os rebentinhos - Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Transcrição

os rebentinhos - Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Ano III, Nº10
Julho 2014
OS REBENTINHOS
Abertura
Palavras que definem uma pessoa
Como afirma o Papa Francisco, três são as
palavras que definem uma pessoa: com licença,
obrigado e perdão. Palavras todas elas importantes porque revelam o modo de ser da pessoa e desvendam a natureza do mistério do
nosso ser.
Quando somos crianças a mãe porque quer bem
ao filho pergunta sempre – que é que se diz?
Obrigado!, diz a criança sorrindo, ou noutras
circunstâncias, com licença ou ainda, - pede
perdão!
Tudo isto leva a criança a despertar para uma
atenção aos outros, e que ela não é o centro do
mundo, e que o seu pequeno umbigo se vai alargando a um horizonte mais largo em vista a um
crescimento sadio e adulto.
Pedimos licença tantas vezes e ainda bem porque encontramos outras pessoas no caminho.
Somos caminhantes e aprendizes da vida e da
relação amiga como irmãos. Transportamos
dentro de nós um ideal de caminhar para uma
meta, mas não podemos correr sozinhos como
se soubéssemos tudo. Há pausas necessárias
para a escuta de uma palavra, uma partilha de
experiências, um confronto de olhares, um
inclinar-se devagarinho para não se ser pesado
a ninguém. Às vezes é obrigatório parar para
não atropelarmos ninguém, outras vezes temos
mesmo que passar e abraçar aqueles que quase
já não querem caminhar. Respeitar os mais
velhos, ajudar alguém que está mais frágil,
enfim, tantos gestos pelos quais mostramos
que honramos as pessoas porque lhes damos o
valor que elas merecem.
Obrigado, palavra bonita que tanto gostamos
de ouvir, ou que às vezes ficamos tristes quan-
do tal não acontece. No entanto, a palavra
obrigado liga-nos aos outros porque damos e
recebemos, mas não damos para receber,
caso contrário, o nosso dar seria interesseiro
e mercantilista. O evangelho diz que depois
de termos feito algo em serviço dos outros
devemos dizer – “somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer” (S. Lucas 17,10). O
dito evangélico não pretende desvalorizar o
que se possa fazer de bem aos outros, mas
ensinar que tudo devemos fazer por amor e
na gratuidade. Se alguém reconheceu, devemos dizer, bendito seja Deus!, mas se ninguém apreciou nem reparou, digamos igualmente, bendito seja Deus!, pois tudo fica aí
em forma de fermento.
A última palavra, perdão, aprende-se aos
poucos na medida em que a vamos exercitando na vida. Na verdade só um coração que
ama é capaz de dar perdão e receber perdão. Como disse Santa Teresa, onde falta
amor, coloca amor. Não há pessoas perfeitas
ou intocáveis. Mas todos somos de barro e
vamos aprendendo com as nossas fragilidades. Neste caminho de se aceitar as próprias
limitações e de se aprender a conviver com
as próprias sombras, ficamos mais capazes
de compreender e amar os outros. Quanto
mais conhecemos uma pessoa mais a podemos
amar, pois conhecemos para amar e não para
julgar.
Educar é uma arte e um caminho longo, mas
as sementes vão sendo lançadas logo desde a
meninice, do pré-escolar ao escolar, da universidade à vida
Edição final
de ano
Inquietações 3
Reportagem
4
Noticias das
Salas
5
História
Infantil
9
Entrevista
10
Passatempos
Vitaminas
10
12
DESTAQUE:
“...isto leva a
criança a
despertar
para uma
atenção aos
outros, e que
ela não é o
centro do
mundo...”
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Até breve
Porque os amigos não dizem Adeus… estão
sempre connosco, no nosso coração, são amigos para sempre! Este é um momento especial.
É hora de olharmos para trás e ver tudo o que
conquistamos juntos. Sem dúvida, alguns obstáculos, mas felizmente, inúmeros bons
momentos, de alegrias, de vitórias e de muita
cumplicidade.
As atividades desenvolvidas, os passeios realizados, a alegria que sentimos durante as aulas
de música, brincámos muito e soubemos que
nos momentos de brincadeira, muito aprendemos… enfim…momentos inesquecíveis que nos
foram proporcionados pela nossa escola e sêlo-ão sempre, porque no Jardim de Infância, a
brincar desenvolve-se não só a capacidade de
saber fazer, mas essencialmente, as capacidades de saber ser e saber estar.
Para o final deste Ano Letivo está tudo pronto:
- As capas de trabalhos estão cheias e arrumadas prontinhas a serem vistas por toda a
família e a guardarem para sempre a lembrança deste Ano que termina;
- As Fichas de Avaliação estão prontas a
serem analisadas e assinadas pelos Pais/
Encarregados de Educação;
- Os processos individuais estão preparados
para seguirem para a nova Sala que nos vai
receber no dia 1 de Setembro;
- Para os que deixam a Creche e vão para o
Pré-Escolar, os “vai-vens” (livros de registos
diários que servem de ponte entre os Pais e a
Escola) já não levam nem trazem mais recados, ficarão lá em casa como recordação;
- Tudo pronto para receber as Famílias das
Crianças num dia mágico e inesquecível
recheado de emoções e alegria que será a
festa de Finalistas a decorrer no Sábado, 26
de Julho com um delicioso almoço convívio com
muitas iguarias;
Ano III, Nº10
- Terminada a atividade letiva deste ano
com a Reunião de Pais no dia 29 de Julho
pelas 21,00 Horas.
Custa um bocadinho deixar uma Sala onde
nos sentimos bem, com pessoas de quem
gostamos; mas é também sinal de que
estamos a crescer... Enfim, vamos “ser
grandes” e aprender coisas novas…
Durante o ano, foi muito o que marcou a
N/ vida: desde a emoção do 1º dia, ao
reencontro com os nossos amigos, até ao
momento que nos despedimos da nossa
“escolinha” e encerramos mais uma das
muitas etapas que virão.
Vamos festejar e recordar cada minuto
vivido. Abraços, beijos, palavras e muito….muito carinho e preparar as crianças
para o próximo ano escolar demonstrando
que, mesmo numa outra sala, teremos
também novos amigos, professoras, novas
emoções e muitas aprendizagens.
De todos vamos ter saudades!...
Voltaremos em breve, seja para mais um
ano, seja para mostrar a todos as nossa
realizações, as nossas conquistas, que afinal, foram iniciadas aqui.
Para todos os que nos acompanharam e
acompanham nesta viagem - às N/ Famílias que nos fazem sentir amados, aos
Colaboradores do Centro Social que diariamente, sem exceção, se preocupam que
sejamos felizes e à Comunidade que nos
faz sentir parte dela - um abracinho muito apertado e votos de umas boas férias.
Encontrar-nos-emos, de novo, dia 1 de
Setembro, para continuar a partilhar,
interagir e aprender!
Até breve!!!....
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Inquietações
...Imaginem uma “escolinha” com um ambiente tão caloroso e pacífico quando os Pais cá
deixam os filhos, quem tem vontade de chorar? Não por deixarem as crianças, mas por
não poderem ficar cá com eles...
...Imaginem uma “escolinha” onde as crianças não são despejadas à porta, mas entregues
pelos Pais de colo para colo, de beijinho para beijinho, quase sempre com manifesta alegria...
...Imaginem uma “escolinha” onde o jardim é um lugar importante, onde as árvores e a
terra são para tocar, onde o ar livre e o sol são componentes fundamentais...
...Imaginem uma “escolinha” que, além das crianças, tem também cá dentro PAIS e, uma
escola em que os outros são bem vindos a qualquer hora do dia, uma escola transparente,
aberta, contente com a participação dos PAIS...
...Imaginem uma “escolinha” com um projecto educativo sólido e transversal, em que existe um tema por ano, que atravessa todas as classes desde o Berçário até ao ATL, com
actividades adequadas para cada faixa etária...
...Imaginem uma “escolinha” em que todas as crianças são meninos da Terra, amam-na e
respeitam-na, assim como se amam e respeitam entre si...
...Imaginem uma “escolinha” quente, luminosa como um olhar materno, divertida como os
garotos que a habitam em algazarra, onde apetece sempre mais ficar do que deixar os
filhos...
...Essa “escolinha” existe. Chama-se Centro Social Paroquial de Alfeizerão e está perto
de si!!!
Estão abertas as inscrições para o próximo Ano Escolar 2014/2015. Visite-nos!
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OS REBENTINHOS
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Reportagem
SEMANA DOS AVÓS NA ESCOLINHA
Na semana de 22 a 26 de junho comemorá-
Houve histórias, canções, adivinhas, jogos,
mos pela primeira vez a “ Semana dos
danças e desenhos feitos em conjunto com
Avós”. Para não gerar muita confusão e
os avós. Numa das salas uma avó trazia uma
comemorar num ambiente mais acolhedor,
caixa e a alegria foi geral quando lá de den-
foi estipulado um dia para cada sala.
tro saiu um coelhinho. Sendo uma tarde
Os avós foram convidados a participar num
cheia de surpresas, apareceu também um
lanche convívio na respetiva sala do seu
avô com um acordeão que acompanhou e
neto. Com muito carinho e entusiasmo as
animou as canções cantadas pelos netos e
crianças foram preparando esta tarde, ela-
pelos avós.
borando uma pequena lembrança para ofe-
A comemoração da “Semana dos Avós” foi
recer aos avós, ensaiando canções e danças
uma experiência positiva e acolhida por
e ajudando a preparar o lanche. Com a che-
todos com muita alegria e dedicação. O
gada dos avós, as crianças ficaram eufóri-
nosso obrigado a todos quanto participa-
cas e a mesa do lanche mais recheada com
ram.
docinhos que os avós foram trazendo.
Depois da participação das crianças com
algumas canções e danças, os avós foram
convidados a participar também e as surpresas foram muitas.
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Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Noticias das Salas:
BERÇÁRIO 1
Os dias e os meses vão passando, está quase
a chegar o fim de mais um ano, mas claro que
estamos mais crescidinhos, já sabemos fazer
coisas que dantes não eramos capazes. Fazemos alguns recadinhos que a Andreia e a Edite nos pedem; compreendemos melhor o que é
certo / errado quando nos explicam. Às vezes
zangamo-nos a sério mas também sabemos
ser bons amiguinhos. Já compreendemos que
se temos dois brinquedos iguais temos de
partilhar com outro colega.
Apesar de gostarmos muito de estar com a
Edite, a Andreia e uns com os outros também queremos muito passar as férias com os
nossos pais.
Umas boas férias para todos e
até setembro.
Outra novidade muito importante até os coleguinhas mais preguiçosos vão falando, cada
dia vão dizendo palavras novas, estamos mesmo a ficar crescidinhos, por isso quando
começar o novo ano vamos para outra salinha.
BERÇÁRIO 2
Rap do Berçário
Nós somos tão pequeninos
e só sabemos brincar
vamos acabar o ano
todos juntos a rimar
Começamos bem o dia
Com uma bolacha p’ra comer
Brincamos, dançamos, dormimos
choramos e rimos a valer
Chega a hora do almoço
e com o sono a apertar
comemos tudo num rápido
E como estamos a crescer
e porque não pode ser só brincar
levantamos a mão aos amigos
e depois é só ouvir ralhar…
E acabamos assim
no berçário o nosso dia
somos todos uns queridos
cheios de genica e alegria…
Boas férias para todos
é o que queremos desejar
para o ano é que vai ser….
mal podemos esperar!
para nos irmos deitar…
Depois da sesta é que é…
todos bem dispostinhos
lanchamos a papinha
e recebemos miminhos
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OS REBENTINHOS
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Noticias das Salas:
SALA 2 ANOS
Os meninos da sala dos 2 anos têm uma novidade para vos contar.
Este ano já vamos à praia com os nossos amiguinhos da sala, e com a Cila e a Carla.
Gostamos muito de ir no autocarro da nossa
escola, todos sentadinhos nas cadeiras e com
cintos de segurança para não cairmos. Também
aprendemos coisas novas, como subir e descer
do autocarro, descalçar e calçar os nossos chinelos. Na praia é muito divertido, quando está
calor tomamos umas banhocas e às vezes até
damos uns mergulhos, quando está frio e não
pudemos ir à água, brincamos na areia com os
nossos brinquedos. Fazemos bolos, buracos e de
vez em quando mandamos areia para o ar, o pior
é quando acerta nos nossos amiguinhos ou na
Cila e na Carla, não entendemos porquê, mas
elas ficam zangadas.
Na praia também fazemos um lanche muito
saboroso. E assim, passamos uma manhã diferente
SALA 3ANOS
No passado dia 19 de junho decorreu o passeio
anual do pré-escolar da nossa escolinha. Como
nós já estamos na sala dos 3 anos, este ano já
pudemos, pela primeira vez, participar neste
passeio. A visita foi a uma quinta pedagógica
em Coimbra, a Quinta da Conraria, que pertence à Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra.
Fomos de autocarro, juntamente com os colegas das salas dos 4 e 5 anos, e a viagem ainda
foi um pouco longa. Mas nós fomos muito atentos a tudo o que víamos passar pela janela,
conversávamos com os colegas, foi uma grande
animação, como é sempre que andamos de
autocarro.
Quando chegámos à quinta, descobrimos uma
amiga que nos acompanhou durante todo o dia
e nos mostrou e explicou muitas coisas acerca
da quinta. O primeiro lugar onde fomos foi o
picadeiro. Esse foi o nosso local favorito!
Aprendemos muitas coisas sobre os cavalos: a
sua higiene, dentes, alimentação, ferraduras e
pudemos ajudar a escovar uma égua. Gostámos
mesmo muito! E o melhor ainda estava para vir!
De seguida fomos para o picadeiro e aí, um de
cada vez, com a ajuda de um professor, pudemos dar uma volta ao picadeiro, a cavalo.
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Foi mesmo muito divertido e portámo-nos muito bem pois os cavalinhos não gostam de barulho!
Depois fomos almoçar pois com tanta emoção e
atividade, a fominha já tinha chegado e depois
brincámos muito na relva e no parque infantil.
À tarde pudemos visitar o resto da quinta.
Vimos a sala da ordenha, onde é retirado o leite às vaquinhas, e foi-nos explicado tudo acerca disso. Também visitámos uma sala onde
estavam senhores e senhoras a fazer bonitos
tapetes de tecelagem.
Depois de caminhar um pedaço, vimos as hortas e muitos animais, desde vários tipos de
pássaros, a porcos, cães, vacas… Foi mesmo
muito giro! Estávamos mesmo muito felizes!
Depois fomos conhecer a sala do forno e lanchar para voltarmos para a nossa escolinha.
Estávamos tão cansados que dormimos todo o
caminho!
Foi um dia muito divertido e especial para nós.
Gostámos mesmo muito!
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Noticias das Salas:
SALA 4 ANOS
Entre os dias 19 e 23 de Maio, decorreu mais
uma Semana Cultural na nossa escolinha.
Foi uma semana cheia de histórias, onde cada
uma nos transmitia uma mensagem. Procurouse nos vários dias da semana, abordar através
das histórias, alguns valores importantes,
como a amizade, o respeito pelo outro, a ajuda
e o respeito pela diferença.
Nesta semana as crianças andavam bastante
entusiasmadas e felizes, pois normalmente, a
hora do conto é um momento que todos gostam e em que todos estão atentos e ansiosos
de conhecer o final da história.
A semana terminou com uma noite cultural
onde além da participação das crianças do pré
-escolar, do CATL e do 1º ciclo, participaram
também os pais com a dramatização “Os ovos
misteriosos”.
Sendo o projeto da sala dos 4 Anos “Aprender
com as Histórias”, preparamos uma pequena
dramatização. As crianças interpretaram as
personagens principais de algumas histórias
que ouviram ao longo do ano e transmitiram
a mensagem principal que aprenderam com
essas mesmas histórias.
Foi uma semana em que as crianças também
tiveram oportunidade de conviver não só
com todas as crianças da Instituição, mas
também com as crianças da Escola do 1º
Ciclo e com os idosos
do CCPJ Nazário.
SALA 5 ANOS
Olá, nós somos os meninos dos 5 anos e somos
finalistas! Para comemorar esta ocasião fizemos a letra de uma música (“A minha alegre
casinha” - Xutos e Pontapés) para recordar
para sempre os anos que por aqui passámos.
Aqui vai a letra, esperamos que gostem!
Desejamos a todos umas boas férias!
As saudades que eu vou ter
Da escola que me viu crescer
E que tão bem me conhece
Outra etapa vai começar
P´ra primária vou passar
Mas desta não se esquece
As saudades que eu vou ter
Da Márcia e da Ana
A dizer estejam calados
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Das histórias, das canções
Ficarão nos corações
Todos muito bem guardados
As saudades que eu vou ter
Dos amigos a valer
São amigos de verdade
Um beijinho vou deixar
Com vontade de ficar
Pois aperta a saudade
Lara la la la la la
Lara la la la la la la
Lara la la la la la
As saudades que vamos ter
De todos os dias vos ver
P´la aquela porta entrar
Beijos, ralhetes e abraços
Acompanhamos vossos passos
P´ra sempre vamos lembrar.
OS REBENTINHOS
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Noticias das Salas:
C.A.T.L..
As nossas férias no CATL têm sido fixes e…
quisemos partilhar convosco dois desses
dias.
No dia 17 de junho fomos á EUROLÂNDIA
que se situa em Porto de Mós. Encontramos
lá muita diversão e brincadeira. Havia insufláveis, vários escorregas (um deles ás curvas que ia parar a uma piscina de bolas),
trampolins, carrinhos, um campo de futebol,
judo, bolas saltitonas, …e tantas outras coisas.
No final e antes de lancharmos, fomos dar
uma volta de comboio...”pouca terra… uhuh!!”
No dia 25 de junho fomos “mergulhar”.
Quer dizer fomos às piscinas – TERMAS
da PIEDADE, em Alcobaça. Estava um
bonito dia de sol. Por isso brincamos muito e demos muitos mergulhos. De seguida
e porque era preciso recuperar energias,
fomos fazer um almoço piquenique, no
parque de merendas de VALADO DOS
FRADES.
As nossas férias de verão estão a ser
muito, muito divertidas...é pena estarem a
acabar e nós irmos para outra escola.
Ana Raquel e Matilde José
Centro de Convívio, no Centro Comunitário Pastoral José Nazário
TARDES DE JULHO NA PRAIA
Os utentes do Centro Comunitário Pastoral José
Nazário durante as tardes do mês de Julho aproveitaram o solinho na praia de São Martinho do
Porto.
Entre caminhadas e risadas passearam em volta
da baía.
Os utentes que não gostam de praia ou que por
outras razões não podem ir, também não deixaram
de aproveitar as manhãs de sol no nosso centro!!!
No centro comunitário pastoral,
Festejamos o verão,
Esteja bom tempo ou temporal,
Queremos é diversão!
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História
O PORCO MUDA DE CASA
Certa manhã, quando a Galinha Henriqueta estava a
estender roupa, o Doutor Raposo cumprimentou-a
com noticias excitantes: “O nosso vizinho muda hoje
para o prédio!”, disse ele.
“Valha-me Deus!”, disse Henriqueta. “Espero que
seja alguém sossegado e limpo.”
A Lebre Nicoleta pôs a cabeça fora da janela. “Um
gato asseado ou uma toupeira arrumada é que eram
bons…”
Daí a pouco, ouviram o novo inquilino que chegava. A
Lebre Nicoleta, o Doutor Raposo e a Galinha Henriqueta esconderam-se todos no cimo das escadas
para verem o novo vizinho. Quando o viram, não
podiam acreditar nos seus olhos! Não era um gato
asseado, nem uma toupeira arrumada, nem uma raposa, uma lebre ou uma galinha.
“Meu Deus!” gemeu Henriqueta. “É… um Porco! Um
Porco no nosso prédio! Isso é que de maneira nenhuma. Toda a gente sabe que os porcos são sujos,
desarrumados e desleixados.”
O Doutor Raposo e a Lebre Nicoleta acenaram em
concordância.
Mais tarde, nesse dia, o Doutor Raposo encontrou o
Porco a carregar lenha. O Doutor Raposo passou por
ele rapidamente sem mesmo dizer “olá!”, embora
tivesse abrandado o suficiente para ver o que ele
andava a fazer. E não ficou nada surpreendido ao
ver o Porco deixar cair algumas achas no passeio. O
Doutor Raposo foi queixar-se à Galinha Henriqueta.
“Que porcaria!”, disse ele. “Aquele Porco deixou o
passeio cheio de lenha.”
“Meu Deus!”, disse Henriqueta. Saiu e foi ver, mas
não viu lenha nenhuma. “O Doutor Raposo deve tê-la
varrido”, pensou.
Na verdade, fora o Porco que limpara tudo. Em
seguida, foi para o seu apartamento e acendeu um
belo fogo quentinho.
Depois, foi a vez de a Galinha Henriqueta se cruzar
com o Porco. Ele transportava dois grandes sacos de
compras. Também ela não lhe disse “olá!”, mas ficou
a espreitar debaixo das escadas a ver o que ele iria
fazer desta vez. E não ficou nada espantada ao vê-lo
deixar cair um saco de farinha ao fundo das escadas. O saco rebentou fazendo puf! E splat!
A Galinha Henriqueta foi queixar-se à Lebre Nicoleta. “Que porcaria!”, disse ela. “Aquele Porco deixou a
nossa entrada cheia de farinha.”
“Isso é horrível!”, exclamou a Lebre Nicoleta. Saiu
para ir ver, mas não viu farinha nenhuma. “A Henriqueta deve ter limpado tudo”, pensou.
Contudo fora o Porco que varrera e limpara o chão.
Em seguida foi para a cozinha fazer biscoitos de
canela.
Pouco tempo depois, a Lebre Nicoleta encontrou o
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Porco. Caminhou devagarinho atrás dele para não ter
de lhe dizer “olá!”, mas ficou à espera para ver o que
ia acontecer. Nem acreditava nos seus olhos: o Porco
estava a acartar lama para dentro do apartamento! A
lama pingava no chão todo e o Porco avançava, deixando atrás de si pegadas enlameadas.
A Lebre Nicoleta foi queixar-se ao Doutor Raposo e
à Galinha Henriqueta. “Que porcaria!”, aquele Porco
encheu a escada de lama.”
“Um nojo!”, concordaram o Doutor Raposo e a Galinha
Henriqueta, abanando a cabeça. Mas, quando saíram
para irem ver, já não viram lama nenhuma.
“Nick deve ter limpado tudo”, disseram.
Mas fora o Porco que limpara três vezes a escada. E
não era lama, era barro. O Porco estava a levá-la
para o seu estúdio para fazer cerâmica.
“Já basta”, decidiram a Galinha Henriqueta, o Doutor
Raposo e a Lebre Nicoleta. “Se o Porco quer viver no
nosso prédio, tem de se portar decentemente. Caso
contrário, tem de ir embora!”
E lá subiram eles as escadas para lhe comunicarem
isso.
Tocaram à porta. Ding-dong! Ding-dong! Ding-dong!
“Oh… lá!”, disse o Porco. Estava espantado por receber visitas tão depressa.
O Doutor Raposo, a Galinha Henriqueta e a Lebre
Nicoleta iam começar a queixar-se, quando a porta
se abriu para trás. O perfume da canela enchia tudo
e ouviram o fogo a crepitar na sala do Porco.
“Reparámos na porcaria na entrada…”, começou o
Doutor Raposo a dizer.
“Oh, peço imensa desculpa”, disse o Porco, “e espero
ter limpado tudo perfeitamente…”
O Doutor Raposo, a Galinha Henriqueta e a Lebre
Nicoleta olharam uns para os outros surpreendidos.
“Então não foi o senhor que varreu a lenha!, disse
Henriqueta ao Doutor Raposo.
“E não foi a senhora que limpou o chão!”, disse Lebre
Nicoleta a Henriqueta.
“E não foram as senhoras que limparam as pegadas
de lama!”, disse o Doutor Raposo a Henriqueta e à
Lebre Nicoleta.
Abanaram todos a cabeça ao perceberem subitamente que o Porco limpara tudo pessoalmente…
"O meu nome é Teodoro", disse o Porco. "Querem
tomar chá comigo?"
Aceitaram. O Doutor Raposo, a Galinha Henriqueta e
a Lebre Nicoleta entraram na cozinha luminosa e limpa de Teodoro e ajudaram-no a preparar o chá. Não
puderam deixar de admirar os potes e chávenas que
ele fazia no seu estúdio.
"Podíamos jogar um jogo novo que eu tenho", disse
Teodoro. Quando o tirou para fora, Henriqueta teve
o prazer de ver que ele fizera uma peça especial
para cada um dos seus novos vizinhos.
OS REBENTINHOS
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Série de Entrevistas:
Centro Social Paroquial
26 Funcionários
1 - Dados em forma de apresentação
que considera importantes:
Olá, sou a Catarina Batista (Caty) de 36
anos, nascida na Nazaré a 8 de abril de
1978 e natural de Famalicão. Tenho uma
filha de 12 anos, chamada Margarida,
fruto de um casamento que durou 5 anos e trabalho
como auxiliar de ação educativa.
Fiz o 1º ciclo em Famalicão, frequentei a escola de
S. Martinho do Porto, do 5º ao 9º ano e seguidamente conclui o 12º ano, na escola Raúl Proença em Caldas da Rainha.
Em 1998, trabalhei em part-time como empregada
de balcão na loja de roupa “A Cenoura”, em Caldas e
em Torres Vedras, pois as duas faziam parte da
mesma gerente, que por sinal é a minha madrinha de
batismo.
Sou filha de uns pais maravilhosos e tenho um
“mano” mais novo que neste momento tem 30 anos.
Gosto de ler, passear, estar com os meus amigos,
porque são a minha família também e especialmente
gosto de fazer o que faço.
Sempre vivi em Famalicão, mas em 2011 mudei-me
de malas e bagagens para Alfeizerão, onde resido
com a minha filhota, que é o meu bem mais precioso.
2 - Há quantos anos trabalha nesta Instituição?
Passaram 14 anos desde o primeiro dia que entrei
pela porta do Centro Social Paroquial de Alfeizerão,
que me acolhe até hoje, a exercer a função de auxiliar de ação educativa e onde trabalho com muito
orgulho.
Foi em 2000, o ano em que surgiu a oportunidade de
trabalhar nesta Instituição, uma vez que já tinha
passado por cá três meses para o lugar de uma funcionária que tinha saído.
Iniciei o meu percurso profissional no centro, em
março na sala do berçário, com uns bebés encantadores, para substituir uma colega por baixa médica.
Mais tarde voltei a esta sala e permaneci durante 3
anos, após este período passei por várias valências.
Neste momento estou na sala dos 3 anos, com um
grupo
muito
querido
mas
também
“trabalhoso” (risos).
Ano III, Nº10
Sou feliz nesta Instituição e deixo um agradecimento muito grande às colegas, à Instituição e a
todos os pais que nos confiam e entregam os seus
“tesourinhos”.
3 - Num olhar de memória, conte-nos algum
acontecimento que mais a marcou ao longo destes
anos de trabalho.
Muitas coisas nos marcam nesta profissão , todos
os dias são uma novidade.
Todas as crianças deixam as suas marcas e o meu
primeiro grupo, que foi esse que me fez crescer,
ainda hoje está presente no meu dia a dia. Eram
crianças entre os 6 e os 10 anos (grupo de ATL,
onde estive durante uns “aninhos”), todos com a
sua piada, de personalidades diferentes e que me
deram muito trabalho, fizeram-me rir, ralhar e
também chorar.
Recordo cada um deles com muita saudade e carinho. Neste momento a maior parte deles já têm
20 anos ou mais e quando nos encontramos é uma
festa.
Foi também nesta valência (ATL), uns anos mais
tarde, que um dos meninos se magoou num lábio
(ferida mesmo feia) e obrigou-me literalmente a
ir com ele ao hospital, o que para mim foi
“inesquecível” (risos), nem conseguia olhar para o
corte que ele tinha devido aos nervos, enfim estava quase a ser eu socorrida pelos bombeiros. Pode
-se dizer que me fez a praxe… foi a primeira e
também a última vez , pois tenho trauma com sangue e hospitais. Descobri com este episódio que o
que toca a hospitais, passo às minhas colegas com
mais sangue frio.
4- Neste tempo de crise, partilhe uma mensagem
de esperança:
A crise económica que estamos a atravessar hoje
em dia, não pode ser desculpa para desanimo e
derrotismo, não pode ser desculpa para uma crise
de valores… amor, compreensão, solidariedade e
esperança...
É esta a mensagem que deixo, há que não desanimar, há que enfrentar os problemas de cabeça
erguida e com confiança nos tempos que se avizinham.
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Passatempos:
DIVERTE-TE COM OS JOGOS QUE O ATL PREPAROU PARA TI
Descobre as
diferenças,
sabendo que
são 10.
Encontra a solução
para a adivinha que
te propomos...
Qual é coisa, qual é ela
que é um inseto mas não é bela!
Dentro das casas posso estar
mas alguns vou irritar. O que sou?
Receita:
Bolinhos de Coco e Cenoura confecionados pelo ATL para o lanche
Ingredientes
Cenoura cozida, escorrida e passada
em puré: 150 g
Coco ralado: 130 g
Açúcar: 130 g
Coco ralado e açúcar para polvilhar:
q.b.
estiver muito macio e difícil de amassar,
acrescentar mais um pouco de coco.
Fazer bolinhas e passar por coco ralado ou
açúcar.
Preparação
Misturar todos os ingredientes de forma
homogénea.
Levar ao frigorífico de um dia para o outro.
Se quando terminar este tempo ainda
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OS REBENTINHOS
Centro Social
Paroquial de
Alfeizerão
Rua
Rua da
da Alegria,
Alegria, nº2
nº2
2460-151
ALFEIZERÃO
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Publicação quadrimestral
PREÇO:
1,00 SONHO
Vitaminas
Deus é como o AÇUCAR...
Certo dia um sace
rdote foi a uma es
cola falar de Deu
Quando chegou
s.
perguntou às cr
ia
nças se conhecia
responderam que
m Deus. Elas
sim.
Então ele pergun
tou: Quem é Deu
s?
— Elas respondera
m:
— Deus é nosso
Pai. Ele fez a terr
a, o mar e tudo o
fez de nós seus fi
que existe. E
lhos...
O sacerdote reso
lveu adiantar um
pouco a sua perg
— Como é que vó
unta:
s sabeis que Deu
s
ex
is
te
se
vós nunca O vistes
A sala ficou toda
?
em silêncio dura
nte uns momento
Pedro, um menino
s.
Por fim,
muito tímido, leva
ntou a mão e diss
— A minha mãe
e:
disse-me que Deu
s é como o açúcar
ela me prepara to
no leite que
das as manhãs. Eu
não vejo o açúcar
dentro da cháven
que está
a de leite, mas se
ela não o colocar,
sem sabor. Deus
o leite fica
existe e está no
meio de nós, só
vemos. Mas, se El
que nós não O
e não estiver pert
o, a nossa vida fi
O sacerdote diss
ca sem sabor.
e:
— Muito bem, Pe
dro! Agora, sei qu
e Deus é o nosso
que adoça todos
açúcar. É Ele
os dias a nossa vi
da.
Alguém para amar
Senhor, Quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quanto não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir a necessidade da compreensão dos outros,
dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim,
dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos
que vivem e morrem pobres e com fome, no mundo de hoje.
Dai-lhes, através das nossas mãos, o pão de cada dia
e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
(Madre Teresa de Calcutá)

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