As crianças pedem socorro

Transcrição

As crianças pedem socorro
AS CRIANÇAS PEDEM SOCORRO: NÃO AO TRABALHO INFANTIL
I- Identificação
Nome: Maria de Fátima Mendes
Escola: CEEBJA Casturina C. Bonfim – Pitanga PR
Público alvo: alunos da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I
II- TÍTULO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA:
“As crianças pedem socorro: Não ao trabalho infantil”.
III- OBJETIVOS:
Objetivo geral:
Desenvolver junto aos educandos, através desta proposta pedagógica,
uma conscientização sobre a realidade de uma sociedade que descumpre os
direitos da criança e dos adolescentes.
Objetivos Específicos:
• Conhecer o Estatuto da Criança e do adolescente com ênfase no
trabalho infantil.
• Analisar, discutir e propor alternativas para que se efetive o respeito aos
direitos das crianças e adolescentes para que os mesmos tenham uma
melhor qualidade de vida.
• Executar o planejamento das atividades com os alunos.
IV- Desenvolvimento do trabalho:
1ª Etapa: Elaboração de uma colagem com o tema: Brincar
Os alunos mostraram-se entusiasmados com o trabalho, uma vez que
encontraram muitas imagens sobre o tema, produziram um cartaz com as
colagens que foi exposto na parede da sala de aula.
2ª Etapa: Discussão reflexiva sobre a seguinte questão: “Será que todas as
crianças de nosso país têm o direito de brincar?”
O grupo sala ficou dividido: entre o sim e o não. Foi solicitado que o grupo do
SIM, explicasse o porquê de sua opinião. Os argumentos foram:
1. “Brincar é legal, assim toda criança deve brincar.”
2. “A criança fica feliz quando brinca.”
O grupo do NÃO teceu os comentários:
1. “As crianças precisam ajudar os pais a trazerem dinheiro para casa.”
2. “Se a criança não trabalhar vai faltar comida para a família.”
3. “Todos na casa trabalham assim, a criança deve também trabalhar.”
Finalmente foram discutidas as argumentações de ambos os grupos e
chegaram num consenso: “As crianças devem trabalhar para ajudar a família.”
Frente a este consenso, li o artigo 60 do Estatuto da criança e do Adolescente
e o artigo 227 da Constituição Federal. Após a explanação da legislação
apresentei o vídeo do YouTube: “Exploração do trabalho infantil no Brasil”.
Solicitei que refletissem sobre a legislação e o filme apresentado.
3ª Etapa: Foi iniciado com a exposição das reflexões dos alunos sobre a
legislação e o vídeo, cujos comentários em síntese foram:
1. “É professora, tem a lei, mas se a criança não trabalhar falta coisa
em casa.”
2. “As fotos das crianças trabalhando no pesado, me deixaram muito
triste, se existe lei tem que ser seguida.”
Foi colocado por mim, o porquê da lei e as consequências negativas do
trabalho precoce para a criança e o adolescente.
Questionados como pensavam a partir do exposto os comentários foram em
síntese do tipo:
1. “Se a criança trabalha, não vai para a escola e isso vai prejudicar a
saúde dela e a vida dela quando crescer.”
2. “Pensando bem, a criança tem que ir para a escola para ter um futuro
melhor.”
3. “A criança que vai para a escola recebe Bolsa Família, não precisa
trabalhar.”
4. “A criança que trabalha e não vai estudar, quando crescer vai ser
igual aos pais e continuar na pobreza.”
Escrevi no quadro a frase: Há que se construir o futuro não pelo trabalho
das crianças e adolescentes, mas pela educação.
Foi proposta a execução de uma colagem de imagens sobre o trabalho
infantil.
Diferente da primeira colagem, os alunos folheavam as revistas e não
encontravam. Um aluno comentou: “Acho que podemos recortar essa, do
menino com a cara triste, já que está difícil foto de criança trabalhando.” Um
dos alunos encontrou uma imagem muito pequena de uma menina pintando
um muro, foi a única foto encontrada.
Houve uma decepção geral.
Decidiram complementar o trabalho da segunda colagem com uma
frase: “Tristeza...O que é importante cadê?!”. O cartaz foi exposto na sala.
4ª Etapa: Foi colocado em discussão os questionamentos que se seguem:
• O trabalho infantil é errado?
• A mídia (TV, rádio, jornais, revistas) deveria dar mais atenção ao
problema?
• O trabalho infantil é uma “notícia importante”?
• Se essa notícia é importante, por que dificilmente a encontramos
nas revistas, jornais, etc?
• Quais as consequências do trabalho infantil para a criança e para o
futuro da sociedade?
• As pessoas precisam saber que o trabalho infantil é prejudicial? Por
que?
5ª Etapa: Partido do questionamento: Enquanto pessoas dentro da sociedade,
qual é o nosso papel frente ao combate do trabalho infantil?
Os alunos por unanimidade concluíram que mais pessoas deviam ter esse
conhecimento.
Foi solicitado que dessem ideias do que cada um poderia fazer para o
combate ao trabalho infantil. Os resultados foram:
1. Expor as colagens no mural da escola.
2. Conversar sobre o assunto com os parentes, vizinhos e amigos.
3. Denunciar quando souber de casos ao Conselho Tutelar.
4. Reunir alunos, professores e demais funcionários da escola para
apresentação do tema através de um teatro de fantoches.
5. Solicitar aos professores para abordarem o tema com seus alunos em
sala de aula.
V- Resultados: Considero que o trabalho foi muito produtivo, embora não
tenha dado tempo de terminá-lo antes do encerramento do curso, uma vez que
estamos ensaiando a peça com fantoches. Foram alcançados os objetivos
propostos neste plano de ação, sem interferir nos objetivos acadêmicos. Ao
contrário foi um meio diferente de desenvolver leitura/interpretação, escrita,
socialização, criatividade, senso crítico, coordenação visomotora, oralidade
entre outros.
VI- Dificuldades: Dois dos alunos não concluíram os trabalhos uma vez que
mudaram para outro município, além disso, enfrentei o problema de faltas de
alunos nas atividades programadas; esta última, foi solucionada, repassando a
estes a atividade realizada e discussão sobre o tema.
Obs.: Em anexo as fotos de momentos do trabalho.

Documentos relacionados