Setembro e Novembro 2015 - Junta de Freguesia dos Olivais

Transcrição

Setembro e Novembro 2015 - Junta de Freguesia dos Olivais
Diretora: Rute Lima
www.jf-olivais.pt | [email protected]
Carlos Carvalho
República nos Olivais
SAÚDE
Protocolo
Mário Centeno
JFO com GoFit
p. 7
ministro das finanças
em Grande Entrevista
Seniores olivalenses
ganham aulas
de hidroginástica
p. 11
Carlos Carvalho
p. 3
REPAVIMENTAÇÃO
Rua Vila
de Bissorã
PASSEIO SÉNIOR
Comemorações
Dia do Idoso
Reunião Junta de Freguesia
p. 6
p. 16
ano XXV, mensal
distribuição gratuita
Grande homenagem à
p. 8
p. 5
JornalOlivais
Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
com intervenção do Público
I Gala do Desporto dos Olivais
A próxima reunião da JFO com intervenção do público terá lugar a 07 de
Janeiro, pelas 19h30, mediante inscrição prévia (48 horas de antecedência)
editorial | Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
JornalOlivais
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Espírito Olivalense
Rute Sofia Florêncio Lima
Presidente da Junta de Freguesia de Olivais
Pelouros: Organização e Recursos, Segurança
e Proteção Civil, Ação Social, Saúde e Prevenção
da Toxicodependência, Urbanismo e Habitação
Atendimento (por marcação): 6.ª feira, das 10h30
às 12h30. E-mail: [email protected]
Aproxima-se a época de Natal e,
com mais ou menos dificuldades, os
Olivalenses preparam-se para presentearem familiares e amigos. À autarquia não cabe interferir nas leis de mercado, naturalmente. Contudo, não posso
deixar de lançar o apelo de que, preferencialmente e sempre que possível, se
consuma no comércio tradicional, que
tem ajudado ao desenvolvimento da
Freguesia e que emprega, direta e indiretamente, muitos Olivalenses.
As iluminações de Natal continuam a
brilhar na nossa Freguesia, transmitindo
assim a magia da época, em que todos
nós estamos à espera de ver as nossas
ruas decoradas de um modo diferente,
especialmente as crianças, que chegam
a esta altura do ano ansiosas com este
ambiente. Este ano decidimos voltar a
fazer a Quinta de Natal dos Olivais, trata-se de um grande evento que vai ocupar
o espaço interior e exterior da Biblioteca
dos Olivais, parte da Quinta Pedagógica
e a zona circundante, o objetivo é
celebrar o Natal com uma boa oferta de
lazer para toda a família.
Enquanto Presidente da sua Junta de
Freguesia, renovo aqui o compromisso
assumido com todos os Olivalenses e reitero a minha total disponibilidade para
caminhar lado a lado com todos, seja
em momentos felizes, seja em momentos em que a ação da Junta de Freguesia
é determinante para a minimização de
problemas que, com regularidade, a
todos nos afetam. Nesta quadra festiva
os valores da solidariedade, da fraternidade e da igualdade enquanto essência
da vida em comunidade chamam por
todos, sem exceção.
Natal, época de festa, mas também de
recolhimento, de pensarmos e planearmos o dia de amanhã, de estarmos mais
próximos dos nossos familiares e amigos, de sentirmos que há muito mundo
em redor de nós e há sempre alguém ao
nosso lado que precisa de uma palavra,
de uma ajuda.
| executivo
É muito provável que nos encontremos
pelas ruas e lugares da nossa Freguesia,
mas caso isso não aconteça, desde já lhe
desejo um Natal tranquilo, sem sobressaltos e, se possível, com um sorriso.
Feliz Natal e bom Ano Novo de 2016
“Da mesma forma que acredito em
mim própria, acredito também no
espírito Olivalense. Somos pessoas
generosas e determinadas, somos
pessoas atentas a tudo o que envolve
a vida em comunidade, somos
crianças, pais e mães, avós e avôs que
centramos as nossas vidas em torno
da mais bela Freguesia de Lisboa.”
| ficha técnica
JornalOlivais
Ano XXV, mensal — distribuição gratuita
Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
Diretora: Rute Lima
Hugo Miguel Mateus Gaspar
Tesoureiro
Pelouros: Espaço Público, Finanças e Património
Atendimento (por marcação): 5.ª feira, das 17h
às 19h. E-mail: [email protected]
Anabela Pereira da Silva
Secretário
Pelouro: Educação
Atendimento (por marcação): 2.ª feira, das 15h
às 19h. E-mail: [email protected]
Duarte Albuquerque Carreira
Pelouros: Desporto, Associativismo e Juventude
Atendimento (por marcação): 4.ª feira, das 17h
às 19h. E-mail: [email protected]
Diretor de arte: Samuel Pereira
Redação: Cometa Mágico
Paginação: Arlinda Fortes
Fotografia: José Filipe; Cometa Mágico
Propriedade e edição:
Junta de Freguesia de Olivais
Rua General Silva Freire, Lote C
1849-029 Lisboa
Telefone: 218 540 690 | Fax: 218 520 687
Email: [email protected] | Web: www.jf-olivais.pt
Registo: 120411
Depósito Legal:57254/92
Tiragem: 18.000 exemplares
Por motivos de clareza ou de espaço, reservamos
o direito de selecionar os temas e publicar só o
que considerarmos de interesse coletivo.
Junta de Freguesia de Olivais
ATENDIMENTO: 2.ª a 6.ª das 9h às 17h30
Telefone: 218 540 690 | Fax: 218 520 687
E.: [email protected] | W.: www. jfsmo.pt
Atendimento Jurídico: 5.as feiras das
15h às 17h30 (gratuito/ com marcação)
Cátia Patrícia Pinto Rosas
Pelouros: Higiene Urbana, Amb. e Espaços Verdes
Atendimento (por marcação): 5.ª feira, das 17h
às 19h. E-mail: [email protected]
José Ricardo Silva
Pelouros: Comércio, Serviços e Turismo,
Mobilidade e Transportes
Atendimento (por marcação): 3.ª feira, das 17h
às 19h. E-mail: [email protected]
Ana Catarina de Jesus Crista
Pelouro: Cultura
Atendimento (por marcação): 2.ª feira, das 14h30
às 17h30. E-mail: [email protected]
Assistente Social: 4.as feiras das 15h às
17h30 (gratuito/ com marcação)
Contactos úteis:
PSP: 218 547 210 | Bombeiros: 218 533 632
EDP: 800 506 506 | EPAL: 800 222 425
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Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO
Rua Vila de Bissorá
repavimentada
A Câmara Municipal de Lisboa prossegue o seu plano de repavimentação
que abrange toda a cidade de Lisboa.
Nos Olivais, a Rua Vila de Bissorá foi alvo
de intervenção.
O programa “Pavimentar Lisboa 20152020” é um extenso plano de repavimentação da Câmara Municipal de Lisboa que
abrange as 24 freguesias do concelho,
representando um investimento estimado
de 25 milhões de euros. No total, cerca de
110 quilómetros viários em mais de 150 artérias lisboetas serão requalificados.
“Temos várias artérias com necessidade
de repavimentação integral, necessidade
essa que se prende com o desgaste próprio dos anos”, aponta Rute Lima. “A Junta
de Freguesia de Olivais, em estreita parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, selecionou uma série de artérias com necessidade absoluta de serem recuperadas. A
Rua Vila de Bissorá foi uma delas e estamos
muito satisfeitos, tanto com esta intervenção, como com todas aquelas que sabemos
que serão efetuadas muito em breve”.
A artéria, situada nas imediações do centro comercial Spacio Shopping, apresenta
agora uma “nova cara”, para maior conforto
e segurança dos residentes e demais utilizadores da via pública.
EQUIPAMENTO URBANO
Higiene Urbana
reforçada com nova viatura
A JFO adquiriu uma nova viatura para
reforçar os equipamentos disponíveis
para a Higiene Urbana.
“A receção do novo equipamento de
suporte à área da Higiene Urbana veio
reforçar um leque de equipamentos já ao
dispor dos nossos funcionários para a execução de um trabalho mais eficaz em prol
da Freguesia e dos olivalenses”, aponta Rute
Lima. Com perfeita noção da exigência do
trabalho desta área, a Presidente adianta:
“Sabemos a importância acrescida de conseguirmos ter uma Freguesia limpa e cuidada, mas é também muito importante que
as equipas que exercem esse trabalho possam ter as melhores condições possíveis”.
À semelhança dos equipamentos que pertencem ao parque da Junta de Freguesia, a
nova viatura está devidamente identificada
com o logotipo da JFO e do departamento
da Higiene Urbana, sendo facilmente identificável pelos olivalenses. “Lamentamos
não poder fazer tudo e adquirir tudo de
uma só vez, mas é impossível. Há que fazer
uma gestão criteriosa dos recursos financeiros e as áreas de competência da Junta
de Freguesia são muito abrangentes”, reconhece Rute Lima. “O caminho faz-se caminhando e com perseverança e empreendedorismo, tudo se vai fazendo aos poucos”.
| em foco
JornalOlivais
notícias | Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
JornalOlivais
1
JUVENTUDE
Ao serviço dos jovens
olivalenses
Com a abertura do Gabinete de Inserção
Profissional em Setembro, o Espaço da
Juventude assume cada vez mais uma
vocação centrada na empregabilidade,
informação e formação profissional.
O Espaço da Juventude é um projeto
da Junta de Freguesia situado junto à
Avenida Cidade de Luanda, na Rua Eurico
da Fonseca, que tem nos jovens olivalenses o seu público-alvo. “Definimos que
a prioridade deveria ser dar resposta ao
grande desafio que atualmente os jovens
enfrentam, e aqui quando falamos de
jovens abrangemos uma latitude bastante
grande, da adolescência aos 30 e tal anos:
a emancipação jovem e o principal fator
que a garante, que é a empregabilidade”,
esclarece Duarte Carreira, vogal responsável pelo equipamento.
Para dar uma resposta positiva no âmbito
destas matérias, a Junta de Freguesia decidiu vocacionar grande parte das atividades do Espaço da Juventude para o apoio
à empregabilidade, e é nesse contexto
que surge o GIP – Gabinete de Inserção
Profissional. O GIP resulta de uma parceria com o IEFP (Instituto do Emprego
3 EDUCAÇÃO
Projeto Dê para a Troca:
mais de 3700 manuais
trocados!
O projeto de troca de manuais escolares
promovido pela Junta de Freguesia de
Olivais já promoveu a troca de quase 4000
livros, um número bastante assinalável.
Os números refletem a contagem feita
até meados de Outubro: são 3787 manuais
escolares alvos de troca, seguindo das
mãos de quem já não precisa deles para
as de quem entra no novo ano escolar e
agradece poder abrir um pouco menos
os cordões à bolsa. Destes, 500 dizem respeito aos quatro anos do 1.º ciclo, 1349 são
do 5.º e 6.º ano, 1454 são do 3.º ciclo e os
restantes 484 dizem respeito ao ensino
secundário.
O projeto “Dê para a Troca” visa a troca
de manuais escolares usados, de acordo
com uma lógica ao mesmo tempo ecológica, ou de redução do desperdício,
e solidária, na medida em que permite
aligeirar a despesa que as famílias têm
com o material escolar. “O projeto funciona a 100% desde que este executivo
tomou posse, mas já se tinha iniciado
antes”, refere a vogal da Educação, Anabela Silva. “Funcionava inicialmente nas
e Formação Profissional) e funciona com
um horário alargado todos os dias da
semana, das 9h às 18h (à quarta-feira prolonga o seu horário até às 22h). As suas
valências passam pela possibilidade de
os beneficiários de subsídio de desemprego efetuarem no local as apresentações periódicas a que estão sujeitos, pela
realização de ações de formação sobre
mecanismos de procura de emprego (que
são de carácter obrigatório para os inscritos no IEFP como desempregados) e o
facto de funcionar como uma plataforma
de contacto entre a população desempregada e as empresas olivalenses (ou
outras) que estão a recrutar trabalhadores.
“Contamos ter, anualmente, cerca de 8000
ações no GIP, entre apresentações periódicas, formações e atendimentos individuais”, aponta Duarte Carreira. “A importância do espaço está, desde logo, no facto
de os olivalenses não terem de se deslocar
para mais longe, e por outro lado, de ser
um espaço onde os olivalenses sabem que
podem ir para obter algum apoio e ajuda
nas questões de empregabilidade”, refere
o vogal, que aponta como exemplos mais
óbvios obter informação sobre determinada carreira ou saber como elaborar um
currículo.
O Espaço da Juventude pretende ser
ainda um ponto onde os jovens possam
encontrar respostas ao nível do voluntariado internacional e de candidaturas a
projetos europeus. Nas palavras de Duarte
Carreira, “constituir-se como um ponto de
informação jovem”: “Pretendemos que o
Espaço da Juventude seja nos Olivais uma
janela aberta para o mundo. No século XXI
devemos ter muito orgulho nas nossas raízes mas ter também horizontes vastos”.
escolas, depois passou para o Espaço da
Juventude e agora está a funcionar nas
instalações da Biblioteca dos Olivais”.
E não podia decorrer de forma mais simples: os fregueses dirigem-se à biblioteca
e entregam os manuais, que são registados por ano, disciplina e autor. Consequentemente, ficam disponíveis para
procura, consulta e entrega. Os interessados na sua aquisição só têm de dirigir
também à biblioteca e perguntar pelo
manual escolar que pretendem obter.
“Considero-o um projeto de sucesso”,
afirma Anabela Silva, “mas também é verdade que teria ainda mais sucesso se mais
pessoas deixassem de guardar os livros
em casa, que não servem para mais nada.
No fundo acaba por ser uma questão de
consciência cívica”. A vogal da Educação
faz um apelo “a quem ainda tem manuais
escolares guardados e a ganhar pó que
os entregue na biblioteca. Se forem
muito pesados ou a pessoa não tiver facilidade de transporte, a junta encarrega-se da recolha e transporte!”.
Para tal, basta contactar o departamento de Educação da JFO. Mas atenção: só servem os manuais a partir do ano
2011, os anteriores já não interessam porque estão desatualizados. Dos manuais
entregues, nem todos serão reutilizáveis,
mas a autarquia encarrega-se de fazer a
seleção.
2 MOBILIDADE
Mais de 14 000
pessoas em 6 meses
O Olivais Porta a Porta atingiu a assinalável marca de 14 067 pessoas transportadas em apenas 6 meses de atividade!
É difícil que ainda não o conheça, mas
mesmo assim podemos apresenta-lo
novamente: o Olivais Porta a Porta é o
nome que recebeu o serviço de transporte urbano gratuito que a JFO oferece aos fregueses. A linha verde pintada no pavimento pelos arruamentos
de toda a Freguesia de Olivais anuncia
os locais onde o Porta a Porta faz escala,
bastando para isso que os utilizadores
solicitem ao motorista a paragem da
viatura. Trata-se de um serviço que pretende oferecer uma alternativa cómoda,
simples e gratuita a todos os olivalenses, independentemente da sua idade
ou condição social, e que na prática leva
as pessoas onde querem chegar dentro
da Freguesia: ao mercado, à igreja, às
finanças, à escola, ao shopping, aos correios, à Junta de Freguesia. Cumprindo
uma lógica de monitorização do projeto, a JFO alargou recentemente o trajeto, aumentando a cobertura do território da Freguesia. Na altura, o vogal
José Ricardo Silva enumerou o Bairro
4 MOBILIDADE
Noite deTerror
na Biblioteca
A noite de 31 de Outubro foi de absoluto terror (mas um terror muito divertido) na Biblioteca dos Olivais, como
forma de comemorar o Dia das Bruxas!
A “Noite de Terror na Biblioteca” foi
uma iniciativa do pelouro da Cultura da
JFO que pretendeu assinalar uma data
cada vez mais celebrada em Portugal.
Ana Crista, vogal da Cultura, classifica
a iniciativa como “um sucesso que superou as expetativas e sem dúvida, uma
iniciativa a repetir”. A vogal destaca a
“grande adesão por parte do público” e
o “ambiente festivo e muito positivo” do
evento. Além de todo o ambiente criado
pela decoração temática do espaço, o
público pôde não só divertir-se no “Baile
das Bruxas”, como assistir a uma atuação
de dança e aventurar-se na “Passagem
pelo Palácio Assombrado”.
Conta-nos Ana Crista: “A Passagem
do Palácio Assombrado foi, sem sombra de dúvida, o ex libris dessa iniciativa:
um passeio assustador pelo espaço da
Biblioteca que contou com uma fabulosa encenação e que trouxe o medo e o
terror a todos os participantes”.
4
da Quinta do Morgado, a Rua Cidade da
Beira, incluindo a Rua Cidade de Tete,
onde os autocarros da Carris não passam, Olivais Velho, a entrada do complexo desportivo GoFit e a Rua Tenente
Oliveira e Carmo como alguns dos principais novos pontos de passagem.
Consequentemente, dos iniciais 9,5
Km do percurso passou-se para cerca
de 14 Km, o que resultou num aumento
do tempo de espera. José Ricardo Silva
anuncia agora a entrada em cena de
uma nova viatura, que não só vem alargar o horário de funcionamento como
reduzirá também o tempo de espera.
“Pode dizer-se que o Olivais Porta a Porta
vai «de vento em popa», com a alteração efetuada no aumento do percurso
e com as novidades que se avizinham.
Iniciaremos em breve o trajeto de outra
viatura, alargando o horário abrangido.
Ou seja: começará mais cedo, acabará
mais tarde, o serviço não vai ter paragem para almoço e teremos um menor
tempo de espera entre cada passagem”, esclarece o vogal dos Transportes.
“Conseguimos assim abranger um leque
bem maior de Olivalenses depois de,
como previsto, termos perdido alguns
utilizadores com o aumento do tempo
da volta e o consequente aumento do
tempo de espera. Creio que com estas
alterações o serviço ficará bem próximo
do ideal; no entanto, a monitorização
continuará a ser efetuada sempre com
a finalidade de o melhorar”.
José Ricardo Silva conclui agradecendo as sugestões que moradores,
utilizadores e lojistas endereçaram à
JFO, contribuindo criticamente para a
melhoria do Olivais Porta a Porta.
Esta iniciativa justifica-se com um
objetivo claro de inovação e de diversificação das atividades culturais na
Freguesia. Nas palavras da vogal responsável, “Acreditamos que a Cultura não se
fecha apenas nas nossas tradições mas
também numa evolução das mesmas
e na criação de novas. A Biblioteca dos
Olivais é um espaço com grande potencial que pode abraçar diversas iniciativas culturais e de lazer a acrescentar à
sua função e programação habitual”.
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Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
| notícias
JornalOlivais
5 CULTURA
Grande homenagem à
República nos Olivais
O 105.º aniversário da Implantação da República foi solenemente comemorado
na Freguesia dos Olivais através de um evento que recebeu o nome “Olivais Vive
a República”.
6 CULTURA
Olivais By Night:
porque caminhar
à noite é seguro
e faz bem!
Desde finais de Abril, todos os dias
de semana, os olivalenses calçam uns
ténis, vestem roupa confortável e caminham pela sua freguesia. São 7 meses
de Olivais By Night!
O “Olivais by night” é um programa de
caminhadas noturnas que hoje em dia já
faz parte do quotidiano de dezenas de
olivalenses.
Duarte Carreira, vogal do Desporto da JFO,
explica que a iniciativa “surgiu partindo de
um princípio: caminhar é a atividade desportiva mais adequada à grande maioria
da população”. E nessa perspetiva, quis dar
resposta a alguns problemas: “Chegámos
à conclusão de que havia muitas pessoas
da freguesia que não caminhavam porque tinham receio de o fazer sozinhas no
período noturno, ou que não tinham motivação para o fazer sozinhas. Estas pessoas
tinham consciência da importância do
hábito de caminhar após o jantar mas faltava a motivação extra”. Assim, fez-se o planeamento de um programa de caminhadas
do hino nacional entoado pela banda
da SFUCO. Também houve lugar a intervenções do comandante do Regimento
de Transportes, da Presidente da Junta
de Freguesia de Olivais, Rute Lima, e do
vereador Jorge Máximo, em representação do Presidente da Câmara de Lisboa.
Já antes tinha tido lugar uma exposição
militar do Regimento de Transportes e do
Instituto Geográfico do Exército (sediados na Freguesia de Olivais).
Carlos Carvalho
Em bom rigor, as comemorações do aniversário da Implantação da República
tiveram início bem antes da cerimónia
solene e do concerto que se lhe seguiu,
no dia 11 de Outubro: na semana que
antecedeu o tão acarinhado dia 5 de
Outubro, todas as escolas olivalenses
receberam uma visita bastante especial.
Um autocarro multimédia da Câmara
Municipal de Lisboa percorreu os equipamentos escolares do território da
Freguesia de Olivais, do ensino básico
ao secundário, ajudando os mais de 1000
alunos a compreender o que é, afinal de
contas, a República, através de um vídeo
didático. Um conjunto de atores encenou uma pequena representação teatral centrado nos três principais protagonistas do 5 de Outubro de 1910: António
Machado dos Santos, militar e político
republicano, Henrique Paiva Couceiro,
militar fiel à monarquia, e Ilda Pulga, alentejana de Arraiolos, a inspiração do escultor que concebeu o busto da República.
O grande momento ocorreu no dia 11
de Outubro, em que a Junta de Freguesia
assinalou com as devidas honras o aniversário republicano. Em frente ao edifício sede da JFO, decorreu uma cerimónia do hastear da bandeira, ao som
A importância de celebrar
a República
celebrar sempre com dignidade três
datas que assumem especial importância para o regime republicano e a democracia portuguesa: o 1.º de Dezembro e
a Restauração da Independência; o 5 de
Outubro e a Implantação da República; e
o 25 de Abril e a Revolução dos Cravos.
Quanto ao vereador Jorge Máximo, fez
questão de elogiar o dinamismo ímpar e
o vasto número de iniciativas desenvolvidas pela Junta de Freguesia de Olivais,
bem como a aposta na educação para os
valores republicanos nas escolas. O vereador recordou os pontos centrais da mensagem de Fernando Medina na cerimónia
do 5 de Outubro e recordou que foi nos
Paços do Concelho que a República foi
primeiramente evocada. Seguiu-se um
magnífico concerto de Vitorino Salomé,
que quis juntar-se à festa olivalense a
título gratuito. O célebre músico alentejano foi brilhantemente acompanhado
pela banda da SFUCO, que se revelou mais
que preparada para o espetáculo! A atuação da banda dirigida pelo maestro Luís
Ferreira incluiu temas populares lisboetas que puxaram pelas vozes do público,
mas o destaque vai para os mais conhecidos temas interpretados por Vitorino,
nomeadamente “Menina estás à janela”,
“Queda do Império” e “Vou-me embora,
vou partir”. Vitorino ficou impressionado
pela qualidade e juventude da banda da
SFUCO e foi presenteado com uma lembrança especial pelas mãos da Presidente
Rute Lima.
diárias pela freguesia a partir de três pontos de partida, em três “centralidades” dos
Olivais: um junto ao parque infantil do
Bairro da Encarnação, outro junto ao edifício sede da JFO, outro perto da Biblioteca
dos Olivais. Estes três pontos foram assinalados com sinalização vertical, para que toda
a gente saiba que dali se parte para caminhar com o Olivais By Night! O maior grupo
é o que se concentra junto à JFO, que congrega uma média de 30 participantes, todos
os dias de semana. O mau tempo característico do Inverno provocará naturalmente
uma quebra no número de participantes, mas o projeto mantém-se. “Pedimos o
apoio de alguns voluntários e vimos o projeto acontecer de forma quase autónoma”,
refere o vogal responsável. “É certo que
enquanto houver pessoas a encontrar-se
nestes pontos com vontade de caminhar, o
Olivais By Night acontece”.
muito mais à-vontade”, enumera Duarte
Carreira. E acrescenta: “Um bom exemplo
do espírito humano: como gostamos de
superar desafios, muitos estão a aderir ao
programa de caminhadas fora da freguesia por sentirem que já estão preparados
para um grau de exigência maior”. Além
da componente da saúde e do bem-estar
físico e psicológico, há ainda a questão do
convívio. “Este tipo de projetos propicia o
convívio entre vizinhos, da mesma rua, do
mesmo prédio, ou das ruas seguintes. Na
melhor das hipóteses diziam bom dia e boa
noite, mas com este projeto conhecem-se,
comunicam-se e criam laços entre si”. Por
fim, há a questão de conhecer melhor a
freguesia. “Havia muita gente a viver nos
Olivais há décadas e que conhecia pouco
mais que as imediações da sua própria rua.
Há muito nos Olivais por descobrir e este
projeto é uma excelente oportunidade para
descobrir ou redescobrir a nossa freguesia. É frequente ouvir pessoas a dizer «não
conhecia isto, ou nunca tinha passado por
aqui»”, completa.
Resta deixar um agradecimento à Liberty
Seguros, entidade que ofereceu coletes para
os caminhantes andarem em segurança.
O coronel Borlinhas assegurou que o
Regimento de Transportes faz parte das
forças vivas da Freguesia dos Olivais e
que está aberto à comunidade na qual
se insere, particularmente (mas não só)
através da realização do Dia da Defesa
Nacional para os jovens olivalenses que
completam 18 anos e cumprem o respetivo dever militar.
Já a Presidente Rute Lima fez uma eloquente defesa dos ideais republicanos, referindo a urgência de lutar, no
tempo em que vivemos, por uma sociedade mais justa e igualitária, contra o
empobrecimento generalizado do país
e da sociedade. Para a autarca, impõe-se
Benefícios para a saúde:
corpo e alma
Os benefícios são vários, alguns mais
óbvios, outros mais latentes. “Desde logo
há vantagens que advêm da prática de atividade física regular. Eu próprio vou com a
regularidade que me consigo permitir, mas
há muitas pessoas que caminham todos os
dias e que dão conta de benefícios notórios. Quando começaram custava-lhes um
pouco e agora fazem a caminhada com
notícias | Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
7 DESPORTO
I Gala do Desporto
dos Olivais celebra o mérito olivalense
A primeira edição da Gala do Desporto dos Olivais constituiu uma noite memorável
para todos os que dela fizeram parte. Há muita vida nos Olivais o desporto aí está a
prova-lo!
Foi a estreia absoluta para um evento
que tinha como objetivo distinguir atletas, técnicos, dirigentes e apoiantes do
desporto da Freguesia.
O recentemente inaugurado pavilhão
da Escola Sarah Afonso foi o palco escolhido para esta festa da família desportiva olivalense e ficou cheio com atletas
de todas as idades, sexos e praticantes
de um grande número de modalidades
(além dos seus familiares e amigos).
O clima de festa prolongou-se até
ao final da noite, com a alegria estampada no rosto dos atletas que receberam as distinções e galardões. As atuações no palco ficaram a cargo do Clube
Marcial Zen Kwon (que também foi um
dos destaques nos prémios), das crianças
do Centro NucliSol Jean Piaget (Marvila),
da classe de ballet Pezinho de Dança
(Beato) e do conjunto Duodécimo, que
encheu o pavilhão com o autêntico hino
“We are the Champions”, da banda britânica Queen. Os desportistas premiados incluíram campeões, vice-campeões
e outras performances de mérito nas
modalidades de futebol (CCD Olivais
Sul e ADCEO), judo (ADCEO), taekwondo
(Zen Kwon), ginástica (ADCEO), atletismo
(Os Ingleses), basquetebol (2010 Odisseia
Basket), BTT (Estrelas de Lisboa) e futsal
(SL Olivais). Houve ainda lugar a menções honrosas, que homenagearam a
ação de entidades privadas que apoiaram o desporto olivalense. Foram distinguidos a ANA Aeroportos, a Desportiva
da Encarnação, o Banco BIC a Go Fit, a
Vidamais e a Magrape. Já o galardão prestígio foi entregue à estrela do futebol
feminino Carla Couto, atleta que representou as cores da Seleção Nacional.
Desporto como pilar
da sociedade
A Presidente Rute Lima revelou sentir alguma nostalgia dos seus tempos
de desportista e de dirigente associativa, aproveitando para fazer o elogio do
desporto enquanto pilar da sociedade
e espaço privilegiado de aprendizagem
de valores de cidadania. “O desporto faz
falta na vida de todos nós, sejamos crianças, adolescentes ou adultos. Ensina-nos
a tratar bem do nosso corpo, que devemos ter um crescimento saudável, alimentação e postura física saudáveis.
Passamos a valorizar a cooperação, a ter
respeito pelo outro, a dar valor à amizade, ao espírito de equipa, à justiça. Falo
por experiência própria quando digo que
passamos a dar valor à multiculturalidade, ao empenho, aos sucessos e vitórias, mas acima de tudo à derrota. É no
confronto e na derrota que vamos buscar
força para nos tornarmos melhores desportistas e melhores pessoas”.
A autarca deixou também uma palavra
de apreço para os pais dos atletas mais
novos, aos dirigentes e órgãos sociais
das associações, às equipas técnicas e
aos terapeutas “por tudo o que dão em
prol do desporto e do associativismo” e,
claro, elogiou o firme empenho dos próprios atletas, até porque “sem eles esta
cerimónia não seria possível”: “Tenho um
enorme orgulho em todos vós. O facto de
defenderem a bandeira não só dos vossos clubes mas também dos Olivais além
das nossas fronteiras é motivo de orgulho
e razão para continuarmos a apostar em
vós. Obrigado!”.
Uma avaliação
extremamente positiva
Duarte Carreira manifesta-se muito
satisfeito pelo sucesso da I Gala do
6
Desporto dos Olivais: “Esta festa do
Desporto faz sentido porque temos uma
Freguesia rica em oferta desportiva e
com atletas e equipas de grande qualidade. Achamos que é importante os olivalenses e os próprios atletas conhecerem os bons desempenhos desportivos
obtidos na nossa Freguesia”.
O vogal do Desporto acredita que “muitos olivalenses desconhecem que a vice-campeã europeia no seu escalão do
taekwondo treina nos Olivais, mais precisamente na Escola António Damásio,
e que existem atletas campeões a treinar nos jardins, parques e campos da
Freguesia”. E conclui afirmando que
“é importante disseminar a consciência desta gente que eleva o nome dos
Olivais, da cidade de Lisboa e até do país
sempre um pouco mais longe, prestigiando-o além-fronteiras”.
O vogal não tem dúvidas de que o evento
que terá a partir de agora uma regularidade anual pode ser “um fator de motivação extra para os atletas da Freguesia
obterem melhores resultados ao longo
da sua época desportiva” e afirma que “a
procura constante da superação deve ser
distinguida e homenageada”.
A JFO expressa o seu agradecimento à
Escola do Comércio de Lisboa e à Câmara
Municipal de Lisboa, entidades parceiras
na organização do evento.
Carlos Carvalho
JornalOlivais
7
Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
8 SAÚDE
Seniores olivalenses
ganham aulas
de hidroginástica
Ao abrigo de um protocolo de colaboração celebrado entre a Junta de
Freguesia de Olivais e a GoFit, os utentes
do centro de dia vão beneficiar de aulas
de hidroginástica.
publicidade institucional
Estão mais que provados os benefícios
que a hidroginástica traz à saúde, podendo
as pessoas mais idosas valorizar ainda mais
esta prática desportiva, tendo em conta
os problemas naturais que surgem com o
avançar da idade. A pensar precisamente
nestas questões, a JFO celebrou um protocolo de colaboração com a GoFit que vai
| notícias
permitir que os utentes do Centro de Dia
da Junta de Freguesia possam usufruir de
aulas de hidroginástica.
“O bom relacionamento entre a JFO e a
GoFit, bem como a assunção de uma responsabilidade social por parte da empresa,
permitiram concretizar um sonho antigo
dos nossos seniores”, afirma a Presidente
Rute Lima. “Os problemas de mobilidade e
a prática desportiva adequada são necessidades muito próprias e específicas da
terceira idade às quais procuramos dar
resposta”, acrescenta. Os benefícios da
hidroginástica vão desde a melhoria da
força muscular e resistência das articulações à resistência cardiorrespiratória. Tudo
isto além do prazer e do conforto derivados da prática desportiva dentro de água.
“Queremos os nossos utentes saudáveis!”, completa Rute Lima.
JornalOlivais
9 DESPORTO
Olivais Faz Bem ao Corpo
aproveita o espaço público
da freguesia
Beneficiando do facto de a freguesia ter uma vasta área verde, o Projeto
Olivais Faz Bem ao Corpo procura estimular a prática de exercício físico ao ar
livre. Olivais Faz Bem ao Corpo é o nome
do projeto de promoção de atividade física ao ar livre da JFO. Em poucas palavras: tudo o que tem que ver com atividades físicas regulares ao ar livre cabe neste
projeto. “Os Olivais possuem uma grande área e um grande número de espaços
verdes que são propícios à atividade física. Apostamos fortemente nas aulas de
zumba, a ocorrer aos sábados no Vale do
Silêncio, que registram sempre uma grande adesão. Nos meses de Inverno desviamos o zumba para os mercados, numa
lógica de dinamização desses espaços. E
tivemos no primeiro ano do projeto um
personal trainer todos os dias em alguns
pontos da freguesia, algo que não conseguimos repetir este ano mas que tencionamos implementar de novo a partir dos
meses quentes do próximo ano”, explica
Duarte Carreira, vogal com o pelouro do
Desporto. “Entendemos que proporcionar uma oferta desportiva no espaço público que chegue a toda a gente é uma forma de cumprir a obrigação constitucional
do Estado, aplicada ao nível da JFO, de disponibilizar a prática de desporto à população”, aponta o vogal. Olivais Faz Bem ao
Corpo é, por isso, uma atividade gratuita e
aberta a todos, que convida ao exercício físico, para ir combatendo o sedentarismo e
atrair os olivalenses para o usufruto do espaço público. Com a chegada dos meses
frios e da chuva, o zumba vai voltar a ausentar-se do Vale do Silêncio, mas em vez
de ir para os mercados, marcará presença
nas instalações do Vitória Recreativo Clube
dos Olivais. E está prevista uma surpresa,
muito em breve, para os participantes!
grande entrevista | Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
JornalOlivais
8
Mário Centeno
novo ministro das finanças
tem os Olivais no coração
É um benfiquista ferrenho, as olheiras
que o acompanham desde sempre são a
sua imagem de marca. Margarida a única
namorada a sério que se lhe conheceu é
a mulher com quem casou e que o acompanhou e acompanha sempre nos seus
percursos de vida, é pai de três filhos, em
48 anos, nasceu no Algarve, em Vila real
de Santo António. É economista, acabou
o curso com média de 16 e doutorou-se
em Harvard. Aos quinze anos juntamente
com a família rumou a Lisboa. Mário
Centeno é o segundo dos 4 filhos fruto
do casamento de Rita Centeno com José
Centeno. A mãe foi funcionária dos CTT,
e o pai de quem ficou órfão demasiado
cedo (em meados dos anos 80) era bancário. Mário Centeno foi sempre um motivo
de orgulho para os pais que se esforçaram para conseguir que todos os filhos
tivessem oportunidades de no futuro
poderem deixar a sua marca. O objetivo
pode dizer-se foi alcançado.
Culturalmente de esquerda, é defensor
acérrimo de uma economia virada para
as pessoas, por isso mesmo não vê com
bons olhos as contas meramente produzidas num qualquer programa de computador, e é um combatente dos impostos excessivos. Naturalmente simpático,
não gosta de pessoas que falam do que
não sabem. Considera que o país na
sua generalidade tem sido maltratado
e mal gerido, a ideia de que pode contribuir para mudar a situação financeira
de Portugal motivou-o a aceitar todos
os desafios do agora Primeiro-ministro
António Costa. O último dos quais é ocupar o lugar de ministro das finanças.
O Jornal dos Olivais foi ao seu encontro.
De repente o Sr. um ilustre desconhecido para a maioria dos portugueses,
não para todos mas para a maioria, salta
primeiro para a ribalta e depois para
uma das principais cadeiras do poder.
ajudei a construir. A franqueza das pessoas com quem tenho trabalhado não me
dá nenhuma possibilidade de desilusão.
eu ainda me lembro de na faculdade
me envolver em ações estudantis que
tinham a ver com precedências entre disciplinas, questões de reprovação, questões que não me atingiam, porque eu
tinha boas notas, os próprios professores
achavam que eu estava de tal maneira
fora daquele conjunto de risco, que não
compreendiam como é que eu estava
envolvido naquelas coisas uma vez porque jamais seria apanhado naquele tipo
de problemas, mas eu estava para tentar ajudar os meus colegas que pudessem ser apanhados na “rede”. Havia sempre em mim, essa vontade de participar.
Estas e outas atividades foram intensas
na Universidade, onde fui dirigente associativo e da federação de rugby, desporto
que joguei durante sete anos a nível federado e que me transmitiu a resiliência e o
sentido de trabalho de equipa que hoje
me caracterizam.
acho que é uma questão de informação
e lá em casa, na casa dos meus pais eu
era um militante antitabágico, sendo que
todos os meus irmãos incluindo o meu
pai todos fumavam. Tinha ali uma luta,
tinha ali muito material para explorar…
Hoje para o bem e para o mal é ministro
das Finanças, foi difícil aceitar o convite
de António Costa?
Não, não foi difícil. Foi ponderado isso
sim. Estou ciente das responsabilidades, das dificuldades, mas também convicto que tenho condições para cumprir
as necessidades. É verdade que a política
surgiu mais recentemente na minha vida.
Mas não é menos verdade que me considero um cidadão informado e participativo sempre tive uma intervenção na
sociedade desde muito cedo. Esta etapa
tem sido encarada como todas as outras
etapas da minha vida: desde que coloque a seriedade e honestidade intelectual acima de tudo todas as tarefas são
sempre feitas com o maior prazer. Tenho
aprendido muito no contacto com as
pessoas e com a necessidade de transmitir as ideias por detrás do programa que
Falou em participação na sociedade era
um ativista?
Eu era muito ativista, vim para Lisboa nos
princípios dos anos 80, a família mudou-se toda para cá e na escola secundária
Particípio Prazeres onde eu estudei, não
foi nos Olivais, mas era uma freguesia
vizinha. Nessa altura, estava no décimo
ano participava em sessões antitabágicas. Na altura recolhíamos informação
nas Embaixadas do Canadá e de França
e projetávamos vídeos informativos. A
professora de francês dispensava-me das
aulas para ir fazer as sessões. Havia muitos filmes, muitos cartoons. Os canadianos nesse aspecto eram muito francófonos, no caráter didático com que aquilo
era apresentado. Eram esse tipo de causas, esse tipo de envolvimentos e de
preocupações que me levavam a participar. Muitas delas nem sequer me atingiam a mim. O caso do tabaco, enfim é
uma coisa que anda à nossa volta, mas
Continua a ser um antitabagista?
Sim, continuo a sê-lo com um nível de civilidade que devemos ter sempre antes de
colocar um anti, antes de qualquer coisa,
Conseguiu convencer algum deles ou
continuaram todos a fumar?
Continuaram todos a fumar (gargalhadas), mas a luta continua (sorrisos).
Presumo que em sua casa hoje ninguém
fuma?
Não, em minha casa hoje em dia ninguém fuma.
Não venceu a batalha do tabaco nos seus
ascendentes, mas nos seus descendentes até ver conseguiu?
Nos descendentes até ver consegui, sim
como disse com muita informação, sabe
que isto da educação é muito pelo exemplo (sorriso) vamos tentando dar bons
exemplos.
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Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
| grande entrevista
Olivais porque os Olivais têm uma característica que não se encontra facilmente
noutra zona da cidade, que é uma sensação de espaço e de liberdade que não
existe noutros sitos da capital. Os Olivais
é um dos “bairros” de Lisboa com mais
equipamentos sociais e culturais. Tem um
conceito de urbanismo que já não há em
Lisboa. Nos últimos tempos as atividades
solidárias estão mais presentes na vida da
Freguesia.
Nota diferenças entre o hoje e os 15
anos atras?
Há diferenças com certeza. Logo à cabeça
o facto de a atual gestão marcar uma
mudança na relação dos órgãos autárquicos com a população. Depois há a
salientar as mudanças que ocorreram nos
Olivais, na zona onde eu vivo, os Olivais
Sul, tem havido melhorias muito significativas naquilo que se chamam vulgarmente os equipamentos coletivos. Acho
que tem havido uma melhoria constante e
uma progressão grande de alguns equipamentos dos quais pessoalmente até não
tiro muito proveito, mas que nos apercebemos todos que existem e só podem ter
vindo melhorar a vida das pessoas.
E se encontrasse um dos seus filhos
a fumar?
Tirava do bolso a galeria de horrores transmitidos no passado. Sabe ainda me lembro de todos os números aprendidos no
décimo ano. O aumento de probabilidade
de doenças ao longo de todos os sistemas:
respiratório, circulatório, e afins, os malefícios do tabaco chegam até á bexiga.
Deixemos de lado esses “horrores” e falemos de si. Quem é Mário Centeno?
Sou um Algarvio rendido ao bairro onde
vivo, pai de três filhos, uma pessoa preocupada com as coisas que estão á minha
volta. Tive um percurso escolar não habitual infelizmente para a maioria sociedade portuguesa. Sou uma pessoa que
sempre gostou de se preocupar com as
coisas que me rodeiam, que sempre gostei muito de saber e de aprender.
Há quantos anos vive nos Olivais?
Vivo nos Olivais desde 2000, portanto há
quinze anos. A chegada aos Olivais não
foi por mero acaso. Sempre vivi na parte
Oriental de Lisboa e tinha vários amigos
dos Olivais, o que ajudou na escolha.
É um apaixonado pelo bairro ou mudaria facilmente?
(GARGALHADA) Lá em casa somos todos
fãs dos Olivais. Dificilmente convenceria
os meus filhos a mudar de bairro. O prazer
que a família toda tem em viver nos olivais é muito grande. Dois dos meus filhos
já nasceram nos Olivais, o mais velho
nasceu quando estávamos nos Estados
Unidos. Gostamos imenso de estar nos
Nunca se sentiu tentado á gestão autárquica nomeadamente do bairro?
Nunca pensei nessa possibilidade. Dada
a intensidade que as diferentes tarefas ocupam na minha vida não dediquei muito tempo a essa questão. Por
outro lado o enorme envolvimento associativo da juventude levou-me a pensar que tinha fechado uma caixa no sentido de dizer ok e agora é tempo de fazer
outras coisas. Isso era uma coisa que vivia
bem dentro de mim, (até agora) ou seja
eu tinha uma vida preenchidíssima quer
a nível profissional quer do ponto de
vista familiar. Fazia verdadeiros percursos de carro a distribuir miúdos por treinos e a ir busca-los outra vez, portanto a
minha vida estava quase sem espaço de
manobra, e vivia tranquilamente nesse
regime. Nunca me passou pela cabeça.
No entanto, a característica de proximidade da gestão autárquica iria agradar-me certamente. Na política adoro atender aos pormenores.
Nem em termos de bairro, nem termos
de município?
Não! Não! A minha relação mais próxima por acaso dentro do partido socialista foi com o Fernando Medina. Ele foi
Secretário de Estado do Emprego que era
a minha área de socialização em termos
académicos, enquanto ele esteve nessa
função interagimos muitas vezes, também porque é mais da minha geração.
E quando o Fernando Medina começou na vida do município e Câmara de
Lisboa, Ele nunca o desafiou?
Não, não me desafiou, ele gosta muito
do que esta a fazer isso é notório, mas eu
estava noutra verdadeiramente.
Estava noutra?
Estava noutra que agora também já não e
a mesma onde estava exatamente há uns
JornalOlivais
meses atrás, o desafio do António Costa foi
muito aliciante, e tem as características de
estímulo intelectual que eu necessito.
Ainda em relação à questão autárquica
do bairro, nota alguma diferença entre
a anterior gestão e a atual?
Eu posso estar a cometer alguma injustiça
com a anterior gestão, mas aquilo que é
absolutamente visível de há uns tempos
para cá é o lançamento de uma serie de
iniciativas de proximidade: nos transportes, no apoio aos munícipes, que ou não
eram publicitadas antes ou são genuinamente novas. Assumindo-as como novas
eu diria que mudou bastante. Confesso
que não são atividades direcionadas para
minha utilização, dos espaços ou melhor
desses serviços, mas é visível que essas
novidades estão presentes.
Gosta desta gestão mais humanista e
menos virada ao betume e às obras para
dar nas vistas?
Sem dúvida que a atual gestão marcou
uma mudança na relação dos órgãos
autárquicos com a população.
Esta faceta mais humanista da política é
na sua opinião de difícil aplicação a nível
do governo central?
Não! Não, não acho que seja difícil. A
noção que eu tenho de política publica,
pelo menos na área em que me especializei muito ligada ao emprego e ao mercado
de trabalho, é a de que nós estamos sempre a pensar nas pessoas. Logo quando
desenhamos um conjunto de políticas,
mesmo quando são a nível governamental, devemos pensar nas pessoas que vão
beneficiar ou que vão ser afetadas por
aquelas políticas e isto obviamente abre
espaço, pelo menos retoricamente para
uma dimensão humanista, ou uma dimensão de maior preocupação com a reação
ou o impacto que essas políticas vão ter
no dia-a-dia das pessoas, isso é essencial.
Devemos ter sempre presente que as pessoas são a razão de ser da política. Elas
devem estar no centro de toda a sua atividade, mesmo ao nível da gestão do país.
Pessoalmente acho que a sensibilidade
para estas questões humanas ganha-se
numa dimensão local. Por vezes quando
se chega lá na super- estrutura isso já
não se consegue ganhar. Aquilo em que
o poder tem mais dificuldade em controlar em si próprio é que faz perder muitas
qualidades a pessoas que na sua base as
têm de facto. Em Portugal em particular
o que acontece é muitas vezes depois da
chegada ao poder nós deixa-se de poder
observar nessas pessoas essas mesmas
qualidades. Isso é algo que deveríamos
pensar um pouco e questionarmos até
encontrar resposta para os efeitos que
a relação com o poder estabelece. Para
combater esse efeito acho que deveria
haver uma rotação grande de políticos.
Idealmente não deveria ser imposta, neste momento de certa maneira com a
limitação de mandatos isso já existe- eu
acho que se perde muito a riqueza dos
diferentes contributos quando isso não é
verdadeiramente posto em prática.
A rotação do ponto de vista da pureza
política é muito salutar. Eu acho que o
maior risco que às vezes se corre, é o deixar estar estacionar no lugar.
Quantos anos considera por exemplo
um presidente de junta deveria estar
no lugar?
No limite 12 anos ou seja 3 mandatos,
nesta minha acepção de que não se
deve eternizar nessas posições, também
levo em consideração que devemos dar
tempo suficiente para que as pessoas
possam desempenhar os tais mandatos.
Mais do que dizer se são 8 ou 12 anos,
eu acho que devia haver uma percepção clara das pessoas de que tem missão
cumprida.
Deveria cada um dos eleitos estabelecer
objetivos que sejam alcançáveis l num
tempo que os nossos concidadãos possam observar o que nós façamos isso. E
depois passar a outros sonhos. Porque há
uma certa dificuldade a páginas tantas de
nos desapegarmos do poder.
A outro nível, isto não é uma critica genérica a ninguém, é a minha própria experiencia, cada um deve ter sempre essa
capacidade de saber sair, eu nos movimentos associativos em que me meti,
tentei sempre ter essa capacidade, vale o
vale é um micro exemplo e não interessante para ninguém, mas foi exatamente
esse no meu percurso que me fez dizer
não agora têm que entrar outros, (risos),
eu lembro-me de ter tido uma posição
muito radical quando num determinado
momento nós éramos lista única na faculdade e eu disse não eu como lista única
não me candidato (risos) porque não
acho que a democracia se possa exercer
com lista única.
É preciso estarmos sempre despertos para esse tipo de questões. A vivencia democrática faz-se de alternativas, as
alternativas têm que ser exercidas sem
nenhum drama, a rotatividade é uma
coisa que muito interessante, obviamente tem que haver propostas, não
pode haver um mecanismo de rotatividade só porque sim, mas é importante
haver essa vivência.
Já percebi que não sentiu apetência pela
gestão autárquica, mas e alguma forma
gostaria de ter tempo para dar o seu contributo ao bairro onde vive, aos Olivais?
Nesta visão muito participada eu seguramente se me fosse posto o desafio ou se
eu me aproximasse poderia ter sido muito
natural a minha participação activa, o
certo e que não tomei a iniciativa e nem
ninguém me desafiou, ninguém me descobriu por aqui, a minha vida foi muito
ocupada durante este tempo todo, e foi o
cruzamento entre essas duas coisas que
não me levaram à participação na gestão a freguesia, e também o cansaço, e o
eu achar que para a parte associativa eu
já tinha contribuído (risos). Afinal parece
que estava enganado…
grande entrevista | Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
JornalOlivais
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É um homem duro?
Duro no sentido das convicções sim! Eu
sou muito assertivo, o que ás vezes faz
que as minhas posições elas sejam lidas
como sendo muito duras, mas não o que
acontece é que defendo até á exaustão
aquilo em que acredito e penso ser certo.
E assertivo mas não é casmurro é isso?
Não sou casmurro, pelo menos não me
tenho como tal, pode ser que sim mas
não me tenho como tal, assertivo seguramente, seguramente, principalmente
quando estamos a discutir questões que
vêm do conhecimento. Não sou uma
pessoa dura no sentido de rígido, nem
sequer na educação dos meus filhos, nem
na relação com os meus colegas…
Nem sequer com o País?
Com o País eu sou muito exigente, lá em
casa toda a gente sabe disso. Acho que
nós devemos gerir esse caráter duro para
que de certa maneira nos possamos tornar resilientes, para utilizar uma palavra
em moda, mas devemos também perceber que a permeabilidade ao mundo que
nos rodeia é uma característica muito
importante e grande dos sobreviventes.
Há uma frase que gosto muito e que uso
muito na parte mais académica da minha
vida que é que” nós aprendemos especialmente com pessoas que lêem livros
diferentes dos nossos.” Esta ideia foi a que
me iluminou ao longo do doutoramento
nos Estados Unidos. Estava sempre a falar
com colegas meus que liam coisas diferentes das minhas, era uma forma de me
enriquecer e de colocar em cheque e em
teste os pensamentos que eu ia construindo, e essa é mais ou menos a visão.
Eu fui jogador e râguebi , um jogador de
râguebi tem que ser uma pessoa dura,
porque senão é trucidado, mas é duro
dentro de campo fora de campo nem por
isso. Em resumo, é preciso termos convicções, é preciso pôr essas convicções em
teste, essa espinha dorsal é muito importante para transmitir qualquer ideia que
seja, senão tudo se torna baço e tudo se
torna cinzento.
Sendo um homem de convicções não
tem dificuldade em perceber quando
erra nem pedir desculpa?
Não, isso é um ensinamento que também se aprende nalguns sítios e não noutros. Eu lido com muito sentido de humor
com os meus erros, aliás é isso que as pessoas mais conhecem dizem, a capacidade
que eu tenho de suplantar os meus erros
com alguma graça aliando a isso a capacidade de pedir desculpa. Tento sempre
evitá-las como diz a velha máxima. A facilidade de pedir desculpa por vezes é nós
não nos deixarmos entrar em becos sem
saída que depois para sair dali é preciso
uma cambalhota. Eu tento antecipar porque os “caldos de galinha nunca fizeram
mal a ninguém”.
Essa vai ser também uma receita a utilizar na pasta das finanças?
Certamente e com grande responsabilidade sem virar a cara à luta, e esforçando-se até ao limite para que tanto os
portugueses como o País consigam alcançar com novas politicas os resultados que
Portugal se comprometeu a cumprir.
Continua a ser um independente?
Sou, um independente, conotado com
o PS hoje em dia, como é evidente. Um
independente é alguém que não tem
nenhuma filiação partidária, a minha
visão sobre o que é a independência,
está muita ligada á questão da liberdade, neste particular serei sempre independente. Com isto não quer dizer que
não perceba ou não acate os compromissos que se têm que assumir quando
nos relacionamos com outros, desde que
isso não faça de mim um escravo nem os
outros escravos e mim, porque eu tenho
exatamente a posição simétrica em relação a isso.
O que eu quero dizer com isso é que
nunca serei um fardo para o PS, e posso-lhe garantir que o PS nunca será um
fardo para mim porque nós estabelecemos, em particular com o António Costa
uma relação totalmente transparente
digamos assim em que não há pré condições, não há pedidos antecipados e
coisa nenhuma. Esta caminhada teve início em finais 2014, estava eu no banco
de Portugal. Na altura eu tinha funções
executivas no banco e Portugal, era consultor da administração, portanto tinha
algum espaço sem grande problema ou
nenhum de conflito de interesse para
puder dedicar-me a desenhar um conjunto de políticas publicas para Portugal.
E foi esse mesmo o convite que António
Costa me fez, com enorme seriedade
porque não tinha nenhuma condição a
não a de ser eu a liderar a equipa, a equipa
não foi montada por mim, a equipa que
me foi apresentada e que aceitei bastante bem e democraticamente. Eu fui
simplesmente o líder da equipa.
Foram cinco meses e trabalho intenso,
durante os quais visitamos quase todas
as áreas da politica económica do Pais
em que um governo pode ter que se
debruçar, com muitas proposta jogadas em cima da mesa, outras tiradas de
cima da mesa, ajustadas aquilo que no
debate que se foi construindo. Este não
é o programa do Mário Centeno, mas sim
o trabalho de doze os doze economistas.
Todos assumimos aquilo que lá está de
alma e coração, mas como é óbvio o trabalho seria diferente senão fossem aqueles doze economistas, se fossem outros
economistas definitivamente se eu não
estivesse lá seria outra coisa, devo confessar que foi uma construção bastante
coletiva.
Deu-lhe gozo?
Muito gozo intelectualmente falando,
pelo carácter de liberdade com que foi
feito, teve uma característica extraordinária, eu no início temia que pudesse
haver ali tensões, não pessoais, mas disto
que lhe vou explicar agora: quando se
reúne um conjunto alargado de pessoas, com muitos pontos de vista, com
muitos documentos a circular, a partir de uma determinada altura com uma
enorme pressão externa pra que se soubesse o que se estava a passar lá dentro,
temi a fuga de informação mas a verdade
é que saiu a primeira noticia de jornal
com alguma pouca informação do que
lá estava, no dia anterior à minha apresentação pública do documento final, o
que é uma vitória reveladora da coesão e
a qualidade das pessoas que ali estavam
reunidas. E isso é muito valorizável.
Dr. Mário Centeno e agora para terminar algo completamente diferente, qual
o prato que mais gosta?
Bife de atum, cozinhado como o meu
avô cozinhava em Vila Real de Santo
António. O atum era um prático muito
típico do Algarve, infelizmente o atum
deixou de fazer as suas migrações por
aquelas zonas passou a ser uma iguaria,
mas o atum feito com cebolada e pimentos é sem dúvida o prato que mais gosto,
acompanhado com batatas fritas, mas os
puristas dizem que com batata cozida
fica bastante melhor. Eu como-o de qualquer maneira que seja.
Filme da sua via?
Era uma vez na américa, foram cinco horas
de filme visto várias vezes (gargalhada)
Livro da sua vida?
O meu livro curto preferido é “Ninguém
Escreva ao Coronel” do Gabriel Garcia
Marques, é um livro duma personalidade
absolutamente dura, excepcional, duro,
como quase tudo o que Gabriel Garcia
Marques escreve, portanto eu se tivesse
que escolher um livro para levar comigo
embora vá ter muito tempo para ler era
o livro que levaria para onde quer que
fosse, papa onde quer que vá.
11
Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
| notícias
10 CULTURA
JornalOlivais
11 EDUCAÇÃO
“Oktoberfest à Olivais”!
Aulas de inglês e de
informática estão de volta!
Na esteira do grande festival que nasceu em Munique, na Alemanha, mas que já
tem ramificações por todo o mundo, também a nossa Freguesia teve direito a um
“Oktoberfest à Olivais”!
Estão de regresso ao ativo dois projetos
emblemáticos do Pelouro da Educação
da JFO: as aulas de inglês e de informática para adultos.
O regresso às aulas não é só para os mais
novos. Também os mais velhos estão de
regresso às salas de aula para retomarem
os trabalhos. Neste caso, as aulas de inglês
e de informática. O inglês para adultos
está no seu segundo ano de implementação, com três professores voluntários. São
eles Inês Cavaco, Maria da Luz Branco e
André Maurício. No total, 59 alunos seniores distribuídos por três turmas dizem
“hello!” e “back to the work!” neste mês de
Novembro. Uma turma frequenta as aulas
na zona Sul da Freguesia, na Escola ArcoÍris; as restantes duas turmas frequentam-nas na Escola Paulino Montez. Já o projeto informática.pt (ou “informática para
todos”) encontra-se no terceiro ano de
implementação e atrai ainda mais alunos: um total de 96! Esta quase centena
de alunos está distribuída por seis turmas que frequenta as suas aulas nas salas
de informática da ES António Damásio,
que gentilmente cede os seus recursos
Foi nas instalações da SFUCO –
Sociedade Filarmónica União e Capricho
Olivalense que aconteceu esta pequena
festa inspirada no grande festival alemão
da cerveja.
“A Oktoberfest à Olivais foi uma iniciativa que nos foi proposta por vários elementos da banda «Original Bandalheira»,
músicos que fazem parte da nossa banda
da SFUCO, e que contou com todo o
apoio da SFUCO e da Junta de Freguesia
de Olivais”, explica a vogal com o pelouro
da Cultura, Ana Crista.
Os objetivos eram constituir-se como
12 DIA DO IDOSO
Seniores olivalenses
visitam Santarém
No âmbito das comemorações do Mês
do Idoso, a JFO levou 220 seniores a passar um dia muito especial!
O dia começou de manhã bem cedo,
até porque Santarém não fica já aqui ao
virar da esquina. O centro histórico desta
cidade capital de distrito mereceu a atenção dos mais de 200 seniores olivalenses,
bem como as muralhas que restam do seu
castelo, cuja fama se faz sobretudo através
da Porta do Sol.
O almoço fez-se em Almeirim, com
direito a uma tarde dançante que deixou
toda a gente animada, como não podia
deixar de ser.
“É uma das minhas prioridades de intervenção direta, dinamizar e criar condições
na vida dos mais idosos que os façam sentir melhor, sentir sãos e acima de tudo sentir úteis”, reitera a Presidente Rute Lima.
“É habitual ouvir-se dizer que a vida não
acaba quando nos reformamos e é essa
a verdade… O facto de, em determinado momento da vida, deixarmos de
uma iniciativa cultural festiva, de qualidade e acessível a todos, promovendo a
música portuguesa e a dinamização das
instalações da SFUCO.
E assim, num ambiente familiar e de
saudável convívio, a música tomou conta
dos presentes, na companhia do famoso
“néctar” tão apreciado no nosso país
(porque afinal de contas, não são só os
alemães que gostam de cerveja)…
Além de “Original Bandalheira”, atuaram também os conjuntos “Bombrando”
e “Selecta Pralenka & Major Alvega”, para
o aplauso do público presente.
estar ocupados pode transportar para
as nossas vidas um sentimento de vazio.
Deixa-se de ter o stress do dia-a-dia, das
rotinas laborais que obrigam ao cumprimento de horários, à azafama do trabalho,
das vidas familiares, etc. Quando chega
o dia em que, ao acordar, se apercebem
que nada vão ter que fazer durante o dia, é
um sentimento que pode ser interessante
nos primeiros momentos, mas que com
o passar do tempo, sem ocupação e sem
orientação específica focada num objetivo, as pessoas começam a perder-se de
si próprias, o que pode levar a estados de
tristeza, depressivos e outras patologias”.
Estas preocupações estão no centro da
ação da Junta de Freguesia: “para além de
comemorarmos com muito ânimo e alegria o Dia do Idoso, temos variadas atividades direcionadas aos seniores com uma
regularidade interessante, entre ocupações, momentos de convívio, de amizade,
de partilha, atividades intergeracionais
e muito mais.”, enumera a autarca.
Helena Sobral, diretora do Centro de Dia
da JFO e o braço direito da Presidente na
para permitir a continuidade do projeto.
Os professores voluntários são os veteranos Alcina Ventura e Luís Bonfim, este ano
acompanhados pelos “novatos” Ana Rita
Duarte e Bruno Gonçalves. Anabela Silva,
vogal da Educação da JFO, era uma pessoa visivelmente entusiasmada nas cerimónias de abertura do ano letivo dos dois
projetos. Ao Jornal Olivais, adianta que
“ainda há gente em fila de espera, mas
não podemos dar já a resposta que gostaríamos: não podemos aumentar muito as
turmas porque as salas de informática têm
recursos limitados e por outro lado contamos com professores voluntários que já
dão muito de si, vários dias por semana”.
A vogal faz questão de agradecer “aos professores voluntários por toda a disponibilidade” e “à ES António Damásio pela cedência das salas de informática e, claro está,
dos computadores”. O diretor deste equipamento escolar, o prof. António Pinto da
Cruz, deu as boas-vindas aos alunos do
informática.pt e louvou duas coisas essenciais: a sua coragem, por mostrarem que
nunca é tarde para aprender, e o seu bom
comportamento, reconhecendo que estimam muito bem o material da sala de
aula. No fim de contas, todos os dias da
semana há adultos olivalenses nas escolas
da Freguesia com vontade de aprender…
seja no inglês ou na informática!
organização do evento, reforça a ideia:
“o objetivo não foi só comemorar o Mês
do Idoso, mas sobretudo proporcionar
momentos únicos de diversão, alegria
e boa disposição para todos. Esta é uma
forma de muitas destas pessoas poderem
sair das suas casas e conviver com outras
pessoas da sua idade, nomeadamente
pessoas com baixas reformas” (a JFO proporciona transporte a um preço reduzido).
“É nossa obrigação zelar pelos nossos
seniores e fazemo-lo com muito prazer
e cuidado”, completa Rute Lima.
notícias | Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
I Gala do Fado
Amador da Zona
Oriental de Lisboa
O mês de Novembro levou o fado a percorrer as freguesias do Beato, Marvila,
Parque das Nações e Olivais, numa iniciativa conjunta que teve a sua grande final
na nossa Freguesia.
A I Gala do Fado Amador da Zona
Oriental de Lisboa é uma iniciativa que
reúne na organização a ACOF (Associação
Cultural O Fado), sediada em Marvila, e as
Juntas de Freguesia do Beato, Marvila,
Olivais e Parque das Nações.
A primeira eliminatória teve lugar a 31 de
Outubro, e desde então dezenas de participantes deram o seu melhor para mostrar a sua alma de fadista, até à grande
final que decorreu na ADCEO no dia 28
de Novembro. Depois do Vale Fundão,
em Marvila, do IPDJ – Instituto Português
do Desporto e da Juventude, no Parque
das Nações, da SFUCO (Sociedade
Filarmónica União e Capricho Olivalense),
nos Olivais, e do Vitória Clube de Lisboa,
no Beato, calhou a vez da ADCEO receber um espetáculo que vai perdurar
na memória daqueles que a ele assistiram. 14 finalistas juniores e 12 seniores
apresentaram-se ao público ao mais alto
nível, fazendo da qualidade a característica principal desta primeira edição da
Gala do Fado. A noite foi longa, com os
fados dos finalistas mas também diversas
atuações de convidados, desde logo duas
fadistas presentes na mesa do Júri, Lena
Silva e Conceição Ribeiro, além da apresentadora da cerimónia, Helena Valério,
e do presidente da ACOF, Adriano Santos.
Houve ainda tempo para uma surpresa
especial, aplaudida de pé: a atuação do
conceituado fadista e violista Miguel
Ramos.
A provar que “é de pequenino que
se torce o pepino”, os fadistas juniores
surpreenderam ao exibirem excelentes vozes. Mas só podiam ganhar três, e
essa distinção recaíu sobre Ana Beatriz
Martinho (Olivais) no terceiro lugar,
Luana Velasques (Parque das Nações) na
segunda posição e o grande vencedor foi
Luís Carlos Morais (Beato).
Quanto aos seniores, Catarina Candeia
(Marvila) conquistou o 3.º lugar, Mickael
Salgado (Parque das Nações) arrecadou o
2.º lugar e a vencedora da noite foi Joana
Lança (Parque das Nações).
A Presidente Rute Lima dirigiu algumas
palavras aos presentes, começando por
saudar de forma especial os fadistas e a
ACOF. Depois de citar Amália, afirmando
que o fado é um mistério que não tem
explicação, que não se aprende nem se
ensina: sente-se, Rute Lima enalteceu a
iniciativa promovida pela ACOF e pelas
quatro juntas de freguesia. Elogiou ainda
a qualidade de todos os fadistas amadores presentes: “São com toda a certeza
futuras estrelas do fado… proporcionaram-nos um espetáculo surpreendente,
é um prazer acolher nos Olivais um espetáculo com esta dimensão!”. E num tom
amistoso, lançou desde logo a hipótese
– e o compromisso – de ter a Gala de
regresso no próximo ano, um repto imediatamente apoiado pelo presidente
da Junta de Freguesia do Parque das
Nações, José Moreno. É de salientar, por
fim, a vertente solidária deste projeto:
decorreu paralelamente uma angariação
de bens alimentares não perecíveis, que
serão entregues a famílias carenciadas.
Viva o Fado!
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Carlos Carvalho
JornalOlivais
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Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
| cartoon
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assembleia de freguesia | Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
JornalOlivais
Recomendação – Taxas de
Entrada nas Piscinas dos Olivais
PCP Freguesia dos Olivais
Em 2014,foi adjudicada a obra de recuperação de um conjunto de piscinas, Olivais,
Areeiro e Campo Grande, no município de
Lisboa, sendo a mesma entregue a uma
empresa privada, numa concessão de 35
anos.
Desde a sua reabertura, em Fevereiro deste ano, que diversos munícipes têm efetuado pedidos de esclarecimento sobre
os custos de entrada nas referidas piscinas, em virtude da informação prestada
pelo concessionário ser no sentido da necessidade de aquisição de pacotes, com
mensalidades a partir dos 33,50 euros, sem
qualquer referência à utilização livre.
A propósito do processo de privatização
o ex-Presidente da CML, António Costa,
assegurou em Janeiro deste ano, em reunião CML descentralizada na freguesia
dos Olivais, que as taxas de entrada seriam idênticas às de outros equipamentos municipais na cidade.
Infelizmente, não é esta a prática, uma vez
que a empresa concessionária tem vindo a recusar a entrada a quem não esteja
inscrito nos pacotes anteriormente referidos. Perante a insistência de diversos munícipes junto da CML, o Departamento do
Desporto respondeu a esses munícipes
que:
“...o concessionário se encontra contratualmente obrigado a permitir o acesso à piscina em regime de natação livre
mediante o pagamento de uma entrada correspondente ao valor fixado na
Tabela de Taxas, Preços e Outras Receitas
Municipais.
...A Informação que lhe prestaram no
local está, pois, incorreta, pelo que o
concessionário irá ser alertado para a
necessidade de os munícipes serem devidamente esclarecidos sobre as condições de frequência da instalação
desportiva.”
Desta forma, e perante o não cumprimento do acordo de concessão e os efeitos negativos deste acordo, os eleitos do
Partido Comunista Português, em reunião de Assembleia de Freguesia de 30
de Setembro de 2015, solicitam a urgente intervenção do Executivo da Junta de
Freguesia para a divulgação das tabelas
de entradas diárias naquele complexo.
O Grupo de Eleitos do Partido Comunista
Português
Moção – O Direito à Água
PCP Freguesia dos Olivais
O recente Dec.Lei 94/2015, de 29 de
Maio, procedeu à criação do Sistema
Multimunicipal de Abastecimento de
Água e de Saneamento de Lisboa e Vale
do Tejo, bem como à constituição da
Sociedade Águas de Lisboa e Vale do Tejo,
S.A., atribuindo a esta empresa a concessão da exploração e gestão do sistema
multimunicipal de abastecimento de água
e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo.
Entretanto, na sequência de iniciativas cidadãs sobre o direito à agua, o Parlamento
Europeu decidiu, numa expressiva e inequívoca votação – com 363 votos a favor
e 96 contra – exigir à Comissão Europeia
que legisle sobre o direito à água.
Esta decisão que surge também na sequência da decisão das Nações Unidas de
declararem o acesso à água como um direito humano, vem dar uma nova esperança a todos aqueles que defendem o direito
à água e o seu acesso universal.
O acesso à água definido como um direito
universal, reforça a ideia por nós defendida de que a água não pode ser entendida
como um bem comercializável, mas sim
como um direito fundamental e um bem
escasso que importa preservar.
É o momento para se assumirem posições
em matérias que definem o nosso presente futuro coletivo. A água é uma dessas
matérias.
Neste sentido, os eleitos do Partido
Comunista Português propõem que a
Assembleia de Freguesia, na sua reunião d
e 30 de Setembro de 2015, delibere:
Recomendação – Abertura
do Ano Lectivo
PCP Freguesia dos Olivais
Assim, os eleitos do Partido Comunista
1. Rejeitar medidas tendentes à privatização
de um bem público como a água.
2. Exigir que os transportes públicos, essenciais à mobilidade na área metropolitana de Lisboa, continuem na esfera pública
onde o foco não esteja nos lucros mas na
prestação de um serviço público de qualidade e proximidade.
2. Repudiar os termos do novo Sistema
Multimunicipal de Abastecimento de Água
e de Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo,
criado pelo Dec.Lei 94/2015, de 29 de Maio.
3. Apoiar as iniciativas conjuntas quer dos
municípios quer dos utentes da Área
Metropolitana de Lisboa para impedir a privatização da água e que igualmente contestem a constituição formal da Empresa
Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A.
4. Enviar esta deliberação para. Presidente
da República, 1º. Ministro, Conselho
Metropolitano de Lisboa, STAL e STML.
O Grupo de Eleitos do Partido Comunista
Português
Moção – Em Defesa dos
Transportes Públicos em Lisboa
Concessão do Metro e da Carris
ao Consórcio Avanza
PCP Freguesia dos Olivais
Considerando que:
• Se torna evidente a necessidade de mudar
de política e inverter as respectivas prioridades que, no caso dos transportes públicos, devem ser orientadas para promover a
sua crescente utilização – com ganhos ambientais, económicos e sociais amplamente reconhecidos – através de uma política
de preços atractiva, da crescente intermodalidade da bilhética, do reforço da fiabilidade e qualidade do serviço, e de uma
oferta adequada às necessidades.
• O Governo PSD/CDS, procurando impor
uma política de factos consumados, anunciou recentemente a assinatura do contrato para a subconcessão de exploração
comercial do Metropolitano de Lisboa e
dos Autocarros da Carris com a multinacional Avanza. A pouco mais de uma semana
da realização de eleições, o Governo assina um contrato onde compromete o País
com pagamentos superiores a mil milhões
de euros, para os quais não realizou qualquer cabimentação orçamental nem tem
qualquer visto do Tribunal de Contas. À
custa do erário público, mais uma operação de campanha eleitoral com o Governo
a enganar o povo português sobre as
reais consequências desta subconcessão/
privatização.
• Esta subconcessão implicaria o pagamento
de 1075 milhões de euros à multinacional,
além de lhes serem oferecidas as receitas
hoje geradas com a publicidade (mais de
15 milhões por ano) e as rendas resultantes
do aluguer das frotas e equipamentos públicos que lhe são oferecidos para explorar.
• Esta subconcessão é, pois, mais uma ruinosa Parceria Público Privada. Mas tão grave
como o esbulho ao erário público que esta
PPP representa, são as consequências na
degradação da oferta de transportes que a
sua concretização já está a implicar.
• Recordamos que no processo de preparação da privatização, o Governo aumentou
os preços dos títulos de transporte, no espaço de três anos, entre 35 e 100%, reduziu a oferta para quase metade e ainda
reduziu os quadros de pessoal abaixo das
14
necessidades mínimas, provocando uma
degradação brutal da fiabilidade e da qualidade da oferta das duas empresas.
Português propõem que a Assembleia
de Freguesia, na sua reunião de 30 de
Setembro de 2015, delibere:
1. Exigir a urgente inversão de todo este processo de subconcessão/privatização do
Metropolitano de Lisboa e da Carris, rejeitado pelos trabalhadores, pelos utentes e
pelo conjunto das autarquias da AML.
3. Afirmar ao Governo que não há decisões
irreversíveis, essa é uma ilusão que nos
querem transmitir mas que não corresponde à realidade.
4. Enviar esta Moção para: Presidente da
República, Primeiro Ministro, Ministro
da Economia, Grupos Parlamentares da
AR, Conselho Metropolitano de Lisboa,
Comissão Executiva da Área Metropolitana
de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa,
Comissões de Trabalhadores do Metro de
Lisboa e Carris.
Os Eleitos do Partido Comunista Português
Moção – Eleições Legislativas
de 4 de Outubro de 2015
PSD Freguesia dos Olivais
“Não votar é demitir-se, é entregar o seu
destino aos outros, é alienar-se.”
(Dr. Francisco Sá Carneiro, 04.02.1976)
Considerando que a democracia não se
pode esgotar nos actos eleitorais - independentemente da sua natureza - nem no
acto do exercício do direito de voto, não
deixa de ser este o momento em que todos os cidadãos com capacidade eleitoral
devem expressar a sua posição de forma
livre e consciente, sobre as diversas opções políticas que lhe são propostas pelos
partidos;
Considerando que o próximo acto eleitoral assume capital importância, por ser
através do voto que os cidadãos podem
determinar o futuro que querem (e acreditam)para Portugal;
Considerando que é determinante que
todos os cidadãos votem em consciência
e de forma esclarecida;
Considerando que votar é um direito,
mas também é um dever cívico;
Considerando que não participar no acto
eleitoral é abdicar de um direito fundamental da democracia, pelo qual muitas
gerações de portugueses ambicionaram
e lutaram.
Os eleitos do Partido Social Democrata,
na reunião da Assembleia de Freguesia
dos Olivais realizada no dia 30 de
Setembro de 2015, propõem que seja
deliberado:
1. Apelar a que todos os Olivalenses exerçam o seu direito de voto, participando
massivamente no acto eleitoral que se encontra designado para o próximo dia 4 de
Outubro de 2015;
2. Que a Junta de Freguesia dos Olivais divulgue esta moção no seu boletim e, bem assim, no seu sítio da Internet, na sua página
oficial do Facebook e nos placards da Junta
de Freguesia.
Grupo do Partido Social Democrata
na Assembleia de Freguesia dos Olivais
Chegados que estamos no mês de
Setembro, começam os portugueses a
preparar o ano lectivo que se avizinha.
É neste período em que se procede
à encomenda e pagamento dos manuais escolares que chegam as surpresas
desagradáveis.
Um estudo efectuado recentemente indica que cada família gasta, em média, mais
de 500 euros com o início do ano escolar,
no ensino público.
Quando sabemos que os manuais escolares aumentaram mais de 10% nos últimos
quatro anos.
Quando sabemos que cerca de 20% da
população empregada recebe o salário
mínimo nacional – 505 euros – ou menos.
A este número acresce mais de um milhão
de portugueses que não têm trabalho.
Quando sabemos que têm sido muitos os
cortes sofridos pelas famílias em matéria
de apoios sociais, nomeadamente do abono de família.
Quando sabemos que o subsídio de acção
social escolar não chega para adquirir a totalidade dos manuais e restante material
escolar.
Quando sabemos tudo isto, estamos seguramente perante um início de ano lectivo cheio de angústias para as famílias
portuguesas.
Infelizmente, não são apenas estas as dificuldades que se esperam para o próximo
ano lectivo.
A falta de assistentes operacionais e técnicos permanecerá uma realidade considerando a última alteração de rácios, que
pràticamente deixa tudo na mesma.
No que concerne à colocação de professores, vemos com muita preocupação a forma como está a decorrer o concurso, com
erros já anunciados, que levam a pensar que poderemos estar perante uma situação idêntica à do ano lectivo passado,
com atrasos significativos na abertura do
ano lectivo e falta de professores colocados durante mês e meio.
Assim, os eleitos do Partido Comunista
Português propõem que a Assembleia
de Freguesia de 30 de Setembro de 2015,
delibere:
1. Garantias na colocação de professores evitando assim situações ocorridas em anos
anteriores que podem pôr em causa a
abertura do ano lectivo.
2. O aumento do subsídio de acção social escolar por forma a permitir a aquisição integral de manuais e material escolar em
todos os graus de ensino da escolaridade
obrigatória.
3. A revisão da lei referente a transportes escolares por forma a que todos os alunos
tenham direito ao pagamento integral do
passe enquanto frequentem o ensino obrigatório, acabando com a discriminação
para os alunos do secundário.
4. Aumento do número de assistentes operacionais e técnicos em número suficiente para suprir as necessidades das escolas,
bem a colocação de profissionais na área
da psicologia e acção social, áreas fundamentais para um ambiente escolar
saudável.
5. Enviar
esta
Recomendação
para
o Ministério da Educação, Grupos
Parlamentares da AR, Sindicatos representativos, jornal “Olivais”.
Os eleitos do Partido Comunista Português
15
Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
| publicidade institucional
JornalOlivais
JornalOlivais
agendafreguesia
Setembro a Novembro, 2015, n.º 267
30 de Dezembro 2015
21h00
Convidamos todas
as instituições
da Freguesia
a anunciarem
os seus eventos
na “Agenda
da Freguesia”.
27ª
são
silvestre Olivais
CORRIDA
Corrida - 10 Km
inscrições de 11 novembro a 10 dezembro: 8€
inscrições de 11 a 26 dezembro: 10€
Caminhada - 4 Km
inscrições até dia 10 dezembro: 5€
inscrições de 11 a 26 dezembro: 6€
inscrições: www.xistarca.pt
Presencialmente na J. F. Olivais ou GO fit
informações: [email protected]
16
Parceiros:
Oferta de t-shirt técnica e medalha de participação. Sorteio de inscrição e trimestre no GO fit
Enviar e-mail
([email protected])
com: data, horário,
local, título, pequeno
resumo e imagem
(opcional), até ao dia
30 de Dezembro.

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