no caso da UHE São Domingos,
fornecem dados mais robustos para se tentar avaliar a dimensão dos impactos decorrentes
de atividades humanas sobre as comunidades faunísticas.
Dos resultados parciais, cabe destacar que a curva do coletor referente ao monitoramento
da herpetofauna voltou a apresentar estabilização, visto que não houve registro de novas
espécies durante a sétima campanha. Em todo caso, ressalta-se que a estabilização total da
curva é bastante difícil, pois muitas espécies raras costumam ser adicionadas após muitas
amostragens, sobretudo em regiões tropicais. Já para mastofauna e avifauna, houve registro
de uma e duas novas espécies respectivamente, o que contribuiu para a não estabilização
das curvas dos coletores. Este fato é comum em estudos faunísticos realizados na região
Neotropical, devido à grande diversidade de espécies presentes em seus inúmeros
ecossistemas.
Em relação ao status de conservação, destaca-se que não há registro de espécies de
anfíbios e répteis ameaçadas de extinção até o momento. No entanto, é importante ressaltar
a presença de uma espécie de réptil endêmica do Cerrado na área (largatixa-escorpião Coleodactylus brachystoma), devido à sua pequena abrangência geográfica. Em relação às
aves, reitera-se a ocorrência de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, além de
espécies dependentes de ambientes florestados e sensíveis a alterações ambientais. Já no
68
monitoramento da mastofauna, foram registrados até o momento sete mamíferos
ameaçados. Ressalta-se que muitas das ameaças relacionadas a essas espécies são
decorrentes principalmente da perda e fragmentação de habitat, caça e atropelamentos.
Desde a formação do reservatório da UHE São Domingos as comunidades da fauna
presentes na região estão se reestabelecendo nos habitats remanescentes. O sucesso no
reestabelecimento das comunidades, bem como a conservação da biodiversidade local
pode ser subsidiada pela recuperação e conservação do mosaico de florestas aluviais,
matas de galeria, áreas de várzea e Cerradão presentes nas áreas sob influência da
hidrelétrica.
Neste contexto, os Programas Ambientais das fases de licenciamento do empreendimento
representam importantes medidas mitigadoras dos impactos sobre a fauna e flora da área
de influência da UHE. O estabelecimento dos Programas que incluem reflorestamento,
como PRAD (Programa de Recuperação de Áreas Degradadas) e PTRF (Projeto Técnico de
Reconstituição da Flora) auxiliam na aceleração e no direcionamento da formação de
corredores ecológicos ligando as manchas de florestas, principalmente matas ripárias, e
savanas remanescentes no entorno do reservatório.
69
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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79
ANEXOS
80
ANEXO I
Documentação Fotográfica
81
Foto 1 - Pegada de onça-parda (Puma concolor)
registrada – 6° campanha de monitoramento.
Foto 2 - Cutia (Dasyprocta azarae) registrada – 7°
campanha de monitoramento.
Foto 3 – Lagartixa-escorpião (Coleodactylus
brachystoma) registrado – 6° campanha de
monitoramento.
Foto 4 - Lobinho (Cerdocyon thous) registrado – 6°
campanha de monitoramento.
Foto 5 - Arapaçu-grande
platyrostris) registrado – 6°
monitoramento.
Foto 6 – Anta (Tapirus terrestris) registrada – 6°
campanha de monitoramento.
(Dendrocolaptes
campanha de
82
Foto 7 - Picapauzinho-anão (Veniliornis passerinus)
registrado – 6° campanha de monitoramento.
Foto 8 - Tucano-toco (Ramphastos toco) registrado
– 6° campanha de monitoramento.
Foto 9 - Lagarto (Ameiva ameiva) registrado – 5ª
campanha de monitoramento.
Foto 10 - Leptodactylus mystacinus registrado - 5ª
campanha de monitoramento.
Foto 11 - Trinca-ferro (Saltator similis) registrado –
5ª campanha de monitoramento.
Foto 12 - Cigarra-do-campo (Neothraupis fasciata)
registrada – 5ª campanha de monitoramento.
83
Foto 13 - Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura)
registrado – 4ª campanha de monitoramento.
Foto 14 - Soldadinho (Antilophia galeata) registrado
– 4ª campanha de monitoramento.
Foto 15 - Vistoria dos pitfalls durante a 4ª campanha
de monitoramento.
Foto 16 - Choca-do-planalto fêmea (Thamnophilus
pelzeni)
registrada
–
3ª
campanha
de
monitoramento.
Foto 17 - Verão ou príncipe (Pyrocephalus rubinus)
registrado – 3ª campanha de monitoramento.
Foto 18 – Jandaia-estrela (Aratinga aurea)
registrado – 3ª campanha de monitoramento.
84
Foto 19 - Pegada de Anta (Tapirus terrestris) – 3ª
campanha de monitoramento.
Foto 20 - Biólogo revisando as armadilhas. – 3ª
campanha de monitoramento.
Foto 21 - Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
registrado– 3ª campanha de monitoramento.
Foto 22 - Catita (Micoureus constantiae) registrada
– 3ª campanha de monitoramento.
Foto 23 - Saíra-amarela (Tangara cayana)
registrada – 2ª campanha de monitoramento.
Foto 24 - Choca-do-planalto (Thamnophilus pelzeni)
registrada – 2ª campanha de monitoramento.
85
Foto 25 - Pegada de lobinho (Cerdocyon thous) – 2ª
campanha de monitoramento.
Foto 26 - Pegada de veado catingueiro (Mazama
gouazoubira) – 2ª campanha de monitoramento.
Foto 27 - Pegadas de cateto (Pecari tajacu) – 2ª
campanha de monitoramento.
Foto 28 - Captura
(Gracilinanus
agilis)
monitoramento.
Foto 29 - Carcaça de tatu-peba (Euphractus
sexcinctus) – 2ª campanha de monitoramento.
Foto 30 - Biólogo realizando marcação do animal
capturado – 2ª campanha de monitoramento.
e
–
marcação de cuíca
2ª
campanha
de
86
Foto 31 - Hypsiboas raniceps registrada – 1ª
campanha de monitoramento.
Foto 32 - Scinax fuscomarginatus registrada – 1ª
campanha de monitoramento.
Foto 33 - Physalaemus centralis registrada – 1ª
campanha de monitoramento.
Foto 34 - Leptodactylus fuscus registrada – 1ª
campanha de monitoramento.
Foto 35 - Leptodactylus labyrinthicus registrada – 1ª
campanha de monitoramento.
Foto 36 - Elachistocleis cesarii registrada – 1ª
campanha de monitoramento.
87
Foto 37 - Anta (Tapirus terrestris) registrada – 1ª
campanha de monitoramento.
Foto 38 - Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga
tridactyla) registrado
– 1ª campanha de
monitoramento.
Foto 39 - Pegadas de lobinho (Cerdocyon thous). –
1ª campanha de monitoramento.
Foto 40 - Tatu-peba (Euphractus sexcinctus)
registrado – 1ª campanha de monitoramento.
Foto 41 - Pegadas de veado-catinguero (Mazama
gouazoubira) – 1ª campanha de monitoramento.
Foto 42 - Fezes de veado-mateiro (Mazama
americana) – 1ª campanha de monitoramento.
88
Foto 43 - Auxiliar de campo realizando os
procedimentos de instalação de armadilha de queda
(pitfall traps) – 1ª campanha de monitoramento.
Foto 44 - Biólogo no procedimento de instalação de
armadilha de queda (pitfall traps) – 1ª campanha de
monitoramento.
Foto 45 - Armadilhas de queda instaladas (pit falls
trap) – 1ª campanha de monitoramento.
Foto 46 - Biólogo realizando o procedimento de
pesagem do animal capturado – 1ª campanha de
monitoramento.
Foto 47 - Biólogo realizando marcação do animal
capturado – 1ª campanha de monitoramento.
Foto 48 - Cuíca (Gracilinanus agilis) com marcação
(brinco) – 1ª campanha de monitoramento.
89
Foto 49 - Canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis
flaveola)
registrado
–
1ª
campanha
de
monitoramento.
Foto 50 - Saíra-de-papo-preto (Hemithraupis guira)
registrada – 1ª campanha de monitoramento.
Foto 51 - Socó-boi (Tigrisoma lineatum) registrado – 1ª campanha de monitoramento.
90
ANEXO II
Dados brutos dos registros (Herpetofauna e Mastofauna)
91
Quadro 01 - Dados brutos das espécies de anfíbios e répteis registradas nas áreas de influência da UHE São Domingos, município de Água Clara, MS,
durante as sete campanhas de monitoramento da herpetofauna na fase pós-enchimento.
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Dendropsophus elianae (Napoli &
Caramaschi, 2000)
Procura ativa
5
5
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
5
16
Busca ativa
limitada por
tempo
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt &
Lütken, 1862″1861″)
Procura ativa
5
8
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
5
5
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
5
7
Busca ativa
limitada por
tempo
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
5
24
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
5
2
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
5
16
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
5
3
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
5
6
Busca ativa
limitada por
tempo
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
5
2
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura ativa
5
8
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura ativa
5
3
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
1
12
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Espécie
92
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura ativa
1
6
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
1
10
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
1
13
Busca ativa
limitada por
tempo
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
1
4
zoofonia
21/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Dendropsophus elianae (Napoli &
Caramaschi, 2000)
Procura ativa
3
1
zoofonia
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
3
7
zoofonia
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt &
Lütken, 1862″1861″)
Procura ativa
3
3
zoofonia
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
3
15
Busca ativa
limitada por
tempo
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
3
13
Busca ativa
limitada por
tempo
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
3
15
zoofonia
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
3
7
zoofonia
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
3
4
zoofonia
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
3
4
Busca ativa
limitada por
tempo
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
3
2
zoofonia
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
3
6
zoofonia
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Espécie
93
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura ativa
3
8
Busca ativa
limitada por
tempo
22/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura ativa
4
2
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
4
7
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Procura ativa
4
2
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
4
5
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
4
16
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
4
3
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)
Procura ativa
4
1
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura ativa
6
7
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
6
2
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
6
9
zoofonia
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
6
2
Busca ativa
limitada por
tempo
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Micrablepharus maximiliani (Reinhardt &
Luetken, 1862)
Pitfall02
1
Busca ativa
limitada por
tempo
23/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0273861/ 7783765
Não
Não
Não
Procura ativa
2
3
zoofonia
24/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Espécie
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
94
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
2
11
zoofonia
24/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
2
17
zoofonia
24/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
2
4
zoofonia
24/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
2
9
zoofonia
24/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
2
7
zoofonia
24/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
22
Procura ativa
3
2
zoofonia
24/02/2013
1ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
1
2
zoofonia
05/05/2013
2ª de Operação
Seca
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
5
2
zoofonia
06/05/2013
2ª de Operação
Seca
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Procura ativa
5
2
Busca ativa
limitada por
tempo
06/05/2013
2ª de Operação
Seca
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
4
4
zoofonia
07/05/2013
2ª de Operação
Seca
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)
Procura ativa
4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
07/05/2013
2ª de Operação
Seca
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
2
3
zoofonia
08/05/2013
2ª de Operação
Seca
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
3
15
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Pseudopaludicola saltica (Cope, 1887)
Procura ativa
3
9
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
3
6
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)
Procura ativa
3
2
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Espécie
95
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
3
5
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura ativa
3
3
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
3
7
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
3
4
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Procura ativa
3
2
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
3
2
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura ativa
3
2
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
1
8
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
1
3
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura ativa
1
1
Busca ativa
limitada por
tempo
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Procura ativa
5
1
Busca ativa
limitada por
tempo
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
5
14
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
5
8
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura ativa
5
3
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
5
7
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
5
6
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Espécie
96
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
5
9
zoofonia
14/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura ativa
4
30
zoofonia
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
4
28
zoofonia
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
4
15
zoofonia
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura ativa
4
2
zoofonia
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
4
16
zoofonia
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
4
6
zoofonia
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
4
4
zoofonia
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
4
5
zoofonia
15/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
6
4
zoofonia
16/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
6
7
zoofonia
16/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
6
3
zoofonia
16/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
6
7
zoofonia
16/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
6
6
zoofonia
16/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Procura ativa
6
2
zoofonia
16/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Pitfall03
1
Armadilha de
queda
16/10/2013
4ª de Operação
Chuvosa
0274162/ 7781689
Não
Sim
Não
Espécie
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
97
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
Procura ativa
1
4
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
Procura ativa
2
8
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
Procura ativa
3
6
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
Procura ativa
5
3
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
1
1
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
3
2
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
5
4
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
3
3
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
4
5
Busca ativa
limitada por
tempo
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
5
1
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
6
8
Busca ativa
limitada por
tempo
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura ativa
2
9
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura ativa
3
15
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura ativa
5
22
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Espécie
98
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
1
7
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
2
6
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
3
4
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura ativa
5
13
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Procura ativa
4
3
zoofonia
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Procura ativa
6
2
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura ativa
1
6
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura ativa
5
13
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
2
6
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
3
9
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
4
4
Busca ativa
limitada por
tempo
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
5
14
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura ativa
6
5
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
1
5
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
4
9
zoofonia
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura ativa
6
5
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Espécie
99
Espécie
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura ativa
2
3
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura ativa
5
7
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus elianae (Napoli &
Caramaschi, 2000)
Procura ativa
5
13
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura ativa
4
8
Busca ativa
limitada por
tempo
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura ativa
5
17
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
1
14
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
4
16
zoofonia
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
5
24
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
6
6
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura ativa
4
7
zoofonia
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura ativa
6
9
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
4
1
zoofonia
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
5
3
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
6
5
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Procura ativa
3
8
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Procura ativa
5
11
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
100
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Procura ativa
6
5
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
1
3
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
4
2
zoofonia
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
3
15
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
4
17
zoofonia
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
5
26
zoofonia
21/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
6
9
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Phyllomedusa azurea Cope, 1862
Procura ativa
2
8
zoofonia
23/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
Pitfall 2
1
Encontro
oportunístico
22/01/2014
5ª de Operação
Chuvosa
0273861/ 7783765
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
2
2
Busca ativa
limitada por
tempo
08/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
3
1
Busca ativa
limitada por
tempo
09/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271847/ 7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
10/04/2014
6ª de Operação
Seca
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
1
3
zoofonia
09/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
2
1
zoofonia
10/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
5
8
zoofonia
09/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura ativa
6
1
zoofonia
10/04/2014
6ª de Operação
Seca
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Espécie
101
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Coletado
Marcação
Depósito em
Coleção
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura ativa
4
15
zoofonia
10/04/2014
6ª de Operação
Seca
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
1
1
zoofonia
09/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
2
4
zoofonia
08/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271763/ 7781639
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
6
3
zoofonia
10/04/2014
6ª de Operação
Seca
0273792/ 7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
1
2
zoofonia
09/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271803/ 7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
4
26
zoofonia
10/04/2014
6ª de Operação
Seca
0273635/ 7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura ativa
5
5
zoofonia
09/04/2014
6ª de Operação
Seca
0271759/ 7784701
Não
Não
Não
Pitfall03
1
Armadilha de
queda
11/04/2014
6ª de Operação
Seca
0274162/ 7781689
Não
Não
Sim
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
5
4
zoofonia
21/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271759/ 7784701
Não
Não
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Procura ativa
5
1
Busca ativa
limitada por
tempo
21/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271759/ 7784701
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura ativa
5
3
zoofonia
21/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271759/ 7784701
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
5
7
zoofonia
21/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271759/ 7784701
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura ativa
3
3
Busca ativa
limitada por
tempo
21/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271847/ 7784303
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura ativa
3
4
zoofonia
21/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271847/ 7784303
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
1
2
zoofonia
22/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271803/ 7784476
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
1
3
zoofonia
22/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271803/ 7784476
Não
Não
Espécie
Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935)
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
102
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
(UTM – 22K)
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura ativa
1
4
zoofonia
22/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271803/ 7784476
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
4
5
zoofonia
23/07/2014
7ª de Operação
Seca
0273635/ 7783997
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
4
3
zoofonia
23/07/2014
7ª de Operação
Seca
0273635/ 7783997
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura ativa
6
2
zoofonia
24/07/2014
7ª de Operação
Seca
0273792/ 7781898
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura ativa
6
4
zoofonia
24/07/2014
7ª de Operação
Seca
0273792/ 7781898
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura ativa
2
3
zoofonia
24/07/2014
7ª de Operação
Seca
0271763/ 7781639
Pitfall03
1
Armadilha de
queda
24/07/2014
7ª de Operação
Seca
0274162/ 7781689
Espécie
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Coletado
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Marcação
Depósito em
Coleção
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
103
Quadro 02 - Dados brutos das espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas nas áreas de influência da UHE São Domingos, município de
Água Clara, MS, durante as sete campanhas da fase de pós-enchimento.
Ponto
Data
Longitude Latitude
Ordem
Família
Espécie
Método
1
20/2/13
7781037
267786
CARNIVORA
Felidae
Leopardus pardalis
pegada
1
20/2/13
7781037
267786
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
1
20/2/13
7781037
267786
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
pegada, visual, fezes
2
22/2/13
7783942
273643
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
2
22/2/13
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu pecari
pegada
3
23/2/13
7781640
274109
CINGULATA
Dasypodidae
Euphractus sexcinctus
pegada, toca
3
23/2/13
7781640
274109
CARNIVORA
Felidae
Leopardus tigrinus
pegada
3
23/2/13
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
3
23/2/13
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus
pegada
3
23/2/13
7781640
274109
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
3
23/2/13
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
3
23/2/13
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama americana
pegada
3
23/2/13
7781640
274109
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual
1
8/5/13
7781037
267786
CINGULATA
Dasypodidae
Euphractus sexcinctus
toca, visual
3
6/5/13
7781640
274109
CARNIVORA
Procyonidae
Procyon cancrivorus
pegada
3
6/5/13
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
3
7/5/13
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
3
7/5/13
7781640
274109
CINGULATA
Dasypodidae
Euphractus sexcinctus
pegada, toca, carcaça
3
7/5/13
7781640
274109
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
3
8/5/13
7781640
274109
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual
3
8/5/13
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus
pegada
2
6/5/13
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
104
Ponto
Data
Longitude Latitude
Ordem
Família
Espécie
Método
2
8/5/13
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
2
9/5/13
7783942
273643
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
2
9/5/13
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
2
9/5/13
7783942
273643
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
pegada, visual, fezes
2
9/5/13
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus
pegada
1
22/7/13
7781037
267786
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
1
22/7/13
7781037
267786
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
2
23/7/13
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
2
23/7/13
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
2
23/7/13
7783942
273643
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
2
23/7/13
7783942
273643
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
pegada, visual, fezes, armadilha fotográfica
2
24/7/13
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual, armadilha fotográfica
2
24/7/13
7783942
273643
CARNIVORA
Procyonidae
Nasua nasua
pegada
2
25/7/13
7783942
273643
CARNIVORA
Procyonidae
Procyon cancrivorus
pegada
3
25/7/13
7781640
274109
CARNIVORA
Procyonidae
Procyon cancrivorus
pegada
3
25/7/13
7781640
274109
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
3
25/7/13
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
3
26/7/13
7781640
274109
CARNIVORA
Procyonidae
Nasua nasua
pegada
3
26/7/13
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
4
26/7/13
7796529
267022
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
4
26/7/13
7796529
267022
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
4
26/7/13
7796529
267022
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
4
26/7/13
7796529
267022
CARNIVORA
Mustelidae
Lontra longicaudis
visual
1
15/10/13
7781037
267786
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
105
Ponto
Data
Longitude Latitude
Ordem
Família
Espécie
Método
1
15/10/13
7781037
267786
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
1
15/10/13
7781037
267786
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
2
16/10/13
7783942
273643
CARNIVORA
Procyonidae
Nasua nasua
pegada
2
16/10/13
7783942
273643
CINGULATA
Dasypodidae
Priodontes maximus
armadilha fotográfica
2
16/10/13
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
2
16/10/13
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
2
16/10/13
7783942
273643
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
pegada, visual, fezes
2
16/10/13
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
2
16/10/13
7783942
273643
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
3
17/10/13
7781640
274109
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual
3
17/10/13
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
3
17/10/13
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus
pegada, visual
3
17/10/13
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama americana
pegada
3
17/10/13
7781640
274109
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
4
18/10/13
7796529
267022
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual
4
18/10/13
7796529
267022
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
4
18/10/13
7796529
267022
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
1
21/1/14
7781037
267786
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
1
21/1/14
7781037
267786
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
1
21/1/14
7781037
267786
PILOSA
Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla
pegada
1
21/1/14
7781037
267786
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
2
22/1/14
7783942
273643
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
2
22/1/14
7783942
273643
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual, armadilha fotográfica
2
22/1/14
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
106
Ponto
Data
Longitude Latitude
Ordem
Família
Espécie
Método
2
22/1/14
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus
pegada
2
22/1/14
7783942
273643
CARNIVORA
Felidae
Leopardus pardalis
pegada
2
22/1/14
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
2
22/1/14
7783942
273643
CARNIVORA
Procyonidae
Procyon cancrivorus
pegada
3
23/1/14
7781640
274109
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
3
23/1/14
7781640
274109
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
pegada, visual, fezes
3
23/1/14
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
3
23/1/14
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
3
23/1/14
7781640
274109
CARNIVORA
Procyonidae
Procyon cancrivorus
pegada
3
23/1/14
7781640
274109
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual, armadilha fotográfica
4
24/1/14
7796529
267022
CARNIVORA
Mustelidae
Eira barbara
visual
4
24/1/14
7796529
267022
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus
pegada
1
8/4/2014
7781037
267786
PILOSA
Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla
pegada
1
8/4/2014
7781037
267786
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
1
8/4/2014
7781037
267786
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
1
8/4/2014
7781037
267786
CARNIVORA
Felidae
Puma concolor
pegada
2
9/4/2014
7783942
273643
PILOSA
Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla
pegada
2
9/4/2014
7783942
273643
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual, armadilha fotográfica
2
9/4/2014
7783942
273643
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
2
9/4/2014
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
2
9/4/2014
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
3
10/4/2014
7781640
274109
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
3
10/4/2014
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus
pegada
3
10/4/2014
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
107
Ponto
Data
Longitude Latitude
Ordem
Família
Espécie
Método
3
10/4/2014
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
3
10/4/2014
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Lycalopex vetulus
pegada
3
10/4/2014
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
4
11/4/2014
7796529
267022
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
4
11/4/2014
7796529
267022
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
1
22/7/2014
7781037
267786
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
1
22/7/2014
7781037
267786
CINGULATA
Dasypodidae
Euphractus sexcinctus
pegada, toca
1
22/7/2014
7781037
267786
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
1
22/7/2014
7781037
267786
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual
2
23/7/2014
7783942
273643
CARNIVORA
Felidae
Puma concolor
pegada
2
23/7/2014
7783942
273643
RODENTIA
Caviidae
Dasyprocta azarae
pegada, visual
2
23/7/2014
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
2
23/7/2014
7783942
273643
CINGULATA
Dasypodidae
Euphractus sexcinctus
pegada, toca
2
23/7/2014
7783942
273643
CARNIVORA
Procyonidae
Procyon cancrivorus
pegada
2
23/7/2014
7783942
273643
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
2
23/7/2014
7783942
273643
PILOSA
Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla
pegada
3
24/7/2014
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Lycalopex vetulus
pegada
3
24/7/2014
7781640
274109
PILOSA
Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla
pegada
3
24/7/2014
7781640
274109
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
pegada, visual
3
24/7/2014
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus
pegada
3
24/7/2014
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Tayassuidae
Tayassu tajacu
pegada
3
24/7/2014
7781640
274109
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
pegada
3
24/7/2014
7781640
274109
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
3
24/7/2014
7781640
274109
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
108
Ponto
Data
Longitude Latitude
Ordem
Família
Espécie
Método
3
24/7/2014
7781640
274109
CINGULATA
Dasypodidae
Priodontes maximus
visual
4
25/7/2014
7796529
267022
CINGULATA
Dasypodidae
Euphractus sexcinctus
pegada, toca
4
25/7/2014
7796529
267022
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
4
25/7/2014
7796529
267022
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
pegada, visual
4
25/7/2014
7796529
267022
CARNIVORA
Mustelidae
Eira barbara
visual
4
25/7/2014
7796529
267022
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
4
25/7/2014
7796529
267022
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
pegada, visual
Quadro 03 - Dados brutos das espécies de pequenos mamíferos não voadores registradas nas áreas de influência da UHE São Domingos, município de
Água Clara, MS, durante as sete campanhas da fase de pós-enchimento.
Campanha
Data
Ponto
Espécie
Marcação
Sexo
Peso
(g)
Cauda
(mm)
1 (L.O.)
25/02/2013
2
Gracilinanus agilis
001
M
16
119
Comp. do
corpo
(mm)
92
Orelha
(mm)
Pé
(mm)
Faixa
Etária
18
13
Jovem
Condição
reproduti
va
Jovem
2 (L.O.)
09/05/2013
1
Gracilinanus agilis
002
M
13
117
90
18
12
Jovem
Jovem
3 (L.O.)
24/07/2013
1
Gracilinanus agilis
9
M
20
120
95
19
14
Adulto
3 (L.O.)
26/07/2013
2
Gracilinanus agilis
10
M
22
3 (L.O.)
26/07/2013
3
Micoureus constantiae
11
M
70
120
94
19
14
186
140
22
15
4 (L.O.)
18/10/2013
1
Olygoryzomys fornesi
12
F
17
117
90
18
14
Recaptura
Coletado
não
não
não
não
ativo
não
não
Adulto
ativo
não
não
Adulto
ativo
não
não
Adulto
_
não
não
109
ANEXO III
Cópia da Licença de Coleta Captura e Transporte de Animais
Silvestres
110
111
112
113
ANEXO IV
Cópia da Carta de Aceite de Depósito de Material Biológico
114
115
ANEXO V
Anotações de Responsabilidade Técnica
116

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