Sistema Saneamento

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Sistema Saneamento
SISTEMASANEAMENTO
QUALIDADE PARA CONSTRUÇÃO
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HUMIDADE:
causas e danos
A humidade e, portanto, a presença de água no interior das
paredes determinam progressivamente e inevitavelmente o
degrado das próprias construções, dos rebocos, dos revestimentos
e das tintas. As causas principais da humidade na alvenaria são de
atribuir geralmente a uma errada elaboração do projecto e
construção ou então a uma fraca manutenção. O aspecto externo
mais evidente da acção agressiva da água e dos sais nela contidos
é aquele das eflorescências esbranquiçadas que aparecem nos
muros com a presença da humidade; não sendo visíveis
externamente, outros sintomas bem graves da deterioração
provocada pela água, são as sub-eflorescências que se formam
entre as diversas camadas dos materiais que compõem a
estrutura da parede, gerando danos que podem levar à fissuração
e à separação dos rebocos, dos revestimentos e das tintas. Além
disso, alguns sais contidos na água, como os sulfatos, também
danificam a própria alvenaria. Portanto, com o passar do tempo,
a humidade pode danificar gravemente o edifício mesmo a nível
estrutural, sobretudo nas construções tradicionais em tijolo,
comprometendo a sua estabilidade.
Diversos tipos
de humidade
A humidade pode-se manifestar sob várias formas em relação às
diferentes causas que estão na origem do fenómeno e que
podem ser classificadas nas seguintes categorias:
Humidade da construção
Manifesta-se com marcas de bolor/podridão e eflorescências salinas,
sobretudo nos cantos das paredes interiores, e é devida à presença de
água nos materiais de construção. Geralmente aparece nos edifícios
novos e habitualmente tende a desaparecer com o tempo, mas nas
construções com paredes maciças ou em lugares húmidos e pouco
soalheiros, pode durar por muito tempo e provocar danos graves.
Humidade acidental
É gerada por perdas e infiltrações. Mais frequente nos edifícios
velhos, pode-se verificar também nas construções novas,
evidenciando imperfeições na realização das instalações e na
aplicação dos rebocos e dos produtos de revestimento.
Humidade meteórica
É devida à precipitação atmosférica e ao nevoeiro; as superfícies
externas dos edifícios molham-se e a água, em função da
intensidade e da duração dos fenómenos meteóricos, penetra mais
ou menos no interior da alvenaria, também em função das
características dos produtos de revestimento.
Humidade de condensação
É determinada pelos fenómenos de condensação superficiais e
intersticiais relacionados respectivamente com a presença de
superfícies “frias” e com a difusão do vapor através da parede. É
frequentemente problemática a sua eliminação, porque está
ligada com a conformação do edifício, com a sua posição respeito
à irradiação solar e às modalidades técnicas com as quais foi
construído. Os primeiros três tipos de humidade (a da construção,
a acidental e a meteórica) geralmente podem ser resolvidos com
adequadas intervenções de manutenção. A humidade da
condensação, contrariamente, exige uma melhor ventilação dos
locais, com consequente desaparecimento dos bolores e
eventualmente, um melhor isolamento das paredes (intervenções
na elaboração do projecto e/ou na construção).
Humidade de subida por capilaridade
É uma das causas mais frequentes do degrado das estruturas de
alvenaria e, entre os vários tipos de humidade, é aquela que exige as
técnicas de saneamento mais complexas e custosas.
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Humidade meteórica
Humidade de condensação
Humidade de subida
por capilaridade
Humidade acidental
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HUMIDADE ASCENDENTE
O fenómeno
Na presença de terrenos húmidos, canteiros, espaços verdes,
jardins irrigados ou nas proximidades de águas subterrâneas, a
água infiltra-se na construção e ascende a uma altura e velocidade
variáveis com base nos materiais utilizados na construção. A
elevada porosidade que caracteriza as argamassas, rebocos, blocos,
tijolos e suportes de cimento em geral, e a tensão superficial da
água, facilitam a ascensão até uma altura que vai desde 80 até 100
centímetros ou mais no caso em que a construção apresenta uma
elevada concentração de sais ou então se os rebocos de cimento
e/ou revestimentos, pedra ou azulejos dificultam a evaporação.
O fenómeno é raro em estruturas realizadas recentemente, mas é
bastante frequente nos edifícios mais velhos, construídos sem
sistemas de impermeabilização. Este tipo de humidade, além disso,
é particularmente danoso pela presença de sais solúveis – sulfatos,
cloretos ou nitratos – que provêm do terreno e da água ou estão
presentes na própria construção, derivando das matérias-primas
com a qual a estrutura foi realizada.
Os danos provocados
Quando a água ao ascender, atinge a superfície externa das
construções, evapora depositando os sais no reboco. Por isso, a
humidade ascendente é facilmente relevável pela presença de
uma mancha húmida muito evidente e pelas eflorescências
esbranquiçadas que originam depósitos de substâncias cristalinas,
poeirentas ou filamentosas. A humidade ascendente, além disso,
leva a um possível degrado físico, químico e biológico das paredes,
além da perda de isolamento térmico.
• Degradação física: ao congelar, a água contida nos poros
da alvenaria aumenta de volume, exercitando tensões
mecânicas nas paredes e provocando fendas e fissuras.
• Degradação química: ascendendo na alvenaria, a água
transporta consigo os sais solúveis presentes nos materiais e no
terreno; sulfatos, cloretos e nitratos – mas também gases ácidos
como dióxido de carbono ou sulfuroso e gases poluentes
presentes na atmosfera – deterioram os ligantes e comprometem
a consistência das paredes por causa da formação de compostos
expansivos, como etrangite e taumasite; além disso os sais, ao
cristalizar, enchem os poros da argamassa, criando tensões que
determinam fissuras e destaques.
• Degradação biológica: a humidade favorece o
desenvolvimento de microrganismos, bolor, fungos e musgo,
que podem provocar alergias às pessoas dentro do edifício ou
em todo o caso reduzir o conforto habitacional.
• Diminuição do isolamento térmico: a presença de
humidade pode diminuir em 50% a capacidade de isolamento
das paredes, determinando um maior consumo energético no
aquecimento, com a consequente redução do conforto habitacional.
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As soluções
As técnicas de saneamento, com base no respectivo princípio de
acção, podem-se classificar em:
• Sistemas de afastamento da água da parede: dizem
respeito só às paredes perimetrais e agem reduzindo ao
mínimo a superfície de contacto entre a alvenaria e o terreno,
através da realização de drenagens, caixas-de-ar, etc.
• Sistemas de bloqueio: de natureza mecânica ou química,
bloqueiam a ascendência capilar da parede; o bloqueio
mecânico consiste em realizar um corte horizontal para lhe
inserir uma barreira impermeável; o químico, pelo contrário,
consiste em injectar na parede substâncias químicas líquidas,
que actuam fechando os poros e os capilares ou então
reduzindo o poder de absorção.
• Electrosmose: consiste em inverter o fluxo de ascensão da
água trocando as polaridades do terreno e da alvenaria
através da aplicação de eléctrodos de baixa tensão.
• Rebocos macroporosos.
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REBOCOS MACROPOROSOS
A desumidificação da alvenaria fora da terra através da aplicação
dos rebocos macroporosos – como no Sistema Saneamento
FASSA – acontece sem bloquear o processo de subida da água e
dos sais através da alvenaria, mas aumentando a velocidade da
evaporação da água do reboco para fora e favorecendo a
cristalização dos sais nos macroporos do reboco. .
capilares
A água, rica de substâncias salinas, tende a ascender por
capilaridade na alvenaria e sucessivamente, evaporando, deposita
os sais nos poros do reboco (figura A).
Os sais, cristalizando no interno dos microporos de um normal
reboco de cimento, aumentam de volume exercendo nas paredes
internas dos poros uma pressão que leva à ruptura e à
desagregação do reboco (figura B). Além disso, os sulfatos
podem interagir com o ligante à base de cimento do reboco
formando compostos expansivos como o etrangite e a taumasite.
O reboco macroporoso de saneamento – ou seja o reboco com
capilares e poros de dimensões bastante maiores respeito a um
produto tradicional – favorece pelo contrário a evaporação da
água, permitindo o crescimento dos cristais no interior dos
macroporos sem que se provoquem tensões estruturais
(figura C).
evaporação
H2O + sais
poro
superficie
exterior
reboco
Figura A
microporo
ruptura pelo
aumento de
volume dos
cristais de
sal
sal
Figura B
macroporo
sal
evaporação
nenhuma
ruptura
Figura C
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SISTEMA SANEAMENTO FASSA BORTOLO
O Sistema de Saneamento Fassa prevê uma primeira fase de
“APLICAÇÃO DO REBOCO” com a aplicação de um emboço, S 641
ou S 650, e sucessivamente de um estrato de reboco de
saneamento macroporoso S 627, S 612 ou S 639.
Sucessivamente é possível escolher entre duas opções:
- a primeira prevê o uso de um reboco de acabamento, S 605, ou
então de uma massa de acabamento lisa, LC 7, decoradas com a
aplicação de uma tinta: PT 213, transpirante para interiores; PC
144, à base de cal; PS 403, hidrossilicónica;
- a segunda prevê o uso de um revestimento decorativo de
espessura: RB 101 extra branco; I 133, à base de cal; FASSIL R
336, à base de silicatos; RSR 421, hidrossilicónico.
FASE 1 - APLICAÇÃO DO REBOCO
S 641
S 650
Chapisco para o saneamento da alvenaria
húmida para interiores e exteriores
Argamassa seca à base de ligante hidráulico
com efeito pozolânico resistente aos sulfatos,
areias classificadas e aditivos específicos para
melhorar a trabalhabilidade e a aderência.
Bio-chapisco branco para o saneamento
de alvenaria húmida para interiores e
exteriores
Argamassa seca branca à base de cal
natural, ligante hidráulico resistente aos
sulfatos e areias calcárias classificadas.
Espessura minima
Granulometria
Resistência à flesxão aos 28 dias
Resistência à compressão aos 28 dias
Factor de resistência à difusão
do vapor (EN 1015-19)
Coeficiente de absorção da água
por capilaridade (EN 1015-18)
Coeficiente de condutibilidade térmica
(EN 1745)
Resistência aos sulfatos
Conforme a norma EN 998-1
Espessura minima
Granulometria
Resistência à flesxão aos 28 dias
Resistência à compressão aos 28 dias
Factor de resistência à difusão
do vapor (EN 1015-19)
Coeficiente de absorção da água
por capilaridade (EN 1015-18)
Coeficiente de condutibilidade térmica
(EN 1745)
Índice de radioactividade (UNI 10797/1999)
Resistência aos sulfatos
4-5 mm numa só camada
< 3 mm
4 N/mm2 aprox.
11 N/mm2 (CSIV : >6 N/mm2) aprox.
µ 15
(valor medido)
W1
c 0.40 kg/m2.min0,5
= 0.83 W/m.°K
(valor impresso)
provetes integros após 1 mês de
imersão num ambiente de sulfato
GP-CSIV-W1
Conforme a norma EN 998-1
Certificado de Conformidade ANAB-ICEA
S 627
S 612
S 639
Reboco para aplicação à
mão e à máquina para o
saneamento de construções
húmidas para interiores e
exteriores
Argamassa seca à base de
ligante hidráulico com efeito
pozolânico resistente aos
sulfatos, areias classificadas,
hidrófugo e aditivos específicos
para lhe melhorar a vida útil, a
aderência e a transpirabilidade.
Reboco para aplicação à
mão, para o saneamento de
construções húmidas para
interiores e exteriores
Argamassa seca à base de
ligante hidráulico com efeito
pozolânico resistente aos
sulfatos, areias classificadas,
hidrófugo e aditivos específicos
para melhorar a vida útil, a
aderência e a transpirabilidade.
Bio-reboco branco para a
aplicação manual e à máquina
para o saneamento de
construções húmidas para
interiores e exteriores com efeito
de mármore
Argamassa seca branca à base
de cal natural, ligante hidráulico
resistente aos sulfatos, pó de
mármore, areias classificadas,
hidrófugo e aditivos específicos
para melhorar a vida útil, a
aderência e a transpirabilidade.
Espessura minima
Granulometria
Resistência à flesxão aos 28 dias
Resistência à compressão aos 28 dias
Factor de resistência à difusão
do vapor (EN 1015-19)
Coeficiente de absorção da água
por capilaridade (EN 1015-18)
Coeficiente de condutibilidade térmica
(EN 1745)
Ar englobado
Conforme a norma EN 998-1
6
4-5 mm numa só camada
< 3 mm
4 N/mm2 aprox.
11 N/mm2 (CSIV : >6 N/mm2) aprox.
µ 15
(valor impresso)
W1
c 0.40 kg/m2.min0,5
= 0.83 W/m.°K
(valor impresso)
I = 0.44 ± 0,05
provetes integros após 1 mês de
imersão num ambiente de sulfato
GP-CSIV-W1
N° EDIL. 2009_001 Rev.01
20 mm
< 1.5 mm
1.5 N/mm2 aprox.
3.5 N/mm2 aprox.
µ 12
(valor medido)
c 0.3 kg/m2
dopo 24 h
= 0.53 W/m.°K
(valor impresso)
25% aprox.
R-CSII
Espessura minima
Granulometria
Resistência à flesxão aos 28 dias
Resistência à compressão aos 28 dias
Factor de resistência à diffusão
do vapor (EN 1015-19)
Coeficiente de absorção da água
por capilaridade (EN 1015-18)
Coeficiente de condutibilidade térmica
(EN 1745)
Ar englobado
Conforme a norma EN 998-1
Para o uso correcto dos produtos, consultar as respectivas fichas técnicas.
20 mm
< 3 mm
1.5 N/mm2 aprox.
3.5 N/mm2 aprox.
µ 12
(valor medido)
c 0.3 kg/m2
dopo 24 h
= 0.53 W/m.°K
(valor impresso)
25% aprox.
R-CSII
Espessura minima
Granulometria
Resistência à flesxão aos 28 dias
Resistência à compressão aos 28 dias
Factor de resistência à diffusão
do vapor (EN 1015-19)
Coeficiente de absorção da água
por capilaridade (EN 1015-18)
Coeficiente de condutibilidade térmica
(EN 1745)
Ar englobado
Índice de radioactividade (UNI 10797/1999)
Conforme a norma EN 998-1
Certificado de Conformidade ANAB-ICEA
20 mm
< 3 mm
1.5 N/mm2 aprox.
3.5 N/mm2 aprox.
µ 11
(valor medido)
c 0.3 kg/m2
dopo 24 h
= 0.53 W/m.°K
(valor impresso)
25% aprox.
I = 0.40 ± 0.05
R-CSII
N° EDIL.2009_001 Rev.01
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Ciclo Reboco + Tinta
FASE 2 - ACABAMENTO
S 605
LC 7
Bio-reboco branco de acabamento para saneamento
de construções húmidas para base de cimento de cor
branca interiores e exteriores com efeito mármore
Argamassa seca branca à base de cal natural, branco,
cargas inorgânicas e aditivos ligante hidráulico, pó de
mármore e areias específicos.
Argamassa seca branca à base de
cal natural, branco, cargas
inorgânicas e aditivos ligante
hidráulico, pó de mármore e areias
específicos para melhorar a
trabalhaclassificadas, bilidade e a
aderência.
Certificado de Conformidade ANAB-ICEA:
N° EDIL.2009_001 Rev.01
FASE 3 - DECORAÇÃO
PT 213
FASSIL P 313
Tinta respirante parcialmente lavável de alta
cobertura para interiores
Tinta com ligante acrílico, aditivos que conferem
facilidade de aplicação e boa dilatação, bióxido de
titânio e cargas seleccionadas que consentem uma
elevada cobertura mesmo com uma única mão.
Tinta à base de silicatos lisa
para exterior e interior
Tinta aquosa à base de silicato de potássio
estabilizado e hidrofugado, de altissima
transpirabilidade, de elevada resistência aos
agentes atmosféricos e aos raios ultravioletas (U.V.).
PC 144
PS 403
Tinta mineral decorativa à cal para
exteriores e interiores
Tinta mineral à base de grão de cal e inertes
finos seleccionados.
Tinta silicónica ao quartzo fino para
exteriores e interiores
Tinta à base de ligantes silicónicos à água, que
conferem simultaneamente respirabilidade,
repelência à água e resistência ao exterior aos
máximos níveis possíveis.
Ciclo Reboco + Revestimento
STAGE 2 - DECORAÇÃO
RB 101 – RB 201
RB 301 – RB 401
Bio-Rivestimento murais extra branco à
base mineral para exteriores e interiores
Especiais revestimentos murais compostos
por cal natural, ligante hidráulico,
preciosíssimas areias classificadas, material
hidrófugo e aditivos específicos para
melhorar a trabalhabilidade e a aderência;
várias granulometrias 1-2-3-4 mm.
Certificado de Conformidade ANAB-ICEA:
N° EDIL. 2009_001 Rev.01
I 133
FASSIL R 336
RSR 421
Reboco mineral de
acabamento e de
fundo para produtos
decorativos para
exteriores e interiores
Reboco mineral à base
de cal apagada e inertes
calcários seleccionados.
Revestimento à base de
silicatos rústico para
exterior e interior com
várias granulometrias
Revestimento de
acabamento em pasta à base
de silicato de potássio
estabilizado de altissima
transpirabilidade.
Revestimento hidro-silicónico
(silossânico) rústico, com
várias granulometrias
Revestimento de acabamento
em pasta, composto por
ligantes silicónicos, que
conferem transpirabilidade e
características hidrófugas.
Para o uso correcto dos produtos, consultar as respectivas fichas técnicas.
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SISTEMA SANEAMENTO FASSA BORTOLO:
Fase 1
O reboco deteriorado deve ser totalmente removido, pelo
menos até um metro acima da faixa na qual é visível a
humidade; além disso todas as partes débeis e em fase de
destaque devem ser eliminadas até obtermos uma superfície
de aplicação consistente.
Fase 2
Após uma primeira lavagem com água, à pressão se possível,
o suporte deve ficar exposto ao ar de modo a favorecer a
secagem e a eventuais sais, que cristalizarão.
Fase 3
Procede-se em seguida à remoção mecânica, de todas as
partes débeis e/ou incoerentes, que podem comprometer a
aderência dos produtos que se devem aplicar sucessivamente.
Fase 4
Os chapiscos de saneamento (S 641 e S 650) podem ser
aplicados com extrema simplicidade e rapidez, à mão ou à
máquina de projectar reboco tipo FASSA I 41 e semelhantes,
ou com máquinas de projectar reboco monofásicas FASSA
Mono- Mix; aplicam-se num único estrato até espessuras de
4-5 mm, de maneira a cobrir aproximadamente 50% do
suporte. Na foto está representada a aplicação à mão do Biochapisco S 650.
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Para o uso correcto dos produtos, consultar as respectivas fichas técnicas.
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FASES APLICATIVAS
Fase 5
Os rebocos de saneamento (S 627, S 612 e S 639) podem ser
aplicados à mão ou à máquina com máquinas de projectar
reboco tipo FASSA I 41, e semelhantes, ou com máquinas de
projectar reboco monofásica FASSA Mono-Mix, graças ao
facto que também através da mistura com máquinas de
projectar, a quantidade de ar englobada na amassadura é
superior a 25%, favorecendo portanto a acção de
saneamento; aplicam-se pelo menos em espessuras de 20
mm e sucessivamente endireitam-se com a régua. Na foto
está representada a aplicação à máquina do reboco S 627.
Fase 6
Em seguida procede-se com o acabamento e a decoração: no
caso do ciclo “Reboco + Tinta” pode-se realizar um
acabamento à civil, aplicando o Bio-reboco de acabamento S
605 com talocha metálica e sucessivamente talochando-o
com a esponja, ou então um acabamento liso, aplicando o
alisamento de regularização LC 7 com talocha metálica,
passagens em sentido vertical e horizontal. Na fotografia está
representada a aplicação do acabamento S 605.
Fase 7
O ciclo “Reboco + Tinta” completa-se com a aplicação de uma
tinta respirante: PT 213, tinta transpirante parcialmente
lavável de alta cobertura para interiores; PC 144, tinta mineral
à cal para exteriores e interiores; PS 403, tinta silicónica para
exteriores e interiores. Na foto está representada a aplicação
de PS 403.
Fase 8
O ciclo “Reboco + Revestimento” completa-se pelo contrário
com a aplicação de um revestimento directamente sobre o
reboco de saneamento: RB 101, Bio-Revestimento mural
extra branco para exteriores e interiores; I 133, reboco mineral
à cal para exteriores e interiores; RSR 421, revestimento
silicónico para exteriores e interiores. Na fotografia está
representada a aplicação do revestimento RSR 421.
Para o uso correcto dos produtos, consultar as respectivas fichas técnicas.
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SISTEMA SANEAMENTO FASSA BORTOLO
Ensaio de Le Chatelier-Anstett
Os produtos do Sistema Saneamento FASSA superam em larga
escala o Ensaio de Le Chatelier-Anstett, que evidencia a eficácia da
sua acção preventiva contra os fenómenos destrutivos da humidade
e sobretudo da acumulação de substâncias salinas. Trata-se de uma
prova violenta, que consiste em detectar a potencial expansão de
um provete/amostra de cimento que se possa encontrar em
contacto directo com o sulfato de cálcio.
Certificações
Normativa WTA
O reboco de saneamento FASSA S 627 foi testado pelo Instituto de
Pesquisa MA 39 de Viena obtendo a certificação n.º VFA 0160.08/96,
de acordo com o previsto pela Norma WTA, folha 2-2-91.
Os provetes foram produzidos com os seguintes produtos:
A - Chapisco S 641
Certificado para a
Bio-construção ANAB-ICEA
B - Reboco S 627
C - Reboco à base de cal e cimento
Todos os três provetes foram misturados com gesso com base às
modalidades exactas, como previsto pelo processo de execução do
ensaio. È evidente a acção de dilatação e desagregação que se
verifica no provete C. O emprego de ligantes resistentes aos
sulfatos e uma escrupulosa formulação, permitem aos provetes A
e B permanecerem dimensionalmente estáveis mesmo após 180
dias do teste.
Os produtos S 650 (Bio-chapisco de
saneamento), S 639 (Bio-reboco de
saneamento), S 605 (Bio-reboco de
acabamento) e RB 101 (Bio- revestimento
extra branco) fazem parte da Linha BioArquitectura FASSA: uma gama completa de produtos em
conformidade com os requisitos ANAB (Associação Nacional de
Arquitectura Bio-ecológica) e certificada pela ICEA (Instituto para
a Certificação Ética e Ambiental); um reconhecimento
importante para os produtos bio-ecológicos FASSA.
CONFO
S NORMAS E
U
PEIAS
10
EA
RO
Os Produtos FASSA estão em conformidade com as
Normas da União Europeia e correspondem a
todos os requisitos de qualidade e serviços exigidos
pela Marcação CE; em particular os produtos do
Sistema de Saneamento (chapiscos, rebocos,
acabamentos e revestimentos) estão em
conformidade com a UNI EN 998-1.
RM
Marcação CE
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As vantagens de uma solução vencedor
• Aplicação à máquina:
- notável redução dos tempos de trabalho
- facilidade de execução
- qualidade constante do produto amassado
• Porosidade elevada sem prescindir do sistema aplicativo
• Óptima transpirabilidadae
• Facilidade de evaporação da água em excesso
• Elevada resistência ao ataque salino (ligantes resistentes aos
sulfatos)
Serviço Fassa
Observações
O nosso Departamento Técnico está à disposição para uma
avaliação em conjunto sobre os materiais e a metodologia do
sistema aplicativo a cumprir a fim de obter os melhores
resultados. Do aconselhamento personalizado até à medição do
grau de humidade da alvenaria, desde a assistência directa na
obra até ao fornecimento dos ciclos completos dos produtos
exclusivos: o Sistema de Saneamento FASSA oferece uma
combinação vencedora de produtos, unidos a um apoio técnico
constante para determinar o ciclo de saneamento mais adequado
às várias exigências e para resolver qualquer problemática.
O Sistema de Saneamento FASSA contra a humidade ascendente
não elimina a causa responsável pela presença de água e de sais
na construção. Mais do que isso, ele tende sobretudo a reduzir os
efeitos derivantes da presença de humidade actuando de modo a
reduzir o fenómeno.
Todos os rebocos de saneamento satisfazem a sua função até à
completa saturação salina dos macroporos; visto que a
velocidade da saturação varia de caso para caso, não é possível
prever a duração no tempo do reboco de saneamento.
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FASSA E UNIVERSIDADE DE FERRARA:
Empresa FASSA está desde sempre numa constante actividade de
pesquisa e desenvolvimento para criar soluções inovadoras e assegurar
que os produtos do Sistema Saneamento tenham a máxima eficácia e
fiabilidade.
Há muitos anos que, no âmbito de um importante projecto de pesquisa
com base em estudos e experiências de sistemas tradicionais para a
recuperação/reabilitação de construções istóricas, a Empresa deu início
a uma intensa relação de colaboração com o mundo académico e
científico, em particular com a Faculdade de Arquitectura da
Universidade de Ferrara em Itália.
As intervenções de reconstrução, de facto, não podem prescindir da
participação da ciência, que deve em todo o caso partir do
conhecimento histórico perseguindo uma integração entre pesquisa e
tecnologia no campo dos Bens Culturais para as intervenções
conservativas e para a salvaguarda/defesa do património segundo uma
abordagem pluridisciplinar. O grande interesse da FASSA pela
salvaguarda do património histórico-arquitectónico constituiu o
motor para diversas actividades de comparação, colaboração e ensaio,
que se concretizam em intervenções específicas, nas quais a empresa
apoiou a Universidade e as Direcções-Gerais nas obras de reconstrução
colocando à disposição os próprios laboratórios técnicos e toda a
eficácia dos produtos do Sistema Saneamento.
Pompei (Nápoles).
Restauração das frentes da
Via dell’Abbondanza
No âmbito da restauração da zona arqueológica de Pompei, em
2005 a FASSA experimentou alguns materiais para o estudo da
recuperação dos rebocos; na intervenção, a FASSA apoiou a
Direcção-Geral de Arqueologia de Pompei, o D.I.A.P.R.E.M. e a
Faculdade de Arquitectura da Universidade de Ferrara, a Faculdade
de Arquitectura da Universidade “La Sapienza” de Roma. As frentes
de “Via dell’Abbondanza” apresentavam, no que diz respeito a
Pompei (Naples) – Via dell’Abbondanza.
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rebocos e argamassas, situações de grande heterogeneidade; entre
as exigências mais recorrentes, para além da compatibilidade
físico-química entre os componentes, também estavama pesquisa
de materiais com características idóneas para a aplicação sobre
materiais antigos e com presença de humidade, com um difuso e
extremamente prejudicial fenómeno de eflorescências.
Pompei (NA) – Pormenor de “Via dell’Abbondanza”; nas paredes de contenção do aterro
presentes entre as frentes das lojas foram testados alguns produtos Fassa.
Foram testados alguns produtos: uma argamassa face à vista
sulfato- resistente caracterizada por um elevado poder de
extracção dos sais da construção, um Bio-chapiscoe um Bioreboco para o saneamento de paredes húmidas aplicados em
paredes de contenção do aterro; actualmente está em curso a
monitorização do comportamento destes materiais.
Ferrara.
Claustro do ex agrupamento conventual
de Santa Maria da Consolação
O agrupamento arquitectónico está situado no centro histórico de
Ferrara, na zona do renascimento da cidade, hoje zona universitária,
e o seu implante de origem remonta aos inícios do século XVI.
Os produtos Fassa foram utilizados, em especial, para a intervenção
de saneamento do lado estes do Claustro e da Biblioteca
Universitária. O ciclo escolhido foi “Reboco +Revestimento”
utilizando o Bio-chapisco S 650, o Bio-reboco S 639 e o reboco de
acabamento I 133. Além disso, nas zonas não afectadas por
problemas de humidade, foi utilizado o Bio-reboco de fundo KB 13
à base de cal hidratada.
Ferrara – Pórtico do Claustro de S. Maria da Consolação.
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CASOS DE ESTUDOS
Cona (Venezia).
Edificio Rural
Ferrara – Vista do Claustro de S. Maria da Consolação.
Trata-se de um edifício de notável interesse seja pela tipologia seja
pela história, sujeito a vínculo por parte da Direcção-Geral de
Veneza. Tornou-se necessária uma atenta avaliação da morfologia
do degrado e das diversas estratificações dos vários materiais
aplicados ao longo do tempo e tornados visíveis pelo próprio
degrado, a fim de poder formular uma primeira avaliação do
estado conservativo superficial e de poder definir uma possível
primeira série de intervenções.
Da mesma documentação fotográfica é visível como um dos
principais problemas do edifício é a presença da humidade na
construção, tornando necessária uma primeira quantificação de tal
presença através de um higrómetro. A obra está actualmente ainda
em fase de execução e as primeiras intervenções recaíram nas
paredes de alguns vãos interiores.
Para a intervenção é prevista a remoção do reboco existente no
rés-do-chão, a limpeza das superfícies com remoção das partes
incoerentes e a aplicação do chapisco de saneamento S 641,
seguido da aplicação do reboco de saneamento macroporoso S 627
para depois realizar o acabamento com reboco de acabamento S
605; a decoração superficial prevê a aplicação de tinta transpirante
PT 213. O mesmo ciclo será repetido nas paredes exteriores.
Macerata.
Arena Sferisterio
A Arena Sferisterio, construída entre 1820 e 1829, é um dos
edifícios mais representativos e importantes de Macerata, seja pela
grandiosidade da construção que pela famosa estação lírica.
Cona (VE) – Escorço do lado norte do reagrupamento arquitectónico.
Macerata – Vista da parte de dentro da Arena Sferisterio.
Alguns locais no interior apresentavam problemas de humidade
ascendente e por conseguinte para a sua restauração foram
utilizados os produtos da Linha Bio-Arquitectura para o
saneamento de alvenarias húmidas.
A intervenção nas zonas internas em tijolo foi realizada através da
aplicação do Bio-chapisco S 650, o Bio-reboco S 639; e para a
conclusão do ciclo, foi aplicado um estrato de Bio-reboco de
acabamento S 605.
Cona (VE) – Vista da frente no lado sul do reagrupamento arquitectónico.
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SISTEMA SANEAMENTO FASSA BORTOLO:
Tagliolo Monferrato (Alessandria).
Castelo de Tagliolo
O Castelo representa um exemplo notável de arquitectura
fortificada e constitui um documento essencial da história, ainda
perfeitamente integrado com o ambiente circundante. A
intervenção de recuperação permitiu a realização de um vasto
espaço utilizado para congressos, exposições e concertos,
composto de dois locais com dimensões diferentes.
Tagliolo Monferrato (AL) – Pormenor de um local interno após a intervenção de saneamento.
Corropoli (Teramo).
Palácio da Montagnola
A estrutura do Palácio apresentava em geral um óptimo estado de
conservação, não obstante as infiltrações das águas das chuvas
provenientes da cobertura em avançado estado de degrado.
No que diz respeito aos rebocos existentes, sobretudo os rés-dochãos, apresentavam uma elevada presença de humidade
ascendente, causados pelo contacto com o terreno húmido; além
disso o rés-do-chão foi utilizado durante muitos anos como
alojamento para animais e por conseguinte os rebocos
apresentavam elevadas percentagens de sais (nitritos e nitratos),
Tagliolo Monferrato (AL) – Vista do Castelo.
Para a intervenção no local mais pequeno, tendo em conta o
elevado grau de humidade (até 92%) foi utilizado o ciclo completo
de desumidificação da Linha Bio: Bio-chapisco S 650, Bio-reboco
S 639 e Bio-reboco de acabamento S 605; no local maior foram
utilizados os mesmos produtos, somente no lado em contacto com
o aterro de enchimento, enquanto que para as restantes paredes,
mais secas, foi utilizado o Bio-reboco à base de cal KB 13.
Corropoli (TE) – Vista do Palácio da Montagnola.
com numerosas dilatações e grandes fenómenos de eflorescências.
Para a intervenção, com a supervisão da Direcção-Geral de
Abruzzo, propôs-se uma recuperação conservativa, repropondo a
instalação da fábrica original. O projecto, onde foi possível,
envolveu a manutenção dos rebocos originários e, onde necessário,
a integração ou a substituição com novos rebocos à base de cal,
respeitando plenamente os principais critérios de restauração. O
suporte técnico da Fassa iniciou-se com a caracterização do reboco
existente através da extracção de amostras e consequente análise
físico-química com o microscópio electrónico, para determinar a
natureza do reboco e a tipologia dos sais responsáveis pelo
degrado.
Tagliolo Monferrato (Alessandria) – interior de uma das salas antes do trabalho de restauro.
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EXEMPLOS DE TRABALHOS REALIZADOS
Interveio-se no interior com o ciclo de desumidificação com o
chapisco S 641, reboco S 627 e Bio-reboco de acabamento S 605,
completado com uma tinta transpirante; no exterior, não se
apresentando fenómenos de humidade ascendente utilizou- se o
Bio-reboco à base de cal KB 13.
Peschiera de Garda (Verona).
Arsenal de Radetzky.
Corropoli (TE) – Pormenor da frente do pátio interno antes da intervenção de saneamento.
A seguir às análises efectuadas considerou-se oportuno aplicar o
ciclo de desumidificação da Linha Bio: Bio-chapisco S 650, Bioreboco S 639 e Bio-reboco de acabamento S 605. No exterior, além
disso, para a protecção e a decoração foi utilizado o revestimento
da Linha Hidrossilicónica, RSR 421, que tem uma elevada
transpirabilidade e hidrofuguicidade.
Após um século e meio de vida, o Arsenal de Radetzky de
Peschiera do Garda, obra-mestra de arquitectura militar, foi
transformado de quartel militar num agrupamento para uso
turístico e cultural, respeitando desenhos, formas e materiais
Peschiera del Garda (VR) – Vista do Arsenal Radetzky.
Corropoli (TE) – Pormenor da frente do pátio interno após a intervenção de saneamento.
Montecastello (Alessandria).
Castelo de Montecastello
originários. Na recuperação da parte inferior das fachadas, onde
era visível humidade ascendente, foi utilizado o ciclo de
desumidificação com o chapisco S 641 e o reboco S 627; algumas
superfícies directamente em contacto com a água, foram
tratadas com a argamassa osmótica impermeabilizante MO 660.
Mantova.
Palácio Histórico
O Castelo é de origem muito antiga, mas foram feitas numerosas
intervenções no curso dos séculos; o seu aspecto actual é
prevalentemente setecentista. Tem um traçado regular, apoiado
num pilar ao qual se acede através de uma ponte em arco que
ultrapassa a vala e é caracterizado por uma torre altíssima, duas
torres “bertescas” a sul e quatro robustos basaltos com o muro de
cinta a barbacãs nos quatro lados.
Mantova – Vista do Palácio Histórico situado na “Via Arrivabene n.° 25”.
Montecastello (Alessandria) – Vista do Castelo.
O edifício, nas superfícies externas, apresentava várias problemas
não muito graves de degrado, nos quais se interveio utilizando o
Bio-reboco de acabamento S 605 e para a protecção e a
decoração a tinta PS 403. As paredes interiores, pelo contrário,
caracterizam-se por um forte degrado devido à humidade
ascendente, por isso interveio-se, na parte baixa, com o ciclo de
desumidificação composto por chapisco S 641, reboco S 627 e
Bio-reboco de acabamento S 605, completado com uma tinta
transpirante para interiores PT 213.
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