Concertos UFRJ: Bicentenário de Verdi - Escola de Música

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Concertos UFRJ: Bicentenário de Verdi - Escola de Música
Concertos UFRJ: Bicentenário de Verdi
Escrito por SeTCOM
Ter, 19 de Novembro de 2013 10:11 - Última atualização Qua, 20 de Novembro de 2013 21:35
A edição da semana de Concertos UFRJ homenageia o bicentenário de nascimento do
compositor italiano Giuseppe Verdi, um dos mais importantes autores de óperas de todos os
tempos. No repertório da audição, trechos de Nabucco, Rigoletto, Il Trovatore e La Traviata,
obras que continuam a frequentar os melhores teatros líricos e a encantar o público.
Giuseppe Verdi nasceu em 10 de outubro de 1813 em Roncole di Busseto, província de Parma,
na época sob domínio francês. De famíla humilde, cedo revelou interesse pela música. Aos 12
anos já era o organista da igreja de sua cidade natal e escrevia suas primeiras obras.
Ouça aqui o programa: s UFRJ
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Toda segunda-feira, às 22h,
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Sob a proteção do comerciante Barezzi, que lhe financiará os estudos, segue para Milão.
Apesar de ser recusado pelo Conservatório, estuda com professores particulares.
Em 1836 casa-se com Margherita, a filha de seu mecenas. A família logo muda para Milão,
quando o compositor orienta a carreira para o teatro. Em fevereiro de 1839 apresenta no La
Scala a ópera Oberto, com razoável sucesso. Sobreveio então a tragédia que o marcará para
toda a vida: após perder os dois filhos pequenos, Margherita morre em 1940.
Deprimido, Verdi pensa em abandonar a música. A sua sorte muda com Nabucco, escrita em
1842, que alcança ruidoso sucesso. O enredo, que conta o cativeiro judaico na Babilônia,
incendiou a imaginação dos contemporâneos, que viram nele uma metáfora da opressão
austríaca sobre o norte da península. Com impressionantes árias de soprano e o melancólico
coro dos escravos do terceiro ato (o famoso "Vá pensiero") a música de Verdi se concerte em
pouco tempo em símbolo da luta pela unificação italiana.
Estando Rossini aposentado e Donizetti radicado em Paris, Verdi passa a cocupar o trono da
ópera italiana. Todos querem suas obras e o compositor não para de escrevê-las. São 20
óperas em cerca de 17 anos, que mais tarde chamaria de seus "anos de galés", para teatros
na Itália, Londres e Paris. Foi em Paris, aliás, que conheceu Giuseppina Strepponi, que cantara
em Nabucco cinco anos, e com quem casará em 1850.
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É desse período também a sua "trilogia popolare": as óperas Rigoletto (1851), Il Trovatore
(1853) e La Traviata (1853) que são os maiores sucessos de Verdi.
Romantismo singular
Não sou um compositor culto, mas sou experiente.
A crítica se insurgiu, porém, contra essa extraordinária popularidade, considerando as três
obras vulgares e inspiradas em um falso romantismo. Não percebeu a riqueza da invenção
melódica e os elementos realistas que renovam a tradição operística, inflada então por temas
mitológicos ou históricos. Verdi dá vida a personagens prosaicos: um corcunda (Rigoletto) e a
uma cortesã (em La Traviata). Em termos estritamente musicais nelas há trechos de uma
riqueza extraordinária.
O romantismo de Verdi é, cabe mencionar, singular: ele crê na capacidade redentora do amor,
tem simpatia pelos humilhados e ofendidos, protesta contra as injustiças e concede aos finais
um caráter profundamente trágico.
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Os aspectos dramáticos da trama estão sempre no centro de suas preocupações. Por
exemplo, ao discutir o elenco para Macbeth, sua ópera de 1847, pede uma cantora "de voz um
tanto rude, rouca e triste, com algo de diabólico em si" para o papel título, recusando sopranos
com registros mais suaves e mais dotados.
Maturidade
Foto: Reprodução
Funeral
de Verdi. 20 mil pessoas seguiram o cortejo cantan
A qualidade das obras iniciais se repetirá nos trabalhos da maturidade: Un ballo in maschera
(1851), La forza del destino (1862) e Don Carlo (1867), um sombrio drama histórico.
Para a abertura do canal de Suez lhe foi encomendada a ópera Aida (1871), um de seus
grandes triunfos. Na velhice, comporá um Réquiem (1874) apaixonado e místico, escrito em
homenagem a seu grande amigo, o romancista e poeta Alessandro Manzoni. Já com a idade
de oitenta anos escreverá Otello (1887), baseado na tragédia homônima de Shakespeare e
talvez sua criação mais trágica. Falstaff (1893), quase uma ópera-bufa, é seu último trabalho
para o teatro, um olhar irônico de um gênio que se despede dos palcos e da vida. Suas últimas
obras são quatro peças sacras: Ave Maria, Stabat Mater, Laudi e Te Deum.
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O compositor morrerá em 27 de janeiro de 1901, em Milão. Seu funeral comoveu a Europa.
Deixou a enorme fortuna para uma fundação destinada a socorrer músicos pobres.
Repertório
A edição apresentou trechos de Nabucco, Rigoletto, Il Trovatore e La Traviata.
De Nabucco, Coro dos escravos hebeus ("Vá pensiero"), com o Coro e Orquestra da Ópera de
Berlin. A regência é de Giuseppe Sinopoli e a gravação, de 1982.
A seguir, o início do terceiro ato do Rigolleto com o famosa ária "La donna è mobile" e o
quarteto formado pelos personagens Rigolleto, Gilda, o Duque de Mântua e Madalena. A
gravação de 1971 traz o barítono Sherrill Milnes, o soprano Joan Sutherland, o tenor Luciano
Pavarotti e o mezzo-soprano Huguette Tourangeau. A orquestra é Sinfônica de Londres sob a
batuta de Richard Bonynge.
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Do Il Trovatore o programa apresentou "Tacea la notte placida", ária de Leonora, cantada pelo
soprano Joan Sutherland; "Stride la vampa", ária de Azucena, com a mezzo-soparano Marilyn
Horne; e o stretto "Di quella pira l'orrendo foco", ária de Manrico, com o tenor Luciano Pavarotti.
A gravação de 1976 tem Richard Bonynge regendo a National Philharmonic Orchestra e o
London Opera Chorus.
Por fim, de La Traviata foram ao ar trechos do segundo ato. Com destaque para "De' miei
bollenti spiriti", ária de Alfredo Germont, com o tenor Plácido Domingo; "Pura siccome un
angelo", ária de Giorgio Germont, com o barítono Sherrill Milnes; e o dueto com Violetta Valery,
interpretada pelo soprano Ileana Cotrubaş. A orquestra é a da Ópera Estatal da Bavieca,
conduzida por Carlos Kleiber. A gravação é de 1976.
***
O programa radiofônico Concertos UFRJ, resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette
Pinto, vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André
Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições podem ser acompanhadas on line ou por meio
do podcast
(áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1).
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