Mediunidade - GENC - Grupo Espírita "Nosso Cantinho"
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Mediunidade - GENC - Grupo Espírita "Nosso Cantinho"
GRUPO ESPÍRITA NOSSO CANTINHO CURSO SOBRE MEDIUNIDADE BASEADO NO COEM Centro Espírita Luz Eterna – Curitiba - PR Slides preparados por Genivaldo Gasparini e Eduardo T. Costa PAULÍNIA, SP – 2012 ALLAN KARDEC NASCIDO A 03 DE OUTUBRO DE 1804 A ELE NOSSA PRECE E PREITO DE GRATIDÃO LIVRO DOS ESPÍRITOS Lançado por Allan Kardec em 18 de abril de 1857 155 ANOS DE LUZ PARA A HUMANIDADE GRUPO ESPÍRITA “NOSSO CANTINHO” MEDIUNIDADE Classificação segundo os efeitos Classificação geral Diferentes tipos PAULÍNIA, SP – 2012 Mediunidade • Mediunidade é faculdade do médium e depende de suas aptidões • Médium é todo aquele que sente em maior ou menor grau a influência dos espíritos ou percebe a realidade espiritual, e pode agir em consonância com o espírito desencarnado Mediunidade • Sempre existiu na história da humanidade • O Espiritismo surgiu a partir da observação de inúmeros fenômenos mediúnicos que surgiram com maior intensidade no século XIX e que a teoria espírita explicou, deixando claro a anterioriade do fenômeno mediúnico à Doutrina Espírita o Espiritismo não inventou a mediunidade nem é dono dela! Mediunidade • Os Espíritos Superiores, cumprindo determinação dos Espíritos Celestes, fizeram aparecer na Terra, simultaneamente em todos os continentes, o fenômeno mediúnico principalmente aqueles que impressionavam nossos sentidos os chamados “raps” (pancadas), transporte e movimento de objetos (mesinhas, por exemplo). Necessidade de chamar a atenção para a realidade do mundo espiritual e sua influência sobre o mundo material. Mediunidade • Kardec estudou os fenômenos a partir da informação de pessoa que ele considerava séria e que disse que as mesas “falavam” ou “escreviam”. Sua observação foi intensa, sua perspicácia, perseverança, dedicação total ao esclarecimento dos fenômenos, obediência aos Espíritos Superiores, congregados sob a Falange do Espírito da Verdade, nos brindou com um legado impressionante sobre as relações entre os mundos espiritual e material. Além de explicar os fenômenos, deixou sempre a porta aberta para novos entendimentos. Foi extremamente didático, buscando classificar os fenômenos para permitir melhor compreensão de como se dá esta relação!!! Mediunidade – classificação segundo seus efeitos • Efeitos Físicos (ou objetivos) • Efeitos Intelectuais (ou subjetivos) • Físicos (materiais ou objetivos) – – – – – – – – – materialização transfiguração levitação transporte bilocação ou bicorporeidade voz direta escrita direta tiptologia (mesas “falantes”) sematologia (movimentos de objetos sem contacto físico traduzindo uma vontade e/ou um sentimento) Mediunidade – classificação segundo seus efeitos • Efeitos Físicos (ou objetivos) • Efeitos Intelectuais (ou subjetivos) • Intelectuais (subjetivos) – – – – – – – intuição vidência audiência desdobramento (viagem astral) psicometria psicografia psicofonia (“incorporação mediúnica” – não ocorre desta maneira mas sim combinação fluídica entre médium e espírito comunicante) Mediunidade de efeitos físicos • Físicos (materiais ou objetivos) – – – – – – – – – materialização transfiguração levitação transporte bilocação ou bicorporeidade voz direta escrita direta tiptologia (mesas “falantes”) sematologia (movimentos de objetos sem contacto físico traduzindo uma vontade e/ou um sentimento Estas manifestações mediúnicas foram muito comuns nos primeiros tempos do Espiritismo. Ainda ocorrem em alguns centros. A mediunidade de cura em que o médium corta “sem anestesia” o paciente é exemplo atual. Mediunidade de efeitos físicos • Físicos (materiais ou objetivos) As manifestações mediúnicas de materialização, transporte etc ainda nas décadas de 1940 e 1960 eram praticadas (o Chico Xavier participou de várias sessões de materialização). Chamam muito a atenção e são susceptíveis à fraude. Muitos médiuns faliram no seu exercício porque eles eram pagos para produzir os fenômenos e se não o produzissem não receberiam. Vivendo disso, erraram muito MAS ISSO NÃO INVALIDA A VERACIDADE DO FENÔMENO. A mediunidade de efeitos físicos é aquela cujos efeitos nos ferem os sentidos materiais (visão, audição, tato) e independem da subjetividade do médium. Os fenômenos são observados por todos os presentes POLTERGEIST Mediunidade de efeitos físicos • Físicos (materiais ou objetivos) Estes fenômenos são geralmente produzidos por Espíritos mais “terra a terra” (não queremos dizer maus). Isso se deve ao fato de que a ação sobre a matéria densa ocorre com espíritos que têm maior “densidade”. Foram utilizados estes Espíritos, sob comando dos Espíritos Superiores, no início do Espiritismo, para atestar a realidade do Mundo Espiritual. Uma vez que esta realidade ficou patente, os próprios Espíritos Superiores indicaram os meios para facilitar o intercâmbio entre os dois mundos psicografia com o lápis na mão do médium, ao invés de usar o lápis amarrado na cesta ou movimentar uma cesta até a letra para formar palavras ou sentenças. Mediunidade de efeitos físicos • Físicos (materiais ou objetivos) Durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, os fenômenos de materialização, transporte, voz direta, etc, foram intensamente estudados por renomados cientistas, produzindo-se material de muita qualidade. Pesquisadores como William Crookes, Ernesto Bozzano, Zollner, entre outros, estudaram os fenômenos com muitos médiums diferentes, e isso em toda a Europa, nos EUA e na Austrália. No Brasil, o conhecimento espírita chegou razoavelmente “cedo” mas nunca tomou a vertente “científica”, embora na segunda metade do século XX este aspecto tenha tido um expoente brasileiro, o Dr. Hernani Guimarães Andrade, referência mundial na área de fenômenos extrasensoriais. Mediunidade – classificação segundo seus efeitos • RETOMANDO ... • Físicos (materiais ou objetivos) – Materialização (pessoas, mãos, objetos, etc) – Transfiguração (médium toma a aparência do Espírito) – Levitação (levantamento de objetos e pessoas, desafiando a lei da gravidade) – Transporte (objetos são trazidos ou retirados do recinto da reunião) – bilocação ou bicorporeidade (Espírito do médium aparece “materializado” em 2 lugares ao mesmo tempo – Barsanulfo) – voz direta (vozes dos espíritos surgem sem usar a garganta do médium e surgem uma “garganta ectoplásmica) – escrita direta (semelhante à voz direta) – tiptologia (mesas “falantes” por meio de códigos previamente acordados entre Espíritos comunicantes e assistentes) – sematologia (movimentos de objetos sem contacto físico traduzindo uma vontade e/ou um sentimento espécie de telecinesia) ECTOPLASMA E MATERIALIZAÇÃO Peixotinho, Chico Xavier e espírito de Irmã Josefa Katie King William Crookes e Katie King Mediunidade – classificação segundo seus efeitos • Efeitos Intelectuais (ou subjetivos) – São os que ocorrem na esfera subjetiva, não ferindo nossos 5 sentidos materiais somente a racionalidade e o intelecto • Intelectuais (subjetivos) – – – – – – – – intuição vidência audiência desdobramento (viagem astral) psicometria psicografia psicofonia O último é o que se chama de“incorporação mediúnica” – o que é errado pois o fenômeno não ocorre desta forma combinação fluídica entre médium e espírito comunicante Mediums – classificação segundo os efeitos produzidos • Kardec – Médiums facultativos ou voluntários – são aqueles que sabem que são médiums e trabalham para poder controlar sua mediunidade (nem sempre conseguem mas buscam fazê-lo entendendo este controle como sendo quando e onde o fenômeno pode ocorrer – Médiums involuntários ou naturais (ele chama de inconscientes embora não seja boa a palavra porque nos traz confusão vamos ver adiante) – são aqueles que não sabem que são médiums mas agem sob a ação dos espíritos (daí Kardec chamá-los de inconscientes) Mediums – classificação segundo os efeitos produzidos • Kardec – Médiums de efeitos físicos – são mais aptos à produção de fenômenos materiais (vide exemplos acima) – Médiums sensitivos ou impressivos – sentem ou pressentem os espíritos – Médiums audientes – ouvem os espíritos (comum) – Médiums falantes – os espíritos falam por seu intermédio (mais comum hoje em dia) – Médiums videntes – vêem os espíritos e o mundo espiritual – Médiums sonambúlicos – médium “passivo” – Médiums curadores – curam pelo toque ou pelo olhar – muito raro este dom mediúnico – Médiums Pneumatógrafos – obtêm escrita direta (muito rara) – Médiums Escreventes ou psicógrafos – recebem mensagens e textos dos espíritos Mediums – classificação segundo os efeitos produzidos • Kardec • Médiums Escreventes ou Psicógrafos – Intuitivos – espírito atua sobre a alma do médium, identificandose com ela e imprimindo-lhe sua vontade e suas idéias. O médium escreve voluntariamente e tem consciência do que escreve, embora não grafe seus pensamentos – Mecânicos (Passivos) – o espírito atua diretamente sobre a mão do médium, impulsionando-a. Neste caso, há inconsciência do médium sobre aquilo que sua mão escreve. (Este fenômeno também ocorre com médiums pictógrafos ou pictoriógrafos) – Semi-mecânicos (semi-intuitivos) – o médium sente que sua mão se movimenta independentemente de sua vontade mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve. Estes médium podem ou não permitir a escrita (volutários) Mediums – classificação segundo os efeitos produzidos • Kardec • Médiums Falantes ou Psicofônicos – Conscientes (intuitivos) – espírito atua sobre a alma do médium, identificando-se com ela e imprimindo-lhe sua vontade e suas idéias. O médium fala voluntariamente e tem consciência do que fala, embora saiba que não são seus pensamentos mas do espírito – Inconscientes (Passivos) – o espírito do médium exterioriza-se “saindo” de seu corpo temporariamente, deixando que o espírito tenha mais liberdade de se manifestar. Pode ocorrer até transfiguração, mudança da voz, etc. O Espírito do médium não fica inoperante, ao contrário, tem mais facilidade para controlar o fenômeno – Semi-conscientes (semi-intuitivos) – o espírito transmite seu pensamento e o médium fala, tomando consciência do que é falado durante a fala do espírito. Pode exercer, EM ESPÍRITO, uma ação cerceante sobre o que o espírito pretende falar, coibindo expressões chulas e ofensivas Mediums – classificação segundo os efeitos produzidos • Kardec • Médiums videntes – são dotados da faculdade de ver os espíritos e o mundo espiritual. Alguns podem ver os espíritos sem ser na reunião mediúnica, vendo-os como se fossem seres como nós, encarnados. Precisam ter tranquilidade para saber a diferença entre as duas realidades, a material e a espiritual. Podem ainda ver somente na reunião mediúnica ou quando vão dar passividade, quando seu perispírito se expande e tem contacto mais direto com o mundo espiritual, descrevendo situações, locais, cenas do presente e do passado Papel dos Médiuns na Comunicação • Livro dos Médiums, Capítulo XIX, itens 223 e seguintes – Papel dos Médiums na Comunicação • Os espíritos se comunicam conosco como nos nos comunicamos. Assim, as expressões, o vocabulário que tivermos, serão utilizados pelos espíritos. Assim, é mais fácil para os Espíritos Superiores passarem mensagens edificantes quando encontram esse “material” disponível no campo mental do médium. • Assim, TODO médium, consciente, inconsciente ou semi-consciente, exerce influência na comunicação. • Necessidade imperiosa do estudo contínuo, modificação baseada nos ensinamentos evangélicos, são bases para o exercício de qualquer mediunidade de modo seguro. MEDIUM – não fazer da mediunidade uma profissão • Kardec, em todos os momentos, embora entendendo que muitos médiums precisavam de tempo e preparação para produzir os fenômenos (principalmente os de efeitos físicos), sempre argumentou sensatamente: a mediunidade deve ser instrumentação de elevação moral e não físico e, portanto, aplicase a ela a recomendação de Jesus a seus discípulos quando enviou-os a pregar, curar e ajudar o povo de sua época: DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBEIS, porque recebeis da Providência Divina. Influência do Médium na Comunicação • No aspecto funcional: O ato mediúnico é, na realidade, uma interpenetração psíquica (J.Herculano Pires – Mediunidade). Portanto o médium sempre influi no fenômeno mediúnico (seja de efeitos físicos ou intelectuais) pelo tipo de seus fluidos (afinidade fluídica) por suas vibrações positivas ou negativas, pela simpatia que tenha ou não para com o comunicante. A influência do médium á maior nas manifestações inteligentes porque intermedeia o pensamento do comunicante (assimilação da corrente mental) e sua expressão no plano terreno. Os espíritos usam a linguagem do pensamento, mas ao se exprimirem por via mediúnica, utilizam idéias e vocabulário do médium. • Livro dos Médiuns Cap. XIX- 223 • 3.Como distinguir se o Espírito que responde é do médium ou se é outro Espírito? -Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. É sobretudo no estado sonambúlico ou de êxtase que o Espírito do médium se manifesta, pois então se acha mais livre. No estado normal é mais difícil. Há respostas, aliás que não lhe podem ser atribuídas. Por isso é que te digo para observar e estudar. Observação:Quando uma pessoa nos fala facilmente distinguimos o que é dela e o de que ela apenas se faz eco. Acontece o mesmo com os médiuns. Quanto à forma de expressão do pensamento: O Espírito poderá exprimir-se em língua que ele mesmo não conheceu em nenhuma de suas existências terrenas, mas que é familiar ao médium, porque o Espírito estará emitindo o pensamento e o médium “traduzindo em um dos idiomas terrestres que conheça. O Espírito também pode fazer que o seu pensamento seja reproduzido em um idioma que lhe é familiar, mas ao médium não (nem de outra reencarnação); a dificuldade, neste caso está em que terá de procurar sons conhecidos pelo médium em outros idiomas e tentar reuni-los formando as palavras no idioma que se quer empregar. A mesma resistência mecânica encontrará o espírito quando quiser escrever por um médium analfabeto, desenhar por um médium que não possua técnica ou aptidão para isso. • Quanto ao conteúdo do pensamento a ser expresso: • Por processo análogo e com igual dificuldade, o Espírito poderá conseguir que o médium pouco desenvolvido, intelectualmente, transmita comunicações de ordem elevada. • Mas, comumente, o médium “interpreta” o pensamento do Espírito. Se não compreender o alcance, o significado desse pensamento, não o poderá fazer com fidelidade. Se compreender o pensamento, mas por falta de simpatia ou outro motivo, não for passivo (isto é, se misturar suas idéias próprias com as do Espírito comunicante), deformará o pensamento comunicado • Observações: Não só o Espírito tem suas aptidões particulares; também o médium possui um “matiz” especial a colorir sua interpretação. • Um único médium, por melhor que seja, não nos fornecerá boas comunicações em todos os gêneros de manifestações e conhecimentos. • O Espírito preferirá o médium que menos obstáculo lhe ofereça às comunicações usuais e de certa extensão, embora possa, na falta de instrumento melhor e ocasionalmente, servir-se daquele que tem à mão. • Cabe ao médium desenvolver-se, intelectualmente e no sentimento, para oferecer faixa extensa de interpretação e forma mais fiel ao pensamento do Espírito. INFLUÊNCIA MORAL DOS MÉDIUNS • • Livro dos Médiuns Capítulo XX item 226: O desenvolvimento da mediunidade se processa na razão do desenvolvimento moral do médium? –Não. A faculdade propriamente dita é orgânica e portanto não depende da moral. Mas já não acontece o mesmo com o seu uso, que pode ser bom ou mau, segundo as qualidades do médium. O aspecto Moral: Depende das qualidades morais do médium a aplicação, o uso que ele faz da sua faculdade mediúnica. E determinará de que natureza serão os Espíritos que virão assisti-lo em seu trabalho mediúnico. Se a empregar para o bem, atrairá bons Espíritos; se a empregar para o mal, atrairá maus Espíritos (lei da sintonia ou afinidade moral). Servir de intermediário a Espíritos inferiores, para ajudar no seu esclarecimento e encaminhamento, é ação meritória e não significa que o médum também seja inferior intelectual ou moralmente, nem que tenha perdido a influência e amparo dos bons Espíritos. O médium espírita sabe que deve usar a faculdade que possui exclusivamente para o bem, porque o Espiritismo esclarece que a finalidade da mediunidade é dar conhecimento da verdade aos homens e promover a melhoria espiritual do próprio médium. O médium que emprega mal sua faculdade está sujeito facilmente as mistificações, à obsessão, à perda e suspensão da mediunidade e a se constituir em veículo de idéias fantasiosas e prejudiciais. Os bons Espíritos somente se utilizarão de médiuns imperfeitos em situações extremas (quando não dispuserem de um bom médium a seu alcance) e é com relutância que o fazem. Classificação dos Médiuns quanto às qualidades morais • L.M. Cap. XX item 226-9 – Qual seria o medium que poderíamos considerar perfeito? – Perfeito? É pena, mas bem sabes que não há perfeição sobre a Terra. Se não fosse assim, não estarias nela. Digamos antes bom médium, e já é muito, pois são raros. O médium perfeito seria aquele que os maus Espíritos jamais ousassem fazer uma tentativa de enganar. O melhor é o que, simpatizando somente com os bons Espíritos, tem sido enganado menos vezes. • Item 226-11 –Quais as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos Superiores nos chegue sem qualquer alteração? -Desejar o bem e repelir o egoísmo e o orgulho: ambos são necessários. • Médiuns perfeitos não existem na Terra. Mas todo médium espírita deve esforçar-se para ser um bom médium e não um médium imperfeito. • Eis em resumo, as características gerais dos médiuns bons: têm grande facilidade de comunicação, atraem a assistência de bons Espíritos; consideram a faculdade que possuem como instrumento do bem; aplicam os bons ensinos das comunicações a si mesmos e esforçam-se por merecê-las, cultivando as virtudes cristãs (humildade, benevolência, simplicidade, caridade, etc). • Os médiuns imperfeitos têm como características: são orgulhosos e egoístas, confiam cegamente nas comunicações que recebem; julgam ter o privilégio da verdade, consideram infalíveis os Espiritos que os assistem, não aceitam críticas às suas comunicações, afastam-se dos que poderiam abrir-lhes os olhos, são vítimas fáceis do elogio; são viciosos e dados à leviandade; dão irrefletida importância aos grandes nomes. Charlatanismo e Embuste • Charlatães e embusteiros (médiuns ou não) podem simular fenômenos mediúnicos, para explorar a boa fé do público e se autopromoverem. • As manifestações inteligentes também podem ser imitadas, mas os fenômenos que mais se prestam a fraudes são os de efeitos físicos, porque: 1. Impressionam mais à vista do que à inteligência, 2. São mais facilmente imitáveis pela prestidigitação, 3. Atraem as multidões, oferecendo mais “produtividade financeira”. • Convém estar de sobreaviso com os médiuns que, categoricamente, afirmar poder produzir este ou aquele fenômeno, em dias e horas determinados, ou a qualquer momento, porque os bons Espíritos não estão à disposição dos nossos caprichos e nem mesmo os Espíritos mistificadores gostam de ser explorados pelos médiuns. • A melhor garantia de veracidade nas comunicações mediúnicas está na moralidade reconhecida dos médiuns, na perseverança de seu trabalho, anos a fio, sem o estímulo de interesse material ou de satisfação do amor-próprio”. • Coleção Estudos e Cursos -Mediunidade – Therezinha Oliveira Classificação dos Médiuns Segundo as Qualidades Morais • Livro dos Médiuns Cap. XVI 2ª. Parte • Médiuns Imperfeitos: Médiuns obsedados: Os que não podem livrar-se dos Espíritos importunos e mistificadores, mas não se iludem com a natureza das comunicações recebidas. Médiuns Fascinados: Os que são enganados pelos espíritos mistificadores e se iludem com a natureza das comunicações recebidas. Médiuns Subjugados: Os que são dominados moralmente e muitas vezes fisicamente pelos Espíritos maus. Médiuns Levianos: Os que não levam a sério a sua faculdade, servindo-se dela apenas como divertimento ou para finalidades fúteis. Médiuns Indiferentes: Os que não tiram nenhum proveito moral das instruções recebidas, e não modificam em nada sua conduta e seus hábitos. Médiuns Presunçosos: Os que têm a pretensão de estar em relação somente com os Espíritos Superiores. Julgam-se infalíveis e consideram inferior e errôneo o que não vem por seu intermédio. Médiuns Orgulhosos: Os que se envaidecem com as comunicações recebidas. Acham que nada mais têm a aprender no Espiritismo, não tomando para eles as lições que, frequentemente, recebem dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem, querem obter todas. Médiuns Susceptíveis: Variedade de médiuns orgulhosos que se aborrecem com as críticas às suas comunicações. Chocam-se com a menor observação. Quando mostram o que receberam, é para causar admiração e não provocar opiniões. Geralmente, tomam aversão pelas pessoas que não os aplaudem sem reservas, afastando-se das reuniões em que não podem impor-se e dominar. “Deixa-os ir pavonear onde quiserem e procurar ouvidos mais complacentes, ou que se isolem. As reuniões de que se afastaram nada perderam”. (Erasto). Médiuns Mercenários: Os que exploram as suas faculdades. Médiuns Ambiciosos: Os que, sem vender suas faculdades, esperam obter com elas outras vantagens. Médiuns de Má Fé: Os que, tendo faculdades reais, simulam as que não têm para se dar importância. Não se pode dar o título de médium às pessoas que, não tendo nenhuma faculdade mediúnica, só produzem fenômenos falsos, pela charlatanice. Médiuns Egoístas: Os que se servem de suas faculdades para uso pessoal e guardam para si mesmos as comunicações recebidas. Médiuns Ciumentos: Os que encaram com despeito os médiuns mais considerados que eles e que lhes são superiores. Todas essas más qualidades têm, necessariamente, a sua contrapartida no bem. Bons Médiuns Médiuns Sérios: Os que só utilizam suas faculdades para o bem e para finalidades realmente úteis. Julgam profaná-las, pondo-as a serviço dos curiosos e dos indiferentes ou das futilidades. Médiuns Modestos: Os que não se atribuem nenhum mérito pelas comunicações recebidas, por melhores que sejam. Consideram-nas como alheias e não se julgam livres de mistificações. Longe de fugirem às advertências imparciais, eles as solicitam. Bons Médiuns Médiuns Devotados: Os que compreendem que o verdadeiro médium tem uma missão a cumprir e deve, quando necessário, sacrificar os seus gostos, seus hábitos, seus prazeres, seu tempo e até mesmo os seus interesses materiais em favor dos outros. Médiuns Seguros: Os que, além da facilidade de recepção, merecem a maior confiança em virtude de seu caráter, da natureza elevada dos espíritos que os assistem, sendo, portanto, menos expostos a enganos. Veremos mais tarde que essa segurança nada tem a ver com os nomes mais ou menos respeitáveis usados pelos Espíritos. “É incontestável e bem o percebeis que, expondo assim as qualidades e os defeitos dos Médiuns, se provocará a contrariedade e até mesmo a animosidade de alguns. Mas, que importa? A mediunidade se expande cada vez mais, e o médium que levar a mal essas reflexões a mal provará apenas que não é um bom médium, quer dizer, que é assistido por espíritos maus. De resto, como já disse, tudo isso passará logo e os maus médiuns, que abusam ou empregam mal as suas faculdades, sofrerão tristes consequências como já aconteceu para alguns. Eles aprenderão à própria custa o que devem pagar ao reverterem em proveito de suas paixões terrenas um dom que Deus lhes concedeu para seu progresso moral. Se não podeis reconduzi-los ao bom caminho, lamentaios, pois vos posso dizer que Deus os reprova”. (Erasto) “Esse quadro é de grande importância, não só para os médiuns sinceros que procuram de boafé, ao lê-lo, preservar-se dos escolhos a que estão expostos, mas também para todos os que se servem dos médiuns, pois lhes dará a medida do que podem racionalmente esperar. Deveria estar constantemente sob os olhos dos que se ocupam de manifestações, assim como a escala espírita de que é complemento. Esses dois quadros resumem todos os princípios da Doutrina e contribuirão, mais do que pensais, para repor o Espiritismo no seu verdadeiro caminho”. (Sócrates). Livro dos Médiuns – Cap. XVI item 197 INFLUÊNCIA DO MEIO NO FENÔMENO MEDIÚNICO • Livro do Médiuns Cap. XXI 231-1- O Meio em que o médium se encontra exerce alguma influência sobre as manifestações? Todos os Espíritos que cercam o médium o ajudam para o bem ou para o mal. INFLUÊNCIA DO MEIO NO FENÔMENO MEDIÚNICO Influência que exerce: Determinam o fenômeno mediúnico não apenas o Espírito comunicante e o seu intermediário (o médium) como, também, o meio em que se dá a manifestação. Compreende-se que assim seja, pois que os presentes à reunião mediúnica não estão inertes, mas agem, emitem pensamentos, atraem Espíritos afins, irradiam forças, sentem simpatia ou antipatia. INFLUÊNCIA DO MEIO NO FENÔMENO MEDIÚNICO Influência que exercem a homogeneidade e intensidade: Para que o fenômeno mediúnico se dê em condições favoráveis, é preciso que médium e assistentes formem um grupo harmônico e cheguem a uma vibração e pensamento o mais uníssonos que puderem. Quanto mais homogêneo for o todo da reunião, mais intensidade terá o fenômeno mediúnico. INFLUÊNCIA DO MEIO NO FENÔMENO MEDIÚNICO Quando o Meio não Favorece: Há o que chamamos de interferência contrária: Quando médium e assistentes não atingem a homogeneidade necessária, os pensamentos emitidos e as forças exteriorizadas se embaraçam, e às vezes, se anulam reciprocamente. No meio dessas correntes contrárias, o médium (apesar de oferecer possibilidades para o intercâmbio e estar em boas condições), experimenta uma opressão, um mal estar indefinível, chegando a sentir-se, em certos casos, como que paralisado e sucumbido. INFLUÊNCIA DO MEIO NO FENÔMENO MEDIÚNICO Qual a saída? Torna-se necessária uma poderosa intervenção do plano espiritual superior para que o mínimo fenômeno tenha lugar. E o fenômeno pode até não se dar, por absoluta falta de ambientação adequada e segura para que a realização da delicada tarefa do intercâmbio mediúnico seja sem riscos para a integridade física e psíquica do médium. QUALIDADE DAS MANIFESTAÇÕES Se o conjunto dos presentes for vicioso, indisciplinado, discordante, mal intencionado, não se obterão comunicações boas, a não ser eventualmente (ainda que o médium ofereça possibilidades), porque, de modo normal, os bons Espíritos não lançam sementes boas em cima de pedras, e abandonam o campo aos Espíritos inferiores, afins com o grupo. Mas, se essas mesmas pessoas fizerem um esforço pela melhoria do seu padrão vibratório, o mesmo médium poderá servir aos Espíritos de Boa Vontade, que virão em resposta à condição melhor, agora oferecida. CONCLUSÃO Uma reunião de público comum, heterogêneo, despreparado, onde se misturam elementos curiosos, descrentes, antagônicos, viciosos, etc., dificilmente oferecerá meio favorável ao bom intercâmbio mediúnico. Mas um grupo mediúnico doutrinariamente esclarecido e conscientizado, buscando objetivos nobres e trabalhando com perseverança, proporcionará o ambiente mental e fluídico favorável, em que os bons Espíritos poderão atuar com eficiência em benefício geral. KARDEC RECOMENDA Recomendações básicas de Allan Kardec, para que se ofereça ambiente favorável na reunião mediúnica: 1. Perfeita comunhão de idéias e sentimentos, benevolência recíproca entre todos os membros 2. Renúncia a todo sentimento contrário à caridade 3. Desejo unânime de se instruir e de melhorar, por meio dos ensinamentos dos bons Espíritos, com aproveitamento de seus conselhos 4. Concentração e silêncio respeitoso durante as conversações com os Espíritos PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE • No Livro dos Médiums, item 220, Kardec trata da possível perda ou suspensão da mediunidade. • Os Espíritos Superiores o instruem quanto a este tema, lembrando que essa perda ou suspensão é geralmente temporária e que cessa com a causa que a produziu. PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE • Kardec pergunta se isso ocorre pelo esgotamento do fluido do médium e os Espíritos respondem que nada se pode fazer sem o concurso dos Espíritos. Se o fenômeno não ocorre, nem sempre é problema do médium mas porque os Espíritos não querem que ele ocorra. • Kardec pergunta: por que os Espíritos abandonam o médium? PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE • Os Espíritos respondem que, para os Bons Espíritos, o que mais determina a continuidade ou perda ou suspensão da mediunidade é o USO QUE O MÉDIUM FAZ DELA. Podem abandoná-lo se ele a usa em futilidades ou quando se torna ambicioso e quando se recusa a transmitir as suas palavras e recomendações. Esse dom de Deus é concedido ao médium para ´seu progresso e dos demais. PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE • Se o médium perseverar e ter confiança em seu Guia Espiritual que se afastou para mostrar-lhe que a sua mediunidade depende dos espíritos, ele aprenderá a lição e sua mediunidade voltará. Caso contrário, poderá ter problemas com outros espíritos que queiram dominá-lo, usando para isso da própria ambição ou vaidade do médium. • Se for para o bem do médium, seu Guia Espiritual não o deixará nas mãos deste espíritos. PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE • Kardec fala sobre médiums que são bons e não querem a suspensão de sua mediunidade e os Espíritos dizem que ele estará sendo testado na paciência e perseverança. Outras vezes é para dar tempo ao médium para ele meditar nos ensinamentos recebidos. A prece a resignação são os meios para abreviar estes períodos. O médium estaria na situação de uma pessoa que perderia a vista e que seus amigos estão próximos, não o abandonando e dando-lhe força para prosseguir. PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE • Kardec observa que, se um médium está com a mediunidade suspensa, não adianta ele buscar outros médiums, mas deve na verdade resignar-se e modificar seus pensamentos, praticando o bem, refletindo sobre os ensinamentos dos bons espíritos e aos poucos tudo volta ao normal se for para seu bem. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • A mediunidade, quanto ao seu uso, é uma faculdade como outra qualquer. Como a visão, a audição ou a linguagem escrita ou falada, não é boa nem má; seu possuidor é que lhe dá as características boas ou más conforme o seu desejo. • Portanto, é importante bem utilizá-la para um melhor desempenho, aumentado as possibilidades de crescimento espiritual. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • É uma faculdade que depende tanto do estado físico como do estado moral de seu possuidor. • No Livro dos Médiums (item 221) há a seguinte recomendação: “Há casos em que é prudente, necessário mesmo, a abstenção, ou pelo menos, o exercício moderado, tudo dependendo do estado físico e moral do médium.” RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • Kardec pergunta aos Espíritos se o o exercício da mediunidade pode causar fadiga. Os Espíritos respondem que qualquer atividade pode ocasionar fadiga e o mesmo ocorre com a mediunidade, pois o médium dispende fluidos que serão reparados com o sono e o repouso. Isso é mais pronunciado na mediunidade de efeitos físicos. Mas sabemos que isso vale para todos os tipos de mediunidade. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • Os espíritos recomendam prudência e às vezes abstenção do exercício mediúnico dependendo das condições do médium (física, mental e moral) • A mediunidade pode provocar a loucura? A resposta dos Espíritos é que não produziria mais que qualquer outra coisa, quando a fraqueza do cérebro não oferecer predisposição para isso. A mediunidade não produzirá a loucura se esta já não estiver em germe no indivíduo. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • Os Espíritos NÃO recomendam o desenvolvimento da mediunidade em crianças por que estas têm o organismo frágil e delicado que seria muito abalado e sua imaginação infantil ficaria super-excitada, sendo muito perigoso para a cirança. A criança que tem a mediunidade espontânea geralmente não se impressiona com isso, diferentemente da mediunidade provocada. Quando for adulta, a mediunidade se desenvolverá naturalmente e ela entenderá o fenômeno e aprenderá com ele. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • Dentre os escolhos da mediunidade o principal perigo é a obsessão. • A mediunidade bem orientada levará ao equilíbrio, trabalho produtivo, satisfação interior, saúde física e mental. • A mediunidade mal orientada propiciará as mais diversas formas de obsessão, desequilíbrio constante, perturbação mental e até doenças físicas. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • Dentre os desequilíbrios provenientes da má orientação da mediunidade temos: 1. Fraudes – que significa burla, logro, mentira. Pressupõe uma atitude deliberada com a finalidade de fazer parecer verdadeira uma coisa falsa. 2. Mistificações – que são as falsidades com o intuito de enganar, burlar, abusar da credulidade de outrem. No caso da mediunidade o médium cria o próprio fenômeno, podendo ou não ser dirigido ou assessorado por espíritos brincalhões, zombeteiros ou obsessores. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • Abusos do exercício da mediunidade: a mediunidade é toda pautada em regras para o seu uso correto, que são muito bem explicadas em “O Livro dos Médiuns”. O uso desordenado dessa faculdade, por não seguir as orientações corretas, o aproveitamento para o próprio benefício, seja por ganhos imediatos ou para exalçar o culto da personalidade do médium, se constitui em abuso da mediunidade. O médium deve ser por si só disciplinado e modesto, estudioso e esforçado, cumpridor dos seus deveres perante a tarefa que abraça para o bom desempenho da sua faculdade. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE Mecanismo da obsessão • Sempre, o domínio que os maus espíritos assumem sobre uma pessoa, provém de uma fraqueza moral, que lhes permitem ascendência sobre ela. • Há um envolvimento físico, em que o obsessor emite seus fluidos em torno do alvo de sua atenção, como se o enrolasse em uma teia, uma rede, ao mesmo tempo em que pode haver uma ascendência moral que o dominará. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE • Obsessão simples - em que há somente um incômodo energético. Há, nesses casos, que mostrar ao espírito que não está sendo enganado e manter a paciência. • Fascinação – depois do envolvimento fluídico há um domínio da inteligência, de tal modo que o médium aceita passivamente as idéias do espírito e as julga verdadeiras e maravilhosas, por mais absurdas e ridículas que sejam. • Subjugação – é o domínio da vontade do médium, ficando este à disposição dos espíritos, seja corporal como moralmente, para praticar toda sorte de disparates. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE Como evitar processos obsessivos • Em qualquer eventualidade, somente o reforço moral pode livrar o médium do assédio e da submissão aos maus espíritos. • Deverá o médium buscar a elevação moral e o preparo para o exercício da mediunidade com toda sua força e decisão. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE LEON DENIS – precisará de: • Vontade firme para desempenhar a tarefa. • Fé elevada, colocando-se em sintonia com seus espíritos protetores. • Desejo de ser útil, colaborando para amenizar agruras e dificuldades do próximo. • Procurar nos estudos meios do aperfeiçoamento espiritual constante. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE Tratamento dos processos obsessivos • Quando se depara com um caso de obsessão instalado, duas ações são indispensáveis para desfazer o processo: RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE 1. Uma ação mecânica – que consiste em livrar o obsidiado dos fluidos perniciosos com que o obsessor o envolveu. Afirma Allan Kardec, em Obras Póstumas, que somente colocando-se um fluido bom é que se retira um mau fluido. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE 2. Uma ação inteligente – ação dirigida tanto para o obsessor, através de orientações morais habilmente ministradas em trabalhos de desobsessão, para que nele reponte o arrependimento e o desejo de mudança, bem como perdoe aquele que anteriormente lhe fez mal; mas também dirigida ao obsidiado e sua família, que deverão aproveitar a oportunidade para a transformação de suas vidas, buscando interesses que os elevem moralmente, a se escudarem na oração e na prática do bem, pautando seus atos dentro da moral cristã, resignando-se a sofrerem a atuação indesejável, até que todo o processo seja resolvido. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE É preciso entender que: Obsessão é sintonia e é preciso ter consciência de que há a necessidade de reajuste moral com aquele que hoje está na condição de perseguidor. O TRANSE MEDIÚNICO E AS TÉCNICAS DE RELAXAMENTO • “A dinâmica mediúnica revela um estado alterado de consciência, portanto um autêntico estado de transe.” (Jorge Andrea) • Nos estudos da hipnose o transe é um estado “alterado” da consciência; ou um “estado natural da consciência diferente do estado de vigília”. Neste estado “a pessoa experiencia um estado diferente de consciência, com a mente consciente focada e parcialmente alerta; enquanto isso, sua mente inconsciente experimenta formas variadas de manifestar as riquezas do inconsciente”. • Durante o dia experimentamos vários estados de consciência: o estado de vigília – quando estamos plenamente conscientes dos conteúdos que ocorrem em pensamentos e ações; o estado de sono – quando dormimos; o de devaneio – quando começamos a dormir. • A consciência pode se ampliar e permitir que o indivíduo vivencie estados que por serem incomuns são chamados “alterados”. O melhor seria dizer estados ampliados de consciência. • Kenneth Ring modela a consciência como um cone formado por círculos concêntricos justapostos. O menor seria o estado de vigília. A base do cone seria o do êxtase ou transe espiritual. Vigília – percebemos com nossos 5 sentidos Êxtase – base do cone – possibilidade de encontro com espíritos • Num dos estados ampliados de consciência ele situa a possibilidade do “encontro com entidades espirituais e guias”. Estado que nós chamamos de transe mediúnico, onde ocorre o fenômeno da mediunidade. • Para que possamos realizar a ampliação da consciência a este nível temos que seguir os mesmos passos preconizados por alguns hipnólogos para um transe. Relaxamento • Em primeiro lugar é preciso fazer a atenção voltar-se para dentro de si mesmo, realizando o que chamamos de silêncio interior. • É muito difícil silenciar a mente inquieta. Mil pensamentos povoam a nossa mente, resultado de todos os estímulos que nos cercam, tanto internos quanto externos. Relaxamento • Inicialmente podemos ir lentamente voltando a nossa atenção para as sensações do próprio corpo, percebendo como ele está, seus pontos de tensão, ampliando silenciosamente a respiração para que ela vá progressivamente proporcionando um relaxamento físico e posteriormente um relaxamento psíquico. Relaxamento • Para algumas pessoas é muito difícil relaxar. Deve-se ir relaxando parte por parte do corpo, onde vamos lentamente nos conscientizando de cada parte do corpo e em seguida relaxando. Começando pelos pés, tornozelos, pernas, coxas, e assim sucessivamente até atingir o rosto e finalmente os “olhos que relaxam e a mente fica vazia”, preparando desta forma a mente para o passo seguinte que é a abstração do pensamento. Relaxamento • Esta técnica permite que o relaxamento seja feito de forma progressiva e consciente e, cada vez mais a atenção vai sendo retirada do exterior, dos barulhos que possam acontecer em torno, das preocupações do dia, passando esta atenção para o próprio corpo, para a sensação de relaxamento e para a tranqüilidade mental, preparando para o transe propriamente dito, ainda não mediúnico. Relaxamento • Quando já se está habituado a relaxar não será necessário fazer todo o processo lentamente. Enquanto isso não acontece é bom relaxar regularmente para se habituar a um estado de não tensão. • São importantes indutores de relaxamento a música suave e as imagens mentais que sugerem calma e tranquilidade. Relaxamento • Quando relaxamos, quando soltamos a musculatura, vamos permitindo que haja um afrouxamento dos laços que prendem o espírito ao corpo. Este afrouxamento possibilita também a ampliação da consciência, abrindo o caminho para o transe mediúnico. • É muito importante ir dominando cada fase do processo em que ocorre o fenômeno mediúnico, lenta e gradualmente, para que cada passo seja dado com segurança e tranquilidade. Relaxamento • Recomendação de André Luiz: “Médiuns somos todos nós nas linhas de atividade em que nos situamos”, mas “a mediunidade não basta por si só”, também é necessário que “elevemos o nosso padrão de conhecimento pelo estudo bem conduzido e apuremos a qualidade de nossa emoção pelo exercício constante das virtudes superiores...” .