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Especial Hotelaria nacional otimista em 2009 O setor fechou 2008 num ritmo acelerado de crescimento e deverá ser um dos grandes setores beneficiados com a atual conjuntura econômica A indústria hoteleira brasileira teve uma ótima performance e viveu um grande ano em 2008. Os investimentos na construção e modernização atingiram níveis recordes. A diária média e taxa média de ocupação se recuperaram em quase todas as regiões do Brasil. A instabilidade econômica mundial que iniciou em outubro do ano passado não chegou a afetar o desempenho da hotelaria nacional que vinha embalada de resultados expressivos que culminou com as festas de final de ano, onde tradicionalmente o setor fatura mais. Com a queda do real frente ao dólar, muitos brasileiros cancelaram viagens internacionais e puderam conhecer as maravilhas do Brasil, assim como os estrangeiros. De acordo com o Ministério do Turismo, em 2008 o Brasil teve uma entrada de divisas de US$ 5,253 bilhões, o que significa um aumento de 17,15% a 12 fevereiro mais que em 2007 e um recorde nos últimos 40 anos. O País recebeu em 2008 mais de 5 milhões de turistas estrangeiros. “Estamos bem otimistas que o turismo brasileiro continuará aquecido em 2009, pois o brasileiro está viajando menos ao exterior em razão da queda de cerca de 30% do real frente ao dólar e devemos continuar a investir para promover o turismo nacional no exterior. Nossa intenção é investir cerca de US$ 19 milhões para promover o turismo nacional em seis dos principais mercados emissores europeus: Espanha, Portugal, Reino Unido, França, Itália e Alemanha”, destaca o Ministro Luiz Barreto. Viajar e hospedar é preciso Se a expectativa do Ministro Barreto é que o turismo de lazer continue aquecido em 2009, o mesmo se espera do turismo de negócios e a lógica do raciocínio é bastante simples. Quando os negócios vão bem, as empresa reúnem seus colaboradores em hotéis para recompensá-los do suor gasto e motivá-los a viajarem em busca de novos clientes. Quando a situação se agrava, as empresas necessitam reunir seus profissionais em hotéis para discutir estratégias e ações para driblar a crise. Nos momentos de crise os executivos de negócios precisam se deslocar ainda mais em busca de novas oportunidades e as viagens tornam-se necessárias e até mesmo de vital importância para a sobrevivência das empresas, porém sempre com uma análise mais minuciosa dos custos. O conhecido ditado de que lugar de vendedor é na rua, pode exigir que seu trabalho seja em Especial que envolve agentes de viagem, hotéis, locação de automóveis, traslados, entre outros. A valorização do dólar em relação ao real favorece o turismo de lazer doméstico, assim como atrai turistas estrangeiros para o Brasil. Estamos de olho nestas oportunidades e utilizando nossa expertise e modernas ferramentas para inovar e qualificar nossos parceiros”, revela o Diretor da Trend, Daniel Santos. Segundo ele, a Trend possui uma tecnologia de última geração para centralizar as cerca de 2.800 reservas diárias que são feitas diretamente aos hotéis e a tendência é que este número cresça ainda mais, pois acaba de ser criada a Byte Fotos: Divulgação outras cidades, estados ou mesmo em outros países e o ato de viajar está intimamente ligado ao ato de hospedar. Diante deste quadro, a Trend Operadora, uma das mais atuantes do Brasil, está enxergando a crise como uma grande oportunidade para dar continuidade ao sucessivo crescimento dos últimos anos, a diversificação de seus negócios e oferecer ainda mais facilidades aos hoteleiros e agentes de viagem. “A crise existe, é um fato inegável, porém acreditamos que para o segmento do turismo de negócios acaba existindo um estímulo para as viagens, pois as viagens de negócios devem aumentar gerando uma cadeia produtiva Indicador Trend mostra crescimento vigoroso do setor hoteleiro em 2008 A Trend Operadora comercializa uma média mensal de 100 mil diárias hoteleiras, o que representa parcela significativa no mercado nacional. Com este know how, criou o Indicador Trend, que são índices que demonstram o potencial do segmento hoteleiro. Em dezembro de 2007, a Trend realizou 26.728 reservas hoteleiras no país, que resultaram 58.518 diárias. Isso significa 2,19 diárias por reserva, ao valor médio unitário de R$ 148,78. Já em dezembro de 2008, o número de reservas hoteleiras no país saltou para 32.950, o que resultou em 75.614 diárias e representou 2,29 diárias por reserva. Valor médio por reserva subiu para R$ 162,58. Considerando a eclosão da crise financeira internacional, ocorrida em novembro, os dados comparativos de dezembro de 2007 com igual período de 2008 são muito positivos, especialmente se considerarmos que o último mês de ano é aquele em que os executivos viajam menos. Em resumo, temos o seguinte quadro: o número de reservas cresceu 23,28% em dezembro 2008; o de diárias vendidas aumentou 29,21%; o tempo de permanência e/ou de ocupação aumentou 4,82%; e o valor da diária média teve um incremento de 9,28%. Daniel Santos: “É na crise onde surgem as grandes oportunidades” 13 fevereiro Especial Nation, mas uma aposta da Trend de que na crise é onde surgem as oportunidades. A nova empresa com sede em Portugal, foi criada com o objetivo de vender os hotéis do Brasil aos operadores e agentes de viagens do exterior. “A Byte Nation nasceu para atender uma demanda do mercado e devemos utilizar as mesmas operadoras de quem a Trend compra hotéis e serviços no exterior para vender a eles os hotéis do Brasil com preços muito competitivos. Inicialmente toda a operação será on-line, a partir de sistemas de confirmação e venda via internet. Fizemos um grande investimento nesta ferramenta tecnológica que garante segurança e praticidade na operação e mais uma vez a Trend ino- José Otávio:” O importante não é ter visto a ocupação pular de 65% para 76% mas sim, constatar o crescimento real da diária média” 14 fevereiro va, mesmo em tempos de crise”, conclui Santos. Cambio aquece segmento A alta do dólar além de desestimular a viagem de muitos brasileiros ao exterior, abriu um poder de competitividade muito grande dos resorts em relação aos cruzeiros marítimos que são cotados em dólar. A procura pelos destinos nacionais é tanta, que hoje já se vê vários resorts terem que administrar e conviver com overbooking, um fato bastante inusitado. O presidente da Associação Brasileira de Resorts (Resorts Brasil), Alexandre Zubaran, que também é presidente do megaresort na Costa do Sauípe, na Bahia, acredita que o atual momento é primoroso para conhecer as belas paisagens que o Brasil possui. Outro executivo de resort que também comemora os resultados obtidos em 2008 é o Superintendente do Aguativa Resort, Gilberto Neszlinger, pois o faturamento cresceu 20% e a taxa de ocupação média do resort ficou em torno de 74%. “Para o ano de 2009, a expectativa é que ocorra um reflexo da crise econômica, porém, sem comprometer drasticamente o crescimento, que deve ficar entre 5% e 7%. Ainda não é possível antecipar com segurança o impacto no turismo interno. Mas mantenho a previsão de um período positivo para o Aguativa”, diz o executivo. E o otimismo não pára por aí. O Aguativa acaba de anunciar investimentos de R$ 8 milhões em um empreendimento imobiliário inovador, em parceria com o Consórcio União. Trata-se do Aguativa Privilège, condomínio de luxo com dez residências de alto padrão em fase de pré-lançamento de residência compartilhada para intercâmbio de férias. A região Nordeste é a mais beneficiada pelo crescimento do turismo interno e certamente em 2009 esta tendência deve continuar. “Após um 2007 catastrófico com apagão aéreo e dólar lá em baixo, a hotelaria pernambucana teve em 2008 um incremento de 20% sobre as receitas de hospedagem, garantindo a melhor posição da hotelaria de Pernambuco dos últimos dez anos. Com isto, o setor volta a navegar em céu de b r i g a d eiro”, a f i r m a J o s é O t á v io de M e i r a L i n s , P r e s i dente da ABIH-PE — Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Especial Pernambuco. Segundo ele, as ocupações em todas as regiões onde estão os 58 mil leitos existentes no Estado se aproximaram dos 76%. Novos investimentos hoteleiros estão em andamento não só no Litoral Sul e Interior como na região metropolitana do Recife que há muito tempo não recebia novos investimentos. “O importante não é ter visto a ocupação pular de 65% para 76% mas sim, constatar o crescimento real da diária média” diz Meira Lins Se a hotelaria pernambucana comemora os resultados obtidos em 2008, na hotelaria potiguar também não poderia ser diferente. O ano de 2008 fechou com 83% de taxa média de ocupação, número muito superior aos cerca de 70% registrados em 2007 quando o estado foi um dos mais atingidos pela crise cambial e das companhias aéreas. ‘‘Com o dólar e o euro fortes, acreditamos que o turismo nacional vai reagir melhor e vai crescer naturalmente. Mas temos que trabalhar nossa divulgação, fazer o nosso dever de casa, porque o Nordeste brasileiro se posiciona como destino, mas só vai ganhar mais clientes quem divulgar mais”, avalia o presidente da ABIH-RN — Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte, Enrico Fermi. Segundo ele, 60% dos turistas que visitam o Rio Grande do Norte são paulistas. Ronald Arteaga:”O momento é uma grande oportunidade para expandir a marca Hyatt no Brasil” Hotelaria de luxo em ascensão O sucesso da hotelaria do Norte, também se refletiu no Sul do País e num hotel padrão de luxo. O Sheraton Porto Alegre fechou o ano de 2008 com um crescimento de 13,5% na receita em relação ao desempenho de 2007. O lucro operacional atingiu 36,5%. O principal motivo que influenciou a alta no faturamento foi o incremento da receita de hospedagem. A ocupação em 2008 foi de 66%, o que representa 2% acima do mercado local. O Revpar do hotel (Receita por Apartamento Disponível) foi de R$ 208,00, um crescimento de 14% frente a 2007. Ao todo 41.171 hóspedes optaram pelo Sheraton na capital. O Everest Porto Alegre foi outro hotel de luxo que teve uma boa performance em 2008. Segundo o Gerente Geral, André Machado, o hotel obteve um crescimento de 54% no RevPar; 45% na Diária Média e, mesmo tendo ficado fechado 15 fevereiro Especial durante 30 dias para a reforma completa de sua recepção, terminou o ano com um incremento de 14% em sua receita. Estes resultados compuseram o melhor desempenho do hotel nos último cinco anos. “Estamos com uma ótima perspectiva para 2009 e apostando na reforma de 36 apartamentos que passam para a categoria luxo executivo com importantes diferenciais para comodidade e conecção”, aposta Machado. A boa performance da hotelaria de luxo em 2008 também não poderia ser diferente na capital paulista. O Staybridge Suítes, por exemplo, apresentou taxa de ocupação média de 77,39%, índice 4,48% superior ao de 2007. O RevPar (receita por apartamento disponível) cresceu 26,70%, enquanto o valor da diária média registrou alta de 21,25%. Já o InterContinental São Paulo fechou 2008 com crescimento de 13,36% da taxa de ocupação em relação a 2007, enquanto o RevPar teve alta de 27,60% e a diária média subiu 12,57%. O Grand Hyatt São Paulo encerrou 2008 com ocupação média de 74%, significando um aumento de 7,6% em relação a 2007 e 20% de crescimento no faturamento. Quase 135 mil pessoas se hospedaram no hotel ao longo do ano passado. A hospedagem doméstica cresceu 7% em relação a 2007. Em números ge- 16 fevereiro rais, o doméstico respondeu por cerca de 40%, enquanto o internacional 60%, apesar do aumento dos hóspedes domésticos. Marcas de luxo em ascensão Esta boa performance do Grand Hyatt está motivando a rede a expandir a atuação no Brasil. O atual cenário econômico mundial é visto pelo Diretor de desenvolvimento da Global Hyatt Corporation na América do Sul, Ronald Arteaga Fernandes, como uma grande oportunidade para a marca se expandir no Brasil. Atualmente a marca Hyatt só tem uma única unidade no Brasil, através do hotel Grand Hyatt São Paulo, na capital paulista. A marca é reconhecida mundialmente como luxo, glamour e excelência na qualidade dos serviços prestados e fica até difícil imaginar que luxo e crise combinam, mas Arteaga explica. “O Brasil fez a lição de casa bem antes da atual crise econômica começar e sempre foi visto como um país de grandes oportunidades, pela solidez de sua democracia, pela estabilidade econômica, pelo rigor e controle do Banco Central em relação às operações financeiras e por não sofrer as intempéries que existem em outras regiões de atração turística mundial, como o Caribe e as Ilhas Polinésias”, ressalta Arteaga. Segundo ele, a favor do Brasil ainda existe um magnífico ecosistema único no mundo, onde a natureza é deslumbrante e generosa, a receptividade do povo brasileiro, um consumo interno bem aquecido e a infra-estrutura para receber bem os turistas que os governos estão criando. “Estes fatores, aliados a proximidade do Brasil da Europa e Estados Unidos e a valorização do dólar frente ao real, nos faz acreditar que o Brasil será um dos países mais fortalecidos diante deste cenário econômico mundial de crise. Apostamos neste potencial e devemos ter até o final deste ano mais duas marcas Hyatt no Brasil, pois estamos com estudos de viabilidade bem desenvolvidos e investidores interessados”, garante Arteaga. Ele fala com a experiência e conhecimento na implantação de inúmeras unidades hoteleiras na América Latina nos últimos dez anos pela bandeira Intercontinental Hotels Group e garante que a marca Hyatt é o sonho de consumo de muitos investidores hoteleiros. “Começamos nosso trabalho de Especial desenvolvimento da marca Hyatt no Brasil há cerca de seis meses e estamos surpresos com a ótima receptividade dos investidores, pois a maioria deles acreditava que não fosse possível ter um Hyatt em suas cidades ou estados, mas estamos mostrando que é possível, desde que atendam nossos critérios e exigências”, destaca Arteaga. De acordo com Arteaga, o propósito não é pulverizar a marca Hyatt no Brasil, mas sim concentrá-la em nichos de mercados específicos. Num primeiro momento ele pretende desenvolver as marcas de luxo Grand Hyatt, Park Hyatt e Hyatt Regency em grandes capitais brasileiras como Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre, mas a grande aposta é o padrão select service, formado pelas marcas Hyatt Place e os Summerfield Suítes. Estes hotéis possuem serviços diferenciados e personalizados e são destinados a altos executivos que podem pagar e querem serviço de primeira qualidade, com o conforto e o estilo Hyatt. Para desenvolver a marca Hyatt no Brasil, Arteaga pretende firmar parcerias com alguns grupos, pois o custo de implantação é relativamente alto. “Os empreendimentos das marcas select service necessitam ter no mínimo 120 unidades habitacionais e o custo Cristiano Gonçalves:”Estamos trabalhando intensamente junto a potenciais parceiros, que tem demonstrado um enorme interesse em nossos produtos e em nosso modelo de negócios” de cada uma sai por cerca de US$ 80 mil, sem incluir o terreno. Já as marcas de luxo necessitam que o empreendimento tenha pelo menos 250 unidades habitacionais e cada uma não sai por menos de US$ 130 mil dólares, isto sem incluir o terreno. Os contratos que vamos assinar com nossos investidores devem ser de no mínimo 20 anos para garantir segurança e rentabilidade para ambas as partes”, conclui Arteaga. Grande oportunidade de crescer Outra rede internacional que vê o momento atual como uma grande oportunidade para crescer é a Hilton Hotels Corporation. Os planos de crescimento do Hilton não incluem somente as grandes cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro, mas também várias cidades secundárias, como Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, Recife e Goiânia, entre outras. “Atualmente contamos com um projeto em Salvador e estamos trabalhando intensamente junto a potenciais parceiros, que tem demonstrado um enorme interesse em nossos produtos e em nosso modelo de negócios. Certamente, teremos boas notícias para anunciar em pouco tempo”, garante Cristiano Gonçalves, Vice-presidente de Desenvolvimento da Hilton na América do Sul. 17 fevereiro Especial Segundo ele, a estratégia atual, está voltada para quatro marcas, Hilton, Doubletree by Hilton, Hilton Garden Inn, Hampton Inn by Hilton. “Contratos de administração, franchise e manchise, fazem parte de nossa estratégia. Além disso, a Hilton Hotels Corporation, está disposta a analisar a possibilidade de algum tipo de participação acionária em mercados estratégicos”, conclui Gonçalves. A Four Seasons Hotels and Resorts, rede hoteleira de alto luxo, também está de olho no potencial do Brasil, onde ainda não mantém nenhuma unidade, mas recentemente criou uma diretoria de desenvolvimento para a América Latina. Quem está no comando é o brasileiro Alinio Azevedo que deverá expandir a Rede na América Latina e estrear em breve no Brasil. As cidades mais cogitadas para terem um Four Seasons são o Rio de Janeiro e São Paulo. Consolidar presença Se grandes redes mundiais querem entrar no Brasil, quem domina o mercado, deseja se consolidar ainda mais. Este é o caso da Accor Hospitality que é a maior administradora hoteleira com 145 hotéis no Brasil. “A Accor Hospitality mantém a previsão de 63 novos projetos no Brasil até 2012 elevando o número para 208 unidades. Estamos passando por uma fase de grandes oportunidades. A crise financeira internacional já tem feito com que os empreendedores retomem investimentos no mercado imobiliário, no qual a hotelaria se insere, muito mais seguro em relação a agitação e volatilidade apresentadas pelas bolsas de valores. Além disso, os valores dos terrenos volAbel Castro:”Mantemos a previsão de 63 taram a patamares aceinovos projetos no Brasil até 2012 elevando táveis e começam a o número para 208 unidades no País” surgir boas oportu- 18 fevereiro nidades por todo o Brasil. Saímos de um ano excelente. Em 2008 assinamos, somente para o Brasil, 16 novos contratos. Portanto, a empresa possui contratos e projetos já assinados e consolidados, que vão permitir um crescimento sólido em 2009 e nos próximos anos. Mas, sem dúvida alguma, sabemos que 2009 será mais um ano cheio de grandes desafios”, revela Abel Castro, Diretor de Desenvolvimento no Brasil da Accor Hospitality. De acordo com Castro, a estratégia de desenvolvimento da rede será por meio de contratos de franquia. “Nossa proposta inclusive é exportar esse modelo bem-sucedido desenvolvido no Brasil para as marcas Mercure e Ibis em sua expansão na América Latina. Temos 11 hotéis em operação no Brasil no sistema de franquia, sendo quatro da marca Mercure e sete da marca Ibis, além de 19 contratos já assinados para hotéis em fase de implantação, sendo um Mercure e 18 Ibis, nas mais diversas localidades brasileiras, como Rio Grande e Guaíba, no Rio Especial Grande do Sul, Uberlândia e Poços de Caldas em Minas Gerais e Presidente Prudente e Lins no interior de São Paulo. Nosso plano também prevê investimentos com recursos próprios em todo continente, como o Novotel Lima, no Peru, e o Novotel e ibis Corrientes em Buenos Aires, que são hotéis com investimento 100% da Accor. Nova onda de hotéis A taxa de juros que se apresenta com tendências de queda, poderá aumentar o número de novos hotéis no Brasil nos próximos anos. “O Brasil é um país que se acostumou a trabalhar com juros altos e com pouca disponibilidade de capital. Novos negócios somente serão possíveis com equity quase que integral porque as taxas de retorno são inferiores às taxas de juros. Portanto, se a demanda continuar a crescer e os hotéis continuarem a apresentar altas taxas de ocupação a resultante disso será numa nova onda de hotéis em condomínio, que é a maneira democrática que o Brasil encontrou para possibilitar acesso ao investimento hoteleiro para a classe média”, menciona José Ernesto Marino Neto, um dos principais consultores de hotelaria do Brasil e que preside a BSH International. Em setembro do ano passado, antes José Ernesto:”Os projetos consistentes, baseados em demanda existente, com sustentação de mercado, sem dúvida irão adiante” de iniciar a atual crise econômica, a BSH lançou um relatório indicando investimentos de R$ 6,5 bilhões em andamento no Brasil até 2012. “Com a atual conjuntura econômica é possível que uma parte importante destes investimentos apresente atrasos nos seus cronogramas e suas conclusões demorem mais, mas há que se distinguir idéias de projetos. Há muitas pessoas que têm apenas idéias e dizem que são projetos. Os projetos consistentes, baseados em demanda existente, com sustentação de mercado, sem dúvida irão adiante. Os projetos medíocres e os ruins deverão sofrer”, assegura Marino. Na visão de Marino, os investidores da hotelaria nacional nos próximos anos serão brasileiros, da classe média, em hotéis em condomínio com melhor sistema de governança. “O mercado de hotéis em condomínio já tem 40 anos de história no Brasil e vem, pouco a pouco, se sofisticando e ficando cada vez melhor. A classe média deverá demorar bastante tempo para voltar à Bolsa de Valores. O mercado imobiliário continuará sendo o centro das atenções e a hotelaria fará parte desse contexto”, conclui Marino. 19 fevereiro