Um novo rosto para os Bairros de Campolide

Transcrição

Um novo rosto para os Bairros de Campolide
BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE
N.º 48 | Ano XII | Dezembro 2012
notícias de
Distribuição GRATUITA
Liberdade, Tarujo e Bela Flor
Um novo rosto
para os Bairros
de Campolide
Página 16
Projecto “Linhas
sobre Rodas” cria
empregos sociais
JFC cria atendimento
especial sobre
Lei das Rendas
Fregueses contra
ruído de aparelhos
de ar condicionado
Página 4
Página 11
Página 23
O Celeiro Solidário da JFC já facultou
1 8 5 8 8
refeições desde 5 de Março de 2012
índice
Edi tori a l
novas parcerias
Projecto “Linhas Sobre Rodas”
EXECUTIVO
3
4
desporto
Actividades desportivas no Bairro da
Liberdade
5
entrevi s ta
Daniel Sampaio, Psiquiatra
Cónego Francisco Crespo
6
18
orçamento partic ipativo
Propostas de Campolide vão avançar 7
André Nunes de Almeida Couto – Presidente
[email protected]
Horário de atendimento (mediante marcação prévia):
5.ª feira das 10.30 às 13.30
Pelouros: Serviços Administrativos, Recenseamento Eleitoral,
Recursos Humanos, Habitação, Urbanismo e Ordenamento
do Território, Acção Social, Desporto, Defesa do Meio Ambiente,
Educação, Cultura, Saneamento e Salubridade, Abastecimento
Público, Toponímia e Iluminação Pública
Miguel Belo Marques – Vice-presidente
[email protected]
Horário de atendimento (mediante marcação prévia):
3.ª feira e 5.ª feira das 10.30 às 13.30
Pelouros: Segurança, Espaço Público, Protecção Civil,
Património, Informática, Comércio, Turismo e Transportes
ACÇÃO SOCIAL
Celeiro Solidário já serviu mais de 18
mil refeições
8
Comissão da AML visitou Paróquia de
São Vicente de Paulo
9
JFC apoia família afectada por incêndio
Biblioteca Itinerante
10
Maria Cândida Cavaleiro Madeira – Tesoureira
arrendamento urbano
Fábio Miguel Romão Morgado – Vogal
Atendimento jurídico especial da JFC
sobre nova Lei das Rendas
11
uni versi d ade sénior
UC Pintar a Manta/UC Motricidade 12
Nova UC: Imagiografia
13
divu lgação
[email protected]
Horário de atendimento: Mediante marcação prévia
Pelouros: Saúde e Desenvolvimento Económico
[email protected]
Horário de atendimento: Mediante marcação prévia
Pelouros: Juventude, Recreio e Tempos Livres, Comunicação,
Tecnologias de Informação
António Maria Henrique – Vogal
Horário de atendimento: Mediante marcação prévia
Presidente da JFC escreve a pais
sobre Portaria da Querubim Lapa
Carris surda sobre a carreira 702 14
Iluminações de Natal
15
obras públi cas
Bairros de Campolide: “Pinta Tudo” 16
Circuitos Deservagem/Arranjo de
Espaços Verdes
17
aconteceu em cAMPOLIDE
Inauguração Corredor Verde de
Monsanto
20
Conselhos Segurança Idosos (PSP)21
100 Fregueses “em casa de
Amália”
22
abai xo assi n ado
JFC apoia Fregueses contra ruído de
aparelhos de ar condicionado
23
2
Assembleia de Freguesia
Joaquim Couto Rodrigues da Silva - Presidente
Restantes membros
Maria Antónia Serra
Maria Cristina Costa
Maria Teresa Almeida
Gil Margarido
Carlos Gomes
Cristiana Calheiros
Luísa Teixeira
Carlos Carvalho
Filipe Botas
Pedro Morais Sarmento
António Horta Pinheiro
Vítor Machado
editorial
editorial
Campolide de quem
lhe quer bem!
Caros Vizinhos e Vizinhas,
Novo rosto para os Bairros da Liberdade, Tarujo e Quinta da Bela Flor
A autoestima das zonas mais degradadas de Campolide é uma das nossas grandes prioridades, assumidas na campanha. A reabilitação urbana que
fazemos por meios próprios ou através de projectos da Câmara Municipal de Lisboa tem dado
os seus frutos. Desta feita aproveitámos os bons
ofícios do Sr. José João, o “Pinta-Tudo”, e contratámo-lo para pintar todas as fachadas de várias
ruas do Bairro da Liberdade, Tarujo e Calçada dos
André Nunes de Almeida Couto Sete Moinhos, na Quinta da Bela Flor. Dezenas de
[email protected] casas já foram pintadas e os bonitos resultados
estão à vista nas fotografias que ilustram o artigo
facebook.com/jfcampolide respectivo. Também assim se cuida da autoestima
da Freguesia e das pessoas!
Lei das Rendas
A nova Lei da Rendas tem gerado o caos em muitas
casas de Campolide. Aparecem como cogumelos
proprietários que se tentam aproveitar da ignorância e iliteracia jurídica de alguns inquilinos, para
lhes imporem grandes aumentos de renda, ainda
maiores do que os permitidos por lei, e ameaçarem
com despejos que não podem concretizar. A Junta
de Freguesia de Campolide (JFC) criou um serviço
de aconselhamento jurídico que apoia, em todas
as fases, inquilinos e proprietários. A marcação de
atendimento com o Dr. Bruno Louro, nosso Advogado e especialista na matéria, pode ser realizada
na recepção da JFC. Se tem dúvidas não deixe de
recorrer à sua Junta de Freguesia!
Inauguração do Corredor Verde de Monsanto
Este mês faz-se história em Campolide! O actual
Executivo Municipal, pelas mãos do Presidente
António Costa e do Vereador José Sá Fernandes,
concretizará, com o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles,
o sonho deste último para a nossa Cidade: a
ligação de Monsanto ao Parque Eduardo VII
através de uma zona verde. O último passo, a
recuperação da Quinta José Pinto, área degradada e abandonada, fará nascer um novo espaço verde, com múltiplos projectos e valências,
entre eles um parque infantil, o primeiro dos
que prometemos para a nossa Freguesia que,
como é do conhecimento geral, não contava,
até aos nossos dias, com um único equipamento deste cariz.
Natal em Campolide: mais Coração, menos
iluminação
Este Natal assumi a decisão de não se colocarem as iluminações típicas em Campolide. Todos
sentimos os cruéis cortes da austeridade e a
JFC não é excepção. Era preciso optar porque
os meios financeiros não permitiam um Natal
como o de outros anos. A tradicional despesa
em iluminações foi canalizada para reforço da
quantidade e qualidade dos cabazes de Natal
destinados às famílias carenciadas, que este
ano serão seiscentas, e para evitar despedimentos e outros cortes. Como não quisemos
passar ao lado da quadra, temos bilhetes disponíveis para o Circo, na recepção da JFC, por
apenas €1.
Termino deixando uma saudação especial
para todos e todas, em especial aqueles que
passam mais dificuldades, fruto da conjuntura,
bem como para aqueles que através do seu
esforço, generosidade e trabalho tentam, por
estes dias, propiciar o melhor Natal às gentes
da na nossa Freguesia!
Um abraço,
André Couto
ficha técnica
Direcção: André Couto e Sérgio Vitorino
Redacção: A na Paula Brito, André Couto, Paula Gil
e Sérgio Vitorino
Fotografia: A ndré Couto, Raquel Silva e Sérgio
Vitorino
Propriedade: Junta de Freguesia de Campolide
Paginação: Jorge Guimarães
Depósito Legal: 121904/98
Tiragem: 10 000 exemplares
Distribuição Gratuita
*As empresas privadas presentes nesta edição
efectuaram doações para a Acção Social da JFC
Junta de Freguesia de Campolide
Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07
e-mail: [email protected]
www.jf-campolide.pt
Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês
3
novas parcerias
Criação de Emprego
Projecto “Linhas Sobre Rodas”
avança em Campolide
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3º a contar da direita, André Couto
seguido de Ana Paula Brito e Leonor
Rua no lançamento do projecto
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O “Linhas sobre rodas” é um serviço de
costura, com recolha e entrega ao domicílio, que tem como prioridade a criação de
emprego para costureiras experientes e
de qualidade, que estejam em situações
vulneráveis, gerando receitas apenas para
assegurar a sua sustentabilidade. Este projecto, ainda em fase de experiência piloto
no bairro da Mouraria, em Lisboa, parte da
ideia de que existe um segmento de profissionais sem tempo livre e com dificuldade
em encontrar soluções comerciais ajustadas às suas necessidades de confecção,
arranjo e reparação de roupa e, por outro
lado, da ideia de que há muitas costureiras
experientes em situação de desemprego.
Com este negócio social procura-se assim
resolver estes dois problemas – a oferta sem
clientes e os clientes sem oferta – pondo as
costureiras “sobre rodas”. E é aqui, que “Linhas Sobre Rodas” marca a diferença: existe
uma costureira que vai de mota, a casa ou ao
emprego dos clientes buscar, tirar medidas e
entregar as peças de roupa. Ao deslocarem-se de mota ao local que for mais conveniente ao cliente, as costureiras acedem a um
mercado que lhes estava antes demasiado
distante e os clientes vêm o seu problema de
falta de tempo para deslocações resolvido.
Fa
A apresentação institucional do novo
negócio social criado pelo Social Lab
da Fundação EDP e pela SEA – Agência de Empreendedores Sociais e em
que a Junta de Freguesia de Campolide
é parceira, contou com a presença do
seu Presidente, André Couto. No Museu da Electricidade, em Belém, a 16
de novembro 2012, estiveram também
representantes dos Business Angels
Sociais do projecto- Fundação Calouste
Gulbenkian e Fundação Luso-Americana - e restantes parceiros: aiMouraria,
CML, JFC, Vieira de Almeida & associados (sociedade de advogados), Nona
Junior Enterprise. Representando a
nossa Freguesia estiveram ainda a responsável pelo Pelouro de Acção Social
da JFC, Ana Paula Brito, e Leonor Rua,
modista e costureira, e também docente
e funcionária da JFC.
“Linhas Sobre Rodas” começou a operar no
princípio de Novembro, uma data que marca
o arranque da primeira fase do projecto, em
que o negócio social irá já estar comercialmente activo, mas com as operações ainda
em pequena escala na cidade de Lisboa.
Durante os três meses seguintes, até Janeiro
de 2013, procurar-se-á testar a validade do
modelo comercial e social implementado, e
obter indicadores objectivos do futuro potencial do projecto. Pretende-se, no final
desse período, angariar o investimento adicional necessário para o Linhas sobre Rodas poder operar a uma escala maior. Esse
reforço de investimento marcará o início da
segunda fase do projecto: a de crescimento e
consolidação. Saiba mais sobre este projecto
em: http://www.linhas.pt
desporto
desporto
Programação desportiva
Bairro da Liberdade já tem
campo onde treinar e jogar
José Anjos já treinou muitos
campeões de boxe e de futebol
JFC apoia materialmente as actividades
do Campo de Jogos construído através
do BIP/ZIP 2011, como o torneio de 15
e 16 de Dezembro, em que participaram
oito equipas, 4 quatro séniores e 4 veteranas. Os técnicos José Anjos e Pedro Reis
– “Mister Pedro” – coordenam treinos e
actividades.
Como foi retratado na última edição do ‘Notícias de Campolide’, a JFC fez através da candidatura ao projecto municipal Bairros e Zonas
de Intervenção Prioritária - BIP/ZIP 2011 - a
recuperação de duas praças no Bairro da Liberdade e construiu um campo de jogos. O
novo equipamento pretendeu, segundo o Pre-
Pedro Reis, com alguns dos
membros mais jovens das equipas
sidente da Junta de Freguesia, “dar uma possibilidade prática desportiva e de entretenimento às crianças do Bairro da Liberdade, que é
um bairro carenciado que anteriormente não
tinha qualquer tipo de valência desportiva.”
André Couto diz que “houve o cuidado não só
de disponibilizar aquele campo de jogos, como
também de criar um programa de actividades
e de colocar pessoas como responsáveis pela
sua coordenação e pelo entretenimento das
crianças. Escolhemos o senhor José Anjos, um
senhor reformado que acompanhou e treinou
quase todas as gerações de pessoas vivas no
Bairro da Liberdade, e que é muito estimado
pela comunidade.”
“Ele disponibilizou-se imediatamente para
Artes Marciais
Campeões do CRP Campolide
destacaram-se no Mundial de Karaté
Os atletas do Centro de Recreio Popular (CRP), Hugo Pina e Nuno Mestre, tiveram uma actuação brilhante
e conseguiram um fantástico 9º lugar
por equipas no Campeonato do Mundo da modalidade, realizado entre 21
e 25 de Novembro em Paris França.
Competiam, na categoria, atletas de
62 países.
Hugo Pina, que tem um currículo desportivo
de excelência no qual se destacam 7 títulos
de Campeão Nacional, tivera já uma excelente
participação no Campeonato da Europa no
mês de Maio, atingindo o 7º lugar em equipa.
Não sendo “lugares de medalha”, as posições obtidas por Hugo Pina e Nuno Mestre
não devem, porém, ser desvalorizadas: elas
representam um feito histórico, na medida
voltar a fazer esse trabalho de forma praticamente voluntária”, relatou o Presidente da
JFC, “e iniciar esse programa com homens,
com mulheres, com crianças que já têm uma
prática desportiva regular, que têm torneios
como o que irá haver agora nos dias 15 e 16
de Dezembro.”
Falámos com o treinador José Anjos no Campo
de Jogos. “Isto antes era apenas um jardim com
lombas e muito lixo, agora é um equipamento
desportivo.” Já estão programadas as actividades para o Verão. José Anjos considera que “no
dia da inauguração das praças e do campo, 22
de Setembro, toda a população ficou satisfeita.
Isto para mim é extraordinário. Há muitos anos
que lutava por um campo para aqui.”
em que se trata da melhor classificação de
sempre num Mundial. A delegação de karatecas nacionais contou ainda com Nuno
Dias, Nuno Moreira, Filipe Reis, Vitalie
Certan e Jorge Machado, além da equipa
feminina composta por Inês Rodrigues, Catarina Vilhena, Liliana Félix e Ana Madureira,
registando todos eles prestações de valor.
Esta edição do Mundial de Karaté contou,
no total das categorias, com a participação
recorde de 113 países e 1435 atletas, sendo um passo importante na afirmação da
modalidade num momento em que almeja
tornar-se modalidade olímpica. Ficam os
nossos parabéns ao CRP Campolide e ao
conjunto dos atletas da selecção nacional.
5
entrevista
Daniel Sampaio
“Desejo que o actual Executivo da JFC
possa continuar o seu bom trabalho.”
A pretexto do seu 22º livro, “Labirinto de
Mágoas”, um ensaio sobre as dificuldades que se colocam “a todas as relações
conjugais prolongadas”, o ‘Notícias de
Campolide’ entrevistou o Psiquiatra Daniel Sampaio, que viveu a sua juventude
em Campolide e mantém na Freguesia o
seu consultório.
Este livro sobre conjugalidade resulta,
para além da sua experiência profissional,
da sua experiência profissional e vivida?
Dia 5 de Dezembro será o 42º aniversário
do meu casamento. Essa experiência pessoal
também foi, obviamente, muito útil para escrever este livro. Uma das perspectivas fundamentais deste “Labirinto de Mágoas” é que
uma relação conjugal prolongada tem crises
e não é possível ter uma relação prolongada
sem crises.
As pessoas normalmente conseguem reconhecer os sinais iniciais de crise de uma
relação?
Muitas vezes, não. O livro, não sendo de
auto-ajuda, tem um contributo para isso, pois
tenta ajudar as pessoas a identificar os seus
padrões destrutivos de comunicação, em que
a certa altura estão presas num labirinto de
mágoas, daí o título, e repetem de uma forma
rígida esse padrão. Isso é que leva à deterioração da relação. E é possível ver isso precocemente se as pessoas estiverem alertadas
para o facto.
Esses padrões estão bem definidos no livro e podem ajudar a perceber quando isso
se está a tornar rígido, porque numa relação
prolongada há sempre afectos negativos,
ou seja, raiva, sentimentos de humilhação,
de abandono... o que se passa
numa relação que está a resultar
e tem algum sucesso é que os aspectos positivos são superiores
aos negativos, mas quando estão
numa crise as pessoas só ligam
aos aspectos negativos.
Vive a dois passos de Campolide…
Vivi em Sintra até aos 15 anos,
quando vim viver para Campolide
6
“O Presidente da JFC tem um
óptimo contacto pessoal, é muito
acessível, disponível e trabalhador.”
“Este livro propõe às pessoas
que pensam separar-se que
não o façam sem uma reflexão
crítica sobre a relação.”
com os meus pais e o meu irmão, no local onde
tenho o meu consultório desde 1973. Acompanho a vida da Freguesia, embora não muito de perto.
Tem acompanhado o desempenho do actual Executivo?
Não conhecia o Presidente
André Couto. Quando se
candidatou, convidou-me
para a sua lista. Fiquei com
óptima impressão dele, não
integrei a lista num lugar
elegível por falta de disponibilidade pessoal,
mas integrei-a nos últimos lugares e apoiei
a candidatura.
Tenho verificado o bom trabalho da JFC.
Tenho uma boa impressão deste Executivo e
desejo que possa continuar o seu trabalho.
Recentemente, perguntei ao Presidente o
que ia acontecer à Quinta José Pinto. Receava
que o seu destino fossem lotes de construção e prédios, mas tive a boa notícia de que
será uma zona verde, com um espaço para
crianças, de lazer e actividade física, que acho
fundamental na cidade. Com certeza que a JFC
teve um papel importante nisso.
orçamento participativo
orçamento participativo
O.P. 2012 da Câmara Municipal de Lisboa
Ambas as propostas para Campolide
irão avançar
A proposta vencedora que a Freguesia
de Campolide viu aprovada no processo do Orçamento Participativo 2012
da Câmara Municipal de Lisboa visa a
realização de um estudo de reordenamento do trânsito no Alto de Campolide, com vista a atenuar as dificuldades
de circulação e estacionamento de que
se queixam os comerciantes locais, que
falam em “perda de clientela” e prejuízo. O Presidente da JFC, André Couto,
iniciou o contacto com a CML para o
avanço de um Estudo que irá contribuir
para resolver um problema antigo da
Freguesia.
À semelhança do que já tinha ocorrido em
anos anteriores, este ano voltou-se a registar uma grande mobilização da população
de Campolide em torno das propostas da
Junta de Freguesia para o Orçamento Participativo de 2012 da Câmara Municipal de
Lisboa. Das duas propostas apresentadas
este ano pela JFC, uma pretendia a reabilitação do espaço público na Quinta da Bela
Flor e a outra visava um estudo de reordenamento de trânsito e de estacionamento
no Alto de Campolide.
A primeira proposta não foi aprovada,
mas segundo o Presidente da JFC, André
Couto, “já temos a garantia do Vereador
responsável, José Sá Fernandes, “de que
a vamos conseguir concretizar de igual
modo”.
Quanto à proposta de estudo para uma
reorganização do tráfego da Rua de Campolide, foi uma das propostas vencedoras
do Orçamento Participativo deste ano.
Mais concretamente, a proposta que a
Freguesia de Campolide viu aprovada no
processo de consulta aos cidadãos para o
OP de 2012 é um “Estudo de ordenamento
viário da Rua de Campolide”, que permita
“avaliar hipóteses de intervenção na via
referida com incidência na componente
pedonal”.
Presidente da JFC pede intervenção
da CML
“Têm chegado muitas reclamações por
parte da população, tanto no que toca a
Os sentidos do trânsito na Rua de
Campolide são um problema antigo
André Couto ouve um dos
comerciantes na reunião
de 8 de Novembro
dificuldades de estacionamento, como dificuldades de circulação”, diz André Couto,
“este estudo foi, portanto, a forma que encontrámos de sensibilizar a Câmara Municipal de Lisboa, uma vez que existe mesmo
uma grande preocupação da população
quanto a esta situação.”
Através desta iniciativa, a JFC pretende
que a CML estude a melhor forma de se
conseguirem conciliar os vários interesses em questão: “Os interesses da população, nomeadamente aquela que tem
dificuldades de mobilidade e tem de se
deslocar pelos passeios sem encontrar
carros no seu caminho; as dificuldades
de quem tem de estacionar diariamente
o seu carro; e as dificuldades dos comerciantes” afirmou o autarca. “Estes três
vectores são difíceis de conciliar, sendo
importante encontrar uma forma, daí a
importância deste estudo, para conjugar
os diferentes interesses”, defende André
Couto, Presidente da Junta de Freguesia
de Campolide
7
acção social
Zero Desperdício
Celeiro Solidário da JFC
de Notícias
PAÍS_ SO
CIErefeições
A doação de setenta
mil
DADE_SEGUreRANÇA_CIDADES
cuperadas e 3000 pessoas em situação de carência ajudadas. Este é o
iça na alimbalanço
entaçãdos
o primeiros oito mesesMadeus hábitos das fam
ior parte do desperdício alim
ílias portuguesas
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Muito frequ
do movimento Zero
Desente
Frequente
gundo um primeiro estuactividade
Pouco frequente
Nada frequente
do sobre o tema.
dos alimentos, o processa
perdício,
lançado pela Associação
Produção excessiva de horta
mento é a fase
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eaproveitado. Do campo
ao garfo,
para combater o desperperde-se um milhão deDariAcordar
toneladas
nte inferior à europeia:dício
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a do prazo de validade
34%
Desc
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na preparação dos alimento
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ao nível do poder local. Em CampoliNão
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familiares
lização
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estragada
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Cozinhou demasiada quan
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18 mil refeições doadas.
CON
Comprou demais
17
Soluções práticas
- Planeamento (de compras
e menus);
- Informação sobre armazena
mento
adequado;
- Escolha de embalagens com
a quantidade adequada para
o número de pessoas no agre
gado;
- Ter atenção aos prazos de
na gestão dos stocks de validade
alimentos em casa (por exem
colocar os iogurtes com um plo,
mais curto em destaque no prazo
frigorífico);
- Procurar cozinhar na quan
adequada para o número tidade
de pessoas;
- Utilizar as sobras
das refeições
(por exemplo,
levar a marmita
para o almoço
no trabalho com
os restos do jantar);
- Procurar escolher
produtos que sejam
apreciados por todos
os membros da família,
tanto quanto possível.
SUMO
O Celeiro Solidário
da JuntaTOTA
deLFreguesia
+ 298 mil +
Mais ninguém
324 m
de Campolide
já doou
il =18.588
1031refeições vai comer 0% 20% 40%
60% 80% 100%
desde o início do Projecto,mil
a 5 de Março
de 2012. A JFC tem-se empenhado grandemente no reforço das parcerias e da
coordenação entre as várias estruturas
mento Zero Desperdíc
io, liderado
por António Costa Pereira
que na Freguesia de Campolide intervêm
, o piloto que lançou a petiçã
o de 2010 e
no apoio alimentar.
desencadeouo debate
nasociedade civil. “Somo facilita
A JFC foi a primeira Junta de Freguesia
dores, pois
fazemos os primeiros
a aderir ao movimento “Zero Desperdício
contactos.
Mas cada local tem pro
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diz Costa Pessoas reir
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cujos rendimenSintra, Cascais e Lisboa.
A nível local, através de
tos não chegam para a
o desperdício, continuam
parcerestaurantes,
cantinas, hoA iniciativa é da DariA
alim
ent
rias entre autarquias, ins
acordar, ção. “É uma
tituições associação
ajuda muito boa. Anque surgiu do movitéis, supermercados e outras
tes haviacoisas que nem
comia...”
entidades.
DISTRIBUIÇÃO
ro de Estudos e Estratégias
para a Sustentabilidade)
chou restaurantes
am refeições solidária
s
8
PUB
acção social
São Vicente de Paulo
Comissão da AML visitou Paróquia
O Cónego Francisco Crespo
falou do Centro Paroquial e dos
problemas do Bairro da Liberdade
Sob proposta do Presidente da JFC, a
Comissão Permanente de Intervenção
Social e Igualdade de Direitos de Oportunidades da Assembleia Municipal de
Lisboa visitou, a 26 de Novembro, a
Paróquia de São Vicente de Paulo e a
obra do Padre Francisco Crespo, para
conhecer de perto as dificuldades vividas no Bairro da Liberdade.
Segundo André Couto, o objectivo da iniciativa foi “em primeiro lugar, mostrar a
grande obra e o grande trabalho que ali
é realizado”, e também, tal como a JFC
tem vindo a fazer com as mais diversas
instituições, “sensibilizar a Assembleia
Municipal para o problema que é vivido no
Bairro da liberdade, para as dificuldades
e a vida complicada que a comunidade ali
enfrenta.”
“As forças municipais que quiseram
marcar presença puderam conhecer a
obra do Padre Crespo, puderam ouvi-lo,
conhecer mais de perto os problemas,
as reclamações, os elogios”, declarou o
conhecer o terreno
Esta visita da Comissão Permanente de
Intervenção Social insere-se no esforço
levado a cabo pela JFC no sentido de
chamar várias entidades a conhecerem
directamente os problemas do Bairro da
Liberdade, tendo contado com a presença do Presidente da Junta de Freguesia,
André Couto.
O Presidente da JFC quis
sensibilizar a Assembleia Municipal
para a realidade da população
Presidente da JFC. “Sinto que o orçamento
da Junta de Freguesia é curto e os meios
à minha disposição são escassos para
resolver este problema, e uma das formas que encontrei de lutar e de conseguir
melhoramentos no bairro foi chamar até
ele várias instituições da nossa sociedade
para conhecerem a realidade, para depois poderem, cada uma delas, ajudar”,
acrescentou.
A ocasião foi mais um passo importante
na “saga” do Presidente da Junta para
que o Bairro da Liberdade “seja retirado
do esquecimento e para que os diversos
poderes e pessoas com facilidade na sociedade se debrucem para que consigamos dar melhor qualidade de vida àquela
população.”
A JFC renova os seus agradecimentos
aos doadores do Celeiro Solidário
Hotéis:
• Hotel Ritz Four Seasons
• Hotel Tiara Park Atlantic
Lisboa
• Hotel D. Pedro
Supermercados:
• Pingo Doce (Rato e Tomás
Ribeiro)
• Pão de Açúcar (Amoreiras)
Restaurantes:
• O Baloicinho
• Valenciana
• Galula
• Vitaminas (Amoreiras)
• H3 (Amoreiras Plaza)
• Empadaria (Amoreiras
Plaza)
9
acção social
Solidariedade
JFC apoia casal a
quem ardeu a casa
A casa onde há 23 anos viviam Alberto Guedes e a sua esposa, uma sub-cave na Quinta da Bela Flor, sofreu
um incêndio no dia 25 de Setembro,
no qual ficou destruída boa parte dos
pertences daqueles Fregueses. Através de uma campanha de angariação
de bens iniciada pelo Presidente da
JFC, André Couto, na sua página pessoal no Facebook, encontraram-se
doadores para compensar um pouco
aquela família.
Foi às nove horas da noite. “Estava na
cozinha a fazer o comer”, contou Alberto Guedes ao ‘Notícias de Campolide’, “a
minha mulher levantou-se para tomar
um comprimido, as luzes apagaram-se.
Alberto Guedes: “A Junta de
Freguesia já me deu mais do
que aquilo que eu esperava.”
Tentou ligar o disjuntor no quadro, e
quando olhou para trás, viu as chamas.
Fugimos, ela de pijama, eu de chinelos.”
O fogo teve origem num curto-circuito.
Rapidamente a casa se encheu de fumo,
“a porta da rua parecia uma chaminé”,
descreve Alberto Guedes. “O que o fogo
não destruiu e o fumo não encheu de fuligem, os bombeiros destruíram no combate ao incêndio”.
O casal permaneceu durante dois meses em casa do filho, também residente
na Freguesia, enquanto decorriam os
trabalhos de recuperação do seu lar,
onde tinha acabado de fazer obras antes
do acidente.” O Freguês está agradecido
pela intervenção da JFC: “fui pedir ajuda
à Junta de Freguesia, que já me deu mais
do que esperava”.
A JFC agradece às seguintes doadoras:
Leonor Barros (cobertores); Rita Alexandre (lençóis); Sofia Coelho (lençóis); Catarina Homem (televisão).
Leitura acompanhada
Idosos Isolados de Campolide
já têm Biblioteca Itinerante
Graças ao programa de voluntariado
promovido pela JFC, idosos isolados da
Freguesia contam desde o mês passado, no seu domicílio, com um momento
semanal de leitura acompanhada e debate sobre a mesma. Através de uma
voluntária que se ofereceu para a generosa missão – e que deseja manter o
anonimato – a Biblioteca da JFC passou,
assim, a chegar a casa daqueles que têm
maiores dificuldades de deslocação.
As visitas do Programa de Apoio a Idosos
Isolados são já um momento especial na
A biblioteca da JFC já vai a
casa de alguns fregueses
semana de muitos Fregueses seniores
sós que não têm facilidade ou possibilidade de sair de casa ou de se deslocarem às
instalações da Junta de Freguesia. Estas
passaram agora a ser complementadas,
para alguns destes idosos, por uma visita
semanal – às quintas-feiras – da Biblioteca Itinerante. Desfrutar de um bom livro
em boa companhia voltou a ser possível
a pessoas quem a vista já não permitia a
leitura autónoma e que há já muito tempo,
em alguns casos, não liam. Mas a companhia continua a ser o mais importante.
Fundamental, é contribuir, em cada caso,
para melhorar o conforto dos seniores
isolados e atenuar a sua solidão, objectivo em que a Junta de Freguesia se tem
empenhado inteiramente e para o qual
esta iniciativa é mais um feliz passo.
doação de móveis pela era-amoreiras
A Junta de Freguesia de Campolide agradece à ERA Amoreiras a doação de mobiliário excedentário – nomeadamente
um conjunto de mesas e de cadeiras – na sequência da sua mudança de instalações no mês de Novembro. A
antiga loja da ERA na Freguesia de Campolide situava-se na Avenida Conselheiro Fernando de Sousa, onde a JFC
recolheu os referidos móveis, tendo passado a funcionar na Rua Maria Ulrich, AMOREIRAS PLAZA (loja 12).
10
Fernando Botelho de Sousa, 86 anos
“Não posso pagar
este aumento brutal”
490 Euros, valor impossível de
pagar por quem vive com uma
pensão de 379 Euros. Uma das
muitas situações de dificuldade
que a nova legislação tende a
criar.
Fernando Botelho Sousa, que
durante 79 anos manteve uma
retrosaria aberta na Rua General Taborda, já recorreu ao atendimento especial criado pela
Junta de Freguesia de Campolide para obter aconselhamento
jurídico. O Freguês residente na
Rua Vítor Bastos,onde nasceu,
recebeu a carta de actualização da sua renda conforme a
nova Lei: 115 Euros passam a
Reformado por invalidez e com
inúmeros problemas de saúde
e avultadas despesas médicas,
este Freguês, hoje com 86 anos
de idade, já não tem família, embora seja acompanhado por pessoas
amigas. “Acabei por passar a loja
depois do falecimento dos meus
pais, e durante um período vivi razoavelmente da aplicação desse
dinheiro. Depois, os juros caíram
a pique, o dinheiro desapareceu e
a situação agravou-se de tal forma
que deixou de haver juros e hoje
vivo apenas da pensão.”
“Não posso pagar a renda
Novas regras prevêm limitação
aos aumentos para pessoas de
menores rendimentos
Segundo o advogado da JFC, Bruno Dias Louro, “a nova lei implica, por si só, uma actualização do regime aplicável aos contratos
já existentes, que acarreta também uma alteração da duração
dos mesmos, para além da actualização das rendas”. Esta última
processa-se por iniciativa do senhorio, a que os inquilinos deverão
responder num prazo de 30 dias, “sob pena de aceitarem tacitamente a proposta do senhorio”
“Posto isto”, explicou o jurista ao ‘Notícias de Campolide’, “é a
vez de o senhorio dizer de sua justiça, aceitando ou não a contraproposta do inquilino”.
A Nova Lei do Arrendamento Urbano prevê limitações ao aumento
das rendas, nomeadamente no que respeita ao valor do imóvel
locado, bem como à idade dos inquilinos e aos rendimentos dos
respectivos agregados familiares. Apesar de possibilitar aumentos
na avaliação do valor patrimonial dos edifícios e nas rendas que
colocarão dificuldades a muitos proprietários e inquilinos, também
prevê mecanismos de protecção social que limitam os aumentos das
rendas para aqueles que têm rendimentos mais baixos.
A nova lei já se encontra em vigor e muitos senhorios tomaram
já a iniciativa de propôr o aumento das rendas, sendo que, nesses
casos, é imperioso que os inquilinos dêem a devida resposta, necessidade que motivou a iniciativa de criação de um atendimento
especial pela JFC (ver acima).
que o senhorio agora pede, é
um aumento absurdo e brutal”,
declarou Fernando Sousa. “E
agradeço o aconselhamento jurí-
dico que me foi prestado pela
Junta. Tinha ido à Associação
dos Inquilinos, mas teria de
ser sócio para obter apoio.
Aconselharam-me a vir à
Junta de Freguesia porque,
com a idade que tenho,
estava aflito. Agora já sei
como proceder e enquanto
o senhorio não responder à
minha carta de resposta, sei
que devo continuar a pagar
o valor antigo.”
arrendamento urbano
arrendamento urbano
Aconselhamento jurídico especial
na JFC sobre Lei das Rendas
A Junta de Freguesia de Campolide coloca à disposição dos cidadãos um serviço de aconselhamento jurídico, no qual, entre
outros podem ser tratados casos respeitantes à actualização das
rendas por força da nova lei.
Custo do serviço: € 5,00 (os cidadãos que aleguem e provem insuficiência económica dispõem do referido serviço gratuitamente)
Este serviço está disponível, mediante pré-marcação junto dos
serviços da JFC, para inquilinos e senhorios, entendendo a Junta
de Freguesia de Campolide que pode ter um importante papel
mediando as negociações e fomentando acordos entre senhorios e inquilinos.
Venha informar-se!
Cozinha Tradicional Portuguesa
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Mail: [email protected] • www.avalenciana.pt11
universidade sénior
“pintar a manta”
“Desde que venho a estas
aulas ando muito melhor.”
Iniciamos com a Oficina de Artes Decorativas “Vamos Pintar a Manta” uma série
de reportagens nas aulas das Unidades
Curriculares (UC) da Universidade Sénior
de Campolide 2012. Esta UC consiste no
ensino e prática de manualidades artesanais. É extensiva aos idosos isolados da
Freguesia, pois a docente Leonor Rua, modista, desloca-se ao domicílio de pessoas
isoladas por terem grandes dificuldades
motoras. As diferentes técnicas ensinadas
nas aulas são também facultadas ao domicílio e os idosos podem dar continuidade
aos trabalhos entre as visitas. Visitámos
uma aula da UC no Espaço Multiusos da
JFC. Rendas, carteiras, sacos de cheiro,
alfineteiros: cosam à mão ou na Singer,
tudo sai das mãos destas alunas.
A docente diz que as alunas partilham os
materiais e instrumentos “num espírito muito
bom de entreajuda. Algumas têm experiência
de costura, quem sabe mais ensina quem sabe
menos.”
Uma aluna, Dona Sofia, disse ao ‘Notícias
de Campolide’ que “antes fazia umas coisitas,
umas baínhas, arranjava-me”. Veio “aprender
e retomar contacto com a costura.” Dona Luz,
que já era modista, mostra-nos um saco com
trigo para aquecer no microondas e usar para
dores musculares. “É melhor do que o saco de
água quente, que pode rebentar”, diz. A sua
colega Ana Rodriguez, diz que “com caroços
de cereja também funciona.”
Dona São destaca a simpatia da professora
aulas de motricidade
Mexer-se e sentir-se melhor
Primeiro, os alunos que querem, medem a
tensão. Segundo o professor Bruno Gonzalez, licenciado em Educação Física, que
conhece previamente o historial de saúde
dos seniores, “cada um faz como pode,
quando quer descansar”. Assim como são
livres a conversa, o riso, a brincadeira.
“Parte dos meus alunos na Universidade
Sénior já me conhecia e viu-me crescer, os
meus pais ainda moram em Campolide.”
Entre as duas aulas semanais de Motricidade
na JFC, participam cerca de 40 alunos, entre
os quais Fregueses com mais de 80 anos, que
não poupam elogios ao docente e à iniciativa
da Junta de Freguesia.
12
As aulas de motricidade prosseguem normalmente com um aquecimento, exercícios
de mobilidade articular, “depois fazemos
alongamentos e exercícios de flexibilidade,
seguidos da parte fundamental, que pode
envolver exercícios de manipulação de bolas,
equilíbrios, força de pernas, posturas… e
aquilo que fazemos aqui deve ser-lhes útil no
seu dia-a-dia, nem que seja para pegar numa
caixa para arrumá-la num ponto alto ou subir
umas escadas”, explica Bruno Gonzalez. “Fazemos pequenos exercícios, como caminhar
entre rolos de espuma, ou com bolas, que
parecem simples mas que são importantes
para eles, pois permitem evitar quedas e não
se aleijarem.”
e das colegas: “gostamos muito de aqui passar
as tardes. Se não tivesse isto, provavelmente
estaria em casa triste.” “Vimos aprender alguma coisa depois de velhas”, intervém Maria
Helena Vicente, “é um entretém, desde que
venho ando melhor, é uma terapia”.
universidade sénior
Fantoches
animaram crianças
Workshops de Campolide na F.I.L.
Dois grupos de alunos da Universidade
Sénior de Campolide, das Unidades Curriculares “Pintar a Manta” e “Quem Conta
um Conto”, participaram em dois grandes
eventos simultâneos na Feira Internacio-
nal de Lisboa, no Parque das Nações, respectivamente o Fórum da Rede Social e o
Portugal Maior – Encontro Internacional
para o Envelhecimento Activo. Foram as
divertidas tardes de 7 e 8 de Dezembro.
O Externato do Parque veio
ao Auditório Adácio Pestana
Crianças do Externato do Parque – instituição de Ensino localizada em Campolide e gerida pela Congregação das
Irmãs de Santa Doroteia – estiveram
no Auditório Adácio Pestana, no Espaço Multiusos da JFC, a 30 de Novembro,
para assistirem a um espectáculo de
fantoches apresentado pelos seniores
da Unidade Curricular (UC) da Universidade Sénior de Campolide “Quem Conta
um Conto”.
A estória representada era a do Monstro das Festinhas, um “monstro” que –
por ser “monstro” – era rejeitado por
todos, mas que só desejava festinhas e
por isso cantava: “Festinhas na barriga,
festinhas no nariz, com muitas festinhas
eu fico mais feliz!”. O nosso “monstro”
acaba por encontrar, no final, uma
“monstra” tão carinhosa quanto ele.
Trabalhos de Freguesas de Campolide
numa tarde diferente na F.I.L.
lanche convívio
Largas dezenas de alunos e professores
das várias Unidades Curriculares (UC) da
Universidade Sénior - que já ultrapassou os
230 alunos – resistiram a um dos dias mais
frios do ano e compareceram num lanche/
convívio promovido pela JFC na tarde de
sábado, dia 8 de Dezembro.
13
divulgação
Carreira 702 da Carris
Portaria da EB1/JI
Carris responde tarde
Mestre Querubim Lapa e não ouve utentes
Caros Vizinhos e Vizinhas,
O problema da Portaria da Escola Mestre Querubim Lapa arrasta-se há muto tendo como origem a conjugação de vários
factores, entre eles a sobrelotação e a falta de funcionários.
É importante recordar que a Escola Mestre Querubim Lapa,
alberga, hoje em dia, um total de quatro escolas: a antiga escola
do Bairro da Liberdade, a antiga escola da Quinta da Bela Flor,
a antiga escola do Alto de Campolide – o Palácio de Laguares -,
e a própria Escola Mestre Querubim Lapa, sem que o aumento
de alunos acompanhe o aumento de funcionários.
A Junta de Freguesia de Campolide assegurou a vigilância durante alguns anos, enquanto financeiramente
possível, tendo esta sido assumida pela Câmara Municipal
de Lisboa posteriormente, de modo a diminuir danos e
assegurar a segurança das crianças.
Compreendo a preocupação expressa pela Associação de
Pais. No entanto, esta não é uma responsabilidade directa de
nenhum destes dois organismos, que têm intervido por acreditarem que devem ser orientados novos e melhores meios no superior interesse das crianças que frequentam o estabelecimento de
ensino diariamente. Esta intervenção tem-se verificado tanto no
melhoramento das infra-estruturas como no desenvolvimento
de iniciativas e actividades que contribuem para a melhoria do
curriculum escolar dos jovens e na ocupação acompanhada dos
seus tempos livres.
A responsabilidade pela manutenção e vigilância recai
sobre o Ministério da Educação, tendo sido esta carência analisada, diagnosticada e comunicada aos serviços
competentes.
Da nossa parte, tanto da Junta de Freguesia de Campolide,
como da Câmara Municipal de Lisboa, continuarão a ser feitos
todos os esforços, bem como a pressão necessária sobre os
organismos responsáveis para que continue a existir um(a)
funcionário(a) na Portaria da Escola, de preferência, o Sr. Manuel, tão bem conhecido dos pais das nossas crianças ou, caso
isso não aconteça, um outro que nos seja indicado pelos serviços.
Atenciosamente,
O Presidente da JFC, André Couto
André Couto: “É injusto os bairros isolados
pagarem pela restrição de despesas”
A JFC lamenta que a Administração da Carris tenha levado quase um ano a responder às reclamações da população do Bairro
da Liberdade sobre o mais recente encurtamento da carreira do
702, cujo término passou dos Restauradores para o Marquês de
Pombal, mesmo durante a semana.
Só no passado mês de Novembro
a JFC recebeu da empresa uma
resposta às reclamações feitas
há quase um ano contra a medida efectivada em meados de
2011. “Além da demora, a Carris
responde finalmente com uma
daquelas respostas que não dizem rigorosamente nada, exclusivamente com base em números
e em estatística – que é como tem
sido tratado o país – e demonstrando um desligamento completo dos problemas daquela que é a
realidade das pessoas”, sustenta
o Presidente da JFC, André Couto.
“A população do Bairro da
Liberdade vive numa zona recôndita e escondida da cidade,
desta forma deixou de ter uma
ligação até ao centro da cidade,
sendo lesada no seu direito ao
transporte”, acrescentou. ”É
injusto que seja uma população
envelhecida a pagar a factura
das restrições orçamentais da
Carris sendo deixada sem alternativas.” Para o Presidente
da JFC, que promete não baixar
os braços, “a Carris não pode
alhear-se da realidade dos seus
utentes”.
PORTA A PORTA
Segundo o Presidente da JFC, o “Porta a Porta”, que desde Fevereiro de 2011 é gerido pela Junta, “passou a ir ao Bairro da Liberdade exactamente como forma de tentar atenuar a diminuição
dos transportes que existem no bairro, agravada pelo encurtamento da carreira
702”. Os quilóme- O Porta a Porta já transportou
tros percorridos
desde então pelas
viaturas do serviço passageiros desde 09/02/2011, em
(ver contador) já
superam 5 vezes
a distância LisboaKm percorridos (até fim de Setembro)
-Pequim.
6 4 1 2 5
5 0 2 3 6
14
JFC prescindiu de iluminações
para reforçar o apoio social
A JFC decidiu não fazer iluminações de Natal este ano em benefício do apoio social. E também
da ida de Fregueses ao Circo
Chen no dia 22 de Dezembro,
ao preço de 1 Euro o bilhete.
“Como todos os contribuintes, também nós fomos alvo de cortes”,
explica o Presidente da JFC, André
Couto, “e a opção do Executivo em
2012 foi considerar mais importante
reforçar o apoio social, pensar nas
necessidades básicas das pessoas
– como a alimentação. Até porque,
como já se esperava, concretizou-se
este ano um aumento exponencial de
pedidos e inscrições para os Cabazes de Natal da JFC.”
Assim, “em vez de gastarmos 15
mil Euros em iluminações de Natal,
A JFC poupou 15 mil euros para
investir noutras iniciativas
resolvemos enriquecer os cabazes em qualidade e quantidade”,
explica o Presidente da Junta. A
poupança resultou também numa
“compensação lúdica e cultural”.
Segundo André Couto a Junta fez
um acordo com o Circo Chen: “comprámos mil bilhetes que serão
disponibilizados aos Fregueses
ao valor unitário de 1 Euro para
as pessoas que queiram vir.” Os
bilhetes podem ser adquiridos na
recepção da JFC.
“Em momentos de crise é preciso tomar opções”, conclui o
autarca. “O Presidente chama a si
a responsabilidade desta opção,
embora sabendo que há pessoas
que ficaram tristes e não gostaram.
É compreensível, mas é a melhor
decisão.”
SLC lança “Aprenda
a Ajudar”
A campanha “Aprenda a Ajudar” é uma iniciativa solidária do Sport Lisboa e Campolide, que pretende recolher
“bens de que as pessoas
já não necessitem” para
doação às famílias mais carenciadas da Freguesia. “A
JFC já faz muito nesta área,
mas nunca é demais”, disse
ao Notícias de Campolide a
voluntária Carla Quaresma.
Parte dos bens doados roupa, electrodomésticos,
móveis… - estarão disponíveis no SLC para que os Fregueses “possam ir e escolher
coisas livremente”, não sendo necessária inscrição nem
prova de rendimentos. O SLC
inquiriu também as necessi-
Serviço de:
l
Entrega gratuita de medicamentos ao domicílio
l
Administração de vacinas
l
dades mais urgentes da Casa
da Criança (creche da Paróquia Santo António de Campolide): babetes com plástico
por baixo, brinquedos, pratos
de plástico rijo, roupa (2, 3
anos), livros de histórias, roupas e comida para as famílias
carenciadas.
l
Organização e administração de medicação
ao domicílio
Medição de tensão arterial, colesterol,
glicemia e trigliceridos
l
Pesagem de adultos e bebés
l
Rastreios periódicos
l
Despiste de infecção urinária
l
Aluguer de aparelhos de aerossol
divulgação
Natal 2012
obras públicas
José João, “Pinta Tudo”
“Ainda tenho saúde e tenho
gosto neste trabalho”
Rua da Samaritana
Rua Inácio Pardelhas Sanches
Foi bancário, tipógrafo num banco. Esteve
em Angola, de onde voltou depois do 25
de Abril. Morador do Bairro da Liberdade,
há vários anos que os moradores lhe pagavam em troca da realização de pequenos
biscates, fossem trabalhos de recuperação
ou pintura ou, se chovesse, por exemplo,
desentupir calhas e escoamentos. Agora,
muda o rosto do Bairro da Liberdade com
materiais – tintas, trinchas, rolos – fornecidos pela Junta de Freguesia, da qual
recebe uma remuneração mensal.
16
José João faz, através da JFC, o trabalho
de recuperação das fachadas dos Bairros
Os biscates traziam um rendimento mínimo
a José João, conhecido no Bairro como “Pinta Tudo”, ou não fosse tantas vezes visto
de trincha ou rolo na mão, de lata de tinta
aberta e em cima de um escadote a mudar
a face de um muro, de uma casa, de uma
rua inteira.
Continuando a intervenção iniciada
para a reabilitação do Bairro da Liberdade através do programa BIP/ZIP 2011, a
Junta de Freguesia sistematizou através
da disponibilização de uma verba mensal
aquele trabalho que José João já fazia.
“Depois de sair do banco, comecei a fazer este tipo de trabalho. A minha esposa
faleceu há um ano. Ainda tenho saúde
e tenho gosto em fazer este trabalho.”
Hoje vive sozinho: “a minha filha viveu 40
anos comigo, mas saiu agora.” Seja dia
de semana ou fim-de-semana, o “Pinta
Tudo” não pára. O objectivo é reabilitar
todas as fachadas degradadas do Bairro
da Liberdade, Tarujo e Bela-Flor”, declarou o Presidente da JFC, André Couto.
Pilaretes protegem crianças
na Rua Artilharia 1
A Junta de Freguesia de Campolide colocou seis pilaretes na passadeira de
peões localizada em frente ao Externato
do Parque, na Rua Artilharia 1, numa intervenção urgente solicitada por aquele
estabelecimento de Ensino da Freguesia,
no sentido de acautelar a segurança das
respectivas crianças. Com as alterações
de trânsito verificadas naquela artéria –
nomeadamente a colocação recente de
pilaretes em alguns cruzamentos pela
Câmara Municipal de Lisboa – vinham-se
a verificar infracções por parte de automobilistas.
Segundo o alerta emitido pelo Externato,
ao verem-se impedidos, pelos pilaretes,
de contornar a placa naquele local, como
estavam habituados a poder fazer, muitos
obras públicas
ordenamento do trânsito
Projecto
Pequenas
Reparações
em Casa
Até 8 de Dezembro de 2012,
realizaram-se as seguintes obras:
Os pilaretes da JFC,
ao lado dos da CML
condutores estavam agora a fazer inversão
de marcha por cima da passadeira.
Feito o alerta em meados de Novembro,
a situação foi resolvida pela Junta de Freguesia em menos de uma semana, com a
colocação de três pilaretes em cada lado
da passadeira.
Intervenções de
Acupunctura Urbana*
6 2
Intervenções em
Habitações Municipais
4 7
Intervenções no
âmbito do projecto
“Ferro de Soldar”**
0 6
*intervenção em pequenas obras, com vista a garantir
mínimos de conforto sanitário, acessibilidade de idosos
e deficientes, conforto térmico e eficiência energética.
**requalificação de espaços e equipamentos
domésticos em domicílios de pessoas idosas em
situações de vulnerabilidade social.
Consulte o mapa de trabalhos da equipa de espaços verdes da jfc
Circuito de Arranjo de Espaços Verdes
02 a 4 Janeiro
Manhã
Tarde
2ª f
11
11
3ª f
11
11
4ª f
2, 3
2, 3
5ª f
10
8
6ª f
6
7, 13
07 a 11 Janeiro
Manhã
Tarde
2ª f
1
1
3ª f
1
T. E.
4ª f
T.E.
T.E.
5ª f
5, 9
12
6ª f
12
12
14 a 18 Janeiro
Manhã
Tarde
2ª f
11
11
3ª f
11
11
4ª f
2, 3
2, 3
5ª f
10
8
6ª f
6
7, 13
21 a 25 Janeiro
Manhã
Tarde
2ª f
1
1
3ª f
1
T. E.
4ª f
T.E.
T.E.
5ª f
5, 9
12
6ª f
12
12
28 Jan a 01 Fevereiro
Manhã
Tarde
2ª f
11
11
3ª f
11
11
4ª f
2, 3
2, 3
5ª f
10
8
6ª f
6
7, 13
3ª f
-
5
1
2
5
4ª f
3
6
1
3
6
5ª f
3
6
2
3
6
6ª f
4
7
2
4
7
Circuito de Deservagem
Semana útil
02 a 4 Jan
07 a 11 Jan
14 a 18 Jan
21 a 25 Jan
28 Jan a 01 Fev
2ª f
-
4
1
2
4
Legenda: 1 - Bairro Calçada dos
Mestres Rua 5 a 11 |2 - Calçada
da Quintinha |3 - Calçada dos Sete
Moínhos |4 - Encosta da Bela-Flor
(3 vezes ao ano) |5 - Frente da
JFC |6 - Miradouro da Bela-Flor |7
- Largo Monterroio Mascarenhas
|8 - Centro de Saúde de Sete-Rios
|9 - Aviador Plácido de Abreu
|10 - Marquês de Fronteira |11
- Quinta da Bela-Flor |12 - Bairro
da Liberdade e Bairro da Serafina
|13 - Jardim da Rua Campos Júnior
|T.E. - Trabalhos Eventuais
Legenda: 1 - Bº Calçada dos
Mestres e Rua Particular nº 1
à Calçada da Quintinha |2 Campolide Antiga |3 - Bº da
Liberdade, Bº Serafina e Vila
Ferro |4 - Quinta da Bela-Flor,
Sete Moínhos e Cascalheira |5 Mesquita, Av. Columbano Bordalo
Pinheiro, Av. José Malhoa e Twin
Towers |6 - R. Campolide, Quinta
do Tarujo, Marquês de Fronteira,
Av. Miguel Torga |7 - R. D. Carlos
Mascarenhas, Calçada da Quintinha
e R. Calçada dos Mestres
17
entrevista
Cónego Francisco Crespo
“É fundamental a reconstrução
completa do Bairro da Liberdade.”
Nascido em Leiria em 1940, o
Cónego Francisco Crespo foi
ordenado sacerdote em 1965
e em 1970 tornou-se Pároco
de Campolide e da Bela-Flor.
Chegou à Paróquia de São
Vicente de Paulo em Março
de 1977, para desenvolver o
projecto de solidariedade que
dirige no Bairro da Serafina. Em
Abril deste ano, sob proposta do
presidente da JFC, André Couto,
a Assembleia de Freguesia
aprovou por unanimidade a
atribuição de uma Medalha de
Mérito ao eclesiástico, honra
que gentilmente declinaria,
tal como fez com as anteriores
condecorações oficiais.
O Cónego Crespo benzeu o campo de jogos do Bairro
da Liberdade no acto de inaguração, a 22 de Setembro
Como chegou à Paróquia de São Vicente
de Paulo?
Estou cá desde 1977. Já existia, em raíz, o que
está aqui hoje, mas o meu antecessor, o pároco
José Gallea, foi o primeiro a vir para cá. Embora
fosse capelão das Irmãs do Amor de Deus –
que já cá existiam com a obra de Educação
Popular – era o pároco de Campolide e acabou também por ser o primeiro desta Paróquia.
Naquela altura – 1958, 1960, 1961 – fez o
que pôde para que a igreja fosse uma resposta
às necessidades da população. Criou a sopa
dos pobres, o apoio aos jovens, com o campo
de futebol, acções culturais, teatro, cinema, e
também às crianças, sobretudo as da escola
primária. Não acabou a obra que imaginara
– construir uma escola de artes e ofícios para
os jovens – porque entretanto teve de partir. A
capela permaneceu, até há pouco tempo, uma
espécie de pré-fabricado, mas naquela altura
essa obra um pouco rústica respondia às necessidades da população.
Passaram vários párocos por cá. O último
esteve seis meses, não aguentou mais. Era
o pós-25 de Abril, havia forças de extrema-esquerda e extrema-direita nos bairros mais
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“Sem a
reconstrução
completa
do Bairro da
Liberdade, sem
habitação digna,
não podemos
exigir mais
às pessoas.
A habitação
degradada traz os
outros problemas,
degrada-se
também a pessoa
e a sociedade.”
degradados. Os cristãos vinham muitas vezes
à missa a fugir, com receio, e houve padres
maltratados, ninguém queria vir para cá.
Mas já tinha estado em Campolide…
Sim, quatro anos em Sete Moínhos, hoje Quinta
da Bela Flor. Também ali não havia nada e fui
eu que iniciei obra, com uma capela, uma escola… por isso, ofereci-me para vir. Os meus
superiores não estavam de acordo, mas lá
cederam. Fui entrando por volta de 1976/77
e encontrei tudo abandonado. Praticamente
só havia meia dúzia de crianças no Atelier de
Tempos Livres (ATL) e pessoas que vinham à
igreja, mas sem qualquer actividade.
Por onde decidiu recomeçar a obra?
A primeira coisa necessária era que a igreja
fosse um polo de atracção, que as pessoas vissem que a Igreja não estava aqui para fazer mal
a ninguém, bem pelo contrário, acolhia todos,
praticantes ou não praticantes, não importando a idade ou de que partido fossem. A Igreja é
para servir e, se assim é, tem que demonstrar
que tem algo para oferecer. Eu tinha a minha
boa vontade.
Com quantos utentes abriu o Centro de Dia
e quais foram os passos seguintes?
Começámos com cerca de 60 pessoas, além
do apoio domiciliário. Havia ainda uma parte
daquelas construções que o padre Gallea tinha
deixado, havia o Jardim de Infância, mas era
necessário dar mais respostas. Os pais precisam de trabalhar e as crianças precisam de
ser acolhidas. Ainda nas mesmas instalações,
alargámos então a capacidade de resposta a
mais 100 crianças.
Perante a falta de espaço para as crianças
do ATL, construímos então um Jardim de Infância de raíz, as crianças passaram para aqui e
o ATL continuou nas outras instalações. Tendo
resposta para as crianças e os idosos, faltavam
os adolescentes e os jovens, para os quais se
criou uma pequena sala com actividades.
Mas ainda se tratava do pré-fabricado?
Sim, e este começou a rebentar pelas costuras.
Uma irmã do Amor de Deus que era enfermeira,
pedia-me que fizesse quartos para os doentes.
Então meditei muito, procurei apoios, e nasceu
o edifício destinado sobretudo a responder aos
idosos dependentes, mas também os deficientes, que já acompanhavamos, sobretudo aqueles sem família e ao abandono, e com creche e
berçário para os bebés, pois apenas o Jardim
de Infância (JI) não era suficiente.
Mas o ATL ainda se encontrava no espaço
antigo e degradado. Faltavam-me ainda um
ginásio, um refeitório com condições, salas,
um auditório… necessitávamos de demolir e
reconstruir de raíz.
Já dávamos resposta às várias faixas etárias,
chegara o momento de completar o conjunto edificado com uma igreja, que nasceu em
1996. Mas ainda só tinha resposta para 40
idosos dependentes. Com tanta gente a vir aqui
pedir, como já tínhamos construído o Centro de
Dia prevendo a possibilidade de um segundo
piso, avançámos para termos, pelo menos,
mais 40 ou 50 camas. Assim, concluímos praticamente as construcções, mas a tudo isto foi
necessário continuar a dar vida, qualidade,
preencher com técnicos.
Hoje, temos resposta para 70 crianças da
creche, 140 do JI, 120 do ATL, mais 60 que vêm
só da parte da tarde e nas férias. Além de 120
adolescentes e jovens, 70 idosos que frequentam o Centro de Dia e 80 no apoio domiciliário,
30 deficientes e 100 idosos dependentes. E
como, com a ajuda de Deus, tenho conseguido
pagar todas as dívidas – procurando apoios,
com apoio estatal e poupanças e boa gestão
–, com certeza conseguirei ainda fazer mais
alguma coisa.
Quantas pessoas mantêm em funcionamento um Centro com tanto movimento?
Cerca de 160 funcionários, de médicos a fisiatras, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de serviço social, psicólogos, terapeutas
ocupacionais, educadoras sociais, animadores culturais e ajudantes. Tenho tido bons
colaboradores, alguns formados aqui desde
bebés e que vieram cá pedir trabalho uma vez
concluído o curso. Há pessoas que vêm pedir
comida, e damos-lhes também a possibilidade
de trabalhar. Tenho a alegria ter aqui a trabalhar pessoas de outras religiões. Acolhemos
“Quando vim para
cá, disse que só
construiria uma
igreja após dar
resposta ao Cristo
Vivo, na pessoa
do meu irmão
necessitado.”
entrevista
Como havia muita necessidade de muitas
respostas tive de reflectir por onde começar
e decidi que o que mais fazia falta era dar
resposta aos idosos, porque os via sentados
nas tabernas, debaixo dos arcos, sem fazerem
nada. Criei um pré-fabricado com o Centro de
Dia, com actividades culturais e recreativas, foi
um dos primeiros que existiu em Lisboa e, se
calhar, no país. E apoio domiciliário, pois havia
idosos sós e abandonados que necessitavam
de apoio na alimentação, na higiene…
todos, porque a Igreja de Jesus Cristo é para
todos, é Católica e Universal. O meu trabalho
pastoral como padre não é contentar-me com
aqueles que já vêm à igreja, mas sim estar ao
serviço de todos, crentes ou não.
A sua obra preencheu um vazio num bairro
negligenciado pelos poderes públicos?
Quando morrer, vou morrer com esse espinho cravado. Procurei durante estes anos
todos envolver a comunidade, que é difícil de
mobilizar, mas também a autarquia, o Estado,
os governos... a primeira coisa fundamental
é a reconstrução completa da Habitação.
Quando houve tantos subsídios para a erradicação de barracas, fiz tudo o possível para
que o bairro fosse incluído. Disse aos vários
presidentes da Câmara – todos fizeram promessa mas nada se concretizou – que isto
é uma entrada principal da cidade de Lisboa
e faz vergonha a quem entra aqui, debaixo
do Aqueduto das Águas Livres, ver este tipo
de miséria. A construcção do Eixo Norte-Sul
causou maior degradação e deixou aquelas
casas abarracadas a cair pela ribanceira.
Eu fiz a minha parte. Tenho outras actividades ao nível da diocese, mas estou praticamente aqui os sete dias da semana. Sou o
primeiro a chegar e praticamente o último a
sair. Quis que aqui as pessoas se sentissem
promovidas e com condições para viver, ainda
que tenham condições menos boas em casa.
Varia um pouco, mas servimos mais de 1200
refeições por dia, já nem conto quantas sirvo
a mais. No Natal abro um refeitório para as
pessoas carenciadas e numa semana sirvo
quase mil refeições. É sinal de que há muita
gente com fome.
“A Paróquia, para não dizer toda a Freguesia de Campolide, tem
muita gente envelhecida, a viver na solidão, pobre e carenciada.”
19
aconteceu em campolide
corredor verde
140 novas árvores
plantadas em Campolide
O Presidente da JFC
deu o exemplo...
No âmbito da conclusão do corredor
Verde de Monsanto, o Vereador do Ambiente e Espaços Verdes da CML, José
Sá Fernandes, mobilizou no final de Novembro importantes meios humanos e
viaturas municipais para uma sessão de
dois dias de plantação de onze espécies
de árvores autóctones em Campolide.
André Couto, Presidente da JFC, acompanhou os trabalhos junto com outros
autarcas, bem como associações de
protecção da Natureza.
Debaixo de chuva intensa e ao longo de
uma extensa área verde entre a Mesquita
Islâmica de Lisboa e o Palácio da Justiça,
largas dezenas de funcionários municipais
... tal como o Vereador
José Sá Fernandes
trabalharam intensamente na plantação de
espécies como o pinheiro-manso (pinus
pinea), bordo-comum (acer campestre)
corticeira (erythrina crista-galli), alfarrobeira (ceratonia siliqua), olaia (cercis siliquastrum), ginkgo biloba, álamo (populus
nigra), cerejeira-ornamental (prunus serrulata kanzan), carvalho-alvarinho (quer-
Almoço-convívio
65 anos da Casa de Tondela
Meia centena de pessoas participou na
celebração dos 65 anos da Casa do Concelho de Tondela em Lisboa, na qual a JFC se
fez representar pelo seu Vice-Presidente,
Miguel Belo Marques, e Tesoureira, Cândida Cavaleiro Madeira. Foi a 1 de Dezembro, na Casa do Concelho de Tomar.
Em nome da JFC, Miguel Belo Marques agradeceu o convite da Casa do Concelho de Tondela e realçou o importante papel das casas
regionais em Lisboa. “Acredito que todas as
Freguesias que compõem a nossa cidade
serão tão mais ricas quanto mais diversa for
a sua cultura, e um dos instrumentos dessa diversidade tem de ser a promoção das
Casas Regionais e a divulgação da cultura
regional”, afirmou.
20
Miguel Belo Marques defendeu a
promoção das casas regionais
cus róbur) ou o carvalho roble “fastigiata”
(quercus róbur “fastigiata”).
“Este é um importante projecto para a
cidade, porque estava há 30 anos para ser
concretizado e faz a ligação entre os vários
corredores verdes. Mas também para a Freguesia, à qual trouxe novos equipamentos
desportivos e de lazer, tanto para as crianças como para a generalidade dos Fregueses, além do que significou em termos de requalificação e do potencial de redinamização
do comércio local”, declarou André Couto.
Concebido há mais de três décadas, o corredor verde de Monsanto, com inauguração
marcada para 14 de Janeiro, “é um projeto
histórico com mais de três décadas concebido pelo arquitecto paisagista Gonçalo
Ribeiro Telles, em cuja fase de conclusão
noe empenhámos e se integra a intervenção
em curso na Quinta José Pinto para criação
de um novo – e enorme – jardim na Freguesia de Campolide” declarou o Vereador.
Com 6,5km de comprimento, 51 hectares de
área e provido de equipamentos desportivos e de lazer, além de um parque infantil,
permitirá a circulação a pé ou de bicicleta
de forma contínua pela cidade.
O Corredor faz a ligação pedonal e de
ciclovias entre a Praça dos Restauradores
e o Parque Florestal de Monsanto, por via
de um corredor contínuo de vegetação que
inclui, entre outras zonas, a Avenida da Liberdade, Parque Eduardo VII, Jardim Amália
Rodrigues, “Jardins de Campolide” e Quinta
José Pinto.
No almoço, que contou com a actuação do
grupo de cavaquinhos da Associação Recreativa e Folclórica do Tourigo, estiveram também presentes representantes autárquicos
e associativos de Tondela e personalidades
locais. António Diniz, Vereador do Pelouro de
Desporto e Juventude e Recursos Humanos
(entre outros) da Câmara Municipal de Tondela, exprimiu, por sua vez, “o imenso prazer
de celebrarmos com esta Casa, que acaba por
ser a agremiação de muita gente que há anos
veio para Lisboa fazer a sua vida e que nós,
obviamente, queremos sempre ter presentes. Neste 65º aniversário, quisemos dizer-lhes que são sempre bem-vindos às terras
que os viram nascer e aos seus familiares.”
Por sua vez, Elísio Luís Chaves, Presidente Casa do Conselho de Tondela em Lisboa
(com sede na Rua Miguel Torga, Campolide),
declarou que deseja “mover mais a instituição, que esta consiga angariar mais sócios
e implementar um grupo de cavaquinhos e
outro de Futsal.”
PSP aconselhou idosos
contra burlões e assaltos
O Chefe Barreira e o Agente Francisco
Mestre, ambos do PIPP, durante a sessão
A Polícia de Segurança Pública, em
parceria com a Junta de Freguesia de
Campolide (JFC), a Associação de Reformados e Pensionistas (ARPC) e o
Centro de Recreio Popular (CRP) – que
recebeu a ocasião – realizaram, a 28 de
Novembro, uma participada Palestra
para transmitir conselhos de segurança para os idosos, na qual compareceu
igualmente o Presidente da JFC, André
Couto.
Entre outros elementos da PSP presentes,
o chefe Telmo Barreira e o agente Francisco
Mestre, ambos da Esquadra do Palácio da
Justiça e do Programa Integrado de Policiamento de Proximidade (PIPP) manifestaram
a preocupação da Polícia de Segurança Pública com a segurança dos idosos, traduzida
num conjunto de conselhos e recomendações
úteis, que aqui resumimos:
Em casa: não deve abrir a porta a desconhecidos, é mais seguro falar com eles através
Sport Lisboa e Campolide
Casa cheia na Noite de Fados do SLC
aconteceu em campolide
Segurança Sénior
de uma janela, ou de um intercomunicador.
A porta de entrada deverá ter um óculo
para ver o exterior, uma corrente de segurança e uma fechadura eficaz.
Mantenha sempre a porta fechada com a
chave, mesmo quando está em casa, pois é
mais fácil abrir uma fechadura que apenas fica
no trinco.
Retire com frequência o correio e a publicidade da caixa do correio.
Não escreva o nome e contacto no porta-chaves. Se perder as chaves procure trocar
de imediato a fechadura.
Na rua, transporte as malas e sacos do lado
oposto à faixa de rodagem (lado de dentro
do passeio).
Não tenha o código do multibanco junto do
mesmo.
Nos transportes públicos, mantenha a carteira e outros bens juntos de si, esteja atento
às pessoas que se aproximam demasiado sem
razão, assim como aqueles que lhe tocam na
mala ou nos bolsos.
Evite os Burlões, normalmente pessoas
bem vestidas, convincentes, disponíveis para
ajudá-lo, que prometem muito por quase
nada, tenha em atenção que ninguém dá nada
a alguém sem querer uma compensação mais
vantajosa.
Qualquer ocorrência deve ser imediatamente participada à POLÍCIA. Se for urgente,
ligue 112, para a Esquadra: 213858817,
ou para as Equipas de Apoio à Vítima:
969893867.
Horário de Funcionamento
da Biblioteca da JFC
Segundas-feiras,
entre as 14h00
e as 17h00.
A Biblioteca funciona no Espaço Multiusos
da JFC, Rua de Campolide 26A
Fado a rigor na sede do SLC...
A 24 de Novembro, a sede da colectividade
voltou a encher-se de vizinhos para um
jantar temperado com a exibição de uma
sucessão de fadistas. Uma vez mais se
confirmou o novo fôlego do SLC.
Com a casa absolutamente cheia e as mesas
todas preenchidas para um jantar a rigor, Paulo
Lemos, o presidente da colectividade, exprimiu
a sua satisfação ao ‘Notícias de Campolide’,
... para uma sala cheia de vida
considerando como sinal do sucesso da iniciativa não apenas a grande afluência mas
sobretudo o “muito bom ambiente” que ali se
respirava. Felicitando o Clube pela sua vitalidade renovada, André Couto, Presidente da JFC,
fez questão de saudar pessoalmente todos os
presentes.
Actuaram vários artistas da Freguesia e não
só: Ana Filipa César, Ermelinda Duarte, João
Teixeira, Fernando Varela, entre outros.
21
aconteceu em campolide
Teatro Musical
Uma centena de Fregueses visitou Amália
Em duas camionetas disponibilizadas pela
JFC e ao preço reduzido de 5 Euros, cerca
de uma centena de Fregueses aproveitou
as condições especiais para se deslocar
ao Teatro Politeama, em Lisboa, no dia 29
de Novembro, para assistir ao espectáculo
musical “Uma Noite em Casa de Amália”,
de Filipe La Féria. Uma iniciativa muito
elogiada por todos os participantes e da
qual toda a gente saiu encantada.
“Uma Noite em Casa de Amália” revisita uma
noite em casa da fadista Amália Rodrigues, na
qual a cantora e o compositor brasileiro Vinícius de Moraes gravam em directo um conjunto
de temas de autores portugueses. Passaram,
assim, pelo palco do Politeama (ou casa de
Amália) poetas e compositores como Natália
Correia, José Carlos Ary dos Santos, David
Mourão Ferreira, Maluda ou Alain Oulman.
Filipe La Féria veio receber
pessoalmente os Fregueses
entrevista comércio tradicional
“O bom produto faz sempre reclame”
Desde 1953, o casal Garcia
mantém, na Rua General Taborda, a Charcutaria Caviar. José
Garcia, natural da Pampilhosa
da Serra, diz que vêm clientes
de longe pelos produtos regionais. E elogia a iniciativa do
Presidente da JFC de consultar
os comerciantes sobre o trânsito na Rua de Campolide.
É natural da zona dos “Maranhos”, um dos enchidos que
vende?
Exactamente. É um dos produtos
José Garcia: “A Rua de Campolide
tinha de ter um sentido único”
regionais da Beira-Baixa e Trás-os-Montes que recebemos da fábrica
e que não se encontram noutros
locais. Apostamos em produtos de
primeira qualidade, que revende-
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22
mos a particulares mas também a
empresas com refeitórios e comércios. Temos alheiras - normais, fabricadas sem gordura (apenas com
um pouco de azeite), vegetarianas,
de caça – temos o Botelo, a morcela doce, chouriço azedo e todos
os outros produtos de charcutaria
fina. E bons vinhos e azeite.
Esteve na reunião promovida
pelo Presidente da Junta a 8 de
Novembro sobre o trânsito da
Rua de Campolide?
Sim. A iniciativa do Presidente foi
boa. Porque a Rua de Campolide
tinha que ter um sentido único, e
a parte de cima, reservada aos
“Temos o melhor da BeiraBaixa e de Trás-os-Montes”
transportes públicos, está muito
mal feita.
Sente que o comércio tradicional está em crise?
As pessoas não compram, o
bairro precisa de ser reabitado
e modernizado, muita gente tem
partido de cá. Primeiro há a falta
de pessoas, depois não têm dinheiro. Por outro lado, estamos
rodeados de centros comerciais
e supermercados. Vivendo só do
estabelecimento não me aguentaria, apesar dos clientes habituais e
de pessoas que vêm de longe em
busca destes produtos, porque o
bom produto faz sempre reclame.
abaixo-assinado
abaixo-assinado
Acção nos Julgados de Paz
JFC apoia Fregueses contra ruído
de aparelhos de ar condicionado
O permanente incómodo causado pelo ruído de aparelhos de ar condicionado nas
traseiras de três edifícios da Avenida Engº
Duarte Pacheco levou a repetidas queixas
de moradores ao longo dos dois últimos
anos e a um abaixo-assinado da totalidade dos residentes da Rua Aviador Plácido
de Abreu, cerca de 40 assinaturas. Os
responsáveis pelo ruido escudam-se nas
medições técnicas, que indicaram que o
som está dentro do limite legal, mas o incómodo persiste. A JFC irá agora apoiar os
Fregueses na interposição de uma acção
nos Julgados de Paz.
Carlos Roxo, arquitecto Prémio Valmor, mora
na Rua Aviador Plácido de Abreu há menos de
três anos, mas a sua filha, Ana Roxo, também
arquitecta, reside na mesma artéria há cerca
de 20. São dois dos promotores e subscritores
do abaixo-assinado. Mal chegou à rua, Carlos
Roxo diz que se apercebeu logo “de que estava numa rua que, embora com muito trânsito,
não tinha efectivamente um grande impacto
de ruído do mesmo na minha casa, tinha sim o
do ruído dos aparelhos de ar condicionado.”
Mas, em 2011, Ana Roxo já tinha iniciado
contactos com a Câmara Municipal de Lisboa
queixando-se do ruído emitido pelos aparelhos do Hotel Dom Pedro, pois o seu prédio é
o mais perto do mesmo. O incómodo sentia-se particularmente no Verão, com as janelas
abertas. Numa noite de Verão, o ruído “era
de tal maneira ensurdecedor” que Carlos Roxo
chamou a Polícia Municipal. Na altura, esta não
O abaixo-assinado recebido pela JFC
“Exmº. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Campolide
Os abaixo assinados, todos residentes Duarte Pacheco, ruído esse que compronesta Freguesia nas ruas Aviador Plácido mete os seus naturais e legítimos padrões
de Abreu e Professor Sousa da Câmara, de conforto e tranquilidade, vêm junto de V.
sentido-se desde há muito tempo anormal- Exa, invocando o inquestionável direito de
mente e insuportavelmente incomodados, cidadania de não abdicar desses padrões
de dia e de noite, por diversos tipos de e dos mais elementares procedimentos de
ruído emitidos, sem qualquer dúvida, pelos urbanidade comprometidos por terceiros,
equipamentos de Ar Condicionado de um solicitar que proceda às acções que entenou mais edifícios vizinhos, nomeadamente da necessárias para uma rápida e eficaz
o Hotel Dom Pedro e os nº 26 e 28 da Av. solução deste assunto.
pôde deslocar um piquete, mas tomou nota da
queixa. Nessa impossibilidade, ligou para a esquadra da PSP (Palácio da Justiça). “Vieram
imediatamente, constatando o ruído infernal.”
Na altura, a PSP identificou como fonte de ruído
o nº 26, um prédio de escritórios. Mais tarde, os
moradores identificariam também o nº 28, edifício das Finanças, como origem do problema.
As queixas acabaram por levar a CML a enviar
às casas de ambos os arquitectos uma equipa
de técnicos de som para fazer medições de ruído. “Mas foram feitas de janela fechada, como
mandam – segundo os técnicos – as normas
vigentes. Passados meses, o ruído continuava
e ambos receberam ofícios da CML dizendo
que os valores estavam abaixo dos valores lesivos ou passíveis de outro procedimento pela
autarquia. Ora, o incómodo existe dia e noite,
sobretudo com as janelas abertas. Deviam ser
feitas medições de janela aberta e de noite.”
Segundo Carlos Roxo, o Hotel Dom Pedro,
“foi o único que se disponibilizou para analisar
a situação”, para acabar “por se escudar igualmente no facto de não serem ultrapassados os
valores legais”.
O arquitecto projectou as estações de caminho-de-ferro de Sete Rios e de Entrecampos,
“que têm geradores potentes, e não se ouve
nada cá fora”. Como arquitecto, “sei que há
maneiras de tratar tudo isto, não só com muros
mais altos atenuadores de ruído, como através
do canopiar do equipamento. Se o equipamento está obsoleto e não poder ser canopiado,
substitui-se.”
Segundo o Presidente da JFC, André Couto,
“é uma realidade que os moradores dos andares mais altos dos edifícios da Rua Aviador
Plácido de Abreu se queixam, e eu próprio
me desloquei a casa de alguns deles e pude
constatar isso.” “Uma vez que estamos numa
situação de fronteira entre o valor que está
permitido pelo regulamento e aquele que incomoda as pessoas, a JFCdisponibilizou-se,
nomeadamente através dos seus serviços jurídicos, para interpôr uma acção nos Julgados
de Paz relativamente às instituições que são
responsáveis pelos sistemas de ventilação
daqueles edifícios.”
“Vamos avançar, até porque já há precedentes de casos em que os juízes dão razão aos
cidadãos, mesmo contra o parecer dos números”, conclui Carlos Roxo.
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