Ritorniamo al Pag. pt
Transcrição
Ritorniamo al Pag. pt
Chiesaviva MENSILE DI FORMAZIONE E CULTURA DIRETTORE responsabile: sac. dott. Luigi Villa Direzione - Redazione - Amministrazione: Operaie di Maria Immacolata e Editrice Civiltà Via G. Galilei, 121 25123 Brescia - Tel. e fax (030) 3700003 www.chiesaviva.com Autor. Trib. Brescia n. 58/1990 - 16-11-1990 Fotocomposizione in proprio - Stampa: Com & Print (BS) contiene I. R. www.chiesaviva.com e-mail: [email protected] «A VERDADE VOS LIBERTARÀ» (Jo. 8, 32) ANO XLI - N° 444 DEZEMBRO 2011 Poste Italiane S.p.a. - Spedizione in Abbonamento Postale - D.L. 353/2003 (conv. L. 27/02/2004 n° 46) art. 1, comma 2, DCB Brescia. Abbonamento annuo: ordinario Euro 40, sostenitore Euro 65 una copia Euro 3,5, arretrata Euro 4 (inviare francobolli). Per l’estero Euro 65 + sovrattassa postale Le richieste devono essere inviate a: Operaie di Maria Immacolata e Editrice Civiltà 25123 Brescia, Via G. Galilei, 121 - C.C.P. n. 11193257 I manoscritti, anche se non pubblicati, non vengono restituiti Ogni Autore scrive sotto la sua personale responsabilità Voltamos ao PAGANISMO? NATAL! NATAL? Pelo Revº Padre Doutor Luigi Villa E is, de novo, o maravilhoso e verdadeiro, imenso, incompreanúncio: «CHRISTUS ensível, infinito em inteligência, NATUS EST NOBIS»! bondade e perfeição e que, sendo Assim, não mais estamos abandouma única unidade espiritual, nados, não mais estamos sós, perabsolutamente simples e imutádidos num mundo endemoninhado. vel, deve dizer-se, na realidade e CRISTO NASCEU PARA NÓS, por essência distinto do mundo, VINDE E ADOR MO-LO! em Si e por Si beatíssimo e inefáSim! Mas não o protestante “PAI vel, superior a todas as coisas NATAL”, baseado no pinheiro e que, fora d’Ele, são ou possam prendas, mas o Natal de Jesus ser pensadas» (cf. D.B. 1782). Cristo, verdadeiro “Deus” e verAssim, a essência de Deus, na doudadeiro “Homem”, no Qual duas trina escolástica, é “essência” pela naturezas, divina e humana, estão qual uma coisa é tal e não outra, unidas em uma única Pessoa, a constituída na sua espécie, e é “Segunda” da Santíssima Trin“subsistência”, porque existe em dade. si e não em outro. Assim, a essênEsta união de duas pessoas em uma cia divina é constituída pelo facto única Pessoa é designada “União de que Deus é o próprio “Ser SubCardeal Joseph Ratzinger. Hipostática”. sistente”. «Eu sou Aquele que E as três Pessoas Divinas são é…», «Aquele que Me enviou a iguais e inseparáveis, mas só a Sevós» (Es. 3, 13-14). gunda Pessoa se fez “Homem”, Por isso, o título que o Cardeal permanecendo unida ao Pai e ao Joseph Ratzinger deu ao seu livEspírito Santo mesmo durante a Sua vida terrena, não poro, “O Deus de Jesus Cristo” (Queriniana) significa cladendo uma Pessoa Divina separar-se da outra. Deste moramente que Jesus Cristo tem outro “Deus” e, deste modo, Jesus Cristo, mesmo fazendo-Se “Homem”, não deido, Jesus Cristo não é Deus. xou nunca de ser Deus! Não podemos ficar indiferentes perante esta gravíssima afirmação, mas, pelo contrário, sentir o santo orgulho de O Concílio Vaticano I escreve: «A Igreja Católica Aposdefender “JESUS-DEUS”, nosso Salvador e Redentor. tólica Romana crê e confessa que Ele é um só Deus vivo Assim, se defender o Papa é nosso dever de Católicos, di- 2 “Chiesa viva” *** December 2011 zer não se ter compreendido a sua palavra é pura hipocriLibério, por ter subscrito uma ambígua fórmula de fé. sia e velhacaria, porque se a função de “Pedro” na Igreja Seguiram-se os tristes Concílios de Rimini e de Saleucia, é insubstituível, pedir a “Pedro” que actue como “Peonde triunfou a heresia ariana sobre a verdade Católica dedro” não significa, decerto, contestar o “Tu es Petrus”! fendida por Santo Atanásio. Mas, hoje este é venerado O que não admitimos é que possa desviar a Igreja para um sobre os altares e não o Papa Libério, o qual foi mesmo rumo diferente da autêntica Fé Católica, até porque o poexcluído do “Martirológio Romano”! der do Papa não é ilimitado, mas bem limitado pelo DireiClaro que, assim, naquela ocasião, não se podia aplicar ao to Divino. Isto é: a “Verdade” revelada, os Sacramentos Papa Libério o “Tu es Petrus”, e nem sequer o “Ubi Pe– Eucarestia in primis! – as almas, a própria Igreja não trus, ibi Ecclesiae”, mas não se podiam condenar as reclaestão ao arbítrio do Papa para que faça o que lhe pareça, mações de Santo Atanásio e dos poucos outros defensores. mas foram-lhe confiadas para que as custodiasse na inteÉ assim que, justamente, Santo Tomás d’Aquino ensina gridade e pureza. que «quando existe perigo para a Fé, os fiéis estão obriOra, isto exige que o poder eclegados a censurar os seus Prelasiástico, conformemente ao seu dos, até mesmo publicamente» fim, seja aplicado à edificação do (cf. S.To. II-II, a.4 ad 2), e que Corpo Místico de Cristo, não à «se deve resistir a um Papa que sua “destruição” (II Cor. 10, 8). destrói abertamente a Igreja» Por isso, na Igreja, não se pode (cf. Card. Gaetano, “De compaestar nem por arbítrio, nem por rata auctoritate Papae et Concidespotismo. lii”). Vejamos Vaticano I: «O Espírito E foi também um dever para São Santo foi prometido aos SucesPaulo, quando se sentiu obrigado sores de “Pedro” não para que a resistir “a São Pedro” (cf. revelassem uma nova doutrina, Gal. 2, II ss). mas para que, sob Sua assistênO mesmo aconteceu no tempo cia, conservassem com pureza e do Papa Libério, do Papa Hoexpusessem fielmente a Revenório e do Papa João XXII. lação transmitida por interméChegados a este ponto, podemos dio dos Apóstolos, ou seja, o mesmo perguntar: “Donec con“depositum Fiei”» (cf. Const. trarium, probetur”, como se Dogmática De Ecclesia Christi, pode explicar a posição de BenEz. 1836). to XVI como “Vigário de CrisAinda mais, a saída dos limites to” quando, por várias vezes, esdo Direito Divino por parte do creveu e disse que “JESUS Papado é comprovada na História CRISTO NÃO É DEUS”? da Igreja do Cardeal Gaetano, Vimo-lo absolutamente como tígrande teólogo, atestando extulo, “O Deus de Jesus Cristo”, plicitamente: «Personae papae num seu livro, editado por Queporenuere subesse officio Pariniana em 2005-2006, mas já pae (a pessoa do Papa pode recupublicado na Alemanha, cerca sar os deveres do seu ofício de de 1976 e, com segunda edição Papa), porque o Papa não é semem 1978. Bento XVI. pre “infalível” na conduta pastoEu, todavia, já o tinha claramente ral e no governo da Igreja, mas denunciado em Janeiro de 2003, pode errar». no meu livro “La ‘Nuova ChieA infalibilidade é dada e muito sa’ di Paolo VI”, relatando o precisa em determinadas contexto sacrílego na edição francedições, bem explícitas pelo Vaticano I, resultante na fórsa do livro de Ratzinger, “La foi chrétienne, hier et aumula “ex cathedra”. Fora dessas condições pode acontejurd’hui”, p. 126. cer que o Papa erre até no campo doutrinal. Por isso, fora Anoto que um breve resumo da expressão “O DEUS DE dessas condições, o “Ubi es Petrus, ibi Ecclesiae” não JESUS CRISTO” alude a Deus e a Jesus Cristo sem litem nenhum valor, porque Pedro se torna “Simão”, com gação aos dados da Revelação Divina. as suas deficiências! Ainda Cardeal, Ratzinger, então Prefeito da “CongreRecordemos o “caso de Santo Atanásio” que, em 360, gação para a Doutrina da Fé”, de modo claro, escreve que permaneceu o único, entre todos os Bispos da Cristandade, o homem autêntico, pelo simples facto de ser integrala defender a ortodoxia contra os heréticos arianos, como mente tal, é Deus e, como consequência, Deus é um hodisse um espantado Santo Girolamo: «O mundo Católimem autêntico. co encontrou-se ariano»! Ora, aquela “heresia” que Esta Cristologia, todavia, não passa de uma “heresia”. ameaçou toda a Igreja foi, certamente, culpa do Papa Toda a sua Cristologia, de facto, gira neste eixo que, para “Chiesa viva” *** December 2011 3 19 de agosto de 2005. Bento XVI durante sua visita à sinagoga de Colônia, onde foi recebido com todas as honras pela comunidade judaica. ele, é fundamental. Para ele “JESUS NÃO É DEUS” Filho natural do Pai, nem é “com o Pai antes de todos os séculos” e também “não gerado, não criado consubstancial ao Pai”, mas Jesus Cristo é um simples homem que “veio a coincidir com Deus” no momento em que, na Cruz, Ele incarnou “o ser para os outros, o altruísmo por antonomásia”. É claro, por isso, que Ratzinger rejeita a Cristologia da Igreja anterior ao Vaticano II como «uma Cristologia triunfalista, que não sabe mais o que fazer do Homem Crucificado e do “servidor” para inventar, em seu lugar, um mito de Deus ontológico» (cf. Ratzinger, “La Foi chrètienne, hier et aujoud’hui”, p. 152). Deste modo, o Cardeal Ratzinger, à “Cristologia triunfalista” que cria um “mito de Deus ontológico”, opõe a sua “Cristologia de serviço”, que diz ter descoberto em São João, em que o “Filho” seria apenas um “servidor perfeito”. E consegue, deste modo, fazer dizer a Dante uma estupidez herética semelhante (Idem, pp. 125-126). Por outro lado, esforça-se mesmo por interpretar São Paulo (I Cor. 15, 45), onde diz que Cristo seria “o último homem”, «o homem definitivo que introduz o homem no futuro que é o seu; um futuro que consiste em ser simplesmente homem, mas ser um com Deus». E prossegue: «… a fé cristã reconhece em Jesus de Nazaré o homem exemplar». O Cardeal, depois, apoia-se completamente no mação jesuíta Teilhard de Chardin, apóstata, escrevendo: «É grande mérito de Teilhard de Chardin ter repensado estas relações a partir da imagem do mundo… de tor4 ná-las de novo acessíveis» (cf. Idem, pp. 160-162). Não só, mas fará também deste monismo-panteísta a Cristologia de São Paulo: «A partir daí, a fé verá, em Cristo, o início de um movimento que fará entrar, cada vez mais, a humanidade dividida no ser de um único Adão, de um “corpo” amigo, no ser do homem que há-de vir. Isto é, verá em Cristo o movimento em direcção a esse futuro do homem, onde ele será totalmente “socializado”, incorporado no Único (cf. Idem, pp. 162-163). Heresia mais heresia!... Já não será Deus que se faz Homem, mas será o homem que se manifesta Deus, em Jesus Cristo! Estes são disparates que dissolvem a teologia Católica! O Cardeal Siri, no seu livro “Getsemani”, pergunta-se: «Qual pode ser o sentido desta afirmação? Ou melhor: Cristo é somente homem, ou então o homem é divino?» O Cardeal Ratzinger mostra nisto ser um discípulo de Rahner, s.j., outro herético, o qual se perguntava: «Pode provar-se ver a união hipostática na linha deste aperfeiçoamento absoluto do que é um homem?» (cf. Card. Siri, “Gestsemani”, citação de “Nature et Grâce” de Karl Rahner, p. 79). O Cardeal Ratzinger, deste modo, abandonou a “filosofia do ser” pelo do “devir”, repudiando por isso a Tradição e o Magistério de sempre, para voltar ao “Modernismo” que «em Cristo não reconhece nada mais do que o homem, vendo n’Ele um Deus, porque “o princípio da Fé é imanente no homem”.» Ademais, o Cardeal Ratzinger nunca se retratou ou ne“Chiesa viva” *** December 2011 gou algum dos seus escritos, ou antes, qualificou-se como “progressista equilibrado” para uma “revolução tranquila da doutrina, sem nostalgia por um ontem irremediavelmente passado”, isto porque “é ao hoje da Igreja que devemos ser fiéis, não ao ontem nem ao amanhã (cf. “Entretien sur la Foi”, pp. 16-17). A sua obra, de facto, dá-lhe razão, não como “restaurador” da Fé, mas como opositor da Tradição Católica no repúdio da própria Revelação Divina! Nada de espantar, assim, se hoje se manifesta como o autor do seu livro “IL DIO DE GESÚ CRISTO”, ou seja, de um Jesus Cristo que não mais é Deus! Mas ainda hoje parece que se quer convidar a “Repensar o Cristianismo”, colocando até em dúvida Jesus CristoDeus e pondo à discussão toda a Fé Católica, para a transformar numa espécie de panteísmo naturalista que faria reflorir um novo Cristianismo das cinzas de dois mil anos que se querem destruir. Mas, então, que será de Jesus, depois que se quer morto a todo o custo, negando-lhe até a Ressurreição e a Ascensão? O problema é que estes desvios heréticos entraram, por fim, oficialmente, nas Universidades Católicas, nos Seminários e Estudos Teológicos. O grave é serem apresentados, despudoradamente, por muitos que se vangloriam em declarar-se “professores católicos”, “escritores católicos”, “padres católicos”. Decerto, desconcerta ver que Cristo é mencionado apenas para ser ultrajado e apresentado mesmo como amante de Madalena, ou até como sodomita, ou como guru ou impostor; e não se pode ficar indiferente, mas sentir o santo orgulho de defender o nosso Salvador e Redentor. É claro que, sem Cristo, se vive num mundo perverso, luxurioso, sodomita, sem escrúpulos. São Paulo coloca-nos em guarda: «Irmãos, exorto-vos a guardarde-vos dos que causam dissensões e escândalos contra a doutrina que recebestes; conservai-vos afastados deles. Porque esses tais não servem a Cristo, Nosso Senhor, mas ao próprio ventre, e, por meio de uma linguagem suave e lisonjeira, seduzem os corações dos simples» (Rom. 16, 17-18). Então, como pôde Bento XVI dizer que nós temos o mesmo Deus de Israel e do Islão, quando, não crendo em Cristo, as suas religiões são “idolatria”? Santo Tomás d’Aquino, na sua “Suma contra os Gentios”, nega qualquer parentesco entre o nosso Deus – que é verdadeiro – e o do Islão – que é falso – logo, inexistente. O mesmo para os Judeus, que negam que Jesus Cristo seja Deus, como afirmou o próprio Professor Muhammad Hamidullah, ex-Reitor da Universidade “Ain-Shamus”, no Cairo, que afirmou: «dizer que os muçulmanos adoram o mesmo Deus dos Católicos é falso, porque o nosso Deus não é Trinitário, e os muçulmanos não adoram nem Jesus, nem o Espírito Santo». A nossa actual jerarquia deveria, de qualquer modo, saber que a História do Cristianismo está semeada de cadáveres Cristãos feitos pelos muçulmanos, como deveria saber que, ainda hoje, o Deus do seu “Corão” obriga à “guerra “Chiesa viva” *** December 2011 santa” contra os infiéis, sobretudo contra os Católicos. Podemos ler no Corão: «Alá é o nosso Senhor: faz-nos vencedores do mundo dos infiéis» (sura 2, 286). *** Na noite de Natal proclamaremos a nossa Fé no “VERBO FEITO CARNE, JESUS CRISTO DEUS”, e renovaremos a nossa vontade de combater o erro moderno, que se mascara sob disfarce de religião mais inteligente, mas transbordante de mitos e simbologia ocultos, pregando para que a humanidade reencontre Jesus Cristo Deus, única via de Salvação, na Verdade e no Amor, em tudo com alegria no “Mistério de JesusDeus”! 5