O Vínculo Essencial
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O Vínculo Essencial
R E L A T Ó R I O A N U A O Vínculo Essencial L 2 0 0 4 Um dos maiores processadores agrícolas do mundo, a Archer Daniels Midland Company provê o vínculo essencial entre os fazendeiros e os consumidores. Com uma rede global de 26.000 empregados e mais de 700 instalações de processamento, instalações de fornecimento e escritórios de vendas em 60 países, a ADM é um dos maiores processadores de sementes oleaginosas, milho, trigo e cacau de todo o mundo. A ADM registrou, no exercício de 2004 (encerrado em 30 de junho), vendas líquidas de US$ 36,2 bilhões, com crescimento em relação aos US$ 30,7 bilhões em 2003, enquanto o lucro líquido aumentou para US$ 495 milhões, ante US$ 451 milhões, ou US$ 0,76 por ação, uma alta de 9 % em relação aos US$ 0,70 por ação um ano atrás. No exercício de 2004, o Conselho de Administração aumentou a taxa anualizada de dividendos para US$ 0,30 por ação, em comparação com US$ 0,24 por ação. Excluindo-se os US$ 400 milhões (US$ 252 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,39 por ação) do acordo judicial lançado no exercício de 2004, o lucro líquido foi de US$ 747 milhões, ou US$ 1,15 por ação. ÍNDICE Destaques Financeiros . . . . . . . . . .1 Carta aos Acionistas . . . . . . . . . . .2 ADM – O Vínculo Essencial . . . . . . .4 As vendas da ADM abrangem uma ampla gama de produtos agrícolas, de commodities como o farelo de soja, vendida por tonelada, a ingredientes de maior valor, como a lisina, vendida em gramas. No exercício de 2004, os cinco produtos da Companhia com maior faturamento em dólar foram farelo protéico, óleo vegetal, etanol, produtos de cacau e farinha de trigo. Seus clientes incluem fabricantes globais de produtos alimentícios, processadores de alimentos, empresas dos setores de petróleo e industrial. Processamento de Sementes Oleaginosas . . . . . . . . . . . . .6 Processamento de Milho . . . .10 Outros Ingredientes para Alimentos e Rações . . . . . .14 Serviços Agrícolas . . . . . . . . .18 Análise Financeira (MD&A) . . . .23 Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas . . . . . . . .33 Dados Trimestrais . . . . . . . . . . .51 A ADM aumenta o valor de seu fluxo de produtos por meio de processos de esmagamento, moagem, trituração, fermentação, extração e separação, que são etapas incrementais em uma longa cadeia de valor. Os serviços prestados por fontes de fornecimento, de distribuição e rastreamento acrescentam ainda mais valor à agricultura, ao atender às necessidades de uma base de clientes que valoriza a qualidade, ora em consolidação. Em alguns casos, a ADM chega à ponta da cadeia de valor, ao fornecer ao varejo produtos com marcas dos clientes ou da própria ADM. Resumo Decenal . . . . . . . . . . . .52 Diretores e Executivos . . . . . . . .54 Informações para os Acionistas . . . . .Parte interna da contracapa D E S T A Q U E S F I N A N C E I R O S 2004 2003 (Em milhares de dólares, exceto dados por ação) Vendas líquidas e outras receitas operacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dividendos em moeda corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Adições ao ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capital de giro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ativo imobilizado líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exigível a longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Patrimônio líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36.151.394 494.710 174.109 620.633 685.613 3.588.759 5.254.738 3.739.875 7.698.216 $ 30.708.033 451.145 155.565 1.245.910 643.615 3.274.385 5.468.716 3.872.287 7.069.197 Média ponderada das ações em circulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 647.698.000 646.086.000 Por ação ordinária Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dividendos em moeda corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capital de giro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Patrimônio líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,76 0,27 5,51 11,83 $ 0,70 0,24 5,08 10,96 Número de acionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Número de funcionários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.394 26.317 25.539 26.197 Lucro por Ação Dividendos em Moeda Corrente Patrimônio líquido Em US$ Em US$ milhões Em US$ bilhões 0,78 7,70 174 0,76 0,70 156 0,58 120 125 130 2000 2001 2002 6,11 6,33 2000 2001 6,75 7,07 0,45 2000 2001 2002 2003 2004 p á g i n a 1 2003 2004 2002 2003 2004 ADM Relatório Anual 2004 P R E Z A D O S A C I O N I S T A S : O ano passado apresentou desafios substanciais e oportunidades significativas para o setor agrícola. Condições climáticas adversas, pragas de insetos e fungos em plantações reduziram as safras de sementes oleaginosas tanto na América do Norte quanto na América do Sul. A crescente demanda por commodities nas economias da região do Pacífico asiático, em rápido crescimento, causou uma extrema volatilidade nos preços e precipitou a falta de equipamentos de transporte. Um surto de gripe aviária exigiu o sacrifício de milhões de cabeças, com impacto negativo na demanda global por ração para aves. Uma mudança nos hábitos alimentares dos consumidores, que passaram a preferir produtos com baixo nível de carboidratos, reduziu a procura por farinha de trigo e expandiu o consumo de proteínas. A rápida elevação dos preços do petróleo aumentou os custos de energia e estimulou a demanda por combustíveis ambientalmente limpos, econômicos e renováveis produzidos pela agricultura. Apesar desse ambiente caótico, o crescimento dos mercados de nutrição e energia continuou a acompanhar o aumento da população mundial e a elevação do padrão de vida. Na ADM, mantivemos o foco em tendências de longo prazo na demanda por nossos produtos e nos esforçamos por posicionar a Companhia de forma a aproveitar as oportunidades de aumentar a produção de ingredientes com margens mais elevadas. No ano, nossa administração novamente se mostrou bem-sucedida no enfrentamento dos problemas que se apresentaram e produziu uma sólida melhoria nos resultados operacionais da nossa incomparável rede de recursos globais. No exercício de 2004, a ADM registrou um aumento de 9% nos lucros, que totalizaram US$ 495 milhões, ou US$ 0,76 por ação, ante US$ 451 milhões, ou US$ 0,70 por ação, em 2003. As vendas líquidas cresceram 18% e chegaram a US$ 36 bilhões, os lucros operacionais expandiram-se 56%, indo a US$ 1,56 bilhão, e o patrimônio líquido aumentou 9% e atingiu US$ 7,7 bilhões. Os dividendos em moeda corrente para os acionistas tiveram um aumento anualizado de US$ 0,30 por ação, e procedemos a uma revisão em nossos segmentos de negócios para melhorar a divulgação de informações financeiras para os investidores. Fechamos o ano com um balanço patrimonial mais sólido, maior liquidez e redução substancial nas obrigações contingenciais. No ano passado, continuamos a fortalecer a governança corporativa da Companhia e a aumentar o investimento em nossos funcionários, com a expansão de programas de treinamento globais. Intensificamos a concentração do foco na segurança de nossas instalações operacionais e, com isso, obtivemos uma redução ainda maior nas interrupções de atividades em função de acidentes. p á g i n a 2 Reconhecendo o papel da ADM como um vínculo essencial entre a comunidade rural e os mercados globais, nossa prioridade número 1 foi o aprofundamento dos relacionamentos com clientes e fornecedores. Ao longo do ano, nossos clientes apontaram a ADM como seu fornecedor preferido de proteína de soja, grãos, gorduras e óleos. Além disso, pela terceira vez consecutiva a ADM foi o Fornecedor de Óleo Vegetal do Ano da Frito-Lay. Está claro que nossos esforços renovados para conquistar níveis máximos de satisfação do cliente geram crescimento e criam novas oportunidades para expandir nossos mercados. Esquerda; G. Allen Andreas Presidente do Conselho e Diretor-Presidente No que diz respeito às nossas expectativas para 2005, a ADM está posicionada para capitalizar as mudanças nas características da paisagem agrícola. E, a cada dia, esperamos criatividade e inovação da equipe da ADM. Nossos empregados estão voltados para maximizar os recursos da Companhia, de forma a agregar valor para a agricultura e criar valor para os nossos acionistas. O próximo ano traz a promessa de grandes oportunidades Direita; Paul B. Mulhollem Presidente e Diretor de Operações para atingir essas duas metas. Agradecemos sua confiança continuada em nosso futuro. Atenciosamente, G. Allen Andreas Presidente do Conselho e Diretor-Presidente Paul B. Mulhollem Presidente e Diretor de Operações p á g i n a 3 ADM Relatório Anual 2004 A D M – O V Í N C U L O E S S E N C I A L Em última instância, todo comércio começa com a capacidade do homem de extrair riquezas da natureza. O minério de ferro gera o aço, que cria carros e arranha-céus. A bauxita se transforma em alumínio, para criar o setor de transporte aéreo. O petróleo bruto é refinado para mover caminhões e pavimentar as rodovias por onde eles trafegam. O processamento agrícola segue o mesmo padrão. E, nele, a Archer Daniels Midland Company proporciona o vínculo essencial entre o fazendeiro e o consumidor. A ADM adiciona o primeiro valor incremental à produção do fazendeiro, com fontes de fornecimento, armazenagem, processamento, distribuição e comercialização das matérias-primas da natureza. A ADM converte a soja em farelo para ração animal e óleo para salada, da mesma forma que transforma o milho em etanol combustível e adoçantes para bebidas não-alcoólicas. A ADM desenvolve fontes de fornecimento de cacau e fornece chocolate, enquanto o processamento do trigo leva à entrega de farinha para as companhias de panificação. A ADM está buscando uma estratégia equilibrada para preservar e construir suas posições de liderança em um mercado global em crescimento. O agronegócio é um dos poucos setores com um potencial de expansão praticamente ilimitado. Conforme a população e os níveis de renda aumentam, a demanda por proteína e alimentos de melhor qualidade também cresce. A curto prazo, os movimentos de oferta e demanda podem sofrer impacto de condições climáticas, políticas governamentais e mudanças de hábitos alimentares, mas a tendência de longo prazo é de crescimento. A Companhia está em uma posição única para atender a essa demanda universal, com recursos insuperáveis para aumentar o valor dos produtos agrícolas.Nós oferecemos uma rede global de instalações de processamento e distribuição e o conhecimento do mercado para casar a oferta e a demanda. Dominamos os processos de larga escala, que produzem toneladas de alimentos, e a tecnologia que gera os ingredientes de alto valor vendidos em gramas. A incomparável rede de recursos, instalações e profissionais experientes da ADM permite à Companhia adaptar-se rapidamente aos desafios. Nós administramos a volatilidade do dia-a-dia sem perder de vista os padrões de crescimento a longo prazo, que são a essência do nosso negócio. Na maior parte do mundo, é bem difícil passar um dia sem contato com a ADM. Dos ingredientes para rações com altos teores protéicos, usadas para alimentar os animais que suprirão a demanda mundial por carnes, aos adoçantes que dão sabor a milhares de alimentos, do etanol que ajuda a movimentar carros e caminhões até a tinta que estampa as palavras nesta página, a ADM é o vínculo essencial entre o fazendeiro e a economia global. p á g i n a 4 A ADM adiciona valor a cada saca de milho, ao transformar o amido de milho em bio-produtos como lisina e treonina, usados em ração animal. p á g i n a 5 ADM Relatório Anual 2004 PROCESSAMENTO DE SEMENTES OLEAGINOSAS Os avanços da ADM no processamento de sementes oleaginosas retratam a transformação da Companhia, de um processador com sede nos Estados Unidos e capacidade exportadora em um verdadeiro processador internacional com sistemas de produção e distribuição locais. Maiores investimentos na América do Sul refletem a emergência dessa região como o maior produtor de soja. Nos últimos anos, a ADM aumentou seus investimentos no Brasil, na Argentina, no Paraguai e na Bolívia, totalizando 111 instalações. Ao mesmo tempo, nós e nossos sócios em joint-ventures aumentamos a capacidade de processamento na China e em outras partes da Ásia, onde a demanda por ração protéica orienta-se pelo aumento das populações e da prosperidade, que criam demanda por aves e suínos. A ADM, por meio de participações em joint-ventures, é o maior processador de soja da China, tendo aumentado significativamente sua capacidade nos dois últimos anos. A Companhia também está investindo em instalações de processamento de outras sementes oleaginosas na China. As decisões de investimento baseiam-se tanto na demanda potencial quanto nos padrões de crescimento de cada região específica. Na América do Sul, a capacidade de processamento é ampla, mas a produção e a exportação de soja ainda podem crescer. Mercados em expansão na China Lucro Operacional Em US$ milhões se traduzem em necessidades de capacidade a longo prazo, enquanto a Europa Ocidental e a América do Norte representam mercados maduros, nos quais o investimento se orienta por 388 demandas por eficiência. 337 291 A alocação de ativos é um processo contínuo de equilibrar fatores de curto e longo prazos, incluindo mudanças bruscas na demanda por safras específicas e o equilíbrio geográfico dessas demandas. No exercício de 2004, por exemplo, a oferta relativamente baixa de soja acarretou substanciais aumentos no preço das sementes oleaginosas. No decorrer do ano, contudo, a emergência da gripe aviária na China levou a uma aguda redução da demanda e dos preços do farelo de alto teor 2002 2003 2004 19% Produtos Primários Posição Competitiva Farelo de alto teor protéico e óleos vegetais produzidos a partir de soja, canola, semente de girassol, palma, algodão, amendoim, coco e outras sementes oleaginosas. O farelo é usado, principalmente, na alimentação animal, enquanto os óleos são vendidos como ingredientes de óleo para salada e outros produtos alimentícios. Um dos maiores processadores de sementes oleaginosas do mundo, com posições de liderança nos Estados Unidos, na Europa, na China e em outros mercados importantes. Posição de liderança em evolução na América do Sul e na Ásia. Porcentagem do Lucro Operacional Total p á g i n a 6 A ADM processa sementes Avanços-Chave Expansão continuada da posição mercadológica na América do Sul, incluindo novas instalações de fornecimento e exportação. Expansão na Ásia, com novas instalações e novos produtos. Participação crescente em mercados de óleos com nível zero/baixos teor de gordura trans, que estão em expansão. p á g i n a oleaginosas, gerando uma grande variedade de produtos de óleo vegetal, tornando mais saborosos e saudáveis os ingredientes culinários, temperos para salada, molhos e produtos alimentícios. 7 ADM Relatório Anual 2004 P R O C E S S A M E N T O D E S E M E N T E S O L E A G I N O S A S protéico para aves. Embora se possa esperar volatilidade a curto prazo, estamos fortemente comprometidos com a nossa estratégia de longo prazo de crescimento nesses mercados. A adaptabilidade da ADM é sustentada pela amplitude e pela profundidade de nossos produtos e mercados. Além de soja, processamos, para nossos clientes, sementes de algodão, de girassol, canola, amendoim, semente de linhaça e outras oleaginosas. As sementes oleaginosas são esmagadas para produzir óleos utilizados em tempero para salada, margarinas, banha, produtos químicos, tintas para pintura e impressão e outros produtos industriais, enquanto o farelo é um ingrediente fundamental na alimentação de semoventes e aves. Sementes oleaginosas são também matéria-prima para o mercado europeu de biodiesel, em crescimento. O óleo de canola é o biodiesel preferido na Europa, devido a vantagens de desempenho, e a ADM opera instalações de esmagamento de canola na Europa e nos Estados Unidos. Investimentos adicionais em instalações de processamento serão orientados por tendências da demanda por biodiesel. Os padrões da demanda por esses produtos oscilam de acordo com os padrões de crescimento econômico, câmbio, hábitos alimentares e usos alternativos. Mudanças bruscas nas preferências alimentares podem refletir tendências de longo prazo ou modismos de curta duração, e só o tempo pode diferenciar os dois fenômenos. A ADM atende a padrões de demanda oscilantes com a oferta de uma ampla gama de óleos vegetais a seus clientes, de grandes volumes de óleos de soja e palma a óleos que levam marcas, como os nossos Enova™ e Nova-Lipid™. A ADM ajusta seu mix de produtos e estágios de processamento para responder a mudanças de curto prazo na demanda gerada por seus clientes e procura assumir compromissos de capital de longo prazo só para responder ADM Relatório Anual 2004 a tendências que sejam, por natureza, também de longo prazo. p á g i n a 8 Com o crescimento das economias e o aumento da riqueza, as pessoas procuram acrescentar proteína a suas dietas, inclusive carnes produzidas a partir de farelo vegetal de alto teor protéico. A ADM continua investindo no mercado de ração protéica, expandindo suas competências no fornecimento de soja na América do Sul e sua capacidade de processamento na Ásia. p á g i n a 9 P R O C E S S A M E N T O D E M I L H O Como o maior processador de milho do mundo, a ADM beneficia-se da crescente demanda por essa versátil cultura. Com sete principais instalações de processamento na América do Norte, a Companhia oferece aos fazendeiros amplas oportunidades de agregar valor a sua colheita. Ao desenvolver novos produtos, expandimos oportunidades de mercado e maximizamos nossa competência de alternar a produção entre diversos fluxos de valor. O milho é moído, produzindo amido, óleo e alimentos e rações a base de glúten. O óleo é processado para criar produtos como óleos para salada e de cozinha, ao passo que o amido, que representa mais de metade de cada saca de milho, é processado para a obtenção de diversos adoçantes e fermentado para produzir etanol ou uma extensa linha de ingredientes para alimentos e rações. Recentemente, a ADM celebrou uma joint-venture para converter amido em fermento para panificação. Os adoçantes incluem xarope de milho com alto teor de frutose, usado em bebidas e outros produtos alimentícios. O uso do milho em substituição aos adoçantes à base de açúcar já é um mercado bem estabelecido na América do Norte. O xarope de milho com alto teor de frutose é virtualmente idêntico ao açúcar no que diz respeito ao número de calorias e ao sabor, o que faz dele uma alternativa atraente para muitas aplicações. Lucro Operacional Em US$ milhões 661 As tendências da demanda por adoçantes de milho, açúcar, carboidratos e outros alimentos provavelmente serão cada vez mais influenciadas por preocupações com saúde e nutrição em todo o mundo. A ADM continua comprometida com os adoçantes à base de milho como ingrediente nutricionalmente adequado em produtos alimentícios. Nesse meio tempo, mantemos flexibilidade para nos adaptar às mudanças nos padrões da demanda, caso elas ocorram. 359 192 2002 2003 2004 42% Produtos Primários Posição Competitiva Adoçantes, incluindo xarope de milho com alto teor de frutose. Bio-produtos, entre eles etanol usado para aumentar a octanagem da gasolina e produtos especiais, como aditivos alimentares (lisina, treonina) e ácido cítrico. O maior processador mundial de milho, com a maior participação nos mercados de xarope de milho com alto teor de frutose e de etanol. Porcentagem do Lucro Operacional Total p á g i n a 1 0 O processamento de milho da ADM para produzir adoçantes, como o xarope de milho com alto teor de frutose, cria um mercado de aproximadamente 270 milhões de sacas de milho por ano nos Estados Unidos. Oferecendo a mesma qualidade e o mesmo sabor do açúcar natural, além Avanços-Chave O mercado de adoçantes apresenta um crescimento moderado e força nos preços, apesar do crescimento lento na ponta do consumo. Os elevados preços da energia e a implementação de regulamentações ambientais impulsionam o crescimento da demanda por etanol em todo o território dos Estados Unidos. Os preços dos alimentos com alto teor protéico estimulam uma forte demanda por lisina e treonina como aditivos alimentares. Benefícios, registrados ao longo de todo o ano, decorrentes da aquisição e integração do processador de milho MCP, em 2003, a maior aquisição da ADM. p á g i n a 1 1 de ser mais econômico, o xarope de milho com alto teor de frutose é largamente utilizado tanto por empresas fabricantes de bebidas quanto por consumidores como seu adoçante favorito. ADM Relatório Anual 2004 P R O C E S S A M E N T O D E M I L H O A produção de etanol para combustíveis veiculares é um componente cada vez mais importante do negócio de processamento de milho, com um atraente potencial a longo prazo. Com a disparada dos preços do petróleo no exercício de 2004, a demanda por etanol e seus preços também aumentaram, o que resultou em volumes e lucros mais altos no segmento desse combustível renovável. Ao mesmo tempo, é importante observar que as tendências de curto prazo nos preços do petróleo surtem impacto relativamente pequeno na utilização do etanol. Os principais motores da demanda por etanol relacionam-se às necessidades de octanagem e preocupações ambientais. As vendas de etanol aumentaram na medida que estados e cidades eliminaram um aditivo de combustíveis alternativo, o MTBE. A ADM expandiu sua capacidade para atender a mercados anteriormente dependentes do MTBE, entre os quais se incluem a Califórnia, Nova York, Connecticut e outros importantes estados. Em alguns estados, o etanol é misturado à gasolina reformulada, para reduzir as emissões de monóxido de carbono. O etanol também é misturado à gasolina para aumentar a sua octanagem. A ADM já é a maior produtora de etanol da América do Norte. A Companhia equilibrou a produção de suas usinas e limitou sua expansão de capacidade nesse segmento. Recentes incrementos de capacidade provenientes de cooperativas rurais permitiram que o setor atendesse ao forte crescimento da demanda. Expandimos tanto a capacidade de moagem de milho quanto a de produção de etanol no exercício de 2003, com a aquisição da Minnesota Corn Processors, uma importante operação de moagem de milho. Ganhos de eficiência e cortes de custos no exercício de 2003 sustentaram um padrão bem-sucedido de sinergias estabelecido um ano antes e asseguraram nossa posição como produtor de etanol com custos baixos. Além do etanol, os bio-produtos da ADM incluem uma ampla gama de ingredientes para alimentos ADM Relatório Anual 2004 e rações. A lisina e a treonina são aminoácidos usados como aditivos em rações para aves e suínos, e a astaxantina dá a coloração rosada dos salmões criados em fazendas. Os altos preços do farelo proteico no exercício de 2004 contribuíram para o aumento da demanda por lisina e treonina como ingredientes de ração – e também seus preços. A goma xantana, a maltodextrina e o ácido láctico também se destinam a segmentos específicos do mercado. O ácido cítrico é produzido e vendido como acidulante para alimentos e outros produtos. Esse largo espectro de bio-produtos oferece oportunidades atraentes para a expansão do fluxo de valor na cadeia do milho e o aumento dos retornos de capital incrementais da ADM. p á g i n a 1 2 Os fazendeiros americanos suprem as necessidades energéticas dos motoristas por meio de um combustível renovável e ecológico – o etanol. A demanda por etanol continua a crescer nos Estados Unidos, na medida em que as instalações de processamento da ADM criam o vínculo essencial entre o fazendeiro e um meio ambiente mais limpo. p á g i n a 1 3 O U T R O S I N G R E D I E N T E S PA R A A L I M E N T O S E R A Ç Õ E S Os ingredientes para alimentos e rações da ADM demonstram o escopo completo de competências da Companhia, que faz dela o vínculo essencial na cadeia de suprimento de alimentos. Investimentos eficazes e disciplinados em ativos imobilizados, pesquisa e desenvolvimento e relacionamento com os clientes são condutores-chave de oportunidades e lucratividade nesses mercados. Depois de vários anos de investimento e consolidação, a ADM emergiu como líder mundial em processamento de cacau. A partir de fontes de fornecimento e instalações de processamento em cinco continentes, fornecemos cacau em pó, licor, manteiga, blocos de chocolate e produtos de chocolate com marcas dos clientes, em todo o mundo. Para maximizar as oportunidades de crescimento, a ADM concentra-se cada vez mais em serviços adicionais e fatores de relacionamento que aproximam mais a Companhia de clientes já ativos e atraem novos clientes para a nossa rede. Além de formulações específicas de produtos, a lealdade do cliente baseia-se em entregas pontuais e adequadas às suas necessidades, garantia de qualidade, coordenação de pesquisa e prestação de serviços e suporte contínua. Os mesmos fatores se aplicam ao negócio de processamento de trigo. As 46 instalações da ADM Lucro Operacional Em US$ milhões nos Estados Unidos, Caribe, Canadá e Reino Unido produzem farinha de trigo para companhias de panificação, empresas alimentícias, o segmento de food service e o varejo. A ADM responde às demandas do mercado, em alguns casos com o desenvolvimento de marcas personalizadas, 276 261 inclusive farinhas com alto teor protéico, para clientes específicos. 213 2002 2003 2004 17% Produtos Primários Posição Competitiva Cacau, farinho de trigo, ingredientes alimentícios (concentrados e isolados de soja), neutracêuticos (fitosteróis, fonte natural de vitamina E) e produtos industriais. Um das maiores processadores de cacau e trigo do mundo, com crescente penetração em nichos de mercado para ingredientes alimentícios e aditivos industriais derivados de produtos agrícolas. Porcentagem do Lucro Operacional Total p á g i n a 1 4 Os produtores de trigo buscam novos mercados para suas e colheitas e expansão naqueles em que já atuam, contando com a ADM para identificar novas oportunidades e clientes para a farinha de trigo. Cada vez mais, a ADM oferece às panificadoras e outros clientes Avanços-Chave formulações específicas,entre A receita e a lucratividade obtidas no segmento de cacau crescem conforme a racionalização da capacidade do setor, e a ADM expande seu mix de receitas com produtos de chocolate acabados e semi-acabados. As margens obtidas no segmento de farinha de trigo estão se recuperando em relação aos níveis de 2003, quando estavam deprimidas. As dietas de baixo teor de carboidratos aumentam a demanda por produtos protéicos especiais. as quais se incluem farinhas p á g i n a com alto teor protéico e baixo teor de carboidratos. 1 5 ADM Relatório Anual 2004 O U T R O S I N G R E D I E N T E S P A R A A L I M E N T O S E R A Ç Õ E S A demanda per capita por farinha de trigo caiu consecutivamente nos últimos três anos, uma tendência ligada à ampliação da vida de prateleira de produtos panificados e a recente ênfase em dietas de baixos teores de carboidrato e altos teores de proteína. Embora possam reduzir a demanda por farinha de trigo, as dietas de baixos teores de carboidrato também podem estimular as vendas de alimentos contendo altos teores de proteína de soja, assim como animais alimentados com farelo com alto teor de proteína contendo soja ou milho suplementado com lisina e treonina. Os produtos e ingredientes especiais derivados da soja incluem concentrados de soja (70% de proteína) e isolados de soja (90% de proteína), usados como aprimoramentos funcionais e nutricionais em uma grande variedade de produtos alimentícios. Além disso, a ADM desenvolveu isolados de trigo com alto teor protéico que são usados em farinhas com alto teor protéico, um nicho pequeno mas atraente, na medida em que as companhias de panificação e empresas do segmento de food service se concentram em alimentos de alto teor protéico e baixo teor de carboidratos. A ADM também produz isoflavonas, fonte natural de vitamina E, e fitosteróis usados em suplementos dietéticos. Os ingredientes alimentares especiais constituem atraentes oportunidades, a longo prazo, para aumentar o valor da natureza. Cada produto especial aumenta o valor da agricultura incrementando o valor total obtido a partir de uma só cultura. Embora esses itens de alto valor sejam produzidos em volumes relativamente pequenos quando comparados com os das sementes o oleaginosas, os dos adoçantes e do etanol, cada um deles oferece oportunidades instigantes para ocupar posições mais elevadas na cadeia de valor, à medida que os mercados se desenvolvem e ganham mais ADM Relatório Anual 2004 eficiência na produção. p á g i n a 1 6 Chocolate, o sabor mais apreciado em todo o mundo, é fornecido de forma consistente a milhões de consumidores por meio das instalações da ADM. Como o maior processador mundial de cacau, a Companhia atende às necessidades de muitas das grandes empresas do setor de doces, panificadoras e outros fabricantes de alimentos. p á g i n a 1 7 S E R V I Ç O S A G R Í C O L A S A ADM incrementa o valor dos produtos agrícolas por meio de uma complexa rede global de elevadores, terminais, armazéns e instalações portuárias que ligam a Companhia a seus clientes e às nossas plantas de processamento. A ADM tem um sistema de caminhões, vagões ferroviários, barcaças, contêineres e embarcações sem paralelo. Os 20.000 vagões ferroviários da Companhia formam uma das maiores frotas ferroviárias dos Estados Unidos, e as mais de 500 instalações de armazenamento e distribuição tornam a ADM uma das maiores empresas de logística em todo o mundo. Enquanto as instalações de processamento da ADM agregam um tipo de valor aos produtos rurais, nossa rede de serviços agrícolas cria o vínculo físico essencial entre os produtores e os clientes. A ADM coleta e armazena safras em elevadores e silos, transporta essas commodities para centenas de instalações de processamento da própria ADM e entrega produtos para clientes em todo o mundo. O segmento de serviços agrícolas tem o compromisso de prover fontes de fornecimento para suprir as necessidades dos clientes, sejam elas quais forem , a partir de qualquer lugar no planeta, e entregar o produto onde e quando ele é necessário. Esse compromisso só pode ser cumprido por meio de uma rede multimodal global. O incomparável sistema de transporte e logística da ADM cada vez mais Lucro Operacional Em US$ milhões fornece uma ampla gama de commodities a granel e produtos especiais ensacados para os clientes. O segmento de serviços agrícolas oferece controle total a clientes que buscam rastreabilidade, 250 qualidade específica ou características exclusivas em produtos. Para garantir segurança e proteção aos produtos, a ADM pode identificar a origem de qualquer produto rural, da fazenda à entrega, produzindo garantia de fonte única para o cliente. No mercado de hoje em dia, a identificação de 170 produtos tem um valor que pode levar a um aumento da confiança do cliente na rede de serviços agrícolas da ADM. 92 2002 2003 2004 16% Produtos Primários Posição Competitiva Fontes de fornecimento e distribuição de matérias-primas agrícolas a partir de mais de 500 instalações de produção e distribuição, das plantas de processamento da ADM para uma rede global de clientes. Uma das maiores redes de fornecimento, armazenamento e transporte de grãos e sementes oleaginosas do mundo, com mais de 20.000 vagões ferroviários, 1.500 tratores/trailers e 2.000 barcaças. Porcentagem do Lucro Operacional Total p á g i n a 1 8 Na medida que a ADM expande sua rede global de Avanços-Chave instalações, nossa Consolidação sustentada da produção agrícola entre grandes fazendas e distribuição para um número menor de grandes processadores de alimentos. capacidade incomparável de fornecer e distribuir produtos agrícolas fortalece o vínculo Reposicionamento de ativos para aumentar a eficiência e melhorar os níveis de serviço. entre os fazendeiros locais e mercados de todo o mundo. p á g i n a 1 9 ADM Relatório Anual 2004 S E R V I Ç O S A G R Í C O L A S Nas duas pontas da rede de distribuição, a regra é a consolidação, pois crescentemente as maiores fazendas suprem as demandas de um número menor de empresas alimentícias diversificadas. As grandes companhias de alimentos tendem cada vez mais a fazer negócios diretamente com agroprocessadores globais, como a ADM, que já se provaram capazes de fornecer qualidade e quantidade com pontualidade. Ao mesmo tempo, grandes empresas rurais preferem lidar com elevadores e sistemas de distribuição que possam acomodar um grande influxo de colheita em um curto período de tempo e prover uma série de serviços para facilitar suas operações comerciais. Essas duas tendências favorecem companhias de maior porte, que podem atender a todas as necessidades de produtos e exigências de serviço de clientes cada vez maiores. Em face da consolidação dos clientes, é preciso expandir ativos específicos, para lidar com maiores quantidades em um só local, com cronogramas de fontes de fornecimento e entrega mais precisos. A confiabilidade e a previsibilidade do serviço, duas marcas registradas da ADM, ganham importância crescente como diferenciais competitivos que beneficiarão a Companhia a longo prazo. E benefícios podem surgir também a curto prazo. No exercício de 2004, em um ambiente mercadológico altamente volátil, a capacidade da ADM de manter estoques e cumprir cronogramas de entrega contribuiu para a formar laços de lealdade e confiança com os clientes. Em simultâneo, o foco da ADM no uso eficiente de capital se reflete na utilização de frotas de transportes e instalações externas, para atender a aumentos súbitos na demanda. As instalações e frotas próprias e arrendadas da ADM satisfazem a maior parte das necessidades da Companhia, que compra e vende capacidade conforme necessário para equilibrar os custos do capital com a ADM Relatório Anual 2004 utilização da capacidade. p á g i n a 2 0 A prestação do mais alto nível de serviço a fazendeiros e clientes exige um compromisso com a flexibilidade e o reposicionamento contínuo de ativos. p á g i n a 2 1 Í N D I C E Avaliação das Operações e Situação Financeira pela Administração- 30 de junho de 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 23 Resumo das Principais Práticas Contábeis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 33 Demonstrações Consolidadas do Resultado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 35 Balanços Patrimoniais Consolidados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 36 Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 38 Demonstrações Consolidadas das Mutações do Patrimônio Líquido . . . . . . . . . Página 39 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas . . . . . . . . . . . . Página 40 Parecer dos Auditores Independentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 50 Dados Financeiros Trimestrais (Não Auditados) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 51 Preços de Mercado das Ações Ordinárias e Dividendos . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 51 Resumo Decenal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 52 P á g i n a 2 2 Archer Daniels Midland Company AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 VISÃO GERAL DA EMPRESA A Companhia opera, principalmente, com compra, transporte, armazenagem, processamento e comercialização de commodities e produtos agrícolas. As operações da Companhia estão classificadas em três segmentos de negócios principais: Processamento de Sementes Oleaginosas, Processamento de Milho e Serviços Agrícolas. Cada um desses segmentos está organizado com base na natureza dos produtos e serviços oferecidos. As demais operações da Companhia estão agregadas e classificadas como Outros. O segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas inclui atividades relacionadas à transformação de sementes oleaginosas, como soja, sementes de algodão e de girassol, canola, amendoim e sementes de linhaça, em óleos vegetais e alimentos, principalmente para os setores de produtos alimentícios e rações. Além disso, as sementes oleaginosas podem ser revendidas no mercado como matéria-prima para outras empresas de processamento. O óleo vegetal bruto é vendido no estado ou sofre novo processamento, sendo refinado, alvejado e desodorizado para se transformar em óleos para salada. Os óleos para salada podem receber processamento adicional por hidrogenação e/ou interesterificação para se transformar em margarina, banha e outros produtos alimentícios. O óleo parcialmente refinado é vendido para uso em produtos químicos, tintas e outros produtos industriais. Os alimentos derivados de sementes oleaginosas são ingredientes básicos na produção de rações comerciais para gado e aves. O segmento de Processamento de Milho inclui atividades relacionadas à produção de xaropes, amidos, dextrose e adoçantes para a indústria de alimentos e bebidas, assim como atividades relacionadas à produção, por meio de fermentação, de bioprodutos como álcool, aminoácidos e outros ingredientes para alimentos e rações especiais. O segmento de Serviços Agrícolas utiliza os amplos silos de grãos e a rede de transportes da Companhia para comprar, armazenar, limpar e transportar commodities agrícolas, como sementes oleaginosas, milho, trigo, sorgo, aveia e cevada, e revende essas commodities, principalmente, como ingredientes para rações e matéria-prima para o setor de processamento agrícola. A rede de fornecimento e transporte de grãos do segmento de Serviços Agrícolas presta ainda serviços confiáveis e eficientes para as operações de processamento agrícola da Companhia. Também estão incluídas no segmento de Serviços Agrícolas as atividades da A.C. Toepfer International, que negocia commodities agrícolas e produtos processados em todo o mundo. Sob o nome de Outros, agrupam-se as demais operações da Companhia, que consistem, principalmente, em negócios com ingredientes para alimentos e rações e em atividades financeiras. Os negócios com ingredientes para alimentos e rações abrangem o processamento de trigo, com atividades relacionadas à produção de farinha de trigo; processamento de cacau, com atividades relacionadas à produção de chocolate e outros produtos derivados de cacau, produtos naturais para saúde e nutrição e outros ingredientes especiais para alimentos e rações. As atividades financeiras incluem operações bancárias, seguros cativos, investimentos em fundos de participação societária e atividades de negociação nas bolsas de mercadorias e futuros. Indicadores de desempenho operacional e fatores de risco A Companhia está exposta a certos riscos inerentes ao negócio de commodities agrícolas. Esses riscos são objeto de maior detalhamento nas seções “Práticas Contábeis Críticas” e “Instrumentos e Posições P á g i n a Sensíveis a Risco de Mercado”, no tópico “Avaliação das Operações e Situação Financeira pela Administração”. As operações de Processamento de Sementes Oleaginosas, Serviços Agrícolas e Processamento de Trigo da Companhia são negócios baseados em commodities agrícolas, nos quais va r i a ç õ e s n o s p r e ç o s d e v e n d a d o s s e g m e n t o s e s t ã o vinculadas a variações nos preços das matérias-primas com base em commodities agrícolas. Portanto, as variações nos preços das commodities agrícolas causam impactos relativamente iguais nas vendas líquidas e no custo dos produtos vendidos e um impacto mínimo no lucro bruto das transações correspondentes. Em conseqüência, as variações nos valores das vendas líquidas desses segmentos de negócios não necessariamente correspondem às variações no lucro bruto obtido por esses negócios. As operações de Processamento de Milho da Companhia e algumas outras operações de processamento de alimentos e rações também utilizam commodities agrícolas (ou produtos derivados de commodities agrícolas) como matérias-primas. Nessas operações, as variações nos preços das commodities agrícolas podem acarretar flutuações significativas no custo dos produtos vendidos, não necessariamente sujeitas a repasses diretos para o preço de venda dos produtos acabados. Para produtos como o etanol, os preços de venda não mantêm relação direta com o custo das commodities agrícolas que constituem suas matérias-primas, mas relacionam-se a outros fatores de mercado, como os preços da gasolina, que não têm vínculo direto com as commodities agrícolas. A Companhia opera em muitos países. Para muitas das subsidiárias fora dos Estados Unidos, a moeda local é também a moeda funcional. As receitas e despesas denominadas em moedas estrangeiras são convertidas em dólares norte-americanos pela média ponderada das taxas de câmbio dos respectivos períodos. Flutuações cambiais, principalmente as do euro e da libra esterlina, em relação ao dólar norte-americano resultarão em flutuações correspondentes no valor em dólares norte-americanos, das receitas e despesas da Companhia. O impacto dessas variações nas taxas de câmbio será discutido abaixo, nos tópicos relevantes. A Companhia avalia o desempenho de seus segmentos de negócios utilizando as principais estatísticas operacionais, como lucro operacional e retorno do investimento em ativo imobilizado do segmento. Os resultados operacionais da Companhia podem variar significativamente devido a fatores imprevisíveis como clima, plantios, programas e políticas agrárias do governo (nos Estados Unidos e em outros países), oscilações na demanda global resultantes do crescimento da população e mudanças nos padrões de vida e na produção de culturas similares e concorrentes. Devido a esses fatores, a Companhia não fornece informações com base em previsões na “Avaliação das Operações e Situação Financeira pela Administração”. 2004 EM COMPARAÇÃO COM 2003 Como um negócio com base em commodities agrícolas, a Companhia está sujeita a uma série de fatores de mercado que afetam seus resultados operacionais. Em 2004, observou-se uma alta volatilidade nos mercados globais de sementes oleaginosas, devido, principalmente, à quebra das safras desses grãos em todas as principais áreas de cultivo do mundo, em conseqüência de condições climáticas desfavoráveis. A redução no tamanho das safras de 2 3 Relatório Anual 2004 AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO) sementes oleaginosas e o crescimento contínuo da demanda por proteínas e óleos vegetais na Ásia resultaram em preços mais elevados da soja e deficiências na capacidade de expedição dos produtos. Apesar dos níveis recorde dos preços das sementes oleaginosas, a demanda por ração protéica e óleo vegetal na América do Norte se manteve forte. A redução no tamanho das safras de sementes oleaginosas e as importações de ração protéica da América do Sul surtiram impacto adverso na utilização da capacidade de esmagamento e nas margens das operações na Europa. Além disso, o excesso de capacidade do setor de esmagamento na América do Sul afetou negativamente as margens de esmagamento de sementes oleaginosas nessa região. A demanda por etanol se manteve alta, devido a mais estados norte-americanos estarem substituindo o uso de MTBE, recentemente proibido, como aditivo para a gasolina. Os preços recorde do petróleo bruto também contribuíram para a boa demanda por etanol e ajudaram a manter os níveis de preço do produto. Os níveis de preço elevados das sementes oleaginosas levaram os produtores de gado a alimentar os animais com quantidades cada vez maiores de ração de glúten de milho e os destiladores a secar grãos, para substituir à ração protéica, de custo alto. O uso de rações à base de milho, suplementadas com lisina para equilibrar o perfil de aminoácidos, resultou em um aumento da demanda e dos preços médios de venda da lisina. Além disso, um melhor desempenho dos mercados acionários globais em 2004 favoreceu investidores com posições em títulos patrimoniais e fundos de participação societária. Em junho de 2004, a Companhia chegou a um acordo relativo a uma ação judicial coletiva envolvendo a venda de xarope de milho com alto teor de frutose, em razão do qual pagará US$ 400 milhões, valor este provisionado nas demonstrações financeiras consolidadas. O lucro líquido do exercício social de 2004 cresceu devido, principalmente, à melhora dos resultados operacionais dos segmentos de Processamento de Milho e Serviços Agrícolas e a melhores resultados nos negócios com ingredientes para alimentos e rações. Outro fator que contribuiu para o incremento do lucro líquido foi um aumento de US$ 115 milhões na participação nos lucros das coligadas não consolidadas, resultante, sobretudo, de avaliações mais elevadas dos investimentos em fundos de participação societária da Companhia. Também integra o lucro líquido um ganho de US$ 21 milhões em uma ação judicial relacionada a seguro, em torno da enchente de 1993. Esses aumentos foram parcialmente compensados pelas despesas com o acordo judicial referente à frutose, de US$ 400 milhões, e pela despesa de US$ 51 milhões relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. Os resultados do exercício anterior incluíram um ganho de US$ 28 milhões, relativo a um acordo parcial do processo antitruste de vitaminas e uma despesa de US$ 13 milhões relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. Essas despesas de US$ 51 milhões e US$ 13 milhões com ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, em 2004 e 2003, respectivamente, representam basicamente a descontinuidade de ativos ociosos com base no seu valor estimado de recuperação. A comparabilidade dos resultados operacionais da Companhia em relação ao exercício anterior foi afetada pelas seguintes aquisições, concluídas ao longo do exercício social de 2003: Em 6 de setembro de 2002, a Companhia adquiriu todas as ações de Classe A em circulação da Minessota Corn Processors (MCP), operadora com instalações de moagem de milho úmido em Minnesota P á g i n a e Nebraska. Essas ações de Classe A representavam 70% das ações em circulação da MCP. Antes de 6 de setembro de 2002, a Companhia possuía ações de Classe B sem direito a voto, que representavam os restantes 30% das ações em circulação da MCP. A Companhia pagou aproximadamente US$ 382 milhões em moeda corrente pelas ações de Classe A em circulação e assumiu um endividamento de longo prazo da MCP no valor de US$ 233 milhões. Os resultados operacionais da MCP estão incluídos no segmento de Processamento de Milho da Companhia, conforme o método de equivalência patrimonial até a data da aquisição e consolidados depois dessa data. Em 24 de fevereiro de 2003, a Companhia adquiriu, da Associated British Foods plc (ABF), seis moinhos de farinha localizados no Reino Unido. A Companhia pagou aproximadamente US$ 96 milhões em moeda corrente pelos ativos e estoques dos moinhos da ABF. Os resultados operacionais dos moinhos da ABF desde a aquisição estão incluídos no segmento Outros. Antes de 7 de abril de 2003, a Companhia era proprietária de 28% das ações em circulação da Pura plc (Pura), empresa sediada no Reino Unido que processa e comercializa óleo comestível. Em 7 de abril de 2003, a Companhia adquiriu as demais ações em circulação da Pura por aproximadamente US$ 58 milhões em moeda corrente. Os resultados operacionais da Pura estão incluídos no segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas da Companhia, conforme o método de equivalência patrimonial até a data da aquisição e consolidados depois disso. Análise das demonstrações do resultado As vendas líquidas e outros resultados operacionais cresceram 18%, totalizando US$ 36,2 bilhões, devido, principalmente, ao aumento dos preços médios de venda das commodities agrícolas e dos produtos acabados de sementes oleaginosas derivados de commodities comercializados e, em menor grau, ao aumento dos volumes de vendas de etanol e a US$ 761 milhões em vendas líquidas relativas a negócios recém-adquiridos. Além disso, as vendas líquidas e outros resultados operacionais aumentaram US$ 1,5 bilhão, ou 5%, devido a flutuações cambiais. Esses aumentos foram parcialmente compensados pela redução dos volumes de vendas de soja e produtos acabados de sementes oleaginosas, devido, principalmente, à baixa oferta de soja na América do Norte. As vendas líquidas e outros resultados operacionais são apresentados como segue: 2004 2003 Variação (Em milhares de dólares norte-americanos) Processamento de Sementes Oleaginosas . . . . $ 12.049.250 Processamento de Milho Adoçantes e Amidos . . . . . . 1.736.526 Bioprodutos . . . . . . . . . . . . 2.268.655 Total de Processamento de Milho . . . . . . . . . . 4.005.181 Serviços Agrícolas . . . . . . . . . . 15.638.341 Outros Ingredientes para Alimentos e Rações . . . . . . . . . . . . 4.386.246 Atividades financeiras . . . . . 72.376 Total de Outros . . . . . . . . 4.458.622 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36.151.394 $ 9.773.379 $ 2.275.871 1.395.087 1.663.599 341.439 605.056 3.058.686 13.557.946 946.495 2.080.395 4.223.664 94.358 4.318.022 $ 30.708.033 162.582 (21.982) 140.600 $ 5.443.361 As vendas de Processamento de Sementes Oleaginosas cresceram 23%, totalizando US$ 12,0 bilhões, devido, principalmente, ao aumento dos preços médios de venda de soja, óleo vegetal, ração protéica e, em 2 4 Archer Daniels Midland Company menor grau, às operações recém-adquiridas da Pura. Esses aumentos foram parcialmente compensados pelos menores volumes de vendas de ração protéica. As flutuações nos preços e volumes médios de venda foram devidas, principalmente, ao aumento dos níveis de preço de commodities de sementes oleaginosas, em razão da baixa oferta dessas sementes nos Estados Unidos, ao impacto da estiagem do verão passado na Europa e ao aumento da demanda chinesa por sementes oleaginosas. As vendas de Processamento de Milho aumentaram 31%, totalizando US$ 4 bilhões, devido, principalmente, ao aumento das vendas de bioprodutos e, em menor grau, ao aumento das vendas de adoçantes e produtos de amido e às operações recém-adquiridas da MCP. O aumento nas vendas de bioprodutos deve-se, principalmente, ao crescimento dos volumes de vendas de etanol e, em menor grau, aos preços de venda mais elevados da lisina. O aumento do volume de vendas de etanol deve-se, principalmente, ao aumento da demanda das refinarias de gasolina no nordeste dos Estados Unidos, em conseqüência da reformulação das misturas de gasolina em vários estados, com a utilização de etanol para substituir o MTBE, recentemente proibido. As vendas de Serviços Agrícolas aumentaram 15%, totalizando US$ 15,6 bilhões, devido, principalmente, ao aumento dos preços médios das commodities, parcialmente compensado pela diminuição dos volumes de vendas de sementes oleaginosas, em conseqüência da redução na oferta. As vendas do segmento Outros aumentaram 3%, totalizando US$ 4,5 bilhões, devido, principalmente, às vendas atribuíveis aos moinhos recém-adquiridos da ABF. O custo dos produtos vendidos aumentou US$ 5,0 bilhões, totalizando US$ 34,0 bilhões, devido, principalmente, ao aumento dos custos médios das commodities agrícolas comercializadas. Esses aumentos foram parcialmente compensados pela redução dos volumes de vendas de soja, devido, principalmente, à baixa oferta de soja na América do Norte. Os custos de produção aumentaram US$ 424 milhões em relação ao exercício anterior, devido, principalmente, a US$ 50 milhões em custos relacionados a negócios recém-adquiridos, a um incremento de US$ 165 milhões nos custos de energia, a US$ 44 milhões de aumento nos custos com pessoal e a uma despesa de US$ 51 milhões relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. Além disso, o custo dos produtos vendidos aumentou US$ 1,4 bilhão, em razão de flutuações cambiais. Os custos dos produtos vendidos do exercício anterior incluíram uma despesa de US$ 13 milhões, relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, e um crédito de US$ 28 milhões, relativo a um acordo parcial do processo antitruste de vitaminas. As despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram US$ 454 milhões, totalizando US$ 1,4 bilhão, devido, principalmente, a despesas com o acordo judicial referente à frutose, de US$ 400 milhões. Outros incrementos incluem US$ 22 milhões em custos relacionados a negócios recém-adquiridos e US$ 26 milhões em decorrência de flutuações cambiais. Além disso, no exercício anterior houve a inclusão de US$ 11 milhões em custos relacionados ao acordo da Companhia com a Environment Protection Agency (EPA, agência de proteção ambiental dos EUA). Excluindo-se esses efeitos, o aumento restante foi devido, principalmente, a custos de mão-de-obra mais altos, inclusive custos de aposentadoria. As despesas do segmento Outros diminuíram US$ 120 milhões, totalizando US$ 28 milhões, devido, principalmente, a ganhos de US$ 24 milhões realizados em transações com títulos e valores mobiliários e um aumento de US$ 115 milhões no resultado de equivalência patrimonial em coligadas não consolidadas, parcialmente P á g i n a compensados pelo ganho do exercício anterior com a venda de ativos desnecessários. Esse aumento no resultado de equivalência patrimonial em coligadas não consolidadas foi devido, principalmente, a uma melhora nas avaliações dos investimentos em fundos de participação societária da Companhia. As despesas com juros diminuíram, devido, principalmente, à redução nas taxas de juros médias. As receitas provenientes de investimentos diminuíram, devido, principalmente, à redução nos saldos médios investidos. O lucro operacional é o seguinte: 2004 2003 Variação (Em milhares de dólares norte-americanos) Processamento de Sementes Oleaginosas . . . . . . . $ 290.732 Processamento de Milho Adoçantes e amidos . . . . . . . . . 318.369 Bioprodutos . . . . . . . . . . . . . . . 342.578 Total de Processamento de Milho . . . . . . . . . . . . . 660.947 Serviços Agrícolas . . . . . . . . . . . . . 249.863 Outros Ingredientes para Alimentos e Rações . . . . . . . . . . . . . . . 260.858 Atividades financeiras . . . . . . . . 98.611 Total do Segmento Outros . . . 359.469 Lucro Operacional Total dos Segmentos . . . . . . . . . . 1.561.011 Corporativo . . . . . . . . . . . . . . . . . (843.000) Lucro Antes do Imposto de Renda . . . . . . . . . . . . . . . $ 718.011 $ 337.089 $ (46.357) 228.227 130.473 90.142 212.105 358.700 92.124 302.247 157.739 212.507 9.492 221.999 48.351 89.119 137.470 1.009.912 (378.939) 551.099 (464.061) $ 630.973 $ 87.038 O lucro operacional do segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas caiu 14%, totalizando US$ 291 milhões, devido, principalmente, à redução nas margens de esmagamento de sementes oleaginosas na Europa e América do Sul, parcialmente compensada pela melhora nas margens de esmagamento de sementes oleaginosas na América do Norte. Além disso, a inadimplência em contratos chineses no quarto trimestre de 2004 surtiu impacto significativo nos mercados globais de sementes oleaginosas e afetaram negativamente os lucros do segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas. As margens de esmagamento na Europa foram menores, pois produtos de sementes oleaginosas importados da América do Sul resultaram em uma menor taxa de utilização da capacidade na Europa. No Brasil, a utilização da capacidade foi reduzida para um melhor equilíbrio entre a oferta e a demanda. A melhora nas margens de esmagamento na América do Norte é devida, principalmente, à sustentação da forte demanda por óleos vegetais e rações protéicas. Os lucros operacionais incluem despesas de US$ 4 milhões e US$ 7 milhões, relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis em 2004 e 2003, respectivamente. O lucro operacional do segmento de Processamento de Milho cresceu US$ 302 milhões, totalizando US$ 661 milhões, devido, principalmente, a volumes de vendas de bioprodutos e preços médios de venda mais elevados e, em menor escala, a preços médios de venda de adoçantes e amidos também melhores. O aumento no volume de vendas de bioprodutos deve-se, principalmente, ao já mencionado aquecimento da demanda por etanol nas refinarias de gasolina no nordeste dos Estados Unidos. O aumento nos preços médios de venda de bioprodutos é devido, principalmente, ao aumento da demanda por lisina por parte dos produtores de aves e suínos. A lisina é utilizada na alimentação de suínos e aves, para substituir a ração protéica e equilibrar o perfil de aminoácidos. A demanda por lisina também se orienta pela relação entre o preço da 2 5 Relatório Anual 2004 AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO) ração protéica e o preço do milho. Os lucros operacionais de 2004 incluem um ganho de US$ 15 milhões em uma ação judicial relacionada a seguros, em torno da enchente de 1993 e uma despesa de US$ 15 milhões relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. O lucro operacional do segmento de Serviços Agrícolas aumentou US$ 158 milhões, totalizando US$ 250 milhões, devido, principalmente, à melhora dos resultados da comercialização global de grãos e, em menor grau, à melhora dos resultados operacionais na produção de grãos no mercado doméstico. A safra recorde de milho e a grande safra de trigo dos Estados Unidos proporcionaram à Companhia oportunidade de obter sólidos lucros com armazenagem, transporte, fornecimento e marketing. Além disso, desequilíbrios regionais na produção, ocasionados principalmente pela estiagem na Europa, permitiram à Companhia utilizar mais intensamente suas capacidades de infra-estrutura e comercialização de grãos. A forte demanda mundial por grãos e alimentos forrageiros também teve um impacto favorável no lucro operacional. Os lucros operacionais de 2004 incluíram uma despesa de US$ 5 milhões, relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, e um ganho de US$ 2 milhões em uma ação judicial relacionada a seguros, em torno da enchente de 1993. No segmento Outros, os lucros operacionais cresceram US$ 137 milhões, totalizando US$ 359 milhões. Em Outros – Atividades financeiras, o lucro aumentou US$ 89 milhões, devido, principalmente, à melhora das avaliações dos investimentos da Companhia em fundos de participação societária. Os lucros operacionais de Outros – Ingredientes para Alimentos e Rações aumentaram US$ 48 milhões, devido, principalmente, a melhoras nas operações de processamento de trigo e cacau. Os resultados de Processamento de Trigo melhoraram, devido, principalmente, a uma maior qualidade da safra de trigo, que aumentou o rendimento dos moinhos de farinha. A safra de trigo do exercício anterior teve uma qualidade de moagem inferior, devido às condições de estiagem no meio-oeste dos Estados Unidos. O resultado de Operações de Cacau melhorou devido à manutenção da forte demanda das indústrias de chocolate e panificação por manteiga de cacau e cacau em pó. Os lucros operacionais de Outros – Ingredientes para Alimentos e Rações incluem despesas de US$ 13 milhões e US$ 6 milhões, relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, em 2004 e 2003, respectivamente. Os resultados do exercício anterior de Ingredientes para Alimentos e Rações incluem um ganho de US$ 28 milhões, relativo a um acordo parcial do processo antitruste de vitaminas. As despesas corporativas aumentaram US$ 464 milhões, totalizando US$ 843 milhões, devido, principalmente, às despesas com o acordo judicial referente à frutose, de US$ 400 milhões, ao aumento de US$ 104 milhões nos ajustes da avaliação de estoques do método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) para o UEPS (último a entrar, primeiro a sair) e a uma despesa de US$ 14 milhões relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, parcialmente compensada por um aumento de US$ 21 milhões nos ganhos em transações com títulos e valores mobiliários e a US$ 4 milhões de juros recebidos em razão de uma ação judicial relacionada a seguros, em torno da enchente de 1993. Os impostos sobre a renda aumentaram devido a um maior lucro antes dos impostos e, em menor grau, a um aumento na taxa efetiva de imposto de renda da Companhia. A taxa efetiva da Companhia foi P á g i n a de 31,1% em 2004, em comparação com 28,5% no exercício anterior. O aumento na taxa efetiva deve-se, principalmente, a mudanças na composição do lucro antes dos impostos entre jurisdições fiscais e ao aumento de impostos sobre a renda em estados norte-americanos. 2003 EM COMPARAÇÃO COM 2002 Em 2003, condições ruins resultantes da estiagem no meio-oeste dos Estados Unidos afetaram a safra norte-americana, com impacto negativo sobre seu tamanho e qualidade. Com isso, os preços das sementes oleaginosas aumentaram e a escassa oferta dessas sementes afetou negativamente as respectivas margens de esmagamento na América do Norte. As condições ruins da safra também reduziram o rendimento e as margens da moagem de farinha de trigo e a quantidade de grãos disponíveis para as atividades de produção e comercialização nos Estados Unidos. Também aumentaram os custos do milho, o que afetou negativamente as operadoras de instalações de moagem de milho úmido. O aumento da demanda por sementes oleaginosas e produtos de sementes oleaginosas na China favoreceu os exportadores sul-americanos desses produtos. A demanda por etanol mostrou-se alta em função das refinarias de gasolina da Califórnia terem substituído o MTBE, recentemente proibido, como aditivo para a gasolina. Além disso, a continuidade do processo de racionalização do setor na Europa, com respeito à capacidade de processamento de cacau, melhorou as margens das empresas processadoras de manteiga de cacau e cacau em pó. Os lucros líquidos do exercício de 2003 diminuíram devido, principalmente, à redução dos volumes e margens de esmagamento de sementes oleaginosas na América do Norte e Europa, à redução dos resultados operacionais dos segmentos de Serviços Agrícolas e Processamento de Trigo em razão das quebras de safra na América do Norte e à redução do ganho nos acordos relativos ao processo antitruste de vitaminas. A Companhia reconheceu um ganho de US$ 28 milhões nos acordos relativos a vitaminas em 2003, comparado a um ganho de US$ 147 milhões em 2002. Além disso, os resultados de 2002 incluíram um ganho de US$ 37 milhões em transações com títulos e valores mobiliários. Essas reduções foram parcialmente compensadas pelo incremento dos resultados operacionais de Processamento de Milho e Processamento de Cacau. Em 2003 e 2002, respectivamente, os lucros líquidos incluem despesas de US$ 13 milhões e US$ 83 milhões, relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. Essas despesas de US$ 13 milhões e US$ 83 milhões em 2003 e 2002, respectivamente, relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, representam basicamente a descontinuação de ativos ociosos com base em seu valor de recuperação estimado. Além disso, em 2002, as perdas por deterioração (“impairment”) incluíram uma baixa, pelo valor justo, de ativos que se destinavam a ser usados em uma nova linha de produtos. A comparabilidade dos resultados operacionais da Companhia em 2003 em relação ao exercício anterior foi afetada pelas aquisições da MCP, dos moinhos da ABF e da Pura, concluídas no exercício social de 2003, conforme acima descrito. Em 2002, a Companhia adquiriu o controle da A.C. Toepfer International, aumentando sua participação societária para 80%, e começou a consolidar as operações dessa empresa. Antes de 2002, a Companhia contabilizava seu investimento na A.C. Toepfer International pelo método de equivalência patrimonial. 2 6 Archer Daniels Midland Company Análise das demonstrações do resultado As vendas líquidas e outros resultados operacionais aumentaram 36%, totalizando US$ 30,7 bilhões, devido, principalmente, às operações de Processamento de Milho e Serviços Agrícolas recentemente adquiridas e, em menor escala, a um aumento nos volumes de vendas e a preços médios de venda mais elevados de produtos acabados de sementes oleaginosas de commodities e às exportações sul-americanas de sementes oleaginosas. As vendas líquidas e outros resultados operacionais são apresentados como segue: 2003 2002 Variação (Em milhares de dólares norte-americanos) Processamento de Sementes Oleaginosas . . . . . $ 9.773.379 Processamento de Milho Adoçantes e Amidos . . . . . . . 1.395.087 Bioprodutos . . . . . . . . . . . . . 1.663.599 Total de Processamento de Milho . . . . . . . . . . . . 3.058.686 Serviços Agrícolas . . . . . . . . . . . 13.557.946 Outros Ingredientes para Alimentos e Rações . . . . . . . . . . . . . . 4.223.664 Atividades financeiras . . . . . . 94.358 Total do Segmento Outros . . 4.318.022 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.708.033 $ 8.155.530 $ 1.617.849 1.049.785 1.356.121 345.302 307.478 2.405.906 8.280.078 652.780 5.277.868 3.709.693 60.687 3.770.380 $ 22.611.894 513.971 33.671 547.642 $ 8.096.139 As vendas do segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas aumentaram 20%, totalizando US$ 9,8 bilhões, devido, principalmente, a maiores volumes de vendas e a preços médios de venda mais elevados. Esses aumentos foram devidos principalmente ao aumento das exportações sul-americanas de sementes oleaginosas e produtos de sementes oleaginosas e aos preços médios de venda, em geral mais elevados, dos óleos vegetais e ração protéica em decorrência da boa demanda e dos preços mais elevados das commodities. As vendas do segmento de Processamento de Milho aumentaram 27%, totalizando US$ 3,1 bilhões, devido, principalmente, às operações recém-adquiridas da MCP e, em menor grau, ao crescimento dos volumes de vendas de bioprodutos. O aumento dos volumes de vendas de bioprodutos foi devido, principalmente, à expansão dos volumes de vendas de etanol, resultante da maior demanda das refinarias de gasolina da Califórnia e, em menor grau, ao incremento dos volumes de vendas de lisina. As vendas do segmento de Serviços Agrícolas cresceram US$ 5,3 bilhões, totalizando US$ 13,6 bilhões, devido, principalmente, às operações recém-adquiridas da A.C. Toepfer International e ao aumento dos níveis de preço das commodities. As vendas do segmento Outros aumentaram 15%, totalizando US$ 4,3 bilhões, devido, principalmente, a preços médios de venda mais elevados dos produtos de cacau e farinha de trigo e, em menor escala, a maiores volumes de vendas dos produtos de farinha de trigo. O aumento dos preços médios de venda de produtos de cacau foi devido, principalmente, à maior demanda por manteiga de cacau e cacau em pó. O aumento dos preços médios de venda de produtos de farinha de trigo foi devido, principalmente, aos níveis de preço mais elevados das commodities, em decorrência da estiagem no meio-oeste dos Estados Unidos. O custo dos produtos vendidos aumentou US$ 8,1 bilhões, totalizando US$ 29,0 bilhões, devido, principalmente, às empresas recém-adquiridas e, em menor grau, ao aumento dos volumes de vendas e aos custos médios mais elevados das commodities agrícolas comercializadas. Excluindo-se o impacto das empresas recém-adquiridas, os custos de P á g i n a manufatura permaneceram relativamente estáveis em relação ao exercício anterior. O custo dos produtos vendidos inclui despesas de US$ 13 milhões e US$ 83 milhões, relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis em 2003 e 2002, respectivamente. Além disso, o custo dos produtos vendidos inclui créditos de US$ 28 milhões e US$ 147 milhões relativos a um acordo parcial do processo antitruste de vitaminas em 2003 e 2002, respectivamente. As despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram US$ 121 milhões, totalizando US$ 948 milhões, devido, principalmente, às operações de Processamento de Milho e Serviços Agrícolas recémadquiridas e, em menor escala, a um aumento das despesas com pessoal, multas e projetos ambientais adicionais associados ao acordo da Companhia com a EPA e um incremento geral dos custos. As despesas do segmento Outros aumentaram US$ 11 milhões, totalizando US$ 148 milhões, devido, principalmente, a uma redução nos ganhos realizados em transações com títulos e valores mobiliários, parcialmente compensada por um ganho na venda de ativos desnecessários. Os ganhos em transações com títulos e valores mobiliários no exercício anterior foram de US$ 56 milhões, relativos à venda de ações da IBP, Inc., parcialmente compensados pela baixa contábil dos investimentos da Companhia nos empreendimentos de comércio eletrônico Rooster e Pradium. O lucro operacional é apresentado como segue: 2003 2002 Variação (Em milhares de dólares norte-americanos) Processamento de Sementes Oleaginosas . . . . . . . . . $ 337.089 Processamento de Milho Adoçantes e Amidos . . . . . . . . . . 228.227 Bioprodutos . . . . . . . . . . . . . . . . 130.473 Total de Processamento de Milho . . . . . . . . . . . . . . . 358.700 Serviços Agrícolas . . . . . . . . . . . . . . 92.124 Outros Ingredientes para Alimentos e Rações . . . . . . . . . . . . . . . . 212.507 Atividades financeiras . . . . . . . . . 9.492 Total do Segmento Outros . . . . 221.999 Lucro Operacional Total dos Segmentos . . . . . . . . . . . 1.009.912 Corporativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . (378.939) Lucro Antes do Imposto de Renda . . . $ 630.973 $ 387.960 $ (50.871) 34.248 157.328 193.979 (26.855) 191.576 169.593 167.124 (77.469) 275.841 14.850 290.691 (63.334) (5.358) (68.692) 1.039.820 (320.883) $ 718.937 (29.908) (58.056) $ (87.964) Os lucros operacionais do segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas diminuíram 13%, totalizando US$ 337 milhões, devido, principalmente, a menores volumes e margens de esmagamento de sementes oleaginosas na América do Norte e Europa, parcialmente compensados pela melhora dos resultados operacionais das operações de sementes oleaginosas da Companhia na América do Sul e Ásia. Embora os preços médios de venda de óleos vegetais tenham aumentado, assim como os preços médios da ração protéica e a demanda por esse produto, as margens de esmagamento de sementes oleaginosas na América do Norte e Europa sofreram o impacto negativo dos custos mais elevados dessas sementes. Os lucros operacionais incluem despesas de US$ 7 milhões e US$ 23 milhões, relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis em 2003 e 2002, respectivamente. Os lucros operacionais do segmento de Processamento de Milho aumentaram US$ 167 milhões, totalizando US$ 359 milhões, devido, principalmente, à melhora dos resultados de adoçantes e amidos, decorrente, sobretudo, do aumento dos volumes de vendas de adoçantes, 2 7 Relatório Anual 2004 AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO) das operações recém-adquiridas da MCP e dos melhores resultados do empreendimento de amido da Companhia no Leste Europeu. Os resultados de bioprodutos caíram 17%, devido, principalmente, à redução dos resultados operacionais das operações de ácido cítrico. Os lucros operacionais de 2002 incluíram uma despesa de US$ 51 milhões, relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. Os lucros operacionais do segmento de Serviços Agrícolas registraram queda de US$ 77 milhões, totalizando US$ 92 milhões, devido à redução dos resultados operacionais das operações de comercialização global de grãos da Companhia, das operações domésticas de produção de grãos e das operações de transporte por barcaças. Os resultados operacionais das operações de produção e comercialização de grãos diminuíram em decorrência da quebra da safra, causada pela estiagem no meio-oeste dos Estados Unidos. Além disso, os preços reduzidos dos fretes, os custos mais elevados do combustível e a redução dos níveis de água nos rios no meio-oeste dos Estados Unidos resultaram numa queda dos resultados operacionais das operações de transporte por barcaças da Companhia. Os lucros operacionais do segmento Outros diminuíram 24%, totalizando US$ 222 milhões, devido, principalmente, à redução dos resultados operacionais de ingredientes para alimentos e rações, em decorrência da redução no ganho do acordo parcial do processo antitruste de vitaminas, e à redução nos resultados operacionais das operações de Processamento de Trigo e de produtos protéicos especiais. Em 2003, a Companhia reconheceu um ganho de US$ 28 milhões com origem nos acordos de vitaminas, comparado a um ganho de US$ 147 milhões no exercício anterior. A diminuição do lucro operacional das operações de Processamento de Trigo da Companhia foi devida, principalmente, ao menor rendimento de moagem de farinha. Isso foi ocasionado por uma safra de trigo de menor qualidade, em razão da estiagem nos Estados Unidos. Essas quedas foram parcialmente compensadas por melhores resultados das operações de cacau, pois a maior demanda por manteiga de cacau e cacau em pó resultou no aumento das margens. Além disso, a melhora dos resultados de farinha de milho da Gruma da Companhia contribuiu para aumentar os lucros. Os lucros operacionais incluem despesas de US$ 6 milhões e US$ 9 milhões, relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, em 2003 e 2002, respectivamente. As despesas corporativas aumentaram US$ 58 milhões, totalizando US$ 379 milhões, devido, principalmente, a uma redução de US$ 37 milhões nos ganhos realizados em transações com títulos e valores mobiliários e a um aumento de US$ 13 milhões nos ajustes da avaliação de estoques do método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) para UEPS (último a entrar, primeiro a sair), parcialmente compensados por um ganho na venda de ativos desnecessários. Os ganhos em transações com títulos e valores mobiliários no exercício anterior, de US$ 56 milhões em razão da venda de ações da IBP, Inc., foram parcialmente compensados pela baixa contábil dos investimentos da Companhia nos empreendimentos de comércio eletrônico Rooster e Pradium. Os impostos sobre a renda diminuíram devido a um menor lucro antes dos impostos e uma redução na taxa efetiva de imposto de renda da Companhia. A taxa efetiva da Companhia foi de 28,5% em 2003, contra 28,9% no exercício anterior. A taxa efetiva de imposto de renda do exercício anterior incluiu uma redução de US$ 26 milhões em impostos, em conseqüência da resolução de várias pendências tributárias estaduais e federais. A taxa efetiva de imposto de renda, excluindo-se o efeito do crédito fiscal acima mencionado, foi de aproximadamente 33% em 2002. A redução na taxa efetiva da Companhia em 2003 deve-se a benefícios fiscais obtidos no exterior, em conseqüência de iniciativas de P á g i n a planejamento tributário implementadas no início de 2003. Além disso, a taxa efetiva da Companhia em 2003 reflete o impacto da ausência de amortização de ágio, que não é dedutível para fins fiscais. LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL Em 30 de junho de 2004, a Companhia continuava a demonstrar uma liquidez substancial, com capital de giro de US$ 3,6 bilhões e um índice de liquidez – definido como o ativo circulante dividido pelo passivo circulante – de 1,5. Incluídos nesses US$ 3,6 bilhões de capital de giro estão US$ 575 milhões em moeda corrente, disponibilidades e títulos e valores mobiliários de curto prazo, assim como US$ 3,2 bilhões de estoques de commodities com liquidez imediata.O caixa gerado pelas atividades operacionais totalizou US$ 33 milhões em 2004, em comparação com US$ 1,1 bilhão no exercício anterior. Essa queda deveu-se, principalmente, a um aumento das exigências de capital de giro resultante, sobretudo, do impacto da elevação dos preços das matérias-primas com base em commodities agrícolas. O montante de moeda corrente utilizada em atividades de investimentos diminuiu US$ 485 milhões no exercício, totalizando US$ 574 milhões, devido, principalmente, à diminuição do investimento em ativos líquidos das empresas adquiridas. O caixa gerado pelas atividades financeiras foi de US$ 316 milhões. As compras das ações ordinárias da Companhia registraram redução de US$ 97 milhões, totalizando US$ 4 milhões. Os empréstimos tomados nos termos dos contratos de linhas de crédito totalizaram US$ 484 milhões em 2004, em comparação com empréstimos de US$ 282 milhões em 2003, devido à necessidade de financiar níveis mais elevados de capital de giro, motivada pelo aumento dos preços das commodities. Os recursos de capital foram fortalecidos, como mostra o aumento do patrimônio líquido da Companhia para US$ 7,7 bilhões. O índice de endividamento de longo prazo em relação ao capital total da Companhia (total da dívida de longo prazo e do patrimônio líquido da Companhia) diminuiu para 33% em 30 de junho de 2004, comparado a 35% em 30 de junho de 2003. Esse índice é uma medida da liquidez da Companhia a longo prazo, consistindo em um indicador de sua flexibilidade financeira. Os commercial papers e as linhas de crédito de bancos comerciais estão disponíveis para atender às necessidades sazonais de caixa. Em 30 de junho de 2004, a Companhia tinha US$ 1,8 bilhão em circulação e mais US$ 2,7 bilhões disponíveis em razão dos programas de commercial papers e linhas de crédito bancárias. A Standard & Poor’s e a Moody’s classificam os commercial papers da Companhia como A-1 e P-1, respectivamente, e classificam seu endividamento de longo prazo como A+ e A1, respectivamente. Além do fluxo de caixa gerado pelas operações, a Companhia tem acesso a capital próprio e de terceiros junto a numerosas alternativas de fontes públicas e privadas nos mercados doméstico e internacional. Obrigações contratuais e compromissos comerciais No curso normal dos negócios, a Companhia firma contratos e compromissos que a obrigam a realizar pagamentos futuros. A tabela abaixo apresenta as obrigações futuras significativas da Companhia, conforme o vencimento. Esta tabela inclui os contratos envolvendo commodities firmados no curso normal dos negócios, descritos com mais detalhes na seção “Instrumentos e posições sensíveis a risco de mercado” no tópico “Avaliação das Operações e Situação Financeira pela Administração”, além dos contratos relacionados à aquisição de energia firmados também no curso normal dos negócios. Onde aplicável, as informações incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas e notas estarão referidas na tabela. 2 8 Archer Daniels Midland Company Obrigações contratuais Nota explicativa Compras Estoques Energia Outros Total de compras Endividamento de curto prazo Endividamento de longo prazo Arrendamento financeiro Pagamentos de juros (estimativa) Arrendamentos operacionais Total Total Pagamentos devidos, conforme o vencimento Menos de 2-3 4-5 Mais de 1 ano anos anos 5 anos (Em milhares de dólares norte-americanos) ................................ ................................ ................................ ................................ $ 9.395.518 659.574 714.615 10.769.707 $ 9.213.157 281.166 160.751 9.655.074 $ 176.966 329.742 214.050 720.758 $ 5.395 41.649 108.815 155.859 $ ................................ Nota 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nota 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................................ Nota 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................................ 1.770.512 3.835.977 64.693 5.714.998 249.978 $ 22.405.865 1.770.512 148.751 12.044 276.046 56.830 $ 11.919.257 — 208.063 27.191 539.473 77.866 $ 1.573.351 — 109.280 17.364 500.272 45.213 $ 827.988 — 3.369.883 8.094 4.399.207 70.069 $ 8.085.269 Em 30 de junho de 2004, a Companhia estima que a conclusão das imobilizações em andamento e outros compromissos assumidos relativos a compras ou construção de seu ativo imobilizado custarão aproximadamente US$ 514 milhões. A Companhia é sócia comanditária em vários fundos de participação societária que investem, principalmente, em mercados emergentes com potencial de processamento agrícola. Em 30 de junho de 2004, o valor contábil desses investimentos era de US$ 418 milhões. A Companhia tem compromissos de capital futuros de US$ 156 milhões relacionados com essas sociedades e espera que eles, em sua maior parte, se exigidos, sejam pagos pelos fluxos de caixa gerados pelas próprias sociedades. Além disso, a Companhia mantém acordos de garantia de dívida, principalmente relacionados às empresas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, que poderiam obrigá-la a realizar pagamentos futuros em razão de compromissos contingentes. As responsabilidades da Companhia, nos termos previstos nesses acordos, só entram em vigor se a entidade principal não cumprir sua obrigação contratual. Se for solicitada a realizar pagamentos relativos a essas garantias, a Companhia terá, em conformidade com a maioria desses acordos, participação societária nos ativos correspondentes da entidade principal. Em 30 de junho de 2004, essas garantias de dívida totalizavam aproximadamente US$ 398 milhões. Os empréstimos a pagar nos termos dessas garantias eram de US$ 311 milhões em 30 de junho de 2004. Práticas contábeis críticas O processo de preparação das demonstrações financeiras requer que a administração faça estimativas e julgamentos que afetam os valores contábeis dos ativos e passivos da Companhia, assim como o reconhecimento das receitas e despesas. Essas estimativas e julgamentos são baseados na experiência histórica da Companhia e no conhecimento e entendimento que a administração tem dos fatos e situação atuais. Certas práticas contábeis da Companhia são consideradas críticas, pois são importantes para a apresentação das P á g i n a — 7.017 230.999 238.016 demonstrações financeiras e requerem julgamento significativo ou complexo por parte da administração. A administração discutiu com o Comitê de Auditoria da Companhia o desenvolvimento, a seleção, a divulgação e a aplicação dessas práticas contábeis críticas. Não houve mudanças relevantes em relação às práticas contábeis críticas do exercício anterior. A seguir, as práticas contábeis que a administração considera críticas para as demonstrações financeiras da Companhia. Estoques e derivativos Certos estoques de commodities agrícolas comercializáveis, contratos de compra e venda a preço fixo para entrega futura e contratos de opções negociáveis em bolsa são avaliados a valores de mercado estimados. Essas commodities agrícolas comercializáveis são negociadas livremente, têm preços cotados pelo mercado e podem ser vendidas sem nenhum processamento adicional significativo. A administração estima os valores de mercado com base nos preços cotados em bolsa, ajustados conforme as diferenças nos mercados locais. As mudanças nos valores de mercado desses estoques e contratos são reconhecidas na demonstração do resultado como um componente do custo dos produtos vendidos. Caso a administração tivesse usado métodos ou fatores diferentes para estimar o valor de mercado, os valores informados como estoques e custo dos produtos vendidos poderiam ser diferentes. Além disso, se as condições de mercado mudarem depois do final do exercício, os valores divulgados em períodos futuros como estoques e custo de produtos vendidos com divulgação futura podem vir a ser diferentes. A Companhia, periodicamente, usa contratos de derivativos para fixar o preço de compra de volumes antecipados de commodities a ser compradas e processadas em meses futuros. Esses contratos de derivativos são designados como hedge do fluxo de caixa. Historicamente, as flutuações no valor de mercado desses contratos de derivativos têm sido altamente eficazes para compensar as oscilações de preços dos itens protegidos por hedge, e espera-se que continuem a sê-lo. Os ganhos e as perdas decorrentes de transações com hedge em aberto 2 9 Relatório Anual 2004 AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO) e concluídas são diferidos em outras receitas totais, líquidos do imposto de renda aplicável, e reconhecidos como um componente do custo dos produtos vendidos na demonstração do resultado em que o item protegido por hedge é reconhecido. Se for determinado que os instrumentos de derivativos não são mais eficazes para compensar as oscilações de preços dos itens protegidos por hedge, as flutuações no valor de mercado desses contratos futuros negociados em bolsa serão registradas nas demonstrações do resultado como um componente do custo dos produtos vendidos. Planos de benefícios para os empregados A Companhia proporciona benefícios de aposentadoria a praticamente todos os empregados locais e de certas subsidiárias internacionais. A Companhia também proporciona benefícios de planos de saúde pós-aposentadoria e seguro de vida a praticamente todos os empregados assalariados locais. Com a finalidade de determinar as despesas e a situação dos recursos desses planos de benefícios para os empregados, a administração desenvolve várias estimativas e premissas, entre elas as relativas a taxas de juros usadas para descontar alguns passivos, taxas de retorno sobre ativos alocados para financiar esses planos, taxas de aumentos salariais, taxas de rotatividade dos empregados, taxas de mortalidade e futuros custos com planos de saúde previstos. Essas estimativas e premissas são baseadas na experiência histórica da Companhia e no conhecimento e entendimento que a administração tem dos fatos e situação atuais. A Companhia faz uso de especialistas terceirizados para ajudar a administração na determinação das despesas e dos fundos dos planos de benefícios para os empregados. O uso, pela administração, de estimativas e premissas diferentes no que diz respeito a esses planos poderia resultar em variações significativas na situação de financiamento dos planos, e a Companhia poderia reconhecer valores de despesas diferentes em períodos futuros. Impostos sobre a renda A Companhia freqüentemente enfrenta autuações impostas pelas autoridades fiscais domésticas e estrangeiras no que diz respeito aos valores de impostos devidos. Essas autuações incluem questões relativas à época e ao valor de deduções e à alocação de resultados entre várias jurisdições fiscais. Ao avaliar os riscos de contingências associados às várias posições de arrecadação de impostos, a Companhia registra provisões para prováveis riscos de contingências. Ativos fiscais diferidos representam itens a ser usados como deduções fiscais ou créditos em futuras restituições de impostos, e o benefício fiscal relacionado já foi reconhecido na demonstração do resultado da Companhia. A realização desses ativos fiscais diferidos reflete as estratégias de planejamento tributário da Companhia. Foram estabelecidas provisões para perdas relacionadas a esses ativos fiscais diferidos até o montante considerado não provável de realização do benefício fiscal. Com base na avaliação da posição fiscal da P á g i n a Companhia pela administração, acredita-se que os valores relativos a essas contingências fiscais estejam adequadamente provisionados. À medida que a Companhia possa obter resultado favorável em questões nas quais provisões tenham sido constituídas ou venha a ser obrigada a pagar valores maiores que os das provisões mencionadas acima, a taxa efetiva de imposto de renda da Companhia relativa às demonstrações financeiras de um certo período pode ser afetada. Contingências com processos Conforme descrito na Nota 15 às demonstrações financeiras consolidadas, a Companhia está sujeita a várias contingências relacionadas a processos judiciais. A administração tenta avaliar a probabilidade e a extensão da perda causada por essas contingências e faz uma provisão para um passivo e/ou divulga as circunstâncias relevantes, conforme o caso. A administração acredita que qualquer passivo que possa surgir para a Companhia em conseqüência de processos legais ora pendentes não terá nenhum efeito adverso significativo sobre a situação financeira ou sobre os resultados das operações da Companhia. Ativos descontinuados e baixas contábeis A Companhia opera principalmente com compra, transporte, armazenagem, processamento e comercialização de commodities e produtos agrícolas. Esse segmento comercial é de natureza global e requer grandes investimentos em ativo imobilizado. Tanto a disponibilidade de matérias-primas da Companhia como a demanda por seus produtos acabados orientam-se por fatores imprevisíveis, como clima, plantios, programas e políticas agrárias dos governos (locais e internacionais), mudanças no crescimento populacional, nos padrões de vida e na produção de culturas similares e concorrentes. Portanto, esses fatores imprevisíveis mencionados acima podem causar uma mudança repentina na dinâmica de oferta/demanda por matérias-primas e produtos acabados da Companhia. Essa mudança repentina levará a administração a avaliar a eficiência e a lucratividade da base de ativos imobilizados da Companhia em termos de localização geográfica, porte e idade de suas fábricas. A Companhia, periodicamente, também investirá em equipamentos e tecnologias relacionados a novos produtos de valor agregado manufaturados a partir de commodities e produtos agrícolas. Esses novos produtos nem sempre obtêm êxito, tanto da perspectiva da produção comercial como da de marketing. A administração avalia o ativo imobilizado da Companhia quanto à sua deterioração (“impairment”), sempre que haja qualquer indício de perda de valor. Os ativos são descontinuados depois do estudo de sua capacidade de utilização para os fins previstos, de seu emprego em usos alternativos ou de sua venda para a recuperação de seu valor contábil. Caso a administração usasse, em sua avaliação, estimativas e premissas diferentes sobre a base de ativos imobilizados, a Companhia poderia vir a reconhecer valores diferentes de despesas em períodos futuros. 3 0 Archer Daniels Midland Company Avaliação de Títulos e Valores Mobiliários e Investimentos em Coligadas INSTRUMENTOS E POSIÇÕES SENSÍVEIS A RISCO DE MERCADO A Companhia classifica a maioria de seus títulos e valores mobiliários como disponíveis para venda e lança esses títulos por seu valor justo. Os investimentos em coligadas são lançados ao custo mais equivalência patrimonial em lucros não distribuídos. Nos casos de títulos negociáveis em bolsa, o valor justo dos investimentos da Companhia estará prontamente disponível com base nos preços cotados pelo mercado. Nos casos de títulos que não são negociáveis em bolsa, a análise da administração do valor justo baseia-se em metodologias de avaliação, inclusive fluxos de caixa descontados e estimativas de receitas de vendas. No caso de um declínio no valor justo de um investimento abaixo do valor lançado, a administração pode ter que determinar se o declínio no valor justo não é temporário. Ao avaliar a natureza de um declínio no valor justo de um investimento, a administração considera a situação de mercado, tendências de lucros, fluxos de caixa descontados, múltiplos de preços, volumes de negociação e outras medidas-chave do investimento, assim como a capacidade e a intenção da Companhia de manter o investimento. Quando um declínio de valor como esse é considerado não temporário, a perda por deterioração (“impairment”) correspondente é reconhecida nos resultados operacionais do período corrente. Veja as Notas 2 e 4 às demonstrações financeiras consolidadas da Companhia para obter informações sobre títulos e valores mobiliários e investimentos em coligadas. Caso a administração usasse estimativas e premissas diferentes em sua avaliação desses títulos e valores mobiliários, a Companhia poderia vir a reconhecer valores diferentes de despesas em períodos futuros. A Companhia é sócia comanditária em vários fundos de participação societária que investem, principalmente, em mercados emergentes com potencial de processamento agrícola. A Companhia contabiliza a participação nessas sociedades limitadas com base no método de equivalência patrimonial. Portanto, a Companhia registra, em suas demonstrações consolidadas do resultado, sua participação proporcional nos lucros ou prejuízos líquidos dessas sociedades. As sociedades limitadas avaliam seus investimentos ao valor justo. Dessa forma, os lucros e perdas não realizados relativos à variação no valor justo desses investimentos são registrados nas demonstrações do resultado das sociedades limitadas. A avaliação desses investimentos, conforme determinação do sócio comanditado, pode ser subjetiva, e os valores podem variar significativamente dentro de um curto período de tempo. Alguns dos fatores que causam a subjetividade e volatilidade dessas avaliações incluem iliquidez e posições minoritárias nesses investimentos, flutuações cambiais, bolsas de títulos e valores mobiliários menos regulamentadas e os riscos e limitações inerentes aos mercados emergentes. A Companhia registra os resultados dessas sociedades limitadas com base nas informações que lhe são fornecidas pelo sócio comanditado. Devido à subjetividade e à volatilidade na avaliação desses investimentos, seu valor justo e, conseqüentemente, os resultados da Companhia, podem variar significativamente em períodos futuros. O risco de mercado inerente aos instrumentos e posições sensíveis a risco de mercado da Companhia é o prejuízo potencial decorrente de mudanças adversas nos preços futuros das commodities (pois eles se relacionam à posição líquida de commodities da Companhia), preços de títulos patrimoniais negociáveis, preços de mercado de investimentos em sociedades limitadas, taxas de câmbio de moedas estrangeiras e taxas de juros, conforme descritos abaixo. P á g i n a Commodities A disponibilidade e o preço das commodities agrícolas estão sujeitas a grandes flutuações devido a fatores imprevisíveis como clima, plantios, programas e políticas agrárias de governos (locais e internacionais), mudanças no crescimento da população, nos padrões de vida e na produção global de culturas similares e concorrentes. Para reduzir os riscos de preço causados por flutuações do mercado, a Companhia geralmente segue a política de usar contratos futuros negociados em bolsa e contratos de opções para minimizar sua posição líquida de estoques de commodities agrícolas comercializáveis e contratos de compra e venda para entrega futura. A Companhia também usará os contratos de compra e venda a preço fixo para entrega futura e contratos de opções negociáveis em bolsa como componentes das estratégias de comercialização para melhorar as margens. Os resultados dessas estratégias podem sofrer impactos significativos de fatores como a volatilidade da relação entre o valor de contratos futuros de commodities negociados em bolsa e os preços à vista das referidas commodities, inadimplência contratual e volatilidade dos mercados de fretes. Além disso, a Companhia, periodicamente, faz uso dos contratos futuros que são designados como coberturas de risco de volumes específicos de commodities que serão compradas e processadas em meses futuros. As variações no valor de mercado desses contratos futuros têm sido, historicamente, altamente eficazes para compensar as oscilações de preços dos itens protegidos por hedge, e espera-se que continuem a sê-lo. Os ganhos e as perdas provenientes de transações de hedge em aberto e concluídas são diferidos em outras receitas totais, líquidos dos impostos aplicáveis, e reconhecidos como um componente do custo dos produtos vendidos na demonstração do resultado quando o item protegido por hedge é reconhecido. Foi preparada uma análise de sensibilidade para estimar a exposição da Companhia a risco de mercado com relação a sua posição líquida diária de commodities. A posição de commodities líquida diária da Companhia consiste de estoques, respectivos contratos de compra e venda e contratos futuros negociados em bolsa, inclusive aqueles que servem de hedge para proteger certas necessidades de produção. O valor justo dessa posição líquida diária de commodities é a soma dos valores justos calculados para cada commodity, avaliando-se cada posição líquida conforme as cotações de preços nos mercados de futuros. O risco de mercado é estimado como a perda potencial no valor justo proveniente de uma variação hipotética adversa de 10% nesses preços. Os resultados reais podem se mostrar diferentes dos previstos. 3 1 Relatório Anual 2004 AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO) 2004 2003 Valor Risco de Valor Risco de justo mercado justo mercado (Em milhões de dólares norte-americanos) Maior posição vendida . . . . . . . . . . $ 754 $ 75 $ 611 $ 61 Maior posição comprada . . . . . . . . 506 51 485 49 Posição média vendida (comprada) . . . 31 3 51 5 Moedas O aumento no valor justo de 2004, comparado com o de 2003, resultou principalmente de um aumento no valor justo de mercado dos títulos, parcialmente compensado pelas vendas de títulos. A fim de reduzir o risco de flutuações das taxas de câmbio de moedas estrangeiras, exceto para valores investidos permanentemente conforme descrito abaixo, a Companhia segue a política de fazer hedge para praticamente todas as transações denominadas em moedas outras que não as moedas funcionais aplicáveis a cada uma de suas várias subsidiárias. Os instrumentos usados para cobertura de risco são contratos futuros prontamente negociáveis em bolsa e contratos a termo com bancos. As variações no valor de mercado desses contratos mantêm correlação estreita com as variações nas taxas de câmbio das moedas estrangeiras das transações de hedge correspondentes. A perda potencial do valor justo dessa posição cambial líquida resultante de uma variação adversa hipotética de 10% nas taxas de câmbio da moeda estrangeira não é significativa. O valor que a Companhia considera permanentemente investido em subsidiárias e coligadas no exterior, convertido em dólares às taxas de câmbio do final do exercício, é de US$ 3,6 bilhões em 30 de junho de 2004 e de US$ 3,3 bilhões em 30 de junho de 2003. Esse aumento é devido, principalmente, ao fortalecimento do euro e da libra esterlina em relação ao dólar norte-americano e, em menor grau, ao aumento dos lucros retidos das subsidiárias e coligadas no exterior. A perda potencial do valor justo resultante de uma variação hipotética adversa de 10% nas taxas de câmbio de moeda estrangeira é de US$ 361 milhões e US$ 331 milhões em 2004 e 2003, respectivamente. Os resultados reais podem se mostrar diferentes dos previstos. Sociedades limitadas Juros A Companhia é sócia comanditária em vários fundos de participação societária que investem, principalmente, em mercados emergentes com potencial de processamento agrícola. A Companhia contabiliza a participação nessas sociedades limitadas com base no método de equivalência patrimonial. Portanto, a Companhia registra, em suas demonstrações consolidadas do resultado, sua participação proporcional nos lucros ou prejuízos líquidos dessas sociedades. As sociedades limitadas avaliam seus investimentos ao valor justo. O risco é estimado como a perda potencial do valor justo, resultante de uma variação hipotética adversa de 10% nos preços de mercado dos investimentos nas sociedades limitadas. Os resultados reais podem se mostrar diferentes dos previstos. O valor justo do endividamento de longo prazo da Companhia é estimado, como segue, usando-se as cotações de mercado, quando disponíveis, e fluxos de caixa futuros descontados com base nas atuais taxas de empréstimo incrementais da Companhia para tipos similares de transações de empréstimo. Esse valor justo excedeu o valor contábil do endividamento de longo prazo. O risco de mercado é estimado como o aumento potencial do valor justo resultante de uma queda hipotética de meio ponto percentual nas taxas de juros. Os resultados reais podem se mostrar diferentes dos previstos. A queda no valor justo da posição média de 2004, em comparação com a de 2003, resultou principalmente de uma queda na posição líquida diária de commodities, parcialmente compensada por um aumento dos preços cotados em mercados futuros. Títulos patrimoniais Os títulos patrimoniais, que são demonstrados ao valor justo, estão expostos a risco de preço. O valor justo de títulos mobiliários é baseado nos preços cotados pelo mercado. O risco é estimado como a perda potencial no valor justo proveniente de uma variação adversa hipotética de 10% nas cotações de mercado. Os resultados reais podem se mostrar diferentes dos previstos. 2004 2003 (Em milhões de dólares norte-americanos) Valor justo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 773 $ 519 Risco de mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 52 2004 2003 (Em milhões de dólares norte-americanos) Valor justo dos investimentos em sociedades limitadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 447 Risco de mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 $ 429 43 2004 2003 (Em milhões de dólares norte-americanos) Valor justo do endividamento de longo prazo . . . . $ 4.237 $ 4.753 Diferença entre o valor justo e o valor contábil . . . 497 881 Risco de mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 232 A redução do valor justo no exercício corrente resultou, principalmente, de um aumento nas taxas de juros cotadas. O aumento no valor justo em 2004, comparado com o de 2003, resultou principalmente de um aumento no valor justo de mercado dos investimentos em sociedades limitadas, parcialmente compensado pelos retornos de capital. P á g i n a 3 2 Archer Daniels Midland Company R E S U M O D A S P R I N C I P A I S P R Á T I C A S C O N T Á B E I S Contexto operacional A Companhia opera principalmente com compra, transporte, armazenagem, processamento e comercialização de commodities e produtos agrícolas. Princípios de consolidação Em janeiro de 2003, o Financial Accounting Standards Board (FASB) emitiu a Interpretação Número 46, “Consolidation of Variable Interest Entities, an Interpretation of Accounting Research Bulletin No. 51” (“Consolidação das Entidades de Participação Variável, de acordo com a Interpretação do Boletim de Pesquisa no 51, FIN 46). Em dezembro de 2003, o FASB alterou a FIN 46 para efetuar certas correções técnicas e tratar de determinadas questões de implementação que haviam surgido. Uma entidade de participação variável (VIE, na sigla em inglês) é uma sociedade por ações, sociedade de pessoas, fideicomisso ou qualquer outra forma jurídica usada para fins comerciais que não tenha investidores com ações com direito a voto, ou cujos investidores patrimoniais não forneçam recursos financeiros suficientes para que a entidade desenvolva suas atividades. A FIN 46 exige que a VIE seja consolidada pela Companhia se essa empresa for a principal beneficiária da VIE. O principal beneficiário de uma VIE é uma entidade sujeita à maior parte dos riscos de perda gerados pelas atividades da VIE ou com direito a receber a maior parte dos retornos residuais da entidade, ou os dois fatos. A Companhia adotou as disposições da nova FIN 46 em 31 de março de 2004. Em 30 de junho de 2004, a Companhia tinha US$ 418 milhões de investimentos em fundos de participação societária, incluídos os investimentos em coligadas, que são considerados VIE nos termos da FIN 46. Os riscos e ganhos residuais da Companhia devidos a essas VIE são proporcionais à participação societária da Companhia, que não é a principal beneficiária de nenhuma dessas VIE. As demonstrações financeiras consolidadas de 30 de junho de 2004 e dos três exercícios findos em 30 de junho incluem as contas da Companhia e das subsidiárias nas quais tem participação majoritária. Os investimentos em coligadas são demonstrados ao custo mais resultado de equivalência patrimonial em lucros não distribuídos desde a aquisição. Todas as contas e transações significativas entre empresas relacionadas foram eliminadas. Uso de estimativas A preparação das demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos requer que a administração desenvolva estimativas e premissas que afetam os valores mencionados nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia e nas notas explicativas anexas. Os resultados reais podem ser diferentes dos estimados. Disponibilidades A Companhia considera disponibilidades todos os investimentos não segregados de alta liquidez com vencimento inferior a três meses no momento da compra. P á g i n a Disponibilidades segregadas e investimentos segregados A Companhia segrega certos saldos em moeda corrente e investimentos, de acordo com certas exigências regulatórias, das bolsas de commodities e acordos de seguros. Esses saldos segregados representam depósitos recebidos de clientes que negociam instrumentos de commodities negociados em bolsas, títulos e valores mobiliários caucionados em câmaras de compensação de bolsas de commodities e disponibilidades e títulos e valores mobiliários caucionados como títulos e valores mobiliários nos termos de certos acordos de seguros. As disponibilidades segregadas e os investimentos segregados consistem principalmente de títulos e valores mobiliários do governo dos E.U.A. e fundos do mercado monetário. Contas a receber de clientes A Companhia registra as contas a receber de clientes pelo valor realizável líquido. Esse valor inclui uma provisão apropriada para créditos de liquidação duvidosa, de modo a refletir quaisquer perdas previstas nos saldos das contas a receber de clientes. A Companhia calcula essa provisão com base no seu histórico de baixas contábeis, no nível de contas vencidas e não pagas e na sua relação com os clientes e suas respectivas situações econômicas. O risco de crédito das contas a receber é minimizado em conseqüência da natureza ampla e diversificada da carteira mundial de clientes da Companhia, que controla sua exposição ao risco de crédito por meio de aprovações de crédito, limites de crédito e procedimentos de monitoramento. Em geral, não se exigem garantias para as contas a receber de clientes da Companhia. Estoques Os estoques de certas commodities agrícolas comercializáveis, que incluem quantidades adquiridas conforme contratos com preços a fixar, são demonstrados ao valor de mercado. Além disso, a Companhia avalia certos estoques com base no menor custo, determinado pelo método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou UEPS (último a entrar, primeiro a sair), ou ainda a valor de mercado. Títulos e valores mobiliários A Companhia classifica todos os seus títulos e valores mobiliários como disponíveis para venda, exceto determinados títulos e valores mobiliários classificados como títulos e valores mobiliários para negociação. Os títulos e valores mobiliários disponíveis para venda são demonstrados ao valor justo, com os ganhos e perdas não realizados, líquidos de impostos sobre a renda, lançados como um dos componentes de outras receitas (despesas) totais. Os ganhos e perdas não realizados relacionados às negociações de títulos e valores mobiliários atualmente são incluídos na demonstração do resultado. A Companhia utiliza o método de identificação específica quando os títulos são vendidos ou classificados na demonstração do resultado, e não em outras receitas (despesas) totais acumuladas. 3 3 Relatório Anual 2004 R E S U M O D A S P R I N C I P A I S P R Á T I C A S C O N T Á B E I S (CON T I N U A Ç Ã O ) Ativo imobilizado Dados por ação O ativo imobilizado é demonstrado ao custo, e os custos de reparos e manutenção são lançados como despesa, conforme incorridos. Para fins de emissão de relatórios financeiros, a Companhia geralmente usa o método linear no cálculo da depreciação. Para fins de imposto de renda, a Companhia geralmente usa métodos de depreciação acelerada. As provisões anuais de depreciação foram computadas de acordo, principalmente, com as seguintes faixas de vida útil dos ativos: para edificações, de 10 a 50 anos; para máquinas e equipamentos, de 3 a 30 anos. Os lucros básicos por ação ordinária são determinados dividindo-se os lucros líquidos pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação. Ao calcular os lucros diluídos por ação, o número médio ponderado das ações ordinárias em circulação é aumentado pelas opções restritas não exercidas e opções sobre ações ordinárias em circulação com preços de exercício abaixo dos preços médios de mercado das ações ordinárias em cada exercício. O número de opções sobre ações ordinárias em circulação excluídas do cálculo dos lucros diluídos por ação não é significativo. Ativos descontinuados e baixas contábeis Remuneração com base em ações A Companhia registrou despesas de US$ 51 milhões, US$ 13 milhões e US$ 83 milhões em custo de produtos vendidos em 2004, 2003 e 2002, respectivamente, relacionadas principalmente a certos ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. A maioria desses ativos estava ociosa e a decisão de baixá-los foi tomada após o estudo da capacidade de utilização dos ativos para seus fins originais, de seu emprego em usos alternativos ou de sua venda visando à recuperação do valor contábil. Depois das baixas, o valor contábil desses ativos não é significativo. Além disso, em 2002 as perdas por deterioração (“impairment”) incluíram uma baixa pelo valor justo dos ativos que se destinavam a ser usados em uma nova linha de produtos. A Companhia contabiliza a remuneração com base em ações de acordo com a Accounting Principles Board Opinion Number 25, “Accounting for Stock Issued to Employees” (Opinião Número 25 da Junta de Princípios Contábeis, "Contabilização de Ações Emitidas para Empregados”, APB 25). De acordo com a APB 25, as despesas de remuneração são reconhecidas se o preço de exercício da opção sobre ações do empregado for menor que o preço de mercado na data da respectiva concessão. A tabela a seguir ilustra o efeito sobre o lucro líquido e o lucro por ação, se o método do valor justo tivesse sido aplicado a todas as opções, em circulação e não exercidas, e concessões aos empregados em cada período. Vendas líquidas Lucro líquido, conforme divulgado . . . . . . . . Adição: despesas de remuneração com base em ações, divulgadas no lucro líquido, depois do respectivo imposto . . . . . . . . . Dedução: despesa de remuneração com base em ações, determinada pelo método do valor justo, líquido do respectivo imposto . . . . . Lucro líquido pro forma . . . . . . . . . . . . . . . . Lucro por ação: Básico e diluído – conforme divulgado . . . . . Básico – pro forma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diluído – pro forma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A prática adotada pela Companhia é reconhecer a receita de vendas no momento da entrega do produto. Incluídos como um componente das vendas líquidas estão os custos de frete e despesas de manuseio relacionados às vendas. No quarto trimestre de 2002, quando adquiriu o controle acionário da A.C. Toepfer International, aumentando sua participação para 80%, a Companhia começou a consolidar as operações da ACTI. Antes do quarto trimestre de 2002, a Companhia contabilizava a ACTI, empresa global de comercialização e fornecimento de commodities e produtos agrícolas, pelo método de equivalência patrimonial. As receitas de vendas líquidas da ACTI foram de aproximadamente US$ 6,3 bilhões e US$ 5,8 bilhões em 2004 e 2003, respectivamente, e cerca de US$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2002. 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares, exceto valor por ação) $ 494.710 $ 451.145 $ 511.093 4.566 2.706 464 8.748 $ 490.528 8.125 $ 445.726 6.018 $ 505.539 $ 0,76 $ 0,76 $ 0,75 $ 0,70 $ 0,69 $ 0,69 $ 0,78 $ 0,77 $ 0,77 O valor justo de cada concessão de opção é estimado, na data da respectiva concessão, usando-se o modelo Black-Scholes de determinação de preço de opções, para fins de lucro líquido pro forma. As premissas usadas no modelo Black-Scholes são as seguintes: Rendimento dos dividendos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Taxa de juros sem risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Volatilidade da ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vida média esperada (anos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2004 2% 4% 28% 9 2003 2% 4% 30% 6 2002 2% 5% 37% 5 Reclassificações Certos itens das demonstrações financeiras do exercício anterior foram reclassificados, para se adequar à apresentação do exercício corrente. P á g i n a 3 4 Archer Daniels Midland Company D E M O N S T R A Ç Õ E S D O R E S U L T A D O C O N S O L I D A D A S Exercício findo em 30 de junho 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos, exceto valor por ação) Vendas líquidas e outros resultados operacionais . . . . . . . Custo dos produtos vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lucro bruto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Despesas com vendas, gerais e administrativas . . . . . . . . Outras despesas – líquidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lucro antes dos impostos sobre a renda . . . . . . . Impostos sobre a renda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36.151.394 34.003.070 2.148.324 1.401.833 28.480 718.011 223.301 $ 494.710 Lucro básico e diluído por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . $ Número médio de ações em circulação . . . . . . . . . . . . . . . 0,76 647.698 $ 30.708.033 28.980.895 1.727.138 947.694 148.471 630.973 179.828 $ 451.145 $ 0,70 646.086 $ 22.611.894 20.928.438 1.683.456 826.922 137.597 718.937 207.844 $ 511.093 $ 0,78 656.955 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. P á g i n a 3 5 Relatório Anual 2004 B A L A N Ç O S P A T R I M O N I A I S C O N S O L I D A D O S 30 de junho ATIVO 2004 2003 (Em milhares de dólares norte-americanos) Ativo circulante Disponibilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Disponibilidades segregadas e investimentos segregados . . . . . . . . . . . Contas a receber de clientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estoques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Total do ativo circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 540.207 871.439 4.040.759 4.591.648 294.943 10.338.996 $ 764.959 544.669 3.320.336 3.550.225 241.668 8.421.857 Investimentos e outros ativos Investimentos em coligadas e adiantamentos para coligadas . . . . . . . . Títulos e valores mobiliários a longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................................... 1.832.619 1.161.388 337.474 443.606 3.775.087 1.763.453 818.016 344.720 366.117 3.292.306 Ativo imobilizado Terrenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Edificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Máquinas e equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Imobilizações em andamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................................... Depreciação acumulada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..................................................... ..................................................... 190.136 2.568.472 10.658.282 263.332 13.680.222 (8.425.484) 5.254.738 $ 19.368.821 186.652 2.606.707 10.067.834 406.587 13.267.780 (7.799.064) 5.468.716 $ 17.182.879 P á g i n a 3 6 Archer Daniels Midland Company 30 de junho PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2004 2003 (Em milhares de dólares norte-americanos) Passivo circulante Endividamento de curto prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.770.512 $ 1.279.483 Contas a pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.238.230 2.848.926 Despesas provisionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.580.700 988.175 Parcela de curto prazo do endividamento de longo prazo . . . . . . . . . . . 160.795 30.888 Total do passivo circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.750.237 5.147.472 Endividamento de longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.739.875 3.872.287 Imposto de renda diferido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 653.834 543.555 Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 526.659 550.368 ...................................................... 4.920.368 4.966.210 Ações ordinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.431.510 5.373.005 Lucros reinvestidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.183.751 1.863.150 Outras receitas (despesas) totais acumuladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.955 (166.958) ..................................................... 7.698.216 7.069.197 ..................................................... $ 19.368.821 $ 17.182.879 Exigível a longo prazo Patrimônio líquido As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. P á g i n a 3 7 Relatório Anual 2004 D E M O N S T R A Ç Õ E S C O N S O L I D A D A S D O S F L U X O S D E C A I X A Exercício findo em 30 de junho 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos) Atividades operacionais Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ajustes para reconciliar o lucro líquido com o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ativos descontinuados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Imposto de renda diferido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amortização do desconto das dívidas de longo prazo . . . . . . . (Ganho) perda em transações com títulos e valores mobiliários . . . Resultado de equivalência patrimonial em coligadas, líquidos de dividendos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ações contribuídas para os planos de benefícios para os empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outros – líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aumento (redução) nos ativos e passivos operacionais Disponibilidades e investimentos segregados . . . . . . . . . . . Contas a receber de clientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estoques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contas a pagar e despesas provisionadas . . . . . . . . . . . . . Total das atividades operacionais . . . . . . . . . . . . . . Atividades de investimento Aquisições de ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Receitas de venda de ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ativos líquidos das empresas adquiridas . . . . . . . . . . . . . . . . . . Investimentos em coligadas e adiantamentos para coligadas, líquidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Distribuições de coligadas, excluindo dividendos . . . . . . . . . . . . . Aquisições de títulos e valores mobiliários . . . . . . . . . . . . . . . . . Receitas de venda de títulos e valores mobiliários . . . . . . . . . . . . Outros – líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Total das atividades de investimento . . . . . . . . . . . $ 494.710 $ 451.145 $ 511.093 685.613 50.576 (67.505) 4.245 (23.968) 643.615 13.221 105.086 5.111 363 566.576 82.927 (4.972) 47.494 (36.296) (84.930) (14.138) (9.121) 23.281 (63.383) 23.591 125.316 23.263 103.777 (316.423) (378.501) (950.792) (6.724) 667.140 33.339 (134.434) (112.460) (200.392) (39.061) 202.213 1.069.176 (134.317) (119.176) (72.508) (44.197) 388.609 1.303.152 (509.237) 57.226 (93.022) (435.952) 40.061 (526.970) (362.974) 16.553 (40.012) (112.984) 122.778 (857.786) 786.492 32.098 (574.435) (130.096) 40.113 (328.852) 271.340 11.258 (1.059.098) (65.928) 68.891 (384.149) 345.004 (11.108) (433.723) Atividades financeiras Empréstimos de longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pagamentos de dívidas de longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Empréstimos (pagamentos) líquidos obtidos por meio de linhas de crédito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aquisições de ações em tesouraria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dividendos em moeda corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Receitas do exercício de opção sobre ações . . . . . . . . . . . . . . . . Total das atividades financeiras . . . . . . . . . . . . . . . 4.366 (32.381) 517.222 (315.319) 7.621 (459.826) 483.764 (4.113) (174.109) 38.817 316.344 281.669 (101.212) (155.565) 1.971 228.766 (174.399) (184.519) (130.000) 8.652 (932.471) Aumento (diminuição) das disponibilidades . . . . . . . . . No início do exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No final do exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (224.752) 764.959 $ 540.207 238.844 526.115 $ 764.959 (63.042) 589.157 $ 526.115 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. P á g i n a 3 8 Archer Daniels Midland Company D E M O N S T R A Ç Õ E S C O N S O L I D A D A S D A S M U T A Ç Õ E S D O P A T R I M Ô N I O L Í Q U I D O Ações ordinárias Ações Valor Lucros reinvestidos Outras receitas (despesas) totais acumuladas Total do patrimônio líquido (em milhares de dólares norte-americanos) Saldo em 1o de julho de 2001 . . Receitas totais Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . Outras receitas totais . . . . . . . . . . Total de receitas totais . . . . . . . Dividendos pagos em moeda corrente US$ 0,20 por ação . . . . . Aquisições de ações em tesouraria . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saldo em 30 de junho de 2002 . . . Receitas totais Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . Outras receitas totais . . . . . . . . . . Total de receitas totais . . . . . . . Dividendos pagos em moeda corrente US$ 0,24 por ação . . . . . Aquisições de ações em tesouraria . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saldo em 30 de junho de 2003 . . . Receitas totais Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . Outras receitas totais . . . . . . . . Total de receitas totais . . . . . Dividendos pagos em moeda corrente US$ 0,27 por ação . . . Aquisições de ações em tesouraria . . . . . . . . . . . . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saldo em 30 de junho de 2004 . . . 662.378 $ 5.608.741 $ 1.187.357 $ (464.415) $ 6.331.683 511.093 215.515 726.608 (130.000) (12.818) 433 649.993 (184.519) 11.929 5.436.151 (880) 1.567.570 (248.900) (130.000) (184.519) 11.049 6.754.821 451.145 81.942 533.087 (155.565) (8.410) 3.272 644.855 (101.212) 38.066 5.373.005 1.863.150 (166.958) (155.565) (101.212) 38.066 7.069.197 494.710 249.913 744.623 (174.109) (174.109) (309) (4.113) 6.202 62.618 650.748 $ 5.431.510 $ 2.183.751 (4.113) 62.618 $ 7.698.216 $ 82.955 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. P á g i n a 3 9 Relatório Anual 2004 N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S 1 – Aquisições As aquisições de 2004 e 2003 foram contabilizadas como compras, de acordo com o Statement of Financial Accounting Standards Number 141, “Business Combinations” (Declaração de Normas de Contabilidade Financeira Número 141, “Combinações de Empresas” – SFAS 141). Dessa forma, os ativos e passivos tangíveis foram ajustados aos valores justos correspondentes, com o restante do preço de compra, quando aplicável, registrado como ágio. Os ativos intangíveis identificáveis adquiridos como parte dessas aquisições não são significativos. Aquisições de 2004 Em 2004, a Companhia adquiriu cinco empresas ao custo total de US$ 94 milhões. A Companhia não contabilizou nenhum ágio relativo a essas aquisições. Aquisições de 2003 Em 6 de setembro de 2002, a Companhia adquiriu todas as ações de Classe A em circulação da Minnesota Corn Processors, LLC (MCP), operador com instalações de moagem de milho úmido em Minnesota e Nebraska. Essas ações de Classe A representavam 70% das ações em circulação da MCP. Antes de 6 de setembro de 2002, a Companhia possuía ações de Classe B sem direito a voto, que representavam os restantes 30% das ações em circulação da MCP. A aquisição foi estruturada como uma transação de compra de ações em moeda corrente, por meio da qual a Companhia pagou aos acionistas da MCP US$ 2,90 por cada ação de Classe A em circulação. A Companhia pagou US$ 382 milhões pelas ações de Classe A em circulação e assumiu US$ 233 milhões de endividamento de longo prazo da MCP. Na data da aquisição da MCP, a Companhia reconheceu US$ 36 milhões no passivo pelos custos do fechamento dos escritórios administrativos da MCP e encerramento da joint-venture de marketing de adoçantes de milho da MCP. A Companhia pagou a grande maioria dos custos relacionados a essas atividades. Os resultados operacionais da MCP estão consolidados no lucro líquido da Companhia desde 6 de setembro de 2002. Antes de 6 de setembro de 2002, a Companhia contabilizava seu investimento na MCP pelo método de equivalência patrimonial. Em 24 de fevereiro de 2003, a Companhia adquiriu, da Associated British Foods plc (ABF), seis moinhos de farinha localizados no Reino Unido. A Companhia adquiriu os ativos e estoques dos moinhos da ABF por aproximadamente US$ 96 milhões em moeda corrente e não assumiu nenhum passivo relativo à aquisição. Os resultados operacionais dos moinhos da ABF estão incluídos no lucro líquido da Companhia desde 24 de fevereiro de 2003. Em fevereiro de 2003, a Companhia fez uma oferta para adquirir todas as ações em circulação da Pura plc (Pura), empresa sediada no Reino Unido que processa e comercializa óleo comestível, por um valor em moeda corrente de aproximadamente US$ 1,78 por ação. Essas ações representavam 72% das ações em circulação da Pura. Antes da oferta, a Companhia possuía 28% das ações em circulação da Pura. A Companhia adquiriu um número suficiente de ações para tornar-se a acionista majoritária da Pura em 7 de abril de 2003, e os resultados das operações da Pura estão consolidados no lucro líquido da Companhia desde 7 de abril de 2003. Antes de 7 de abril de 2003, a Companhia contabilizava seu investimento na Pura pelo método de equivalência patrimonial. Em 30 de junho de 2003, a Companhia adquiriu todas as ações em circulação da Pura por US$ 58 milhões em moeda corrente. P á g i n a A tabela a seguir resume os valores justos estimados dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos, relativos às aquisições de 2003 acima referidas, nas datas dessas aquisições. (Em milhares de dólares norte-americanos) Ativo circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 205.595 Ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700.283 Ágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119.883 Investimentos em coligadas não consolidadas . . . . . . . . . . . . . 47.879 Outros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.459 Total de ativos adquiridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.086.099 Passivo circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125.422 Exigível a longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255.772 Imposto de renda diferido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.713 Outros passivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23.730 Total de passivos assumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 446.637 Ativos líquidos adquiridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 639.462 Menos investimentos avaliados pelo método da equivalênciapatrimonial na MCP e Pura (incluindo ágio de US$ 16.867) na data de aquisição, líquidos de impostos diferidos . . . . . . . . . . . . . . . 103.616 Preço de compra total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 535.846 Os ágios adquiridos relativos às aquisições de 2003, de US$ 6 milhões, US$ 77 milhões e US$ 37 milhões, foram atribuídos aos segmentos de Processamento de Sementes Oleaginosas, Processamento de Milho e Outros, respectivamente. A Companhia estima que aproximadamente US$ 106 milhões dos ágios adquiridos serão dedutíveis para fins fiscais. 2 – Títulos e valores mobiliários e disponibilidades Ganhos não Perdas não Custo realizados realizadas Valor justo 2004 (Em milhares de dólares norte-americanos) Títulos emitidos pelo governo dos Estados Unidos Vencimento em menos de um ano . . . . $ 180.472 $ 104 $ (135) $ 180.441 Outros títulos de dívida Vencimento em menos de um ano . . . . 137.127 2 (125) 137.004 Vencimento em 5 a 10 anos . . . . . . . . 90.000 — (2.796) 87.204 Vencimento após 10 anos . . . . . . 306.231 — (4.656) 301.575 Títulos patrimoniais Disponíveis para venda . . . . 435.668 326.043 (2.031) 759.680 Negociação . . . . . . 12.929 — — 12.929 . . . . . . . . . . . . . . . . . $1.162.427 $ 326.149 $ (9.743) $ 1.478.833 Ganhos não Perdas não Custo realizados realizadas Valor justo 2003 (Em milhares de dólares norte-americanos) Títulos emitidos pelo governo dos Estados Unidos Vencimento em menos de um ano . . . . . . $ 265.993 $ 172 $ (119) $ 266.046 Outros títulos de dívida Vencimento em menos de um ano . . . . . . 242.225 31 — 242.256 Vencimento em 5 a 10 anos . . . . . . . 170.561 2.947 — 173.508 Vencimento após 10 anos . . . . . . . . 124.735 1.193 — 125.928 Títulos patrimoniais Disponíveis para venda . . . . . . 443.551 67.560 (149) 510.962 Negociação . . . . . . . 7.618 — — 7.618 . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.254.683 $ 71.903 $ (268) $ 1.326.318 4 0 Archer Daniels Midland Company Os US$ 10 milhões de perdas não realizadas em 30 de junho de 2004 se deram nos últimos doze meses. 3 – Estoques e derivativos Para reduzir os riscos de preço causados por flutuações do mercado, a Companhia geralmente adota a prática de usar contratos futuros negociados em bolsa e contratos de opções para minimizar sua posição líquida de estoques de commodities agrícolas comercializáveis e contratos de compra e venda para entrega futura. A Companhia também usará os contratos de compra e venda a preço fixo para entrega futura e contratos de opções negociáveis em bolsa como componentes das estratégias de comercialização para melhorar as margens. Os resultados dessas estratégias podem sofrer impactos significativos de fatores como a volatilidade da relação entre o valor de contratos futuros de commodities negociadas em bolsa e os preços à vista das referidas commodities, inadimplência contratual e volatilidade dos mercados de fretes. Os estoques de certas commodities agrícolas comercializáveis, que incluem quantidades adquiridas conforme contratos de preço a fixar, são demonstrados ao valor de mercado. Os contratos futuros e opções negociáveis em bolsa, contratos de compra e venda para entrega futura de commodities agrícolas negociáveis não designados como hedge de valor justo são avaliados ao preço de mercado. As variações no valor de mercado dos estoques de commodities agrícolas comercializáveis, contratos de compra e de venda para entrega futura e contratos futuros negociáveis em bolsa são imediatamente reconhecidos nos lucros, resultando em custo de mercadorias vendidas próximo ao levantado pelo método de PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair). Os ganhos não realizados em contratos de compra e de venda para entrega futura e contratos futuros negociáveis em bolsa representam o valor justo desses instrumentos e são classificados no balanço patrimonial da Companhia como contas a receber. As perdas não realizadas em contratos de compra e de venda para entrega futura e contratos futuros negociáveis em bolsa representam o valor justo desses instrumentos e são classificados no balanço patrimonial da Companhia como contas a pagar. A Companhia também avalia certos estoques com base no menor custo, determinado pelo método UEPS (último a entrar, primeiro a sair) ou PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair), ou ainda a valor de mercado. 2004 2003 (Em milhares de dólares norte-americanos) Estoques UEPS Valor PEPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 560.442 Provisão para perdas UEPS . . . . . . . . . . . . . . (134.607) Valor contábil dos estoques UEPS . . . . . . . . . . . 425.835 Estoques PEPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.366.755 Estoques a valor de mercado . . . . . . . . . . . . . . . 2.799.058 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.591.648 $ 343.552 (15.975) 327.577 1.257.655 1.964.993 $ 3.550.225 P á g i n a A Companhia, periodicamente, faz uso de contratos futuros para fixar o preço de compra de volumes antecipados de commodities que serão compradas e processadas em meses futuros. A Companhia também usa contratos futuros, opções e swaps para fixar o preço de aquisição das necessidades de gás natural previstas para algumas de suas instalações de produção. Esses derivativos são concebidos para funcionar como hedge do fluxo de caixa. As variações no valor de mercado desses contratos de derivativos têm sido altamente eficazes para compensar as oscilações de preços dos itens protegidos por hedge, e espera-se que continuem a sê-lo. Os valores que representam a ineficácia desses hedges do fluxo de caixa não são significativos. Os ganhos e as perdas provenientes de transações com hedge em aberto e concluídas são diferidos em outras receitas totais, líquidos de imposto de renda aplicável, e reconhecidos como um componente do custo dos produtos vendidos na demonstração do resultado quando o item protegido por hedge é reconhecido. Os ganhos e as perdas provenientes desses hedges do fluxo de caixa serão reconhecidos nas demonstrações do resultado em 12 meses. 4 – Investimentos em coligadas e adiantamentos para coligadas A Companhia possui participações societárias em coligadas nas quais não é o acionista majoritário, contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial. A Companhia possuía 85 e 82 coligadas não consolidadas em 30 de junho de 2004 e 2003, respectivamente, localizadas nas Américas do Norte e do Sul, África, Europa e Ásia. No exercício de 2004, a Companhia realizou investimentos iniciais em 8 coligadas não consolidadas e desfez-se de seus investimentos em 5 coligadas. A tabela a seguir resume o balanço patrimonial combinado e as demonstrações do resultado combinadas das coligadas não consolidadas da Companhia nos três exercícios findos em 30 de junho de 2004, 2003 e 2002. Ativo circulante . . . . . . . . . . . Realizável a longo prazo . . . . . Passivo circulante . . . . . . . . . . Exigível a longo prazo . . . . . . . Participações minoritárias . . . . Ativos líquidos . . . . . . . . . . . . Vendas líquidas . . . . . . . . . . . Lucro bruto . . . . . . . . . . . . . . Lucro (prejuízo) líquido . . . . . . 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos) $ 5.159.660 $ 4.215.810 8.305.256 8.279.207 3.983.022 2.721.111 1.939.453 1.961.009 369.991 342.411 $ 7.172.450 $ 7.470.486 $ 17.744.217 $ 17.181.800 $ 9.853.370 1.991.947 2.037.875 1.276.901 819.201 (62.707) 21.627 Duas coligadas no exterior, que a Companhia contabiliza a participação no valor de US$ 369 milhões, têm valor de mercado de US$ 281 milhões, com base nos preços cotados pelo mercado e nas taxas de câmbio de 30 de junho de 2004. 4 1 Relatório Anual 2004 N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S 5 – Ágio e outros ativos intangíveis 6 – Acordos de dívidas e de financiamentos A Companhia contabiliza ágio e outros ativos intangíveis de acordo com o Statement of Financial Accounting Standards Number 142, “Goodwill and Other Intangible Assets” (Normas Contábeis das Demonstrações Financeiras Número 142 - SFAS 142 - “Ágio e Outros Ativos Intangíveis”). De acordo com essa norma, o ágio e os ativos intangíveis com vida útil indefinida não são mais amortizados, mas estão sujeitos a testes anuais de deterioração do valor (“impairment”). Os ativos intangíveis com vida útil identificável são amortizados durante a vida útil. A seguir, o lucro líquido divulgado, ajustado para excluir as despesas de amortização relacionadas ao ágio para os períodos indicados: 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos, exceto valor por ação) Lucro líquido divulgado . . . . . . . . . . . . $ 494.710 $ 451.145 $ 511.093 Amortização de ágio . . . . . . . . . . . . . . — — 28.415 Lucro líquido ajustado . . . . . . . . . . . . . $ 494.710 $ 451.145 $ 539.508 Lucro básico e diluído por ação ordinária Lucro líquido divulgado . . . . . . . . . . . . $ 0,76 $ 0,70 $ 0,78 Amortização de ágio . . . . . . . . . . . . . . — — 0,04 Lucro líquido ajustado . . . . . . . . . . . . . $ 0,76 $ 0,70 $ 0,82 Os saldos de ágio atribuíveis a empresas consolidadas e investimentos em coligadas, por segmento, são demonstrados na tabela abaixo: Empresas Investimentos consolidadas em coligadas Total (Em milhares de dólares norte-americanos) 2004 Processamento de sementes oleaginosas . . . . . . . . $ 12.419 Processamento de milho . . . . . . . 76.961 Serviços agrícolas . . . . . . . . . . . . . 6.771 Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140.811 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 236.962 $ 6.618 7.074 7.963 78.857 $ 100.512 $ 19.037 84.035 14.734 219.668 $ 337.474 Empresas Investimentos consolidadas em coligadas Total (Em milhares de dólares norte-americanos) 2003 Processamento de sementes oleaginosas . . . . . . . . . . $ 15.146 Processamento de milho . . . . . . . . . . 73.603 Serviços agrícolas . . . . . . . . . . . . . . . 17.574 Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137.967 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 244.290 ( C O N T I N U A Ç Ã O ) $ 6.618 7.074 7.881 78.857 $ 100.430 $ 21.764 80.677 25.455 216.824 $ 344.720 2004 2003 (Em milhares de dólares norte-americanos) 5,935% em debêntures com valor de face de US$ 500 milhões, vencimento em 2032 . . . . . $ 493.252 7,0% em debêntures com valor de face de US$ 400 mihões, vencimento em 2031 . . . . . 397.475 7,5% em debêntures com valor de face de US$ 350 milhões, vencimento em 2027 . . . . . 348.041 8,875% em debêntures com valor de face de US$ 300 milhões, vencimento em 2011 . . . . . 298.933 8,125% em debêntures com valor de face de US$ 300 milhões, vencimento em 2012 . . . . . 298.706 6,625% em debêntures com valor de face de US$ 300 milhões, vencimento em 2029 . . . . . 298.655 8,375% em debêntures com valor de face de US$ 300 milhões, vencimento em 2017 . . . . . 295.356 7,125% em debêntures com valor de face de US$ 250 milhões, vencimento em 2013 . . . . . 249.601 6,95% em debêntures com valor de face de US$ 250 milhões, vencimento em 2097 . . . . . 246.241 6,75% em debêntures com valor de face de US$ 200 milhões, vencimento em 2027 . . . . . 196.107 Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 778.303 Total do endividamento de longo prazo . . . . . . . 3.900.670 Parcelas de curto prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (160.795) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.739.875 $ 493.013 397.380 348.009 298.823 298.593 298.634 295.162 249.569 246.212 196.001 781.779 3.903.175 (30.888) $ 3.872.287 Em 30 de junho de 2004, o valor justo do endividamento de longo prazo da Companhia excedeu o valor contábil em US$ 497 milhões, estimado de acordo com as cotações de mercado ou com os fluxos de caixa futuros descontados a valor presente, com base nas atuais taxas de empréstimo incrementais da Companhia para tipos similares de transações de empréstimo. Os vencimentos conjuntos das dívidas de longo prazo nos cinco anos seguintes a 30 de junho de 2004 são de US$ 161 milhões, 174 milhões, 62 milhões, 79 milhões e 47 milhões, respectivamente. Em 30 de junho de 2004, a Companhia possuía linhas de crédito totalizando US$ 4,5 bilhões, dos quais US$ 2,7 bilhões não foram usados. As taxas de juros médias ponderadas sobre os empréstimos a curto prazo a pagar em 30 de junho de 2004 e 2003 eram de 1,46% e 1,41%, respectivamente. As variações no ágio de 2004 relacionam-se, principalmente, com a venda de uma subsidiária de Serviços Agrícolas, a finalização de alocações de preços de compra para aquisições e ajustes de conversão cambial. Os demais ativos intangíveis da Companhia não são significativos. P á g i n a 4 2 Archer Daniels Midland Company 7 – Patrimônio líquido Em 30 de junho de 2004, havia 0,3 milhão, 0,6 milhão e 23,2 milhões de ações disponíveis para futuras concessões nos termos dos planos de 1996, 1999 e 2002, respectivamente. As atividades de opções de ações nos exercícios indicados são apresentadas como segue: A Companhia autorizou a emissão de 1 bilhão de ações ordinárias e 500.000 ações preferenciais, nos dois casos sem valor nominal. Não foram emitidas ações preferenciais. Em 30 de junho de 2004 e 2003, a Companhia tinha aproximadamente 21,2 milhões e 27,1 milhões de ações em tesouraria, respectivamente. As ações em tesouraria são registradas a valor de custo, US$ 259 milhões em 30 de junho de 2004 e US$ 330 milhões em 30 de junho de 2003, como redução das ações ordinárias. Os planos de opção de compra de ações garantem aos empregados a opção de compra de ações ordinárias da Companhia a valor de mercado na data da concessão, nos termos do Plano de Opções de Ações de 1996, do Plano de Remuneração de Incentivo de 1999 e do Plano de Remuneração de Incentivo de 2002 da Companhia. A validade das opções expira de cinco a dez anos após a data da concessão, e as exigências para sua concessão de acordo com os planos correspondem aos termos das opções correspondentes. Os Planos de Remuneração de Incentivo de 1999 e 2002 tratam da concessão de ações restritas sem nenhum custo a certos executivos e funcionários-chave. Essas ações, que consistem em ações ordinárias, são concedidas ao fim de um período de restrição de três anos. Por ocasião da emissão das ações restritas concedidas, um equivalente de remuneração diferida ao valor de mercado das ações na data da concessão é debitado ao patrimônio líquido e amortizado como despesa de remuneração durante o período em que se adquire o direito à concessão. Em 2004 e 2003, foram concedidas 1,1 milhão e 1 milhão de ações ordinárias como ações restritas, respectivamente. Ações vinculadas a opção em 30 de junho de 2001 . Concedidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exercidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Canceladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ações vinculadas a opção em 30 de junho de 2002 . Concedidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exercidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Canceladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ações vinculadas à opção em 30 de junho de 2003 . . . Concedidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exercidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Canceladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ações vinculadas a opção em 30 de junho de 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ações exercíveis em 30 de junho de 2004 . . . . Ações exercíveis em 30 de junho de 2003 . . . . . . . . Ações exercíveis em 30 de junho de 2002 . . . . . . . . Média ponderada do preço Número de de exercício ações por ação (Em milhares de dólares norte-americanos, exceto valor por ação) 10.580 $ 11,54 2.632 12,54 (724) 12,01 (1.907) 12,27 10.581 11,62 4.439 11,30 (228) 9,32 (329) 12,75 14.463 11,54 1.446 13,65 (3.931) 11,58 (876) 12,41 11.102 3.880 5.445 3.785 $ 11,73 $ 10,77 $ 11,40 $ 11,55 Em 30 de junho de 2004, a faixa de preços de exercício e a vida contratual média ponderada remanescente das opções em circulação era de US$ 8,33 a US$ 14,84 e quatro anos, respectivamente. O valor justo médio ponderado das opções concedidas em 2004, 2003 e 2002 é de US$ 2,37, US$ 3,20 e US$ 4,31, respectivamente. 8 – Outros lucros (prejuízos) totais acumulados A tabela a seguir apresenta informações sobre outras receitas (despesas) totais acumuladas: Ajustes de conversão cambial Saldo em 30 de junho de 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ganhos (perdas) não realizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Ganhos) perdas reclassificadas como lucro líquido . . . . . . . . . . . . . Efeito dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Valor líquido dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saldo em 30 de junho de 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ganhos (perdas) não realizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Ganhos) perdas reclassificadas como lucro líquido . . . . . . . . . . . . . Efeito dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Valor líquido dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saldo em 30 de junho de 2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ganhos (perdas) não realizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Ganhos) perdas reclassificadas como lucro líquido . . . . . . . Efeito dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Valor líquido dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saldo em 30 de junho de 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ (498.848) 125.636 125.636 (373.212) 250.211 250.211 (123.001) 97.044 97.044 $ (25.957) P á g i n a 4 3 Ganho (perda) Passivo mínimo Ganhos diferido das relativo aos (perdas) não atividades de planos de pensão realizados em hedging dos funcionários investimentos (Em milhares de dólares norte-americanos) $ (22.128) $ (13.920) $ 70.481 66.391 (17.392) 65.978 35.648 (35.937) (38.699) 6.596 7.294 63.340 (10.796) 37.335 41.212 (24.716) 107.816 22.834 (188.080) (34.513) (66.391) (7.892) 16.519 71.333 17.921 (27.038) (116.747) (24.484) 14.174 (141.463) 83.332 14.292 19.227 250.876 (22.834) (11.042) 3.379 (9.330) (91.699) (5.163) 9.897 148.135 $ 9.011 $ (131.566) $ 231.467 Outras receitas (despesas) totais acumuladas $ (464.415) 240.613 (289) (24.809) 215.515 (248.900) 50.452 (74.283) 105.773 81.942 (166.958) 381.439 (33.876) (97.650) 249.913 $ 82.955 Relatório Anual 2004 N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S ( C O N T I N U A Ç Ã O ) 9 – Outras despesas - líquidas Despesas com juros . . . . . . . . . . . . . . Resultado de investimentos . . . . . . . . (Ganho) perda líquida em transações com títulos e valores mobiliários . . . Resultado de equivalência patrimonial em coligadas não consolidadas . . . Outras - líquidas . . . . . . . . . . . . . . . . ............................ 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos) $ 341.991 $ 359.971 $ 355.956 (116.352) (121.887) (114.032) (23.968) 363 (36.296) (180.716) 7.525 $ 28.480 (65.991) (23.985) $ 148.471 (61.532) (6.499) $ 137.597 As despesas com juros são líquidas de juros capitalizados de US$ 7 milhões, US$ 4 milhões e US$ 6 milhões em 2004, 2003 e 2002, respectivamente. A Companhia efetuou pagamentos de juros de US$ 361 milhões, US$ 345 milhões e US$ 308 milhões em 2004, 2003 e 2002, respectivamente. Os ganhos realizados em vendas de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda totalizaram US$ 24 milhões, US$ 4 milhões e US$ 59 milhões em 2004, 2003 e 2002, respectivamente. As perdas realizadas totalizaram US$ 4 milhões e US$ 23 milhões em 2003 e 2002, respectivamente. 10 – Impostos sobre a renda Para fins de emissão de relatórios financeiros, os lucros antes dos impostos sobre a renda incluem os seguintes componentes: 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos) Estados Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 369.153 $ 356.654 $ 440.517 Outros países . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348.858 274.319 278.420 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 718.011 $ 630.973 $ 718.937 Os principais componentes dos impostos sobre a renda são apresentados como segue: 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos) Correntes Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 159.450 Estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.770 Outros países . . . . . . . . . . . . . . . . 141.985 Diferidos Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (50.601) Estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (3.312) Outros países . . . . . . . . . . . . . . . . (43.991) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 223.301 $ 13.653 1.229 60.881 $ 169.802 12.214 102.570 92.518 9.125 2.422 $ 179.828 (71.547) (2.522) (2.673) $ 207.844 Os principais componentes dos ativos e passivos diferidos são apresentados como segue: P á g i n a 2004 2003 (Em milhares de dólares norte-americanos) Imposto de renda diferido passivo Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 635.238 Amortização de desconto dos títulos de dívida . . . 24.712 Ganhos não realizados em títulos e valores mobiliários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108.753 Resultado de equivalência patrimonial em coligadas . . . 93.363 Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131.248 ...................................... 993.314 Imposto de renda diferido ativo Benefícios de aposentadoria e pós-emprego . . . . . 134.410 Reservas e outras provisões . . . . . . . . . . . . . . . . 165.713 Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118.084 ...................................... 418.207 Passivos fiscais diferidos líquidos . . . . . . . . . . . . . . . 575.107 Parcela corrente de ativos (passivos) fiscais diferidos líquidos incluídos em outros ativos e despesas provisionados . . . . . . . . . . . . . 78.727 Parcela de longo prazo de passivos fiscais diferidos líquidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 653.834 $ 663.498 27.695 17.054 53.831 58.805 820.883 156.084 15.147 93.989 265.220 555.663 (12.108) $ 543.555 A reconciliação da alíquota oficial de imposto de renda federal em relação à taxa efetiva da Companhia é apresentada como segue: Alíquota disposta em lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . Redeterminação fiscal de exercícios anteriores . . . Incentivos fiscais para exportação . . . . . . . . . . . Impostos de renda estaduais, líquidos do benefício fiscal federal . . . . . . . . . . . . . . . . . Ganhos no exterior tributados por alíquotas diferentes da alíquota disposta pela lei dos E.U.A. . . . . . . . . . . . . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Taxa efetiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2004 35,0% — (5,0) 2003 35,0% — (4,2) 2002 35,0% (3,6) (3,6) 1,9 0,8 0,8 (3,8) 3,0 31,1% (5,5) 2,4 28,5% (0,3) 0,6 28,9% A Companhia fez pagamentos de imposto de renda de US$ 273 milhões, US$ 124 milhões e US$ 162 milhões em 2004, 2003 e 2002, respectivamente. No quarto trimestre de 2002, a Companhia reconheceu uma redução no imposto de renda de US$ 26 milhões, ou US$ 0,04 por ação, conforme os impostos diminuíram na medida da resolução de várias questões pendentes relativas a impostos estaduais e federais. A Companhia tem US$ 81 milhões e US$ 59 milhões de ativos fiscais para compensar prejuízos operacionais líquidos acumulados, relativos a certas subsidiárias internacionais, em 30 de junho de 2004 e 2003, respectivamente. Em 30 de junho de 2004, aproximadamente US$ 71 milhões desses ativos não têm prazo de prescrição, e os US$ 10 milhões restantes expiram em várias datas até o exercício de 2011. A utilização anual de alguns desses ativos está limitada a um percentual do resultado tributável da respectiva subsidiária internacional no exercício. A Companhia registrou uma provisão para perdas de US$ 70 milhões e US$ 41 milhões em relação a esses ativos fiscais em 30 de junho de 2004 e 2003, respectivamente, devido à incerteza de sua realização.A Companhia também tem US$ 22 milhões em ativos fiscais relativos a excedentes de créditos fiscais no exterior, que expiram no exercício de 2008. Os lucros não distribuídos das subsidiárias e das coligadas em joint-ventures da Companhia no exterior, contabilizados pelo método de equivalência patrimonial no valor total de aproximadamente US$ 1,1 bilhão em 30 de junho de 2004, são considerados permanentemente reinvestidos e, em conseqüencia, não foi feita nenhuma provisão para os impostos sobre a renda norte-americanos. Não é possível determinar os passivos fiscais diferidos para diferenças temporárias relativas a esses lucros não distribuídos. 4 4 Archer Daniels Midland Company 11 – Arrendamentos A Companhia arrenda instalações fabris e de armazenamento, bens imóveis, ativos de transporte e outros equipamentos como arrendamentos operacionais, que expiram em várias datas até o ano de 2076. Em 2004, 2003 e 2002, as despesas com aluguel foram de US$ 121 milhões, US$ 98 milhões e US$ 88 milhões, respectivamente. Os pagamentos mínimos futuros de aluguel nos arrendamentos operacionais que não são passíveis de cancelamento e com prazos iniciais ou remanescentes superiores a um ano são os seguintes: Exercício (Em milhares de dólares norte-americanos) 2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 56.830 2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44.100 2007 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.766 2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.908 2009 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.305 A partir de 2010 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70.069 Total de pagamentos mínimos de arrendamento . . . . . . . . . . . . $ 249.978 12 – Planos de benefícios para os empregados A Companhia proporciona benefícios de aposentadoria a praticamente todos os empregados locais e de certas subsidiárias internacionais. Também oferece a benefícios de planos de saúde pós-aposentadoria e seguro de vida a praticamente todos os empregados assalariados locais. Em 2004, o FASB emitiu a Staff Positions 106-1 e 106-2, Accounting and Disclosure Requirements Related to the Medicare Prescription Drug, Improvement and Modernization Act of 2003 (Posições de Pessoal 106-1 e 106-2, Lei de Exigências de Contabilidade e Divulgação Relacionadas à Lei de Aprimoramento e Modernização da Prescrição de Drogas pelo Sistema Público de Saúde dos Estados Unidos – Medicare, de 2003), que fornece orientação para a contabilização dos efeitos da Lei de Aprimoramento e Modernização da Prescrição de Drogas pelo Sistema Público de Saúde dos Estados Unidos – Medicare, de 2003 (Lei). A Companhia adotou a Posição de Pessoal 106-1 e optou por adiar o reconhecimento dos efeitos da Lei e acredita que a adoção da Posição de Pessoal 106-2 não terá impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia. A Companhia tem planos de poupança e investimento disponíveis para os empregados. Também mantém planos de compra de ações para empregados que atendam às exigências aplicáveis. A Companhia contribui com suas ações para os planos na mesma proporção das contribuições dos empregados elegíveis. Os empregados podem escolher entre manter as ações da Companhia em suas contas ou diversificar as ações em outras opções de investimentos. A despesa é avaliada e registrada com base no valor justo de mercado das ações que consistem na contribuição mensal para os planos. O número de ações designadas para uso nos planos não é significativo em comparação com as ações em circulação nos períodos apresentados. Os ativos dos planos de contribuição definida da Companhia consistem, principalmente, de ações ordinárias e fundos mútuos cotados em bolsa. Os planos de contribuição definida da Companhia detinham 23,7 milhões de ações ordinárias da Companhia em 30 de junho de 2004, com valor de mercado de US$ 397 milhões. Os dividendos em moeda corrente recebidos sobre as ações ordinárias da Companhia por esses planos no exercício findo em 30 de junho de 2004 totalizaram US$ 6 milhões. Benefícios de aposentadoria 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos) Despesas com o plano de aposentadoria Planos de benefício definido: Custo dos serviços (benefícios recebidos no período) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Custo de juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Retorno esperado dos ativos do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perda (ganho) atuarial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amortização líquida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Despesa líquida periódica dos planos de benefício definido . . . . . . . . . . . . . . . Planos de contribuição definida: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Despesa total do plano de aposentadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . P á g i n a $ 48.749 70.133 (57.947) 23.865 3.721 88.521 23.622 $ 112.143 4 5 $ 33.414 64.287 (63.268) 5.721 2.193 42.347 22.833 $ 65.180 $ 32.727 56.404 (55.907) 1.767 1.725 36.716 20.784 $ 57.500 Benefícios pós-emprego 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos) $ 6.121 7.711 — 61 (1.116) 12.777 — $ 12.777 $ 7.135 8.449 — (2) 539 16.121 — $ 16.121 $ 5.888 7.863 — — 436 14.187 — $ 14.187 Relatório Anual 2004 N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S Em praticamente todos os planos de benefício definido, a Companhia realiza avaliações na data de 31 de março. As tabelas a seguir apresentam as variações na provisão para benefícios de aposentadoria e o valor justo dos ativos dos planos de benefício definido: Benefícios de aposentadoria 2004 2003 (Em milhares de dólares norte-americanos) Provisão para benefícios de aposentadoria, saldo inicial . . . . . $ 1.131.532 $ 912.503 Custo dos serviços . . . 48.681 33.414 Custo de juros . . . . . 70.133 64.287 Perda (ganho) atuarial . . . . . . . . 112.576 111.525 Benefícios pagos . . . (44.712) (42.059) Alterações nos planos . . . . . . 28.478 2.145 Aquisições . . . . . . . . 34.879 13.606 Efeitos cambiais . . . . 16.862 36.111 Provisão para benefícios de aposentadoria, saldo final . . . . . . $ 1.398.429 $ 1.131.532 Valor justo dos ativos dos planos, saldo inicial . . . . . $ 637.121 $ 699.006 Retorno efetivo dos ativos dos planos . . 151.027 (81.971) Contribuições do empregador . . . . . 110.556 26.740 Benefícios pagos . . . (43.401) (42.059) Alterações nos planos . . . . . . 18.443 — Aquisições . . . . . . . . 27.397 2.012 Efeitos cambiais . . . . 11.406 33.393 Valor justo do ativo dos planos, saldo final . . . . . . $ 912.549 $ 637.121 Situação financeira . . . $ (485.880) $ (494.411) Valor de transição não amortizado . . . (929) (9.438) Perda (ganho) líquida não reconhecida . . . 411.500 414.427 Custo dos serviços anteriores não reconhecidos . . . . 42.615 43.081 Ajuste nas contribuições do quarto trimestre . 2.682 5.241 Passivo de aposentadoria reconhecido no balanço patrimonial . . . . . . $ (30.012) $ (41.100) Custo dos benefícios pré-pagos . . . . . . $ 67.721 $ Provisão para benefícios corrente . . . . . . . . (86.511) Provisão para benefícios longo prazo . . . . . (261.909) Ativo intangível . . . . 42.018 Outras despesas totais acumuladas . . . . . 208.669 Valor líquido reconhecido em 30 de junho . . . . . $ (30.012) $ 72.411 (73.337) Benefícios pós-emprego 2004 2003 (Em milhares de dólares norte-americanos) $ 125.765 6.121 7.711 $ 116.505 7.135 8.449 1.561 (4.758) 21.156 (4.617) — — 3 (23.047) 156 28 $ 136.403 $ 125.765 $ $ $ — — — — 4.758 (4.758) 4.617 (4.617) — — — — — — — $ — A tabela a seguir apresenta as principais premissas usadas no desenvolvimento da provisão para benefícios de aposentadoria e da despesa líquida periódica de aposentadoria: Taxa de desconto . . . . . . . . . . . . . . . Retorno esperado dos ativos do plano . . . Aumento da taxa de remuneração . . . . Benefícios de aposentadoria 2004 2003 5,6% 6,0% 7,4% 7,5% 4,1% 4,1% — — 14.751 13.250 (12.283) (13.399) — — Benefícios pós-emprego 2004 2003 5,8% 6,3% N/A N/D N/A N/D A provisão projetada para benefícios de aposentadoria, a provisão acumulada para benefícios de aposentadoria e o valor justo dos ativos dos planos para os planos de aposentadoria com provisão projetada para benefícios de aposentadoria superior aos ativos do plano foram de US$ 1,3 bilhão, US$ 1,2 bilhão e US$ 834 milhões, respectivamente, em 30 de junho de 2004, e US$ 1,1 bilhão, US$ 987 milhões e US$ 606 milhões, respectivamente, em 30 de junho de 2003. A provisão projetada para benefícios de aposentadoria, a provisão acumulada para benefícios de aposentadoria e o valor justo dos ativos dos planos para os planos de aposentadoria com provisão para benefícios de aposentadoria acumulada superior aos ativos do plano foram de US$ 1,2 bilhão, US$ 1 bilhão e US$ 703 milhões, respectivamente, em 30 de junho de 2004, e US$ 969 milhões, US$ 861 milhões e US$ 475 milhões, respectivamente, em 30 de junho de 2003.A provisão acumulada para benefícios de aposentadoria para todos os planos de aposentadoria em 30 de junho de 2004 e 2003 é de US$ 1,2 bilhão e US$ 1 bilhão, respectivamente. Para fins de aferição dos benefícios pós-emprego, partiu-se do princípio de que a taxa anual de aumento no custo per capita dos benefícios de saúde cobertos em 2004 seria de 9,0%. Também se estabeleceu que essa taxa diminuiria gradualmente até 2012, quando chegaria a 5,0%, mantendo-se nesse mesmo nível a partir daquele ano. As taxas presumidas de tendência do custo do plano de saúde têm um impacto significativo nos valores divulgados para esse plano. Uma variação de 1% nessas taxas teria o seguinte efeito: $(136.403) $(125.765) 1% de 11% de aumento queda (Em milhares de dólares norte-americanos) Efeito nos componentes combinados de custo de serviços e juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Efeito nas provisões acumuladas para benefícios de aposentadoria e pós-emprego . . . . . . . . . . $ 1.632 $ (1.449) $ 13.961 $ (12.663) Ativos dos planos A tabela a seguir define a alocação efetiva dos ativos e a alocação pretendida dos ativos do plano de aposentadoria da Companhia: $ (133.935) $ (125.914) $ — — $ — — (309.864) 41.794 (133.935) — (125.914) — 227.896 — — (41.100) ( C O N T I N U A Ç Ã O ) Títulos patrimoniais* . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Títulos de dívida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2004 54% 43% 3% 100% Alocação pretendida dos ativos 54% 45% 1% 100% * Em 30 de junho de 2004, os planos de aposentadoria da Companhia detinham 3,4 milhões de ações ordinárias da Companhia, com valor de mercado de US$ 56 milhões. Os dividendos em moeda corrente recebidos sobre as ações ordinárias da Companhia por esses planos no exercício findo em 30 de junho de 2004 totalizaram US$ 1 milhão. $ (133.935) $ (125.914) P á g i n a 4 6 Archer Daniels Midland Company Os objetivos de investimento dos ativos dos planos de aposentadoria da Companhia são: • otimizar o retorno de longo prazo dos ativos dos planos de aposentadoria com um nível de risco aceitável. • manter uma ampla diversificação entre classes de ativos e entre gestores de investimentos. • manter um controle cuidadoso do nível de risco dentro de cada classe de ativos. • concentrar-se em um objetivo de retorno de longo prazo. Os objetivos da alocação de ativos promovem características de retorno esperado e volatilidade em níveis ótimos, tendo em vista o horizonte de longo prazo para honrar as obrigações dos planos de aposentadoria. A seleção da alocação de ativos pretendida para os ativos dos planos baseou-se em um exame das características do retorno e do risco esperados de cada classe de ativos e na correlação de retornos entre as classes de ativos. As diretrizes de investimento são estabelecidas com cada gestor de investimentos. Essas diretrizes fornecem os parâmetros conforme os quais os gestores de investimentos concordam em operar, inclusive os critérios que determinam os títulos e valores mobiliários eligíveis e ineligíveis, as exigências de diversificação e os padrões de qualidade de crédito, se aplicável. Em alguns países, pode-se usar derivativos para obter exposição ao mercado de forma eficiente e oportuna; entretanto, os derivativos não podem ser usados para alavancar a carteira além do valor de mercado dos respectivos investimentos. Consultores externos monitoram a estratégia de investimento mais apropriada e o conjunto de ativos dos planos de aposentadoria da Companhia. Geralmente, para determinar a taxa de retorno de longo prazo esperada dos ativos dos planos de aposentadoria da Companhia, a Companhia usa informações sobre a taxa de retorno histórico de longo prazo esperada para o conjunto de ativos em questão, identificado em estudos de ativos e passivos. Quando necessário, procede-se a ajustes na taxa de retorno de longo prazo esperada, com base em expectativas revisadas do desempenho futuro dos investimentos dos mercados de investimentos globais. A taxa de retorno de longo prazo esperada utilizada no cálculo do custo líquido periódico de aposentadoria em 2004 para os planos de aposentadoria foi de 7,4%. Contribuições e pagamentos esperados para benefícios futuros A Companhia espera contribuir com US$ 92 milhões para os planos de aposentadoria e com US$ 5 milhões para o plano de benefícios pós-emprego em 2005. Espera-se que sejam feitos os seguintes pagamentos de benefícios, que refletem serviços futuros esperados: 2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2007 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2009 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2010 - 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Benefícios de Benefícios aposentadoria pós-emprego (Em milhares de dólares norte-americanos) $ 50.289 $ 4.943 54.950 5.581 57.718 6.222 60.779 6.803 64.388 7.492 436.205 46.562 P á g i n a 13 – Informações por segmento e localização geográfica A Companhia opera principalmente com compra, transporte, armazenagem, processamento e comercialização de commodities e produtos agrícolas. A Companhia modificou seus segmentos nas demonstrações de modo a refletir a maneira como administra atualmente seus negócios e suas atividades, tal qual vistas pelo principal tomador de decisões operacionais da Companhia. As operações da Companhia estão classificadas em três segmentos de negócios nas demonstrações: Processamento de Sementes Oleaginosas, Processamento de Milho e Serviços Agrícolas. Cada um desses segmentos está organizado com base na natureza dos produtos e serviços oferecidos. As demais operações da Companhia são agrupadas e classificadas como Outros. O segmento de Processamento de Milho agora abrange todas as atividades de fermentação da Companhia, inclusive operações como as de ingredientes para alimentos especiais, que anteriormente eram classificadas como Outros. Informações sobre os segmentos relativas a períodos anteriores foram reclassificadas para se adequar à nova apresentação. O segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas inclui atividades relacionadas ao processamento de sementes oleaginosas, como soja, sementes de algodão, sementes de girassol, canola, amendoim e sementes de linhaça em óleos vegetais e alimentos, principalmente para os setores de produtos alimentícios e de ração. Além disso, as sementes oleaginosas podem ser revendidas no mercado como matéria-prima para outras empresas de processamento. O óleo vegetal bruto é vendido no estado ou sofre novo processamento, sendo refinado, alvejado e desodorizado para se transformar em óleos para salada. Os óleos para salada podem receber processamento adicional por hidrogenação e/ou interesterificação para se transformar em margarina, banha e outros produtos alimentícios. O óleo parcialmente refinado é vendido para uso em produtos químicos, tintas e outros produtos industriais. Os alimentos derivados de sementes oleaginosas são ingredientes básicos na produção de rações comerciais para gado e aves. O segmento de Processamento de Milho inclui atividades relacionadas à produção de adoçantes, amidos e xaropes para a indústria de alimentos e bebidas, assim como atividades relacionadas à produção, por meio de fermentação de amidos, de bioprodutos como álcool, aminoácidos e outros ingredientes para alimentos e rações especiais. O segmento de Serviços Agrícolas utiliza os amplos silos de grãos e a rede de transportes da Companhia para comprar, armazenar, limpar e transportar commodities agrícolas, como sementes oleaginosas, milho, trigo, sorgo, aveia e cevada e revende essas commodities, principalmente, como ingredientes para rações e como matéria-prima para o setor de processamento agrícola. A rede de fornecimento e transporte de grãos do segmento de Serviços Agrícolas presta ainda serviços confiáveis e eficientes para as operações de processamento agrícola da Companhia. Também estão incluídas no segmento de Serviços Agrícolas as atividades da A.C. Toepfer International, que negocia commodities agrícolas e produtos processados em todo o mundo. 4 7 Relatório Anual 2004 N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S Sob o nome de Outros, agrupam-se as demais operações da Companhia, que consistem, principalmente, de negócios com ingredientes para alimentos e rações, mais atividades financeiras. Os negócios com ingredientes para alimentos e rações incluem o processamento de trigo, com atividades relacionadas à produção de farinha de trigo; processamento de cacau, com atividades relacionadas à produção de chocolate e outros derivados de cacau, produtos naturais para saúde e nutrição e outros ingredientes especiais para alimentos e rações. As atividades financeiras incluem operações bancárias, seguros cativos, investimentos em fundos de participação societária e atividades de negociação nas bolsas de mercadorias e futuros. As vendas entre segmentos da Companhia foram registradas a valores próximos dos de mercado. O lucro operacional de cada segmento baseia-se nas vendas líquidas menos as despesas operacionais identificáveis, incluindo uma despesa com juros relacionada ao uso do capital de giro. Também estão incluídos no lucro operacional o resultado de equivalência patrimonial em coligadas, com base no método de equivalência patrimonial. Despesas corporativas gerais, receitas provenientes de investimentos, despesas com juros não alocadas, transações de títulos mobiliários e ajustes de inventário físico do método PEPS para o UEPS foram excluídos das operações por segmento e classificadas como Corporativo. As adições ao ativo imobilizado representam compras de ativo imobilizado, mais o valor justo do ativo imobilizado adquirido por meio de aquisições de empresas. Informações por segmento 2004 2003 2002 (Em milhares de dólares norte-americanos) Vendas para clientes externos Processamento de sementes oleaginosas . . . Processamento de milho . . . Serviços agrícolas . . . . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . Total . . . . . . . . . . . . . . . Vendas entre segmentos Processamento de sementes oleaginosas . . Processamento de milho . . . Serviços agrícolas . . . . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . Total . . . . . . . . . . . . . . . Vendas líquidas Processamento de sementes oleaginosas . . Processamento de milho . . Serviços agrícolas . . . . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . Eliminação entre segmentos . . . . . . . . . Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.049.250 4.005.181 15.638.341 4.458.622 $ 36.151.394 $ 9.773.379 3.058.686 13.557.946 4.318.022 $ 30.708.033 $ 8.155.530 2.405.906 8.280.078 3.770.380 $ 22.611.894 $ 178.056 315.173 2.192.090 108.655 $ 2.793.974 $ 123.243 244.039 1.425.883 101.822 $ 1.894.987 $ 123.794 95.684 1.694.831 90.696 $ 2.005.005 $ 12.227.306 4.320.354 17.830.431 4.567.277 $ 9.896.622 3.302.725 14.983.829 4.419.844 $ 8.279.324 2.501.590 9.974.909 3.861.076 (2.793.974) $ 36.151.394 (1.894.987) $ 30.708.033 (2.005.005) $ 22.611.894 P á g i n a ( C O N T I N U A Ç Ã O ) Despesas com juros Processamento de sementes oleaginosas . . $ 36.942 $ 35.433 Processamento de milho . . 9.931 14.124 Serviços agrícolas . . . . . . 43.424 50.024 Outros . . . . . . . . . . . . . . 56.387 62.760 Corporativo . . . . . . . . . . . 195.307 197.630 Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 341.991 $ 359.971 Depreciação Processamento de sementes oleaginosas . . $ 168.836 $ 154.514 Processamento de milho . . 268.968 246.851 Serviços agrícolas . . . . . . 79.987 77.636 Outros . . . . . . . . . . . . . . 144.625 142.513 Corporativo . . . . . . . . . . . 23.197 22.101 Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 685.613 $ 643.615 Resultado de equivalência patrimonial em coligadas Processamento de sementes oleaginosas . . $ 30.475 $ 51.411 Processamento de milho . . 33.286 39.825 Serviços agrícolas . . . . . . 12.359 953 Outros . . . . . . . . . . . . . . 88.919 (35.147) Corporativo . . . . . . . . . . . 15.677 8.949 Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 180.716 $ 65.991 Lucro operacional Processamento de sementes oleaginosas . . $ 290.732 $ 337.089 Processamento de milho . . 660.947 358.700 Serviços agrícolas . . . . . . 249.863 92.124 Outros . . . . . . . . . . . . . . 359.469 221.999 Total do lucro operacional . . . . . . . . . 1.561.011 1.009.912 Corporativo . . . . . . . . . . . (843.000) (378.939) Lucro antes dos impostos sobre a renda . . . . . . . $ 718.011 $ 630.973 Investmentos em coligadas e adiantamentos para coligadas Processamento de sementes oleaginosas . . $ 321.333 $ 300.241 Processamento de milho . . 147.950 142.044 Serviços agrícolas . . . . . . 180.952 157.085 Outros . . . . . . . . . . . . . . 881.108 893.535 Corporativo . . . . . . . . . . . 301.276 270.548 Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.832.619 $ 1.763.453 Ativos identificáveis Processamento de sementes oleaginosas . . $ 5.412.654 $ 4.071.567 Processamento de milho . . 2.829.153 2.819.416 Serviços agrícolas . . . . . . 2.907.637 2.395.384 Outros . . . . . . . . . . . . . . 6.273.607 5.972.007 Corporativo . . . . . . . . . . . 1.945.770 1.924.505 Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 19.368.821 $ 17.182.879 Adições ao ativo imobilizado Processamento de sementes oleaginosas . . $ 207.344 $ 245.040 Processamento de milho . . 214.805 711.326 Serviços agrícolas . . . . . . 93.834 50.044 Outros . . . . . . . . . . . . . . 86.243 136.527 Corporativo . . . . . . . . . . . 18.407 102.973 Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 620.633 $ 1.245.910 4 8 $ $ $ $ $ $ $ 44.360 14.736 35.944 66.223 194.693 355.956 152.548 192.214 71.921 130.334 19.559 566.576 17.974 31.602 29.036 (37.838) 20.758 61.532 387.960 191.576 169.593 290.691 1.039.820 (320.883) $ 718.937 Archer Daniels Midland Company Informações geográficas: Os dados a seguir, sobre as áreas geográficas, incluem vendas líquidas e outros resultados operacionais atribuídos aos países, com base na localização da subsidiária que realizou as vendas, e ativos de longa duração, com base em sua localização física. Os ativos de longo prazo representam a soma do valor contábil líquido do ativo imobilizado, mais o ágio relativo às empresas adquiridas. 2004 2003 2002 (Em milhões de dólares norte-americanos) Vendas líquidas e outros resultados operacionais Estados Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 19.106 Alemanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.108 Outros países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.937 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36.151 Ativos de longa duração Estados Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.033 Outros países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.459 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.492 $ 16.140 4.519 10.049 $ 30.708 $ 14.695 2.481 5.436 $ 22.612 $ 4.302 1.411 $ 5.713 14 – Garantias A Companhia firmou acordos de garantia de dívida, principalmente relacionados às empresas nas quais investe conforme o método de equivalência patrimonial, que poderiam obrigá-la a realizar pagamentos futuros se a entidade principal não cumprir suas obrigações contratuais. A Companhia não lançou nenhum passivo para essas obrigações contingentes, pois acredita que a probabilidade de vir a fazer quaisquer pagamentos é remota. Se a Companhia for solicitada a realizar pagamentos relativos a essas garantias, terá, em conformidade com a maioria desses acordos, participação societária nos ativos correspondentes da entidade principal. Em 30 de junho de 2004, essas garantias de dívida totalizavam US$ 398 milhões. Os empréstimos pendentes relativos a essas garantias eram de US$ 311 milhões em 30 de junho de 2004. P á g i n a 15 – Investigação antitruste e pendências judiciais relacionadas A Companhia, juntamente com outras empresas norte-americanas e estrangeiras, figura como ré em vários processos antitruste de ação judicial putativa e outras ações judiciais envolvendo a venda de lisina, ácido cítrico, gluconato de sódio, glutamato monosódico e xarope de milho com alto teor de frutose. Essas ações e processos judiciais geralmente envolvem compensação por danos não especificados, multas, custos, despesas e reparações não especificados. A Companhia pretende defender-se vigorosamente nessas ações e processos judiciais, a não ser que seja possível firmar acordos aceitáveis para as partes envolvidas. Essas questões resultaram e podem resultar em situações em que a Companhia esteja sujeita a danos financeiros, outras sanções e despesas. Em junho de 2004, a Companhia chegou a um acordo em torno de um processo antitruste de ação judicial coletiva envolvendo a venda de xarope de milho com alto teor de frutose, mediante o qual a Companhia pagará US$ 400 milhões, já incluídos como componente das despesas provisionadas no balanço patrimonial consolidado. A Companhia não constituiu provisões para cobrir possíveis multas, acordos judiciais e custos relacionados às outras ações e processos. Além disso, a administração acredita que qualquer resultado adverso que possa surgir como resultado dessas ações e desses processos legais que continuam pendentes não terá efeito adverso significativo sobre a situação financeira ou os resultados das operações da Companhia. 4 9 Relatório Anual 2004 P A R E C E R D O S A U D I T O R E S I N D E P E N D E N T E S Aos Administradores e Acionistas da Archer Daniels Midland Company Decatur, Illinois Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Archer Daniels Midland Company e subsidiárias, levantados em 30 de junho de 2004 e 2003, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa correspondentes a cada um dos três exercícios do período findo em 30 de junho de 2004, elaborados sob a responsabilidade da administração da Companhia. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board (Estados Unidos da América). Essas normas requerem o planejamento dos trabalhos e a execução dos exames de auditoria de forma a obter razoável segurança de que as demonstrações financeiras estão livres de erros materiais; a constatação, com base em testes, das evidências que suportam os valores e as informações divulgados nas demonstrações financeiras; e a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que nossos exames nos fornecem uma base razoável para nossa opinião. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Archer Daniels Midland Company e suas subsidiárias em 30 de junho de 2004 e 2003, os resultados consolidados de suas operações e os seus fluxos de caixa para cada um dos três exercícios do período findo em 30 de junho de 2004, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América. St. Louis, Missouri 4 de agosto de 2004 P á g i n a 5 0 Archer Daniels Midland Company D A D O S ( N Ã O F I N A N C E I R O S T R I M E S T R A I S A U D I T A D O S ) Trimestre Segundo Terceiro Primeiro Quarto Total (Em milhares de dólares norte-americanos, exceto valor por ação) Exercício de 2004 Vendas líquidas . . . . . . . . . $ 7.967.902 Lucro bruto . . . . . . . . . . . . 453.754 Lucro (prejuízo) líquido . . . 150.181 Por ação ordinária . . . . . 0,23 $ 9.188.504 604.294 220.821 0,34 $ 9.309.019 587.019 226.769 0,35 $ 9.685.969 $ 36.151.394 503.257 2.148.324 (103.061) 494.710 (0,16) 0,76 Exercício de 2003 Vendas líquidas . . . . . . . . . . . Lucro bruto . . . . . . . . . . . . . . Lucro (prejuízo) líquido . . . . . Por ação ordinária . . . . . . . $ 7.807.382 490.887 131.245 0,20 $ 7.908.530 414.348 116.805 0,18 $ 8.048.226 401.920 95.020 0,15 $ 6.943.895 419.983 108.075 0,17 $ 30.708.033 1.727.138 451.145 0,70 Os lucros (prejuízos) líquidos referentes aos três meses e ao exercício findos em 30 de junho de 2004 incluem despesas com vendas, gerais e administrativas de US$ 400 milhões (US$ 252 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,39 por ação) relativas ao acordo judicial referente à frutose. Os lucros (prejuízos) líquidos referentes aos três meses e ao exercício findos em 30 de junho de 2004 incluem despesas lançadas em custo de produtos vendidos de US$ 10 milhões (US$ 6 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,01 por ação) e de US$ 51 milhões (US$ 32 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,05 por ação), respectivamente, relativas a certos ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. No exercício findo em 30 de junho de 2004, os lucros líquidos incluem um ganho de US$ 21 milhões (US$ 13 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,02 por ação) de uma ação judicial relacionada a seguros, em torno da enchente de 1993. Os lucros líquidos referentes aos três meses e ao exercício findos em 30 de junho de 2003 incluem uma despesa lançada em custo de produtos vendidos de US$ 13 milhões (US$ 8 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,01 por ação), relativa a certos ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis. No exercício findo em 30 de junho de 2003, os lucros líquidos incluem um ganho de US$ 28 milhões (US$ 17 milhões depois dos impostos, ou 0,03 por ação) relativos um acordo parcial do processo antitruste de vitaminas. P R E Ç O S D E M E R C A D O D A S A Ç Õ E S O R D I N Á R I A S E D I V I D E N D O S As ações ordinárias da Companhia são registradas e negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, Bolsa de Valores de Chicago, Bolsa de Valores de Frankfurt e Bolsa de Valores da Suíça. A tabela a seguir apresenta os preços de mercado máximo e mínimo das ações ordinárias da Companhia nos períodos indicados, conforme divulgado pela Bolsa de Valores de Nova York, e de seus dividendos em moeda corrente. Preço de mercado Máximo Mínimo Dividendos em moeda corrente Por ação Exercício de 2004 – Trimestre findo em 30 de junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 17,95 31 de março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,83 31 de dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,24 30 de setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,14 $ 15,82 14,90 13,11 11,95 $ 0,075 0,075 0,060 0,060 Exercício de 2003 – Trimestre findo em 30 de junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 de março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 de dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 de setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,68 10,50 11,95 10,00 $ 0,060 0,060 0,060 0,060 $ 13,17 12,94 14,45 12,89 O número de acionistas registrados, proprietários de ações ordinárias da Companhia, era de 24.394 em 30 de junho de 2004. A Companhia espera manter sua política de pagamento regular de dividendos em moeda corrente, embora não haja garantias da distribuição de dividendos futuros, que depende de lucro futuro, das exigências de capital e da situação financeira. P á g i n a 5 1 Relatório Anual 2004 R E S U M O D E C E N A L Dados operacionais, financeiros e outros (em milhares de dólares americanos, exceto valor por ação) 2004 Dados operacionais Vendas líquidas e outras receitas operacionais . . . . . . . . . . . $ 36.151.394 Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 685.613 Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 494.710 Por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,76 Dividendos em moeda corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174.109 Por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,27 2003 2002 $ 30.708.033 643.615 451.145 0,70 155.565 0,24 $ 22.611.894 566.576 511.093 0,78 130.000 0,20 Dados financeiros Capital de giro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Índice de liquidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estoques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ativo imobilizado líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Adições ao ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Total de ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Endividamento de longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Patrimônio líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.588.759 5,51 1,5 4.591.648 5.254.738 620.633 19.368.821 3.739.875 7.698.216 11,83 $ 3.274.385 5,08 1,6 3.550.225 5.468.716 1.245.910 17.182.879 3.872.287 7.069.197 10,96 $ 2.770.520 4,26 1,6 3.255.412 4.890.241 596.559 15.379.335 3.111.294 6.754.821 10,39 Outros Média ponderada das ações em circulação (em milhares) . . . Número de acionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Número de empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 647.698 24.394 26.317 646.086 25.539 26.197 656.955 26.715 24.746 Os dados de ações e por ação foram ajustados segundo a divisão das ações na proporção de três por duas, em dezembro de 1994, aplicando-se dividendos anuais de 5% no período de setembro de 1996 a setembro de 2001. P á g i n a 5 2 Archer Daniels Midland Company 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 $ 19.483.211 572.390 383.284 0,58 125.053 0,19 $ 18.612.423 604.229 300.903 0,45 120.001 0,18 $ 18.509.903 584.965 265.964 0,39 117.089 0,17 $ 19.832.594 526.813 403.609 0,59 111.551 0,16 $ 18.104.827 446.412 377.309 0,55 106.990 0,15 $ 17.981.264 393.605 695.912 0,99 90.860 0,13 $ 15.576.471 384.872 795.915 1,10 46.825 0,06 $ 2.283.320 3,45 1,6 2.631.885 4.920.425 318.168 14.339.931 3.351.067 6.331.683 9,56 $ 1.829.422 2,76 1,4 2.822.712 5.277.081 475.396 14.471.936 3.277.218 6.110.243 9,20 $ 1.949.323 2,89 1,5 2.732.694 5.567.161 825.676 14.029.881 3.191.883 6.240.640 9,24 $ 1.734.411 2,50 1,5 2.562.650 5.322.704 1.228.553 13.833.534 2.847.130 6.504.912 9,38 $ 2.035.580 3,00 1,9 2.094.092 4.708.595 1.127.360 11.354.367 2.344.949 6.050.129 8,92 $ 2.751.132 3,95 2,7 1.790.636 4.114.301 801.426 10.449.869 2.002.979 6.144.812 8,82 $ 2.540.260 3,56 3,2 1.473.896 3.762.281 657.915 9.756.887 2.070.095 5.854.165 8,20 664.507 27.918 22.834 669.279 29.911 22.753 685.328 31.764 23.603 686.047 32.539 23.132 690.352 33.834 17.160 702.012 35.431 14.811 724.610 34.385 14.833 P á g i n a 5 3 Relatório Anual 2004 D I R E T O R E S G. Allen Andreas David J. Mimran Presidente do Conselho de Administração e Diretor-Presidente O Sr. Andreas, 61 anos, entrou na ADM em 1973 e ocupou cargos em operações locais e internacionais antes de ser nomeado Presidente e Diretor-Presidente, em 1997. Havia sido eleito Diretor em 1997. Depois, foi nomeado Presidente do Conselho de Administração, em 1999. O Sr. Andreas preside o Comitê Executivo. Vice-presidente do Conselho de Administração da Milestone Merchant Partners, LLC. O Sr. Mimran, 37 anos, atua na Diretoria do C.B.A.O., um grupo bancário da África ocidental. Além disso, participa dos Conselhos da Eurafrique, Sometra e Cavpa (todas parte de um conglomerado internacional de processamento de alimentos e comércio e transporte de grãos). Ele também integra o Conselho da Ample Communications, Inc. O Sr. Mimran ingressou no Conselho da ADM em 1999 e participa do Comitê de Auditoria. Mollie Hale Carter Presidente do Conselho de Administração do Sunflower Bank e Vice-Presidente da Star A, Inc. (atividades agropecuárias) A Sra. Carter, 42 anos, ingressou no Conselho de Administração da ADM em 1996 e também é Diretora da Westar Energy. Ela preside os Comitês de Indicações e de Governança Corporativa. A Sra. Carter também participa dos Comitês de Auditoria e Remuneração/Sucessão. Patrick J. Moore Presidente do Conselho de Administração, Presidente e Diretor-Presidente da Smurfit-Stone Container Corporation (fabricante de papelão e produtos de papel para embalagen) O Sr. Moore, 50 anos, entrou no Conselho da ADM em 2003 e é membro dos Comitês de Auditoria e Remuneração/Sucessão. Roger S. Joslin Ex-Vice-Presidente do Conselho de Administração da State Farm Mutual Automobile Insurance Company O Sr. Joslin, 68 anos, é membro do Conselho da Administração da Amlin, plc, do BroMenn Healthcare System, da Second Presbyterian Church Foundation e da The Social Compact. Ele também é curador da Illinois Wesleyan University. Ingressou no Conselho da ADM em 2001, preside o Comitê de Auditoria e atua no Comitê de Indicações/Governança Corporativa. P á g i n a M. Brian Mulroney Sócio Sênior da Ogilvy Renault (escritório de advocacia) O Sr. Mulroney, 65 anos, também é Diretor da Barrick Gold Corporation, da TrizecHahn Corporation, da Cendant Corporation, da AOL Latin America, Inc., da Quebecor, Inc. e da Quebecor World, Inc. Anteriormente, o Sr. Mulroney foi Primeiro Ministro do Canadá. Ingressou no Conselho da ADM em 1993 e atua no Comitê Executivo. 5 4 Archer Daniels Midland Company John K. Vanier Presidente, Western Star Ag. Resources, Inc. (investimentos e pecuária) O Sr. Vanier, 76 anos, participa do Conselho da ADM desde 1978 e é membro dos Comitês Executivo, de Indicações/Governança Corporativa e Remuneração/Sucessão. Diretor Emérito Dwayne O. Andreas - Presidente Emérito do Conselho de Administração O. Glenn Webb Fazendeiro O Sr. Webb, 68 anos, aposentou-se como Presidente do Conselho e Presidente da Growmark, Inc., uma cooperativa de fazendeiros. O Sr. Webb também participa da Diretoria do CoBank. Ele ingressou no Conselho da ADM em 1991 e atualmente é o Vice-Presidente do Conselho. Também preside o Comitê de Remuneração/Sucessão e atua nos Comitês Executivo e de Indicações/Governança Corporativa. Kelvin R. Westbrook Presidente e Diretor-Presidente da Millennium Digital Media, LLC (empresa de serviços de banda larga) O Sr. Westbrook, 49 anos, também é Diretor da Angelica Corporation e da BJC Healthcare. Ele entrou no Conselho da ADM em 2003 e participa dos Comitês de Auditoria e Indicações/Governança Corporativa. P á g i n a 5 5 Relatório Anual 2004 D I R E T O R E S E X E C U T I V O S Paul L. Krug, Jr. Vice-Presidente (Operações a Futuro com Commodities) G. Allen Andreas Presidente do Conselho de Administração e Diretor-Presidente Margaret M. Loebl Vice-Presidente do Grupo (Finanças) Paul B. Mulhollem Presidente e Diretor de Operações Steven R. Mills Vice-Presidente do Grupo e Controller David J. Smith Vice-Presidente Executivo, Secretário e Conselheiro Geral Raymond V. Preiksaitis Vice-Presidente do Grupo (Tecnologia da Informação) Lewis W. Batchelder Vice-Presidente Sênior (Serviços Agrícolas) Maureen K. Ausura Vice-Presidente (Recursos Humanos) William H. Camp Vice-Presidente Sênior (Processamento de Sementes Oleaginosas, Cacau e Moagem) J. Kevin Burgard Vice-Presidente (Operações na Europa) Brian F. Peterson Vice-Presidente Sênior (Assuntos Corporativos) John D. Rice Vice-Presidente Sênior (Processamento de Milho e Alimentos Especiais) Douglas J. Schmalz Vice-Presidente Sênior e Diretor Financeiro Edward A. Harjehausen Vice-Presidente do Grupo (Moagem de Milho, Bioprodutos e Rações) John G. Reed, Jr. Vice-Presidente (Assuntos Governamentais) Kenneth A. Robinson Vice-Presidente (Gestão de Risco em Commodities) Mark J. Cheviron Vice-Presidente (Segurança e Serviços Corporativos) Craig A. Fischer Vice-Presidente (Processamento de Trigo) Dennis C. Garceau Vice-Presidente (Manufatura e Serviços Técnicos) Craig E. Huss Vice-Presidente (Transporte e Logística) Matthew J. Jansen Vice-Presidente (Operações na América do Sul) P á g i n a 5 6 Michael Lusk Vice-Presidente (Seguros e Gestão de Risco) Scott A. Roney Vice-Presidente (Conformidade e Ética) A. James Shafter Vice-Presidente e Conselheiro Geral Assistente Stephen Yu Vice-Presidente (Operações na Região Ásia-Pacífico) Ronald S. Bandler Tesoureiro-Assistente Scott A. Roberts Secretário-Assistente e Conselheiro Geral Assistente Marc A. Sanner Controller-Assistente Archer Daniels Midland Company I N F O R M A Ç Õ E S A O S Bolsas de valores As ações ordinárias da Archer Daniels Midland Company são registradas e negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, na Bolsa de Valores de Chicago, na Bolsa de Valores de Frankfurt e na Bolsa de Valores da Suíça. Símbolo na Bolsa: ADM. Agente de transferência e de registros Hickory Point Bank & Trust, fsb P. O. Box 2548 225 North Water Street Decatur, IL 62523 888/740-5512 Auditores independentes Ernst & Young LLP, St. Louis, MO Convocação para assembléia anual A assembléia anual de acionistas da Companhia será realizada no James R. Randall Research Center, 1001 Brush College Road, no dia 4 de novembro de 2004, tendo início às 11h da manhã. A assembléia anual de acionistas será transmitida ao vivo pela Internet em www.admworld.com/AnnualMeeting/. Serão solicitadas procurações de voto pela diretoria no dia 22 de setembro de 2004, ou em torno dessa data, quando uma declaração de procuração de voto e o formulário de voto por procuração serão enviados aos acionistas. A C I O N I S T A S Endereço para correspondência Archer Daniels Midland Company P. O. Box 1470 Decatur, IL 62525 U.S.A. Telefone Relações com os investidores: 217/424-4647 Internet www.admworld.com Cópias do relatório anual da Companhia à Comissão de Títulos e Valores dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission) no Formulário 10-K estarão disponíveis aos acionistas sem qualquer custo, mediante solicitação por escrito ao Departamento de Relações com os Investidores. A Archer Daniels Midland Company é um empregador que oferece oportunidades iguais para todos os funcionários. Declaração de isenção de responsabilidade Este relatório anual contém informações prospectivas que estão sujeitas a certos riscos e incertezas que podem levar os resultados reais a divergir significativamente dos projetados, expressos ou implícitos nessas informações prospectivas. Em alguns casos, pode-se identificar as declarações prospectivas pelo uso das palavras como "pode ser, fará, deverá, prevê, acredita, espera, planeja, futuro, pretende, poderia, estima, prevê, potencial ou contingente", a negativa desses termos ou outras expressões similares. Os resultados reais da Companhia podem ser substancialmente diferentes daqueles discutidos ou implícitos neste relatório. Os fatores que podem causar essas diferenças, ou contribuir para isso, incluem, entre outros, aqueles discutidos no Formulário 10-K da Companhia referentes ao exercício social findo em 30 de junho de 2004. Entre esses riscos estão mudanças na legislação, nos preços de alimentos, rações e outras commodities, inclusive gasolina, e as condições macroeconômicas em várias partes do mundo. Até onde a lei aplicável permite, a Companhia não assume nenhuma obrigação de atualizar qualquer informação prospectiva como resultado de novas informações ou eventos futuros. 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