Vila Real - Vivadouro

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Vila Real - Vivadouro
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Ano 0 - n.º7 - outubro 2015
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Diretor: Miguel Almeida - Dir.Adjunta: Salomé Ferreira
Contacte-nos em: [email protected] / www.vivadouro.org
Sernancelhe
Entrevista a
Carlos Silva
Santiago,
presidente
da Câmara
Municipal
A incerteza continua...
Fique a saber a opinião de aguns
autarcas da CIM Douro
P. 12 e 13
Reportagem VivaDouro
Um dia na colheita da
maçã em Armamar e
Moimenta da Beira
P. 18 e 19
Vila Real
Dolce Vita Douro: há 11
anos a afirmar-se na região
duriense
P. 16 e 17
P. 6 e 7
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2 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Editorial
Administrador da Vivacidade, S.A.
Economista e Docente Universitário
Registo no ICS/ERC 126635
Número de Registo Depósito Legal
391739/15
Diretor:
Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)
Redação:
Ana Portela
Salomé Ferreira
Departamento comercial:
Serafim Ribeiro
Tel.: 910 600 079
Sofia Lourenço
Tel.: 917 120 684
Paginação:
Bruno Duque
Administração e Propriedade do título:
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Social, S.A.
Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197
4435-778 Baguim do Monte
Administrador: José Ângelo da Costa Pinto
Detentores com mais de 10% do capital
social:
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Sede de Redação:Rua Poeta Adriano Correia
de Oliveira, 197
4435-778 Baguim do Monte
Tel.: 916 894 360 / 916 538 409
Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes,
António Costa, António Fontainhas
Fernandes, Emídio Gomes, Guilhermina
Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Manuel
Cabral, Paulo Costa, Pedro Ferreira, Ricardo
Caldas, Sandra Neves e Silva Fernandes.
Impressão: Unipress
Tiragem: 10 mil exemplares
Sítio na Internet: www.vivadouro.org
Facebook: www.facebook.com/
jornalvivadouro
E-mail: [email protected]
Agenda: [email protected]
Próxima Edição
19 de novembro
Sumário:
Breves
Páginas 4 e 5
POSITIVO
Lamego
“Projeto EM
FORMA” percorrerá
as freguesias rurais
do concelho,
apelando ao exercício
físico da população
lamecense.
NEGATIVO
Lamego
Esta placa, situada na Avenida Dr.
Alfredo Sousa,
indica a direção
do café “O Crepe”, contudo o
café encerrou há
alguns meses e
reabriu com outro
nome.
O Turismo no Douro
Reportagem Legislativas
Páginas 6 a 8
Vila Real
Páginas 9 e 10
Vila Real | Carrazeda de
Ansiães
Página 11
Grande Entrevista:
Sernancelhe
Páginas 12 e 13
Empresas e Negócios
Páginas 16 e 17
Reportagem VivaDouro
Páginas 18 e 19
Lamego
Página 20 a 22
Vários Concelhos
Páginas 14, 23, 24, 25 e 26
Opinião
Página 27 e 28
Lazer
Página 29
Venha Visitar
Página 30
FOTO: DR
Em dois dias uma pessoa que
me foi apresentada e que eu anteriormente desconhecia deu-me os
fortes parabéns pelo projeto VivaDouro e uma outra pessoa (que eu
já conhecia), na baixa da capital,
atravessou a rua para me perguntar
se era mesmo eu que ali estava e que
fazia questão de me dar os parabéns
pelo jornal e pela cobertura que temos feito dos eventos mais significativos da região e que ela agora
acompanhava através de edição do
pdf do jornal, disponível no web
site www.vivadouro.org
O mérito não é meu. È de todas
as pessoas que trabalham incansavelmente para perceber o que acontece na região e de todos os que
nos apoiam, com especial destaque
para as instituições que nos dão
apoio logístico e para os anuncian-
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]
FOTO: DR
José Ângelo Pinto
tes que fazem com que seja possível
pagarmos as nossas contas.
Este projeto tem sido capaz de
atrair pessoas boas que se preocupam com a região e que têm uma
visão concreta do desenvolvimento
que temos que alicerçar para que a
região se desenvolva de forma integrada.
São as Universidades e Politécnicos, são os agentes económicos
ligados ao primeiro, segundo e
terceiro setor, são os municípios e
juntas de freguesia e são todas as
pessoas que sabem que a informação de qualidade é essencial para
podermos desenvolver de forma
integrada e sustentada a região.
A integração da região também
se constrói com a realização de
eventos orientados para o apoio dos
produtos da região e para o aumento do seu valor económico.
Nesta edição damos uma especial atenção à maça, que é tão significativa em tantos lugares do Douro. A seguir vamos ter castanhas e
eventos à volta deste produto, em
muitos dos municípios e freguesias
do Douro em que também vamos
tentar participar!
Assim vamos prosseguir a nossa missão: Celebrar o rio, os seus
produtos, as suas pessoas e numa
palavra VivaDouro!
Luís Braga da Cruz
Engenheiro Civil
Uma das formas mais recomendadas de promover o desenvolvimento de um territórios de baixa densidade é através do turismo.
Apresenta várias vantagens fáceis de entender: gera animação
económica, cria emprego local, tem implicações noutros serviços de
proximidade, como a restauração, a venda de produtos locais, o alojamento em espaço rural. Também estimula que os valores patrimoniais
locais sejam preservados e que se organizem espaços culturais onde se
mostrem recursos da etnografia e da antropologia locais. Estes desenvolvem o gosto pela cultura, contribuem para a autoestima das populações e reforçam a identidade local.
Recordo que o turista é cada vez mais exigente e sensível. Tem
curiosidade pelo que vê. Uma boa impressão pode ser o melhor veículo de estímulo para novos visitantes. Um dos pontos mais importantes
em qualquer estratégia de promoção turística, reside na qualidade da
oferta turística, bem adequada ao interesse de quem visita.
Uma vez feitos os investimentos para acolher bem os turistas é decisivo aumentar o número médio de dias de cada estadia, principalmente nos meses em que a incerteza climática tem de ser compensada
por outras alternativas na oferta. Mas tal depende de diferentes factores, uns que se prendem com a qualidade nas condições do acolhimento, outros com a diversidade da oferta, aquilo a que os profissionais
designam por "animação turística". É sabido que quanto mais variada,
rica e densa for a oferta turística, maior é a probabilidade de o turista se
decidir por uma estadia mais prolongada.
No Douro, o argumento maior é a paisagem vinhateira, a paisagem
humanizada por séculos de labor no domínio da natureza adversa. A
UNESCO, no processo de candidatura do Douro como paisagem
cultural Património Mundial, ensinou-nos que não importa apenas
o cenário das vinhas, mas todo o contexto que exprime essa relação
sábia e persistente com o território que o duriense foi transformando:
os assentamentos da população, os pontos de apoio da actividade vinhateira, os locais de culto, a relação com o rio. Enfim, o seu contexto
vernacular.
Muito terá sido feito pelo Douro nos últimos 15 anos, que não desmerece a distinção obtida. O número de visitantes não cessa de crescer
de forma consistente. O facto de não termos cometido muito s erros,
não nos deve deixar menos vigilantes. O grande desafio está em saber
enriquecer a oferta preservando o tal contexto singular e distintivo.■
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4 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Breves
FOTO: DR
Vila Real lança 2.ª Edição do programa “Diabetes
em Movimento”
FOTO: DR
Assinado contrato entre Alijó e a
Associação Cultural e Social do Amieiro
No mês de setembro, foi assinado em Alijó, o contrato de
comodato entre o município e a Associação Cultural e Social
do Amieiro, de modo a ceder gratuitamente a antiga escola primária do Amieiro àquela instituição. Esta cedência tem como
objetivo implementar o projeto denominado “Cozinha Santa
Luzia”, bem como a dinamização de atividades lúdicas e socioculturais naquela localidade.
Vila Real comemora o Dia do Idoso
No passado dia 1 de outubro foi comemorado o Dia do Idoso. Tal como no ano passado, a
Câmara Municipal de Vila Real juntou as comemorações do Dia do Idoso e do Dia da Música,
levando aos lares do concelho um “Olá com Música”. Esta iniciativa contou com o apoio da
Tuna Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Sessão Informativa sobre “Água - Um bem essencial
ao seu serviço”
No mês de setembro, o município de Mesão Frio realizou uma sessão informativa sobre o
tema “Água- Um bem essencial ao seu serviço”, lançado pela DECO (Associação Portuguesa
para a Defesa do Consumidor). O principal objetivo foi o de informar o consumidor sobre a
existência de tarifários mais reduzidos, nomeadamente para as famílias economicamente vulneráveis.
Exposição de pintura e desenho em Mesão Frio
A casa-museu do escritor mesãofriense Domingos inaugurou, em setembro, a primeira exposição de pintura e desenho “Escreve a(s) história(s)!”, do autor e também psicólogo, Fernando
Rato. Recorrendo a imagens da publicidade, do cinema, da imprensa, entre outras, o autor interligou a literatura, a pintura e a sua profissão - psicologia, com o objetivo de provocar emoções
através das suas imagens.
Festival “8 Mãos, Monumentos com Música Dentro”
em Torre de Moncorvo
FOTO: DR
No âmbito do Festival “8 Mãos, Monumentos
com Música Dentro” teve lugar no dia 3 de outubro,
no largo da Capela de Nossa Senhora dos Remédios, em Torre de Moncorvo, um concerto com o
quarteto de harpas Lulavai. Do programa fizeram
parte a interpretação de 13 temas de músicas tradicionais galegas e de originais dos dois álbuns que
têm já editados, “Cordas Verbas” e “Lémbrame un
Soño”. O quarteto, oriundo da Galiza, é constituído
por quatro mulheres que através das harpas e das
suas vozes dão vida a um estilo de música próprio.
Operação “Idosos em Segurança” em Sendim
FOTO: DR
FOTO: DR
A Secção de Programas Especiais do Destacamento Territorial de Moimenta da Beira realizou,
no dia 8 de outubro, uma ação de sensibilização
na localidade de Sendim, concelho de Tabuaço,
em parceria com a Unidade Móvel de Saúde do
Município de Tabuaço. A iniciativa decorreu no
âmbito da Operação “Idosos em Segurança”, em
que se alertou os idosos para alguns cuidados de
segurança de forma a prevenir possíveis burlas e
furtos, e ainda sobre a nova nota de 20€ que entra em circulação a partir do dia 25 de novembro.
A Segunda Edição do projeto “Diabetes em Movimento” arrancou no mês de outubro em
Vila Real. A iniciativa é gratuita e decorrerá até maio de 2016. O programa de exercício físico,
direcionado para pessoas com diabetes tipo 2, é desenvolvido pelo Centro de Investigação em
Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), da Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro (UTAD). A sua implementação na cidade de Vila Real resulta de uma parceria entre
a universidade transmontana, a Câmara Municipal de Vila Real, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Agrupamento de Centros de Saúde Douro I – Marão e Douro Norte.
Douro com Espaço de Promoção em Cebu
A Câmara Municipal de Sabrosa está “interessada em instalar na cidade filipina de Cebuum
ponto interativo de divulgação da região duriense nas vertentes económicas, culturais e turísticas”.
A vontade da autarquia foi reforçada e assumida durante a visita de uma missão empresarial das
Filipinas a Sabrosa cujos elementos foram recebidos nos Paços do Concelho pelo presidente da
Câmara Municipal, José Marques.
Reunião da CIM Douro em Vila Real
Decorreu, no passado dia 7 de outubro, a 60.ª Reunião do Conselho Intermunicipal, em Vila
Real. Durante o encontro, os responsáveis dos 19 municípios responsáveis abordaram diversos
assuntos relevantes para a Região.
Redução do IMI em Santa Marta de Penaguião
O município de Santa Marta de Penaguião reduziu o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
às famílias detentoras de habitação própria com dependentes a cargo. Com efeito, a autarquia
penaguiense mantém a taxa mínima do IMI (0,3 %) para os prédios urbanos, passando a aplicar a
redução máxima deste imposto para famílias com filhos.
Fundação do Desporto certifica centro de alto
rendimento de Foz Côa
Entre os 13 centros de alto rendimento certificados pela Fundação do Desporto, no passado
dia 12 de outubro, encontra-se o centro de alto rendimento de Vila Nova de Foz Côa, no Pocinho
(remo, canoagem, motas de água, jetsky e motonáutico). A rede nacional de Centros de Alto Rendimento passa assim a integrar 13 infraestruturas sob a alçada da Fundação do Desporto. O diploma publicado em Diário da Republica, a 8 de outubro, define ainda as “orientações estratégicas
de atuação, sinalizando a maior captação de meios financeiros e o trabalho em sinergia com vista
à concretização de políticas públicas na área do desporto, numa lógica de parcerias colaborativas”.
VIVADOURO OUTUBRO 2015
5
Breves
FOTO: DR
Um mar de gente nas Lagaradas
de Celeirós
Contratos-programa assinados pela
Câmara Municipal
Realizou-se em setembro, no concelho de Sabrosa a sétima
edição das Lagaradas de Celeirós do Douro. Milhares de visitantes oriundos de vários pontos do país participaram no evento.
A iniciativa foi organizada pela Câmara Municipal de Sabrosa e
junta de Freguesia de Celeirós do Douro.
A Câmara de Santa Marta de Penaguião assinou, no mês de
setembro, os contratos-programa de apoio financeiro ao associativismo desportivo para o ano 2015/2016, com uma ajuda financeira
total de 37.150,00 €, aos três clubes desportivos concelhios - Associação de Futebol Clube de Santa Marta de Penaguião, Real Clube
de Penaguião e Sporting Clube da Cumieira.
II Montra de Sabores em Tarouca
Tabuaço cria Universidade Sénior
A Câmara Municipal de Tabuaço, em parceria com a Associação Nacional de Professores –
Secção de Alto Douro e Douro Sul, criou a Universidade Sénior de Tabuaço (UST), com o objetivo
de oferecer aos cidadãos, com mais de 50 anos, a frequência de aulas e atividades em várias áreas.
A UST iniciará atividade no dia 19 de outubro.
Começo do ano escolar em Armamar
FOTO: DR
O início de mais um ano escolar, no concelho de Armamar, foi assinalado com vários momentos quer na sede do Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira quer no edifício da Câmara
Municipal. Com a presença dos membros da
direção do Agrupamento e do Vice-presidente
da Câmara Municipal, responsável pelo Pelouro da Educação, dos professores e auxiliares de
ação educativa, foram entregues prémios aos
melhores alunos de cada ano de escolaridade.
Prova de Vinhos juntou produtores de
três regiões na Expodemo
Ao todo, juntaram-se 19 marcas de vinhos das três regiões
demarcadas (Douro, Dão e Távora-Varosa), durante os três dias
de provas de vinho na Expodemo. O primeiro dia contou com a
presença de Fernando Melo, conceituado e conhecido crítico de
vinhos e gastronomia de Portugal.
Dos dias 19 a 29 de setembro, decorreu no concelho de Tarouca a II Montra de Sabores do
Varosa. Nesta segunda edição, que se realizou no centro cívico da cidade, todas as refeições servidas nos dez dias do evento foram diferentes, mas sempre com produtos do concelho e da região.
Alijó entrega equipamento às corporações
de bombeiros do município
No dia 25 de setembro, as cinco corporações dos Bombeiros do município de Alijó receberam, nos Paços do Concelho, equipamento de proteção individual para combate a incêndios em
espaços naturais. Foram adquiridos capacetes, cogulas, luvas, fatos e botas de proteção para os
Bombeiros Voluntários de Alijó, Cheires, Favaios, Pinhão e Sanfins do Douro.
Concurso de abóboras em Moimenta da Beira
no próximo sábado
Moimenta da Beira realiza no próximo sábado, dia 17 de outubro, um concurso de abóboras
no Mercado Municipal. O concurso distingue três categorias de abóboras: a maior, a mais pesada e a mais original, provenientes de terrenos agrícolas do município de Moimenta da Beira. O
primeiro classificado, de cada uma das três categorias, é premiado com um vale de compras de
20 euros, dinheiro que tem de ser gasto na aquisição de produtos à venda na “Feirinha da Terra”,
evento que se realiza desde 26 de março de 2011, aos sábados de manhã, de 15 em 15 dias.
“Projeto Mega Atleta” marca nova época do Centro de
Marcha e Corrida de Lamego
A Câmara Municipal de Lamego anunciou, esta semana, que está a começar um novo projeto,
“Projeto Mega Atleta”, que trará novidades de incentivo a todos os lamecenses para a prática do
exercício físico com regularidade.
Torre de Moncorvo “tricotou” por uma boa causa
Após a conclusão da Conservação e Restauro de Pintura Mural, que se prevê que fique concluída hoje, dia 15 de outubro, na capela de S. José, em Freixo de Espada à Cinta, vai ter lugar uma
aula explicativa, ministrada por Joaquim Queitano, onde vai ser explicado o caso de estudo que
é a Pietá da Capela de São José, bem como o trabalho que foi feito durante o restauro da mesma.
A aula vai ter lugar na Capela de São José, situada na Rua das Eiras.
Murça promove aulas de ginástica para a população sénior
O município de Murça promoveu, no mês de outubro, o projeto “Séniores Ativos” que consiste em aulas de ginástica no Pavilhão Municipal e de hidroginástica na Piscina Municipal,
orientadas pelo Gabinete de Desporto da autarquia murcense, na luta e prevenção do isolamento dos mais velhos.
FOTO: DR
Restaurada Capela de S. José em Freixo de
Espada à Cinta
As Instituições Particulares de Solidariedade social do concelho de Moncorvo e alguns particulares tricotaram cerca de mil
quadrados em lã, no âmbito da campanha de sensibilização “Tricota esta Ideia – Uma Manta pelos Direitos dos Idosos.” Esta campanha tem como objetivo chamar a atenção da população para os
direitos dos idosos, pretende alertar a sociedade portuguesa e os
agentes políticos, para o aumento dos abusos físicos, psíquicos e
emocionais, de que muitos idosos são vítimas.
Campo de jogos com novo relvado no Peso da Régua
A intervenção no campo Artur Vasques permitiu a transferência de relvado para o Clube de
Caça e Pesca do Alto Douro. Os reguenses têm assim à disposição o Estádio Municipal Artur Vasques; o Pavilhão Multiusos Municipal; as Piscinas Municipais, o campo de jogos Dr. Rui Machado
e alguns polidesportivos nas freguesias do concelho.
6 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Reportagem Legislativas
Legislativas: Perspetivas dos autarcas da
Portugal foi a votos no dia 4 de outubro, a coligação Portugal à Frente (PàF) venceu as legislativas, sem maioria absoluta. Numa altura em que o futuro do país ainda se encontra a ser decidido, o VivaDouro procurou saber junto dos
autarcas da CIM Douro de que forma é que os resultados obtidos vão influenciar cada um dos concelhos, colocando
a seguinte questão: “Qual é o impacto que os resultados das eleições legislativas terão no concelho? “ Fique a saber a
opinião de cada um deles. Dos 19 autarcas, apenas obtivemos a resposta de 12.
Texto: Ana Portela
Salomé Ferreira
João Paulo Fonseca - Armamar
“ É difícil responder a essa questão enquanto ainda não temos governo formado. É o resultado dos eleitores portugueses e como é óbvio
temos que respeitar, mas não concedeu maioria nem estabilidade política a nenhuma das forças competentes para governar. Por isso,
neste momento, estar a dizer qual o impacto sem perceber quem é que vai governar e qual será o programa do governo na Assembleia
da República, nomeadamente nas autarquias, é um pouco prematuro.”
Maria do Céu Quintas - Freixo de Espada à Cinta
“Freixo de Espada à Cinta tem vindo nos dois últimos anos a fazer um esforço enorme para pagar a sua dívida, que, como todos sabem,
é bastante elevada.
Por força dos normativos legais vigentes e compromissos assumidos, o nosso município está quase privado de fazer investimento.
Esperava-se destas eleições a estabilidade governativa necessária, o que a nosso ver não irá acontecer. Por isso aguardamos que o futuro
político traga estabilidade e que os sacrifícios que temos vindo a fazer não se mostrem inúteis.”
Francisco Lopes - Lamego
“Em termos distritais, Viseu e portanto também Lamego, fica bem representado em termos parlamentares com seis deputados da
coligação, conhecedores do território e envolvidos nas principais questões e preocupações locais e regionais. Em termos nacionais, a
expectativa é de que o próximo Governo continue a dar atenção aos problemas da interioridade, nomeadamente apoio ao investimento,
combate ao
desemprego e apoio à natalidade.“
Alberto Pereira - Mesão Frio
“O impacto dos resultados das eleições legislativas no meu concelho é imprevisível. Depende claramente da aposta que o novo governo
vai fazer em políticas tais como: a aposta nos serviços públicos e no crescimento e criação de emprego; a diferenciação positiva nos
impostos e portagens; a aposta na saúde e na educação, bem como no apoio à interioridade e às famílias mais carenciadas e a aposta em
desenvolver às autarquias a autonomia financeira que foi perdida nos últimos quatro anos.
Se estas condições forem devolvidas, com certeza que o nosso concelho e a região sairão beneficiados, caso contrário continuaremos
condenados ao fracasso e à desertificação.”
José Eduardo Ferreira - Moimenta da Beira
“Os resultados das eleições, sejam eles quais forem, têm impacto direto na vida das pessoas e das organizações do município de
Moimenta da Beira. Nós esperamos que a partir de agora seja possível que o governo da República se virasse mais para as questões do
interior, dar mais atenção aos nossos problemas e procurar em conjunto connosco as soluções para a desertificação cada vez maior
do interior de Portugal, para arranjarmos soluções que tendam a acabar com um certo definhamento que tem existido nesta região.
A partir de agora o Governo da República tem que olhar de forma diferente para estas regiões e eu espero que seja isso que aconteça.”
José Maria Costa - Murça
“Espero que não tenha o impacto negativo que teve o governo que agora termina o mandato. Foram os piores quatro anos das últimas
décadas, com maior destaque no encerramento do Tribunal de Murça. Como, provavelmente, continuaremos a ter a mesma política
espero, sinceramente, que outros serviços não venham a ser encerrados.”
VIVADOURO OUTUBRO 2015
7
Reportagem Legislativas
Comunidade Intermunicipal do Douro
Carlos Esteves de Carvalho - Penedono
“Muito objetivamente não consigo vislumbrar que alguma coisa venha a mudar, no Concelho de Penedono, fruto do desfecho do
recém-vivido ato eleitoral. Os partidos políticos já nos habituaram a algum desinteresse por territórios como estes, através de políticas
para o interior do país escassas que vão surgindo de forma indefinida e em funções de momentos. Tenho afirmado e reafirmo-o: nunca
existiu uma estratégia política para o interior de Portugal, cuja inexistência, a manter-se, resultará no pior. Entretanto, quero aqui
expressar a esperança e dar o benefício da dúvida relativamente ao desenvolvimento da ação política governativa resultante do ato
eleitoral, ciente que estou de que o Primeiro Ministro que os Portugueses escolheram para a missão de governar venha a reconhecer, de
uma vez por todas, a necessidade de implementar medidas pertinentes para localmente, em parceria com as autarquias, puderem ser
criadas dinâmicas para um ambicionado desenvolvimento económico e social.”
Luis Machado - Santa Marta de Penaguião
“Não sabemos qual é o impacto definitivo porque não sabemos qual é o governo que irá funcionar, ainda não está decidido. De
qualquer forma, trabalhamos com qualquer governo na defesa dos penaguienses, por isso é-nos quase indiferente o resultado. O nosso
principal objetivo é lutar pelos interesses e pela população de Santa Marta de Penaguião.”
José Fontão Tulha - São João da Pesqueira
“Na minha opinião, como ponto alto destas eleições legislativas, para o concelho de S.João da Pesqueira, é o facto de um “filho da terra”
ter sido eleito deputado e a partir deste momento termos uma voz ativa junto do poder de decisão, falo pois do meu amigo e ex-autarca,
Eng. António José Lima Costa. Os resultados só daqui a uns tempos se poderão medir, mas penso que com a renovada representação
dos deputados eleitos pelo Distrito de Viseu na Assembleia da República é de antever que haja uma maior preocupação com o nosso
território e com esta Região e, consequentemente, como temos lutado desde que estamos na Autarquia, com a defesa dos interesses da
população que vive no interior do País.”
Carlos Silva Santiago - Sernancelhe
“Se for um governo de centro-direita, ou então um governo de direita com o consentimento do Partido Socialista, tenho a certeza
que o projeto Portugal à Frente, com alguma estabilidade, pode dar continuidade ao crescimento da economia que tem acontecido,
à diminuição do desemprego e, acima de tudo, a esta consciência cívica que foi criada no país. Eu penso que a maior vitória que este
governo teve foi a mudança da consciência do país, nós passámos a perceber que Portugal não pode viver acima daquilo que é. Eu
acredito que é mais viável este governo de PS, PSD e CDS, do que só a PàF sozinha, porque cria uma estabilidade muito forte para
o país. O mais desejado é que para concelhos como o nosso exista estabilidade.”
Carlos Carvalho - Tabuaço
“Este governo ainda vai ser composto, portanto ainda não conseguimos prever muito bem o impacto que irá ter no nosso concelho.
Aqui em Tabuaço existe uma coligação entre o PSD-CDS, portanto ficámos satisfeitos com o resultado inequívoco que houve no dia 4
de outubro, aqui no concelho, em Viseu e também em Portugal. Agora que esta vontade do povo em continuar com a estabilidade que
temos vivido seja respeitada.
O que esperamos é que a estabilidade do país continue, para que haja estabilidade económica que permita que, tanto nós aqui no
interior como no resto do país, consigamos sair desta crise.”
Valdemar Pereira - Tarouca
“Felizmente que os dias de hoje já são muito diferentes de outros tempos. Atualmente existe um grande respeito pelos autarcas e pelo
território que representam. Assim, em meu entender, não será pelo facto do governo ser de um ou de outro quadrante político que
existirá um qualquer impacto, positivo ou negativo, no nosso concelho. Na minha opinião, não será o resultado das eleições legislativas
a criar impacto, mas sim as políticas de desenvolvimento, investimento e de apoio a zonas desfavorecidas, como é o interior do país,
onde se insere o Município de Tarouca.”
8 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Reportagem Legislativas
Legislativas 2015: Análise de resultados na
CIM Douro
A coligação Portugal à Frente (PàF) venceu as eleições legislativas 2015 sem maioria absoluta. No que diz respeito aos 19 municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro, a PàF liderou em todos eles, à exceção de Santa Marta de Penaguião.
Foi no município de Sernancelhe que a coligação registou a maior percentagem de votos (63,50%). As eleições de 4 de outubro
ficaram ainda marcadas pela mais alta taxa de abstenção de todas as legislativas (43,07%).
Texto: Salomé Ferreira
Em termos globais, contabilizando o território nacional
e estrangeiro, a coligação PàF
totalizou 36,83% dos votos, seguida pelo Partido Socialista
(32,38%). O Bloco de Esquerda duplicou a votação e obteve
o melhor resultado de sempre,
tendo ficado com 10,22% dos
votos. A CDU sobe o número de
votos mas passa a quarta força,
com uma percentagem de 8,27%.
A coligação liderada por
Passos Coelho e Paulo Portas ficou à frente nos 19 municípios
que constituem a CIM Douro, à exceção de Santa Marta
de Penaguião. O concelho de
Sernancelhe registou a maior
percentagem de votos da coligação (63,50%), seguido de
Armamar (55,58%) e São João
da Pesqueira, com 54,20%.
Já no que diz respeito ao
Partido Socialista foi em Santa Marta de Penaguião, distrito de Vila Real, que registou a
maior percentagem de votos
entre os 19 municípios da CIM
Douro. Neste concelho, a diferença entre o maior partido
da oposição e a coligação foi
relativamente pequena, desta
forma, o PS registou uma percentagem de 43,71%, enquanto a PàF arrecadou 43,04%.
Em sentido contrário, foi
em Armamar que o partido
liderado por António Costa
obteve menos votos (22,77%)
comparativamente com os restantes municípios em análise.
Entre os concelhos da CIM
Douro, Tarouca foi o município
com a maior percentagem de votos do Bloco de Esquerda, totali-
zando 8,23%, situando-se assim
acima da CDU, ao contrário do
que se passou em 2011, em que
o PCP-PEV se encontrava acima da formação liderada atualmente por Catarina Martins.
Esta tendência verificou-se em todos os municípios,
sendo que o Bloco de Esquerda ficou acima do Partido Comunista em todos os concelhos
da CIM Douro, que verificou
a sua maior percentagem de
votos em Armamar (5,88%),
ainda assim menor do que o
Bloco de Esquerda (7,33%).
No dia 4 de outubro houve
5.374.343 pessoas que se deslocaram às urnas a nível nacional.
Do total de eleitores inscritos,
56,93% votaram, o que significa que estas eleições registaram
a mais alta taxa de abstenção
Legislativas 2015: Confira os resultados em cada concelho
(43,07%) de todas as legislativas.
PàF lidera em todos
os distritos da CIM
Douro
A coligação PàF liderou
nos três distritos que abrangem a CIM Douro (Viseu,
Vila Real e Bragança). Tendo sido o distrito de Viseu
aquele que contabilizou
uma maior percentagem de
votos para a coligação Portugal à Frente (51,05%), seguido de Vila Real (51,02%)
e
Bragança
(49,41%).
Por sua vez, o Partido Socialista teve mais votos no distrito de Bragança
(34,06%), do que no de Vila
Real (33,065) ou do que no
distrito de Viseu (29,65%).
Relativamente aos deputados eleitos, o distrito de Vila
Real elegeu três pertencentes
à coligação PàF: Luís Ramos,
Luís Pimentel e Maria Tender. Sendo que do Partido Socialista foram eleitos Ascenso
Simões e Francisco Rocha.
No distrito de Viseu foram eleitos seis deputados
pela coligação: António
Amaro, Pedro Alves, Inês
Domingos, José Amaral, António Lima Costa e Isaura
Pedro. O Partido Socialista
elegeu Maria Marques, António Borges e João Rebelo.
Já no que diz respeito ao
distrito de Bragança, José Silvano e Adão Silva foram eleitos pela coligação e Jorge Gomes pelo Partido Socialista.■
Deputados eleitos por distrito
Valores em unidades
Distrito Viseu
Distrito Vila Real
Vila Real : 48,06%
Murça: 52,35%
Alijó: 47,19%
Sabrosa: 47,33%
Peso da Régua: 42,81%
Sta. Marta de Penaguião: 43,71%
Mesão Frio: 44,91%
Sernancelhe: 63,50%
Penedono: 48,70%
Moimenta da Beira: 51,56%
Tarouca: 53,62%
Lamego: 46,87%
Armamar: 55,58%
Tabuaço: 52,97%
S.João da Pesqueira: 54,20%
Carrazeda de Ansiães: 50,67%
Freixo de Espada à Cinta: 43,09%
Torre de Moncorvo: 43,95%
Distrito Bragança
PSD (10)
PS (6)
CDS (1)
VIVADOURO OUTUBRO 2015
9
Vila Real
Filme de Aluno da UTAD selecionado para
Festival Internacional de Cinema de Turismo
José Paulo Santos, jovem realizador aluno de mestrado e investigador em Ciências da Comunicação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), foi selecionado para a 8.ª Edição do Festival Internacional de Cinema de Turismo, com o documentário “…além da sala de espera”. O filme retrata a vida de um casal de eremitas alemães, que vive na aldeia de Moçães,
nos subúrbios de Vila Real. O Festival terá lugar em Vila Nova de Gaia, entre os dias 21 e 23 de outubro.
Texto e Fotos: Salomé Ferreira
> José Paulo Santos, realizador do documentário “...além da Sala de Espera”
O realizador, natural de
Coimbra, marca assim presença
na 8.ª edição do Festival, que ficou marcada por um recorde de
participações. Competiram 256
candidaturas de 54 países, sendo
que o filme de José Paulo Santos
ficou nomeado para o Prémio
Ar&Tur, na categoria de “Vida
Humana, pessoas e lugares”.
Apesar de esta não ter sido
a primeira nomeação de José
Paulo Santos para um festival,
o realizador confessa que “não
estava à espera, porque é muito difícil”, disse. “Quando recebi a notícia confesso que fiquei
felicíssimo, é o reconhecimento de um trabalho”, afirmou.
Com formação em Jornalismo, José Paulo Santos conhe-
ceu o casal de alemães no ano
de 2001, em âmbito profissional. “A minha decisão foi que
aquele casal era extremamente importante para me limitar
numa peça jornalística e sempre
pensei que ia fazer um documentário com eles”, explicou.
A oportunidade surgiu 12
anos depois, em 2013, altura
em que José Paulo Santos propôs ao casal: “Porque não fazer
um documentário? Vocês têm
tanto saber, tanta coisa para
contar e ensinar”, afirmou o
realizador, ao recordar o momento em que fez a proposta
ao casal de ermitas alemães.
Desta forma, o documentário retrata a vida de “Maria Feliz”
e “Feliz”, nomes adotados pelo
casal que deixou o país de origem há três décadas, para viver
em modo-auto sustentado, na
aldeia de Moçães, em Vila Real.
“Eles vivem do que a terra
lhes dá. A luz que têm é através da cera das abelhas, reconstruiram o moinho para fazer o
pão, com essa farinha também
fazem a própria massa, é uma
pobreza voluntária mas com
um conhecimento enormíssimo”, explica José Paulo Santos.
“A Maria Feliz pratica medicina tradicional e tem muito conhecimento na área, no
caso do Feliz, ele é mais filosófico e tem um conhecimento mais aprofundado sobre
os temas da atualidade”, afirmou o realizador, ao explicar
o modo de vida deste casal.
José Paulo Santos optou
por este tema para a realização
do documentário, como uma
forma de mostrar ao público que em, “tempo de crise é
muito importante percebermos
como é que com um pouco de
terra e conhecimento nós sobrevivemos. Estamos preparados para sobreviver e para
isso é preciso conhecimento”,
assegurou o jovem realizador.
Entre o tempo de gravação
e de edição, o documentário
“…além da Sala de Espera” demorou cerca de seis meses a ser
realizado, sendo que para José
Paulo Santos “simplicidade”
é a palavra que melhor classifica todo este trabalho. “Era
eu, a câmara, o tripé, o microfone e eles os dois”, afirmou.
“A curiosidade deste documentário é exatamente essa,
eu toquei todos os instrumentos, fiz a realização, a produção, a gravação de áudio, fiz
tudo sozinho”, disse José Paulo
Santos. Já no que diz respeito
a financiamento, o atual investigador em Ciências de Comunicação, acredita que no
total gastou cerca de 40 mil
euros na realização do filme.
“Foi a minha estreia, não
ia estar a pedir um patrocínio sem um portefólio nesta
área, agora depois desta nomeação talvez seja mais fácil”, sustentou o realizador.
Em relação à escolha do título “…além da Sala de Espera”,
José Paulo Santos explica que
o casal considera, “que todos
nós vivemos numa sala de espera, acomodados no sistema,
enquanto eles já se encontram
além dessa sala de espera, já
se levantaram e já estão com a
vida deles, independentemente das doutrinas que praticam”.
Apesar de considerar que “só
a seleção já é um prémio nestes
festivais”, o realizador tem esperança que o filme possa vir a
ser premiado no dia 23 de outubro, em Vila Nova de Gaia.
“Penso que o filme vale pela
simplicidade que tem, retrato pessoas simples e considero
que consegui, não fazendo recurso a muita tecnologia, passar a mensagem e ser percebido”, revelou José Paulo Santos.
No futuro “quero continuar
com a simplicidade, com a minha
camara, os meus documentários
e essencialmente trabalhar com
pessoas e não com atores”, afirmou. José Paulo Santos pretende
fazer outros documentários, relacionados nomeadamente com
Camilo Castelo Branco, “penso
que podia acrescentar alguma
coisa, pelo menos em termos
cinematográficos, à maravilhosa vida deste autor”, revelou.
Para além dos documentários, José Paulo Santos revelou
ainda que brevemente irá realizar
uma curta-metragem, que funcionará como uma crítica social,
onde já vai recorrer a atores.■
10 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Vila Real
Projetos de Regeneração Urbana em
exposição na Câmara Municipal de Vila Real
Está presente no edifício da Câmara Municipal de Vila Real a exposição dos trabalhos relativos à terceira fase do programa
“Regeneração Urbana – Um Novo Impulso”, promovido pelo Município de Vila Real e pela CIP - Confederação Empresarial
de Portugal, através da sua associada NERVIR e com a UTAD como parceira. De acordo com o município, a exposição deverá
manter-se até ao final do mês de outubro.
Texto: Salomé Ferreira
FOTO: SF
> Adriano Sousa, vereador da Câmara Municipal de Vila Real
“Regeneração
Urbana-Um
Novo Impulso”. Sendo que
foram atribuídos prémios
aos três melhores trabalhos.
Em primeiro lugar ficou o
projeto coordenado pelo arquiteto Vitório Leite, com 81,90
pontos, com o segundo prémio
ficou a proposta coordenada pelo arquiteto Nuno Filipe
Porfírio (75,50 pontos) e em
terceiro lugar, ficou o projeto
coordenado pela arquiteta Ana
Cristina Ló Ferreira e João Luís
Garcia Bicho, com 69,70 pontos.
O grau de originalidade e
inovação, o potencial de concretização, a viabilidade e sustentabilidade da ideia, eram
alguns dos requisitos que o
júri que analisou os projetos
procurava em cada um deles.
De acordo com Adriano Sousa, o júri teve ainda em conta,
“aspetos ligados à eficiência
energética, à sustentabilidade
ambiental e à mobilidade ur-
rior, que estivessem interessados
em concretizar alguma ideia que
surgisse da terceira fase do concurso”, explicou Adriano Sousa.
“Eles acharam Vila Real uma
cidade muito interessante, com
um potencial de crescimento
muito significativo. Agora as
expetativas ainda não podemos
apontar”, adiantou o vereador.
Desta forma, após esta
terceira fase, de acordo com
Adriano Sousa, o passo que
se segue é a captação de investidores para a concretização das ideias propostas.
Recorde-se que a primeira fase do projeto consistiu
numa auscultação pública à
população, que teve como finalidade deixar as pessoas
pronunciarem-se sobre aquilo
que entendiam benéfico para
as duas zonas da cidade que foram elencadas (zona história e
“Panificadora Nadir Afonso”).
Por sua vez, a segunda fase
era direcionada à UTAD e traduzia-se em convidar os alunos e professores a apresentar
trabalhos para estes dois locais,
no entanto, Adriano Sousa afirma que “esta fase não correu
tão bem quanto se estava à espera, fruto essencialmente da
altura do ano escolar em que
se realizou, visto ter coincidido com a época de exames”.
O município de Vila Real faz
um balanço positivo do projeto,
sublinhando no entanto que,
“seria melhor se tivesse havido
mais participação pública da
parte da comunidade”. Adriano Sousa considera este tipo de
iniciativas muito interessantes,
“à partida as pessoas podem
julgar que são inócuos mas
eu penso que vale a pena pôr
a população a discutir, quando as pessoas saem da zona de
conforto e discutem uma coisa
que é de todos nós penso que
é um bom avanço”, concluiu.
A iniciativa dinamizada pela
CIP já se realizou em 2010 em
três municípios piloto: Figueira
da Foz, Portalegre e Viana do
Castelo. Sendo que nesta segunda fase para além de Vila Real,
o desafio foi lançado também às
cidades de Beja, Braga, Leiria e
Viseu. Entre outros objetivos,
este projeto pretende, “realizar
a recuperação de centros urbanos, zonas históricas e grandes
equipamentos
abandonados
ou degradados, criando assim
oportunidades de revitalização da fileira da construção”.■
FOTO: DR
Na exposição encontram-se
os projetos que integraram a terceira fase do programa, que consistiu num concurso de ideias,
destinado a profissionais da arquitetura e engenharia, para a
zona histórica e para a “Panificadora de Nadir Afonso”, localizada na Avenida da Universidade.
Na opinião de Adriano Sousa, vereador do Ordenamento
do Território e Planeamento
Urbano da Câmara Municipal
de Vila Real, esta fase do projeto, “foi interessante porque surgiram trabalhos muito curiosos,
com ideias novas”, disse ao VivaDouro. Uma vez que, de acordo
com o vereador, o objetivo tanto do município como da CIP,
era “pôr as pessoas a discutir a
cidade”, Adriano Sousa considera que “o resultado deste trabalho está refletido na exposição”.
No total foram apresentadas seis propostas nesta
fase de concurso do projeto
bana”, explicou o vereador.
Segundo o vereador do
Ordenamento do Território e
Planeamento Urbano, a abordagem que Vitório Leite propôs
para a “Panificadora de Nadir
Afonso”, foi o principal motivo
que levou o júri a classificar este
projeto com o primeiro lugar.
“O júri entendeu que aquilo que o participante proponha
para a panificadora era muito
interessante, não só recuperava todo o exterior e mantinha
a imagem fiel que tem agora,
como no interior proporcionava alguma atividade que é
compatível com a ideia que há
para aquele espaço”, justificou
Adriano Sousa. O júri pretendia que a “identidade do edifício fosse preservada”, explicou
o vereador. “A Panificadora tem
uma história e apesar do edifício ser privado, queremos manter a sua memória”, acrescentou.
Ainda no âmbito desta terceira fase do projeto, Vila Real
recebeu personalidades do exterior, nomeadamente de França e
do Reino Unido, no sentido de
poderem vir a acolher alguma
das propostas apresentadas. O
objetivo desta visita passava por,
“encontrar investidores no exte-
> Maquete de uma das propostas de Vitório Leite para a “Panificadora de Nadir Afonso”
VIVADOURO OUTUBRO 2015 11
Carrazeda de Ansiães|Vila Real
Outubro é o mês da Cultura e
Património em Carrazeda
Prisão preventiva para presumível homicida de idosa em
Carrazeda de Ansiães
O tribunal de Vila Flor, no distrito de Bragança, decretou no passado dia 9 de outubro, a prisão preventiva do presumível homicida de uma idosa, em Carrazeda de Ansiães, no dia das eleições
legislativas.
O suspeito foi detido pela PolíciaJudiciária (PJ) que informou tratar-se
de um homem de 48 anos “com extensos antecedentes criminais”, incluindo
o crime de homicídio. De acordo com
informações divulgadas pela PJ, o suspeito encontrava-se em liberdade há
cerca de quatro meses, desde junho,
apôs cumprimento de pena de cadeia,
onde regressou agora depois de o tribunal lhe ter aplicado a mais grave das
medidas de coação, a prisão preventiva.
Segundo informações da Lusa, o
indivíduo foi ouvido na passada sexta-feira, no primeiro interrogatório
judicial e está "fortemente indiciado"
por mais um crime de homicídio contra uma idosa de 85 anos, consumado no dia 4 de outubro, no lugar da
Senhora da Ribeira, em Carrazeda de
Ansiães.
A mulher foi encontrada por um
irmão que deu o alerta às autoridades, contando que encontrou a vítima
caída em casa com sinais de violência.
A GNR encontrou "remexida" a casa
da idosa, que vivia sozinha num local
isolado, surgindo de imediato suspeitas de que se terá tratado de um assalto violento.
O caso foi entregue para investigação à Polícia Judiciária que deteve o
presumível autor do crime.■
Vindimas no CAISDAVILLA
O mês de outubro chega a Carrazeda de Ansiães com um cenário de
outono recheado de eventos. De acordo com o município, “o objetivo desta
iniciativa é a dinamização de atividades culturais no concelho, quer através da divulgação do seu vasto património histórico-cultural, quer através
da promoção de vários espetáculos de
cinema, música e teatro”.
A primeira semana, dedicada ao
património e arte, iniciou-se no dia
9 de Outubro, no auditório do CITICA, com o coloquio intitulado "Património Militar do Norte de Portugal,
Ações de Preservação e Valorização
em Monumentos Classificados". O
dia 10 de outubro ficou marcado pela
apresentação do livro: "Parque Internacional de Escultura de Carrazeda de
Ansiães, dirigida por José Morais de
Neves.
Na segunda semana, que se en-
contra a decorrer, o tema primordial
será a literatura e contará com uma
exposição e venda de livros de autores transmontanos, assim como mesas
redondas que abordarão temas regionais e locais moderadas por editores
da Lema D' Origem, Mosaico das Palavras e Poética Edições. O término
desta semana será protagonizado pela
apresentação do livro "Linha do Vale
do Sabor", que foi publicado sob a
coordenação do historiador Carlos de
Abreu, no dia 18 de outubro.
Na última semana é a gastronomia
local que estará em destaque, estando
previsto o lançamento da "Rota Saberes e Sabores da Memória" que envolve visitas guiadas às diferentes unidades museológicas que constituem o
Museu da Memória Rural. O evento
será acompanhado pela degustação de
diferentes produtos da gastronomia
transmontana.■
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As vindimas no Alto Douro vinhateiro são o tema do próximo encontro no restaurante CAISDAVILLA, em Vila Real, que se realiza na próxima sexta-feira, dia 16 de outubro, pelas 19h30. De
acordo com a organização haverá festa, música tradicional com
repertório de vindimas, prova de vinhos e jantar especial.
O CAISDAVILLA irá juntar quatro
produtores que marcam a região: dois
de maior dimensão, Lavradores de Feitoria e Rozès, e dois independentes, Pedro Garcias, que apresenta os seus vi-
Durante os dias 9 e 25 de outubro realiza-se, em Carrazeda de
Ansiães, o mês da Cultura e Património, com a dinamização de
diversas atividades e eventos nestas áreas. A iniciativa fica a cargo da Câmara Municipal.
nhos Mapa, produzidos com a mulher,
Cristina Costa, e Álvaro Martinho Lopes, com os seus Mafarrico e Maquia,
este que produz em parceria com Dirk
Niepoort.■
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12 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Entrevista com Carlos Silva Santiago
Carlos Silva Santiago defende que os
decisão imediata”
Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe desde
2013, Carlos Silva Santiago,
confessa que a saúde é um dos
problemas que mais o preocupa neste momento no concelho.
O VivaDouro esteve à conversa com o autarca, onde falou
acerca da sua experiência nestes dois anos de mandato.
Texto: Salomé Ferreira
Como é que se decidiu candidatar
a presidente da Câmara Municipal de
Sernancelhe?
É uma consequência da minha
atividade anterior, porque eu já fazia
parte do executivo do anterior autarca,
trabalhei com ele 12 anos. Por força
das circunstâncias as coisas foram-se
assumindo e acabou por ser uma vontade
natural de dar continuidade a um trabalho
de excelência e de grande dedicação que
o Doutor José Mário teve ao concelho de
Sernancelhe. Acaba assim por ser uma
entrada natural na vida autárquica, não foi
nada planeado nem pensado, foi tudo uma
questão natural.
Até ao momento quais foram as
maiores dificuldades que encontrou no
exercício do seu cargo?
Muitas das vezes a nossa maior
dificuldade é a falta de autonomia e a
falta de decisão que existe nos serviços
desconcentrados do Estado. Na
questão da saúde todos os dias
recebo queixas dos utentes e não
conseguimos resolver porque não
depende da boa vontade do
município, portanto o meu
maior problema atualmente
no concelho de Sernancelhe
é a questão da saúde. Há um
conjunto de serviços que são
desconcentrados do Estado que
deveriam ter mais autonomia,
deviam ser mais práticos, mais
objetivos
e
não
tanto
académicos,
acho que
n ó s
precisamos
dessa
destreza,
dessa
capacidade de decisão imediata sem
estarmos dependentes de um conjunto de
ações e burocracias que atrasam o país. O
maior problema do autarca é estar metido
nesta encruzilhada burocrática.
Quanto ao seu futuro politico, ainda
faltam dois anos, mas está em cima da
mesa a hipótese de se voltar a candidatar
nas próximas eleições autárquicas?
Claro, um projeto de um autarca não se
resume apenas a quatro anos.
Com a crise financeira que se viveu
nos últimos anos as condições de vida
da população têm-se agravado cada vez
mais. Em termos de apoios sociais, como
é que a Câmara tem ajudado os cidadãos
mais necessitados?
Sobre a questão da crise financeira é
certo e é um facto que nós tivemos muitas
dificuldades. Deixe-me dizer também
que esta crise se sentiu mais nos grandes
centros urbanos do que propriamente
nestes meios designados de municípios
de baixa densidade. O meio rural é um
pouco diferente, é verdade que esta crise
criou dificuldade no crédito aos jovens
para iniciarem o seu processo de vida.
É difícil adquirirem uma casa porque
os bancos, estando descapitalizados,
não podem emprestar dinheiro e as
empresas de construção civil passam
por uma fase difícil. No entanto, no
concelho apareceram mais empresas
do que aquelas que desapareceram, isso
mostra bem a necessidade que houve
de melhorar. Temos uma empresa que
surgiu em Sernancelhe em plena crise
nacional que tem cerca de 40 funcionários
e faturou três milhões de euros no ano
passado, na área da metalomecânica,
uma área que em determinadas zonas
do país faliu e em Sernancelhe está
com um sucesso enorme. Penso que o
interior sempre fez mais do que aquilo
que se esperava que pudesse fazer. Nós
temos que trabalhar sempre o dobro para
fazermos aquilo que os grandes centros
urbanos conseguem com “um estalar de
dedos”. No campo social, por exemplo,
o Estado diminuiu significativamente o
valor dos medicamentos e isso repercutese obviamente nas famílias. O município
também tem um apoio, que chega a
400 euros por pessoa, destinado aos
idosos para que possam comprar os seus
medicamentos. Na questão das crianças há
bem pouco tempo apoiávamos os alunos
todos por inteiro, sem descriminação de
escalão porque havia um processo difícil
no país. Atualmente isso já não acontece
porque Portugal começa a ter novamente
retoma económica. Assim, penso que a
crise em Sernancelhe sentiu-se num ou
noutro setor, mas como diria o nosso
escritor Aquilino Ribeiro: “alcança quem
não cansa” e acho que o interior tem
dado bons exemplos ao litoral de como se
ultrapassa uma crise.
Quais são as áreas de investimento
que recomenda em Sernancelhe?
Nós temos a zona empresarial de
Ferreirim, que se encontra lotada, há
dois anos que está completamente cheia.
Estamos também a negociar os terrenos
da zona industrial de Sernancelhe, a
primeira fase vai avançar brevemente e já
temos um conjunto de empresários de fora
e de dentro do concelho que vão investir
nesse espaço empresarial em vários setores
de atividade. Mas é verdade que hoje a
agricultura é um setor em expansão e
Sernancelhe, tal como o resto desta região,
tem terrenos férteis, que são propícios
a um determinado tipo de fruto, como
servem de exemplo a Castanha, a Maçã e
a Uva. Se pensarmos bem, a Castanha e
a Maçã são dois frutos em que ainda não
somos autossuficientes, ou seja, se houver
mais investimento com certeza teremos
resultados muito positivos.
A agricultura é então o principal setor
de investimento aqui em Sernancelhe?
Sim, apesar de termos um setor muito
diversificado e também muito forte nas
áreas do granito, da metalomecânica e da
construção civil, a agricultura continua a
ter uma posição muito interessante. Repare
que nós temos três grandes empresas no
concelho que comercializam produtos
hortícolas e frutícolas, que têm um
contributo notável para o desenvolvimento
VIVADOURO OUTUBRO 2015 13
Entrevista com Carlos Silva Santiago
municípios deviam ter “capacidade
FOTO: DR
> Comparticipação na aquisiçao de medicamentos para idosos
económico de Sernancelhe.
A dinamização do setor do Turismo
encontra-se na lista de prioridades do
município? Pretendem investir nessa
área?
Eu penso que toda esta região do Douro
tem um conjunto de infraestruturas,
nas mais variadíssimas áreas, que são
de excelência. Para além da paisagem
natural de que goza esta região e de
toda a paisagem arquitetónica que tem,
os seus monumentos são fantásticos.
Mas não podemos falar de Sernancelhe
enquanto elemento turístico isolado, ou
seja, ninguém consegue fazer Turismo de
forma independente e orgulhosamente só,
sempre estivemos integrados numa rede
com todas as outras regiões. Só podemos
ter sucesso turístico se estivermos
englobados neste projeto. O que é preciso é
cada vez mais criar um turismo integrado.
Sente que os jovens têm dificuldade
em se fixar aqui no concelho?
É verdade, esse é um problema
também. Mas não é uma dificuldade só de
Sernancelhe, penso que o nosso concelho
e os municípios vizinhos têm condições
de excelência para os jovens ficarem cá,
não tenho dúvidas nenhumas disso. A
única diferença que existe entre as boas
condições de Portugal e as boas condições
da Suíça, da França, da Alemanha é que
nesses países ganha-se cinco ou seis vezes
mais. Portugal tem que fazer este caminho,
tem que ir equilibrando as suas contas,
permitir que as empresas possam aumentar
os seus lucros e consigam pagar mais aos
nossos jovens, consoante as habilitações
académicas e o grau de especialização.
Penso que quando isso acontecer os jovens
não irão ter tanta necessidade de emigrar.
Nós precisamos de muita mão-de-obra, as
empresas de Sernancelhe todos os dias nos
contactam dando conta da necessidade de
pessoas para trabalhar, o que é revelador
de uma grande dinâmica empresarial.
Contudo, entristece-nos saber que há
gente que vai embora quando afinal nós
precisamos dela cá. Mas acredito que o
único problema tem a ver com a questão do
ordenado, porque em termos de condições
para viver, constituir família e ter uma vida
saudável não há melhor que Portugal.
A taxa de emigração tem aumentado
no concelho?
Nós, pelos últimos estudos, sabemos de
muita gente que vai embora mas também
de muita gente que regressa. Sernancelhe
aumentou em 11 pessoas, ou seja, a
diferença entre os que saíram e os que
entraram é positiva, o saldo migratório
é positivo e isso para nós é muito
gratificante. Mas temos a particularidade
de ter um grupo de emigrantes que vêm
ainda numa altura muito importante para
contribuírem para o desenvolvimento do
concelho.
Enquanto autarca quais são as suas
principais prioridades para o concelho?
A nossa principal prioridade são
sempre as pessoas. Eu até tenho medo de
dizer alguma banalidade, visto que está
na moda dizer banalidades. Queremos
que a economia do concelho cresça, que
os nossos idosos tenham qualidade de
vida, era importante que os nossos jovens
se fixassem e tivessem bons vencimentos
para iniciarem o seu projeto de vida em
Sernancelhe. É verdade que nós dizemos
isto mas não passam de banalidades,
mas quem é que não concorda com elas?
Precisamos é de saber como é que vamos
fixar esses jovens, como é que podemos
fazer mais para que os nossos idosos
tenham melhor qualidade de vida. Agora
dizer isto de forma muito abstrata não há
nenhum politico no mundo que não o
saiba dizer. O que é preciso é saber como
fazer, onde fazer e saber se temos condições
para criar expetativas às nossas gentes. É
urgente que os municípios tenham poder
para intervir de forma explícita na saúde,
na educação, no planeamento territorial,
na verdadeira ação social, estes sim
elementos prioritários para o nosso povo
português.
Qual é o balanço que faz destes quase
dois anos de mandato?
Positivo, acho que o concelho de
Sernancelhe tem a sorte de ter um
conjunto de autarcas e presidentes de Junta
de Freguesia jovens, com uma dinâmica
muito interessante. Na sua maioria são da
minha geração, a maior parte deles foram
meus colegas de escola, portanto há uma
relação muito próxima entre o presidente
da Câmara, os vereadores e todos os
presidentes de Junta, sem exceção. Isso
permite que exista um nível de pensamento
muito próximo nas principais estratégias
para o concelho de Sernancelhe.
Assim,
acabamos
por
estar
devidamente informados das principais
prioridades e acredito que o trabalho
que temos estado a fazer, apesar das
dificuldades que o país viveu, tem sido
um trabalho muito interessante, muito
dedicado e se os jovens têm essa obrigação
nós sentimo-la e executamos no terreno, é
esse o nosso objetivo.
Para finalizar, quer deixar uma
mensagem à população?
Que continuem com a mesma
dedicação, com o mesmo empenho e acima
de tudo a paciência e compreensão que é
necessária nos tempos de hoje, porque vale
mais fazer pouco e bem do que fazer muito
e comprometer o sucesso das gerações que
aí vêm. Sejamos lembrados por os termos
ajudado a ter futuro, isso é aquilo que eu
mais aspiro quer para Sernancelhe, quer
para a região norte e para o nosso país. ■
FOTOS: DR
> Açude do Távora
> Parque Empresarial de Ferreirim
> Sernancelhe é conhecida como a terra da castanha
14 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Tarouca
Tarouca celebrou o Dia Internacional do Idoso com várias
atividades
No dia 1 de outubro celebrou-se o Dia Internacional do Idoso. Para comemorar a data, o município de Tarouca proporcionou
aos idosos do concelho um vasto leque de atividades que se realizaram ao longo de todo o dia.
Texto: Ana Portela
FOTO: DR
O dia começou cedo para os
mais velhos na cidade de Tarouca. Durante a manhã, o Auditório Municipal Adácio Pestana
foi o ponto de encontro, onde os
idosos do Rejuvenescer Tarouca
e da Santa Casa da Misericórdia
assistiram à Ação de Sensibiliza-
ção "Idosos em Segurança 2015".
Esta ação foi promovida pela
Secção de Programas Especiais
do Destacamento Territorial de
Lamego da GNR, com o objetivo de transmitir procedimentos de segurança, em situações
de violência, burla, ou furtos
em residências. O presidente da
Câmara Municipal de Tarouca,
Valdemar Pereira, salientou que
uma das formas de proteger os
idosos é “a consciencialização das
responsabilidades das famílias
e a forte aposta na criação de estratégias e mecanismos que permitam respostas sociais céleres”.
Segundo o autarca, na luta
contra o isolamento dos mais
velhos, o município tem atualmente “cerca de três centenas
de idosos que participam semanalmente em aulas e atividades
que decorrem em cada uma das
freguesias do concelho e que são
orientadas por uma equipa de
técnicos especializados”, garan-
tiu o édil, acrescentando que “a
Câmara Municipal de Tarouca
disponibiliza uma Unidade Móvel de Saúde que mensalmente
percorre as freguesias do concelho para efetuar o acompanhamento de saúde dos idosos”.
As comemorações continuaram com um almoço convívio,
que se realizou no centro cívico
de Tarouca. A tarde decorreu com
algumas atividades, juntamente
com as crianças da Santa Casa da
Misericórdia, existiram pequenas
atuações, peças de teatro, música
e dança. “O município de Tarouca pretendeu despertar consciências, promover a interação entre
os idosos de várias freguesias
com as gerações mais novas, com
benefícios claros para ambos”,
afirmou Valdemar Pereira relativamente ao Dia Internacional
do Idoso, acrescentando que “os
mais novos adquirem dos idosos
a sabedoria e experiência, e estes
beneficiam da alegria e energia
contagiante dos petizes”, declarou.
“Tarouca é um concelho de
excelência ao nível das respostas sociais, e a autarquia não tem
poupado esforços para proporcionar as condições necessárias a um
envelhecimento ativo e com dignidade aos seus munícipes, conferindo à terceira idade a “idade do
poder”, concluiu o presidente da
Câmara Municipal de Tarouca.■
Discussão termina com uma vítima mortal e dois feridos
No dia 6 de outubro, uma desavença entre donos de cafés, em S. João de Tarouca, concelho de Tarouca, terminou com uma vítima
mortal e dois feridos ligeiros.
Texto: Ana Portela
FOTO: DR
Nilde, a vítima mortal, era
dona de um café que se situa
ao lado de outro, pertencente a
Benjamim, o suspeito autor do
crime. De acordo com o Jornal
de Notícias, as discussões entre os dois proprietários eram
há muito conhecidas na aldeia.
Durante a tarde de terça-feira,
o atirador terá provocado a víti-
ma e, no decorrer do incidente,
terá feito uso de uma arma de
fogo que atingiu mortalmente a mulher. O ex-companheiro
da dona do café envolveu-se em
agressões com o autor do disparo e ambos foram transportados para o hospital de Vila Real.
Segundo o Comandante dos
Bombeiros Voluntários de Tarou-
ca, Humberto Jorge Sarmento, os
bombeiros foram chamados ao
local por volta das 19:30h. “Quando chegámos ao local, deparamo-nos com uma vítima que presumimos ter sido baleada, estava em
paragem cardiorrespiratória, ainda tentámos fazer manobras de
reanimação, mas não conseguimos reverter a paragem”, explicou
o Comandante, acrescentando
ainda que posteriormente “o médico declarou o óbito no local”.
Relativamente aos dois feridos
ligeiros, Humberto Jorge Sarmento afirmou que “um deles o presumível atirador tinha ferimentos
a nível da cabeça e em membros
inferiores e o outro senhor, ex-companheiro da senhora que
veio a falecer tinha ferimentos
também ao nível da cabeça”, declarou, afirmando que em ambos
os casos eram apenas escoriações.
O oficial de relações públicas da GNR de Viseu,
José Machado, explicou que
o suspeito se encontra detido, há espera de julgamento.■
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16 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Empresas e Negócios
“A arte de bem receber é o ritual de
Com mais de 100 lojas, distribuídas por três pisos, o Dolce Vita Douro já recebeu desde a sua abertura, em outubro de 2004, cerca de
60 milhões de convidados. Com um papel preponderante na dinamização de toda a região, este espaço comercial conta neste momento
com mais de 2000 trabalhadores que trabalham diariamente para “fazer do centro um destino de excelência”.
> o Dolce Vita Douro comemora 11 anos a 16 de outubro.
Foi há 11 anos que o Dolce Vita
Douro abriu portas na cidade de
Vila Real, tendo “desde o início da
sua história uma grande influência no que diz respeito à dinamização de toda a região”, confessou
Maria do Carmo Frey Ramos,
diretora do Centro Comercial.
Na opinião de Sara Rocha,
visitante assídua do Centro Comercial, “Vila Real ficou totalmente diferente com o Dolce Vita, a cidade ganhou mais
visitantes, agora é ainda melhor
viver em Vila Real”, afirmou a
convidada, ao mesmo tempo
que elogiava as lojas do Centro
Comercial pela sua atualidade e
acompanhamento de tendências.
Ao longo destes anos de atividade o Centro Comercial impulsionou vários empregos diretos e
indiretos na região, contando neste momento com mais de 2000 colaboradores, “que são hoje o rosto
deste Centro Comercial”, afirmou
Maria do Carmo Frey Ramos, frisando a importância de cada uma
das pessoas que ali trabalha. Para
a diretora do Dolce Vita Douro a
construção de uma boa relação
com os operadores é fundamental, “ é através de um trabalho conjunto que encontramos soluções
e desenvolvemos sinergias que
permitem garantir uma oferta e
um serviço que acrescente valor à
vida de quem nos visita”, explicou.
“É um ambiente bastante agradável caracterizado pelo
espírito de entreajuda e camaradagem, imprescindíveis nos
dias que correm e extremamente importantes para o trabalho
diário das diferentes equipas”,
conta Cláudia Pereira, responsável pelo hipermercado Jumbo.
Com a mudança dos hábitos
de consumo e a crescente exigência do consumidor atual, Maria do
Carmo Frey Ramos considera que
só se consegue obter os resultados
esperados estudando e analisando
consistentemente o consumidor.
“O consumidor espera hoje
um envolvimento mais per-
sonalizado das marcas e corresponder às suas expetativas
é um caminho para o sucesso.
Atualmente é valorizado não só
o produto, mas também a experiência de compra”, acrescentou
a diretora do Dolce Vita Douro.
Foi exatamente essa mudança nos paradigmas de consumo
que motivou a Agência Abreu a
mudar o espaço comercial para
o Dolce Vita Douro, com o objetivo de “assegurar uma relação
de proximidade e comunicação
direta com um universo da população muito relevante, com novos
hábitos de consumo que passam,
manifestamente, pelo aproveitamento de horários de consumo alargados”, explica Ricardo
Morais, responsável de Loja.
Através da mudança de uma
loja de rua para o Dolce Vita
Douro, realizada em maio do ano
passado, a operadora de viagens
conseguiu atingir “um universo
de clientes incomparavelmente
mais significativo”, acrescentou o
responsável de Loja. Desta forma
a Agência Abreu alcançou também pessoas de regiões circundantes, designadamente de Lamego, Régua, Vila Pouca de Aguiar,
Alijó, Sabrosa e Mirandela.
“A mudança foi benéfica e
tem-se revelado uma aposta de
sucesso”, revelou Ricardo Morais.
Entre as várias vantagens encontradas na mudança para o Centro
Comercial, a Agência Abreu sublinha a facilidade de estacionamento para os clientes. “O Dolce
Vita Douro tem disponíveis cerca
de 1000 lugares de estacionamento totalmente gratuitos”, explicou
Maria do Carmo Frey Ramos.
Na opinião de Paula Gaspar,
gerente da Pyapy, loja de moda
multimarca, a população de Vila
Real preocupa-se “cada vez mais
com a imagem e com a qualidade dos produtos”, afirmou.
Também com experiência no
comércio de rua, Paula Gaspar diz
que “não há comparação com a
localização no Centro Comercial”,
declarou. Com esta mudança, a
gerente verificou que para além
dos clientes habituais ganhou também novos visitantes na Pyapy.
Tendo o acompanhamento
das tendências no retalho e no
consumo como uma das principais premissas, tanto a nível
arquitetónico como um “mix”
diferenciador, o Dolce Vita
Douro distingue-se por aliar o
modernismo à tradição, através de diversos operadores que
transportam a essência da região para o Centro Comercial.
> Sara Rocha, visitante do Dolce Vita Douro
VIVADOURO OUTUBRO 2015 17
Empresas e Negócios
acolhimento do Dolce Vita Douro”
Entre eles encontramos a Casa
Lapão, uma empresa familiar, que
se encontra representada pela 4.ª
geração, no segundo piso do Dolce Vita. Ricardo Padoa abraçou
o negócio de família, juntamente
com a mãe e o irmão, e apostou
na abertura de uma loja no Centro Comercial, para além daquela que possuem no comércio de
rua, com uma gerência distinta.
O conceito da Doçaria Conventual, criado pelo avô, chega assim ao Dolce Vita, onde
os visitantes podem encontrar,
entre várias iguarias, as tradicionais Cristas de Galo e os Pitos, doces típicos de Vila Real.
Com a localização no Dolce
Vita, Ricardo Padoa acredita que
a loja tem “mais visibilidade do
que no centro da cidade”, confessou. “Esta loja é muito mais
dinâmica e requer outro tipo
de tratamento, temos muita variedade de produtos aqui no
Centro Comercial”, acrescentou.
A vontade de transportar a
gastronomia transmontana para
o Centro Comercial foi um dos
principais motivos que impulsionou Jorge Fernandes a abrir
o Restaurante Sabores no Dolce
Vita Douro. “Ao início tinha algum receio mas mesmo assim
arrisquei porque era um conceito
novo e penso que foi muito bem
aceite”, confessou o proprietário.
Desta forma, Jorge Fernandes
sublinha que os visitantes do Centro Comercial têm a oportunidade de conhecer a gastronomia de
Vila Real com preços competitivos
em relação à concorrência, indo
de encontro aquilo que os visitantes procuram. Desta forma, o restaurante distingue-se não só por
todos os pratos serem realizados
diariamente e de forma tradicional, mas também, “pela sua enorme fachada em vidro que proporciona aos seus visitantes uma vista
privilegiada sobre a cidade de Vila
Real, dentro de um estilo arquitetónico moderno, onde o conforto é a palavra chave”, afirmou.
“Os Centros Comerciais para
como, por exemplo, na restauração onde podem tomar as suas
refeições, ou eventos e espaços
de entretenimento para toda
a família, caraterizam o nosso
Centro Comercial”, explicou.
Neste seguimento, com o
objetivo de envolver toda a comunidade, o Dolce Vita Douro
ça nestas famílias”, acrescentou.
Mais direcionado para os mais
novos, o Dolce Vita procura “realizar atividades que contribuam
para o desenvolvimento das
crianças e que acrescentem valor
à sua formação”, foi o caso da “Cidade das Profissões by KidZania
Tour”, onde “os mais pequenos
sidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro. “O Dolce Vita enquanto
uma das principais instituições
de Vila Real assume essa responsabilidade de bem receber os novos estudantes”, revelou Maria do
Carmo Frey Ramos. Lembrando
que a “Arte de bem receber é o ritual de acolhimento do Dolce Vita
> Maria do Carmo Frey Ramos, diretora do Dolce Vita Douro, a tomar café com os representantes da Casa Lapão e da Piapy
além de local de compras são também espaços de lazer, com diferentes polos para toda a família”, referiu Maria do Carmo Frey Ramos.
“No Dolce Vita Douro pensar a Família é a nossa convicção. Procuramos, diariamente,
desenvolver valências que satisfaçam do mais pequeno ao mais
graúdo. Serviços para os bebés,
realiza diversas atividades direcionadas para todas as idades.
Todas as semanas é realizada a
“Hora do Chá”, com o lar de Santo António, “Servimos um chá a
estes convidados tão queridos e
que tanto precisam de ser acarinhados”, afirmou a diretora.“São
pequenos gestos que no final não
temos dúvidas fazerem a diferen-
puderam brincar como gente
grande e experimentar a profissão dos seus sonhos”, explicou
Maria do Carmo Frey Ramos.
O envolvimento com as instituições da cidade é outro dos objetivos do Dolce Vita Douro, desta
forma, no mês de setembro ofereceram um kit de boas vindas a
todos os novos alunos da Univer-
Douro”, Maria do Carmo Frey
Ramos deixa uma mensagem
aos durienses e a todas as equipas
e coordenadores do Dolce Vita
Douro: “Sem o forte apoio de toda
a comunidade Duriense nunca teríamos alcançado tantos sucessos.
Um muito obrigada em nome
de toda a equipa!”, concluiu.■
18 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Reportagem VivaDouro
Produtores da região afirmam
que a colheita deste ano da
Maçã é de “boa qualidade”
O VivaDouro acompanhou
um dia na apanha da maçã,
em Armamar e em Moimenta
da Beira. Os produtores afirmam que este ano o fruto é de
“boa qualidade”, sendo que as
chuvas dos últimos dias não
afetaram muito a produção.
Texto e fotos: Ana Portela
Salomé Ferreira
O dia começa cedo na apanha
da maçã. Maria do Carmo Almeida,
produtora de Armamar, começa a
juntar os trabalhadores nos pomares
por volta das oito horas da manhã.
Há mesma hora, em Moimenta
da Beira, Acácio de Jesus Fonseca,
também produtor independente, põe
mãos à obra, juntamente com a sua
família, já que para este agricultor,
“não compensa contratar pessoal
para trabalhar”, visto ter uma área de
plantação pequena.
“Este ano há mais produção do
que no ano anterior, em questão de
calibre, a colheita também está a ser
mais favorável”, explicou Maria do
Carmo, depois de ter orientado os
trabalhadores para o início da colheita.
Também para Jorge Augusto,
proprietário da empresa “Maçã
BemBoa”, em Armamar, a colheita
deste ano está a ser positiva, “apesar
de alguns constrangimentos como
a falta de água em alguns pomares,
aliada ao facto de se terem verificado
temperaturas bastante elevadas na fase
de crescimento dos frutos, tudo indica
que a qualidade de produção é bastante
melhor”, explicou ao VivaDouro.
“O que mais precisávamos foi o
que menos veio, a chuva”, desabafou
Acácio de Jesus Fonseca, no entanto,
o produtor considera que tendo em
conta as circunstâncias, “a qualidade
da maçã não foi muito afetada”.
“Apesar do tempo os potugueses vão ter maçã de grande categoria”
Com um verão predominantemente
seco, as fortes chuvas que se têm
feito sentir nos últimos dias fez com
que, “as colheitas tenham ficado um
pouco atrasadas”, explicou Jorge
Augusto. “Em algumas variedades
pode prolongar a colheita para além
do período ótimo de maturação
comercial dos frutos, diminuindo o
poder de conservação dos mesmos.
Em variedades mais tardias a chuva
até ajudou a aumentar um pouco o
calibre e a coloração”, acrescentou o
empresário.
“Em resumo, a precipitação que
ocorreu pecou por ser tardia e veio
acompanhada de fortes rajadas de
vento, o que provocou alguma queda
de frutos”, afirmou Jorge Augusto.
Para Acácio de Jesus Fonseca, esta foi
uma das principais dificuldades que
sentiu na colheita até ao momento, “as
maçãs que caem e ficam machucadas,
quando vêm para a fruteira já não têm
valor comercial, o que nos dá prejuízo”,
constatou o produtor.
No entanto, João Silva, presidente
da Cooperativa Agrícola do Távora,
garante que “apesar do tempo os
portugueses vão ter maçã de grande
categoria”, afirmou ao VivaDouro.
As colheitas iniciam
agosto com a maçã Gala
em
Geralmente, as colheitas duram
cerca de dois meses, tendo início em
agosto, nos clones da variedade Gala.
Durante o mês de setembro e início
de outubro, “colhem-se as variedades
de meia estação como a Golden,
vermelhas do grupo Red Delicious,
Reinetas e Bravo de Esmolfe. Por fim
efetua-se a colheita da Fuji, variedade
tardia de introdução mais recente mas
já com alguma expressão na região de
Armamar”, afirmou Jorge Augusto.
Nesta altura do ano, os produtores
necessitam de recorrer à contratação
de mão-de-obra extra, para a colheita
da maçã. Maria do Carmo Almeida
contrata cerca de 20 pessoas por dia,
sendo que paga 30 euros a cada um
deles. “Só no dia de hoje vou gastar
por volta de 600 euros em pessoas
para trabalhar”, revelou a produtora,
ao explicar que a “despesa ao fim do
ano é muita”.
No pomar de Maria do Carmo
Almeida e do marido, Vítor Almeida,
existe distinção monetária entre o
trabalho de um homem e de uma
mulher, “penso que o trabalho do
homem é mais cansativo, visto
que passa o dia a subir e a descer o
escadote”, explica.
Na opinião de Acácio de Jesus
Fonseca, é mais fácil haver mulheres
disponíveis para este tipo de trabalho,
do que homens. Por sua vez, Maria do
Carmo Almeida, sentiu que na época
da crise não houve tanta dificuldade
em
arranjar
pessoas dispostas
para trabalhar.
Qual é o desti- no da maçã
depois da colheita?
Após a colheita, o destino das
maçãs é diversificado e depende
de cada produtor. Enquanto uns
comercializam o próprio produto,
outros entregam essa tarefa às
cooperativas ou vendem diretamente
a uma empresa que trata de escoar ao
público.
Com uma produção que ronda as
300 toneladas, Maria do Carmo vende
toda a produção que realiza para uma
empresa do concelho, que por sua
vez vende para outras entidades que
exportam o produto.
Já Acácio de Jesus Fonseca vende a
produção, por inteiro, à Cooperativa
Agrícola do Távora. “Antes ainda se
vendia a alguns comerciantes, agora já
não, só as cooperativas é que estão a
funcionar”, afirmou.
João
Silva,
presidente
da
cooperativa, considera que os
agricultores têm vários benefícios
com a existência das cooperativas. “A
primeira vantagem é que desta forma
os agricultores não se encontram
isolados, têm garantia de escoamento
do seu produto, têm a certeza que o
produto é pago a um preço aceitável,
portanto a grande vantagem de estarem
ligados a uma estrutura é terem a
certeza de um acompanhamento
técnico”, referiu.
Na empresa Maçã BemBoa, a
produção de maçã este ano ronda
VIVADOURO OUTUBRO 2015 19
Reportagem VivaDouro
as 350
toneladas,
sendo que com o
produto
que será entregue na empresa por
outros produtores, Jorge Augusto
espera comercializar cerca de 2.000
toneladas na atual campanha.
O Mercado Nacional é o
principal destino da maçã de
Armamar e Moimenta da Beira
Em Armamar, existe todos os anos
uma produção de aproximadamente
60.000 toneladas de maçã, o que,
de acordo com Jorge Augusto,
também membro da Associação de
Fruticultores de Armamar, equivale a
cerca de ¼ da produção nacional deste
fruto.
“A produção de maçã em Armamar
tenderá a aumentar significativamente
a curto prazo, dado o aumento das
áreas plantadas de macieiras, bem
como a renovação de pomares que
se tem verificado, aliado ao facto
da crescente especialização dos
produtores e da introdução de novas
tecnologias de produção”, afirmou o
proprietário da Maçã BemBoa.
O mercado nacional é o principal
destino da Maçã de Montanha de
Armamar, “temos, por intermédio
uma
empresa
exportadora, que
tem colocado vários
contentores em países
Africanos e na América
Latina”, explicou Jorge Augusto.
“Esperamos que esta campanha que
iniciou agora seja finalmente a rampa
de lançamento para a exportação,
pois a maçã de Armamar tem todas
as características para ter sucesso no
exterior”, rematou.
Em Moimenta da Beira cerca de 80%
da maçã produzida é comercializada
em território nacional, “neste momento
estamos também a exportar para a
Colômbia, o Chile e Dubai”, explicou
João Silva, “de vez em quando vendemos
também para a Inglaterra e Irlanda”,
acrescentou.
O público-alvo dos produtores de
maçã em Moimenta da Beira não se
encontra no concelho, “o município
não tem grande
impacto
no
negócio da maçã porque toda a gente
tem produção e o negócio é assim
relativamente pequeno”, disse João Silva.
De acordo com Jorge Augusto, o facto
de os pomares de macieira em Armamar
estarem instalados a cotas de altitude
que variam entre os 500 e os 800 metros,
“permite obter frutos com características
únicas”, afirmou. “O resultado são maçãs
com bom teor de açúcar, com dureza
elevada e uma acidez moderada, o que
as torna mais saborosas, aromáticas,
crocantes e suculentas”, assegurou.
Na opinião de João Silva, as maçãs
de Moimenta da Beira são, “produtos de
excelência, onde uma maior amplitude
térmica, a exposição solar, o calor e o frio
que fazem toda a diferença. Tudo junto
faz a excelência do fruto”, concluiu. ■
20 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Lamego
Fernando Cabral reedita livro de Manoel Fernandez com
mais de 420 anos
Fernando Cabral, bancário de profissão, dedica o seu tempo livre à história de Lamego. Recentemente o lamecense decidiu fazer uma
reedição do livro “Sumária Recapitulação da Antiguidade da Sé de Lamego, Bispos e Cristandade dela e da sua nobreza”, escrito por
Manoel Fernandez em 1596. Em entrevista ao VivaDouro, Fernando Cabral contou um pouco do trabalho desenvolvido neste projeto.
Texto: Ana Portela
Qual a maior dificuldade ao
longo desta reedição?
A maior dificuldade é sempre
a angústia de não termos o original. Outra das minhas dificuldades foi a inicial, não conseguir
encontrar outro documento, não
conseguir reeditar e ter que esperar até encontrar o documento
na Biblioteca de Évora. Por não
conseguir o livro original, que se
encontra na Biblioteca nacional
do Brasil, nesta reedição decidi
não colocar a parte introdutória que estava ilegível mas, apesar disso, fico satisfeito por ter
conseguido concluir o trabalho.
> António Couto, Bispo de Lamego (à esquerda) e Fernando Cabral (à direita)
Qual a importância deste
livro?
O relevante para mim é ser
um documento manuscrito daquela época. O livro é importante
porque nos dá a conhecer a história de Lamego, mas também de
alguém que existiu naquela época e que teve o cuidado de relatar
o que acontecia. O meu fascínio
por este trabalho passa pelo facto de ser um documento raro da
época, e ser um documento raro
por si só, porque só existe uma
edição original que se encontra na
Biblioteca Nacional do Brasil
e eu tenho uma edição fac-símile de1981 que também é rara.
Quais os principais temas
abordados?
Manoel Fernandez tenta ir de
encontro aos genes da cidade acabando por nos contar um conjunto de pequenas histórias, algumas
mais próximas dele e da época
em que viveu, baseando-se em
outros historiadores mais antigos, onde foi beber alguma informação e conseguiu montar este
pequeno puzzle que nos dá uma
ideia da antiguidade de Lamego.
Este trabalho é também um
documento único porque em
termos de impressão, este será o
primeiro trabalho com conteúdo histórico que foi impresso e
que nos mostra um pouco como
a cidade era na altura. Apesar
do tema do autor ser provar a
antiguidade de Lamego, acaba por falar de inúmeras coisas,
que juntas completam o livro.
Qual foi todo o processo até
chegar ao produto final?
Eu gosto muito da história
de Lamego, tudo que encontro
quer em alfarrabistas, particulares, quer através da internet ou
leilões, tudo que tenha Lamego,
parte ou todo eu adquiro. Obviamente que muitas dessas aquisições são sempre com o objetivo
de reeditar alguma coisa ou de
recolher um conjunto de coisas
que depois possam ser processadas e trabalhadas e então editar
um documento original. Neste caso, como o livro era único,
tentei fazer uma edição para divulgar e para mostrar às pessoas
que existe um documento valiosíssimo sobre Lamego e que nós
não temos conhecimento da sua
existência. Na posse do fac-símile
de1981, tentei suprimir a parte
danificada do livro contudo cheguei à conclusão que aquilo que
estava a fazer não teria resultado
nem um rigor histórico que lhe
conferisse algum valor. Como sei
que poderia ser criticado ou censurado por ter inventado alguma
coisa, preferi parar o trabalho,
esperar que um dia mais tarde
pudesse recuperar um original
em perfeitas condições e assim
justificar-se-ia uma segunda
edição. Isso durante mais de dez
anos não aconteceu e, um dia
mais tarde, o meu cunhado Vítor
Rebelo, numa pesquisa sobre a
cidade, encontrou em Évora algo
sobre este livro. Eu entrei em contacto com a Biblioteca de Évora e
passado algum tempo enviaram-me via informática o documento. Na posse do documento
apercebi-me que não era uma
cópia do livro original do Brasil mas, poderia ter sido de um
original que, não se sabe como,
talvez por estar muito velho, tivessem retirado parte para não
se perder. Com a ajuda deste manuscrito, consegui então começar
a pensar na reedição do livro.
O que achou mais interessante com a pesquisa e o estudo
que fez?
Há alguns factos que achei
peculiares. O primeiro é um
achado que existe na Igreja de
Almacave, são umas moedas que
foram achadas e deveriam ter
ido para o Museu, mas Manoel
Fernandez menciona no livro
que terão tomado outro rumo
e, hoje em dia, não tenho conhecimento onde essas moedas
possam estar. Alguns canos de
água que, mais recentemente, se
encontraram na construção do
Pavilhão Álvaro Magalhães e que
são mencionados no livro, são
um caso que acho extremamente curioso porque é algo muito
anterior às pessoas que existiam
na cidade na época de 1500. O
documento menciona meia dúzia de coisas muito engraçadas e
que nos podem de facto remeter
para outras pesquisas que poderão, ou não, dar-nos a conhecer
um pouco mais a nossa cidade.
O resultado foi o que esperava?
A nível pessoal foi sem dúvida
totalmente satisfatório, o prazer
de reeditar este livro, a pesquisa e
investigação feitas, todo o percurso até aqui foi bem conseguido.
A nível do público, sinceramente nem sempre o trabalho que
fazemos é recompensado, mas o
livro é mais procurado por pessoas que me conhecem mas que
vivem fora da cidade por diversos motivos do que pelas pessoas
que cá estão. No entanto, faço isto
porque gosto, não ganho dinheiro com os livros e tudo que ganho é para voltar a investir. Passo
inúmeras horas do meu tempo
disponível a pesquisar sobre Lamego e a sua história, que são um
dos meus maiores interesses. Dou
mais livros do que aqueles que
vendo mas é também uma forma
de divulgar a cidade de Lamego.
Qual é a importância do
livro para a cidade e também
para a região?
Toda a gente sabe que Lamego
é uma cidade antiquíssima, sabe-se que a cidade foi criada muito
antes do condado portucalense,
mas na realidade não se sabe qual
foi o núcleo inicial. Do ponto
de vista religioso, monumental,
histórico e enquanto cidade inserida no Douro tem uma importância extrema, sendo a mais
importante cidade do Douro.■
VIVADOURO OUTUBRO 2015 21
Lamego
José pereira renuncia ao
mandato
O ex-vice-presidente da Câmara Municipal de Lamego apresentou a renúncia ao cargo que teve efeito a partir de 11 de
outubro.
“Motivos de natureza pessoal, recentemente ocorridos, que impedem
a minha total disponibilidade para
acompanhar, ponderar e executar as
múltiplas tarefas que o cargo exige”,
foi a justificação de José Pereira, ex-
-vice-presidente da Câmara Municipal de Lamego, eleito para o mandato
2013-2017, ao renunciar ao cargo.
Em novembro de 2014, o ex-vice-presidente, tinha já pedido uma interrupção de 300 dias, acabando agora por renunciar ao mandato. José
Pereira foi substituído no executivo
camarário por Andrea Santiago, elemento seguinte eleita pela lista do
Partido Social Democrata.
“Embora dolorosa, a renúncia ao
mandato é, nas circunstâncias pessoais atuais, a única solução digna
pelo muito respeito que devo a todos
os lamecenses que me elegeram esperando o cumprimento integral de um
mandato sempre pautado pela transparência, lealdade e abnegação ao
serviço dos superiores interesses do
Município e seus Munícipes”, afirmou
José Pereira.■
Câmara Municipal de Lamego
atribui 12 bolsas de estudo a
jovens lamecenses
No ano letivo 2015/16, a Câmara Municipal de Lamego vai conceder 12 bolsas de estudo a estudantes do ensino superior.
Segundo a Câmara Municipal de
Lamego “este auxílio financeiro é
atribuído a jovens residentes no concelho, há mais de três anos, que não
dispõem de meios suficientes para
suportarem os encargos correspondentes à frequência de cursos que
conferem o grau de licenciatura ou
mestrado integrado”, afirmou. O valor
concedido durante 10 meses será uma
verba mensal máxima de 100 euros.
As candidaturas para a concessão
de bolsas encontram-se abertas até
31 de outubro e devem ser entregues
no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da autarquia. Os interessados
podem consultar o “Regulamento
Municipal para a Concessão de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino
Superior” no Gabinete de Atendimento, bem como solicitar neste local o
boletim de candidatura, para além da
página online.
Para ter direito à atribuição deste
apoio social, será necessário ter o menor rendimento per capita do agregado, o melhor aproveitamento escolar,
a menor idade do candidato e a frequência de estabelecimentos de ensino superior existentes no concelho,
ou fora deste, cujos cursos atendam às
necessidades específicas do mercado
de emprego local.
“Esta ajuda financeira tem por objetivo custear despesas de alojamento, alimentação, transporte, material
escolar e/ou propinas”, concluiu a autarquia.■
Andebol Club de Lamego
recebe prémio de distinção do
município
No mês de outubro, a Câmara Municipal de Lamego atribuiu a
Medalha de Mérito Municipal - Grau Ouro, ao Andebol Club de
Lamego, distinção entregue aos dirigentes durante a gala do 25º
aniversário do clube.
O Andebol Club de Lamego viu
o seu trabalho reconhecido pela
Câmara Municipal de Lamego, ao
ser distinguido pela autarquia com
o Prémio de Mérito Municipal. “ A
capacidade demonstrada no setor
da formação, expressa na conquista de um vasto número de títulos
nas categorias, minis masculino,
infantis masculinos, iniciados femininos e masculinos, juvenis femininos e masculinos, júniores
masculinos e séniores masculinos”,
foi uma das justificações do concelho ao entregar o prémio. Outra
das razões evocadas pela Câmara
Municipal de Lamego foi “o enorme serviço prestado ao andebol
português, constituindo-se como
polo de desenvolvimento numa região onde é difícil oferecer alternativas desportivas de qualidade”,
afirmou a instituição.
Francisco Lopes, presidente do
município, entregou a António
Manso, fundador e Presidente da
Direção do Andebol Club, este galardão perante centenas pessoas,
dirigentes, jogadores e massa associativa, que encheram a sala do
Teatro Ribeiro Conceição. “Passados 25 anos, estamos seguros do
trabalho que desenvolvemos. Somos hoje uma referência tanto a
nível regional como nacional”, confessou António Manso.■
Benfica vence Torneio das
Vindimas
Realizou-se em setembro, no Pavilhão Multiusos em Lamego, o
XIV Torneio das Vindimas.
O voleibol foi a modalidade que
fez centenas de adeptos se deslocarem
a Lamego para assistir ao jogo entre o
Sport Lisboa e a Fonte de Bastardo.
Ao longo do último fim-de-semana do mês o Benfica, Fonte de Bastardo, Castelo da Maia e Clube Atlântico
de Madalena, foram as quatro equipas
que mediram forças no torneio.
Depois de no sábado se terem encontrado as duas equipas finalistas da
prova, o Benfica e o Fonte de Bastar-
do, o domingo foi um dia de emoções
fortes para os dois clubes que se defrontaram em Lamego. Frente-a-frente na final, a equipa liderada por José
Jardim derrotou Fonte de Bastardo
por três sets a um (25-22, 25-16, 2325 e 25-19).
Este torneio foi organizado pela
Associação de Voleibol de Viseu, com
o apoio da Câmara Municipal de Lamego e da Federação Portuguesa de
Voleibol.■
22 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Lamego
FOTO: SF
“Quem somos, de onde viemos: uma espécie acidental” foi a
palestra proferida por Sobrinho Simões
Manuel Sobrinho Simões, diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular e Celular da Universidade do Porto (IPATIMUP)
esteve no dia 3 de outubro em Lamego, onde cumpriu a primeira de muitas reuniões realizadas por intelectuais do país, nas mais
diversas áreas.
Texto: Ana Portela
FOTO: AP
> Jorge Carvalho de Sousa (à esquerda), Francisco Lopes e Sobrinho Simões
Cientista, médico e professor
adjunto de Patologia e Biologia Celular da Universidade de
Thomas Jefferson em Filadélfia,
Sobrinho Simões constitui um
dos três laboratórios europeus
acreditados pelo Colégio Ameri-
cano de Patologistas, realizando
anualmente centenas de consultas de diagnóstico para hospitais e institutos de oncologia da
Europa e da América. Em 1989
criou o IPATIMUP, unidade de
investigação que dirige e que foi
classificada como “excelente” na
última avaliação internacional
levada a cabo pela Fundação
para a Ciência e a Tecnologia.
“Quem somos, de onde viemos: uma espécie acidental” foi
o tema da palestra proferida por
Sobrinho Simões no Auditório
do Centro Multiusos em Lamego. Com a sala cheia, Jorge
Carvalho de Sousa, mentor da
vinda do palestrante à cidade e
Francisco Lopes, presidente da
Câmara Municipal de Lamego deram início à reunião. “O
empenho da Câmara Municipal neste projeto são a razão do
seu sucesso, sejam bem-vindos
à primeira de muitas reuniões”,
foram as palavras de Jorge Carvalho de Sousa. Francisco Lopes
afirmou que é uma iniciativa
importante para a cidade e que
“serão tratados temas do nosso
quotidiano, que muitas vezes
não chegam ao interior do país”.
Sobrinho Simões começou a
dissertação realçando que é necessário usar a experiência médica para responder às questões
das pessoas, “o que nem sempre
acontece”, disse. Virado para
uma ciência da genética, durante
todo o discurso, o médico frisou
as características genéticas que
nos tornam humanos, comparou
comportamentos animais e deixou sem respostas algumas questões, tal como “O que terá sido
mais importante, o desenvolvimento do cérebro ou do corpo?”.
A comparação entre o ser
humano e outros animais foi o
assunto mais abordado na palestra e suscitou algumas perguntas
por parte da audiência. Segundo Sobrinho Simões, ”quando
nos comparamos com outros
seres, podemos ver algumas semelhanças: o ser humano tem
a capacidade de aprendizagem,
a “tendência” para a monogamia, pelo menos social e a longevidade crescente”, tal como
alguns seres da vida animal. Em
relação às diferenças, o orador
destacou que “o ser humano tem
sentimentos morais, imagina
cenários e liga-os entre si, algo
que os animais não são capazes de fazer”. “Tudo isto nos faz
pensar na importância do cérebro”, conclui Sobrinho Simões.■
FOTO: SF
Redução do IMI a famílias com filhos
No mês de setembro a Câmara Municipal de Lamego anunciou a redução do IMI (Imposto Municipal sobe Imóveis) para famílias
com filhos. A redução pode variar entre os 10 e os 20%.
Texto: Ana Portela
A Câmara Municipal de Lamego prevê a redução do IMI
benefício fiscal às famílias do
concelho com filhos a seu encargo, que têm habitação per-
manente coincidente com o
domicílio fiscal do proprietário.
Esta iniciativa poderá variar entre os 10% e 20%, conforme o
número de filhos do agregado
familiar. Segundo a Câmara Municipal de Lamego este benefício fiscal originará uma descida
do imposto para 2270 famílias
do concelho, folgando a popu-
lação em cerca de 54 mil euros.
O IMI familiar, que está reconhecido no Orçamento do
Estado que concede liberdade às
câmaras para procederam a estes
descontos, aplicar-se-á pela primeira vez no imposto cobrado
em 2016. A Câmara Municipal
afirma que “será a administração
fiscal a calcular de forma automática o desconto a que cada família terá direito”, acrescentando
que “no próximo ano, o imposto
que incide sobre o valor patrimonial tributário mantém-se fixado em 0,4%, nos prédios urbanos e 0,8% nos prédios rústicos”.
O município decidiu também, no ano de 2016, aumentar
em 30% a taxa do IMI aplicável
aos prédios urbanos degradados
que “tenham sido objeto de in-
timação para execução de obras
de conservação, necessárias à
correção de más condições de
segurança ou de salubridade”,
referiu a autarquia. Já para os
prédios degradados, inseridos
em Área de Reabilitação Urbana cujos proprietários avancem com obras de recuperação,
ficarão isentos do pagamento
de IMI durante oito anos e não
lhes será cobrado “o Imposto
Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis na
primeira transação após a realização das obras”, acrescenta.
Em 2014, o imposto que
incide sobre o valor patrimonial tributário dos prédios rústicos, urbanos ou mistos, garantiu à autarquia cerca de 2,8
milhões de euros de receita.■
VIVADOURO OUTUBRO 2015 23
Penedono
FOTO: SF
Beselga recebe em novembro a 11.ª edição da Maratona de
BTT nos Trilhos do Ceireiro
A Associação Humanitária Cultural e Recreativa Beselguense, em Penedono, vai realizar a 11.ª edição da Maratona de BTT nos
Trilhos do Ceireiro, no dia 8 de novembro. A maratona já se apresenta como uma prova de referência a nível nacional, são esperados
participantes de todos os cantos do país e além-fronteiras.
Texto: Salomé Ferreira
FOTO: DR
“Tudo começou em 2001,
com passeios informais de BTT
entre amigos aos domingos de
manhã”, disse Eugénio Proença,
ao explicar como surgiram as maratonas de BTT na Associação .
Mas foi em 2003 que se
realizou o primeiro passeio de
BTT organizado na Beselga.
Passados 12 anos consecutivos a cumprir provas da
modalidade, “milhares de pessoas têm-se deslocado, ano
após ano até á mítica Beselga,
referência já do BTT nacional”, afirmou Eugénio Proença.
“Não temos dúvidas que a
Maratona da Beselga é uma referência não só da região mas do
país. É uma prova mítica, sendo
obrigatória para muitos como
se fosse uma peregrinação, muitos praticantes tratam a Beselga
como a Meca do BTT”, acrescentou o membro da associação.
Na Maratona de BTT a associação envolve todos os anos
cerca de 1200 pessoas, sendo
que o número de participantes
está limitado a 750 atletas desde
2010, por questões de logística.
Eduardo Proença acredita
que com outra logística, “sobretudo para os almoços e banhos”, a
associação podia aumentar o número de atletas para 2000, “uma
vez que a maratona está dividi-
da em três distâncias”, explicou.
Na sua maioria, os participantes da maratona são de fora de Penedono, de acordo com o membro da associação, “cerca de 99%
dos participantes vêm de fora”. O
distrito de Aveiro é o mais representado na Maratona da Beselga,
apesar de a organização já ter registado participantes de todos os
distritos de Portugal Continental.
Dada a projeção desta prova,
no ano passado, a Maratona da
Beselga foi integrada no campeonato Nacional de Paraciclismo da
Federação Portuguesa de ciclismo.
Para Eduardo Proença, “a
chave do sucesso passa por receber as pessoas de braços abertos,
ter trilhos atrativos, bem marcados e uma boa logística”, re-
velou o membro da associação.
Os percursos da prova já se
encontram definidos, “num traçado que promete saciar as diferentes preferências de cada participante”, garantiu o membro da
associação. Os atletas podem optar por três percursos diferentes:
Maratona (63 km), Meia-Maratona (47 km) e Mini- Maratona (20
km). Para os acompanhantes está
prevista uma caminhada guiada nas imediações da Beselga.
As inscrições encontram-se abertas até ao dia dois de
novembro e podem ser feitas no site da Associação.
Eduardo Proença ressalva
no entanto que, “as inscrições
fecham quando se atingirem os
750 participantes confimados”.■
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24 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Freixo de Espada à Cinta|Peso da Régua
Vestígios da Torre de Menagem encontrados em Freixo
Após um mês do início da exploração da zona do Castelo de Freixo de Espada à Cinta, foram encontrados, no dia sete de outubro,
vestígios de uma das Torres de Menagem. A descoberta foi feita pela equipa de João Nisa, que se encontra a trabalhar nas escavações
arqueológicas junto ao Castelo, no âmbito do projeto de reabilitação da zona histórica da vila.
FOTO: DR
A informação foi avançada pela autarquia de Freixo de
Espada à Cinta através de comunicado à imprensa, onde se
informa que as partes da Torre
de Menagem encontradas possivelmente datarão do século XV.
“Encontrámos um torreão
posterior à primeira barbacã que
será de D. João I mas para ser um
torreão com troeiras datará de D.
João II, D. Manuel ou possivelmente D. Afonso V, se for assim
tão antigo, mas documentação
medieval quase não existe...”, informou o arqueólogo João Nisa.
De acordo com o gabinete
de comunicação do município,
as “expetativas dos arqueólogos
foram desta forma ultrapassadas, uma vez que os vestígios
encontrados ultrapassam neste momento o que se estava à
espera”, lê-se no comunicado.
“Já estamos com quase dois
metros de profundidade e pensávamos que só tínhamos as
fundações, ou seja a base, mas
não temos a base, temos possivelmente umas escadas aqui
dentro”, explicou João Nisa.
O grupo de investigadores já
se encontra há cerca de um mês
à procura dos vestígios da Torre
da Menagem e da muralha do
Castelo, sendo que após um trabalho de análise da única planta
disponível do local, procederam
à realização de uma sondagem.
De acordo com João Nisa,
“a planta tem medidas em varas e em palmos e nós fizemos
uma coisa que podia não dar
certo mas deu, extrapolámos as
varas para metros e os palmos
para metros ou para centímetros e abrimos uma sondagem
e bateu certo com o local da
escavação portanto o Duarte
D’Armas era certinho e competente a tirar as medidas”.
O arqueólogo explicou
que depois de uma primeira
fase para perceber onde poderia estar situada a muralha
do Castelo acabaram por descobrir parte de um torreão e o
processo agora será mais fácil,
“o grande problema era saber
onde estava a muralha porque
o jardim é muito grande e agora
apanhando os torreões torna-
-se mais fácil”, disse João Nisa.
Estima-se que a muralha do
Castelo e as Torres de Menagem
sejam de dimensão imponente o
que para uma, “terra com a dimensão de Freixo não é muito
comum”, explicou o arqueólogo.
“O perímetro da muralha
tem de 250 a 300 metros, o que
para Portugal é enorme. Isso aqui
em Freixo não se percebe porque
os monarcas portugueses, principalmente os medievais, eram
muito agarrados ao dinheiro e
então é estranho como é que
eles foram fazer uma coisa aqui
em grande”, contou João Nisa.
De acordo com a autarquia,
as escavações arqueológicas irão
prosseguir por pelo menos mais
quatro semanas, que é o prazo de execução deste projeto.■
Réccua Douro Ultra Trail trouxe atletas
de todo o mundo ao Douro
Realizou-se no dia 3 de outubro o Réccua Douro Ultra Trail que juntou cerca 1500 atletas por trilhos,
caminhos e aldeias da região demarcada do Douro.
Texto: Ana Portela
FOTO: DR
O município do Peso da Régua associou-se à Nexplore na
organização do Réccua Douro
Ultra Trail, “reafirmando o apoio
a iniciativas que dignificam e
promovem o concelho e sobretudo o Douro”, afirmou a Câmara Municipal do Peso da Régua.
O Réccua Douro Ultra Trail
decorreu pelo segundo ano consecutivo na região Douro, nos
mesmos moldes da edição ante-
rior. Entre montanhas e socalcos
vinhateiros, foram quatro os percursos que constituíram a prova.
O Ultra Trail (80km), teve início
e fim no Peso da Régua, passando pelo ponto mais alto da Serra
do Marão; o Trail (45 km), ligou
Mesão Frio ao Peso da Régua e o
Mini Trail (15 km), realizou-se
entre Santa Marta de Penaguião
e o Peso da Régua, tendo-se realizado paralelamente ao Mini
Trail uma caminhada de 12 km,
fora do contexto competitivo,
também entre Santa Marta de
Penaguião e o Peso da Régua.
Ao pódio do Ultra Trail subiu Rui da Luz, vencedor da primeira edição, voltou a arrecadar
o ouro ao transpor a meta com
o tempo 08:40h. Nuno Silva foi
o vencedor da prova de Trail,
com um tempo de 03:37h e Rui
Teixeira, o vencedor da prova de
Mini Trail, com o tempo 01:06h.
Na prova participaram cerca de 1500 atletas com profissionais da modalidade, oriundos de vários países, como
Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Brasil e
Canadá, tendo participado também alguns atletas amadores.
Segundo a Câmara Municipal do Peso da Régua “o Réccua
Douro Ultra Trail é uma oportunidade de excelência, que junta
o desporto à aventura da descoberta do emblemático Douro”,
acrescentando que “a simbiose
perfeita é conseguida quando
à beleza natural se junta a história da região, em associação
direta com a cultura do vinho”.■
VIVADOURO OUTUBRO 2015 25
S.João da Pesqueira
Padre MANUEL JOÃO
Um jovem entre os jovens, presente na Comunidade
e acompanhando os mais velhos
O Pe. Manuel João era um
jovem sacerdote, com trinta anos de idade, que a morte
veio, de forma traiçoeira, retirar do convívio de familiares,
amigos, colegas e paroquianos.
Para além da actividade sacerdotal, repartia o seu tempo
pelos bombeiros, escuteiros, grupo coral e equipa de futebol. A
sua presença e participação em
qualquer das actividades era sempre empenhada, alegre e feliz.
Pároco de Pereiros, Vale de Figueira, Vale de Vila, Valongo, Vilarouco e Olas, a todos deixou saudade, mas também o testemunho
de quem era feliz e queria e lutava
para que essa felicidade se transmitisse a todos os que o rodeavam.
A melhor homenagem é recordar e não esquecer, o que sempre disse, escreveu e ensinou :
“... estás cá para ser feliz ...”
“...Seremos eternizados pelo
que fomos, pelo que sentimos e
por aquilo que representamos para
os outros. O que tivemos de nada
vale se não formos capazes de ser...
sermos diferentes, sermos únicos, sermos especiais. Até porque
a única certeza que há, é mesmo
que a eternidade é para os que deram algo de si e não para aqueles
que se fecharam aos outros... “
“...A sorte da nossa vida é que
temos a capacidade de regressar,
fazermos memória de um passado,
ainda que longínquo...belo e inesquecível. não pode o tempo voltar
para trás... nada podemos fazer
para regressar ao passado... a única
coisa que podemos fazer é viver...
sempre com a alegria que vivemos
Vinho do Porto no Humor
Mundial” em exposição no
Museu do Vinho
e fomos já felizes, e com a certeza
de que também um dia recordaremos o que agora construímos...”
“...Teremos tempo para lamentar o quanto não fizemos, o quanto não amámos quando aqueles
que nos são mais queridos fecharem os olhos e partirem para a
Eternidade... Seremos felizes
na medida em que formos capazes de amar e sermos amados...
Não precisamos de lógicas racionais, de cálculos mentais ou de
grandes fórmulas químicas ou
científicas... sermos únicos e autênticos fará de nós os grandes
responsáveis por sermos e fazermos felizes quem nos rodeia... “
“...Poderemos achar que tudo
irá acabar um dia e que a memória das nossas vidas se perderá
com o passar dos tempos... Ou
então poderemos viver com a certeza de que seremos eternizados
mediante a nossa capacidade de
amar e de sorrir para os outros!
A verdadeira capacidade de
sorrir e de nos levantarmos das
nossas quedas eternizar-nos-à!! E aí sim, viveremos no coração daqueles que foram capazes
de sorrir e viver connosco ...”
“...Há dias assim.. Sabemos que
aqueles que conservamos hoje,
com toda a certeza que são os que
estarão connosco amanhã. Sabemos que aquilo que vivemos hoje
e nos fez sorrir, serão as recordações que nos secarão as lágrimas
amanhã, e que nos darão a certeza
de que “... sempre que sentes amor,
sempre que despertas um sorriso...
ENTÃO PODES TER A
CERTEZA QUE VALE A PENA
VIVER...”
Obrigado Pe. Manuel João.
A. Silva Fernandes
Património da Pesqueira em
exposição em Viseu
O Concelho de São João da Pesqueira está em destaque no InstiA exposição “Vinho do Porto no Humor Mundial” foi inaugura- tuto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e no restaurante
da no passado dia oito de outubro, no Museu do Vinho em São McDonald´s, em Viseu, com a exposição “Um olhar sobre as OriJoão da Pesqueira. A mostra resulta de uma parceira entre o Mu- gens”.
seu Nacional da Imprensa (MNI) e o Museu do Vinho, inauguEste projeto tem como principal objetivo
dar a conhecer, “ os tesouros dos
rado em 2014. Esta será a primeira exposição internacional a ser
locais e das gentes do distrito de Viseu,
acolhida pelo museu.
expondo o substrato social, cultural e
Os trabalhos expostos resultam do
desafio lançado pelo PortoCartoonWorld Festival, organizado pelo MNI,
para assinalar os 250 anos da criação
da Região Demarcada do Douro.
Dezenas de cartunistas responderam ao convite para o Prémio Especial
Vinho do Porto que, depois da seleção
do Júri internacional presidido, na altura, por Georges Wolinski, deu origem a esta exposição.
Destacam-se os trabalhos premiados de Yuri Ochakovsky (Israel), Pedro
Méndez Suárez (Cuba), Heino Partenen
(Finlândia) e Sait Munzur (Turquia).
A exposição ficará patente até 31 de
dezembro e é de entrada livre.■
Depois de outros municípios do
distrito de Viseu terem já participado nesta iniciativa, agora é a vez de
São João da Pesqueira dar a conhecer
o seu município, através do projeto
“Um Olhar Sobre as Origens”, organizado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, e pelo restaurante
McDonald´s de Viseu em parceria com
as Câmaras Municipais.
económico – turístico de cada concelho”.
Desta forma, o município de São
João da Pesqueira aderiu à iniciativa,
sendo que se encontra disponível ao
público uma exposição de vinhos, azeite e indumentárias do tempo de Marquês de Pombal, artesanato e informações turísticas no IPDJ em Viseu, até
ao dia 22 de outubro.Já no Restaurante
MCDonald´s, encontram-se a ser exibidas fotografias que retratam o património natural e cultural do concelho.
A exposição vai estar patente até ao dia
26 de outubro, tendo animação musical
de grupos do concelho nos dias 18 e 25
de outubro.■
26 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Vários Concelhos
Câmara Municipal de Torre de
Moncorvo reduz IMI para
famílias com mais de dois
descendentes
As famílias de Torre de Moncorvo com dois ou mais descendentes
vão passar e pagar menos IMI no próximo ano.
A decisão foi tomada por unanimidade em reunião de Câmara, realizada
no dia quatro de setembro, e aprovada
por maioria em Assembleia Municipal
de 28 de Setembro. Assim, os agregados familiares com imóveis destinados
a habitação própria e permanente, que
sejam compostos por dois dependentes
irão beneficiar de uma redução de 15%
e se forem constituídos por três ou mais
dependentes beneficiarão de uma redução de 20%.
A Câmara Municipal aprovou para
2016 a taxa de IMI de 0,4 % para os prédios urbanos, sendo que os prédios recuperados/reabilitados até cinco anos
terão uma redução de 30% e os que
tiveram obras de conservação, no ano
anterior ao da vigência da taxa, terão
uma redução de 20%.■
Assinatura de protocolos para
criação de Banco de Bens
Doados em Torre de Moncorvo
No passado dia nove de outubro, realizou-se no Salão Nobre dos
Paços do Concelho de Torre de Moncorvo a assinatura de protocolos entre a Entrajuda - Associação para o Apoio a Instituições
de Solidariedade Social e as Associações de Municípios do Baixo
Sabor e do Douro Superior.
O protocolo prevê a criação de
um Banco de Bens Doados em Torre
de Moncorvo que sirva os concelhos
abrangidos pelas duas associações de
municípios, nomeadamente:
Alfândega da Fé, Freixo de Espada à
Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda
do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa.
De acordo com o município de Torre de Moncorvo, a parceria consiste
no envolvimento concertado entre as
partes para a concretização da denominada rede “Dar e Receber”, destinada
à angariação e distribuição de bens e
equipamentos doados por particulares,
empresas ou entidades, para entrega
a pessoas que se encontram em maior
risco de exclusão, sujeitas a situações
de pobreza e que recorrendo a esta rede
de recursos diversos poderão vir a desenvolver competências e capacidades
que contribuam para a promoção da
sua inclusão e cidadania ativa.■
Dia Mundial do Coração
celebrado em Mesão Frio
Reunião do Conselho Municipal
de Juventude do Peso da Régua
No dia 29 de setembro, Dia Mundial do Coração, a Câmara
Municipal de Mesão Frio realizou várias atividades de lazer e
também alguns rastreios gratuitos para toda a população.
No mês de setembro o Conselho Municipal de Juventude do Peso
da Régua reuniu-se em Covelinhas, Peso da Régua, onde foram
analisadas várias propostas.
A reunião, presidida por José
Manuel Gonçalves, vice-presidente do município do Peso
da Régua, decorreu de acordo
com a ordem de trabalhos, tendo sido analisadas algumas das
propostas do Plano do C onselho
Municipal de Juventude, que
serão sugeridas para integrar o
Plano de Atividades da Câmara
Municipal para 2016, nomeadamente a proposta para atribuição de bolsa a alunos que f requentem o ensino superior, cujo
regulamento foi aprovado na
última reunião da Assembleia
Municipal, e o projeto FINICIA,
um fundo de garantia ao f inanciamento no montante global
de 250.000,00€ que, no âmbito
do CLDS-3G, promovido pela
Santa Casa da Misericórdia, e
em parceria com o município,
uma entidade bancária, uma seguradora e o IAPMEI, pretende
fomentar o empreendedorismo
jovem. Além destes, há ainda a
considerar um outro instr umento de apoio ao investimento, o
microcrédito.
S egundo a Câmara Municipal
do peso da Régua “a def inição do
local de realização da terceira
reunião do C onselho Municipal
de Juventude relaciona-se com
a impor tância da descentralização das mesmas, uma vez que é
fundamental a relação de proximidade com os jovens, indo-se,
por isso, ao encontro deles”.■
FOTO: SF
No dia mundial do coração, a Câmara Municipal em colaboração com
a Santa Casa da Misericórdia de Mesão Frio, proporcionou aulas de zumba e danças latinas, com rastreios de
saúde totalmente gratuitos. Segundo
a Câmara Municipal de Mesão Frio, o
principal objetivo foi “sensibilizar os
mesãofrienses para cuidar do coração
e promover a sua saúde”. Os rastreios
realizados pelos enfermeiros da Santa
Casa da Misericórdia incluíram a medição da tensão arterial, a avaliação
do índice de massa corporal, do risco
cardiovascular e da diabetes. Para a
Fundação Portuguesa de Cardiologia,
o objetivo para 2015 “é garantir que as
pessoas, em qualquer lugar do mundo, aproveitem a oportunidade para
fazer escolhas saudáveis para o coração, onde quer que vivam, trabalhem
ou se divirtam, ajudando-as a reduzir
o seu risco cardiovascular e daqueles que estão à sua volta”. A Câmara
Municipal de Mesão Frio afirma que
“através da dinamização de atividades
de cariz desportivo, temos feito tudo
para que a população se sinta ativa,
consciencializando-a a tomar atitudes
que possam mudar a sua saúde e vida
para melhor”.■
VIVADOURO OUTUBRO 2015 27
Opinião
Um Novo Ciclo
António Fontainhas
Fernandes
Reitor da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro
(UTAD)
Os resultados das eleições do
passado dia 4 de outubro comprovam uma clara divisão das
opiniões dos eleitores. Esta divisão política também teve expressão na geografia eleitoral, revelando assimetrias regionais que,
em termos globais, conferem um
mapa colorido a Sul pelos partidos de Esquerda, enquanto o
Centro e o Norte expressam tendencialmente uma votação nos
partidos do arco da governação.
Esta dualidade política a que
se assiste em Portugal, associada às evidentes assimetrias que
se registam entre um interior
despovoado e um litoral mais
dinâmico, exige do futuro governo mais experiência política,
maior capacidade de diálogo
para estabelecer entendimentos alargados nas principais
áreas da governação. Da oposição espera-se, também, este
sentido de responsabilidade.
Na verdade, o futuro passa
por um novo ciclo de entendimento e de diálogo alargado.
Este clima de entendimento político deve ser alargado às regiões.
Importa criar pontes que desenhem estratégias regionais alargadas que envolvam o poder po-
lítico autárquico, os empresários
e o sistema científico. Este cenário é essencial para se potenciar
as oportunidades que se abrem
neste novo ciclo de programação
Norte 2020, permitindo relançar
a economia da região e atenuar
as assimetrias intrarregionais.
A Comissão de Coordenação
e Desenvolvimento Regional do
Norte tem dado um forte impulso a este quadro de entendimento entre os atores regionais,
designadamente ao consórcio
UNorte.pt, celebrado entre as
três Universidades da Região
Norte, Universidades do Porto,
do Minho e a UTAD. A estratégia
do consórcio UNorte.pt permitirá reforçar a desejável articulação entre o sistema científico
regional e o tecido económico-produtivo e social, determinante no desenho de estratégias
regionais de especialização inteligente, visando a criação de
riqueza e o aumento de emprego.
O Futuro do nosso país e
da região exige um novo ciclo
político. Um ciclo de responsabilidade e de entendimentos
alargados em matéria de políticas nacionais, bem como em
matéria de políticas da região.■
Fiscalizar, controlar e certificar para proteger as
denominações de origem
Manuel de Novaes
Cabral
Presidente do Instituto dos
Vinhos do Douro e do Porto,
I.P. (IVDP)
Fiscalizar, controlar e certificar. Estes são três importantes pilares da ação do Instituto
dos Vinhos do Douro e Porto
(IVDP) para defender e proteger as denominações de origem
Porto e Douro. As ações de fiscalização materializam-se durante todo o ano, sobretudo na
Região Demarcada do Douro
e, em época de vindimas, período de maior circulação de
uvas, há uma intensificação das
operações. São, portanto, ações
que caracterizam e marcam a
vindima. De ano para ano cons-
tatamos que há um crescente
respeito pelas normas estabelecidas, em particular nos Comunicados de Vindima, revelando
a responsabilização e a preocupação conjunta em proteger e
defender as denominações de
origem do Porto e do Douro.
Estas operações são também
reveladoras da capacidade de
inovação da região. A fiscalização levada a cabo pelo Instituto
dos Vinhos do Douro e do Porto I.P. (IVDP) dissemina-se pela
região duriense em dezenas de
ações nas estradas com o auxílio
das novas tecnologias para registo e controlo de dados. Todas as
equipas de fiscalização do IVDP
têm acesso a uma plataforma
online de gestão da informação
que permite confirmar mais
rapidamente e com precisão as
informações relativas ao viticultor e ao produto que transporta.
Os técnicos de fiscalização do
Instituto seguem assim o rasto
das uvas desde a sua colheita
até aos centros de vinificação.
Desta forma, assegura-se o controlo e a garantia de qualidade
e quantidade do produto resul-
tante da atividade vitivinícola.
A história secular do IVDP
dita afinal a missão de hoje: proteger e defender diariamente as
denominações de origem Douro e Porto, assim como a indicação geográfica duriense, garantindo que estes vinhos são feitos
com uvas provenientes exclusivamente da região demarcada.
Fiscalizar, controlar e certificar – é sob estes pilares
que é possível ter o percurso de excelência que distingue os vinhos do Porto e do
Douro em todo o mundo.■
se cruzam centenas de navios de
cruzeiros que transportam pessoas em férias, que provavelmente
em muitos casos se terão cruzado
com os botes sobrelotados que navegam não se sabe bem para onde.
Perante este drama, o que faz
a União europeia? Discute quotas de acolhimento com o estatuto de refugiados, sendo que aqui
há mesmo distinção em função
da origem dos migrantes. O cenário da ilha de Kos, na Grécia,
onde a luta pela sobrevivência
leva a cenários de violência entre os que chegaram com vida ao
acampamento provisório instala-
do num antigo campo de futebol,
ultrapassa tudo o que é admissível.
Perante isto assobiamos para
lado como se tudo estivesse suficientemente longe de nos tocar.
Não aceito esta situação. Até
porque tenho memória de uma
Europa que, ainda em 1982, deteve
durante horas, na fronteira de Hendaye, um grupo de estudantes portugueses de que eu fazia parte e se
dirigia em visita à feira de agricultura em Paris, com absoluto desdém
e mau trato, apenas e só porque
não acreditavam que o nosso único objetivo não fosse a emigração
ilegal. Não passou assim tanto tem-
po, apenas mudaram os tempos!
Acredito numa Europa que,
apesar da necessária disciplina
das finanças públicas de que sou
defensor, não deixa de ser um
espaço solidário, onde cada pessoa é um valor sagrado enquanto
tal. Se necessário, sacrifique-se
uma percentagem simbólica do
Horizonte 2020, ou do orçamento dos fundos estruturais. Mas
nunca, em caso algum, se assista
a esta situação dramática do Mediterrâneo, sem perceber que ela
é um problema nosso enquanto
cidadãos do mundo e, apesar de
tudo, de um espaço privilegiado.■
Drama no Mediterrâneo
Emídio Gomes
Prof. Catedrático da UP e Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Regional do Norte
Não há semana, por vezes dias
consecutivos, em que não sejamos
sacudidos por notícias relativas a
mais uma tragédia humana que
atinge os que tentam de forma
desesperada chegar à Europa, fugindo à fome, à guerra e às condições miseráveis e de absoluta
indignidade humana em que têm
vivido. O drama entra-nos pela
porta dentro com imagens incríveis, em que idosos misturados
com crianças se deixam transportar em condições que colocam em risco total as suas vidas.
Tudo isto ocorre no mesmo espaço territorial onde diariamente
28 VIVADOURO OUTUBRO 2015
Opinião
Há muita vida neste Douro Sul
Domingos
Nascimento
Bem sei que temos a CIM
Douro e é notória a sua importância em algumas dinâmicas
supraconcelhias de âmbito mais
alargado, mas não me reconheço nessa escala e não identifico
nela a solução para os nossos
problemas mais específicos.
Por isso, considero que estes
concelhos a Sul do Douro, estão
destinados a abraçarem-se. Já
não basta dar as mãos, é preciso
uma ligação mais forte, duradoura e promotora de confiança."
Em Lamego a Senhora dos Remédios, essa festa emblemática;
em Moimenta da Beira a Expodemo, que se afirma a cada ano que
passa; em Sernancelhe a Festa da
Castanha, uma montra gastronômica com invejável procura; em
S. João da Pesqueira com a Vindouro - Festa Pombalina, já uma
referência na vitivinicultura; em
Tarouca o S. Miguel, com grandes
memórias e a construir um novo
modelo; em Armamar a Feira da
Maçã, apresentando uma grande
vitalidade; em Tabuaço o S. João,
forte e de grande tradição; em
Resende o Festival da Cereja, um
ponto de encontro de produtores
e consumidores; em Penedono
o Mercado Magriço, que procura valorizar as iniciativas locais.
Este Douro Sul apresenta, para além destes eventos que aqui trago a mero título de exemplo, atividades
extraordinariamente marcantes.
Cada um destes eventos é divulgado exaustivamente por todo
o território e transformou-se, cada
um deles, em cartaz de atração turística e ponto de encontro obrigatório dos cidadãos desta região.
Em cada um destes acontecimentos, a escala de potenciais
frequentadores passou grandemente a estrutura demográfica de
cada um dos concelhos. Os quase 100.000 habitantes do Douro
Sul, dão outro alento a tudo o
que se realiza em cada concelho.
Esta CIDADE DO DOURO SUL, de vilas e cidades
fantásticas, é cada vez mais
uma
referência
nacional.
Esta realidade, vista a partir
de um olhar otimista e um futuro desejado, é constatada no
presente em alguns dos eventos
e possível para muitos mais. Esta
abordagem de atividades nos Municípios, vinca a importância da
afirmação da cidade Douro Sul.
Certamente que todos percebemos que não se tratará de
uma cidade em stricto sensu, mas
sim uma cidade de exercício de
cidadania, assente em vontades
de partilha de recursos e interesses comuns, de cidadãos que
persistem em viver nestes concelhos tão fustigados pela catástrofe da desertificação humana.
Bem sei que temos a CIM
Douro e é notória a sua importância em algumas dinâmicas
supra concelhias de âmbito mais
alargado, mas não me reconheço nessa escala e não identifico
nela a solução para os nossos
problemas mais específicos.
Por isso, considero que estes
concelhos a Sul do Douro, estão
destinados a abraçarem-se. Já
não basta dar as mãos, é preciso
uma ligação mais forte, duradoura e promotora de confiança.
Os líderes locais estão com
uma extraordinária visão para a
solução dos problemas comuns.
Fiquei até muito bem impressionado depois de algumas conversas que fui tendo com alguns
deles e isso deixa-me otimista.
A cidade Douro Sul será, porque já está a ser, uma realidade.
Não descobri a pólvora, nem
tão pouco algo ou uma visão especial, na verdade já foram muitos
e são já muitos a defenderem esta
escala de organização territorial.
Saibamos juntar vontades e
pragmatizar este objetivo muito claro e, em conjunto, promovermos um tempo novo
na organização das políticas
públicas no Douro Sul, aproveitando sinergias também nas
dinâmicas da sociedade civil,
empresariais e institucionais.
Oscidadãosagradecem,Douro
Sul - A cidade que se impõe.■
Ter o pragmatismo como bandeira é estar mais perto do sucesso
Tiago Nogueira
Jornalista
A nossa seleção voltou a sair
100% vitoriosa desta dupla jornada de qualificação para o Campeonato da Europa no próximo ano.
João Moutinho foi o grande destaque nos dois jogos, marcando
o único golo do encontro frente à
Dinamarca e decidindo a partida
diante da seleção sérvia com um
golaço de fora da área, quando já
vários pensariam no empate a um.
O primeiro jogo contra a Dinamarca realizado no Estádio
AXA, em Braga, resultou na confirmação do apuramento para o
Europeu de 2016. Esta partida
provou, uma vez mais, que a profundidade e o pragmatismo são
as duas principais armas da seleção portuguesa. O guarda-redes
e os centrais estiveram muito seguros, os laterais deram a devida
profundidade, o meio-campo
esteve dinâmico e o setor mais
ofensivo sempre imprevisível.
Sendo que depois da objectividade no 1-0 de Moutinho nunca
mais se voltou a sentir verdadeiro
perigo na baliza nacional, com
a excepção de já nos descontos Rui Patrício ter sido obrigado a uma fabulosa intervenção.
Por outro lado, a segunda missão era na Sérvia, num terreno
sempre bastante complicado, e
com intervenientes habitualmente bem menos utilizados por Fernando Santos. Mas os verdadeiros
campeões fazem das adversidades
meras catapultas para a glória. E
tal como os nossos navegadores,
estes atletas portugueses não fugiram à regra e foram à luta sem
qualquer receio, conseguindo um
golo bem cedo no jogo por intermédio de Nani, depois de uma
sensacional jogada de Danny.
Os jovens recheados de talento demonstraram estar à altura
do desafio, embora Nélson Semedo tenha entrado um pouco
ansioso no jogo - levando logo
um amarelo nos minutos iniciais
- ele, juntamente com Danilo Pereira, tiveram excelentes performances. De acrescentar também
a excelente exibição de André
André, médio este que dá cada
vez menos hipóteses ao selecionador de o relegar para o banco
de suplentes. É um verdadeiro
box-to-box do futebol moderno.
O estilo de jogo desta seleção
não apaixona, embora os resultados o façam. No entanto, resta
agora a este incrível grupo conseguir manter os níveis de objectividade e de eficácia para, finalmente,
podermos levar o nome de Portugal ao ponto mais alto da Europa
já no próximo ano. A união deverá estar sempre acima de qualquer coisa, pois quando assim é
o triunfo fica bem mais perto.■
VIVADOURO OUTUBRO 2015 29
Lazer
RECEITA CULINÁRIA
VIVADOURO
Chef João Paulo Rodrigues
Massa
Tagliatelle com
Natas
Ingredientes:
400 gr Tagliatelle
1 pacote natas Peq.
1 cebola picada
1/2 pimento verde em Juliana
Alho picado
Azeite
Azeitonas pretas rodelas
Fiambre em Juliana
Chourição em Juliana
Mortadela Peru em Juliana
Anedota:
Conversa casual de duas
utentes do Metro. Diz uma:
- O meu marido está
sempre fora de casa.
A outra:
- Pois o meu nunca sai.
A primeira:
- Maridos desses há poucos!
A outra:
- Felizmente… O meu é
paralítico!
Sopa de letras do VivaDouro
VOZ URNA BOLETIM DE
VOTO ELEICAO ELEGIBILIDADE VOTO ABSTENCAO -
Maria Helena
Socióloga, taróloga
e apresentadora
210 929 000
[email protected]
Preparação:
Cozer a massa em água,sal e manteiga.
Numa frigideira cocar azeite,cebola
picada,alho picado,pimento em Juliana.
Deixar fritar lentamente. Temperar com
sal,orégãos e ervas da Provence.
Juntar azeitonas.
De seguida juntar a
charcutaria em Juliana. Deixar apurar e
juntar as natas com lume brando.
Servir em prato fundo guarnecido com
ovo cozido e uma salada mista.
LELO e ZEZINHA
Amor: Seja audaz no que diz respeito à conquista da
sua felicidade.
Saúde: É possível que uma doença do passado volte a
surgir, prejudicando o seu sistema imunitário.
Dinheiro: Apesar de ser um mês positivo, poderá estar
sujeito a alguns gastos inesperados.
Pensamento positivo: O sucesso espera por mim,
porque eu mereço!
Amor: Durante algum tempo tem feito progressos nesta
área, mas não se iluda com alguém que conhece mal.
Saúde: Neste período, poderá sentir o seu sistema
imunitário mais fragilizado. Reduza o ritmo de trabalho.
Dinheiro: Evite colocar em risco a sua reputação. Seja
responsável e dedicado ao trabalho.
Pensamento positivo: Aprendo com os meus erros.
Amor: Dê especial atenção aos seus amigos, pois eles
necessitarão da sua ajuda.
Saúde: Afaste-se um pouco da sua rotina diária, tire uns
dias de folga e restabeleça as suas energias.
Dinheiro: Possibilidade de abraçar novos projetos
profissionais que permitirão uma entrada extra de dinheiro.
Pensamento positivo: Ganho o respeito e a admiração
dos outros através da minha honestidade.
Amor: Acredite que o seu amor apenas tem olhos para
si e fomente a cumplicidade entre ambos.
Saúde: Tenha alguns cuidados e mentalize-se que a sua
saúde não é de ferro.
Dinheiro: As suas finanças denunciam alguns
problemas. Esteja atento às suas fragilidades.
Pensamento positivo: Eu procuro ser justo e correto para
com todos os que me rodeiam.
Amor: Esforce-se por basear a sua relação em atitudes de
diálogo e compreensão.
Saúde: O desequilíbrio em que se encontra pode estar
associado ao cansaço e à falta de exercício.
Dinheiro: Desenvolva alguns dos seus projetos, pois esta é
a melhor altura para os colocar em prática.
Pensamento positivo: Eu sei que consigo realizar os meus
projetos, acredito em mim!
Amor: Dê a si mesmo a oportunidade de a emoção estar
mais presente na sua vida.
Saúde: É um período excelente para melhorar a sua
atividade física.
Dinheiro: Aprimore o sentido de responsabilidade e
competência e o seu reconhecimento será feito.
Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e
com o que faço para não magoar as pessoas que amo.
Amor: É uma boa altura para os nativos solteiros
iniciarem um relacionamento estável.
Saúde: O descanso e o exercício físico são fundamentais
para conseguir aguentar este mês.
Dinheiro: Planifique a sua vida profissional para que possa
ser mais organizado e rentabilizar o seu trabalho.
Pensamento positivo: Com determinação consigo
concretizar os meus objetivos.
Amor: As relações amorosas estão na ordem do dia, mas
previna-se contra as falsas amizades.
Saúde: Liberte-se um pouco do trabalho e da rotina
diária e dê especial importância ao seu bem-estar.
Dinheiro: O seu trabalho refletir-se-á na sua saúde e no
modo como organiza a sua rotina diária.
Pensamento positivo: Sorrio mais vezes e dessa forma a
minha vida é mais rica.
Amor: Será alvo de muita atenção por parte de quem o
rodeia.
Saúde: Boa saúde e bem-estar serão as palavras-chave
que o acompanharão ao longo de todo o mês.
Dinheiro: A obtenção de dinheiro em áreas distintas
daquela em que trabalha revelar-se-á uma boa opção que
lhe possibilitará aumentar os seus rendimentos.
Pensamento positivo: Eu acredito nos meus sonhos!
Amor: Tente não se desentender com uma pessoa
querida por meros boatos.
Saúde: Apesar de as suas preocupações estarem
voltadas para outros aspetos da sua vida, a saúde é algo
que não poderá descurar durante este mês.
Dinheiro: Poderá ter de ajudar alguém de quem gosta
muito, através de um empréstimo financeiro.
Pensamento positivo: Sou leal às minhas convicções!
Amor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sacrifícios
para manter o bem-estar familiar.
Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indisposição que
o conduzirá à redução do seu ritmo diário.
Dinheiro: Poderá ter as condições necessárias para se
dedicar a um projeto deixado na gaveta.
Pensamento positivo: Com respeito e sabedoria
superam-se todas as diferenças.
Amor: Altura ideal para efetuar a mudança que tanto
necessita de fazer.
Saúde: Canalize a sua energia para atividades de lazer.
Dinheiro: Esforce-se por aumentar os níveis dos seus
rendimentos, para conseguir melhorar a sua situação
económica.
Pensamento positivo: Acredito em mim, sei que sou
capaz!
Venha visitar...
Santa Marta de Penaguião
Santa Marta de Penaguião é uma vila portuguesa que se encontra-se no coração da região Duriense, limitada a norte e leste pelo
município de Vila Real, a sul pelo Peso da Régua e a oeste por Amarante. Com cerca de 1 300 habitantes, o município está dividido em sete freguesias.
O acentuado da sua orografia proporciona uma paisagem generosa do Douro, sendo que a vitivinicultura é uma das principais
formas de subsistência do município. Alguns dos principais pontos de passagem em Santa Marta de Penaguião são a Serra do
Marão, o cruzeiro que se situa no centro da vila e a Igreja Matriz localizada em São João de Lobrigos.
> Monumento ao Dr. João de Araújo Correia
> Cruzeiro situado no centro da Vila
> Estátua em homenagem ao trabalhador da vinha
> Capela Nossa Senhora da Guia
> Igreja Matriz, São João de Lobrigos
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