Polinizacao
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03-05-2010 Biologia da Polinização: To bee or not to bee? Sílvia Castro CFE e Departamento das Ciências da Vida, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra, PO Box 3046, 3001-401 Coimbra, Portugal Grupo de Ecologia e Evolução da Plantas, http://www.uc.pt/fctuc/ID/plantecolevol Biologia I (II) Universidade de Coimbra, 03 Maio 2010 BIOLOGIA DA POLINIZAÇÃO Introdução Vectores de polinização Origem da co-evolução entre Angiospérmicas e polinizadores Co-evolução: especialização e especiação Como atrair os vectores de polinização? Como evitar a autopolinização? Síndromas de polinização 1 03-05-2010 INTRODUÇÃO As plantas e os seus objectivos de vida Polinização Objectivo principal: Transmissão dos genes à descendência INTRODUÇÃO O que é a polinização? Polinização é o processo de transferência de pólen desde as anteras até ao estigma (da mesma flor – auto-polinização – ou de uma flor de uma planta distinta – polinização cruzada) que, quando bem sucedida, culmina na fecundação e subsequente produção de sementes. Pistilo (função feminina) Estames (função masculina) Auto-polinização (autogamia) Auto-polinização (geitonogamia) Polinização cruzada 2 03-05-2010 INTRODUÇÃO O que é a polinização? Desafio extra!!! “Sexual reproduction is just as important for plants as it is for animals when it comes to generating genetic variation, but plants have a singular disadvantage compared to animals when it comes to sex: they can't just get up and find themselves a mate.“ Berenbaum (1995) VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores abióticos (20%): água (hidrofilia) Vallisneria spiralis Zostera marina 3 03-05-2010 VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores abióticos (20%): vento (anemofilia) Gramíneas Salix sp. Alnus sp. Como é o estigma e o pólen das plantas anemófilas? Gramíneas Pinus sp. (Gymnospérmica) Sanguisorba sp. VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores bióticos (80%): insectos (entomofilia) e.g., abelhas, borboletas diurnas e nocturnas, moscas, escaravelhos, vespas 4 03-05-2010 VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores bióticos (80%): insectos (entomofilia) http://www.redorbit.com/news/science/1808065/cricket_pollinating_orchids_captured_on_film/ VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores bióticos (80%): pássaros, e.g., colibris (trópicos), felosa-comum (Península Ibérica) Ericaceae Babiana ringens Lotus section Rhyncholotus in the Macaronesia region Aquilegia sp. 5 03-05-2010 VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores bióticos (80%): pássaros, e.g., colibris (trópicos), felosa-comum (Península Ibérica) Flores de Anagyris foetida (Leguminosae) Felosa-comum (Phylloscopus collybita) a visitar flores de Anagyris foetida em sequencia Ortega-Olivencia et al. 2005. First confirmation of a native bird-pollinated plant in Europe. Oikos 110:578-590. VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores bióticos (80%): mamíferos, e.g., morcegos, roedores Massonia depressa e roedor polinizador Gerbillurus paeba a alimentar-se se néctar http://www.amjbot.org/cgi/content/full/88/10/1768 6 03-05-2010 VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores bióticos (80%): répteis (a) Teira dugesii a beber néctar em Musschia aurea, Madeira. Primeira interacção lagarto-flor a ser descrita. (d) (b) Hoplodactylus duvauceli Visita flores de Phormium tenax, Nova Zelândia. (c) Leiolopisma telfairii a consumir frutos de Pandanus vanderschmidii, Ilhas Mauricias. (e) (d) day-gecko Phelsuma cepediana é um polinizador chave de Trochetia, Ilhas Maurícias. (e) day-gecko Phelsuma cepediana é o único polinizador da endémica Roussea simplex http://news.nationalgeographic.com/news/2007/04/070423-gecko.html VECTORES DE POLINIZAÇÃO Como é que as plantas conseguem transferir pólen de uma flor para outra? Vectores bióticos (80%) Como é o estigma e o pólen das plantas zoofilas? 7 03-05-2010 ORIGEM DA CO-EVOLUÇÃO ENTRE ANGIOSPÉRMICAS E POLINIZADORES Radiação das Angiospérmicas Radiação dos insectos Labandeira et al. 1994. Ninety-seven million years of Angiosperm-insect association: paleobiological insights into the meaning of coevolution . PNAS 91: 12278-12282 . CO-EVOLUÇÃO: ESPECIALIZAÇÃO E ESPECIAÇÃO Co-evolução Evolução simultânea de duas ou mais espécies que interagem entre si Angraecum sesquipedale Orquídea endémica de Madagáscar Mariposa nocturna Xanthopan morganii praedicta 8 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? A polinização é um mutualismo baseado em motivos egoístas: as plantas querem ser polinizadas e os polinizadores querem alimento, abrigo, calor… Flower market… COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais Cor Dimensão Forma Atractivos olfactivos Odores atractivos Odores fétidos Hormonas sexuais Recompensas florais Néctar Pólen Calor Mimetismo 9 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Cor Visão dos polinizadores COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Cor Emissão ultra-violeta http://www.naturfotograf.com/UV_flowers_list.html Calendula officinalis Silene dioica Geranium pratense Potentilla reptans Potentilla atrosanguinea Oenothera biennis 10 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Cor Guias de néctar Digitalis purpurea Euphrasia sp. Rhododendron ponticum Dactylorhiza fuchsii Viola tricolor COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Cor Estratégia da Dactylorhiza sambucina Gigord, L.D.B., Macnair, M.R. and Smithson, A., 2001. Negative frequency-dependent selection maintains a dramatic flower color polymorphism in the rewardless orchid Dactylorhiza sambucina (L.) Soo. PNAS 98(11): 6253-6255. 11 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Dimensão Amsinckia (Boraginaceae) Schoen et al. 1997 Gymnadenia conopsea Cypripedium calceolus COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Forma e.g., plataformas para aterrar Asteraceae Apiaceae 12 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Forma (mimetismo) Orquídeas Brownleea galpinii e Disa cephalotes mimetisam as inflorescencias da simpátrica Scabiosa columbaria Johnson ST, Alexandersson R, Linder HP. 2003. Experimental and phylogenetic evidence for floral mimicry in a guild of fly-pollinated plants. Bio. J. Linn. Soc. 80: 289-304. COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Forma (mimetismo) Orquídea Disa nervosa é morfologicamente similar ao íris simpátrico Watsonia densiflora Johnson ST, Morita S. 2006. Lying to Pinocchio: floral deception in an orchid pollinated by longproboscid flies. Bio. J. Linn. Soc. 152: 271-278. 13 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Forma (mimetismo) Broughtonia lindenii (Orchidaceae) Tabebuia leptoneura (Bignoniaceae) Tolumnia guirbertiana (Orchidaceae) Stigmaphyllum sagreanum (Malphigiaceae) Angél González, Cuba, http://webs.uvigo.es/plantecology/angel.en.html COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Forma (mimetismo) Mimetismo de local de oviposição Dracula chestertonii Labelo mimetiza o aspecto de carne Stapelia sp. Flor mimetiza pele com pêlos Corybas sp. Labio mimetiza cogumelo 14 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos visuais: Forma (mimetismo) Mimetismo de parceiro sexual Ophrys sp. Ophrys scolopax Ophrys apifera Ophrys mimetiza as fêmeas de diversas espécies de abelhas de tal forma que os machos são atraídos para copular, ignorando a verdadeira intenção das flores… Ophrys speculum COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos olfactivos: hormonas sexuais (mimetismo) Machos de Andrena flavipes (Andrenidae) a pseudocopular com o labelo de flores de Ophrys bilunulata (Orchidaceae) 3 1 M _ Z a h r _ J a n a 1 4 .3 .2 0 0 7 .S M S 3 2 1 R I C a ll Elemicin Indole Methyleugenol G. conopsea, 8x N-Phenyl formamide M C o u n ts Fatty acid derivatives 0 M C t 31 B G C B 1 5 2 20 07 S M S R IC ll 15 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos olfactivos: hormonas sexuais (mimetismo) Sistema especializado de mimetismo: Ophrys arachnitiformis e macho polinizador Colletes cunicularius. Vereecken NJ, Schiest PF. 2009. On the roles of colour and scent in a specialized floral mimicry system. Ann. Bot. 104: 1077–1084. 3 1 M _ Z a h r _ J a n a 1 4 .3 .2 0 0 7 .S M S 3 2 1 R I C a ll Elemicin Indole Methyleugenol G. conopsea, 8x N-Phenyl formamide M C o u n ts Fatty acid derivatives 0 M C t 31 B G C B 1 5 2 20 07 S M S R IC ll COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos olfactivos: odores agradáveis Os perfumes florais são misturas complexas de químicos voláteis libertados pelas flores. • Abelhas, moscas, mariposas nocturnas, alguns escaravelhos, roedores respondem • Maioria das borboletas diurnas, pássaros e muitos escaravelhos não respondem 16 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Atractivos olfactivos: odores fétidos Arum sp. Stapelia sp. Rafflesia arnoldii COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Recompensas florais: néctar Nectários florais Envolvidos no processo de polinização (atracção e recompensa) Néctarios extra-florais Envolvidos na protecção das partes vegetativas ou reprodutoras Néctarios pós-florais Envolvidos na protecção da sementes 17 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Recompensas florais: néctar Primeira fonte de alimento de muitos polinizadores, nomeadamente insectos. Composição do néctar: Maioritariamente açucares e água, mas alguns tem também aminoácidos, lípidos e/ou fenóis (quantidades reduzidas). Existe uma forte correlação entre a concentração e quantidade do néctar e o animal polinizador. Johnson ST et al. 2003. Pollination success in a deceptive orchid is enhanced by co-occurring rewarding magnet plants. Ecology 84: 2919-2927. Rainhas de Bombus lapidarius a visitar várias espécies produtoras de néctar numa população natural da Suécia: (A) Anacamptis morio (sem néctar); (B) Lotus corniculatus; (C) Geum rivale; (D) Anthyllis vulneraria; (E) Allium schoenoprasum. COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Recompensas florais: néctar Roubo de néctar 18 03-05-2010 COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Recompensas florais: pólen Composição do pólen: Rico em proteínas, aminoácidos, lípidos, minerais, etc. Especialmente ingerido por insectos, é componente importante da alimentação das larvas. Fonte de alimento conveniente que não requer especialização das peças bucais do insecto. Especialização de algumas plantas: produção de 2 tipos de anteras (heteranthery) Solanum rostratum (Solanaceae) polinizado por Bombus impatiens Vallejo-Marín et al. 2009. Division of labour within flowers: heteranthery, a floral strategy to reconcile contrasting pollen fates. Journal of Evolutionary Biology 22:828-839. COMO ATRAIR OS VECTORES DE POLINIZAÇÃO? Recompensas florais: calor Imagem térmica Philodendron solimoesense (Araceae) Escaravelhos (Cyclocephala colasi) Seymour R et al. 2001. Heat reward for insect pollinators. Nature 426: 243-244. 19 03-05-2010 CUSTOS E BENIFICIOS DA POLINIZAÇÃO POR ANIMAIS Benefícios • Animais procuram activa e continuamente alimento nas flores: este comportamento aumenta a probabilidade de um grão de pólen colhido numa flor alcançar o estigma de outra flor • Grande diversidade de animais com quem interagir • Maior eficiência do transporte do pólen conduz a um menor quantidade de recursos para a produção de pólen Mas esta interacção também tem custos... • Necessidade de desenvolver estruturas atractivas para atrair a atenção dos polinizadores: investimento energético • Necessidade de produzir recompensas para manter a fidelidade dos polinizadores: investimento energético • Custos de visitantes não polinizadores que consomem as recompensas • Desenvolver mecanismos que permitam ultrapassar períodos de escassez de polinizadores (e.g., hábito, auto-polinização, flores que duram vários dias) • Desenvolver estratégias que evitem ou diminuam a auto-polinização COMO EVITAR A AUTO-POLINIZAÇÃO? Flor: condição hermafrodita Androdioecy, Monoecy, Gynomonoecy, Andromonoecy, Subdioecy 17% • Evolution of separated sexes Gynodioecy 7% Hermaphrodite 4% Dioecy 72% • Evolution of strategies promoting cross-pollination • Evolution of self-pollination 20 03-05-2010 COMO EVITAR A AUTO-POLINIZAÇÃO? Auto-polinização versus Polinização cruzada Vantagens: • Mecanismo que assegura a produção de descendência na ausência de polinizadores • Assegura genótipos bem adaptados • Permite a colonização de novos habitat/locais Desvantagens: • Diminui (mantém) a variabilidade genética (inbreeding) • Diminuição da capacidade de adaptação a ambientes instáveis • Sucesso a “curto prazo” podendo levar à extinção Vantagens: • Aumenta a variabilidade genética • Grande potencial evolutivo • Aumenta a capacidade de adaptação a ambientes instáveis • Sucesso a “longo prazo” Desvantagens: • Depende de polinizadores eficientes (e.g., desvantagem em habitats fragmentados, épocas de escassez de polinizadores) • Perda de genótipos bem adaptados COMO EVITAR A AUTO-POLINIZAÇÃO? As flores desenvolveram diversas estratégias para dispersar os gâmetas e evitar a auto-polinização Dicogamia • Separação temporal das funções feminina e masculina através da maturação sequencial do estigma e das anteras i.e., Protandria, Protoginia (revisto em Lloyd and Webb 1986) Hercogamia • Separação espacial das funções feminina e masculina no interior da corola e.g., Heterostilia (Primula sp., Oxalis sp.) (revisto em Webb and Lloyd1986) 21 03-05-2010 COMO EVITAR A AUTO-POLINIZAÇÃO? ♂ ♀ Dicogamia Campanula americana (Galloway et al. 2002) • Em espécies dicogamas a frequência de cruzamentos geitonogamicos depende da proporção de flores em cada fase, do comportamento do polinizador e da arquitectura da inflorescência • Dicogamia não previne a geitonogamia em grandes inflorescências COMO EVITAR A AUTO-POLINIZAÇÃO? • População distila, i.e., com 2 fenótipos florais que diferem reciprocamente na posição das anteras e do estigma Castro et al. 2007 22 03-05-2010 COMO EVITAR A AUTO-POLINIZAÇÃO? Diferentes tipos de polimorfismos do estilete Exemplos de diferentes espécies com os seis tipos de polimorfismos descritos em Angiospérmicas: (a) Distilia, Primula beesiana (Primulaceae); (b) Tristilia, Eichhornia azurea (Pontederiaceae); (c) Dimorfismo do estilete, Narcissus gaditanus (Amaryllidaceae); (d) Enantiostilia, Wachendorfia paniculata (Haemodoraceae); (e) Flexistilia, Alpinia mutica (Zingiberaceae); ( f ) Inversostilia, Hemimeris racemosa (Scrophulariaceae) (Barrett 2010) COMO EVITAR A AUTO-POLINIZAÇÃO? Sistema de auto-incompatibilidade Mecanismo de reconhecimento entre o pólen e o pistilo que ocorre após a polinização e determina a fertilização podendo prevenir a auto-fertilização. Existem dois tipos de auto-incompatibilidade: • Auto-incompatibilidade gametofítica Comum em muitas famílias de Angiospérmicas. Incompatibilidade é controlada pelo alelo do grão de pólen haploide. • Auto-incompatibilidade esporofítica Comum nas Brassicaceae. Rejeição do pólen é controlada pelo genótipo do esporófito (diploide). (revisto em Charlesworth et al. 2005) 23 03-05-2010 TAKE HOME MESSAGE Diversidade das plantas • Mensagem chave: as Angiospérmicas apresentam uma notável diversidade de formas em resultado das estreitas interacções com os seus vectores de polinização e da sua capacidade ecológica e evolutiva. • Conhecer a diversidade de formas e interacções é fundamental para percebermos os mecanismos evolutivos geradores da diversidade que observamos assim como para desenvolver medidas adequadas para a sua conservação. 24
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