PROJETO - Colégio Metodista em São Bernardo do Campo

Transcrição

PROJETO - Colégio Metodista em São Bernardo do Campo
PROJETO
MEMÓRIA LOCAL
3ºs anos
Profªs Eliana Zoccoler Lamano e
Priscila Gabanella Gomes
Objetivos
Nosso projeto tem como objetivo principal
levar os alunos a construírem conhecimentos
sobre o tempo histórico através do resgate das
fontes históricas orais, através de depoimentos
e entrevistas com funcionários antigos, exalunos do Colégio Metodista e moradores
antigos do bairro Rudge Ramos, propiciando
confronto de documentos que possam contribuir
para reflexão sobre a nossa realidade atual.
Etapa1: Apresentação do tema
• Leitura do livro paradidático :
“Guilherme Augusto Araújo
Fernandes”, de Mem Fox, 1995.
A partir das explicações dos alunos e das discussões sobre o
tema, apresentamos o livro “Guilherme Augusto Araújo Fernandes”,
de Mem Fox, 1995, que trata da história de uma criança que ajuda
uma senhora a resgatar suas memórias. A leitura possibilitou às
crianças entenderem o significado de memória, além estabelecer
relações entre a história lida e a proposta do projeto, o que
estimulou um diálogo sobre o que gostariam de conhecer sobre o
bairro.
Etapa 2: Volta ao quarteirão
Nossa próxima atividade foi a “Volta ao
Quarteirão”. Nesse trajeto, os alunos
identificaram características marcantes do
quarteirão da escola. A paisagem do
bairro foi um assunto muito discutido
durante o trajeto, pois eles se
questionavam se sempre fora dessa
forma.
VOLTA AO QUARTEIRÃO DO
NOSSO COLÉGIO
Etapa 3- Entrevistas
CONHECENDO A HISTÓRIA DO
NOSSO COLÉGIO
ENTREVISTAS COM
FUNCIONÁRIOS E ALUNOS
ANTIGOS
A próxima etapa do projeto foi desenvolver
com alunos roteiros de entrevistas a serem
realizadas com pessoas que pudessem
compartilhar suas memórias sobre o quarteirão
e bairro da nossa escola.
O momento de entrevistas proporcionou ao
grupo uma relação de diálogo, troca e
construção de conhecimento. Eles perceberam
a importância do ouvir e respeitar o outro e o
quanto é proveitoso estreitar os laços com a
comunidade (escolar e social) e compartilhar
com eles a nossa vontade e busca pelo
conhecimento que vai muito além das atividades
tradicionais.
KELLY – COORDENADORA
PEDAGÓGICA
Antigamente tudo era bem
diferente...
Em sua entrevista a Kelly falou do antigo
Colégio e do seu sonho de estudar na
Metodista. Mas ela conseguiu algo bem melhor,
ela conseguiu trabalhar no colégio, foi
professora e hoje é coordenadora pedagógica.
“Não tinha informática, não tinha sala de
multimídia. As atividades dos alunos eram
rodadas num aparelho chamado mimeógrafo.
As salas de aula eram bem diferentes e o
bosque era mais arborizado e era muito bonito”.
AMÉLIA – ASSISTENTE DE
COORDENAÇÃO
Nosso colégio nem sempre foi
aqui ...
Na entrevista, Amélia disse que
antigamente as aulas eram no edifício
Lambda, na Universidade Metodista.
“ Eu trabalho no colégio há 25 anos. No
Lambda, as salas eram menores, as
carteiras eram azuis e as lousas eram
verdes. O bairro Rudge Ramos era mais
limpo e só tinha uma padaria. O bairro era
constituído principalmente por casas”.
MARIA EMÍLIA – PROFESSORA
ED. FÍSICA
As coisas melhoraram muito ...
Quando a professora Maria Emília veio
à nossa entrevista, ela relatou que uma
das coisas que melhorou foi a questão da
infra-estrutura.
“Antigamente as aulas eram dadas na
quadra da Universidade. Quando chovia,
as aulas aconteciam na sala, pois a
quadra era descoberta. Hoje, temos uma
quadra maravilhosa, com materiais
suficientes à todos”.
MURILO – EX-ALUNO
“O Colégio não tinha biblioteca, apenas
uma sala de leitura. A biblioteca pertencia a
Universidade”.
Ele nos contou que o recreio acontecia
na rampa atrás do edifício Lambda e no
bosque:
“Era lá que as crianças brincavam de
apostar corrida e sempre alguém saía
machucado. Algumas crianças compravam
cachorro-quente no Enéias pela cerca. O
Enéias continua vendendo cachorro-quente
no mesmo lugar”.
ETAPA 4 -POESIAS
RETRATANDO OS PROBLEMAS
DO QUARTEIRÃO
Etapa 5 - HISTÓRIA DO
BAIRRO
ENTREVISTAS COM
MORADORES ANTIGOS
As memórias trazidas pelos moradores antigos foram articuladas com
as memórias dos próprios alunos e suas vivências do presente. O respeito
ao outro, ao idoso foi algo que eles demonstraram a todo o momento,
respeitando suas experiências.
Antes da entrevista com o morador antigo do bairro, realizamos a
leitura do livro “Lembra de mim”, de Margareth Wild e Dee Huxly (2009),
que trata do relacionamento de Elena com sua avó e do respeito ao idoso.
Outro fator relevante no projeto foi o registro. De acordo com o PCN:
O questionamento sobre o uso exclusivo de fontes escritas levou a
investigação histórica a considerar a importância da utilização de outras
fontes documentais, aperfeiçoando métodos de leitura de forma a abranger
as várias formas de registros produzidos. A comunicação entre os homens,
além de escrita, é oral, gestual, figurada, musical e rítmica. (1996, p.26)
Sra. Odette
A senhora Odette nos contou muitas
histórias sobre o bairro Rudge Ramos de
antigamente. Ela nos contou que teve
quatro filhos, dois deles especiais. A sra
Odette tentou colocar seus filhos
especiais na escola, mas não conseguiu.
A Sra Odette foi falar com o prefeito e ele
fez a proposta: se ela encontrasse quinze
crianças especiais ele abriria uma escola
para crianças especiais e ela encontrou
mais de cem. A escola foi aberta.
“ O bairro daquela época tinha muitos pés
de eucalipto”.
“Nossa diversão era o cinema e a
quermesse da Igreja”.
“A rua Alfeu Tavares tem esse nome
porque era o nome do único comerciante
do bairro”.
Sra. Archideia
A D. Archideia nos falou que tem 79
anos e que tem 7 filhos. Veio morar aqui
com 4 anos. Relata que houve muitas
mudanças, como a rede de esgoto,
energia elétrica, transportes.
O bairro antigamente, não era tão bom
como é hoje. Atualmente há uma
variedade de lojas e comércios.
Porém, a poluição aumentou, pois
houve também um aumento na
quantidade de fábricas e carros.
“ Os transportes eram poucos. Apenas
charrete, pouquíssimos ônibus e um táxi”.
“Sabíamos das notícias pelo rádio que
tinha na casa da mamãe. Todos vinham à
nossa casa para se atualizar”.
“Essa rua (Alfeu Tavares) era muito
arborizada. Havia poucas casas e muito
mato. As crianças brincavam muito nas
ruas”.
Etapa 6 - OBSERVANDO
PERMANÊNCIAS E
MUDANÇAS NO BAIRRO
ENTREVISTAS COM
MORADORES RECENTES DO BAIRRO
Nessa etapa do projeto, o entrevistado relatou
aspectos importantes positivos e negativos do
nosso bairro. As crianças tiveram a
oportunidade de compartilhar com esse
entrevistado tudo o que aprenderam sobre as
mudanças e permanências do local de estudo.
Profª Mônica
A profª Mônica falou das
vantagens e desvantagens
de morar no bairro Rudge
Ramos.
VANTAGENS
“Boas escolas, variedade de comércio,
restaurantes”.
“Parece um bairro de interior”.
DESVANTAGENS
“ Poluição, alagamentos, trânsito e
acidentes”.
Sr. Daniel Wesley
VANTAGEM
“Gosto de morar nesse bairro pois é muito
tranquilo e há muitos comércios.
DESVANTAGENS
“ Há muitas calçadas quebradas e
esburacadas. Há muito lixo nas ruas”.
Sra. Shyrlene
VANTAGEM
“Rudge Ramos é um bairro que oferece
muitos serviços e gosto dos parques e
praças”.
DESVANTAGENS
“ Há muita poluição devido a grande
quantidade de carros e fábricas”.
Etapa 7 - Citytour
As imagens a seguir referem-se ao
Citytour pela cidade de São Bernardo
ressaltando alguns pontos importantes da
nossa cidade.
As crianças relataram cada um dos
pontos turísticos visitados.
CITYTOUR SÃO BERNARDO DO
CAMPO
“Conhecemos o Ginásio Poliesportivo,
entramos no vestiário, conhecemos as
cabines de transmissão. Lá as pessoas
da melhor idade fazem exercícios”.
“Fomos ao Estádio 1º de Maio e
descobrimos que muito tempo atrás os
trabalhadores faziam grandes reuniões ali e quem
comandava as reuniões era o Luiz Inácio da Silva,
o Lula que virou presidente do Brasil”.
“Vimos as lojas de móveis na Jurubatuba.
Passamos pela rota dos restaurantes e
indústrias automobilísticas”.
“Paramos
na Represa Billings e aprendemos
que ela serve para gerar energia, abastecer parte
do ABC e para lazer. Ela está poluída”.
“No
retorno paramos no Parque Salvador
Arena. O parque é grande e limpo. Brincamos
um pouco lá”.
Descrevendo a substância social da memória – a
matéria lembrada – você nos mostra que o modo de
lembrar é individual quanto social: o grupo transmite,
retém e reforça as lembranças, mas o recordador, ao
trabalhá-las, vai paulatinamente individualizando a
memória comunitária e, no que lembra e no como
lembra, faz com que fique o que signifique. (Ecléa Bosi:
2003, p. 31)

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