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Monografia Sua melhor opção. www.sinimplante.com.br 1 Dr. Fábio José Barbosa Bezerra1 Prof. Dr. Roberto Sales e Pessoa2 Engo. Michel Aislan Dantas Soares3 Prof. Dra. Esther Takamori4 Prof. Dr. Ariel Lenharo5 Márcio de Bortolli6 Dr. Carlos Rosa7 1. Especialista em Periodontia USP/Bauru, Mestre em Periodontia UNIP - SP, Presidente do Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisas Odontológicas - INEPO 2. Especialista em Periodontia - ABO/EAP - UDI, Mestre em Reabilitação Oral - FOUFU, Doutor em Periodontia/Implantodontia - FOAr/UNESP, Research Fellow - BMGO - Division of Biomechanics and Engineering Design - KULeuven - Bélgica 3. Engenheiro Chefe da S.I.N. - Sistema de Implante Nacional 4. Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento - S.I.N. - Sistema de Implante Nacional 5. Doutor em Implantodontia pela UNESP, Campus de Araçatuba, Diretor Científico do Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisa em Odontologia 6. Diretor do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento S.I.N. - Sistema de Implante Nacional 7. Especialista em Implante e Prótese sobre Implante, Consultor Científico e Responsável Técnico da S.I.N. - Sistema de Implante Nacional 2 Janeiro/2013 (3a Edição) Índice 1.Editorial07 2. Justificativa09 3. Histórico e desenvolvimento11 4. Características, vantagens e benefícios18 4.1. Tratamento de superfície total 21 4.2. Macrogeometria híbrida e fresagem escalonada 22 4.3. Acoplamento protético interno28 4.4. Acoplamento protético externo29 4.5. Strong SW hexágono externo com torque interno hexalobular 4.6. Selamento marginal31 4.7. Platform Switching32 4.8. Micro-roscas cervicais34 5. Instruções de uso37 6. Considerações finais41 7. Referências bibliográficas43 30 3 www.sinimplante.com.br 5 1. Editorial 1. Editorial A excelência de resultados do atendimento aos pacientes submetidos ao tratamento reabilitador com implantes está diretamente relacionada a evolução contínua da ciência odontológica, através do desenvolvimento de técnicas e tecnologias que possibilitem ao profissional pautar as suas decisões clínicas em evidências científicas consistentes e que impactem significativamente na qualidade de vidas dos pacientes. A Implantodontia, especialidade de destaque no cenário mundial, tem ampliado os seus horizontes de aplicabilidade clínica, sendo hoje praticada de maneira crescente em todos os continentes para tratamentos com diferentes níveis de complexidade. Os principais desafios estão relacionados a diminuição do tempo de tratamento, através da redução ou eliminação do período cicatricial antes do carregamento protético, manutenção do nível ósseo peri-implantar com resultados estéticos e funcionais que mimetizem a dentição natural. Dentro deste contexto, a S.I.N. - Sistema de Implante Nacional, uma das empresas lideres no setor de implantes odontológicos na América Latina e referência pela qualidade e inovação dos seus produtos e serviços, tem o compromisso de alinhar o seu planejamento estratégico institucional ao delineamento de projetos de seu Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, buscando de maneira contínua a disponibilização de produtos que possam agregar base científica sólida, alta tecnologia e benefícios clínicos reais para pacientes e profissionais. Apresentamos a linha de produtos Strong SW Hexágono Interno, Strong SW Cone Morse e Strong SW Hexágono Externo, uma família de produtos que agregam características macro geométricas diferenciadas e ideais para incremento da estabilidade primária, manutenção do nível ósseo peri-implantar e aplicabilidade clínica universal (Figura 1). Figura 1 - Implantes Strong SW - S.I.N. Sistema de Implante Nacional. O seu design exclusivo permite alta estabilidade primária devido ao perfil agressivo de roscas associada a uma macrogeometria híbrida, sendo disponibilizado nas plataformas protéticas do tipo Cone Morse, Hexágono Interno e Hexágono Externo. www.sinimplante.com.br 7 2. Justificativa 2. Justificativa A avaliação ampla do cenário da Implantodontia nacional e mundial demonstra que a demanda clínica por tratamento tem aumentado significativamente e de maneira consistente nos últimos anos, havendo a necessidade de utilização de implantes e resoluções protéticas com alta aplicabilidade para os casos tratados, através do princípio da osseointegração. Com a disponibilização no mercado de um número cada vez maior de sistemas de implantes, com diferentes conceitos, desenhos e indicações clínicas, a S.I.N. Sistema de Implante Nacional, propôs-se a desenvolver um novo conceito em macrogeometria e sistema de fresagem, que pudesse apresentar alta performance clínica a aprofundada sedimentação científica, denominado Strong SW. Os implantes Strong SW Hexágono interno, Strong SW cone Morse e Strong SW hexágono externo e sua completa linha de componentes protéticos, apresentam uma excepcional praticidade clínica gerada por um sistema exclusivo de fresagem escalonada e macrogeometria híbrida, que fazem com que os mesmos possam ser utilizados para as diferentes densidades ósseas e em todas as situações clínicas, o que simplifica os procedimentos clínicos realizados no dia a dia do consultório odontológico e reduz custos operacionais com kits cirúrgicos complexos ou estoque de implantes com diferentes macrogeometrias. Outro fator fundamental para o sucesso clínico da Implantodontia atual está relacionado à minimização ou eliminação da reabsorção óssea cervical fisiológica (saucerização) ou patológica (peri-implantite), que possuem etiologia multifatorial e podem comprometer o sucesso do tratamento, do ponto de vista estético ou funcional. A família de implantes Strong SW apresenta um conjunto de características macro e microgeométricas especificamente projetadas para a estabilidade óssea periimplantar na região cervical: tratamento de superfície total, acoplamento protético preciso, plataforma switching, selamento marginal e Micro-roscas cervicais que, combinadas, conferem proteção mecânica e biológica ao tecido ósseo do módulo da crista óssea. Os implantes Strong SW estão indicados para o tratamento do edentulismo unitário, parcial e total em protocolos de carga imediata ou precoce, com destaque para os implantes imediatos pós-exodontia, áreas de baixa densidade óssea e alta demanda estética ou funcional. www.sinimplante.com.br 9 3. Histórico e desenvolvimento 3. Histórico e desenvolvimento Nos últimos anos, a evolução científica e tecnológica experimentada pelas ciências médicas mostrou-se sem precedentes. O grande número de pesquisas realizadas e a globalização das informações em tempo real culminaram no desenvolvimento de recursos que acresceram possibilidades de solução a questões até então irresolúveis. A Odontologia, não obstante, há muito vem incrementando seu conhecimento, melhorando técnicas e desenvolvendo materiais com o objetivo de reconstruir estruturas bucais perdidas. A demonstração da osseointegrabilidade do titânio por Schroeder, na década de 70 e o sucesso de sua utilização clínica reportado por Branemark, revolucionaram o tratamento de áreas edêntulas por implantes1,2. Desde então, a previsibilidade do método tem encorajado os cirurgiões a ultrapassarem os limites do protocolo inicialmente preconizado, no qual apenas edêntulos totais eram reabilitados. Implantes dentais são comumente usados para reter e/ou suportar próteses em variados cenários de perdas. O protocolo convencional de instalação de implantes osseointegráveis possui 3 fases. Na primeira, o elemento dental condenado é extraído e a área de alvéolo passa por um período de reparação que varia de 3 a 6 meses3. Depois, o implante é instalado no sítio edentado e permanece submergido na mucosa hermeticamente suturada por 3 a 6 meses, sem qualquer solicitação funcional. Finalmente, o implante é exposto cirurgicamente, um componente intermediário é colocado e uma restauração é confeccionada sobre o intermediário. Muitos fatores estão envolvidos no alcance da osseointegração. Estes incluem a composição do metal, geometria adequada do implante, ausência de superaquecimento durante o preparo do sítio ósseo, qualidade óssea adequada e ausência de carga durante o período de reparação4. O conceito tradicional de reparação sem distúrbios tem provado ser longitudinalmente bem sucedido5-7. Nas últimas décadas, resultados promissores têm sido também observados quando implantes não submergidos são submetidos a cargas imediatas funcionais8-9. Implantes com carga imediata e precoce têm sido amplamente utilizados na tentativa de minimizar o tempo de espera pela reabilitação de elementos dentais perdidos10,11. Do ponto de vista clínico, o carregamento imediato de implantes oferece muitos benefícios, pois a estética e a função são imediatamente restauradas. Em algumas situações, este protocolo é associado à instalação imediata de implantes em alvéolos de extração, reduzindo o número de procedimentos cirúrgicos e otimizando os resultados estéticos12. Neste sentido, o protocolo de implante imediato com carga imediata tem sido apresentado como uma alternativa mais alinhada às expectativas dos pacientes. Entretanto, independe se o implante é colocado em função posteriormente a um período de reparação sem cargas, ou imediatamente após a instalação. A previsibilidade e o sucesso ao longo prazo do tratamento são altamente influenciados pelo ambiente biomecânico ao qual o implante está exposto. Em implantes em fase de reparação, relacionados aos protocolos com carga imediata, o requerimento principal é controlar a movimentação relativa na interface entre o implante e o osso. Micro movimentos que excedam 150 µm podem induzir a formação de tecido conjuntivo fibroso em detrimento www.sinimplante.com.br 11 3. Histórico e desenvolvimento à desejável reparação óssea13,14,15. Uma dificuldade adicional, considerando implantes instalados em alvéolos de extração, é o inevitável defeito ósseo na região marginal16. Este defeito aumenta consideravelmente a proporção coroa/implante e, teoricamente, leva a maiores tendências ao deslocamento do implante17 (Figura 2). Figura 2 - Análise em elementos finitos avaliando o implante Strong SW em alvéolo pós-exodontia em protocolo de carga imediata. Estudo realizado por Pessoa e colaboradores na Universidade Católica de Leuven, Bélgica70. No caso de implantes com a osseointegração estabelecida, o íntimo contato na interface permite que cargas aplicadas sobre as próteses implantossuportadas sejam transmitidas diretamente ao osso adjacente. A concentração de microdeformações pode exceder os limites de tolerância do osso, causar o acúmulo de microdanos e induzir a reabsorção óssea18-20. Sob certas circunstâncias, este carregamento oclusal excessivo pode causar a falência da osseointegração e a perda do implante21,22. Mesmo que não progressivas, pequenas reabsorções ósseas nas faces vestibular e proximais dos implantes podem levar a recessões e ausência de papila, criando uma situação estética desfavorável23,24. Neste sentido, o nível do osso de suporte é um dos fatores mais importantes na determinação da posição dos tecidos moles periimplantares e, consequentemente, na manutenção da harmonia estética peri-implantar, devendo assim ser preservado. Considerando os altos índices de sucesso dos diferentes protocolos de uso dos implantes dentais, um aumento significativo da demanda estética por parte dos pacientes tem sido observado. Desta forma, os designs de implantes devem, não apenas ser bem integrados com o osso para permitir função, mas também proporcionar estética longitudinal, uma das principais características oferecidas pelos implantes Strong SW (Figuras 3, 4 e 5). Figura 3 - Ausência dos incisivos laterais superiores que foram reabilitados com implantes osseointegráveis. Denotar a alta demanda estética envolvida no tratamento da região maxilar anterior, tornando fundamental a utilização de implantes que assegurem a obtenção e manutenção da estrutura óssea e gengival peri-implantar por longos períodos de tempo. 21 12 3. Histórico e desenvolvimento Figura 4 - Próteses sobre os implantes dos incisivos laterais maxilarres mimetizando a harmonia estética com os dentes naturais. Prótese realizada pelo Prof. Dr. Luciano Castellucci - Salvador, Bahia. Figura 5 - Harmonia estética obtida através do correto contorno dos tecidos moles periimplantares em controle pós-operatório de 12 meses. Muitos fatores são reconhecidos por influenciar o ambiente biomecânico ao qual os implantes estão expostos, como a qualidade óssea na área de implantação, a natureza da interface osso-implante, as propriedades dos materiais de implantes e próteses, o tipo de rugosidade superficial dos implantes, condições oclusais (i.e., magnitude, direção e frequência das cargas) e, principalmente, o macro-design do implante. Desta maneira, do ponto de vista da S.I.N. - Sistema de Implantes, um fator essencial para a previsibilidade dos protocolos de implantes é o desenvolvimento de designs de implantes e componentes protéticos capazes de promover estabilidade, sob as cargas mastigatórias regulares: estabilidade na conexão protética para reduzir falhas mecânicas (Figuras 6 e 7), estabilidade primária para cargas imediatas (Figuras 8, 9 e 10), estabilidade secundária (osseointegração) rápida para diminuir o tempo de espera pela reabilitação definitiva (Figura 11) e estabilidade dos tecidos peri-implantares duros e moles para promover estética ao longo prazo (FIGURA 12). www.sinimplante.com.br 13 3. Histórico e desenvolvimento Figura 6 - Desenho em corte demonstrando o implante Strong SW com acoplamento protético do tipo hexágono interno. Figura 7 - Desenho em corte demonstrando o implante Strong SW com acoplamento protético do tipo Cone Morse. Figura 8 - Desenho em corte demonstrando o implante Strong SW com acoplamento protético do tipo Hexágono Externo. Figura 9 - Representação esquemática demonstrando a anatomia escalonada do alvéolo ósseo após a fresagem para instalação do implante Strong SW. Figura 10 - Esquema demonstrando o íntimo contato ósseo do implante Strong SW com o tecido ósseo em toda a sua extensão. Detalhe para a conicidade apical, perfil agressivo de roscas e micro-roscas no módulo da crista. 41 14 3. Histórico e desenvolvimento Figura 11 - Estudo avaliando a interferência volumétrica de contato do implante SW com o tecido ósseo demonstrou resultados superiores, quando comparado aos desenhos cilíndricos e cônicos tradicionais, garantindo assim uma maior estabilidade primária. Figura 12 - Microscopia eletrônica de varredura demonstrando a modificação da topografia de superfície pelo duplo ataque ácido (S.I.N. Sistema de Implante Nacional) - Aumento de 6000 X - para aceleração do processo de osseointegração e aumento do contato ossoimplante. Figura 13 - Microscopia óptica de um dos estudos realizados em animais avaliando o desenho ideal das micro-roscas cervicais, sua influência no processo cicatricial ósseo periimplantar e manutenção óssea cervical do implante Strong SW - Sistema de Implante Nacional. (Gentilmente cedida pelo Prof. Dr. Paulo G. Coelho, New York University). www.sinimplante.com.br 15 3. Histórico e desenvolvimento As forças mastigatórias, agindo nos implantes, podem resultar em tensões indesejáveis que causam defeitos ósseos, desarmonia estética, falhas mecânicas e, eventualmente, falência da osseointegração. O tempo de espera para a uma nova tentativa de reabilitação pode ir de meses a anos, os custos do tratamento aumentam de forma significativa e, principalmente, a melhoria na qualidade de vida do paciente com a restauração da estética bucal e da função mastigatória fica adiada, dificultada ou mesmo inviabilizada. As falhas de um tratamento por implantes, quaisquer que sejam o estágio ou motivo, implicam em um conjunto de frustrações e desapontamentos para ambos, o paciente e o clínico, sendo essencial, portanto, a criação de estratégias para entendê-las e preveni-las. A evolução dos sistemas de implantes tem se dado por meio de avanços incrementais nas dimensões, formas, materiais e superfície de novos designs. Parte dos esforços tem sido também direcionada para otimização da macrogeometria, de forma a manter os níveis benéficos de tensão em uma variedade de cenários de carregamento. Entretanto, estas mudanças, têm sido impelidas ao mercado de forma mais significativa pelas demandas de marketing que por pesquisas científicas básicas. Neste sentido, considerando que um fator chave para a distribuição e valores das tensões encontradas no complexo prótese-implante-osso é o design do implante, a S.I.N. - Sistema de Implante desenvolveu o Strong SW. O design do Strong SW se baseia nas melhores evidências científicas disponíveis sobre os fatores que influenciam a previsibilidade dos diferentes protocolos de implantes para aumentar a segurança de clínicos e pacientes. 61 16 4. Características, vantagens e benefícios 4. Características, vantagens e benefícios Com o objetivo de desenvolver implantes que oferecessem segurança no alcance de resultados otimizados, mesmo em situações clínicas adversas, a S.I.N. Sistema de Implante buscou entender os fatores que influenciam na previsibilidade dos diferentes protocolos de uso. Conforme discutido anteriormente, implantes com carga imediata necessitam de estabilidade primária suficiente para resistir aos esforços mastigatórios regulares sem que haja micromovimentações excessivas entre o osso e o implante. Esta instabilidade na interface osso-implante pode induzir a formação de tecido conjuntivo fibroso em detrimento à reparação óssea e integração do implante. Além disso, a estabilidade secundária, conferida pela osseointegração, deve ser estabelecida de forma rápida, o que aumenta a previsibilidade das cargas imediatas e precoces e diminui o tempo necessário para a entrega da reabilitação definitiva ao paciente. Diferentes etapas de desenvolvimento do projeto foram realizadas de maneira cientificamente hierarquizada e envolveram testes mecânicos, ensaios pré-clínicos e clínicos, de modo a atender às normas regulatórias nacionais e internacionais (Figuras 14, 15 e 16). Figura 14 - Análise de elementos finitos avaliando o implante Strong SW com acoplamento protético do tipo hexágono externo. Denotar as altas tensões geradas no parafuso passante (amarelo) quando submetido a carga oclusal não axial. Figura 15 - Análise de elementos finitos avaliando o implante Strong SW com acoplamento protético do tipo hexágono interno no mesmo estudo, realizado na Universidade de Leuven, Bélgica por Pessoa e colaboradores sob as mesmas condições de carga. Denotar a menor abertura do micro-gap cervical e menores tensões no parafuso passante. 81 18 4. Características, vantagens e benefícios Figura 16 - Estudo realizado em cães beagle avaliando o implante Strong SW cone Morse. (Gentilmente cedida pelo Prof. Dr. Paulo G. Coelho, New York University). Figura 17 - Estudo clínico avaliando a performance do implante Strong SW em caso de implante imediato pós-exodontia em protocolo de carga imediata para avaliar o nível de estabilidade primária obtida nestes casos e a estabilidade do tecido ósseo e gengival peri-implantar. À medida que a osseointegração é alcançada com mais frequência, uma maior ênfase tem sido dada aos resultados estéticos da terapia com implantes25,26. Para se obter uma restauração implantossuportada em harmonia e simetria com a coroa dos dentes naturais adjacentes, bem como com a dos dentes contra-laterais, a posição dos tecidos moles peri-implantares marginais vestibulares e proximais é a principal preocupação. Eles irão ditar o comprimento da coroa clínica e formato cervical da coroa implantossuportada. Além disso, o grau de preenchimento da papila interdental é considerado um importante critério na determinação do resultado estético do tratamento por implantes26, sendo que o nível do suporte ósseo constitui a base para os tecidos moles marginais. Consequentemente, a perda óssea peri-implantar pode influenciar negativamente a topografia dos tecidos moles, levando a recessões e ausência de papila23,24 (Figuras 18 e 19). Figura 18 - O posicionamento harmônico do tecido mole peri-implantar é fundamental para a excelência estética do resultado final do tratamento, sendo influenciado diretamente pela manutenção da estrutura óssea cervical. www.sinimplante.com.br 19 4. Características, vantagens e benefícios Figura 19 - Harmonia estética gerada pela mimetização da dentição natural no implante instalado na região do incisivo central superior direito. Reabilitação protética realizada pelo Prof. Dr. Luciano Castellucci, Salvador, Bahia. Muitos estudos têm sido realizados para explicar as mudanças na altura da crista óssea. Alguns autores atribuem a perda óssea à formação da distância biológica adjacente ao implante 27. Ou seja, uma determinada espessura de mucosa é necessária para a proteção da osseointegração. Desta forma, uma maior reabsorção óssea tende a ser encontrada em sítios onde a espessura da mucosa não é suficiente. Além disso, muitos autores têm demonstrado que o gap entre o implante e componente protético está associado à contaminação bacteriana que determina a formação de um infiltrado inflamatório crônico peri-implantar, e, consequentemente, a reabsorção óssea na crista28-31. Além disso, aspectos biomecânicos da reabsorção óssea marginal têm sido investigados32-36. A concentração de tensões/deformações devida a carregamentos dinâmicos excessivos, pode exceder os limites de tolerância do osso, causar um acúmulo de microdanos, e induzir perda óssea marginal, mesmo sem a presença de biofilme bucal35. As características do módulo da crista e conexão protética dos implantes são reconhecidas por influenciar este processo37,38 (Figura 20). Figura 20 - Análise de elementos finitos avaliando o efeito das micro-roscas cervicais na dissipação das forças de cisalhamento no módulo da crista óssea. Estudo realizado por Pessoa e colaboradores 51,62,70. 02 20 4. Características, vantagens e benefícios Desta forma, considerando os aspectos multifatoriais que levam ao sucesso dos diferentes protocolos, o implante Strong SW possui tratamento de superfície com duplo ataque ácido, corpo híbrido, roscas agressivas e com maior espaçamento, conexão interna (Hexágono Interno ou Cone Morse), conexão externa (Hexágono Externo), intermediários protéticos em Platform Switching e Micro-roscas no módulo da crista. Estas características, implementadas no design do SW, diminuem os riscos de falhas e aumentam a probabilidade do sucesso deste implante, principalmente em situações clínicas desafiadoras. Cada uma delas será discutida a seguir. 4.1 Tratamento de superfície total As alterações de superfície dos implantes dentários têm sido muito estudadas recentemente, uma vez que esta é a primeira parte do implante a entrar em contato com o tecido ósseo. Tais alterações têm por objetivo melhorar a biocompatibilidade e a osseocondutividade ao longo do implante 39. Basicamente, as modificações de superfície podem ser divididas em topográficas, alterações na sua microtextura e químicas, através da incorporação de outras substâncias que não a mesma da composição do implante40,41. A primeira superfície desenvolvida, e certamente a mais estudada ao longo dos anos, foi a chamada usinada ou lisa. A superfície usinada foi por muitas décadas considerada o padrão ouro para osseointegração, sendo a superfície, que de um ponto de vista estatístico, apresenta o maior número de publicações na literatura odontológica. Por este motivo, novos projetos de superfície são comparados com a superfície usinada em investigações in vitro, in vivo e clínicas42. Entretanto, este processo de manufatura não produz uma superfície completamente lisa, mas sim com um padrão de rugosidade em torno de 0.5 μm Ra. Atualmente está estabelecido que superfícies com padrão de rugosidade entre 0,5 e 2 μm alteram positivamente a resposta tecidual ao implante, mesmo que este mecanismo não esteja completamente elucidado43-48. Butz e colaboradores46 demonstraram que as propriedades mecânicas do tecido ósseo ao redor de implantes com superfícies tratadas são superiores quando comparadas às superfícies usinadas. Por outro lado, rugosidades superiores a 2 μm não estão indicadas, pois podem aumentar as chances de contaminação bacteriana. Nestes casos o tratamento de possíveis peri-implantites torna-se muito difícil podendo levar à perda completa da osseointegração42. Dentre as técnicas de texturização de superfície com padrão entre 0,5 e 2 μm, destaca-se o duplo ataque ácido térmico utilizado na família de implantes Strong SW (FiguraS 21 e 22). Figura 21 - Microscopia eletrônica de varredura demonstrando a modificação da topografia de superfície pelo duplo ataque ácido (S.I.N. Sistema de Implante Nacional) - Aumento de 500 X. www.sinimplante.com.br 21 4. Características, vantagens e benefícios Figura 22 - Microscopia eletrônica de varredura demonstrando a modificação da topografia de superfície pelo duplo ataque ácido (S.I.N. Sistema de Implante Nacional) - Aumento de 3000 X. Os implantes Strong SW de hexágono externo, interno e Cone Morse possuem tratamento de superfície com duplo ataque ácido exclusivo desde o ápice até o módulo da crista para incrementar o nível de contato ósseo cervical, também na região das micro-roscas. Bonfante e colaboradores demonstraram aumento significativo nos níveis de torque de remoção dos implantes S.I.N. - Sistema de Implante Nacional, com superfície tratada em comparação com as superfícies usinadas49 (Figura 23) Figura 23 - Microscopia óptica da interface ossoimplante após 2 semanas. Superfície usinada em osso cortical (a) e medular (b). Superfície S.I.N., tratada com duplo ataque ácido em osso cortical (c) e medular (d). Denotar uma maior formação óssea próxima ao implante nas superfícies com tratamento. (Gentilmente cedida pelo Prof. Dr. Paulo G. Coelho, New York University). 4.2 Macrogeometria híbrida e fresagem escalonada Um dos principais desafios clínicos está relacionado à estabilidade primária do implante, sobretudo em regiões de baixa densidade óssea ou pouca disponibilidade óssea em altura ou espessura, como por exemplo, nos implantes imediatos pós-exodontia ou casos de maxilas atróficas. Para ampliar a performance dos implantes Strong SW em regiões críticas, a S.I.N. - Sistema de Implante Nacional desenvolveu uma exclusiva combinação entre um sistema de fresagem escalonada e uma macrogeometria híbrida que conferem a esta linha de implantes uma excelente performance clínica, diminuindo o tempo cicatricial e aumentando a possibilidade de realização do protocolo de carga imediata para os casos unitários, parciais e totais selecionados adequadamente. O sistema de fresagem dos implantes SW apresenta uma sequência 22 22 4. Características, vantagens e benefícios progressiva de alargamento do alvéolo ósseo que cria um escalonamento em quatro fases para que o implante possa ser assentado com o máximo de contato com o tecido ósseo em toda a sua extensão (Figuras 24, 25, 26 e 27). Figura 24 - Após a fresagem inicial com as fresas lança (FRL 2020), helicoidal de 2 mm (FH 2015) e piloto (FP 2030), são utilizadas as fresas específicas do sistema Strong SW para criação do diâmetro final do alvéolo escalonado. No exemplo ao lado temos a fresa FRW 45. Figura 25 - Para finalização da fresagem escalonada é utilizada a fresa countersink de acordo com o diâmetro final do implante para a criação dos degraus cervicais. No exemplo ao lado temos a fresa FCW 45. Figura 26 - Anatomia final do alvéolo ósseo. Denotar a presença dos degraus criados pela fresagem escalonada e que serão fundamentais para o incremento da estabilidade primária do implante Strong SW. www.sinimplante.com.br 23 4. Características, vantagens e benefícios Figura 27 - Implante Strong SW em posição. A associação da fresagem escalonada com a macrogeometria híbrida permitem o contato da porção cervical, corpo e ápice com o tecido ósseo, superior aos implantes cilíndricos ou híbridos tradicionais, comprovado através de estudo avaliando a interferência volumétrica de contato (FIGURAS 28 a 34). Figura 28 - Exemplo de perfil do alvéolo após a fresagem para a instalação de um implante cilíndrico. Detalhe para a anatomia cervical do alvéolo criada pela fresa countersink. 42 24 4. Características, vantagens e benefícios Figura 29 - Análise realizada através da interferência volumétrica de contato do implante cilíndrico com o alvéolo. Denotar que a plataforma e o ápice não apresentam um contato íntimo com o tecido ósseo devido as características macrogeométricas e o tipo de fresagem utilizada. Figura 30 - Detalhe para a região cervical do implante cilíndrico do tipo hexágono externo, onde se denota a ausência de contato do implante com a estrutura óssea. Figura 31 - Análise realizada através da interferência volumétrica de contato do implante cônico com o alvéolo. Denota-se que a plataforma não apresenta um contato íntimo com o tecido ósseo, além de possuir uma menor estabilidade do corpo, pela redução progressiva do diâmetro. www.sinimplante.com.br 25 4. Características, vantagens e benefícios Figura 32 - Perfil do alvéolo após a fresagem para a instalação de um implante Strong SW. Denota-se a criação de degraus (escalonamento) que garantirão um contato íntimo do implante com o osso em toda a sua extensão, além de incrementar a estabilidade primária. Figura 33 - Análise realizada através da interferência de contato do implante Strong SW com o alvéolo. Denotase o contato íntimo com o tecido ósseo em toda a extensão do implante devido as características macrogeométricas e o tipo de fresagem utilizadas. Figura 34 - Análise da área de contato, comparando implantes com diferentes macrogeometrias através da interferência volumétrica. Denota-se a maior área dos implantes com macrogeometria híbrida (Strong SW), quando comparados aos implantes cilíndricos ou cônicos. 62 26 4. Características, vantagens e benefícios Um importante fator a ser considerado, quando do desenvolvimento de um projeto de implante, é a existência de uma delicada interação entre a reabsorção e a formação óssea na superfície do implante, nos primeiros períodos após a instalação50. Quando um implante é inserido, as áreas de osso na região de contato osso-implante são inicialmente reabsorvidas antes que um novo osso seja formado e a osseointegração seja estabelecida. Em áreas livre de contato, ou com baixos níveis de compressão, o osso pode ser formado imediatamente, permitindo uma osseointegração mais rápida. Isto implica que a osseointegração pode ser facilitada e mesmo acelerada, não apenas pelo tipo de tratamento de superfície, mas também por um macro-design de implante que alcance um bom equilíbrio entre a necessidade de uma firme estabilidade primária e áreas em que o implante não causa uma alta compressão no leito ósseo receptor. Desta forma, um substancial aumento na previsibilidade de protocolos com os de carga imediata e precoce poderia ser alcançado. Os vértices das roscas são pontos de concentração de tensões e, portanto, capazes de gerar intensa compressão do osso quando da inserção do implante. Neste sentido, um implante com um número menor de roscas induziria um menor volume de reabsorção óssea e uma osseointegração mais rápida, pela formação óssea direta no fundo e flanco dos filetes de rosca. Os implantes Strong SW apresentam roscas com base trapezoidal, com perfil de corte agressivo e com maior espaçamento entre os filetes para facilitar a sua inserção clínica e, ao mesmo tempo, promover uma alta estabilidade primária (Figura 35). Figura 35 - Desenho demonstrando um perfil de rosca tradicional (esquerda) e o padrão utilizado pela linha Strong SW (direita) para aumento da estabilidade primária e maior velocidade de inserção. A macrogeometria híbrida do implante permite características específicas para incremento da estabilidade do implante sem excesso de compressão na interface com o tecido ósseo, desde o seu ápice até a sua porção cervical. Em uma análise das diferentes regiões do implante Strong SW, pode-se destacar: 1. O ápice apresenta conicidade especialmente desenhada para a expansão do tecido ósseo e com filetes de rosca com maior apoio e imbricamento tecidual, fundamental para os casos de pouca espessura óssea, como por exemplo as maxilas atróficas ou alvéolos pós-exodontia (FIGURA 36); 2. O corpo do implante apresenta perfil de roscas profundas de base trapezoidal para um maior apoio no tecido ósseo medular (FIGURA 37); 3. A região cervical apresenta micro-roscas para aumento da área de contato ósseo, melhor dissipação das forças oclusais e reforço mecânico das paredes do implante, que receberão grande parte das forças mastigatórias (FIGURA 38). www.sinimplante.com.br 27 4. Características, vantagens e benefícios Figura 36 - Detalhamento do ápice do implante Strong SW com características macrogeométricas específicas para expansão óssea e alta estabilidade primária. Figura 37 - Detalhamento do corpo do implante Strong SW com características macrogeométricas específicas para a obtenção de alta estabilidade primária na porção medular do tecido ósseo. Detalhe para o maior espaçamento das roscas com base trapezoidal. Figura 38 - Detalhamento da região cervical do implante Strong SW demonstrando a presença das microroscas cervicais com tratamento de superfície para manutenção do nível ósseo cervical. 4.3 Acoplamento protético interno As conexões internas, hexágono interno e cone-Morse, distribuem as tensões de maneira mais uniforme, quando comparadas aos encaixes do tipo hexágono externo. Além disto, estes tipos de conexões diminuem substancialmente o pico e otimizam a distribuição das tensões no osso de suporte40-42. Por outro lado, em conexões em hexágono externo no nível da margem da mucosa peri-implantar, o pico das tensões cisalhantes na interface osso-implante se localiza no topo do osso marginal43. Considerando que o osso cortical resiste 65% menos ao cisalhamento que a compressão, a conexão em hexágono externo leva a maiores tendências de perda óssea peri-implantar44. Com uma conexão cone-morse, o pico da tensão cisalhante se encontrava em uma localização mais 82 28 4. Características, vantagens e benefícios apical, o que poderia reduzir a reabsorção óssea marginal41,43. Comparando conexões em hexágono interno e externo, uma menor concentração de tensões na região marginal foi observada para a configuração interna40. Este fato pode ser justificado pela diferença de área superficial entre as conexões. A interface cônica da conexão cone-Morse, bem como a parede lateral do abutment do hexágono interno, ajudam a dissipar a força que seria transmitida ao osso marginal40,42. O design da conexão protética é também determinante nas tensões do parafuso do abutment e na desadaptação (gap) entre o implante e o abutment40,42. Comparando as tensões internas de diferentes tipos de conexões protéticas, Pessoa et al.40 encontrou valores de tensão no parafuso do abutment e gap significantemente menores para a conexão cone-morse. A conexão em hexágono interno apresentou valores intermediários e a hexágono externo a maior instabilidade e tensões na região do encaixe protético. Isto significa que as conexões externas apresentam uma maior probabilidade de afrouxamentos e fraturas de parafuso da prótese. 4.4 Acoplamento protético externo Os implantes com acoplamento do tipo hexágono externo (HE) desenvolvidos pelo Prof. Per-Ingvar Branemark no início dos anos 60, são até hoje o sistema mais utilizado em boa parte do mundo. A grande vantagem do sistema HE é sua simplicidade e previsibilidade adquiridas durante anos de casuística clínica e suporte científico favoráveis. Uma característica importante do sistema HE é a grande variedade de componentes protéticos que facilitam a escolha da solução adequada para cada caso14. O acoplamento HE, apesar de biomecanicamente mais instável, conforme descrito anteriormente, trata-se de um sistema com alta aplicabilidade clínica, sobretudo em casos clínicos de próteses múltiplas sobre implantes ou áreas de baixo envolvimento estético e funcional. Nos casos das reabilitações múltiplas sobre implantes, há uma melhor distribuição de forças geradas pela união entre os implantes, minimizando o risco de afrouxamento ou fratura de componentes protéticos, sendo este risco aumentado nos casos unitários. A presença das micro-roscas cervicais, tratamento de superfície no módulo da crista (FIGURA 39) e a aplicação do conceito de plataforma switching (FIGURA 40 e 41) na linha de implantes Strong SW Hexágono Externo, minimizam a concentração de forças compressivas e de cisalhamento no módulo da crista quando comparada aos desenhos convencionais dos implantes com o mesmo tipo de acoplamento protético. Figura 39 - Implante SW Hexágono Externo. Denotar a sua macrogeometria híbrida, presença das micro-roscas cervicais e tratamento de superfífice até o módulo da crista. www.sinimplante.com.br 29 4. Características, vantagens e benefícios Figura 40 - Conceito de plataforma switching no implante SW Hexágono Externo para melhorar a dissipação das forças oclusais e transferir o gap existente entre implante e abutment para uma posição mais distante do nível ósseo. Figura 41 - Análise de elementos finitos realizado por Pessoa e colaboradores demonstrando o efeito da mudança do diâmetro do abutment (plataforma switching) no ambiente biomecânico dos implantes SW hexágono externo submetidos a carga para minimizar a concentração de forças no tecido ósseo periimplantar. 4.5 Strong SW hexágono externo com torque interno hexalobular A linha de implantes SW Hexágono externo também traz uma grande evolução macrogeométrica para inserção do implante no alvéolo ósseo com máxima precisão e sem o risco de travamento da chave de inserção do implante, sobretudo quando o torque de inserção do implante excede valores de 45 Ncm. Este novo conceito de torque interno para implantes de hexágono externo elimina os ângulos presentes na chave de inserção e no implante, responsáveis por deformações internas e travamento do conjunto, dificultando a remoção clínica da chave no trans-operatório e que pode levar a perda de estabilidade do implante ou fratura do instrumento de inserção (Figuras 42, 43, 44 e 45). Figura 42 - Implante com hexágono externo convercional. Denotar a presença dos ângulos internos no hexágono e que poderão sofrer deformações durante a inserção do implante. 03 30 4. Características, vantagens e benefícios Figura 43 - Implante com hexágono externo do tipo Hexalobular. Denotar a ausência dos ângulos internos no hexágono, evitando o travamento do conjunto, mesmo em situações clínicas com alto torque de inserção. Figura 44 - Detalhe do conjunto implante-chave de inserção do sistema Hexalobular do implante Strong SW Hexágono Externo S.I.N. Figura 45 - Análise de elementos finitos avaliando a distribuição de forças no implante utilizando o sistema Hexalobular. Denotar a ausência de áreas com concentração excessiva de forças na face interna do hexágono. 4.6 Selamento marginal Um dos principais diferenciais apresentados pela linha Strong SW está relacionado a disponibilidade de um sistema completo de intermediários protéticos usinados com o mais alto padrão de qualidade para garantir um assentamento cervical preciso, minimizando o risco de acúmulo bacteriano na linha de união implante-abutment. Alguns fatores principais a serem considerados pelo profissional são o fato de que deveria sempre ser utilizado um intermediário da mesma marca comercial do implante instalado, utilizar o torque recomendado pelo fabricante para evitar afrouxamentos e, sempre que possível, não remover mais o intermediário, pois isto garantirá um selamento marginal mais efetivo e, como consequência, a preservação da estrutura óssea marginal peri-implantar. Os implantes com acoplamento protético interno apresentam um selamento bacteriano mais efetivo, sobretudo os implantes do tipo cone Morse, por suas www.sinimplante.com.br 31 4. Características, vantagens e benefícios características geométricas sendo indicados, sobretudo, para os pacientes com histórico de periodontopatias ou com dificuldades de higienização, ou ainda para os casos unitários, onde a demanda funcional é aumentada (FIGURA 46). Figura 46 - Microscopia eletrônica de varredura demonstrando a ausência do gap entre o implante (cinza mais claro) e o abutment (cinza mais escuro) devido ao perfeito contato gerado pelo atrito de superfície dos componentes da linha Strong SW cone Morse. 4.7 Platform switching Considerando a importância da preservação da altura da crista óssea para os resultados estéticos finais do tratamento, a utilização de componentes protéticos de menor diâmetro que a plataforma do implante foi introduzida na prática clínica, como tentativa de redução ou eliminação da perda óssea peri-implantar marginal56,57. Como sustentação biológica para a chamada “Platform Switching”, Lazzara & Porter57 sugeriram que o posicionamento horizontal da interface implante-abutment mais distante do osso exporia maior área da superfície do implante, no qual o tecido conjuntivo poderia aderir, e afastaria da crista óssea a contaminação bacteriana do gap, desta forma reduzindo a tendência à reabsorção óssea peri-implantar marginal. Os autores observaram radiograficamente que muitos implantes restaurados com abutments em Platform Switching exibiram uma perda óssea na crista marginal reduzida ou ausente57. Da mesma forma, Guirado et al.58 reportaram uma perda óssea marginal média de 0,7 mm para um novo design de implante que incorporava o conceito de platform switching. Também Capiello et al.59, em um estudo prospectivo, mostraram uma perda óssea significantemente menor para implantes com Platform Switching (média, 0.95 ± 0.32 mm), comparados com implantes restaurados com abutments do mesmo diâmetro da plataforma do implante (média, 1.67 ± 0.37 mm), após 12 meses de carga. Como consequência, a Platform Switching tem sido indicada como uma modalidade de tratamento válida na manutenção dos tecidos peri-implantares moles e duros, não apenas para implantes de dois estágios, como também nos protocolos de implantes imediatos com carga imediata58-60. Além disso, uma motivação biomecânica para o uso de abutments mais estreitos pode ser observada em diferentes estudos61,62. O design em Platform Switching afasta a concentração de tensões da margem óssea peri-implantar, reduzindo seu efeito na reabsorção óssea marginal (Figuras 47, 48, 49 e 50). 23 32 4. Características, vantagens e benefícios Figura 47 - Implante Strong SW com abutment em posição demonstrando o conceito da plataforma switching, um dos fatores importantes para a manutenção do nível ósseo peri-implantar. Figura 48 - Análise em elementos finitos das diferentes desadaptações de implante e componente. Note que uma desadaptação de 0,5mm já é suficiente para diminuir os níveis de tensão na borda do implante51. Figura 49 - Análise em elementos finitos do osso de um incisivo central superior (vista oclusal), para o implante coincidindo com o intermediário (4.5) e desadaptações de 0,5 mm (4.0) e 1,0 mm (3.5). Note que as tensões no osso vestibular diminuem conforme aumenta a distância entre o intermediário e a superfície do implante62. Figura 50 - Radiografia periapical demonstrando o conceito da Platform Switching. Denotar a preservação do nível ósseo peri-implantar. www.sinimplante.com.br 33 Por outro lado, uma maior concentração de tensões no parafuso é encontrada em implantes com Platform Switching62. Isto levaria a maiores tendências, ao afrouxamento e fratura de parafusos. No caso do implante Strong SW, o Platform Switching pode ser utilizado com segurança, pois os encaixes internos protegem o parafuso passante do excesso de tensão (Figuras 51, 52 e 53). Figura 51 - Desenho demonstrando o implante Strong SW Cone Morse em corte, onde se pode denotar o acoplamento interno, que melhora a dissipação de forças no módulo da crista e gera um selamento marginal ideal para evitar a infiltração bacteriana. Figura 52 - Desenho demonstrando o implante Strong SW Hexágono Interno em corte, onde pode-se denotar o acoplamento interno e o conceito de Platform Switching para melhor dissipação das forças oclusais e manutenção do nível ósseo periimplantar. Figura 53 - Desenho demonstrando o implante Strong SW Hexágono externo em corte onde pode-se denotar o conceito de platform switching para melhor dissipação das forças oclusais e manutenção do nível ósseo periimplantar. 4.8 Micro-roscas cervicais Elementos de retenção como micro-roscas no módulo da crista dos implantes são necessários para preservar e manter o osso peri-implantar marginal 52-54. A implementação de micro-roscas no módulo da crista dos implantes aumenta significativamente a habilidade do implante de resistir as cargas axiais, e os estímulos mecânicos providos pelas micro-roscas ajudam a preservar o osso peri-implantar marginal52 (FIGURA 54). Em experimentos com animais, as micro-roscas apresentaram um maior percentual de 43 34 contato osso-implante53. Além disso, estudos clínicos38,55, demonstraram uma reabsorção óssea mínima e um osso peri-implantar marginal estável ao redor de implantes com micro-roscas no módulo da crista. Um estudo clínico de 3 anos de acompanhamento que comparou implantes com e sem micro-roscas demonstrou que implantes sem microroscas estão associados à uma maior perda óssea marginal54. Por outro lado, as perdas ósseas marginais ao redor de implantes com micro-roscas após 1 ano de função varia entre 0.05 e 0.6 mm38,55-57. Uma possível explicação é que o implante sem micro-roscas perde recursos de retenção e, consequentemente, a habilidade de distribuir as tensões concentradas no módulo da crista do implante. Caso estas tensões excedam os limites de resistência do osso, micro-danos por fadiga ocorrem, levando à reabsorção óssea58. Além disso, as roscas geram tensão de compressão nos tecidos de suporte. O osso é mais resistente a forças de compressão e resiste 65% menos ao cisalhamento, força gerada pela tendência ao deslocamento de duas superfícies44. A primeira rosca de um implante é capaz de converter grande parde das forças de cisalhamento aplicadas em forças compressivas32. Esta transformação das forças de cisalhamento em compressão, reduz as tensões mais deletérias e diminui os microdanos ao osso marginal (FIGURA 55). Figura 54 - Fotografia clínica demonstrando as micro-roscas cervicais no módulo da crista e que serão responsáveis por uma melhor distribuição das forças oclusais. Figura 55 - Análise em elementos finitos realizada por Pessoa e colaboradores para testar diferentes tipos de módulos da crista dos implantes. Note que o módulo da crista liso tem um potencial mais de 10 vezes maior para causar perda óssea por cisalhamento, se comparado com o módulo da crista com micro-roscas. www.sinimplante.com.br 35 5. Instruções de uso 5. Instruções de uso A família de implantes SW, com as conexões Hexágono interno (H.I.) e Cone Morse (C.M.), apresenta as seguintes especificações: Família Strong SW Comprimento Diâmetro de plataforma Ø3,5 Ø3,8 Ø4,1 Ø4,5 Ø5,0 Ø5,5 C.M. C.M. H.I. H.E. C.M. H.I. H.E. H.E. C.M. 7,0 - - - SCW 3707 - - - SCW 5007 - H.I. - 8,5 SWCM 3585 SWCM 3885 SW 3885 SCW 3785 SWCM 4585 SW 4585 SCWE 4585 SCW 5085 SWCM 5585 SW 5585 10 SWCM 3510 SWCM 3810 SW 3810 SCW 3710 SWCM 4510 SW 4510 SCWE 4510 SCW 5010 SWCM 5510 SW 5510 11,5 SWCM 3511 SWCM 3811 SW 3811 SCW 3711 SWCM 4511 SW 4511 SCWE 4511 SCW 5011 SWCM 5511 SW 5511 13 SWCM 3513 SWCM 3813 SW 3813 SCW 3713 SWCM 4513 SW 4513 SCWE 4513 SCW 5013 SWCM 5513 SW 5513 15 SWCM 3515 SWCM 3815 SW 3815 SCW 3715 SWCM 4515 SW 4515 SCWE 4515 SCW 5015 SWCM 5515 SW 5515 Para a realização do tratamento cirúrgico, e posteriormente protético do paciente, o cirurgião-dentista deve garantir que as seguintes condições sejam observadas: Avaliação das condições de saúde geral do paciente: 1. 2. 3. 4. 5. Densidade e volume ósseos apropriados para o procedimento cirúrgico; Condições físicas detalhadas (exames laboratoriais); Hábitos como fumo e bebida alcoólica; Padrões de mastigação e hábitos parafuncionais; Condições psicológicas. Avaliação Clínica e Planejamento do Tratamento 1. 2. 3. 4. 5. Avaliação das condições orais (exame clínico); Modelos de Estudo; Avaliação radiográfica; Avaliação tomográfica; Discussão com o paciente sobre as possibilidades de tratamento, assim como pontos fortes e fracos de cada uma delas. Indicações 1. 2. 3. 4. Maxila ou mandíbula; Restaurações totais, parciais e unitárias, inclusive em áreas enxertadas; Técnica convencional (1 e 2 estágios cirúrgicos); Carga imediata (ativação em até 48 horas). Contra indicações 1. Quantidade e qualidade ósseas remanescentes insuficientes para estabilidade inicial; 2. Condições locais ou sistêmicas inadequadas: higiene oral deficiente, infecção periodontal aguda ou crônica, dependência química, parafunção oclusal, história de irradiação, paciente inadequado para cirurgia oral maior ou complicada e inabilidade para construir uma prótese funcional. www.sinimplante.com.br 37 5. Instruções de uso Composição do produto Implantes fabricados em titânio puro grau 4 conforme ASTM F67-06. Técnica Cirúrgica • • • • Preparação do local do implante e sua instalação; Reabertura do implante; Restauração protética; Instalação do implante e ativação protética imediata. Sequência da técnica cirúrgica 1. Incisão e afastamento do Retalho; 2. Utiliza-se a sequência de fresagem de acordo com o quadro abaixo: Sequência de Fresagem • Deve-se utilizar as fresas indicadas até a marcação da altura do implante selecionado. * Em implantes de 8,5 mm de comprimento, não é necessário utilizar essa fresa, segue-se com a utilização da countersink que possui o comprimento de 8,5mm. ** Em implantes de 7,0 mm de comprimento, não é necessário utilizar essa fresa, segue-se com a utilização da countersink que possui o comprimento de 7,0mm. SISTEMA FRL 2020 FH 2015 FP 2030 FRW 38 FRW 45 FRW 55 Ø3,5 mm • • • • Ø3,8 mm • • • •* Ø4,1 mm • • • •** Ø4,5 mm • • • • Ø5,0 mm • • • • • Ø5,5 mm • • • • •* FCW 38 FCW 41 FCW 45 FCW 55 MRIW 37 MRIW 45 MRIW 55 • osso tipo I ou II • • osso tipo I ou II • • osso tipo I ou II • •* MRIW 38 • osso tipo I ou II • • osso tipo I ou II 3. Acondicionar o suporte do implante no kit organizador, retirar o rótulo TYVEK® deixando o implante exposto; 4. Com a chave de instalação (CTM 20 ou CTM 24 para SWCM, ou CMHI 01 ou CMHI 02 para SW HI) acoplada ao contra-ângulo, pressione a mesma sobre o implante até obter o encaixe correto; 5. Levando o conjunto até o alvéolo cirúrgico já preparado, efetuar a instalação do implante (20 RPM); 6. Se necessário, complete a instalação com o torquímetro cirúrgico (TMECC) ou a catraca (CDC100) acoplada à chave de catraca (CCM 20 ou CCM 24 para SWCM, ou CCIH 20 ou CCIH 24 para SW HI); 7. Após assentamento do implante, retire a chave de instalação do implante e insira com a chave hexagonal de 0,9mm (CDH 0920 ou CDH 0924) o parafuso de proteção (tapa-implante); 8. Implante instalado e suturado. Obs.: durante a confecção do alvéolo, evite flexionar as fresas lateralmente e utilize irrigação abundante e ininterrupta. Para um único tempo cirúrgico ou carga imediata, o pilar intermediário selecionado deverá ser instalado. 83 38 5. Instruções de uso Modelo de Sequência de Fresagem Implantes com 4,5 mm de diâmetro** ** Para os implantes com diâmetro de 3,5mm; 3,8mm; 4,5mm e 5,5mm deve ser seguida a sequência de fresagem estabelecida no item 2 da “Sequência da Técnica Cirúrgica” www.sinimplante.com.br 39 6. Considerações finais 6. Considerações finais Os implantes osseointegráveis têm sido utilizados para reabilitação de pacientes nas últimas décadas com índices crescentes de sucesso clínico e evidenciação científica, impactando positivamente na qualidade de vida dos mesmos, do ponto de vista social, funcional e estético. Dentro desta realidade, o conhecimento aprofundado da biomecânica e biologia peri-implantar possibilitou a utilização de novos conceitos e tecnologias para preservação do nível ósseo ao redor dos implantes, aumentando assim o prognóstico de sucesso clínico, sobretudo em casos de alta demanda estética ou funcional. Como em todos os procedimentos realizados em Implantodontia, a decisão clínica baseada em evidências científicas, que demonstrem efetivamente o benefício para os pacientes, deverá nortear a terapia utilizada no dia a dia da reabilitação oral com implantes. Com este intuito, existe uma convergência de opiniões de que o sucesso clínico, utilizando os princípios da osseointegração, é multifatorial, sendo que alguns fatores relacionados aos implantes têm demonstrado ser importantes como o tratamento de superfície, alterações macrogeométricas, tipo de conexão protética, Platform Switching, selamento marginal e a macrogeometria do implante. Clinicamente, o desafio se encontra na identificação dos fatores de risco estéticos e funcionais de cada caso clínico, sendo que, quanto maior a complexidade do caso, mais crítico será o conhecimento dos limites biológicos e biomecânicos a serem vencidos, sempre em busca da previsibilidade de resultados e manutenção da excelência alcançada por períodos longos de tempo. O maior conhecimento da histofisiologia do processo de osseointegração, associado à alta tecnologia e embasamento científico, motivaram o desenvolvimento da linha de implantes Strong SW da S.I.N. - Sistema de implante Nacional, para excelência de resultados clínicos e previsibilidade funcional e estética no tratamento dos diferentes tipos de edentulismo. www.sinimplante.com.br 41 7. Referências bibliográficas 7. Referências bibliográficas 1. Schroeder A, Pohler O, Sutter F. Tissue response to titanium plasma-sprayed hollow cylinder implants (German). Monthly Swiss Dental Journal (German) 1976;86:713-727. 2. Brånemark PI, Adell R, Breine U, Hansson BO, Lindstrom J, Ohlsson A. Intra-osseous anchorage of dental prostheses. I. Experimental studies. Scand J Plast Surg 1969;3:81-100. 3. Boyne PJ. Osseous repair of the postextraction alveolus in man. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1966;21:805-813. 4. Albrektsson T, Brånemark P-I, Hansson HA, Lindstrom J. 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