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Ovinocultura
Classificação Zoológica
Reino: Animal
Subreino: Vertebrata
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Ungulata
Grupo: Ruminantia
Família: Bovidae
Subfamília: Ovinae
Gênero: Ovis Espécie:
Ovis Áries (ovino doméstico)
Introdução
Clima
O comportamento e a adaptação dos ovinos ao clima é variável com o indivíduo,
a raça e o manejo que lhe é dispensado. Verifica-se que as maiores concentrações
populacionais estão nas zonas de clima temperado.
Altas temperaturas contribuem para a congestão permanente das partes
superficiais da derme, podendo as camadas mais profundas ficarem com má circulação,
o que se contrapõe à nutrição dos folículos pilosos, com fibras tendendo a se tornarem
mais curtas. Com o frio permanente, os fenômenos são inversos, tornando as fibras mais
longas e grossas. Temperaturas de ar entre 5 e 40ºC são as de maior ocorrência,
viabilizando a criação de ovinos lanados e deslanados.
A alta umidade relativa do ar (acima de 90%) diminui a produção de lã e
umidade abaixo de 40% torna a lã menos elástica e resistente.
Os ovinos adaptam-se melhor sob temperaturas medianas, com umidade relativa
do ar entre 60 e 70%.
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Precipitações pluviométricas de 75 a 115 mm por mês (900 a 1380 mm por ano)
é propícia a criação de ovinos.
Fotoperíodo
As ovelhas são consideradas poliéstricas estacionais, apresentando cios em
determinado período do ano. O fator que controla o início e o térmico da estação de
reprodução nos ovinos é a variação entre as horas diárias de luz e de escuridão
(fotoperíodo), através do estímulo exercido sobre a hipófise.
O decréscimo da luminosidade, além de aumentar a fertilidade das ovelhas,
estimula o desejo sexual e ativa a produção espermática dos carneiros.
Quando o incremento das horas diárias de luz é muito acentuado
(agosto/setembro), as ovelhas paralisam a atividade sexual. Ao contrário, de março a
maio, quando é intensa a diminuição da luminosidade, a fertilidade atinge seu ponto
máximo.
Solo, Topografia e Qualidade das Pastagens
Solos arenosos, também denominados de campos pobres possuem vegetação
pouco variada e de baixo valor nutritivo. Neles não é possível criar raças especializadas
em carne ou dupla aptidão (carne e lã), somente raças pouco exigentes e produtoras de
lã fina, como a Merino Australiano e a Ideal.
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Solos argilosos, de um modo geral, são profundos, pouco permeáveis, porém
com maior fertilidade. Permite o cultivo de forrageiras e criação de raças especializadas
em produção de carne ou de dupla aptidão.
Tópicos Gerais
-Consumo: 3% do P.V. de matéria seca. Onde há um bovino pode-se ter 5
cordeiros.
-Acima de 400 fêmeas em sistema extensivo é rentável.
-Faixa de preço do Kg do cordeiro é de R$ 5,00 / Kg de P.V. vivo.
-Lotação de 10 a 12 cabeças/ha em pastagem cultivada.
-Geralmente em 2 anos tem-se 3 partos.
-Para fazer 1 Kg de queijo necessita-se 10 L de leite bovino ou 5 L de leite ovino
(maior teor de sólidos).
-Principais produtores de leite: Portugal, Espanha e Grécia.
-Em Santa Catarina possui apenas uma indústria de leite ovino.
-Ordenha: a cada 12 horas.
-Tosquia: geralmente executada nos meses de outubro/novembro.
Pontos fundamentais na produção de ovino
-Se há mercado;
-Potencial do produtor;
-Oferta regular do produto;
Lotação
Categoria
m²/animal
Carneiros
2 a 2,5
Ovelhas secas
0,6 a 1
Ovelhas com cordeiros
1 a 1,3
Ovinocultura
Categorias
Cordeiro: categoria principal.
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-Carcaça: mínimo de 6 Kg;
-Dentição: todos os dentes de leite
Borrego:
-Carcaça: peso mínimo de 15 Kg;
-Dentição: no máximo presença de pinça da dentição definitiva;
Borregão:
-Carcaça: peso mínimo de 17 Kg;
-Dentição: presença de até 6 incisivos e sem a queda dos cantos da primeira
dentição;
Capão: adulto macho e castrado
-Carcaça: peso mínimo de 19 Kg;
-Dentição: presença de 8 incisivos da segunda dentição;
Ovelha: fêmea adulta
-Carcaça: peso mínimo de 16 Kg;
-Dentição: presença de 8 incisivos da segunda dentição;
Carneiros: macho adulto e inteiro
-Carcaça: baixo valor comercial, coloração muscular escura e gosto atípico.
-Dentição: presença de 8 incisivos da segunda dentição;
Índices Produtivos do Brasil
Taxa de Nascimento: 30,6%;
Mortalidade de ovelhas: acima de 7%;
Mortalidade de cordeiros: entre 5 e 40%;
Idade ao Primeiro Parto: 30 meses;
Taxa de Desfrute: 10%;
Consumo de Carne: 0,480 Kg/hab/ano
Brasil: responsável por 4,8% (19º mundial) da população mundial de ovinos,
com cerca de 16 milhões de ovinos. A maior população mundial pertence à China com
cerca de 128 milhões de ovinos. O Brasil detém a maior população da América Latina,
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seguido por argentina com cerca de 15 milhões de ovinos e pelo peru com cerca de 14
milhões de cabeças.
Censo mundial: cerca de 1 bilhão de cabeças.
Censo Nacional por Regiões
Posição
Região
Cabeças
1º
Nordeste
9.566.776
2º
Sul
4.807.596
3º
Centro-Oeste
1.127.878
4º
Sudeste
761.952
5º
Norte
547.903
Total
16.812.105
Fonte: IBGE, 2009.
Censo Nacional por Estados
Posição
Estado
Cabeças
1º
Rio Grande do Sul
3.946.349
2º
Bahia
2.028.507
3º
Ceará
2.071.098
12º
Santa Catarina
261.322
Fonte: IBGE, 2009
Censo de Santa Catarina
Fonte: IBGE, 2009.
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Dentição
Objetivo: avaliação e identificação da idade dos ovinos, importante para compra e
venda, abate e verificar se o animal é produtivo ou não.
Critérios: consideram-se o número, condições e erupções.
*O desgaste é decorrente dos tipos de alimentação e do solo.
Tipos: dentes de leite (caducos) ou permanentes (definitivos).
Dentes de Leite: total de 20, com 8 incisivos, nenhum canino, nenhum pré-molar
e 12 molares.
Dentes Permanentes: total de 32, com 8 incisivos, nenhum canino, 12 prémolares e 12 molares.
Dentes Incisivos: total de 8 dentes (2 pinças, 2 primeiros médios, 2 segundos médios e 2
cantos).
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Identificação
Dentes
Leite (dias)
Muito Precoce
Precoce
Tardia
Pinças
5a7
12 meses
15 meses
18 meses
1º médios
10 a 14
18 meses
24 meses
30 meses
2º médios
22 a 25
27 meses
30 meses
42 meses
Cantos
30
36 meses
42 meses
54 meses
A erupção dentária completa-se com 30 dias de idade. As mudas ou trocas
iniciam-se com 6 meses e ocorrem até os 4 anos, quando os animais são considerados
„boca cheia‟.
Fonte: Agener União – Informativo Técnico
Desgaste dos Dentes
5 anos: início do rasamento;
6 anos: início do rasamento das pinças;
7 anos: início do rasamento dos primeiros médios;
8 anos: início do rasamento dos segundos médios;
9 anos: início do rasamento dos cantos;
Acima de 9 anos: nivelamento, afastamento e rasamento de todos os dentes.
*5 a 6 anos animal é considerado velho e com 8 anos deve-se fazer o descarte.
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Defeitos na Dentição
-Bragnatismo;
-Prognatismo;
Raças
Divisão (aptidão/orientação produtiva): lã, mista, carne, pele/couro ou leite.
Características: cabeça, lã/pêlos, pigmentação e aptidão.
01-Raças de Lã:
01.1-Merino:
-Características:
-Origem: Espanha;
-Localização: Austrália e Nova Zelândia;
-Variedades: Australiano, Electoral, Negretis, Rambouillets, Vermonts, etc.
-Orientação Produtiva:
-La: 80 % (excelente qualidade);
-Carne: 20%;
-Lã: cobre todo o corpo e na face chega até a base dos olhos.
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-Mucosas e cascos: despigmentados.
-Pele: fina, rosada, sem pregas (somente no pescoço – prega ventral ou babado).
-Cabeça: perfil convexo, larga, chanfro largo (duas ou mais rugas transversais
no macho).
-Chifres: somente nos machos.
-Orelhas: curtas e grossas, implantadas horizontalmente.
-Lã:
-Produção:
-Reprodutores: 10 a 15 Kg
-À campo: 6 a 8 Kg
-Rebanho geral: 4 Kg
-Espessura: 16 a 26 μm
-Classificação: merina, amerinada, prima A e prima B
-Comprimento: 8 a 10 cm
-Aptidões:
Não se adapta bem a solos úmidos, apresenta boa rusticidade em alimentação e
clima frio e os cordeiros são muito sensíveis ao nascer (pouco tecido adiposo e pouca
lã).
*Raças que se adaptam bem a solos úmidos: Romney Marsh e Corriedale
01.2-Merino Australiano: mistura de variedades (25% de Merino
Espanhol, 40% Vermont, 30% Electoral e Negretti e 5% Rambouillet Francês).
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-Características:
-Cabeça: perfil convexilíneo, lã cobre a cabeça até a linha dos olhos.
-Chifres: somente nos machos (existe a variedade mocha).
-Cascos e mucosas: despigmentados.
-Pescoço: rugas na pele, formam 3 ou 4 grandes babados (aventais ou
babadeiros).
-Aptidões:
Muito rústicas, adaptadas a regiões pobres e de clima desfavorável. Não se
adapta bem a campos baixos e úmidos. Cordeiros são bastante vulneráveis ao nascerem
(pouco tecido adiposo e pouca lã).
-Lã:
Fina por excelência, de grande qualidade e valor industrial.
01.3-Ideal ou Polwarth:
-Características:
-Origem: Austrália (cruzamento de Merino com Lincoln).
-Localização: Austrália e América do Sul.
-Orientação produtiva:
-Lã: 70%;
-Carne: 30%;
-Cabeça: com ou sem chifres, cara limpa de lã até a linha média dos olhos,
formando abundante topete.
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-Pele: cobre o peito de forma solta (admite-se uma ruga – avental).
-Mucosas e cascos: despigmentados.
-Orelhas: implantadas horizontalmente.
-Lã:
-Medidas: espessura entre 23 e 26 μm
-Classificação: amerinada, prima A e prima B
-Comprimento: 12 a 13 cm (não menos de 10 cm)
-Peso:
-Reprodutores: 8 a 10 Kg.
-À campo: 6 a 8 Kg.
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg.
-Aptidões:
Não se adaptam bem aos solos úmidos, é rústico quanto à alimentação, cordeiros
apresentam bom rendimento no abate, produz bem no sistema extensivo (prolífera) e lã
de grande qualidade e valor industrial.
02-Raças Mistas:
02.1-Corriedale:
-Características:
-Origem: Nova Zelândia (cruzamento entre Merino, Lincoln e Border Leicester).
-Localização: Nova Zelândia, Uruguai e Brasil.
-Orientação produtiva:
-Lã: 50%.
-Carne: 50%.
-Cabeça: sem chifres, com boa cobertura de lã na parte superior, mantendo uma
cara limpa.
-Cascos e Mucosas: pigmentados.
-Orelhas: tamanho mediano.
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-Lã:
-Peso:
-Reprodutores: 8 a 10 Kg
-À campo: 6 a 8 Kg
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg
-Medidas:
-Espessura: 26,5 a 30,9 μm
-Machos: qualidade cruza 1 e cruza 2
-Fêmeas: prima B
-Comprimento: 13 a 16 cm
-Aptidões:
Se adaptam relativamente bem aos solos úmidos, possui boa rusticidade na
alimentação e cordeiros apresentam bom rendimento ao abate.
02.2-Romney Marsh:
-Características:
-Origem: Inglaterra
-Localização: Inglaterra e Uruguai
-Orientação produtiva:
-Lã: 40% longa e grossa
-Carne: 60%
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-Cabeça: coberta de lã até a linha mediana dos olhos (forma topete), parte
inferior da face coberta de lã e perfil ligeiramente convexo.
-Cascos e mucosas: pigmentados.
-Orelhas: bem separadas, grandes e com o pavilhão auricular para frente.
-Lã:
-Peso:
-Reprodutores: 9 a 12 Kg
-À campo: 5 a 6 Kg
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg
-Espessura: 29 a 38 μm
-Classificação: entre cruza 2 a cruza 6
-Comprimento: 14 a 18 cm
-Características: ondulações bem acentuadas e largas, cor amarelo ouro, creme,
preferencialmente branca.
-Aptidões:
Extremamente rústico, suporta bem a umidade, cordeiros são precoces com bom
rendimento ao abate, raça mista com maior ênfase à carne.
Em criação extensiva, carneiros atingem 80 a 90 Kg e cordeiros são precoces,
atingindo cerca de 30 Kg em 5 meses.
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03-Raças de Carne:
03.1-Hampshire Down:
-Características:
-Origem: Inglaterra (cruzamento entre Wiltshire, Bershire e Southdown)
-Localização: Inglaterra e Estados Unidos
-Orientação produtiva: carne
-Cabeça: mocha, lã cobre a cabeça até um pouco abaixo dos olhos.
-Orelhas: longas e implantadas horizontalmente.
-Cascos e mucosas: pigmentados.
-Lã:
-Características: até a altura do jarrete com ondulações irregulares, pouco
nítidas e meduladas.
-Medidas:
-Espessura: entre 27 e 31 μm
-Classificação: cruza 1, 2 e 3
-Comprimento: 10 cm
-Peso:
-Reprodutores: 5 a 6 Kg
-À campo: 4 a 5 Kg
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg
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-Aptidões:
Apresenta boa prolificidade (em torno de 140%), precocidade, bom rendimento
de carcaça, é indicada para cruzamento industrial e apresenta boa rusticidade.
03.2-Suffolk:
-Características:
-Origem: Inglaterra (cruzamento entre Southdown e Norfolk)
-Localização: Inglaterra e Escócia
-Orientação produtiva: carne
-Cabeça: desprovida de lã, sem rugas, perfil convexo e ambos os sexos são
mochos.
-Orelhas: longas e levemente projetadas para baixo (pendulares)
-Extremidades: desprovidas de lã
*Garupa levemente inclinada.
-Lã:
-Características: ondulações irregulares, pouco nítidas e meduladas.
-Espessura: 25 a 29 μm
-Classificação: prima B, cruza 1 e 2.
-Comprimento: 10 cm
-Peso:
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-Reprodutores: 5 a 6 Kg
-À campo: 4 a 5 Kg
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg
-Aptidões:
Apresenta boa prolificidade (cerca de 160%), precocidade, boa rusticidade e
bom rendimento de carcaça. É indicada para cruzamentos industriais.
03.3-Texel:
-Características:
-Origem: Holanda (cruzamento entre Leicester, Lincoln e Southdown)
-Localização: Holanda e França
-Orientação produtiva: carne
-Cabeça: completamente livre de lã
-Orelhas: grandes, com pavilhão voltado para frente
-Cascos e mucosas: pigmentados (pretos)
-Lã:
-Medidas:
-Espessura: 27 a 30 μm
-Qualidade: cruza 1 e 2
-Comprimento: 10 cm
-Peso:
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-Reprodutores: 5 a 7 Kg
-À campo: 4 a 5 Kg
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg
-Aptidões:
Rústica, produz bem no sistema extensivo ou semi-intensivo e produz ótima
carcaça com gordura reduzida. Raça precoce e prolífera (cerca de 160%).
Carneiros atingem cerca de 120 Kg, até 160 Kg e ovelhas atingem cerca 80 Kg,
até 100 Kg.
03.4-Ile de France:
-Características:
-Origem: França (cruzamento entre Merino e Dishley)
-Localização: França e Itália
-Orientação Produtiva:
-Carne: 60%
-Lã: 40%
-Cabeça: perfil reto ou levemente convexo, lã cobre a cabeça até um pouco
acima da linha dos olhos.
-Orelhas: horizontais ou levemente erguidas.
-Cascos e mucosas: despigmentados.
-Lã:
-Características: ondulações nítidas.
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-Medidas:
-Espessura: 23 a 27 μm
-Classificação: amerinada, prima A, prima B e cruza 1
-Comprimento: 8 cm
-Peso:
-Reprodutores: 5 a 6 Kg
-À campo: 4 a 5 Kg
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg
-Aptidões:
Raça muito precoce com carcaça pesada de qualidade. Raça prolífera (cerca de
160%).
Carneiros atingem entre 110 e 160 Kg, ovelhas 80 Kg e os cordeiros apresentam
bom ganho de peso, chegando a 23 Kg aos 70 dias (230g/dia).
03.5-Dorper:
-Características:
-Origem: África do Sul (cruzamento entre Dorset Horn e Blackhead Persian)
-Localização: África do Sul e Inglaterra.
-Orientação produtiva: carne.
-Variedades: Dorper Branco ou Dorper Cabeça Negra
*Sem depósitos de gordura na cauda e cabeça.
-Cabeça: chanfro semi convexo com rugas nos machos (mochos ou aspados).
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-Orelhas: tamanho mediano implantados horizontalmente com o
pavilhão auricular voltado para frente.
*Cor branca na cabeça é permitida desde que não separe completamente a cor preta em
duas partes
-Cascos e mucosas: pigmentados.
-Quarto dianteiro: pode ser preto ou com manchas pretas.
-Lã: semi-lanada (pêlo e lã)
-Parte superior do corpo: mescla de pêlos e lã.
-Região ventral e membros: pêlos curtos, lisos e macios.
-Aptidões:
Boa adaptação, tanto para clima frio quanto para clima quente. Apresenta o
primeiro cio por volta dos 6 meses de idade e também boa habilidade materna. A
prolificidade varia entre 110 e 170%.
Raça de crescimento rápido, ovelhas chegam aos 70 Kg e carneiros aos 110 Kg.
04-Raças de Pele/Couro
04.1-Somalis Brasileira:
-Características:
-Origem: África
-Localização: Nordeste do Brasil
-Orientação produtiva: carne, pele e leite.
-Mucosas: pigmentadas
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-Cascos: pigmentados ou amarelos (pardos)
-Pelagem: preta ou parda
-Cabeça: perfil retilíneo, chanfro curto e são mochos.
-Garupa: boa cobertura de gordura.
-Cauda: curta, densa camada de gordura na base e terminação afilada.
-Aptidões:
Raça prolífera, pouca lã no corpo, são animais rústicos e adaptam-se ao clima
semi-árido.
Produção leiteira: 450 mL em média (cerca de 1 L no pico de lactação).
Peso do carneiro varia entre 40 e 60 Kg e da ovelha entre 30 e 50 Kg.
04.2-Karakul:
-Características:
-Origem: Uzbesquistão, Irã, Índia e Afeganistão.
-Localização: Ásia
-Variedades: Arabi, Shiras, Konbar, Sur, Guligas ou Halili.
-Orientação produtiva: pele (Astrakan)
-Mucosas e cascos: pigmentados
-Cabeça: mocha ou aspada em ambos os sexos. Cabeça pequena, estreita e perfil
convexilíneo.
-Lã: parte posterior e superior da cabeça, bem acima da linha dos olhos.
-Pêlo: coloração varia
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-Cola: inserção larga (formato triangular), comprida, ponta em forma de „S‟ e
armazena gordura (6 Kg)
-Lã:
-Características: ondulações irregulares, pouco nítidas e meduladas.
-Medidas:
-Espessura: 30 a 80 μm
-Comprimento: 11 a 20cm
*Possui mais pêlos do que La;
-Aptidões:
Animal pouco pesado, rústico, adapta-se a diferentes climas (exceto muito
úmidos).
Carne praticamente isenta de gordura.
04.3-Crioula:
-Características:
-Origem: Portugal e Espanha
-Variedades: Fronteira (sul do RS), Serrana/Crioula Preta (Nordestes, RS e
planalto de SC), Crioula Zebua/Ovelha de Presépio (Sul do Brasil).
-Orientação produtiva: lã, couro e carne.
-Lã: pelego bastante valorizado.
-Mucosas: parcialmente ou totalmente pigmentadas.
-Cabeça: perfil reto ou semi convexo, aspados ou mochos (fêmeas e machos)
-Orelhas: sofre variações
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-Lã:
-Características: velo de pouca densidade e diâmetro muito variável. Lã de
mechas longas e cônicas, de coloração variando de branco ao preto (amarelo, cinza e
marrom).
-Medidas:
-Espessura: 35 a 40 μm
-Comprimento: 31 a 36 cm
-Aptidões:
Boa prolificidade, puberdade precoce, alta rusticidade, boa habilidade materna,
longeva, alta resistência à endoparasitoses e podedermite. Carne com pouca gordura e
lã utilizada para artesanato e tapeçaria.
Pele de qualidade industrial superior (alta resistência e suavidade).
Apresenta cio o ano inteiro.
04.4-Outras: Santa Inês e Morada Nova. São produzidas no nordeste e são
utilizadas para carne e pele.
05-Raças para Leite:
05.1-Milchschaf:
-Características:
-Origem: Alemanha
-Localização: Alemanha e Uruguai.
-Cabeça: completamente livre de lã e perfil levemente convexo.
-Cola: sem lá e fina.
-Mucosas e cascos: despigmentados.
-Peso: macho de 90 a 130 Kg e fêmea de 70 a 90 Kg
-Lactação: de 7 a 8 meses com produção de 500 L por lactação, no pico da
lactação chega a produzir 3,2 L/dia.
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-Aptidões:
Pouco rústica (alta mortalidade a campo), boa prolificidade (150%), longo
período de anestro, ótima aptidão a ordenha mecânica (boa implantação dos tetos) e
composição do leite (6 a 7% de gordura).
05.2-Awassi:
-Características:
-Origem: Israel
-Cabeça:
-Pele: manchas vermelhas e marrons
-Orelha: compridas e largas
-Aspas: machos e fêmeas podem ser.
-Cola: com reserva de gordura.
-Peso: macho pesa de 90 a 120 Kg e fêmea entre 60 e 80 Kg.
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-Aptidões:
Tetos grandes, elevados e laterais, possui pouca aptidão a ordenha mecânica,
pouca precocidade sexual, baixa prolificidade e produção leiteira no pico entre 2 e 4L
com composição de 7,5% de gordura
05.3-Assaf:
-Características:
-Origem: Israel
-Localização: Espanha e Israel.
-Peso: machos com 90 a 120 Kg e fêmeas 65 a 75 Kg.
-Aptidões:
-Tetos grandes e implantação horizontal, com pouca aptidão a ordenha
mecânica, boa precocidade sexual, boa prolificidade. Produção leiteira de 2,5L/dia com
6,3% de gordura.
05.4-Lacaune:
-Características:
-Possui variedade de leite e de carne.
-Peso: machos com 80 a 100Kg e fêmeas com 60 a 80 Kg.
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-Aptidões:
Ordenha sem intervenção manual, boa precocidade sexual, boa prolificidade
(150%), cordeiro pesado (carne) e produção leiteira com 1,9L/dia com 7,4% de gordura.
05.5-Manchega:
-Características:
-Origem: Espanha
-Pode servir para leite ou para carne
-Peso: machos com 90 a 100Kg e fêmeas com 60 a 70Kg.
-Aptidões:
Tetos bem implantados, boa precocidade sexual, boa prolificidade, rústica e
possui pouca estacionalidade sexual. Produção de 1,2L/dia com 8% de gordura.
05.6-Sarda:
-Características:
-Origem: Itália
-Peso: machos com 60 a 70 Kg e fêmeas entre 40 e 50 Kg.
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-Aptidões:
Tetos bem implantados com boa capacidade cisternal, boa precocidade sexual,
pouca carne, boa aptidão para ordenha mecânica. Produção leiteira de 1,5L/dia com 6%
de gordura.
Reprodução
Introdução
-Puberdade:
-Machos: 3 a 6 meses
-Fêmeas: 5 a 10 meses (realmente 18 meses);
-Vida Reprodutiva:
-Machos: 3 a 4 anos
-Fêmeas: 5 a 6 anos
-Coberturas: ocorrem no outono (fotoperíodo decrescente) fazendo com que isto
modifique a secreção de gonadotrofinas hipofisiárias (por ação da melatonina produzida
pela glândula pineal) aumentando LH.
-Freqüência do Ciclo Estral: de 14 a 19 dias.
-Duração do Cio: 12 a 36 horas, cerca de 6% das fêmeas entram em cio em um
mesmo momento.
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-Relação Reprodutiva (macho:fêmea): 1 macho para cada 20 fêmeas, podendo
chegar até 1:100, porém com muita repetição de cio.
-Duração da Gestação: 5 meses.
-Taxa de Reposição: 20% (em 5 anos tem-se total renovação do rebanho).
Fases da Reprodução (cronograma reprodutivo)
-Seleção de animais;
-Coberturas;
-Gestação;
-Parto;
01-Seleção dos Animais
01.1-Machos:
-Possíveis Problemas: morquida, criptorquida, aderências, fibroses, orquite, tamanho do
perímetro escrotal e foot-rot. A avaliação é feita 60 dias antes da estação de monta.
-Circunferência e Perímetro Escrotal de Carneiros: o ideal é acima de 30 cm e menos
de 25 cm é questionável.
-Altura (comprimento testicular): ideal é entre 12 e 18 cm
-Lã: lã na face interfere sobre a fertilidade. Deve-se aparar antes do ato reprodutivo.
-Causas de Queda de Lã: verminoses, umidade, ectoparasitos
(sarna/piolho), subnutrição, podridão do casco, estresse e intoxicação por cobre.
-Avaliação Espermática:
-Volume: média de 1 mL (entre 0,5 e 2 mL);
-Concentração: 3 bi/mL
-Motilidade: 75%
-Espermatozóides Normais: 90%
-Células Vivas: 120 milhões;
* Efeito Macho:
Este tratamento consiste em deixar os reprodutores ou rufiões afastados das
fêmeas por um período de 30 dias, podendo chegar até 60 dias. As fêmeas não podem
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ter contato visual, olfativo e auditivo com os machos. Após este período de separação,
os reprodutores ou rufiões são introduzidos ao lote novamente. A resposta ao „efeito
macho‟ é desencadeada em 48 horas. Após o 5º dia, as fêmeas começam a apresentar
sinais de estro. Este efeito se deve a liberação do hormônio LH em ambos os sexos,
influenciados pelo estímulo social.
De caráter prático e baixo custo, o „efeito macho‟ pode ser utilizado na indução
do estro em fêmeas estacionais.
*Rufião: são machos que não conseguem através da monta, copular por completo. Estes
machos sofrem um procedimento cirúrgico, desvio do pênis ou vasectomia. Ambos
procedimentos são realizados para que este macho não consiga fecundar as fêmeas. Este
macho geralmente recebe uma marcação no peito, e no momento da monta, ele pinta o
dorso da fêmea, constatando que a mesma encontra-se no cio.
A temporada de cobertura que normalmente inicia em fevereiro-março, deve
durar 42 dias. Nas primeiras duas semanas do encarneiramento colocar no peito dos
carneiros tinta amarela (mistura de tinta em pó com graxa de ovelha ou patente ou até
mesmo água), nas duas semanas seguintes utilizar tinta vermelha. Após os 42 dias de
encarneiramento retirar os carneiros do rebanho. Dois dias depois colocar no rebanho já
coberto 1-2% de rufiões com tinta preta no peito por três semanas.
01.2-Fêmeas:
-Possíveis Problemas: abandono de cordeiros, mastite, agalaxia/hipogalaxia, vulva
infantil, falta de tetos, prolapsos, secreções vaginais e abortos.
-Escore Corporal:
Estado Fisiológico
EC
Cobertura
3 a 3,5
Terceiro mês de gestação
3 a 3,5
3,5
Parto
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Ovelha com 45 dias de lactação
2,5 a 3,5
Desmame (secar ovelha)
2, a 2,5
*Pode-se fazer a utilização de flushing, o qual oferece para a ovelha uma dieta rica em
energia e proteína 2 a 3 semanas antes da ovulação, para alcançar um escore corporal de
2,5 a 3.
02-Coberturas:
-Natural: monta e cio ocorrem naturalmente. A cobertura se dá no outono e os
partos são concentrados nos meses de julho, agosto e setembro. Pode-se fazer o
desmame convencional aos 90 dias (forçado).
-Com intervenção: utilizando sincronização de cios. Pode-se utilizar o sistema
STAR de coberturas (5 partos em 3 anos).
Sistema STAR (5 partos em 3 anos)
3 partos em 2 anos:
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Sincronização de Cios (protocolo):
-Dia 0: formação dos grupos, pesagem e mensuração do escore corporal.
Implantação de esponjas (progesterona + tetraciclina : 0,25mL/esponja).
-Dia 8: aplicação de eCG : 500UI
-Dia 9: retirada das esponjas
-Dia 10: monta ou inseminação artificial (via intracervical ou por laparoscopia)
Vantagens da IA:
-Menor número de machos: 1 ejaculado supri 25 inseminações.
-Cobertura semanal: 1 macho para 20 coberturas.
03-Gestação:
-Diagnóstico de Gestação:
-Ultrassonografia: a partir dos 30 dias;
-Testes Hormonais: dosagem de sulfato de estrona, proteína B específica
ou progesterona.
-Palpação abdominal e baloteamento: pouco prático.
-Manejo: escore corporal entre 2,5 e 3,0, vacinação e desverminação em dia,
corte dos cascos, desolhe (corte da lã da face), descole (corte da lã do períneo e úbere),
diagnóstico de gestação e alimentação.
04-Parto:
Deve ser em local seco, limpo e protegido. O cordeiro após o nascimento deve
estar em pé no máximo em 2 horas e mamar no máximo em 30 minutos.
*Deve-se fazer a desinfecção do umbigo com iodo.
-Manejo do Cordeiro:
-Descola: executada entre 7 e 15 dias. Pode-se utilizar ferro quente, anel
de borracha, emasculador transescrotal e cirúrgico.
-Marcação: executada entre 7 e 15 dias. Pode-se utilizar brincos e
tatuagem.
-Vacinação: aos 30 dias primeira dose contra enterotoxemia e segunda
dose aos 60 dias (quando ovelha não foi vacinada).
-Desverminação: realizada aos 45 dias.
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-Desmame: aos 90 dias.
Instalações
O que levar em consideração:
-Finalidade da exploração;
-Localização da propriedade (deve ser longe de cidades);
-O sistema de criação adotado;
-A disponibilidade financeira;
01-Aprisco: é uma instalação para recolher os ovinos durante a noite ou para confinálos. Dependendo do tempo que os animais irão permanecer neste local, eles devem ter
acesso a cochos de ração e sal mineralizado e bebedouros. Tem grande importância na
proteção do rebanho contra predadores e contribui para diminuir a taxa de mortalidade
de cordeiros devido a condições ambientais desfavoráveis.
-Localização: deve ser escolhida cuidadosamente. O local deve ser alto, seco,
próximo dos silos ou depósitos de ração e de fácil acesso por caminhões. O ideal é que
seja feita a construção próxima da casa da pessoa que irá cuidar do rebanho, calculando
uma distância mínima e observando a direção do vento para evitar o mau cheiro.
-Tipo da Construção: não há um modelo padrão de aprisco. O material utilizado
depende do custo, da durabilidade e disponibilidade na região. O custo é fator decisório
na escolha, mas a construção deve ser funcional, durável e exigir pouca manutenção.
-Ventilação: em função das condições climáticas no Brasil, não há necessidade
de construir apriscos totalmente fechados. Em regiões de clima frio, pode-se trabalhar
no inverno, com cortinados para barrar o vento
-Iluminação: uma iluminação satisfatória é obtida quando se utiliza uma
lâmpada de 100 watts para cada 37m2 de área no piso. Nas baias maternidades, podem
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ser colocadas campânulas elétricas para manter os cordeiros recém nascidos aquecidos
em regiões de clima frio.
-Água: os apriscos devem ter bebedouros com bóia. Para evitar perdas causadas
pela falta de água é interessante ter um reservatório com capacidade de armazenar água
o suficiente para atender a demanda de três dias.
-Área:
-Piso: o melhor piso é o ripado, o qual permite que as fezes e a urina caiam e
fiquem distantes dos animais. A altura deste piso do chão deve ser o suficiente para que
a limpeza seja realizada com facilidade, no mínimo 1,5 m. Recomenda-se que o chão
seja cimentado e com um declive de no mínimo 2%. A largura recomendada para as
ripas é de 5 cm e a espessura de uma polegada. O espaçamento entre as ripas deve ser
de exatamente 2 cm. Para cordeiros recém-nascidos seria interessante reservar algumas
baias forradas com palhada (cama), para evitar que o animal prenda a pata ficando sem
mamar ou até mesmo se machucando
-Divisórias: podem ser feitas de diferentes materiais. No caso da madeira, as
medidas são as mesmas das divisórias utilizadas no curral de manejo. A altura
recomendada é de 1,0 a 1,3 m.
02-Cercas: o número de fios de arame necessários é superior ao das cercas construídas
para bovinos, por exemplo. Se a cerca não for bem feita, os animais passam facilmente
por ela, dificultando o manejo principalmente nas épocas de reprodução e nascimento
de cordeiros. O número de fios de arame varia de 6 a 8 e a altura de 0,90 m a 1,20 m. Os
quatro primeiros fios podem ter distância de 10 cm entre si, e a partir do 5º fio pode-se
espaçar mais, com cerca de 15 cm ou 20 cm entre eles.
Para ovinos a utilização de cercas teladas é interessante, entretanto, o custo alto
nem sempre permite o uso. A cerca elétrica é uma outra opção. Ela pode ser formada
por 2 fios, sendo o primeiro distante do solo 10-15 cm e o segundo distante do primeiro
20 cm. No caso da cerca elétrica com 2 fios, a lã pode proteger o ovino do choque na
hora que ele tentar passar.
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03-Centro de Manejo: deve ser planejado para a realização de atividades, tais como:
pesagem, vermifugação, vacinação, banho sarnicida, casqueamento, tosquia, corte de
cauda, apartação entre outras. A área é calculada em função da categoria mais numerosa
que irá se trabalhar no curral, provavelmente a das ovelhas. Recomenda-se 1m2/animal
desta categoria. O centro de manejo é composto por baias, seringa, brete, pedilúvio,
balança, banheira sarnicida e escorredouro.
03.1-Baias: baias interligadas de forma a facilitar a condução dos animais até o
brete e a separação quando necessária.
03.3-Seringa: é uma área no curral de manejo que afunila fazendo com que os
animais entrem um a um no brete.
03.3-Brete: as medidas do brete são de fundamental importância para o manejo.
Se o brete for muito largo os animais podem se virar dentro e complicar o trabalho. Um
brete alto demais não permite uma boa contenção, dificultando aplicações de vacinas e
vermífugos, visualização do brinco e/ou tatuagem. As medidas são: 50cm para largura
superior, 35cm para largura inferior, 80cm para altura e 5 a 11m de comprimento.
04-Cocho: se os animais permanecem por muitas horas no aprisco, é interessante que
sejam suplementados. Para isso, tem que ser calculado quantos metros de cocho são
necessários, em função do número de animais que as baias comportam. Na tabela 3
observam-se quantos cm de cocho são necessários para cada animal.
Produtos
01-Carne:
País
Peso da Carcaça (Kg)
EUA
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Reino Unido
18
Uruguai
13 a 20
Espanha
10
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Brasil (Rio – SP)
<9
14 a 17
Brasil (Sul)
7
Itália
Qualidade: dependente do sexo (fêmeas possui maior quantidade de gordura
subcutânea), raça, idade, sistema de alimentação (tipo de alimentação influencia na
coloração da carne) e peso do animal.
Avaliação ‘in vivo’
Diferença entre Raças
Pesagem da Carcaça
-Animal vivo;
-Carcaça quente;
-Carcaça fria;
Classificação das Carcaças
-Boa: apresenta tecido muscular desenvolvido, consistência branda, perfil
convexo, distribuição uniforme da gordura, gordura intramuscular abundante,
musculatura rosa pálido nos cordeiros e vermelho escuro nos adultos e peso
proporcional a idade.
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-Ruim: apresenta tecido muscular pouco desenvolvido, consistência dura
(fibrosa), perfil côncavo, gordura de cobertura ausente, musculatura vermelho escuro e
peso desproporcional a idade.
Conformação das Carcaças: distribuição e proporção das diferentes partes que
compõem o corpo do animal. Se dá pela apreciação visual da carcaça (quente ou fria). É
uma avaliação subjetiva.
Conformação / Perfil Muscular: convexas (C), subconvexas (SC), retilíneas
(RE), subretilínea (SR), côncavas (CO) e industrialização (I).
*Reino Unido: classificação em superior, excelente, muito boa, regular, ordinária e
pobre.
Acabamento: distribuição de gordura na carcaça. Classificado em: magra
(gordura ausente), escassa (1 a 2mm d espessura), mediana (2 a 5mm de espessura),
uniforme (5 a 10mm de espessura) e excessiva (acima de 10mm de espessura). Ou
pode-se utilizar escala de 1 a 5 (excessivamente magra a excessivamente gorda).
Marmoreio: estimativa visual da gordura intramuscular do músculo Longissimus
dorsi por secção transversal entre a 12ª e 13ª costela. Classificado entre 1 e 5.
*Pode ser mensurado no animal vivo por ultrassonografia, verificando a área de olhode-lombo (rendimento) e espessura de gordura subcutânea (precocidade).
Coloração: visualização do músculo Longissimus dorsi por secção transversal
entre a 12ª e 13ª costela. Classificado entre 1 e 5 (rosa claro a rosa escuro).
Tipificação da Carcaça: classificação e padronização para o produto
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02-Leite:
Consumo: in natura e derivados (queijo, iogurte, doce de leite, sorvete e
requeijão).
Características:
-Cor e Odor: „sui generis‟
-Sabor: distinto, devido a presença do ácido caprílico e cáprico
-Gordura: maior proporção de ácidos graxos em comparação ao do
bovino.
Composição: 18,8% matéria seca (4,8% lactose, 5,5% proteínas e 7,5%
gordura), 81,2% água e 1% minerais,
Comparação entre espécies:
Fatores que alteram a produção e composição do leite: raça, manejo produtivo,
idade da ovelha e número de partos, tipo de parto, fase da lactação, sistema de ordenha,
intervalo entre ordenhas, estado nutricional, variação diária, morfologia do úbere,
sanidade da glândula mamária e sistema de criação.
1-Raça:
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2-Manejo Produtivo:
-Ciclo natural: 1 parto/ano
-Sincronização de cios: 3 partos/2anos
3-Idade e número de partos:
-Produção quantitativa: partos aos 2 e 3 anos possuem produção 13 e 32%
maior que o primeiro parto.
-Produção qualitativa: o teor de gordura/proteína é maior no 1º e 4º parto, sendo
menor no 2º e 3º partos.
4-Tipos de parto:
-Múltiplos: tem-se maior produção por maior estimulação e conseqüente maior
desenvolvimento da estrutura glandular.
5-Fase da lactação: produção é crescente até a 4ª semana e composição possui o efeito
inverso.
Produção de Leite
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6-Sistema de ordenha:
-Manual: 50 a 75 animal/hora
-Mecânica: 70 a 100 animal/hora
-Intervalo entre ordenhas: ideal é de 12 horas. Após 16 horas tem-se diminuição
da secreção e produção, com aumento da pressão intramamária, formação de inibidores
(FIL – Feedback Inhibitor of Lactation) e diminuição do fluxo sanguíneo.
7-Peso e estado corporal: 2,5 a 3,5 de escore corporal.
8-Úbere: tamanho de úbere, cisterna e tipo de úbere.
*Braço de Sagy: auxilia na ordenha mecânica.
9-Sanidade da glândula mamária:
-Contagem de Células Somáticas (CCS): é inversamente proporcional a curva de
produção leiteira (menor valor é atingido na 5ª semana);
Ordenha (etapas)
1.Apenas higienizar o úbere. Lavar somente se houver muitas sujidades.
2. Colocação das teteiras;
3. Ordenha mecânica: extração do leite desde a colocação das teteiras até a retirada das
mesmas, ou até que se inicie a operação do “apurado máquina”.
4. Massagem intermediária: mãos do ordenhador sobre o úbere para massageá-lo
durante a ordenha mecânica.
5. Apurado-máquina: massagem do ordenhador no úbere com as teteiras (antes de fazer
a retirada).
6. Retirada das teteiras;
7. Repasso à máquina (ordenhadeira): segunda seqüência da ordenha (após breve tempo
de espera)
8.Repasso manual: ordenha manual depois de retirada das teteiras
9. Aplicação de desinfetante: imersão dos tetos em solução iodada (última operação)
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Referências Bibliográficas
SOBRINHO, A. G. S. Criação de Ovinos. 3 ed. Funep, Jaboticabal : São Paulo, 2006.
GONÇALVES, L.C., BORGES, I. Manual Prático de Caprinos e Ovinocultura.
UFMG, Belo Horizonte, 2002.
Aulas de Ovinocultura : CAV/UDESC. Professor Márcio Vargas Ramella
Instalações para Ovinos. Disponível em http://www.crisa.vet.br/exten_2001/instal1.htm
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