O Vínculo Essencial

Transcrição

O Vínculo Essencial
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I
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A
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U
A
O Vínculo Essencial
L
2
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0
4
Um dos maiores processadores agrícolas do mundo, a Archer
Daniels Midland Company provê o vínculo essencial entre
os fazendeiros e os consumidores. Com uma rede global de
26.000 empregados e mais de 700 instalações de processamento,
instalações de fornecimento e escritórios de vendas em 60 países,
a ADM é um dos maiores processadores de sementes oleaginosas,
milho, trigo e cacau de todo o mundo.
A ADM registrou, no exercício de 2004 (encerrado em 30 de
junho), vendas líquidas de US$ 36,2 bilhões, com crescimento
em relação aos US$ 30,7 bilhões em 2003, enquanto o lucro
líquido aumentou para US$ 495 milhões, ante US$ 451 milhões,
ou US$ 0,76 por ação, uma alta de 9 % em relação aos US$ 0,70
por ação um ano atrás. No exercício de 2004, o Conselho de
Administração aumentou a taxa anualizada de dividendos para
US$ 0,30 por ação, em comparação com US$ 0,24 por ação.
Excluindo-se os US$ 400 milhões (US$ 252 milhões depois dos
impostos, ou US$ 0,39 por ação) do acordo judicial lançado no
exercício de 2004, o lucro líquido foi de US$ 747 milhões, ou
US$ 1,15 por ação.
ÍNDICE
Destaques Financeiros . . . . . . . . . .1
Carta aos Acionistas . . . . . . . . . . .2
ADM – O Vínculo Essencial . . . . . . .4
As vendas da ADM abrangem uma ampla gama de produtos
agrícolas, de commodities como o farelo de soja, vendida
por tonelada, a ingredientes de maior valor, como a lisina,
vendida em gramas. No exercício de 2004, os cinco produtos
da Companhia com maior faturamento em dólar foram farelo
protéico, óleo vegetal, etanol, produtos de cacau e farinha de
trigo. Seus clientes incluem fabricantes globais de produtos
alimentícios, processadores de alimentos, empresas dos setores
de petróleo e industrial.
Processamento de Sementes
Oleaginosas . . . . . . . . . . . . .6
Processamento de Milho . . . .10
Outros Ingredientes para
Alimentos e Rações . . . . . .14
Serviços Agrícolas . . . . . . . . .18
Análise Financeira (MD&A) . . . .23
Demonstrações Financeiras
e Notas Explicativas . . . . . . . .33
Dados Trimestrais . . . . . . . . . . .51
A ADM aumenta o valor de seu fluxo de produtos por meio de
processos de esmagamento, moagem, trituração, fermentação,
extração e separação, que são etapas incrementais em uma
longa cadeia de valor. Os serviços prestados por fontes de
fornecimento, de distribuição e rastreamento acrescentam ainda
mais valor à agricultura, ao atender às necessidades de uma
base de clientes que valoriza a qualidade, ora em consolidação.
Em alguns casos, a ADM chega à ponta da cadeia de valor, ao
fornecer ao varejo produtos com marcas dos clientes ou da
própria ADM.
Resumo Decenal . . . . . . . . . . . .52
Diretores e Executivos . . . . . . . .54
Informações para
os Acionistas . . . . .Parte interna
da contracapa
D E S T A Q U E S
F I N A N C E I R O S
2004
2003
(Em milhares de dólares, exceto dados por ação)
Vendas líquidas e outras receitas operacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Dividendos em moeda corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Adições ao ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Capital de giro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ativo imobilizado líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Exigível a longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Patrimônio líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$ 36.151.394
494.710
174.109
620.633
685.613
3.588.759
5.254.738
3.739.875
7.698.216
$ 30.708.033
451.145
155.565
1.245.910
643.615
3.274.385
5.468.716
3.872.287
7.069.197
Média ponderada das ações em circulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
647.698.000
646.086.000
Por ação ordinária
Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Dividendos em moeda corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Capital de giro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Patrimônio líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$ 0,76
0,27
5,51
11,83
$ 0,70
0,24
5,08
10,96
Número de acionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Número de funcionários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
24.394
26.317
25.539
26.197
Lucro por Ação
Dividendos em Moeda Corrente
Patrimônio líquido
Em US$
Em US$ milhões
Em US$ bilhões
0,78
7,70
174
0,76
0,70
156
0,58
120
125
130
2000
2001
2002
6,11
6,33
2000
2001
6,75
7,07
0,45
2000
2001
2002
2003
2004
p á g i n a
1
2003
2004
2002
2003
2004
ADM Relatório Anual 2004
P R E Z A D O S
A C I O N I S T A S :
O ano passado apresentou desafios substanciais e oportunidades significativas para o setor agrícola.
Condições climáticas adversas, pragas de insetos e fungos em plantações reduziram as safras de
sementes oleaginosas tanto na América do Norte quanto na América do Sul. A crescente demanda
por commodities nas economias da região do Pacífico asiático, em rápido crescimento, causou uma
extrema volatilidade nos preços e precipitou a falta de equipamentos de transporte. Um surto de
gripe aviária exigiu o sacrifício de milhões de cabeças, com impacto negativo na demanda global por
ração para aves. Uma mudança nos hábitos alimentares dos consumidores, que passaram a preferir
produtos com baixo nível de carboidratos, reduziu a procura por farinha de trigo e expandiu o
consumo de proteínas. A rápida elevação dos preços do petróleo aumentou os custos de energia e
estimulou a demanda por combustíveis ambientalmente limpos, econômicos e renováveis produzidos
pela agricultura.
Apesar desse ambiente caótico, o crescimento dos mercados de nutrição e energia continuou a
acompanhar o aumento da população mundial e a elevação do padrão de vida. Na ADM, mantivemos
o foco em tendências de longo prazo na demanda por nossos produtos e nos esforçamos por
posicionar a Companhia de forma a aproveitar as oportunidades de aumentar a produção de
ingredientes com margens mais elevadas. No ano, nossa administração novamente se mostrou
bem-sucedida no enfrentamento dos problemas que se apresentaram e produziu uma sólida melhoria
nos resultados operacionais da nossa incomparável rede de recursos globais.
No exercício de 2004, a ADM registrou um aumento de 9% nos lucros, que totalizaram US$ 495 milhões,
ou US$ 0,76 por ação, ante US$ 451 milhões, ou US$ 0,70 por ação, em 2003. As vendas líquidas
cresceram 18% e chegaram a US$ 36 bilhões, os lucros operacionais expandiram-se 56%, indo a
US$ 1,56 bilhão, e o patrimônio líquido aumentou 9% e atingiu US$ 7,7 bilhões. Os dividendos em
moeda corrente para os acionistas tiveram um aumento anualizado de US$ 0,30 por ação, e
procedemos a uma revisão em nossos segmentos de negócios para melhorar a divulgação de
informações financeiras para os investidores. Fechamos o ano com um balanço patrimonial mais
sólido, maior liquidez e redução substancial nas obrigações contingenciais.
No ano passado, continuamos a fortalecer a governança corporativa da Companhia e a aumentar
o investimento em nossos funcionários, com a expansão de programas de treinamento globais.
Intensificamos a concentração do foco na segurança de nossas instalações operacionais e, com isso,
obtivemos uma redução ainda maior nas interrupções de atividades em função de acidentes.
p á g i n a
2
Reconhecendo o papel da ADM como um vínculo
essencial entre a comunidade rural e os mercados
globais, nossa prioridade número 1 foi o
aprofundamento dos relacionamentos com clientes
e fornecedores. Ao longo do ano, nossos clientes
apontaram a ADM como seu fornecedor preferido de
proteína de soja, grãos, gorduras e óleos. Além disso,
pela terceira vez consecutiva a ADM foi o Fornecedor de Óleo Vegetal do Ano da Frito-Lay. Está claro que
nossos esforços renovados para conquistar níveis máximos de satisfação do cliente geram crescimento e criam
novas oportunidades para expandir nossos mercados.
Esquerda;
G. Allen Andreas
Presidente do Conselho e
Diretor-Presidente
No que diz respeito às nossas expectativas para 2005, a ADM está posicionada para capitalizar as mudanças
nas características da paisagem agrícola. E, a cada dia, esperamos criatividade e inovação da equipe da ADM.
Nossos empregados estão voltados para maximizar os recursos da Companhia, de forma a agregar valor para
a agricultura e criar valor para os nossos acionistas. O próximo ano traz a promessa de grandes oportunidades
Direita;
Paul B. Mulhollem
Presidente e Diretor
de Operações
para atingir essas duas metas. Agradecemos sua confiança continuada em nosso futuro.
Atenciosamente,
G. Allen Andreas
Presidente do Conselho e Diretor-Presidente
Paul B. Mulhollem
Presidente e Diretor de Operações
p á g i n a
3
ADM Relatório Anual 2004
A D M
–
O
V Í N C U L O
E S S E N C I A L
Em última instância, todo comércio começa com a capacidade do homem de extrair riquezas da
natureza. O minério de ferro gera o aço, que cria carros e arranha-céus. A bauxita se transforma em
alumínio, para criar o setor de transporte aéreo. O petróleo bruto é refinado para mover caminhões
e pavimentar as rodovias por onde eles trafegam.
O processamento agrícola segue o mesmo padrão. E, nele, a Archer Daniels Midland Company
proporciona o vínculo essencial entre o fazendeiro e o consumidor. A ADM adiciona o primeiro valor
incremental à produção do fazendeiro, com fontes de fornecimento, armazenagem, processamento,
distribuição e comercialização das matérias-primas da natureza. A ADM converte a soja em farelo
para ração animal e óleo para salada, da mesma forma que transforma o milho em etanol combustível
e adoçantes para bebidas não-alcoólicas. A ADM desenvolve fontes de fornecimento de cacau e
fornece chocolate, enquanto o processamento do trigo leva à entrega de farinha para as companhias
de panificação.
A ADM está buscando uma estratégia equilibrada para preservar e construir suas posições de
liderança em um mercado global em crescimento. O agronegócio é um dos poucos setores com
um potencial de expansão praticamente ilimitado. Conforme a população e os níveis de renda
aumentam, a demanda por proteína e alimentos de melhor qualidade também cresce. A curto
prazo, os movimentos de oferta e demanda podem sofrer impacto de condições climáticas, políticas
governamentais e mudanças de hábitos alimentares, mas a tendência de longo prazo é de crescimento.
A Companhia está em uma posição única para atender a essa demanda universal, com recursos
insuperáveis para aumentar o valor dos produtos agrícolas.Nós oferecemos uma rede global de
instalações de processamento e distribuição e o conhecimento do mercado para casar a oferta
e a demanda. Dominamos os processos de larga escala, que produzem toneladas de alimentos,
e a tecnologia que gera os ingredientes de alto valor vendidos em gramas. A incomparável rede de
recursos, instalações e profissionais experientes da ADM permite à Companhia adaptar-se rapidamente
aos desafios. Nós administramos a volatilidade do dia-a-dia sem perder de vista os padrões de
crescimento a longo prazo, que são a essência do nosso negócio.
Na maior parte do mundo, é bem difícil passar um dia sem contato com a ADM. Dos ingredientes
para rações com altos teores protéicos, usadas para alimentar os animais que suprirão a demanda
mundial por carnes, aos adoçantes que dão sabor a milhares de alimentos, do etanol que ajuda a
movimentar carros e caminhões até a tinta que estampa as palavras nesta página, a ADM é o vínculo
essencial entre o fazendeiro e a economia global.
p á g i n a
4
A ADM adiciona valor a
cada saca de milho, ao
transformar o amido
de milho em bio-produtos
como lisina e treonina,
usados em ração animal.
p á g i n a
5
ADM Relatório Anual 2004
PROCESSAMENTO DE SEMENTES OLEAGINOSAS
Os avanços da ADM no processamento de sementes oleaginosas retratam a transformação da
Companhia, de um processador com sede nos Estados Unidos e capacidade exportadora em um
verdadeiro processador internacional com sistemas de produção e distribuição locais.
Maiores investimentos na América do Sul refletem a emergência dessa região como o maior produtor
de soja. Nos últimos anos, a ADM aumentou seus investimentos no Brasil, na Argentina, no Paraguai
e na Bolívia, totalizando 111 instalações. Ao mesmo tempo, nós e nossos sócios em joint-ventures
aumentamos a capacidade de processamento na China e em outras partes da Ásia, onde a demanda
por ração protéica orienta-se pelo aumento das populações e da prosperidade, que criam demanda
por aves e suínos. A ADM, por meio de participações em joint-ventures, é o maior processador de
soja da China, tendo aumentado significativamente sua capacidade nos dois últimos anos.
A Companhia também está investindo em instalações de processamento de outras sementes
oleaginosas na China.
As decisões de investimento baseiam-se tanto na demanda potencial quanto nos padrões de
crescimento de cada região específica. Na América do Sul, a capacidade de processamento é ampla,
mas a produção e a exportação de soja ainda podem crescer. Mercados em expansão na China
Lucro Operacional
Em US$ milhões
se traduzem em necessidades de capacidade a longo prazo, enquanto a Europa Ocidental e a
América do Norte representam mercados maduros, nos quais o investimento se orienta por
388
demandas por eficiência.
337
291
A alocação de ativos é um processo contínuo de equilibrar fatores de curto e longo prazos, incluindo
mudanças bruscas na demanda por safras específicas e o equilíbrio geográfico dessas demandas.
No exercício de 2004, por exemplo, a oferta relativamente baixa de soja acarretou substanciais
aumentos no preço das sementes oleaginosas. No decorrer do ano, contudo, a emergência da gripe
aviária na China levou a uma aguda redução da demanda e dos preços do farelo de alto teor
2002
2003
2004
19%
Produtos Primários
Posição Competitiva
Farelo de alto teor protéico e óleos vegetais
produzidos a partir de soja, canola, semente de
girassol, palma, algodão, amendoim, coco e
outras sementes oleaginosas. O farelo é usado,
principalmente, na alimentação animal, enquanto
os óleos são vendidos como ingredientes de óleo
para salada e outros produtos alimentícios.
Um dos maiores processadores de
sementes oleaginosas do mundo,
com posições de liderança nos
Estados Unidos, na Europa, na China
e em outros mercados importantes.
Posição de liderança em evolução
na América do Sul e na Ásia.
Porcentagem do Lucro
Operacional Total
p á g i n a
6
A ADM processa sementes
Avanços-Chave
Expansão continuada da posição mercadológica
na América do Sul, incluindo novas instalações
de fornecimento e exportação.
Expansão na Ásia, com novas instalações e
novos produtos.
Participação crescente em mercados de óleos
com nível zero/baixos teor de gordura trans,
que estão em expansão.
p á g i n a
oleaginosas, gerando uma
grande variedade de produtos
de óleo vegetal, tornando mais
saborosos e saudáveis os
ingredientes culinários,
temperos para salada, molhos
e produtos alimentícios.
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ADM Relatório Anual 2004
P R O C E S S A M E N T O
D E
S E M E N T E S
O L E A G I N O S A S
protéico para aves. Embora se possa esperar volatilidade a curto prazo, estamos fortemente
comprometidos com a nossa estratégia de longo prazo de crescimento nesses mercados.
A adaptabilidade da ADM é sustentada pela amplitude e pela profundidade de nossos produtos e
mercados. Além de soja, processamos, para nossos clientes, sementes de algodão, de girassol, canola,
amendoim, semente de linhaça e outras oleaginosas. As sementes oleaginosas são esmagadas para
produzir óleos utilizados em tempero para salada, margarinas, banha, produtos químicos, tintas para
pintura e impressão e outros produtos industriais, enquanto o farelo é um ingrediente fundamental
na alimentação de semoventes e aves.
Sementes oleaginosas são também matéria-prima para o mercado europeu de biodiesel,
em crescimento. O óleo de canola é o biodiesel preferido na Europa, devido a vantagens de
desempenho, e a ADM opera instalações de esmagamento de canola na Europa e nos Estados
Unidos. Investimentos adicionais em instalações de processamento serão orientados por
tendências da demanda por biodiesel.
Os padrões da demanda por esses produtos oscilam de acordo com os padrões de crescimento
econômico, câmbio, hábitos alimentares e usos alternativos. Mudanças bruscas nas preferências
alimentares podem refletir tendências de longo prazo ou modismos de curta duração, e só o tempo
pode diferenciar os dois fenômenos. A ADM atende a padrões de demanda oscilantes com a oferta
de uma ampla gama de óleos vegetais a seus clientes, de grandes volumes de óleos de soja e
palma a óleos que levam marcas, como os nossos Enova™ e Nova-Lipid™. A ADM ajusta seu mix
de produtos e estágios de processamento para responder a mudanças de curto prazo na demanda
gerada por seus clientes e procura assumir compromissos de capital de longo prazo só para responder
ADM Relatório Anual 2004
a tendências que sejam, por natureza, também de longo prazo.
p á g i n a
8
Com o crescimento das economias
e o aumento da riqueza, as pessoas
procuram acrescentar proteína a suas
dietas, inclusive carnes produzidas
a partir de farelo vegetal de alto teor
protéico. A ADM continua investindo
no mercado de ração protéica,
expandindo suas competências no
fornecimento de soja na América do Sul
e sua capacidade de processamento
na Ásia.
p á g i n a
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P R O C E S S A M E N T O
D E
M I L H O
Como o maior processador de milho do mundo, a ADM beneficia-se da crescente demanda por essa
versátil cultura. Com sete principais instalações de processamento na América do Norte, a Companhia
oferece aos fazendeiros amplas oportunidades de agregar valor a sua colheita. Ao desenvolver novos
produtos, expandimos oportunidades de mercado e maximizamos nossa competência de alternar a
produção entre diversos fluxos de valor.
O milho é moído, produzindo amido, óleo e alimentos e rações a base de glúten. O óleo é processado
para criar produtos como óleos para salada e de cozinha, ao passo que o amido, que representa mais
de metade de cada saca de milho, é processado para a obtenção de diversos adoçantes e fermentado
para produzir etanol ou uma extensa linha de ingredientes para alimentos e rações. Recentemente, a
ADM celebrou uma joint-venture para converter amido em fermento para panificação.
Os adoçantes incluem xarope de milho com alto teor de frutose, usado em bebidas e outros produtos
alimentícios. O uso do milho em substituição aos adoçantes à base de açúcar já é um mercado bem
estabelecido na América do Norte. O xarope de milho com alto teor de frutose é virtualmente
idêntico ao açúcar no que diz respeito ao número de calorias e ao sabor, o que faz dele uma
alternativa atraente para muitas aplicações.
Lucro Operacional
Em US$ milhões
661
As tendências da demanda por adoçantes de milho, açúcar, carboidratos e outros alimentos
provavelmente serão cada vez mais influenciadas por preocupações com saúde e nutrição em todo
o mundo. A ADM continua comprometida com os adoçantes à base de milho como ingrediente
nutricionalmente adequado em produtos alimentícios. Nesse meio tempo, mantemos flexibilidade
para nos adaptar às mudanças nos padrões da demanda, caso elas ocorram.
359
192
2002
2003
2004
42%
Produtos Primários
Posição Competitiva
Adoçantes, incluindo xarope de milho com alto
teor de frutose. Bio-produtos, entre eles etanol
usado para aumentar a octanagem da gasolina
e produtos especiais, como aditivos alimentares
(lisina, treonina) e ácido cítrico.
O maior processador mundial de milho,
com a maior participação nos mercados
de xarope de milho com alto teor de
frutose e de etanol.
Porcentagem do Lucro
Operacional Total
p á g i n a
1 0
O processamento de milho da
ADM para produzir adoçantes,
como o xarope de milho com alto
teor de frutose, cria um mercado
de aproximadamente 270 milhões
de sacas de milho por ano nos
Estados Unidos. Oferecendo a
mesma qualidade e o mesmo
sabor do açúcar natural, além
Avanços-Chave
O mercado de adoçantes apresenta um crescimento moderado e força
nos preços, apesar do crescimento lento na ponta do consumo.
Os elevados preços da energia e a implementação de regulamentações
ambientais impulsionam o crescimento da demanda por etanol em todo
o território dos Estados Unidos.
Os preços dos alimentos com alto teor protéico estimulam uma forte
demanda por lisina e treonina como aditivos alimentares.
Benefícios, registrados ao longo de todo o ano, decorrentes da aquisição
e integração do processador de milho MCP, em 2003, a maior
aquisição da ADM.
p á g i n a
1 1
de ser mais econômico, o xarope
de milho com alto teor de frutose
é largamente utilizado tanto por
empresas fabricantes de bebidas
quanto por consumidores como
seu adoçante favorito.
ADM Relatório Anual 2004
P R O C E S S A M E N T O
D E
M I L H O
A produção de etanol para combustíveis veiculares é um componente cada vez mais importante do
negócio de processamento de milho, com um atraente potencial a longo prazo. Com a disparada dos
preços do petróleo no exercício de 2004, a demanda por etanol e seus preços também aumentaram,
o que resultou em volumes e lucros mais altos no segmento desse combustível renovável. Ao mesmo
tempo, é importante observar que as tendências de curto prazo nos preços do petróleo surtem
impacto relativamente pequeno na utilização do etanol.
Os principais motores da demanda por etanol relacionam-se às necessidades de octanagem e
preocupações ambientais. As vendas de etanol aumentaram na medida que estados e cidades
eliminaram um aditivo de combustíveis alternativo, o MTBE. A ADM expandiu sua capacidade para
atender a mercados anteriormente dependentes do MTBE, entre os quais se incluem a Califórnia,
Nova York, Connecticut e outros importantes estados. Em alguns estados, o etanol é misturado à
gasolina reformulada, para reduzir as emissões de monóxido de carbono. O etanol também é
misturado à gasolina para aumentar a sua octanagem.
A ADM já é a maior produtora de etanol da América do Norte. A Companhia equilibrou a produção
de suas usinas e limitou sua expansão de capacidade nesse segmento. Recentes incrementos de
capacidade provenientes de cooperativas rurais permitiram que o setor atendesse ao forte crescimento
da demanda. Expandimos tanto a capacidade de moagem de milho quanto a de produção de etanol
no exercício de 2003, com a aquisição da Minnesota Corn Processors, uma importante operação de
moagem de milho. Ganhos de eficiência e cortes de custos no exercício de 2003 sustentaram um
padrão bem-sucedido de sinergias estabelecido um ano antes e asseguraram nossa posição como
produtor de etanol com custos baixos.
Além do etanol, os bio-produtos da ADM incluem uma ampla gama de ingredientes para alimentos
ADM Relatório Anual 2004
e rações. A lisina e a treonina são aminoácidos usados como aditivos em rações para aves e suínos,
e a astaxantina dá a coloração rosada dos salmões criados em fazendas. Os altos preços do farelo
proteico no exercício de 2004 contribuíram para o aumento da demanda por lisina e treonina como
ingredientes de ração – e também seus preços. A goma xantana, a maltodextrina e o ácido láctico
também se destinam a segmentos específicos do mercado. O ácido cítrico é produzido e vendido
como acidulante para alimentos e outros produtos. Esse largo espectro de bio-produtos oferece
oportunidades atraentes para a expansão do fluxo de valor na cadeia do milho e o aumento dos
retornos de capital incrementais da ADM.
p á g i n a
1 2
Os fazendeiros americanos suprem
as necessidades energéticas
dos motoristas por meio de um
combustível renovável e ecológico
– o etanol. A demanda por etanol
continua a crescer nos Estados
Unidos, na medida em que as
instalações de processamento da
ADM criam o vínculo essencial entre
o fazendeiro e um meio ambiente
mais limpo.
p á g i n a
1 3
O U T R O S I N G R E D I E N T E S PA R A A L I M E N T O S E R A Ç Õ E S
Os ingredientes para alimentos e rações da ADM demonstram o escopo completo de competências
da Companhia, que faz dela o vínculo essencial na cadeia de suprimento de alimentos. Investimentos
eficazes e disciplinados em ativos imobilizados, pesquisa e desenvolvimento e relacionamento com
os clientes são condutores-chave de oportunidades e lucratividade nesses mercados.
Depois de vários anos de investimento e consolidação, a ADM emergiu como líder mundial em
processamento de cacau. A partir de fontes de fornecimento e instalações de processamento em
cinco continentes, fornecemos cacau em pó, licor, manteiga, blocos de chocolate e produtos de
chocolate com marcas dos clientes, em todo o mundo.
Para maximizar as oportunidades de crescimento, a ADM concentra-se cada vez mais em serviços
adicionais e fatores de relacionamento que aproximam mais a Companhia de clientes já ativos e
atraem novos clientes para a nossa rede. Além de formulações específicas de produtos, a lealdade
do cliente baseia-se em entregas pontuais e adequadas às suas necessidades, garantia de qualidade,
coordenação de pesquisa e prestação de serviços e suporte contínua.
Os mesmos fatores se aplicam ao negócio de processamento de trigo. As 46 instalações da ADM
Lucro Operacional
Em US$ milhões
nos Estados Unidos, Caribe, Canadá e Reino Unido produzem farinha de trigo para companhias
de panificação, empresas alimentícias, o segmento de food service e o varejo. A ADM responde
às demandas do mercado, em alguns casos com o desenvolvimento de marcas personalizadas,
276
261
inclusive farinhas com alto teor protéico, para clientes específicos.
213
2002
2003
2004
17%
Produtos Primários
Posição Competitiva
Cacau, farinho de trigo, ingredientes alimentícios
(concentrados e isolados de soja), neutracêuticos
(fitosteróis, fonte natural de vitamina E)
e produtos industriais.
Um das maiores processadores
de cacau e trigo do mundo, com
crescente penetração em nichos
de mercado para ingredientes
alimentícios e aditivos industriais
derivados de produtos agrícolas.
Porcentagem do Lucro
Operacional Total
p á g i n a
1 4
Os produtores de trigo buscam
novos mercados para suas e
colheitas e expansão naqueles
em que já atuam, contando
com a ADM para identificar
novas oportunidades e clientes
para a farinha de trigo. Cada
vez mais, a ADM oferece às
panificadoras e outros clientes
Avanços-Chave
formulações específicas,entre
A receita e a lucratividade obtidas no segmento
de cacau crescem conforme a racionalização da
capacidade do setor, e a ADM expande seu mix
de receitas com produtos de chocolate acabados
e semi-acabados.
As margens obtidas no segmento de farinha de
trigo estão se recuperando em relação aos níveis
de 2003, quando estavam deprimidas.
As dietas de baixo teor de carboidratos aumentam
a demanda por produtos protéicos especiais.
as quais se incluem farinhas
p á g i n a
com alto teor protéico e baixo
teor de carboidratos.
1 5
ADM Relatório Anual 2004
O U T R O S
I N G R E D I E N T E S
P A R A
A L I M E N T O S
E
R A Ç Õ E S
A demanda per capita por farinha de trigo caiu consecutivamente nos últimos três anos, uma tendência
ligada à ampliação da vida de prateleira de produtos panificados e a recente ênfase em dietas de
baixos teores de carboidrato e altos teores de proteína. Embora possam reduzir a demanda por
farinha de trigo, as dietas de baixos teores de carboidrato também podem estimular as vendas de
alimentos contendo altos teores de proteína de soja, assim como animais alimentados com farelo
com alto teor de proteína contendo soja ou milho suplementado com lisina e treonina.
Os produtos e ingredientes especiais derivados da soja incluem concentrados de soja (70% de proteína)
e isolados de soja (90% de proteína), usados como aprimoramentos funcionais e nutricionais em
uma grande variedade de produtos alimentícios. Além disso, a ADM desenvolveu isolados de trigo
com alto teor protéico que são usados em farinhas com alto teor protéico, um nicho pequeno mas
atraente, na medida em que as companhias de panificação e empresas do segmento de food service
se concentram em alimentos de alto teor protéico e baixo teor de carboidratos. A ADM também
produz isoflavonas, fonte natural de vitamina E, e fitosteróis usados em suplementos dietéticos.
Os ingredientes alimentares especiais constituem atraentes oportunidades, a longo prazo, para
aumentar o valor da natureza. Cada produto especial aumenta o valor da agricultura incrementando
o valor total obtido a partir de uma só cultura. Embora esses itens de alto valor sejam produzidos
em volumes relativamente pequenos quando comparados com os das sementes o oleaginosas, os
dos adoçantes e do etanol, cada um deles oferece oportunidades instigantes para ocupar posições
mais elevadas na cadeia de valor, à medida que os mercados se desenvolvem e ganham mais
ADM Relatório Anual 2004
eficiência na produção.
p á g i n a
1 6
Chocolate, o sabor mais
apreciado em todo o mundo,
é fornecido de forma
consistente a milhões de
consumidores por meio das
instalações da ADM. Como o
maior processador mundial de
cacau, a Companhia atende às
necessidades de muitas das
grandes empresas do setor de
doces, panificadoras e outros
fabricantes de alimentos.
p á g i n a
1 7
S E R V I Ç O S
A G R Í C O L A S
A ADM incrementa o valor dos produtos agrícolas por meio de uma complexa rede global de
elevadores, terminais, armazéns e instalações portuárias que ligam a Companhia a seus clientes
e às nossas plantas de processamento. A ADM tem um sistema de caminhões, vagões ferroviários,
barcaças, contêineres e embarcações sem paralelo. Os 20.000 vagões ferroviários da Companhia
formam uma das maiores frotas ferroviárias dos Estados Unidos, e as mais de 500 instalações
de armazenamento e distribuição tornam a ADM uma das maiores empresas de logística em todo
o mundo.
Enquanto as instalações de processamento da ADM agregam um tipo de valor aos produtos rurais,
nossa rede de serviços agrícolas cria o vínculo físico essencial entre os produtores e os clientes.
A ADM coleta e armazena safras em elevadores e silos, transporta essas commodities para centenas
de instalações de processamento da própria ADM e entrega produtos para clientes em todo o mundo.
O segmento de serviços agrícolas tem o compromisso de prover fontes de fornecimento para suprir
as necessidades dos clientes, sejam elas quais forem , a partir de qualquer lugar no planeta, e entregar
o produto onde e quando ele é necessário. Esse compromisso só pode ser cumprido por meio de uma
rede multimodal global. O incomparável sistema de transporte e logística da ADM cada vez mais
Lucro Operacional
Em US$ milhões
fornece uma ampla gama de commodities a granel e produtos especiais ensacados para os clientes.
O segmento de serviços agrícolas oferece controle total a clientes que buscam rastreabilidade,
250
qualidade específica ou características exclusivas em produtos. Para garantir segurança e proteção
aos produtos, a ADM pode identificar a origem de qualquer produto rural, da fazenda à entrega,
produzindo garantia de fonte única para o cliente. No mercado de hoje em dia, a identificação de
170
produtos tem um valor que pode levar a um aumento da confiança do cliente na rede de serviços
agrícolas da ADM.
92
2002
2003
2004
16%
Produtos Primários
Posição Competitiva
Fontes de fornecimento e distribuição de
matérias-primas agrícolas a partir de mais de
500 instalações de produção e distribuição, das
plantas de processamento da ADM para uma
rede global de clientes.
Uma das maiores redes de
fornecimento, armazenamento e
transporte de grãos e sementes
oleaginosas do mundo, com mais
de 20.000 vagões ferroviários,
1.500 tratores/trailers e
2.000 barcaças.
Porcentagem do Lucro
Operacional Total
p á g i n a
1 8
Na medida que a ADM
expande sua rede global de
Avanços-Chave
instalações, nossa
Consolidação sustentada da produção
agrícola entre grandes fazendas e
distribuição para um número menor de
grandes processadores de alimentos.
capacidade incomparável de
fornecer e distribuir produtos
agrícolas fortalece o vínculo
Reposicionamento de ativos para aumentar
a eficiência e melhorar os níveis de serviço.
entre os fazendeiros locais e
mercados de todo o mundo.
p á g i n a
1 9
ADM Relatório Anual 2004
S E R V I Ç O S
A G R Í C O L A S
Nas duas pontas da rede de distribuição, a regra é a consolidação, pois crescentemente as maiores
fazendas suprem as demandas de um número menor de empresas alimentícias diversificadas.
As grandes companhias de alimentos tendem cada vez mais a fazer negócios diretamente com
agroprocessadores globais, como a ADM, que já se provaram capazes de fornecer qualidade e
quantidade com pontualidade. Ao mesmo tempo, grandes empresas rurais preferem lidar com
elevadores e sistemas de distribuição que possam acomodar um grande influxo de colheita em um
curto período de tempo e prover uma série de serviços para facilitar suas operações comerciais.
Essas duas tendências favorecem companhias de maior porte, que podem atender a todas as
necessidades de produtos e exigências de serviço de clientes cada vez maiores. Em face da
consolidação dos clientes, é preciso expandir ativos específicos, para lidar com maiores quantidades
em um só local, com cronogramas de fontes de fornecimento e entrega mais precisos. A confiabilidade
e a previsibilidade do serviço, duas marcas registradas da ADM, ganham importância crescente como
diferenciais competitivos que beneficiarão a Companhia a longo prazo.
E benefícios podem surgir também a curto prazo. No exercício de 2004, em um ambiente
mercadológico altamente volátil, a capacidade da ADM de manter estoques e cumprir cronogramas
de entrega contribuiu para a formar laços de lealdade e confiança com os clientes.
Em simultâneo, o foco da ADM no uso eficiente de capital se reflete na utilização de frotas de
transportes e instalações externas, para atender a aumentos súbitos na demanda. As instalações
e frotas próprias e arrendadas da ADM satisfazem a maior parte das necessidades da Companhia,
que compra e vende capacidade conforme necessário para equilibrar os custos do capital com a
ADM Relatório Anual 2004
utilização da capacidade.
p á g i n a
2 0
A prestação do mais
alto nível de serviço a
fazendeiros e clientes
exige um compromisso
com a flexibilidade
e o reposicionamento
contínuo de ativos.
p á g i n a
2 1
Í N D I C E
Avaliação das Operações e Situação Financeira
pela Administração- 30 de junho de 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 23
Resumo das Principais Práticas Contábeis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 33
Demonstrações Consolidadas do Resultado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 35
Balanços Patrimoniais Consolidados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 36
Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 38
Demonstrações Consolidadas das Mutações do Patrimônio Líquido . . . . . . . . . Página 39
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas . . . . . . . . . . . . Página 40
Parecer dos Auditores Independentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 50
Dados Financeiros Trimestrais (Não Auditados) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 51
Preços de Mercado das Ações Ordinárias e Dividendos . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 51
Resumo Decenal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 52
P á g i n a
2 2
Archer Daniels Midland Company
AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O
F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4
VISÃO GERAL DA EMPRESA
A Companhia opera, principalmente, com compra, transporte,
armazenagem, processamento e comercialização de commodities e
produtos agrícolas. As operações da Companhia estão classificadas
em três segmentos de negócios principais: Processamento de
Sementes Oleaginosas, Processamento de Milho e Serviços Agrícolas.
Cada um desses segmentos está organizado com base na natureza
dos produtos e serviços oferecidos. As demais operações da
Companhia estão agregadas e classificadas como Outros.
O segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas inclui
atividades relacionadas à transformação de sementes oleaginosas,
como soja, sementes de algodão e de girassol, canola, amendoim e
sementes de linhaça, em óleos vegetais e alimentos, principalmente
para os setores de produtos alimentícios e rações. Além disso, as
sementes oleaginosas podem ser revendidas no mercado como
matéria-prima para outras empresas de processamento. O óleo
vegetal bruto é vendido no estado ou sofre novo processamento,
sendo refinado, alvejado e desodorizado para se transformar em óleos
para salada. Os óleos para salada podem receber processamento
adicional por hidrogenação e/ou interesterificação para se transformar
em margarina, banha e outros produtos alimentícios. O óleo
parcialmente refinado é vendido para uso em produtos químicos,
tintas e outros produtos industriais. Os alimentos derivados de
sementes oleaginosas são ingredientes básicos na produção de rações
comerciais para gado e aves.
O segmento de Processamento de Milho inclui atividades relacionadas
à produção de xaropes, amidos, dextrose e adoçantes para a indústria
de alimentos e bebidas, assim como atividades relacionadas à
produção, por meio de fermentação, de bioprodutos como álcool,
aminoácidos e outros ingredientes para alimentos e rações especiais.
O segmento de Serviços Agrícolas utiliza os amplos silos de grãos e a
rede de transportes da Companhia para comprar, armazenar, limpar e
transportar commodities agrícolas, como sementes oleaginosas,
milho, trigo, sorgo, aveia e cevada, e revende essas commodities,
principalmente, como ingredientes para rações e matéria-prima para o
setor de processamento agrícola. A rede de fornecimento e transporte
de grãos do segmento de Serviços Agrícolas presta ainda serviços
confiáveis e eficientes para as operações de processamento agrícola
da Companhia. Também estão incluídas no segmento de Serviços
Agrícolas as atividades da A.C. Toepfer International, que negocia
commodities agrícolas e produtos processados em todo o mundo.
Sob o nome de Outros, agrupam-se as demais operações da
Companhia, que consistem, principalmente, em negócios com
ingredientes para alimentos e rações e em atividades financeiras. Os
negócios com ingredientes para alimentos e rações abrangem o
processamento de trigo, com atividades relacionadas à produção de
farinha de trigo; processamento de cacau, com atividades
relacionadas à produção de chocolate e outros produtos derivados de
cacau, produtos naturais para saúde e nutrição e outros ingredientes
especiais para alimentos e rações. As atividades financeiras incluem
operações bancárias, seguros cativos, investimentos em fundos de
participação societária e atividades de negociação nas bolsas de
mercadorias e futuros.
Indicadores de desempenho operacional e fatores de risco
A Companhia está exposta a certos riscos inerentes ao negócio de
commodities agrícolas. Esses riscos são objeto de maior detalhamento
nas seções “Práticas Contábeis Críticas” e “Instrumentos e Posições
P á g i n a
Sensíveis a Risco de Mercado”, no tópico “Avaliação das Operações e
Situação Financeira pela Administração”.
As operações de Processamento de Sementes Oleaginosas,
Serviços Agrícolas e Processamento de Trigo da Companhia
são negócios baseados em commodities agrícolas, nos quais
va r i a ç õ e s n o s p r e ç o s d e v e n d a d o s s e g m e n t o s e s t ã o
vinculadas a variações nos preços das matérias-primas com
base em commodities agrícolas. Portanto, as variações nos
preços das commodities agrícolas causam impactos
relativamente iguais nas vendas líquidas e no custo dos
produtos vendidos e um impacto mínimo no lucro bruto das
transações correspondentes. Em conseqüência, as variações
nos valores das vendas líquidas desses segmentos de negócios
não necessariamente correspondem às variações no lucro
bruto obtido por esses negócios.
As operações de Processamento de Milho da Companhia e algumas
outras operações de processamento de alimentos e rações também
utilizam commodities agrícolas (ou produtos derivados de
commodities agrícolas) como matérias-primas. Nessas operações, as
variações nos preços das commodities agrícolas podem acarretar
flutuações significativas no custo dos produtos vendidos, não
necessariamente sujeitas a repasses diretos para o preço de venda dos
produtos acabados. Para produtos como o etanol, os preços de venda
não mantêm relação direta com o custo das commodities agrícolas
que constituem suas matérias-primas, mas relacionam-se a outros
fatores de mercado, como os preços da gasolina, que não têm vínculo
direto com as commodities agrícolas.
A Companhia opera em muitos países. Para muitas das subsidiárias
fora dos Estados Unidos, a moeda local é também a moeda funcional.
As receitas e despesas denominadas em moedas estrangeiras são
convertidas em dólares norte-americanos pela média ponderada das
taxas de câmbio dos respectivos períodos. Flutuações cambiais,
principalmente as do euro e da libra esterlina, em relação ao dólar
norte-americano resultarão em flutuações correspondentes no valor
em dólares norte-americanos, das receitas e despesas da Companhia.
O impacto dessas variações nas taxas de câmbio será discutido
abaixo, nos tópicos relevantes.
A Companhia avalia o desempenho de seus segmentos de negócios
utilizando as principais estatísticas operacionais, como lucro
operacional e retorno do investimento em ativo imobilizado do
segmento. Os resultados operacionais da Companhia podem variar
significativamente devido a fatores imprevisíveis como clima, plantios,
programas e políticas agrárias do governo (nos Estados Unidos e em
outros países), oscilações na demanda global resultantes do
crescimento da população e mudanças nos padrões de vida e na
produção de culturas similares e concorrentes. Devido a esses fatores,
a Companhia não fornece informações com base em previsões na
“Avaliação das Operações e Situação Financeira pela Administração”.
2004 EM COMPARAÇÃO COM 2003
Como um negócio com base em commodities agrícolas, a Companhia
está sujeita a uma série de fatores de mercado que afetam seus
resultados operacionais. Em 2004, observou-se uma alta volatilidade
nos mercados globais de sementes oleaginosas, devido,
principalmente, à quebra das safras desses grãos em todas as
principais áreas de cultivo do mundo, em conseqüência de condições
climáticas desfavoráveis. A redução no tamanho das safras de
2 3
Relatório Anual 2004
AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O
F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO)
sementes oleaginosas e o crescimento contínuo da demanda por
proteínas e óleos vegetais na Ásia resultaram em preços mais
elevados da soja e deficiências na capacidade de expedição dos
produtos. Apesar dos níveis recorde dos preços das sementes
oleaginosas, a demanda por ração protéica e óleo vegetal na América
do Norte se manteve forte. A redução no tamanho das safras de
sementes oleaginosas e as importações de ração protéica da América
do Sul surtiram impacto adverso na utilização da capacidade de
esmagamento e nas margens das operações na Europa. Além disso, o
excesso de capacidade do setor de esmagamento na América do Sul
afetou negativamente as margens de esmagamento de sementes
oleaginosas nessa região.
A demanda por etanol se manteve alta, devido a mais estados
norte-americanos estarem substituindo o uso de MTBE, recentemente
proibido, como aditivo para a gasolina. Os preços recorde do petróleo
bruto também contribuíram para a boa demanda por etanol e
ajudaram a manter os níveis de preço do produto. Os níveis de preço
elevados das sementes oleaginosas levaram os produtores de gado a
alimentar os animais com quantidades cada vez maiores de ração de
glúten de milho e os destiladores a secar grãos, para substituir à ração
protéica, de custo alto. O uso de rações à base de milho, suplementadas com lisina para equilibrar o perfil de aminoácidos, resultou em um
aumento da demanda e dos preços médios de venda da lisina. Além
disso, um melhor desempenho dos mercados acionários globais em
2004 favoreceu investidores com posições em títulos patrimoniais e
fundos de participação societária.
Em junho de 2004, a Companhia chegou a um acordo relativo a uma
ação judicial coletiva envolvendo a venda de xarope de milho com alto
teor de frutose, em razão do qual pagará US$ 400 milhões, valor este
provisionado nas demonstrações financeiras consolidadas.
O lucro líquido do exercício social de 2004 cresceu devido,
principalmente, à melhora dos resultados operacionais dos segmentos
de Processamento de Milho e Serviços Agrícolas e a melhores resultados nos negócios com ingredientes para alimentos e rações. Outro
fator que contribuiu para o incremento do lucro líquido foi um aumento
de US$ 115 milhões na participação nos lucros das coligadas não consolidadas, resultante, sobretudo, de avaliações mais elevadas dos
investimentos em fundos de participação societária da Companhia.
Também integra o lucro líquido um ganho de US$ 21 milhões em uma
ação judicial relacionada a seguro, em torno da enchente de 1993.
Esses aumentos foram parcialmente compensados pelas despesas com
o acordo judicial referente à frutose, de US$ 400 milhões, e pela despesa de US$ 51 milhões relativa a ativos de longa duração
descontinuados e baixas contábeis. Os resultados do exercício anterior
incluíram um ganho de US$ 28 milhões, relativo a um acordo parcial
do processo antitruste de vitaminas e uma despesa de US$ 13 milhões
relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis.
Essas despesas de US$ 51 milhões e US$ 13 milhões com ativos de
longa duração descontinuados e baixas contábeis, em 2004 e 2003,
respectivamente, representam basicamente a descontinuidade de
ativos ociosos com base no seu valor estimado de recuperação.
A comparabilidade dos resultados operacionais da Companhia em
relação ao exercício anterior foi afetada pelas seguintes aquisições,
concluídas ao longo do exercício social de 2003:
Em 6 de setembro de 2002, a Companhia adquiriu todas as ações de
Classe A em circulação da Minessota Corn Processors (MCP),
operadora com instalações de moagem de milho úmido em Minnesota
P á g i n a
e Nebraska. Essas ações de Classe A representavam 70% das ações
em circulação da MCP. Antes de 6 de setembro de 2002, a Companhia
possuía ações de Classe B sem direito a voto, que representavam os
restantes 30% das ações em circulação da MCP. A Companhia pagou
aproximadamente US$ 382 milhões em moeda corrente pelas ações
de Classe A em circulação e assumiu um endividamento de longo
prazo da MCP no valor de US$ 233 milhões. Os resultados operacionais da MCP estão incluídos no segmento de Processamento de Milho
da Companhia, conforme o método de equivalência patrimonial até a
data da aquisição e consolidados depois dessa data.
Em 24 de fevereiro de 2003, a Companhia adquiriu, da Associated
British Foods plc (ABF), seis moinhos de farinha localizados no Reino
Unido. A Companhia pagou aproximadamente US$ 96 milhões em
moeda corrente pelos ativos e estoques dos moinhos da ABF. Os
resultados operacionais dos moinhos da ABF desde a aquisição estão
incluídos no segmento Outros.
Antes de 7 de abril de 2003, a Companhia era proprietária de 28%
das ações em circulação da Pura plc (Pura), empresa sediada no Reino
Unido que processa e comercializa óleo comestível. Em 7 de abril de
2003, a Companhia adquiriu as demais ações em circulação da Pura
por aproximadamente US$ 58 milhões em moeda corrente. Os
resultados operacionais da Pura estão incluídos no segmento de
Processamento de Sementes Oleaginosas da Companhia, conforme o
método de equivalência patrimonial até a data da aquisição e
consolidados depois disso.
Análise das demonstrações do resultado
As vendas líquidas e outros resultados operacionais cresceram 18%,
totalizando US$ 36,2 bilhões, devido, principalmente, ao aumento dos
preços médios de venda das commodities agrícolas e dos produtos
acabados de sementes oleaginosas derivados de commodities
comercializados e, em menor grau, ao aumento dos volumes de
vendas de etanol e a US$ 761 milhões em vendas líquidas relativas a
negócios recém-adquiridos. Além disso, as vendas líquidas e outros
resultados operacionais aumentaram US$ 1,5 bilhão, ou 5%, devido a
flutuações cambiais. Esses aumentos foram parcialmente
compensados pela redução dos volumes de vendas de soja e produtos
acabados de sementes oleaginosas, devido, principalmente, à baixa
oferta de soja na América do Norte.
As vendas líquidas e outros resultados operacionais são apresentados
como segue:
2004
2003
Variação
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Processamento de
Sementes Oleaginosas . . . . $ 12.049.250
Processamento de Milho
Adoçantes e Amidos . . . . . .
1.736.526
Bioprodutos . . . . . . . . . . . .
2.268.655
Total de Processamento
de Milho . . . . . . . . . .
4.005.181
Serviços Agrícolas . . . . . . . . . . 15.638.341
Outros
Ingredientes para Alimentos
e Rações . . . . . . . . . . . .
4.386.246
Atividades financeiras . . . . .
72.376
Total de Outros . . . . . . . .
4.458.622
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36.151.394
$ 9.773.379
$ 2.275.871
1.395.087
1.663.599
341.439
605.056
3.058.686
13.557.946
946.495
2.080.395
4.223.664
94.358
4.318.022
$ 30.708.033
162.582
(21.982)
140.600
$ 5.443.361
As vendas de Processamento de Sementes Oleaginosas cresceram 23%,
totalizando US$ 12,0 bilhões, devido, principalmente, ao aumento dos
preços médios de venda de soja, óleo vegetal, ração protéica e, em
2 4
Archer Daniels Midland Company
menor grau, às operações recém-adquiridas da Pura. Esses aumentos
foram parcialmente compensados pelos menores volumes de vendas de
ração protéica. As flutuações nos preços e volumes médios de venda
foram devidas, principalmente, ao aumento dos níveis de preço de
commodities de sementes oleaginosas, em razão da baixa oferta dessas
sementes nos Estados Unidos, ao impacto da estiagem do verão
passado na Europa e ao aumento da demanda chinesa por sementes
oleaginosas. As vendas de Processamento de Milho aumentaram 31%,
totalizando US$ 4 bilhões, devido, principalmente, ao aumento das
vendas de bioprodutos e, em menor grau, ao aumento das vendas de
adoçantes e produtos de amido e às operações recém-adquiridas da
MCP. O aumento nas vendas de bioprodutos deve-se, principalmente, ao
crescimento dos volumes de vendas de etanol e, em menor grau, aos
preços de venda mais elevados da lisina. O aumento do volume de
vendas de etanol deve-se, principalmente, ao aumento da demanda das
refinarias de gasolina no nordeste dos Estados Unidos, em
conseqüência da reformulação das misturas de gasolina em vários
estados, com a utilização de etanol para substituir o MTBE,
recentemente proibido. As vendas de Serviços Agrícolas aumentaram
15%, totalizando US$ 15,6 bilhões, devido, principalmente, ao aumento
dos preços médios das commodities, parcialmente compensado pela
diminuição dos volumes de vendas de sementes oleaginosas, em
conseqüência da redução na oferta. As vendas do segmento Outros
aumentaram 3%, totalizando US$ 4,5 bilhões, devido, principalmente,
às vendas atribuíveis aos moinhos recém-adquiridos da ABF.
O custo dos produtos vendidos aumentou US$ 5,0 bilhões,
totalizando US$ 34,0 bilhões, devido, principalmente, ao aumento dos
custos médios das commodities agrícolas comercializadas. Esses
aumentos foram parcialmente compensados pela redução dos volumes
de vendas de soja, devido, principalmente, à baixa oferta de soja na
América do Norte. Os custos de produção aumentaram US$ 424 milhões
em relação ao exercício anterior, devido, principalmente, a US$ 50 milhões
em custos relacionados a negócios recém-adquiridos, a um incremento
de US$ 165 milhões nos custos de energia, a US$ 44 milhões de
aumento nos custos com pessoal e a uma despesa de US$ 51 milhões
relativa a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis.
Além disso, o custo dos produtos vendidos aumentou US$ 1,4 bilhão,
em razão de flutuações cambiais. Os custos dos produtos vendidos do
exercício anterior incluíram uma despesa de US$ 13 milhões, relativa
a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, e um
crédito de US$ 28 milhões, relativo a um acordo parcial do processo
antitruste de vitaminas.
As despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram
US$ 454 milhões, totalizando US$ 1,4 bilhão, devido, principalmente, a
despesas com o acordo judicial referente à frutose, de US$ 400 milhões.
Outros incrementos incluem US$ 22 milhões em custos relacionados
a negócios recém-adquiridos e US$ 26 milhões em decorrência de
flutuações cambiais. Além disso, no exercício anterior houve a inclusão
de US$ 11 milhões em custos relacionados ao acordo da Companhia
com a Environment Protection Agency (EPA, agência de proteção
ambiental dos EUA). Excluindo-se esses efeitos, o aumento restante foi
devido, principalmente, a custos de mão-de-obra mais altos, inclusive
custos de aposentadoria.
As despesas do segmento Outros diminuíram US$ 120 milhões,
totalizando US$ 28 milhões, devido, principalmente, a ganhos de
US$ 24 milhões realizados em transações com títulos e valores
mobiliários e um aumento de US$ 115 milhões no resultado de
equivalência patrimonial em coligadas não consolidadas, parcialmente
P á g i n a
compensados pelo ganho do exercício anterior com a venda de ativos
desnecessários. Esse aumento no resultado de equivalência
patrimonial em coligadas não consolidadas foi devido, principalmente,
a uma melhora nas avaliações dos investimentos em fundos de
participação societária da Companhia. As despesas com juros
diminuíram, devido, principalmente, à redução nas taxas de juros
médias. As receitas provenientes de investimentos diminuíram, devido,
principalmente, à redução nos saldos médios investidos.
O lucro operacional é o seguinte:
2004
2003
Variação
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Processamento de
Sementes Oleaginosas . . . . . . . $ 290.732
Processamento de Milho
Adoçantes e amidos . . . . . . . . .
318.369
Bioprodutos . . . . . . . . . . . . . . .
342.578
Total de Processamento
de Milho . . . . . . . . . . . . .
660.947
Serviços Agrícolas . . . . . . . . . . . . .
249.863
Outros
Ingredientes para Alimentos
e Rações . . . . . . . . . . . . . . .
260.858
Atividades financeiras . . . . . . . .
98.611
Total do Segmento Outros . . .
359.469
Lucro Operacional Total
dos Segmentos . . . . . . . . . . 1.561.011
Corporativo . . . . . . . . . . . . . . . . .
(843.000)
Lucro Antes do Imposto
de Renda . . . . . . . . . . . . . . . $ 718.011
$ 337.089
$ (46.357)
228.227
130.473
90.142
212.105
358.700
92.124
302.247
157.739
212.507
9.492
221.999
48.351
89.119
137.470
1.009.912
(378.939)
551.099
(464.061)
$ 630.973
$ 87.038
O lucro operacional do segmento de Processamento de Sementes
Oleaginosas caiu 14%, totalizando US$ 291 milhões, devido, principalmente, à redução nas margens de esmagamento de sementes
oleaginosas na Europa e América do Sul, parcialmente compensada
pela melhora nas margens de esmagamento de sementes oleaginosas
na América do Norte. Além disso, a inadimplência em contratos
chineses no quarto trimestre de 2004 surtiu impacto significativo nos
mercados globais de sementes oleaginosas e afetaram negativamente
os lucros do segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas.
As margens de esmagamento na Europa foram menores, pois produtos de sementes oleaginosas importados da América do Sul resultaram
em uma menor taxa de utilização da capacidade na Europa. No Brasil,
a utilização da capacidade foi reduzida para um melhor equilíbrio
entre a oferta e a demanda. A melhora nas margens de esmagamento
na América do Norte é devida, principalmente, à sustentação da forte
demanda por óleos vegetais e rações protéicas. Os lucros operacionais
incluem despesas de US$ 4 milhões e US$ 7 milhões, relativas a ativos
de longa duração descontinuados e baixas contábeis em 2004 e
2003, respectivamente.
O lucro operacional do segmento de Processamento de Milho cresceu
US$ 302 milhões, totalizando US$ 661 milhões, devido,
principalmente, a volumes de vendas de bioprodutos e preços médios
de venda mais elevados e, em menor escala, a preços médios de
venda de adoçantes e amidos também melhores. O aumento no
volume de vendas de bioprodutos deve-se, principalmente, ao já
mencionado aquecimento da demanda por etanol nas refinarias de
gasolina no nordeste dos Estados Unidos. O aumento nos preços
médios de venda de bioprodutos é devido, principalmente, ao
aumento da demanda por lisina por parte dos produtores de aves e
suínos. A lisina é utilizada na alimentação de suínos e aves, para
substituir a ração protéica e equilibrar o perfil de aminoácidos. A
demanda por lisina também se orienta pela relação entre o preço da
2 5
Relatório Anual 2004
AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O
F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO)
ração protéica e o preço do milho. Os lucros operacionais de 2004
incluem um ganho de US$ 15 milhões em uma ação judicial relacionada a seguros, em torno da enchente de 1993 e uma despesa de
US$ 15 milhões relativa a ativos de longa duração descontinuados e
baixas contábeis.
O lucro operacional do segmento de Serviços Agrícolas aumentou
US$ 158 milhões, totalizando US$ 250 milhões, devido, principalmente, à melhora dos resultados da comercialização global de grãos
e, em menor grau, à melhora dos resultados operacionais na produção
de grãos no mercado doméstico. A safra recorde de milho e a grande
safra de trigo dos Estados Unidos proporcionaram à Companhia
oportunidade de obter sólidos lucros com armazenagem, transporte,
fornecimento e marketing. Além disso, desequilíbrios regionais na
produção, ocasionados principalmente pela estiagem na Europa,
permitiram à Companhia utilizar mais intensamente suas capacidades
de infra-estrutura e comercialização de grãos. A forte demanda
mundial por grãos e alimentos forrageiros também teve um impacto
favorável no lucro operacional. Os lucros operacionais de 2004
incluíram uma despesa de US$ 5 milhões, relativa a ativos
de longa duração descontinuados e baixas contábeis, e um ganho de
US$ 2 milhões em uma ação judicial relacionada a seguros, em torno
da enchente de 1993.
No segmento Outros, os lucros operacionais cresceram US$ 137 milhões,
totalizando US$ 359 milhões. Em Outros – Atividades financeiras, o
lucro aumentou US$ 89 milhões, devido, principalmente, à melhora
das avaliações dos investimentos da Companhia em fundos de
participação societária. Os lucros operacionais de Outros –
Ingredientes para Alimentos e Rações aumentaram US$ 48 milhões,
devido, principalmente, a melhoras nas operações de processamento
de trigo e cacau. Os resultados de Processamento de Trigo
melhoraram, devido, principalmente, a uma maior qualidade da safra
de trigo, que aumentou o rendimento dos moinhos de farinha. A safra
de trigo do exercício anterior teve uma qualidade de moagem inferior,
devido às condições de estiagem no meio-oeste dos Estados Unidos.
O resultado de Operações de Cacau melhorou devido à manutenção da
forte demanda das indústrias de chocolate e panificação por manteiga
de cacau e cacau em pó. Os lucros operacionais de Outros – Ingredientes
para Alimentos e Rações incluem despesas de US$ 13 milhões e
US$ 6 milhões, relativas a ativos de longa duração descontinuados
e baixas contábeis, em 2004 e 2003, respectivamente. Os resultados
do exercício anterior de Ingredientes para Alimentos e Rações incluem
um ganho de US$ 28 milhões, relativo a um acordo parcial do processo
antitruste de vitaminas.
As despesas corporativas aumentaram US$ 464 milhões, totalizando
US$ 843 milhões, devido, principalmente, às despesas com o acordo
judicial referente à frutose, de US$ 400 milhões, ao aumento de
US$ 104 milhões nos ajustes da avaliação de estoques do método
PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) para o UEPS (último a entrar,
primeiro a sair) e a uma despesa de US$ 14 milhões relativa a ativos
de longa duração descontinuados e baixas contábeis, parcialmente
compensada por um aumento de US$ 21 milhões nos ganhos em
transações com títulos e valores mobiliários e a US$ 4 milhões de
juros recebidos em razão de uma ação judicial relacionada a seguros,
em torno da enchente de 1993.
Os impostos sobre a renda aumentaram devido a um maior lucro
antes dos impostos e, em menor grau, a um aumento na taxa efetiva
de imposto de renda da Companhia. A taxa efetiva da Companhia foi
P á g i n a
de 31,1% em 2004, em comparação com 28,5% no exercício anterior.
O aumento na taxa efetiva deve-se, principalmente, a mudanças na
composição do lucro antes dos impostos entre jurisdições fiscais e ao
aumento de impostos sobre a renda em estados norte-americanos.
2003 EM COMPARAÇÃO COM 2002
Em 2003, condições ruins resultantes da estiagem no meio-oeste dos
Estados Unidos afetaram a safra norte-americana, com impacto
negativo sobre seu tamanho e qualidade. Com isso, os preços das
sementes oleaginosas aumentaram e a escassa oferta dessas
sementes afetou negativamente as respectivas margens de
esmagamento na América do Norte. As condições ruins da safra
também reduziram o rendimento e as margens da moagem de farinha
de trigo e a quantidade de grãos disponíveis para as atividades de
produção e comercialização nos Estados Unidos. Também
aumentaram os custos do milho, o que afetou negativamente as
operadoras de instalações de moagem de milho úmido. O aumento da
demanda por sementes oleaginosas e produtos de sementes
oleaginosas na China favoreceu os exportadores sul-americanos
desses produtos. A demanda por etanol mostrou-se alta em função
das refinarias de gasolina da Califórnia terem substituído o MTBE,
recentemente proibido, como aditivo para a gasolina. Além disso,
a continuidade do processo de racionalização do setor na Europa,
com respeito à capacidade de processamento de cacau, melhorou
as margens das empresas processadoras de manteiga de cacau e
cacau em pó.
Os lucros líquidos do exercício de 2003 diminuíram devido,
principalmente, à redução dos volumes e margens de esmagamento de
sementes oleaginosas na América do Norte e Europa, à redução dos
resultados operacionais dos segmentos de Serviços Agrícolas e
Processamento de Trigo em razão das quebras de safra na América do
Norte e à redução do ganho nos acordos relativos ao processo antitruste
de vitaminas. A Companhia reconheceu um ganho de US$ 28 milhões
nos acordos relativos a vitaminas em 2003, comparado a um ganho de
US$ 147 milhões em 2002. Além disso, os resultados de 2002 incluíram
um ganho de US$ 37 milhões em transações com títulos e valores
mobiliários. Essas reduções foram parcialmente compensadas pelo
incremento dos resultados operacionais de Processamento de Milho e
Processamento de Cacau. Em 2003 e 2002, respectivamente, os lucros
líquidos incluem despesas de US$ 13 milhões e US$ 83 milhões,
relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis.
Essas despesas de US$ 13 milhões e US$ 83 milhões em 2003 e 2002,
respectivamente, relativas a ativos de longa duração descontinuados e
baixas contábeis, representam basicamente a descontinuação de ativos
ociosos com base em seu valor de recuperação estimado. Além disso,
em 2002, as perdas por deterioração (“impairment”) incluíram uma
baixa, pelo valor justo, de ativos que se destinavam a ser usados em
uma nova linha de produtos.
A comparabilidade dos resultados operacionais da Companhia em
2003 em relação ao exercício anterior foi afetada pelas aquisições da
MCP, dos moinhos da ABF e da Pura, concluídas no exercício social de
2003, conforme acima descrito. Em 2002, a Companhia adquiriu o
controle da A.C. Toepfer International, aumentando sua participação
societária para 80%, e começou a consolidar as operações dessa
empresa. Antes de 2002, a Companhia contabilizava seu investimento
na A.C. Toepfer International pelo método de equivalência patrimonial.
2 6
Archer Daniels Midland Company
Análise das demonstrações do resultado
As vendas líquidas e outros resultados operacionais aumentaram
36%, totalizando US$ 30,7 bilhões, devido, principalmente, às
operações de Processamento de Milho e Serviços Agrícolas recentemente adquiridas e, em menor escala, a um aumento nos volumes de
vendas e a preços médios de venda mais elevados de produtos
acabados de sementes oleaginosas de commodities e às exportações
sul-americanas de sementes oleaginosas.
As vendas líquidas e outros resultados operacionais são apresentados
como segue:
2003
2002
Variação
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Processamento de
Sementes Oleaginosas . . . . . $ 9.773.379
Processamento de Milho
Adoçantes e Amidos . . . . . . .
1.395.087
Bioprodutos . . . . . . . . . . . . .
1.663.599
Total de Processamento
de Milho . . . . . . . . . . . .
3.058.686
Serviços Agrícolas . . . . . . . . . . . 13.557.946
Outros
Ingredientes para Alimentos
e Rações . . . . . . . . . . . . . .
4.223.664
Atividades financeiras . . . . . .
94.358
Total do Segmento Outros . .
4.318.022
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.708.033
$ 8.155.530
$ 1.617.849
1.049.785
1.356.121
345.302
307.478
2.405.906
8.280.078
652.780
5.277.868
3.709.693
60.687
3.770.380
$ 22.611.894
513.971
33.671
547.642
$ 8.096.139
As vendas do segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas
aumentaram 20%, totalizando US$ 9,8 bilhões, devido, principalmente, a maiores volumes de vendas e a preços médios de venda mais
elevados. Esses aumentos foram devidos principalmente ao aumento
das exportações sul-americanas de sementes oleaginosas e produtos
de sementes oleaginosas e aos preços médios de venda, em geral mais
elevados, dos óleos vegetais e ração protéica em decorrência da boa
demanda e dos preços mais elevados das commodities. As vendas do
segmento de Processamento de Milho aumentaram 27%, totalizando
US$ 3,1 bilhões, devido, principalmente, às operações recém-adquiridas da MCP e, em menor grau, ao crescimento dos volumes de vendas
de bioprodutos. O aumento dos volumes de vendas de bioprodutos foi
devido, principalmente, à expansão dos volumes de vendas de etanol,
resultante da maior demanda das refinarias de gasolina da Califórnia
e, em menor grau, ao incremento dos volumes de vendas de lisina. As
vendas do segmento de Serviços Agrícolas cresceram US$ 5,3 bilhões,
totalizando US$ 13,6 bilhões, devido, principalmente, às operações
recém-adquiridas da A.C. Toepfer International e ao aumento dos
níveis de preço das commodities. As vendas do segmento Outros
aumentaram 15%, totalizando US$ 4,3 bilhões, devido, principalmente, a preços médios de venda mais elevados dos produtos de cacau
e farinha de trigo e, em menor escala, a maiores volumes de vendas
dos produtos de farinha de trigo. O aumento dos preços médios de
venda de produtos de cacau foi devido, principalmente, à maior
demanda por manteiga de cacau e cacau em pó. O aumento dos
preços médios de venda de produtos de farinha de trigo foi devido,
principalmente, aos níveis de preço mais elevados das commodities, em
decorrência da estiagem no meio-oeste dos Estados Unidos.
O custo dos produtos vendidos aumentou US$ 8,1 bilhões, totalizando
US$ 29,0 bilhões, devido, principalmente, às empresas recém-adquiridas
e, em menor grau, ao aumento dos volumes de vendas e aos custos
médios mais elevados das commodities agrícolas comercializadas.
Excluindo-se o impacto das empresas recém-adquiridas, os custos de
P á g i n a
manufatura permaneceram relativamente estáveis em relação ao
exercício anterior. O custo dos produtos vendidos inclui despesas de
US$ 13 milhões e US$ 83 milhões, relativas a ativos de longa duração
descontinuados e baixas contábeis em 2003 e 2002, respectivamente.
Além disso, o custo dos produtos vendidos inclui créditos de US$ 28 milhões
e US$ 147 milhões relativos a um acordo parcial do processo antitruste
de vitaminas em 2003 e 2002, respectivamente.
As despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram
US$ 121 milhões, totalizando US$ 948 milhões, devido, principalmente,
às operações de Processamento de Milho e Serviços Agrícolas recémadquiridas e, em menor escala, a um aumento das despesas com
pessoal, multas e projetos ambientais adicionais associados ao acordo
da Companhia com a EPA e um incremento geral dos custos.
As despesas do segmento Outros aumentaram US$ 11 milhões, totalizando US$ 148 milhões, devido, principalmente, a uma redução nos
ganhos realizados em transações com títulos e valores mobiliários,
parcialmente compensada por um ganho na venda de ativos desnecessários. Os ganhos em transações com títulos e valores mobiliários
no exercício anterior foram de US$ 56 milhões, relativos à venda de
ações da IBP, Inc., parcialmente compensados pela baixa contábil dos
investimentos da Companhia nos empreendimentos de comércio
eletrônico Rooster e Pradium.
O lucro operacional é apresentado como segue:
2003
2002
Variação
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Processamento de
Sementes Oleaginosas . . . . . . . . . $ 337.089
Processamento de Milho
Adoçantes e Amidos . . . . . . . . . .
228.227
Bioprodutos . . . . . . . . . . . . . . . .
130.473
Total de Processamento
de Milho . . . . . . . . . . . . . . .
358.700
Serviços Agrícolas . . . . . . . . . . . . . .
92.124
Outros
Ingredientes para Alimentos
e Rações . . . . . . . . . . . . . . . .
212.507
Atividades financeiras . . . . . . . . .
9.492
Total do Segmento Outros . . . .
221.999
Lucro Operacional Total
dos Segmentos . . . . . . . . . . . 1.009.912
Corporativo . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(378.939)
Lucro Antes do Imposto de Renda . . . $ 630.973
$ 387.960
$ (50.871)
34.248
157.328
193.979
(26.855)
191.576
169.593
167.124
(77.469)
275.841
14.850
290.691
(63.334)
(5.358)
(68.692)
1.039.820
(320.883)
$ 718.937
(29.908)
(58.056)
$ (87.964)
Os lucros operacionais do segmento de Processamento de Sementes
Oleaginosas diminuíram 13%, totalizando US$ 337 milhões, devido,
principalmente, a menores volumes e margens de esmagamento de
sementes oleaginosas na América do Norte e Europa, parcialmente
compensados pela melhora dos resultados operacionais das
operações de sementes oleaginosas da Companhia na América do Sul
e Ásia. Embora os preços médios de venda de óleos vegetais tenham
aumentado, assim como os preços médios da ração protéica e a
demanda por esse produto, as margens de esmagamento de sementes
oleaginosas na América do Norte e Europa sofreram o impacto
negativo dos custos mais elevados dessas sementes. Os lucros
operacionais incluem despesas de US$ 7 milhões e US$ 23 milhões,
relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis
em 2003 e 2002, respectivamente.
Os lucros operacionais do segmento de Processamento de Milho
aumentaram US$ 167 milhões, totalizando US$ 359 milhões, devido,
principalmente, à melhora dos resultados de adoçantes e amidos,
decorrente, sobretudo, do aumento dos volumes de vendas de adoçantes,
2 7
Relatório Anual 2004
AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O
F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO)
das operações recém-adquiridas da MCP e dos melhores resultados do
empreendimento de amido da Companhia no Leste Europeu. Os
resultados de bioprodutos caíram 17%, devido, principalmente, à redução
dos resultados operacionais das operações de ácido cítrico. Os lucros
operacionais de 2002 incluíram uma despesa de US$ 51 milhões, relativa
a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis.
Os lucros operacionais do segmento de Serviços Agrícolas registraram
queda de US$ 77 milhões, totalizando US$ 92 milhões, devido à redução
dos resultados operacionais das operações de comercialização global de
grãos da Companhia, das operações domésticas de produção de grãos e
das operações de transporte por barcaças. Os resultados operacionais
das operações de produção e comercialização de grãos diminuíram em
decorrência da quebra da safra, causada pela estiagem no meio-oeste
dos Estados Unidos. Além disso, os preços reduzidos dos fretes, os custos
mais elevados do combustível e a redução dos níveis de água nos rios no
meio-oeste dos Estados Unidos resultaram numa queda dos resultados
operacionais das operações de transporte por barcaças da Companhia.
Os lucros operacionais do segmento Outros diminuíram 24%, totalizando
US$ 222 milhões, devido, principalmente, à redução dos resultados
operacionais de ingredientes para alimentos e rações, em decorrência da
redução no ganho do acordo parcial do processo antitruste de vitaminas, e
à redução nos resultados operacionais das operações de Processamento de
Trigo e de produtos protéicos especiais. Em 2003, a Companhia reconheceu
um ganho de US$ 28 milhões com origem nos acordos de vitaminas,
comparado a um ganho de US$ 147 milhões no exercício anterior. A diminuição do lucro operacional das operações de Processamento de Trigo da
Companhia foi devida, principalmente, ao menor rendimento de moagem
de farinha. Isso foi ocasionado por uma safra de trigo de menor qualidade,
em razão da estiagem nos Estados Unidos. Essas quedas foram parcialmente compensadas por melhores resultados das operações de cacau, pois
a maior demanda por manteiga de cacau e cacau em pó resultou no
aumento das margens. Além disso, a melhora dos resultados de farinha de
milho da Gruma da Companhia contribuiu para aumentar os lucros. Os
lucros operacionais incluem despesas de US$ 6 milhões e US$ 9 milhões,
relativas a ativos de longa duração descontinuados e baixas contábeis, em
2003 e 2002, respectivamente.
As despesas corporativas aumentaram US$ 58 milhões, totalizando
US$ 379 milhões, devido, principalmente, a uma redução de US$ 37 milhões
nos ganhos realizados em transações com títulos e valores mobiliários e
a um aumento de US$ 13 milhões nos ajustes da avaliação de estoques
do método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) para UEPS (último a
entrar, primeiro a sair), parcialmente compensados por um ganho na
venda de ativos desnecessários. Os ganhos em transações com títulos e
valores mobiliários no exercício anterior, de US$ 56 milhões em razão da
venda de ações da IBP, Inc., foram parcialmente compensados pela
baixa contábil dos investimentos da Companhia nos empreendimentos
de comércio eletrônico Rooster e Pradium.
Os impostos sobre a renda diminuíram devido a um menor lucro antes
dos impostos e uma redução na taxa efetiva de imposto de renda da
Companhia. A taxa efetiva da Companhia foi de 28,5% em 2003, contra
28,9% no exercício anterior. A taxa efetiva de imposto de renda do
exercício anterior incluiu uma redução de US$ 26 milhões em impostos,
em conseqüência da resolução de várias pendências tributárias estaduais
e federais. A taxa efetiva de imposto de renda, excluindo-se o efeito do
crédito fiscal acima mencionado, foi de aproximadamente 33% em
2002. A redução na taxa efetiva da Companhia em 2003 deve-se a
benefícios fiscais obtidos no exterior, em conseqüência de iniciativas de
P á g i n a
planejamento tributário implementadas no início de 2003. Além disso, a
taxa efetiva da Companhia em 2003 reflete o impacto da ausência de
amortização de ágio, que não é dedutível para fins fiscais.
LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL
Em 30 de junho de 2004, a Companhia continuava a demonstrar uma
liquidez substancial, com capital de giro de US$ 3,6 bilhões e um índice
de liquidez – definido como o ativo circulante dividido pelo passivo
circulante – de 1,5. Incluídos nesses US$ 3,6 bilhões de capital de giro
estão US$ 575 milhões em moeda corrente, disponibilidades e títulos e
valores mobiliários de curto prazo, assim como US$ 3,2 bilhões de
estoques de commodities com liquidez imediata.O caixa gerado pelas
atividades operacionais totalizou US$ 33 milhões em 2004, em comparação com US$ 1,1 bilhão no exercício anterior. Essa queda deveu-se,
principalmente, a um aumento das exigências de capital de giro resultante,
sobretudo, do impacto da elevação dos preços das matérias-primas com
base em commodities agrícolas. O montante de moeda corrente utilizada
em atividades de investimentos diminuiu US$ 485 milhões no exercício,
totalizando US$ 574 milhões, devido, principalmente, à diminuição do
investimento em ativos líquidos das empresas adquiridas. O caixa gerado
pelas atividades financeiras foi de US$ 316 milhões. As compras das ações
ordinárias da Companhia registraram redução de US$ 97 milhões,
totalizando US$ 4 milhões. Os empréstimos tomados nos termos dos
contratos de linhas de crédito totalizaram US$ 484 milhões em 2004, em
comparação com empréstimos de US$ 282 milhões em 2003, devido à
necessidade de financiar níveis mais elevados de capital de giro, motivada
pelo aumento dos preços das commodities.
Os recursos de capital foram fortalecidos, como mostra o aumento
do patrimônio líquido da Companhia para US$ 7,7 bilhões. O índice
de endividamento de longo prazo em relação ao capital total da
Companhia (total da dívida de longo prazo e do patrimônio líquido
da Companhia) diminuiu para 33% em 30 de junho de 2004, comparado
a 35% em 30 de junho de 2003. Esse índice é uma medida da liquidez
da Companhia a longo prazo, consistindo em um indicador de sua
flexibilidade financeira. Os commercial papers e as linhas de crédito de
bancos comerciais estão disponíveis para atender às necessidades sazonais de caixa. Em 30 de junho de 2004, a Companhia tinha US$ 1,8
bilhão em circulação e mais US$ 2,7 bilhões disponíveis em razão dos
programas de commercial papers e linhas de crédito bancárias. A
Standard & Poor’s e a Moody’s classificam os commercial papers da
Companhia como A-1 e P-1, respectivamente, e classificam seu
endividamento de longo prazo como A+ e A1, respectivamente. Além
do fluxo de caixa gerado pelas operações, a Companhia tem acesso a
capital próprio e de terceiros junto a numerosas alternativas de fontes
públicas e privadas nos mercados doméstico e internacional.
Obrigações contratuais e compromissos comerciais
No curso normal dos negócios, a Companhia firma contratos e
compromissos que a obrigam a realizar pagamentos futuros. A tabela
abaixo apresenta as obrigações futuras significativas da Companhia,
conforme o vencimento. Esta tabela inclui os contratos envolvendo
commodities firmados no curso normal dos negócios, descritos com
mais detalhes na seção “Instrumentos e posições sensíveis a risco de
mercado” no tópico “Avaliação das Operações e Situação Financeira
pela Administração”, além dos contratos relacionados à aquisição de
energia firmados também no curso normal dos negócios. Onde aplicável,
as informações incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas
e notas estarão referidas na tabela.
2 8
Archer Daniels Midland Company
Obrigações
contratuais
Nota
explicativa
Compras
Estoques
Energia
Outros
Total de compras
Endividamento de curto prazo
Endividamento de longo prazo
Arrendamento financeiro
Pagamentos de juros (estimativa)
Arrendamentos operacionais
Total
Total
Pagamentos devidos, conforme o vencimento
Menos de
2-3
4-5
Mais de
1 ano
anos
anos
5 anos
(Em milhares de dólares norte-americanos)
................................
................................
................................
................................
$ 9.395.518
659.574
714.615
10.769.707
$ 9.213.157
281.166
160.751
9.655.074
$ 176.966
329.742
214.050
720.758
$ 5.395
41.649
108.815
155.859
$
................................
Nota 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nota 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
................................
Nota 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
................................
1.770.512
3.835.977
64.693
5.714.998
249.978
$ 22.405.865
1.770.512
148.751
12.044
276.046
56.830
$ 11.919.257
—
208.063
27.191
539.473
77.866
$ 1.573.351
—
109.280
17.364
500.272
45.213
$ 827.988
—
3.369.883
8.094
4.399.207
70.069
$ 8.085.269
Em 30 de junho de 2004, a Companhia estima que a conclusão das
imobilizações em andamento e outros compromissos assumidos
relativos a compras ou construção de seu ativo imobilizado custarão
aproximadamente US$ 514 milhões. A Companhia é sócia comanditária em vários fundos de participação societária que investem,
principalmente, em mercados emergentes com potencial de processamento agrícola. Em 30 de junho de 2004, o valor contábil desses
investimentos era de US$ 418 milhões. A Companhia tem compromissos de capital futuros de US$ 156 milhões relacionados com essas
sociedades e espera que eles, em sua maior parte, se exigidos, sejam
pagos pelos fluxos de caixa gerados pelas próprias sociedades.
Além disso, a Companhia mantém acordos de garantia de dívida,
principalmente relacionados às empresas avaliadas pelo método de
equivalência patrimonial, que poderiam obrigá-la a realizar pagamentos futuros em razão de compromissos contingentes. As
responsabilidades da Companhia, nos termos previstos nesses
acordos, só entram em vigor se a entidade principal não cumprir sua
obrigação contratual. Se for solicitada a realizar pagamentos relativos
a essas garantias, a Companhia terá, em conformidade com a maioria
desses acordos, participação societária nos ativos correspondentes da
entidade principal. Em 30 de junho de 2004, essas garantias de dívida
totalizavam aproximadamente US$ 398 milhões. Os empréstimos a
pagar nos termos dessas garantias eram de US$ 311 milhões em 30
de junho de 2004.
Práticas contábeis críticas
O processo de preparação das demonstrações financeiras requer que
a administração faça estimativas e julgamentos que afetam os valores
contábeis dos ativos e passivos da Companhia, assim como o
reconhecimento das receitas e despesas. Essas estimativas e
julgamentos são baseados na experiência histórica da Companhia e
no conhecimento e entendimento que a administração tem dos fatos
e situação atuais. Certas práticas contábeis da Companhia são
consideradas críticas, pois são importantes para a apresentação das
P á g i n a
—
7.017
230.999
238.016
demonstrações financeiras e requerem julgamento significativo ou
complexo por parte da administração. A administração discutiu com o
Comitê de Auditoria da Companhia o desenvolvimento, a seleção, a
divulgação e a aplicação dessas práticas contábeis críticas. Não houve
mudanças relevantes em relação às práticas contábeis críticas do
exercício anterior. A seguir, as práticas contábeis que a administração
considera críticas para as demonstrações financeiras da Companhia.
Estoques e derivativos
Certos estoques de commodities agrícolas comercializáveis, contratos
de compra e venda a preço fixo para entrega futura e contratos de
opções negociáveis em bolsa são avaliados a valores de mercado
estimados. Essas commodities agrícolas comercializáveis são
negociadas livremente, têm preços cotados pelo mercado e podem ser
vendidas sem nenhum processamento adicional significativo. A
administração estima os valores de mercado com base nos preços
cotados em bolsa, ajustados conforme as diferenças nos mercados
locais. As mudanças nos valores de mercado desses estoques e
contratos são reconhecidas na demonstração do resultado como um
componente do custo dos produtos vendidos. Caso a administração
tivesse usado métodos ou fatores diferentes para estimar o valor de
mercado, os valores informados como estoques e custo dos produtos
vendidos poderiam ser diferentes. Além disso, se as condições de
mercado mudarem depois do final do exercício, os valores divulgados
em períodos futuros como estoques e custo de produtos vendidos com
divulgação futura podem vir a ser diferentes.
A Companhia, periodicamente, usa contratos de derivativos para fixar
o preço de compra de volumes antecipados de commodities a ser
compradas e processadas em meses futuros. Esses contratos de derivativos são designados como hedge do fluxo de caixa. Historicamente,
as flutuações no valor de mercado desses contratos de derivativos têm
sido altamente eficazes para compensar as oscilações de preços dos
itens protegidos por hedge, e espera-se que continuem a sê-lo. Os
ganhos e as perdas decorrentes de transações com hedge em aberto
2 9
Relatório Anual 2004
AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O
F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO)
e concluídas são diferidos em outras receitas totais, líquidos do
imposto de renda aplicável, e reconhecidos como um componente do
custo dos produtos vendidos na demonstração do resultado em que o
item protegido por hedge é reconhecido. Se for determinado que os
instrumentos de derivativos não são mais eficazes para compensar as
oscilações de preços dos itens protegidos por hedge, as flutuações no
valor de mercado desses contratos futuros negociados em bolsa serão
registradas nas demonstrações do resultado como um componente do
custo dos produtos vendidos.
Planos de benefícios para os empregados
A Companhia proporciona benefícios de aposentadoria a
praticamente todos os empregados locais e de certas subsidiárias
internacionais. A Companhia também proporciona benefícios de
planos de saúde pós-aposentadoria e seguro de vida a praticamente
todos os empregados assalariados locais. Com a finalidade de
determinar as despesas e a situação dos recursos desses planos
de benefícios para os empregados, a administração desenvolve várias
estimativas e premissas, entre elas as relativas a taxas de juros usadas
para descontar alguns passivos, taxas de retorno sobre ativos
alocados para financiar esses planos, taxas de aumentos salariais,
taxas de rotatividade dos empregados, taxas de mortalidade e futuros
custos com planos de saúde previstos. Essas estimativas e premissas
são baseadas na experiência histórica da Companhia e no
conhecimento e entendimento que a administração tem dos fatos e
situação atuais. A Companhia faz uso de especialistas terceirizados
para ajudar a administração na determinação das despesas e dos
fundos dos planos de benefícios para os empregados. O uso, pela
administração, de estimativas e premissas diferentes no que diz
respeito a esses planos poderia resultar em variações significativas na
situação de financiamento dos planos, e a Companhia poderia
reconhecer valores de despesas diferentes em períodos futuros.
Impostos sobre a renda
A Companhia freqüentemente enfrenta autuações impostas pelas
autoridades fiscais domésticas e estrangeiras no que diz respeito aos
valores de impostos devidos. Essas autuações incluem questões
relativas à época e ao valor de deduções e à alocação de resultados
entre várias jurisdições fiscais. Ao avaliar os riscos de contingências
associados às várias posições de arrecadação de impostos, a
Companhia registra provisões para prováveis riscos de contingências.
Ativos fiscais diferidos representam itens a ser usados como deduções
fiscais ou créditos em futuras restituições de impostos, e o benefício
fiscal relacionado já foi reconhecido na demonstração do resultado da
Companhia. A realização desses ativos fiscais diferidos reflete as
estratégias de planejamento tributário da Companhia. Foram
estabelecidas provisões para perdas relacionadas a esses ativos fiscais
diferidos até o montante considerado não provável de realização do
benefício fiscal. Com base na avaliação da posição fiscal da
P á g i n a
Companhia pela administração, acredita-se que os valores relativos a
essas contingências fiscais estejam adequadamente provisionados. À
medida que a Companhia possa obter resultado favorável em
questões nas quais provisões tenham sido constituídas ou venha a ser
obrigada a pagar valores maiores que os das provisões mencionadas
acima, a taxa efetiva de imposto de renda da Companhia relativa às
demonstrações financeiras de um certo período pode ser afetada.
Contingências com processos
Conforme descrito na Nota 15 às demonstrações financeiras
consolidadas, a Companhia está sujeita a várias contingências
relacionadas a processos judiciais. A administração tenta avaliar a
probabilidade e a extensão da perda causada por essas contingências
e faz uma provisão para um passivo e/ou divulga as circunstâncias
relevantes, conforme o caso. A administração acredita que qualquer
passivo que possa surgir para a Companhia em conseqüência de
processos legais ora pendentes não terá nenhum efeito adverso
significativo sobre a situação financeira ou sobre os resultados das
operações da Companhia.
Ativos descontinuados e baixas contábeis
A Companhia opera principalmente com compra, transporte,
armazenagem, processamento e comercialização de commodities e
produtos agrícolas. Esse segmento comercial é de natureza global
e requer grandes investimentos em ativo imobilizado. Tanto a
disponibilidade de matérias-primas da Companhia como a demanda
por seus produtos acabados orientam-se por fatores imprevisíveis,
como clima, plantios, programas e políticas agrárias dos governos
(locais e internacionais), mudanças no crescimento populacional, nos
padrões de vida e na produção de culturas similares e concorrentes.
Portanto, esses fatores imprevisíveis mencionados acima podem
causar uma mudança repentina na dinâmica de oferta/demanda por
matérias-primas e produtos acabados da Companhia. Essa mudança
repentina levará a administração a avaliar a eficiência e a
lucratividade da base de ativos imobilizados da Companhia em termos
de localização geográfica, porte e idade de suas fábricas. A
Companhia, periodicamente, também investirá em equipamentos e
tecnologias relacionados a novos produtos de valor agregado
manufaturados a partir de commodities e produtos agrícolas. Esses
novos produtos nem sempre obtêm êxito, tanto da perspectiva da
produção comercial como da de marketing. A administração avalia o
ativo imobilizado da Companhia quanto à sua deterioração
(“impairment”), sempre que haja qualquer indício de perda de valor.
Os ativos são descontinuados depois do estudo de sua capacidade de
utilização para os fins previstos, de seu emprego em usos alternativos
ou de sua venda para a recuperação de seu valor contábil. Caso a
administração usasse, em sua avaliação, estimativas e premissas
diferentes sobre a base de ativos imobilizados, a Companhia poderia
vir a reconhecer valores diferentes de despesas em períodos futuros.
3 0
Archer Daniels Midland Company
Avaliação de Títulos e Valores Mobiliários e
Investimentos em Coligadas
INSTRUMENTOS E POSIÇÕES SENSÍVEIS A RISCO
DE MERCADO
A Companhia classifica a maioria de seus títulos e valores mobiliários
como disponíveis para venda e lança esses títulos por seu valor justo.
Os investimentos em coligadas são lançados ao custo mais
equivalência patrimonial em lucros não distribuídos. Nos casos de
títulos negociáveis em bolsa, o valor justo dos investimentos da
Companhia estará prontamente disponível com base nos preços
cotados pelo mercado. Nos casos de títulos que não são negociáveis
em bolsa, a análise da administração do valor justo baseia-se em
metodologias de avaliação, inclusive fluxos de caixa descontados e
estimativas de receitas de vendas. No caso de um declínio no valor
justo de um investimento abaixo do valor lançado, a administração
pode ter que determinar se o declínio no valor justo não é temporário.
Ao avaliar a natureza de um declínio no valor justo de um
investimento, a administração considera a situação de mercado,
tendências de lucros, fluxos de caixa descontados, múltiplos de preços,
volumes de negociação e outras medidas-chave do investimento,
assim como a capacidade e a intenção da Companhia de manter o
investimento. Quando um declínio de valor como esse é considerado
não temporário, a perda por deterioração (“impairment”) correspondente é reconhecida nos resultados operacionais do período corrente.
Veja as Notas 2 e 4 às demonstrações financeiras consolidadas da
Companhia para obter informações sobre títulos e valores mobiliários
e investimentos em coligadas. Caso a administração usasse
estimativas e premissas diferentes em sua avaliação desses títulos e
valores mobiliários, a Companhia poderia vir a reconhecer valores
diferentes de despesas em períodos futuros.
A Companhia é sócia comanditária em vários fundos de participação
societária que investem, principalmente, em mercados emergentes
com potencial de processamento agrícola. A Companhia contabiliza a
participação nessas sociedades limitadas com base no método de
equivalência patrimonial. Portanto, a Companhia registra, em suas
demonstrações consolidadas do resultado, sua participação
proporcional nos lucros ou prejuízos líquidos dessas sociedades. As
sociedades limitadas avaliam seus investimentos ao valor justo. Dessa
forma, os lucros e perdas não realizados relativos à variação no valor
justo desses investimentos são registrados nas demonstrações do
resultado das sociedades limitadas. A avaliação desses investimentos,
conforme determinação do sócio comanditado, pode ser subjetiva, e
os valores podem variar significativamente dentro de um curto
período de tempo. Alguns dos fatores que causam a subjetividade e
volatilidade dessas avaliações incluem iliquidez e posições
minoritárias nesses investimentos, flutuações cambiais, bolsas de
títulos e valores mobiliários menos regulamentadas e os riscos e
limitações inerentes aos mercados emergentes. A Companhia registra
os resultados dessas sociedades limitadas com base nas informações
que lhe são fornecidas pelo sócio comanditado. Devido à
subjetividade e à volatilidade na avaliação desses investimentos, seu
valor justo e, conseqüentemente, os resultados da Companhia, podem
variar significativamente em períodos futuros.
O risco de mercado inerente aos instrumentos e posições sensíveis a
risco de mercado da Companhia é o prejuízo potencial decorrente de
mudanças adversas nos preços futuros das commodities (pois eles se
relacionam à posição líquida de commodities da Companhia), preços
de títulos patrimoniais negociáveis, preços de mercado de
investimentos em sociedades limitadas, taxas de câmbio de moedas
estrangeiras e taxas de juros, conforme descritos abaixo.
P á g i n a
Commodities
A disponibilidade e o preço das commodities agrícolas estão sujeitas
a grandes flutuações devido a fatores imprevisíveis como clima,
plantios, programas e políticas agrárias de governos (locais e
internacionais), mudanças no crescimento da população, nos padrões
de vida e na produção global de culturas similares e concorrentes.
Para reduzir os riscos de preço causados por flutuações do mercado,
a Companhia geralmente segue a política de usar contratos futuros
negociados em bolsa e contratos de opções para minimizar sua
posição líquida de estoques de commodities agrícolas comercializáveis e contratos de compra e venda para entrega futura. A
Companhia também usará os contratos de compra e venda a preço
fixo para entrega futura e contratos de opções negociáveis em bolsa
como componentes das estratégias de comercialização para melhorar
as margens. Os resultados dessas estratégias podem sofrer impactos
significativos de fatores como a volatilidade da relação entre o valor
de contratos futuros de commodities negociados em bolsa e os preços
à vista das referidas commodities, inadimplência contratual e
volatilidade dos mercados de fretes. Além disso, a Companhia,
periodicamente, faz uso dos contratos futuros que são designados
como coberturas de risco de volumes específicos de commodities que
serão compradas e processadas em meses futuros. As variações no
valor de mercado desses contratos futuros têm sido, historicamente,
altamente eficazes para compensar as oscilações de preços dos itens
protegidos por hedge, e espera-se que continuem a sê-lo. Os ganhos
e as perdas provenientes de transações de hedge em aberto e
concluídas são diferidos em outras receitas totais, líquidos dos
impostos aplicáveis, e reconhecidos como um componente do custo
dos produtos vendidos na demonstração do resultado quando o item
protegido por hedge é reconhecido.
Foi preparada uma análise de sensibilidade para estimar a exposição
da Companhia a risco de mercado com relação a sua posição líquida
diária de commodities. A posição de commodities líquida diária da
Companhia consiste de estoques, respectivos contratos de compra e
venda e contratos futuros negociados em bolsa, inclusive aqueles que
servem de hedge para proteger certas necessidades de produção. O
valor justo dessa posição líquida diária de commodities é a soma dos
valores justos calculados para cada commodity, avaliando-se cada
posição líquida conforme as cotações de preços nos mercados de
futuros. O risco de mercado é estimado como a perda potencial no
valor justo proveniente de uma variação hipotética adversa de 10%
nesses preços. Os resultados reais podem se mostrar diferentes
dos previstos.
3 1
Relatório Anual 2004
AVA L I A Ç Ã O D A S O P E R A Ç Õ E S E S I T U A Ç Ã O
F I N A N C E I R A P E L A A D M I N I S T R A Ç Ã O 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 4 (CONTINUAÇÃO)
2004
2003
Valor Risco de
Valor Risco de
justo mercado
justo mercado
(Em milhões de dólares norte-americanos)
Maior posição vendida . . . . . . . . . . $ 754
$ 75
$ 611
$ 61
Maior posição comprada . . . . . . . .
506
51
485
49
Posição média vendida (comprada) . . .
31
3
51
5
Moedas
O aumento no valor justo de 2004, comparado com o de 2003,
resultou principalmente de um aumento no valor justo de mercado
dos títulos, parcialmente compensado pelas vendas de títulos.
A fim de reduzir o risco de flutuações das taxas de câmbio de moedas
estrangeiras, exceto para valores investidos permanentemente
conforme descrito abaixo, a Companhia segue a política de fazer
hedge para praticamente todas as transações denominadas em
moedas outras que não as moedas funcionais aplicáveis a cada uma
de suas várias subsidiárias. Os instrumentos usados para cobertura de
risco são contratos futuros prontamente negociáveis em bolsa e
contratos a termo com bancos. As variações no valor de mercado
desses contratos mantêm correlação estreita com as variações nas
taxas de câmbio das moedas estrangeiras das transações de hedge
correspondentes. A perda potencial do valor justo dessa posição
cambial líquida resultante de uma variação adversa hipotética de 10%
nas taxas de câmbio da moeda estrangeira não é significativa.
O valor que a Companhia considera permanentemente investido em
subsidiárias e coligadas no exterior, convertido em dólares às taxas
de câmbio do final do exercício, é de US$ 3,6 bilhões em 30 de junho de
2004 e de US$ 3,3 bilhões em 30 de junho de 2003. Esse aumento é
devido, principalmente, ao fortalecimento do euro e da libra esterlina
em relação ao dólar norte-americano e, em menor grau, ao aumento
dos lucros retidos das subsidiárias e coligadas no exterior. A perda
potencial do valor justo resultante de uma variação hipotética adversa de
10% nas taxas de câmbio de moeda estrangeira é de US$ 361 milhões
e US$ 331 milhões em 2004 e 2003, respectivamente. Os resultados
reais podem se mostrar diferentes dos previstos.
Sociedades limitadas
Juros
A Companhia é sócia comanditária em vários fundos de participação
societária que investem, principalmente, em mercados emergentes
com potencial de processamento agrícola. A Companhia contabiliza a
participação nessas sociedades limitadas com base no método de
equivalência patrimonial. Portanto, a Companhia registra, em suas
demonstrações consolidadas do resultado, sua participação
proporcional nos lucros ou prejuízos líquidos dessas sociedades. As
sociedades limitadas avaliam seus investimentos ao valor justo. O
risco é estimado como a perda potencial do valor justo, resultante de
uma variação hipotética adversa de 10% nos preços de mercado dos
investimentos nas sociedades limitadas. Os resultados reais podem se
mostrar diferentes dos previstos.
O valor justo do endividamento de longo prazo da Companhia é
estimado, como segue, usando-se as cotações de mercado, quando
disponíveis, e fluxos de caixa futuros descontados com base nas atuais
taxas de empréstimo incrementais da Companhia para tipos similares
de transações de empréstimo. Esse valor justo excedeu o valor
contábil do endividamento de longo prazo. O risco de mercado é
estimado como o aumento potencial do valor justo resultante de uma
queda hipotética de meio ponto percentual nas taxas de juros. Os
resultados reais podem se mostrar diferentes dos previstos.
A queda no valor justo da posição média de 2004, em comparação
com a de 2003, resultou principalmente de uma queda na posição
líquida diária de commodities, parcialmente compensada por um
aumento dos preços cotados em mercados futuros.
Títulos patrimoniais
Os títulos patrimoniais, que são demonstrados ao valor justo, estão
expostos a risco de preço. O valor justo de títulos mobiliários é
baseado nos preços cotados pelo mercado. O risco é estimado como
a perda potencial no valor justo proveniente de uma variação adversa
hipotética de 10% nas cotações de mercado. Os resultados reais
podem se mostrar diferentes dos previstos.
2004
2003
(Em milhões de dólares
norte-americanos)
Valor justo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 773
$ 519
Risco de mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
77
52
2004
2003
(Em milhões de dólares
norte-americanos)
Valor justo dos investimentos
em sociedades limitadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 447
Risco de mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
45
$ 429
43
2004
2003
(Em milhões de dólares
norte-americanos)
Valor justo do endividamento de longo prazo . . . . $ 4.237
$ 4.753
Diferença entre o valor justo e o valor contábil . . .
497
881
Risco de mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
203
232
A redução do valor justo no exercício corrente resultou,
principalmente, de um aumento nas taxas de juros cotadas.
O aumento no valor justo em 2004, comparado com o de 2003,
resultou principalmente de um aumento no valor justo de mercado
dos investimentos em sociedades limitadas, parcialmente
compensado pelos retornos de capital.
P á g i n a
3 2
Archer Daniels Midland Company
R E S U M O D A S P R I N C I P A I S
P R Á T I C A S C O N T Á B E I S
Contexto operacional
A Companhia opera principalmente com compra, transporte,
armazenagem, processamento e comercialização de commodities e
produtos agrícolas.
Princípios de consolidação
Em janeiro de 2003, o Financial Accounting Standards Board (FASB)
emitiu a Interpretação Número 46, “Consolidation of Variable Interest
Entities, an Interpretation of Accounting Research Bulletin No. 51”
(“Consolidação das Entidades de Participação Variável, de acordo com
a Interpretação do Boletim de Pesquisa no 51, FIN 46). Em dezembro
de 2003, o FASB alterou a FIN 46 para efetuar certas correções
técnicas e tratar de determinadas questões de implementação que
haviam surgido. Uma entidade de participação variável (VIE, na sigla
em inglês) é uma sociedade por ações, sociedade de pessoas,
fideicomisso ou qualquer outra forma jurídica usada para fins
comerciais que não tenha investidores com ações com direito a voto,
ou cujos investidores patrimoniais não forneçam recursos financeiros
suficientes para que a entidade desenvolva suas atividades. A FIN
46 exige que a VIE seja consolidada pela Companhia se essa empresa
for a principal beneficiária da VIE. O principal beneficiário de uma VIE
é uma entidade sujeita à maior parte dos riscos de perda gerados
pelas atividades da VIE ou com direito a receber a maior parte dos
retornos residuais da entidade, ou os dois fatos. A Companhia adotou
as disposições da nova FIN 46 em 31 de março de 2004. Em 30 de
junho de 2004, a Companhia tinha US$ 418 milhões de investimentos
em fundos de participação societária, incluídos os investimentos em
coligadas, que são considerados VIE nos termos da FIN 46. Os riscos
e ganhos residuais da Companhia devidos a essas VIE são
proporcionais à participação societária da Companhia, que não é a
principal beneficiária de nenhuma dessas VIE.
As demonstrações financeiras consolidadas de 30 de junho de 2004 e
dos três exercícios findos em 30 de junho incluem as contas da
Companhia e das subsidiárias nas quais tem participação majoritária.
Os investimentos em coligadas são demonstrados ao custo mais
resultado de equivalência patrimonial em lucros não distribuídos
desde a aquisição. Todas as contas e transações significativas entre
empresas relacionadas foram eliminadas.
Uso de estimativas
A preparação das demonstrações financeiras consolidadas em
conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos requer
que a administração desenvolva estimativas e premissas que afetam
os valores mencionados nas demonstrações financeiras consolidadas
da Companhia e nas notas explicativas anexas. Os resultados reais
podem ser diferentes dos estimados.
Disponibilidades
A Companhia considera disponibilidades todos os investimentos não
segregados de alta liquidez com vencimento inferior a três meses no
momento da compra.
P á g i n a
Disponibilidades segregadas
e investimentos segregados
A Companhia segrega certos saldos em moeda corrente e
investimentos, de acordo com certas exigências regulatórias, das
bolsas de commodities e acordos de seguros. Esses saldos segregados
representam depósitos recebidos de clientes que negociam
instrumentos de commodities negociados em bolsas, títulos e valores
mobiliários caucionados em câmaras de compensação de bolsas de
commodities e disponibilidades e títulos e valores mobiliários
caucionados como títulos e valores mobiliários nos termos de certos
acordos de seguros. As disponibilidades segregadas e os investimentos
segregados consistem principalmente de títulos e valores mobiliários
do governo dos E.U.A. e fundos do mercado monetário.
Contas a receber de clientes
A Companhia registra as contas a receber de clientes pelo valor
realizável líquido. Esse valor inclui uma provisão apropriada para
créditos de liquidação duvidosa, de modo a refletir quaisquer perdas
previstas nos saldos das contas a receber de clientes. A Companhia
calcula essa provisão com base no seu histórico de baixas contábeis,
no nível de contas vencidas e não pagas e na sua relação com os
clientes e suas respectivas situações econômicas.
O risco de crédito das contas a receber é minimizado em conseqüência
da natureza ampla e diversificada da carteira mundial de clientes da
Companhia, que controla sua exposição ao risco de crédito por meio
de aprovações de crédito, limites de crédito e procedimentos de
monitoramento. Em geral, não se exigem garantias para as contas a
receber de clientes da Companhia.
Estoques
Os estoques de certas commodities agrícolas comercializáveis, que
incluem quantidades adquiridas conforme contratos com preços a
fixar, são demonstrados ao valor de mercado. Além disso, a
Companhia avalia certos estoques com base no menor custo,
determinado pelo método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou
UEPS (último a entrar, primeiro a sair), ou ainda a valor de mercado.
Títulos e valores mobiliários
A Companhia classifica todos os seus títulos e valores mobiliários
como disponíveis para venda, exceto determinados títulos e valores
mobiliários classificados como títulos e valores mobiliários para negociação. Os títulos e valores mobiliários disponíveis para venda são
demonstrados ao valor justo, com os ganhos e perdas não realizados,
líquidos de impostos sobre a renda, lançados como um dos componentes de outras receitas (despesas) totais. Os ganhos e perdas não
realizados relacionados às negociações de títulos e valores mobiliários
atualmente são incluídos na demonstração do resultado. A Companhia
utiliza o método de identificação específica quando os títulos são
vendidos ou classificados na demonstração do resultado, e não em
outras receitas (despesas) totais acumuladas.
3 3
Relatório Anual 2004
R E S U M O D A S P R I N C I P A I S
P R Á T I C A S C O N T Á B E I S (CON
T I N U A Ç Ã O )
Ativo imobilizado
Dados por ação
O ativo imobilizado é demonstrado ao custo, e os custos de reparos e
manutenção são lançados como despesa, conforme incorridos. Para
fins de emissão de relatórios financeiros, a Companhia geralmente usa
o método linear no cálculo da depreciação. Para fins de imposto de
renda, a Companhia geralmente usa métodos de depreciação
acelerada. As provisões anuais de depreciação foram computadas de
acordo, principalmente, com as seguintes faixas de vida útil dos ativos:
para edificações, de 10 a 50 anos; para máquinas e equipamentos, de
3 a 30 anos.
Os lucros básicos por ação ordinária são determinados dividindo-se os
lucros líquidos pelo número médio ponderado de ações ordinárias em
circulação. Ao calcular os lucros diluídos por ação, o número médio
ponderado das ações ordinárias em circulação é aumentado pelas
opções restritas não exercidas e opções sobre ações ordinárias em
circulação com preços de exercício abaixo dos preços médios de
mercado das ações ordinárias em cada exercício. O número de opções
sobre ações ordinárias em circulação excluídas do cálculo dos lucros
diluídos por ação não é significativo.
Ativos descontinuados e baixas contábeis
Remuneração com base em ações
A Companhia registrou despesas de US$ 51 milhões, US$ 13 milhões
e US$ 83 milhões em custo de produtos vendidos em 2004, 2003 e
2002, respectivamente, relacionadas principalmente a certos ativos de
longa duração descontinuados e baixas contábeis. A maioria desses
ativos estava ociosa e a decisão de baixá-los foi tomada após o
estudo da capacidade de utilização dos ativos para seus fins originais,
de seu emprego em usos alternativos ou de sua venda visando à
recuperação do valor contábil. Depois das baixas, o valor contábil
desses ativos não é significativo. Além disso, em 2002 as perdas por
deterioração (“impairment”) incluíram uma baixa pelo valor justo dos
ativos que se destinavam a ser usados em uma nova linha
de produtos.
A Companhia contabiliza a remuneração com base em ações de
acordo com a Accounting Principles Board Opinion Number 25,
“Accounting for Stock Issued to Employees” (Opinião Número 25 da
Junta de Princípios Contábeis, "Contabilização de Ações Emitidas para
Empregados”, APB 25). De acordo com a APB 25, as despesas de
remuneração são reconhecidas se o preço de exercício da opção sobre
ações do empregado for menor que o preço de mercado na data da
respectiva concessão. A tabela a seguir ilustra o efeito sobre o lucro
líquido e o lucro por ação, se o método do valor justo tivesse sido
aplicado a todas as opções, em circulação e não exercidas, e
concessões aos empregados em cada período.
Vendas líquidas
Lucro líquido, conforme divulgado . . . . . . . .
Adição: despesas de remuneração com base
em ações, divulgadas no lucro líquido,
depois do respectivo imposto . . . . . . . . .
Dedução: despesa de remuneração com base
em ações, determinada pelo método do valor
justo, líquido do respectivo imposto . . . . .
Lucro líquido pro forma . . . . . . . . . . . . . . . .
Lucro por ação:
Básico e diluído – conforme divulgado . . . . .
Básico – pro forma . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Diluído – pro forma . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A prática adotada pela Companhia é reconhecer a receita de vendas
no momento da entrega do produto. Incluídos como um componente
das vendas líquidas estão os custos de frete e despesas de manuseio
relacionados às vendas.
No quarto trimestre de 2002, quando adquiriu o controle acionário da
A.C. Toepfer International, aumentando sua participação para 80%, a
Companhia começou a consolidar as operações da ACTI. Antes do
quarto trimestre de 2002, a Companhia contabilizava a ACTI, empresa
global de comercialização e fornecimento de commodities e produtos
agrícolas, pelo método de equivalência patrimonial. As receitas de
vendas líquidas da ACTI foram de aproximadamente US$ 6,3 bilhões
e US$ 5,8 bilhões em 2004 e 2003, respectivamente, e cerca de
US$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2002.
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares,
exceto valor por ação)
$ 494.710
$ 451.145
$ 511.093
4.566
2.706
464
8.748
$ 490.528
8.125
$ 445.726
6.018
$ 505.539
$ 0,76
$ 0,76
$ 0,75
$ 0,70
$ 0,69
$ 0,69
$ 0,78
$ 0,77
$ 0,77
O valor justo de cada concessão de opção é estimado, na data da
respectiva concessão, usando-se o modelo Black-Scholes
de determinação de preço de opções, para fins de lucro líquido
pro forma. As premissas usadas no modelo Black-Scholes são
as seguintes:
Rendimento dos dividendos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Taxa de juros sem risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Volatilidade da ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vida média esperada (anos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2004
2%
4%
28%
9
2003
2%
4%
30%
6
2002
2%
5%
37%
5
Reclassificações
Certos itens das demonstrações financeiras do exercício anterior foram
reclassificados, para se adequar à apresentação do exercício corrente.
P á g i n a
3 4
Archer Daniels Midland Company
D E M O N S T R A Ç Õ E S
D O R E S U L T A D O
C O N S O L I D A D A S
Exercício findo em 30 de junho
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares norte-americanos, exceto valor por ação)
Vendas líquidas e outros resultados operacionais . . . . . . .
Custo dos produtos vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Lucro bruto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Despesas com vendas, gerais e administrativas . . . . . . . .
Outras despesas – líquidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Lucro antes dos impostos sobre a renda . . . . . . .
Impostos sobre a renda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$ 36.151.394
34.003.070
2.148.324
1.401.833
28.480
718.011
223.301
$ 494.710
Lucro básico e diluído por ação ordinária . . . . . . . . . . . . .
$
Número médio de ações em circulação . . . . . . . . . . . . . . .
0,76
647.698
$ 30.708.033
28.980.895
1.727.138
947.694
148.471
630.973
179.828
$ 451.145
$
0,70
646.086
$ 22.611.894
20.928.438
1.683.456
826.922
137.597
718.937
207.844
$ 511.093
$
0,78
656.955
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
P á g i n a
3 5
Relatório Anual 2004
B A L A N Ç O S P A T R I M O N I A I S
C O N S O L I D A D O S
30 de junho
ATIVO
2004
2003
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Ativo circulante
Disponibilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Disponibilidades segregadas e investimentos segregados . . . . . . . . . . .
Contas a receber de clientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Estoques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Outros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Total do ativo circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$
540.207
871.439
4.040.759
4.591.648
294.943
10.338.996
$
764.959
544.669
3.320.336
3.550.225
241.668
8.421.857
Investimentos e outros ativos
Investimentos em coligadas e adiantamentos para coligadas . . . . . . . .
Títulos e valores mobiliários a longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Outros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
......................................................
1.832.619
1.161.388
337.474
443.606
3.775.087
1.763.453
818.016
344.720
366.117
3.292.306
Ativo imobilizado
Terrenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Edificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Máquinas e equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Imobilizações em andamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
......................................................
Depreciação acumulada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.....................................................
.....................................................
190.136
2.568.472
10.658.282
263.332
13.680.222
(8.425.484)
5.254.738
$ 19.368.821
186.652
2.606.707
10.067.834
406.587
13.267.780
(7.799.064)
5.468.716
$ 17.182.879
P á g i n a
3 6
Archer Daniels Midland Company
30 de junho
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2004
2003
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Passivo circulante
Endividamento de curto prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$ 1.770.512
$ 1.279.483
Contas a pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.238.230
2.848.926
Despesas provisionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.580.700
988.175
Parcela de curto prazo do endividamento de longo prazo . . . . . . . . . . .
160.795
30.888
Total do passivo circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6.750.237
5.147.472
Endividamento de longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.739.875
3.872.287
Imposto de renda diferido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
653.834
543.555
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
526.659
550.368
......................................................
4.920.368
4.966.210
Ações ordinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5.431.510
5.373.005
Lucros reinvestidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.183.751
1.863.150
Outras receitas (despesas) totais acumuladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
82.955
(166.958)
.....................................................
7.698.216
7.069.197
.....................................................
$ 19.368.821
$ 17.182.879
Exigível a longo prazo
Patrimônio líquido
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
P á g i n a
3 7
Relatório Anual 2004
D E M O N S T R A Ç Õ E S C O N S O L I D A D A S
D O S F L U X O S D E C A I X A
Exercício findo em 30 de junho
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Atividades operacionais
Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ajustes para reconciliar o lucro líquido com o fluxo de
caixa gerado pelas atividades operacionais
Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ativos descontinuados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Imposto de renda diferido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Amortização do desconto das dívidas de longo prazo . . . . . . .
(Ganho) perda em transações com títulos e valores mobiliários . . .
Resultado de equivalência patrimonial em coligadas,
líquidos de dividendos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ações contribuídas para os planos de benefícios
para os empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Outros – líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aumento (redução) nos ativos e passivos operacionais
Disponibilidades e investimentos segregados . . . . . . . . . . .
Contas a receber de clientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Estoques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Outros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Contas a pagar e despesas provisionadas . . . . . . . . . . . . .
Total das atividades operacionais . . . . . . . . . . . . . .
Atividades de investimento
Aquisições de ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Receitas de venda de ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ativos líquidos das empresas adquiridas . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Investimentos em coligadas e adiantamentos
para coligadas, líquidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Distribuições de coligadas, excluindo dividendos . . . . . . . . . . . . .
Aquisições de títulos e valores mobiliários . . . . . . . . . . . . . . . . .
Receitas de venda de títulos e valores mobiliários . . . . . . . . . . . .
Outros – líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Total das atividades de investimento . . . . . . . . . . .
$ 494.710
$ 451.145
$ 511.093
685.613
50.576
(67.505)
4.245
(23.968)
643.615
13.221
105.086
5.111
363
566.576
82.927
(4.972)
47.494
(36.296)
(84.930)
(14.138)
(9.121)
23.281
(63.383)
23.591
125.316
23.263
103.777
(316.423)
(378.501)
(950.792)
(6.724)
667.140
33.339
(134.434)
(112.460)
(200.392)
(39.061)
202.213
1.069.176
(134.317)
(119.176)
(72.508)
(44.197)
388.609
1.303.152
(509.237)
57.226
(93.022)
(435.952)
40.061
(526.970)
(362.974)
16.553
(40.012)
(112.984)
122.778
(857.786)
786.492
32.098
(574.435)
(130.096)
40.113
(328.852)
271.340
11.258
(1.059.098)
(65.928)
68.891
(384.149)
345.004
(11.108)
(433.723)
Atividades financeiras
Empréstimos de longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Pagamentos de dívidas de longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Empréstimos (pagamentos) líquidos obtidos por meio
de linhas de crédito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aquisições de ações em tesouraria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Dividendos em moeda corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Receitas do exercício de opção sobre ações . . . . . . . . . . . . . . . .
Total das atividades financeiras . . . . . . . . . . . . . . .
4.366
(32.381)
517.222
(315.319)
7.621
(459.826)
483.764
(4.113)
(174.109)
38.817
316.344
281.669
(101.212)
(155.565)
1.971
228.766
(174.399)
(184.519)
(130.000)
8.652
(932.471)
Aumento (diminuição) das disponibilidades . . . . . . . . .
No início do exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
No final do exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(224.752)
764.959
$ 540.207
238.844
526.115
$ 764.959
(63.042)
589.157
$ 526.115
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
P á g i n a
3 8
Archer Daniels Midland Company
D E M O N S T R A Ç Õ E S C O N S O L I D A D A S D A S
M U T A Ç Õ E S D O P A T R I M Ô N I O L Í Q U I D O
Ações ordinárias
Ações
Valor
Lucros
reinvestidos
Outras receitas
(despesas)
totais
acumuladas
Total do
patrimônio
líquido
(em milhares de dólares norte-americanos)
Saldo em 1o de julho de 2001 . .
Receitas totais
Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . .
Outras receitas totais . . . . . . . . . .
Total de receitas totais . . . . . . .
Dividendos pagos em moeda
corrente US$ 0,20 por ação . . . . .
Aquisições de ações em tesouraria . . .
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Saldo em 30 de junho de 2002 . . .
Receitas totais
Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . .
Outras receitas totais . . . . . . . . . .
Total de receitas totais . . . . . . .
Dividendos pagos em moeda
corrente US$ 0,24 por ação . . . . .
Aquisições de ações em tesouraria . . .
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Saldo em 30 de junho de 2003 . . .
Receitas totais
Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . .
Outras receitas totais . . . . . . . .
Total de receitas totais . . . . .
Dividendos pagos em moeda
corrente US$ 0,27 por ação . . .
Aquisições de ações
em tesouraria . . . . . . . . . . . . . .
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Saldo em 30 de junho de 2004 . . .
662.378
$ 5.608.741
$ 1.187.357
$ (464.415)
$ 6.331.683
511.093
215.515
726.608
(130.000)
(12.818)
433
649.993
(184.519)
11.929
5.436.151
(880)
1.567.570
(248.900)
(130.000)
(184.519)
11.049
6.754.821
451.145
81.942
533.087
(155.565)
(8.410)
3.272
644.855
(101.212)
38.066
5.373.005
1.863.150
(166.958)
(155.565)
(101.212)
38.066
7.069.197
494.710
249.913
744.623
(174.109)
(174.109)
(309)
(4.113)
6.202
62.618
650.748 $ 5.431.510 $ 2.183.751
(4.113)
62.618
$ 7.698.216
$ 82.955
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
P á g i n a
3 9
Relatório Anual 2004
N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S
F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
1 – Aquisições
As aquisições de 2004 e 2003 foram contabilizadas como compras, de
acordo com o Statement of Financial Accounting Standards Number
141, “Business Combinations” (Declaração de Normas de Contabilidade
Financeira Número 141, “Combinações de Empresas” – SFAS 141).
Dessa forma, os ativos e passivos tangíveis foram ajustados aos valores justos correspondentes, com o restante do preço de compra,
quando aplicável, registrado como ágio. Os ativos intangíveis identificáveis adquiridos como parte dessas aquisições não são significativos.
Aquisições de 2004
Em 2004, a Companhia adquiriu cinco empresas ao custo total de
US$ 94 milhões. A Companhia não contabilizou nenhum ágio relativo
a essas aquisições.
Aquisições de 2003
Em 6 de setembro de 2002, a Companhia adquiriu todas as ações de
Classe A em circulação da Minnesota Corn Processors, LLC (MCP),
operador com instalações de moagem de milho úmido em Minnesota
e Nebraska. Essas ações de Classe A representavam 70% das ações
em circulação da MCP. Antes de 6 de setembro de 2002, a Companhia
possuía ações de Classe B sem direito a voto, que representavam os
restantes 30% das ações em circulação da MCP. A aquisição foi
estruturada como uma transação de compra de ações em moeda
corrente, por meio da qual a Companhia pagou aos acionistas da MCP
US$ 2,90 por cada ação de Classe A em circulação. A Companhia
pagou US$ 382 milhões pelas ações de Classe A em circulação e
assumiu US$ 233 milhões de endividamento de longo prazo da MCP.
Na data da aquisição da MCP, a Companhia reconheceu US$ 36 milhões
no passivo pelos custos do fechamento dos escritórios administrativos
da MCP e encerramento da joint-venture de marketing de adoçantes
de milho da MCP. A Companhia pagou a grande maioria dos custos
relacionados a essas atividades. Os resultados operacionais da MCP
estão consolidados no lucro líquido da Companhia desde 6 de setembro
de 2002. Antes de 6 de setembro de 2002, a Companhia contabilizava
seu investimento na MCP pelo método de equivalência patrimonial.
Em 24 de fevereiro de 2003, a Companhia adquiriu, da Associated
British Foods plc (ABF), seis moinhos de farinha localizados no Reino
Unido. A Companhia adquiriu os ativos e estoques dos moinhos da
ABF por aproximadamente US$ 96 milhões em moeda corrente e não
assumiu nenhum passivo relativo à aquisição. Os resultados
operacionais dos moinhos da ABF estão incluídos no lucro líquido da
Companhia desde 24 de fevereiro de 2003.
Em fevereiro de 2003, a Companhia fez uma oferta para adquirir
todas as ações em circulação da Pura plc (Pura), empresa sediada no
Reino Unido que processa e comercializa óleo comestível, por um
valor em moeda corrente de aproximadamente US$ 1,78 por ação.
Essas ações representavam 72% das ações em circulação da Pura.
Antes da oferta, a Companhia possuía 28% das ações em circulação
da Pura. A Companhia adquiriu um número suficiente de ações para
tornar-se a acionista majoritária da Pura em 7 de abril de 2003, e os
resultados das operações da Pura estão consolidados no lucro líquido
da Companhia desde 7 de abril de 2003. Antes de 7 de abril de 2003,
a Companhia contabilizava seu investimento na Pura pelo método de
equivalência patrimonial. Em 30 de junho de 2003, a Companhia
adquiriu todas as ações em circulação da Pura por US$ 58 milhões em
moeda corrente.
P á g i n a
A tabela a seguir resume os valores justos estimados dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos, relativos às aquisições de 2003 acima
referidas, nas datas dessas aquisições.
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
Ativo circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 205.595
Ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
700.283
Ágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
119.883
Investimentos em coligadas não consolidadas . . . . . . . . . . . . .
47.879
Outros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
12.459
Total de ativos adquiridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.086.099
Passivo circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
125.422
Exigível a longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
255.772
Imposto de renda diferido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
41.713
Outros passivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
23.730
Total de passivos assumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
446.637
Ativos líquidos adquiridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
639.462
Menos investimentos avaliados pelo método
da equivalênciapatrimonial na MCP e Pura
(incluindo ágio de US$ 16.867) na data de
aquisição, líquidos de impostos diferidos . . . . . . . . . . . . . . .
103.616
Preço de compra total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 535.846
Os ágios adquiridos relativos às aquisições de 2003, de US$ 6 milhões,
US$ 77 milhões e US$ 37 milhões, foram atribuídos aos segmentos de
Processamento de Sementes Oleaginosas, Processamento de Milho e
Outros, respectivamente. A Companhia estima que aproximadamente
US$ 106 milhões dos ágios adquiridos serão dedutíveis para fins fiscais.
2 – Títulos e valores mobiliários e disponibilidades
Ganhos não Perdas não
Custo
realizados realizadas Valor justo
2004
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Títulos emitidos pelo governo dos Estados Unidos
Vencimento em menos
de um ano . . . . $ 180.472 $
104 $ (135) $ 180.441
Outros títulos de dívida
Vencimento em menos
de um ano . . . .
137.127
2
(125)
137.004
Vencimento em 5 a
10 anos . . . . . . . .
90.000
—
(2.796)
87.204
Vencimento após
10 anos . . . . . .
306.231
—
(4.656)
301.575
Títulos patrimoniais
Disponíveis
para venda . . . .
435.668
326.043
(2.031)
759.680
Negociação . . . . . .
12.929
—
—
12.929
. . . . . . . . . . . . . . . . . $1.162.427 $ 326.149 $ (9.743) $ 1.478.833
Ganhos não Perdas não
Custo
realizados realizadas Valor justo
2003
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Títulos emitidos pelo governo dos Estados Unidos
Vencimento em menos
de um ano . . . . . . $ 265.993 $
172 $ (119) $ 266.046
Outros títulos de dívida
Vencimento em menos
de um ano . . . . . .
242.225
31
—
242.256
Vencimento em 5 a
10 anos . . . . . . .
170.561
2.947
—
173.508
Vencimento após
10 anos . . . . . . . .
124.735
1.193
—
125.928
Títulos patrimoniais
Disponíveis
para venda . . . . . .
443.551
67.560
(149)
510.962
Negociação . . . . . . .
7.618
—
—
7.618
. . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.254.683 $ 71.903 $ (268) $ 1.326.318
4 0
Archer Daniels Midland Company
Os US$ 10 milhões de perdas não realizadas em 30 de junho de 2004
se deram nos últimos doze meses.
3 – Estoques e derivativos
Para reduzir os riscos de preço causados por flutuações do mercado,
a Companhia geralmente adota a prática de usar contratos futuros
negociados em bolsa e contratos de opções para minimizar sua
posição líquida de estoques de commodities agrícolas
comercializáveis e contratos de compra e venda para entrega futura.
A Companhia também usará os contratos de compra e venda a preço
fixo para entrega futura e contratos de opções negociáveis em bolsa
como componentes das estratégias de comercialização para melhorar
as margens. Os resultados dessas estratégias podem sofrer impactos
significativos de fatores como a volatilidade da relação entre o valor
de contratos futuros de commodities negociadas em bolsa e os preços
à vista das referidas commodities, inadimplência contratual e
volatilidade dos mercados de fretes. Os estoques de certas
commodities agrícolas comercializáveis, que incluem quantidades
adquiridas conforme contratos de preço a fixar, são demonstrados ao
valor de mercado. Os contratos futuros e opções negociáveis em
bolsa, contratos de compra e venda para entrega futura de commodities agrícolas negociáveis não designados como hedge de valor justo
são avaliados ao preço de mercado. As variações no valor de mercado
dos estoques de commodities agrícolas comercializáveis, contratos de
compra e de venda para entrega futura e contratos futuros
negociáveis em bolsa são imediatamente reconhecidos nos lucros,
resultando em custo de mercadorias vendidas próximo ao levantado
pelo método de PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair). Os ganhos
não realizados em contratos de compra e de venda para entrega
futura e contratos futuros negociáveis em bolsa representam o valor
justo desses instrumentos e são classificados no balanço patrimonial
da Companhia como contas a receber. As perdas não realizadas em
contratos de compra e de venda para entrega futura e contratos
futuros negociáveis em bolsa representam o valor justo desses
instrumentos e são classificados no balanço patrimonial da
Companhia como contas a pagar.
A Companhia também avalia certos estoques com base no menor custo,
determinado pelo método UEPS (último a entrar, primeiro a sair) ou
PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair), ou ainda a valor de mercado.
2004
2003
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
Estoques UEPS
Valor PEPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 560.442
Provisão para perdas UEPS . . . . . . . . . . . . . .
(134.607)
Valor contábil dos estoques UEPS . . . . . . . . . . .
425.835
Estoques PEPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.366.755
Estoques a valor de mercado . . . . . . . . . . . . . . .
2.799.058
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.591.648
$ 343.552
(15.975)
327.577
1.257.655
1.964.993
$ 3.550.225
P á g i n a
A Companhia, periodicamente, faz uso de contratos futuros para fixar
o preço de compra de volumes antecipados de commodities que serão
compradas e processadas em meses futuros. A Companhia também
usa contratos futuros, opções e swaps para fixar o preço de aquisição
das necessidades de gás natural previstas para algumas de suas
instalações de produção. Esses derivativos são concebidos para
funcionar como hedge do fluxo de caixa. As variações no valor de
mercado desses contratos de derivativos têm sido altamente eficazes
para compensar as oscilações de preços dos itens protegidos por
hedge, e espera-se que continuem a sê-lo. Os valores que representam
a ineficácia desses hedges do fluxo de caixa não são significativos. Os
ganhos e as perdas provenientes de transações com hedge em aberto
e concluídas são diferidos em outras receitas totais, líquidos de
imposto de renda aplicável, e reconhecidos como um componente do
custo dos produtos vendidos na demonstração do resultado quando o
item protegido por hedge é reconhecido. Os ganhos e as perdas
provenientes desses hedges do fluxo de caixa serão reconhecidos nas
demonstrações do resultado em 12 meses.
4 – Investimentos em coligadas e adiantamentos
para coligadas
A Companhia possui participações societárias em coligadas nas quais
não é o acionista majoritário, contabilizadas pelo método de
equivalência patrimonial. A Companhia possuía 85 e 82 coligadas não
consolidadas em 30 de junho de 2004 e 2003, respectivamente,
localizadas nas Américas do Norte e do Sul, África, Europa e Ásia.
No exercício de 2004, a Companhia realizou investimentos iniciais em
8 coligadas não consolidadas e desfez-se de seus investimentos em
5 coligadas. A tabela a seguir resume o balanço patrimonial combinado
e as demonstrações do resultado combinadas das coligadas não
consolidadas da Companhia nos três exercícios findos em 30 de junho
de 2004, 2003 e 2002.
Ativo circulante . . . . . . . . . . .
Realizável a longo prazo . . . . .
Passivo circulante . . . . . . . . . .
Exigível a longo prazo . . . . . . .
Participações minoritárias . . . .
Ativos líquidos . . . . . . . . . . . .
Vendas líquidas . . . . . . . . . . .
Lucro bruto . . . . . . . . . . . . . .
Lucro (prejuízo) líquido . . . . . .
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares norte-americanos)
$ 5.159.660
$ 4.215.810
8.305.256
8.279.207
3.983.022
2.721.111
1.939.453
1.961.009
369.991
342.411
$ 7.172.450 $ 7.470.486
$ 17.744.217 $ 17.181.800 $ 9.853.370
1.991.947
2.037.875
1.276.901
819.201
(62.707)
21.627
Duas coligadas no exterior, que a Companhia contabiliza a
participação no valor de US$ 369 milhões, têm valor de mercado de
US$ 281 milhões, com base nos preços cotados pelo mercado e nas
taxas de câmbio de 30 de junho de 2004.
4 1
Relatório Anual 2004
N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S
F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
5 – Ágio e outros ativos intangíveis
6 – Acordos de dívidas e de financiamentos
A Companhia contabiliza ágio e outros ativos intangíveis de acordo
com o Statement of Financial Accounting Standards Number 142,
“Goodwill and Other Intangible Assets” (Normas Contábeis das
Demonstrações Financeiras Número 142 - SFAS 142 - “Ágio e Outros
Ativos Intangíveis”). De acordo com essa norma, o ágio e os ativos
intangíveis com vida útil indefinida não são mais amortizados, mas
estão sujeitos a testes anuais de deterioração do valor
(“impairment”). Os ativos intangíveis com vida útil identificável são
amortizados durante a vida útil. A seguir, o lucro líquido divulgado,
ajustado para excluir as despesas de amortização relacionadas ao
ágio para os períodos indicados:
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares
norte-americanos, exceto valor por ação)
Lucro líquido divulgado . . . . . . . . . . . . $ 494.710 $ 451.145 $ 511.093
Amortização de ágio . . . . . . . . . . . . . .
—
—
28.415
Lucro líquido ajustado . . . . . . . . . . . . . $ 494.710 $ 451.145 $ 539.508
Lucro básico e diluído
por ação ordinária
Lucro líquido divulgado . . . . . . . . . . . .
$ 0,76
$ 0,70
$ 0,78
Amortização de ágio . . . . . . . . . . . . . .
—
—
0,04
Lucro líquido ajustado . . . . . . . . . . . . .
$ 0,76
$ 0,70
$ 0,82
Os saldos de ágio atribuíveis a empresas consolidadas e investimentos
em coligadas, por segmento, são demonstrados na tabela abaixo:
Empresas Investimentos
consolidadas em coligadas
Total
(Em milhares de dólares norte-americanos)
2004
Processamento de
sementes oleaginosas . . . . . . . . $ 12.419
Processamento de milho . . . . . . .
76.961
Serviços agrícolas . . . . . . . . . . . . .
6.771
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
140.811
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 236.962
$
6.618
7.074
7.963
78.857
$ 100.512
$ 19.037
84.035
14.734
219.668
$ 337.474
Empresas Investimentos
consolidadas em coligadas
Total
(Em milhares de dólares norte-americanos)
2003
Processamento de
sementes oleaginosas . . . . . . . . . . $ 15.146
Processamento de milho . . . . . . . . . .
73.603
Serviços agrícolas . . . . . . . . . . . . . . .
17.574
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
137.967
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 244.290
( C O N T I N U A Ç Ã O )
$
6.618
7.074
7.881
78.857
$ 100.430
$ 21.764
80.677
25.455
216.824
$ 344.720
2004
2003
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
5,935% em debêntures com valor de face de
US$ 500 milhões, vencimento em 2032 . . . . . $ 493.252
7,0% em debêntures com valor de face de
US$ 400 mihões, vencimento em 2031 . . . . .
397.475
7,5% em debêntures com valor de face de
US$ 350 milhões, vencimento em 2027 . . . . .
348.041
8,875% em debêntures com valor de face de
US$ 300 milhões, vencimento em 2011 . . . . .
298.933
8,125% em debêntures com valor de face de
US$ 300 milhões, vencimento em 2012 . . . . .
298.706
6,625% em debêntures com valor de face de
US$ 300 milhões, vencimento em 2029 . . . . .
298.655
8,375% em debêntures com valor de face de
US$ 300 milhões, vencimento em 2017 . . . . .
295.356
7,125% em debêntures com valor de face de
US$ 250 milhões, vencimento em 2013 . . . . .
249.601
6,95% em debêntures com valor de face de
US$ 250 milhões, vencimento em 2097 . . . . .
246.241
6,75% em debêntures com valor de face de
US$ 200 milhões, vencimento em 2027 . . . . .
196.107
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
778.303
Total do endividamento de longo prazo . . . . . . .
3.900.670
Parcelas de curto prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(160.795)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.739.875
$ 493.013
397.380
348.009
298.823
298.593
298.634
295.162
249.569
246.212
196.001
781.779
3.903.175
(30.888)
$ 3.872.287
Em 30 de junho de 2004, o valor justo do endividamento de longo
prazo da Companhia excedeu o valor contábil em US$ 497 milhões,
estimado de acordo com as cotações de mercado ou com os fluxos de
caixa futuros descontados a valor presente, com base nas atuais taxas
de empréstimo incrementais da Companhia para tipos similares de
transações de empréstimo.
Os vencimentos conjuntos das dívidas de longo prazo nos cinco anos
seguintes a 30 de junho de 2004 são de US$ 161 milhões, 174 milhões,
62 milhões, 79 milhões e 47 milhões, respectivamente.
Em 30 de junho de 2004, a Companhia possuía linhas de crédito
totalizando US$ 4,5 bilhões, dos quais US$ 2,7 bilhões não foram
usados. As taxas de juros médias ponderadas sobre os empréstimos a
curto prazo a pagar em 30 de junho de 2004 e 2003 eram de 1,46%
e 1,41%, respectivamente.
As variações no ágio de 2004 relacionam-se, principalmente, com a venda
de uma subsidiária de Serviços Agrícolas, a finalização de alocações de
preços de compra para aquisições e ajustes de conversão cambial.
Os demais ativos intangíveis da Companhia não são significativos.
P á g i n a
4 2
Archer Daniels Midland Company
7 – Patrimônio líquido
Em 30 de junho de 2004, havia 0,3 milhão, 0,6 milhão e 23,2 milhões
de ações disponíveis para futuras concessões nos termos dos planos
de 1996, 1999 e 2002, respectivamente. As atividades de opções de
ações nos exercícios indicados são apresentadas como segue:
A Companhia autorizou a emissão de 1 bilhão de ações ordinárias e
500.000 ações preferenciais, nos dois casos sem valor nominal. Não
foram emitidas ações preferenciais. Em 30 de junho de 2004 e 2003,
a Companhia tinha aproximadamente 21,2 milhões e 27,1 milhões de
ações em tesouraria, respectivamente. As ações em tesouraria são
registradas a valor de custo, US$ 259 milhões em 30 de junho de
2004 e US$ 330 milhões em 30 de junho de 2003, como redução das
ações ordinárias.
Os planos de opção de compra de ações garantem aos empregados a
opção de compra de ações ordinárias da Companhia a valor de
mercado na data da concessão, nos termos do Plano de Opções de
Ações de 1996, do Plano de Remuneração de Incentivo de 1999 e do
Plano de Remuneração de Incentivo de 2002 da Companhia. A
validade das opções expira de cinco a dez anos após a data da
concessão, e as exigências para sua concessão de acordo com os
planos correspondem aos termos das opções correspondentes.
Os Planos de Remuneração de Incentivo de 1999 e 2002 tratam da
concessão de ações restritas sem nenhum custo a certos executivos e
funcionários-chave. Essas ações, que consistem em ações ordinárias,
são concedidas ao fim de um período de restrição de três anos. Por
ocasião da emissão das ações restritas concedidas, um equivalente de
remuneração diferida ao valor de mercado das ações na data da
concessão é debitado ao patrimônio líquido e amortizado como
despesa de remuneração durante o período em que se adquire o
direito à concessão. Em 2004 e 2003, foram concedidas 1,1 milhão e
1 milhão de ações ordinárias como ações restritas, respectivamente.
Ações vinculadas a opção em 30 de junho de 2001 .
Concedidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Exercidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Canceladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ações vinculadas a opção em 30 de junho de 2002 .
Concedidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Exercidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Canceladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ações vinculadas à opção em 30 de junho de 2003 . . .
Concedidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Exercidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Canceladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ações vinculadas a opção em 30 de junho
de 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ações exercíveis em 30 de junho de 2004 . . . .
Ações exercíveis em 30 de junho de 2003 . . . . . . . .
Ações exercíveis em 30 de junho de 2002 . . . . . . . .
Média
ponderada
do preço
Número de de exercício
ações
por ação
(Em milhares de
dólares norte-americanos,
exceto valor por ação)
10.580
$ 11,54
2.632
12,54
(724)
12,01
(1.907)
12,27
10.581
11,62
4.439
11,30
(228)
9,32
(329)
12,75
14.463
11,54
1.446
13,65
(3.931)
11,58
(876)
12,41
11.102
3.880
5.445
3.785
$ 11,73
$ 10,77
$ 11,40
$ 11,55
Em 30 de junho de 2004, a faixa de preços de exercício e a vida
contratual média ponderada remanescente das opções em circulação
era de US$ 8,33 a US$ 14,84 e quatro anos, respectivamente. O valor
justo médio ponderado das opções concedidas em 2004, 2003 e
2002 é de US$ 2,37, US$ 3,20 e US$ 4,31, respectivamente.
8 – Outros lucros (prejuízos) totais acumulados
A tabela a seguir apresenta informações sobre outras receitas (despesas) totais acumuladas:
Ajustes de
conversão
cambial
Saldo em 30 de junho de 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ganhos (perdas) não realizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(Ganhos) perdas reclassificadas como lucro líquido . . . . . . . . . . . . .
Efeito dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Valor líquido dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Saldo em 30 de junho de 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ganhos (perdas) não realizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(Ganhos) perdas reclassificadas como lucro líquido . . . . . . . . . . . . .
Efeito dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Valor líquido dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Saldo em 30 de junho de 2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ganhos (perdas) não realizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(Ganhos) perdas reclassificadas como lucro líquido . . . . . . .
Efeito dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Valor líquido dos impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Saldo em 30 de junho de 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$ (498.848)
125.636
125.636
(373.212)
250.211
250.211
(123.001)
97.044
97.044
$ (25.957)
P á g i n a
4 3
Ganho (perda)
Passivo mínimo
Ganhos
diferido das
relativo aos
(perdas) não
atividades de
planos de pensão
realizados em
hedging
dos funcionários
investimentos
(Em milhares de dólares norte-americanos)
$ (22.128)
$ (13.920)
$ 70.481
66.391
(17.392)
65.978
35.648
(35.937)
(38.699)
6.596
7.294
63.340
(10.796)
37.335
41.212
(24.716)
107.816
22.834
(188.080)
(34.513)
(66.391)
(7.892)
16.519
71.333
17.921
(27.038)
(116.747)
(24.484)
14.174
(141.463)
83.332
14.292
19.227
250.876
(22.834)
(11.042)
3.379
(9.330)
(91.699)
(5.163)
9.897
148.135
$ 9.011
$ (131.566)
$ 231.467
Outras receitas
(despesas)
totais
acumuladas
$ (464.415)
240.613
(289)
(24.809)
215.515
(248.900)
50.452
(74.283)
105.773
81.942
(166.958)
381.439
(33.876)
(97.650)
249.913
$ 82.955
Relatório Anual 2004
N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S
F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
( C O N T I N U A Ç Ã O )
9 – Outras despesas - líquidas
Despesas com juros . . . . . . . . . . . . . .
Resultado de investimentos . . . . . . . .
(Ganho) perda líquida em transações
com títulos e valores mobiliários . . .
Resultado de equivalência patrimonial
em coligadas não consolidadas . . .
Outras - líquidas . . . . . . . . . . . . . . . .
............................
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares norte-americanos)
$ 341.991 $ 359.971 $ 355.956
(116.352) (121.887) (114.032)
(23.968)
363
(36.296)
(180.716)
7.525
$ 28.480
(65.991)
(23.985)
$ 148.471
(61.532)
(6.499)
$ 137.597
As despesas com juros são líquidas de juros capitalizados de US$ 7
milhões, US$ 4 milhões e US$ 6 milhões em 2004, 2003 e 2002,
respectivamente.
A Companhia efetuou pagamentos de juros de US$ 361 milhões,
US$ 345 milhões e US$ 308 milhões em 2004, 2003 e 2002,
respectivamente.
Os ganhos realizados em vendas de títulos e valores mobiliários
disponíveis para venda totalizaram US$ 24 milhões, US$ 4 milhões e
US$ 59 milhões em 2004, 2003 e 2002, respectivamente. As perdas
realizadas totalizaram US$ 4 milhões e US$ 23 milhões em 2003 e
2002, respectivamente.
10 – Impostos sobre a renda
Para fins de emissão de relatórios financeiros, os lucros antes dos
impostos sobre a renda incluem os seguintes componentes:
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Estados Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 369.153 $ 356.654 $ 440.517
Outros países . . . . . . . . . . . . . . . . . .
348.858
274.319
278.420
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 718.011 $ 630.973 $ 718.937
Os principais componentes dos impostos sobre a renda são
apresentados como segue:
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Correntes
Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 159.450
Estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
19.770
Outros países . . . . . . . . . . . . . . . .
141.985
Diferidos
Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(50.601)
Estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(3.312)
Outros países . . . . . . . . . . . . . . . .
(43.991)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 223.301
$ 13.653
1.229
60.881
$ 169.802
12.214
102.570
92.518
9.125
2.422
$ 179.828
(71.547)
(2.522)
(2.673)
$ 207.844
Os principais componentes dos ativos e passivos diferidos são
apresentados como segue:
P á g i n a
2004
2003
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
Imposto de renda diferido passivo
Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 635.238
Amortização de desconto dos títulos de dívida . . .
24.712
Ganhos não realizados em títulos
e valores mobiliários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
108.753
Resultado de equivalência patrimonial em coligadas . . .
93.363
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
131.248
......................................
993.314
Imposto de renda diferido ativo
Benefícios de aposentadoria e pós-emprego . . . . .
134.410
Reservas e outras provisões . . . . . . . . . . . . . . . .
165.713
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
118.084
......................................
418.207
Passivos fiscais diferidos líquidos . . . . . . . . . . . . . . .
575.107
Parcela corrente de ativos (passivos) fiscais
diferidos líquidos incluídos em outros
ativos e despesas provisionados . . . . . . . . . . . . .
78.727
Parcela de longo prazo de passivos fiscais
diferidos líquidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 653.834
$ 663.498
27.695
17.054
53.831
58.805
820.883
156.084
15.147
93.989
265.220
555.663
(12.108)
$ 543.555
A reconciliação da alíquota oficial de imposto de renda federal em
relação à taxa efetiva da Companhia é apresentada como segue:
Alíquota disposta em lei . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Redeterminação fiscal de exercícios anteriores . . .
Incentivos fiscais para exportação . . . . . . . . . . .
Impostos de renda estaduais, líquidos do
benefício fiscal federal . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ganhos no exterior tributados por
alíquotas diferentes da alíquota
disposta pela lei dos E.U.A. . . . . . . . . . . . . . .
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Taxa efetiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2004
35,0%
—
(5,0)
2003
35,0%
—
(4,2)
2002
35,0%
(3,6)
(3,6)
1,9
0,8
0,8
(3,8)
3,0
31,1%
(5,5)
2,4
28,5%
(0,3)
0,6
28,9%
A Companhia fez pagamentos de imposto de renda de US$ 273
milhões, US$ 124 milhões e US$ 162 milhões em 2004, 2003 e 2002,
respectivamente.
No quarto trimestre de 2002, a Companhia reconheceu uma redução
no imposto de renda de US$ 26 milhões, ou US$ 0,04 por ação,
conforme os impostos diminuíram na medida da resolução de várias
questões pendentes relativas a impostos estaduais e federais.
A Companhia tem US$ 81 milhões e US$ 59 milhões de ativos fiscais para
compensar prejuízos operacionais líquidos acumulados, relativos a certas
subsidiárias internacionais, em 30 de junho de 2004 e 2003,
respectivamente. Em 30 de junho de 2004, aproximadamente
US$ 71 milhões desses ativos não têm prazo de prescrição, e os
US$ 10 milhões restantes expiram em várias datas até o exercício de 2011.
A utilização anual de alguns desses ativos está limitada a um percentual
do resultado tributável da respectiva subsidiária internacional no exercício.
A Companhia registrou uma provisão para perdas de US$ 70 milhões e
US$ 41 milhões em relação a esses ativos fiscais em 30 de junho de 2004 e
2003, respectivamente, devido à incerteza de sua realização.A Companhia
também tem US$ 22 milhões em ativos fiscais relativos a excedentes de
créditos fiscais no exterior, que expiram no exercício de 2008.
Os lucros não distribuídos das subsidiárias e das coligadas em
joint-ventures da Companhia no exterior, contabilizados pelo método
de equivalência patrimonial no valor total de aproximadamente
US$ 1,1 bilhão em 30 de junho de 2004, são considerados permanentemente reinvestidos e, em conseqüencia, não foi feita nenhuma
provisão para os impostos sobre a renda norte-americanos. Não é
possível determinar os passivos fiscais diferidos para diferenças
temporárias relativas a esses lucros não distribuídos.
4 4
Archer Daniels Midland Company
11 – Arrendamentos
A Companhia arrenda instalações fabris e de armazenamento, bens
imóveis, ativos de transporte e outros equipamentos como
arrendamentos operacionais, que expiram em várias datas até o ano
de 2076. Em 2004, 2003 e 2002, as despesas com aluguel foram de
US$ 121 milhões, US$ 98 milhões e US$ 88 milhões, respectivamente.
Os pagamentos mínimos futuros de aluguel nos arrendamentos
operacionais que não são passíveis de cancelamento e com prazos
iniciais ou remanescentes superiores a um ano são os seguintes:
Exercício
(Em milhares de dólares norte-americanos)
2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$ 56.830
2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
44.100
2007 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
33.766
2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
24.908
2009 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
20.305
A partir de 2010 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
70.069
Total de pagamentos mínimos de arrendamento . . . . . . . . . . . .
$ 249.978
12 – Planos de benefícios para os empregados
A Companhia proporciona benefícios de aposentadoria a praticamente todos os empregados locais e de certas subsidiárias internacionais.
Também oferece a benefícios de planos de saúde pós-aposentadoria e seguro de vida a praticamente todos os empregados assalariados locais.
Em 2004, o FASB emitiu a Staff Positions 106-1 e 106-2, Accounting and Disclosure Requirements Related to the Medicare Prescription Drug,
Improvement and Modernization Act of 2003 (Posições de Pessoal 106-1 e 106-2, Lei de Exigências de Contabilidade e Divulgação Relacionadas
à Lei de Aprimoramento e Modernização da Prescrição de Drogas pelo Sistema Público de Saúde dos Estados Unidos – Medicare, de 2003), que
fornece orientação para a contabilização dos efeitos da Lei de Aprimoramento e Modernização da Prescrição de Drogas pelo Sistema Público de
Saúde dos Estados Unidos – Medicare, de 2003 (Lei). A Companhia adotou a Posição de Pessoal 106-1 e optou por adiar o reconhecimento dos
efeitos da Lei e acredita que a adoção da Posição de Pessoal 106-2 não terá impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia.
A Companhia tem planos de poupança e investimento disponíveis para os empregados. Também mantém planos de compra de ações para
empregados que atendam às exigências aplicáveis. A Companhia contribui com suas ações para os planos na mesma proporção das contribuições
dos empregados elegíveis. Os empregados podem escolher entre manter as ações da Companhia em suas contas ou diversificar as ações em
outras opções de investimentos. A despesa é avaliada e registrada com base no valor justo de mercado das ações que consistem na contribuição
mensal para os planos. O número de ações designadas para uso nos planos não é significativo em comparação com as ações em circulação nos
períodos apresentados. Os ativos dos planos de contribuição definida da Companhia consistem, principalmente, de ações ordinárias e fundos
mútuos cotados em bolsa. Os planos de contribuição definida da Companhia detinham 23,7 milhões de ações ordinárias da Companhia em
30 de junho de 2004, com valor de mercado de US$ 397 milhões. Os dividendos em moeda corrente recebidos sobre as ações ordinárias da
Companhia por esses planos no exercício findo em 30 de junho de 2004 totalizaram US$ 6 milhões.
Benefícios de aposentadoria
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
Despesas com o plano de aposentadoria
Planos de benefício definido:
Custo dos serviços (benefícios recebidos no período) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Custo de juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Retorno esperado dos ativos do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Perda (ganho) atuarial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Amortização líquida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Despesa líquida periódica dos planos de benefício definido . . . . . . . . . . . . . . .
Planos de contribuição definida: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Despesa total do plano de aposentadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
P á g i n a
$ 48.749
70.133
(57.947)
23.865
3.721
88.521
23.622
$ 112.143
4 5
$ 33.414
64.287
(63.268)
5.721
2.193
42.347
22.833
$ 65.180
$ 32.727
56.404
(55.907)
1.767
1.725
36.716
20.784
$ 57.500
Benefícios pós-emprego
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
$ 6.121
7.711
—
61
(1.116)
12.777
—
$ 12.777
$ 7.135
8.449
—
(2)
539
16.121
—
$ 16.121
$ 5.888
7.863
—
—
436
14.187
—
$ 14.187
Relatório Anual 2004
N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S
F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
Em praticamente todos os planos de benefício definido, a Companhia
realiza avaliações na data de 31 de março. As tabelas a seguir apresentam as variações na provisão para benefícios de aposentadoria e o
valor justo dos ativos dos planos de benefício definido:
Benefícios de aposentadoria
2004
2003
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
Provisão para benefícios
de aposentadoria,
saldo inicial . . . . . $ 1.131.532 $ 912.503
Custo dos serviços . . .
48.681
33.414
Custo de juros . . . . .
70.133
64.287
Perda (ganho)
atuarial . . . . . . . .
112.576
111.525
Benefícios pagos . . .
(44.712)
(42.059)
Alterações
nos planos . . . . . .
28.478
2.145
Aquisições . . . . . . . .
34.879
13.606
Efeitos cambiais . . . .
16.862
36.111
Provisão para benefícios
de aposentadoria,
saldo final . . . . . . $ 1.398.429 $ 1.131.532
Valor justo dos ativos
dos planos,
saldo inicial . . . . . $ 637.121
$ 699.006
Retorno efetivo dos
ativos dos planos . .
151.027
(81.971)
Contribuições do
empregador . . . . .
110.556
26.740
Benefícios pagos . . .
(43.401)
(42.059)
Alterações
nos planos . . . . . .
18.443
—
Aquisições . . . . . . . .
27.397
2.012
Efeitos cambiais . . . .
11.406
33.393
Valor justo do ativo
dos planos,
saldo final . . . . . . $ 912.549 $ 637.121
Situação financeira . . . $ (485.880) $ (494.411)
Valor de transição
não amortizado . . .
(929)
(9.438)
Perda (ganho) líquida
não reconhecida . . .
411.500
414.427
Custo dos serviços
anteriores não
reconhecidos . . . .
42.615
43.081
Ajuste nas contribuições
do quarto trimestre .
2.682
5.241
Passivo de aposentadoria
reconhecido
no balanço
patrimonial . . . . . . $ (30.012) $ (41.100)
Custo dos benefícios
pré-pagos . . . . . . $ 67.721 $
Provisão para
benefícios corrente . . . . . . . .
(86.511)
Provisão para
benefícios longo prazo . . . . .
(261.909)
Ativo intangível . . . .
42.018
Outras despesas totais
acumuladas . . . . .
208.669
Valor líquido
reconhecido em
30 de junho . . . . . $ (30.012) $
72.411
(73.337)
Benefícios pós-emprego
2004
2003
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
$ 125.765
6.121
7.711
$ 116.505
7.135
8.449
1.561
(4.758)
21.156
(4.617)
—
—
3
(23.047)
156
28
$ 136.403
$ 125.765
$
$
$
—
—
—
—
4.758
(4.758)
4.617
(4.617)
—
—
—
—
—
—
—
$
—
A tabela a seguir apresenta as principais premissas usadas no
desenvolvimento da provisão para benefícios de aposentadoria e da
despesa líquida periódica de aposentadoria:
Taxa de desconto . . . . . . . . . . . . . . .
Retorno esperado dos ativos do plano . . .
Aumento da taxa de remuneração . . . .
Benefícios de
aposentadoria
2004
2003
5,6%
6,0%
7,4%
7,5%
4,1%
4,1%
—
—
14.751
13.250
(12.283)
(13.399)
—
—
Benefícios
pós-emprego
2004
2003
5,8%
6,3%
N/A
N/D
N/A
N/D
A provisão projetada para benefícios de aposentadoria, a provisão
acumulada para benefícios de aposentadoria e o valor justo dos ativos
dos planos para os planos de aposentadoria com provisão projetada
para benefícios de aposentadoria superior aos ativos do plano foram
de US$ 1,3 bilhão, US$ 1,2 bilhão e US$ 834 milhões, respectivamente,
em 30 de junho de 2004, e US$ 1,1 bilhão, US$ 987 milhões e
US$ 606 milhões, respectivamente, em 30 de junho de 2003. A provisão
projetada para benefícios de aposentadoria, a provisão acumulada para
benefícios de aposentadoria e o valor justo dos ativos dos planos
para os planos de aposentadoria com provisão para benefícios
de aposentadoria acumulada superior aos ativos do plano foram de
US$ 1,2 bilhão, US$ 1 bilhão e US$ 703 milhões, respectivamente,
em 30 de junho de 2004, e US$ 969 milhões, US$ 861 milhões e
US$ 475 milhões, respectivamente, em 30 de junho de 2003.A provisão
acumulada para benefícios de aposentadoria para todos os planos de
aposentadoria em 30 de junho de 2004 e 2003 é de US$ 1,2 bilhão
e US$ 1 bilhão, respectivamente.
Para fins de aferição dos benefícios pós-emprego, partiu-se do princípio
de que a taxa anual de aumento no custo per capita dos benefícios de
saúde cobertos em 2004 seria de 9,0%. Também se estabeleceu que
essa taxa diminuiria gradualmente até 2012, quando chegaria a 5,0%,
mantendo-se nesse mesmo nível a partir daquele ano.
As taxas presumidas de tendência do custo do plano de saúde têm um
impacto significativo nos valores divulgados para esse plano. Uma
variação de 1% nessas taxas teria o seguinte efeito:
$(136.403) $(125.765)
1% de
11% de
aumento
queda
(Em milhares de
dólares norte-americanos)
Efeito nos componentes combinados de custo
de serviços e juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Efeito nas provisões acumuladas para benefícios
de aposentadoria e pós-emprego . . . . . . . . . .
$ 1.632
$ (1.449)
$ 13.961
$ (12.663)
Ativos dos planos
A tabela a seguir define a alocação efetiva dos ativos e a alocação
pretendida dos ativos do plano de aposentadoria da Companhia:
$ (133.935) $ (125.914)
$
—
—
$
—
—
(309.864)
41.794
(133.935)
—
(125.914)
—
227.896
—
—
(41.100)
( C O N T I N U A Ç Ã O )
Títulos patrimoniais* . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Títulos de dívida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2004
54%
43%
3%
100%
Alocação
pretendida
dos ativos
54%
45%
1%
100%
* Em 30 de junho de 2004, os planos de aposentadoria da Companhia detinham
3,4 milhões de ações ordinárias da Companhia, com valor de mercado de
US$ 56 milhões. Os dividendos em moeda corrente recebidos sobre as ações
ordinárias da Companhia por esses planos no exercício findo em 30 de junho de
2004 totalizaram US$ 1 milhão.
$ (133.935) $ (125.914)
P á g i n a
4 6
Archer Daniels Midland Company
Os objetivos de investimento dos ativos dos planos de aposentadoria
da Companhia são:
• otimizar o retorno de longo prazo dos ativos dos planos de
aposentadoria com um nível de risco aceitável.
• manter uma ampla diversificação entre classes de ativos e
entre gestores de investimentos.
• manter um controle cuidadoso do nível de risco dentro de
cada classe de ativos.
• concentrar-se em um objetivo de retorno de longo prazo.
Os objetivos da alocação de ativos promovem características de
retorno esperado e volatilidade em níveis ótimos, tendo em vista o
horizonte de longo prazo para honrar as obrigações dos planos de
aposentadoria. A seleção da alocação de ativos pretendida para os
ativos dos planos baseou-se em um exame das características do
retorno e do risco esperados de cada classe de ativos e na correlação
de retornos entre as classes de ativos.
As diretrizes de investimento são estabelecidas com cada gestor de
investimentos. Essas diretrizes fornecem os parâmetros conforme os
quais os gestores de investimentos concordam em operar, inclusive
os critérios que determinam os títulos e valores mobiliários eligíveis e
ineligíveis, as exigências de diversificação e os padrões de qualidade
de crédito, se aplicável. Em alguns países, pode-se usar derivativos
para obter exposição ao mercado de forma eficiente e oportuna;
entretanto, os derivativos não podem ser usados para alavancar a
carteira além do valor de mercado dos respectivos investimentos.
Consultores externos monitoram a estratégia de investimento mais
apropriada e o conjunto de ativos dos planos de aposentadoria da
Companhia. Geralmente, para determinar a taxa de retorno de longo
prazo esperada dos ativos dos planos de aposentadoria da
Companhia, a Companhia usa informações sobre a taxa de retorno
histórico de longo prazo esperada para o conjunto de ativos em
questão, identificado em estudos de ativos e passivos. Quando
necessário, procede-se a ajustes na taxa de retorno de longo prazo
esperada, com base em expectativas revisadas do desempenho futuro
dos investimentos dos mercados de investimentos globais. A taxa de
retorno de longo prazo esperada utilizada no cálculo do custo líquido
periódico de aposentadoria em 2004 para os planos de aposentadoria
foi de 7,4%.
Contribuições e pagamentos esperados
para benefícios futuros
A Companhia espera contribuir com US$ 92 milhões para os planos
de aposentadoria e com US$ 5 milhões para o plano de benefícios
pós-emprego em 2005.
Espera-se que sejam feitos os seguintes pagamentos de benefícios,
que refletem serviços futuros esperados:
2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2007 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2009 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2010 - 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Benefícios de
Benefícios
aposentadoria pós-emprego
(Em milhares de dólares
norte-americanos)
$ 50.289
$ 4.943
54.950
5.581
57.718
6.222
60.779
6.803
64.388
7.492
436.205
46.562
P á g i n a
13 – Informações por segmento
e localização geográfica
A Companhia opera principalmente com compra, transporte,
armazenagem, processamento e comercialização de commodities e
produtos agrícolas. A Companhia modificou seus segmentos nas
demonstrações de modo a refletir a maneira como administra
atualmente seus negócios e suas atividades, tal qual vistas pelo
principal tomador de decisões operacionais da Companhia. As
operações da Companhia estão classificadas em três segmentos de
negócios nas demonstrações: Processamento de Sementes
Oleaginosas, Processamento de Milho e Serviços Agrícolas. Cada um
desses segmentos está organizado com base na natureza dos
produtos e serviços oferecidos. As demais operações da Companhia
são agrupadas e classificadas como Outros. O segmento de
Processamento de Milho agora abrange todas as atividades
de fermentação da Companhia, inclusive operações como as de
ingredientes para alimentos especiais, que anteriormente eram
classificadas como Outros. Informações sobre os segmentos relativas
a períodos anteriores foram reclassificadas para se adequar à
nova apresentação.
O segmento de Processamento de Sementes Oleaginosas inclui
atividades relacionadas ao processamento de sementes oleaginosas,
como soja, sementes de algodão, sementes de girassol, canola,
amendoim e sementes de linhaça em óleos vegetais e alimentos,
principalmente para os setores de produtos alimentícios e de ração.
Além disso, as sementes oleaginosas podem ser revendidas no
mercado como matéria-prima para outras empresas de
processamento. O óleo vegetal bruto é vendido no estado ou sofre
novo processamento, sendo refinado, alvejado e desodorizado para se
transformar em óleos para salada. Os óleos para salada podem
receber processamento adicional por hidrogenação e/ou
interesterificação para se transformar em margarina, banha e outros
produtos alimentícios. O óleo parcialmente refinado é vendido para
uso em produtos químicos, tintas e outros produtos industriais. Os
alimentos derivados de sementes oleaginosas são ingredientes
básicos na produção de rações comerciais para gado e aves.
O segmento de Processamento de Milho inclui atividades relacionadas
à produção de adoçantes, amidos e xaropes para a indústria de
alimentos e bebidas, assim como atividades relacionadas à produção,
por meio de fermentação de amidos, de bioprodutos como álcool,
aminoácidos e outros ingredientes para alimentos e rações especiais.
O segmento de Serviços Agrícolas utiliza os amplos silos de grãos e a
rede de transportes da Companhia para comprar, armazenar, limpar e
transportar commodities agrícolas, como sementes oleaginosas,
milho, trigo, sorgo, aveia e cevada e revende essas commodities,
principalmente, como ingredientes para rações e como matéria-prima
para o setor de processamento agrícola. A rede de fornecimento e
transporte de grãos do segmento de Serviços Agrícolas presta ainda
serviços confiáveis e eficientes para as operações de processamento
agrícola da Companhia. Também estão incluídas no segmento de
Serviços Agrícolas as atividades da A.C. Toepfer International,
que negocia commodities agrícolas e produtos processados em todo
o mundo.
4 7
Relatório Anual 2004
N O T A S À S D E M O N S T R A Ç Õ E S
F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
Sob o nome de Outros, agrupam-se as demais operações da Companhia, que consistem, principalmente, de negócios com ingredientes
para alimentos e rações, mais atividades financeiras. Os negócios com
ingredientes para alimentos e rações incluem o processamento de
trigo, com atividades relacionadas à produção de farinha de trigo;
processamento de cacau, com atividades relacionadas à produção de
chocolate e outros derivados de cacau, produtos naturais para saúde
e nutrição e outros ingredientes especiais para alimentos e rações. As
atividades financeiras incluem operações bancárias, seguros cativos,
investimentos em fundos de participação societária e atividades de
negociação nas bolsas de mercadorias e futuros.
As vendas entre segmentos da Companhia foram registradas a valores
próximos dos de mercado. O lucro operacional de cada segmento
baseia-se nas vendas líquidas menos as despesas operacionais
identificáveis, incluindo uma despesa com juros relacionada ao uso do
capital de giro. Também estão incluídos no lucro operacional o
resultado de equivalência patrimonial em coligadas, com base no
método de equivalência patrimonial. Despesas corporativas gerais,
receitas provenientes de investimentos, despesas com juros não
alocadas, transações de títulos mobiliários e ajustes de inventário
físico do método PEPS para o UEPS foram excluídos das operações por
segmento e classificadas como Corporativo. As adições ao ativo
imobilizado representam compras de ativo imobilizado, mais o valor
justo do ativo imobilizado adquirido por meio de aquisições
de empresas.
Informações por segmento
2004
2003
2002
(Em milhares de dólares norte-americanos)
Vendas para clientes externos
Processamento de
sementes oleaginosas . . .
Processamento de milho . . .
Serviços agrícolas . . . . . .
Outros . . . . . . . . . . . . . .
Total . . . . . . . . . . . . . . .
Vendas entre segmentos
Processamento de
sementes oleaginosas . .
Processamento de milho . . .
Serviços agrícolas . . . . . .
Outros . . . . . . . . . . . . . .
Total . . . . . . . . . . . . . . .
Vendas líquidas
Processamento de
sementes oleaginosas . .
Processamento de milho . .
Serviços agrícolas . . . . . .
Outros . . . . . . . . . . . . . .
Eliminação entre
segmentos . . . . . . . . .
Total . . . . . . . . . . . . . . .
$ 12.049.250
4.005.181
15.638.341
4.458.622
$ 36.151.394
$ 9.773.379
3.058.686
13.557.946
4.318.022
$ 30.708.033
$ 8.155.530
2.405.906
8.280.078
3.770.380
$ 22.611.894
$
178.056
315.173
2.192.090
108.655
$ 2.793.974
$
123.243
244.039
1.425.883
101.822
$ 1.894.987
$
123.794
95.684
1.694.831
90.696
$ 2.005.005
$ 12.227.306
4.320.354
17.830.431
4.567.277
$ 9.896.622
3.302.725
14.983.829
4.419.844
$ 8.279.324
2.501.590
9.974.909
3.861.076
(2.793.974)
$ 36.151.394
(1.894.987)
$ 30.708.033
(2.005.005)
$ 22.611.894
P á g i n a
( C O N T I N U A Ç Ã O )
Despesas com juros
Processamento de
sementes oleaginosas . . $
36.942
$
35.433
Processamento de milho . .
9.931
14.124
Serviços agrícolas . . . . . .
43.424
50.024
Outros . . . . . . . . . . . . . .
56.387
62.760
Corporativo . . . . . . . . . . .
195.307
197.630
Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 341.991
$ 359.971
Depreciação
Processamento de
sementes oleaginosas . . $ 168.836
$ 154.514
Processamento de milho . .
268.968
246.851
Serviços agrícolas . . . . . .
79.987
77.636
Outros . . . . . . . . . . . . . .
144.625
142.513
Corporativo . . . . . . . . . . .
23.197
22.101
Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 685.613
$ 643.615
Resultado de equivalência patrimonial em coligadas
Processamento de
sementes oleaginosas . . $
30.475
$
51.411
Processamento de milho . .
33.286
39.825
Serviços agrícolas . . . . . .
12.359
953
Outros . . . . . . . . . . . . . .
88.919
(35.147)
Corporativo . . . . . . . . . . .
15.677
8.949
Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 180.716
$
65.991
Lucro operacional
Processamento de
sementes oleaginosas . . $ 290.732
$ 337.089
Processamento de milho . .
660.947
358.700
Serviços agrícolas . . . . . .
249.863
92.124
Outros . . . . . . . . . . . . . .
359.469
221.999
Total do lucro
operacional . . . . . . . . .
1.561.011
1.009.912
Corporativo . . . . . . . . . . .
(843.000)
(378.939)
Lucro antes dos impostos
sobre a renda . . . . . . . $ 718.011
$ 630.973
Investmentos em coligadas e adiantamentos para coligadas
Processamento de
sementes oleaginosas . . $ 321.333
$ 300.241
Processamento de milho . .
147.950
142.044
Serviços agrícolas . . . . . .
180.952
157.085
Outros . . . . . . . . . . . . . .
881.108
893.535
Corporativo . . . . . . . . . . .
301.276
270.548
Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.832.619 $ 1.763.453
Ativos identificáveis
Processamento de
sementes oleaginosas . . $ 5.412.654
$ 4.071.567
Processamento de milho . .
2.829.153
2.819.416
Serviços agrícolas . . . . . .
2.907.637
2.395.384
Outros . . . . . . . . . . . . . .
6.273.607
5.972.007
Corporativo . . . . . . . . . . .
1.945.770
1.924.505
Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 19.368.821 $ 17.182.879
Adições ao ativo imobilizado
Processamento de
sementes oleaginosas . . $ 207.344
$ 245.040
Processamento de milho . .
214.805
711.326
Serviços agrícolas . . . . . .
93.834
50.044
Outros . . . . . . . . . . . . . .
86.243
136.527
Corporativo . . . . . . . . . . .
18.407
102.973
Total . . . . . . . . . . . . . . . $ 620.633 $ 1.245.910
4 8
$
$
$
$
$
$
$
44.360
14.736
35.944
66.223
194.693
355.956
152.548
192.214
71.921
130.334
19.559
566.576
17.974
31.602
29.036
(37.838)
20.758
61.532
387.960
191.576
169.593
290.691
1.039.820
(320.883)
$
718.937
Archer Daniels Midland Company
Informações geográficas: Os dados a seguir, sobre as áreas
geográficas, incluem vendas líquidas e outros resultados operacionais
atribuídos aos países, com base na localização da subsidiária que
realizou as vendas, e ativos de longa duração, com base em sua
localização física. Os ativos de longo prazo representam a soma do
valor contábil líquido do ativo imobilizado, mais o ágio relativo às
empresas adquiridas.
2004
2003
2002
(Em milhões de dólares
norte-americanos)
Vendas líquidas e outros resultados operacionais
Estados Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 19.106
Alemanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6.108
Outros países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
10.937
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36.151
Ativos de longa duração
Estados Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.033
Outros países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.459
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.492
$ 16.140
4.519
10.049
$ 30.708
$ 14.695
2.481
5.436
$ 22.612
$ 4.302
1.411
$ 5.713
14 – Garantias
A Companhia firmou acordos de garantia de dívida, principalmente
relacionados às empresas nas quais investe conforme o método de
equivalência patrimonial, que poderiam obrigá-la a realizar
pagamentos futuros se a entidade principal não cumprir suas
obrigações contratuais. A Companhia não lançou nenhum passivo
para essas obrigações contingentes, pois acredita que a probabilidade
de vir a fazer quaisquer pagamentos é remota. Se a Companhia for
solicitada a realizar pagamentos relativos a essas garantias, terá, em
conformidade com a maioria desses acordos, participação societária
nos ativos correspondentes da entidade principal. Em 30 de junho de
2004, essas garantias de dívida totalizavam US$ 398 milhões.
Os empréstimos pendentes relativos a essas garantias eram de
US$ 311 milhões em 30 de junho de 2004.
P á g i n a
15 – Investigação antitruste e pendências
judiciais relacionadas
A Companhia, juntamente com outras empresas norte-americanas e
estrangeiras, figura como ré em vários processos antitruste de ação
judicial putativa e outras ações judiciais envolvendo a venda de lisina,
ácido cítrico, gluconato de sódio, glutamato monosódico e xarope de
milho com alto teor de frutose. Essas ações e processos judiciais
geralmente envolvem compensação por danos não especificados,
multas, custos, despesas e reparações não especificados. A
Companhia pretende defender-se vigorosamente nessas ações e
processos judiciais, a não ser que seja possível firmar acordos
aceitáveis para as partes envolvidas. Essas questões resultaram e
podem resultar em situações em que a Companhia esteja sujeita a
danos financeiros, outras sanções e despesas.
Em junho de 2004, a Companhia chegou a um acordo em torno de um
processo antitruste de ação judicial coletiva envolvendo a venda de
xarope de milho com alto teor de frutose, mediante o qual a Companhia
pagará US$ 400 milhões, já incluídos como componente das despesas
provisionadas no balanço patrimonial consolidado. A Companhia não
constituiu provisões para cobrir possíveis multas, acordos judiciais e
custos relacionados às outras ações e processos. Além disso, a
administração acredita que qualquer resultado adverso que possa surgir
como resultado dessas ações e desses processos legais que continuam
pendentes não terá efeito adverso significativo sobre a situação
financeira ou os resultados das operações da Companhia.
4 9
Relatório Anual 2004
P A R E C E R D O S A U D I T O R E S
I N D E P E N D E N T E S
Aos Administradores e Acionistas da
Archer Daniels Midland Company
Decatur, Illinois
Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Archer Daniels Midland Company e subsidiárias,
levantados em 30 de junho de 2004 e 2003, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, das mutações
do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa correspondentes a cada um dos três exercícios do período findo em 30 de
junho de 2004, elaborados sob a responsabilidade da administração da Companhia. Nossa responsabilidade é a de
expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board
(Estados Unidos da América). Essas normas requerem o planejamento dos trabalhos e a execução dos exames de
auditoria de forma a obter razoável segurança de que as demonstrações financeiras estão livres de erros materiais; a
constatação, com base em testes, das evidências que suportam os valores e as informações divulgados nas
demonstrações financeiras; e a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que
nossos exames nos fornecem uma base razoável para nossa opinião.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Archer Daniels Midland Company e suas
subsidiárias em 30 de junho de 2004 e 2003, os resultados consolidados de suas operações e os seus fluxos de caixa
para cada um dos três exercícios do período findo em 30 de junho de 2004, de acordo com os princípios contábeis
geralmente aceitos nos Estados Unidos da América.
St. Louis, Missouri
4 de agosto de 2004
P á g i n a
5 0
Archer Daniels Midland Company
D A D O S
( N Ã O
F I N A N C E I R O S
T R I M E S T R A I S
A U D I T A D O S )
Trimestre
Segundo
Terceiro
Primeiro
Quarto
Total
(Em milhares de dólares norte-americanos, exceto valor por ação)
Exercício de 2004
Vendas líquidas . . . . . . . . . $ 7.967.902
Lucro bruto . . . . . . . . . . . .
453.754
Lucro (prejuízo) líquido . . .
150.181
Por ação ordinária . . . . .
0,23
$ 9.188.504
604.294
220.821
0,34
$ 9.309.019
587.019
226.769
0,35
$ 9.685.969 $ 36.151.394
503.257
2.148.324
(103.061)
494.710
(0,16)
0,76
Exercício de 2003
Vendas líquidas . . . . . . . . . . .
Lucro bruto . . . . . . . . . . . . . .
Lucro (prejuízo) líquido . . . . .
Por ação ordinária . . . . . . .
$ 7.807.382
490.887
131.245
0,20
$ 7.908.530
414.348
116.805
0,18
$ 8.048.226
401.920
95.020
0,15
$ 6.943.895
419.983
108.075
0,17
$ 30.708.033
1.727.138
451.145
0,70
Os lucros (prejuízos) líquidos referentes aos três meses e ao exercício findos em 30 de junho de 2004 incluem despesas com vendas,
gerais e administrativas de US$ 400 milhões (US$ 252 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,39 por ação) relativas ao acordo judicial
referente à frutose. Os lucros (prejuízos) líquidos referentes aos três meses e ao exercício findos em 30 de junho de 2004 incluem
despesas lançadas em custo de produtos vendidos de US$ 10 milhões (US$ 6 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,01 por ação) e de
US$ 51 milhões (US$ 32 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,05 por ação), respectivamente, relativas a certos ativos de longa duração
descontinuados e baixas contábeis. No exercício findo em 30 de junho de 2004, os lucros líquidos incluem um ganho de US$ 21 milhões
(US$ 13 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,02 por ação) de uma ação judicial relacionada a seguros, em torno da enchente de
1993. Os lucros líquidos referentes aos três meses e ao exercício findos em 30 de junho de 2003 incluem uma despesa lançada em custo
de produtos vendidos de US$ 13 milhões (US$ 8 milhões depois dos impostos, ou US$ 0,01 por ação), relativa a certos ativos de longa
duração descontinuados e baixas contábeis. No exercício findo em 30 de junho de 2003, os lucros líquidos incluem um ganho de
US$ 28 milhões (US$ 17 milhões depois dos impostos, ou 0,03 por ação) relativos um acordo parcial do processo antitruste de vitaminas.
P R E Ç O S D E M E R C A D O D A S A Ç Õ E S
O R D I N Á R I A S E D I V I D E N D O S
As ações ordinárias da Companhia são registradas e negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, Bolsa de Valores de
Chicago, Bolsa de Valores de Frankfurt e Bolsa de Valores da Suíça. A tabela a seguir apresenta os preços de mercado
máximo e mínimo das ações ordinárias da Companhia nos períodos indicados, conforme divulgado pela Bolsa de Valores
de Nova York, e de seus dividendos em moeda corrente.
Preço de mercado
Máximo
Mínimo
Dividendos em
moeda corrente
Por ação
Exercício de 2004 – Trimestre findo em
30 de junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 17,95
31 de março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
17,83
31 de dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
15,24
30 de setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
14,14
$ 15,82
14,90
13,11
11,95
$ 0,075
0,075
0,060
0,060
Exercício de 2003 – Trimestre findo em
30 de junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
31 de março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
31 de dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
30 de setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$ 10,68
10,50
11,95
10,00
$ 0,060
0,060
0,060
0,060
$ 13,17
12,94
14,45
12,89
O número de acionistas registrados, proprietários de ações ordinárias da Companhia, era de 24.394 em 30 de junho de 2004.
A Companhia espera manter sua política de pagamento regular de dividendos em moeda corrente, embora não haja garantias
da distribuição de dividendos futuros, que depende de lucro futuro, das exigências de capital e da situação financeira.
P á g i n a
5 1
Relatório Anual 2004
R E S U M O
D E C E N A L
Dados operacionais, financeiros e outros (em milhares de dólares americanos, exceto valor por ação)
2004
Dados operacionais
Vendas líquidas e outras receitas operacionais . . . . . . . . . . . $ 36.151.394
Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
685.613
Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
494.710
Por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
0,76
Dividendos em moeda corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
174.109
Por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
0,27
2003
2002
$ 30.708.033
643.615
451.145
0,70
155.565
0,24
$ 22.611.894
566.576
511.093
0,78
130.000
0,20
Dados financeiros
Capital de giro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Índice de liquidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Estoques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ativo imobilizado líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Adições ao ativo imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Total de ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Endividamento de longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Patrimônio líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Por ação ordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
$ 3.588.759
5,51
1,5
4.591.648
5.254.738
620.633
19.368.821
3.739.875
7.698.216
11,83
$ 3.274.385
5,08
1,6
3.550.225
5.468.716
1.245.910
17.182.879
3.872.287
7.069.197
10,96
$ 2.770.520
4,26
1,6
3.255.412
4.890.241
596.559
15.379.335
3.111.294
6.754.821
10,39
Outros
Média ponderada das ações em circulação (em milhares) . . .
Número de acionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Número de empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
647.698
24.394
26.317
646.086
25.539
26.197
656.955
26.715
24.746
Os dados de ações e por ação foram ajustados segundo a divisão das ações na proporção de três por duas, em dezembro de
1994, aplicando-se dividendos anuais de 5% no período de setembro de 1996 a setembro de 2001.
P á g i n a
5 2
Archer Daniels Midland Company
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
$ 19.483.211
572.390
383.284
0,58
125.053
0,19
$ 18.612.423
604.229
300.903
0,45
120.001
0,18
$ 18.509.903
584.965
265.964
0,39
117.089
0,17
$ 19.832.594
526.813
403.609
0,59
111.551
0,16
$ 18.104.827
446.412
377.309
0,55
106.990
0,15
$ 17.981.264
393.605
695.912
0,99
90.860
0,13
$ 15.576.471
384.872
795.915
1,10
46.825
0,06
$ 2.283.320
3,45
1,6
2.631.885
4.920.425
318.168
14.339.931
3.351.067
6.331.683
9,56
$ 1.829.422
2,76
1,4
2.822.712
5.277.081
475.396
14.471.936
3.277.218
6.110.243
9,20
$ 1.949.323
2,89
1,5
2.732.694
5.567.161
825.676
14.029.881
3.191.883
6.240.640
9,24
$ 1.734.411
2,50
1,5
2.562.650
5.322.704
1.228.553
13.833.534
2.847.130
6.504.912
9,38
$ 2.035.580
3,00
1,9
2.094.092
4.708.595
1.127.360
11.354.367
2.344.949
6.050.129
8,92
$ 2.751.132
3,95
2,7
1.790.636
4.114.301
801.426
10.449.869
2.002.979
6.144.812
8,82
$ 2.540.260
3,56
3,2
1.473.896
3.762.281
657.915
9.756.887
2.070.095
5.854.165
8,20
664.507
27.918
22.834
669.279
29.911
22.753
685.328
31.764
23.603
686.047
32.539
23.132
690.352
33.834
17.160
702.012
35.431
14.811
724.610
34.385
14.833
P á g i n a
5 3
Relatório Anual 2004
D I R E T O R E S
G. Allen Andreas
David J. Mimran
Presidente do Conselho de Administração
e Diretor-Presidente
O Sr. Andreas, 61 anos, entrou na ADM em 1973 e
ocupou cargos em operações locais e internacionais
antes de ser nomeado Presidente e Diretor-Presidente,
em 1997. Havia sido eleito Diretor em 1997.
Depois, foi nomeado Presidente do Conselho de
Administração, em 1999. O Sr. Andreas preside
o Comitê Executivo.
Vice-presidente do Conselho de Administração
da Milestone Merchant Partners, LLC.
O Sr. Mimran, 37 anos, atua na Diretoria do C.B.A.O.,
um grupo bancário da África ocidental. Além disso,
participa dos Conselhos da Eurafrique, Sometra e
Cavpa (todas parte de um conglomerado internacional
de processamento de alimentos e comércio e
transporte de grãos). Ele também integra o
Conselho da Ample Communications, Inc.
O Sr. Mimran ingressou no Conselho da ADM em
1999 e participa do Comitê de Auditoria.
Mollie Hale Carter
Presidente do Conselho de Administração do
Sunflower Bank e Vice-Presidente da Star A, Inc.
(atividades agropecuárias)
A Sra. Carter, 42 anos, ingressou no Conselho de
Administração da ADM em 1996 e também é
Diretora da Westar Energy. Ela preside os Comitês
de Indicações e de Governança Corporativa.
A Sra. Carter também participa dos Comitês de
Auditoria e Remuneração/Sucessão.
Patrick J. Moore
Presidente do Conselho de Administração,
Presidente e Diretor-Presidente da
Smurfit-Stone Container Corporation
(fabricante de papelão e produtos
de papel para embalagen)
O Sr. Moore, 50 anos, entrou no Conselho da ADM
em 2003 e é membro dos Comitês de Auditoria e
Remuneração/Sucessão.
Roger S. Joslin
Ex-Vice-Presidente do Conselho de Administração da
State Farm Mutual Automobile Insurance Company
O Sr. Joslin, 68 anos, é membro do Conselho da
Administração da Amlin, plc, do BroMenn Healthcare
System, da Second Presbyterian Church Foundation
e da The Social Compact. Ele também é curador da
Illinois Wesleyan University. Ingressou no Conselho da
ADM em 2001, preside o Comitê de Auditoria e atua
no Comitê de Indicações/Governança Corporativa.
P á g i n a
M. Brian Mulroney
Sócio Sênior da Ogilvy Renault (escritório de advocacia)
O Sr. Mulroney, 65 anos, também é Diretor da
Barrick Gold Corporation, da TrizecHahn Corporation,
da Cendant Corporation, da AOL Latin America, Inc.,
da Quebecor, Inc. e da Quebecor World, Inc.
Anteriormente, o Sr. Mulroney foi Primeiro Ministro
do Canadá. Ingressou no Conselho da ADM em
1993 e atua no Comitê Executivo.
5 4
Archer Daniels Midland Company
John K. Vanier
Presidente,
Western Star Ag. Resources, Inc.
(investimentos e pecuária)
O Sr. Vanier, 76 anos, participa do Conselho da ADM
desde 1978 e é membro dos Comitês Executivo,
de Indicações/Governança Corporativa e
Remuneração/Sucessão.
Diretor Emérito
Dwayne O. Andreas - Presidente Emérito do
Conselho de Administração
O. Glenn Webb
Fazendeiro
O Sr. Webb, 68 anos, aposentou-se como Presidente
do Conselho e Presidente da Growmark, Inc., uma
cooperativa de fazendeiros. O Sr. Webb também
participa da Diretoria do CoBank. Ele ingressou
no Conselho da ADM em 1991 e atualmente é o
Vice-Presidente do Conselho. Também preside o
Comitê de Remuneração/Sucessão e atua nos Comitês
Executivo e de Indicações/Governança Corporativa.
Kelvin R. Westbrook
Presidente e Diretor-Presidente da
Millennium Digital Media, LLC
(empresa de serviços de banda larga)
O Sr. Westbrook, 49 anos, também é Diretor
da Angelica Corporation e da BJC Healthcare.
Ele entrou no Conselho da ADM em 2003
e participa dos Comitês de Auditoria e
Indicações/Governança Corporativa.
P á g i n a
5 5
Relatório Anual 2004
D I R E T O R E S
E X E C U T I V O S
Paul L. Krug, Jr.
Vice-Presidente
(Operações a Futuro com
Commodities)
G. Allen Andreas
Presidente do Conselho de
Administração e Diretor-Presidente
Margaret M. Loebl
Vice-Presidente do Grupo
(Finanças)
Paul B. Mulhollem
Presidente e Diretor de Operações
Steven R. Mills
Vice-Presidente do Grupo e Controller
David J. Smith
Vice-Presidente Executivo,
Secretário e Conselheiro Geral
Raymond V. Preiksaitis
Vice-Presidente do Grupo
(Tecnologia da Informação)
Lewis W. Batchelder
Vice-Presidente Sênior
(Serviços Agrícolas)
Maureen K. Ausura
Vice-Presidente
(Recursos Humanos)
William H. Camp
Vice-Presidente Sênior
(Processamento de Sementes
Oleaginosas, Cacau e Moagem)
J. Kevin Burgard
Vice-Presidente
(Operações na Europa)
Brian F. Peterson
Vice-Presidente Sênior
(Assuntos Corporativos)
John D. Rice
Vice-Presidente Sênior
(Processamento de Milho
e Alimentos Especiais)
Douglas J. Schmalz
Vice-Presidente Sênior e
Diretor Financeiro
Edward A. Harjehausen
Vice-Presidente do Grupo
(Moagem de Milho, Bioprodutos
e Rações)
John G. Reed, Jr.
Vice-Presidente
(Assuntos Governamentais)
Kenneth A. Robinson
Vice-Presidente
(Gestão de Risco em Commodities)
Mark J. Cheviron
Vice-Presidente
(Segurança e Serviços Corporativos)
Craig A. Fischer
Vice-Presidente
(Processamento de Trigo)
Dennis C. Garceau
Vice-Presidente
(Manufatura e Serviços Técnicos)
Craig E. Huss
Vice-Presidente
(Transporte e Logística)
Matthew J. Jansen
Vice-Presidente
(Operações na América do Sul)
P á g i n a
5 6
Michael Lusk
Vice-Presidente
(Seguros e Gestão de Risco)
Scott A. Roney
Vice-Presidente
(Conformidade e Ética)
A. James Shafter
Vice-Presidente e
Conselheiro Geral Assistente
Stephen Yu
Vice-Presidente
(Operações na Região Ásia-Pacífico)
Ronald S. Bandler
Tesoureiro-Assistente
Scott A. Roberts
Secretário-Assistente e
Conselheiro Geral Assistente
Marc A. Sanner
Controller-Assistente
Archer Daniels Midland Company
I N F O R M A Ç Õ E S
A O S
Bolsas de valores
As ações ordinárias da Archer Daniels Midland Company
são registradas e negociadas na Bolsa de Valores de
Nova York, na Bolsa de Valores de Chicago, na Bolsa
de Valores de Frankfurt e na Bolsa de Valores da
Suíça. Símbolo na Bolsa: ADM.
Agente de transferência e de registros
Hickory Point Bank & Trust, fsb
P. O. Box 2548
225 North Water Street
Decatur, IL 62523
888/740-5512
Auditores independentes
Ernst & Young LLP, St. Louis, MO
Convocação para assembléia anual
A assembléia anual de acionistas da Companhia será
realizada no James R. Randall Research Center, 1001
Brush College Road, no dia 4 de novembro de 2004,
tendo início às 11h da manhã. A assembléia anual de
acionistas será transmitida ao vivo pela Internet em
www.admworld.com/AnnualMeeting/. Serão solicitadas
procurações de voto pela diretoria no dia 22 de setembro
de 2004, ou em torno dessa data, quando uma declaração
de procuração de voto e o formulário de voto por
procuração serão enviados aos acionistas.
A C I O N I S T A S
Endereço para correspondência
Archer Daniels Midland Company
P. O. Box 1470
Decatur, IL 62525
U.S.A.
Telefone
Relações com os investidores: 217/424-4647
Internet
www.admworld.com
Cópias do relatório anual da Companhia à Comissão
de Títulos e Valores dos Estados Unidos (Securities and
Exchange Commission) no Formulário 10-K estarão
disponíveis aos acionistas sem qualquer custo, mediante
solicitação por escrito ao Departamento de Relações
com os Investidores.
A Archer Daniels Midland Company é um empregador que
oferece oportunidades iguais para todos os funcionários.
Declaração de isenção de responsabilidade
Este relatório anual contém informações prospectivas que estão sujeitas a certos riscos e incertezas que podem levar os resultados reais a divergir
significativamente dos projetados, expressos ou implícitos nessas informações prospectivas. Em alguns casos, pode-se identificar as declarações
prospectivas pelo uso das palavras como "pode ser, fará, deverá, prevê, acredita, espera, planeja, futuro, pretende, poderia, estima, prevê, potencial
ou contingente", a negativa desses termos ou outras expressões similares. Os resultados reais da Companhia podem ser substancialmente
diferentes daqueles discutidos ou implícitos neste relatório. Os fatores que podem causar essas diferenças, ou contribuir para isso, incluem, entre
outros, aqueles discutidos no Formulário 10-K da Companhia referentes ao exercício social findo em 30 de junho de 2004. Entre esses riscos estão
mudanças na legislação, nos preços de alimentos, rações e outras commodities, inclusive gasolina, e as condições macroeconômicas em várias
partes do mundo. Até onde a lei aplicável permite, a Companhia não assume nenhuma obrigação de atualizar qualquer informação prospectiva
como resultado de novas informações ou eventos futuros.
Design: Creative Design Board, Chicago, IL

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