Professor e Cultura: bons temas para reflexão

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Professor e Cultura: bons temas para reflexão
Folha Sertaneja - Paulo Afonso - BA
21/11/2013 - 00:06
Professor e Cultura: bons temas para reflexão
Outubro - mês do professor.... Novembro - mês da cultura...
Antonio Galdino
ilustrativa
O Professor, no início e no final do ano
letivo
O mês de outubro e o início do mês de novembro foram
grávidos de eventos que levam para uma reflexão sobre a
cultura de uma região, de uma nação. São aniversários de
poetas, datas especiais, todas com o foco na cultura, o
que nos faz pensar.
No dia 15 as escolas fecharam, organizaram-se festas
com direito a sorteio de brindes, para se comemorar o Dia
do Professor. O governo federal até exibiu, durante vários
dias, um vídeo mostrando que o professor é o formador de
profissionais em todas as outras atividades.
Na edição do jornal Folha Sertaneja do mês de outubro
dediquei o espaço do Editorial a dois temas que se
interligam e não têm, da maioria dos governos, desde a instância maior, a valorização, o
reconhecimento, que deveriam ter. Recebi então, em minha página do Facebook - Antonio Silva
Galdino - esta ilustração muito oportuna sobre o tema e que mostra o desgaste do professor no
final do ano letivo.
É que os amados mestres, em todo o Brasil, para sobreviver com o mínimo de dignidade, tem
que dar aulas em vários colégios, enfrentar a falta de condições de trabalho e de
reconhecimento e ainda conviver, diariamente, sob ameaças à sua própria vida. Para melhorar
o salário e as condições de trabalho é obrigado a fazer greves, apanhar da polícia e levar jatos
de spray de pimenta na cara.
Essa condição de pouco valor que se dá a essa nobilíssima atividade tem afastado muitos das
salas de aula e o presidente da Comissão de Educação do Senado Federal denunciou que no
último ano, 2112, o Brasil aumentou em 300 mil o número de analfabetos... Que coisa triste...
O Dia do Professor é comemorado nesta data "em virtude de D. Pedro I, no ano de 1827, ter
decretado que toda vila, cidade ou lugarejo do Brasil, criasse as primeiras escolas primárias do
país, que foram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”, através do decreto federal
52.682/63.
Outras datas marcantes nesse período:
Dia 19 de outubro Vinícius de Morais comemoraria 100 anos. Dez dias depois, em 29 de
outubro, celebra-se o Dia Nacional do Livro criado porque “foi nesse dia, em 1810, que a Real
Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando então foi fundada a Biblioteca
Nacional e esta data escolhida para o Dia Nacional do Livro". O Brasil passou a editar livros a
partir de 1808 quando D.João VI fundou a Imprensa Régia e o primeiro livro editado foi
"MARÍLIA DE DIRCEU", de Tomás Antônio Gonzaga”.
Devia ser um incentivo à leitura cujo acesso, pelo preço dos livros, é tão difícil. E olhe que
Monteiro Lobato já dizia que “um país se faz com homens e livros” e Castro Alves reforça no
poema O livro e a América: “
“Oh! Bendito o que semeia
Livros… livros à mão cheia…
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar. “
(Castro Alves, “O Livro e a América”)
Ainda em outubro, dia 31, comemorou-se os 101 anos de nascimento de Carlos Drumond de
Andrade, mineiro de Itabira, onde nasceu em 31/10/1902.
No dia 1º de novembro completou 90 anos da publicação do Romance do Pavão Misterioso,
obra marcante na literatura de cordel no Brasil de autoria do paraibano José de Camelo de
Melo Resende.
Nesse mesmo dia os escritores Antônio Galdino da Silva e João de Sousa Lima lançaram os
livros ANGIQUINHO – 100 anos de História, dos dois autores e a 2ª edição de LAMPIÃO em
Paulo Afonso, mais um passo na busca do resgate da história e da memória de Paulo Afonso e
região. Os dois livros foram custeados pelos próprios autores.
Dia 5 de novembro, coroando esse ciclo de eventos, é o Dia Nacional da Cultura, para lembrar
o aniversário de nascimento do jurista, político, escritor e diplomata Rui Barbosa (1849-1923).
Assim como esse período está cheio de oportunidades de celebração, pouquíssimas ações têm
acontecido para a cultura de um povo seja preservada, exaltada, valorizada. Ao contrário, se
algum orçamento estiver previsto para ações nesta área e houver necessidade, o primeiro corte
é ali, nas atividades da cultura, considerada sempre inútil, desnecessária, onerosa para os que
pensam pequeno.
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