Os Mutantes

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Os Mutantes
OS MUTANTES
Os Mutantes é uma banda brasileira de rock psicodélico formada durante o
Tropicalismo no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado,
vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais). Também participaram
do grupo Liminha (baixista) e Dinho Leme (bateria).
A banda é considerada um dos principais grupos do rock brasileiro. Além do inovador
uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos, os Mutantes foram os
pioneiros na mescla do rock and roll com elementos musicais e temáticos brasileiros.
Outra característica do grupo era a irreverência. Se antes dos Mutantes, o gênero no
Brasil era basicamente imitativo, a partir do pioneirismo de Arnaldo, Sérgio e Rita,
abriu-se o caminho do hibridismo.
Os Mutantes iniciou suas atividades em 1966, como um trio, quando se apresentaram
em um programa da TV Record, até terminar em 1978 com apenas Sérgio Dias como
integrante original. Ao longo destes doze anos, foram gravados nove álbuns - sendo que
dois deles, O A e o Z e Tecnicolor, foram lançados apenas na década de 1990. Foi nessa
década que foi reconhecida no cenário do rock nacional e internacional a importância
dos Mutantes como um dos grupos mais criativos, dinâmicos, radicais e talentosos da
era psicodélica e da história da música brasileira e mundial.
Em 1964, os irmãos Arnaldo Baptista e Cláudio César Dias Baptista, juntamente com
Raphael Vilardi e Roberto Loyola, fundaram o grupo The Wooden Faces. Um ano
depois, conheceram e convidaram Rita Lee - então no Teenage Singers - a integrar a
banda. Ainda entraria no grupo Sérgio, o caçula na família Baptista. A nova banda
passou a se chamar Six Sided Rockers, depois O Conjunto e O´Seis.
Em 1966, eles gravaram compacto simples pela Continental com as composições
"Suicida" (de Raphael e Roberto) e "Apocalipse" (de Raphael e Rita), que vendeu
menos de duzentas cópias. Ainda naquele ano, Cláudio César, Raphael e Roberto
deixariam o grupo. Arnaldo, Rita e Sérgio mantiveram o grupo, que foi rebatizado com
o nome definitivo de Os Mutantes - por sugestão de Ronnie Von, que, naquela ocasião,
lia O Império dos Mutantes, ficção científica de Stefan Wul. Von, uma das estrelas da
Jovem Guarda, comandava então o programa dominical O Pequeno Mundo de Ronnie
Von, transmitido pela TV Record, e não havia gostado do nome anterior. Em 15 de
outubro de 1966, Os Mutantes estrearam no programa. Impressionaram tanto que o
grupo foi convidado a fazer parte do elenco fixo do programa. Eles também
participaram das gravações do LP Ronnie Von - nº 3.
No início de 1967, mudanças na direção artística do programa reduziram
paulatinamente as apresentações dos Mutantes. Por discordar das novas diretrizes, eles
deixaram a Record, já que também havia a possibilidade de realizar apresentações em
outras emissoras. À convite do maestro Chiquinho de Moraes, da Rede Bandeirantes,
Os Mutantes exibiram-se no programa "Quadrado e Redondo", apresentado por Sérgio
Galvão. Nessa época, conheceram outro maestro, Rogério Duprat, que teria papel
decisivo na história do trio. Apadrinhados por Duprat, Os Mutantes começaram a
participar dos grandes festivais de música popular brasileira, que viviam sua fase áurea.
O maestro sugeriu a Gilberto Gil que convocasse o grupo como banda de apoio para
gravar "Bom Dia", que seria cantada por Nana Caymmi e inscrita no III Festival da
Música Popular Brasileira, da TV Record. Outra gravação de Gil classificada para o
Festival era "Domingo no Parque". Apesar de nenhum de seus integrantes ler cifras e
partituras musicais e conhecer a complexidade harmônica dos arranjos elaborados por
Gil e Duprat, Os Mutantes se saíra muito bem nos ensaios e acabaram participando da
gravação de ambas. "Domingo no Parque" ganhou o segundo lugar e aproximou os
Mutantes do movimento tropicalista.
Em 1968, o trio assinou um contrato com a Polydor, graças a uma indicação do produtor
Manoel Barenbein. Assim, foi lançando Os Mutantes, primeiro disco da banda. Com
arranjos de Duprat e participação especial de Jorge Ben, o LP foi bastante inovador e
experimental, além de muito influenciado pelo trabalho dos Beatles. Algumas das faixas
que se destacaram são "Senhor F…" (que contou com participação da mãe dos irmãos
Baptista, que tocou piano), "Panis et Circenses" (canção composta por Caetano Veloso e
Gilberto Gil especialmente para os Mutantes) e "Trem Fantasma" (parceria entre os
Mutantes e Caetano Veloso, que foi composta na casa do produtor Guilherme Araújo).
Também naquele ano, a banda participou ao lado de vários artistas de Tropicália: ou
Panis et Circencis, disco-manifesto do movimento tropicalista, gravando a faixa-título
do LP. Ainda naquele ano, o grupo participou em duas sequências - filmadas na boate
Ponto de Encontro - de As Amorosas, filme do diretor brasileiro Walter Hugo Khouri,
estrelado por Paulo José, Lilian Lemmertz e Anecy Rocha. Em setembro, ainda
participaram do III Festival Internacional da Canção, da TV Globo, defendendo
"Caminhante Noturno" (de Arnaldo, Sérgio e Rita), que acabou classificada em sétimo
lugar. Mas o episódio mais emblemático daquele festival foi a apresentação de Caetano
acompanhado dos Mutantes como banda de apoio. Na final paulista do FIC, realizada
no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, eles executaram "É Proibido Proibir".
A canção de Caetano foi recebida sob intensas vaias pelo platéia que lotava o auditório.
Mal os Mutantes começaram a tocar a introdução, espectadores enfurecidos atirava
ovos, tomates e pedaços de madeira contra o palco e deram as costas para a
apresentação. Imediatamente, os Mutantes responderam, sem parar de tocar: viraram as
costas para a platéia. Revoltado com a recepção, Caetano fez um longo e inflamado
discurso que quase não se podia ouvir, por causa do barulho dentro do auditório.
No final daquele ano, os Mutantes estiveram no IV Festival da Música Popular
Brasileira, defendendo "Dom Quixote" e "2001", esta última uma parceria de Rita Lee
com Tom Zé.
No ano seguinte, os Mutantes excursionaram pela França, onde tocaram no célebre
Mercado Internacional de Discos e Editores Musicais (Midem), na cidade de Cannes, e
no tradicional Olympia, em Paris. Em fevereiro, foi lançado Mutantes, segundo disco da
banda - e já com a participação do baterista Dinho Leme e do baixista Liminha. Um dos
destaques do LP, a faixa "Caminhante Noturno" teve erradamente a omissão do nome
de Sérgio Dias como co-autor.
Ainda em 1969, os Mutantes realizaram o seu último concerto com Caetano e Gil. Foi
durante a conturbada temporada na carioca boate Sucata, no qual ocorreu o famoso
incidente da bandeira nacional, que, supostamente, fora desrespeitada, no entender dos
militares que governavam o Brasil naquela época. Durante o espetáculo, foi pendurada
no cenário do espetáculo uma bandeira, obra do artista plástico Hélio Oiticica, com a
inscrição "Seja Marginal, Seja Herói", com a imagem de um traficante famoso naquela
época, o Cara-de-Cavalo, que havia sido assassinado violentamente pela polícia. Os
militares alegaram ainda que Caetano teria cantado o Hino Nacional inserindo versos
ofensivos às Forças Armadas. Isto tudo serviria de pretexto político para que os
militares suspendessem a apresentação, prendessem Caetano e Gil e, posteriormente,
soltos e exilados no Reino Unido. O episódio é considerado como o fim do movimento
vanguardista.
Ainda naquela ano, estreou o espetáculo Planeta dos Mutantes, misturando música,
cenas bizarras e psicodelia. No final daquele ano, o grupo defendeu a canção "Ando
Meio Desligado" IV Festival Internacional da Canção.
Em março de 1970, foi lançado A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado,
considerado um marco na carreira do grupo, que tenta se distanciar do tropicalismo e
abraçar de vez o rock. O maior destaque do LP foi a canção-título "Ando Meio
Desligado" (de Arnaldo, Sérgio e Rita). Outro destaque fica por conta da regravação de
"Chão de Estrelas" (de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa), que foi muito criticada pelos
críticos e puristas daquela época. No final daquele ano e com o baixista Liminha
integrado ao trio Arnaldo-Sérgio-Rita, os Mutantes retornam à França para realizar
algumas apresentações. À convite do produtor Carl Holmes, aproveitaram para gravar
algumas canções no estúdio Des Dames, com a intenção era lançar um álbum
principalmente em inglês para atrair público internacional. Mas a Polydor desistiria do
projeto mesmo com um álbum inteiro já gravado. Somente em 1999, o disco seria
lançado, chamado Tecnicolor.
No início de 1971, a banda foi contratada pela Rede Globo para serem uma das atrações
fixas do programa Som Livre Exportação. Inicialmente, o grupo gostou, mas depois se
desinteressou pelo projeto. Ainda naquele ano, foi lançado Jardim Elétrico, álbum no
qual foram utilizados alguns instrumentos fabricados por Cláudio Baptista, irmão mais
velho de Arnaldo e Sérgio. Quatro faixas gravadas em Paris foram aproveitadas para o
disco. Em 30 de dezembro de 1971, Rita e Arnaldo se casaram. Ela disse anos depois
que o casamento foi apenas para ganhar independência dos pais e que os irmãos
disputaram no palitinho quem assinaria a certidão. Na volta da lua-de-mel, o casal
rasgaria a certidão de casamento no programa de televisão da apresentadora Hebe
Camargo.
Em março de 1972, foi lançado Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets. O título
do disco é uma homenagem a Tim Maia, que era amigo dos Mutantes, e que chamava
"baurets" os cigarros de maconha que costumava fumar. O LP mostrou a transição da
banda em direção ao rock progressivo, com influências dos grupos Emerson, Lake &
Palmer e Yes. A faixa "Cabeludo Patriota" sofreu com a censura e teve de mudar de
nome e foram sobrepostos ruídos para esconder a frase "o meu cabelo é verde e
amarelo". "Balada do Louco" (Arnaldo e Rita) foi o grande sucesso do álbum e um dos
maiores da carreira do grupo. Outras canções foram bem executadas na mídia, como
"Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde que Eu Tenha o Rock and Roll" (de
Arnaldo, Rita e Liminha), "Vida de Cachorro" (de Arnaldo, Sérgio e Rita), "Cantor de
Mambo" (de Élcio Decário, Arnaldo e Rita), "Todo Mundo Pastou" (de Ismar S.
Andrade "Bororó"), "Rua Augusta" (Hervé Cordovil).
Foi também o último LP com a participação de Rita Lee. Alegou-se na época que sua
saída ocorreu devido a diferenças musicais com os irmãos Baptista, mas na realidade
esteve mais relacionada com ao fim do seu casamento com Arnaldo, em uma época em
que os integrantes do grupo viviam em uma comunidade alternativa na Serra da
Cantareira, na zona norte da cidade de São Paulo, onde drogas e trocas de parceiros
sexuais eram uma constante. Isso acabou por abalar o relacionamento de Arnaldo e Rita.
Ainda em 1972, foi descoberto que havia sido instalado em São Paulo o primeiro
estúdio de dezesseis canais do país. Os Mutantes tentaram convencer a Polydor a lançar
mais um álbum da banda naquele ano, mas a gravadora, interessada em lançar a carreira
solo de Rita Lee, determinou que apenas ela assinasse o disco, alegando que não ficaria
bem para a banda lançar dois LP em um mesmo ano. Por isso. o LP Hoje É o Primeiro
Dia Do Resto Da Sua Vida ficou creditado apenas a Rita Lee, embora os Mutantes
como um todo tenham participado ativamente do álbum tanto na composição quanto na
gravação.
Já sem Rita Lee, em 1973 os Mutantes estrearam o espetáculo, "2000 Watts de Som" e
gravaram O A e o Z, LP que marcou de vez a adesão do grupo ao rock progressivo.
Todas as suas faixas foram compostas e executadas sob o efeito de ácido lisérgico
(LSD), o que desagradou a Polydor, que não aprovou o trabalho, o considerou sem valor
comercial e decidiu não lançá-lo. Além de não comercializar o disco, a gravadora
decidiu demitir a banda. O álbum seria lançado somente em 1992, pela PolyGram.
Os Mutantes continuam ativos, porém Arnaldo, debilitado pelo uso contínuo de drogas
(em especial o LSD) e em depressão com o final de seu casamento, apresenta
comportamentos patológicos, colecionando sacos cheios de lixo, a se comunicar numa
espécie de idioma inventado por ele e a fazer planos de construir uma nave espacial.
Arnaldo deixa a banda, seguido pelo baterista Dinho. Em 1974, depois de uma briga
com os demais integrantes, o baixista Liminha é o próximo a abandonar o grupo.
Sérgio Dias decidiu manter a banda, mas teve de reformular toda a sua estrutura. No
lugar de Arnaldo, Dinho e Liminha entraram respectivamente Túlio Mourão, Rui Motta
e Antônio Pedro Medeiros. A nova formação conseguiu um contrato com a Som Livre
em 1974, que lançou Tudo Foi Feito Pelo Sol no ano seguinte.
Mesmo após o lançamento do LP, as discussões não cessaram. Em 1976, Sérgio demitiu
Túlio e Antônio, substituídos por Luciano Alves e Paul de Castro. Arnaldo recusou
todos os pedidos do irmão Sérgio para que voltassem a tocar juntos. Em 1977, a
gravadora lançou Mutantes Ao Vivo, gravado no MAM do Rio de Janeiro. O álbum não
agradou os fãs e a crítica.
Em 1978, Arnaldo se reuniu com a banda como convidado especial em uma única
apresentação, mas não aceitou o convite de Sérgio para voltar aos Mutantes'. Com mais
alguns desentendimentos, Sérgio decidiu terminar com o grupo. O fim não poderia ser
mais melancólico: aproximadamente duzentas pessoas comparecem ao último concerto
do grupo, em 6 de junho em Ribeirão Preto.
Os Mutantes voltariam a ser notícia em 1992, quando os principais jornais brasileiros
divulgaram que o grupo iria retornar em sua formação clássica. O que aconteceu na
verdade foi um convite de Almir Chediak para que o grupo se reunisse em uma
gravação. Sérgio tocou em alguns discos solo de Rita nas décadas de 1970 e 1980 e se
apresentou em alguns concertos dela em 1992. Nesses espetáculos, a plateia gritava o
nome de Arnaldo. Ainda naquele ano, Sérgio Dias convenceu Mayrton Bahia, diretor
artístico da PolyGram, a lançar O A e o Z, gravado em 1973. A gravadora atendeu o
pedido do ex-Mutante. Em 1996, o selo Natasha Records lançou um disco-tributo ao
Mutantes, no qual os vários sucessos do grupo foram interpretados por artistas do
cenário pop nacional, como Arnaldo Antunes, Kid Abelha, Lulu Santos, Pato Fu e
Planet Hemp.
No ano 1999 a gravadora Universal, dona do catálogo da extinta Polydor, finalmente
resolveu lançar Tecnicolor, o álbum gravado pela banda durante sua passagem pela
França em 1970. A ilustração e a caligrafia do álbum, na versão editada no ano de 1999,
são da autoria de Sean Lennon. Na época, em 1970, a PolyGran inglesa convidou o
grupo a morar em Londres e pediu para que eles gravassem um álbum com canções em
língua inglesa. Apenas Arnaldo Baptista sabia desse convite e só contou aos outros
integrantes após regressaram ao Brasil.
Em fevereiro de 2005 a revista britânica Mojo incluiu o álbum Os Mutantes em sua lista
de "50 Most Out There Albums of All Time" (algo como os "50 Discos Mais
Experimentais de Todos os Tempos"). Eles obtiveram a 12ª posição na lista, à frente de
nomes como Beatles, Pink Floyd e Frank Zappa. Ainda em 2005, a também britânica Q
Magazine igualmente colocou o álbum em 12º lugar, em sua lista dos "40 greatest
psychedelic albums of all time" ("Os 40 maiores discos psicodélicos de todos os
tempos).
Em 2006, os Mutantes foram homenageados na mostra Tropicália - A Rrevolution in
Brazilian Culture, no Barbican Hall, em Londres, o principal centro cultural da Europa.
Alegando compromissos agendados na mesma data do convite, Rita Lee não aceitou o
convite. Liminha também declinou. Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Dinho Leme (que
não tocava profissionalmente há cerca de trinta anos) aceitaram. Ao grupo original,
juntou-se a cantora Zélia Duncan no lugar de Rita Lee e músicos da banda de Sérgio.
Todos os ingressos para o concerto foram vendidos antecipadamente, teve como banda
de abertura o grupo pernambucano Nação Zumbi e do músico texano Devendra
Banhart, fã incondicional dos Mutantes. A primeira apresentação dos novos Mutantes se
realizou com grande êxito no dia 22 de maio em Londres e foi gravada para futuro
lançamento em CD e DVD, pela gravadora Sony BMG. Depois do concerto em
Londres, os Mutantes seguiram para temporada nos Estados Unidos. Eles se
apresentaram no Webster Hall, em Nova York, no Hollywood Bowl, em Los Angeles,
no The Fillmore, em San Francisco, no Moore Theatre, em Seattle e Cervantes
Masterpiece Ballroom, em Denver - além de participarem do Pitchfork Music Festival,
em Chicago. Ainda naquele ano, a gravadora Universal remasterizou todos os disco da
banda dos anos de 1968 a 1972, fazendo uso das fitas originais.
Em 25 de janeiro de 2007, o grupo faz sua primeira apresentação no Brasil em quase
trinta anos. O concerto fez parte dos festejos do 453º aniversário da cidade de São Paulo
e levou cinquenta mil pessoas ao Museu do Ipiranga. Em seguida, o grupo realizou uma
turnê pelo Brasil. Em setembro daquele ano, Zélia Duncan e Arnaldo Baptista
anunciaram a saída dos Mutantes. Zélia alegou que queria se dedicar mais a sua carreira
solo. Arnaldo queria se dedicar aos seus projetos pessoais, que incluem escrever uma
autobiografia, lançar um livro de ficção (Rebelde Entre os Rebeldes) e dois álbuns da
Patrulha do Espaço, e promover uma exposição com suas pinturas e esculturas.
Sérgio Dias e Dinho Leme mantiveram a banda, que lançou em 25 de abril "Mutantes
Depois", a primeira canção inédita dos Mutantes em mais de três décadas. O compacto
pode ser baixado gratuitamente na Internet. Curiosamente, a canção está presente na
trilha sonora da novela Os Mutantes - Caminhos do Coração. (WIKIPÉDIA)