os rebentinhos - Centro Social Paroquial de Alfeizerão
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os rebentinhos - Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Ano III, Nº10 Julho 2014 OS REBENTINHOS Abertura Palavras que definem uma pessoa Como afirma o Papa Francisco, três são as palavras que definem uma pessoa: com licença, obrigado e perdão. Palavras todas elas importantes porque revelam o modo de ser da pessoa e desvendam a natureza do mistério do nosso ser. Quando somos crianças a mãe porque quer bem ao filho pergunta sempre – que é que se diz? Obrigado!, diz a criança sorrindo, ou noutras circunstâncias, com licença ou ainda, - pede perdão! Tudo isto leva a criança a despertar para uma atenção aos outros, e que ela não é o centro do mundo, e que o seu pequeno umbigo se vai alargando a um horizonte mais largo em vista a um crescimento sadio e adulto. Pedimos licença tantas vezes e ainda bem porque encontramos outras pessoas no caminho. Somos caminhantes e aprendizes da vida e da relação amiga como irmãos. Transportamos dentro de nós um ideal de caminhar para uma meta, mas não podemos correr sozinhos como se soubéssemos tudo. Há pausas necessárias para a escuta de uma palavra, uma partilha de experiências, um confronto de olhares, um inclinar-se devagarinho para não se ser pesado a ninguém. Às vezes é obrigatório parar para não atropelarmos ninguém, outras vezes temos mesmo que passar e abraçar aqueles que quase já não querem caminhar. Respeitar os mais velhos, ajudar alguém que está mais frágil, enfim, tantos gestos pelos quais mostramos que honramos as pessoas porque lhes damos o valor que elas merecem. Obrigado, palavra bonita que tanto gostamos de ouvir, ou que às vezes ficamos tristes quan- do tal não acontece. No entanto, a palavra obrigado liga-nos aos outros porque damos e recebemos, mas não damos para receber, caso contrário, o nosso dar seria interesseiro e mercantilista. O evangelho diz que depois de termos feito algo em serviço dos outros devemos dizer – “somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer” (S. Lucas 17,10). O dito evangélico não pretende desvalorizar o que se possa fazer de bem aos outros, mas ensinar que tudo devemos fazer por amor e na gratuidade. Se alguém reconheceu, devemos dizer, bendito seja Deus!, mas se ninguém apreciou nem reparou, digamos igualmente, bendito seja Deus!, pois tudo fica aí em forma de fermento. A última palavra, perdão, aprende-se aos poucos na medida em que a vamos exercitando na vida. Na verdade só um coração que ama é capaz de dar perdão e receber perdão. Como disse Santa Teresa, onde falta amor, coloca amor. Não há pessoas perfeitas ou intocáveis. Mas todos somos de barro e vamos aprendendo com as nossas fragilidades. Neste caminho de se aceitar as próprias limitações e de se aprender a conviver com as próprias sombras, ficamos mais capazes de compreender e amar os outros. Quanto mais conhecemos uma pessoa mais a podemos amar, pois conhecemos para amar e não para julgar. Educar é uma arte e um caminho longo, mas as sementes vão sendo lançadas logo desde a meninice, do pré-escolar ao escolar, da universidade à vida Edição final de ano Inquietações 3 Reportagem 4 Noticias das Salas 5 História Infantil 9 Entrevista 10 Passatempos Vitaminas 10 12 DESTAQUE: “...isto leva a criança a despertar para uma atenção aos outros, e que ela não é o centro do mundo...” Centro Social Paroquial de Alfeizerão Até breve Porque os amigos não dizem Adeus… estão sempre connosco, no nosso coração, são amigos para sempre! Este é um momento especial. É hora de olharmos para trás e ver tudo o que conquistamos juntos. Sem dúvida, alguns obstáculos, mas felizmente, inúmeros bons momentos, de alegrias, de vitórias e de muita cumplicidade. As atividades desenvolvidas, os passeios realizados, a alegria que sentimos durante as aulas de música, brincámos muito e soubemos que nos momentos de brincadeira, muito aprendemos… enfim…momentos inesquecíveis que nos foram proporcionados pela nossa escola e sêlo-ão sempre, porque no Jardim de Infância, a brincar desenvolve-se não só a capacidade de saber fazer, mas essencialmente, as capacidades de saber ser e saber estar. Para o final deste Ano Letivo está tudo pronto: - As capas de trabalhos estão cheias e arrumadas prontinhas a serem vistas por toda a família e a guardarem para sempre a lembrança deste Ano que termina; - As Fichas de Avaliação estão prontas a serem analisadas e assinadas pelos Pais/ Encarregados de Educação; - Os processos individuais estão preparados para seguirem para a nova Sala que nos vai receber no dia 1 de Setembro; - Para os que deixam a Creche e vão para o Pré-Escolar, os “vai-vens” (livros de registos diários que servem de ponte entre os Pais e a Escola) já não levam nem trazem mais recados, ficarão lá em casa como recordação; - Tudo pronto para receber as Famílias das Crianças num dia mágico e inesquecível recheado de emoções e alegria que será a festa de Finalistas a decorrer no Sábado, 26 de Julho com um delicioso almoço convívio com muitas iguarias; Ano III, Nº10 - Terminada a atividade letiva deste ano com a Reunião de Pais no dia 29 de Julho pelas 21,00 Horas. Custa um bocadinho deixar uma Sala onde nos sentimos bem, com pessoas de quem gostamos; mas é também sinal de que estamos a crescer... Enfim, vamos “ser grandes” e aprender coisas novas… Durante o ano, foi muito o que marcou a N/ vida: desde a emoção do 1º dia, ao reencontro com os nossos amigos, até ao momento que nos despedimos da nossa “escolinha” e encerramos mais uma das muitas etapas que virão. Vamos festejar e recordar cada minuto vivido. Abraços, beijos, palavras e muito….muito carinho e preparar as crianças para o próximo ano escolar demonstrando que, mesmo numa outra sala, teremos também novos amigos, professoras, novas emoções e muitas aprendizagens. De todos vamos ter saudades!... Voltaremos em breve, seja para mais um ano, seja para mostrar a todos as nossa realizações, as nossas conquistas, que afinal, foram iniciadas aqui. Para todos os que nos acompanharam e acompanham nesta viagem - às N/ Famílias que nos fazem sentir amados, aos Colaboradores do Centro Social que diariamente, sem exceção, se preocupam que sejamos felizes e à Comunidade que nos faz sentir parte dela - um abracinho muito apertado e votos de umas boas férias. Encontrar-nos-emos, de novo, dia 1 de Setembro, para continuar a partilhar, interagir e aprender! Até breve!!!.... Página 2 Centro Social Paroquial de Alfeizerão Inquietações ...Imaginem uma “escolinha” com um ambiente tão caloroso e pacífico quando os Pais cá deixam os filhos, quem tem vontade de chorar? Não por deixarem as crianças, mas por não poderem ficar cá com eles... ...Imaginem uma “escolinha” onde as crianças não são despejadas à porta, mas entregues pelos Pais de colo para colo, de beijinho para beijinho, quase sempre com manifesta alegria... ...Imaginem uma “escolinha” onde o jardim é um lugar importante, onde as árvores e a terra são para tocar, onde o ar livre e o sol são componentes fundamentais... ...Imaginem uma “escolinha” que, além das crianças, tem também cá dentro PAIS e, uma escola em que os outros são bem vindos a qualquer hora do dia, uma escola transparente, aberta, contente com a participação dos PAIS... ...Imaginem uma “escolinha” com um projecto educativo sólido e transversal, em que existe um tema por ano, que atravessa todas as classes desde o Berçário até ao ATL, com actividades adequadas para cada faixa etária... ...Imaginem uma “escolinha” em que todas as crianças são meninos da Terra, amam-na e respeitam-na, assim como se amam e respeitam entre si... ...Imaginem uma “escolinha” quente, luminosa como um olhar materno, divertida como os garotos que a habitam em algazarra, onde apetece sempre mais ficar do que deixar os filhos... ...Essa “escolinha” existe. Chama-se Centro Social Paroquial de Alfeizerão e está perto de si!!! Estão abertas as inscrições para o próximo Ano Escolar 2014/2015. Visite-nos! Página 3 OS REBENTINHOS Centro Social Paroquial de Alfeizerão Reportagem SEMANA DOS AVÓS NA ESCOLINHA Na semana de 22 a 26 de junho comemorá- Houve histórias, canções, adivinhas, jogos, mos pela primeira vez a “ Semana dos danças e desenhos feitos em conjunto com Avós”. Para não gerar muita confusão e os avós. Numa das salas uma avó trazia uma comemorar num ambiente mais acolhedor, caixa e a alegria foi geral quando lá de den- foi estipulado um dia para cada sala. tro saiu um coelhinho. Sendo uma tarde Os avós foram convidados a participar num cheia de surpresas, apareceu também um lanche convívio na respetiva sala do seu avô com um acordeão que acompanhou e neto. Com muito carinho e entusiasmo as animou as canções cantadas pelos netos e crianças foram preparando esta tarde, ela- pelos avós. borando uma pequena lembrança para ofe- A comemoração da “Semana dos Avós” foi recer aos avós, ensaiando canções e danças uma experiência positiva e acolhida por e ajudando a preparar o lanche. Com a che- todos com muita alegria e dedicação. O gada dos avós, as crianças ficaram eufóri- nosso obrigado a todos quanto participa- cas e a mesa do lanche mais recheada com ram. docinhos que os avós foram trazendo. Depois da participação das crianças com algumas canções e danças, os avós foram convidados a participar também e as surpresas foram muitas. Ano III, Nº10 Página 4 Centro Social Paroquial de Alfeizerão Noticias das Salas: BERÇÁRIO 1 Os dias e os meses vão passando, está quase a chegar o fim de mais um ano, mas claro que estamos mais crescidinhos, já sabemos fazer coisas que dantes não eramos capazes. Fazemos alguns recadinhos que a Andreia e a Edite nos pedem; compreendemos melhor o que é certo / errado quando nos explicam. Às vezes zangamo-nos a sério mas também sabemos ser bons amiguinhos. Já compreendemos que se temos dois brinquedos iguais temos de partilhar com outro colega. Apesar de gostarmos muito de estar com a Edite, a Andreia e uns com os outros também queremos muito passar as férias com os nossos pais. Umas boas férias para todos e até setembro. Outra novidade muito importante até os coleguinhas mais preguiçosos vão falando, cada dia vão dizendo palavras novas, estamos mesmo a ficar crescidinhos, por isso quando começar o novo ano vamos para outra salinha. BERÇÁRIO 2 Rap do Berçário Nós somos tão pequeninos e só sabemos brincar vamos acabar o ano todos juntos a rimar Começamos bem o dia Com uma bolacha p’ra comer Brincamos, dançamos, dormimos choramos e rimos a valer Chega a hora do almoço e com o sono a apertar comemos tudo num rápido E como estamos a crescer e porque não pode ser só brincar levantamos a mão aos amigos e depois é só ouvir ralhar… E acabamos assim no berçário o nosso dia somos todos uns queridos cheios de genica e alegria… Boas férias para todos é o que queremos desejar para o ano é que vai ser…. mal podemos esperar! para nos irmos deitar… Depois da sesta é que é… todos bem dispostinhos lanchamos a papinha e recebemos miminhos Página 5 OS REBENTINHOS Centro Social Paroquial de Alfeizerão Noticias das Salas: SALA 2 ANOS Os meninos da sala dos 2 anos têm uma novidade para vos contar. Este ano já vamos à praia com os nossos amiguinhos da sala, e com a Cila e a Carla. Gostamos muito de ir no autocarro da nossa escola, todos sentadinhos nas cadeiras e com cintos de segurança para não cairmos. Também aprendemos coisas novas, como subir e descer do autocarro, descalçar e calçar os nossos chinelos. Na praia é muito divertido, quando está calor tomamos umas banhocas e às vezes até damos uns mergulhos, quando está frio e não pudemos ir à água, brincamos na areia com os nossos brinquedos. Fazemos bolos, buracos e de vez em quando mandamos areia para o ar, o pior é quando acerta nos nossos amiguinhos ou na Cila e na Carla, não entendemos porquê, mas elas ficam zangadas. Na praia também fazemos um lanche muito saboroso. E assim, passamos uma manhã diferente SALA 3ANOS No passado dia 19 de junho decorreu o passeio anual do pré-escolar da nossa escolinha. Como nós já estamos na sala dos 3 anos, este ano já pudemos, pela primeira vez, participar neste passeio. A visita foi a uma quinta pedagógica em Coimbra, a Quinta da Conraria, que pertence à Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra. Fomos de autocarro, juntamente com os colegas das salas dos 4 e 5 anos, e a viagem ainda foi um pouco longa. Mas nós fomos muito atentos a tudo o que víamos passar pela janela, conversávamos com os colegas, foi uma grande animação, como é sempre que andamos de autocarro. Quando chegámos à quinta, descobrimos uma amiga que nos acompanhou durante todo o dia e nos mostrou e explicou muitas coisas acerca da quinta. O primeiro lugar onde fomos foi o picadeiro. Esse foi o nosso local favorito! Aprendemos muitas coisas sobre os cavalos: a sua higiene, dentes, alimentação, ferraduras e pudemos ajudar a escovar uma égua. Gostámos mesmo muito! E o melhor ainda estava para vir! De seguida fomos para o picadeiro e aí, um de cada vez, com a ajuda de um professor, pudemos dar uma volta ao picadeiro, a cavalo. Ano III, Nº10 Foi mesmo muito divertido e portámo-nos muito bem pois os cavalinhos não gostam de barulho! Depois fomos almoçar pois com tanta emoção e atividade, a fominha já tinha chegado e depois brincámos muito na relva e no parque infantil. À tarde pudemos visitar o resto da quinta. Vimos a sala da ordenha, onde é retirado o leite às vaquinhas, e foi-nos explicado tudo acerca disso. Também visitámos uma sala onde estavam senhores e senhoras a fazer bonitos tapetes de tecelagem. Depois de caminhar um pedaço, vimos as hortas e muitos animais, desde vários tipos de pássaros, a porcos, cães, vacas… Foi mesmo muito giro! Estávamos mesmo muito felizes! Depois fomos conhecer a sala do forno e lanchar para voltarmos para a nossa escolinha. Estávamos tão cansados que dormimos todo o caminho! Foi um dia muito divertido e especial para nós. Gostámos mesmo muito! Página 6 Centro Social Paroquial de Alfeizerão Noticias das Salas: SALA 4 ANOS Entre os dias 19 e 23 de Maio, decorreu mais uma Semana Cultural na nossa escolinha. Foi uma semana cheia de histórias, onde cada uma nos transmitia uma mensagem. Procurouse nos vários dias da semana, abordar através das histórias, alguns valores importantes, como a amizade, o respeito pelo outro, a ajuda e o respeito pela diferença. Nesta semana as crianças andavam bastante entusiasmadas e felizes, pois normalmente, a hora do conto é um momento que todos gostam e em que todos estão atentos e ansiosos de conhecer o final da história. A semana terminou com uma noite cultural onde além da participação das crianças do pré -escolar, do CATL e do 1º ciclo, participaram também os pais com a dramatização “Os ovos misteriosos”. Sendo o projeto da sala dos 4 Anos “Aprender com as Histórias”, preparamos uma pequena dramatização. As crianças interpretaram as personagens principais de algumas histórias que ouviram ao longo do ano e transmitiram a mensagem principal que aprenderam com essas mesmas histórias. Foi uma semana em que as crianças também tiveram oportunidade de conviver não só com todas as crianças da Instituição, mas também com as crianças da Escola do 1º Ciclo e com os idosos do CCPJ Nazário. SALA 5 ANOS Olá, nós somos os meninos dos 5 anos e somos finalistas! Para comemorar esta ocasião fizemos a letra de uma música (“A minha alegre casinha” - Xutos e Pontapés) para recordar para sempre os anos que por aqui passámos. Aqui vai a letra, esperamos que gostem! Desejamos a todos umas boas férias! As saudades que eu vou ter Da escola que me viu crescer E que tão bem me conhece Outra etapa vai começar P´ra primária vou passar Mas desta não se esquece As saudades que eu vou ter Da Márcia e da Ana A dizer estejam calados Página 7 Das histórias, das canções Ficarão nos corações Todos muito bem guardados As saudades que eu vou ter Dos amigos a valer São amigos de verdade Um beijinho vou deixar Com vontade de ficar Pois aperta a saudade Lara la la la la la Lara la la la la la la Lara la la la la la As saudades que vamos ter De todos os dias vos ver P´la aquela porta entrar Beijos, ralhetes e abraços Acompanhamos vossos passos P´ra sempre vamos lembrar. OS REBENTINHOS Centro Social Paroquial de Alfeizerão Noticias das Salas: C.A.T.L.. As nossas férias no CATL têm sido fixes e… quisemos partilhar convosco dois desses dias. No dia 17 de junho fomos á EUROLÂNDIA que se situa em Porto de Mós. Encontramos lá muita diversão e brincadeira. Havia insufláveis, vários escorregas (um deles ás curvas que ia parar a uma piscina de bolas), trampolins, carrinhos, um campo de futebol, judo, bolas saltitonas, …e tantas outras coisas. No final e antes de lancharmos, fomos dar uma volta de comboio...”pouca terra… uhuh!!” No dia 25 de junho fomos “mergulhar”. Quer dizer fomos às piscinas – TERMAS da PIEDADE, em Alcobaça. Estava um bonito dia de sol. Por isso brincamos muito e demos muitos mergulhos. De seguida e porque era preciso recuperar energias, fomos fazer um almoço piquenique, no parque de merendas de VALADO DOS FRADES. As nossas férias de verão estão a ser muito, muito divertidas...é pena estarem a acabar e nós irmos para outra escola. Ana Raquel e Matilde José Centro de Convívio, no Centro Comunitário Pastoral José Nazário TARDES DE JULHO NA PRAIA Os utentes do Centro Comunitário Pastoral José Nazário durante as tardes do mês de Julho aproveitaram o solinho na praia de São Martinho do Porto. Entre caminhadas e risadas passearam em volta da baía. Os utentes que não gostam de praia ou que por outras razões não podem ir, também não deixaram de aproveitar as manhãs de sol no nosso centro!!! No centro comunitário pastoral, Festejamos o verão, Esteja bom tempo ou temporal, Queremos é diversão! Ano III, Nº10 Página 8 Centro Social Paroquial de Alfeizerão História O PORCO MUDA DE CASA Certa manhã, quando a Galinha Henriqueta estava a estender roupa, o Doutor Raposo cumprimentou-a com noticias excitantes: “O nosso vizinho muda hoje para o prédio!”, disse ele. “Valha-me Deus!”, disse Henriqueta. “Espero que seja alguém sossegado e limpo.” A Lebre Nicoleta pôs a cabeça fora da janela. “Um gato asseado ou uma toupeira arrumada é que eram bons…” Daí a pouco, ouviram o novo inquilino que chegava. A Lebre Nicoleta, o Doutor Raposo e a Galinha Henriqueta esconderam-se todos no cimo das escadas para verem o novo vizinho. Quando o viram, não podiam acreditar nos seus olhos! Não era um gato asseado, nem uma toupeira arrumada, nem uma raposa, uma lebre ou uma galinha. “Meu Deus!” gemeu Henriqueta. “É… um Porco! Um Porco no nosso prédio! Isso é que de maneira nenhuma. Toda a gente sabe que os porcos são sujos, desarrumados e desleixados.” O Doutor Raposo e a Lebre Nicoleta acenaram em concordância. Mais tarde, nesse dia, o Doutor Raposo encontrou o Porco a carregar lenha. O Doutor Raposo passou por ele rapidamente sem mesmo dizer “olá!”, embora tivesse abrandado o suficiente para ver o que ele andava a fazer. E não ficou nada surpreendido ao ver o Porco deixar cair algumas achas no passeio. O Doutor Raposo foi queixar-se à Galinha Henriqueta. “Que porcaria!”, disse ele. “Aquele Porco deixou o passeio cheio de lenha.” “Meu Deus!”, disse Henriqueta. Saiu e foi ver, mas não viu lenha nenhuma. “O Doutor Raposo deve tê-la varrido”, pensou. Na verdade, fora o Porco que limpara tudo. Em seguida, foi para o seu apartamento e acendeu um belo fogo quentinho. Depois, foi a vez de a Galinha Henriqueta se cruzar com o Porco. Ele transportava dois grandes sacos de compras. Também ela não lhe disse “olá!”, mas ficou a espreitar debaixo das escadas a ver o que ele iria fazer desta vez. E não ficou nada espantada ao vê-lo deixar cair um saco de farinha ao fundo das escadas. O saco rebentou fazendo puf! E splat! A Galinha Henriqueta foi queixar-se à Lebre Nicoleta. “Que porcaria!”, disse ela. “Aquele Porco deixou a nossa entrada cheia de farinha.” “Isso é horrível!”, exclamou a Lebre Nicoleta. Saiu para ir ver, mas não viu farinha nenhuma. “A Henriqueta deve ter limpado tudo”, pensou. Contudo fora o Porco que varrera e limpara o chão. Em seguida foi para a cozinha fazer biscoitos de canela. Pouco tempo depois, a Lebre Nicoleta encontrou o Página 9 Porco. Caminhou devagarinho atrás dele para não ter de lhe dizer “olá!”, mas ficou à espera para ver o que ia acontecer. Nem acreditava nos seus olhos: o Porco estava a acartar lama para dentro do apartamento! A lama pingava no chão todo e o Porco avançava, deixando atrás de si pegadas enlameadas. A Lebre Nicoleta foi queixar-se ao Doutor Raposo e à Galinha Henriqueta. “Que porcaria!”, aquele Porco encheu a escada de lama.” “Um nojo!”, concordaram o Doutor Raposo e a Galinha Henriqueta, abanando a cabeça. Mas, quando saíram para irem ver, já não viram lama nenhuma. “Nick deve ter limpado tudo”, disseram. Mas fora o Porco que limpara três vezes a escada. E não era lama, era barro. O Porco estava a levá-la para o seu estúdio para fazer cerâmica. “Já basta”, decidiram a Galinha Henriqueta, o Doutor Raposo e a Lebre Nicoleta. “Se o Porco quer viver no nosso prédio, tem de se portar decentemente. Caso contrário, tem de ir embora!” E lá subiram eles as escadas para lhe comunicarem isso. Tocaram à porta. Ding-dong! Ding-dong! Ding-dong! “Oh… lá!”, disse o Porco. Estava espantado por receber visitas tão depressa. O Doutor Raposo, a Galinha Henriqueta e a Lebre Nicoleta iam começar a queixar-se, quando a porta se abriu para trás. O perfume da canela enchia tudo e ouviram o fogo a crepitar na sala do Porco. “Reparámos na porcaria na entrada…”, começou o Doutor Raposo a dizer. “Oh, peço imensa desculpa”, disse o Porco, “e espero ter limpado tudo perfeitamente…” O Doutor Raposo, a Galinha Henriqueta e a Lebre Nicoleta olharam uns para os outros surpreendidos. “Então não foi o senhor que varreu a lenha!, disse Henriqueta ao Doutor Raposo. “E não foi a senhora que limpou o chão!”, disse Lebre Nicoleta a Henriqueta. “E não foram as senhoras que limparam as pegadas de lama!”, disse o Doutor Raposo a Henriqueta e à Lebre Nicoleta. Abanaram todos a cabeça ao perceberem subitamente que o Porco limpara tudo pessoalmente… "O meu nome é Teodoro", disse o Porco. "Querem tomar chá comigo?" Aceitaram. O Doutor Raposo, a Galinha Henriqueta e a Lebre Nicoleta entraram na cozinha luminosa e limpa de Teodoro e ajudaram-no a preparar o chá. Não puderam deixar de admirar os potes e chávenas que ele fazia no seu estúdio. "Podíamos jogar um jogo novo que eu tenho", disse Teodoro. Quando o tirou para fora, Henriqueta teve o prazer de ver que ele fizera uma peça especial para cada um dos seus novos vizinhos. OS REBENTINHOS Centro Social Paroquial de Alfeizerão Série de Entrevistas: Centro Social Paroquial 26 Funcionários 1 - Dados em forma de apresentação que considera importantes: Olá, sou a Catarina Batista (Caty) de 36 anos, nascida na Nazaré a 8 de abril de 1978 e natural de Famalicão. Tenho uma filha de 12 anos, chamada Margarida, fruto de um casamento que durou 5 anos e trabalho como auxiliar de ação educativa. Fiz o 1º ciclo em Famalicão, frequentei a escola de S. Martinho do Porto, do 5º ao 9º ano e seguidamente conclui o 12º ano, na escola Raúl Proença em Caldas da Rainha. Em 1998, trabalhei em part-time como empregada de balcão na loja de roupa “A Cenoura”, em Caldas e em Torres Vedras, pois as duas faziam parte da mesma gerente, que por sinal é a minha madrinha de batismo. Sou filha de uns pais maravilhosos e tenho um “mano” mais novo que neste momento tem 30 anos. Gosto de ler, passear, estar com os meus amigos, porque são a minha família também e especialmente gosto de fazer o que faço. Sempre vivi em Famalicão, mas em 2011 mudei-me de malas e bagagens para Alfeizerão, onde resido com a minha filhota, que é o meu bem mais precioso. 2 - Há quantos anos trabalha nesta Instituição? Passaram 14 anos desde o primeiro dia que entrei pela porta do Centro Social Paroquial de Alfeizerão, que me acolhe até hoje, a exercer a função de auxiliar de ação educativa e onde trabalho com muito orgulho. Foi em 2000, o ano em que surgiu a oportunidade de trabalhar nesta Instituição, uma vez que já tinha passado por cá três meses para o lugar de uma funcionária que tinha saído. Iniciei o meu percurso profissional no centro, em março na sala do berçário, com uns bebés encantadores, para substituir uma colega por baixa médica. Mais tarde voltei a esta sala e permaneci durante 3 anos, após este período passei por várias valências. Neste momento estou na sala dos 3 anos, com um grupo muito querido mas também “trabalhoso” (risos). Ano III, Nº10 Sou feliz nesta Instituição e deixo um agradecimento muito grande às colegas, à Instituição e a todos os pais que nos confiam e entregam os seus “tesourinhos”. 3 - Num olhar de memória, conte-nos algum acontecimento que mais a marcou ao longo destes anos de trabalho. Muitas coisas nos marcam nesta profissão , todos os dias são uma novidade. Todas as crianças deixam as suas marcas e o meu primeiro grupo, que foi esse que me fez crescer, ainda hoje está presente no meu dia a dia. Eram crianças entre os 6 e os 10 anos (grupo de ATL, onde estive durante uns “aninhos”), todos com a sua piada, de personalidades diferentes e que me deram muito trabalho, fizeram-me rir, ralhar e também chorar. Recordo cada um deles com muita saudade e carinho. Neste momento a maior parte deles já têm 20 anos ou mais e quando nos encontramos é uma festa. Foi também nesta valência (ATL), uns anos mais tarde, que um dos meninos se magoou num lábio (ferida mesmo feia) e obrigou-me literalmente a ir com ele ao hospital, o que para mim foi “inesquecível” (risos), nem conseguia olhar para o corte que ele tinha devido aos nervos, enfim estava quase a ser eu socorrida pelos bombeiros. Pode -se dizer que me fez a praxe… foi a primeira e também a última vez , pois tenho trauma com sangue e hospitais. Descobri com este episódio que o que toca a hospitais, passo às minhas colegas com mais sangue frio. 4- Neste tempo de crise, partilhe uma mensagem de esperança: A crise económica que estamos a atravessar hoje em dia, não pode ser desculpa para desanimo e derrotismo, não pode ser desculpa para uma crise de valores… amor, compreensão, solidariedade e esperança... É esta a mensagem que deixo, há que não desanimar, há que enfrentar os problemas de cabeça erguida e com confiança nos tempos que se avizinham. Página 10 Centro Social Paroquial de Alfeizerão Passatempos: DIVERTE-TE COM OS JOGOS QUE O ATL PREPAROU PARA TI Descobre as diferenças, sabendo que são 10. Encontra a solução para a adivinha que te propomos... Qual é coisa, qual é ela que é um inseto mas não é bela! Dentro das casas posso estar mas alguns vou irritar. O que sou? Receita: Bolinhos de Coco e Cenoura confecionados pelo ATL para o lanche Ingredientes Cenoura cozida, escorrida e passada em puré: 150 g Coco ralado: 130 g Açúcar: 130 g Coco ralado e açúcar para polvilhar: q.b. estiver muito macio e difícil de amassar, acrescentar mais um pouco de coco. Fazer bolinhas e passar por coco ralado ou açúcar. Preparação Misturar todos os ingredientes de forma homogénea. Levar ao frigorífico de um dia para o outro. Se quando terminar este tempo ainda Página 11 OS REBENTINHOS Centro Social Paroquial de Alfeizerão Rua Rua da da Alegria, Alegria, nº2 nº2 2460-151 ALFEIZERÃO 2460-151 ALFEIZERÃO Tel: 262 999 341 Fax: 262 980 470 Correio electrónico: [email protected] www.centrosocialparoquialalfeizerao.com Publicação quadrimestral PREÇO: 1,00 SONHO Vitaminas Deus é como o AÇUCAR... Certo dia um sace rdote foi a uma es cola falar de Deu Quando chegou s. perguntou às cr ia nças se conhecia responderam que m Deus. Elas sim. Então ele pergun tou: Quem é Deu s? — Elas respondera m: — Deus é nosso Pai. Ele fez a terr a, o mar e tudo o fez de nós seus fi que existe. E lhos... O sacerdote reso lveu adiantar um pouco a sua perg — Como é que vó unta: s sabeis que Deu s ex is te se vós nunca O vistes A sala ficou toda ? em silêncio dura nte uns momento Pedro, um menino s. Por fim, muito tímido, leva ntou a mão e diss — A minha mãe e: disse-me que Deu s é como o açúcar ela me prepara to no leite que das as manhãs. Eu não vejo o açúcar dentro da cháven que está a de leite, mas se ela não o colocar, sem sabor. Deus o leite fica existe e está no meio de nós, só vemos. Mas, se El que nós não O e não estiver pert o, a nossa vida fi O sacerdote diss ca sem sabor. e: — Muito bem, Pe dro! Agora, sei qu e Deus é o nosso que adoça todos açúcar. É Ele os dias a nossa vi da. Alguém para amar Senhor, Quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor. Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro. Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quanto não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém. Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo. Quando sentir a necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender. Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa. Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome, no mundo de hoje. Dai-lhes, através das nossas mãos, o pão de cada dia e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria. (Madre Teresa de Calcutá)