09/12/2010 - Edição 35 - Grupo de Poetas Livres
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09/12/2010 - Edição 35 - Grupo de Poetas Livres
Presidente: Maura Soares Editoração: Jorge Luiz Wagner Behr Organização dos textos e Digitação: Maura Soares Endereço da sede: Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho Rua João Evangelista da Costa 1160 - CEP 88090-300 - Bairro: Canto - Florianópolis - SC - Fone (48) 3271-7914 Endereço p/ correspondência: Av. Patrício Caldeira de Andrada, 581 / 306 - Residencial Victória Bairro: Abraão - CEP 88085-150 - Florianópolis - SC - Fone (48) 3249-6082 [email protected] e-mail: [email protected] homepage: www.poetaslivres.com.br Diretoria do Grupo de Poetas Livres Biênio 2010 / 2012: Presidente: Maura Soares Vice-Presidente: Heralda Victor 1º. Secretário: Eunice Leite da Silva Tavares 2º. Secretário: José Luiz Amorim 1º. Tesoureiro: Adriana Cruz 2º. Tesoureiro: Adelício Manoel Campos (Licinho Campos) Responsável pelo Site: Edmar Almeida Bernardes Presidente Perpétuo: Maria Vilma Nascimento Campos Presidente de Honra: Manoel Philippi Mantenha em dia sua mensalidade, assim você estará ajudando o GPL a levar adiante sua mensagem poética. Ventos do Sul Revista do Grupo de Poetas Livres - Difundindo a poesia e fazendo amigos Ano XII - Nº 35 - Julho a Dezembro de 2010 - Distribuição gratuita www.poetaslivres.com.br IMPRESSO Ventos do Sul Aconteceu... Índice Editorial Homenagem (I) - ...As Cajazeiras (Maurilia,Maria,Doralice) Homenagem (II) - Ivan Alves Pereira Portaria 01/2010- Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos” Obras em destaque - “Minha Saudade” (Maurilia Freitas) In Memoriam - Cácio Santiago 6º Concurso Liberte-se...nas Asas da Poesia! 5º Concurso On-line: Trovas e Quadras Colaborações dos Associados (Neusita e Zeula) Sócios Correspondentes De braços abertos... estamos! Caderno Literário “O Estilingue” (Itajaí, SC) Aos Poetas Mortos... Áureo Corrêa de Souza Descobrindo...Jovens Poetas Promovendo...Poetas do Grupo Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos Aconteceu 3 4 6 7 8 9 10 11 12 14 17 22 24 25 26 37 38 ORAÇÃO DO POETA (*) HINO DOS POETAS LIVRES (*) Dá-me, Senhor, as palavras certas para que eu possa expressar o amor pela vida e pela humanidade. Dá-me inspiração para mostrar que somos todos irmãos. Aponta-me, Senhor, o caminho da compreensão do mundo. Permite-me apresentar as belezas da vida, as dores do mundo, as injustiças sociais e exprimir o que me vai na alma. Autoriza-me a falar as verdades do coração. Abençoa, Senhor, minhas palavras para que possam atingir aqueles que amam a vida e a Arte. Faz com que todos sintam, por meu intermédio, que só o Amor maior pode revolucionar o mundo e que esta revolução de Paz venha por meio da Poesia. A E7 /. Faz bem sonhar A Poetar é bom F#m E A No G P L tenho união, amor e paz. /. (estribilho) C#7 F#m Com a rima penso a vida E A Com o metro ajudo a fala F#m Bm Nos versos livres meu coração E A Vai ao teu e diz assim: D A Poetas Livres, meu grupo amado F#m Bm Que me transporta e me aconchega E A Com ternura noite e dia. F#m Bm Nas linhas do “Ventos do Sul” E A Meus escritos dizem paz Bm E A Voando em rumo do saber que o amor traz. Bm E A Dizendo ao mundo a oração da poesia. ZEULA SOARES (julho de 2009) (*) Autoria de Zeula Soares, do GPL. Instituída através da Portaria 02/2009, assinada pela vicepresidente Heralda Victor, em 7 de agosto de 2009. (*) Hino Oficial do Grupo, letra e música de José Cacildo Silva. Instituído por Portaria n.3/2009, de 4 de setembro de 2009, assinada pela vicepresidente Heralda Victor. 2 Programação: 1) Apresentação do Grupo Teatral Amor Cristiano, fundado por Sonia Ripoll e Lino Lopes; 2) Recital de Poesias; 3) Breve Histórico da Academia; 4) Jogral com poemas de Sonia Ripoll, que apresentou a patrona de sua cadeira, a poetisa Delminda Silveira de Souza, e Therezinha Cacilda Monteiro Mann apresentou sua patrona Antonieta de Barros; 5) Apresentação de algumas lendas do folclore da Palhoça; 6) Recital de Poesias com a participação de convidados de outras Academias de Letras e de escritores de Grupos Literários de Florianópolis. Quinta: 19:30 - Abertura Oficial / Salão Salzburg 21:30 - Jantar de confraternização Sexta: 08:30 - Salão Salzburg 1) Reencontro de Poetas / Poesia no Palco / Abertura de exposição / Mini-Feira de Livros 2) Oficinas de poesia - salas 1 e 2 3) Visita à escolas; (necessário inscrição prévia) 10:00 - Coffee Break (15min) 12:00h - Almoço de todo o grupo no Hotel; 13:30 - Assembléia Geral da Associação Internacional de Poetas del Mundo 15:00 - Coffe break (15 min) 15:30 - Palestra 1 / Debate / Mesa redonda; 21:00h - Jantar festivo / homenagens --- Dia 11 de novembro de 2010, na 25ª. Feira do Livro de Florianópolis, o Grupo de Poetas Livres apresentou Recital Poético e Varal Literário organizado por Zeli Maria Dorcina. Maria da Anunciação Pereira, Doralice Rosa de Souza Silva e Maurilia Freitas se apresentaram com a Dança das Ciganas. Sonia Ripoll lançou seu livro “Ainda choro”. A Feira do Livro aconteceu dos dias 4 a 13 de novembro de 2010, no Largo da Alfândega “Dakir Polidoro”. Sábado: --- Dia 22 de novembro de 2010, na Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas, Campinas, SP, que tem Arita Damasceno Pettená como presidente, ela que é associada do GPL, aconteceu a palestra “Passado Presente e Futuro de Padre Landel de Moura”, por Lúcio Carvalho. --- Registro: Nosso poetamigo de Veranópolis,RS, LARI FRANCESCHETTO, envia-nos comunicado de premiações: 1) Poema Latinos, Menção Honrosa no III Concurso Nacional de Poesia “Poeta João de Deus”, da Academia Itajubá de Letras, Itajubá,MG; 2) Poemas “Paisagens” e “Quintanares”, 1º e 2º lugares, respectivamente, no VIII Concurso Aureliano de Poesia, em Santiago,RS; 3) Poema “Quintanares”, Menção Honrosa no VII Concurso Literário VirArte, Santa Maria,RS; 4) Poema “Mutação”, 1º lugar no Concurso Nacional de Poesia Jornal Rio/Notícias, RJ. --- Registro: Nosso poeta e escritor catarinense, residente em Salvador, Bahia, EMANUEL MEDEIROS VIEIRA, comunica que sua obra “Olhos Azuis - Ao Sul do Efêmero” (Thesaurus Editora/ FAC, Brasília,2009), foi premiado com o 1º. Lugar, em Concurso Internacional de Literatura, promovido pela União Brasileira de Escritores - UBE. Manhã livre para passeios e compras; 12:00h - Feijoada do Congresso - Praça Hercílio Luz - Biergarten (Jardim da Cerveja) 15:00h - Retorno ao Hotel - Coffee Break (15 min) 15:30h - Salão Salzburg Palestra 2/Debates/Mesa redonda 21:00h - Lançamento da Antologia do Congresso; Jantar de confraternização; Domingo: 09:30h - Colocação das placas indicativas nos três Ipês plantados no Mausoléu Dr. Blumenau, durante 2º Encontro de Poetas del Mundo, em junho de 2008. Manifestos pela Paz. 12:00 - Almoço de encerramento. Coordenação Geral: Terezinha Manczak (Cônsul de Santa Catarina da Associação Internacional de Poetas del Mundo) Prof.º Miguel João Simão (Cônsul de Governador Celso Ramos da Associação Internacional de POETAS del Mundo). A ACONTECER: --- Dia 9 de dezembro de 2010, no auditório Abelardo Sousa, da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho, o encerramento do Ano Acadêmico de 2010, com entrega do Troféu Garapuvu com Certificado, aos associados efetivos que foram assíduos durante o ano; Recital de Poesia e Música; homenagem ao Amigo da Cultura, com o Troféu Garapuvu e Diploma. Troca de presentes e confraternização. PROGRAMA PARA 2011, CONVIDANDO O GPL: 4º Encontro de Poetas del Mundo/ Blumenau (SC). Sua presença é aguardada com carinho por todos os cônsules e associados de Santa Catarina, na germânica e alegre cidade de Blumenau, para o mais abrangente encontro de poetas já realizado em nosso Estado. 10 a 13 de Março de 2011- Blumenau - Santa Catarina - Brasil Local: Viena Park Hotel - Rua Hermann Huscher, 670 - Vila Formosa - Blumenau - Santa Catarina - Brasil 43 Aconteceu... Editorial conselhos a ele, para que não pegue mais a Páscoa dos outros. Xexé promete não mais agir assim. As crianças o perdoam e cantam juntos”. apoio cultural que tem prestado ao GPL ao longo desses 12 anos de atividades. O GPL agraciou Edmar Almeida Bernardes, responsável pelo site e José Cacildo Silva, poeta e artista plástico do Grupo, que desenvolveu a parte artística da referida comenda. Maura abriu o cerimonial com um poema “Poema da Poesia”, do escritor Artemio Zanon e encerrou com um poema “Ser poeta”, de Rodrigo Silveira Lopes, do GPL. Um coquetel foi oferecido, organizado por Adriana Cruz, tesoureira do GPL. “Saudade é o tanger de uma harpa, é o dedilhar de um violão; são os acordes maravilhosos de uma bela canção.” --- Dia 28 de outubro de 2010, oficio da Assembléia Legislativa do Estado, finalmente aprovando o Relatório de Atividades do GPL referente ao ano de 2009, que havia baixado em diligência por exigência de uma Lei criada em janeiro de 2010, portanto após o GPL haver enviado o Relatório. O GPL teve que apresentar um balancete financeiro, de um Grupo que sequer recebeu subvenção tanto do poder municipal quanto do estadual. O Grupo é de utilidade pública tanto estadual quanto municipal. --- Resultado do 6º Concurso “Liberte—se...nas Asas da Poesia”, destinado ao público carcerário do Presídio Regional de Tijucas, SC, que tem desde a primeira edição a coordenação de Márcia Reis Bittencourt, do GPL, e professora do curso de Educação de Jovens e Adultos, daquele Presídio. Participaram da Comissão Avaliadora Heralda Victor, Eunice Leite da Silva Tavares, Licinho Campos, Geraldo Pereira Lopes e Zeula Soares. --- Dia 22 de outubro de 2010, Maura compareceu a uma reunião da comissão de avaliação do concurso Rachel de Queiroz, promovido pelo SENAC, representando o GPL. --- Dia 22 de outubro de 2010, no Museu do Tribunal de Justiça, a pedido do Ministério Público, o GPL se apresentou com Sonia Ripoll, Celso João de Souza e Lino Lopes. --- Dia 25 de outubro de 2010, Heralda Victor e Maura Soares, estiveram na Faculdade SENAC para entrega dos prêmios do Concurso Literário de Poesias e Prosas, representando o GPL, pois participaram na Comissão Avaliadora. Maura falou em nome da comissão e leu o poema “Depois da chuva”, ganhador do 1º. Lugar, pseudônimo Sophia, nome de Viviane, aluna do SENAC. Pela Faculdade o prof José Mariano e pela Academia Alcantarense de Letras, o acadêmico presidente Leno Saraiva Caldas, também estiveram presentes. EM NOVEMBRO DE 2010: --- Dia 5 de novembro de 2010, no município de Antonio Carlos, SC, nas comemorações dos 47 anos de emancipação política, os escritores Rogério Kremer e Tito Renato Hillesheim lançaram seus livros, "Entrando nas Escolas de Antônio Carlos" e o romance “Jogo da Vida”, respectivamente. Instalada a Academia de Letras do Brasil – seção de Antonio Carlos,SC, ocasião em que novos acadêmicos tomaram posse. O evento foi realizado no Auditório da Câmara Municipal. A presidente Maura Soares compareceu pelo GPL e pela Academia Desterrense de Letras, da qual também faz parte. Susana Zilli de Mello, Ivens Scherer, Inês Carmelita Lohn, Nilza Kretzer Deschamps e Celso João de Souza representaram a ACALLE, juntamente com seu presidente. Da Mesa Diretora dos trabalhos fizeram parte: Geraldo Pauli, Prefeito da cidade;Edson A Decker, presidente da Câmara; Adauto Beckhauser, presidente da Academia de Letras de Biguaçu; Mario Roberto Lopes Carabajal e Miguel Simão, da Academia de Letras do Brasil; Leno Saraiva Caldas, presidente da ACALLE; Neusita Luz de Azevedo Churkin, pela Academia de Governador Celso Ramos; Joaquim Gonçalves, Presidente da Acad.Letras do Brasil-Biguaçu; Mauro Debachi, pres.da Academia de Letras do Brasil-Alfredo Wagner; Silvano V. Oliveira,pároco de Antonio Carlos; Osmarina Maria de Souza representou a Academia Desterrense de Letras; Irmã Célia Fuck, representou a Ordem da Divina Providência de Florianópolis; Ernei Stähelin, prefeito de São Pedro de Alcântara; Prof. Maria Andrade, presidente da ACP. Tomaram posse os acadêmicos: Rogério Kremer, Flávio Münich, Leonita Petri Kuhn, Fábio Luiz Egert e Rony Alves dos Ramos. O prefeito, em sua fala, lançou o Prêmio Literário Lauro Junkes, para concursos instituídos pela academia. (Nota: eram duas mulheres, mas falhou para a editora desta revista o nome da outra acadêmica, que não foi-lhe repassado.) --- Das comemorações, dentre outras, a realização da Stammtisch (Festa dos Amigos), tradicional festividade em comunidades de colonização germânica. --- Dia 28 de outubro de 2010, em reunião do GPL e dentro do Projeto “O Escritor e sua obra”, Sonia Ripoll e Lino Lopes, apresentaram Teatro de Fantoches, com concepção, texto e apresentação dos dois membros do grupo. Segue a ficha técnica e a sinopse. A referida montagem está apta a se apresentar em escolas, feiras de livro para crianças e adultos. Peça Teatral: A Travessura de Xexé Textos e Direção: Sonia Ripoll Música e canto: Sonia Ripoll Participação: Sonia Ripoll e Lino Lopes Apresentação: Grupo Teatral Amor Cristiano Categoria: Fantoches Personagens: Mia (a menina), Joca (o menino), Xexé (O sapinho) e o Coelhinho da Páscoa. Sinopse: Mia e Joca eram duas crianças que costumavam brincar juntas nos arredores de suas casa. Viviam a sonhar com as delícias da Páscoa e com os ovos de chocolate que, por certo, ganhariam. Mas, apesar das delícias da Páscoa, um certo vilãozinho atravessaria seus caminhos: o sapo Xexé. Mia e Joca muito trabalharam, até que o ninho ficou pronto. Dormiram para esperar o Coelhinho da Páscoa, recebendo muitos ovos de chocolate. Na manhã do outro dia, resolveram colher algumas flores para enfeitar sua casa, cobrindo o ninho com uma toalha, para que o sapinho Xexé não lhes roubasse os ovos, pois costumava agir assim. Nesse meio tempo, Xexé entra na casa das duas crianças, roubando-lhes a cesta de ovos. Ao retornarem, as duas crianças percebem que foram roubados e pensam logo no autor da travessura: Xexé. Mia chora muito, desejando recuperar seus ovinhos de chocolate. Decidem ir até o brejo, na casa de Xexé, para resgatarem seu ninho de Páscoa. Assim o fazem, deixando no ninho de Xexé, ovos aparentemente iguais, porem, de papel. Muito guloso, o sapinho não percebe que os ovos eram de papel e os come todinhos. Sente muita dor de barriga e vai pedir remédio na casa de Mia e Joca, pois a farmácia do brejo está fechada. As crianças discutem com ele. Nisso, chega o Coelhinho da Páscoa, dizendo ter deixado um ovo grandão no ninho de Xexé, que fica muito feliz com isso. Quando chega ao brejo, Xexé percebe que o ovo grandão era de farinha de mandioca, para curar sua barriga. O Coelhinho dá --- Dia 8 de novembro de 2010, Sonia Ripoll e Therezinha Cacilda Monteiro Mann, ambas do GPL, que também pertencem a Academia de Letras de Palhoça, se apresentaram na 25a. Feira do Livro de Florianópolis, no Largo da Alfândega "Dakir Polidoro", no Espaço Cultural da Academia de Letras de Palhoça, com o seguinte Programa: 42 (Áureo Corrêa de Souza, Bauru, SP, associado do GPL- falecido em 2010) Quanto mais abstrata for a verdade que queres ensinar, mais tens que seduzir os sentimentos a teu favor. (Friedrich Nietzsche) Caros Poetamigos, Completamos em 2010, 12 anos de ininterruptas atividades, com o Grupo continuando com sua notoriedade, sendo respeitado por seu trabalho em divulgar não só o autor catarinense, aqueles aqui nascidos, mas também aqueles que escolheram Santa Catarina para viver e constituir família. Nossa “Ventos do Sul” viaja para muitos lugares, difundindo a poesia e fazendo amigos. Os amigos, antigos e os que estão chegando, possuem página especial, com o título “De braços abertos...estamos!” A cada revista procuramos incorporar poetas até mesmo aqueles que não foram classificados em concursos, cujas poesias são arquivadas e sacadas e, com o aval dos poetas, para publicação. Destacamos, neste segundo semestre mais um Projeto do Grupo - AQUI TEM POESIA -projeto apresentado pelo Grupo ao Jornal Folha de Coqueiros, em que numa coluna serão divulgadas poesias dos associados do GPL e de moradores da Região de Coqueiros, bastando para isso acessar o site do Jornal, www.folhadecoqueiros.com.br, ler o Regulamento e enviar sua produção. E assim, divulgamos aquele poeta que reside no fundo do coração de todos nós, mas que por timidez, teme em aparecer e esta é a oportunidade. Leia na seção “Aconteceu”: 1 - Instituída por Portaria a “Medalha do Poeta – Maria Vilma Campos”, para uso dos associados em eventos em que comparecerem representando o Grupo. 2 - A 6ª. edição do Concurso “Liberte-se...nas Asas da Poesia!” está contemplada nesta Edição. 3 - A instalação e posse da Academia Alcantarense de Letras- ACALLE, de São Pedro de Alcântara,SC. 4 - Em 21 de outubro, o GPL lançou a sua Sexta Antologia – Poesia e Textos – comemorativa aos 12 anos de ininterruptas atividades. 5 - Importante carta enviada pelo escritor Prof.Dr. Celestino Sachet, transcrita, que nos ajuda a continuar a batalha em prol da poesia em Santa Catarina. 6 - A 5ª.Edição do Concurso On-Line: “Trovas e/ou Quadras”. É isso, enquanto a Poesia não vender, entregamos de graça nossas poesias aos corações sensíveis tanto os da terra, daqui, quanto d´além mar. Desfrutem, com prazer, mais um número da Revista Ventos do Sul. Profa. Maura Soares Presidente 3 Aconteceu... Homenagem (1) --- Dia 19 de outubro de 2010, na Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas,Campinas, SP, da qual nossa associada, Arita Damasceno Pettená é presidente, aconteceu a palestra “A imortalidade dos poetas”, com Tania Freitas e Aluisio Busatto e posse da Acadêmica Silvia Lamon, em comemoração ao Dia do Poeta que se comemora em 20 de outubro. --- Dia 16 de setembro de 2010, recebimento do convite da Câmara Catarinense do Livro para o GPL participar da 25ª Feira do Livro de Florianópolis, dias 4 a 13 de novembro. O GPL irá se apresentar dia 11 de novembro(v. adiante). ...As Cajazeiras Três figuras queridas fazem parte do Grupo de Poetas Livres inscritas a partir do ano 2000: carinhosamente chamadas de “As Cajazeiras”, Maurília Freitas, Maria da Anunciação Pereira e Doralice Rosa de Souza Silva, são o encanto do Grupo. Elas são alegres, graciosas, participam não só do Grupo, mas de teatro para a terceira idade, dançam, se apresentam em peças teatrais, são membros de academias de letras, enfim, sete instrumentos tocam estas amáveis senhoras que merecem as nossas homenagens. MAURILIA FREITAS Maurília nasceu em Santo Amaro da Imperatriz, SC, em 30 de abril de 1939. Professora regionalista, aposentada. Participa do Grupo da 3a. Idade “As Fantásticas”; da Oficina de Teatro do Theatro Adolpho Mello, de São José, SC. É membro da Academia Santoamarense de Letras, como fundadora. Foi agraciada com o 1º. Lugar num concurso de Poesias instituído pelo Grupo com o apoio da BIG PAN 24 HORAS, de Campinas, São José, cujo proprietário é o senhor Samuel Moreira, Associado Benemérito do GPL. A partir daí entrou para o Grupo e trouxe, com ela, as duas amigas Maria da Anunciação e Doralice. E desde então são a alegria quando estão presentes nas reuniões. Gostam de se apresentar em eventos do Grupo caracterizadas de dançarinas, com canto e movimentos teatrais. Quando o Grupo encenou o poema “Balada dos Já-com-Terra”, de Júlio de Queiroz, Maurília não pode participar, pois, mais uma vez, estava com problemas de saúde. Somente Maria da Anunciação e Doralice participaram do elenco que teve a direção de Zeula Soares. É uma guerreira, não se deixa abater pelas adversidades. Volta e meia está hospitalizada com seus problemas cardíacos, mas quando retorna ao Grupo, lá apresenta sua produção literária. À Maurília Freitas, que podemos acrescentar o sobrenome “Forte”, o nosso carinho. Em 2010, Maurilia lançou seu primeiro livro de poemas, intitulado “Minha Saudade” cujo comentário segue neste número assinado pela presidente Maura Soares. Abaixo, um poema de Maurilia. MARIA VILMA (acróstico) Mãe meiga e carinhosa Amiga leal e sincera Respeito e amor a Deus Inteligente e bondosa Ama seus semelhantes. Vai longe no seu ideal Imagem de ternura Luz que ilumina nosso caminho Mestra e amiga Alegria e amor. (para a minha querida e amada amiga, com muito respeito) [in Minha saudade, pág.88] 4 --- Dia 18 de setembro de 2010, 10º Aniversário da Academia Itapemense de Letras, sob a presidência do poeta Pedro Du Bois, com Sessão Festiva na Câmara de Vereadores; entrega dos prêmios do Concurso O Pensador IV – 2010. --- Aconteceu posse do novo presidente da Academia Santoamarense de Letras, José Silveira,com as presenças de Maurilia, Sonia e Cacildo, --- Dia 20 de outubro de 2010, em comemoração ao Dia do Poeta, aconteceu a Festa do Dia do Poeta que a Associação dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses promoveu no Museu Cruz e Souza. Eunice apresentou-se pelo Coral Italo-Brasileiro; Licinho Campos, Sonia Ripoll e Zeli Maria Dorcina, com poesias. Sinval Silveira esteve presente. --- No Dia do Poeta, falecimento de LAURO JUNKES, presidente da Academia Catarinense de Letras. Lauro deixou um legado de obras em que resgatou produções de grandes poetas catarinenses, até então dispersos em jornais e revistas. --- Em 23 de setembro de 2010, em reunião do GPL, registro da presidente que o poeta Emanuel Medeiros Vieira, foi contemplado com o 1º lugar no Concurso Internacional de Literatura, prêmio da UBE (União Brasileira de Escritores), com seu livro “Olhos azuis – Ao Sul do Efêmero”. --- Neusita L A Churkin apresentou poesias no Restaurante Sem Compromisso, em São Sebastião, SP e distribuiu a RVS 34. --- Em 24 de setembro de 2010, Maura compareceu ao panegírico da acadêmica Kátia Rebello, na Biblioteca Pública Municipal Prof.Barreiros Filho, em honra do patrono de sua cadeira na Academia Desterrense de Letras, Victor Meirelles de Lima. --- Dias 24, 25 e 26 de setembro de 2010, aconteceu a Festa da Cultura Açoriana na Palhoça, SC, cujo convite para comparecer foi aceito e Sonia esteve presente. EM OUTUBRO DE 2010: --- Dia 13 de outubro de 2010, no município de São Pedro de Alcântara, SC, aconteceu a instalação da Academia Alcantarense de Letras – ACALLE, com cerimonial elaborado por Maura Soares, apoio de Susana Zilli de Mello, Heralda Victor, Rosângela Laurentino, Leno Saraiva Caldas e Osmarina Maria de Souza. Dos 17 escritores que tomaram posse, os associados do GPL Celso João de Souza, Inês Carmelita Lohn e Therezinha Cacilda Monteiro Mann foram instalados em suas cadeiras. A posse do presidente da ACALLE, Leno Saraiva Caldas, foi dada pelo presidente da Academia Desterrense de Letras, Valter Manoel Gomes. Heralda conduziu o Cerimonial dessa nova academia que tem como patrono geral e patrono da primeira cadeira, o empresário e escritor, Osvaldo Deschamps. O evento teve lugar no Salão Paroquial da Igreja Matriz, muito concorrido com presença, dentre muitos, do prefeito Ernei Stähelin. Maura e Osmarina receberam diploma de Acadêmico Honorário. A Diretoria da ACALLE: Leno S.Caldas, presidente; Irene R. da Silva, vice-presidente; Rosângela Laurentino, tesoureira; Susana Z. de Mello, secretária; Jelena Stopanovski Ribeiro, bibliotecária; Max José Müller, assessor cultural; José Benvindo Rodrigues Moutinho, assessor jurídico; Augusto Barbosa Coura Neto, Ivens Antonio Scherer, João da Silva e Celso João de Souza, titulares e suplentes do conselho fiscal. --- Dia 21 de outubro de 2010, aconteceu o lançamento da 6ª. Antologia do Grupo de Poetas Livres, cuja obra foi assinada por 41 poetas, entre efetivos e correspondentes. A obra comemora os 12 anos do Grupo e apresenta poesias e textos em prosa. Da Programação constou: I - Apresentação musical de Sonia Ripoll, ao teclado, com melodias latino-americanas. II - “As Fantásticas Idosas do GPL”: Maurilia Freitas, Maria da Anunciação Pereira e Doralice Rosa de Souza Silva, com um número musical “As Ciganas”.Cada uma delas apresentou seu poema. III - Canto com Neusita Luz de Azevedo Churkin, acompanhada ao violão por José Honório. IV - Os Coralistas do Coral Italo-Brasileiro Osvaldo Tadeu Silva e Silva e Nilson Machado, com poema e canto, respectivamente. V - POEMAS---apresentaram suas próprias criações: Alzemiro Lidio Vieira, Licinho Campos, Sandra Regina Clara Nepomoceno Pinto, Zeli Maria Dorcina, Sonia Ripoll e Heralda Victor. VI - Zeli Maria Dorcina organizou e coordenou um Varal Literário do Grupo. VII - Homenagem a Maria Vilma Campos, fundadora do Grupo e Presidente Perpétuo. A homenagem foi na criação de uma “Medalha do Poeta - Maria Vilma Campos”, uma forma de eternizar sua fundadora. A Medalha do Poeta tem a finalidade de ser usada pelo associado quando este estiver representando o Grupo em solenidades culturais. O presidente de honra do GPL, Manoel Philippi, fez a entrega das medalhas e recebeu uma pelo --- Dia 16 de outubro de 2010, a ACPCC-Associação dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses, em comemoração aos 15 anos de fundação, outorgou Diploma de Amigo da Cultura a diversas instituições literárias, entre as quais o Grupo de Poetas Livres que foi representado oficialmente por sua vicepresidente Heralda Victor, face o impedimento da presidente Maura Soares. Ao ato compareceram os seguintes poetas do GPL: Maria da Anunciação Pereira, Sonia Ripoll, Lino Lopes, Ivan Alves Pereira, Zeli Maria Dorcina, Licinho Campos, Sinval Silveira. 41 Aconteceu... outras modalidades).Dia 20 de outubro, o resultado em sessão especial. --- Registre-se que o Grupo de Poetas Livres foi representado por sua presidente e vice-presidente, na Comissão de avaliação do II Concurso Literário de Prosas e Poesias Rachel de Queiroz, instituído pala Faculdade SENAC, com resultado no mês de outubro, durante a Semana da Biblioteca, quando dois alunos daquela Faculdade serão premiados por suas obras. Maura e Heralda analisaram poemas e textos em prosa participando das reuniões de avaliação. Participaram da comissão o prof.do SENAC José Mariano; Maura Soares, Heralda Victor,pelo GPL; Valter Manoel Gomes, pela ADL, Leno Saraiva Caldas, pela ACALLE e Nereu do Vale Pereira, pela Comissão Catarinense de Folclore. --- Dia 26 de agosto de 2010, o nosso confrade em São José do Rio Preto, Nélson Carneiro perdeu sua companheira de muitos anos, Celina de Oliveira Carneiro, a quem ele dedicava seus versos, deixando-o triste com a separação da sua amada. O Grupo recebeu a noticia somente dia 2 de outubro, em carta do associado. Para registro, augurando que Celina esteja com os anjos, enviamos daqui da RVS o nosso abraço fraterno ao caro amigo, tão atencioso e que foi o primeiro associado correspondente do Grupo. --- Recebemos carta do Prof.Celestino Sachet (datada de 23 de agosto de 2010), a respeito da Revista n. 34, nos seguintes dizeres: “Prezada Maura, Tenho em mãos e debaixo dos olhos a “Ventos do Sul, n.34 de janeiro a junho de 2010. A revista, como sempre, soberba pelas fotografias, pela apresentação gráfica, pelas 42 páginas e pela variedade das contribuições poéticas sem contar as primeiras páginas de informação histórica e literária. Mas o que desejo louvar e aplaudir é o mosaico literário que vocês constroem com poemas chegados de todo o Brasil, de Portugal e, até da Argentina e da Espanha. Vocês apresentam um conjunto sábio de poemas, de todos os matizes e de todas as qualidades já que nesses tempos pósmodernos, pós-técnicos e pré-qualquer-coisa-que-ainda-não-sesabe-o-que-é. Mas eu sinto e pressinto que esta questão de “qualidade” deve sair do restrito círculo de críticos ou de analistas e ficar na esfera do leitor já que é ele quem saboreia o sabor de poeta e do poema. Nesse ponto todos somos poetas! Quem não aprecia o sorriso de uma criança? A beleza de um nascer do sol ou do vôo de uma garça? Se não há vôos feios porque há de haver versos feios ou ruins? Que venham poemas e mais poemas, como vocês agem. Este é o caminho para divulgar a poesia!” Um abraço do Celestino. EM SETEMBRO DE 2010: --- Dia 2 de setembro de 2010, em reunião do GPL, apresentação do Modelo da Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos”, elaborado por Cacildo Silva. --- Em reunião do GPL, convite de Cacildo Silva, para a formação de um Coral unindo membros do GPL e da Academia Desterrense de Letras, com o objetivo de ensaiar os Hinos do GPL e da ADL, com o maestro João Batista da Silva. Manifestaram-se que gostariam de fazer parte: Maura, Heralda, Eunice, Cacildo, Carlos, Vera Barcellos, Kátia Rebello, Sonia e Lino. --- Dia 9 de setembro de 2010, aconteceu comemoração organizada pelo GPL e Biblioteca, alusiva aos 54 anos da Biblioteca Prof. Barreiros Filho, com a programação: 1) Culto Ecumênico; 2) Coral do Hospital Florianópolis, sob a Regência de Fernando di Carli; 3)Exposição de Trabalhos das Oficinas da Biblioteca (renda de bilro, crivo, cerâmica figurativa, artesanato de lã); Recital do Grupo de Poetas Livres; Varal Literário do Grupo e Exposição de Fotos e Telas da poetisa e fotógrafa Maristela Giassi, do GPL; Telas de Alzemiro L Vieira(GPL); Telas de Sonia Ripoll(GPL). Fizeram parte do Recital do Grupo: Alzemiro L Vieira; Carlos Piccoli; Licinho Campos; Neusita L A Churkin; Sandra R C N Pinto; Sonia Ripoll e Lino Lopes; Heralda Victor; Eunice L S Tavares; Maria da Anunciação Pereira; Doralice R S Silva; Cacildo Silva; Zeula Soares. --- Dia 27 de agosto de 2010, Márcia Reis Bittencourt, associada do GPL e Coordenadora do Concurso direcionado ao público encarcerado no Presídio Regional de Tijucas – Libertese...nas Asas da Poesia - , encaminhou o seguinte registro: 1)Participação em um curso " EDUCAÇÃO EM PRISÕES" no período de 23 a 27 de agosto de 2010 no Rio Vermelho, em Florianópolis. Fez um relato de experiência de 10 anos do trabalho no Presídio de Tijucas. O Concurso “Liberte-se... Nas Asas da Poesia” foi incluído no relato de experiência. 2) Um agente penitenciário de Xanxerê, uma professora da Penitenciária de Florianópolis e um professora do Presídio de Araranguá se mostraram bastante interessados em participar das próximas edições. --- Registro, em agosto 2010, de email do associado em Portugal, António José Barradas Barroso (Parede-Lisboa) de análise sobre a Revista Ventos do Sul n.34,ressaltando os poemas que lhe tocaram e apreciando textos e comentários sobre as obras publicadas por nossos escritores amigos. --- Dia 10 de setembro de 2010, segunda parte das comemorações dos 54 anos da biblioteca com apresentação de Street Dance; Dança do Ventre; Cover, sob a coordenação da professora Vera Costa. --- Dia 11 de setembro de 2010, final das comemorações dos 54 anos da Biblioteca, com apresentação de Dança Cigana, evento coordenado pelo Sr. Amorim. --- Em 31 de agosto de 2010, a Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas, de Campinas, São Paulo, que tem como presidente a nossa associada Arita Damasceno Pettená, desenvolveu o seguinte programa:1)Ato de abertura da reunião; 2)Ato acadêmico. A)Palestra “Dom Pedro I e os pródomos da Independência do Brasil”. Palestrante: Acadêmica Ivanilde Baracho Alencar. B)Posse de novos acadêmicos:João Baptista de Araujo Camargo – arquiteto; Aloisio Edgar Burato – cantor. 3)Parte artística: Regina Márcia Moura Tavares - cantora, membro da Academia Campinense de Letras,acompanhada da pianista Maria de Lourdes Vasques. Exposição: Geni Fuzzato Dagnone – artista plástica e membro da Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas. A referida Academia promoveu de 1º de setembro a 10 de outubro, concurso de poesia(trova,soneto,versos livres, --- Dias 10 a 19 de setembro de 2010, Florianópolis foi palco do 17º. Festival de Teatro Isnard Azevedo. Sonia Ripoll, do GPL, enviou convite para as oficinas de teatro do 17º Festival de Teatro Isnard Azevedo, com oficinas em vários locais de Florianópolis. As inscrições para as várias oficinas, gratuitamente, oferta da Fundação Franklin Cascaes. Todos os participantes receberam Certificado. MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA Nasceu em Palhoça, SC, em 4 de setembro de 1924. Viúva, oito filhos, foi alfabetizada aos 67 anos. Recitava de cor suas poesias para que seus filhos colocassem no papel. Participa da Oficina de Teatro, no Teatro Adolfo Mello, São José, SC. Recebeu o Troféu “Mulheres com Arte”, pela Fundação Franklin Cascaes, pelo Dia Internacional da Mulher(14/3/2003), por indicação do Presidente de Honra do GPL, Manoel Philippi. Participa de todos os projetos do GPL. Segue um poema de Maria: Assim Doralice se define: “Nasci no Sertão do Imaruim, São José, SC, no dia 17 de outubro de 1930. Ali passei a infância e adolescência. Estudei até o terceiro ano primário. Casei com Vidomar, tivemos 6 filhos, 10 netos, 2 bisnetos. Atualmente moro em Campinas,São José, tenho 2 livros editados, “Casa de Barro” e “Castelo de Pedras”. Participo de 5 antologias do GPL. Sou membro da Academia Catarinense de Letras e Artes e do Grupo de Poetas Livres, além do Grupo de Teatro no Teatro Adolfo Melo. Também estou no Grupo de 3a. Idade “As Fantásticas”. Formei-me no Curso de Monitores do NETI Núcleo de Estudos da 3a. Idade(UFSC). Fui contemplada com o 2º lugar no Concurso de Crônicas do NETI. Agradeço a Deus por tudo; amo minha família, meus amigos. Vivo bem e sou feliz.” Segue um poema de Doralice: A NATUREZA Como é bela a natureza e Aquele que a criou. O céu cheio de estrelas e a terra cheia de flores. No campo nascem as sementes que são transformadas no pão. O pão é o alimento desta imensa nação. FAZENDO POESIA Fim de tarde o vento está forte e frio chove sem parar o sol adormeceu a lua se escondeu por trás das nuvens um profundo silêncio calou a noite. --- Dia 15 de setembro de 2010, na Livraria Livros & Livros, aconteceu o lançamento da obra organizada por Celestino Sachet e José Gomes Neto, intitulada “Cruz e Sousa:Travessias”.Geraldo Pereira Lopes representou o GPL. 40 O homem solitário caminha na chuva em busca de um lugar para passar a noite. O poeta se inspira e faz a poesia. [in Casa de Barro, pág.28] 5 Aconteceu... Homenagem (2) Maria suplicou com tal calor, Que as palavras, brotando com amor, Saíam embrulhadas num sorriso. --- Dia 07 de Julho de 2010, no Plenário da Câmara Municipal de Florianópolis, aconteceu Sessão Conjunta Academia Desterrense de Letras e Câmara Municipal, com pronunciamento de Maura Soares, presidente do GPL e membro daquela Academia, sobre o Dia do Escritor do Município de Florianópolis, com homenagem ao Escritor OSVALDO FERREIRA DE MELO. Presentes: Carlos Humberto Corrêa, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina; Fernando Cesar Gomes Machado, presidente do INGESC; Heralda Victor, Sonia Ripoll, Inês Carmelita Lohn, Lino Lopes, pelo Grupo de Poetas Livres; Sara Regina Poyares dos Reys, pelo IHGSC, prof. Leuzi Soares, representando a família da oradora; Rosina Fontes de Melo e e Mauricio Ferreira de Melo, pela família do homenageado. Pela Academia Desterrense de Letras os acadêmicos Leno Saraiva Caldas, Valter Manoel Gomes, Geraldo Pereira Lopes, Hiamir Polli, Augusto Barbosa Coura Neto, Pe. Ney Brasil Pereira, Nereu do Vale Pereira, Osmarina Maria de Souza, Cesar do Canto Machado e Kátia Rebello, dentre amigos e escritores. Então, Deus, para todos contentar, Criou a Berlenga, no meio do mar, Dum pedaço arrancado ao paraíso. --- Registro de Maura que havia saído matéria nos jornais Hora de Santa Catarina e Noticias do Dia sobre o panegírico que faria em homenagem a patrona de sua cadeira na Academia Desterrense de Letras, Maura de Senna Pereira, no dia 30 de julho de 2010, no Auditório da Biblioteca Pública Municipal prof. Francisco Barreiros Filho. --- Dias 30 e 31 de julho de 2010, Neusita L A Churkin participou do Seminário das Academias de Letras do Brasil- Seção de SC, em Alfredo Wagner,SC,declamando poesias e recebeu certificado como acadêmica da Academia de Letras de Governador Celso Ramos --- Dia 15 de julho de 2010, o GPL comemorou em clima de Festa de São João, o aniversário de Therezinha Cacilda Monteiro Mann, festa com música e comidas típicas. Sonia apresentou-se com Doralice o número “Maria Chiquinha”; Neusita, no canto, e Valter, ao violão, apresentaram números musicais, Heralda apresentou um poema e o menino Eduardo Tavares um poema de sua autoria. EM AGOSTO DE 2010: --- Dia 06 de agosto de 2010, lançamento no Espaço Cultural Celso Ramos, do BRDE, da 1ª. antologia da ALIFLOR, da qual fazem parte Heralda, Therezinha, Sonia, Inês. Pelo GPL compareceram Celso e Zeli. --- Dia 13 de agosto de 2010, Projeto Cultural da Biblioteca do Estado, com Sonia, Leinir. Inês, Geraldo e Celso, tendo Sinval representado o GPL. --- Dia 19 de julho de 2010, falecimento de Hoyêdo de Gouvêa Lins, poeta, contista, cronista, da ACL, do IHGSC, que teve homenagem por seus 80 anos na Revista Ventos do Sul n.34, primeiro semestre de 2010. Ivan Alves Pereira A irreverência personificada AÇORES Uma merecida homenagem que faz jus há muito tempo e um dos primeiros associados do Grupo de Poetas Livres, Ivan Alves Pereira, prima pela irreverência em seus versos. Autor de Há (mar) e bebê(r) I e II (revista e ampliada) as obras demonstram o sentimento de Ivan, as coisas que vivenciou quando embarcado como Oficial da Marinha de Guerra. Declara em seus poemas o sentimento do marinheiro, os portos, as mulheres que todos eles encontram. Passou por maus pedaços neste ano de 2010 com sua saúde abalada, mas o Patrão lá de cima disse para ele ficar mais um pouco entre nós e nos alegrar nas reuniões do GPL. Nascido em 13 de maio de 1935, - (mesma data do aniversário da nossa Ponte Hercílio Luz que, como ele mesmo diz “eu e a Hercílio somos da terceira”) – em Paulo Jacintho, Alagoas. Formado pelo CEART- UDESC, em Educação Artística, Habilitação em Artes Plásticas, tendo sido o Orador da Turma. Além do GPL é membro da ACPCC e utiliza os pseudônimos Ivan de Paulo Jacintho e Cazzivan. É também membro da Academia Catarinense de Letras e Artes. Estudou Administração de Empresas na Faculdade de Ladário-MT e na ESAG-SC(curso não concluído). Oficial da Marinha de Guerra e, já na reserva, dedicou-se intensamente à pintura e à poesia. Colabora com o Jornal Letras Santiaguenses. Do referido jornal n. 76, ano XI, extraímos o texto a seguir: Os cheiros dos Açores são salgados naturalmente. Daniel é expert em escrever poesias e coisas açorianas. A Vilca tem uma queda pelos Açores e pelo interior de Alagoas onde deu boas aulas. Todos os poetas dizem que ela é gente boa; e é mesmo. Doutor Vilberto faz milagres nas caras feias e nos peitos moles. Um dia Vilca falou que tinha saudade do pai dela e eu, sem dizer uma só palavra, achei bonito, principalmente quando ela mandou um artista desenhar, pelo retrato, o seu pai. Sobrevoar uma ilha num avião veloz não é nada interessante. Será açor, um pássaro? Conheci Cabo Verde. Escaderal tem um ritmo gostoso de ser ouvido em instrumento de corda. Os pobres do estrangeiro tem o mesmo ar dos pobres de Paulo Jacintho, em Alagoas. Maura, presidente dos Poetas Livres de Floripa, é só ares...e ao dizer que nas quedas sempre faltam cavalheiros, ela tem razão. Tem gente que estuda muito e diz que Maceió é capital de Alagoas. Estão, os que afirmam isto, cobertos de razão. 6 IVAN ALVES PEREIRA (Cazzivan) --- Dia 16 de agosto de 2010, na ALESC, lançamento das obras Viagem, de Augusto de Abreu; Flores e Cicatrizes, de Inês Carmelita Lohn e Destino Pasárgada, de Cristina Viana. Compareceram pelo GPL: Zeli, Heralda, Sinval e Celso. --- Dia 23 de julho de 2010, na Casa da Cultura de São José, Maurilia Freitas, do GPL, lançou seu primeiro livro de poemas, intitulado Minha Saudade, com comentário nesta edição. Compareceram pelo Grupo Alzemiro L.Vieira(com a esposa Elza), Maura Soares, Celso Souza, Geraldo P Lopes, Marli S Luz, Zeli M Dorcina, Doralice R S Silva, Maria da Anunciação Pereira, Leinir M Correia, Sonia Ripoll (com Lino Lopes) e Therezinha Cacilda M Mann. Familiares, amigos, numa noite fria, foram dar seu calor a esta mulher guerreira recém saída de mais um internamento hospitalar, mas que lá estava firme e forte pra abraçar seus amigos e autografar, ainda com dificuldade, seus livros. Apresentaram suas poesias: Celso, Geraldo, Maria da Anunciação, Doralice, Sonia e Alzemiro, com seu poema e cantilena. --- Dia 19 de agosto de 2010, no BADESC, aconteceu o lançamento da obra de Julio de Queiroz, do GPL, Seleta, em 3 Volumes: 1)Poemas – Fractais; 2) Contos – De mala pronta; 3) Crônicas – Disto e Daquilo. Sonia Ripoll e Lino Lopes compareceram em nome do Grupo de Poetas Livres. --- Dia 21 de agosto de 2010, Neusita L A Churkin esteve na Feira do Livro de Governador Celso Ramos, expôs seus livros, declamou e cantou. O evento foi organizado pela Secretaria de Cultura do Município. --- Dia 24 de agosto de 2010, tendo por local o TICEN – Terminal Urbano do Centro de Florianópolis, o lançamento do Projeto Floripa Letrada – A palavra em movimento, projeto da Secretaria de Educação de Florianópolis, lançado nos terminais urbanos. Os empréstimos são gratuitos, com o pedido para o usuário, após a leitura de livros e revistas, devolver nos terminais. Antonio Celismar da Rocha representou o Grupo de Poetas Livres e doou 10 exemplares de seus livros para os usuários dos terminais urbanos. --- Dia 26 de julho de 2010, o associado correspondente em Portugal, António José Barradas Barroso nos dá ciência que esteve em Peniche (cidade da beira mar a cerca de 100 quilômetros a norte de Lisboa), para receber o 1º. Prêmio dos Jogos Florais, na categoria de soneto, com o titulo O PEDIDO, que transcrevemos neste espaço do Aconteceu. O pedido --- Dia 25 de agosto de 2010, em reunião do GPL, aprovada a Portaria 01/2010, que institui a Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos”, portaria elaborada em reunião na residência da presidente Maura, com Heralda Victor e Eunice Tavares. A Medalha deverá ser usada nos eventos em que comparecerem os membros do GPL, como representantes. A arte foi feita pelo poeta e artista plástico José Cacildo Silva. Os homens se juntaram num pedido À Senhora que, sorrindo, os ouvia, Um toque de beleza e de magia, Nesse mar todo o dia percorrido. Maria, junto a Deus, surpreendido Pelo estranho desejo e fantasia, Mandou, então, chamar a poesia, Do jardim onde tinha florescido. 39 Aconteceu... --- Dia 15 de junho de 2010, na Semana Cultural da AABB, a convite de Alcita V.Leite, estiveram presentes pelo GPL, Celso, Zeli e Neusita. Comentaram sobre a falta de atenção ao Grupo que ali compareceu a convite, tendo somente Celso a oportunidade de declamar sua poesia. EM MAIO DE 2010: --- Registro de Celso João de Souza que: 1) em 9 de maio compareceu na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias(mórmons), declamando poesia em homenagem ao Dia das Mães; 2)que participou em quatro dias da Feira do Livro de São José, de 21 a 26 de maio; 3)que foi convidado pela Academia de Letras de Alfredo Wagner para participar da fundação daquele sodalício e, no Rio Grande do Sul, dias 5 e 6 de maio em Gravataí,participou de uma roda de poesia no 2º. Encontro de Moda de Viola e Música Raiz(promoção da Associação de Poetas e Violeiros), a convite do Clube Cultural Palhoça de Violeiros; 4)que foi contratado pela Prefeitura de Palhoça para ministrar oficinas de poesia para crianças, com 40 horas-aula, no CAIC daquela cidade. Portaria 01/2010 Institui a Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos” e dá outras providências. --- Dia 17 de junho de 2010, em reunião do GPL, comentários sobre o descaso do poder público para com o projeto que enalteceu o poeta catarinense, idealizado pelo GPL, Poesia na Praça. A destruição quase total dos bancos das praias do Bom Abrigo, Palmeiras e Itaguaçu e o processo de aculturação da nossa sociedade. Celso comentou que sentou-se em cada banco com poesia vivenciando o que cada poeta escreveu. --- Falecimento de Nadir Rodrigues, da Academia de Letras de Palhoça, tendo Sonia comparecido ao velório. --- Dia 19 de maio de 2010, Neusita L A Churkin apresentou poemas na Igreja Presbiteriana Independente de Santos,SP. Cantou para as crianças “Casinha Pensante” e “As Vogais”. Declamou poesia para os pais destas crianças, alunas de uma escola, cujas mães deixam seus filhos aos cuidados de pessoas da igreja que recebem inclusive refeições. --- Dia 20 de junho de 2010, a Secretaria do Continente promoveu Festa Junina no Parque de Coqueiros, ocasião em que o GPL participaria. A chuva torrencial impediu a apresentação do GPL, que mesmo assim, marcou presença com Maura, Heralda, Maria da Anunciação, Licinho e Geraldo. --- Dia 24 de junho de 2010, Recital Litero-Musical com apresentação do Coral Italo-Brasileiro e de poetas do Grupo de Poetas Livres, no auditório Abelardo Sousa, da Biblioteca Pública Municipal prof. Francisco Barreiros Filho, organização de Heralda Victor e apresentação de Maura Soares, no impedimento da organizadora. --- Registro: O Clube dos Escritores de Piracicaba,SP, entregou ao nosso confrade membro das Academias Desterrense de Letras e Alcantarense de Letras, Augusto Barbosa Coura Neto, o “Colar do Mérito Literário Haldumont Nobre Ferraz”, juntamente com o Título correspondente, pela atuação de Augusto na Literatura e Cultura, participando como Acadêmico do Clube, durante Sessão Magna em 26 de novembro de 2010, no Salão Nobre “Helly de Campos Melges”, da Câmara Municipal de Piracicaba. Parabéns ao nobre amigo do GPL. --- Dia 20 de maio de 2010, Viviane R Santos representou o GPL na ALESC por ocasião de Sessão Solene pelo aniversário de 45 anos da UDESC. --- Registro de Zeli Maria Dorcina que nos dias 24 e 25 de maio esteve nos Colégios Iracema de Andrade e Jardim Solemar (neste com Luiz Fabiano S. de Souza, do GPL), em apresentação poética. --- Registro de Sonia Ripoll:1) dia 24 de maio de 2010, esteve na Feira do Livro e representou o GPL; 2)dia 31 de maio na Biblioteca Pública do Estado, pelos 156 anos daquela instituição. --- Dia 27 de maio de 2010, Viviane esteve no lançamento da obra Africanidades Catarinenses. --- Sonia Ripoll, dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra, apresentou palestra sobre sua patrona na Academia de Letras de Palhoça, Delminda Silveira, tendo recebido fartos elogios da presidente Maura por seu belo trabalho de pesquisa. --- Dia 30 de junho de 2010, Celso João de Souza, em Alfredo Wagner, deu entrevista em Rádio Comunitária, comentando sobre o Grupo de Poetas Livres. --- Dia 28 de maio de 2010, na Feira do Livro do Largo da Alfândega, comparecimento do GPL com Licinho Campos, Heralda Victor, Inês C.Lohn, Geraldo P Lopes e Marli Santos, com suas produções poéticas. Maura apresentou poema de Inês. EM JULHO DE 2010: --- Registro no mês de Julho de 2010, o falecimento do acadêmico da Academia São José de Letras, Gilberto Nahas. --- Registro de convite da Câmara Catarinense do Livro, solicitando obras dos associados do Grupo para a Bienal de São Paulo, o que foi atendido. --- Registro do falecimento, no mês de julho de 2010, do radialista Acy Cabral Teive, um dos baluartes do rádio de Florianópolis, notadamente na Rádio Guarujá. --- Em Julho de 2010, a partir do número 132 do Jornal Folha de Coqueiros, coluna dedicada ao Projeto AQUI TEM POESIA, do Grupo de Poetas Livres, com a publicação de poesias de seus associados e também de poetas da região de Coqueiros, comprovadamente residentes no local. Após o desmanche dos poemas estampados nos bancos das praias do continente e vendo perdido o trabalho de resgate das poesias dos nossos poetas catarinenses, o Grupo apresentou projeto de autoria da presidente Maura Soares, para não deixar morrer a poesia. O recebimento pela Folha foi emocionante para o Grupo que se vê novamente na vitrine da Poesia, porém não deseja os méritos só para si e sim dá oportunidade aos poetas dos bairros de Coqueiros, Praia do Meio, Itaguaçu, Bom Abrigo, Palmeiras e Abraão para também divulgarem suas produções poéticas. EM JUNHO DE 2010: --- Registro: O Boletim do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina ano XIII, n. 144, junho de 2010, página 7, publica foto da capa da RVS n.33, citando os poetas do GPL e do IHGSC Maura, Leatrice Moellmann, Julio de Queiroz, José Alberto Barbosa, José Isaac Pilati. --- Dia 11 de junho de 2010, Maura representou o GPL no Panegírico de Sonia Ripoll, em louvor da patrona da sua cadeira na Academia de Letras da Palhoça, Delminda Silveira. O Acadêmico Antonio Manoel da Silva (Bieli) falou sobre seu patrono, Santos Lostada. --- Dia 12 de junho de 2010, promoção da Câmara de Vereadores, evento denominado Câmara Cidadão, com declamação de poemas e música. Inês compareceu. 38 A presidente do Grupo de Poetas Livres, no uso de suas atribuições, RESOLVE: Instituir a Medalha do Poeta intitulada “Maria Vilma Campos”, como segue: 1 - Por proposição da associada e vice-presidente Heralda Victor, em reunião do Grupo, foi aprovada por unanimidade a criação da Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos”, para uso dos associados efetivos. a) A referida Medalha poderá, a critério da Diretoria com aprovação em Assembléia, contemplar associados beneméritos, honorários e amigos da cultura (pessoas e ou instituições). 2 - De acordo com o Regimento Interno, em conformidade com o Artigo 3º. combinado com o Artigo 6º. , os associados regularmente inscritos no Grupo, cumprindo o prazo do art. 6º, farão jus ao recebimento da Medalha. 3 - Na eventualidade do associado comparecer a cerimônias em que esteja representando o Grupo, será aconselhável o uso da Medalha, como forma de identificação, de acordo com o Artigo 10 do Regimento Interno. 4 - Os valores referentes a aquisição da Medalha ficarão a cargo do associado efetivo. Esta Portaria, após apresentada em reunião do Grupo, para aprovação e, após, será publicada no Site do Grupo de Poetas Livres e na sua Revista Ventos do Sul. Florianópolis, 26 de agosto de 2010 7 Obras em destaque Há tempos o GPL recebe obras de diversos autores e de associados do Grupo, para a Biblioteca “Maria Vilma Nascimento Campos”, as quais dá ciência em suas reuniões e destaca na seção da Revista. Sempre agradece, seja por carta, cartão ou por e-mail e, em algumas delas se faz comentários. Esta seção foi sugerida pela poetisa Bernadete Campos, de Virginópolis, MG. Sempre que uma obra se apresenta e que mereça destaque, aqui é o fórum de divulgação. Nesta edição destacamos o comentário de Maura Soares a respeito da obra da associada do Grupo, Maurilia Freitas, intitulada “Minha Saudade”. OH, QUE SAUDADES! Casimiro de Abreu (1837-1860), em belo poema, descreve a saudade da aurora de sua vida, nas estrofes de “Meus oito anos”. Cito a primeira estrofe:”Oh! Que saudades que tenho/ da aurora da minha vida/ Da minha infância querida/ que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras/ À sombra das bananeiras/ Debaixo dos laranjais!”. Lembrei-me de Casimiro de Abreu ao ler as páginas desta primeira obra de Maurília Freitas, em que a autora descerra a cortina do passado e relata sua infância no sítio, à sombra das árvores, comendo o fruto direto de seus galhos frondosos, ouvindo os pássaros cantando e se deliciando com as coisas belas que a Natureza nos proporciona, principalmente no ambiente rural. A vida na cidade traz barulho, decepção, amargura. A do sítio traz a bonança. A alegria, as brincadeiras inocentes, os banhos de rio, as traquinagens tão próprias de crianças que passam esta maravilhosa parte da vida junto à natureza. Neste contraponto, Maurília desnuda-se e relata momentos de amargura, de solidão, até de abandono, enfocando a vida adulta. Não há muitos momentos da juventude e sim o passado mais distante que foi risonho e fagueiro. Apesar de dizer do seu amor, aquele amor que está lá no fundo de todos os seres e transferi-lo aos familiares, há momentos em que a solidão fala mais alto e transparece em seus versos em forma de lamento, até de abandono. A obra é uma transposição como se na janela Maurília estivesse a ver passar o filme dos momentos em que em sua vida não havia preocupações. A idade adulta trouxe-lhe doença, longas esperas em leitos de hospitais, longas convalescenças... Mas seu espírito guerreiro não se entrega e seu coração por vezes a chama à reflexão. “Para, para um pouco, sossega”. E é nesses momentos em que o coração dá os alertas, que Maurília se transporta e em sua imaginação, torna-se outra vez menina a deslumbrar-se com as coisas bonitas do sertão. A obra se apresenta toda ela em quadras, de fácil leitura. É o primeiro livro de Maurília, resgatando os textos que estavam guardados em suas gavetas. Agora, eles são postos à lume e podemos apreciá-los. Como membro do Grupo de Poetas Livres, são livres todos os estilos de poesia e assim o é Maurília com seus poemas rimados. Maura Soares, presidente do GPL (ms./) 8 Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos Desde sua fundação, em 1998, o GPL tem sempre recebido obras de seus poetamigos dos vários lugares do Brasil e do exterior. Encaminhamos agradecimento aos doadores e damos ciência nas reuniões, antes de serem incorporadas ao acervo. Neste segundo semestre de 2010, recebemos: 1. De Antonio José Barradas Barroso, associado do GPL em Parede, Portugal, as doações: Só,de António Nobre; Sombra de Fumo, de Augusto Gil; Conversas Inacabadas com Alberto Caeiro, de José Flórido; O dominó preto (contos), de Florbela Espanca. 2. Doação de Sonia Ripoll a obra organizada por Lauro Junkes, Broquéis, Faróis,Últimos Sonetos, de Cruz e Sousa. 3. Doação ao Alternativo Versos Livres, n.30, 16 de maio de 2010, por Antonio Luiz Lopes em que o GPL é citado com referência ao recebimento da RVS 34 e a 5ª. Antologia do GPL. 4. Jornal da ANE – Associação Nacional de Escritores ano V, n. 34, junho-julho 2010. Dedica página inteira ao tema escrito por Maura Soares, “Criando contos”, considerações sobre a obra de Emanuel Medeiros Vieira “21 Contos Escolhidos”. 5. Doação de Sonia Ripoll de texto encadernado de sua palestra sobre a poetisa Delminda Silveira, realizada no GPL, dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra. 6. Doação de Walmor Dario, São Vicente,SP, do Zine Poético “Escritos”, n. 35, ano VI, janeiro-fevereiro de 2010 e carta ao Grupo. 7. Doação de Augusto de Abreu Teodoro, de sua obra poética “Viagem”. 8. Doação de Lari Franceschetto, Veranópolis,RS,encaminhou os seguintes documentos: 1)Folder para o 15º Concurso Literário Mansueto Bernardi; 2)Registro do Poema Latinos, que recebeu Menção Honrosa no III Concurso Nacional da Academia Itajubaense de Letras, MG; 3) Poema Quintanares que recebeu nove premiações nacionais; 4) Perfil do autor e o poema Mutação, 1º lugar no Concurso Nacional de Poesia, Rio 2001; 5)Trechos de “O Estafeta” que fala sobre suas premiações; 6)Poema Fotografia em que um verso dá titulo à sua obra “Espelho das Águas”; 7) Fanzine “De cara com a poesia”, de Recife,PE, ano VII, 2008, n. 48; 8) Fanzine “De cara com a Poesia”, n. 52, março 2010, Recife, PE. 9. Doação de Antonio Luiz Lopes, Guarulhos,SP: 1) Zine “Versos Livres”, n.31, 27 de julho de 2010, com a publicação do poema de Maura Soares “Há um tigre em mim”; 2) Zine “Dois”, ano XXXI, julho 2010, que cita o GPL. 10. De Antonio Pereira Mello, de Santa Maria,RS, enviando Zine “Alternativo” com poemas de Cecilia Fidelli, Maria Rita Py e Zine “Escritos” n. 37, ano VI, maiojunho 2010, São Vicente,SP e Zine “Missionário da Poesia” ano 1, n. 2/2010; Ano 1, n.3, julho/2010, Ano 1, n.4, agosto/ 2010. 11. Doação do poeta Silvério da Costa, Chapecó, SC, sua obra “Trilhos cruzados” e Recorte do Jornal Sul Brasil, de Chapecó, ano 16, n. 4859, 29 de julho de 2010, sua coluna Fronte Cultural que publica poema de Maura, “Out Door”. 12. Doação do escritor e poeta Julio de Queiroz, associado do GPL, para todos os associados assíduos do Grupo de Poetas Livres e para a Biblioteca do GPL, a Seleta em 3 volumes: 1-Poemas – Fractais; 2- Contos – De malas prontas; 3- Cônicas – Disto e Daquilo. A Seleta também foi enviada para Além-mar, ao associado António José Barradas Barroso, de Parede, Portugal, que nos comunicou da excelência das três obras. 13. Recorte do Jornal Folha de Coqueiros n. 133, ano 14, agosto de 2010, com a Coluna Aqui Tem Poesia – Projeto do GPL – com poemas de Eunice(Artemis); Heralda(Seria); Edmar(Felicidade). 14. Doação de Izabel Caeran, viúva do poeta Cácio Santiago, de Frederico Westphalen.RS, a obra Folhas de Outono; Recortes do Jornal “Folha em Revista” de Frederico Westphalen, com homenagem da Câmara dos Escritores da cidade, com homenagem póstuma; Recorte de 12.3.2010, do jornal “Folha em Revista”, com Cácio Machado da Silva(Santiago) sendo homenageado pela Academia de Letras do Brasil – com Concurso Literário Memorial, para ingresso na Academia e o Regulamento do Concurso. 15. Doação de Heralda Victor da obra “Flor de Lis”, 1ª. Antologia da ALIFLOR. 16. Recorte do Jornal Folha de Coqueiros Ano XIV, n. 133, agosto 2010, pág. 3 – Projeto “Aqui Tem Poesia”, com poemas de Heralda, Eunice e Edmar. 37 17. Doação de Maura da Revista “Continuum” de Literatura, edição do Banco Itaú, n. 26 / 2010. 18. Doação de Maurilia Freitas, de sua obra “Minha Saudade”. 19. Doação de Artemio Zanon, as obras: O trinta-réis Ano XV, n. 53, agostosetembro de 2010(Boletim da ASAJOL); Auto de Lingua – Teatro em 3 atos; Bichos & Humanos-contos; Voar de asaspoemas, de sua autoria. 20. De Aldo Moraes, Londrina, PR, doação da publicação “Arte Brasil” 18, ano II, set/ out 2010, com poemas diversos. 21. Doação da associada Maria do Carmo Tridapalli Facchini, sua obra “...Com liberdade às borboletas!”. 22. Doação da escritora Jelena Stopanovski Ribeiro sua obra “A noite em que os céus se abrem”. 23. Doação de Carmen Maria Carvalho de Lima, suas obras “Antes que me esqueça” e “Lembranças”. 24. Jornal da ANE-Associação Nacional de Escritores, Ano V, n. 36, out/Nov 2010. Traz foto da capa da obra do escritor catarinense Emanuel Medeiros Vieira, “Olhos Azuis-Ao sul do efêmero”, que recebeu o 1º lugar no Concurso Internacional de Literatura UBE-RJ, 2010. 25. Recorte do Jornal Noticias do Dia, ano 5, n.1451, 3 de novembro de 2010, publica matéria com o resultado do “6º concurso Liberte-se...nas Asas da Poesia!” 26. O poeta Malungo (José Carlos Farias) de Recife,PE, enviou vários exemplares do Fanzine “De cara com a Poesia”, n.54, outubro 2010. 27. Recorte do Jornal Folha de Coqueiros ano XV, n. 135, out/2010, com a Coluna “Aqui Tem Poesia”, projeto do GPL, que a cada mês publica poemas de seus associados, desta feita em homenagem ao Dia do Poeta, comemorado dia 20 de outubro, a “Oração do Poeta”, de Zeula Soares e o poema “Primavera”, de José Luiz Amorim. Promovendo... Poetas do Grupo In memoriam CÁCIO SANTIAGO LABIRINTO MEU MUNDO Estou neste labirinto Sem poder fugir (não sei se quero fugir) Tenho nãos Em forma de dizeres De fazeres (não textuais) Pretextos intencionais. Longe se vão os dias em que a dança era meu mundo e que a música meu conforto Em que representar era minha vida Longe se vão os anos em que brincava de amarelinha, pula-pula, esconde-esconde, em que, feliz, jogava bola de gude pela minha rua, sem perigo. Longe se vai o tempo em que as famílias se reuniam nas calçadas as portas eram abertas a todos os jardins não tinham muros as janelas não possuíam grades. Longe se vão os dias... Longe se vão... Hoje mora-se em caixotes amontoados, para proteção da família. Não se vai à rua para brincar Máquinas substituem as brincadeiras infantis. Nas escolas formam-se gangues que se agridem e chegam a matar. O respeito aos pais, aos professores, aos avós, enfim, ao ser humano, parece coisa do passado. Entram em nossos lares notícias ruins em qualquer canal de TV ou pelos jornais. Hoje a vida é assim. Prisioneiros em casa temerosos nas ruas, desconfiados atormentados no trabalho estressados, depressivos, pessoas estranhas no mundo real. Como não sentir saudade de um tempo melhor? VIVIANE REGINA DOS SANTOS AMARGO AMOR Quem amo tem a essência De uma flor intocável Debruçada na eterna permanência Num amargo néctar inflamável E quando a explosão exala Arranca sonhos, deixa-o nu E distancia calando as falas Entre eu e tu. ZELI MARIA DORCINA ZEULA SOARES (Domingo de Páscoa, 12/04/2009) Quando falece um poeta, em qualquer parte do mundo, uma parte de nós também se perde. Assim aconteceu com o poeta do Rio Grande do Sul, Cácio Santiago, que reverenciamos neste espaço. Em nota no jornal Folha em Revista de 12 de março de 2010, a Academia de Letras do Brasil, da qual era acadêmico, dedicou página a ele. Citamos um pequeno trecho: “A Presidência e Membros da ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL somam-se aos familiares, amigos e leitores do escritor Cácio Santiago diante a limitação humana enquanto matéria, ressaltando as virtudes de um pensamento vívido e Imortal, capaz de ultrapassar os limites da temporalidade e conquistar, mesmo após a morte, a plenitude. Formando opiniões, sistematizando e dando forma a ideais e objetivos. Enfim, interagindo eternamente em um Mundo de ininterrupta construção histórica. Onde, aqueles que mais sonham, ainda que utópicos ao seu tempo, formam as bases do pensamento materializador das novas civilizações”(...). Quando enviei-lhe a Revista Ventos do Sul em retribuição ao livro que nos enviou, ele encaminhou o seguinte email: “Estimada Maura! Acuso e agradeço o recebimento da revista VENTOS DO SUL, diga-se a voo de pássaro, é uma excelente iniciativa. Por aqui (em Frederico Westphalen-RS), criamos a Câmara dos Escritores de Frederico Westphalen, em outubro de 2008. Somente associados com livros publicados -No ano que passou conseguimos desenvolver, com certa dificuldade, alguns projetos simples nas escolas como o PAINEL LITERÁRIO; um espaço permanente no jornal local; participamos de algumas feiras culturais pela região, e aos sábados, sempre que possível,nos reunimos na praça principal com um estande, banners, livros dos associados,chimarrão e muita prosa.(...)” Cácio. Registramos o recebimento de email de sua esposa, dandonos conta de sua passagem para a imortalidade: “ Prezada Maura, Foi com saudades que hoje recebi a revista Ventos do Sul em nome do Cácio, sou esposa do Cácio me chamo Izabel, quero lhe comunicar que no dia 20 de fevereiro de 2010 o meu amado faleceu vítima de acidente automobilístico. O Cácio era um poeta de alma..., fundou a Câmara dos Escritores de Frederico Westphalen, Membro e Doutor Honoris Causa pela Academia de Letras do Brasil. A presidência da ALB institui em 06 de março de 2010, em homenagem ao Escritor Imortal, Doutor Cácio Santiago, as bases ao CONCURSO LITERÁRIO BRASILEIRO CÁCIO SANTIAGO, regulamento no site: www.academialetrasbrasil.org.br, inscrições de 20 de março a 20 de novembro. Gostaria que divulgasse o concurso e que o grupo de poetas livres e outros mais pudessem participar. Ainda lhe pergunto se o GPL recebeu as obras do Cácio, DIAS DE SOL E VENTO ( PROSA E VERSO) E FOLHAS DE OUTONO. (respondemos que sim e divulgamos o concurso). O Cácio me deixou o terceiro livro pronto, eu devo publicá-lo no próximo ano, pois ainda estou muito abalada. Certa da atenção e divulgação desde já lhe agradeço. Um grande abraço. Izabel.” 36 NOITE PERFUMADA A flor que espera o sol se pôr para liberar seu perfume Nem sabe que passeia n´algum desejo maduro d´algum rosto em janela iluminado pela formosa lua cheia numa noite de primavera. [in Folhas de Outono, pág.36] O GPL procura, dentro de suas possibilidades, homenagear seus poetas e poetas amigos, pois todos, dentro do universo da poesia, somos irmãos. Maura Soares - presidente (ms./) 9 Promovendo... Poetas do Grupo Concursos: resultados 1º. LUGAR VONTADES EM TUA AUSÊNCIA E agora, O que faz meu coração Ante tua ausência? Chora!... A lua não mais o consola... FÁBIO SILVA Faz tempo, muito tempo que suspiros são diálogos e aparições são apenas lembranças. Há imensa vontade de trocas confidenciais, da ficção para a ilusão Prolifera a fera desejável ao apagar luzes que queimam na ebulição incansável da exaustão. Vem, deixa firmar mais um bocado dos conchavos a relutar. Por fim a força da criação consome e anuncia o aguardo. 2º Lugar: SANDRA REGINA CLARA NEPOMOCENO PINTO SONIA RIPOLL HOJE Hoje talvez consiga dormir mais cedo, Sem medo, Hoje quero que a noite passe mais depressa, Só isso me interessa. Hoje à noite novamente ficarei observando grades, Grades de aço, Só ao vê-las meu coração bate em mil pedaços. Hoje à noite pede e cheira à morte, Hoje à noite talvez seja muita sorte Passar mais uma noite aqui, Hoje à noite me entorpeço E me esqueço De tudo aquilo Que nas outras noites eu ainda não entendi. 6º Concurso “Liberte-se...nas asas da Poesia!” Este Concurso é totalmente dedicado ao público carcerário, com Tema Livre. Os detentos do Presídio Regional de Tijucas, SC, alunos do Curso CEJACurso de Educação de Jovens e Adultos, comparecem nesta 6ª. Edição. A coordenação é da professora Márcia Reis Bittencourt, membro do GPL, e professora do Curso, naquele Presídio. Os trabalhos foram analisados por Zeula Soares, Eunice Leite da Silva Tavares, Licinho Campos, Heralda Victor e Geraldo Pereira Lopes. Classificados em 1º, 2º e 3º lugares: O GRANDE SONHO Já estou bem perto de realizar o grande sonho Que é o de conseguir minha liberdade... Depois de dois anos as luzes do fim do túnel estão começando a acender... Sonho com o momento de sair daqui Não sei o que vou fazer Mas quero tudo diferente Vou mudar Quero abraçar meus filhos Fazer coisas que eu não fazia Tudo será maravilhoso Só falta chegar o momento certo Estou aqui e não sou inocente Estou pagando pelos meus erros Espero a minha liberdade Para cuidar da minha família Que é o que tenho de mais importante. GERALDO DOS SANTOS Madrugada fria, Longe está a aurora! Perdeu-se nos confins Da rua vazia... Levando toda a alegria... Versos de saudade! Buscam, na noite, abrigo A mendigar afago... Nostálgica cidade, Cruel realidade... MÁGICO ABRAÇO CIÚME A saudade de poucos dias parece uma eternidade. A ansiedade toma a direção da vida e o destino parece não ter fim. A imaginação assume a realidade e somente o vento traz notícias de ti. No sofrimento da angústia, ainda encontro forças para dar vazão aos meus desejos, vestindo a tua intimidade de branco, preto ou vermelho. Assim, teu semblante invade minh´alma, permitindo prosseguir ao teu encontro. Finalmente surges, nos premiando. Ah! mulher dos meus sonhos em desperta consciência, teu olhar me levita, enchendo-me de luz E no mágico gesto do delicado abraço de quem também ama, me seduz. É certo que ciúme é tempero do amor. Porém nunca o exagere, use-o com cuidado, aos pouquinhos...com especial carinho... Quando ele é intenso e atinge fundo o coração, fique em silêncio...faça um certo revide... e use temperos, como diálogo e compreensão. Bem temperado, o amor reacende, cresce, fica mais gostoso, cheio de paixão... Porém, tenha amor próprio, não aceite traição. SUELI RODRIGUES BITTENCOURT [in Suavize seu viver – Reflexões em prosa e verso, pág. 37] CICATRIZES NA ALMA SINVAL SILVA SILVEIRA Todos tem fardos a carregar Cicatrizes que trazem na alma Algumas são mais recentes, Outras antigas e profundas Somos todos alterados pelo tempo E pelas circunstâncias Às vezes até alterados pela fé Os sonhos não devem morrer Mesmo que queiramos alcançar a lua Como um grande desejo Acredite se quiser Só tem uma coisa certa Que não há nada no mundo Que o amor não consiga perdoar Mesmo o que estiver dentro da alma Bem escondido entre você e Deus. 3º Lugar: O MAR Sonho em ver o mar novamente O mar de verdes águas lindas O mar de camarões e peixes O mar dos pescadores Sonho em ver o mar... Para poder tomar banho de sol e de mar O mar lindo Com sua cor de esmeralda O mar que me fazia feliz Sonho em ver o mar O mar verde da cor da esperança O mar maravilhoso. Sonho em ver o mar... BATISTA BATISTOTI 10 GRÃO DE MILHO Caiu por acaso Um grão de milho No quintal do meu terreiro A natureza se encarregou De fertilizá-lo por inteiro Admiração foi tanta Que o grão de milho virou planta Enquanto eu regava Em pensamento eu falava Em vez de um grão de milho Um milheiro! Pois eu venderia milho Até lá para o estrangeiro. THEREZINHA CACILDA MONTEIRO MANN VALTER OSVALDO SANT´ANA 35 Promovendo... Poetas do Grupo ENCOSTAS DO POENTE (*) UM DIA QUALQUER Amar, Palavra bela e sem ela O amor não existirá. Quando escrita na areia É beijada pelas ondas do mar, Pelas ondas, pelas ondas Pelas ondas, pelas ondas do mar! Estradas se cruzam pessoas se encontram... Em um bar, para um vinho, Lá fora, por um caminho. E aqui dentro, no coração de cada um, Mil motivos de carinho... E a única coisa, da qual Não queremos dividir... É o pagamento da conta! Amar É a grande prova que faz o amor, Paixão e sonhar! Quando escrita na areia É querida pelas ondas do mar E meu amor parado na beira da praia Olha o barco a velejar! Olha o barco a velejar! NEOMAR JÚNIOR (Neomar Narciso Borges Cezar Júnior) POESIA AO VENTO Sinto a brisa a me tocar De uma nova estação Que está para chegar O mar Beija a areia com as ondas E a estrela caminha contigo no mar! O sol quando se põe no horizonte Os pássaros a cantar O bem-te-vi a beijar A mais bela flor num só olhar. Banha com sua luz a areia do mar E meu amor no sonho da beira da praia Olha o barco a velejar Olha o barco a velejar, Nas encostas do poente, Nas encostas do poente, Pelas ondas, pelas ondas, Pelas ondas, pelas ondas do mar! O vento a embalar O girassol a direcionar O flamboyant a frutificar A poesia está no ar Vejo a natureza Que estou a contemplar Assimetria em harmonia A nos brindar NAZA POETA HOLÍSTICO (Norberto Nazareno Barreiros Fortes) (*)Prêmio Zininho de Música, 1º/11/1994. [in Aconchego-Antologia, pág.80, 2003] São belas artes Que devemos preservar Para que nossas raízes Possam também desfrutar SAUDADE Um pé de camélias No jardim a florir Fala-me de um passado Tão feliz que vivi. RODRIGO SILVEIRA LOPES AMIZADE Camélias cor-de-rosa E purpurinas Eram-me oferecidas Por vovó Florentina 5º Concurso On-Line Trovas e Quadras O Grupo de Poetas Livres, no seu 5º Concurso On-Line, resolveu promover em 2010, um concurso de Trovas e/ou Quadras, esperando a participação de internautas que acessam com freqüência sites de poesias para se apresentarem como candidatos. A Comissão Avaliadora formada por Eunice Leite da Silva Tavares, José Cacildo Silva e Maura Soares, recebeu inúmeras colaborações de internautas, porém não com trovas ou quadras, mas com poemas e sonetos, que pelo Regulamento do Concurso, tiveram que ser descartados. Assim, com resultado divulgado em 3 de novembro de 2010, temos: Eu desejo que nossa amizade Seja um brilho eterno Em nossas vidas Que reluz sempre que for necessitada. Camélias brancas, Matizadas Presenteava-me com elas A saudosa tia Ada Quando o choro for de tristeza Por causa das tragédias da vida ou Quando o choro for de alegria Porque temos um milhão de amigos. As duas já partiram Para a eternidade Mas o pé de camélias É prova imorredoura De uma eterna saudade. ROSE NILVA SIMÃO NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN 34 11 1º. Lugar: ANDRÉ AMORIM RAMOS, de Florianópolis, SC, com: A saudade já se expande E me traz para essas linhas... Sendo ela assim tão grande Poderia ser só minha? 2º. Lugar: ALTAIR JOSÉ DOS SANTOS, de Campo Mourão, PR, com: “Trabalhar no domingo” Chato é noite de domingo e eu sair pra trabalhar de coragem nem um pingo quero mesmo é descansar 3º. Lugar: GERALDO TROMBIN, de Americana, SP, com: “Temporal” Ah! Como o tempo se escassa Rapidinho na ampulheta, Mexendo com a carcaça, Deformando a silhueta. Colaborações dos associados Neste número da RVS continuamos com as Colaborações dos Associados. Aqui estampamos texto pesquisado por NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN, que além do GPL, é acadêmica da Academia de Letras de Biguaçu e de Governador Celso Ramos. O texto resgata uma das nossas tradições herdadas dos portugueses: o Pão-por-Deus. Em outra página, ZEULA SOARES apresenta texto a respeito da origem das Notas Musicais, com o título Recordações. PÃO-POR-DEUS Dentre as manifestações culturais trazidas pelos imigrantes portugueses, destacamos o pão-por-Deus, como objeto do nosso comentário. O pão-por-Deus era um pedido feito em versos com mensagens exprimindo amor, carinho, amizade ou simpatia. Estes versos eram escritos em papel decorado, geralmente recortado de maneira artística, com predomínio na forma de coração sem excluir outras, tais como violão, flor e outras, a combinar com o verso. Junto do coração decorado, o remetente enviava um bolo pedindo o pão-por-Deus, quem recebia ficava na obrigação de retribuir com um presente, que as vezes ia especificado no pedido (no coração). Exemplos de pão-por-Deus: A origem do pão-por-Deus De acordo com pesquisas, relativas a sua área de incidência não há dúvida de que o pão-por-Deus é de origem lusitana. Este costume foi trazido para o Brasil, pelos nossos colonizadores portugueses, especificamente para o litoral catarinense abrangendo uma área desde São Francisco de Sul até Araranguá. Embora de pequena penetração encontramos este costume até Dionísio Cerqueira nos limites com a República Argentina. A propagação do pão-por-Deus acontece até mesmo em regiões de colonização germânica e italiana, pelo fato de ali residirem pessoas de origem portuguesa. São Francisco do Sul foi a região onde o pão-por-Deus, esteve mais presente na vida do povo com casas especializadas na confecção e venda de cartões. A simetria dos cartões era observada de maneira cuidadosa na elaboração de sua forma. Estes detalhes são observados para dar beleza as formas do pão-por-Deus. Coração diz à Dadinha Que o bem o bom afaga Manda o pão-por-Deus pro Joca Que a festa o Miranda paga És baixinho és gordinho Mimosinho, delicado Manda-me o pão-por-Deus O que for do teu agrado Época de Distribuição A época de enviar pão-por-Deus é do inicio do mês de outubro até finados, como ocorria na região de Ganchos, hoje, Governador Celso Ramos, variando este período de acordo com a região. Em Portugal, tanto no arquipélago dos Açores ou Madeira, dava-se o início em 1 ou 2 de novembro, e são crianças que pedem pão, guloseimas. Lá eram cantorias infantis ou pedidos simples. Aqui adotou-se o costume entre adultos, enviando-se mensagens de amizade, simpatia, carinho ou de amor. Os enamorados valiam-se do pão-por-Deus para declararem seu amor, tendo em vista que na época o namoro acontecia de forma mais discreta e sigilosa. Estas mensagens escritas de forma tão bonita e criativa sumiram, perderam na celeridade do progresso, o seu prestígio, para dar lugar aos mecanismos dos desenhos computadorizados. Atualmente, o pão-por-Deus, é somente lembrança, tendo apenas registros nos anais da história catarinense. Lamentamos que tradição tão interessante e original, tenha se perdido no caminhar do progresso. Lá vai o meu coração Passando por um caminho Vai pedir o pão-por-Deus Ao querido Joãozinho O senhor por ser casado Com uma senhora tão bela Manda-me o pão-por-Deus Pelo bem que eu quero a ela Esta chave em dobradura Pode abrir com tua mão E manda-me o pão-por-Deus Pra alegrar meu coração Promovendo... Poetas do Grupo BALANÇAR O PRECONCEITO O vento balança as folhas O mar balança as águas Meu coração balança no peito Num eterno vai e vem Enquanto ele assim balançar Sempre me fará lembrar Que um dia balançou Tão forte Que do meu peito quase saltou Era de tanto amor De tanto alguém amar Que foi e não mais voltou Você do outro lado da vida E eu aqui estou Cheia de saudade de ti Lembrar o que passou E não vai voltar. É preconceito elogiar o negro Dizendo que ele tem alma branca Usar eufemismo como: Moreninho, escurinho E pessoa de cor... Usar a cor branca Como símbolo da pureza Usar a cor preta Como o símbolo da sujeira É preciso refletir... E reformular conceitos: O negro não veio para o Brasil porque quis Ele não veio em troca de presentes Ele foi arrancado de suas terras Era mão de obra barata e resistente Aqui o negro comia ração uma vez por dia Suas roupas eram farrapos mal costurados Dormiam nas favelas amontoados... Trabalhavam dezoito horas por dia. MARINÊS POTÓSKÊI MÁRCIA REIS BITTENCOURT POENTE ASSOMBRAÇÕES No definhamento do sol no crepúsculo da noite avança o tédio o vácuo é possante não suporto mais hipotéticas vãs respostas. “Cresce o desespero escuro da construção do nada”. Pessoas andando apressadas duelando o tempo e ignorando que o tempo nos consome. A evolução nos mecanizou o óbvio me é absurdo e grande a vontade de sair correndo com pés descalços até encontrar meu lago e de novo sentir a terra vermelha. Acordar com a alvorada e ouvir o gorjear da passarada abrir a janela e do quarto ver o arvoredo e a terra orvalhada. Deixem minhas tristezas em paz Agora elas dormem calmas Sem traumas Já não me acordam Não há temores nem pesadelos Nas intermináveis noites Elas dormem há tanto tempo Preferem assim continuar Não acordem minhas assombrações Deixem que assim continuem Não precisa lembrar Os fantasmas que além de nada fazerem Só tristezas trazem E de novo revivem Não acordem minhas assombrações Elas dormem esquecidas Mas não estão destruídas Não acordem meus fantasmas Deixem que eles durmam E que eu viva Sem nunca mais reviver O que há muito tempo Procuro esquecer MARIA DO CARMO ANTUNES [in 1ª.Antologia em Prosa e Verso, ACPCC, pág.123] MARISTELA GIASSI (Neusita Luz de Azevedo Churkin) 12 33 Promovendo... Poetas do Grupo MIL GLÓRIAS E LOUVORES QUANDO TE AMEI (em trânsito) Dedicado a A. Presunçosa e cheia-de-prata... desvencilhando-se, vem, das raias do dia-vencido... soberba, aliciadora, apoiando-se nos umbrais dum rubescente pórtico!!! O amor veio pra mim quando eu mais precisava. Doída, sofrida na carne, ansiava ser feliz no espírito. E o Amor chegou não quando me sentia tão desamparada, mas quando eu com ele sonhava. Quando te amei? Te amei não só quando ouvia tua voz que me falava de coisas triviais. Te amei quando falaste pra mim das mulheres que amaste e que sem razão as fizeste sofrer. Foi quando a todas elas pediste, de joelhos, o perdão. Foi quando te penitenciaste das coisas erradas que fizeste. Foi aí que te amei. Foi aí que a ti entreguei meu coração. Foi aí que declinei a ti minha paixão. Foi a partir daí que os dias se tornaram ensolarados. Foi aí que a primavera entrou em minha vida. Foi aí que o amor encontrou guarida. Foi quando te amei e nem sabes o quanto te amo ainda. Suntuoso E, cheio-de-ouro (de si...?) esgueirando-se, vem, dos confins da madrugada... hóstia ofuscante, amparando-se nas bordas dum imensurável cálice!!! - Anjos e humanos suprem-se... de mil-glórias e louvores!!! ...Se o milagre das auroras... e dos apoteóticos crepúsculos... São o Próprio Creador!!! MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS [in Poemas aos bem vividos, pág.9] MAURA SOARES Colaborações dos associados RECORDAÇÕES Às vezes pego-me a relembrar coisas, fatos já passados. Hoje, lembrei-me de uma conversa com um dos meus sobrinhos, ocorrida há poucos dias. Estávamos à mesa do almoço de Domingo e ele fez um comentário sobre o surgimento das notas musicais. Sendo ele participante de uma banda mostrou interesse pelo assunto. Já dizia um antigo professor de psicologia que nossa memória é tal qual um arquivo cheio de fichas que se soltam às vezes quando se necessita delas. Assim foi que a ficha sobre notas musicais saltou de meu fichário e eu lembrei das aulas de Canto Orfeônico que tive numa escola pública que nem se compara com as atuais. Perdoem-me os entendidos em latim, mas o texto do qual saíram as notas musicais é de um canto em louvor a São João que diz “UT QUANT LAXIS / RESSONARI FIBRIS / MIRA GESTORUM / FABULI TUORUM / SOLVI POLUTI / LABRI REACTI / SANCTI JOHANES”. Expliquei que UT transformou-se em DÒ e SJ de São João (Iohanes), em SI, quanto as demais notas são as primeiras sílabas dos versos. Ao ouvir latim ele perguntou: - O que é isto? Que língua tu estás falando? Minhas irmãs e eu lembramos então das matérias que estudávamos, numa escola pública de qualidade, com um ensino às vezes melhor que o das escolas particulares da época. Latim, Grego, Francês, Espanhol, Inglês, além de Português – Gramática e Literatura, eram matérias obrigatórias num currículo voltado para o conhecimento e formação integral do aluno do qual, constava, ainda, noções de Filosofia e Sociologia. Com o passar dos tempos, e de novas políticas, as constantes mudanças curriculares foram eliminando, gradativamente, matérias importantes para o conhecimento humano, deixando por conta do aluno o interesse pela sua melhor formação. O que fazer? São novos tempos! Modernidade! A globalização atual está até deformando a maneira de escrever. Basta observar como os jovens se correspondem através da Internet. Parece mensagem cifrada ou, até, outra língua, menos Português. Sem saudosismo, mas com muito orgulho, lembro que tudo o que aprendi serve-me até hoje e posso dizer que a escola moldou-me culturalmente assim como a família o fez com meu caráter. Agora, sem querer mostrar sabedoria ou erudição, pois não me classifico entre os mais capazes, apenas para exibir-me, encerro este desabafo dizendo a todos os que conseguirem ler até o final estas mal-traçadas linhas (nossa, que antigo!). Bonjour! Buenos dias! Good morning! Bom dia! (*) (Zeula Soares- aos 28/09/2004) (*) acrescentando Latim (Bonus Dies). (ms./) 32 13 Sócios correspondentes DOCE AMANHECER FELICIDADE Um raio de sol entrou a medo, e tocou-me ao de leve, de mansinho, para me dizer, em segredo, que já era dia. Olhei o maroto, que sorria, qual diabinho que saltita de alegria, e abri, um pouco mais, o cortinado. Tu, a meu lado, dormias o sono inocente de quem se agarra à quimera para inventar um conto, ou lenda, que, como uma legenda, se diz em tarde quente de primavera. Sorrias e não te acordei, largos minutos olhei teu rosto com tanta alegria, tanto gosto, tão inebriante prazer, que, no momento, só pensei: - Que doce amanhecer!... É uma criança brincando Segura e confiante. É o retorno dos estudantes pela rua, Alegres e barulhentos. ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO Parede, Portugal ESSE FOI O SONHO... ME PERDI É a volta do trabalhador ao lar, Cansado, mas sereno. É o pai que abraça o filho, Protetor e exemplar. Eu estava muito doente quando um anjo me chamou para ir na sua casa e falar com o Senhor. Me perdi de ti e caí num abismo profundo Não lembro o dia, nem a hora nem como aconteceu Em que momento te perdi É a mãe que acolhe a ambos, Generosa e amável. É o Sol que nasce e se põe a cada dia. Necessário e lindo. Quando eu cheguei foi grande a minha surpresa, o Senhor estava sentado na cabeceira da mesa. É a Lua que ilumina cada noite, Bela e mansa. É a terra que acolhe a semente, Boa e profícua. Beijei a mão do Senhor, e o Senhor me falou: filha, tenha coragem a tua fé te curou. É a chuva que cai sobre o solo, Calma ou torrencial. É a planta que nasce, cresce e frutifica. Útil e provedora. Voltei para casa sorrindo com vontade de viver. O Senhor me curou acabou o meu sofrer. É o pássaro cortando o infinito. Livre e absoluto. É o rio que corta cidades, vilas, Ligeiro ou preguiçoso. NOSSO BEIJO Eu quero a tua boca o gosto da tua saliva mucosa aveludada rósea e tépida ninho de plumas sabor morno e macio de sol aquecendo a madrugada É o convívio entre o homem e a natureza, Vulnerável e precioso. É a harmonia entre os povos, Diferentes, mas todos tão iguais. É o cotidiano de cada um, Simples e tão especial. A felicidade, enfim, está onde se encontra a paz! Nossos sucos derramados gosto de saúde e pureza rubro licor da libido perfume de maçã no paraíso ILSE MARIA PAULINO GOMES Canelinha, SC A minha língua ansiosa na busca dos arabescos da tua sinuosos caminhos pelas vertentes do amor alquimia do prazer Promovendo... Poetas do Grupo Não entendi, sofri Lembro do teu sorriso, do teu olhar, das tuas manias do teu ombro amigo das palavras de carinho. De tudo não me esqueci Só sei que sinto uma falta enorme de ti. MARLI TEREZINHA DOS SANTOS LUZ PROCURA MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA Hoje eu vim te procurar a saudade era demais das tardes de primavera de cinqüenta anos atrás. SOU CORAJOSO Tenho coragem de escrever E ver o pôr - do -sol nascer. Tenho coragem de bagunçar E para minha namorada me declarar. Tenho coragem de muitos livros ler Para o conhecimento ter. Tenho coragem de matar um lagarto E de imitar um pato. Tenho coragem de mergulhar E ver o sol raiar. Tenho coragem de jogar bola E de pular em cima da cama de mola. Tenho coragem de conhecer um misterioso lugar E com bruxas, fantasmas e seres encantados falar. MANOEL MÁRIO REIS BITTENCOURT [Poema escrito quando Manoel tinha 10 anos] Inefável essência da alma colher estrelas no céu da tua boca O nosso beijo... LEATRICE MOELLMANN [in Sedução, pág. 194] 14 31 Do jardim da minha casa com suas flores a desabrochar do colibri faceiro nas flores a se alimentar. Do som da velha sanfona do pasquim da ratoeira do João-de-Barro barulhento lá no galho da palmeira. MAURILIA FREITAS Sócios Correspondentes Promovendo... Poetas do Grupo ESCLARECIMENTO A VERDADEIRA AMIZADE Tracei muitos rumos na rosa de manobra e na rosa dos ventos. Naveguei até demais. De tudo eu bebi, em nada me arrependi. Como militar eu via ordem e disciplina como parâmetros para defesa Nacional. Mesmo lendo sobre bons estadistas em nada poderia concordar com badernas, seqüestros, mortes e assaltos. E agora? O que são realmente os homens e o poder? E o que fui eu nas crenças ensinadas como certo e errado? E agora, Eu?! Fui para Marinha não só para ver navios. Notícias do porto e mulheres bonitas como sereias cantoras de Ulisses entraram nos meus sonhos e realidades. Entre os pseudos-crustáceos do mangue havia coisas boas e baratas. Êxtase e catarse evitam que eu enlouqueça pensando em ordem, valores e desordens. Se consiste em: sentir alegria quando seu amigo está feliz! ser compassivo quanto a tristeza de seu amigo. Elogiá-lo quando estiver bem! Aconselhá-lo quando estiver mal. Estes pequenos gestos, nos deixa no mesmo patamar. Sem distinção, de raça, credo ou classe social. Cultivar a verdadeira amizade, nos remete para uma dimensão de bondade, felicidade, companheirismo, amorosidade, igualdade,credulidade, docilidade. Estes sentimentos que cultivamos nos edifica a alma. IVAN ALVES PEREIRA [in Há(mar) e Bebê(r) II, pág. 12] A BELA PEQUENA LEINIR MARIA CORREIA Ao entardecer de um dia morno De verão surge em fervor ardente À paixão lasciva e envolvente, No íntimo de um ser humano... DESTERRO(*) Declamo descrevo Desterro Dentre donzelas, dunas, Daniela. Dinheiro, dólar, doleiros. Damas, drogas, diesel, Derby, drinques. Doses doloridas, dormente, diarréia diária. Desterro doente. Devorada dragada. Dupla, dízimo, danos, dinossauros. Distintivos desdém, diplomatas desdizem. Ditadores desfilam. Duques decaedros dizem disfarces. Dossiês desvios documentos, desperdício deputados. Desumanos, demos, desclassificados. Diabos derradeiros, dons daninhos, Dalilas discretas, Dráculas diurnos, dentes dourados, Deixaram-te desbotada descalça desnuda desfolhada. Despetalais dia, dia demasia. Débeis debocham de Desterro. Dá-me desejo. Desconfie deles Desterro! Dê descarga Desterro! Desterro deslumbra-me Desterro. Deleite de deusa Desenho dos dedos divinos Damasco de Deus, Dardejas dezembros, diamantinos. E a libido inquieta a mente Faz lembrar o olhar feminino De tão atraente, aroma divino, Que o ensejo se torna premente. Neste meu divagar que não acaba, vejo Os seus olhos cor de jabuticaba Ávidos por um longo beijo... A cútis clara sob a pele morena Suada, lisa e perfumada, a pequena... A meia luz, em incessantes ais, Onde tudo é sinônimo de mais... LUIS FABIANO SILVA DE SOUZA SÉCULO XX A BANDEIRA Escurece o dia O sol se escondeu A tormenta se aproxima Os pássaros se recolhem em silêncio Teu verde cor de mata, Lindo de se admirar! Para nós tudo se relata, Por muito te amar. O corre-corre é geral A apreensão é grande A natureza começa a se rebelar Foi e tem sido muito agredida Teu amarelo cor de ouro Que não tem preço Lembra-me um tesouro, Que não me esqueço. O progresso é necessário A ganância não! O uso da natureza é vital O abuso é...mortal Teu lindo azul Cor do céu anil! Representa o norte e sul Do meu querido Brasil. O homem não vê, não pensa Não usa de inteligência O hoje, o agora... Cega a visão do amanhã. Teu branco cor de prata Numa faixa está demonstrando Que progresso e ordem exata Só se consegue trabalhando. LUCY GOLINO Belo Horizonte, Minas Gerais Brasil tu és grande Cheio de amor e paz! Teu povo te abrande, E o progresso se faz. GUARDADOS JANETE VEIGA Itaiópolis, SC Estes retratos não tem por que ficar tomando espaço na gaveta... POR QUÊ? Isto aqui, recortes de jornais antigos. Sem o menor sentido. Estes programas de teatro de há tanto tempo - como Dulcina estava bem na “Chuva” – (Foi papai quem me levou para ver... papai gostava de nos levar às matinés de teatro, de concertos) Henriette Morineau aos urros, representando Medéia sem os filhos. Como os gregos eram dramáticos! (Papai, mais uma vez.) Por que tantas vidas sendo ceifadas Por que tanta juventude jogada fora Por que tantas famílias destroçadas Por que tantas mortes antes da hora? Por que está havendo tanto rancor Por que tanta ignorância e incompreensão Por que tantas crianças órfãs, sem amor Por que tanta maldade no coração? Este molho de cartas, promessas colecionadas, amizades começadas, umas, escapadas; outras, tão firmadas. Por que tanta falta de paz Por que tanta hostilidade Por que ninguém é capaz De devolver a paz à cidade? Quer saber de uma coisa? Volta tudo para onde estava. JOÃO BIRICO FILHO [in Entre flores e espinhos, pág.51] JÚLIO DE QUEIROZ [in Sementes do tempo, pág. 43] (*)Desterro, atual Florianópolis. JOSÉ LUIZ AMORIM 30 Deus, por que tantos assassinatos Por que tanto sangue humano derramado Por que tanta vingança e atos insensatos Por que tanto ódio disseminado? 15 Sócios Correspondentes RENÚNCIA Quebraste asas, dourada gaivota fugaz. Emudeceram teus olhos plenos... Não mais alegre brilho. Renunciaste plenilúnios! Pálida face, trêmulas mãos. Cobriu-te o pano negro da renúncia. Atroz flecha feriu-te mortalmente. Prevalecem, porém, repugnante sopro de vida. E qual...Morrer?! Continuaste, lentas passadas De quem vai para sempre. Sem nada, absolutamente nada. Fatalmente, Irremediavelmente aprisionada! MEU RETRATO A sala que outrora me ostentava apagou-se, o que era luz perdeu encanto, não me ostenta mais; o portão entreaberto, o teto escurecido, as reuniões formais agora esquecidas, já não acontecem como antes, enquanto o piso frio sem povo, não aquece mais. MARIA DO CARMO TRIDAPALLI FACCHINI [in Prelúdio poético, pág.40] Nova Trento, SC ALEGRIA QUE FASCINA Nesta casa tenho muito o que olhar, mas lá fora sinto ver tudo desfolhado, o jardim está sem flor, descuidado, um pobre canteiro a secar escurecido, aqui o sol também perdeu a luz, não brilha mais. Enfeixa em tua mente esta verdade: se realizar-te queres como gente, afasta de ti sempre a veleidade de julgar-te juiz quando somente, a Deus cabe a primícia, ó Majestade, de condenar o réu, quando inclemente, já que Ele, por um gesto de bondade, acolhe o filho seu como inocente. Imagino então voltar às pródigas mãos de quem me fez tão bem, assim de olhar distante, incerto, indiferente, emoldurado, emotivo, não sei, pura insensatez do destino,talvez. Mas volta-te depois à poesia para sentir, poeta, essa alegria que fascina e que tanto nos encanta. Quero somente apertá-la em meus braços num abraço, e ter por Deus, um pequeno espaço em nova sala onde ostente o meu desenhado retrato. A palavra se faz, então, Senhora, quando mágica e forte ela se aflora n´alma do vate que o amor só canta. Por fim sem espaço, confesso. “É audível o chamar por mim” a todo instante não a vejo, aqui ao lado o seu lugar está vazio, vivo sozinho, sofro e choro sem Você. Volta, mulher querida, mãe laboriosa, dádiva do céu. Volta, musa dos meus sonhos. Volta!! Promovendo... Poetas do Grupo PERDÃO ...NO JARDIM DA PAZ Quem nunca sentiu na vida a dor de uma despedida, chorou lágrima sentida, ao sofrer separação de uma pessoa querida. Sem proteção, sentir-se perdida, abandonada, traída, condenada à solidão, buscando a mão amiga que, com carinho lhe mostre a solução, o caminho, e a força do perdão. Num reino de flores e pardais, Onde anjos tocam em harpa Canções celestiais Para embalar as nuvens, Adormeço... Se vocês pudessem sentir A serenidade deste lugar Não lamentariam minha partida. Se conseguissem vislumbrar Quanta beleza existe Por detrás de um pôr-do-sol Não chorariam por mim. Estou num envolvimento De expressiva bondade, Numa luz que tudo alcança, No encantamento de Deus... Conservo afeto por vocês! Amamo-nos muito, mas tudo Era tão limitado, tão efêmero... Agora num universo repleto de paz Vivo em plenitude a compaixão e o amor, Onde impera a benevolência... EUNICE LEITE DA SILVA TAVARES NEGRO Pelos quatro cantos do mundo foste espalhado da forma mais cruel desde a saída até a chegada e durante a permanência infelizmente só te deram fel Conseguiste com a brandura do teu SER o sofrimento transformar em mel Com o olhar triste e longínquo tentando explicação buscar Só saudades encontraste As lágrimas foram rolando por aqui também chegaste Com a suavidade das tuas mãos em sintonia com o coração em momento algum revidaste Obrigado. Faço parte deste elenco que também ajudaste. HERALDA VICTOR (in Nos degraus do silêncio... pág.46) BOLHAS DE SABÃO Nosso amor era tão lindo Como bolhas de sabão Tinha brilho cristalino Flutuava pelo ar Só se partiam no chão Um dia ventou bem forte E as bolhas se espalharam Flutuaram no abismo Não sei se arrebentaram GERALDO PEREIRA LOPES [in Para SE (R) Encontrar, pág.72] Assim foi nosso amor Como as bolhas de sabão Uma parte se partiu E a outra acho que não. ARITA DAMASCENO PETTENÁ [in Entre quatro paredes, pág. 141] INÊS CARMELITA LOHN NÉLSON CARNEIRO São José do Rio Preto, SP 16 29 Promovendo... Poetas do Grupo VENTO O SONHO Vento que traz a brisa Vento que exibe o calor Vento que espalha o perfume Que usa o meu amor Vento que empurra a vela Do barco do navegador Sonhei que o céu e a terra mudaram-se de lugar o céu veio pro chão e a terra ficou no ar E que todas as estrelas estavam dentro do mar a lua ficou perdida não sabia onde ficar Vento que empina a pipa Do menino sonhador Vento que corta a carne Do homem trabalhador Vento que roda o moinho Para produzir valor Sonhei também que os anjos cantavam numa linda canção e que as nuvens lá no céu passavam em procissão Vento que me assusta Que corta o meu coração Vento que leva saudade Que semeia paixão Vento que se enfurece Trazendo a destruição Sonhei que o sol se apagou que a terra ficou escura que o mundo se iluminou com a claridade da lua Quando acordei de manhã fui pra janela olhar vi que foi apenas sonho tudo estava em seu lugar Vento, tu te acalmes Dos pecados da terra Eu peço perdão Se for por causa dos homens Eu sei que tens razão Mas te acalma, não faz Esse tal de furacão DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA [in Castelo de Pedras, pág. 40] MARATONA DA VIDA Vento, tu mostras A força que tu tens Mas sei que tens razão Assustas estados e nações Até os homens poderosos Ficam inúteis, sem ação Espirrado da barriga da mãe entra no mundo em debandada Sem eira e sem beira desperdiça preciosa energia. Tempo jogado fora como sombra de nuvem passageira. Vigor físico dilacerado por bebidas e mulheres fáceis. Fantasias de noites insônias e dias modorrentos. Vento, tu te acalmes Pois é em ti que me inspiro Tens a calma, tens a força Tiras o trem do trilho Mas com o bem e o mal Contudo, eu te admiro. Dia vai, dia vem tudo segue tal o rio que dribla obstáculos. Peito estufado, nariz empinado desdenha de tudo ao redor. Inconsciente a platéia aplaude extravasando suas próprias mazelas. A lei da ação e reação não poupa, troa a realidade crua e triste. Sem fôlego desaba o insensato e os prudentes passam, olham e seguem. CELSO JOÃO DE SOUZA EDMAR ALMEIDA BERNARDES De braços abertos... Estamos! O POVO DAS PONTES DESADEUS Viadutos, arcos escuros lama, rios fedorentos mães de família invisíveis barcos famintos bolsões de miséria sorrisos-criança: aratus nos sinais pratos de fome gosto de maré meninos sambudos cidadãos-esperança: velhos pescadores do nada embaixo das pontes, moradias suspensas distantes dos nossos olhos. Não vimos... o último nascer do sol o mar beijar a areia no silêncio da alvorada. [in Digitais, inédito] MALUNGO, Paulista, PE (José Carlos Farias) Não nos sentamos à mesa para dividirmos o pão. Não ouvimos... a algazarra da passarada a chegada do novo dia. Não vimos... o acender da luz do dia o rosto sonolento das pessoas aflitas em suas rotinas da vida. Não preparamos juntos nossa última refeição nosso café matinal. Não entrelaçamos nossas mãos no andar sem destino de ruas e praças. NOSTALGIA Não vimos... nosso último sorriso. Ao clarear do dia A passarada anuncia Que o sol voltou a brilhar Que a vida continua Para uns na mesmice de sempre Levantar, trabalhar, Cozinhar, comer e lavar, Nem dá tempo para pensar Que amanhã tudo se repetirá, Devemos e podemos modificar Nossos hábitos, que de tão velhos Nos levam à nostalgia, Como o exilado sente, Longe das lindas palmeiras, Onde cantam os sabiás, O gorjear das lindas aves, Tanto de lá, como de cá. Não ouvimos... o último som de sua voz. Não cantamos juntos nos bares nem dançamos nenhum bolero. Não senti... seu ultimo orgasmo gemidos de prazer a acender-me de desejo. Nem o frio na espinha, senti. Não vimos o ocaso o mar despedir da areia o voo aflito dos pássaros buscando abrigo noturno. Me lembro... da última lágrima que rolou em sua face quando parti. CARMEN MARIA CARVALHO DE LIMA (Membro da ALP, Palhoça, SC) Não tivemos nosso último abraço o beijo apaixonado as mãos que não se entrelaçam dos amantes transtornados. POETA BOBO Poeta Bobo sofre de paixão sem a certeza do amor. Sofre pela razão dos sentimentos confusos criados pela imaginação. Leva os dias sofrendo sem se ater à criação do ir e vir da Lua sem lhe dar atenção. Nem mesmo tivemos nosso último adeus. ARNALDO GOLINO Belo Horizonte, MG FERNANDO CESAR GOMES MACHADO (INGESC) 28 17 De braços abertos... Estamos! RESGATANDO FÊNIX NO PRELO Entre gomos de nuvens Asas em livres passaradas Sobrevoa o azul Sombroleja o sol Ventaneia as florestas Borboleja as delicadas jardineiras Dessedenta a liberdade Altaneira...voa Coroada de poesia...pousa Abre as asas Canta o canto Encanta o vento Dormiteja o reino Sonha o quântico Levanta a crista Sacoleja plumas Voa...voa...voa Se a minha palavra é a minha busca de uma vida inteira em todo mundo e ela dorme encantada à sombra de um livro raro, quiçá encontra-la-ei num alfarrábio, num sebo, numa biblioteca pública... Quem sabe minha resposta ainda esteja no prelo. ABILIO PACHECO Belém,Pará ORAÇÃO AO UNIVERSO Que o vento me traga as respostas. Que o universo permita-me sentir o que de ruim estiver por vir. Que o sol me fortaleça a alma iluminando os meus caminhos. Que Deus possa ser a minha direção. Que meus passos possam caminhar em comunhão. Sei que não posso evitar o curso da vida, porém desejo estar sempre forte e preparado. Que a natureza se una ao meu universo. Que a luz resplandeça e que Deus sempre me proteja... UBIRAJARA DE MAGALHÃES BARBALHO (homenagem a Maura Soares-GPL) Governador Valadares, MG BOIADA Minutos quebrados de hora marcada na consciência do trabalhador. Vai e vem o gado para o abate do dia-a-dia, pendurando no balaustre do fim de semana o jogo de bola, a praia, os amigos, cinema e a namorada. ADRIANA DA SILVA MOREIRA Florianópolis, SC CARINHO Desde muito padeço sozinho, Pois pereço sem carinho. O que há de ser de mim? Eis que surgiu o nefasto vazio. Solitário me vou neste rio, Errante sonhador até o fim! Fim de semana ônibus não tem. Não vai nem vem. Consciências quebradas em hora que se esgarça. Passagem não é graça, nem de favor. JOSÉ VIEIRA Galiléia, MG Feriado e fim de semana, é o lazer do direito adquirido pelo trabalhador. Promovendo... Poetas do Grupo DURA REALIDADE O VOO DAS CORES Hoje já estão falando no tal reflorestamento mas nunca vão conseguir isso é o que eu lamento por outro lado entendo está perto do advento Ruflando as asas, terna, docemente, veio, montada num arco-íris, com sela de prata, com estribos dourados, transluzindo à ágata; chegou envolta em nuvens, dona dos arreios. As cores, galopando, desprezando os freios, traziam luzes, flores, perfumes, cascatas, o vidrado dos mares e o frescor das matas, a leveza das aves, cantos e gorjeios. Eu nunca me esqueci da flor do imburuçu em volta de minha casa era cheio de caju tinha muito jenipapo lá na roça de Lulú Com certeza um encanto, as cenas multicores, gradações amarelas, cambiantes celestes! Tais matizes descansam o voo no meu colo. Tinha muita macaúba tinha muito baquari lá na roça do Laurindo tinha muito murici hoje estão se acabando a profecia vai cumprir Essas cores são de anjos, de asas furta-cores, nuançadas de beleza, tendo o céu por veste. Esse voejar divino, nascem dos teus olhos. Se pudesse eu mandava uma cópia desse escrito eu falaria pra habacuque que estou muito aflito pois hoje tá se cumprindo o que ele deixou escrito. MISSÃO CACILDO SILVA [in Alma e Angelitude, pág.95] Se quiseres tua missão descobrir, A de aqui na terra exercer, Ela poderá em teu lar existir. Sem procurar, não vais ver. ANTONIO CELISMAR DA ROCHA [in Tudo improvisado, pág.66] (Celismar do Agreste) Os nossos amigos que Deus nos deu São a família em que fomos parar Quem sabe é a missão que a nós escolheu Oferecendo oportunidades, se a eles ajudar. CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA Em preferência, os primeiros a receber A mão amiga que for necessária Na atenção irás te perceber. A Amazônia é o pulmão do mundo. Isso nós sabemos. Mas é triste saber que, por ganância, os homens estão destruindo esse pulmão verde e colocando nosso Planeta em risco por causa do aquecimento global. Os homens precisam trocar a ganância pela consciência ecológica. Primeiros passos de amor já foram dados, É só continuar... estarás no caminho, Dando conta do “recado”. CARLOS PICCOLI [in Um novo olhar – Reflexões para mudar sua vida!, pág.110] ANDRÉ FREDERICO ANTUNES FORTES (Fred Antunes) (11 anos) RAUL LONGO Florianópolis, SC 18 27 Promovendo... Poetas do Grupo AO TEU LADO RECOMEÇO Ao teu lado quero estar Quero contigo sempre ficar. Quero poder abraçar-te, quando quero. Quero poder ouvir tua voz ao amanhecer Quero estar sempre ao teu lado Para te proteger e guardar-te junto a mim. Trajeto inconsciente Alma que cala! Começo, meio e fim Não mais percebo Você e eu Sombra obscura da incerteza do ontem Altera tuas palavras Analisa teus erros Não são só meus. Caminhamos juntos sem que percebêssemos. A estrada continua e só você não percebe. Hoje busco entender o que fomos, o que somos. Erros ou acertos? A vida é eterno recomeço. Basta indicarmos quando quisermos recomeçar. Quero cantar para ti dormir Embalar-te nos meus sonhos. Ao teu lado quero sempre estar Nem que seja só para disser Que quero sempre estar ao seu lado. ÁGATHA MORGANA PEREIRA TAVARES ÉBRIOS Me curvo aos teus encantos soberbos E o lascivo vinho Dos teus lábios rubros bebo Me embriagando ADRIANA CRUZ Me curvo aos desejos sorvidos Da vinha da paixão natura E entre goles bebidos Brindo a esta paixão tão pura DIA CINZA O dia está plúmbeo Tentando tornar cinza meu coração Mas não conseguirá Tudo passa nesta vida A alegria a tristeza A saudade o amor Só permanece a certeza Que sempre podemos criar a beleza Deixando mensagens de paz e equilíbrio Que é a finalidade da poesia. Por isso, sem métrica nem rima Continuamos a escrever Para deixar nossa mensagem De otimismo e coragem e de alegria Pela oportunidade de viver. Corpos em mormaço E nossas bocas como cálices Se confundem Com o tilintar dos abraços. LICINHO CAMPOS O NÓ DA GARGANTA Os trilhos da fuga aos poucos se estreitam enquanto o nó aperta a garganta. Na calada do momento, na calada da madrugada, na calada da justiça. Agora só existe um estrondo com a máscara de silêncio no peito do cabisbaixo. A vasculhar em restolhos definições humanas. Enquanto o atordoamento se alastra no tribunal do íntimo. Porque da justiça lá fora, escoa-se um eco pelas laterais do tempo... ALCITA VARELA CORRÊA LEITE [in Poemas e lembranças, pág.40] De braços abertos... Estamos! OS EXTREMOS DE UMA PAIXÃO ORAÇÃO FINAL Quero odiar-te com repugnância De modo que meus órgãos dos sentidos Sintam nojo, asco e medo reunidos E te afastem de mim para a maior distância. A flor derradeira (do seu rosto cor de cera) É sua última mentira (entre as flores verdadeiras). Viveu entre poderosos Poderoso parecia Quero odiar-te, pensar-te repulsiva, Quero exercer todos os direitos De esquecer os juramentos feitos E de fugir de mim – ser à deriva. Rezou com religiosos Religioso parecia Mentiu aos mentirosos E verdade parecia Afastar-te? Fugir de mim? Não sei... Mulher, quanto mais te odeio, mais te quero, Mais te procuro, mais te espero. Ele roubou e mentiu, E a força estava com ele. Odiar-te, se o amor é a lei? Se leio ainda aquelas cartas tuas: Promessas de uma vida em vez de duas? (Num dia da minha mocidade) Senhor, Não olheis os seus pecados Mas a fé da igreja dele. VALTER MANOEL GOMES (ADL, IHGSC) Oremos! Caríssimos irmãos, Orai pelo descanso de sua alma. Orai descansados Na verdadeira fé: de que ele não voltará. Orai certos da verdade suprema: Não voltará. Palavras da Salvação! Graças a Deus! EXÍLIO* Um Atlântico nesta separação: batido coração segue as ondas de maio. Desterros além da anistia, para lá dos poderes. Velas ao vento, não bastam os selos, a escrita crispada. Queria os sinais da tua pele, vacinas, umidades, penugens, pêlos perdidos no mapa do corpo, o olhar suplicante, soluços. JOSÉ ISAAC PILATI (Mário Castelhano) (ADL,ALP,IHGSC) GATOSO Tenho um gato De olhos verdes Que me acorda Toda manhã Com sede de leite E de leito. Me lambe e ronrona, Eu me sinto sua dona E é com ele que me deito. Jornadas: missas de sétimo-dia, retratos arcaicos. Outro exílio: sem batidas na boca da noite, armas, fardas, medos, clandestinidades. Sol neste retorno: casa, guarda-chuva no porão, caneca de barro, álbuns, abraço agregador, cheiro de pão, gosto de café, o amanhã junta os dois nós da memória, um menino e o seu outro: estou melhor feito vinho velho. ANAIR WEIRICH (Presidente da ACHE – Chapecó,SC) EMANUEL MEDEIROS VIEIRA Salvador, Bahia *Poema premiado no Concurso Nacional de Poesias, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná. ALZEMIRO LIDIO VIEIRA [in Vertente, pág. 74] 26 19 De braços abertos... Estamos! SEM VOLTA SIN SABER PORQUÉ Tu foste o meu amor, o meu encanto. Preciosidade que guardei, do coração, num canto. Ilusão, quimera desfeita Desencanto... Mi alma sufre por esta herida, sin saber porqué, sobre mi hombro cargo la bolsa de la vida llenas de alegrías y tristezas, sin saber porqué, de sus agujeros caen mis ilusiones, sin saber porqué. Desencanto que ainda sinto e relembro com tristeza. É dorida a minha saudade. Foste embora, me deixaste, que maldade... Vuelvo del pasado, sin saber porqué, una luz divina ilumina mi mente y yo la ignoro, sin saber porqué, me diste tu amor y lo ignoro, sin saber porqué. Maldade sim, e perverso teu abandono. Um dia quando voltares em clamores, pedindo perdão, eu te direi sorrindo: Con las hilacha de la vida tejo un manto para cubrir mis ojos, sin saber porqué, habro mis manos y a la esperanza la dejo ir, sin saber porqué. É tarde. Leva de volta o desencanto, a vaidade e ferido meu coração. Amo la vida, deseo la paz y el amor y tus besos en el despertar de cada mañana, pero si, se porqué. OSMARINA MARIA DE SOUZA (ADL,ASAJOL,ALB,ACALLE,NETI/UFSC) (in Relicário de saudades, p.104) DONATO PERRONE Buenos Aires, Argentina Descobrindo... Jovens Poetas! RODOVIÁRIA VAI é tão quieto que se pode ouvir os próprios pensamentos. há um cheiro no ar, misto de sono, produtos de limpeza e vômito. os mendigos dormem nas cadeiras, eles estão em paz no momento, ou mortos, tanto faz. o silêncio é quebrado com gargalhadas vozes ao longe, o som do motor dos ônibus sujos e empoeirados e o anúncio do próximo embarque. é interessante observar os rostos, por alguma razão, todos aparentam preocupação, e só mudam este estado quando um ônibus sujo e empoeirado estaciona. é um bom lugar pra pensar na morte, os olhares apreensivos a cada buzinada, cada anúncio, cada odor diferente... talvez as pessoas ao esperarem por alguém imaginem todo o tipo de catástrofe. é. é um bom lugar pra pensar na morte. Vai passarinho construir o seu ninho, mas não se esqueça que no meu coração você tem morada. CLARISSE DA COSTA Biguaçu, SC SONHAR E PENSAR Queria estar contigo, nos teus braços me encontrar. Me sinto feliz por te amar. Porque quando estou contigo, mando embora a solidão e só tu alegras e acalmas meu coração. Porque quando estou contigo só sei rir. Tu me fazes tão bem, meu amor, me fazes existir. Eu sei que nem tudo é perfeito e que nós brigamos, mas sei também que nos amamos. Queria estar contigo porque só sei sonhar e pensar no momento que vou te encontrar. Olhando nos teus olhos, quero dizer que te amo, para que neles eu possa enxergar a certeza de que tu também sempre irás me amar. JOÃO GUILHERME MACHADO SOARES Curitiba, PR ...COM OS BURROS N´ÁGUA A PARTIDA DA CASTELHANA PENA Vinha o Ruivo de uma vida errante, haragana, quando lá em São Borja fez seu paradeiro; e ali tomou-se de amor lindo e verdadeiro por hermosa e culta chinoca castelhana. 1.Respecto de la vulgar pena de muerte sí que la pena de vida es snob. E lhe fazia a corte, pela moça era querido e por ela se desmanchava em cada serenata; com sua guitarra a tiracolo ou floreada gaita, apeava do tostado bem visto e recebido. 2.Contra definitivo cumplimiento de la pena de muerte sostenido cumplimiento de la pena de vida. E eis que, buscando vê-la, certo dia, topou com a morada da bela vazia, pois partira às pressas o pai correntino. 3.¿Alguien duda de que a la pena de vida lejanísimo está la invalidarla la pena de muerte? E não vendo mais a amada, sem seu endereço, frustrado o índio na sua paixão e apreço, foi lamuriar na quieta o seu infeliz destino. ROLANDO REVAGLIATTI Buenos Aires, Argentina JOSÉ ALBERTO BARBOSA (Juca Serrano) Jaraguá do Sul, SC Pelo buraco do desperdício A água vazou da terra E a terra chorou lágrimas de areia E o homem chorou lágrimas de nada E a água chorou lágrimas de adeus E a vida não chorou, morreu. GABRIELA BERTOLI Osório, RS ADMITIR Às vezes Bate a idéia de desistir. Aí, paro e penso. Nossa! Deus concedeu-me este dia. Então por quê? E para que? A vida é uma oportunidade. A vida é um desafio. Tenho que enfrentá-lo. A vida é um mistério, Tenho que descobri-lo. A vida é muito mais. A vida! Ela é para ser vivida. Tenho que admitir. DILERMANDO MOTA SALES Belém, Pará CANOA As águas levam, vão ao olhar do pescador à memória rebuscada – cada pensamento errante, solitário rema e deita o corpo de madeira sobre o sangue que escorre ao mar. ITALO CRISTIANO SILVA E SOUZA Teresina, Piauí 20 VERA LÚCIA LAUS Canelinha, SC 25 De braços abertos... Estamos! Aos Poetas mortos... Fonte de muitas inspirações! Esta página é dedicada aos grandes poetas catarinenses já falecidos ÁUREO CORRÊA DE SOUZA Sobre todos os poemas que recebia, procurava dar-lhe uma palavra de estímulo, elogiando o trabalho de um poeta que, com idade avançada, ainda se revelava um autêntico crítico da sociedade atual, com tanta corrupção, tantos desmandos. Enviava-lhe PPS com fotos da natureza que ele amava tanto. Dizia-me a respeito de PPS com fotos de vários países, que chamava sua esposa para desfrutar com ele das belas imagens de mundos ainda não destruídos pelo homem. Choro a saudade das nossas conversas, choro sua delicadeza em sempre me agradecer. Pretendo fazer-lhe uma derradeira homenagem na próxima Revista Ventos do Sul. É o mínimo que posso fazer, pois foi um correspondente que sempre cumpriu suas obrigações não descuidando da contribuição financeira do Grupo. Deixou pagas suas páginas da 6a. Antologia do Grupo a ser lançada neste ano. Lamento, mas um dia todos temos que partir. Quis o destino que ele fosse agora antes de receber os exemplares da 6a. Antologia que ainda está na Gráfica.”(texto escrito pela presidente quando soube do passamento e publicado no site do GPL.) Que mais se pode dizer sobre a morte de um poeta? Lembrei-me do soneto do professor Aníbal Nunes Pires que li na reunião do Grupo no dia 12 de agosto, cuja reunião foi a ele dedicada. Não posso deixar de, pessoalmente, através do soneto de Aníbal, fazer a minha homenagem ao Áureo, dileto amigo que me deixa com saudades. Nascido em 04 de fevereiro de 1922, Áureo Corrêa de Souza, associado correspondente do GPL em Bauru, SP, sob o número 235, admitido em 02 de junho de 2003. Foi professor e Bacharel em Direito. Possuia poemas publicados em jornais de Bauru e São Paulo, capital. Lá se vão 7 anos de correspondência, de poesias enviadas pelo correio sempre com um bilhetinho com sua letra miúda. Homem de uma sensibilidade a toda prova. Rendo-lhe homenagem em nome do Grupo de Poetas Livres. Edmar Bernardes, nosso Responsável pelo Site do Grupo, postou, a meu pedido, o texto abaixo, que transcrevo: “Ainda consternada, cumpro o doloroso dever de comunicar a todos os poetas do Grupo de Poetas Livres, efetivos e correspondentes, aos poetamigos que eventualmente figuraram na seção "De braços abertos...estamos!", que ÁUREO CORRÊA DE SOUZA, sócio correspondente do GPL em Bauru, SP, faleceu dia 06 de agosto de 2010. Soube na data de hoje, 11 de agosto, via telefone, por sua filha. Aureo não teve tempo de ler seu poema na Revista Ventos do Sul n.34, pois quando ela chegou em sua casa ele já havia falecido. Por estas armadilhas do destino, a remessa sofreu um atraso involuntário. No início do mês de agosto, recebi dele seu último poema, enviado on-line que transcrevemos: AOS POETAS MORTOS Não choremos nunca a morte do poeta, Foi feliz com todas as mulheres belas. E, eram as chamas dos beijos das donzelas Que crepitavam em cada vela ereta Na apoteose de quem alcançava a meta. Flores nas paredes, flores nas janelas, Perfume de versos, recendendo delas, E, livrando uma alma, de sonhos repleta. Quantas rosas e cravos de tons dispersos! Eram versos, sim; eram bouquets de versos Ao redor do caixão quantos malmequeres! Os pensamentos, na linda morte imersos, Representavam os miosótis diversos Como se fossem os beijos das mulheres…(A.N.P.) DESTINO DO HOMEM No transcorrer da sua vivência, o homem tende reproduzir seus primeiros passos; Nisto, precisa muito cuidado para não cair nas malhas da rede, do embaraço! O que o obriga adentrar à vida sempre com o pé direito, A fim de revelar-se na sociedade, verdadeiro cidadão; um cidadão escorreito! Não ser na população uma pessoa a mais; um “indivíduo” ou “sujeito”! Não viemos ao mundo para espelhar a imagem de um figurante lerdo! Iniciando-nos em nosso viver, às avessas, com o pé esquerdo! Nunca permitir-se à figura inautêntica de estriônico irracional! Portando-nos como cidadãos de princípios, espelhando em “ nós”relevante ideal! LAS ACACÍAS TIENEN ALMA AMIZADE, MAIS QUE ALGO... --...a las tres acacias que san sombra a la placa de Antonio Machado. Amigo é indispensável Desde que a humanidade existe. ?Las acacias tienen alma! Las he oído quejarse en la tarde callada. Triste, quem não tem amigo: A quem recorrer, se vem a angústia? Quando se está aflito, Só o companheiro nos entende! Las acacias que yo veo atraves de la Ventana, sin que las mueva el aire se quejan y se abrazan. Sente nossas dores, De nossa alegria é partícipe. Tímida ou arrojada seja a amizade, Não importa: vale o entrosamento, O carinho e a fidelidade... Ah, e o respeito mútuo! Sus hojas… campanitas de alarma, si el viento las sacude se estremecen ellas solas al crujir de las ramas. Curto meus camaradas, Só eles curam minhas mágoas. ?Las acacias tienen alma! Las he oído quejarse en la tarde callada… Almas irmãs, sem dúvida: Amizade é mais que algo, É amor espontâneo, sem egoísmo. Palavras do amigo Aldo. MANUEL GONZALEZ ALVAREZ (Grupo Rictus Senior) Madrid – Espanha ALDO JOSÉ BARROCA Vitória, ES BEM-TE-VI O receio me faz irmão da sorte nas fichas sobre a mesa e me desdobro em arrependimentos escuto no pássaro a tradução e o bem-te-vi nada responde: repete o grito sem ter consciência sem ter visto o medo com que me jogo em ato de desesperança. PEDRO DUBOIS (Presidente da ALI) Itapema, SC “Amigos não se despedem; marcam um novo encontro”. Áureo, onde estiveres, lembra do Grupo que amavas e que sente de ti muita saudade. Maura Soares presidente do GPL 24 21 Caderno Literário “O Estilingue” Caderno Literário “O Estilingue” Abrimos esta página da RVS para homenagear nossos poetamigos da cidade de Itajaí, SC, reunidos através do Caderno Literário “O Estilingue”, coordenado pelo poeta Samuel Congo da Costa. Nesta edição, seus poemas, pois de braços abertos...estamos!!! ARTE FINAL DAR O MELHOR DE MIM... A JUVENTUDE E A EVOLUÇÃO AONDE ESTÁ A DIGNIDADE? Não basta um grande amor para fazeres poemas e o amor dos artistas, não se enganem, não é o mais belo que o amor da gente. O grande amante é aquele que silente se aplica a escrever com o corpo o que seu corpo deseja e sente. A loucura é minha... A sinceridade é minha... A luta é minha... O futuro é meu... A promessa é minha... A conquista é minha... A surpresa é minha... A hora é minha... O carinho é meu... O outro lado é meu... A força é minha... A paixão é minha... A promessa é minha... A amizade é minha... A coragem é minha... A sutileza é minha... O ficar é meu... O sentimento é meu... O pensamento é meu... A provação é minha... O desejo é meu... O receio é meu... O amanhã é meu... A passagem é minha! Crescem as vaidades, As Vilas, as Cidades... Expandem-se as nações; Crescem as paixões, Os rancores... Neste berço de tantos amores Onde os jovens são nossos corações. Sou brasileiro! Brada o jovem E com ele, todos também... Trazendo na face um sorriso altaneiro; Exaltando com confiança, O progresso do nosso gigante, Deste grande país brasileiro. Juventude que tudo aparenta, Mocidade que nos representa, No compasso da evolução; Serás tu, nosso jovem querido, O progresso que já garantido... Enobrece esta grande nação. Dignidade! O que é dignidade? É aquilo que se compra e se vende? É aquilo que se troca por qualquer coisa? Ou é aquilo que os homens de bem deveriam ter? Ou é aquilo que deveríamos encontrar nos homens que representam a Lei e a Justiça? Ou é aquilo que deveria ser o exemplo de uma nação? Aonde está a dignidade? Se não apenas em homens humildes que são perseguidos e mortos! Se não apenas em homens que passam fome e necessidade! Se não apenas em homens que dependem de seus salários cortados! Se não apenas em homens que brigam para que não morra esta palavra, “Dignidade”! Se não apenas em homens que lutam por seus direitos sustados! Se não apenas em homens que apontam a corrupção, etc!... Dignidade não é apenas um sentimento! Dignidade não é apenas uma palavra! Mas sim a essência da vida correta, como deve ser! Aonde está a dignidade? Uma coisa é a letra, e a outra é o ato, quem toma uma por outra confunde a mente. PAULA KALANTÃ ,Salvador, Bahia [email protected] DARK HORIZON Alma negra! Em escombros Negros ritos... Negros prantos. Ritos sagrados! Em brancas brumas. Black Soul! And Black Vox Alma negra! Em Quixadá! Negro pranto Nas ruas de Chicago! Negro drama Negro choro Nas favelas do Brasil Negro drama nas savanas africanas Ou em Orange City! Ou tiro certo na Amazônia colombiana Negra sina Em negro pranto Nas ruas de Itajaí PATRÍCIA RAPHAEL Itajaí,SC NASCI POBRE Nasci pobre como muita gente E sempre senti o poder do dinheiro Ser pobre no Brasil é ser escravo E a quem diga que neste país não tem cativeiro. Eu sinto a amargura de ser pobre E igual a mim sentem-se muita gente, Trabalha-se a vida inteira para os outros E não se consegue um salário decente. Ser pobre é ser escravo, digo mais, É não ter esperança no porvir, E sabe-se que sai governo e entra governo, E que infelizmente vamos morrer assim. SAMUEL CONGO DA COSTA Itajaí,SC JOSÉ ROBERTO VIEIRA Ilhota, SC e-mail: <[email protected]> CATIVEIRO Preso no cativeiro Ele pensava na cura para aquela repressão. Vivendo ali, o cativo lutava contra a raiva sem razão de seu patrão. Para castigar não tinha hora nem ocasião, como pode agora querer meu perdão? Livre do cativeiro, agora ele pensa na cura como perdão. JOÃO CARLOS PEREIRA, Itajaí, SC (in memoriam, +Nov.2009) JOSÉ LUIZ GRANDO (José Luiz, Poeta Negro) ITAJAÍ, SC VIVALDO TERRES Itajaí,SC 22 23