O Logotipo do Congresso

Transcrição

O Logotipo do Congresso
lembrança do local no qual o congresso se desenvolve: O Piemonte
Astigiano.
ÍNDICE
Apresentação............................................................................................ 05
Introdução.................................................................................................. 06
O Logotipo do Congresso
Descrição: O logotipo é constituído de um círculo em cujo
interior se esboça uma estrada que leva em direção ao sol,
assinalada por algumas pegadas. No interior do sol se divide um
grande "M". Lateralmente alguns rostos acenam as três
montanhas e ao inicio da estrada parte um ramo jovem de
parreira.
Explicação: O logotipo foi construído seguindo o tema geral do
congresso: "Passo a passo...” o caminho dos jovens josefinosmarellianos no terceiro milênio. Depois de haver reunido "nossos
caminhos" é agora tempo de continuar a caminhar: é este o
sentido das grandes pegadas impressas sobre a estrada que têm
os seus contornos apenas definidos, esboçados. Esta forma
incompleta indica exatamente um caminho recém definido,
esboçado, em uma nova época; forma incompleta que contrasta
com a nitidez das pegadas e com a clareza do sol, no qual
quisemos simbolizar o próprio Jesus, a meta fixa de todo
caminho. Ao interior do sol um "M" se refere a Marello, que
inspira o estilo especial do nosso caminho em direção a Jesus
com os jovens. As montanhas e as três folhas de parreira são a
I Parte
Com o olhar voltado para os jovens do nosso tempo.......... 09
II Parte
A caminho “com a Igreja” e “na Igreja”.................................... 17
III Parte
No estilo de São José e do Marello............................................. 21
Apêndice ..................................................................................................... 28
Carta dos jovens aos Padres Capitulares................................. 30
Mensagem aos jovens ......................................................................... 32
Documento Final do XV Capítulo Geral
Deliberações sobre a Juventude.................................................. 33
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AGRADECIMENTOS
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APRESENTAÇÃO
Você está recebendo em suas mãos traduzido em português o
Documento Conclusivo do II Congresso Internacional da Pastoral Juvenil
Josefino-Marelliana, realizado em agosto de 2005: Passo a Passo.
O Documento nos convida em primeiro lugar a olhar de forma
panorâmica a juventude do nosso tempo, que é marcada por uma mudança de
época.
O(a) jovem se apresenta no mundo como uma metáfora desta mudança,
que deve ser estudada, entendida e amada em todas as suas nuances. Assim,
a juventude torna-se uma profecia para o mundo de hoje denunciando a falta
de acolhida, a exclusão e anunciando o desejo de se sentir necessária.
Toda a comunidade cristã é chamada a fazer uma leitura desta
profecia que requer humanização e encarnação e que abre as portas para
uma juventude em busca de generosidade, de Deus, de relacionamentos
autênticos, de justo protagonismo, de sentido da vida e de liberdade
verdadeira. Este caminho pastoral deve ser realizado com a Igreja e na
Igreja, pois é na comunidade local onde o(a) jovem recebe atenção no seu
caminho existencial, pedagógico, comunitário e social, partindo da família,
numa verdadeira educação na fé que deve chegar a uma motivação vocacional
e a uma escolha de vida. Tudo isso no nosso estilo Josefino-Marelliano.
A nossa opção, carismática e missionária, é como aquela de São José
Marello, pela pobre juventude. Ela se torna agora, para a toda a
Congregação, escolha pastoral prioritária, acolhendo os sinais dos tempos na
Igreja local. A estes jovens devemos oferecer uma orientação espiritual, um
espírito de família, ensiná-los a cuidar dos interesses de Jesus, a entender o
silêncio, a laboriosidade, como valores inalienáveis do nosso carisma de
Oblatos.
Passo a passo, pouco a pouco o caminho se faz! Assim canta uma
música famosa; E o poeta indiano Tagore escreveu: “Deus se cansa dos
grandes reinos e nunca das pequenas flores”. Que esta flor maravilhosa que
chega em suas mãos, possa se tornar uma grande flor e perfumar as nossas
pastorais, as nossas paróquias, os nossos colégios, a nossa Província, a nossa
Congregação e a Igreja toda.
Curitiba, 16 de junho de 2006.
Pe. Mário Guinzoni, osj
INTRODUÇÃO
Caros rapazes e moças,
Nós Oblatos de São José vos amamos e vos estimamos,cremos
em vocês e juntos queremos construir um mundo mais humano e mais
digno. Queremos sonhar com vocês, esperar com vocês, viver junto
de vocês.
Com São Pedro vos queremos dizer: "Não possuo nem prata
nem ouro, mas aquilo que tenho eu lhe darei: “Em no nome de Jesus
Cristo, O Nazareno, caminha" (Atos 3.6)
Não temos dinheiro para vos dar, nem poder, nem uma vida sem
sofrimentos; mas aquilo que temos no coração lhes doaremos com
prazer: vos damos Jesus Cristo, único Salvador do mundo. Quando o
Espírito Santo inspirou o jovem sacerdote de Asti, Dom José
Marello, a fundar a nossa Congregação, inseriu no seu coração a "
paixão" pelos jovens, sobretudo os mais necessitados de ajuda, de
qualquer tipo. Esta paixão foi herdada pelos seus "filhos espirituais".
Por isso sois importantes e nos são caros.
Nas nossas Constituições (Artigo 65) se lê: "A Congregação
caminha sobre as estradas de Deus e sobre as diretivas traçadas
pelo Fundador, se consegue preparar membros capazes de animar
e de educar a juventude".
Em 1998, em Curitiba-Brasil, se celebrou o Primeiro Congresso
Internacional da Pastoral Juvenil Oblata. Naquela ocasião nos
perguntaram quais seriam as "estradas" sobre as quais teríamos
podido encontrar os jovens, e a quais estratégias deveríamos ter
recorrido para nos sentir próximos reciprocamente. "Novos
Caminhos" foi o documento belo e profundo que recolheu as
esperanças, as desilusões e os propósitos dos congressistas de então.
Superior Provincial
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Em agosto de 2005 em Asti foi celebrado o Segundo
Congresso Internacional. Constatou-se que foram percorridos passos
avante, mas muito ainda resta por caminhar para fazer "história"
junto a vocês.
Caros jovens, passo a passo conseguiremos fazer tal história,
porque é nosso desejo caminhar junto a vos neste terceiro milênio
apenas iniciado.
Vocês são o centro dos nossos interesses. Na realidade o tema
do nosso próximo Capítulo Geral é: "Os filhos de Marello,
verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, a serviço da juventude".
A Pastoral Juvenil é a prioridade apostólica dos Oblatos de São
José. O livro que vos apresentamos encerra as reflexões e aquilo que
foi semeado nos corações dos congressistas de Asti. Se desejou
definir os princípios gerais da Pastoral Juvenil Oblata,
individualizando os elementos da espiritualidade josefina-marelliana,
em harmonia com o caminho da Igreja Universal e Particular.
Belos foram os momentos de convivência, e verdadeira a alegria
juvenil que foi vivida naqueles dias, porque todos estavam
convencidos de fazerem parte da mesma família de São José
Marello.
A Mãe de Jesus e o Carpinteiro de Nazaré juntos ao nosso
santo Fundador, façam brotar estas sementes nos vossos e nos
nossos corações.
Juntos queremos ser "verdadeiros discípulos de Jesus
Cristo" e fazer com que outros se sintam intimamente coenvoltos,
não com gestos extraordinários, mas na cotidianeidade.
Jovens, pés por terra e sonhos no coração, e passo a passo
atrás de Jesus.
Padre Miguel Piscopo, osj
Assistente Geral da Pastoral Juvenil
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I PARTE
COM O OLHAR VOLTADO PARA OS JOVENS
DO NOSSO TEMPO
«O ponto de partida de uma caminhada de
uma Pastoral Juvenil é a experiência de vida
concreta dos jovens: suas alegrias, suas
angustias, os critérios de avaliação, os
valores determinantes, os pontos de
interesse, as linhas de pensamento, as fontes
inspira-doras e os modelos de vida”.
(Instrumentum Laboris, 17)
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Uma reflexão sobre o tempo presente
1. A partir da época Moderna e por toda a época Contemporânea
a visão do mundo e do homem mudou totalmente, e encontrou duas
novas balizas, como ponto de apoio: a racionalidade
antropocêntrica e critica, por um lado, e a autonomia e liberdade
por outro. Também no aspecto do conhecimento, aconteceu como
que uma revolução. Impôs-se uma mentalidade hermenêutica,
segundo a qual todo “ver ou conhecer é interpretar”, e por isso
mais que conhecer as coisas como são, todos as interpretamos.
2. A cultura atual busca oferecer uma explicação autônoma e
intramundana da realidade, introduzindo uma mudança radical na
imagem da pessoa e do mundo. O mundo é definido mais como
história do que como natureza: cai então a visão clássica, estável
e hierarquizada considerada até hoje como peculiar do mundo
católico; a pessoa é vista como um ser em perpétua criação de si
mesmo. Com a correspondente transformação das estruturas de
credibilidade transferidas agora para o valor absoluto da pessoa,
a autonomia da consciência, a criatividade, e o pluralismo de
projetos, a democracia, etc. A humanidade caminha na direção de
configurações culturais, sociais, econômicas, políticas religiosas
de uma novidade tão radical ao ponto de quebrar todos os
esquemas, até hoje usados para compreender a vida.
3. Não é possível
compreender nós mesmos ou também
compreender como sou e o que acontece aos jovens sem olhar
este contexto fundamental. Substancialmente, hoje mais que uma
época de mudança assistimos a uma mudança de época. Neste
contexto, precisamos reconhecer que estamos forjando um novo
individuo, uma nova maneira humana de ser e de viver no mundo ou
um “homem novo” de quem o rosto dos jovens é antecipação.
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Jovens: metáfora e profecia
4. É relativamente fácil listar uma série de traços
característicos dos jovens de hoje; mas seria errado se
parássemos nestas características ou não avançássemos para
além das costumeiras imagens “chatas” ou superficiais (jovens
ligados só no momento, hedonistas, amorais, sem religião, etc).
Aquela nova maneira de ser que ele sente dentro de si (aquele
moderno e inédito individuo que está nascendo) converte o jovem
numa verdadeira metáfora da mudança histórica em curso:
precisa lê-la até o fim para conseguir compreender a sua vida,
suas necessidades, os seus desafios... A metáfora da sua
existência nos comunica, antes de tudo, uma mensagem dura e
clara: o atual mundo dos adultos não fascina e nem interessa aos
jovens. E a maior denúncia que os jovens fazem à nossa civilização
consiste no desinteresse deles perante a mesma; não se
preocupam em acusar, e nem atacar, simplesmente ignoram as
instituições, as vozes da sociedade. Mesmo assim, no fundo desta
metáfora é possível encontrar aquela profecia, que para nós, deve
tornar-se a sua vida. Uma profecia que encerra pelo menos três
“clamores-denúncias”:
• Pedido de acolhida: talvez seja esta a geração que tem – ou
teve – tudo, porém é também a geração que sente a falta de
“pais”, a falta de um “clima afetivo”, de “modelos mestres”, de
“autoridade”.
• Desejo de “sentirem-se necessários”: os jovens ficam
medrosos perante a solidão, necessitam sentir que alguém
“conta” com eles, para não cairem num arriscado movimento
egoístico de sobrevivência.
Humanização e encarnação: objetivo e critério da
Pastoral Juvenil.
5. Um bom ponto de partida, numa caminhada de pastoral, que
busque educar os jovens à fé, é a vida e a situação do jovem, vista
como “lugar teológico” por excelência, onde Deus se “mostra” e
nos fala. Em outras palavras, não se trata de pensar e interpretar
a Palavra de Deus, ou de organizar doutrinas, a serem
comunicadas para ajudar os jovens a viver: ao contrário, é
justamente no contato direto com eles que devemos descobrir as
esperanças e frustrações, os seus desejos e aspirações, as suas
contradições, etc. E a partir dali que se deve (re)pensar como
anunciar a salvação, o Evangelho, ou as boas novas que vem de
Deus. A este procedimento chamamos de HUMANIZAÇÃO.
6. Então, é necessário entender a PASTORAL JUVENIL como
empenho da comunidade cristã, no nome do Espírito de Jesus, a
restituir vida e esperança aos jovens pelos processos de educação
(à fé) que lhes consente de crescer como pessoas, e, portanto
amadurecer na experiência cristã.
• Denúncia de exclusão: são condenados por um mundo adulto,
ainda por demais protagonista a permanecer “eternamente”
perante “a janela da vida”. O que fazer? Muitas vezes ao jovem
não resta que “brincar com a vida”, divertir-se, para escapar quem
sabe ao grande risco, aquele da “angústia”.
7. Nesta perspectiva, a Pastoral Juvenil deve partir do Deus
Criador e Salvador, encarnado em Jesus, o Cristo, com a
convicção que tudo que vem de Deus pode ser interpretado de
forma legítima somente quando consegue ter um sentido positivo
e libertador para os homens.
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A ENCARNAÇÃO é a senha/chave do cristianismo: é a
experiência central da vida de Cristo e da fé que a suscitou; é
portanto a perspectiva a partir da qual podemos compreender
seja o próprio Cristo, como homem e como Deus, seja nós mesmos.
A encarnação representa o modelo e o método de toda práxis
cristã, também a práxis juvenil. O amor gratuito e incondicional
da parte de Deus é, no fundo uma constante provocação: iniciativa
prévia e chamada universal capaz de provocar também as
respostas mais generosas e corajosas. A Pastoral Juvenil sublinha
o tema da fé como resposta à provocação de Deus, às instigações
da vida e da história pelas quais nos é revelado este amor
desafiante e salvador.
Um problema fundamental de “comunicação”.
8. A estrada de toda práxis cristã seria aquela de ajudar a
compreender Deus e “ler” a sua Palavra na realização do homem:
portanto, nunca contrapor interesses de Deus e interesses
humanos, porque Deus não tem outro interesse que a afirmação
da pessoa e a sua felicidade.
Embora seja tão bonita a mensagem a ser comunicada, a
Pastoral Juvenil quer nos dizer que nem tudo vai bem. Antes de
tudo, porque os jovens não nos entendem muito, e, ás vezes, não
tem a percepção da religião e da fé como afirmação da vida, como
esperança capaz de encher de felicidade o momento presente.
Por que esta falta de sintonia? Fundamentalmente, as atuais
dificuldades pela práxis cristã com os jovens dizem respeito a
interferências no processo comunicativo que limitam, quando não
impedem quase que totalmente, o significado e a incidência da
mensagem.
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O Documento Conciliar Dei Verbum (nº 13), nos ofereceu a
consciência clara que Deus se torna Palavra para nós, nas nossas
palavras humanas; e isto nos obriga a confrontar-nos de forma
irrenunciável com a cultura.
A nossa tarefa diante da juventude, então, é aquela de
atualizar a experiência cristã . Não se pode falar de tradição
viva, a não ser pela atualização da experiência cristã: não se trata
de repeti-la, mas de torná-la presente de forma vital e
compreensível, na atual cultura, na existência quotidiana dos
jovens.
Entre “particularidades” e “provocações” que lemos
no rosto dos nossos jovens.
9. O que foi dito até agora nos permite ler e “interpretar”, na
experiência dos jovens do nosso tempo, algumas particularidades
a serem valorizadas, e também algumas provocações, a serem
captadas.
• Generosidade: é a quase “natural” capacidade de colocar-se a
disposição dos outros; é uma boa “cartada a ser usada”, para
tornar o jovem protagonista da própria existência.
• Busca de “um” Deus: muitas vezes diluído no meio de tantas
propostas no “supermercado do Sagrado”. Todavia, a busca é o
necessário ponto de partida para educar os jovens na fé.
• Desejo
de
autênticos
relacionamentos
humanos
e
sentimentos verdadeiros: um desejo que aparece evidente na
busca de amizades fortes, e na necessidade muitas vezes
escondida, de uma família que transmita amor.
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• Protagonismo: é a vontade de “assumir a própria vida”, sentirse úteis e necessários. Trata-se de um desejo que deve ser
educado, e endireitado, mas nunca mortificado.
• Busca de sentido da vida: todo jovem traz dentro de si,
muitas vezes só explicitamente, profundas interrogações, a
respeito da própria vida e ação: quem sou eu? o que vou fazer da
minha vida?
• Liberdade: para não se sentir-se sufocar em esquemas préconstituídos e impostos.
Uma boa caminhada de Pastoral Juvenil não pode deixar
de lado estas “provocações” que nascem nos corações das jovens
gerações; esforça-se, melhor, em re-elaborá-las e inseri-las num
projeto de educação à vida e à fé.
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II PARTE
A CAMINHO “COM” A IGREJA E “NA” IGREJA
10. É nossa convicção e ponto de partida fundamental para a
nossa Pastoral Juvenil o compromisso em não inventar caminhos
“paralelos” contra aqueles propostos pela Igreja local. Antes, a
Pastoral Juvenil Josefina-Marelliana descobre e valoriza as
escolhas fundamentais feitas pela Igreja e se torna promotora
ativa delas. A partir deste critério operacional, é possível
localizar algumas “linhas” nas quais a Pastoral Juvenil Eclesial se
movimenta, deixando claro que as escolhas particulares de cada
conferência episcopal local devem ser respeitadas, e que isto é de
responsabilidade de cada Província e Delegação.
11.Cuidado com a família: a Pastoral Juvenil deve necessariamente dialogar com uma Pastoral Familiar que se empenhe
em conhecer a situação dos jovens até chegar a um envolvimento
sinérgico com os pais dos mesmos.
12.Cuidado com a figura do animador: a consciência do papel
insubstituível do animador de Pastoral Juvenil deve estar na base
de um investimento (também econômico) para sua formação e
deve abrir uma responsável reflexão sobre o valor do seu
testemunho diante dos jovens.
«A vossa atividade vos coloca no coração da
Igreja. O carisma dos Oblatos de São José,
de fato, vos pede de reproduzir na vida e
no apostolado o ideal de serviço que foi
vivido pelo Guarda do Redentor”. (João
Paulo II aos Oblatos de São José, 17 de
fevereiro de 2000)
17
13.Relacionamento com a Pastoral Vocacional: toda a Pastoral
Juvenil é “na sua raiz” vocacional no sentido amplo do termo.
Necessário se faz ajudar os jovens a perceber a variedade de
ministérios possíveis e a experimentá-los na prática. A
comunidade paroquial deverá, portanto, oferecer um maior espaço
para uma real participação dos jovens. Para esta finalidade, os
movimentos e os grupos juvenis oferecem um campo favorável
para o trabalho vocacional, de forma especial através de
experiências de profunda oração, dias de retiros, testemunhos de
jovens que já fizeram uma opção de vida consagrada e através da
prática da dimensão missionária da vida cristã. A escola também,
de forma especial àquela católica como espaço onde a juventude
encontra-se e vive uma parte considerável da sua vida, sempre foi
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considerada como possibilidade rica e
evangelização e para a proposta vocacional.
peculiar
para
a
14.Cuidado com o caminho de fé: a saída mais autêntica da
Pastoral Juvenil é aquela que habilita o jovem a viver o caminho de
fé. Isto acontece por um processo tendo em conta os “tempos” de
crescimento, de identificação afetiva, de assimilação, de
compromisso próprio dos jovens.
15.Pastoral Existencial: o ponto de partida de um caminho de
Pastoral Juvenil é a experiência da vida concreta do jovem: suas
alegrias, suas angústias, os critérios de discernimento, os valores
determinantes, os pontos de interesses, as linhas de
pensamentos, as fontes inspiradoras e os modelos de vida.
16.Cuidado pedagógico: sublinha o elemento humano da
formação, abre o caminho para uma pastoral que também seja
uma pedagogia.
17.Dimensão Comunitária: corresponde ao processo de inserção
do jovem na comunidade cristã. O núcleo essencial é o grupo ou a
comunidade jovem: é exatamente aqui que o jovem pode viver uma
experiência primária de “pequena igreja”, de acordo com o seu
caminho de fé. No grupo torna-se possível descobrir que a fé não
pode ser vivida de forma individual e que na vida da pequena
comunidade concretizam-se os valores do Reino.
18.Cuidado com o Social: é importante ter presente as
situações problemáticas dos contextos sociais vividos pelos
jovens; aliás, em situações de injustiças e exploração, a Pastoral
Juvenil pode tornar-se a “voz” que defende os direitos dos mais
fracos. Uma outra dimensão deste cuidado com o social é o
empenho para que a Pastoral Juvenil eduque e forme os jovens à
vida política, segundo critérios de serviços à comunidade e de
honestidade.
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III PARTE
NO ESTILO DE SÃO JOSÉ E DO MARELLO
19. Mesmo empenhada em trabalhar “com” a Igreja e “na” Igreja,
a nossa Pastoral Juvenil deve buscar algo de específico, em pleno
acordo com os elementos carismáticos que encontramos nas
Constituições e Regulamento Geral de nossa Congregação, e com
os Ensinamentos deixados pelo nosso Fundador, São José Marello
e com aquelas linhas operacionais que vem de uma espiritualidade
claramente Josefina.
Escolha carismática
.
20. POBRE JUVENTUDE: parece quase um slogan que captamos
das mesmas palavras do nosso Fundador: “Ah! pobre juventude,
«É um compromisso Apostólico de cada
Oblato desenvolver harmoniosamente nos
jovens as capacidades físicas, morais e
intelectuais, procurando fazer com que
amadureça neles o senso de liberdade e
responsabilidade no contexto comunitário,
mediante uma educação integral.”
(RG 30).
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tão abandonada e esquecida; pobre geração nova, deixada
sobremodo à própria sorte e ainda muitíssimo caluniada ou, pelo
menos, duramente julgada em suas leviandades e em sua
generosidade mal contida, naquela necessidade de ação mal
desenvolvida, de afetos mal orientados, pelos quais, sem culpa
totalmente dela, se afasta do caminho reto! Pobre juventude!
Rezemos mui particularmente por ela. (L 29 de 20 de fevereiro
de 1869).
A pobre juventude é parte integrante da comunidade cristã.
Muitas vezes nos acontece de classificar a pobre juventude numa
espécie de categoria a parte, sem perceber que ela é parte
integrante de toda a comunidade cristã. Quem trabalha com a
pobre juventude, não é alguém que vai “fora” da comunidade: mas
a sua preocupação é a de quem compreende que à totalidade da
comunidade falta uma parte integrante; e portanto, daqui nasce o
esforço de “recuperá-la” e reintegrá-la na comunidade.
De acordo com isso, os Oblatos de São José fazem uma escolha
“preferencial” pelos “pobres jovens”. Não entendemos falar só de
pobreza econômica. Pode existir pobreza de cultura, de afeto, de
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fé... Os pobres jovens, na busca de um apoio seguro, devem
encontrar em nós uma “base” sobre a qual apoiar-se, uma “voz”
que defende os seus direitos.
local (paróquias, dioceses, conferências episcopais regionais)
através de cursos de formação para educadores, catequistas,
animadores de Pastoral Juvenil.
.
21. MISSIONARIEDADE: cada jovem tem naturalmente dentro
de si aptidão em perceber o problema alheio e oferecer-lhe
disponibilidade e serviço. Uma aptidão esta, que muitas vezes,
porém, precisa ser aflorada de seu coração, educada e canalizada
em percursos deveras formativos. A nossa Congregação, com as
suas diferenças geográficas, sociais e culturais, proporciona aos
jovens um olhar amplo sobre o mundo e uma dimensão de serviço
que pode chegar ao Voluntariado.
.
22. CUIDADO COM OS SINAIS DOS TEMPOS: é a atitude
que nos sugere a vida do nosso Fundador e a história da
Congregação. Aprendemos a ler a realidade de hoje e o que ela
pede de nós. Provavelmente um dos sinais dos tempos é a crise
familiar, porque ela acaba desabando sobre os jovens que vivem
na solidão e desnorteados. Neste caso, a nossa Pastoral Juvenil
não pode substituir a família, mas ao menos deve oferecer um
jeito concreto para que o jovem experimente solidariedade,
estabilidade psicológica, sentido de família.
.
23. SERVIÇO À IGREJA LOCAL: através da partilha dos
projetos e da oferta de alguns serviços de especialização: como
animadores peritos em Pastoral Juvenil e Catequese; como
formadores dos animadores; como diretores espirituais. A este
propósito, vale a pena lembrar as palavras do artigo 65 das
Constituições dos Oblatos de São José: “A Congregação caminha
nos caminhos de Deus e nas diretrizes traçadas pelo Fundador
quando consegue preparar membros capazes de animar e educar a
juventude”. Podemos interpretar este texto como um convite a
tornar-nos “peritos” em Pastoral Juvenil, a ponto de oferecer a
nossa “competência carismática” como serviço precioso à Igreja
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Linhas Marellianas de ação
24. PATERNIDADE ESPIRITUAL: O educador Oblato não deve
se tornar somente um bom animador do ponto de vista técnico. É
sobretudo, um orientador, um pai espiritual. O Marello, na sua
experiência com a juventude não foi um grande organizador, mas
sim, um autêntico pai espiritual, de forma especial para os jovens
seminaristas e para os jovens operários, a quem ministrava a
catequese. Esta paternidade espiritual encontra um elemento bem
concreto também em orientar os jovens a ter um PROJETO DE
VIDA, a exemplo daquele que o jovem Marello tinha adotado para
si.
25. DISPONIBILIDADE ACOLHEDORA SEM JULGAR: Estas
eram características evidentes no estilo de vida do Marello. Não
existia, na sua maneira de falar e de fazer, arrogância e
julgamento, nem pelo contrário, mediocridade e nem jeitinho. O
estilo educativo do Marello concentra-se na proposta de caminhos
autênticos e exigentes, a serem implementados com a
disponibilidade acolhedora de um pai.
26. ESPÍRITO DE FAMÍLIA: Esta é a tradição de vida da
Congregação que chegou até nós. O Fundador, como herança
preciosa de sua vida, queria que entre os Oblatos reinasse o
mesmo espírito dos membros da Sagrada Família de Nazaré. Este
espírito de harmonia, de respeito, de acolhida, de fé, devia
depois, ser transmitido para as pessoas no apostolado. Ainda hoje
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nos é pedido de não interromper esta tradição que caracteriza o
estilo de vida de todo “filho de Marello”.
27. PRESENÇA PEDAGÓGICA: Não basta termos estruturas
sem ter animadores da Pastoral Juvenil! O Marello foi um
exemplo neste sentido. Quem o conheceu testemunhou que ele
apesar de muitas tarefas, encontrava tempo para conviver com
idosos e jovens que viviam na Casa de Santa Chiara. O exemplo do
Fundador poderia ser importante para nós: dedicar tempo, marcar
presença entre os jovens.
28. CONHECIMENTO E DESENOLVIMENTO DAS POTENCIALIDADES DO JOVEM: São José Marello nos ensina que: “O
potencial do homem é infinito; tudo depende do valor do
coeficiente: dois fatores que se multiplicam, que se fundem e se
transfiguram num grande produto”. (L 9 de julho-agosto 1866).
Daqui nasce a necessidade de conhecer verdadeiramente em
profundidade os jovens que aproximamos e apostar sobre as
potencialidades deles no caminho formativo: sensibilidade,
fantasia, vontade, garra, entusiasmo... Potencialidades estas
incomensuráveis a serem desenvolvidas com o intuito de ajudar o
jovem a ter atitudes de grande generosidade e elevar a sua
mente para os mais nobres ideais.
Espiritualidade Josefina
29. FAZER OS INTERESSES DE JESUS: É o que o Marello
destaca para estar unido a São José. De fato, a peculiaridade
deste Santo consiste, no fato, que toda a sua vida foi dedicada
ao serviço de Jesus, e todo seu pensamento e ação encontrava
razão no desejo de ocupar-se de Jesus, no empenho, portanto, de
fazer os seus interesses. Também a nossa Pastoral Juvenil pode
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encontrar nisto um itinerário espiritual de alto nível: não ter
outro objetivo ou ambição do que cuidar dos interesses de Jesus;
e os jovens fazem parte desses interesses.
30. LABORIOSIDADE: A virtude da laboriosidade, claramente
presente na vida de São José, pode ser aqui entendida de duas
formas: a primeira é aquela de ajudar os jovens a desenvolver as
próprias habilidades e capacidades; a segunda consiste em
preparar e orientar os jovens ao serviço para com o próximo e a
comunidade.
31. RESPONSABILIDADE: Esta virtude caracterizou a missão
que Deus confiou a São José: entrar no projeto Divino de
Salvação, não como observador, mas como co-protagonista
assumindo com seriedade e responsabilidade a missão de Guarda
do Filho de Deus e de sua Mãe. O nosso trabalho com os jovens
encontra neste ícone Josefino a razão pela qual deve ser vivido
com a mesma coerência e fidelidade no empenho.
32. SILÊNCIO: poder-se-ia dizer que é a virtude Josefina por
excelência. Não um vazio de palavras simplesmente, nem um
silêncio desinteressado e passivo, mas sim, um silêncio, que se
torna escuta, capacidade de renunciar às próprias pretensões,
humildade.
33. HUMANIDADE: Pensar em São José como o Pai “real” de
Jesus, não do ponto de vista genético, mas de relação mútua de
amor; algo de muito humano, um pai que teve uma ligação
normalíssima com Jesus. De São José temos que aprender a não
deixar de lado o aspecto humano na educação dos jovens. Antes
de apresentar aos jovens um ideal espiritual de alto nível, faz-se
necessário, sem dúvida, valorizar e educar os elementos mais
comuns dos jovens: a vida quotidiana deles, afetividade, a cultura,
as amizades.
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34. UNIÃO ÍNTIMA COM CRISTO: O último elemento de
espiritualidade Josefina que abordamos, poder-se-ia entender
também como o objetivo último de toda Pastoral Juvenil. A
“grandeza” de São José consiste justamente na sua união especial
com Jesus. Todo o Animador de Pastoral Juvenil deve aprender
de São José a ter primeiramente para si, e depois propor para os
jovens, uma união especialíssima com Jesus.
APÊNDICE
ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS
Como apêndice apresentamos algumas indicações, que emergiram
na conclusão do II Congresso, que podem ser avaliadas pelos
Superiores da Congregação e se concretizarem.
Elementos Estruturais
• Responsável Geral da Pastoral Juvenil, seja ajudado por uma
equipe internacional de pessoas preparadas e disponíveis,
[religiosos(as) leigos(as)] para coordenar e cuidar que as
Pastorais Juvenis locais sejam conduzidas em harmonia com as
linhas gerais deste Congresso.
• Se faça uma subdivisão por áreas geográficas: Europa, Ásia e
África, América do Norte e América do Sul, para facilitar o
intercambio, a troca de experiências e a aplicação das linhas
gerais, conforme os contextos culturais locais.
Indicações Operacionais
• Seja proposto e se torne realidade o estudo de especialização
em Pastoral Juvenil para religiosos e leigos (pelo menos de 2 ou 3
por Província/Delegação).
• Cada Província/Delegação tenha um fundo econômico para a
Pastoral Juvenil, a ser utilizado para investimentos de cunho
formativo e organizativo.
• Sejam realizadas avaliações periódicas das atividades da
Pastoral Juvenil, pelo menos anualmente.
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• Sejam organizados para os Responsáveis da Pastoral Juvenil
Congressos
para
intercâmbio,
formação,
programação,
possivelmente da seguinte forma:
o A nível nacional: todo ano
o A nível continental: a cada 2 anos
o A nível mundial: a cada 4 anos.
• Que seja criado, o mais breve possível um site na Web para a
Pastoral Juvenil, com a finalidade de facilitar a comunicação e
troca de informações. Também o mais rápido possível se defina
um único logotipo e hino da Pastoral Jevenil Josefino-Marelliana
como sinal de identidade e unidade entre as diversas Pastorais
Juvenis da Congregação.
CARTA DOS JOVENS AOS PADRES CAPITULARES
“A Congregação caminha nos caminhos de Deus e nas diretrizes traçadas pelo
Fundador quando consegue preparar membros capazes de animar e educar a
juventude” (Constituições OSJ, Art.65)
Devemos a este texto, das Constituições dos Oblatos de São José, a
inspiração de fundo que levou à origem do II Congresso
Internacional da Pastoral da Juventude Josefino-Marelliana; este
representa a inspiração e o tema que acompanhou todas as atividades
e trabalhos realizados com a finalidade de redefinir, sejam os
empenhos, como as responsabilidades que a Congregação (religiosos e
leigos) tem diante das novas gerações, partindo das necessidades que
nascem do momento histórico que estamos vivendo.
Este encontro, de representantes das diferentes Províncias e
Delegações, ficou marcado, antes de tudo, pela forte experiência de
convivência e de confronto: é muito bom saber que os filhos do
Marello, em qualquer parte do mundo que se encontrem, ou em
qualquer atividade que realizem, estão sempre unidos com o objetivo
de levar avante a construção do Reino de Deus, com a mesma
responsabilidade que motivava São José Marello ao servir a Igreja.
Juntos nas orações, nos momentos alegres, nos momentos profundos
de reflexão... Juntos, nos interrogamos sobre os desafios que o atual
mundo jovem põe à “nossa” Congregação.
Juntos, procuramos oferecer mais do que respostas, critérios
inspiradores para a nossa pastoral da juventude: um trabalho que
seja de acordo com as necessidades que podemos perceber ao olhar
os rostos dos nossos jovens; que seja em harmonia com a Igreja local
e ao seu serviço; que seja realizado no estilo de São José e de nosso
Fundador.
No final destes dias intensos que vivemos juntos, pensamos em
dirigirmo-nos a vós, que em ocasião do Capítulo Geral, reunidos em
nome de toda a Congregação, sois chamados a acolher as inspirações
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que o Espírito Santo tem para esta nova fase da historia que está
por ser construída.
Sabendo que o tema do Capítulo Geral leva a refletir sobre a
dimensão apostólica da Congregação, de maneira especial o serviço à
juventude, nós pedimos a não deixar que sejam esquecidos as nossas
conclusões e esforços realizados na expectativa de progresso no
trabalho com a juventude.
As reflexões, presentes no Documento Conclusivo do nosso
Congresso, é a “voz” de todos os jovens com os quais, cotidianamente,
os Oblatos de São José procuram construir uma humanidade melhor
e cada vez mais conforme o Projeto de Deus.
Pedimos, de maneira particular, que a Pastoral da Juventude seja
realmente considerada uma “prioridade” da Congregação!
Isto significa que a essa se deve dar atenção e importância.
Pensamos, assim, em elencar algumas sugestões:
• Os Assessores gerais e provinciais da pastoral da juventude
sejam escolhidos com critérios de competência e disponibilidade;
• Os mesmos sejam ajudados por uma equipe de pessoas
responsáveis e que possuam uma grande “paixão” pela juventude;
• Seja oferecida a Oblatos Leigos a possibilidade de formação e
especialização no campo da pastoral da juventude, mesmo que
seja necessário um investimento econômico;
• Seja aberta a possibilidade de preparação cultural e de
experiência da pastoral da juventude para os seminaristas no
período de formação.
Caríssimos, ao desejarmos um ótimo trabalho, desejamos
manifestar os nossos sinceros sentimentos de estima e afeto por
tudo aquilo que vocês fazem para com os jovens e queremos dizer
a todos: coragem, que o Espírito Santo guie e ilumine o vosso
trabalho nesse III Milênio.
Agradecemos de coração...
MENSAGEM AOS JOVENS
Caríssimos Jovens,
Nós Oblatos, participantes do XV Capítulo Geral, reunidos em
Paestum (Itália), no encerramento dos trabalhos, queremos enviar
uma saudação, um agradecimento, e um augúrio a todos vocês.
Obrigado pelo estímulo que nos tem dado através do Documento
Conclusivo do Congresso Internacional da Juventude: “Passo a Passo”,
que recebemos e fizemos nosso.
Seguindo as indicações também da sua Carta, decidimos de propô-lo a
toda a Congregação.
Nós em Capítulo debatemos e confirmamos como escolha prioritária
o serviço aos jovens. Vocês estão em nosso coração como os jovens
estavam no coração de São José Marello, até ao ponto que se
devêssemos abandonar a dedicação à juventude, não seríamos fiéis à
escolha carismática do nosso Fundador e perderíamos a nossa
identidade.
Portanto, confirmamos a Pastoral Juvenil, como uma escolha de toda
a Congregação, segundo aquilo que vocês nos pediram: o trabalho de
nosso apostolado no cuidado dos jovens, na imitação de São José.
Partilhamos as suas aspirações, os seus ideais, e as suas esperanças.
O jovem Marello continua a exprimi-las e permanece o nosso modelo
apostólico.
Sentimo-nos, mais do que nunca, próximos de cada um de vocês no
acompanhamento espiritual e nas suas escolhas de vida.
Que cada um de vocês, que participa de nossas várias realidades,
possa sempre encontrar em nós, Oblatos de São José pessoas
entusiastas, apaixonadas e capazes de ser verdadeiros educadores!
Paestum, 17 de fevereiro de 2006
Os jovens participantes do II Congresso
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Os Oblatos de São José – Reunidos em Capítulo
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DOCUMENTO FINAL DO XV CAPÍTULO GERAL
DELIBERAÇÕES SOBRE A JUVENTUDE
8. A Pastoral Juvenil
Nas Províncias/Delegações haja um encarregado com uma
Equipe de Pastoral Juvenil, que em sintonia com o
Encarregado Geral, cuide da aplicação das linhas gerais
segundo os contextos culturais locais.
III. Indicações Operativas
O XV Capítulo Geral confirma como uma prioridade do nosso
apostolado o cuidado aos jovens (Cartas 65), à imitação de São José,
segundo a intuição carismática do nosso Fundador e em continuidade
com a tradição da nossa Congregação.
Por isso, o Capítulo Geral aceita em todas as suas partes o
Documento conclusivo do II Congresso Internacional de Pastoral
Juvenil Marelliana “Passo a passo”, e compartilha a opção
preferencial pela “pobre juventude”, prestando uma atenção especial
em algumas “indicações” formativas, estruturais e operativas.
I. Indicações Formativas:
a) O caminho de fé dos jovens: já desde o primeiro anúncio,
sejam respeitados os tempos de crescimento e de empenho
próprios da idade juvenil, particularmente através da direção
espiritual.
b) A relação com a pastoral vocacional: toda a pastoral juvenil é
em si mesma vocacional em sentido amplo e oferece campo
favorável para o trabalho vocacional à vida leiga, sacerdotal
ou consagrada.
c) A missionariedade: toda pastoral juvenil deve propor para o
jovem um olhar amplo sobre o mundo e uma dimensão de
serviço que passa através do voluntariado e o empenho social.
II. Indicações Estruturais
a)
b)
Encarregado Geral seja coadjuvado
Internacional para a Pastoral Juvenil.
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por
uma
a) Toda Província/Delegação assuma o estudo especializado da
pastoral juvenil por alguns Confrades e Leigos. Institua, além
disso, um fundo econômico para a pastoral juvenil.
b) Na Província/Delegação haja, a cada ano, uma revisão dirigida
pelo Provincial/Delegado com o Encarregado e a sua Equipe.
c) Todas as nossas Obras (paróquias, oratórios, escolas, obras
sociais, etc.) sintam-se responsáveis, também através de
momentos de revisão, pela pastoral juvenil.
d) Dentro dos primeiros dois anos do próximo sexênio, o
Encarregado Geral com a sua Equipe organize um Encontro de
revisão, formação e programação, junto com os responsáveis
da pastoral juvenil nas Províncias/Delegações.
e) O Encarregado Geral com sua Equipe organize no próximo
sexênio um Congresso Mundial dos nossos jovens.
f) O Encarregado Geral com sua Equipe, em sintonia com a nossa
Pastoral Vocacional, criem um web-site, também para
dinamizar a comunicação e a troca de informações sobre
experiências que se desenvolvem. Como também proceda, o
mais rápido a definição de um único logotipo e do hino da
Pastoral Juvenil Josefino-Marelliana.
g) Convida-se toda a Província/Delegação a criar, segundo as
próprias possibilidades, uma obra profética que demonstre
concretamente a opção preferencial pela “pobre juventude”.
Equipe
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