ACTA NÚMERO CINCO. - Câmara Municipal de Estarreja
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ACTA NÚMERO CINCO. - Câmara Municipal de Estarreja
---- SESSÃO ORDINÁRIA NÚMERO DOIS.------------------ ACTA NÚMERO CINCO.----------------------------- Aos vinte e três dias do mês de Fevereiro de dois mil e seis, nesta Cidade de Estarreja e Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas vinte e uma horas e quinze minutos (momento em que passou a existir “quorum”), reuniu a Assembleia Municipal de Estarreja em sessão ordinária, sob a presidência do Senhor Alcides José de Sá Esteves, Presidente da Assembleia Municipal.----------------- Apresentaram justificação de falta os deputados: Arlindo Cunha, (GMPS); José Cláudio Vital (GMPPD/PSD-CDS/PP), tendo sido substituído pelo deputado António Valente dos Santos; António Saramago (GMPPD/PSD-CDS/PP), tendo sido substituído pelo deputado António Rebelo.----------------- Igualmente apresentaram justificação de falta os Presidentes de Junta de Freguesia de Avanca e Salreu, tendo sido substituídos pelo Srs. José Borges e Pedro Marques, respectivamente.------------ De seguida foi posta a votação a acta n.º 2, cuja dispensa de leitura foi aprovada por unanimidade, tendo sido aprovada, por maioria, com três abstenções dos Srs. António Santos, António Borges e António Rebelo.------------------------- ---- Do período antes da Ordem do Dia, cujo tempo de duração foi definido em 1 hora, inscreveram-se os seguintes Deputados, cujas intervenções se resumem:---------------------------------------------- Alcides de Sá Esteves (Presidente da Assembleia Municipal): – Referiu o processo de encerramento de Escolas do ensino Básico. Questionou o Sr. Presidente da Câmara sobre o que está previsto para o Concelho de Estarreja.-------------------- Marisa Macedo (GMPS)- “1º Tivemos conhecimento que na passada sexta feira, dia 17 de Fevereiro, ao final da tarde, terão sido detectadas descargas de um líquido escuro, com cheiro idêntico a benzeno, a sair da conduta que liga a estação de recolha da SIMRIA junto à estação dos Caminhos de Ferro de Estarreja ao Rio Antuã. Sabemos que essa estação recebe detritos provenientes de Estarreja, Avanca, Murtosa, Feira, Ovar e todo o Parque Industrial. Ao que sabemos, o efeito deste tipo de descarga demora cerca de 4 a 5 horas a manifestar-se, pelo que terá tido o seu início a meio da tarde de sexta-feira. O pico da descarga ter-se-á centrado entre as 23 horas de sexta e as 2 da madrugada de sábado, prolon- gando-se os seus efeitos até cerca do meio dia de sábado.-----------------------------------------O PS pergunta se foi feita alguma participação deste aparente atentado ambiental ao Ministério Público. Caso não tenha sido feito, o PS requer que sejam oficiadas as empresas do Parque Industrial, designadamente a Dow, a CIRES e a Quimigal, no sentido das mesmas informarem quais os resultados das amostras que terão sido recolhidas e quais os registos que possuem sobre o que se passou no Rio Antuã entre as 16 horas de sextafeira, dia 17 de Fevereiro e as 13 horas de sábado, dia 18 de Fevereiro.------------------------2º Correm rumores de que o Hospital do Visconde de Salreu corre o risco de ver encerrada o serviço de urgências a curto prazo, o que significará um rude golpe no sistema de saúde do concelho. Parece certo que tal se deve ao facto do Estado se ter apercebido que os utentes que recorrem ao serviço de urgências do nosso hospital são sistematicamente transferidos para o Hospital de Aveiro. Sendo assim, os responsáveis governamentais terão chegado à conclusão que, uma vez que o Hospital de Estarreja transfere as pessoas sistematicamente para Aveiro, será mais lógico que estas sejam levadas directamente para Aveiro sem para- rem em Estarreja, o que significa desde logo uma redução de custos. A forma como as pessoas são atendidas nas urgências do nosso hospital é mais um dos reflexos da gestão da actual administração. Por isso, a Administração Regional de Saúde do Centro terá dado 4 meses para o Conselho de Administração alterar a actual situação, e criar condições que permitam que as urgências não sejam encerradas, como é sua obrigação. Sabemos que o Sr. Presidente apoia incondicionalmente o actual conselho de administração nomeado pelo governo de Durão Barroso, pelo que pretendemos saber quais as diligências que já efectuou sobre este assunto. --------------------------------------------3º Tendo sido eleito como representante desta Assembleia Municipal junto da Comissão Municipal de Estarreja de Licenciamento Comercial o deputado Carlos Albérico, eleito pela Coligação PSD/CDS-PP, o PS gostaria de saber qual a posição que defendeu na referida Comissão quanto à questão da instalação em Estarreja do Pingo Doce e qual o sentido do seu voto.---------------------4º Verificamos que no suplemento do Boletim Municipal onde constam as deliberações do Executivo Camarário, apenas encontramos referências de car- tas que agradecem a colaboração da Câmara. Como sabemos que a Câmara também recebe muita correspondência cujo teor não é assim tão agradável e não tendo nada a opor a que se publiquem as cartas simpáticas, requeremos que passe a ser publicada no Boletim toda a outra correspondência, para não ser tão óbvio que o Boletim Municipal seja uma peça de campanha eleitoral paga pelos contribuintes, além de que, desse modo, tornaria mais perceptível a realidade de Estarreja.------5º Requeremos, também, que as actas da Assembleia Municipal sejam publicadas no Boletim, uma vez que nos parecem ser tão importantes para os munícipes como as da Câmara.------------------------6º Queremos igualmente saber quais as diligências que o Sr. Presidente tem efectuado para que o futuro traçado do TGV acautele os interesses do concelho.---------------------------------------7º Tem-se assistido nas últimas semanas ao anúncio por parte do Governo de um grande conjunto de grandes investimentos em Portugal. Tais investimentos rondam os 2100 milhões de euros (perto de 420 milhões de contos) e vão gerar cerca de 9500 postos de trabalho directos.-------------------Queremos saber o que fez a Câmara de Estarreja até hoje para atrair para Estarreja o investimento estrangeiro previsto para Portugal.----------8º Em Setembro de 2003, encontraram-se no alto de Fermelã o então Ministro dos Assuntos Parlamentares e actual líder do PSD, Dr. Marques Mendes, acompanhado do Secretário de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, do então Governador Civil de Aveiro, José Leão, dos presidentes das Câmaras de Estarreja, Albergaria, Murtosa e alguma população. Marques Mendes anunciou a construção definitiva do traçado do IC1 a Poente e inaugurou-o simbolicamente. Partindo do princípio que o Dr. Marques Mendes não teria “a lata” de vir mentir tão descaradamente a Estarreja, perante tantas testemunhas, essa decisão do então governo tem de ter sido tomada e exarada em documentos. Não acreditamos, também, que o Dr. José Eduardo de Matos sendo jurista, tenha acolhido tão entusiasticamente esta decisão a ponto de a apelidar como “vitória da credibilidade”, sem ter tido acesso a qualquer suporte documental. Por isso, o PS requer que lhe seja facultada toda a documentação, estudos e mesmo troca de correspondência entre a Câmara e o Governo, que estiveram na base da sustentação do anúncio da construção do IC1 a poente e da realização daquele acto público.---Já que nunca tivemos acesso a qualquer documento, queremos posição agora perante analisá-los, o actual para tomarmos Governo, caso uma seja necessário”.---------------------------------------- António Vidal (GM/CDU)- “Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Estarreja, Senhor Presidente da Câmara, Senhores Vereadores, Senhores Deputados, Senhores Presidentes de Junta, Senhores Jornalistas, minhas Senhoras e meus Senhores, na minha intervenção começaria por colocar três questões ao Sr. Presidente da Câmara para meu esclarecimento e do público em geral. A primeira é relacionada com o Carnaval. Tomei conhecimento que a anterior Comissão de Carnaval apresentou um saldo negativo de vários milhares de Euros, o que é público, tendo a Câmara assumido esse pagamento. Nessas contas existirá um débito de alguns milhares de Euros (à volta de seis milhares) que é de refeições dos elementos dessa Comissão. Pergunto à Câmara se essa despesa existe e se existindo não é um abuso por parte das pessoas intervenientes, (que pelos vistos não trabalharam por “amor à camisola do Carnaval”) mas, aproveitaramse do Carnaval, para seu proveito e divertimento. Caso seja verdade, esses elementos terão que ser, pelo menos, admoestados pela Câmara e travar a actual Comissão para possíveis gastos abusivos deste género. Concordo quando me dizem que o Carnaval é um meio de projectar Estarreja para além das suas fronteiras e de trazer maior número de visitantes à cidade, mas casos como este são lançar dinheiro dos nossos impostos porta fora, em proveito só de alguns e que tanta falta faz para outras necessidades, essas sim mais prementes. A segunda questão é: Há três anos, mais ou menos, ouvi na rádio anunciar que a EDP ia investir em Estarreja uns milhões de Euros a remodelar a rede eléctrica. Talvez tenham remodelado, mas ou adquiriram material obsoleto ou já usado, ou tudo foi mal dimensionado, pois basta vir umas gotas de chuva e um pouco de vento e Estarreja começa a ficar às escuras, sem luz, com um ir e vir constantes e por Póvoas a mais várias horas, martirizada. energia pagam-na falando nos e são problemas Os mal que sendo a consumidores servidos, daí zona advêm já de das da não terem comestíveis estragados, electrodomésticos avariados, perca de receita nos estabelecimentos comerciais, etc,……A Câmara que volte a expôr junto da EDP este problema, peça explicações, faça sentir que nós, POVO do CONCELHO DE ESTARREJA temos direito a sermos bem servidos e a um tratamento igual ao de tantas outras localidades. A terceira questão é a seguinte: Qual é o futuro do nosso Hospital? Consta no “Reino “da nossa cidade que a urgência irá encerrar após a abertura em pleno da nova urgência do Hospital Distrital de AveiroInfante Dom Pedro. Efectivamente se isto se confirmar que medida pensará a Câmara e o Sr. Presidente tomar para alterar esta situação? Será que as Empresas Químicas do nosso Concelho não terão uma palavra a dizer? Estarão ponderadas todas as consequências que daí advêm em relação aos doentes acidentados nesta indústria e da população em geral, do nosso e do concelho vizinho da Murtosa? Em relação aos primeiros socorros, acontecendo este encerramento, não há estruturas em pessoal, em material e em viaturas dos Bombeiros que possam dar uma resposta capaz aos vários pedidos de assistência. Nesse sentido aconselho vivamente a tirarem um curso de primeiros socorros para po- derem ser úteis aos vossos amigos e familiares em caso de necessidade, uma vez que o Estado está a fugir às suas responsabilidades primárias. Um exemplo claro duma urgência a funcionar próximo do acidente, será, recordando o caso dos elementos da GNR baleados, a rapidez do atendimento e socorro na urgência do nosso Hospital, dado que a gravidade dos ferimentos dum desses elementos era tal que caso tivesse que esperar pelo INEM ou transferência para Aveiro sem ser socorrido, hoje não teria as melhores condições para poder continuar a ter qualidade de vida. Há uns anos tudo começou com um boato e o resultado foi o encer- ramento de algumas valências. Portanto defendemos que o SALREU, nosso Hospital, o HOSPITAL VISCONDE DE com a urgência e com mais valências deve funcionar em pleno sem qualquer contratempos.”------ Aníbal Teixeira (GMPS) – Referiu que Avanca será palco de treinos da Selecção Nacional Sub-21 o que é uma honra, tendo sido certificadas as instalações da Atlética de Avanca. A selecção da Holanda vai ficar instalada no Hotel de Estarreja, por isso estão reunidas as melhores condições para Estarreja se afirmar como um destino preferido para estes eventos. Mostrou a sua preocupação pela eventual dúvida na continuidade do apoio da Câmara Municipal à manutenção dos relvados dos dois campos de Avanca e Estarreja.”-------------- ---- Agostinho que foi Valente extraordinária (GM a PSD-CDS/PP):última sessão “Dado desta Assembleia Municipal, não me foi possível dispor então de adequado período para fazer referência a um recente acontecimento político nacional do maior relevo:- a eleição do Presidente da República Portuguesa, ocorrida em 22 de Janeiro. Levanto aqui a minha voz para dar público testemunho e apreço não só pelo alto sentido cívico da campanha eleitoral do Professor Cavaco Silva, como também pela expressiva votação que obteve logo na primeira volta, o que lhe permitirá ser o Presidente da República de todos os portugueses a partir do próximo dia 9 de Março.------------------- As fortes e patrióticas motivações que nortearam o candidato vencedor na sua decisão de concorrer, bem como as convictamente anunciadas intenções de frutífera colaboração institucional com o Governo da Nação (as quais não passaram despercebidas ao próprio Primeiro Ministro), são garantia de que poderemos esperar um salutar período de estabilidade política (sem os pretensos “sarilhos profeta institucionais”) agoirento), de absolutamente um ou outro indispensável para que seja possível ultrapassar a grave crise economico-financeira e social em que o país se encontra mergulhado.-------------------------------- Por isso, em simultâneo com o regozijo pela vitória alcançada e em nome do Grupo Municipal do PPD-PSD-CDS/PP, expresso os mais veementes votos para que do anunciado dar de mãos institucional resulte, para bem de todos, o tão desesperadamente ansiado ressurgimento do País, a fim de que um novo sorriso de confiança ilumine o rosto e a alma dos portugueses”.----------------------------- Na sequência de um acto administrativo de extinção, e após conturbado período de paragem, marcado por dúvidas, frustrações e desesperos quanto ao futuro, a Filarmonia das Beiras retomou, não há muito tempo, a sua actividade (que desejamos regular e segura), com novo figurino institucional e cultural. Uma vez que a Câmara Municipal de Estarreja era parceiro desta Associação, da qual usufruiu benéficos contributos, em concertos públicos e em acções de carácter pedagógico, dirigidas à população escolar, gostaria de saber qual é neste momento a posição concreta da Autarquia relativamente à Filarmonia das Beiras.”.------------------------------------------- Alexandre Mota (GMPS)- “A segurança nos recintos escolares recorrente na é, nossa cada vez sociedade. mais, um Trata-se tema de um problema multifacetado, que se prende, em geral, com as assimetrias sociais. Mas, no caso presente, não é esse problema que motiva esta manifestação. Pretendo, com esta declaração, alertar apenas para as condições de segurança de acesso às duas maiores escolas do concelho: a EB23 e a Escola Secundária. Em Estarreja ocorrem, pelo menos, estas duas situações que considero inaceitáveis ao nível da segurança dos nossos alunos. Estas situações decorrem do total caos no trânsito responsável pela mobilidade dos jovens que frequentam Este estes problema dois estabelecimentos resulta, na minha de ensino. análise, de vários factores: a acessibilidade das entradas de acesso aos referidos estabelecimentos de ensino, a gestão dos horários de entrada dos alunos, e comportamento cívico dos automobilistas que deixam ou recolhem alunos nestas escolas. Pretendo apenas abordar o primeiro aspecto embora os dois últimos sejam também importantes. No caso da EB23 temos um acesso estrangulado devido ao facto da entrada principal da escola ser numa rua sem saída. Para agravar a situação o parque de estacio- namento permite a paragem de carros demasiado perto dos portões da escola. No caso da escola secundária temos vários problemas: uma rua de acesso com dois sentidos onde existem habitações, passeios estreitos, estacionamentos destinados ao corpo docente e aos habitantes, presença nas horas “de ponta” de 3 ou 4 autocarros posicionados de ambos os lados da rua, dezenas de carros estacionados na estrada e em cima dos passeios e algumas centenas de jovens que não sabem bem onde se podem posicionar. Estas situações são agravadas quando ocorrem às 18:25 em dias de chuva onde a falta de iluminação é determinante. Não estamos perante dois problemas simples, mas também não estamos perante dois problemas sem solução. No caso da escola EB23 uma dose de “bom senso” e uma alteração das marcas de estacionamento podem resolver a situação. No caso da escola secundária terá, na minha opinião, de se avaliar muito bem a situação criando alternativas ao estacionamento dos automóveis do corpo docente, equacionando a definição de um sentido único na rua e/ou redefinindo o local de estacionamento dos autocarros. Uma alteração imediata será o aumento da iluminação pública. Todas estas alterações terão custos sociais mas serão, sem dúvida, inferiores ao custo de uma vida humana.”----------------------------- Carolina Pinho (GMPS) – Expressa as suas preocupações pelo encerramento das Escolas. Questiona o Sr. Presidente da Câmara sobre quais as medidas tomadas para evitar esta situação. Não vamos fechar o que funciona bem. Questionou também sobre o ponto de situação do apeadeiro de Salreu.--------------------------------------------- Drummond Esmeraldo (GMPS) – Referiu o estado lastimável em que se encontra a antiga Escola Padre Donaciano Abreu Freire. Que projectos existem para aquele espaço? ---------------------------- Carlos Albérico Alves (GMPPD/PSD-CDS/PP) – “Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Srs. Presidentes de Junta, Caros Deputados, na qualidade de representante desta Assembleia Municipal na Comissão Municipal de Estarreja de Licencia- mento Comercial, estive presente, no passado dia 12 de Janeiro, numa reunião da citada Comissão, com o objectivo de apreciar os pedidos de instalação do Estabelecimento Comercial PINGO DOCE e na modificação do estabelecimento comercial INTERMARCHÉ. Estiveram presentes, todos os elementos que de acordo com a lei a devem compor; a saber: Sr. Presidente da Câmara Municipal – Dr. José Eduardo Matos; Director Regional de Economia – Eng.º Francisco Pegado, Representante da SEMA – Dr. Pedro Matos, Representante da Associação de Consumidores – ACOP (Associação dos Consumidores de Portugal), Representante da Assembleia Municipal. Acompanhou também a reunião, o Dr. João Torres como gestor do processo. “ Pingo Doce “ Refere-se a um pedido de autorização de instalação de uma loja com a área de venda de 1.375 m2, 2 pisos, CAE 52111 do tipo Unidade de comércio alimentar/misto. Estima-se a criação de 62 postos de trabalho de responsabilidade directa do promotor e um parque de estacionamento com capacidade para 146 lugares. A Câmara Municipal havia emitido parecer favorável de localização. A Direcção Geral de empresa emitiu parecer favorável atribuindo uma pontuação de 3.21 pontos”. Colocada a votação a proposta de instalação, foi a mesma aprovada com 4 votos a favor e um voto contra. O voto contra pertenceu ao representante da SEMA. “Será de salientar que foram impostas diversas condicionantes à instalação, de onde se destaca: a)Cumprimento efectivo do compromisso de criação de 62 postos de trabalho; b)Garantia de qualidade de construção; c)Intervenção profunda nas acessibilidades, nomeadamente na Rua Dr. Tavares da Silva, a qual servirá de acesso ao estabelecimento. “Intermarché” - Trata-se de um pedido para ampliação da área de venda em 500 m2, a qual passará dos actuais 1.300 m2 para 1.800 m2. A unidade continuará a ter 1 piso que será duplo. Prevêse a criação de mais 8 postos de trabalho directo. A Câmara favorável de Municipal havia localização. A emitido Direcção parecer Geral de empresa emitiu parecer favorável atribuindo uma pontuação de 2.90 pontos.” Colocada a votação a proposta de ampliação, tal como a anterior, foi aprovada com 4 votos a favor e um voto contra. O voto contra pertenceu ao representante da SEMA. “É nosso entendimento, que as unidades em causa, virão melhorar as condições concorrenciais do sector, virão criar emprego líquido. Ao contrário de algumas opiniões, é nosso entendimento que a instalação e ampliação destes estabelecimentos também permitirão aumentar as receitas do Município”.----------------------------------------------- Pedro Matos (GMPPD/PSD-CDS/PP):- “Enquanto deputado eleito Por e Para os jovens venho aqui expôr um tema muito caro a este grupo, no qual me insiro .--------------------------------------------O tema em questão é o da habitação social. Mais propriamente o da HABITAÇÃO A CUSTOS CONTROLADOS PARA JOVENS.----------------------------A despesa maior que uma pessoa tem na vida é precisamente a despesa com a sua casa.--------------Em regra ocorre no inicio da vida adulta. Com o inicio da actividade laboral, com a penetração no mercado de trabalho acompanhada muitas vezes de perto pela constituição de família, os jovens têm na escolha da sua habitação uma preocupação fundamental.----------------------------------------Sendo este um tema que afecta os jovens, preocupa a JSD e a mim enquanto jovem.--------------Numa altura em que a precaridade no trabalho, aliada a uma rarefação deste grassa, a compra de habitação, questão essencial e necessária poderá ser também inatingivel.-------------------------O PROGRAMA DE HABITAÇÃO A CUSTOS CONTROLADOS visa fornecer aos jovens na busca de casa um importante apoio.---------------------------------------Este projecto prevê a construção de fogos por parte da Câmara destinados à venda aos jovens.--A câmara veria satisfeita a despesa efectuada, ficando os fogos mais baratos para os jovens devidos à inexistência de promotores imobiliá- rios.-------------------------------------------NÃO SE PRETENDE QUE SEJA CONCEDIDA UMA ESMOLA AOS JOVENS, MAS SIM UM APOIO, NÃO SE PRETENDE QUE A CÂMARA MUNICIPAL EFECTUE UM ESFORÇO INCORPORTAVEL, MAS ANTES UM SERVIÇO PÚBLICO.--------------Este é desde já um projecto presente em alguns concelhos vizinhos, nomeadamente no concelho de Albergaria-a-Velha.-----------------------------A fixação dos jovens na sua terra, é o principal objectivo deste projecto, sendo que ele permetirá ainda atrair jovens de outros concelhos que trabalhem neste. A titulo de exemplo importa referir que em Albergaria está mesmo prevista a possibilidade de se candidatarem a este programa os jovens que aí trabalhem ainda que residam fora deste, nomeadamente em Oliveira de Azeméis, Ovar ou mesmo Estarreja. Ora aqui está um potencial factor de deslocação dos nossos jovens para fora do concelho, o que não interessa de todo a Estarreja.-------------------------------------------Assim peço ao Senhor Presidente da Câmara que coloque este tema na agenda do executivo, que o analise consciente como certamente estará da sua importância para os jovens do concelho e conse- quentemente para Estarreja.---------------------Um outro tema sobre o qual pretendia tecer algumas considerações ligado também à juventude é o parque Eco-Êmpresarial de Estarreja.------------Este afigura-se como a grande esperança para o crescimento da nossa terra.---------------------Será fonte de emprego e desenvolvimento.--------Porém a economia de hoje está em constante mutação, assentando os seus pilares noutros sectores de actividade como por exemplo a tecnologia e inovação.---------------------------------------Esta é uma área onde os jovens assumem papel principal.--------------------------------------Um parque empresarial que se quer competitivo, tem que privilegiar a tecnologia, tem que apostar numa industria em crescimento.------------------Tendo em conta a proximidade com a Universidade de Aveiro, pioneira em Portugal nas novas tecnologias, bem como a possível deslocação da Exponor para a Feira/Ovar, a situação geográfica de Estarreja ganha ainda maior importância, aliada às excelentes vias de comunicação de que goza o concelho são um aport que deve ser potenciado.O plano tecnológico do governo central deve ser aproveitado pela Câmara Municipal para dotar e estimular o surgimento de um centro de tecnologia no Eco-parque.----------------------------------Esta oportunidade não deve ser desperdiçada, e a Câmara deverá estudar parcerias com o Governo e Universidade de Aveiro para que Estarreja não deixe fugir esta oportunidade”.--------------------- Terminado o período antes da Ordem do Dia, pelas 22h05m, o Sr. Presidente da Assembleia Municipal, propôs que o Sr. Presidente da Câmara faça os seus esclarecimentos no período da Ordem do Dia no ponto reservado à apreciação da sua informação escrita. Enalteceu a qualidade das intervenções proferidas o que louva e prestigia os participantes e naturalmente a Assembleia Municipal. ----------------------------------------- De seguida abriu o período de intervenção ao público, tendo sido dada a palavra ao Sr. João Azevedo, portador do BI n.º 2838742 de 22.12.97 – Aveiro. Da sua intervenção destaca-se ter Chama- do a atenção e pedido esclarecimentos sobre a continuidade do depósito de lixo no Canto do Esteiro em Estarreja, sem qualquer controlo, exigindo a intervenção da Câmara. Referiu também os constantes cortes de energia eléctrica na Cidade de Estarreja.----------------------------------- ---- O Sr. Presidente da Câmara dispensou a prestação de outros esclarecimentos sobre estas questões.----------------------------------------------- Na sequência dos trabalhos o Sr. Presidente da Assembleia Municipal, informou que, já após a expedição da Convocatória, a Câmara Municipal solicitou, com carácter de urgência, a introdução na agenda da aprovação da continuidade das medidas preventivas ao PDM.----------------------------- Colocada à votação, a inclusão deste ponto na Ordem dos Trabalhos foi aprovada por unanimidade.----------------------------------------------- De seguida foram abertas as inscrições sobre o primeiro ponto da ordem do dia as quais se resumem:-------------------------------------------- José Augusto Matos (GMPPD/PSD-CDS/PP):- Referiu-se ao traçado do IC1, fazendo referência a uma entrevista do Secretário de Estado das Obras Públicas, que entende já se ter perdido muito tempo e dinheiro com a solução a poente, sendo irrelevante o que se discute sobre este assunto. Até agora sabíamos qual a opção do anterior Governo, mas este ainda não definiu nada e já tomou posse à mais de um ano. È pena que continuemos a não ver alternativa à EN 109.------------ Drummond Esmeraldo (GMPS):- Apontou os pro- blemas financeiros da SIMRIA e a dificuldade da GAMA em uniformização de tarifas e taxas da água, saneamento e resíduos sólidos urbanos, o que a concretizar-se será um enorme erro. Disse ainda que os serviços inflacionados prestados cerca de pelas 40%, pelo Câmaras que o estão POCAL deveria fazer uma análise de custos. Disse a concluir “ Existe uma grande diferença entre o que se fala e o que se ---- Carolina Pinho pratica “.------------------(GMPS):- Congratula o Sr. Presidente da Câmara pela adesão ao projecto de recuperação “ Arte Nova ”. Referiu a necessidade de os Arquitectos da Câmara Municipal terem sensibilidade para esta temática, a fim de que a recuperação seja efectivamente bem feita, devendo ser abordado todo o conjunto da obra e não só a fachada. Referiu também o Projecto “ Meninos da Ria “ solicitando esclarecimentos sobre a metodologia seguida e suscitando dúvidas quanto ao modo como o projecto poderá ser executado, face à sua especificidade e sensibilidade para os problemas a solucionar. Entende que este projecto passará muito pela Defende que envolvente estas do planeamento crianças deveriam familiar. passar o menos tempo possível com as famílias, face aos problemas que existem. Este assunto merecia um debate mais profundo.-------------------------- ---- Terminado este tempo de intervenções, foi dada a palavra ao Sr. Presidente de Câmara, o qual indicou o Sr. Vice-Presidente Abílio Silveira e o Vereador esclarecimentos João sobre Alegria assuntos para dos prestarem seus pelou- ros.------------------------------------------------ Abílio Silveira (Vice-Presidente):- Esclareceu o Sr. António Vidal (GM/CDU) sobre as questões do Carnaval informando que as contas são públicas e está à sua disposição para todas as informações. Esclareceu também as questões levantadas quanto ao Campeonato Europeu de Sub-21 e também sobre a manutenção dos relvados de Avanca e Estarreja, sendo os contratos de apoio analisados e renovados todos os anos.---------------------- João Alegria (Vereador da Câmara Munici- pal):-Congratula-se com esta sua primeira intervenção na Assembleia Municipal. Sobre o encerramento de escolas informou ser um programa do Governo que se prevê estar concluído em 2010. Os critérios estão definidos, nomeadamente quanto ao número de alunos e sob o ponto de vista pedagógico, além do insucesso escolar também as melhores condições para alunos e professores serão equa- cionadas. Quanto ao Concelho de Estarreja a única situação equacionada é o encerramento da Escola do Barreiro d’Além.--------------------------------- Quanto ao Projecto “ Meninos da Ria” referiu que as vertentes referenciadas pela deputada Carolina Pinho estão contempladas no projecto.------ No que respeita à Filarmonia das Beiras está previsto o programa “ Música nas Escolas “, culminando no final de Março com o Concerto Família. Está a ser trabalhada e lançada a Rede Social do Concelho de Estarreja, na qual estão contempladas diversas acções e intervenções no sentido de dar satisfação às carências e necessidades mais sentidas para as questões da solidariedade e assistência.--------------------------------------------- O Sr. Presidente da Câmara tomou a palavra e prestou os seguintes esclarecimentos: - Desconhecendo a situação referida pela Deputada Marisa Macedo, sobre as descargas na SIMRIA, pediu cópia da intervenção para proceder à averiguação da situação.------------------------------------------- Sobre a urgência do Hospital de Estarreja referiu a colaboração do Centro de Saúde para garantir a qualidade do atendimento naquele serviço, por força do encerramento dos SAP dos Centros de Saúde. A postura do Presidente da Câmara é que não encerre qualquer serviço do Hospital, pelo contrário, que cada vez mais se prestem ali melhores cuidados de saúde. “Ontem, como hoje ou amanhã a minha preocupação é manter sempre o Hospital de Estarreja, e daqui não abdico, seja com este ou com outro Governo.-------------------------- O traçado do TGV preocupa-nos e logo que tivemos conhecimento do seu eventual traçado a nascente, de imediato questionámos a Secretaria de Estado sobre esse assunto, ficando a aguardar o ponto da situação.--------------------------------- O Eco-Parque e a aposta decidida do Município para o desenvolvimento de Estarreja;temos agora espaços e formas de permitir a instalação de novas empresas e os contactos e negociações decorrem normalmente. Esperamos no futuro ter lotes mais pequenos para oferecer a investidores que nos têm procurado. Aguardamos que o novo Quadro de Apoio permita dispormos de meios financeiros para continuar esta importante obra fulcral para a nossa projecção futura“.--------------------- Falou ainda sobre o IC1, dos frequentes cortes de energia e das relações com a EDP, continuando a reclamar, embora se reconheça que tem havido melhorias.----------------------------------- Falou sobre o trânsito e as suas implicações com o estacionamento e os transportes escolares, apontando algumas soluções para os problemas daqui resultantes.----------------------------------- Esclareceu também as questões levantadas acerca da SIMRIA, o Apeadeiro de Salreu, GAMA, Arte Nova, Projecto “Meninos da Ria“.-------------- - Na sequência dos trabalhos, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal abriu as inscrições para uma segunda ronda de intervenções.------------- Valdemar Ramos (GM PPD-PSD/CDS-PP):– Foi eleito no mandato anterior Presidente da Comissão Concelhia de Saúde e procurou sempre trazer à Assembleia Municipal as coisas da saúde, tendo-a feito funcionar. O Hospital não é toda a saúde do Concelho. Continua a lamentar o “boato” do fecho da urgência do Hospital, quando é de todo o interesse que ele funcione bem. E disse “ o Hospital Visconde de Salreu funciona, actualmente melhor do que o de Aveiro, com gente muito competente e motivada para o exercício das suas funções “.------- Marisa Macedo (GM/PS):- “À semelhança do Senhor Presidente, que afirma que, com o texto enviado à Assembleia Municipal, vai dar a conhecer “de uma forma sumária e exemplificativa as múltiplas actividades desenvolvidas pelo executi- vo desde a última sessão ordinária do mês de Dezembro de 2005”, também o PS decidiu fazer uma breve análise à actividade camarária desde a referida data. Assim:---------------------------Quanto à revisão do PDM.------------------------É de assinalar que cinco anos após ter tomado posse, o Dr. José Eduardo Matos continue a rever o PDM. Ele que tanto atacava o PS quando este era poder, nesta mesma matéria, já leva mais de metade do tempo que durou governo PS, sem conseguir terminar a tarefa. Digamos que “pela boca morre o peixe”.-----------------------------------------1.Alerta para poços sem segurança.--------------Diz o Senhor Presidente que desde Dezembro que anda a alertar os proprietários para a necessidade de manter em bom estado de conservação e condições de segurança as suas propriedades. A Fiscalização Municipal vai intimar os proprietários para procederem a obras de conservação com urgência. Termina este item com um apelo para que proprietários evitem incómodos e situações de riscos. Parece-nos tudo isto muito bem. Mas parecenos que, antes de se avançar para este tipo de acções, se deveria ver em que estado está o património municipal no que respeita a poços.---- Deixamos aqui através de fotografias, o exemplo do poço existente na Casa Museu Egas Moniz, com verdete, sujo e sem qualquer protecção.---------A bem da credibilidade do senhor presidente, é bom que a fiscalização não passe por lá!--------Hospital do Visconde de Salreu.-----------------Conforme abordámos no período antes da ordem do dia, correm rumores do fecho das urgências do hospital, alegadamente pelo facto dos utentes que recorrem ao Hospital serem sistematicamente reencaminhados para o Hospital de Aveiro.-----------1-Casas Sociais.Na informação do Senhor Presidente surge como grande feito a entrega de um apartamento arrendado na Urbanização da Teixugueira a uma família. Como pode uma câmara que recusou a oferta gratuita do património do estado no concelho de Estarreja, que abrange cerca de 94 famílias, fazer tal alarido da entrega de uma habitação? Deveria ter mais recato na publicidade que faz, quando deixou que todo o património fosse entregue à ASE, que é quem tem tratado dos jardins, das árvores e até da pavimentação do Bairro.---------------------------------------------Cultura - Companhias profissionais.Durante esta semana, tivemos notícias do possível encerramento do ACTO em Estarreja, com o senhor vereador da cultura a responder que em Portugal “existe liberdade de circulação”. O que pode ser entendido como um “quem não está bem que se mude”. Ficámos assim a saber que, a actual câmara continua a não ver para além do óbvio. Continua sem perceber que numa cidade, que quer sê-lo, há lugar para todo o tipo de manifestações culturais. Continua sem perceber que a divulgação de Estarreja e a sua promoção tem tudo a ganhar com a presença de companhias profissionais como o ACTO e o BCN, porque nos torna um local onde pode haver cultura de vanguarda, a par de manifestações de cultura tradicionais. A presença de companhias profissionais deveria ser entendida como uma mais valia para Estarreja.-------------------------------------1.Boletim Municipal. Sabemos também que, apesar de publicar no Boletim diversas cartas de colectividades a enaltecer a Câmara, ainda não foram pagos a totalidade dos subsídios que estas deveriam ter recebido há muito. Mas as cartas em que as colectividades reclamam os pagamentos, curiosamente, não são publicadas. Aliás, é bom que se registe que a vereadora do PS, Catarina Rodrigues, solicitou no início de Janeiro de 2006 a relação dos subsídios por pagar e, até hoje, mais de um mês e meio depois, a Câmara ainda não forneceu a informação solicitada.------------------- Concessão SCUT da Costa de Prata – A29/IC1 Sublanço Angeja/Estarreja. Podemos ler na informação do Sr. Presidente que ficou sem efeito a proposta apresentada há cerca de três anos pelos vereadores do PS na Câmara que apontava para a solução provisória, mas imediata, do problema do IC 1 em Estarreja, fazendo coincidir o troço dessa via rápida com a A1 no troço entre Estarreja e Albergaria, sendo que nesse troço não se cobrariam portagens. Não obstante não comentarmos, por ora, qualquer eventual falta de empenho do Sr. Presidente na defesa da proposta em causa, parece-nos por demais evidente que o Sr. Presidente da Câmara surge aos olhos da opinião pública cada vez mais conformado com a solução nascente do IC1.Sendo certo que o Sr. Presidente da Câmara, nos tempos de gestão PS na autarquia, foi sempre um dos mais aguerridos defensores do IC 1 a poente, também não é menos verdade que foi perdendo a garra, sobretudo depois da posse do Governo de coligação PSD-CDS, liderado pelo Dr. Durão Barroso. Recorde-se o dado importante de, em pré cam- panha para as eleições legislativas de 2002, terem estado em Estarreja, numa jornada em plena Praça Francisco Barbosa, entre outros, Marques Mendes, Paulo Portas e Hermínio Loureiro – todos eles vieram a assumir cargos de relevância no Governo – prometer sem quaisquer condicionalismos de ordem outra financeira, ordem, a ambiental construção do ou IC1 de a qualquer poente da linha-férrea. Isto foi dito assim, textualmente, sem margem para dúvidas e temos as gravações para quem não se recordar. O PSD viria a ganhar as eleições formando governo coligado com o CDS-PP. E a recordação destas palavras de Marques Mendes, Paulo Portas, Hermínio Loureiro e até mesmo do próprio Durão Barroso em Estarreja, foram de tal ordem que quando se assistiu à famosa inauguração do traçado do IC1 a poente, pelo próprio Marques Mendes, já nas vestes de Ministro (em plena EN109, no alto de Fermelã, em cima duma camioneta voltada para o Baixo-Vouga), o Presidente da Câmara não hesitou em falar em “vitória da credibilidade”.Na altura não havia dúvidas.Para mais, parece evidente que havendo promessas feitas por gente supostamente responsável, vontade política de Câmara e Governo, quase unanimidade na popula- ção estarrejense, não se percebe o que terá faltado para a obra não ter sido construída a poente como fora anunciado pelo próprio Marques Mendes no aludido acto oficial. É por isso mesmo que a bancada do Partido Socialista desta Assembleia Municipal vem agora requerer que lhe seja facultada toda a documentação, estudos e mesmo troca de correspondência entre a Câmara e o Governo, que estiveram na base da sustentação do anúncio indubitável da construção do IC1 a poente e da realização daquele acto público. O tempo em que o PSD liderou o governo foi mais do que suficiente para a questão ter ficado resolvida e para o Sr. Presidente utilizar os seus ofícios junto dos correligionários de partido amarrados à promessa feita, no sentido de fazer e concluir a obra.Urge também saber, para que toda a população de Estarreja saiba com o que pode contar e com que tipo de políticos e de pessoas está a lidar, se o acto de inauguração do traçado do IC1, terá sido um acto sério – o que na falta desses documentos agora solicitados nos é permitido duvidar – ou de se tratou de uma manobra propagandística de ocasião, que mais não serviu do que enganar muitos estarrejenses. Essa documentação é fundamental, no sentido de se perceber o alcance e a dimensão dos compromissos próprios, assumidos, representantes do no sentido Partido de nós Socialista nesta Assembleia, sem receios, hesitações e com toda a firmeza, exigirmos da parte do governo o cumprimento governo desses anterior ou eventuais compromissos adoptarmos as medidas do que julgarmos convenientes na defesa dos interesses de Estarreja.Por outro lado, se nenhuma documentação existir, provando-se a leviandade e a demagogia desses actos, cá estaremos para os denunciar, apontar o nome dos seus autores e para responsabilizá-los pela lesão nos interesses de Estarreja.------------------------------------------ 8 ) Investimentos no país e nada em Estarreja. Tem-se assistido nas últimas semanas ao anúncio, por parte do Governo, de um vasto conjunto de grandes investimentos em Portugal. Trata-se mesmo de uma situação excepcional, face aquilo a que se vinha assistindo nos últimos anos, no que concerne ao investimento empresarial - sobretudo investimentos estrangeiro -, e que tem colocado o nosso país numa posição clara de subida nos rankings internacionais de competitividade. Há neste momento no país investimentos empresariais que rondam os 2100 milhões de euros (perto de 420 milhões de contos) e que vão criar perto de 9500 postos de trabalho directos, sendo disso exemplo a Ikea, do sector mobiliário em Ponte de Lima (500 postos de trabalho); Advansis, do sector da Petroquímica em Sines (400 postos de trabalho); Pojectos de biodiesel e bioetanol na área das energias renováveis para Sines, Vila Franca e Matosinhos (120 postos de trabalho); Projectos na área da biomassa, para o Norte e Interior do país, sabendo que uma dessas unidades vai para Oliveira de Azeméis (são entre 500 e 800 postos de trabalho); Agni, para produção de pilhas de combustível, prevista para Montemor-o-velho (100 postos de trabalho); Cobra Tecnologia, em Ponte de Lima (300 postos de trabalho), entre outros, para não falar sequer dos investimentos feitos na área do turismo em diversos pontos do país, para os quais o nosso concelho não estará tão vocacionado. Tratando-se de um assunto de inegável interesse nacional, que nos confere a esperança de um futuro melhor para a economia portuguesa, não deixa de ser frustrante verificar que nenhum desses investimentos Estarreja, com os tenha sido naturais concretizado benefícios que em daí adviriam para o desenvolvimento económico do concelho. Para mais, tratando-se de investimentos de grande vulto, cuja repercussão no tecido empresarial e social estarrejense seria por demais evidente.EsteEste facto é tanto mais estranho se atendermos à seguinte ordem de razões:----------- Estarreja dispõe de Parque Industrial apto, segundo as notícias vindas da Câmara Municipal, a receber empresas;-------------------------------- Estarreja dispõe de uma localização excepcional, no litoral centro do país, onde passam as principais vias rodoviárias (A1, IC1, Linha do norte e está muito próximo do IP5) e goza de uma proximidade privilegiada ao Porto de Aveiro, ao Aeroporto e algumas das principais cidades do país.-------------------------------------------A actual Câmara insistiu na ideia e concretizoua, de incluir a API-Parques na gestão do Parque Industrial, sabendo-se que é uma estrutura que está inserida na API – Agência Portuguesa para o Desenvolvimento, entidade esta que está na linha da frente das negociações para instalação de empresas no nosso país.-------------------------- O modelo de gestão do Parque, que tantas dúvidas causou ao Partido Socialista e que, com tan- tas certezas, o Sr. Presidente da Câmara fez aprovar, garantiria – e esse era um dos argumentos – a melhor forma de gerir e atrair empresas para Estarreja estarrejenses, Infelizmente a realidade para que todos se nos nós, depara parece ser apenas a seguinte:-------------------Não só não se conhecem os contornos actuais do modelo de gestão, como não se conhece qualquer divulgação ou promoção do parque Industrial, como não se sabe que esforços é que a Câmara tem desenvolvido junto do Governo e da API (que é ou era para ser um parceiro privilegiado na gestão do Parque) ou sequer, que vantagem é que adveio ou advém para Estarreja de se ter dado à API a possibilidade de interferir na gestão do Parque. O que se vê, é que não há, nesta fase excepcional de investimentos em Portugal, como acontece noutras zonas do país, um único grande investimento que seja em Estarreja.--------------------------Pior do que isso, é que não se sente por parte desta Câmara um trabalho capaz de inverter o rumo desta situação. Estarreja, apesar de todas as condições de que parecia dispor, aparece incógnita no mapa dos grandes investimentos nacionais.-Em resumo: o PDM vai indo; os outros que limpem os seus poços; publiquem-se cartas simpáticas e escondam-se as outras; que ninguém saiba que não se pagam subsídios a tempo e horas; as companhias profissionais não fazem cá falta nenhuma; as urgências do hospital estão em vias de fechar; o investimento estrangeiro passa-nos ao lado... Afinal que cidade é esta? Afinal para que quisemos nós ser cidade?-----------------------------Até a IC1 está a ir para Nascente, sem luta e no meio do maior conformismo.Nós, temos a certeza, fariamos bem melhor”.------------------------------ Respondendo a estas intervenções, tomou a palavra o Vereador João Alegria que esclareceu alguns pontos sobre a gestão do Cine-Teatro de Estarreja.------------------------------------------ Também o Sr. Presidente da Câmara esclareceu diversos pontos das questões levantadas, nomeadamente sobre o Hospital Visconde de Salreu, Carnaval de Estarreja, Revisão do PDM, habitação Social, IC1, tendo concluído a sua intervenção pelas 23h52m.--------------------------------------- Porque são quase 24H00, o Sr. Presidente da Assembleia Municipal colocou ao Plenário a continuação dos trabalhos, tendo resultado a seguinte votação: 12 votos contra; 4 abstenções; 11 votos a favor.-------------------------------------------- A Assembleia Municipal foi encerrada às 24H00 e marcada nova Sessão para o dia 8 de Março, pelas 21H00.-------------------------------- ---- Para constar e devidos efeitos, se lavrou a presente acta que, depois de submetida a aprovação a Assembleia, vai ser assinada pelos membro Mesa.-------------------------------------------- _________________________________________________
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