A alegria é o melhor remédio para doentes

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A alegria é o melhor remédio para doentes
Hospital Infantil Waldemar Monastier -
A alegria é o melhor remédio para doentes
Notícias
Enviado por: [email protected]
Postado em:02/01/2011
Iniciativa de levar palhaços para dentro de hospitais começou há 19 anos no Brasil e envolve cada
vez mais voluntários. O que era tristeza se transforma em alegria, a dor desaparece, o sorriso toma
conta dos rostos, os tratamentos de saúde passam a fazer efeito mais rápido e a euforia transforma
o am--biente.
Ponta Grossa - Quando a doutora Tibúrcia e o doutor Esparadrapo entram em cena, o que era
tristeza se transforma em alegria, a dor desaparece, o sorriso toma conta dos rostos, os tratamentos
de saúde passam a fazer efeito mais rápido e a euforia transforma o am--biente. Nos corredores dos
hospitais, eles chamam a atenção dos funcionários e durante todo o tempo fazem piadas sobre
tudo, seja com gestos, caretas, fingindo se esconder atrás de portas e paredes, improvisando e
soprando bolinhas de sabão. O contato com as crianças é mágico. Pacientes que em um momento
sentem dores ou estão deprimidos, em outro saltam das camas e cadeiras para interagir com os
palhaços. Em alguns ca--sos, os acompanhantes das crian--ças parecem se divertir até mais do que
os pequenos e as gargalhadas ecoam levando consigo o vírus da alegria. História Iniciativa surgiu
nos EUA O método de alegrar pacientes em hospitais é conhecido há algumas décadas. Um dos
primeiros registros desse tipo de experiência aconteceu nos Estados Unidos, na década de 1980,
com o Big Apple Circus Clown Care Unit, programa pioneiro em levar palhaços profissionais
especialmente treinados aos hospitais. No Brasil, a ideia chegou há 19 anos, quando o ator
Wellington Nogueira trouxe a filosofia do Big Apple Circus e fundou a organização não
governamental (ONG) “Doutores da Alegria”, da qual é coordenador geral e que
oferece treinamento para outros grupos similares, entre eles, os Doutores Palhaços, de Ponta
Grossa. No entanto, esse tipo de trabalho ficou famoso mundialmente em 1998, quando o ator
Robin Williams interpretou um médico da alegria no filme Patch Adams, o amor é contagioso. Desde
então, o projeto se espalhou por vários países. No Brasil atuam pelo menos 200 instituições desse
gênero, sendo três delas no Paraná (veja quadro) Quem são No Paraná existem três instituições
que trabalham com o mesmo método dos Doutores da Alegria, a primeira organização não
governamental implantada no Brasil, em 1991. Todas são inspiradas em um trabalho realizado nos
EUA pela Big Apple Circus Clown Care Unit. Saiba quais são as iniciativas locais: Instituto Mimoriso
(Curitiba) Rua Carlos Gusso, 33, Pinheirinho Contato: (41) 3247-3938 / 9137 2151 [email protected] Triolé Cultural (Londrina) Contato: (43) 9982 3238 (Alexandre Simioni triolecultural.blogspot.com SOS Alegria / Doutores Palhaços (Ponta Grossa) Contato: (42)
8811-3004 / 3239-2650 (Rodrigo Souza Netto - www.sosalegria.wordpress.com “Eu nunca
tinha visto nada igual. É muito bacana e bem criativo, muito bom para as crianças. Elas não pedem
muita coisa, só um pouco de felicidade, e é isso que os palhaços trazem”, diz An--dreia Silva,
mãe de Fernanda, uma das pacientes do Hospital da Criança, em Ponta Grossa, nos Campos
Gerais. Esse trabalho é fruto do Pro--jeto Doutores Palhaços, iniciado pelo casal Micheli e Bruno
Ma--dalozo Santos, em 2008, e que está dando origem à organização não governamental (ONG)
SOS Alegria. Ela é atriz e estuda artes cênicas e o marido é professor de Educação Física. A
experiência como palhaços em hospitais tem se mostrado surpreendente, agregando vários outros
profissionais ao projeto. Segundo Micheli, o interesse em fazer alguma coisa por pessoas
http://www.hospitalinfantil.saude.pr.gov.br
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hospitalizadas surgiu em 2004, quando uma amiga do casal ficou doente. “Ela tinha câncer e
a gente fazia de tudo pa--ra estar perto dela, inclusive entrando escondido na enfermaria. Uma vez,
começamos a interagir com todos os pacientes e a fazer amigos”, conta a atriz. Depois
disso, no início de 2008, numa conversa com uma enfermeira, Micheli descobriu que grupos de
palhaços, normalmente compostos por alunos de universidades, frequentavam por algum tempo o
Hospital da Criança (HC). O problema é que o trabalho nunca tinha continuidade depois que os
estudantes se formavam. “Fizemos um projeto, tudo direitinho no papel, e apresentamos ao
HC. Também tivemos a ajuda do doutor Rodrigo [Souza Netto – atual diretor da ONG] e de
outros médicos para conti-nuar o trabalho. Foi aí que começamos a nos profissionalizar e participar
de oficinas com os Dou--tores da Alegria (ONG pioneira no Brasil)”, diz Micheli. Impacto
Além do apoio de outros profissionais, como médicos, advogados, jornalista e contador, que estão
formalizando a ONG, o maior combustível para o trabalho tem sido as histórias de vida colhidas
através do contato com os pacientes. “Em uma ocasião, um garoto que estava no setor de
médio risco chamou minha atenção e comecei a brincar com ele através do vidro. Quando a
enfermeira me viu, disse que eu podia entrar. No final dei uma pulseira chocalho pra ele. De--pois
fiquei sabendo que ele melhorou muito com o presente, recebeu alta e saiu do hospital balançando
o chocalho”, conta Micheli. Assim como há histórias felizes, há momentos de tristeza, como
o relatado por Bruno. “Vi--sitamos sempre o Ispon [Instituto Sul Paranaense de Oncologia] e
lá desenvolvemos um relacionamento de amizade com as crianças que fazem tratamento contra o
câncer. Temos que passar por situações bem complicadas, como a da Thalia, que uma semana
antes de falecer fez um desenho para nós, que hoje guardamos com carinho”. Atores são
preparados para enfrentar situações Capacidade de improviso, de--dicação aos estudos, reciclagem
constante, habilidade para lidar com emoções que vão da euforia à depressão, suporte psicológico
no caso de rejeição, empatia e muito bom humor. Essas são algumas das características dos
palhaços que todo dia visitam hospitais e clínicas para le--var alegria a crianças e adultos doentes.
Um dos diferenciais dos grupos que seguem a filosofia dos Doutores da Alegria é a
profissionalização dos atores. “É uma atividade muito específica e diferente do trabalho
normal de um ator, pois você tem que conhecer sobre procedimentos corretos para evitar infecções,
lidar com crianças nos mais variados estágios de saúde, saber conversar com os pais e familiares,
que muitas vezes estão sofrendo até mais do que os pacientes, enfim, é preciso muita informação e
treinamento”, diz a atriz Micheli Madalozo Santos, fundadora do Projeto Doutores Palhaço,
de Ponta Grossa. Projeto em expansão Segundo o diretor da ONG SOS Ale--gria, o médico
pediatra Rodri-go de Souza Netto, existe a intenção de ampliar o projeto e agregar outras iniciativas,
como a “Injeção de Música”, que pretende levar essa arte aos hospitais e clínicas.
“Estamos ainda no começo e em breve poderemos receber doações com a formalização da
ONG, mas temos a intenção de envolver médicos, funcionários de hospitais, estudantes e outros
profissionais para tornar o ambiente hospitalar mais humano”, conta.
www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtm
http://www.hospitalinfantil.saude.pr.gov.br
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