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Laboratório de Análises Clínicas Dengue e suas alterações hematológicas Introdução Considerada uma das doenças de maior incidência nas regiões intertropicais do mundo, Estrutura do virus da dengue constituindo um importante problema de saúde pública, a dengue é uma arbovirose transmitida por mosquito do gênero Aedes, especialmente o Aedes aegypti. São conhecidos atualmente quatro sorotipos antigenicamente distintos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN4, todos pertencentes à família Flaviviridae e ao gênero Flavivirus. A infecção pelo vírus pode ser assintomática ou sintomática, podendo as infecções sintomáticas variar em clássica, hemorrágica e síndrome de choque da dengue. A dengue hemorrágica pode dividir-se em DEN-2 cursando com hemorragias rápidas, geralmente leves, prova do laço positiva, petéquias e plaquetopenia, e DEN-3 que apresenta hemorragias espontânea, gastrointestinal e intracraniana, assim como hematúria. Por ser uma doença febril aguda, a dengue assemelha-se a muitas outras patologias, apresentando sintomas perfeitamente compatíveis com doenças exantemáticas. Dessa forma, o diagnóstico laboratorial é primordial para determinar a doença em questão, sendo o hemograma considerado o principal exame inespecífico para observação de alterações decorrentes da doença. Objetivo Relatar as alterações hematológicas encontradas em pacientes com resultados positivos para diagnóstico de dengue. Casuística e Métodos No período de março de 2010 a março de 2011, 232 amostras para diagnóstico de dengue foram coletadas, após o sexto dia de aparecimento dos sintomas. Todos os pacientes foram submetidos a um processo de triagem no qual sintomas, atendimento clínico anterior e viagens no período foram relatados, conforme protocolo da Vigilância Epidemiológica. Dentre o total de amostras coletadas para o diagnóstico de dengue, no presente estudo, somente aquelas que apresentaram sorologia positiva para dengue e solicitação de hemograma foram consideradas. abaixo de 130.000, e 2 (9,52%) apresentaram linfocitose e atipia linfocitária. Com base nos resultados encontrados observou-se correlação de 57% entre os resultados positivos de dengue e as alterações hematológicas, sendo que, casos com IgM fortemente positiva apresentaram resultados normais no hemograma. Esse dado nos direciona a analisar lâminas em todos os casos de plaquetopenias e leucopenias independente da condição clínica do paciente e/ou da suspeita médica. Resultados e Conclusões Do total de amostras analisadas, 21 apresentavam também solicitação de hemograma, sendo que 20 resultaram em positividade para IgM. Na análise do hemograma dos pacientes com diagnóstico confirmado de dengue, 9 (42,86%) apresentaram leucopenia, 10 (47,62%) mostraram plaquetas abaixo de 150.000, sendo destas 5 Atipia Linfocitária Referência Bibliográfica: 1- Morangoni, D.V., Schechter, M.; Doença Infecciosa - Conduta Diagnóstica e Terapêutica. Guanabara Koogan. 2ª Ed. 1998. Autor Responsável: Ana Cristina Castro Goulart Coautores: Souza, L. L.; Zaccaria, D. R. M.; Miyazawa, M. M. A. www.quaglia.com.br