14 nOvIçOs fazEm a PRImEIRa PROfIssãO 18 nOvIçOs sãO

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14 nOvIçOs fazEm a PRImEIRa PROfIssãO 18 nOvIçOs sãO
| FEVEREIRO - 2015 | ANO LXII • No 02 |
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
RODEIO
14 noviços fazem a Primeira Profissão
18 noviços são admitidos em 2015
Sumário
Mensagem do Ministro Provincial
“Um novo ano provincial”........................................................................................................................................................ 67
FORMAÇÃO PERMANENTE
Carta do Ministro Geral por ocasião do Ano da Vida Consagrada........................................................... 70
“A comunicação nossa de cada dia”, de Frei Gustavo Medella.................................................................... 72
Encontro dos Irmãos Leigos da Província................................................................................................................... 75
FORMAÇÃO E ESTUDOS
Ordenação presbiteral de Frei Antenor Militão: um missionário para Angola............................... 76
Primeira Profissão em Rodeio............................................................................................................................................... 82
Dezoito noviços admitidos em Rodeio......................................................................................................................... 88
Postulantado de Kibala: 13 jovens admitidos.......................................................................................................... 91
Postulantado de Guaratinguetá: 14 jovens admitidos...................................................................................... 92
“Ser Padre”, de Frei Neylor Tonin.......................................................................................................................................... 95
SAV
FRATERNIDADES
Festa da juventude franciscana em Concórdia....................................................................................................... 96
Balneário Camboriú: jovens caminham pela paz..............................................................................................101
Jubileus de Frei Carlos e Frei Benjamim....................................................................................................................102
Frei Jacir celebra jubileu em Forquilhinha...............................................................................................................104
“Quando as máquinas param...”. Frei Antônio Moser escreve sobre seu acidente...................105
O Frei do “Stand up paddle”................................................................................................................................................106
Frei Walter Hugo recebe título de Cidadão Agudense.................................................................................106
Convento da Penha: reformas na secretaria para acolher melhor.......................................................107
Exposição Franciscana de Presépios: celebração dos 25 anos...............................................................108
Santuário do Valongo: 375 anos.....................................................................................................................................110
Bispos se encontram em Xaxim.....................................................................................................................................111
Novo livro de Frei Arcângelo Buzzi...............................................................................................................................111
EVANGELIZAÇÃO
Sefras: Temas da atualidade são abordados em semana de formação...........................................112
USF realiza gincana solidária e arrecada 8 toneladas em doações.....................................................113
Notícias do Colégio Bom Jesus.......................................................................................................................................114
Angola: Entrevista com Frei José Antônio dos Santos..................................................................................116
Cronologia da Missão de Angola...................................................................................................................................120
Pelo sétimo ano consecutivo, FAE é a melhor de Curitiba.........................................................................121
FFB
Rodeio: 100 anos de fundação das Catequistas Franciscanas................................................................122
Falece Frei José Carlos Pedroso.......................................................................................................................................126
AGENDA .....................................................................................................................................................................................128
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP
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Mensagem
um novo ano
provincial
Caríssimos confrades,
Paz e Bem!
assadas as festas natalinas e as
alegrias da virada de mais um
ano, e para muitos também
tempo de um merecido descanso, chegou a hora de retomarmos as nossas
atividades e continuarmos o trabalho
da nossa santificação no projeto fraterno de vida e missão de cada fraternidade.
Este ano, apenas iniciado, promete
e exige muito de todos nós! Ele solicita
a nossa dedicação diária e permanente para continuarmos a responder ao
chamado divino na nossa profissão
religiosa franciscana; chama a nossa
atenção para as grandes convocações
da Igreja, da Ordem e da Província
(ano da Vida Consagrada, ano do Capítulo Geral e ano de preparação para
o Capítulo Provincial); e exige a nossa
pronta obediência para darmos nossa
valiosa contribuição, pessoal e fraterna, a tudo o que nos for solicitado em
vista do crescimento e fortalecimento
da qualidade da nossa vida evangélica
e a consequente corresponsabilidade
na missão evangelizadora.
Se este ano promete muito, é porque o iniciamos muito bem! Destaco
aqui a belíssima celebração de admissão à Profissão Temporária dos 14 noviços no último dia 05 de janeiro, em
Rodeio. Os frades professandos, com
voz forte e decidida, proclamaram o
“aqui estou” para seguir mais de perto o Evangelho e os passos de Nosso
Senhor Jesus Cristo nesta nossa Fraternidade. Da mesma forma, também
destaco a alegria que o Senhor nos
proporcionou na manhã do último
dia 15 de janeiro, novamente em Rodeio, na leveza e na simplicidade da
celebração da admissão dos 18 postulantes ao noviciado.
A mesma esperança e alegria se
reacende em todos nós na admissão
dos nossos vocacionados aos Postulantados: 16 em Quibala e 14 em
Guaratinguetá! O Papa Francisco,
contudo, na ‘Carta Apostólica às Pes-
soas Consagradas, na proclamação
do Ano da Vida Consagrada’, nos recorda que “abraçar com esperança o
futuro” (3º objetivo deste Ano da Vida
Consagrada) “não se funda sobre números ou obras, mas sobre Aquele
em quem pusemos a nossa confiança
e para ‘quem nada é impossível’. Esta
é a esperança que não desilude e que
permitirá à vida consagrada continuar
a escrever uma grande história no fu| Comunicações | Fevereiro 2015 |
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Mensagem
turo, para o qual se deve voltar o nosso
olhar, cientes de que é para ele que nos
impele o Espírito Santo a fim de continuar a fazer, conosco, grandes coisas”.
Nesse sentido, mais uma vez alerto a
nossa Fraternidade Provincial a revigorarmos em nós mesmos a alma
(o ânimo) da nossa própria vocação
franciscana, sendo irmãos e fraternidades de real anúncio do Evangelho,
de acolhimento e acompanhamento
dos nossos jovens.
Expresso aqui a minha gratidão a
todos os Confrades que exercem este
ministério tão sagrado, seja os que
estão no Serviço da Animação Vocacional (SAV, PVF e FAVs), como
os irmãos que estão no permanente
serviço da evangelização em todas as
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nossas casas de formação e de estudos.
Coragem, irmãos! Coragem formandos e formadores! Todos nós sonhamos e desejamos corresponder, como
Frades Menores, às grandes expectativas do Papa Francisco para a Vida
Consagrada: a alegria, o profetismo,
a comunhão, a ousadia de sairmos da
nossa autorreferencialidade e, finalmente, a resposta “sobre o que pedem
Deus e a humanidade de hoje”, a partir
do nosso Carisma: Irmãos e Menores
em nosso tempo!
Se começamos bem este ano, com
o vigor dos nossos jovens que pediram para compartilhar e condividir
conosco a forma de vida evangélica a
nós confiada por Francisco de Assis
(vocação e missão evangelizadora!),
no mesmo vigor e rigor convoco toda
a Fraternidade Provincial para alguns
acontecimentos e atividades de vital
importância neste ano de 2015:
Animação Vocacional e Pastoral
de Juventude: Nosso Plano de Evangelização, quando pede que devemos
“revigorar a animação vocacional”,
também apresenta como estratégia
“o investimento no trabalho com a
juventude”. Passos concretos foram
dados pelo SAV e PVF nas Missões
dos Jovens (Ituporanga e Concórdia)
e nas Caminhadas Franciscanas da Juventude (Guaratinguetá, Santo Amaro
da Imperatriz e Angelina). Creio que
podemos dar mais e investir com mais
ousadia nos nossos jovens em todas as
nossas Frentes de Evangelização (foto
Mensagem
acima, a Caminhada de Concórdia).
Ano da Vida Consagrada: Convido cada Irmão e cada Fraternidade
a ter presente a Carta Apostólica do
Papa Francisco às pessoas consagradas para a proclamação do ano da
Vida Consagrada. Excelente temário
para os nossos retiros, encontros formativos, revisão do projeto fraterno
de vida e missão das fraternidades e
redimensionamento do nosso ser-consagrado na missão evangelizadora da Igreja.
Capítulo Geral da Ordem dos
Frade Menores: Acontecerá de 10
de maio a 07 de junho, em Assis. Em
breve enviaremos a todos os irmãos
e fraternidades o ‘Instrumento de
Trabalho’ do Capítulo Geral, cen-
trado em dois grandes temas: Viver
como Irmãos e Viver como Menores.
Secretariado da Evangelização:
Que todos nos unamos ao Secretário e
aos Coordenadores das cinco Frentes
de Evangelização (Missão, Paróquias/
Santuários, Comunicação, Educação
e Solidariedade). Sonhamos trabalhar
com eficácia, num mutirão fraterno, a
fim de darmos reais motivações evangélicas que justificam a nossa presença
nesta ou naquela frente de evangelização, uma vez que ali devemos estar
como Irmãos e Menores (tema do
Capítulo Geral), homens apaixonados
pelo Evangelho e pela causa do Reino
de Deus. Desse trabalho deverá nascer
o Plano de Evangelização da Província
a ser aprovado no próximo Capítulo
Provincial!
Reunião de guardiães, coordenadores e párocos (Rondinha – 27 a
30 de abril): Além de ser a Assembleia
anual e estatutária da Província, nesta
reunião desejamos conversar mais seriamente sobre a nossa frente de Evangelização nas Paróquias. Um número
significativo de confrades atuam nessa
frente de evangelização. E nos perguntamos: como aí estamos enquanto frades e menores?
Visitação Canônica: Passado o
Capítulo Geral, no segundo semestre
deste ano teremos a graça e a bênção da
visitação canônica. A agenda da visitação já foi divulgada. Esta visita canônica requer desde já a nossa preparação.
Peço encarecidamente que todas as
fraternidades, preferencialmente no
primeiro Capítulo Local deste ano, revisem e atualizem o Projeto Fraterno
de Vida e Missão da Fraternidade e,
por favor, enviem uma cópia à secretaria da Província (via e-mail). Peço
ainda que deixem atualizado o Livro
das Crônicas da Fraternidade, o Livro
‘Termo da Visita Canônica’, livro da
celebração de missas.
Os 25 anos de presença em Angola: A Fundação Imaculada Mãe
de Deus de Angola também merece
uma atenção particular neste ano de
2015! Queremos olhar com gratidão
os 25 anos de presença, celebrar com
paixão o momento presente e abraçar
com muita fé e esperança o futuro da
Missão. Esta ação de graças exigirá
de todos nós reflexão, discernimento,
partilha e, principalmente, a paixão
missionária tão própria do nosso carisma franciscano.
Preparação do Capítulo Provincial (Janeiro de 2016): Convido cada
confrade a dispor-se com generosidade aos trabalhos específicos que a
comissão preparatória certamente irá
encaminhar a todos, seja em nível pessoal, de fraternidade e de regional.
Enfim, convido os irmãos guardiães e coordenadores das fraternidades a manter num lugar visível da
casa/convento, a agenda da fraternidade provincial. Que as reuniões e os encontros formativos da Província sejam
priorizados e, por favor, não nos esqueçamos de acrescentar nesta agenda
o dever PRIORITÁRIO: as datas dos
Capítulos Locais da Fraternidade!
Obrigado a todos! Vamos recomeçar, meus irmãos! Recomeçar com o
Evangelho, recomeçar de coração, recomeçar com perdão, recomeçar com
entusiasmo, recomeçar com alegria,
recomeçar na vontade de crescer, recomeçar no cuidado fraterno, recomeçar
na transparência da pobreza, castidade e obediência, recomeçar no desejo
de santificação e recomeçar com um
ardente amor e paixão pela evangelização. Que o nosso recomeçar esteja
sintonizado por este encorajamento
do Papa Francisco: “Prossigamos, retomando sempre o nosso caminho
com confiança no Senhor”.
E que o Senhor nos abençoe e nos
guarde!
Fraternalmente,
Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM
Ministro Provincial
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Formação Permanente
Caríssimos confrades,
O Senhor vos dê a Sua paz!
próximo ano, 2015, como
notório, será para a Igreja
um Ano dedicado à Vida
Consagrada.
A fim de responder às expectativas do Santo Padre Francisco, esse
ano desdobrar-se-á segundo um Itinerário, cujo início será no dia 29 de
novembro próximo e concluir-se-á
no dia 02 de fevereiro de 2016.
Como Frades Menores, acolhamos com alegria o convite do “Senhor Papa” e seu desejo de que a
celebração da vida consagrada se
transforme em renovado testemunho de vida evangélica para cada
um.
Ao rendermos graças e louvores
ao Senhor pelo dom de nossa vocação e consagração, manifestemos
novamente o desejo e o propósito de interiorizar profundamente nossa identidade franciscana e
vivê-la com sinceridade e alegria,
tal como a Regra e as Constituições
Gerais a propuseram a cada um de
nós, ao abraçá-la por meio da profissão religiosa.
Acolhamos, por isso, com especial gratidão e deixemo-nos interpelar e estimular pelo testemunho do Santo Padre, que a partir
da escolha do nome programático
Francisco, propõe à Igreja um estilo de vida e mensagens, próprias de
nosso Seráfico Pai, a saber, a referência constante ao Evangelho – ou
melhor, à “alegria do Evangelho”,
que constitui a beleza intrínseca
da vida consagrada – a proximidade, especialmente, aos pobres e
excluídos, a misericórdia, a reconciliação, a fraternidade, a essencialidade, a simplicidade e o empenho
pela paz e pelo cuidado da criação.
Esses e outros são aspetos que nós
- como já vos escrevi em sintonia
com os confrades do Definitório
Geral, por ocasião da Solenidade
de S. Francisco de Assis deste ano devemos, acima de tudo, «seguir o
ensinamento e as pegadas de nosso
Senhor Jesus Cristo» (Rnb 1,1) viver e, depois, mostrar à Igreja e ao
mundo.
O Papa Francisco, com a indicação do Ano da Vida Consagrada
nos convida, mais uma vez e de
maneira mais forte, a novamente
consultarmos o núcleo mais profundo de nossa vida, exortandonos àquela santa “inquietude do
coração”, pois só essa pode levar-nos a um renovado encontro pessoal com o Senhor Jesus.
Queremos acolher a reflexão, o
confronto, a experiência eclesial e
a oração a respeito da Vida Consagrada, a fim de alimentar e enriquecer o caminho de preparação ao
próximo Capítulo Geral que, como
sabeis, terá como tema de fundo a
vocação fundamental que o Pai S.
Francisco nos deixou através do
nome que nos deu, Frades Menores, ou seja, o convite de viver de
maneira autêntica a Fraternidade
e a Minoridade em nosso tempo, a
fim de sermos verdadeiros irmãos
e menores entre a gente e entre os
povos de nossa humanidade, hoje.
Há uma surpreendente convergência entre os temas centrais do Ano
da Vida Consagrada e os que propusemos à nossa reflexão nos Lineamenta em preparação ao Capítulo
Geral-2015 da Ordem dos Frades
Menores.
«Seguir o ensinamento e as pegadas de nosso Senhor Jesus Cristo» (Rnb 1,1). Essa é nossa Regra e
nossa vida! A vida consagrada, de
fato, é a «memória viva do modo
de existir e agir de Jesus como Verbo encarnado diante do Pai e dos
irmãos» (VC 22).
Assim Francisco de Assis tor-
nou-se “alter Christus”! «O Seráfico Pai S. Francisco foi total transparência do Evangelho e viveu o
primado de Deus e o primado da
vida com o coração, a mente e o
corpo voltados essencialmente ao
Evangelho: por isso é considerado
o Pobrezinho de Assis e o Irmão
de todos. Se também nós, hoje,
quisermos ser verdadeiros irmãos
e autênticos menores, somos chamados a passar da aparência e da
eficiência à pura e simples transparência evangélica» (Carta pela
Solenidade de S. Francisco de Assis
- 2014).
Irmãos caríssimos, acolhamos
com coração grato e disponível
este Ano da Vida Consagrada, desejado pelo Papa Francisco para
toda a Igreja. Unamo-nos de boa
vontade às celebrações e a todas as
iniciativas que serão tomadas em
tal sentido em nossas comunidades locais, a fim de que tal evento
da graça seja também expressão
de comunhão eclesial. Vivamos na
assídua e confiante oração o presente tempo de preparação ao Capítulo Geral, servindo ao Senhor
em pobreza e humildade (cf. Rb
6, 1-3) e implorando sem cessar a
graça de seguir fielmente as pegadas de seu Filho dileto e de querer
sempre aquilo que Lhe agrada (cf.
Ord 7, 50-51).
Amados irmãos, «prometemos
grandes coisas, maiores nos são
prometidas; observemos aquelas
e aspiremos por essas» (2Cel 144,
191), e restituamos tudo ao Senhor,
do qual vem todo o bem (cf. Rnb,
17, 17).
No Pai S. Francisco, a todos vós
o abraço e a bênção.
Roma, 29 de novembro de 2014
Festa de Todos os Santos
da Ordem Franciscana
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Formação Permanente
A COMUNICAÇÃO NOSSA DE CADA DIA
Frei Gustavo Wayand Medella
onsiderar a Comunicação
como elemento transversal da
Vocação Evangélica e Missão
Evangelizadora que abraçamos tem
seus benefícios e seus riscos. Como
este é um texto que pretende motivar
nossa Fraternidade Provincial a abraçar de maneira cada vez mais efetiva
e apaixonada a Evangelização da Comunicação, falemos rapidamente dos
riscos para depois nos determos com
mais atenção e interesse nas potencialidades desta forma de compreensão.
Três possíveis riscos
de uma visão transversal
1) A generalização que desmobiliza
– Se tudo o que se empreende no
esforço evangelizador diz da co-
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municação (tudo é comunicação!),
o tema acaba se pulverizando em
meio às muitas preocupações e demandas que fazem parte da rotina
da Evangelização. Por isso, em qualquer frente evangelizadora onde
atuarmos, um olhar interessado
e comprometido sobre o tema da
comunicação e as práticas próprias
a este universo vão conferir maior
qualidade, credibilidade e abrangência a nosso serviço evangelizador.
Preocupar-se com uma comunicação efetiva é compromisso de todo
aquele que pretende ser um seguidor
de Cristo e um servo do Evangelho.
2) A delegação a terceiros que descompromete – Esta atitude faz
lembrar a sina do cachorro de
muitos donos que acaba morrendo de inanição, pois cada um fica
esperando que o outro alimente
o bichinho. “Comunicação?! Ah,
isso não toca nossa vida aqui na
Paróquia!”, “Eu não tenho nada
a ver com esta história de comunicação, pois meu trabalho é na
Formação!”, “Já existe uma equipe
responsável para trabalhar nesta área! Isto é serviço deles!”, são
expressões ouvidas com certa frequência e que denotam uma visão
muito restrita que acaba privando
o evangelizador de contemplar
um horizonte mais amplo, de fazer
chegar mais longe e com maior intensidade a mensagem de justiça,
amor e paz proposta pelo próprio
Deus encarnado. Comunicação é
tarefa de todos nós.
3) A falta de comunhão que desorganiza – Este risco nasce do
Formação Permanente
próprio significado do termo comunicação, que traz em si uma
multiplicidade de significados. E
quando nos fechamos no casulo de
nossa própria compreensão, temos
a dificuldade de vislumbrar um
horizonte comum, na direção do
qual poderíamos caminhar juntos,
somando forças, aliando talentos e
desbravando novas trilhas. Quanto
mais organizada for a nossa comunicação, tanto mais longe teremos
condições de chegar juntos.
Seis potencialidades
desta compreensão
1) A consciência que aproxima – Somos seres de comunicação. Fomos
formados para o encontro, a relação. Desta forma, ter a consciência
de que a comunicação faz parte de
nossa vida, e investir em uma prática comunicativa de qualidade,
nos tornam pessoas mais realizadas e plenas. O pedido expresso na
oração atribuída a São Francisco,
“Senhor, fazei que eu procure mais
compreender que ser compreendido”, parece indicar a direção a ser
buscada por quem deseja comu-
nicar-se bem: desarmar-se de preconceitos e ir ao encontro do outro, oferecendo o próprio coração
manso e compreensivo.
2) A comunhão que compromete –
A compreensão da comunicação
em sua transversalidade não diminui a força e a importância dos trabalhos específicos que, enquanto
Província, realizamos na área. Um
olhar carinhoso, comprometido e
interessado se faz urgente de nossa
parte para as realidades sob nossos cuidados, a saber, as Comunicações, o portal franciscanos.org.
br, as Fundações Celinauta (Pato
Branco, PR) e Frei Rogério (Curitibanos, SC) a Editora Vozes, o Programa de Rádio Sala Franciscana,
a WebTV Franciscanos. Todas são
expressões específicas da comunicação enquanto área do fazer e do
saber e, para levá-las à frente com
bom êxito, não podemos abrir mão
de uma parceria cada vez mais sólida e próxima com os leigos e, de
nosso lado, também um sério e interessado processo de preparação
e aprimoramento profissional. Os
frades que se dedicam ao cuidado e
à condução destes veículos não são
seus proprietários, mas, em nome
da fraternidade, exercem a função
de cultivar e produzir bons frutos
na seara da comunicação.
3) A compreensão que abre novos caminhos – Historicamente, a Ordem
Franciscana se destacou por conseguir encontrar caminhos alternativos quando os velhos métodos
evangelizadores pareciam enfraquecer ou fracassar. No contexto atual,
é quase consenso que a revolução
que se espera em relação à vida e à
missão da Igreja passa pelo viés da
comunicação, especialmente no que
diz respeito aos avanços tecnológicos, que têm diminuído distâncias,
quebrado fronteiras, invertido a
ordem social e operado uma verdadeira reviravolta no seio da humanidade. Mais do que buscar o
domínio operacional de cada nova
tecnologia que surge, nosso grande
desafio é compreender e interagir
com as mudanças que este novo
cenário opera no coração humano,
nos sonhos e projetos das pessoas,
que continuam em busca de afeto,
comunhão, compreensão, em busca
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Formação Permanente
de um sentido para a própria vida.
Como partilharmos nossas escolhas e convicções e torná-las atraentes a nossos contemporâneos?
4) A profissionalização que qualifica – Não se espera que cada frade
seja um perito em comunicação,
um especialista em produzir textos,
programas, sites e outros produtos
do ramo. No entanto, é nossa tarefa
irrenunciável buscar todos os meios
disponíveis para sermos excelentes
comunicadores do Evangelho, compreendendo o ambiente cultural do
qual somos parte, falando e escrevendo com qualidade, expressando-nos com clareza e profundidade,
primando por uma comunicação
que perpasse o
testemunho e a
expressão da fé
nas mais variadas linguagens. Outra
ação necessária
é a de buscarmos a assessoria e o contato com profissionais
da área, que podem nos ajudar em
temas que fogem à nossa área de
conhecimento e atuação. Quando
falamos em comunicação na Igreja,
a boa vontade é elemento fundamental, mas somente ela não basta.
Precisamos de profissionalização.
5) A partilha que fortalece – Uma das
palavras de ordem da comunicação
em nosso tempo é Compartilhar. O
conceito está presente de maneira
cotidiana nas redes sociais e demais
ambientes da internet. Compartilhar é a lógica de Jesus Cristo, o Filho
de Deus que se entrega no mistério
da Eucaristia, da Cruz, das curas e
milagres, do envio em missão. Em
nossos trabalhos específicos e diários, em tudo o que fizermos, procuremos manter de antemão este espírito de partilha e cooperação. “Será
que este trabalho de divulgação
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das virtudes franciscanas não renderia uma boa série de TV?”, “Que
tal partilharmos este texto sobre a
semana santa publicado em nosso
site com os catequistas e lideranças
de nossa paróquia?”, “Por que não
divulgarmos em nossos colégios e
universidades a matéria produzida
crescer. Diversos passos práticos já
foram dados nesta direção, como
os dois encontros provinciais da
Frente da Comunicação, as reuniões mensais que deram origem a
diferentes ações de mútua ajuda,
a videoconferência para pensar e
planejar o ano de 2015 no que diz
com o Frei de 78 anos que pratica
stand up nas praias do Espírito Santo?” e muitas outras são perguntas
que devem povoar a rotina de nossa comunicação. Quando partilhamos, nos tornamos mais fortes.
6) A prática que constrói – A missão encanta a vida! À medida que
as ideias até aqui expostas forem
tomando corpo em ações práticas,
nosso entusiasmo pelo fecundo
campo da comunicação tende a
respeito à comunicação, o reconhecimento da CNBB, concedendo o
Prêmio Microfone de Prata ao programa de rádio Sala Franciscana,
entre outros. Muito ainda temos
por fazer. A certeza maior é que um
grande horizonte de esperança se
abre à nossa frente. Caminhemos,
sem medo, para construirmos juntos uma comunicação que produza
cada vez mais profundos laços de
comunhão.
Formação Permanente
convite
Encontro dos Irmãos Leigos da Província
Caro confrade,
Paz e Bem!
Igreja cresce através do testemunho, não do proselitismo.
O testemunho que pode, realmente, atrair é aquele associado a
atitudes não habituais: generosidade,
desapego, sacrifício, esquecimento de
si próprio no intuito de ajudar os outros. Eis o testemunho, o “martírio”
da Vida Religiosa. Para as pessoas
isso “soa como um alerta”. Os religiosos falam às pessoas com sua vida:
“O que está acontecendo? Estas pessoas estão me dizendo alguma coisa!”
(...) A Vida Religiosa deve promover
um crescimento na Igreja via atração. (Papa Francisco, diálogo sobre a
Vida Religiosa, em 29 de novembro
de 2013)
De dois em dois anos vem ocorrendo o Encontro dos Irmãos Leigos
da Conferência dos Frades Menores
do Brasil (CFMB), dos quais tem
participado número significativo de
Irmãos da Província. O último foi em
Lagoa Seca, PB, de 31 de outubro a 3
de novembro de 2013. Na Província,
pensa-se em realizar o Encontro de
Irmãos também de dois e dois anos,
justamente no ano subsequente ao
encontro nacional.
Porém, devido a contratempos,
não foi possível realizar o encontro
dos Irmãos da Província em 2014,
que foi remarcado para os dias 12
(chegada) a 15 (almoço) de março
deste ano, no seminário de Agudos,
SP.
Além dos costumeiros momentos
de rica e alegre convivência e de oração, gostaríamos de nos ocupar com
a reflexão do tema proposto para o
Capítulo Geral da Ordem de maio
próximo: Irmãos e menores em nosso tempo.
Queremos, pois, através desta
carta, convidá-lo não somente a participar do Encontro em março, mas
também a ajudar na preparação, caso
você tenha alguma sugestão e contribuição que gostaria de fazer. Tente
priorizar, por favor, o quanto possível, este importante encontro de nossa Formação Permanente.
As inscrições deverão ser feitas
até o dia 28 de fevereiro, através do e-mail [email protected].
Despertem o mundo! Sejam testemunhos de uma forma diferente de
fazer as coisas, de agir, de viver! (...)
Os religiosos seguem ao Senhor de
forma especial, seguem-no profeticamente. É este testemunho que espero
de vocês. Os religiosos e as religiosas
deveriam ser pessoas capazes de despertar o mundo”. (Papa Francisco, diálogo sobre a Vida Religiosa, em 29
de novembro de 2013)
Esperando sua inscrição e participação, com abraço fraterno.
Frei Estêvão Ottenbreit
moderador da Formação Permanente
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Formação e Estudos
Ordenação presbiteral de Frei Antenor Camilo Militão
UM PRESBÍTERO MISSIONÁRIO
PARA ANGOLA
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Formação e Estudos
MOACIR BEGGO
ão Lourenço (MG) - O mineiro Frei Antenor Camilo
Militão foi ordenado presbítero pelo bispo franciscano Dom
Diamantino Prata de Carvalho, da
Diocese de Campanha, no dia 20 de
dezembro de 2014, às 10 horas, na
Paróquia Santíssima Trindade, em
São Lourenço, no Sul de Minas Gerais. O novo presbítero da Província
da Imaculada Conceição agora já
poderá realizar um sonho que vem
acalentando há muito tempo: ser
missionário na Missão Franciscana
de Angola.
Frei Antenor é mais um vocacionado do grupo de jovens vocacionados que foram preparados
pelos frades franciscanos, entre eles
o bispo Dom Diamantino, quando
estiveram presentes na Paróquia São
Lourenço desta cidade por cerca de
80 anos. Na celebração, estavam reunidos mais dois filhos da terra: Frei
Rodrigo da Silva Santos, que preparou a ordenação durante a semana
e foi o comentarista da celebração, e
Frei Marcos Prado dos Santos, orde-
nado presbítero recentemente por D.
Diamantino.
Além do Ministro Provincial, Frei
Fidêncio Vanboemmel, confrades de
Frei Antenor de toda a Província da
Imaculada participaram da celebração, assim como sacerdotes e seminaristas da Diocese de Campanha.
A Igreja no bairro de Nossa Senhora
de Fátima ficou pequena para essa
grande demonstração de carinho
pelo ordenando, especialmente dos
paroquianos de Amparo (SP) e Guaratinguetá (SP), que lotaram dois
ônibus para participar da celebração.
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Formação e Estudos
Isso porque, em Amparo, Frei Antenor residiu
como diácono e atualmente reside no Seminário Frei Galvão de Guaratinguetá.
Frei Antenor teve ao seu lado, na procissão
de entrada, a mãe Maria Cândida e o pai Eurico, que permaneceram com ele até ser chamado para perto do bispo, depois da liturgia da
Palavra, quando teve início o rito da ordenação.
Frei Fidêncio apresentou Frei Camilo e deu seu
testemunho, em nome da Província da Imaculada e do povo de Deus, que ele “era considerado digno” para o ministério sacerdotal.
Na sua homilia, em seguida, Dom Diamantino partiu do evangelho da Anunciação (Lc
1,26-38) para falar do ‘sim’ generoso de Maria a
Deus e do ‘sim’ que Frei Antenor estava dando
como missionário. “Frei Antenor não se acomodou e se lança com coragem para realizar a
obra evangelizadora que Jesus nos legou”, disse
D. Diamantino, confessando ao povo que ele,
antes de ser nomeado bispo, iria para Angola
como missionário. “Mas veio a nomeação e
78
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
Formação e Estudos
acabei adiando esse desejo”, contou o
bispo franciscano, que espera ainda
ser missionário na África, já que deixará a Diocese de Campanha quando completar 75 anos em 2015.
Após a homilia, o rito continuou
com o propósito do eleito. Em seguida, foi cantada a Ladainha de Todos os Santos, quando Frei Antenor
prostrou-se, como sinal de sua total
entrega a Deus. Veio, então, o momento central da ordenação com a
imposição das mãos e a Prece de Ordenação.
Na sequência, a última parte do
rito: unção das mãos, vestição de Frei
Antenor com a casula e a estola - ele
teve a ajuda de Frei João Francisco,
guardião da Fraternidade de Guaratinguetá, onde reside, e do Pe. Carlos - e a entrega do cálice e da patena.
Num gesto fraterno, representando
a acolhida do neo-sacerdote entre
os presbíteros, Frei Antenor Camilo
recebeu o abraço da paz de D. Diamantino, dos seus confrades e dos
sacerdotes. Terminou assim o rito
de ordenação e Frei Antenor passou
a celebrar a Eucaristia pela primeira
vez como presbítero.
AGRADECIMENTOS
Frei Fidêncio proporcionou um
dos momentos mais emocionantes
da celebração ao pedir licença ao
novo presbítero para ler um trecho
da carta que recebeu dele falando
do desejo de ser missionário em
Angola: “Neste tempo de graça em
preparação para o ministério sacerdotal, venho com muita confiança
em Deus e com humildade pedir ao
Senhor Ministro Provincial a graça
de liberar-me, abençoar-me e enviar-
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
Formação e Estudos
-me para as missões em terras angolanas. Confesso que é um desejo que
carrego comigo há algum tempo”,
revelou Frei Fidêncio.
Segundo o Ministro Provincial,
Frei Antenor ainda lhe escreveu:
“Quero muito contribuir com a missão de Angola, porque sei e tenho
plena convicção, não sou eu, pobre
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| Comunicações | Fevereiro 2015 |
frade, que está contribuindo com a
Missão de Angola, mas minha vocação é que vai ganhar muito e vai se
enriquecer com essa nova experiência que Deus está me proporcionando”.
Ainda disse ao Ministro Provincial que sua motivação para ser missionário aconteceu quando ainda era
estudante em Agudos e ouviu de um
frade missionário a seguinte frase:
“Não encontramos Deus na fartura,
na abundância, mas encontramos o
Senhor naqueles que são abandonados pela sociedade”.
Frei Fidêncio agradeceu carinhosamente aos pais pelo “irmão
fraterno” que os frades ganhavam e
também a seu confrade Dom Diamantino, por ordenar Frei Antenor,
ao pároco Pe. Ilídio Coelho, que acolheu os frades generosamente durante a preparação para a ordenação, e à
comunidade de São Lourenço, sempre muito carinhosa com os frades.
Frei Antenor também agradeceu
a todos pelo momento inesquecível
que estava vivendo. No final, pediu
ao povo que rezasse com ele um Pai
Nosso e uma Ave Maria pela família,
onde nascem as vocações religiosas.
Formação e Estudos
PRIMÍCIAS DE FREI ANTENOR
FREI RODRIGO DA SILVA SANTOS
manhã do dia 21 de dezembro chegou com o calor que
marcou toda a semana de
preparação para a ordenação de Frei
Antenor Camilo Militão. Neste dia,
às 9h30, teve início a Primeira Missa
do neopresbítero, que reuniu muitos
dos paroquianos que não puderam
participar da ordenação e os visitantes que vieram para a ocasião.
Frei Antenor demonstrou muita tranquilidade em sua primeira
celebração, concelebrada por seus
confrades, pelo pároco da Paróquia
Santíssima Trindade, Pe. Elídio Coelho, e pelo Pe. Antônio Queiroz, convidado do neopresbítero para fazer a
homilia da celebração.
Pe. Antônio ressaltou a importância da família na vocação daqueles que são escolhidos a serem
presbíteros. “Nós conhecemos a árvore pelos seus frutos”, ele lembrou,
afirmando que fiéis vocações surgem onde a família vive os valores
cristãos e reza para que Deus lhes
guie em sua vida. Esta mensagem
também ficou evidente ao recordar
a todos a história de São Pio X, que
ao ser ordenado bispo, vai mostrar
seu anel episcopal à sua simples
mãe. Esta, em sua humilde fé, respondeu ao seu filho, mostrando seu
anel de casamento: “Meu filho, sem
este anel aqui, você não teria ganhado o seu”.
Frei Camilo, em suas palavras
finais, agradeceu mais uma vez a
acolhida que teve de Pe. Elídio e da
paróquia para que ali pudesse se
ordenar. Ressaltou o apoio à preparação para a ordenação no decorrer
de toda a semana, e agradeceu pelas
orações que as famílias e fiéis elevaram a Deus por sua própria vocação.
Esta foi uma semana de muitas graças pedidas e alcançadas. A
cidade de São Lourenço viu, com
alegria, mais um de seus filhos
oferecer-se ao serviço da Igreja
como presbítero e, neste caso, também como missionário. Que Deus
continue a suscitar novas vocações
desta abençoada terra, que já envia,
no ano de 2015, dois novos seminaristas à formação em nossa Província! Louvado seja Deus!
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
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Formação e Estudos
RODEIO
PRIMEIRA PRO
Aos neoprofessos no Noviciado São José de Rodeio, o
deixou uma mensagem: “Abraçar com esperança o
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| Comunicações | Fevereiro 2015 |
Formação e Estudos
MOACIR BEGGO
FISSÃO
Ministro Provincial
futuro”
odeio (SC) – Todo ano é assim: a Primeira Profissão dos noviços na vida religiosa franciscana se torna uma grande e emocionante celebração. Difícil não se
‘contaminar’ pelo espírito de alegria e comunhão que toma conta do Noviciado São José,
em Rodeio, na pequena cidade catarinense
no Vale do Itajaí. E como lembrou o Ministro
Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, já são
114 anos vivendo este momento celebrativo
nessa casa histórica da Província da Imaculada Conceição.
Desta vez, para fugir um pouco do calor
intenso no Vale, a celebração aconteceu às 20
horas na Matriz de São Francisco de Assis.
Frades de toda a Província, familiares e a comunidade de Rodeio marcaram presença neste momento único na vida dos catorze jovens
noviços – Frei Angelo Fernandes Baratella,
Frei David Belineli, Frei Erick de Araújo Lazaro, Frei Heberti Senra Inácio, Frei Leandro
Ferreira Silva, Frei Raoni Freitas da Silva, Frei
Samuel Santos Soares, Frei Alberto André António, Frei Crisóstomo Pinto Ngala, Frei Diogo da Silva Filipe, Frei Gabriel Sapalo Chico,
Frei Honorato Salvador Gaspar Gabriel, Frei
Paulino Kamussamba Sopindi e Frei Victorino Chico Tchimuku – que concluíram o “ano
de provação” na vida religiosa franciscana.
Frei Fidêncio Vanboemmel presidiu a celebração, tendo como concelebrantes o presidente da Fundação Imaculada Mãe de Deus
de Angola, Frei José Antônio dos Santos, e o
guardião da Fraternidade do Noviciado, Frei
Valdir Laurentino. Recordando a mensagem
do Papa Francisco para o Ano da Vida Consagrada, que está sendo celebrado em 2015,
o Ministro Provincial destacou três grandes
objetivos que deverão marcar a vida desses
novos filhos de São Francisco: olhar com gratidão o passado, viver com paixão o presente;
e abraçar com esperança o futuro.
“Hoje à noite, aqui em Rodeio, nessa histórica casa da Província, nesta histórica casa de
Rodeio, nós queremos render graças a Deus e
olhar, sempre de novo, com gratidão para essa
história de fé e experiência vocacional, de luta
e discernimento pessoal, que tantos jovens fi| Comunicações | Fevereiro 2015 |
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Formação e Estudos
PEDIDO À FRATERNIDADE
Durante as orações antes do almoço, no
domingo (14), os professandos fizeram o
pedido à Fraternidade do Noviciado para
emitir os votos temporários na Ordem
dos Frades Menores. O guardião Frei Valdir Laurentino presidiu este momento celebrativo e também abençoou os hábitos
que os noviços vestirão a partir de agora.
Isso porque, quando o noviço ingressa no
Noviciado, ele veste um hábito ‘provisório’,
adaptado para este início na vida religiosa
franciscana. Também estavam presentes o
Definidor Frei Germano Guesser e o presidente da Fundação Imaculada Mãe de
Deus, Frei José Antônio dos Santos.
Formação e Estudos
zeram neste espaço sagrado do Noviciado”, disse Frei Fidêncio.
Para o ministro, o segundo objetivo – viver com paixão a data e a celebração de hoje -, é uma forma de
todos os frades renovarem também,
com paixão, a própria profissão religiosa. Mas Frei Fidêncio se concentrou no terceiro objetivo – abraçar
com esperança o futuro – ao motivar os professandos. Segundo Frei
Fidêncio, o Papa lembrou que a esperança não está nos números, ainda que para o mundo de hoje 14 noviços fazerem a Primeira Profissão é
um número muito expressivo e importante. “A esperança que nós queremos viver é, sobretudo, o Espírito
Santo de Deus que vai nos inspirar a
viver com alegria, com paixão, com
entusiasmo a nossa própria consagração”, disse o Ministro, lembrando que o Papa falou especialmente
aos jovens consagrados, porque, em
breve, “sereis chamados a tomar em
vossas mãos a liderança da animação provincial, da formação, do serviço, da missão”.
Segundo o Ministro Provincial,
esses jovens neoprofessos são protagonistas do diálogo com a geração que vai à frente, como os frades
mais idosos da Província presentes
na celebração, Frei Abel Schneider,
Frei Cássio Vieira de Lima, Frei
Anselmo München. “Podeis, em
comunhão fraterna, enriquecerem-se com a experiência e a sabedoria. Mas, ao mesmo tempo, nos
lembra o Papa Francisco, vocês nos
provocam a repropor o ideal que
conhecemos no início da vida religiosa e oferecem, a todos nós, esse
ímpeto, essa alegria, essa coragem,
esse entusiasmo, a fim de, juntos,
construirmos uma vida evangélica”,
acrescentou.
Para isso, segundo o Ministro, a
liturgia da Palavra do dia oferecia
as orientações necessárias, como o
seguimento de Nosso Senhor Jesus
Cristo no Evangelho. Mas, lembrou
Frei Fidêncio, torna-se necessário
revestir-se de sentimentos que passam pela dimensão da cruz. “Nos
suportarmos como irmãos, como
fraternidade, celebrarmos, dia após
dia, o perdão das nossas ofensas,
das nossas faltas, das nossas omissões, amar, ser agradável um ao
outro, nos deixarmos envolver pela
Palavra de Deus. E como diz a segunda leitura, de Tomás de Celano,
‘renunciar a todo amor próprio’. O
importante é estarmos atentos às
necessidades da fraternidade, devemos estar sempre juntos, alimentando o projeto fraterno, vivendo o
projeto fraterno de vida e missão”,
admoestou.
Segundo Frei Fidêncio, a profissão é estar sempre cheios da graça
do Santo Evangelho. “Estar contentes quando podemos estar contentes, contentes quando podemos trabalhar com as nossas próprias mãos,
estar contentes quando servirmos
os leprosos da modernidade e estar
contentes quando vamos às periferias existenciais. E assim, queridos
confrades, irmãos e irmãs, nós estaremos correspondendo às gran| Comunicações | Fevereiro 2015 |
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os professandos
des expectativas que o Papa Francisco alimenta para todos os religiosos neste ano dedicado à Vida Consagrada”.
Ele finalizou convidando a todos a viverem essa consagração com alegria. “Nada de religiosos tristes, diz o
Papa. Devemos ser religiosos felizes, alegres, satisfeitos,
contentes. Viveremos, assim, a dimensão profética da
nossa vocação de despertar o mundo para as coisas de
Deus, despertar o mundo para o Santo Evangelho. Nós
seremos peritos em criar comunhão, criar laços fraternos num mundo tão ferido, tão cheio de fraturas. Nós,
assim, teremos a coragem de sairmos um pouco mais de
nós mesmos e, de fato, irmos às periferias como nos pede
o Papa Francisco. E sempre de novo devemos nos perguntar: o que Deus, o que o mundo pede de nós, frades
menores, hoje? Queridos irmãos, irmãs, nós queremos
celebrar com gratidão mais uma página da história do
nosso noviciado em Rodeio. Queremos viver, com paixão, esse momento presente, a profissão de vocês, e todos
juntos queremos, sim, abraçar com esperança o futuro”,
concluiu.
O RITO
Depois da Liturgia da Palavra, o Mestre dos Noviços,
Frei Samuel Ferreira de Lima, fez a chamada de cada um
e os apresentou ao Ministro Provincial. Em seguida, Frei
Gabriel se dirigiu ao Provincial em nome de todos os
noviços: “Pedimos humildemente, Frei Fidêncio Vanboemmel e a todos os confrades, que digneis admitir-nos à
santa profissão na fraternidade dos Frades Menores”. Frei
Fidêncio, então, respondeu: “Bendito seja Deus, que vos
escolheu para conosco caminhardes em nova vida”.
Depois da homilia, os professandos se aproximaram
do Ministro Provincial e foram interrogados se estavam
preparados para se consagrarem a Deus e buscarem a
perfeição da caridade segundo a Regra e as Constituições
da Ordem Seráfica. Depois, ajoelhados, com as mãos nas
mãos do Ministro Provincial fizeram a profissão religiosa. Em seguida, cada professando assinou o documento
da profissão, expressando com isso que a vida passa a ser
colocada sob os desígnios de Deus, e cada neoprofesso recebeu do Provincial a Regra e as Constituições da Ordem
dos Frades Menores. O rito terminou com o abraço da
paz dos frades aos neoprofessos num gesto de acolhida e
comunhão com a Fraternidade Provincial.
AGRADECIMENTOS
Frei Fidêncio agradeceu enfaticamente ao guardião
Frei Valdir Laurentino, na “retaguarda da casa”, e ao Mestre dos Noviços, Frei Samuel Ferreira de Lima. Também
demonstrou gratidão pela presença dos confrades neste
Formação e Estudos
momento tão significativo da Provínca da Imaculada, especialmente dos Definidores Frei Evaristo
Spengler e Frei Germano Guesser.
E não esqueceu de uma “palavra
de carinho” a Frei Diego de Atalino
Melo, pelo trabalho como animador
vocacional da Província. “Sem esse
trabalho não teríamos irmãos nas
etapas de formação”.
Frei Fidêncio também falou com
gratidão e carinho dos 25 anos da
Missão em Angola, agradecendo
pelo trabalho ao presidente da Fundação Imaculada Mãe de Deus de
Angola, Frei José Antônio dos Santos. “Os frutos estamos vendo aqui
com esses sete noviços fazendo a
Primeira Profissão”, lembrou. Por
último, não esqueceu de agradecer
aos familiares dos neoprofessos e à
comunidade de Rodeio.
Pelos noviços, falou Frei Crisóstomo: “Como neoprofessos sabemos da responsabilidade e da
etapa que nos espera pela frente”,
garantiu. E como já se tornou uma
tradição no Noviciado, os noviços
brasileiros e angolanos uniram suas
vozes num canto em vários dialetos
angolanos. Já passava das 22 horas,
quando os noviços ainda se voltaram para a comunidade de Rodeio
para agradecer com o canto “Como
é bom esperar em ti”.
Desta turma de noviços, Frei
Adriano César foi o cerimoniário.
Como noviço da Fundação Franciscana de Nossa Senhora de Fátima,
com sede em Uberlândia (MG), ele
fará a profissão temporária no dia
11 de janeiro, às 10 horas, na Igreja
Nossa Senhora de Fátima, na sede
da Fundação. Ele é o último noviço
da Fundação a fazer o Noviciado
em Rodeio, uma vez que a Fundação Mineira vai se juntar à Custódia
do Sagrado Coração de Jesus, de
São Paulo. O noviciado será feito,
então, na cidade de Catalão (GO).
FREI ADRIANO PROFESSA EM UBERLÂNDIA
Da turma de noviços de 2014 do
Noviciado São José, só não fez em Rodeio a Primeira Profissão na Ordem
dos Frades Menores Frei Adriano
Cézar de Oliveira. O mineirinho de
23 anos é noviço da Fundação Franciscana de Nossa Senhora de Fátima
e sua profissão aconteceu na sede da
Fundação, em Uberlândia (MG), no
dia 11 de janeiro, às 10 horas, e foi
presidida pelo presidente da Funda-
ção, Frei Ezimar Alves Pereira. Frei
Adriano é natural de Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais. Filho de uma família tradicionalmente católica, desde
criança participa da Comunidade São
Pedro, em Olaria (MG), na Arquidiocese de Mariana. “Tive uma infância
e adolescência bastante inseridas na
Comunidade. Por volta dos 15 anos,
percebi o chamado e o desejo de seguir a Cristo mais de perto. Continuei
em oração e buscando o discernimento”, conta Frei Adriano, que antes de
ingressar nos franciscanos, conheceu
a Congregação dos Missionários dos
Operários, onde cursou o terceiro ano
do Ensino Médio e fez o curso de Filosofia, concluído em 2012.
“Em 2013, iniciei a minha preparação para ingressar na Ordem Franciscana fazendo o Postulantado Frei
Galvão, em Guaratinguetá (SP)”, explica Frei Adriano, que concluiu com
a turma de noviços o “ano da provação e da graça” no último dia 5 de janeiro.
Agora, a próxima etapa na formação de Frei Adriano será o curso de
Teologia.
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Formação e Estudos
dezoito NOVIÇOS admitidos em rodeio
Dezoito jovens receberam o
hábito franciscano das mãos do
Ministro Provincial Frei Fidêncio
Vanboemmel para a experiência
de um ano de graça e provação
no Noviciado de Rodeio
FREI KAYNAN CAPPUCCI
esta manhã (6h30) deste dia
15 de janeiro, em Rodeio,
Santa Catarina, foram admitidos ao Noviciado São José dezoito
noviços. Partindo de diferentes cida-
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des, onze brasileiros e sete angolanos
condividiram durante a celebração
eucarística o sonho de serem religiosos e deram o primeiro passo neste
longo processo de conversão, chamado vida religiosa franciscana.
Após um período de discernimento, os jovens fizeram o tão sonhado pedido de admissão à Província Franciscana da Imaculada
Conceição do Brasil, representada
pelo Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel e, com a graça de
Deus, foram aceitos.
A celebração foi simples, assim
como é a vida franciscana, mas cheia
de significados, permeada de reverências e emocionante pela grandiosidade
do passo dado. O assim chamado “Ano
da Graça” é tempo onde o jovem cultiva, pouco a pouco, uma maior intimidade com Deus, fonte da Vida, e consigo mesmo. É um ano onde, acima de
tudo, o noviço cria as bases, o elo entre
a própria pessoa e a fonte do carisma,
que será utilizado para se manter caminhando e perfazendo este itinerário
durante todo o tempo que Deus, na
sua imensa bondade, permitir.
Frei Fidêncio, durante a homilia,
Formação e Estudos
ressaltou o fato de que estamos abraçando uma grande família, composta não somente dos frades de Rodeio,
mas de irmãos que desenvolvem
suas atividades ao redor do mundo.
A família franciscana é agraciada
por Deus, afinal, ano após ano, recebe novos membros, continuidade
de uma história de mais de 800 anos,
que teve início com a profunda experiência de encontro com o Cristo
vivida por São Francisco de Assis.
Durante a celebração, os noviços
receberam o hábito franciscano, símbolo de penitência da Cruz de Nosso Senhor. Quando se fala em vida
franciscana não se pode esquecer do
fato de que nenhum frade pode rea-
lizar algo ou caminhar se não possuir
uma intensa vida de oração, se não
observar os preceitos evangélicos e,
sobretudo, não alimentar o amor fraterno. Sendo assim, o Ministro Provincial prometeu ajuda no que for
preciso – somos uma grande família
unida pelo ideal.
Com a graça de Deus, a cele-
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Formação e Estudos
bração contou com a participação
de diversos confrades da Província
Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e também da Fundação Imaculada Mãe de Deus de
Angola, além do povo de Rodeio.
Um fato curioso foi que estavam
quatro mestres
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
presentes os quatro últimos mestres do noviciado – Dom Leonardo Steiner, Frei Valdir Laurentino,
Frei Fidêncio Vanboemmel e Frei
Samuel Ferreira de Lima - pessoas que ajudaram a manter viva
esta família que os noviços aca-
baram de abraçar nesta manhã.
Que Deus dê a perseverança, a
alegria de viver o Evangelho e a coragem necessária a todos - o Reino
precisa de cada um de nós. Louvado seja Deus por todas as maravilhas
operadas.
Formação e Estudos
Angola
OS POSTULANTES DO JUBILEU
FREI ALOÍSIO PAULO DOS SANTOS
o dia 25 de janeiro, na comunidade Nossa Senhora de
Fátima, em Kibala, Frei José
Antônio dos Santos presidiu a celebração onde 13 jovens postulantes
- António Da Silva Manuel, António
Monteiro Dos Santos, Bernardo José
Cayoya Kandangongo, Bernardo João
Cassinda, Daniel Kahuvi Tchitumba
Tchikeva, Domingos Kakanda Soma,
Elias Hebo Luís, Evaristo Seque Joaquim, Feliciano Afonso Manuel.
Hélder Josué Mateus Domingos, Pedro Domingos Mugiba, Pedro Isaías
Luísa Vitangui e Simão Cassua Horácio - foram admitidos para continuar
sua caminhada formativa dentro da
Ordem dos Frades Menores.
A celebração foi alegre, regada pelo
som dos batuques e cheia de significados para a Fundação Imaculada Mãe
de Deus, pois estamos celebrando
os 25 anos de presença nestas terras.
Após a proclamação do Evangelho, Frei Alisson Zanetti chamou
nominalmente cada postulante. Sem
rodeios, todos responderam “Eis-me
aqui”. Frei José Antônio, como delegado provincial, os recebeu dando
a bênção com as seguintes palavras
“Olhai, Senhor, para estes jovens que
iniciam hoje o postulantado. Abençoai o fervor e a disponibilidade com
que se inserem em nossa Fraternidade. Concedei a eles, que vieram a
nós, a graça de descobrirem os valores da Vida Religiosa Franciscana e a
generosidade de responder ao vosso
chamado de perfeição. Dai-lhes imitarem a vida de São Francisco, vosso
fiel imitador, para experimentarem,
na pobreza e humildade evangélica, a
Vós que sois o Único Bem”.
A fraternidade do Postulantado
prioriza a alegria da partilha tanto dos
trabalhos manuais, como expressão
de serviço aos irmãos, como da própria vida, através do diálogo fraterno
entre os próprios postulantes e com os
frades, além da formação específica
para este tempo. E não falta o lazer e a
espontaneidade, como gratuidade da
própria vida doada por Deus, como
passeios, recreios, esportes e encontros de convivência.
A equipe formadora ainda não
está totalmente composta, pois espera
a chegada do mestre Frei Marco Antônio dos Santos, que generosamente
aceitou o chamado de Deus e vem trabalhar nesta terra de missão.
Frei Alisson, o mestre em exercício, foi transferido para a Fraternidade São Damião, em Malange. Desde
já agradecemos o seu trabalho e generosidade de coração. E que seja abençoado em seu novo trabalho.
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Formação e Estudos
guaratinguetá
Postulantes preparam
o terreno para a graça de Deus
moacir beggo
e bom grado vos acolhemos
nesta casa de formação para
o tempo do Postulantado.
Aqui, podereis discernir com clareza a vossa vocação e fazer a experiência da nossa vida de fraternidade
e minoridade a serviço da Igreja”.
Nesta frase, o Ministro Provincial,
Frei Fidêncio Vanboemmel, resumiu
todo o significado da celebração de
Admissão à etapa do Postulantado
de catorze jovens realizada nesta
quarta-feira (29/1), no Seminário
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Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP).
O rito de admissão se deu dentro da Oração da Tarde, às 18h30, na
presença da Fraternidade do Seminário, de frades da Província, entre
eles o Definidor Frei Mário Tagliari,
e religiosas.
Os novos postulantes - André
Lentis da Silva, Bruno Rodrigues da
Silva, Cristian José de Souza, Francisco Dalilson Pereira Cabral, Jonas
Ribeiro da Silva, Lucas Moura Justino, Marcos Paulo Bertoldi, Marlon
Taxa Pereira Reis da Silva, Odilon
Voss, Thiago Augusto dos Santos,
Valcir Brandão de Oliveira Júnior,
Wagner da Silva Neves, Wagner
Gomes Salomão e Willian Bernardi
de Castro – foram chamados, um a
um, pelo guardião da Fraternidade,
Frei João Francisco da Silva, e apresentados ao Ministro Provincial. Em
seguida, eles fizeram o pedido de admissão a esta etapa do Postulantado,
rezaram a oração que São Francisco
de Assis fez diante do Crucifixo de
São Damião após a sua conversão e,
por fim, receberam o Tau e a bênção
do Ministro Provincial.
Frei Fidêncio, então, confiou es-
Formação e Estudos
ses jovens ao novo mestre Frei
Jorge Lázaro de Souza e ao vice-mestre e guardião da Fraternidade Frei João Francisco da
Silva, que, juntos com a Fraternidade, ajudarão neste tempo de
discernimento.
Citando a parábola do Semeador, o Ministro Provincial
disse que o Evangelho do dia era
extremamente iluminador para
aquele momento, onde esses
jovens abririam o coração para
Cristo depositar a boa semente.
“O nosso esforço, empenho, será
o de permitir que este terreno
esteja sempre fértil. O mistério da germinação é a graça de
Deus. É ela que vai germinar a
Palavra. Nesse sentido convido
a cada um de vocês, caríssimos
postulantes, a fazer deste ano
um lugar onde Deus, através de
seu Filho Jesus Cristo, vai depositar a boa semente”, disse o Ministro Provincial.
Um desses desafios nesta
etapa da formação é aprender a
viver em fraternidade. “A nossa
Província ideal não está lá em
Santa Catarina, não está lá em
Ituporanga. Deixemos isso lá
para o Frei Marcos Melo e o Frei
Rodrigo Santos. A Província
ideal não está na casa Provincial,
a Província ideal não está em
Petrópolis, a Província ideal não
está lá em Angola, mas a Província ideal, que vocês querem
construir, está aqui em Guaratinguetá. É aqui que vocês vão
construir esse espírito de fraternidade”, ensinou Frei Fidêncio.
Ele lembrou aos novos pos-
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
93
Formação e Estudos
tulantes que esse processo não deverá ser feito com medo, insegurança
ou desânimo, mas com muita alegria. “O Papa Francisco fala muito
dessa dimensão da alegria. Temos
de ser religiosos alegres, felizes, porque nós sabemos Quem estamos
seguindo, quem nos chama, quem
nos convoca. Viver esse Evangelho
na disponibilidade, para estarmos
sempre prontos e disponíveis. Às vezes precisamos recuar um pouco dos
nossos princípios, dos nossos conceitos, para entender o que significa
viver em comum. Jesus vai dizer que
é se colocar em serviço, no seu seguimento. Vivendo o Evangelho no
serviço é fazer bem todas as coisas
de cada dia, todas as tarefas cotidianas de nossa casa. Se assim fizerem,
vocês chegarão bem ao final do Postulantado”, acrescentou, explicando
que esta etapa prioriza a formação
humana, cristã e franciscana, que já
havia se iniciado na etapa anterior: o
Aspirantado.
“Nesta etapa queremos nos aprimorar como seres humanos, não
mais voltados para dentro de si mesmos, para projetos pessoais, mas em
direção a uma formação humana
que se dá fortemente no convívio da
vida fraterna”, enfatizou. Ele também
destacou que o crescimento do postulante se dará quando ele “crescer
rezando em grupo”, seja com a fraternidade ou seja com o povo.
Frei Fidêncio agradeceu a Frei
Marcos Antônio dos Santos, que
agora vai ser Mestre dos Postulantes
em Angola. “Vocês vão com a graça
de Deus”, disse, também se referindo
a Frei Antenor Camilo Militão, que
foi ordenado recentemente presbítero e vai ser missionário em Angola.
No final, voltando-se para os postulantes, deixou uma mensagem de
esperança. “Não desanimem diante
do primeiro desafio. Não tenham
medo das primeiras dificuldades.
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Resolvam sempre as questões de
forma aberta. Vamos fazer com que
a Palavra de Deus cresça sempre a
partir de nossas potencialidades. E
se olharmos ao nosso lado, vamos
ver que temos muitas potencialidades. Nós, como Comunidade
Provincial, estamos ao lado de vocês”, recomendou, lembrando que o
Mestre e o Vice-Mestre estarão em
sintonia com toda a Fraternidade Frei Wilson Steiner, Frei Claudino
Dal’Mago, Frei Airton da R. Oliveira e Frei José Clemente Schafaschek. “Não são os mais santos, graças a Deus. Não são os irmãos mais
perfeitos, melhor ainda; porque eles
também querem crescer com vocês.
Vocês, certamente, vão crescer com
eles”, completou.
Formação e Estudos
SER PADRE
SER PADRE é participar de um sacerdócio que tem a Cristo como o Único
e Sumo Sacerdote. O padre é apenas
um convidado e é ordenado a ajudá-lo
na missão de morrer na cruz e dar seu
sangue para a redenção da humanidade.
Santo Tomás diz que os padres são apenas ministros de Cristo.
SER PADRE é ser chamado por um
convite de Deus, é ser consagrado pela
ação do Espírito Santo e ser enviado
por Cristo para pregar o evangelho “a
todas as nações, até ao fim do mundo”. Na expressão redonda de São João
Crisóstomo, os padres são: “Chamados! Consagrados! Enviados!”
SER PADRE é receber um poder
sagrado que é o próprio poder de
Cristo. Tal poder deve ser vivido
em união com Cristo que assumiu
os nossos sofrimentos e se fez servo
de todos.
SER PADRE é semear as promessas
do amor de Deus, libertando os cativos, abrindo os olhos dos cegos e limpando a alma humana de suas lepras e
imperfeições.
SER PADRE é acolher, como Cristo,
os pobres, os doentes e os pecadores,
levando-lhes o perdão de Deus, a cura
de suas enfermidades e avivando neles
a chama da esperança num Deus Pai e
Providência.
SER PADRE é, mesmo indigno, consagrar o Pão e o Vinho, com a graça
de oferecê-los aos que O buscam nas
impurezas de suas vidas e na necessidade de suas doenças. Ainda segundo
Santo Tomás: Na missa, o padre reza
em nome da Igreja. Na consagração, age
por ordem de Cristo: “Fazei isto em memória de mim!”
SER PADRE é ser um Bom Pastor, que
corre atrás das ovelhinhas perdidas, evitando fazer acepção das pessoas e agindo sempre com compaixão e repassada
misericórdia.
SER PADRE é perdoar sempre, em
nome de Deus, não importando o pecado de quem se confessa arrependido.
SER PADRE é anunciar o evangelho e a
Palavra de Deus, com alma e coração, vivenciando com emoção a proximidade
de Deus nos fiéis.
SER PADRE é bater no peito, reconhecendo a própria indignidade de representar o Deus Três Vezes Santo, mesmo
sendo três vezes pecador.
SER PADRE é fazer do altar o seu leito
nupcial. Assim como os casados tem um
quarto para suas intimidades, o padre
tem, no altar, a sua graça maior e a fonte
de sua felicidade.
SER PADRE é uma graça imerecida e
um privilégio sem par. Outros podem
ser filhos de reis, o padre é seguidor encantado de Jesus, Rei dos reis. Por isso,
não deve se envaidecer com os elogios
nem se abater diante de críticas e fracassos.
SER PADRE é estar a serviço e zelar pelas ovelhas, sem medo dos lobos.
SER PADRE é bom, é muito bom, porque os grandes amores do padre são Jesus
e o povo pelo qual Jesus deu a vida. Padre
nenhum deve ter outra ambição nem desejar nada mais do que amar a Ele e ao
povo que Ele lhe confiou. Qualquer padre
deveria sempre pedir perdão por não ser
um bom padre e um santo pastor.
TERMINO COM UMA ORAÇÃO:
“Ensinai-me, ó Deus, a vos procurar e
mostrai-vos quando vos procuro; pois
não posso procurar-vos se não me ensinais, nem encontrar-vos se não vos
mostrais. Que desejando, eu vos procure, procurando vos deseje, amando
vos encontre, e, encontrando, vos ame”.
(Santo Anselmo, Arcebispo de Cantuária, Inglaterra, séc. XII)
Frei Neylor J. Tonin
(Reflexão por ocasião dos 50 anos de padre)
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95
SAV
Concórdia
FESTA DA JUVENTUDE
ÉRIKA AUGUSTO
om o tema: “Vai, restaura a
minha igreja”, mais de 215
jovens participaram da segunda edição das Missões Franciscanas da Juventude em Concórdia
(SC), além dos integrantes de oito
comunidades da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e das pessoas que ajudaram na cozinha e no
apoio destas Missões.
As atividades começaram na
quinta-feira de manhã (22/1), com
a chegada dos jovens do Rio de Ja-
96
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
neiro, São Paulo, Paraná e diversas
cidades de Santa Catarina. O salão
paroquial recebeu os missionários,
com diversos ambientes, como um
túnel com frases bíblicas, espaço
com almofadas para descanso e
dormitório. No palco, uma imagem de São Francisco, o Crucifixo
de São Damião e o tau com a arte
do Frei Dito, símbolo das Missões
Franciscanas.
No final da tarde, Frei Diego Atalino de Melo fez a abertura
oficial e, já no final da noite, uma
belíssima oração na igreja, orna-
mentada com velas e panos, quando a jovem Mariana Rogoski, de
27 anos, fez um depoimento sobre
seu afastamento da Igreja num momento de sua vida. No final, Frei
Diego fez a unção dos jovens com
óleo, simbolizando o envio para as
comunidades.
Conhecendo o local
No dia seguinte, após a oração
da manhã, o pároco Frei Evandro
Balestrin apresentou aos jovens a
cidade de Concórdia. Já o Ministro
Provincial da Província da Imacu-
SAV
FRANCISCANA
lada Conceição, Frei Fidêncio Vanboemmel, destacou a importância
das Missões no carisma franciscano, citando o episódio da vida de
São Francisco, quando Jesus fala
através do crucifixo de São Damião
“Vai, restaura a minha igreja”: “A
Igreja de Deus não são pedras e tijolos. A Igreja de Deus é cada um
de nós, e, juntos, formamos as pedras vivas”, ensinou, falando da importância do discernimento para
descobrir o desejo de Deus na vida
de cada um. “O sonho de Deus
acontece onde a gente pisa, onde eu
vivo a minha história”, acrescentou,
citando momentos do Papa Francisco durante a Jornada Mundial
da Juventude.
À tarde, os jovens ouviram o
testemunho de uma jovem presidiária, Carol, que está cumprindo
pena por tráfico de drogas há 4
anos. Seu depoimento serviu como
alerta aos jovens.
Essa realidade que Carol contou pôde ser vista por um grupo
de jovens no Presídio Regional de
Concórdia. Um outro grupo fez o
plantio de 600 mudas de árvores
no entorno do Rio Queimados. Os
responsáveis pela ONG Queimados Vivo contaram a história da
ONG e a situação do rio hoje e sua
importância para a cidade de Concórdia.
No presídio, os jovens visitaram
a ala feminina, os presos em regime semiaberto e em regime fechado. Foi um momento de emoção e
descoberta. Ouvir os presos, suas
histórias, levar uma palavra de carinho, conforto e perdão. Foi um
momento simples mas transformador. A maior parte dos jovens
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
97
SAV
nunca tinha entrado em uma carceragem e pôde perceber como um
gesto simples pode transformar a
vida de uma pessoa.
Para Samuel Cavalcanti do
Amaral, de Nilópolis (RJ), as Missões Franciscanas serviram para
mostrar a alegria de se colocar à
disposição daqueles que mais necessitam. Através de pequenos gestos, visitando os encarcerados, cuidando da natureza, reconstruindo
uma igreja, entre tantas ações. “Foram dias de festa, acolhimento, alegria, dança, demonstrações de fé e
sobretudo muito amor partilhado”,
destacou o jovem.
Para Renan Nilson Bacca, de
Gaspar (SC), a experiência serviu
para se desconectar de um mundo
consumista e superficial. “Nestes
quatro dias tive a oportunidade
de sair deste fluxo e coloquei-me
diante de uma experiência diferente, forte, que dia após dia foi ganhando forma, mostrando um rosto juvenil, alegre, persistente, que
levou Cristo nos corações de cada
morador de Concórdia”, afirmou.
Comunidades recebem os
jovens missionários
Apenas oito comunidades, das
mais de 60 da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, foram escolhidas para acolherem os jovens. Frei
Jeâ Paulo de Andrade, vigário paroquial, ajudou a coordenar e organizar as experiências nos bairros:
Nova Brasília, Santa Rita, Nações,
Catarina Fontana, Vista Alegre, Petrópolis, Natureza/ Poente do Sol e
Fragosos.
O bairro Natureza/ Poente do
Sol recebeu os jovens com muito
entusiasmo e uma queima de fogos.
“Quando os jovens viram que havia
um pessoal na entrada do bairro esperando por eles, ficaram muito felizes. Para nós foi uma recepção muito
simples, mas o modo como eles reagiram, os sorrisos que eles deram,
tornou o momento muito marcante”,
afirmou Paula Eliana Gomes.
Os participantes seguiram a pé
com a comunidade até o Centro
Comunitário, onde foram recebidos com um risoto no tacho, um
prato típico. Os ministros leigos falaram um pouco sobre a realidade
local e o Santuário Santa Augusta,
que está em construção há 4 anos.
De Rossi, ministro leigo, explicou
para os jovens sobre a vida de Santa
Augusta. Este Santuário é a réplica
do Santuário da Itália, a única existente no mundo. A igreja ainda não
está terminada, e parte da missão
dos jovens foi construir um pequeno jardim na entrada.
No sábado de manhã, os jovens
se dividiram em quatro grupos
para visitar os enfermos, famílias e idosos. À tarde, reuniram-se
com a comunidade para ajudar na
construção do jardim. Os mais experientes judavam os iniciantes. O
jardim ficou pronto com dois canteiros laterais e um coração com
flores. A comunidade se reuniu
para a celebração da Palavra à noi-
SAV
te. Após a celebração, Frei Diego
Melo abençoou o jardim, aprovado
pelos paroquianos.
Para Paula Gomes, essas Missões mudaram a comunidade. “As
marcas que esses jovens deixaram
vai muito além do jardim que foi
feito; eles mudaram a cara da comunidade, eles fizeram reviver a
esperança nos jovens daqui, eles fizeram muitas pessoas repensarem
o modo como vivem, como agem
e falam. Nós nos sentimos pessoas
diferentes. Na primeira noite havia
uma fogueira com brasas acesas.
Os jovens missionários fizeram
essa fogueira incendiar”, testemunhou a jovem.
cerramento, enquanto as pessoas
se juntavam numa longa procissão,
com cantos e orações. No caminho,
uma parada em uma paróquia local para um encontro muito especial: com Cristo Eucarístico. Frei
Daniel Dellandrea conduziu a breve adoração, onde os caminhantes
puderam descansar e rezar. O grupo foi em seguida para o hospital
São Francisco de Assis. Mais um
momento de emoção. Pessoas internadas e seus familiares puderam
receber carinho e palavras de conforto dos jovens missionários. Às
7h30, foram recebidos com alegria
e uma calorosa queima de fogos na
Matriz.
Nossa Senhora de Lourdes
abençoou os missionários
No domingo (25/1), oito grupos
começaram a se dirigir para a gruta Nossa Senhora de Lourdes por
volta das 4 horas da manhã. Com
velas nas mãos, partiram em direção à matriz para a missa de en-
Missa marca o encerramento
Após um tempo de descanso e
o café da manhã, a comunidade e
os jovens missionários celebraram
juntos a Eucaristia. A missa foi presidida por Frei Fidêncio, que esteve
presente durante todo o tempo das
Missões, inclusive na caminhada.
Em sua homilia, o Ministro
Provincial fez uma releitura da passagem do envio de Jonas à cidade
de Nívive (Jn 3,1-5.10). “Levanta-te
e vai para a cidade de Concórdia”,
parafraseou Frei Fidêncio, afirmando que esta Paróquia e a maior
da Província, com mais de 60 comunidades. “O foco deste encontro
era a missão. Evangelizar do jeito
de São Francisco e no apelo que Jesus fez a Francisco – Vai, reconstrói
a minha igreja”.
Frei Fidêncio destacou que esta
Igreja, tanto para São Francisco
como para os jovens missionários,
não é o templo de pedra, mas a
Igreja espiritual, sobretudo a mais
sofrida. Ele citou a visita ao presídio e a visita ao hospital como
locais de encontro com o Cristo
naquele que sofre. “A palavra de
Deus nos pede uma coisa muito
importante: conversão. Conversão
significa voltar-se para o Senhor,
para Deus. Nós sempre precisamos
ser pessoas convertidas. Conver-
SAV
são significa viver a radicalidade
do Evangelho, significa perguntar
para o Senhor: que queres que eu
faça?”, acrescentou Frei Fidêncio.
O Ministro Provincial falou
ainda sobre o chamado de Jesus
aos apóstolos, e a cada um de nós.
“Jesus convoca não apenas missionários, mas toda a Igreja. Somos
chamados a sermos seguidores de
Jesus Cristo!”, afirmou, lembrando que este chamado não é feito
em sala de aula: o aprendizado do
Evangelho se dá na ação, no decorrer da missão. E recordou o pedido
do Papa Francisco de sermos uma
Igreja em saída. “É no caminho que
se faz com o Cristo que nós temos
nosso aprendizado. Jesus cada dia
nos surpreende. Quando vocês
chegaram aqui nem imaginavam o
que iria acontecer. E muitas vezes
tivemos que nos dobrar diante das
surpresas que Jesus foi nos oferecendo”, concluiu Frei Fidêncio.
No momento de ação de graças,
os jovens foram convidados a colocar dentro do Tau, símbolo das
Missões Franciscanas, o seu nome,
100
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
em um pedaço de papel. Este nome
ficará para sempre dentro do Tau,
como símbolo permanente desta
missão.
As Missões em 2016
No final da missa, Frei Diego
informou que a cidade de Chopinzinho, no Paraná, receberá as
Missões Franciscanas da Juventude
em 2016. Então, os jovens de Concórdia entregaram o Tau para os
jovens chopinzinhenses presentes,
num momento de muita emoção.
Frei Diego, coordenador do SAV
e organizador das Missões Franciscanas, destacou quatro aspectos
desta edição: adesão, entusiasmo,
vocação missionária e doação. “O
envolvimento das comunidades da
Paróquia de Concórdia proporcionou o bom andamento desta missão.
Os jovens deram novo fôlego a estas
comunidades, que poderão ainda
colher muitos frutos”, destacou Frei
Diego, lembrando que no ano passado 100 jovens participaram e agora o
número mais que dobrou.
Segundo Frei Diego, a desco-
berta do jovem como missionário e
evangelizador, a capacidade de doação, a criatividade, tudo isso torna o
jovem protagonista. “Os jovens foram levados a conhecer realidades
desafiadoras nas periferias”, disse,
como a visita ao presídio, ao centro
de detenção provisória para menores infratores. Houve também uma
atenção especial aos jovens surdos
da cidade, que através do trabalho
de tradução do Frei Jhones Martins,
puderam participar de alguns momentos das missões.
A preocupação com o meio
ambiente também foi um dos destaques, segundo o organizador, no
plantio das mudas no entorno do
Rio Queimados. “A reconstrução
da Igreja se dá de diversas maneiras e existem muitas faces desta
Igreja que precisa ser reconstruída,
a Igreja da evangelização, a Igreja
do ser humano, a Igreja do serviço
social, do cuidado com o meio ambiente, entre outras”, concluiu Frei
Diego.
Para Frei Fidêncio, o caráter missionário deve estar sempre presente
SAV
na vida cristã, mais ainda na vida
franciscana, pois no espelhamos no
exemplo de Francisco de Assis. “O
espírito missionário deve ser a alma
de toda a evangelização, e muito
particularmente da nossa evangelização franciscana”, afirmou. Para os
jovens, a presença do Ministro Provincial durante todo o encontro foi
muito marcante. Para Frei Fidêncio,
sua presença foi uma resposta à “feliz e grande aposta da Província”. E
acrescentou: “Fiz-me presente porque acredito no segundo objetivo
específico do nosso Plano de Evangelização que é: ‘Revigorar a animação vocacional’, tendo com uma das
estratégias o ‘investimento no trabalho com a juventude’”.
“Vi jovens provenientes de diversas realidades e regiões da nossa
Província (SC, PR, SP e RJ) e senti
que todos estavam dispostos a responder ao apelo do Papa Francisco
na Jornada Mundial da Juventude
na noite da Vigília na praia de Copacabana, ‘Vai, repara a minha casa’.
Vi jovens atentos e senti que eles
mesmos experimentaram a alegria
do ‘vencer-se a si mesmo’ quando
perceberam as diferentes facetas do
mesmo Crucificado em tantas verdades nuas e cruas da vida humana: misérias, doenças, solidão, experiências de perdas, encarcerados,
hospitalizados etc.
Vi jovens acreditarem que a nossa Igreja deve ser uma ‘Igreja em sa-
ída’. Senti que eles perceberam que
o verdadeiro discipulado não se faz
em salas de aula, somente com reflexões de uma catequese abstrata,
mas no caminhar com Cristo e ir
com Ele a todas as periferias existenciais.”
Frei Fidêncio Vanboemmel deixou uma mensagem aos participantes das Missões Franciscanas da
Juventude: “Vocês, jovens, são os
verdadeiros protagonistas da Igreja do futuro. Portanto, acreditem
nas potencialidades que carregam
no coração. Por favor, não tenham
medo de insistir junto aos nossos
frades por um espaço na comunidade de Fé. Que o Senhor nos
abençoe e nos guarde!”
Fraternidades
JOVENS CAMINHAM PELA
PAZ EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ
Grupo de Jovens Franciscanos da Paróquia Santa Inês
promoveu, na manhã do dia
4 de janeiro, na Praia Central de Balneário Camboriú, uma caminhada
pela paz. Dezenas de jovens participaram.
Os jovens fizeram neste dia a lembrança do Dia Mundial da Paz que
aconteceu no dia 1°de janeiro. O Dia
Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz, foi
criado pelo Papa Paulo VI, com uma
mensagem datada do dia 8 de dezembro de 1967, para que o Dia Mundial
da Paz fosse celebrado sempre no
primeiro dia do ano civil, a partir de
1968, evento que acontece até hoje.
No trajeto da caminhada, os jovens, com bandeiras da paz, entoavam cantos franciscanos e faziam
algumas reflexões sobre o sentindo
da paz, recordando São Francisco
de Assis, que é reconhecido até por
outras religiões e mesmo por não-crentes como homem da paz e da
fraternidade universal.
Também durante o percurso, foi
destacado que a paz acontece quando
fazemos pequenas ações imbuídos do
espírito da paz. Não precisamos fazer
grandes coisas para testemunharmos
a paz. Mas agir em paz.
Esta caminhada também quis
conscientizar as pessoas a construírem uma sociedade fundada sobre a
igual dignidade de todos os seres humanos. Francisco de Assis, através da
sua simplicidade, nos ensinou a construir uma sociedade que vive em harmonia e justo progresso.
Francisco mesmo dizia: “A paz que
anunciais com a boca, deveis tê-la em
vossos corações. Ninguém seja por
vós provocado à ira ou ao escândalo,
mas todos, por vossa mansidão, sejam levados à paz, a benignidade e à
concórdia. Pois é para isso que fomos
chamados: para curar os feridos, reanimar os abatidos e trazer de volta os
que estão no erro” (cf LTC 58).
Podemos dizer que este dia foi
de muita inspiração e motivação,
pois, como Francisco exortou seus
frades, também nos exortou e nos
impulsionou a anunciar a paz e a
testemunhá-la com doçura, porque
este é o único caminho de comunicação para atrair todos os homens
e mulheres para a verdadeira paz,
bondade e concórdia.
Grupo de Jovens Franciscanos
da Paróquia Santa Inês
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Fraternidades
JUBILEUS DE FREI CARLOS E FREI BENJAMIM
FREI JEÂ PAULO ANDRADE
o dia 20 de dezembro, Frei
Carlos Pierezan e Frei Benjamim Ansolin celebraram,
em Concórdia, o jubileu de ouro de
ordenação sacerdotal. Filhos desta
terra, há exatos cinquenta anos celebravam, no auge do Concílio Vaticano II, uma missa sincronizada em
frente da Igreja Matriz de Concórdia com outros três companheiros
de caminhada: Frei Luiz Dalmago
(falecido), Frei Paulo Bonassi (capu-
102
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
chinho) e Leonardo Boff (egresso).
A Missa de jubileu foi presidida pelo Definidor do Regional Frei
Evandro Balestrin. Na homilia frisou que o ‘sim’ dado por Maria é um
exemplo para o ‘sim’ que o presbítero
precisa dar todos os dias, para que se
efetive o compromisso com o povo e
com Deus. Esse compromisso sacerdotal foi, de joelhos, renovado pelos jubilandos. Nos agradecimentos,
Frei Carlos lembrou das bases do seu
ministério: A família onde recebeu
a vocação e o exemplo de oração e a
Eucaristia que é a maior graça que o
sacerdote pode conceder às pessoas.
Frei Benjamim falou de seu lema de
ordenação: “Por fundamento a fé, por
ideal a perfeição e por objetivo a glória de Deus e o bem das almas”.
O jubileu dos frades, com a presença do SAV, teve forte apelo vocacional, na esperança de fazer brotar
no coração de mais jovens esse ardor
pela vida religiosa e sacerdotal. No
dia seguinte, ambos celebraram nas
comunidades de origem juntamente
com os amigos e familiares.
Fraternidades
Frei Benjamim celebra o Jubileu com a Fraternidade de Forquilhinha e Frei Alberto Beckhäuser
Deus Chama
1. Desde o início da criação do mundo
Deus tem feito os seus chamados;
Chamou Adão que se escondera por
estar nu
Para dar-lhe e a sua mulher os devidos
recados.
5. A
promessa de um misericordioso
salvador
Nós a encontramos no Profeta Isaías
Vindo ao mundo Ele seria o “Deus
conosco”
Conforme uma das muitas profecias.
2. Foi a desobediência dos 2 que os fez
conhecer o bem e o mal
E foi também assim que a infelicidade
entrou no mundo;
E em consequência desta triste e
infeliz atitude
A humanidade toda mergulhou em
um caos profundo.
6. Uma virgem conceberá e dará à luz um
filho
E Ele será chamado “Emanuel”;
Era o que dizia a sábia profecia
Para a alegria e esperança de Israel.
7. Um novo Reino seria, daí, implantado
Contrapondo-se àquele que já existia;
Havia, então, mais paz e justiça
Porque seria esta a missão do prometido
Messias.
10. Completado que foi o tempo de
espera
A luz anunciada, então, apareceu;
E afugentando as densas trevas do
mundo
Da sempre Virgem Maria, o Messias, de
fato, nasceu.
11. Foi lá em Belém de Judá
Que a Graça de Deus se manifestou;
Entre hosanas e hinos de glória
Veio Aquele que desde sempre nos amou.
12. Tendo-se encarnado o Deus bendito
Realizou, com fidelidade, a sua missão
no mundo;
E como não quisesse trabalhar sozinho
Continuou chamando colaboradores
com amor profundo.
3. Deus que havia se arrependido de ter
criado o homem
Voltando atrás não abandonou a obraprima de sua mão;
8. Sobre Ele repousará o Espírito do Senhor
E na sua imensa e infinita misericórdia
Espírito de Sabedoria e de
13. Chama Apóstolos e Discípulos para o
de Pai
Entendimento;
seguirem
Prometeu dar-lhe, ainda, uma
E mais ainda o da Prudência e Coragem
Prepara-os e encorajando-os, os envia;
Para dar à Lei de Deus pleno
Para ensinar, batizar, abençoar e curar
oportunidade de salvação.
E assim o número de fiéis sempre
cumprimento.
crescia.
4. Chamou Patriarcas, Profetas e Juízes
Para reconduzir a Ele o povo afastado; 9. E não lhe faltariam também o da Ciência
Pois não seria seguindo deuses
14. Eu também fui um desses por Ele amado
e Temor de Deus
Que viriam completar os dons do Messias;
Para deixar pai, mãe, casa e irmão;
estrangeiros
Que o povo ingrato encontraria o
E para não retê-los só para si
E depois de refletir bem disse o meu “sim”,
Aos que cressem n’Ele, Ele também os
E aqui estou para cumprir a minha
perdão de seu pecado.
daria.
missão.
103
| ComunicaçõesFrei
| Fevereiro
Benjamim
2015F.| Ansolin
Fraternidades
FREI JACIR CELEBRA JUBILEU EM FORQUILHINHA
FREI JOÃO P. S. DE ALMEIDA
“O Sacerdócio é um
mistério! Somente a fé
nos dá a certeza de sua
existência e de sua grandeza.
É dom que Cristo deixou à sua
Igreja para que pudesse continuar a exercer sua missão sacerdotal, na história, até o fim
dos tempos, mediante homens
limitados e pecadores”. Estas foram algumas palavras que Frei
Benjamim Ansolin dirigiu ao
povo e ao homenageado da noite: Frei Jacir Antonio Zolet, que
celebrou seus 30 anos de vida
sacerdotal.
Na noite do dia 20 de janeiro,
a Paróquia Sagrado Coração de
Jesus, em Forquilhinha, celebrou
com fé e devoção os 30 anos de
Vida Sacerdotal de Frei Jacir. A
cruz acompanhada de uma vela
e um belíssimo arranjo de flores
compuseram o singelo ornamento preparado para a solene
celebração eucarística.
Sob a presidência de Frei
Jacir, a celebração eucarística
revelou piedosamente o grande
mistério da vocação sacerdotal,
manifestando o amor de Deus
para com os homens na consagração do Pão e do Vinho.
Na homilia, Frei Benjamin
assegurou que o chamado e a
escolha é sempre de Deus, mas a
resposta que deve ser livre, generosa, madura e responsável, é tão
somente do homem! E o “Sim”
deve ser para valer!
“É sempre o Cristo que escolhe e chama seus sacerdotes, ainda que se utilize de pessoas que
agem como seus instrumentos
104
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
desta escolha, pois todo o pontífice é escolhido entre os homens
e constituído a favor dos homens
como mediador nas coisas que
dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados (Hb 5,1), pelos seus e pelos
do povo”, disse Frei Benjamin.
O Sacerdote é chamado, preparado e enviado para pregar o
Reino de Deus, para abençoar,
perdoar e administrar os Sacramentos em favor do povo.
É aquele que “recolhe o Sangue
que Cristo derramou na cruz”,
como diz Santa Terezinha do
Menino Jesus.
Sendo homenageado pelos
seus confrades e por todos os paroquianos, Frei Jacir ouviu toda
a assembléia entoar a Consagração a Nossa Senhora, suplicando
as incessantes bênçãos e virtudes
sobre a vocação deste presbítero.
Agradecendo a todos pela
organização e prestígio, Frei Jacir
convidou as crianças para receberem as bênçãos de Santo Antônio e, em seguida, abençoou
os pães e todos os fiéis com a
água benta.
A equipe de coordenação
paroquial (CAEP) preparou um
delicioso e caprichado coquetel
com bolos, salgados e “cavaquinhos” (popularmente conhecido
como “orelha de gato” ou “cueca
virada”) a Frei Jacir, desejando-lhe paz, alegria e perseverança
na caminhada!
Que Deus continue derramando suas bênçãos e promovendo sempre o bem e a paz na
vida deste nosso Irmão. E que
Maria, Mãe das vocações, conceda-lhe sempre a graça da perseverança! Parabéns, Frei Jacir!
Fraternidades
QUANDO AS MÁQUINAS FALHAM...
Frei Antônio Moser
empre pensei, erradamente, que só
avião levantasse vôo
e que as máquinas dificilmente falhavam. Pois, nesta
quarta-feira, dia 14 de janeiro, descobri que certas
máquinas falham e nisso
“levantam voo por conta própria”. Dei a partida,
cuidadosamente, para entrar na Rua Quissamã, em
frente ao número 1.889, TV
Canal 10, onde acabara de
participar de um programa.
Para minha surpresa, o Focus 2.0,
hidramático, novo, resolveu dar
um salto. Logo após a virada da
chave, atravessou a rua e derrubou
o muro do lado oposto. O mais incrível é que por “iniciativa própria”,
não contente com a violenta batida,
o carro engrenou marcha à ré e me
deixou no mesmo local da partida.
Tudo isso aconteceu apesar de
eu haver pisado no freio e puxado
o freio de mão tão logo percebi que
havia algo de errado. Traduzindo:
brutal falha mecânica na caixa de
marcha e ainda por cima o célebre
air bag não funcionou. Claro que
caberá à montadora dar as devidas
explicações e tomar as devidas providências. Nem sei como, mas a única
coisa que consegui fazer foi desviar
de um poste que ficava ao lado. Felizmente, saí-me com apenas algumas escoriações; tanto assim, que
ao perceber fumaça no motor soltei
o cinto de segurança e saí do carro.
Certamente foi meu anjo da guarda
que entrou em ação naqueles segundos que poderiam ter sido o ponto-final de minha vida, tal a violência
do impacto. Perda total do carro e
apenas um susto do motorista e dos
vizinhos.
Após um acidente desse tipo pude
constatar muitas outras coisas, além
dessas de que carros também voam
por iniciativa própria e as máquinas
também falham, mesmo que novas.
Primeira constatação: solidariedade imediata de um grande número de pessoas, inclusive os donos da
moto e do muro, que calmamente pediam para que eu
não me preocupasse. Uns
ofereciam água; outros pediam para que me sentasse;
outros, se estava precisando
de alguma coisa; outros, que
eu não deixasse de fazer um
check-up completo.
Uma segunda constatação: meu pessoal da Editora
chegou em poucos minutos
e assumiu o comando das
operações necessárias: um
ficou no local e o outro me
levou ao Hospital Unimed.
E aqui aparece uma
terceira constatação: a prestimosidade, tanto dos médicos quanto
dos funcionários do hospital. O Dr.
Mário Giorgette ficou me controlando o tempo todo até a liberação,
depois de haver feito uma checagem completa de todos os exames.
Aliás, não consegui encontrar minha carteira do plano de saúde;
mas logo disseram para que eu não
me preocupasse, que depois isso
seria resolvido.
Uma quarta constatação: nossa vida está sempre por um fio. Em
vez de estar aqui ao computador,
poderia estar sendo conduzido ao
cemitério. E mais do que isto: como
explicar que na movimentada Rua
Quissamã, naquele momento, 10h30
da manhã, não estivesse passando
nenhum carro e nenhum pedestre?
Logo após o acidente o trânsito ficou
intenso... Mais uma vez deve ter sido
meu anjo protetor que entrou em
ação, mandando os carros descerem
mais devagar...
Finalmente, só me resta agradecer a solidariedade de todos, inclusive da imprensa, que foi muito discreta.
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
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Fraternidades
O FREI DO ‘STAND UP PADDLE’
uem visita o Convento da Penha, em Vila Velha, na Grande Vitória, e vê o Frei Pedro
aos 78 anos de idade nas vestimentas
tradicionais, não imagina que o representante da igreja tenha um espírito
aventureiro e esportista. Responsável
por cuidar da parte interna de uma
das construções históricas mais conhecidas do estado, Frei Pedro descobriu há cerca de um mês, a paixão
pelo Stand Up Paddle, popularmente
conhecido como SUP, modalidade
esportiva onde os praticantes utilizam
um remo e uma prancha para se locomoverem sobre o mar.
O religioso contou que já carregava esta disposição para a atividades físicas há anos e se apaixonou ao
ver, nas praias da cidade, as pessoas
que curtiam o litoral capixaba sobre
a prancha.
“A prática para mim é mais para a
saúde, e como eu sou um tipo esportista também, sempre na vida fui, e
também a criatividade de inovações,
experimentar coisas diferentes, eu vi
alguém andando assim, tranquilamente, remando e me deu uma vontade ‘doida’, e quis aprender”, explicou.
De acordo com
ele, as atividades que
desenvolve dentro
do Convento, onde
cuida da parte interna, dos equipamentos e dos instrumentos musicais, acabam
ajudando na preparação do corpo.
Ele explicou que,
em alguns dias, chega a subir e descer
as escadas do prédio até cinco vezes,
característica
que
ele compara a uma
academia. “E é uma
boa. Isso faz muito
bem. No dia que a gente não sai, que
fica dentro de casa, como um dia de
chuva que é ruim de sair, aí já sente a
diferença”.
A preparação começa antes de
entrar no mar, com a colocação dos
equipamentos de segurança necessários para garantir que tudo corra
bem.
E mesmo longe do local da trabalho, o Frei destaca que a fé e a religio-
sidade se fazem presentes, sem diminuir. “Quando estou indo pra água
eu já faço minha oração, quando eu
saio de casa também. A intenção é
colocar nas mãos de Deus, pensamento positivo para de fato estar
numa boa, porque você tem que praticar o esporte para ter mais saúde e
bem estar na vida”, declarou.
Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
** Com colaboração de Jorge Félix, da TV Gazeta
FREI wALTER HUGO DE ALMEIDA
CIDADÃO AGUDENSE
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
A Câmara Municipal Agudense concedeu a Frei Walter
Hugo de Almeida o Título de
Cidadão Agudense, no dia 28 de
novembro.
Na ocasião, a Sessão Solene
inaugurava também o novo prédio
da Câmara; foi uma sessão enriquecida... Multidão de gente amiga, Franciscanos da OFS, frades,
funcionários do Seminário.
Vão ter um abalo, quando souberem de minha transferência! Aliás, depois do carnaval, estarei na
nova Casa.
Somando meu tempo de estudos, são 28 anos de convivência no
Seminário e na cidade!
Grato!
Frei Walter Hugo de Almeida
Fraternidades
CONVENTO DA PENHA
REFORMAS NA SECRETARIA PARA ACOLHER MELHOR
epois de um período funcionando em local improvisado,
a secretaria do Convento voltou para seu espaço definitivo. Porém, com nova mobília, piso trocado
e outras melhoras importantes realizadas no local. A secretaria está no
andar superior da antiga “Casa dos
Romeiros”, datada de 1651/52; edificação que abriga também o Museu e
Sala dos Milagres no andar inferior.
No dia 22 de janeiro, pelas 10h15
da manhã, o guardião do Convento,
Frei Valdecir Schwambach, que estava com Frei Alberto, Frei Claudius e
Frei Pedro, dirigiu algumas palavras
aos fiéis e visitantes do Convento.
Em suas palavras, o guardião agradeceu à fraternidade da Penha e aos
fiéis pela compreensão em relação
aos transtornos que toda obra de
reforma traz para a rotina dos trabalhos, exigindo que todos, sem exceção, saibam se adaptar. Agradeceu à
Associação dos Amigos do Conven-
to da Penha – AACP, pois a obra foi
executada pelos colaboradores da
mesma Associação e, como todos
podem perceber, foi um trabalho
muito bem feito. Agora reformada, a
secretaria poderá desempenhar melhor sua vocação: acolher os fiéis e
visitantes que vêm ao Convento, destacou o guardião. Feitos os agradecimentos, seguiu-se a bênção do local.
Junto à secretaria, encontram-se
os confessionários e uma pequena
capela. Esse espaço destina-se a todos que procuram neste Santuário o
Sacramento da Reconciliação. Vale
lembrar que o Convento da Penha é
sempre muito procurado para confissões, praticamente uma referência
em todo o Estado do Espírito Santo,
recebendo, inclusive, muitas pessoas
de outros Estados que com certa frequência, vem buscar o Sacramento
neste santuário que é chamado de
“Santuário do Perdão e da Graça”.
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
107
Fraternidades
EXPOSIÇÃO FRANCISCANA DE PRESÉPIOS
CELEBRAÇÃO DO JUBILEU DE PRATA
FREI RÓGER BRUNORIO
elebrar o Jubileu de Prata da
Exposição Franciscana de Presépios foi ter a certeza de que
a missão iniciada no ano de 1989
continua atual e possui importância
para a comunidade franciscana, a
igreja local e principalmente para os
visitantes. Foi em ambiente simples
e decorado com muitas flores para
celebrar a festividade que 68 conjuntos de presépios foram expostos na
25ª Exposição Franciscana de Presépios, do Convento São Francisco,
no centro da cidade de São Paulo.
Sessenta deles totalmente inéditos,
oito conjuntos de edições anteriores
foram expostos novamente e uma
exposição virtual com fotografias
das edições anteriores puderam ser
contemplados pelos visitantes. Em
cada edição sempre há conjuntos
que marcam a mostra. Neste ano,
marcou o presépio “Prediletos do Senhor”, onde entre a Sagrada Família
estão representados os excluídos da
sociedade. Houve uma instalação
com material hospitalar e remédios
que provocaram nas pessoas grandes
reflexões. E um presépio numa tenda
de circo e carros intitulado de Auto
Móvel de Natal. Expor os presépios
é, portanto, fazer o anúncio da boa
nova de Cristo, seu imenso amor
108
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
pela humanidade e também denunciar tudo aquilo que é contra a vida.
A maioria das pessoas que visitou
dizia que ao contemplar estes presépios sentiam o verdadeiro espírito do
Natal. Na mostra era perceptível que
através das belas obras de arte era
possível reviver e sentir o Mistério da
Encarnação.
Esperada por todos, uma publicação comemorativa, que merecidamente seria justa para a ocasião jubilar, mesmo na versão de PDF, o que
iria contribuir para democratizar a
informação, também daria acesso e
conhecimento para um número ainda maior de pessoas. Uma revista comemorativa impressa seria formalmente uma maneira de registrar este
evento de tão grande importância no
âmbito provincial, assim como tem
sido feito em outras datas celebrativas, e principalmente importante
para o tradicional convento e cidade.
Porém, a festa não ficou sem o seu
brilho. A exposição teve um público
recorde com mais de 7 mil visitantes,
em vinte cinco dias de exposição.
Número maior de visitantes que a
edição anterior. Pessoas vindas da
grande São Paulo, interior, cidade
vizinhas, do Brasil e de outros países
marcaram presença e prestigiaram a
mostra. Pessoas que vieram pela vigésima quinta vez compartilharam
a alegria de fazerem parte do evento
religioso e cultural. Pessoas que estavam visitando pela primeira vez deixaram registrado que virão a todas
as próximas edições. Tanto visitantes
experientes como os de primeira viagem manifestaram sonhar em poder
celebrar o próximo jubileu daqui a
25 anos. Este desejo revela a grandeza da importância de nunca deixar
de ser realizada a mostra e o quanto
ela contribui para o crescimento da
religiosidade e da cultura.
Para todos os visitantes sempre ficou clara a intenção da curadoria ao
longo desses anos: dar a oportunidade para aqueles que queiram se pre-
Fraternidades
parar e vivenciar o verdadeiro sentido do Natal do Senhor e também
dar a oportunidade de apreciar e conhecer diversas culturas manifestadas nos diversos presépios. Durante
vinte cinco anos, estiveram à frente
da organização da mostra os frades:
Pedro Pinheiro, que trabalhou por
anos, seguido por Frei Airton (Soneca) e Frei Marcos Melo e desde 2010,
Frei Róger Brunorio.
A grande maioria dos presépios
expostos ao longo desses 25 anos
é do acervo da Província que foi se
formando ao longo dos anos com a
colaboração de muitos frades e benfeitores. Muitos conjuntos expostos
também eram de artistas e de colecionadores amigos dos frades. Com
um acervo diversificado e significativo e, sobretudo com a experiência
positiva da mostra realizada no Convento São Francisco, muitas exposições foram inspiradas nela. Algumas
fraternidades da nossa Província realizaram e algumas ainda realizam exposições com o acervo da nossa co-
leção. Em Santos, no Valongo, já está
na 21ª edição. A inspiração também
foi para além do território provincial.
Outras entidades franciscanas realizam exposições há mais de 10 anos.
Paróquias diocesanas do Estado de
São Paulo e Instituições Culturais
(Acervo dos Palácios do Governo do
Estado de SP, Secretaria de Cultura
de Araraquara - SP, Museu de Arte
Sacra de São Sebastião - SP, entre
outras), também se inspiraram nesta
tradição iniciada pelos frades do Largo São Francisco.
Como sempre, os meios de comunicação não deixaram de anunciar e reportar sobre os presépios,
suas belezas e curiosidades. A exposição foi notícia nas rádios e nos jornais das TVs Globo, Brasil, Canção
Nova, Século XXI, Band e diversos
jornais impressos. Notícia também
internacional por meio da Revista
dos Frades Conventuais do Sacro
Convento de Assis, Itália. Na Radio
9 de Julho e na Bandeirantes, além
de entrevista com a curadoria, teve
a sua divulgação por ambos veículos
por diversos dias. Nas redes sociais
também houve ótima repercussão,
sobretudo no Facebook. Os visitantes, já que apreciavam com muito
gosto, eram estimulados a fazerem a
divulgação da mostra em suas redes
sociais pessoais com a finalidade de
compartilhar e convidar os amigos a
visitarem a mostra.
A exposição franciscana de presépios certamente tem o seu diferencial.
O fato de ser realizada por frades que
herdaram a tradição iniciada por São
Francisco, em 1223, traz todo cuidado, delicadeza, arte, cultura e espiritualidade que fazem toda diferença,
considerando as demais exposições
do mesmo tipo realizadas na cidade
no período natalino com motivação
mais cultural. O ambiente do interior
do claustro, a cenografia, os presépios
diversificados, feitos de modo artesanal ou industrializado, o acolhimento
e atenção dispensada pelos frades faz
com que a arte belenista esteja inteiramente a serviço da evangelização.
Oxalá, a exposição aconteça assiduamente nos próximos 25 anos para
celebramos o Jubileu de Ouro.
Deixamos também registrado
o nosso profundo agradecimento a
todos os confrades, parceiros e patrocinadores que, neste ano jubilar
e também ao longo desses 25 anos,
contribuíram para a realização e sucesso desse evento.
Retorno carinhoso dos visitantes
Frei João Bunga OFM
Em virtude dos 25 anos da exposição
de presépios nesta fraternidade conventual, criou-se um livro para que
as pessoas pudessem expressar nele,
o que sentiram, o que lhes chamou
atenção e o que trouxe de novo para
suas vidas ao visitarem a nossa exposição. Como testemunha ocular, diria
que era notório em seus semblantes
que a diversidade cultural dos presé-
pios aproximava-os daquela cultura neles
expressa, bem como das diversas situações sociais que a sociedade enfrenta.
O sentimento de quem visitou os presépios ficou expresso em frases como as que
estão
acima nas imagens.
| Comunicações
| Fevereiro 2015 | 109
Fraternidades
SANTUÁRIO DO VALONGO
375 ANOS
ELAINE OLIVEIRA RODRIGUES
m dos principais templos
franciscanos do Brasil, o Santuário Santo Antônio do Valongo, em Santos, celebrou 375 anos
de fundação no dia 26 de janeiro, data
também do aniversário da Cidade.
Em alusão à data foi celebrada Missa
solene na noite de domingo (25), com
a inauguração da nova iluminação da
fachada, integrando as programaçãoes oficiais do aniversário de Santos.
Como Santo Antônio é um dos mais
populares do catolicismo, a fé depositada nele é celebrada no Valongo
desde 26 de janeiro de 1640, quando
os franciscanos fundaram o templo
religioso.
Segundo Frei Rozântimo Antunes
Costa, chegar aos 375 anos é resultado
de inúmeros sofrimentos e extraordinárias vitórias. “Nada se conquista
sem luta, garra e sobretudo fé de todos aqueles que fizeram essa história,
e que hoje são personagens de nossa
mais sincera veneração, amizade e
agradecimento”, acredita.
“Assim, tendo em vista os 375
anos do Santuário Santo Antônio do
Valongo, do qual muito me orgulho
de fazer parte, cabe a todos nós tomar
consciência desta verdade: as graças
que seus filhos receberam têm sua
origem no Coração do Senhor – Ele
é poderoso; Ele é que demonstrou o
poder de seu braço; Ele é que “de bens
110
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
saciou os famintos” (Lc. 1,53)”, acrescenta Frei Rozântimo, pedindo que
Santo Antônio continue abençoando
e intercedendo por toda Baixada Santista e por esse “longo vale” Valongo.
O Santuário Santo Antônio do Valongo integra o patrimônio histórico e
cultural da Baixada Santista, compondo o Centro Histórico de Santos. O
local é visitado por turistas de toda a
parte e é bastante procurado por noivos porque Santo Antônio é conhecido como o santo casamenteiro. O
bairro passa por um momento ímpar
de revitalização, com a construção das
torres da Petrobras atrás do Santuário
e com a pujança do Museu Pelé, inaugurado no ano passado, à frente do
templo religioso. Além disso, a igreja
é um dos pontos do roteiro do bonde
turístico de Santos.
No Valongo há uma fraternidade
composta por três frades da Ordem
dos Frades Menores (OFM): Frei
André Becker, o reitor, e os vigários
Frei Rozântimo Antunes Costa e Frei
Hipólito Martendal. Hoje o Valongo,
como é carinhosamente conhecido,
tem a Paróquia Nossa Senhora da Assunção, no Morro São Bento, como
sua Matriz.
A comunidade eclesial conta com
diversas pastorais e a Ordem Franciscana Secular (OFS), que realizam
uma série de ações evangelizadoras e
sociais, como o cursinho de pré-vestibular comunitário Educafro, a cooperativa de fábrica de vassouras a partir
de garrafas pet, a Escola de Informática e Cidadania (EIC), o Roupeiro de
Santa Clara, entre outros.
A exposição de presépios internacionais do Valongo é conhecida por
pessoas de diversos lugares e chegou a
sua 21ª edição, uma verdadeira mostra do espírito franciscano de retratar
aos povos a chegada de Menino Jesus
ao mundo.
Curiosamente, também em janeiro, dois frades do Santuário comemoram aniversário de ordenação. E no
mesmo dia. Tanto para Frei André
como para Frei Rozântimo, o dia 17
de janeiro ficou marcado como o início de suas vidas enquanto sacerdotes.
Frei André completou 34 anos de sacerdócio e Frei Rozântimo, 28.
Ainda na linha das comemorações, no próximo dia 4 de fevereiro
é a vez da Juventude Franciscana do
Valongo soprar velinhas pelo seu 42º
aniversário.
Fraternidades
BISPOS SE ENCONTRAM EM XAXIM
VALNEI BRUNETTO
a noite de ontem, dia 15, um delicioso
jantar marcou a acolhida do novo bispo diocesano de Chapecó, Dom Odelir José Magri, junto aos Freis Franciscanos da
Paróquia São Luiz Gonzaga de Xaxim (SC).
Juntamente com Dom Odelir, marcaram presença o Bispo Diocesano de Erechim (RS),
Dom José Gislon e o Bispo da Diocese de
Caçador, Dom Severino Clasen. Além destes,
também estiveram presentes o Vigário Provincial Frei Estêvão Ottenbreit, além de Frei
Evandro Balestrin, pároco da Paróquia Nossa
Senhora do Rosário, de Concórdia (SC) e Definidor Provincial na região. Pe. Clair José Lovera, Vigário Geral da Diocese de Chapecó, e
o Pe. Marlo Tessaro, Coordenador de Pastorais da Diocese, também estiveram presentes
no jantar.
Foi um momento de espírito fraterno e de
acolhida deste que, em nome da Mãe Igreja,
assumiu ser o nosso pastor, guia e condutor na
fé. Que sua presença nos encha de novo ânimo
e vigor, nos encorajando a abraçar e assumir
ainda com maior disposição, fé e coragem, a
vivência e o anúncio do Evangelho de Jesus
Cristo. Bem-vindo, Dom Odelir José Magri
em nossa Diocese e Paróquia!
NOVO LIVRO DE
FREI ARCÂNGELO BUZZI
“Os textos elaborados neste livro, ‘A filosofia e o cuidado da vida’,
não falam do cuidado, pois ele é
essencialmente anterior a toda ocupação. Aqui nos atemos a algumas
ocupações acionadas pelo próprio
cuidado da vida, que nos põem
na tarefa de não desviá-las de sua
intencionalidade primordial, que
é de sair, de ir rumo ao mundo, de
não negligenciar seu fundamental
modo de ser existencial no mundo,
ligado a outras vidas e à suprema,
que tem o caráter de mistério porque em todas se vela e revela”, nos
informa em sua introdução Frei Arcângelo.
O livro é editado pela Vozes e foi
dedicado à memória de Frei Hermógenes Harada, “confrade e amigo
na aprendizagem de ver e pensar
o cuidado da vida”, conta o autor.
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
111
Evangelização
Os temas aprofundados nesta
formação são apontados pelos próprios trabalhadores do Sefras, por
meio de uma comissão que organiza
este evento, três meses antes.
sefras
Temas da atualidade
são abordados em
Semana de Formação
FABIANO VIANA
ara iniciar o ano de 2015, o
Sefras promoveu uma semana de formação para os
trabalhadores dos serviços de São
Paulo. O curso também foi aberto
para integrantes de outras organizações sociais, e neste ano, contou
com um grande número de participantes.
A Semana de Formação do Sefras
aconteceu entre os dias 5 e 9 de janeiro e a cada dia os participantes estudaram um tema específico da atualidade, de relevância para o trabalho
social. Esta proposta de formação
anual está em sua 7ª edição e ocorreu
no bairro do Belém, na Zona Leste
de São Paulo.
Histórico da formação
Esta formação começou há sete
anos e tinha a proposta de formar os
educadores sociais do Sefras que atu-
112
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
avam na área da infância. Com o passar do tempo esta atividade ganhou
outros temas, abriu-se para outros
trabalhadores, não só os técnicos, mas
também os operacionais e atualmente
conta com a participação de outras
entidades e interessados no assunto.
“O objetivo é de começar o ano
com um processo formativo, a partir
de temas que têm relação com o nosso
cotidiano e que nos instigam a pensar
sobre eles”, contou a supervisora técnica do Sefras, Rosângela Pezoti.
Novos participantes
Além dos trabalhadores do Sefras e de outras organizações sociais, este ano participaram também
universitários que se interessaram
pelo assunto. Foram temas exclusivos para cada dia, o que possibilitou
que as pessoas pudessem escolher
apenas um dia de formação, caso
preferissem.
Escolha coletiva
Temas da Semana
O primeiro dia foi dedicado à
análise de conjuntura. Contou com
a presença de Gustavo Moura, militante e economista da Rede Extremo
Sul de São Paulo. Ele fez uma análise
a partir dos aspectos econômicos e
políticos que o Brasil passa neste início de ano. Moura apontou os processos e a complexidade da crise.
O segundo dia seguiu o tema da
migração. Este período foi assessorado
pela assistente social Carla Aguilar que
também é coordenadora da Casa de
Acolhida para Imigrantes, e do advogado, Cleyton Borges, assessor jurídico
no mesmo serviço. Eles fizeram uma
exposição a respeito da imigração, as
causas e o porquê da solidariedade do
Sefras para com este público. No período da tarde, os participantes fizeram
uma visita monitorada ao museu do
imigrante que é uma referência da imigração no estado de São Paulo.
A educadora popular Carolina de
Roing, da Rede Extremo Sul, apresentou os aspectos da educação popular
que podem contribuir para a mudança da realidade dos atendimentos realizados nas organizações sociais.
No penúltimo dia, o assessor Sergio Ricardo tratou da mediação de
conflitos, por meio de conceitos e
técnicas de como abordá-los no cotidiano com as pessoas que o Sefras
atende e, também, nas relações estabelecidas no dia a dia.
Para encerrar a semana, os participantes tiveram um dia de visita
monitorada no Sistema Cantareira e
puderam entender a crise hídrica na
cidade de São Paulo, e ainda, como
se envolver no debate político desta
problemática urbana.
Evangelização
USF REALIZA GINCANA SOLIDÁRIA
E ARRECADA 8 TONeladas EM DOAÇÕES
radicionalmente, os colaboradores e professores da Universidade São
Francisco (USF) celebram o
espírito natalino brindando as
conquistas do ano que termina, reunindo entusiasmo para o
ano que vai chegar e praticando
a solidariedade.
Neste ano, a USF organizou
a Gincana Solidária Paz e Bem
que, além de integrar os participantes, também despertou em
cada um o desejo de ajudar o
próximo. Realizada nos quatro
campi da Universidade e divididos em equipes, colaboradores e
professores, arrecadaram cerca
de 5 toneladas de alimentos não
perecíveis, aproximadamente,
800 cobertores, além de roupas
e produtos de limpeza e higiene.
Todo o material arrecadado será
destinado às entidades atendidas pelo Serviço Franciscano de
Solidariedade (Sefras), organização da Província Franciscana da Imaculada Conceição do
Brasil.
Entidades da mesma Província Franciscana, USF e Sefras,
estimularam mais que a solidariedade neste final de ano. A partir de uma reunião realizada em
novembro, conheceram melhor
as demandas e possibilidades de
cada instituição para planejarem
ações e criarem oportunidades
que transcendam o assistencialismo das doações. Embora
essencial para a sobrevivência
dos projetos, as arrecadações
resolvem uma parte dos problemas encontrados junto a estas
comunidades. “Para a comunidade acadêmica está sendo uma
excelente oportunidade conhecer o trabalho realizado pelos
frades junto aos diversos públicos beneficiados por suas ações.
A mobilização para arrecadar
e doar os produtos é apenas o
ponto de partida para sensibilização e desenvolvimento de uma
importante parceria que está começando. Para o próximo ano,
pretendemos oferecer ao Sefras
os nossos conhecimentos acadêmicos por meio da realização de
projetos de extensão envolvendo
alunos e docentes da universidade”, disse a Coordenadora do
Núcleo de Extensão Universitária (NEXT) e Diretora do campus de Campinas, Profa. Luciana
Rita Stracialano Parada.
Para o reitor da USF, Prof.
Hector Escobar, essa importante parceria com o Sefras
soma-se à participação do Departamento de Marketing e
Comunicação da USF, junto
à Frente de Comunicação da
Província, que vem realizando,
desde o início de 2013, ações de
esforço conjunto e integrado no
âmbito da comunicação. “Dessa
forma, fortalecemos o pedido
do Chanceler da USF e Ministro
Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, de estimular parcerias entre as diversas entidades
da Província, com o objetivo de
proporcionar maior coesão entre nossos trabalhos, fomentar o
espírito de entreajuda e promover a partilha de experiências”,
destacou o reitor.
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
113
Evangelização
NOTÍCIAS DO colégio BOM JESUS
O trabalho docente em sala de aula:
preparação, amor e coerência de vida
Frei Claudino Gilz
conceito aula decorre de uma
compreensão tradicional de
educação e, até mesmo, de
uma prática docente que historicamente veio predominando nos diferentes espaços escolares. Trata-se de
uma compreensão de educação cujo
principal papel da escola consiste na
preparação intelectual e moral dos
alunos. Nessa concepção de educação, identifica-se o predomínio da
autoridade do professor que, em sala,
executa a função de expor aos alunos
explicações de conteúdos a serem
absorvidas como verdades absolutas.
Explicações essas nem sempre contextualizadas e ainda a pressupor dos
alunos atitudes dóceis, receptivas, desempenho exemplar na realização de
exercícios e provas. Em síntese, aula é
nessa concepção de educação sinônimo de exposição docente, recepção
passiva da classe de alunos, memorização por meio de exercícios, seguidos de provas.
Bem outra é a compreensão de
114
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
aula em que se privilegiam: a adaptação gradativa do aluno ao espaço escolar; a compreensão da importância
de um conjunto de rotinas diárias; os
combinados; a contextualização dos
conteúdos aos alunos; a proposição
de desafios cognitivos (problemas a
serem resolvidos via discussão, estudo em pequenos grupos, reflexão,
associações e descobertas); e a mediação docente, seja na sondagem dos
conhecimentos prévios dos alunos
sobre o conteúdo a ser investigado,
seja tanto no acompanhamento do
processo de pesquisa, ou na consolidação da aprendizagem dos aspectos
previstos no plano curricular em relação a cada conteúdo.
Bem outra ainda é a compreensão
de uma aula que, segundo o Papa Francisco, não pode prescindir do diálogo
entre professor e aluno; de “uma proposta educativa que visa o desenvolvimento integral da pessoa e que responde ao direito de todos a ter acesso ao
saber e ao conhecimento”; do “pleno
respeito à liberdade de cada indivíduo”;
do “encontro de pessoas de diferentes
raças, culturas e Religiões”; da “preparação qualificada dos Educadores”, a
ponto de não improvisarem em nada,
mas desenvolverem seu trabalho “com
seriedade.” Porque, segundo o Papa, “a
educação é um ato de amor, é dar vida.
E o amor é exigente, pede o empenho
dos melhores recursos, despertar a paixão e colocar-se a caminho junto com
os jovens, com paciência. O educador
nas escolas católicas deve ser, antes de
tudo muito competente, qualificado, e
ao mesmo tempo rico em humanidade, capaz de estar entre os jovens com
estilo pedagógico, para promover o
seu crescimento humano e espiritual.
Os jovens precisam de uma educação
de qualidade juntamente com valores,
não só enunciados, mas testemunhados. A coerência é um fator indispensável na educação dos jovens. Coerência! Não se pode fazer crescer, não se
pode educar sem coerência: coerência,
testemunho.”
Colégio Bom Jesus conquista o melhor score no vestibular da UFPR
Os alunos concluintes do Ensino
Médio do Colégio Bom Jesus fizeram história na última edição do
vestibular da Universidade Federal
do Paraná (UFPR) cujo resultado
final veio a ser divulgado em 9 de
Janeiro de 2015. Dentre os resultados alcançados, vale destacar os dez
primeiros lugares individuais, além
de inúmeras outras aprovações dos
alunos do Colégio Bom Jesus em
diferentes Cursos de Ensino Superior no referido processo seletivo.
A aluna da Unidade Bom Jesus
Centro (Curitiba), Letícia Chaffin
Barbosa Peruffo, conquistou 834.850
pontos no curso de Medicina e obteve o melhor score entre todos os
candidatos do concurso.
Evangelização
Volta às aulas
Depois das merecidas férias, estudantes e professores da Associação
Franciscana de Ensino Senhor Bom
Jesus retornam para mais um ano
letivo de estudos, pesquisas e aprendizagens. Em 2015, o ano letivo terá
início em três datas diferentes, a saber:
26 de janeiro: Unidades de São Paulo;
9 de fevereiro: Unidades do Paraná,
de Santa Catarina e do Rio de Janeiro; e 12 de fevereiro: Unidades do Rio
Grande do Sul.
Tema da CF-2015
“Fraternidade:
Igreja e Sociedade”
é o tema da Campanha da Fraternidade de 2015,
promovida pela
Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB).
E “Eu vim para
servir” (cf. Mc
10,45), o lema.
A abordagem do tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” será já a partir
das primeiras semanas de aula um dos
conteúdos das aulas de Ensino Religioso e também das demais disciplinas
escolares. Conteúdo esse que requer
uma articulação ampla dos saberes
docentes para, junto com os alunos,
identificar as reflexões e aprendizagens
que se mostram oportunas de serem
desenvolvidas, tais como:
− Vive-se uma verdadeira mudança de época e não só uma época de
mudanças.
− Identifica-se por um lado um
agudo relativismo religioso e, por outro, uma tendência a fundamentalismos.
− Constata-se que determinadas
leis de mercado estão a regular as relações humanas, sociais, familiares e
religiosas, levando os mais pobres a
ficarem sem o mínimo necessário à
dignidade humana (quase metade da
riqueza mundial em posse de apenas
1% da população).
– Observa-se crescer a tendência
de submissão do social ao econômico (uma economia de exclusão e desigualdade social); de facilitação ao
capital especulativo internacional; de
esfacelamento da soberania nacional
em face à hegemonia dos blocos regionais; da evidência da terra urbana enquanto objeto de especulação
financeira; da oneração tributária na
folha de pagamento dos trabalhadores; de um gradativo aniquilamento
de princípios de justiça social a ocasionar níveis de desigualdades inaceitáveis; da exploração midiática
ideológica em relação à gravidade da
situação ambiental etc.
– Identifica-se que as necessidades mais elementares da população
brasileira não estão mais sendo devidamente atendidas, a ponto de comprometer o alcance de uma educação
pública de boa qualidade, de acesso à
saúde pública, de uma resolução razoável de desafios, tais como mobilidade urbana, segurança, habitação,
criminalidade, oferta de emprego
etc.
Segundo o Papa Francisco, “a educação católica é um dos desafios mais
importantes para a Igreja. [...] Efetivamente, as escolas e universidades
católicas são frequentadas por muitos
estudantes não cristãos e inclusive não
crentes. As instituições católicas oferecem a todos uma proposta educativa
que tem como objetivo o desenvolvimento integral da pessoa, que responde ao direito de todo ser humano
a ter acesso ao saber e ao conhecimento. Mas estão igualmente chamadas a
oferecer a todos, com pleno respeito à
liberdade de cada indivíduo e dos métodos próprios do entorno escolar, a
proposta cristã, quer dizer, Jesus Cristo
como sentido da vida, do universo e da
história. Estudante do Colégio
Bom Jesus Canarinhos
alcança “nota 1.000”
na redação do Enem
Ana Paula Bittencourt Pfeiffer, aluna
da Unidade Bom Jesus Canarinhos, em
Petrópolis (RJ), é uma jovem de 17 anos,
comunicativa e que adora ouvir música,
ler e sair com os amigos. Esse é um breve
perfil dessa aluna que no dia 13 de Janeiro
descobriu que obteve a nota máxima na
prova de redação do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) 2014. O feito adquire importância pelo fato de o nome
de Ana Paula constar numa lista seleta de
250 estudantes, em um universo de 6,2
milhões de candidatos de todo o Brasil,
que atingiu os 1.000 pontos possíveis na
atividade específica de produção de texto.
Ela disse que estava muito confiante
quanto ao resultado da atividade, mas que
a nota máxima obtida a surpreendeu. “Eu
me preparei muito ao longo do Ensino
Médio no Colégio Bom Jesus com simulados e tarefas textuais, por isso tive mais
tranquilidade no momento de transcrever
as ideias para o papel”, disse ela. Para os
pais da aluna, Flavio Pfeiffer e Luci Carvalho Bittencourt, a conquista é motivo
de orgulho para a família. “A Ana Paula é
muito dedicada e tínhamos certeza de um
bom desempenho no Enem. Agradecemos aos professores e gestores do Colégio
Bom Jesus que a acompanharam nesse período de formação escolar”.
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
115
Evangelização
ENTREVISTA: frei josé antônio dos santos
CONSOLIDAR
A PALAVRA QUE DESAFIA o
presidente da fimda HOJE
Moacir Beggo
O presidente da
Fundação Imaculada Mãe de
Deus de Angola,
Frei José Antônio dos Santos,
hoje tem como
palavra-chave
de sua rotina o
verbo CONSOLIDAR. É com esse pensamento que
ele participa da consolidação do belo
trabalho missionário da Fundação,
ou seja, fazer com que o já foi realizado durante estes 25 anos de presença
franciscana consiga produzir frutos
em terras angolanas. Os frutos, contudo, são abundantes como se pode ver
pelo celeiro vocacional que se tornou a
Missão nos últimos anos. Nesta entrevista, Frei José Antônio fala do passado, do presente e do futuro da Missão.
Acompanhe!
Comunicações - Que cenário reli-
gioso, político e social o sr. encontrou em Angola quando chegou
como missionário há 14 anos?
Frei José Antônio dos Santos Todo o cenário politico, religioso e
social era marcado pela guerra civil,
que se estendia já por vários anos,
com momentos de maior ou menor
intensidade. A guerra destruiu, além
116
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
Evangelização
das estruturas físicas, também muito das estruturas familiares, com o
constante deslocamento das famílias
e, dessa forma, muito das referências
culturais. Os vários anos de guerra
determinaram a realidade política
fortemente marcada pela desconfiança que impedia qualquer tipo
empreendimento e, portanto, dificultava o avanço econômico e social
do país. As estradas eram precárias,
impedindo a livre circulação de mercadorias, por vezes até mesmo os
produtos mais básicos. O ambiente
religioso era bastante intenso. Lembro-me de uma prece que era repetida ao final de todas as missas e celebrações litúrgicas. Era uma súplica
pela paz. O povo repetia aquelas palavras em voz alta e forte. A vibração
presente na oração demonstrava a
esperança que todos tinham de que,
um dia, a paz iria chegar.
Comunicações - O que mudou nes-
te tempo?
Frei José - Acredito que é possível afirmar que quase tudo mudou.
Saímos de um período marcado pela
guerra que destruiu todo o país, para
um momento de grandes esperanças na reconstrução. Há um avanço
muito grande na reforma e ampliação das cidades, construção de moradias populares, hospitais, escolas
etc. Acredito que o grande desafio
neste momento é a manutenção de
tudo o que está sendo feito. Quando
terminou a guerra, o governo sugeriu que a Igreja ajudasse no processo
de reconstrução nacional, sobretudo
no setor da educação e da saúde. A
Igreja realmente tem procurado ajudar nestas duas áreas. Nossa missão
franciscana tem se envolvido neste processo, sobretudo, através das
escolas paroquiais, que acolhem as
crianças e adolescentes mais carentes
que, de outra forma, muito possivelmente, ficariam sem estudar.
Comunicações - Que balanço o sr.
faz deste trabalho na missão?
Frei José - O balanço é positivo.
Inicialmente, havia muita expectativa em torno do que fazer e como fazer. Fui enviado para a fraternidade
do Postulantado (Viana) para ajudar
na formação, como vice-mestre dos
postulantes. Ao chegar, já pelo meio
do caminho, recebi a notícia de que
o confrade que estava à frente da fraternidade e da formação, havia pedido para se retirar da missão e ir para
outro projeto missionário da Ordem.
Avaliando todo o meu itinerário na
missão, acredito que foi o momento
mais difícil de todos. Chegar a outro
país, recém-saído da formação, e cair
dentro desse tipo de situação totalmente inesperada. Ninguém sabia
quem iria substituir o confrade. O
processo formativo do grupo de postulantes já seguia avançado. A dúvida pairava no ar. No meu coração
meditava e me perguntava: que pai é
esse que abandona os filhos em meio
ao vendaval. Havia muito boa vontade dos frades que permaneceram em
ajudar a encontrar uma solução, dar
apoio, ajudar, porém, durante quase
dois anos, o que aconteceu foi uma
sucessão de reajustamentos na fraternidade que a tornava inconstante.
Mesmo recém-formado, percebia
que esse ambiente não ajudava em
nada a formação. Finalmente, as coisas foram se ajustando e, um novo
confrade, já com experiência em
formação chegou e ajudou a fazer a
transição. Passei estes 6 anos iniciais
na fraternidade de Viana. Durante
esse tempo de missão, meu programa de trabalho tinha escrito em letras bem grandes sobre minha mesa:
APRENDIZADO. Queria lembrar
sempre que estava ali, naquele momento, mais para aprender do que
para ensinar. Algumas coisas me ajudaram muito neste momento: a acolhida, a abertura e o espírito fraterno
por parte dos confrades que já estavam na missão; a partilha e a amizade dos confrades que foram junto
comigo para a missão; o Curso para
Missionários, oferecido pela Conferência Episcopal, que nos apresentava um pouco de tudo: oportunidade
para conhecer um pouco da cultura,
das línguas locais, da organização
econômica, política e religiosa, mas,
sobretudo, para conhecer outros
missionários, recém-chegados de
outras congregações e assim partilhar expectativas e experiências;
a alegria dos nossos formandos e o
seu entusiasmo e busca por cultivar
a vocação franciscana; os tempos de
trabalho pastoral junto às aldeias de
Malange, com os frades estudantes,
no período pós-guerra. Todas essas
experiências ajudaram a conhecer
um pouco da realidade de nossa
missão. Hoje, a palavra-chave do
meu trabalho tem sido CONSOLIDAR. Ou seja, tentar fazer com que o
que já foi realizado durante estes 25
anos consiga produzir frutos e assim,
aos poucos, a Fundação vá se consolidando, cada vez mais, em terras
angolanas. Desde quando cheguei
a Angola que procuro estudar um
pouco da sua história. Comecei com
o processo de chegada dos primeiros
europeus até o processo de independência. Depois percebi a necessidade
de descobrir um pouco o processo de
fixação dos vários povos de origem
bantu no território, pois isso nos ajuda a entender um pouco da cultura
ou culturas locais. Atualmente tenho
pesquisado sobre os outros momentos em que houve presença de frades
menores ou de algum dos grupos de
frades que depois se integraram à
OFM. Foram vários os momentos,
como podem comprovar algumas
ruínas de antigos conventos ou a lista
dos bispos da cidade de Luanda, pelo
menos 6 eram franciscanos. Alguns
vieram diretamente de Portugal, ou| Comunicações | Fevereiro 2015 |
117
Evangelização
tros já eram missionários. Isso indica
a presença dos frades. Porém, pouco
dessa história foi conservada, mas,
conhecê-la nos ajuda a entender o
que é necessário fazer para que a presença atual seja realmente duradoura
e produza frutos de verdadeira evangelização, de promoção da dignidade
da pessoa humana.
Comunicações - Hoje, como presi-
dente da Fundação, quais os principais desafios da missão?
Frei José - No momento em que
nos preparamos para celebrar os
25 anos da atual presença dos frades menores em Angola, podemos
afirmar que passamos do período
de “instalação e reconhecimento”
do terreno. Assim, surge o grande
desafio que é a consolidação do que
foi instalado e reconhecido. Com
isso, o maior desafio é ter frades em
número suficiente para oferecermos
um trabalho na área pastoral e formativa de qualidade para que o nosso serviço de evangelização possa
realmente ser o lugar onde o frade
menor e todos aqueles que com ele
se encontram possam sempre sair
realizados em sua missão. Sabemos
118
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que tudo é um construir constante,
mas, nos encontramos no momento
em que o maior desafio não é somente construir, mas manter o que
já foi edificado. Não falamos apenas
das construções de pedra e cimento,
mas, sobretudo da construção espiritual da Fundação.
Nossas paróquias cresceram, não
em extensão territorial, mas, em número de pessoas, que passaram a residir nelas por causa do processo de
deslocamento das populações que se
iniciou logo nos primeiros anos do
pós-guerra e vem se intensificando
cada vez mais. A paroquia de Malange, por exemplo, há bem pouco tempo (três ou quatro anos) tinha poucas residências. Atualmente, para
todo lado que se olha se vê uma nova
construção. O mesmo pode ser dito
das outras duas paróquias. O Kimbo
São Francisco (em Luanda) vê o número de peregrinos aumentar todos
os dias. Antes, recebíamos pessoas
da grande Luanda, hoje há fiéis vindos mesmo de outras regiões.
Na formação, o número de vocacionados tem aumentado. Isso
nos ajuda a fazer uma melhor seleção inicial. Ou aproveitamos o bom
momento que a graça nos concede
ou talvez nos arrependamos depois.
Acrescenta-se a isso o fato de que
o índice de perseverança tem sido
bastante alto. Porém, a inconstância
no número de formadores tem sido
uma prática. Isso empobrece a nossa capacidade de acolher e ajudar no
processo de discernimento e animação vocacional. Além disso, as constantes mudanças fazem com que não
se gerem experiência e continuidade
nos processos formativos. Muitas vezes acabamos por experimentar de
novo aquilo que o passado já comprovou ser ineficiente.
Comunicações - A Fundação vive
um bom momento vocacional, fale
sobre esse “celeiro vocacional” na
missão.
Frei José - O atual bom momento vocacional é resultado do trabalho
de todos os frades ao longo destes
25 anos. Outros fatores que também
têm contribuído para tal foi o crescimento no número de escolas que
possibilitam aos jovens terminar o
ensino fundamental e, por vezes, o
ensino médio e assim estarem aptos
a entrar em um seminário ou casa de
Evangelização
formação. No nosso caso específico,
o apoio das religiosas nas regiões
onde não temos presença tem sido
fundamental. O material vocacional,
sobretudo os subsídios impressos
contribuem para que os jovens que
nos procuram venham já com uma
ideia geral sobre o que significa ser
frade menor. A criação de uma coordenação mais centralizada da Pastoral Vocacional que ajuda na animação local também tem ajudado
a promover mais visitas às famílias
etc., algo muito importante na acolhida dos jovens vocacionados por
aqui.
Comunicações - Por que quis ser
missionário?
Frei José - O desejo de ser missionário surgiu já no primeiro ano de formação, durante o aspirantado. Os primeiros frades tinham sido enviados
para a missão em Angola havia pouco
tempo. Os relatórios, as notícias falavam das primeiras experiências, das
dificuldades e eram entusiasmantes.
Então surgiu a primeira ideia de também ir para Angola. Essa ideia foi reforçada durante o tempo de noviciado
com a leitura das biografias dos frades
que chegaram para a reforma da Província. Durante os momentos de meditação líamos essas biografias e era
um momento onde podíamos viajar
até a missão e pensar como tudo tinha
sido e como tudo poderia vir a ser se
tomássemos a decisão de seguir para
a missão. No último ano da Teologia,
conversei com o ministro provincial
da época e ele disse que se eu quisesse
realmente ir, que escrevesse uma carta. Em 8 de dezembro de 2000 recebi a
transferência para a missão. Na verdade, quis ser missionário por acreditar
que poderia aprender muito vivendo
dentro de uma realidade e cultura
diferentes, por acreditar que todos
somos chamados a ser missionários
e porque tenho claro que o carisma
franciscano pode ajudar a construir
uma sociedade mais justa e mais fraterna, sobretudo em um lugar onde a
palavra guerra, no passado, era mais
usada do que a palavra paz.
Comunicações - Como se deu o seu
discernimento vocacional? Por que
escolheu ser franciscano?
Frei José - A descoberta da vocação religiosa como possibilidade de
realização existencial se deu quando
ainda era bem criança, no primeiro
dia de catequese. A arquidiocese de
Niterói, da qual sou originário, vivia
um momento de trabalho vocacional bastante intenso, pois, na época,
faltavam vocações. Havia um pequeno caderno vocacional e o catequista o usava nos primeiros encontros.
Pois bem, o primeiro encontro falava
sobre a vocação de Samuel, quando
Deus chama Samuel pelo nome.
Naquele dia senti
que talvez esse
poderia ser meu
caminho. Passou
muito tempo e
uma
religiosa
catequista franciscana me questionou sobre a
possibilidade de
ser franciscano
e me levou até
aos frades. No primeiro encontro
com os frades tive a certeza de que
queria mesmo ser franciscano. Muitos foram os que me ajudaram neste
processo de descoberta. Hoje, cada
vez que visto o hábito e o vejo cada
vez mais velho, desgastado e surrado, lembro com carinho de todas
essas pessoas e tenho clara a certeza
de que foi a melhor e mais acertada
decisão que já tomei na vida. Sobre
por que escolhi ser franciscano poderia dizer muitas coisas, mas acho
que posso resumir da seguinte maneira: nos momentos de alegria ou
de dificuldade ser franciscano me realiza, me sustenta espiritualmente e
me dá forças para continuar a caminhada. O modo de vida e o ideal de
São Francisco, dos irmãos menores e
itinerantes, me fez encontrar sentido
para a caminhada.
Comunicações - O que você diria
para os frades e leigos que querem se
tornar missionários em Angola?
Frei José - Cada um tem a sua
própria medida, mas todos podemos
doar um pouco de nosso tempo e
de nossa vida como frades menores
e como cristãos para a missão. Já tivemos irmãos que ficaram na missão durante dois anos ou até menos
e fizeram muito. Até hoje as pessoas
têm uma boa lembrança deles. Não
importa o tempo que você pode
oferecer: um ano, dois, três... a vida
inteira. O que importa é ser capaz
de fazer algo, sobretudo, neste momento em que a missão cresce. Esse
tempo, se bem aproveitado, ajudará
a consolidar nossa Fundação missionária. E depois teremos irmãos
angolanos que, por si, tocarão a missão. É necessário ir sem a pretensão
de que resolveremos tudo. Vamos
para ajudar a regar as sementes já
lançadas em terra boa e com a plena
certeza de que fazer crescer é obra do
próprio Deus.
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
119
Evangelização
CRONOLOGIA DA MISSÃO EM ANGOLA (IV)
1997
23.01 - Retorno para Angola de Frei Dilson.
30.01 - Retorno para Angola de Frei Hermenegildo.
- Viagem de Frei Estêvão – Retornou no
dia 03.04
01-03.04 - 2º Encontro Regional, em Malange.
Decisões: escolha dos padroeiros das fraternidades; locais para a formação distintos dos
da missão; decisão do Postulantado em Kibala (outubro) e do Aspirantado em Malange.
04.06 - Envio missionário de Frei Antônio
Mazzuco e Frei Dante Echegaray, em SP/São
Francisco, durante a Trezena de Santo Antônio.
14.06 - Visita canônica de Frei Caetano às
fraternidades de Angola.
23-25.06 - Capítulo da Missão.
25.06 - Dom Benedito Roberto aprova a
residência futura das Pequenas Irmãs da Sagrada Família na missão de Kibala.
08.07 - Chegada de Frei Dante a Luanda,
vindo do Brasil.
02.10 - Chegada de Frei Valdir Nunes Ribeiro a Kibala.
04.10 - Início oficial do Postulantado em
Kibala.
03.11 - Dom Benedito Roberto aprova a
residência das Irmãs Franciscanas da Santíssima Trindade na missão de Kibala.
27.11 - O Congresso Capitular (SP), aprovou a constituição da missão em “Fundação”,
e nomeou Frei Valdir Nunes Ribeiro como
presidente e Frei Hermenegildo Pereira
como ecônomo.
1998
Janeiro - Início da construção da casa do
Postulantado/Kibala.
01.03 - Viagem de Frei Carlos A. Guimarães.
26.04 - Retorno definitivo de Frei Plínio G.
da Silva.
26.05 - O Definitório Provincial, reunido
em Rondinha, promulgou o Decreto de ereção e constituição da Fundação Imaculada
Mãe de Deus de Angola (FIMDA).
14.06 - Retorno definitivo de Frei Antônio
Mazzucco.
- Viagem de Frei Estêvão.
18.08 - No Definitório, Frei Estêvão apresentou o relato da visita/viagem e as decisões tomadas com os missionários:
1. a concessão do terreno em Luanda, por
parte do Cardeal;
2. levantamento de recursos junto à Cúria
Geral da Ordem para a construção da casa
em Luanda;
3. construção do muro em torno do terreno
de Luanda;
120
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
4. prolongamento – por mais um ano – do
estágio de Frei Carlos A. Guimarães.
- O Definitório nomeou conselheiros da
Fundação: Frei Samuel, Frei Dilson e Frei
Genildo.
24.08 - Viagem de Frei José Ariovaldo da
Silva para ajuda missionária (cursos, aulas,
retiros) até 22.11.
14.09 - Retorno/férias de Frei Samuel e Frei
Hermenegildo.
04.10 - Admissão ao Postulantado, em Kibala, de mais quatro candidatos: Américo,
Silva, Domingos e Agostinho.
26.10 a 08.11 - Visita de Frei Vitalino Piaia,
Frei Ângelo José Luis, Frei Valdevino Negherbon e Diác. Pedro.
Novembro - Decisão de enviar os três
postulantes (Adão, Cândido e Nelson)
para fazer o noviciado no Brasil.
13.11 - Atentado contra Frei Valdir N. Ribeiro, em Kibala.
- Na manhã do 14.11, levado para Gabela, onde é feita a 1ª cirurgia. No dia 15.11,
transportado de helicóptero para Luanda. Dia 17.11, é feita a 2ª cirurgia, permanecendo na UTI até 19.11.
29.11 - Carta de Frei Valdir N. Ribeiro ao Sr.
Bispo de Sumbe, comunicando a decisão do
Conselho da Fundação de retirar frades, postulantes e irmãs, temporariamente de Kibala
(para Luanda).
16.12 - Frades, postulantes e irmãs transferem-se para Luanda.
1999
17.01 - Chegada de Frei Valdir Nunes com
os três postulantes para admissão ao noviciado em Rodeio. Retorno definitivo de Frei
Dante.
20.01 - Vestição/admissão dos três noviços
angolanos, em Rodeio: Adão Gil de Melo,
Cândido Gabriel F. Manuel e Nelson Jaime
Cristóvão.
27-28.01 - O Definitório Provincial autorizou
acolher o pedido para assumir a Paróquia de
Luanda.
09.03 - Envio missionário de Frei Ângelo
Vanazzi, em SP/São Francisco .
09-11.03 - O Definitório Provincial aprova
projeto de construção em Luanda.
15.03 - Viagem de Frei Ângelo Vanazzi, Frei
Márcio Terra e Frei Simão Laginski.
09.05 - Retorno definitivo de Frei Pedro Caron.
30.08 - Acidente com Frei Dilson A. Geremia,
na construção em Luanda.
05.09 - Retorno de Frei Dilson para tratamento e cirurgia na VOT/RJ.
20.09 - Viagem para Angola: Frei Caetano,
Frei Augusto e Frei Valdemiro Wastchuck.
Nesta ocasião foram tomadas algumas decisões:
1. assumir a nova paróquia no bairro de Palanca;
2. o aspirantado funcionará somente em Malange;
3. em 2000 se iniciará a construção, em Malange, da casa própria para o aspirantado;
4. os três confrades angolanos, após profissão retornam para Angola e irão cursar a filosofia em Zâmbia.
23.09 - Profissão solene de Frei Carlos A.
Guimarães, no mosteiro das Clarissas, em Luanda.
Outubro - Retorno definitivo de Frei Simão Laginski.
04-06.11 - O Definitório autoriza Frei Carlos
A. Guimarães a cursar a teologia em Luanda.
12.12 - Retorno definitivo de Frei Odorico
Decker.
2000
09.01 - Primeira profissão dos três confrades angolanos, em Rodeio.
17.01 - Retorno para Angola: Frei Dilson,
Frei Carlos Guimarães e os confrades angolanos. Frei Hermógenes Harada segue com
eles, para ajuda missionária em Malange (aulas no Seminário Diocesano) de fevereiro a
maio.
Janeiro Retorno/férias de Frei Genildo.
15.02 - Viagem dos três frades angolanos
para Lusaka, na Zâmbia, a fim de iniciar os
estudos.
25.03 - Ordenação presbiteral e envio missionário de Frei Mário Stein, em Porto União/SC.
17.04 - Viagem de Frei Mário Stein e retorno de Frei Genildo para Angola.
30.04 - Criação da nova paróquia São Lucas/Palanca e posse de Frei Márcio Terra,
como 1º pároco.
08.05 - Viagem de Frei Basílio Resende
para a visita canônica dos missionários em
Angola, entre 08.05 e 21.05.
03.07 - Viagem de Frei Caetano, Frei José
Clemente Müller e da voluntária de Gaspar,
Sra. Claudete Bohn.
06-07.07 - Assembleia anual dos frades missionários em Angola.
10.07 - Retorno de Frei Hermógenes, com
Frei Caetano e José Clemente.
11-02.09 - Frei Valdir e Frei Genildo, delegados da FIMDA no Capítulo Provincial em
Agudos.
* O Estatuto da FIMDA foi apresentado no
Capítulo Provincial, que o encami-nhou
para aprovação do Definitório Provincial.
continua
Evangelização
PELO SÉTIMO ANO CONSECUTIVO,
FAE É A MELHOR DE CURITIBA
Com IGC 4, Centro
Universitário está
posicionado em
primeiro lugar entre as
instituições universitárias
privadas, segundo
a avaliação do MEC
Ministério da Educação
(MEC) divulgou, no dia 19
de dezembro de 2014, a classificação das instituições de ensino
superior com base no Índice Geral
de Cursos (IGC). Pelo sétimo ano
consecutivo, a FAE Centro Universitário, que tem como mantenedora a
AFESBJ, está com a melhor avaliação
entre as instituições universitárias
privadas da capital paranaense.
O resultado baseia-se na somatória de um corpo docente altamente
qualificado, ótima infraestrutura,
rigor na aplicação dos projetos didático e pedagógico, além do conhecimento adquirido pelos alunos, retratado no Enade.
Para o reitor da FAE, Frei Nelson
José Hillesheim, a conquista é também reflexo de um projeto realizado
ao longo dos últimos anos, chamado
FAE 2020, que tem como meta tornar
a Instituição referência em educação
nacional e internacional até 2020. Os
resultados já podem ser percebidos,
especialmente com a criação de núcleos e serviços voltados aos alunos,
como o FAE Incentiva e FAE Connect, e também no maior número de
ações solidárias e celebrações incentivadas pela Pastoral Universitária.
“O resultado dessas atividades e de
todo o conjunto de ações do Ensino,
aliadas à missão da Instituição, docen-
Centro universitário São José dos Pinhais
tes e colaboradores, são diferenciais
tanto para a avaliação do MEC como
para o reconhecimento empresarial e
da sociedade”, afirma o reitor, com a
certeza de que a FAE está no caminho
certo. “A cada ano a Instituição tem
contribuído mais para a sociedade,
formando profissionais com virtudes
e atitudes, gerando novas lideranças,
novos profissionais para o mundo contemporâneo”, conclui.
Entenda o Índice Geral de Cursos
O IGC indica o nível de qualidade dos centros universitários, uni-
versidades e faculdades, públicas e
privadas, a partir de um único indicador. A FAE ficou com IGC contínuo de 3,26, valor que corresponde
ao IGC 4 de uma escala de 1 a 5, se
aproximando do nível máximo de
qualidade perante o MEC.
O índice é resultado da média
ponderada do Conceito Preliminar de Curso (CPC), em combinação com o resultado do Enade, que
mede o desempenho dos estudantes.
A avaliação divulgada é referente ao
último triênio e compreende 2.020
instituições.
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
121
ffb
100 anos de fundação da Congregação das Catequistas Franciscanas
D. LEONARDO ÀS IRMÃS:
“SEJAM SEMEADORAS DA ESPERANÇA”
MOACIR BEGGO
Há cem anos era lançada, na pequena Rodeio do Vale do Itajaí (SC),
a semente da missão evangelizadora
das Irmãs Catequistas Franciscanas.
A planta que era para atender às necessidades locais, ganhou o mundo. O
carisma das Catequistas Franciscanas
atravessou fronteiras e mares e, agora,
neste dia 14 de janeiro, retornou a Rodeio para celebrar a graça das origens.
“Hoje, Rodeio não é lugar geográfico.
É lugar de encontro, é lugar-fonte!”,
disse D. Leonardo Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da
CNBB, que presidiu a celebração eucarística do jubileu às 10 horas.
A festa, contudo, começou logo
cedo (8h30). Na localidade chamada
122
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
Rodeio 50 (fora do centro) teve início
a celebração do jubileu com uma carreata. Neste lugar, a Congregação deu
os primeiros passos com três jovens:
Amábile Avosani, Maria Avosani e
Liduína Venturi. “A comunidade de
Rodeio 50 nos acolheu como acolhera
as primeiras fundadoras! Os sinos tocaram, como naquele 14 de janeiro de
1915, chamando o povo para missa!
No entrada da Igreja, crianças, jovens,
colonos, irmãs e frades, reconstituíram o contexto e a cena do fundante ‘sim, para sempre!’”, escreveu Irmã
Maria Fachini no site das Congregação.
Após a bênção da placa do centenário, a carreata se dirigiu ao centro
de Rodeio, tendo entre eles um carro
recordando os fundadores e fundadoras, com a presença de parentes
próximos das primeiras irmãs. No
caminho, apenas uma breve pausa na
casa da família Tambosi, que acolheu
as ‘mestras’ Maria e Liduína. Na Casa-Mãe, de onde se expandiu o carisma
da Congregação, a carreata cresceu
para mostrar todo o alcance missionário das Catequistas no mundo. Na
Vila Italiana, local da celebração, o
povo recebeu com alegria o cortejo
ffb
que veio de Rodeio 50.
O grande momento no pavilhão
principal não poderia ser diferente.
Além do secretário Geral da CNBB,
o Ministro Provincial Frei Fidêncio
Vanboemmel, representando a Província Franciscana da Imaculada
Conceição, bispos de todo o Brasil,
sacerdotes, religiosos, seminaristas se
juntaram às irmãs para celebrar este
momento histórico.
fonte inesgotável para uma Irmã Catequista
Franciscana na celebração dos 100 anos do
chamado que se fez caminho. Amábile, Maria e Líduína partiram para não mais voltar.
Poderíamos repetir as palavras do Evangelho
depois do convite de Jesus a Pedro, Tiago e
João: deixando as redes elas seguiram a Jesus.
Partiram e estiveram a caminho e colocaram a caminho tantas jovens tomadas pela
generosidade de servir os pequenos”, disse
D. Leonardo.
Segundo o bispo, as irmãs também
partiram apressadamente como Maria:
com disponibilidade, generosidade.
Havia nelas uma jovialidade: passos
de mulheres da terra, mas com a suavidade de quem leva vida nova, esperança, consolo. Sim, eram mulheres admiravelmente joviais, gratuitas, como
camponeses que vivem do trabalho
de suas terras e do cultivo generoso
de uma missão. Apressadamente,
incansáveis, pródigas, generosas.
Havia nelas uma agilidade própria
de jovens que servem à mesa dos
necessitados.
“Colocaram-se a caminho de
modo admirável: simples, pobre,
A CELEBRAÇÃO
As leituras (Ef 1,3-14 e Lc 1,39-59)
da celebração eucarística destacaram
a vocação das Irmãs Catequistas e
como disse D. Leonardo, “elas despertam as entranhas de nossa vocação e
missão”.
O bispo franciscano partiu do
Evangelho, quando Maria se pôs a
caminho apressadamente para visitar sua prima Isabel, e lembrou que
o Papa Francisco não se cansa de pedir por uma Igreja ‘em saída’. “Pôr-se
a caminho, partir, sair, tem sabor de
| Comunicações | Fevereiro 2015 |
123
ffb
despojadas, alegres, menores, gratuitas! Essa gratuidade as manteve a
caminho! Que fonte extraordinária,
queridas Irmãs Catequistas: serem
impulsionadas, revigoradas, transformadas pela gratuidade de servir como
catequistas. Poderíamos repetir as palavras do Apóstolo Paulo: “Não tenho
ouro nem prata, mas o que tenho vos
dou: Cristo Jesus! Uma vida a serviço!
Sim, oferecer Jesus, iniciar as pessoas
na vida do Reino cordial e gratuitamente”, acrescentou o Secretário Geral da CNBB.
Ele lembrou que elas foram servir
os pequenos: “Ofereceram a vida do
Evangelho e o pão da educação. Vivendo nas pequenas comunidades,
no meio do povo, com o povo, como
o povo, sempre a caminho, servindo.
Nesse modo de vida, o Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo as fez menores com os menores. Moraram com
os menores na casa dos menores”.
Nesta Ação de Graças, D. Leonar-
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do pediu que cada Irmã Catequista
Franciscana seja tomada pela santidade da caridade, do serviço. “A graça e
a vida do Evangelho fecunde e transforme sua vida. Sejam como Catequistas semeadoras da esperança que
acreditam na força de uma só semente para que nenhum de nossos irmãos
e irmãs pobres sinta-se só, abandonado. Eles possam encontrar na Irmã
Catequista aconchego, proximidade,
familiaridade, sabedoria, consolo, o
caminho de Deus. Sejam terra boa
e fértil onde a Palavra de Deus dará
muito fruto. Frutos de amor-serviço!”,
motivou D. Leonardo.
No momento da profissão de fé, a
Ministra Geral Ir. Izaura Souza Cordeiro chamou ao altar Irmã Maria Ossemer (representando o projeto com
os indígenas Guarani-Kaiowá) e Irmã
Ana Maria Cerqueira, jovem negra,
representando o projeto de educação
em Angola. Com este gesto, renovou
a consagração, reafirmando o com-
promisso de viver o carisma e, como
marco do centenário, o compromisso
especial com estes dois projetos.
Ao final da missa houve a entrega
de uma lamparina confeccionada por
mulheres indígenas do povo Tucano
de São Gabriel da Cachoeira (AM),
às províncias, representantes das famílias das fundadoras, aos frades e a
outras pessoas que acompanharam
de perto a Congregação, enquanto se
ouvia o canto: “Não deixe a lamparina
apagar!”. Também foi distribuída a recordação do centenário para todas as
pessoas participantes da celebração e
as comemorações continuaram com
um almoço festivo e uma Tarde Cultural.
PROXIMIDADE
A Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas nasceu em
1915, por iniciativa de Frei Polycarpo Schuen, pároco de Rodeio, após
ter conversado com Frei Modestino
Oecktering, para responder à necessidade de educação e catequese nas
escolas paroquiais, frequentadas pelos filhos e filhas dos imigrantes italianos. Por isso, a proximidade com a
Província Franciscana da Imaculada
Conceição marcou a vida de centenas de frades que passaram pelo Noviciado São José de Rodeio, entre eles
o Ministro Provincial, Frei Fidêncio
Vanboemmel, que representou a
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Província da Imaculada Conceição
na celebração.
“A proximidade geográfica entre
nossas casas em Rodeio é sinal da
proximidade afetiva de quem sonha
o mesmo sonho de Vida Evangélica
sonhado por Francisco e por tantos
irmãos e irmãs que nos precederam.
Permaneçamos juntos, corações unidos, agradecendo a Deus a graça deste centenário e pedindo forças para
seguirmos em frente, sempre juntos”,
observou Frei Fidêncio.
“Desde 1973, quando cheguei em
Rodeio para o Noviciado Franciscano as encontrei ali em sua Casa-Mãe
e dali as vi, e silenciosamente acompanhei, por toda parte deste Brasil e
do mundo e me encantei. Mulheres
consagradas e engajadas. Abriram em
mim a admiração pela Vida Religiosa
Feminina e pelo feminino. Reencantaram em mim a missão e a inserção.
Vejo Irmãs Catequistas na Pastoral,
na Evangelização, na Missão, na Educação, na Formação, nas Políticas
Públicas, na Saúde, nos Movimentos
Populares, Além Fronteiras, entre os
pobres, nas cidades e comunidades,
nas Mídias, na Comunicação e nas
mais diversas frentes de trabalho. Elas
têm um jeito de viver a Vida Religiosa Consagrada com poesia e profecia,
com alegria e exigência, com presença
forte , com fala, escuta e ousadia. Modelos vivos para mim de uma Vida
Religiosa possível, de uma Humanidade possível, de um Deus possível”.
agradecimento
A Ministra Geral, Irmã Izaura
Souza Cordeiro, não se cansou de
agradecer a todos que caminharam
com as Irmãs Catequistas neste centenário: “Obrigado ao povo de Rodeio
e região, que foi a motivação para
o nosso surgimento. A necessidade
daquele momento histórico possibilitou-nos nascer, crescer e partilhar
nossa história com outras regiões e
povos. Obrigado ao povo de todos
os lugares onde estivemos e estamos
– aos pequeninos, aos mais fragilizados, aos preferidos de Deus, que são
a razão da nossa Missão, da nossa
opção de vida. Obrigado a todas as
pessoas que são parte da nossa história por colaborarem no momento
do nascimento, nos primeiros passos
da Congregação e por cuidarem para
que a Lamparina não se apagasse nas
mãos de Amabile, Maria e Liduína e
que elas fossem fiéis por toda a vida
à missão para a qual foram chamadas
e, com fé, partilhassem esta missão,
confiando sua continuidade, ao logo
deste centenário, a cada irmã catequista”, enfatizou Ir. Isaura.
Em nome do povo de Rodeio, o
Prefeito Paulo Roberto Weis agradeceu o trabalho das irmãs ao longo desses cem anos. “Quantas comunidades
receberam o trabalho, a ação das Irmãs
Catequistas e tiveram a oportunidade
de formar lideranças, as quais atuam
nas comunidades mais necessitadas,
nas Igrejas, nas Escolas, em diferentes
frentes de trabalho. E mais: quantas
pessoas na comunidade de Rodeio tiveram oportunidade de passar pelas
mãos de muitas Irmãs Catequistas na
sua trajetória escolar e catequética. E
isso se repete em muitas partes do nosso país. A lamparina acesa há cem anos
em Rodeio emite raios de luz que atingem horizontes cada vez mais distantes. Ela é posta cada vez mais alta para
iluminar sempre mais além, como o
próprio evangelho o pede, que a lâmpada seja colocada no candeeiro, no
alto, a fim de que possa iluminar com
uma amplitude maior. Por isso, não
somente Rodeio, mas todo o estado de
Santa Catarina; não somente o nosso
estado, mas o Brasil, não somente o
nosso país, mas a América Latina e a
África”, completou.
Hoje, as Irmãs Catequistas estão
em seis províncias, com fraternidades em 22 Estados do Brasil e no
Distrito Federal, e em nove países.
Desde a década de 1940, as “Mestras”
começaram a ser chamadas também
de “Irmãs”. Em 1958, fazendo justiça à origem franciscana do grupo, o
nome foi completado e reconhecido oficialmente: “Irmãs Catequistas
Franciscanas”.
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FALECE O MESTRE
DA ESPIRITULIDADE FRANCISCANA
Moacir beggo
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s 23h30 do dia 9 de janeiro, a irmã morte
visitou o estudioso e mestre da espiritualidade franciscana e clariana, Frei José Carlos
Corrêa Pedroso. Seu corpo foi velado na Capela do
Seminário São Fidelis no Centro de Espiritualidade
de Piracicaba. Frei José Carlos vinha lutando contra
um câncer e estava internado desde o último dia 30
de dezembro.
Segundo o Provincial dos Capuchinhos, Frei
Carlos Silva, ele lutou até o fim. “Eu o visitei recentemente e ele me disse: ‘ainda estou com esperança’”,
contou Frei Carlos. Segundo o Provincial, Frei José
Carlos doou sua vida pela espiritualidade franciscana: “Até o último minuto de sua vida, ele se dedicou
a esta missão. Ele dormia, comia, respirava a mística franciscana clariana”, disse Frei Carlos.
Para Frei Carlos, o céu ganha com a sua partida,
mas nós ficamos com o legado que ele deixou. “Por
onde ele passou, deixou essa marca, que é única. Viveu intensamente a vida que abraçou. É um exemplo para nós”, acrescentou Frei Carlos.
Frei José Carlos é frade capuchinho da Província Imaculada Conceição dos Capuchinhos de São
Paulo (OFMCap). Licenciado em Letras Clássicas
pela Pontifícia Universidade de São Paulo, Frei José
Carlos nasceu em São Paulo, no dia 14 de agosto de
1931. Fez a primeira profissão na Ordem Franciscana no dia 8 de janeiro de 1950, há 65 anos. Professou solenemente na Ordem no dia 11 de janeiro de
1953 e foi ordenado presbítero no dia 24 de junho
de 1956.
Frei José Carlos era diretor e um dos fundadores
do Centro Franciscano de Espiritualidade, em Piracicaba, que foi criado em 1990. Além de grande
escritor e palestrante, ele foi Definidor Geral da Ordem Franciscana para América Latina e Grécia por
dois sexênios e foi Ministro Provincial também em
dois mandatos.
Na entrevista ao site Franciscanos, em 2011,
Frei José Carlos Corrêa Pedroso confessou que ocupava grande parte de sua vida com São Francisco de
Assis e Santa Clara.
Além da série de livros publicados sobre es| Comunicações | Fevereiro 2015 |
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piritualidade franciscana, das palestras e aulas que ministrava, Frei José
Carlos se dedicava com muita paixão ao Curso Franciscano de Verão,
anualmente no mês de janeiro. Ele
foi o idealizador do curso em 2008.
“É interessante porque sempre sonhei alto, mas neste caso (do curso),
a realidade ultrapassou o sonho. Estou feliz com o andamento do curso
como nem esperava”, dizia em 2011.
Na sua ausência neste ano, Frei Vi-
tório Mazzuco está à frente do curso,
que visa oferecer a todos os “amigos
de São Francisco e Santa Clara”, religiosos e leigos, um aprofundamento
do carisma francisclariano com consistência acadêmica.
Em Águas de São Pedro, Frei Vitório escreveu
o seguinte texto sobre a morte de seu amigo
“A Irmã Morte nos visitou para
convidar Frei José Carlos Corrêa Pedroso, OFMCap, aos 83 anos, para
entrar no Paraíso que ele brilhantemente conquistou! Frei José Carlos
fez a sua travessia para a eternidade, às 23H30 da noite do dia 09 de
Janeiro, no Hospital dos Plantadores de Cana, de Piracicaba, SP. Este
frade de olhar profundo e paternal,
sereno, amigo, fraterno e amável, foi
sempre uma presença necessária na
Família Franciscana e Clariana do
Brasil. Fundou e organizou o Centro
de Espiritualidade Franciscana de
Piracicaba, hoje uma referência para
os que querem conhecer a Espiritualidade, Mística, História e Vida Franciscana e Clariana.
Amou profundamente as Fontes
Franciscanas e Clarianas. Traduziu,
comentou, divulgou. Foi o primeiro
a lançar no Brasil as Fontes Clarianas. Dedicou toda sua vida à Espiritualidade Franciscana. Cuidou com
carinho todo empenhado e particular, da Formação Contínua dos seus
confrades Capuchinhos, das Irmãs
Clarissas, das Congregações Femininas e de toda Família Franciscana do
Brasil e da América Latina . Desde
1990 trabalhava com ele no Curso
de Mística Franciscana, no antigo
CEFEPAL, em Petrópolis e no Curso
Franciscano de Verão, em Piracicaba e São Pedro, SP, e estive com ele
em muitas assessorias, encontros,
congressos, jornadas e retiros. Um
verdadeiro Mestre. Um apaixonado
pela causa franciscana. Foi o primeiro a colocar “on line” a tradução das
Fontes Franciscanas.
Organizou com carinho a excelente Biblioteca Franciscana do Centro Franciscano de Espiritualidade
de Piracicaba. Foi o maior orientador de Retiros Franciscanos do Brasil. Acompanhava Irmãos e Irmãs
que se preparavam para os Votos. Fazia acompanhamento personalizado,
capaz de orientar retiro para uma,
duas, três e 100 pessoas com a mesma vibração. Memoráveis as Noites
Franciscanas que criou em Piracicaba! Dezenas de livros e artigos publicados. Traduções e ensaios, legendou
filmes e musicais, tudo para fazer São
Francisco e Santa Clara mais conhecidos, mais amados e mais seguidos.
Homem de sonhos e projetos.
Vigor e ternura, segurança e leveza. Um dos pioneiros na reflexão
sobre as relações de gênero, concretizou um natural encontro das
potencialidades femininas e masculinas à luz do franciscanismo.
Foi Definidor Geral da Ordem dos
Capuchinhos, Provincial, Guardião,
Mestre e sempre um expressivo
confrade. Fez a sua passagem para
a eternidade em pleno Curso Franciscano de Verão, onde me encontro
agora e vamos celebrar com os seus
Confrades Capuchinhos, Irmãos e
Irmãs das três Ordens, das Famílias
Regulares, dos Leigos e Simpatizantes do Franciscanismo que a ele devem o acesso fácil e rápido às Fontes
Franciscanas e Clarianas, mas sobretudo devem a ele o testemunho
transparente de uma vida apaixonada pela causa de Clara e Francisco.
Inteligente, poliglota, grande professor e pregador, nunca deixou de
ser humilde e simples. Uma Presença para Sempre!
Morreu durante o Curso de Verão que ele criou e incrementou, um
dos seus grandes amores! Estamos
aqui, emocionados, saudosos, porém não estamos tristes, pois sua
vida conquistou a Eternidade no
Amor! Vá em paz, Frei José Carlos
Pedroso! Nós vamos continuar a
sua Herança! Paz e Bem! (Frei Vitório Mazzuco)
FALECIMENTO DE D. ALZIRA
Faleceu na noite do dia 11 de Ribeiro, aos 77 anos de idade. O Paz, de Vargem Grande Paulista
janeiro, D. Alzira Morandi Ri- sepultamento foi no dia 12 de ja- - SP. Nossas preces por D. Alzira,
e sua família!
beiro, mãe de Frei Valdir Nunes neiro, no Cemitério Bosque da Frei Valdir
| Comunicações
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AGENDA 2015
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
(*) As alterações e acréscimos estão destacados
Fevereiro
junho
09 a 11
24 a 26
16 a 18
Reunião do Definitório Provincial
22 a 26
Assembleia do SIFEM (Bacabal)
28 a 02/07 Congresso da Comissão Educativa da CFMB
(Curitiba, FAE)
29 a 11 2ª etapa do curso de formadores Serfe - CFMB (Petrópolis)
Executiva do SIFEM (São Paulo, Pari)
Reunião do Definitório Provincial
Março
02 e 03 04 e 05 09 09 e 10 09 a 20 09 a 21 10 10 e 11
12 a 15
16 16 16 16 23
24
24 a 27
Encontro do Regional do Alto Vale do Itajaí e
Planalto Catarinense (Lages)
Reunião do Conselho de Evangelização (S. Paulo
- S. Francisco)
Encontro do Regional São Paulo (Vila Clementino
- SP)
Encontro do Regional do Leste Catarinense
(Forquilhinha)
Tempo Forte do Definitório Geral
1ª etapa do curso de formadores Serfe - CFMB (Petrópolis)
Conselho Diretor do Sefras ( Pari – SP)
Assembleia do SAV (Rondinha)
Encontro dos Irmãos Leigos (Agudos)
Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Rodeio)
Encontro do Regional do Vale do Paraíba
(Guaratinguetá)
Encontro do Regional Rio de Janeiro e Baixada
Fluminense (Nilópolis-Aparecida)
Encontro do Regional de Agudos (Bauru)
Encontro do Regional do Espírito Santo (Projeto
Santa Clara)
Ordenação diaconal de Frei Douglas Paulo
Machado (Concórdia)
Assembleia da CFMB (São José do Rio Preto-SP)
aBril
15 a 17
18 a 21 27 a 30
Reunião do Definitório Provincial;
Encontro Provincial de Jovens (Guaratinguetá Fazenda Esperança)
Reunião de guardiães e coordenadores e párocos
(Rondinha)
julho
13 a 17
Agosto
17 a 21
24 a 28
Retiro e reunião do Definitório Provincial
Encontro dos Ecônomos da CFMB, (São Luís, MA)
Setembro
01 a 04
04 a 09
14
15 e 16
25
Assembleia da CFMB (Manaus, AM)
Encontro dos Irmãos Leigos OFM, OFMCap e
OFMConv (Agudos)
Reunião dos Mestres da Formação
Conselho de Formação e Estudos (Petrópolis)
Celebração dos 25 anos da Missão de Angola
Outubro
20 a 22
26 a 30 Reunião do Definitório Provincial
Curso de Franciscanismo (Rondinha)
Dezembro
07 a 08Jubileus;
14 a 17
Reunião do Definitório Provincial
Maio
2016
02 Profissão solene de Frei Rafael Teixeira do
Nascimento (Niterói – RJ)
04
Reunião dos Mestres da Formação
05 e 06
Conselho de Formação e Estudos (S. Paulo - S.
Francisco)
10 a 07 (jun) Capítulo Geral (Assis)
21 e 22
Reunião do Conselho Gestor das Entidades da
Província (Sede Provincial)
Retiro Provincial (Rondinha)
janeiro
18 a 26 Capítulo Provincial
Maio
16 a 20
Reunião da UCLAF (Cochabamba, Bolívia)