Confluências Nº 17 - Jan/Fev 2012
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Confluências Nº 17 - Jan/Fev 2012
BOLETIM ESCOLAR Confluências Confluências janeiro / fevereiro 2012 (2ª Série) UMA VIGÍLIA “O Liceu Camões, em Lisboa, é uma das 145 escolas em Portugal que não foi abrangida pelo programa de remodelação da Parque Escolar. À terceira tentativa, conseguiram ser selecionados pelo programa, mas os cortes impostos pelo Governo, devido à crise, vieram suspender as obras e a hipótese de uma escola melhor. Esta noite de sexta-feira, durante duas horas, dezenas de antigos alunos, professores e atuais estudantes, estiveram numa vigília junto à escola. A organização desta concentração foi promovida via Facebook por antigos alunos depois de assistirem à reportagem da TVI que demonstrava as más condições em que se encontra o Liceu Camões, uma escola centenária e uma das mais prestigiadas do país. O objetivo foi alertar para o estado de degradação da instituição e encontrar soluções para que o liceu não fique em mau estado.” (Texto e foto do Correio da Manhã, 10/03/2012) Com o apoio do Grupo Desportivo e Cultural do Banco de Portugal CHÁ DOS CLÁSSICOS No âmbito da disciplina romancista (com suporte musical, ao piano) e Clássicos da Literacom um buffet a que tura, e por iniciativa da professora Cristina não faltou o chá, foi Duarte, foi realizado no enquadrada por uma dia 8 de fevereiro o priexposição de trabalhos meiro Chá dos Clássicos dedicados alunos que frequentam a do inteiramente a Charles referida disciplina. Alguns desDickens (1812-1870), um dos tes textos podem ser lidos na mais importantes escritores página 5, em inglês (orientados ingleses da era vitoriana. pela professora Emília Paco, A iniciativa, com uma interven- que colaborou na organização), e na página 8, em português. ção dramatizada de textos do Nesta edição: Scriptomanias Por março adentro p. 2 Scriptomanias O chá dos clássicos Saúde & Formação O chá dos clássicos Aposentações Inglês & Alemão p. 3-4 p. 5 p. 6-7 p. 8-9 p. 9 p. 10 O Super Barroco Conferência p. 11 Breves p. 12 Página 2 Confluências SCRIPTOMANIAS Em torno de Camões… Camões é seguramente uma das personalidades mais importantes da história do nosso país. Ao escrever Os Lusíadas, talvez a mais emblemática obra da língua portuguesa, Camões contou a história dos portugueses, elevando-os ao patamar de heróis, divinizando-os, e tornando-se, assim, o pioneiro na divulgação do nosso idioma e dos nossos feitos pelo mundo. O maior poeta português é, sem dúvida, uma figura incontornável e inolvidável. Camões foi o responsável por espalhar por todo o mundo os feitos dos portugueses, mostrando a faceta guerreira e corajosa do povo Lusitano. O autor d'Os Lusíadas narrou a História de Portugal, mostrando aos portugueses das gerações vindouras, à Europa e ao mundo, a grandiosidade do Império nacional. Ignorar Camões significa, por exemplo, ignorar a importância tremenda que o nosso povo e os nossos navegadores tiveram na descoberta dos mares e de novos continentes. Sem o contributo do poeta, a grande importância de Portugal nessa vertente não teria chegado aos povos de todo o mundo. O autor d'Os Lusíadas foi um dos principais impulsionadores da difusão da língua e da cultura nacionais pelo mundo. Camões, ao criar uma epopeia de língua portuguesa, alteou a mesma a outro limiar, inserindo-a no grupo restrito das obras de estilo épico. O poeta tornou-se no principal embaixador do idioma nacional, bem como da cultura portuguesa. A título de exemplo, Portugal é, ainda nos dias de hoje, recordado por todo o mundo como o país onde nasceu Luís de Camões, um dos maiores génios da poesia de todos os tempos. Concluindo, o maior poeta português de sempre não pode ser ignorado, uma vez que é um dos maiores símbolos da identidade nacional cuja obra é reconhecida por toda a parte pela grandiosidade, sendo fundamental para a difusão da língua, da cultura, e da História de Portugal. Ao relatar os feitos dos heróis portugueses de forma gloriosa, Camões abandona o nível de poeta e ascende à figura de herói. André Santos, 12º A Por MARÇO adentro... Ainda que este número do Confluências se centre nos meses de janeiro e fevereiro, algum atraso no fecho da edição fez-nos entrar pelo mês de março, razão por que damos aqui nota de algumas iniciativas entretanto realizadas ou programadas para breve, sem prejuízo de voltarmos a elas no próximo número. Título: Confluências Iniciativa: Departamento de Línguas (Grupo Disciplinar de Românicas) Coordenação de edição: António Souto, Manuel Gomes e Lurdes Marcelino Periodicidade: Trimestral Impressão: GDCBP Tiragem: 250 exemplares Depósito Legal: 323233/11 Propriedade: Escola Secundária de Camões Praça José Fontana 1050-129 Lisboa Telefs. 21 319 03 80 - 21 319 03 87/88 Fax. 21 319 03 81 Em primeiro lugar, uma referência particular à Semana da Leitura (entre 5 e 9), programada pela Biblioteca Escolar e dinamizada pela profª Teresa Saborida (com uma feira do livro usado, uma exposição de escritores camonianos, uma mostra de livros antigos, uma sessão com uma escritora e, ainda, uma outra sessão dedicada à leitura e declamação). Depois, a exibição do filme The Village (pela Oficina do Cinema), no dia 7, no Auditório, e um café concerto — Século XX, no dia 9, à noite, nas caves da escola (pelo Movimento Camoniano). Para o dia 21, entre as 10h45 e as 11h30, está prevista a iniciativa “Ouvir a música em Silêncio”, e pelo meio e mais para a frente… Questão de atenção! Foto de Lurdes Marcelino Página 3 Confluências SCRIPTOMANIAS Ao sabor do vento Medo. Dor. Insegurança. Nervos. Desconfiança. Preocupação. Saudade. Tristeza. De repente, tudo se resume a umas horas. A uns dias. Tudo o que existia pode ser modificado numa questão de segundos. Tudo pode ficar diferente e não ser igual nunca mais. Os sentimentos vão-se acumulando, tal e qual uma avalanche. Neste tipo de avalanches não há fim. Os sentimentos crescem, as palavras diminuem, as ações começam a ficar menos notadas, até que o mundo se fecha. O mundo fica baseado nos mais próximos, naqueles que não abandonaram o mesmo navio porque se importavam realmente contigo, naqueles que querem ficar porque o destino é o mesmo. Até que nos cruzamos com outros navios e vemos as caras conhecidas, não muito desgastadas pelo tempo, que nos fazem tremer. Caras essas que já foram o nosso mundo, que apenas se aproximaram por interesse, mas que mesmo assim deixámos ficar na memória. Se não formos atraiçoados pela memória, o mais certo é virarmos na direção oposta. Mas até que ponto o queremos mesmo? Acabamos sempre por tentar fazer com que voltem para o nosso barco, mas eles já não querem. Descobriram outra pessoa com quem estar, mesmo que essa pessoa esteja no teu barco. A partir daí tens vontade de atirar essa pessoa borda fora, mas no fundo gostas dela. Gostas dela e preocupas-te com ela. Pronto, agora tens o mundo virado do avesso e ninguém a quem te agarrar. Fugiu tudo para o outro lado. Fugiu tudo de ti. Fugiram. Até que aparece um alguém disposto a fazer-te sorrir, sem querer nada em troca. Alguém que gosta de ti e até nem se importa muito com o outro lado. Só te quer a ti. E, assim sem mais nem menos, tens de novo alguém. Alguém que no início não te dizia absolutamente nada e que no fim se tornou o teu mundo. Tudo isto é muito bonito, mas... e se não aparecer ninguém que se importe? Se tudo o que foi dito não passar de palavras ocas que agora te são atiradas à cara por teres acreditado nelas? Sim, continuas sozinha, sem sorriso e sem esperança. Talvez fiques assim, talvez a pessoa que te tirou toda a gente se volte a lembrar de ti, talvez recuperes tudo. Ou, então, não. Estás sozinha e é assim que queres, até estares pronta para ficares sem nada outra vez. Mas ninguém quer solidão para sempre. Assim, quero voltar a existir para alguém, e não ser mais nenhum dos seres facilmente esquecidos na memória. Aqueles que podem ter apoiado, mas a quem nunca lhes é reconhecido o valor. E assim a solidão se vai prolongando, apesar de tanta gente aqui à volta… Ana Catarina Lopes, 10º E Querido diário, Foi hoje. Hoje levei a chapada que precisava de ter levado há séculos. Aquela que temo secretamente sempre que tenho a consciência pesada com alguma coisa que não fiz e devia ter feito. A compensação pelo meu esforço. O fruto do meu trabalho. A encarnação dos meus temores. Temores que não me moveram nadinha, e que hoje me mostram que é para isso que servem: mover quem os tem. Dói, arde, custa. Não há penso que cubra a ferida que deixei que me fizessem. Aprendi, da pior forma, que sou daquelas pessoas desprezíveis que só foge do fogo quando o rabo já está chamuscado. Tive negativa… Texto à espera de um pseudónimo, 10º G Foto de Lurdes Marcelino (caruma) Página 4 Confluências SCRIPTOMANIAS Por ti, tudo. Tenho vivido num Mundo paralelo. Não, não é no MEU Mundo que tenho vivido... É no teu. Sinto uma dormência inexplicável. Preciso de racionalizar isto ou, pelo menos, tentar. Portanto, de forma muito prática, existes tu e o resto. À medida que o tempo passa, desligo-me do que é exterior e concentro-me em ti. Absorves-me... Consomes-me de uma maneira fervorosa, impedindo-me de dedicar-me a qualquer outra coisa senão a ti. Não, meu amor, não peças desculpa. Contigo, estou feliz. Tão feliz que não há tempo para pensar e, consequentemente, para sofrer... Confesso que às vezes sinto falta das horas de solidão com os meus pensamentos. Mas porquê se contigo estou melhor, se contigo nada é mau, se contigo tudo é absolutamente simples? Não entendo. Não, não fiques com essa cara. Fazes-me bem, amar-te é o que faço melhor e não vou parar de o fazer (por nada deste Mundo, nem do outro). Tu e eu somos um cliché andante. Nunca quis ser um cliché, mas sê-lo não é assim tão mau; sabe bem, conforta-me a alma, preenche-me o coração. O que há de errado nisso? Ser um cliché é bom! Há lugares comuns que quero! Há lugares comuns que são raros (paradoxo?). Quando me tocas, queima. Quando me beijas, arrepia. Quando me abraças, estremece. Quando me seguras, despertas... Não imaginas a vida que trouxeste aos meus sentidos. Pensei saber o que era o amor, mas estava enganada. Amor é muito mais do que aquilo que conseguirei alguma vez escrever. Amor és tu e mais nenhum! (Vá, às vezes sou umbocadinho ridícula, eu sei...). Pela primeira vez na vida não tenho de me esforçar para amar, pela primeira vez na vida gosto de ti como és e não desejo mudar nada. Pela primeira vez dói (muito) quando não estamos juntos. Quero-te, quero-te no estado mais puro. Quero-te o mais próximo possível. Quero amar-te, amar-te, amar-te sem limites, sem tempo, sem lugar, sem fim. Quando nos separamos parece que é o fim do Mundo (e é!). Que é suposto fazer quando vais embora? Não sei, pareço uma criança perdida num aeroporto... Então, ocupo o meu tempo a arranjar formas de te amar mais, ou de te mostrar o meu amor. E assim vão voando os meus dias, assim te vou amando menos ao anoitecer e mais ao amanhecer. Compreendes-me, elevas-me, acalmas-me, aqueces-me, amas-me sem pudor. Contudo, não posso deixar de sentir que me consideras perfeita de mais. Quando eu falhar, vais desiludir-te. Tenho tendência para afastar quem mais amo, não quero que aconteça contigo, preciso demasiado de ti. (Sim, estou dependente e isso nem sequer me incomoda!) Estás apaixonado pela imagem que tens de mim, estás apaixonado por uma ilusão. Mas se para mim eu também for uma ilusão de mim, talvez estejas apaixonado por mim. Vês? Eu complico tudo. Tu és simples, aprecio isso em ti; se queres dizer que me amas, dizes! Eu? Eu construo uma série de frases, junto letras, palavras, orações, justifico e, no fim, sim, consigo dizê -lo. Tenho medo de te afastar. Neste instante tenho o controlo, estás aqui e sei que não vais embora. Estás ao meu colo, não estás bem a dormir, mas também não estás acordado... Tenho medo de me mexer, o mais tímido movimento pode desfazer a tua expressão tranquila e tirar-me o deleite de observar-te de forma obsessiva sem que me aches obcecada. Ficas lindo a dormir, ficas bem aí, deitado no meu colo. Deixa-me gravar o momento, melhor, deixa-me ficar presa a este momento. Não te quero largar. Não te quero perder. Não me percas também, perder-me é feio. És mais do que sempre quis, mais do que pode existir no Mundo. És único (obviamente que és, toda a gente é única; já o livro de psicologia explicava como se eu fosse muito burra: “Somos todos diferentes, por isso, não há duas pessoas iguais”). Não és o único a ser único, mas és o único a ser especial: não são todos que deitam lágrimas que sabem a amor em vez de sal. Queres saber qual é o sabor a amor? É o teu. Entre o Mundo comum e o nosso, será sempre o nosso. Entre ti e qualquer coisa, serás sempre tu. Entre amar-te e perder a noção do resto e deixar de te amar e perder o sentido, prefiro amar-te. Não são precisas mais palavras, não é precisa A palavra. Por ti, tudo. (autor devidamente identificado, 12º) Título meramente ilustrativo No teu mundo de perfeita ilusão, tudo continua igual. Mentira. Tudo mudou e não te apercebes. Não te apercebes ou não queres saber... Sim, deve ser isso. Desligar do passado sem dar explicações a quem a ele pertenceu. Viver segundo novas regras, novos hábitos, novas caras, novos sentimentos, novas rotinas, nova gente. A gente do passado já não interessa mais, ou melhor, o que essa gente sente já não interessa mais... Até que as pessoas do passado se perguntam: mas o que é que aconteceu para que a ligação se tenha quebrado? Aparentemente nada, mas afinal, sim. Alguém se desligou de ti porque esperava de ti algo que nem ela própria te dava. Sim, queria tudo para ela e nada para ti... De repente, percebeste que foste a única pessoa do passado que foi desligada. Sentes-te mal com isso, tens pena do que aconteceu, tens saudades do que acontecia, tens medo do que vá acontecer... Sabes que há dois cami- nhos: a confrontação e o desleixo. Não sabes qual deles escolher, se o deixar andar, se o ar de preocupação considerado excessivo por quem se desligou. Estás encalhada, encurralada, sem opção de fuga. Vais tentando reatar a ligação, mas não tens resposta do outro lado. Deixas andar e começas a achar que a culpa é tua... Mas que raio fizeste tu? Nada, sim, não fizeste nada, mas eles dizem que sim. Ana Catarina Lopes, 10º E Página 5 Confluências O CHÁ DOS CLÁSSICOS — Charles Dickens (em inglês) Joe Gargery Joe Gargery is the honest husband of Pip’s sister and Pip’s best friend, loving him as if he was his own son. He's a blacksmith and has a poor education because he started working very young to help his family instead of going to school. Joe is a fair man with curly hair and light blue eyes. Throughout the story, Great Expectations, he is revealed to be a very caring and kind-hearted man. He Fat Joe gives advice to Pip, protects him from Mrs. Joe Gargery and helps him, and his loved ones, in every way he can. Overall, he's a very humble man and a simple soul. "He was a mild, good-natured, sweet-tempered, easy-going, foolish, dear fellow - a sort of Hercules in strength, and also in weakness." Daniela Trony, 12º L Toby Veck In The Chimes, Toby Veck, known as «Trotty Veck», is a poor old Ticket porter who spends his days trying to survive the misery he lives in. This character is marked by his submission to his social condition. He never tries to fight against the abuses of the rich people because in his perception, which is the same as the rich people’s, social conditions are determined by destiny. And destiny stated Trotty as the evil one, for being inferior. The chimes of the city’s church are his only consolation as he communicates with them, looking for João Matos e Tomás Machaqueiro, 12º J support and motivation during his exhausting work days. There are Fat Joe, as his own name implies, is quite a chubby boy, named Joe. This character belongs to The Pickwick Papers, but not as a main character: he is a servant of Mr. Wardle. He is unique; either for the fact of him being fat, or for his amazing ability to be able to fall asleep everywhere, in every situation (except if he is eating – and his eating takes place many, many times a day). This character inspired the name of the medical term “Pickwickian Syndrome” (Obstructive Sleep Apnoea Syndrome) that is very common in obese people. times when the chimes, which can be seen as a metaphor of the protagonist’s inner self, try to make him see the reality, the social abuses. This is when Toby has some inner conflicts about the condition that was fated to him and briefly believes that he is a good man. That idea is always shattered due to the way his employers behave towards him, which is marked by despise. Trotty strongly believes in his bosses’ morals and tries to improve himself whenever they are not good to him. Beatriz Carvalho, 12º J Leonardo Santos, 12º L Paul Dombey Little Paul Dombey is the perfect, sweet infant that due to the absence of a mother, and with a coldhearted father who condemns everything that he says and does, became a pathetic example to what a child is since he is very weak and often ill. His father, trying to improve the health of his heir, sends him to Brighton in an attempt to improve his health; later on he attends the school of Dr. Bimbler but his frail health still does not show any sign of improvement. He returns to London where he dies while in the care of his sister, Florence. “Though he had the prettiest, sweetest little face in the world, there was always a patient, wistful look upon it, and he was thin and tiny and delicate“. Dombey and Son Miguel Nunes, 12º J Página 6 Confluências SAÚDE & FORMAÇÃO MÃOS FRIAS, CORAÇÃO QUENTE... ... assim diz o ditado, mas nós, como profissionais de saúde, não cremos. O frio intenso que se tem sentido em dezembro, e ainda agora começou o inverno, pode ter um efeito nefasto sobre a saúde, sobretudo de pessoas idosas, crianças e sem-abrigo. Às extremidades, como as mãos, os pés, as orelhas e o nariz, deve ser dada atenção especial. Quais são os grupos de risco? As pessoas idosas constituem um grupo especialmente vulnerável, se os seus mecanismos de termorregulação estiverem deficientes ou se forem sujeitos a uma agressão térmica muito intensa. Além disso, as pessoas idosas sofrem de diminuição da perceção do frio, têm menor capacidade de resposta cardiovascular e diminuição da massa muscular. As crianças e as pessoas com doenças crónicas, em especial doenças cardiovasculares e respiratórias, diabetes, doenças da tiroide, perturbações da memória, problemas de saúde mental, alcoolismo ou demência são pessoas particularmente sensíveis a este fator exterior. E, ainda, as pessoas que tomam certos medicamentos, como psicotrópicos ou anti-inflamatórios; as que têm redução da mobilidade; as mais isoladas e as que estão em situação de exclusão social. E não se esqueça de que: O arrefecimento e o enregelamento podem ser responsáveis por lesões corporais graves ou muito graves, podendo até vir a ser mortais. Exemplo disto são os doentes diabéticos, pois o elevado risco de ocorrência de lesões resulta da neuropatia diabética (lesão de nervos que causam a perda de sensibilidade nas extremidades dos braços e das pernas) que, associada à má circulação sanguínea, responsável pela difícil cicatrização das feridas, pode causar graves problemas infeciosos. Em situações extremas, estes terminam, muitas vezes, com a amputação do membro afetado. Ficam as recomendações da FARMÁCIA SALUTAR para se proteger do frio intenso e suas consequências: • utilizar roupa quente suplementar; • trocar de vestuário se este se molhar ou estiver transpirado; • cobrir a cabeça, utilizando chapéu ou gorro; • usar um cachecol quente que lhe proteja parte da face e o nariz; • proteger as mãos com luvas e utilizar calçado adequado para evitar perdas de calor; • fazer uma boa hidratação das mãos, dos pés e da face; • manter-se ativo, fazendo pequenos exercícios com os braços, pernas e dedos, para ativar a circulação sanguínea; • beber bebidas quentes e comer refeições quentes; • vedar bem as portas e janelas – tentar manter uma temperatura ambiente entre 20ºC e 21ºC (atenção ao monóxido de carbono, ventile bem a sua casa!); • lutar contra as infiltrações e a humidade, pois estas favorecem o desenvolvimento de micro-organismos (bolores, fungos, leveduras e ácaros), que podem originar alergias e infeções respiratórias. A FARMÁCIA SALUTAR pode dar uma boa ajuda neste campo. A nível da hidratação, podemos sugerir um bom creme de mãos como o da Neutrogena, com a sua formulação com glicerina que pode também ser utilizado nos lábios, cotovelos, joelhos e pés. Também o creme de mãos da Klorane, com extrato de rebento de Átamo, pelas suas propriedades suavizantes e calmantes. E, ainda, o creme regenerador de pés da Akileine, cuja ação se deve à manteiga de Karité, lipoaminoácidos de trigo, extrato de castanha da Índia e vitamina A ou o da Eucerin, com ureia que reforça a hidratação e as defesas da pele, evitando-se assim a secura extrema da pele devido ao frio e, logo, os problemas vasculares. Para aumentar a eficácia da sua resposta ao frio, sugerimos um suplemento alimentar com extrato de Ginkgo biloba (ex: Bioativo Biloba Forte) que ajuda a dilatar os vasos sanguíneos e melhora a circulação nos vasos capilares. E, assim, esperamos mãos quentes e coração quente. Página 7 Confluências SAÚDE & FORMAÇÃO FELIZ DIA DE SÃO VALENTIM! O mês de fevereiro é, sem dúvida, o mais romântico do ano, ou seja, aquele em que se celebra o Dia de S. Valentim ou, mais vulgarmente conhecido, Dia dos Namorados. Neste mês tentamos de qualquer forma agradar ou surpreender aqueles de quem mais gostamos e, como a preocupação da Farmácia Salutar é a sua saúde, o seu bem-estar e, eventualmente, o dos seus filhos jovens adultos, aqui ficam umas dicas. A idade em que cada pessoa inicia a sua vida sexual varia de acordo com a cultura, crenças religiosas ou ideais. No entanto, a partir do momento em que cada homem ou mulher toma a decisão de o fazer tem que estar informado sobre tudo o que daí advém. Estão ao seu dispor profissionais de saúde informados que o/a podem ajudar a esclarecer e resolver todas as dúvidas ou problemas que possam surgir ao longo da sua vida. O que é a contraceção? A contraceção é o método que previne ou reduz deliberadamente a probabilidade de uma mulher engravidar. Existem diversos métodos contracetivos, quase todos reversíveis. A escolha de um método contracetivo é individual e dependente do organismo e estilo de vida de cada pessoa/casal. A escolha de um primeiro método contracetivo deve ser feito após uma consulta de planeamento familiar, mas poderá obter todas as informações sobre os mesmos ou tirar quaisquer dúvidas junto da Farmácia Salutar. São vários os métodos contracetivos disponíveis, sendo que os mais usuais são: métodos barreira (preservativo masculino e feminino, diafragma); métodos hormonais (“pílula”, adesivos, anel vaginal, implante); existindo ainda outros como o DIU, o “método do calendário”, etc. Apesar do vasto leque de métodos que temos disponíveis há que ter em consideração que o preservativo é o único método contracetivo que o/a protege contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (doenças provocadas por bactérias, fungos e vírus e que se transmitem por contacto sexual íntimo, quando um dos parceiros se encontra infetado — por exemplo: Sífilis, o Herpes genital, a Hepatite B, a SIDA, a Candidíase e a Gonorreia). O que é a Contraceção oral de emergência ou “Pílula do Dia Seguinte”? A Contraceção de Emergência (CE) é um método destinado a evitar uma gravidez não desejada após uma relação sexual desprotegida ou em caso de falha do método contracetivo. Esta constitui uma segunda linha na prevenção primária da gravidez não desejada e é o único método que pode ser utilizado para prevenir a gravidez após a relação sexual. No entanto, e tal como o nome indica, este é um método que deve ser utilizado, exclusivamente, em situação de emergência e nunca como substituto de uma contraceção regular. A CE deve ser sempre usada com aconselhamento farmacêutico, pois existem critérios de inclusão ou exclusão que têm que ser avaliados, nomeadamente a idade da mulher, espaço de tempo que decorreu desde a relação sexual, fase do ciclo em que se encontra, data da última menstruação (possibilidade de existência de uma gravidez), etc. Todos estes critérios devem ser avaliados de forma a tomar uma decisão segura e consciente. Tenha um Excelente Dia dos Namorados sem dúvidas ou inseguranças. Aconselhe-se junto da Farmácia Salutar! Serviço de Entregas Gratuito Condições Especiais ESCOLA SECUNDÁRIA CAMÕES! Email: [email protected] Tel. 21 355 81 22 Fax. 21 355 81 24 Rua do Conde de Redondo, 9 A. (junto à sede da PJ) 1150-101 Lisboa Horário: 2ªf a sábado – 8h30 às 20h30 Abertos à hora de almoço e sábado à tarde. O Boletim Confluências conta com um apontamento temático da Farmácia Salutar (com quem a Escola Secundária de Camões mantém um Protocolo de Colaboração). Página 8 Confluências O CHÁ DOS CLÁSSICOS — Charles Dickens (em português) Retrato de um olhar Sentado, com o braço apoiado sobre um caderno ou um livro encadernado, Charles Dickens deixa-se retratar, numa tentativa de representar a normalidade, com a pena ainda na mão, como se apenas tivesse parado de escrever por um momento. O seu rosto, que revela a boca um pouco entreaberta e uma determinada posição das sobrancelhas, faz alusão a uma característica bastante mencionada na época – o acto de cismar, transmitindo essa preocupação com o que deverá escrever de seguida, bem como uma certa vulnerabilidade, acentuada por esse traço das sobran- celhas em combinação com a expressividade que os seus olhos, um pouco mais fechados, deixam passar. Os elementos que Charles Dickens escolheu para o representarem, sabendo que ia ser fotografado, isto é, o cabelo despenteado juntamente com a barba aguçada no queixo e o bigode arqueado aos cantos da boca, assim como o casaco que parece algo usado, transmitem a ideia de que a aparência não terá importância, uma vez que serão a sua inteligência e a sua imaginação poderosa que deverão impressionar. No conjunto, a fotografia de Dickens revela uma simplicidade da alma retratada, em sintonia com a complexidade da sua mente. Mariana Santos, 12º J Scrooge final de um ano de trabalho. Por isto, a época do Natal é, para Scrooge, um suplício, uma vez que é este o momenEbenezer Scrooge não é velho, mas a to em que tem de fazer o balanço das sua personalidade confere-lhe a ima- contas, esperando sempre mais gem de alguém com idade já avança- dinheiro. Vivendo assim, Scrooge não sabe o da. O seu desinteresse por tudo o que que é ser feliz ou ter mais alguém normalmente deixa as pessoas felizes, para além dele próprio. Deste modo, característica de quem já perdeu a alegria de viver, dá-lhe mais anos do tornou-se amargo, rabugento e desagradável para todos os que se tentaque aqueles que realmente tem. A isso junta-se o facto de a sua úni- vam aproximar dele. Ao longo da obra – Cântico de Natal ca motivação ser o lucro que ganha no –, por influência de três fantasmas, a Stephen Blackpool Stephen Blackpool, protagonista de Hard Times, é um dos trabalhadores na fábrica de Bounderby e leva uma vida de escravidão e de miséria, contrastando com a vida de opulência e de egocentrismo do chefe. Stephen encontra-se no meio de uma disputa trabalhista, geradora de tensões entre as classes mais altas e as classes mais desfavorecidas, e é o único trabalhador que não se junta ao sindicato por acreditar que não é a melhor personalidade de Scrooge vai sendo moldada, suavizando os seus modos e tornando agradável o seu carácter. Manuel Figueira, Mariana Santos,12º J forma de melhorar a relação entre os chefes e os empregados. Recusa também o pedido de Bounderby em espiar os seus colegas. Deste modo, acaba por ser posto de parte pelos colegas, e por ser despedido pelo chefe. Apesar das dificuldades do seu duro trabalho diário, Stephen é uma personagem que procura sempre manter a sua honestidade, integridade, fé e compaixão. Através dos seus esforços para resistir à corrupção moral, Stephen torna-se um mártir, ou uma figura cristã, que morre pelo crime de outrem. Beatriz Carvalho, 12º J ALGUNS INSTANTÂNEOS a preceito! Página 9 Confluências APOSENTAÇÕES Mais alguns professores que viram chegar ao fim a sua carreira na escola. Para todos, o agradecimento da comunidade escolar e os votos de felicidades! Pilar de Castro (Matemática) Luís Moreno (Matemática) Georgina Tomé (Matemática) Luísa Leite (Geografia) Eu não tinha grandes esperanças por João de Matos De facto não tinha grandes esperanças na leitura de Grandes Esperanças. Tinha de Dickens a imagem de era semelhante a Eça de Queirós, que escrevia numa constante e maçuda ladainha de tom realista e crítica aristocrático-burguesa, pseudo-política, onde sobejava sempre a intensidade literária da paixão causal da escrita. Tinha, realmente, poucas esperanças. E talvez por isso não tenha prestado muita atenção aos primeiros capítulos, mas assim que me prometi que daria uma oportunidade à obra, consumou-se: por muito maçudo que seja, Dickens não maça; prende-me antes num ambiente de virulentas gargalhadas, que partem do âmago das mais caricatas situações que encontramos, bem descritas. E a forma como me pergunto incessantemente sobre o que estará por acontecer, o que estará por vir, ou quem seria aquela figura, tão envolta num tom de saboroso mistério, e me deixa na interrogativa do desejo literário… não; não tinha grandes esperanças. Mas agora quero mais Dickens. Quanto à obra, gosto muito de Joe, quase pai e quase Abílio Horácio (Educação Física) Aliete Araújo (Economia) irmão – era cunhado, mas como se não o fosse – de Pip (o protagonista), por me fazer lembrar um dos meus amigos, talvez. Quase que o imagino com a mesma expressão no rosto – de rosto igual, até -, talvez um pouco mais forte por ser ferreiro, mas com a mesma simpatia e gentileza de alma, aquela intensa pureza de espírito com a qual eu tanto simpatizo (ou invejo). Também gosto muito do condenado (o condenado de Pip, porque ainda há outro), mas por razões diferentes. Este, que no princípio me aparece descrito como se de um qualquer marginal (mas um mau marginal, um pária, um monstro social, quase) se tratasse, acaba, gradualmente, aos olhos do leitor, por se metamorfosear numa figura muito humana. E é de realçar a relação de verdadeira camaradagem que mantém com Pip. Não sei se não será antes Pip quem manterá esta relação com o condenado (pelas circunstâncias da sua relação) em vez do enunciado revés, mas sinto que, a ser (ou a tentar que assim o seja), seria respondida com reciprocidade. Anseio por saber o que lhe acontecerá, no futuro do tempo da obra. Já disse que não tinha grandes esperanças. Porque não tinha; não tinha mesmo. Mas elas surgiram. Aos poucos, sem dar por elas (embora talvez já as esperasse, movidas pela intensidade da espera e do desejo). E não apareceram dentro de mim; antes naquele outro que não podemos ser nós: aquele que se faz na Literatura. Cartaz de Bárbara Marques e João Martins (10º G) Página 10 Confluências THE OUTSPOKEN ENGLISH THINK TANK: Crime and Punishment On the 22nd November, the English Think Tank hosted this year’s first debate about Crime & Punishment. It was held at the school's old library, with the participation of 10ºG, 10ºE and a few students from 10ºB. The debate started with an introduction to the theme, made by the moderators: two students from 10ºG and one from 10ºE. At the beginning, everyone was rather silent, but soon people started to talk openly and the debate picked up. There were a few students that participated a lot, and a lot of sub-themes were debated, such as: Should the punishment be equal to everyone? Is justice really blind? Do technologies have influence in teenagers' violent acts nowadays? There were a lot of different opinions, and everyone defended their side with smart and pertinent arguments. The debate was closed with a brief conclusion made by the moderators and we all received compliments for our behavior and performance. We can't wait for the next one! Carolina and Sofia, 10º G Notícias do Alemão Melhor aluna ano letivo 2010- 2011 A melhor aluna de Alemão no ano letivo de 2010/2011 foi Mariana Godinho Coelho Guilherme, do então 10º L. Recebeu um pré- mio PASCH, no Dia Europeu das Línguas, entregue pela diretora pedagógica do Instituto Alemão, Dr.ª Klencke-Gerdes. Bolsa de estudo No verão de 2011, João de Matos, aluno do 11º I, recebeu uma bolsa de estudos PASCH, com a qual esteve 3 semanas em Dassel, Alemanha. O grupo em Essen com os alemães Intercâmbio Alemanha 2012 Um grupo de alunos do 11º I e do 12º J esteve durante a semana do Carnaval em Dortmund, na Alemanha, em casa de famílias. Do programa constavam visitas a Essen, museu do Rur e Museu Folkwang, a Düsseldorf, para assistir ao Carnaval, e a Oberhausen, Gasometer (exposição sobre lugares mágicos). Numa aula de Português em Dortmund, no Max-lanck-Gymnasium Página 11 Confluências O SUPER BARROCO No passado dia 8 de novembro de 2011, alguns alunos das turmas I e G do 11º Ano saíram da Escola Secundária de Camões em Visita de Estudo, facultativa, ao Museu Nacional de Arte Antiga. A Visita teve como objetivo introduzir o famoso Sermão de Santo António aos Peixes, que foi pregado no Brasil em 1654, em pleno período Barroco, pelo Padre António Vieira. O Barroco define-se como sendo o estilo das artes plásticas e da literatura que, desde os fins do século XVI a meados do século XVIII, se opõe ao classicismo renascentista de que procede através do maneirismo, contrastando com aquele pelas caraterísticas de pujança, dinamismo e tormento das formas, dominadas pelo ímpeto da fantasia e da paixão. Poderia continuar a falar sobre o Barroco e sobre a Visita de Estudo ao MNAA, mas quando analisei, com olhos de ver, as caraterísticas do Barroco, questionei-me se não estaríamos, mais uma vez, no período do Barroco, ou no período do “SuperBarroco”, em que as caraterísticas da etapa do século XVI-XVIII se aplicam a grande parte dos países do Mundo, nos dias que correm. Caros leitores, estamos ou não num período do SuperBarroco? A meu ver, estamos, e como estamos! Reparem que enquanto no século XVII havia abundância de ouro, pedras preciosas e outros bens de valor mais ou menos elevado, agora temos, também, a abundância de pedras preciosas, tais como o FMI, o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e, a mais valiosa de todas, a “Merkozy”. Estas pedras, à semelhança das do Barroco, fazem com que haja extravagância, exagero de impostos, de redução de salários, abonos, vencimentos, pensões e subsídios. No nosso caso, em Portugal, para além da nossa reserva de ouro que existe no Banco de Portugal, também existe uma enorme reserva de medidas de austeridade que estão ainda para vir. Finalizo, caros leitores, com uma simples questão que vos porá a pensar: como é que se vai denominar o próximo período que está prestes a chegar? José Saraiva de Lemos, 11º G Conferência “Globalização” Globalização e migração foram os dois temas abordados na conferência realizada a 6 de janeiro do presente ano. Apresentada pelos Dr. José van Der Kellen e Dr. Fernando Parreiral Silva, Inspetores Superiores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a conferência abordou um assunto extremamente importante. Tudo começou com uma breve explicação sobre como a migração não é um assunto recente, mas sim um fenómeno que existe desde sempre. Ficámos a saber que se desenvolveram diferentes modelos de integração de imigrantes na sociedade, sendo que se especificaram três deles: o americano, o inglês e o francês. Apesar de existirem estes modelos, a realidade é, por vezes, bastante diferente. Ao longo dos anos, desenvolveram-se diversos tipos de crimes como o tráfico humano, a imigração ilegal ou, até mesmo, o casamento por conveniência. Para combater estes problemas da sociedade atual foram criadas organizações e leis de forma a proteger tanto as populações locais como os imigrantes. Para finalizar, exibiram dois vídeos. O primeiro retratava a segurança nos aeroportos e o segundo, com imagens eventualmente chocantes, o tráfico humano. Catarina Moiçó, Gabriel Abreu, Mariana Terra e Mariana Monteiro, 11º B ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES http://www.escamoes.pt Página 12 BE/CRE http://esccamoes.blogspot.com/ Confluências 25 de Janeiro de 2012, Biblioteca, “O Dicionário Terminológico e o ensino da gramática” — uma esclarecedora intervenção (dirigida particularmente aos professores do Departamento de Línguas), proferida pelo Prof. Doutor João Costa, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que desmontou alguma polémica em torno da Terminologia Linguística para os ensinos básico e secundário (TLEBS). R E V E S “Porque a matemática não é só lágrimas e suor” Dia dos jogos matemáticos no Camões No passado dia 01 de fevereiro, os alunos do 2º ano do Curso Técnico de Serviços Jurídicos, coordenados pela profª Luísa Margarida Cunha (docente de matemática), organizaram o dia dos jogos matemáticos da escola secundária de Camões. As atividades consistiram na organização, no interior da biblioteca central, de várias mesas com tabuleiros de jogos matemáticos, postos à disposição dos alunos. Em destaque, os tabuleiros de Hex, Rastros e Avanço. E, ainda ao recanto, para desanuviar, mesas com jogos que, embora não sendo matemáticos, desafiam o raciocínio, como é o caso do Xadrez, Damas e Quatro em linha. Não faltou também, aos amantes de trabalhos manuais, uma mesa para a confeção de cubos por meio da arte origami. Estas placas são apenas algumas das muitas que se podem encontrar pelas vias e artérias do nosso país. Se os nossos alunos forem orientados para uma maior atenção à realidade que os circunda, textos como Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro, tornam-se mais presentes e aliciantes. As atividades estenderam-se durante todo o dia. Para além de lúdico, o dia dos jogos matemáticos traduziu-se em entretenimento e na realização de amizades entre as turmas convidadas. Nesse mesmo dia, fizeram-se as inscrições para os campeonatos nos respetivos jogos: Hex, Rastros e Avanço, com vista a apurar os mui dignos alunos que representarão a escola secundária de Camões no campeonato nacional de jogos matemáticos. São eles: Rodrigo Mineiro; Mauro Pina e João Marques. Porque a matemática nem sempre é sinónimo de trabalho e dores de cabeça! Enfim, parece que os objetivos do dia foram alcançados, e consta até que a tarde culminou num pequeno lanche. Conpere per Alione Adilson Gaspar da Costa 1 de Fevereiro, Quarta-feira 9:00 às 17:00 B Continuamos maltratando as palavras?! «Sim: a Palavra é uma Criatura; tem, portanto, a sua anatomia e a sua psicologia, dignas do amor, do respeito e carinho que merece tudo o que vive. Nada de amputações inestéticas e decepações cruéis! Ferir a harmonia material e espiritual das palavras é torná-las aleijadas e ridículas. Alterar bruta e cegamente as linhas do seu perfil é uma violência contra a Natureza. É certo que elas, como tudo o que vive, estão sujeitas a transformações, mas nós devemos operá-las com o máximo cuidado, atendendo sempre às leis da Beleza e da Vida. Não se pode lidar com as palavras como se lida com as pedras. Infelizmente tem sido este o seu destino; e daí o miserável estado físico em que se encontra a maior parte delas. Eduquemo-las, integremo-las, portanto, na sua natural beleza plástica, para que a sua alma encontre o seu habitat próprio, e nele viva livremente, irradiando o seu mágico poder de atracção, de fascinação e de encantamento. A alma das palavras é divina; é Verbo; e o Verbo é Deus, como dizia Vítor Hugo». Teixeira de Pascoaes, «A Fisionomia das Palavras» (1911), in A Saudade e o Saudosismo, Lisboa, 1988, p. 18. Ao professor Lino das Neves, ao funcionário José Alvega e a todos quantos colaboraram com a cedência de fotos e trabalhos para este Boletim (bem como aos alunos de Artes, com alguns desenhos seus), uma palavra de agradecimento. Confluências Envia os teus trabalhos para: [email protected] Com o generoso apoio do Grupo Desportivo e Cultural do Banco de Portugal
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