Ritorniamo al Pag. pt

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Ritorniamo al Pag. pt
Chiesaviva
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«A VERDADE VOS LIBERTARÀ»
(Jo. 8, 32)
ANO XLI - N° 444
DEZEMBRO 2011
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Voltamos
ao
PAGANISMO?
NATAL!
NATAL?
Pelo Revº Padre Doutor Luigi Villa
E
is, de novo, o maravilhoso
e verdadeiro, imenso, incompreanúncio: «CHRISTUS
ensível, infinito em inteligência,
NATUS EST NOBIS»!
bondade e perfeição e que, sendo
Assim, não mais estamos abandouma única unidade espiritual,
nados, não mais estamos sós, perabsolutamente simples e imutádidos num mundo endemoninhado.
vel, deve dizer-se, na realidade e
CRISTO NASCEU PARA NÓS,
por essência distinto do mundo,
VINDE E ADOR MO-LO!
em Si e por Si beatíssimo e inefáSim! Mas não o protestante “PAI
vel, superior a todas as coisas
NATAL”, baseado no pinheiro e
que, fora d’Ele, são ou possam
prendas, mas o Natal de Jesus
ser pensadas» (cf. D.B. 1782).
Cristo, verdadeiro “Deus” e verAssim, a essência de Deus, na doudadeiro “Homem”, no Qual duas
trina escolástica, é “essência” pela
naturezas, divina e humana, estão
qual uma coisa é tal e não outra,
unidas em uma única Pessoa, a
constituída na sua espécie, e é
“Segunda” da Santíssima Trin“subsistência”, porque existe em
dade.
si e não em outro. Assim, a essênEsta união de duas pessoas em uma
cia divina é constituída pelo facto
única Pessoa é designada “União
de que Deus é o próprio “Ser SubCardeal Joseph Ratzinger.
Hipostática”.
sistente”. «Eu sou Aquele que
E as três Pessoas Divinas são
é…», «Aquele que Me enviou a
iguais e inseparáveis, mas só a Sevós» (Es. 3, 13-14).
gunda Pessoa se fez “Homem”,
Por isso, o título que o Cardeal
permanecendo unida ao Pai e ao
Joseph Ratzinger deu ao seu livEspírito Santo mesmo durante a Sua vida terrena, não poro, “O Deus de Jesus Cristo” (Queriniana) significa cladendo uma Pessoa Divina separar-se da outra. Deste moramente que Jesus Cristo tem outro “Deus” e, deste modo, Jesus Cristo, mesmo fazendo-Se “Homem”, não deido, Jesus Cristo não é Deus.
xou nunca de ser Deus!
Não podemos ficar indiferentes perante esta gravíssima
afirmação, mas, pelo contrário, sentir o santo orgulho de
O Concílio Vaticano I escreve: «A Igreja Católica Aposdefender “JESUS-DEUS”, nosso Salvador e Redentor.
tólica Romana crê e confessa que Ele é um só Deus vivo
Assim, se defender o Papa é nosso dever de Católicos, di-
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zer não se ter compreendido a sua palavra é pura hipocriLibério, por ter subscrito uma ambígua fórmula de fé.
sia e velhacaria, porque se a função de “Pedro” na Igreja
Seguiram-se os tristes Concílios de Rimini e de Saleucia,
é insubstituível, pedir a “Pedro” que actue como “Peonde triunfou a heresia ariana sobre a verdade Católica dedro” não significa, decerto, contestar o “Tu es Petrus”!
fendida por Santo Atanásio. Mas, hoje este é venerado
O que não admitimos é que possa desviar a Igreja para um
sobre os altares e não o Papa Libério, o qual foi mesmo
rumo diferente da autêntica Fé Católica, até porque o poexcluído do “Martirológio Romano”!
der do Papa não é ilimitado, mas bem limitado pelo DireiClaro que, assim, naquela ocasião, não se podia aplicar ao
to Divino. Isto é: a “Verdade” revelada, os Sacramentos
Papa Libério o “Tu es Petrus”, e nem sequer o “Ubi Pe– Eucarestia in primis! – as almas, a própria Igreja não
trus, ibi Ecclesiae”, mas não se podiam condenar as reclaestão ao arbítrio do Papa para que faça o que lhe pareça,
mações de Santo Atanásio e dos poucos outros defensores.
mas foram-lhe confiadas para que as custodiasse na inteÉ assim que, justamente, Santo Tomás d’Aquino ensina
gridade e pureza.
que «quando existe perigo para a Fé, os fiéis estão obriOra, isto exige que o poder eclegados a censurar os seus Prelasiástico, conformemente ao seu
dos, até mesmo publicamente»
fim, seja aplicado à edificação do
(cf. S.To. II-II, a.4 ad 2), e que
Corpo Místico de Cristo, não à
«se deve resistir a um Papa que
sua “destruição” (II Cor. 10, 8).
destrói abertamente a Igreja»
Por isso, na Igreja, não se pode
(cf. Card. Gaetano, “De compaestar nem por arbítrio, nem por
rata auctoritate Papae et Concidespotismo.
lii”).
Vejamos Vaticano I: «O Espírito
E foi também um dever para São
Santo foi prometido aos SucesPaulo, quando se sentiu obrigado
sores de “Pedro” não para que
a resistir “a São Pedro” (cf.
revelassem uma nova doutrina,
Gal. 2, II ss).
mas para que, sob Sua assistênO mesmo aconteceu no tempo
cia, conservassem com pureza e
do Papa Libério, do Papa Hoexpusessem fielmente a Revenório e do Papa João XXII.
lação transmitida por interméChegados a este ponto, podemos
dio dos Apóstolos, ou seja, o
mesmo perguntar: “Donec con“depositum Fiei”» (cf. Const.
trarium, probetur”, como se
Dogmática De Ecclesia Christi,
pode explicar a posição de BenEz. 1836).
to XVI como “Vigário de CrisAinda mais, a saída dos limites
to” quando, por várias vezes, esdo Direito Divino por parte do
creveu e disse que “JESUS
Papado é comprovada na História
CRISTO NÃO É DEUS”?
da Igreja do Cardeal Gaetano,
Vimo-lo absolutamente como tígrande teólogo, atestando extulo, “O Deus de Jesus Cristo”,
plicitamente: «Personae papae
num seu livro, editado por Queporenuere subesse officio Pariniana em 2005-2006, mas já
pae (a pessoa do Papa pode recupublicado na Alemanha, cerca
sar os deveres do seu ofício de
de 1976 e, com segunda edição
Papa), porque o Papa não é semem 1978.
Bento XVI.
pre “infalível” na conduta pastoEu, todavia, já o tinha claramente
ral e no governo da Igreja, mas
denunciado em Janeiro de 2003,
pode errar».
no meu livro “La ‘Nuova ChieA infalibilidade é dada e muito
sa’ di Paolo VI”, relatando o
precisa em determinadas contexto sacrílego na edição francedições, bem explícitas pelo Vaticano I, resultante na fórsa do livro de Ratzinger, “La foi chrétienne, hier et aumula “ex cathedra”. Fora dessas condições pode acontejurd’hui”, p. 126.
cer que o Papa erre até no campo doutrinal. Por isso, fora
Anoto que um breve resumo da expressão “O DEUS DE
dessas condições, o “Ubi es Petrus, ibi Ecclesiae” não
JESUS CRISTO” alude a Deus e a Jesus Cristo sem litem nenhum valor, porque Pedro se torna “Simão”, com
gação aos dados da Revelação Divina.
as suas deficiências!
Ainda Cardeal, Ratzinger, então Prefeito da “CongreRecordemos o “caso de Santo Atanásio” que, em 360,
gação para a Doutrina da Fé”, de modo claro, escreve que
permaneceu o único, entre todos os Bispos da Cristandade,
o homem autêntico, pelo simples facto de ser integrala defender a ortodoxia contra os heréticos arianos, como
mente tal, é Deus e, como consequência, Deus é um hodisse um espantado Santo Girolamo: «O mundo Católimem autêntico.
co encontrou-se ariano»! Ora, aquela “heresia” que
Esta Cristologia, todavia, não passa de uma “heresia”.
ameaçou toda a Igreja foi, certamente, culpa do Papa
Toda a sua Cristologia, de facto, gira neste eixo que, para
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19 de agosto de 2005. Bento XVI durante sua visita à sinagoga de Colônia, onde foi recebido com todas as honras pela comunidade judaica.
ele, é fundamental. Para ele “JESUS NÃO É DEUS” Filho natural do Pai, nem é “com o Pai antes de todos os séculos” e também “não gerado, não criado consubstancial ao Pai”, mas Jesus Cristo é um simples homem que
“veio a coincidir com Deus” no momento em que, na
Cruz, Ele incarnou “o ser para os outros, o altruísmo
por antonomásia”.
É claro, por isso, que Ratzinger rejeita a Cristologia da
Igreja anterior ao Vaticano II como «uma Cristologia
triunfalista, que não sabe mais o que fazer do Homem
Crucificado e do “servidor” para inventar, em seu lugar,
um mito de Deus ontológico» (cf. Ratzinger, “La Foi
chrètienne, hier et aujoud’hui”, p. 152).
Deste modo, o Cardeal Ratzinger, à “Cristologia triunfalista” que cria um “mito de Deus ontológico”, opõe a
sua “Cristologia de serviço”, que diz ter descoberto em
São João, em que o “Filho” seria apenas um “servidor
perfeito”. E consegue, deste modo, fazer dizer a Dante
uma estupidez herética semelhante (Idem, pp. 125-126).
Por outro lado, esforça-se mesmo por interpretar São Paulo (I Cor. 15, 45), onde diz que Cristo seria “o último homem”, «o homem definitivo que introduz o homem no futuro que é o seu; um futuro que consiste em ser simplesmente homem, mas ser um com Deus». E prossegue:
«… a fé cristã reconhece em Jesus de Nazaré o homem
exemplar».
O Cardeal, depois, apoia-se completamente no mação
jesuíta Teilhard de Chardin, apóstata, escrevendo: «É
grande mérito de Teilhard de Chardin ter repensado
estas relações a partir da imagem do mundo… de tor4
ná-las de novo acessíveis» (cf. Idem, pp. 160-162).
Não só, mas fará também deste monismo-panteísta a
Cristologia de São Paulo: «A partir daí, a fé verá, em
Cristo, o início de um movimento que fará entrar, cada
vez mais, a humanidade dividida no ser de um único
Adão, de um “corpo” amigo, no ser do homem que há-de
vir. Isto é, verá em Cristo o movimento em direcção a esse futuro do homem, onde ele será totalmente “socializado”, incorporado no Único (cf. Idem, pp. 162-163).
Heresia mais heresia!... Já não será Deus que se faz Homem, mas será o homem que se manifesta Deus, em Jesus
Cristo!
Estes são disparates que dissolvem a teologia Católica!
O Cardeal Siri, no seu livro “Getsemani”, pergunta-se:
«Qual pode ser o sentido desta afirmação? Ou melhor:
Cristo é somente homem, ou então o homem é divino?»
O Cardeal Ratzinger mostra nisto ser um discípulo de
Rahner, s.j., outro herético, o qual se perguntava: «Pode
provar-se ver a união hipostática na linha deste aperfeiçoamento absoluto do que é um homem?» (cf. Card.
Siri, “Gestsemani”, citação de “Nature et Grâce” de Karl
Rahner, p. 79).
O Cardeal Ratzinger, deste modo, abandonou a “filosofia do ser” pelo do “devir”, repudiando por isso a Tradição e o Magistério de sempre, para voltar ao “Modernismo” que «em Cristo não reconhece nada mais do
que o homem, vendo n’Ele um Deus, porque “o princípio da Fé é imanente no homem”.»
Ademais, o Cardeal Ratzinger nunca se retratou ou ne“Chiesa viva” *** December 2011
gou algum dos seus escritos, ou antes, qualificou-se como “progressista equilibrado” para uma “revolução
tranquila da doutrina, sem nostalgia por um ontem
irremediavelmente passado”, isto porque “é ao hoje da
Igreja que devemos ser fiéis, não ao ontem nem ao
amanhã (cf. “Entretien sur la Foi”, pp. 16-17).
A sua obra, de facto, dá-lhe razão, não como “restaurador” da Fé, mas como opositor da Tradição Católica no
repúdio da própria Revelação Divina!
Nada de espantar, assim, se hoje se manifesta como o autor do seu livro “IL DIO DE GESÚ CRISTO”, ou seja,
de um Jesus Cristo que não mais é Deus!
Mas ainda hoje parece que se quer convidar a “Repensar
o Cristianismo”, colocando até em dúvida Jesus CristoDeus e pondo à discussão toda a Fé Católica, para a transformar numa espécie de panteísmo naturalista que faria reflorir um novo Cristianismo das cinzas de dois mil anos
que se querem destruir. Mas, então, que será de Jesus,
depois que se quer morto a todo o custo, negando-lhe
até a Ressurreição e a Ascensão?
O problema é que estes desvios heréticos entraram, por
fim, oficialmente, nas Universidades Católicas, nos Seminários e Estudos Teológicos. O grave é serem apresentados, despudoradamente, por muitos que se vangloriam em
declarar-se “professores católicos”, “escritores católicos”, “padres católicos”.
Decerto, desconcerta ver que Cristo é mencionado apenas para ser ultrajado e apresentado mesmo como amante de Madalena, ou até como sodomita, ou como guru ou
impostor; e não se pode ficar indiferente, mas sentir o santo orgulho de defender o nosso Salvador e Redentor.
É claro que, sem Cristo, se vive num mundo perverso, luxurioso, sodomita, sem escrúpulos.
São Paulo coloca-nos em guarda: «Irmãos, exorto-vos a
guardarde-vos dos que causam dissensões e escândalos
contra a doutrina que recebestes; conservai-vos afastados deles. Porque esses tais não servem a Cristo, Nosso
Senhor, mas ao próprio ventre, e, por meio de uma linguagem suave e lisonjeira, seduzem os corações dos
simples» (Rom. 16, 17-18).
Então, como pôde Bento XVI dizer que nós temos o
mesmo Deus de Israel e do Islão, quando, não crendo em
Cristo, as suas religiões são “idolatria”?
Santo Tomás d’Aquino, na sua “Suma contra os Gentios”, nega qualquer parentesco entre o nosso Deus –
que é verdadeiro – e o do Islão – que é falso – logo, inexistente.
O mesmo para os Judeus, que negam que Jesus Cristo
seja Deus, como afirmou o próprio Professor Muhammad Hamidullah, ex-Reitor da Universidade “Ain-Shamus”, no Cairo, que afirmou: «dizer que os muçulmanos
adoram o mesmo Deus dos Católicos é falso, porque o
nosso Deus não é Trinitário, e os muçulmanos não adoram nem Jesus, nem o Espírito Santo».
A nossa actual jerarquia deveria, de qualquer modo, saber
que a História do Cristianismo está semeada de cadáveres
Cristãos feitos pelos muçulmanos, como deveria saber
que, ainda hoje, o Deus do seu “Corão” obriga à “guerra
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santa” contra os infiéis, sobretudo contra os Católicos.
Podemos ler no Corão: «Alá é o nosso Senhor: faz-nos
vencedores do mundo dos infiéis» (sura 2, 286).
***
Na noite de Natal proclamaremos a nossa Fé no “VERBO FEITO CARNE, JESUS CRISTO DEUS”, e renovaremos a nossa vontade de combater o erro moderno,
que se mascara sob disfarce de religião mais inteligente, mas transbordante de mitos e simbologia ocultos,
pregando para que a humanidade reencontre Jesus
Cristo Deus, única via de Salvação, na Verdade e no
Amor, em tudo com alegria no “Mistério de JesusDeus”!
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