Angola progrediu no combate à violência sobre as crianças

Angola progrediu no combate à violência sobre as
crianças
Fonte: Jornal de Angola
26 Jan 2011
Lídia Borda, especialista em protecção da criança, do UNICEF, defendeu em Luanda,
durante uma palestra realizada no Centro de Formação de Jornalistas, a necessidade de
Angola aderir à lei universal contra o tráfico de pessoas, denominada “Protocolo de
Palermo”.
A especialista, que dissertava na última edição do “Café de Ideias”, sob o lema “Prevenir a
Violência Contra a Criança”, alertou que é preciso criar mecanismos internos, no sentido
de impedir que crianças efectuem viagens de longos percursos sem o acompanhamento
de um adulto, fora ou dentro do país, uma vez que Angola ainda não aderiu à lei
internacional que reprime o tráfico de pessoas.
“É importante que as entidades de direito reforcem cada vez mais as várias formas de
actuar, para fecharmos o cerco ao tráfico de crianças”, realçou. Segundo Lídia Borda, a
violência resulta do desequilíbrio de poder na relação da criança com outra pessoa ou
grupos. Em Angola há avanços na luta contra a violência sobre a criança. O Instituto
Nacional da Criança (INAC) em colaboração com o Conselho Nacional da Criança estão a
elaborar uma estratégia nacional para prevenção e redução do impacto da violência sobre
a criança. Foram criadas cinco áreas estratégicas: o abuso sexual, a exploração, o tráfico,
a instrumentalização e o consumo de droga.
“Só assim estaremos em condições de cobrir todas as formas de combate à violência
contra a criança”, disse Lídia Borda. A especialista do UNICEF lembrou que é importante
alertar a sociedade para os crimes realizados contra a criança.
A jornalista Marlene Amaro disse que para haver um combate cerrado aos crimes contra a
criança é preciso envolver toda a sociedade, para que “as nossas crianças possam
crescer num país saudável”. Marlene Amaro apelou à sociedade para colaborar com as
instituições que velam pelos direitos da criança “porque só assim podemos evitar que
actos de violência continuem a proliferar”.
O encontro contou com a participação de jornalistas dos vários órgãos de comunicação
social, de funcionários de instituições públicas e membros de organizações não
­governamentais.
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