edição presstem 43

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edição presstem 43
PRESSTEM
prestaÇÃO DE SERVIÇOS especializados
ano XIII
novemBRO 2011
nº43
Brasil de amanhã começa hoje
Com vasta experiência acadêmica e política, Wellington Moreira Franco, ministro-chefe
da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, busca identificar no
presente caminhos que levarão as novas gerações a uma melhor qualidade de vida
2012
desafios e oportunidades:
hora de colher resultados
Trabalho Temporário no Natal
Considerado o período mais importante do calendário brasileiro para o comércio e para a indústria, o final do ano
deverá representar em 2011 trabalho para quase 150 mil temporários em todo o País. 28% das vagas deverão ser
preenchidas por jovens em situação de primeiro emprego
2
PRESSTEM
PRESSTEM
Divulgação
ÍNDICE Edição 43
06
VITÓRIAS, COM UNIÃO
A atual diretoria do Sindeprestem completa dois anos de mandato e tem muito a
comemorar. Esta que foi, sem dúvida, uma gestão marcada pelo trabalho em equipe,
trouxe importantes vitórias e boa visibilidade para os setores de Prestação de
Serviços Terceirizáveis e Trabalho Temporário, colocando a atividade na pauta dos
gestores do Brasil. > >pág. 12
Moreira Franco: Brasil do futuro
Divulgação
Capa
40
TERCEIRIZAÇÃO EM PAUTA
Primeira audiência pública da história do Tribunal Superior do Trabalho tratou das
especificidades de um assunto ainda polêmico e controverso no Brasil: a Terceirização.
Representantes de entidades empresariais e trabalhistas se reuniram para tentar um
consenso sobre a necessidade de uma lei específica. > > pág. 40
05 CARTA DO PRES IDENTE
TST: audiência pública
Bruno Leite
28 DIRETORIAS REGIONA IS
Vander Morales
43
CONETT 2011: momento histórico
06 Entre v ista
34 CEBRASS E NEW S
16 e sp e ci al
35 TENDÊ NCIAS E
TECNOLO GIA
18 BRAS IL 2 0 1 4
36 INDICADORES
20 RESPONSABILIDADE SOCIAL
40 EVEN TOS
24 U NIVERS O F EM ININO
50 NOTÍCIAS ASS ERTTEM
Na posse,
defesa do setor
Caroa Associado,
Filiado e Sindicalizado ao Sindeprestem, atualize seus dados
cadastrais. Recorte na linha pontilhada e envie pelo FAX (11) 3215-8250 ou e-mail
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Vander Morales – Presidente
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Jacob Luiz Magnus – Diretor Jurídico
Jismália de Oliveira Alves – Diretora de Marketing e Comunicação
Ademir de Souza – Diretor Suplente
Edson Ferreira – Diretor Suplente
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Vander Morales – Presidente
Fernando Barbosa Calvet – Vice-Presidente
Paulo Magalhães – Diretor Administrativo e Financeiro
José Antonio Gregório – Vice-Diretor Administrativo e Financeiro
Jismália de Oliveira Alves – Diretora de Comunicações e Eventos
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Geraldo P. Russomano Veiga – Diretor Regional de Ribeirão Preto
José Renato Quaresma – Diretor Regional Baixada Santista
Everaldo Nogueira – Diretor Regional de Bauru
Jismália de Oliveira Alves – Diretora Regional de Guarulhos
Walter Rosa Junior – Diretor Regional de Sorocaba
Sérgio Silas Gallati – Diretor Regional do Vale do Paraíba
Luiz Simões da Cunha – Diretor Regional de Campinas
Cláudio Donizeti de Almeida – Diretor Regional do Alto do Tietê
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Sandra Maria Benetti – Diretora Regional de Marília
DIRETORIA REGIONAL
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José Carlos Teixeira – Diretor Minas Gerais
Danilo Padilha – Diretor Paraná
Jismália de Oliveira Alves – Diretora Guarulhos
Sérgio Silas Gallati – Diretor Vale do Paraíba
Augusto Calado da Costa – Diretor Nordeste
Flávio Nascente – Diretor Rio Grande do Sul
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Thais Moro
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Bruno Moreira
Bruno Siomi
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Evando Freitas de Sousa
Johannes Antonius Maria Wiegerinck
José Antônio Gregório
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Maurice Braunstein
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Conselho Fiscal
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4
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Nossas entidades são filiadas a
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Edson Ferreira
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CONSELHO FISCAL
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Danilo Padilha
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Márcia Costantini
Suélia Luz de Oliveira
Vander Morales, presidente do Sindeprestem e da Asserttem
CARTA DO PRESIDENTE
EM FOCO
Os avanços que obtivemos em nossa diversificada pauta de ações nos estimulam a prosseguir
com determinação no cumprimento dos compromissos assumidos.
Nossa organização expandiu-se notavelmente nesta
gestão, com a criação de novas Diretorias Regionais. Atual­
mente são 12 unidades, que irradiam nossa mensagem,
promovem o contato e a integração com as comunidades
locais, e ampliam nossa presença em âmbito estadual.
Investimos cada vez mais em cursos, na Capital e no
Interior. Já se formaram mais de 10 mil profissionais, de
mais de mil empresas. A nova sede, reformada e inaugurada este ano, permitiu a instalação de plataforma para
videocon­ferência e cursos online. Passamos a utilizar também o ensino a distância, o que nos coloca em sintonia
com as mais inovadoras técnicas pedagógicas para capacitação de mão de obra e aprimoramento profissional.
Na internet, os novos portais da Asserttem e do Sindeprestem trouxeram melhor navegabilidade, facilitando o acesso às informações de interesse dos usuários. No
Banco de Empregos, as empresas expõem suas demandas
e os trabalhadores cadastram seus currículos.
A realização do 5º CONETT, em outubro, foi coroa­
da de pleno êxito. Palestras de alto nível, sobre temas
vitais para o futuro das empresas, foram acompanhadas
atentamente pelo grande e qualificado público presente.
No evento, distribuímos duas novas publicações, com
subsídios relevantes para avaliação de conjuntura e tomada de decisões: a 5ª Pesquisa Setorial 2010/2011 e a
Pesquisa Pontual Copa do Mundo de Futebol – Impactos
e Oportunidades.
São mais duas contribuições à compreensão da realidade, como foi o livro “Faça parte desta notícia – Serviços Especializados e Trabalho Temporário”, lançado
este ano, que demonstrou a importância do setor para a
formalização da mão de obra, e esclareceu a classe política e empresarial sobre a necessidade de modernizar as
relações trabalhistas.
// Nossa voz é cada
vez mais ouvida e
Bruno
Leite
Foto/Marketing
Sindeprestem
respeitada. Nosso
desafio é dar sequência a
todo esse trabalho. //
Para registrar simbolicamente essa fase de crescimento e imagem positiva, fizemos uma renovação gráfica,
com uma nova identidade visual. A logomarca nas cores
preta, vermelha, amarela e branca reflete as oportunidades de trabalho no setor e todas as etnias que compõem
a população brasileira.
A área de comunicação do Sindeprestem e da Asserttem realizou uma verdadeira revolução. A divulgação
sistemática de informações de interesse público sobre
mercado de trabalho, com pesquisas e estudos sobre Terceirização e Trabalho Temporário, converteu-nos em referencial obrigatório para jornais, revistas, emissoras de
rádio e televisão, portais da internet. Multiplicaram-se
os pedidos de entrevista e a inserção da nossa palavra e
imagem nos veículos de maior prestígio. Conseguimos
estabelecer um modelo que elevou em vários patamares
nossa representatividade junto à mídia, aos formadores
de opinião, ao governo e à sociedade em geral. Nossa voz
é cada vez mais ouvida e respeitada, em grande parte
graças a essa visibilidade midiática.
Nosso desafio é dar sequência a todo esse trabalho,
sempre em busca de mais qualidade e melhores resultados.
Precisamos, além disso, consolidar o projeto “Setorização”, para acompanhamento detalhado e específico de cada
um dos serviços especializados abrigados no Sindeprestem.
Vamos continuar na luta pela regulamentação da Terceirização, para acabar com essa insuportável insegurança
jurídica. E pela atualização da Lei 6.019/74, sobre o Trabalho Temporário, para atender especialmente à faixa populacional mais jovem, ansiosa pelo primeiro emprego.
Teremos de nos manter mobilizados contra os monstros que nos perseguem: burocracia excessiva, crédito
caro e difícil, carga tributária massacrante. Exigimos a
volta da cumulatividade do PIS/Cofins.
No próximo dia 1º de janeiro, deixo a presidência da
Asserttem. Agradeço o apoio de todos, desejo sucesso à
nova Diretoria, e coloco-me à disposição para contribuir
no que for possível. Continuarei como presidente do
Sindeprestem, e defenderei a parceria que tem marcado
nossas entidades.
Quero encerrar com uma mensagem de esperança.
Estou convencido de que permaneceremos cada vez
mais unidos. E que novas conquistas, grandes notícias,
estão pela frente, para premiar nossa dedicação, seriedade e respeito às leis.
Desejo a todos um Feliz Natal, em companhia de seus
parentes e amigos e um ano de 2012 repleto de realizações.
Saúde!
PRESSTEM
Muitas realizações, novas conquistas
5
ENTREVISTA
6
já, tomar decisões e
desenhar cenários
cujos resultados serão
colhidos em um tempo
mais adiante.//
Divulgação
PRESSTEM
// Precisamos, desde
Visão estratégica
do Brasil de amanhã
O ministro Moreira Franco explica como se faz atualmente o
planejamento do futuro do País: “O longo prazo começa com
iniciativas que se tomam hoje”
Por Wagner Kotsura
processos em curso conseguirá encontrar soluções e caminhos mais apropriados
ao desenvolvimento, ao progresso e ao bem-estar da população. “O Plano Brasil
2022 juntou diversos ministérios para pensar estrategicamente o futuro do
País. Desse pensamento conjunto, surgiram metas para 2022, bicentenário da
Independência. Estamos agora nos organizando para pensar o Brasil 2022 mais
10. Achamos que são necessárias a projeção e a visão do que queremos para o
País com, no mínimo, 20 anos. Consideramos muito pouco 10 anos na vida social
e econômica de uma Nação.”
Com essa perspectiva de longo prazo, o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, resume o
imenso desafio colocado em suas mãos. Sociólogo, homem de larga experiência
acadêmica e política, fez curso de doutoramento na Sorbonne (França), foi governador
do Rio de Janeiro (1987-1991) e deputado federal, e desde 1987 integra o Diretório
Nacional do PMDB.
Sob sua coordenação, grupos de especialistas de diversas áreas buscam identificar
no presente os caminhos que levarão as novas gerações a uma melhor qualidade de
vida. “É isso o que estamos fazendo quando propomos, por exemplo, uma política
para o desenvolvimento na primeira infância.”
Moreira Franco concedeu esta entrevista exclusiva à Presstem, na qual expõe suas
ideias sobre temas da maior relevância, como planejamento, combate à miséria,
educação, ciência e tecnologia, agricultura e meio ambiente, defesa, economia global.
“Acho que o emprego, a Terceirização e o contrato temporário, todas as formas de
trabalho, enfim, não podem ser vistas dissociadas da questão tecnológica.”
PRESSTEM
O mundo do amanhã está se formando hoje, e quem entender melhor os
7
ENTREVISTA
PRESSTEM
Presstem ­– Qual é a importância e quais são as
dificuldades de pensar o Brasil do Futuro quando
se sucedem tantos problemas imediatos e urgentes
em nível global?
MF – Problemas imediatos e urgentes são inerentes a qualquer instância do Poder Executivo, seja
municipal, estadual ou federal. O que não se pode
permitir é que eles sejam paralisantes, quando precisamos enfrentar as questões do momento, locais
ou globais, e ao mesmo tempo pensar o futuro. Pelo
contrário, essas dificuldades devem funcionar como
objetos de mobilização, tanto do Executivo quanto
do Legislativo, na busca da melhor solução possível.
Esse é um dos desafios da SAE na sua missão de pensar problemas brasileiros que precisam de solução
de longo prazo. Nosso pressuposto neste trabalho é
justamente trazer para o presente as questões que deverão estar resolvidas no futuro. Isso significa que
precisamos, desde já, adotar uma estratégia, propor
medidas, tomar decisões e desenhar cenários cujos
resultados serão colhidos em um tempo mais adiante. Em resumo: o longo prazo começa com iniciativas que se tomam hoje. É isso o que estamos fazendo
quando propomos, por exemplo, uma política para
o desenvolvimento na primeira infância, porque já
sabemos que, quanto melhor a atenção nos primeiros
anos de vida, maior será a capacidade futura dessas
crianças para aproveitar oportunidades educacionais, e menores serão os custos envolvidos na garantia dessas oportunidades.
8
Presstem – O Brasil registra experiências anteriores com planejamento de longo prazo? Que resultados alcançaram e que lições deixaram?
MF – A ideia do planejamento no Brasil foi introduzida, de maneira ainda precária, no governo do
presidente Getúlio Vargas, em 1950, quando ele criou
um grupo para estudar a indústria automobilística e
instituiu, pela primeira vez, uma comissão econômica e uma assessoria, coordenada e liderada por Jesus
Soares Pereira. Ele e outros economistas, como Rômulo de Almeida e Guilherme Arinos, se notabilizaram neste trabalho e, posteriormente, sob a liderança
do Dr. Getúlio, criaram o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas foi no
governo João Goulart que se consolidou a ideia do
planejamento. É claro que houve uma presença do
governo americano na comissão mista Brasil-Estados
Unidos, no Plano Salte e no plano de metas do go-
// Todas as formas de
trabalho, enfim, não podem
ser vistas dissociadas da
questão tecnológica.//
verno Juscelino. Mas a ideia de ter um Ministério
do Planejamento, de montar uma estrutura específica para planejar, efetivou-se no governo Goulart, e
aprofundou-se com o ministro Reis Veloso nos governos militares. Esse legado das experiências e lições
passadas nos permite hoje usar o planejamento como
um instrumento de solução de problema e não como
um fim em si mesmo.
Presstem – O que é o Plano Brasil 2022, o que já
foi realizado e quais são os próximos passos?
MF – O Plano Brasil 2022 foi elaborado pelo ministro Samuel Pinheiro Guimarães, quando esteve
à frente da SAE, e juntou diversos ministérios para
pensar estrategicamente o futuro do País. Desse pensamento conjunto, surgiram metas para 2022, quando
será comemorado o bicentenário da Independência.
Dando continuidade ao esforço de Samuel Pinheiro,
estamos agora nos organizando para pensar o Brasil
2022 mais 10. Achamos que são necessárias a projeção e a visão do que queremos para o País com,
no mínimo, 20 anos. Consideramos muito pouco 10
anos na vida social e econômica de uma Nação. Já estamos conversando com vários órgãos e consultorias
no sentido de organizar um grande debate, no próximo ano, para pensar o Brasil 2022 mais 10.
Presstem - O Brasil está capacitado a desenvolver ações e projetos estratégicos de longo prazo?
Com que setores o governo vem se articulando nesse sentido?
MF - Claro que está. Vários setores já trabalham nisso. Posso apresentar pelo menos três deles, de excelência. O principal é a Petrobras, que vem desenvolvendo
ações estratégicas de longo prazo, como acontece com o
pré-sal, cujas descobertas irão impactar diretamente na
abertura de um novo ciclo de industrialização do País,
especialmente nos setores naval, de máquinas e equipamentos ou petroquímico, além de contribuir para a
Presstem – Que medidas já foram adotadas, e
quais ainda serão, para evitar que a “nova classe
média” retorne à condição anterior de pobreza? O
que é necessário para erradicar totalmente a miséria no País?
MF - Somente medidas que promovam a distribuição de renda podem garantir a erradicação da miséria
no País. Já tivemos uma das mais perversas distribuições de renda do planeta e conseguimos, em cinco
anos, atingir as metas definidas na agenda do milênio, que previa tirar a metade da população pobre da
linha de pobreza absoluta em 25 anos. Alcançamos
esses resultados graças às políticas econômicas e sociais que foram implementadas pelo presidente Lula
e permitiram o ingresso de 31 milhões de cidadãos na
nova classe média brasileira, equivalente, hoje, a 52%
da nossa população. O desafio, agora, é manter este
padrão de mobilidade social, para consolidar a classe
média e não permitir a volta aos antigos níveis de pobreza do País. Precisamos, no mínimo, ter uma tranca
para evitar o retorno à situação de pobreza anterior.
Isso nos leva a acompanhar, passo a passo, a conjuntura econômica brasileira e internacional e seus
efeitos na área interna, para tomarmos medidas que
gerem as políticas públicas de proteção a essa nova
// Possuímos uma
das maiores indústrias
montadoras de automóveis
do mundo, mas não temos
o carro brasileiro.//
classe média, consolidando-a definitivamente no
Brasil. Por essa razão, já criei um grupo de trabalho,
composto por diversos pensadores e coordenado pelo
subsecretário de Ações Estratégicas da SAE, Ricardo
Paes de Barros, para definir o que é a nova classe média brasileira, identificar o tamanho e heterogeneidade desse grupo social, assim como suas necessidades
e aspirações.
Presstem – Como conciliar essas duas exigências: produção de alimentos e preservação do meio
ambiente?
MF – Produção de alimentos e preservação do
meio ambiente não são atividades que se chocam.
Não pode existir conflito entre os dois. A produção,
a ocupação e o uso do solo agrícola tem de se dar de
maneira sustentável. Não há escapatória. É uma questão econômica. Saber usar os nossos recursos naturais não é importante apenas para nossas lavouras.
É fundamental para a vida humana tomarmos providências rigorosas de preservação ambiental.
Presstem – Na educação, a prioridade deve ser
dada ao ensino fundamental ou ao ensino superior?
Qual deve ser o espaço reservado ao ensino técnico?
MF – Todas as linhas de ensino são necessárias e
urgentes. Se o ensino superior é um impulsionador
do desenvolvimento, para que ele seja de qualidade,
dependerá de um ensino fundamental bom. Também
não podemos aceitar que aqueles em melhores condições financeiras, que podem pagar uma escola de
mais qualidade, entrem numa disputa desigual com
os que não tiveram a mesma oportunidade. Portanto,
o poder público deve estar voltado para, permanentemente, melhorar a qualidade do ensino em todos os
níveis, inclusive no técnico profissionalizante. O que
PRESSTEM
formação de um Fundo que ampliará o financiamento
das políticas sociais, educacionais, científico-tecnológicas e culturais. Temos também a Empresa Brasileira
de Aeronáutica (Embraer), fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares, que também
trabalha, no campo tecnológico, com projetos que começam hoje para se viabilizarem com a entrega de um
produto 10 a 15 anos depois. A Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é outro destaque,
fez um grande trabalho na produção de grãos no Brasil,
sobretudo de soja, ao cuidar de incorporar como área
produtiva uma extensão imensa do País. De qualquer
forma, essa experiência de acrescentar valor, de inovar,
de introduzir tecnologia no processo produtivo, tem de
ser aprofundada. O setor agrícola, que responde por
30% do PIB nacional, também necessita de um planejamento a longo prazo. Precisamos ter um planejamento
da ocupação e uso do solo agrícola que nos garanta a
liderança na produção de alimentos. Mas o setor agrícola tem sua experiência concreta, coisa que não se observa, por exemplo, na área industrial. Possuímos uma
das maiores indústrias montadoras de automóveis do
mundo, mas não temos o carro brasileiro.
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ENTREVISTA
PRESSTEM
não podemos é permitir que continue a desigualdade
na competição entre os que podem pagar uma boa
escola e aqueles que não podem e que, consequentemente, têm um acesso mais reduzido ao mercado
de trabalho. Ao mesmo tempo, precisamos diminuir
a taxa de mobilidade no emprego, para que possamos criar um ambiente favorável ao aumento da produtividade. As empresas necessitam de pessoas que
trabalhem com mais tempo, que conheçam melhor
a sua cultura, entendam como elas operam e produzem, para que possam se qualificar cada vez mais e
contribuir na melhoria e no aumento de sua capacidade produtiva.
10
Presstem – Em que setores o Brasil está conseguindo acompanhar melhor os avanços mundiais
nas pesquisas científicas e tecnológicas? Onde é preciso investir rapidamente para superar o atraso?
MF – Nosso atraso na inovação e na tecnologia é
brutal. De início, podemos constatar que o volume de
teses publicadas no Brasil é enorme. Mas, em seguida,
veremos que, na sua quase totalidade, esses trabalhos
são voltados para a área de Humanas, que não geram
o conhecimento tecnológico, nem patentes, nem melhoria na qualidade produtiva. Não geram processos
produtivos mais sofisticados, que melhorem a vida
das pessoas. Por isso precisamos estimular, cada vez
mais, a nossa juventude a investir no conhecimento
das Ciências e da Matemática. Ao mesmo tempo, precisamos oferecer programas de apoio à qualificação
profissional desses quadros, para que eles adquiram
conhecimento técnico que lhes possibilite trabalhar
com mais afinco nessas áreas e, consequentemente,
consigam, pela inovação, aumentar o número de patentes no País. O fato é que publicamos muito, em várias revistas acadêmicas e científicas internacionais,
mas não temos capacidade de ter um número de patentes que seja compatível com o que o País gasta no
financiamento do conhecimento e com o que se produz do ponto de vista de trabalho acadêmico.
Presstem - Num país com tantas carências, qual
deve ser o peso dos gastos com defesa? Quais as estratégias a serem adotadas e áreas que precisam ser
contempladas?
MF – Um país que pretende ser a quinta economia
do mundo não pode prescindir de ter uma política nacional de defesa. É importante, portanto, buscar uma
estratégia nacional e uma política que pressuponha a
necessidade de o Brasil ter sua indústria no setor. Se
não tivermos uma indústria de defesa, não teremos
comando. Se continuarmos dependentes de outros
países, não teremos capacidade de estar permanentemente sofisticando nosso aparato tecnológico. No
mundo em que vivemos, o setor industrial onde mais
se avança no ponto de vista tecnológico é justamente
esse. Temos, portanto, que estar atentos a isso, sem
prescindirmos, repito, da necessidade de uma política de apoio à implantação e consolidação da indústria nacional de defesa.
Presstem – Quais as grandes transformações que
devem ocorrer na economia global e de que forma
nosso país deve se preparar para essa nova realidade?
MF – A perplexidade de todos nós, hoje, diante
do quadro mundial, é incrível. Jamais, há uma década, se poderia supor que os Estados Unidos fossem
trabalhar com a hipótese de default. A Alemanha,
no século passado, fez duas guerras para dominar a
Europa e está tomando conta do continente, agora,
sem qualquer batalha. Países desenvolvidos vivem
atormentados por uma crise fiscal. A Ásia passa por
uma grande mudança. Este cenário provoca, evidentemente, uma nova ordem mundial, sobre a qual, me
parece, ninguém tem condição de garantir como evoluirá exatamente.
Presstem – O que vai acontecer com as relações
de emprego e de trabalho? A Terceirização e o Trabalho Temporário, fenômenos mundiais, terão mais
espaço para se desenvolver?
MF – Acho que o emprego, a Terceirização e o
contrato temporário, todas as formas de trabalho,
enfim, não podem ser vistas dissociadas da questão
tecnológica. Nesta última década, o avanço da tecnologia foi maior do que o registrado do começo da vida
até dez anos atrás. Naquele tempo, não existia o Ipad
– com todos os aplicativos de hoje –, não possuíamos,
por exemplo, a capacidade de nos comunicarmos e,
consequentemente, podermos trabalhar sem estarmos, necessariamente, dentro de um escritório. Creio
que agora a ideia e a forma de trabalhar estão vinculadas ao ambiente tecnológico em que se dá a atividade.
Esse processo evoluiu tão rápido e com tanta intensidade que, certamente, está interferindo nas relações
de trabalho, por sua vez, em permanente mutação.
11
PRESSTEM
GFXTRA
CAPA
União e comprometimento:
marcas de uma gestão
Diretoria encerra o ano comemorando realizações
Por Giovanna Zanaroli
PRESSTEM
Ao completar
12
dois anos à frente de uma das
entidades mais representativas e atuantes do setor de Serviços,
o Sindeprestem, a Diretoria Executiva, liderada pelo presidente
Vander Morales, colhe os frutos da prosperidade, ao dar
continuidade ao trabalho do Sindicato, realizado sempre com
união, comprometimento e transparência, sequenciando uma
trajetória de sucesso que completou 20 anos em 2011.
Com o objetivo maior de elevar a bandeira da Prestação de Serviços Terceirizáveis e do Trabalho Temporário ao topo, a atual diretoria tem conquistado significativas vitórias para os setores, seja
por meio da aproximação com lideranças governamentais, mobilização da opinião pública, visibilidade no Exterior ou parcerias.
O Sindeprestem, sempre participativo em tudo o que diz respeito aos setores que representa, intensificou ainda mais sua atua­
ção nos últimos dois anos. Ações desenvolvidas pelo Sindicato, e
também pela Asserttem, ficaram conhecidas do Norte ao Sul do
País, graças ao empenho de sua diretoria para pulverizar dados
de mercado e orientar os empresários, sempre que preciso, sobre
o verdadeiro significado da Prestação de Serviços Especializados
para a economia nacional.
“Nos últimos dois anos, participamos de eventos nacionais
e internacionais, e interagimos com as esferas governamentais,
// No início do mandato, a
presidência elaborou um plano
diretor, segundo o qual, identificamos
a situação dos processos de gestão
do Sindicato e buscamos melhorar
cada um deles. Executamos em prazo
recorde o projeto de reforma da
sede, modernizamos a estrutura de
informática, que agora nos permite
realizar videoconferências. Criamos
uma política de parcerias para
beneficiar o associado e também
implantamos o Manual de Gestão da
Qualidade, que visa adequação da
organização sindical às normas ISO
9000 e SA 8000 de responsabilidade
social e empresarial. //
Daniel do Viso,
diretor administrativo financeiro
// Nesta gestão, destacaria a proximidade com o
Ministério do Trabalho e Emprego. Conseguimos,
em conjunto com outras entidades, levar a discussão
sobre Terceirização para o TST. A realização do
Conett no Brasil também foi um grande marco,
além das pesquisas pontuais divulgadas pelo
Sindeprestem e que nos dão a dimensão exata do
potencial de mercado. //
Presidente
Vander Morales
Vice-Presidente
Fernando B. Calvet
Paulo Magalhães,
presidente do Conselho Consultivo
Diretor Administrativo
Financeiro
Daniel Simões do Viso
sempre destacando as boas práticas de Terceirização e de Trabalho
Temporário e a importância do nosso segmento para a empregabilidade formal”, afirmou Vander Morales, presidente do Sindeprestem e da
Asserttem.
Pela primeira vez, em 2010, o Brasil foi escolhido pela Confederação
Internacional de Terceirização e Trabalho Temporário (Ciett), da qual o
Sindicato é membro, para sediar o seu congresso anual. E neste ano, foi
a vez da Confederação Latinoamericana do setor (Clett&A) se juntar ao
Sindeprestem e a Asserttem para realizar o seu encontro, juntamente com
o Conett.
Diretora de Comunicação
e Marketing
Jismália Oliveira Alves
Diretor Jurídico
Jacob Luiz Magnus
CONSTANTE EVOLUÇÃO
Diretora de Formação
e Eventos
Regina de Souza
Diretora de Regionais
Nilza Tavoloni
Diretor de Setorização
Geraldo Magela Ribeiro
PRESSTEM
Mais do que celebrar o vigésimo aniversário de um sindicato que se mantém incansável na luta pelo setor e por seus ideais, a data representa um marco na história do Sindeprestem. A sede, adquirida na gestão anterior, passou
por completa reforma. Mais moderno, o projeto agregou sustentabilidade às
instalações e incluiu a ampliação do auditório, mais salas para reuniões e
treinamentos, revisão de todo sistema de telefonia e informática, e a aquisição de móveis e equipamentos.
A modernização foi além da sede. A Diretoria de Marketing e Comunicação implementou significativas mudanças na imagem institucional da entidade, a começar pela logomarca. Desenvolvida nas cores preta, vermelha,
amarela e branca, representa a diversidade étnica existente no Brasil e demonstra que, no Setor de Serviços Especializados, há lugar para todos.
Os demais elementos de Comunicação - folder, anúncio, banner - também ganharam novo formato, seguindo o mesmo padrão de cores da nova
logomarca. Reformulados, os portais do Sindeprestem e da Asserttem se
tornaram mais dinâmicos e ricos em informação. Em ambos há espaço,
totalmente gratuito, para o cadastramento de vagas de trabalho e currículo de candidatos.
Para a diretora de Marketing e Comunicação do Sindeprestem e da
Asserttem, Jismália de Oliveira Alves, por toda a visibilidade e reconhecimento adquiridos pelo Sindicato, era hora de mudar. “Hoje somos respeitados pela mídia, que avaliza nossos números. Conquistamos maior
visibilidade perante o poder público, que passou a dar importância maior
ao nosso setor”, diz.
Com o intuito de registrar e promover ainda mais a imagem dos setores
de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário, o Sinde-
13
Diretor Suplente
Ademir de Souza
Diretor Suplente
Edson Ferreira
CAPA
DIRETORIAS REGIONAIS
Diretora de Regionais
Diretora Regional
de Americana
Nilza Tavoloni
Diretor Regional
Alto do Tietê
Claudio Donizeti
de Almeida
Diretor Regional
de Ribeirão Preto
Geraldo P.
Russomano Veiga
Diretora Regional
de Guarulhos
Jismália Oliveira Alves
Diretor Regional
da Baixada Santista
José Renato Quaresma
// Nestes últimos dois anos, a diretoria do Sindeprestem
CONSELHO FISCAL
Presidente
Eunice da Silva
Gomes Cunha
José Viana Lima
Sezi Inoue
PRESSTEM
Edmilson Luiz
Formentini
14
Suplente
Jackson Tadeu
Soares
Suplente
Marcos Fernando
Franco Teixeira
realizou um trabalho diferenciado, com foco institucional
no interesse das empresas. Houve também empenho muito
grande junto às autoridades. Estivemos em Brasília em várias
oportunidades para buscar justiça na regulamentação da
nossa atividade e obtivemos conquistas, principalmente no
segmento de Trabalho Temporário. Podemos dizer também
que este grupo conseguiu deixar uma marca forte no
mercado, principalmente por meio da mídia. //
Jacob Luiz Magnus,
diretor Jurídico
prestem preparou dois livros neste último ano: “Faça parte desta notícia –
Serviços Especializados e Trabalho Temporário” e “Sindeprestem – 20 anos:
marco na história do Trabalho Temporário e dos Serviços Terceirizáveis no
Brasil”.
São Paulo é o Estado com maior concentração de prestadoras de serviços
terceirizados e temporários: 9.878, segundo pesquisa setorial recente. E, para
interagir com todos esses empresários de uma maneira mais próxima, o número de Diretorias Regionais foi duplicado. Hoje, são doze empresários do
setor representando o Sindeprestem em suas cidades e regiões. “Expandimos
nossa atuação e estamos mais integrados, o que nos permite alcançar mais
rapidamente os objetivos pretendidos”, comemorou Nilza Tavoloni, diretora
de Regionais.
Para incentivar a empregabilidade formal, e direcionar o empresariado
para a busca de soluções para um problema comum e que afeta o Brasil e
o mundo de forma generalizada, a falta de profissionais qualificados para o
preenchimento de vagas, o Sindeprestem firmou parcerias com prefeituras
e entidades locais.
O Sindeprestem participou de Feiras do Emprego, nas quais quase 20 mil
pessoas compareceram para concorrer a mais de quatro mil vagas ofertadas
pelas empresas, e realizou palestras em municípios nos quais há presença de
diretores regionais, sempre tendo como meta o fortalecimento do segmento e
a ampliação da participação da entidade em todo o Estado.
Regina de Souza, diretora de Formação e Eventos, também responsável
por viabilizar estes encontros fora da cidade de São Paulo, conta que a programação continua até o final do ano. “Em parceria com a Prefeitura de Santos, iniciaremos um curso de formação para pessoas da Terceira Idade que
queiram trabalhar com portaria”.
Diretor Regional
de Campinas
Luiz Simões
da Cunha
Diretor da
Regional Oeste
Reginaldo Julien
Ribeiro
Diretor Regional
do Vale do Paraíba
Sérgio Silas Gallati
Diretor Regional
de Sorocaba
Walter Rosa Junior
Diretor Regional
de Bauru
Everaldo Nogueira
Diretora Regional
de Marília
Sandra Maria
Benetti
// Foram dois anos de muita luta e conquistas. Acredito
que o grande feito tenha sido a reestruturação da sede,
de extrema importância para prestar serviços com cada
vez mais qualidade aos nossos associados e filiados.
Também a atuação política do Sindicato merece destaque.
Conseguimos nos aproximar ainda mais das principais
lideranças em Brasília e por meio deste relacionamento,
obtivemos grandes êxitos nesta gestão. //
Eunice Cunha,
presidente do Conselho Fiscal
Os cursos a distância também retornaram com mais força à programação
do Sindeprestem, que tem oferecido grade diversificada de conteúdos para
quem quiser aperfeiçoar os conhecimentos sem a necessidade de se deslocar
até a sede do Sindicato.
CONSELHO CONSULTIVO
Presidente
Paulo Magalhães
Evando Freitas de Sousa
RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
A volta da Prestação de Serviços Terceirizáveis ao centro dos debates nos últimos tempos, sendo tema da primeira audiência pública
promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), e também motivo
para a criação, na Câmara dos Deputados, da Comissão Especial sobre a
Regulamentação do Trabalho Terceirizado, em 1º de junho, e da Frente
Parlamentar Mista em Defesa do Setor de Serviços, no final de maio, certamente é resultado do trabalho desenvolvido pela Diretoria Executiva
do Sindeprestem, que intensificou o contato com autoridades e instituições governamentais.
Bandeiras defendidas pelo Sindeprestem e também pela Asserttem, como a
redução da alíquota do PIS e da Cofins, e atualização da Lei 6.019/74, incluindo
dentre as exigências que justificam a contratação de trabalhadores temporários
a inserção de jovens em busca do primeiro emprego, foram propostas pelo
Sindeprestem por meio de documento preparado pelo Departamento Jurídico
da entidade aos deputados federais Cândido Vaccarezza, líder do governo na
Câmara dos Deputados, e Laércio de Oliveira.
O projeto de desenvolvimento adotado pela diretoria para estimular
ainda mais o crescimento da Terceirização e do Trabalho Temporário,
segundo Vander Morales, tem dado resultados. “Estamos caminhando
a passos largos, o que nos ajuda a alcançar todos os objetivos da nossa
entidade”. Conclui o presidente da Asserttem e do Sindeprestem.
Jan Wiegerinck
José Antônio Gregório
PRESSTEM
Diretora Regional
do ABC
Maria Olinda
Maran Longuini
15
Sílvio Roberto
Alaimo Martins
Maurice Braunstein
ESPECIAL
StockXpert
Aviso prévio
ampliado
gera dúvidas
Com nova lei, o benefício passa a ser
proporcional ao tempo de serviço. Questões
como retroatividade e validade para o
empregador têm provocado polêmica
Por Danielle Borges
PRESSTEM
Entrou em vigor
16
no dia 13 de outubro
a Lei nº 12.506/11, que regulamenta o aviso prévio
ampliado. De acordo com a legislação, todo trabalhador
com até um ano de emprego que for dispensado sem
justa causa tem direito a 30 dias de aviso prévio ou
indenização equivalente. A novidade é que esse tempo,
a partir de agora, será aumentado em três dias para cada
ano adicional de contrato, até o limite de 90 dias. Antes,
o empregado tinha direito apenas a 30 dias de aviso
prévio, independente do tempo de serviço.
A polêmica fica por conta do julgamento dos casos
recentes. As centrais sindicais exigem que a nova regra
possa ser aplicada nos casos anteriores à publicação da
lei, balizados no argumento de que o trabalhador tem
o prazo de dois anos para pleitear qualquer direito trabalhista. De acordo com o deputado Arnaldo Faria de
Sá (PTB-SP), relator do projeto que deu origem à nova
lei, o argumento é inválido. “Não existe abertura para
retroatividade”, afirma.
Além disso, a norma é válida apenas para o trabalhador demitido sem justa causa e não se aplica ao empregador. “A lei fala apenas sobre aviso prévio ao empregado.
Nada muda para as empresas”, explica o deputado, referindo-se à validade da regra para o empregador que tem
dúvida se teria direito a um aviso prévio maior que os
30 dias atuais caso o funcionário pedisse demissão. A lei
vale para todos os trabalhadores com carteira assinada e
que estão na ativa. No Brasil, quase 60% das demissões
nos últimos cinco anos foram sem justa causa.
POLÊMICA
Alguns representantes da classe empresarial criticam
a nova lei, defendendo que a extensão do aviso prévio
deixará mais caro o processo demissional dos funcionários. Como consequência, os empregadores teriam o custo empresarial acrescido, o que eventualmente poderá
ser repassado ao consumidor no preço final dos produtos
e serviços. Muitos acreditam que, por conta do aumento
nos encargos, a informalidade ganhará espaço.
Em parte, o temor dos empresários não se justifica. A
nova regra prevê a ampliação do aviso prévio ao estabelecer o acréscimo de três dias por ano de serviço, até o limite
de 90 dias, tempo alcançado com, no mínimo, 20 anos de
trabalho na mesma empresa. No caso das prestadoras de
serviços especializados, não haverá grande impacto da lei
nos custos, já que a média de permanência de trabalhadores na organização é de 18 a 23 meses, de acordo com
o estudo realizado pelo sindicato laboral Sindeepres em
parceria com o economista Márcio Pochmann.
Para o governo, o impacto será menor em alguns setores, como comércio e construção civil, justamente porque
a rotatividade é alta. Em 2010, somente 23% dos trabalhadores formais tinham tempo de serviço superior a dois
anos. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), o objetivo da Lei nº 12.506/11 é que funcionários
mais antigos tenham, além de reconhecimento por seu
trabalho, tempo suficiente para procurar um novo emprego, deixando em alguns casos de recorrer ao auxílio desemprego, o que pouparia os cofres públicos.
Divulgação
desagradam Setor
de Serviços
StockXpert
Normas para
pis/cofins
Uma das principais
dificuldades
en­
fren­
tadas pelas empresas do Setor de Serviços no
Brasil é a alta carga tributária, em especial a tributação
sobre o faturamento. Com a Lei nº 10.637/02 e a Lei nº
10.833/03, a categoria passou a fazer parte do sistema
não-cumulativo, o que de certa forma prejudica o
crescimento das organizações. A partir da implantação
dessas duas normas, houve aumento considerável das
alíquotas do PIS, que passou de 0,65% para 1,65%,
e também da Cofins, que saltou de 3% para 7,6%. Em
ambos os casos, a base de cálculo permaneceu a mesma:
o faturamento total das empresas.
Ao estabelecer a não-cumulatividade, o governo determinou às empresas o direito ao crédito referente aos
insumos utilizados. O problema é que a regra vale para
todos os setores, inclusive de prestação de Serviços Terceirizados e Trabalho Temporário, que não possuem nenhuma espécie de insumo, apenas mão de obra. E, de
acordo com a lei, não é permitido o crédito relativo ao
valor pago na folha de salários. Por esse motivo, houve
majoração da tributação sobre o faturamento no segmento, passando de 3,65% para 9,25%.
AÇÃO JUDICIAL
Entre as categorias prejudicadas, estão empresas de
vigilância, informática, telemarketing, agências de turismo, construção civil e outras prestadoras de serviço
especializado, além das empresas de emprego temporário. Para minimizar os impactos negativos, à época da
publicação da lei, o Sindeprestem entrou com mandado
de segurança coletivo para assegurar às suas filiadas e
associadas o direito de adotar como base de cálculo do
PIS/Cofins os valores referentes à taxa de administração.
O pleito do Sindeprestem foi atendido, e a medida
judicial favorável vigorou até o dia 15 de agosto de 2011,
quando foi publicada a alteração do Tribunal Regional
Federal da 3ª Região (TRF) sobre a decisão. A má notícia, porém, era esperada pelas empresas ligadas à entidade, que vinham sendo alertadas desde 2009 sobre
essa possibilidade. Diante do julgamento desfavorável,
as prestadoras tiveram prazo de 30 dias para regularizar
o pagamento integral, isento de multa, do montante não
recolhido à época correta.
Mesmo com a nova decisão, o Sindeprestem segue
em busca das medidas cabíveis para reverter a situação
desfavorável, visto que o Supremo Tribunal Federal
(STF) ainda não analisou o processo de forma definitiva. Também se encontra em tramitação na Câmara dos
Deputados um projeto de autoria do deputado federal
Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), cuja proposta é reduzir a alíquota da Cofins para empresas prestadoras de
serviços terceirizados.
O Projeto de Lei 7.617/10 sugere alteração da Lei nº
10.833/03 para estender às empresas a incidência cumulativa da Cofins, com alíquota de 3%. Segundo o autor, deputado Bala Rocha, a legislação atual funciona bem para
o setor industrial e para o comércio, mas não é boa para a
prestação de serviços, que não utiliza insumos.
PRESSTEM
O sistema representa aumento nos encargos das empresas, especial­
mente daquelas que utilizam mão de obra Terceirizada e Temporária
17
Copa do
Mundo
Divulgação
Brasil 2014
São Paulo abre e o Rio
fecha a Copa do Mundo
As cidades que receberão a abertura e o encer­ramento da
Co­pa do Mundo 2014 já foram escolhidas pela FIFA. No
primeiro caso, São Paulo venceu a disputa, e a Arena de Itaquera, estádio em construção com capacidade para 68 mil
pessoas, será o palco da primeira apresentação do Mundial.
O confronto inaugural está previsto para 12 de junho de
2014. Já a cidade que receberá a grande final será o Rio de
Janeiro, no estádio do Maracanã, no dia 13 de julho.
E a copa das confederações?
A abertura da Copa das Confederações 2013 será
realizada em Brasília, conforme escolha da organização.
O encerramento, como no Mundial, também ocorrerá
no Rio de Janeiro. Belo Horizonte e São Paulo sediarão
as semifinais, enquanto Brasília receberá a disputa pelo
terceiro lugar.
PRESSTEM
Qualificação
profissional para a copa
18
Recentemente, a Subcomissão Temporária Copa
2014, Olimpíada e Paraolimpíada 2016, composta por
representantes dos Ministérios do Turismo e do Trabalho
e da Confederação Nacional do Comércio (CNC),
discutiu o planejamento e o andamento dos projetos
das instituições sobre a qualificação empresarial e
profissional para os eventos esportivos. Os programas
de qualificação do Ministério do Turismo estão sendo
reestruturados, e poderão ser retomados em breve,
inclusive por meio de parceria com outros ministérios,
como o da Educação, e com o Senac (Serviço Nacional
de Aprendizagem Comercial). Para a presidente da
comissão, Lídice da Mata, este é um assunto importante
e deve estar na pauta dos preparativos para a Copa. “A
qualificação profissional deve compor o caderno de
legados da Copa”, disse.
Ministério do trabalho
igualmente engajado
O Ministério do Trabalho e Emprego também
pretende trabalhar em parceria com os demais entes
públicos. Já anunciou que irá repassar recursos a
Estados e Municípios para promover acesso ao emprego
nas cidades-sede da Copa. Serão abertas 50,4 mil vagas
para a formação de garçons, mensageiros, taxistas,
empreendedores individuais, entre outras categorias, de
acordo com o Departamento de Qualificação do MTE.
micro e pequenos negócios
devem gerar mais de 400 mil
empregos na copa
Estimativa do Sebrae Nacional revela que, de cada
dez empregos que devem ser gerados em função da Copa
do Mundo de 2014, seis estarão em micro e pequenos
negócios. Até lá, espera-se que 700 mil empregos, diretos
e indiretos, sejam criados. Destes, 420 mil estariam no
Pesquisa traça perfil
do turista da Copa 2010
Outra pesquisa deve servir de balizamento para as
estratégias da Copa no Brasil. O Ministério do Turismo
traçou o perfil dos turistas que estiveram presentes na
Copa do Mundo de 2010, ocorrida na África do Sul. Uma
das informações relevantes é a de que a maioria dos
que estiveram na Copa da África não havia visitado o
Brasil, mas tinha interesse em assistir aos jogos de 2014 e
ainda ficar mais uns dias, além dos jogos, para conhecer
o País. Os que mais gastaram na Copa 2010 foram os
americanos e os asiáticos que, na média, deixaram mais
de R$ 12.000,00 na África.
Recompensa
Um estudo encomendado pelo Ministério do Esporte
mostra que o resultado da realização do Mundial poderá
chegar a R$ 183,2 bilhões. Só no Turismo, o incremento
será de R$ 9,4 bilhões. Espera-se, também, a criação de
330 mil empregos permanentes e 380 mil temporários,
para atender aos 600 mil estrangeiros que devem visitar
o Brasil e aos 3,3 milhões de brasileiros que circularão
entre as cidades-sedes. Para receber a Copa do Mundo
Brasil 2014, o governo federal irá investir R$ 25 bilhões.
Os recursos públicos serão destinados para mobilidade
urbana (R$ 11,9 bi); estádios (R$ 6,7 bi); aeroportos (R$
5,5 bi) e portos (R$ 900 mi).
Acompanhamento
dos trabalhos
Para observar o andamento dos projetos e das
obras que precisam ser feitas nas cidades onde os
jogos vão acontecer, bem como orçamentos, contratos,
licitações, entre outros documentos, o cidadão pode
acessar o site Transparência, da Controladoria Geral
da União (www.transparencia.gov.br/copa2014), que
detalha o quanto está sendo executado num gráfico:
a Matriz de Responsabilidades. O documento traz
os compromissos firmados pelos governos federal,
estaduais e municipais, entre outros atores. A
matriz estabelece ainda os projetos que serão feitos,
com cronograma para entrega, previsão de gastos e
indicação da origem de financiamento.
PRESSTEM
quadro de funcionários de pequenos negócios. O Sebrae
deve realizar uma série de encontros com objetivo de
qualificar empresários, como parte do Programa Sebrae
2014, que pretende discutir as oportunidades de negócios
geradas por ocasião da Copa do Mundo, identificar os
requisitos e estratégias necessárias para alcançá-las, além
de promover a capacitação dos pequenos empresários.
19
Divulgação
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Bolinhos, biscoitos
e panetones especiais
Num exemplo de inclusão social, Bauducco contrata
mais de 100 pessoas com deficiência
Colaboradores contratados por
meio do programa de inclusão
Por Luciana Albernaz
PRESSTEM
Só nos damos conta
20
de que o Natal
já está chegando, quando vemos as prateleiras dos
supermercados forradas de panetones. Quem é que
nunca se fez a clássica pergunta: “Mas já tem panetone?”
E parece que a cada ano eles aparecem mais cedo nas
prateleiras. Mas, o que muita gente pode não imaginar,
é que muitos dos panetones produzidos na Bauducco,
assim como os demais produtos, são feitos por mãos
de pessoas especiais, que possuem alguma deficiência
(física, intelectual, auditiva ou visual). Mais de 100
pessoas trabalham nas fábricas, atualmente, preparando
massas, embalando ou estocando produtos.
Desde 2000, a Bauducco realiza um trabalho de inclusão social, reconhecido nacionalmente, que vem dando certo. “Nós descobrimos uma fórmula para cumprir
com o nosso dever de contratar pessoas com deficiência,
conforme a legislação prevê. Mas hoje temos um compromisso que extrapola esse limite, e acreditamos que
cumpre com a responsabilidade da inclusão, verdadeiramente”, explica Célia Granata, gestora de Recursos Humanos da Bauducco.
A contratação de pessoas com deficiência intelectual
ocorre por meio de uma parceria com a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), das cidades de
São Paulo e Guarulhos. A Bauducco viabilizou a montagem de uma padaria, na Apae de Guarulhos, que recria o
ambiente e possibilita o treinamento dos alunos para as
funções que serão desempenhadas não apenas em suas
fábricas, já que muitos deles também são encaminhados
para outros locais. “Quando se tem uma instituição séria,
que dá todo o suporte e oferece os parâmetros técnicos
para acolhermos os candidatos especiais, ficamos mais
seguros em abrir nossas portas para esse tipo de mão de
obra”, afirma Granata.
De acordo com a gestora de RH, a inclusão de pessoas
com deficiência no ambiente de trabalho trouxe benefícios para o clima da equipe de produção da Bauducco.
“Temos colaboradores especiais que já estão há mais de
oito anos conosco, e quem os vê trabalhando não consegue diferenciá-los. Eles passam pelos mesmos treinamentos dos demais trabalhadores, que se sensibilizam
com isso”, conclui.
Fotos: Fundação Cafu
Lotus apoia inclusão social em
parceria com a Fundação Cafu
Fundação Cafu atende a 750 crianças e jovens de baixa renda e
oferece profissionalização para mais de 300 pessoas
tação de serviços que atua no mercado há pelo menos três
décadas e emprega mais de 5 mil pessoas, completou um
ano de parceria com a Fundação Cafu – entidade sem fins
lucrativos, que ajuda a combater a desigualdade social,
atendendo a cerca de 750 crianças e jovens de baixa
renda entre 3 e 18 anos, e 300 pessoas acima de 16 anos,
por meio de cursos profissionalizantes. “A iniciativa de
ajudar a Fundação Cafu veio após participarmos de um
evento, no qual a instituição estava sendo beneficiada.
Ali pudemos conhecer melhor o trabalho deles.
Fizemos uma análise de como poderíamos ajudá-los e,
em setembro de 2010, um mês após o evento, iniciamos
a parceria”, explica o coordenador de Recursos
Humanos, Fábio Tadeu. Desde a sua fundação, a Lotus
vem ajudando instituições, por meio de parcerias e
eventos beneficentes. “Todo ano, escolhemos uma
Fundação para ajudar, e elaboramos internamente
campanhas de incentivo a doações e arrecadação.
Entendemos que as empresas podem contribuir com
a sociedade através de instituições sérias e honestas
ou desenvolvendo suas próprias ações beneficentes,
independente do porte, localização, crença ou cul­
tura”, conclui Tadeu.
SP terá 70 centros de inclusão para PCD’s
Até 2014,
o governo de São Paulo irá criar
70 centros de tecnologia e inclusão social para
pessoas com deficiência. O objetivo da iniciativa
é oferecer cursos profissionalizantes, aulas e
atividades físicas. A ideia é que esse projeto atenda,
além de pessoas com deficiência, as que vivem em
torno delas, como agentes públicos, cuidadores
e familiares. “Os primeiros centros servirão para
saber quais as atividades são mais procuradas pelas
pessoas com deficiência. Se houver demanda para
cursos de natação ou de basquete para cadeirantes,
por exemplo, esses cursos poderão passar a ser
oferecidos”, afirma a secretária dos Direitos da
Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella. O
custo previsto para construir os 70 centros é de
cerca de R$ 600 milhões.
PRESSTEM
Em setembro, a Lotus, empresa de pres­
21
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Divulgação
Olimpíadas
ecologicamente
corretas
O Rio de Janeiro
pretende superar Londres
no que diz respeito às estratégias de sustentabilidade
para os Jogos Olímpicos 2016. Para 2012, os ingleses
estão investindo boa parte dos 9 bilhões de libras (R$
23 bilhões) em modelos sustentáveis. O plano de metas
do Rio de Janeiro, apresentado em sua campanha
pelas Olimpíadas de 2016, ainda está sendo revisado,
e deve ser divulgado no final do ano. O projeto prevê
o tratamento de 80% do esgoto lançado nas lagoas da
Baixada de Jacarepaguá e na Baía de Guanabara, além
da construção das instalações esportivas ecologicamente
corretas e a criação de uma rede de transportes de massa
menos poluentes. Para a ONG Green Building Council –
Brasil (GBC), o Brasil já conseguiu dominar a tecnologia
para que as instalações dos jogos esportivos estejam
dentro dos padrões internacionais.
Brasil engatinha em
construções sustentáveis
22
acordo com a ONG Green Building
Council – Brasil (GBC), embora o País já tenha condições
de investir em construções sustentáveis – que visam
a um menor gasto de água e energia –, a demanda é
tímida. Para o gerente técnico da ONG, Marcos Casado,
a tendência, no entanto, é de aumento. “Entre 2004 e
2007, só foram registrados oito projetos de construções
sustentáveis em todo o Brasil. Nesta época, estes
projetos custavam até 30% mais caros. A tecnologia
tem barateado com o tempo. Hoje, a diferença entre um
projeto comum e o de uma construção sustentável fica
entre 2% e 7%. Com isso, em todo o País, já existem mais
de 300 empreendimentos certificados em oito Estados”,
explica Casado.
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UNIVERSO FEMININO
Beleza com saúde
e sem violência
PRESSTEM
Por Camila Vasconcellos
24
a revista americana Fortune,
Presidente mundial da Avon, Segundo
apenas 12 das 500 maiores empresas do mundo são chepor mulheres. Uma delas é a Avon. Líder mundial
Andrea Jung comanda uma fiadas
na indústria de cosméticos, a empresa de 125 anos é comandada, há 12, por Andrea Jung.
receita anual de US$ 10
Descendente de asiáticos - o pai é de Hong Kong e a
mãe de Xangai, na China –, Andrea nasceu no Canadá mas,
bilhões em 100 países, e
ainda pequena, mudou-se com a família para os Estados
Unidos. Formada em Literatura pela Universidade de Princoordena ações sociais de
ceton, percebeu, ao trabalhar em lojas de departamentos,
que sua vocação estava mesmo no mundo dos negócios.
combate ao câncer de mama
Na empresa desde 1994, foi eleita Chief Executive
Officer (CEO) no ano de 1999 e presidente mundial em
e à violência contra a mulher 2001. Hoje, aos 54 anos, é responsável pelo desenvolvimento e execução de todas as estratégias de crescimento
a longo prazo, pelo lançamento de iniciativas de nova
marca, o desenvolvimento de oportunidades de ganhos
para as mulheres no mundo inteiro, e a definição de
como a Avon premiará seus 6,5 milhões de revendedores
autônomos – espalhados em mais de 100 países.
No Brasil, Instituto Avon estimula mobilização da sociedade civil
No País há 53 anos, a Avon mantém, desde 2003, o Instituto Avon, que tem a mulher como o foco de suas ações
sociais. Por isso, tudo o que possa promover sua qualidade de vida de forma integral está entre as prioridades da
organização. Essa preocupação inspira a definição das causas, os critérios para seleção de projetos apoiados e todo
o trabalho da equipe, assim como de seus parceiros e colaboradores.
O Instituto acredita em ações transformadoras. Sua filosofia é a de que a mobilização da sociedade civil pode
trazer resultados com real capacidade de mudar para melhor a realidade da mulher brasileira. A forma prática de
colocar essa filosofia em ação é identificar, fortalecer e fomentar a rede de organizações existentes, apoiando projetos e incentivando a troca de experiências.
“A Avon foi fundada em 1886 e, desde então, tem inspirado as mulheres a se desenvolverem financeiramente”, comenta Andrea. “Temos o orgulho de, da mesma
forma que levamos beleza à mulher, levar a ela a oportunidade de viver de forma plena, com mais saúde e sem
sofrer violência”, completa.
No Brasil, Andrea Jung anunciou a doação de 60
mil dólares a duas ONGs reconhecidas por sua atuação,
para que possam colocar em prática projetos para a causa. Uma delas é a Associação Mulheres pela Paz, com
sede em São Paulo, cujo foco é divulgar a cultura da paz
como construção cotidiana. A outra é o Instituto Maria
da Penha, sediado no Ceará, criado por uma das maiores
ativistas pelo fim da violência contra a mulher no Brasil,
a cearense Maria da Penha Maia Fernandes – cujo nome
batiza a atual lei nacional para o enfrentamento da violência doméstica.
“Ao longo deste ano, nos encontros que temos promovido
com as revendedoras de tantas partes do mundo, posso perceber que, de forma geral, o mundo está disposto a eliminar
a epidemia da violência doméstica. E, no Brasil, a prioridade
que vem sendo dada aos investimentos com educação e informação tem obtido resultados”, finaliza Andrea.
Ela também faz parte do Conselho de outras empresas líderes em seus segmentos, como a General Eletric
e a Apple.
PRESSTEM
Com uma receita anual de mais de US$ 10 bilhões, a
Avon também é líder em ações sociais e volta seus investimentos às causas que interessam especialmente à mulher.
Até 2010, foram doados mais de US$ 800 milhões em
50 países para essas causas, por meio da Avon Foundation, com sede nos Estados Unidos. A ação de investimento social concentra-se no apoio a pesquisas sobre o
câncer de mama e na ampliação do atendimento a mulheres com essa doença, por meio da campanha Avon
Breast Cancer Crusade (no Brasil, Avon Contra o Câncer
de Mama), e nos esforços para reduzir a violência contra
a mulher, por meio da campanha Speak Out Against Domestic Violence (no Brasil, Fale Sem Medo – Não à Violência Doméstica).
A organização também atua de forma efetiva na prestação de auxílio em caso de desastres naturais e emergências em várias partes do mundo.
No meio deste ano, Andrea celebrou, em São Paulo,
o aniversário da companhia e, ao lado de 8 mil revendedoras brasileiras, lançou uma pesquisa sobre a violência
doméstica contra a mulher.
O evento faz parte da turnê Avon Believe World Tour,
uma série de encontros da presidente com revendedoras de
16 cidades ao redor do mundo, para celebrar os 125 anos
da empresa e reforçar sua missão de fortalecer a mulher e
viabilizar sua autonomia e independência financeira.
Andrea Jung:
25
// No Brasil, a prioridade
que vem sendo dada aos
investimentos com educação
e informação tem obtido
Divulgação
resultados. //
DIRETORIAS
REGIONAIS
StockXpert
Informação
é a melhor
prevenção
para a crise
Por Danielle Borges
PRESSTEM
Com a ampliação
28
do debate em
des visitadas, o Sindicato contou com o apoio
torno da Terceirização no Brasil, o Sindepres-
das Associações Comerciais e do Centro das
tem tem aproveitado a oportunidade para pro-
Indústrias do Estado de São Paulo.
mover o setor nas diversas cidades em que
Durante os encontros, os participantes rece-
possui regionais instaladas. A programação
beram as duas pesquisas realizadas recente-
de eventos inclui debates sobre as principais
mente pelo Sindeprestem em parceria com a As-
dificuldades para o crescimento das empre-
serttem: “Oportunidades para a Copa do Mundo
sas e alternativas possíveis, além da apresen-
no Brasil” e “5ª Pesquisa Setorial sobre Serviços
tação da palestra “Onde está a mão de obra?
Especializados e Trabalho Temporário”.
Processo seguro da relação do Trabalho Terceirizado e Temporário”.
Outro projeto importante ao qual o Sindeprestem vem dedicando atenção é o programa
Recentemente, o Sindeprestem esteve pre-
de treinamento a distância, cuja coordenação
sente em Itaquaquecetuba, Botucatu, Osasco
é feita pela Diretoria de Formação e Eventos,
e Marília. “Este diálogo com os empresários
liderada por Regina de Souza. “Permanecer
tem contribuído para aperfeiçoar o trabalho da
próximo do associado e poder estabelecer uma
entidade junto aos prestadores e tomadores
boa comunicação mesmo distante tem sido
de serviços”, afirma Nilza Tavoloni, diretora de
muito importante para o trabalho de ampliação
Regionais do Sindeprestem. Em todas as cida-
do Sindicato”, explica a diretora Nilza Tavoloni.
StockXpert
ABC
Alto Tietê
No dia 18 de outubro, o Sindeprestem realizou em
Itaquaquecetuba a palestra “Onde está a mão de obra?
Processo seguro da relação do Trabalho Terceirizado e
Temporário”, que reuniu cerca de 50 pessoas, entre diretores da entidade, empresários e autoridades da região.
Com o objetivo de provocar o debate e buscar alternativas viáveis, a palestra abordou o problema da escassez de mão de obra, registrada em praticamente todos
os setores. Os segmentos de limpeza, linha de produção,
construção civil, telemarketing e vendas são alguns que
mais sofrem. “Mesmo algumas funções que exigem baixa
escolaridade já registram déficit de trabalhadores”, lembrou Cláudio Donizeti de Almeida, diretor regional do
Sindeprestem no Alto Tietê.
O encontro ocorreu na sede da Associação Comercial e Industrial de Itaquaquecetuba. Também estiveram
presentes: Mario Toyama, presidente da Comissão Municipal do Emprego; Edna Teixeira, diretora regional da
Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho; e Maria
Lucia Magalhães Rodrigues, supervisora de Ensino da
Secretaria Municipal de Educação.
Em continuidade ao programa “Ação pelo Emprego”,
no final de outubro, a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico de Itaquaquecetuba promoveu um encontro
para a troca de informações sobre o mercado de trabalho
na região. O evento foi coordenado pelo diretor regional
Cláudio Donizeti, e contou com serviços como emissão
de carteira de trabalho, palestras de orientação, distribuição gratuita de bolsas para treinamento, e a presença das
agências de emprego.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Cláudio Donizeti.
PRESSTEM
De janeiro a setembro, a região do Grande
ABC gerou 7,6 mil empregos com carteira assinada, de acordo com o Ministério do Trabalho.
Os números, apesar de positivos, refletem uma
desaceleração de 43% na economia. Com predominância de indústrias, a região absorveu apenas
no mês de setembro pouco mais de 500 trabalhadores, saldo 48% inferior ao registrado no mesmo
período do ano passado, quando foram criados
mais de mil postos.
De acordo com o diretor do Departamento de
Indicadores Sociais e Econômicos da Prefeitura
de Santo André, Dalmir Ribeiro, apesar do cenário de cautela, não há risco de mais demissões
na indústria. “O setor não consegue mais absorver mão de obra, pois a economia está crescendo
em ritmo mais lento quando comparado com o
ano passado.”
Nos setores de serviços e comércio, no entanto, a atividade econômica na região continua
aquecida. Entre janeiro e setembro, foram abertas
mais de 27 mil vagas. Ainda que o balanço tenha
sido positivo, o número é 31% menor na comparação com o mesmo período de 2010. Santo André e São Bernardo respondem por pouco mais
de 60% dos postos de trabalho gerados na região
até setembro.
Para Maria Olinda Longuini, diretora regional do Sindeprestem no ABC,
apesar da queda nos índices, a
expectativa é de crescimento.
“A indústria automobilística,
que na região vinha registrando baixos resultados,
também começa a reagir,
ainda que com pouca expressão. Esperamos elevação nas vendas
ao consumidor até dezembro, o que
provocará aumento na demanda por
mão de obra”, afirma.
Contato com a regional pelo e-mail
diretoria.reg.abc@sindeprestem.
com.br – Maria Olinda Longuini.
29
REGIONAIS
Divulgação
DIRETORIAS
Americana
PRESSTEM
No dia 22 de outubro, foi realizada na cidade
mais uma edição da Feira do Emprego, promovida
pela Câmara Municipal e pela Prefeitura de Americana, com o apoio de diversas empresas e entidades, entre elas o Sindeprestem. Com o objetivo
de orientar a busca dos profissionais no mercado
de trabalho, o evento ofereceu palestras e serviços,
como cadastramento de currículos e apresentações
de cursos de formação e qualificação.
Durante o encontro, também foi distribuído o
jornal Feira do Emprego, publicação exclusiva para
a divulgação de vagas disponíveis nas empresas e
agências de recrutamento da cidade. Para Nilza
Tavoloni, diretora de Regionais do Sindeprestem e
representante da entidade em Americana, a iniciativa é muito importante para a economia local. “Os
candidatos, em geral, têm se mostrado despreparados para ingressar no mercado, e um evento como
este contribui para elevar o nível da mão de obra da
região”, completa.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Nilza Tavoloni.
30
Bauru
De acordo com a Prefeitura, o orçamento de Bauru
para 2012 deve ficar em torno de R$ 790 milhões, demonstrando o bom momento vivido pela economia local,
fruto principalmente da produção da iniciativa privada.
O projeto de lei que detalha a receita orçamentária da administração para o próximo ano foi entregue pelo prefeito
Rodrigo Agostinho ao presidente da Câmara Municipal,
Roberval Sakai, no final de setembro.
Apesar do aumento na capacidade de investimento de
Bauru, ainda é considerável o endividamento do município. Segundo a avaliação do prefeito, o déficit chega a R$
220 milhões. “Essa dívida está escalonada em parte, mas
consome considerável fatia do orçamento anual”, afirmou.
Da verba total destinada para Bauru, 25% serão direcionados à educação e 15% irão para a saúde, de acordo
com a legislação. Segundo Rodrigo Agostinho, a meta é
elevar a qualidade do sistema educacional da cidade, incentivando a formação e qualificação do corpo docente.
No setor de saúde pública, será possível um investimento
maior em equipamentos.
Também está nos planos da Prefeitura a implantação
da nota fiscal eletrônica, nos mesmos moldes da Nota
Fiscal Paulista. A medida deverá conferir mais controle e
agilidade nos processos de emissão e fiscalização. Quanto
à infraestrutura, a promessa é dar continuidade às obras
paradas, recuperar empreendimentos deteriorados e corrigir problemas de tráfego na cidade.
Em outubro, o Sindeprestem realizou em Botucatu,
região de Bauru, a palestra “Onde está a mão de obra? Processo seguro da relação do Trabalho Terceirizado e Temporário”, que reuniu diretores da entidade, empresários e
autoridades da região para debater o problema da escassez
de pessoal qualificado no mercado de trabalho.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Everaldo Nogueira.
Baixada Santista
Santos concentra grande parte da geração de vagas com carteira assinada. Segundo estudo do Ministério do Trabalho, em setembro foram abertos 3,4 mil postos formais, o que significa mais de 80% do total da região. O setor de serviços foi responsável pela maioria das contratações. A expectativa é que os números sejam ainda mais altos nos meses de
novembro e dezembro, quando o comércio precisa suprir a demanda em razão das festas de fim de ano.
Em toda a Baixada Santista, foram 4 mil novos empregos no mês de setembro, praticamente o dobro do saldo registrado no mesmo período do ano passado. O resultado segue na contramão da geração de vagas do Brasil, cuja queda
verificada foi de 15% na comparação com 2010, de acordo com o Ministério do Trabalho.
Depois de Santos, o destaque da região fica com Praia Grande, que gerou 206 vagas, seguida de Itanhaém, com 134
novos postos de trabalho. Em ambos os municípios, os setores de comércio e serviços foram os responsáveis pela maioria das contratações. Guarujá, Mongaguá e São Vicente também ficaram com saldos positivos de emprego. As exceções
foram Cubatão e Peruíbe, que registraram mais demissões que admissões.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – José Renato Quaresma.
A confiança dos empresários brasileiros recuou este
ano e atingiu o menor patamar desde abril de 2009, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em outubro deste ano, o índice ficou abaixo da
média histórica. A queda foi puxada principalmente pela
indústria de transformação, que teve o maior recuo na
comparação com os meses anteriores. A tendência deve
se manter nos próximos meses, de acordo com o estudo.
Em Campinas, os dados se confirmam, e o principal
motivo é o fato de que as perspectivas negativas para a
economia mundial afetam o cenário brasileiro. O diretor
regional do Sindeprestem, Luiz Simões da Cunha, acredita que haverá uma redução na quantidade de indústrias
na região em função do pessimismo do setor. “Com a crise
em alta na Europa, Ásia e Estados Unidos, as exportações
ficam prejudicadas e as empresas são obrigadas a cessar a
produção para não haver mais prejuízos”, afirma.
Em função da redução da atividade econômica na re-
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Campinas
gião, a movimentação de trabalhadores temporários este
ano em Campinas também deve apresentar queda. “As
contratações devem ficar 15% abaixo do número registrado no final de 2010”, conclui o diretor do Sindeprestem.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Luiz Simões da Cunha.
ção social. As propostas aprovadas durante o evento serão debatidas na conferência estadual, em novembro, e
posteriormente no encontro nacional, em maio de 2012,
em Brasília.
Guarulhos registrou mais de 12 mil novos empregos
formais somente nos primeiros nove meses deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) do Ministério do Trabalho. No acumulado dos últimos 12 meses, foram mais de 15 mil postos. No saldo de
setembro, foram 1,7 mil vagas com carteira assinada na
cidade, 17% a mais que no mês anterior. Durante o ano,
o setor de prestação de serviços continua demonstrando
o melhor desempenho, e foi o que mais criou postos de
trabalho, somando quase 7 mil empregos.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Jismália de Oliveira Alves.
PRESSTEM
Entrou em vigor em Guarulhos a Nota Fiscal de Serviços Eletrônicos (NFS-e), em substituição à tradicional
nota fiscal de serviço impressa. Implantada pelo Departamento de Receitas Mobiliárias da Secretaria de Finanças, a medida tem o objetivo de reduzir a carga tributária individual, simplificar o cumprimento de obrigações
acessórias das empresas e melhorar a fiscalização. É
obrigatória a todos os prestadores de serviços com receita bruta anual igual ou superior a R$ 240 mil.
Para Jismália de Oliveira Alves, diretora regional do
Sindeprestem em Guarulhos, a emissão do documento
online será importante para inibir fraudes e diminuir a
margem de erro no preenchimento. “O novo sistema torna mais segura a relação contábil e concede praticidade
ao processo, pois elimina o acúmulo de papel. Para os setores de Terceirização e de Trabalho Temporário, a emissão da NFS-e será obrigatória a partir de 1º de janeiro de
2012”, orienta a diretora.
Em 17 de outubro, a Prefeitura de Guarulhos promoveu, por meio da Secretaria do Trabalho, a 1ª Conferência
Municipal de Emprego e Trabalho Decente para debater
prioridades estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT): princípios e direitos, fortalecimento dos atores tripartites e diálogo social, trabalho e
empregos verdes e desenvolvimento territorial e prote-
StockXpert
Guarulhos
31
REGIONAIS
Divulgação
DIRETORIAS
Marília
O número de demissões na região continua alto, de
acordo com um levantamento feito pelo Sindicado dos
Comerciários de Marília. Segundo a entidade, o registro
de desligamentos no comércio em setembro foi de 190
trabalhadores, um aumento de 57% na comparação com
o mesmo período do ano passado. Entre os segmentos
mais atingidos, está o comércio de móveis, eletrônicos e
eletrodomésticos. Nestas áreas em particular, as demissões cresceram 275%, passando de 8 dispensas em 2010
para 30 neste ano.
Para Sandra Maria Benetti, diretora regional do Sindeprestem, o cenário tende a melhorar com a aproximação do final do ano. “Estamos otimistas com a chegada
do Natal, quando a demanda no comércio aumenta e as
empresas intensificam os processos de contratação de
mão de obra extra”.
Com o objetivo de orientar os futuros profissionais,
a diretora Sandra Maria realizou, em outubro, palestra
sobre felicidade no trabalho, para cerca de 200 alunos
dos cursos técnicos de Administração e Contabilidade
do Centro Paula Souza de Marília. Durante o encontro,
a empresária falou sobre a importância da harmonia entre os colegas no ambiente de trabalho e outros fatores
essenciais à realização profissional. “A primeira atitude
é gostar do que faz e interagir com os demais. É preciso
estar disponível para as experiências do trabalho. A felicidade depende muito mais do trabalhador que da empresa”, explica.
Para a diretora, crescer profissionalmente, por vezes,
tem um alto custo: pouco tempo para a família e para o
lazer. Portanto, é preciso perceber se o empreendimento
vale a pena. “No caso das empresas, valorizar o trabalho
do profissional, oferecer condições de crescimento e demonstrar confiança contribuem para manter elevada a
autoestima do trabalhador”, acrescenta Sandra.
Em novembro, o Sindeprestem também realizou em
Marília a palestra “Onde está a mão de obra? Processo seguro da relação do Trabalho Terceirizado e Temporário”
para debater o problema da falta de profissionais qualificados. O encontro fez parte do circuito de palestras
promovido pela entidade no Interior de São Paulo.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Sandra Maria Benetti.
PRESSTEM
Regional Oeste
32
Pesquisa recente divulgada pela consultoria norte-americana Cushman & Wakefield revelou que a Região Oeste da Grande São Paulo possui a maior e mais
valorizada concentração de imóveis industriais dentre as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. O levantamento ainda aponta Cotia
como uma das cidades mais cotadas pelas indústrias,
seguida de Barueri, Santana de Parnaíba, Taboão da
Serra, Osasco e Jandira.
De acordo com o estudo, o alto grau de desenvolvimento industrial da Região Oeste está atribuído,
principalmente, à proximidade com as rodovias Castelo Branco, Anhanguera e Raposo Tavares. O fácil
acesso contribui para a distribuição de produtos, de
forma ágil e dinâmica, para outras cidades do Estado
de São Paulo e demais regiões do Brasil.
A Região Oeste também foi classificada como o
ponto de maior concentração de condomínios de galpões no Estado de São Paulo e uma das áreas que possuem maior demanda imobiliária industrial. Somente
no último ano, a procura por áreas industriais em Cotia aumentou 50%.
No lado oposto deste crescimento, foi verificada
uma queda de 14% na procura de investidores por
novos empreendimentos residenciais na cidade, o
que pode levar a uma redução no crescimento populacional da região nos próximos anos, segundo a Secretaria de Habitação. A retração no crédito, situação
comum em tempos de mercado financeiro instável,
seria o principal motivo.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Reginaldo Luiz Julien Ribeiro.
O saldo de contratações e demissões em setembro foi
57% menor na comparação com o mesmo período do ano
passado, de acordo com o levantamento do Ministério do
Trabalho. Os quase 360 novos postos de emprego com carteira assinada registrados em Ribeirão Preto também representam queda ante o desempenho de agosto deste ano,
quando foram geradas 1,6 mil vagas formais.
Ainda segundo a pesquisa, com a redução de vagas,
Ribeirão Preto passou a ocupar a 23ª colocação no ranking
segundo o número de contratações em municípios paulistas acima de 10 mil habitantes. Em setembro de 2010, a
cidade estava na 9ª posição.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Economia
da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto
(ACIRP) revela que os empresários da região pretendem
reduzir os investimentos até dezembro em pelo menos
8%. Segundo Fred Guimarães, economista da Associação
Comercial, no ano passado houve excesso de otimismo,
que foi corrigido em função da incerteza da economia, redução de prazo para financiamentos e juros mais altos.
StockXpert
Ribeirão Preto
Apesar da queda de investimentos, o comércio deve
se manter aquecido por conta da demanda do fim de ano.
"Com base nas projeções, o desempenho pode ser de 10%
a 12% maior até dezembro em relação ao ano passado",
afirma Guimarães.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Geraldo P. Russomano Veiga.
Sorocaba
Com o objetivo de movimentar o mercado local e alavancar as contratações de trabalhadores na região, a Prefeitura de São José dos Campos firmou parceria com a Associação das Construtoras do Vale do Paraíba (Aconvap)
e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP) para qualificação de mão de obra. O programa deve
formar cerca de 130 trabalhadores para o exercício das
funções de pedreiro, armador, carpinteiro e eletricista.
O diretor regional do Sindeprestem no Vale do Paraíba, Sérgio Silas Gallati, que faz parte da Comissão de
Emprego do município, esteve envolvido na elaboração
da parceria. “A iniciativa é válida para incrementar o mercado de trabalho. A indústria da construção civil é o setor
que mais carece de mão de obra qualificada na região”,
PRESSTEM
Vale do Paraíba
StockXpert
Até o final do ano, devem ser abertos 2,7 mil postos de trabalho formal em Sorocaba, de acordo com a Associação
Comercial local. As empresas da cidade, no entanto, enfrentam problemas para contratar mão de obra, já que os candidatos apresentam baixa qualificação. Para a entidade, a dificuldade de encontrar profissionais para trabalhar no comércio é provocada pela oferta de empregos em outros setores da economia, como a indústria. Em setembro, o comércio
fechou 31 vagas enquanto a indústria criou 145.
Como consequência desse cenário, os lojistas tendem a ficar menos exigentes na contratação de trabalhadores,
e a experiência anterior não deverá ser mais tão importante para ser admitido na vaga. Segundo o levantamento da
Associação Comercial de Sorocaba, o tempo médio para preencher uma vaga aberta no comércio, que antes era de
20 dias, agora passa de três meses.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Walter Rosa Junior.
33
afirmou. O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (SinHores) também tem projetos semelhantes para formação de pessoal.
Contato com a regional pelo e-mail [email protected] – Sergio Silas Gallati.
TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA
Ponto eletrônico e
treinamento a distância
Adiado pela quarta vez, ponto eletrônico passará a valer no primeiro dia do próximo ano
Por Camila Vasconcellos
regras para a aplicação do ponto
ele­­trônico como controle da jornada de trabalho dos
funcionários foram adiadas pela quarta vez. De acordo
com a Portaria 1.979 do Ministério do Trabalho, a
adoção do ponto passará a valer a partir do dia 1º de
janeiro de 2012.
Ainda segundo a portaria, a fiscalização terá caráter de orientação nos primeiros 90 dias após a entrada
em vigor da obrigatoriedade. Nas duas primeiras visitas à empresa, o auditor-fiscal do Trabalho dará prazo
de 30 a 90 dias para a adaptação. Somente a partir da
terceira visita começará a ação repressiva, de acordo
com o ministro Carlos Lupi. Para ele, o diálogo entre
governo e entidades de classe foi concluído e, após
avaliação das manifestações encaminhadas, a nova
data será improrrogável.
Interatividade cria ambiente
de aprendizagem eficiente
Aderir às novas tecnologias disponíveis é uma realidade, assim como a qualificação profissional. Depois
de uma experiência inovadora e de sucesso no ano
passado, o Sindeprestem decidiu incluir os cursos a
distância permanentemente em sua agenda.
Em outubro e novembro, o Sindicato ofereceu,
em sua grade de programação, cursos voltados para
a gestão de pessoas e empresas, transmitidos da sede
do Sindeprestem, em São Paulo, para as regionais.
A interatividade é completa: os alunos se conectam
e assistem à aula de onde estiverem - um telão transmite
simultaneamente, a todos os conectados, o áudio e vídeo
do professor. Além disso, os participantes podem interagir com perguntas por meio de mensagens de texto, e
tirar via chat todas suas dúvidas.
Em oito anos ministrando cursos e palestras, o Sindeprestem identificou um grupo diferenciado de empresários que nem sempre têm disponibilidade de se afastar do ambiente de
trabalho. “Investimos no modelo
de treinamento não presencial,
visando ao aperfeiçoamento de
todo o ciclo de negócios. Um líder
bem informado conduz sua equipe com mais eficiência”, afirma a
diretora de Formação e Eventos
da entidade, Regina de Souza.
A programação pode ser acom­
panhada no endereço www.sindeprestem.com.br, no qual é possível,
também, fazer a inscrição.
Lançando mão dessa tecnologia, o
sindicato realizou, no mês de outubro, sua primeira reunião de diretoria regional online.
Editais de licitações no
portal Sindeprestem
Os associados Sindeprestem contam agora com mais um
benefício: através da área restrita do Portal, poderão fazer
download dos editais de licitações dos segmentos em que o
Sindicato atua e verificar quais são os procedimentos e requisitos
para se inscrever e participar.
Com a ferramenta, poderão fazer pesquisas por segmento,
por regiões e pelos nomes das instituições e, além disso, verificar as leis, informativos e treinamentos sobre o tema.
PRESSTEM
As novas
35
indicadores
Natal 2011 será de trabalho
para quase 150 mil Temporários
Número de vagas deve ser 5% maior em relação ao ano passado
36
O Natal é a data comemorativa mais impor­
PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO
tante do calendário brasileiro para o comércio
e para a indústria, o que significa também mais
oportunidades de empregos, principalmente Tem­
porários. Segundo levantamento encomendado pela
Asserttem ao Instituto de Pesquisa Manager (Ipema),
147 mil vagas temporárias deverão ser oferecidas em
todo o País, no comércio e na indústria. O número
é 5% maior em relação ao mesmo período natalino
de 2010 e o melhor resultado da série histórica, que
começou em 2006.
De acordo com o estudo, do total de vagas oferecidas este ano, 28% deverão ser preenchidas por
jovens em situação de primeiro emprego. “Conquistar uma vaga temporária é uma chance para o
trabalhador mostrar o seu potencial e vislumbrar
a possibilidade de efetivação”, afirma Jismália de
Oliveira Alves, diretora de Comunicação da Associação e do Sindeprestem. A pesquisa mostra que
29% dos contratos poderão se tornar efetivos, o que
significará emprego fixo nas tomadoras para mais
de 42 mil pessoas.
Para o presidente do Sindeprestem e da
Asser­ttem, Vander Morales, o aumento da renda
familiar e a estabilidade da economia são os
grandes responsáveis pelo otimismo do mercado.
Ele lembra que o período que antecede o Natal é
sinônimo de trabalho para milhares de pessoas,
estejam elas em busca de uma oportunidade de
emprego efetivo ou apenas de renda extra. “Além
disso, o pagamento do 13º salário aos trabalhadores
é um fator positivo para o bom desempenho da
indústria e do comércio e, além de movimentar
sobremaneira a geração de empregos, justifica o
crescimento do setor", explica.
A maior parte das contratações temporárias
(70%) tende a ser feita pelo comércio. Os candidatos com idades entre 18 e 39 anos têm mais chance
de conseguir uma vaga: 65% dos postos de trabalho deverão ser ocupados por pessoas nesta faixa
etária. Os segmentos de supermercado, vestuário,
calçados, eletrodomésticos e perfumaria são os que
mais demandam mão de obra adicional nesta época
do ano.
StockXpert
PRESSTEM
Por Camila Vasconcellos
PESQUISA SETORIAL
A pesquisa ainda mostra:
>
dos formalmente pela Terceirização no País, o que representa 2,6% do total mundial do setor de Prestação de
Serviços Terceirizáveis.
>
23,9% DO TOTAL DOS EMPREGADOS COM
CARTEIRA ASSINADA, que é de 44 milhões de
trabalhadores.
>
EMPREGOS NA INDÚSTRIA
Respondendo por 30% das contratações
temporárias neste Natal, as principais empregadoras serão as indústrias de bens de
consumo, como alimentos, bebidas, brinquedos, eletrônicos, vestuário e papel.
A maioria dos trabalhadores contratados
(70%) terá até 39 anos. O sexo feminino
deverá ocupar 35% das vagas abertas.
Entre as principais funções: auxiliar
administrativo, financeiro, de laboratório,
de serviços gerais, motorista, nutricionista, operador de empilhadeira, operador de
máquinas, técnico em manutenção industrial e em segurança do trabalho. A remuneração média deve apresentar aumento
de 16% em comparação com 2010 e pode
variar entre R$ 920 e R$ 1,3 mil. A maioria das contratantes pode exigir o segundo
grau completo. “O diferencial ficará por
conta da qualificação técnica do candidato
em áreas como automação industrial, eletrotécnica, mecatrônica, química, informática, segurança do trabalho, administração
e secretariado”, alerta Jismália.
10,5 MILHÕES DE TRABALHADORES emprega-
>
11,4% DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE
ATIVA (PEA), composta por 92,6 milhões de pessoas.
JOVENS EM SITUAÇÃO DE 1º EMPREGO
-
11,5%, ante 12,5% na pesquisa anterior.
> TRABALHADORES 3ª IDADE - 14,5% das vagas do
setor de Terceirização são ocupadas por pessoas dentro
dessa faixa etária.
>
FATURAMENTO DO SETOR - R$ 47,3 bilhões/ano,
ante R$ 43,3 bilhões/ano na pesquisa anterior.
>
TOTAL DE TRABALHADORES TERCEIRIZA­
DOS/MÊS - 1,475 milhão/mês, ante 1,639 milhão/mês
na pesquisa anterior (exceto serviços técnicos profissionais, serviços pessoais, vigilância, asseio e conservação
e telemarketing).
> BASE DE REMUNERAÇÃO MENSAL - R$ 1.122,00,
ante R$ 918,00 na pesquisa anterior.
> MASSA SALARIAL PAGA PELO SETOR - R$ 19,7
bilhões/ano, ante R$ 18 bilhões/ano na pesquisa anterior.
> FGTS RECOLHIDO - R$ 1,67 bilhão/ano, ante R$ 1,53
bilhão/ano na pesquisa anterior.
>
INSS RECOLHIDO - R$ 3,9 bilhões/ano, ante R$ 3,6
bilhões/ano na pesquisa anterior.
PRESSTEM
Entre as principais funções: analista de
crédito, atendimento, crediário, embalador, estoquista, etiquetador, fiscal de caixa,
fiscal de loja, operador de telemarketing,
promotor de vendas, repositor, vendedor e
Papai Noel. De acordo com Jismália, em geral, as vagas exigem do candidato o primeiro grau completo, simpatia, facilidade de
comunicação e para o trabalho em equipe.
A remuneração média será 9,5% maior em
relação a 2010, ficando entre R$ 690 e R$
996, com direito a benefícios como vale-transporte e vale-refeição.
A 5ª Pesquisa Setorial 2010/2011, realizada anualmente pelo Sindeprestem e pela Asserttem, com o objetivo de mapear os setores de Terceirização e Trabalho
Temporário, mostrou a importância deles para a economia nacional e para o mercado de trabalho formal.
Esses setores somam 34.086 empresas, atuantes nos
segmentos abrangidos pelo Sindeprestem, número 4,43%
maior em comparação com a pesquisa anterior, de 2009/2010.
E empregam formalmente 2,6 milhões de trabalhadores.
37
Divulgação
indicadores
Setor de Serviços lidera
registro em carteira
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no mês de setembro, o Setor de Serviços – maior e mais heterogêneo
segmento da economia - teve sua renda e formalização aumentadas nos últimos cinco anos. O emprego
com carteira assinada também aumentou em todos
os subsetores da prestação de serviços.
Pelo Relatório Anual de Informações Sociais
(Rais) de 2010, 14,3 milhões de pessoas trabalhavam
nesta atividade no ano passado - sem considerar comércio, administração pública e serviços de utilida-
de pública, como energia elétrica e saneamento. Na
época, esse contingente representava um terço do
total da mão de obra formal do País.
E as empresas terceirizadas são as grandes responsáveis pela expansão do emprego formal no setor - o que mais cresce dentro do Produto Interno
Bruto (PIB). De janeiro a agosto deste ano, foram
criados 729,5 mil postos de trabalho com carteira
assinada no segmento, mais que o dobro das 344,7
mil vagas da indústria e quase quatro vezes as
210,9 mil do comércio.
COMPARATIVO ANUAL
ANO
CONTRATAÇÕES
PRESSTEM
EFETIVAÇÃO
1º EMPREGO
2006
90 mil
-
30%
-
2007
105 mil
16,5%
34%
-
2008
115 mil
9,5%
28%
26%
2009
125 mil
8,5%
25%
28%
2010
140 mil
12%
28%
30%
2011 (PREVISÃO)
147 mil
5%
29%
28%
PREVISÃO DE EFETIVAÇÃO
E PRIMEIRO EMPREGO
38
VARIAÇÃO
Setor
VAGAS POR SETOR
Efetivação
1º Emprego
Shoppings
35%
30%
Supermercados
e Afins
20%
23%
INDÚSTRIA
70%
Lojas de
Departamentos
30%
29%
COMÉRCIO
30%
Varejo (Rua)
30%
30%
Média
29%
28%
CONTRATAÇÃO DE
TEMPORÁRIOS
PARA O NATAL 2011
Fonte: Pesquisa Asserttem/Ipema
A próxima edição do maior evento sobre Gestão de Pessoas
da América Latina já tem data e local:
13 a 16 de Agosto de 2012 • Transamerica Expo Center • SP
A ABRH-Nacional agradece aos voluntários, aos parceiros
e ao público, que fizeram do CONARH ABRH 2011 um grande sucesso.
3.300
participantes
no congresso
48
palestras
18 mil
visitantes
83
palestras
gratuitas
120
expositores
mais de 30
patrocinadores
Acesse: www.conarh.com.br
Realização
Copromoção
170
palestrantes
mais de 100
voluntários na
organização
do evento
Divulgação
eventoS
Tst escolhe Terceirização
como tema da primeira
audiência pública de
sua história
Por Giovanna Zanaroli
PRESSTEM
“Humildade da Corte, que se abre para o
40
contato maduro e responsável com a sociedade. Inconteste a
exponencial relevância do tema para a contemporaneidade.”
Desta maneira, o presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, sintetizou um
acontecimento inédito na história da Justiça Trabalhista. Pela
primeira vez, o TST convocou uma audiência pública para
tratar das especificidades de um assunto ainda polêmico e
controverso: a Terceirização.
Contrários ou a favor da Prestação de Serviços Espe­
cializados, 50 expositores foram escolhidos pelo ministro
Dalazen a partir de inscrição prévia no site do Tribunal.
Representantes das entidades nacionais da Justiça Traba­
lhista e do Ministério Público do Trabalho, da Ordem dos
Advogados do Brasil, estudiosos das Relações do Trabalho,
e entidades de classe (profissional e patronal) de segmentos
como Indústria, Comércio, Bancos e Telecomunicações
revezaram-se por dois dias (4 e 5 de outubro) na tribuna do
TST, em Brasília.
Para o presidente Vander Morales, do Sindeprestem e da
Asserttem, o interesse da Justiça Trabalhista em compreender
as necessidades do setor de Serviços Especializados, e a sua
importância para a economia do País como fonte geradora
de riquezas, já é positivo. “Desmistificou-se com a audiência
pública a precariedade das relações de trabalho, enfatizando
o desenvolvimento e o crescimento profissional desses tra­
balhadores”, disse Morales.
O debate pluralista começa a elucidar questões e originar
frutos. No dia 19 de outubro, a 7ª Turma do TST autorizou
a Telemar (antiga Oi) a terceirizar o serviço de call center,
contrariando a jurisprudência majoritária da Corte. Em
junho, a situação havia sido considerada irregular por se
tratar de atividade-fim. Então, na ocasião, os ministros
anunciaram a audiência pública para esclarecer o assunto.
Audiência Pública
Relevância da Terceirização para economia é reconhecida
Fotos: Divulgação
Ophir Cavalcante
Márcio Pochmann
– presidente do
- Presidente do
Conselho Federal da Ordem dos Advogados
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
do Brasil (OAB)
(Ipea)
// Do equilíbrio das propostas lançadas
ao
Legislativo,
espera-se
criar
// A Terceirização assemelha-se ao
um
colesterol humano. Há o bom e o ruim.
ambiente no qual seja possível ampliar o
Tal como na medicina, que valoriza o
número de postos de trabalho, criando novas oportunidades
colesterol bom para combater o ruim, a regulação pública do
para o País se desenvolver. A Terceirização não pode ser vista
trabalho precisa extirpar a banda podre da Terceirização. //
com preconceito. //
José Pastore
Murilo Portugal Filho – Presidente
– professor titular da
da Federação Brasileira de Bancos
Universidade de São Paulo (USP)
(Febraban)
// Modernamente, sem Terceirização,
// Os bancos adotam critérios rígi­
inúmeros negócios ficariam inviáveis. O
dos na seleção dos seus contratados e
que preocupa a Corte são as mazelas, como
no acompanhamento da prestação de
a precarização. Infelizmente, no Brasil, a
serviços. A execução dos serviços é acompanhada não só
precarização acontece no trabalho terceirizado e no trabalho não
para garantir a qualidade, mas também o cumprimento
terceirizado. //
das obrigações legais e trabalhistas. //
Marcio
Milan
–
Paulo Simon – Sinduscon-SP
Confederação
Nacional do Comércio (CNC)
// É impossível uma empresa abrigar
// A responsabilidade solidária foca num
dentro de seu quadro permanente de
único elo da cadeia produtiva, ou seja, no
funcionários especialistas em tudo o
comércio. Isto desequilibra a relação. Não
que uma obra necessita. Precisamos
temos meios suficientes para fiscalizar e
das empresas especializadas, que têm
acompanhar o trabalho do prestador de serviços. Aceitamos a
equipamentos específicos para a execução de cada etapa
responsabilidade subsidiária, pois o trabalhador passa a ter dupla
da construção. //
Adauto Duarte
PRESSTEM
garantia. //
– Diretor sindical da
Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp)
// Limitar a Terceirização incentiva
a
precarização,
pois
trabalhadores
vão para a informalidade. Restringir a
competitividade das empresas no mercado internacional
significa tirar oportunidades do Brasil. //
41
Sindeprestem vai a Genebra
para reunião na oit
Divulgação Sindeprestem
eventoS
45 países participaram da discussão sobre a ratificação da Convenção 181
Por Giovanna Zanaroli
PRESSTEM
A ratificação da
42
Convenção 181 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), de 1997, defendida como o
conjunto de normas mais indicadas para a promoção do trabalho
decente e para a melhoria do funcionamento dos setores de
Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário
nos mercados mundiais, novamente foi discutida. Desta vez,
representantes de 45 países estiveram em Genebra, na Suíça, em
18 e 19 de outubro, para o Fórum de Diálogo Mundial, com o
propósito de chegar a algum consenso sobre a Convenção.
O diálogo social tem sido muito valorizado pela OIT, que
sempre edifica os debates que promove numa relação tripartite –
governos, empresas e trabalhadores. Pela primeira vez, segundo
Fernando Calvet, vice-presidente do Sindeprestem, alguns
dos pontos discutidos permaneceram sem uma definição. “A
Convenção 181 é um instrumento de facilitação e estímulo à
criação de empregos. Mas, para atender a todos os países, a norma
precisa de ajustes”, reiterou.
Embora o Brasil não tenha ainda uma lei específica para regu­
lamentar a Prestação de Serviços Terceirizáveis, a existência de
sindicatos representativos dos empregadores e dos trabalhadores
coloca o País à frente dos demais. “As relações sindicais brasileiras
estão muito mais evoluídas do que no Exterior. Lá, os sindicatos
representam apenas os interesses dos tomadores de serviços”,
explicou Jan Wiegerinck, ex-presidente e conselheiro consultivo
do Sindeprestem, que acompanhou a reunião da OIT.
O Fórum de Diálogo Mundial é parte do programa de atividades
setoriais da OIT, cujo objetivo é auxiliar governos e organizações
de empregadores e trabalhadores a desenvolver sua capacidade
para tratar equitativamente e efetivamente as questões sociais e
laborais em setores econômicos específicos.
AGENDA INTERNACIONAL
O contato com outras nações, distantes da nossa, evidencia
que há muito que melhorar na economia brasileira. A convite das
federações que representam as empresas de Prestação de Serviços
Terceirizáveis e de Trabalho Temporário na Bélgica e na Polônia, o
grupo que representou o Sindeprestem visitou as entidades para
conhecer de perto a realidade daqueles países.
As dissonâncias em relação ao mercado brasileiro são
significativas. Segundo Fernando Calvet, na Polônia, por exemplo,
os únicos descontos incidentes na folha de pagamentos dos
prestadores de serviços são Imposto de Renda e Seguridade Social.
“Os encargos sociais são baixos, o que é um ambiente propício ao
empreendedorismo e à geração de empregos”, diz Calvet.
Diferentemente do Brasil, onde a permanência de um
trabalhador temporário permitida por lei é de até seis meses, na
Bélgica e na Polônia os contratos podem ser mantidos por mais
tempo. Na Bélgica, o limite são três anos. E na Polônia, cinco anos.
“A única exigência é a contratação efetiva do temporário pela
empresa tomadora após o término do prazo limite permitido.”
Fotos: Bruno Leite
Bruno Leite
Sindeprestem realiza debate sobre Terceirização
e Trabalho Temporário na América Latina
Por Danielle Borges e Giovanna Zanaroli
MEGA EVENTOS NO BRASIL
A realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016
colocará o Brasil como protagonista no mundo no tocante a
investimentos nacionais e internacionais. “Recepcionar mega
eventos estimula a entrada de recursos e o desenvolvimento
sustentável do País”, afirmou Orlando Silva.
De acordo com o cronograma do governo para a
realização desses eventos esportivos, algumas prioridades
foram estabelecidas, dentre elas o aperfeiçoamento do
sistema de logística e o melhor preparo dos trabalhadores.
“Gerar empregos é importante, mas é preciso qualificar
e formalizar também. Será um esforço feito em conjunto
para que um novo Brasil esteja pronto para encantar o
mundo”, disse Orlando Silva.
Até a realização da Copa do Mundo de 2014, serão investidos
diretamente pelo governo R$ 45 bilhões, com um impacto
econômico de cerca de R$ 180 bilhões nos próximos dez anos,
segundo o então ministro do Esporte. Com investimentos em
infraestrutura, estádios e segurança, a expectativa é que o Brasil
consiga reverter a estagnação de cinco anos no fluxo de turistas
estrangeiros, passando dos atuais 5 milhões para mais de 7
milhões até 2014 e para quase 9 milhões em 2018.
Estudos apontam que o Brasil movimentará cerca de
PRESSTEM
Representantes do Brasil
e de outros
países da América Latina estiveram reunidos em São Paulo, nos
dias 6 e 7 de outubro, para o 10º Congresso Latino-Americano
e 5º Congresso Nacional das Empresas de Trabalho Temporário
e de Serviços Terceirizáveis, realizado no Novotel Jaraguá
Convention Center. Entre os temas abordados, o reconhecimento
da Terceirização como ferramenta estratégica nos negócios,
Trabalho Temporário no campo, escassez da mão de obra e
alternativas para aumentar a competitividade nas empresas.
Vander Morales, presidente do Sindeprestem e da Asserttem,
entidades organizadoras do evento, falou sobre a importância da
prestação de serviços no Brasil e a necessidade de regulamentação
para o setor. “A Terceirização é responsável pela geração de mais de
10 milhões de postos de trabalho formais, e precisa de legislação
adequada para trazer segurança jurídica às empresas brasileiras.”
Para falar sobre as oportunidades de negócios para
prestadores de serviços durante a realização de megaeventos
como a Copa do Mundo e Olimpíadas, esteve presente o então
ministro do Esporte, Orlando Silva. Também participaram
especialistas em Recursos Humanos vindos da Argentina,
Chile, México, Uruguai e Colômbia para comentar a situação
de cada país com relação à modernização das leis trabalhistas e
a luta das empresas para combater a crise.
43
Bruno Leite
Bruno Leite
eventoS - Conett 2011
Representantes da América Latina trocaram experiências e apresen­
taram suas melhores práticas para o público, formado por prestado­
res e tomadores de serviços.
R$ 140 bilhões entre 2010 e 2014, gerando mais 3 milhões
de empregos por ano, além de uma arrecadação tributária
adicional de R$ 18 bilhões.
Entre os setores mais beneficiados diretamente neste
primeiro momento, estão a construção civil, alimentos e
bebidas, turismo e serviços prestados a empresas. Durante
a realização do evento, o Brasil receberá cerca de 500
mil visitantes, provocando a geração de mais de 730 mil
empregos, sendo 381 mil apenas em Trabalho Temporário
durante os jogos da Copa. “Investir no turismo é fundamental
neste momento para que o País continue sendo destino
mesmo após os eventos, provocando demanda por mão de
obra contínua”, concluiu Orlando Silva.
PRESSTEM
PESQUISA REVELA BENEFÍCIOS DA COPA
44
Foi apresentado com exclusividade durante o CONETT
2011 um estudo encomendado pelo Sindeprestem e pela
Asserttem ao Instituto de Pesquisa Manager (Ipema) sobre
as potencialidades mercadológicas até a realização da Copa
do Mundo no Brasil. Para a pesquisa, foram consultadas
empresas de diferentes portes e áreas de atuação, classificadas
no estudo de acordo com o número médio de trabalhadores
terceirizados ou temporários inseridos no mercado. A maioria,
47%, corresponde a empresas com até 300 trabalhadores.
Até a realização da Copa do Mundo, é estimada a abertura
de 332 mil postos de trabalho formal no setor de serviços
terceirizáveis e 381 mil vagas de Trabalho Temporário nas
12 cidades-sede onde serão realizados os jogos. A geração de
empregos deverá provocar um aumento na massa salarial dos
brasileiros em R$ 6,8 bilhões no caso dos trabalhadores efetivos
e R$ 1,6 bilhão para os temporários.
O estudo revelou, dentre as 12 cidades-sede, as que
despertam mais interesse dos empresários. No topo da lista
estão São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.
Entre os serviços que as empresas acreditam estar mais
bem preparadas para prestar durante a Copa do Mundo,
recrutamento e seleção, controle de acesso, limpeza e
conservação, e Trabalho Temporário foram os mais citados.
Considerando que a Copa deverá refletir nos investimentos,
no consumo e no turismo no País durante algum tempo, o
impacto no Produto Interno Bruto (PIB) pode chegar a R$ 135
bilhões até 2019. Além disso, o Brasil arrecadará quase R$ 17
bilhões em tributos com a realização do Mundial, sendo R$ 2,9
bilhões apenas em 2014.
Quase 60% dos empresários consultados afirmaram
ter experiência na atuação em eventos de médio ou grande
porte e 42% são inexperientes nesta área. Sobre a expectativa
de sucesso da Copa do Mundo no Brasil, mais de 90% dos
entrevistados se consideram confiantes. Apenas 2% não
acreditam no bom desempenho dos negócios no Mundial.
Quanto à expectativa das empresas em participar das
oportunidades de negócios ligadas à Copa do Mundo, 83%
demonstraram interesse e pouco mais de 9% descartaram
qualquer possibilidade. As demais ainda não decidiram.
Sobre as principais dificuldades para a venda e
fornecimento de serviços especializados antes da Copa e
durante o evento, 80% dos empresários afirmaram ser a falta
de mão de obra qualificada o maior entrave. Em segundo
lugar, citada por 24% dos entrevistados, ficou a burocracia
para participar de licitações. Problemas com infraestrutura,
dificuldade para aprovação de linhas de crédito e localização
desprivilegiada também foram mencionados.
REDES SOCIAIS NOS NEGÓCIOS
Cada vez mais as empresas têm inserido no seu contexto
o uso das redes sociais, seja para interagir com seu público
alvo ou como parte do processo de recrutamento de mão de
obra. Sobre o impacto das redes na sociedade, foi convidado
o consultor em tecnologia Cezar Antonio Tegon. “O potencial
de troca de informações neste meio é inestimável”, afirmou.
No mundo corporativo, os processos levam tempo para
evoluir, mas quem não se adaptar às novas realidades, num curto
Bruno Leite
Bruno Leite
Empresários e autoridades reunidos para debater o futuro do setor de
prestação de serviços.
APAGÃO DE TALENTOS
Sobre o problema da escassez de mão de obra no Brasil,
falou Wagner Brunini, presidente da ABRH-SP. Para ele, a
situação no Brasil vai se agravar. “O cenário de crescimento
da economia é favorável, mas os números da educação são
péssimos. Apenas 25% dos brasileiros são alfabetizados. De
oito matriculados no ensino médio, apenas dois se formam.
Somos o 88º em desenvolvimento educacional”, informou.
Segundo o Ministério da Educação, 57,7 milhões dos
brasileiros com mais de 18 anos não estudam ou não têm
o ensino fundamental completo. Para Brunini, é preciso
buscar soluções inovadoras e se adequar à realidade com
atitudes como: flexibilizar critérios de seleção, buscar
talentos nas classes menos favorecidas, investir na própria
equipe, valorizar a iniciativa dos funcionários, além de
remunerar por desempenho e resultados.
De acordo com o presidente da ABRH-SP, a falta de
mão de obra impacta na inflação dos salários, provoca
a volta de aposentados ao mercado de trabalho e
obriga empresas a importarem mão de obra. “Apesar
das dificuldades pontuais, o Brasil é a bola da vez
e precisamos aproveitar este momento. É o 58º país
em competitividade, sendo que há perspectiva para
nos tornarmos a 5ª maior economia”, afirma Brunini.
Treinamento e qualificação precisam deixar de ser vistos
como despesa e sim como investimento.
EMPREENDEDOR EM
TEMPOS DE MUDANÇAS
O setor de serviços oferece oportunidades para empresas
de todos os portes, mas é preciso estratégia para crescer.
Segundo Renato Fonseca Andrade, consultor do SebraeSP, para que uma empresa cresça no mercado, é preciso
inovação. “Há espaço no mercado para todos, desde que haja
criatividade”, afirmou.
No Brasil, micro e pequenas empresas representam
98% do mercado, empregando 67% dos trabalhadores.
De acordo com Alencar Burti, presidente do Conselho
Deliberativo do Sebrae, ainda falta estímulo ao em­
preendedorismo. “Na medida em que pudermos
eliminar a relação patrão e empregado para focar no
relacionamento empresa e prestador de serviços, será
uma evolução”, alertou.
Para ampliar a oferta de postos de trabalho no
Brasil, assim como em toda a América Latina, governos,
empresários e trabalhadores devem se unir no combate
às diferenças sociais. “É preciso legislação que favoreça
a redução da carga tributária e a ampliação do trabalho
terceirizado e temporário” defendeu Alencar Burti.
PRESSTEM
prazo, estará fora do mercado. Para Tegon, a internet veio para
mudar radicalmente a forma como as pessoas se relacionam. “Esta
revolução está chegando agora também nas empresas” disse.
Participar de redes sociais não é mais opção, é necessidade.
É uma importante ferramenta de comunicação, venda de
produtos e recrutamento de mão de obra. “É simples, tem
custo reduzido e maior alcance”, explicou o consultor. Apenas
no Facebook são 500 milhões de usuários. Se fosse um país,
seria o terceiro do mundo.
No Brasil, quase 40% das pessoas têm acesso à internet, o
que corresponde a 80 milhões de brasileiros, sendo que 90%
deles participam de redes sociais. “É o segundo país do mundo
nesse tipo de acesso”, segundo Tegon.
As redes sociais deram origem no último ano ao menos
182 mil empregos diretos e indiretos nos Estados Unidos. No
mundo todo, 47% das pessoas entre 50 e 64 anos acessam a
internet. “Ainda há muita resistência às redes sociais, mas a
realidade exige uma quebra de paradigmas. A internet deve
ser vista como instrumento de relacionamento e ampliação
dos negócios”, afirmou o consultor.
45
Bruno Leite
eventoS - Conett 2011
América Latina: destino de investimentos,
mas em estado de alerta
PRESSTEM
Informalidade no mercado de trabalho
46
e falta de mão de obra qualificada. Problemáticas tão comuns
em nosso contexto sócio-econômico não são exclusividade.
Representantes dos demais países da América Latina, vindos
da Argentina, Chile e México, estiveram no CONETT relatando suas realidades, o que evidenciou ainda mais a urgência
de medidas para que o continente continue a ser destino de
investimentos dos Estados Unidos e Europa, regiões ainda sob
os impactos da crise financeira iniciada em 2008.
Os países latinos se transformaram numa alternativa viável
para investimentos, o que incrementou o setor de serviços,
mais especificamente a prestação de serviços terceirizáveis e o
Trabalho Temporário, disse Martín Padulla, representante dos
setores no Chile. “A América Latina se converteu numa terra
de oportunidades para a Europa, por isso a economia mudou
rapidamente. Estamos nos adaptando aos novos processos
para evitar o colapso no mercado de trabalho”, disse Padulla.
Devido à instabilidade financeira global, que ainda perdura
com mais intensidade em alguns países, segundo Horácio
de Martini, ex-presidente da Confederação Internacional de
Terceirização e Trabalho Temporário (Ciett), o momento pede
atenção. “Quando transitamos por turbulências econômicas
frequentes, as empresas contratam menos e querem ter a mesma
produção. A falta de qualificação é generalizada”, alertou.
Para lidar com o desafio da ausência de mão de obra e
ainda acabar com a informalidade, os representantes do setor
na Argentina têm trabalhado fortemente junto ao governo
com o objetivo de encontrar o ponto de equilíbrio entre as
reivindicações dos trabalhadores e dos empresários. “Ratificar a
Convenção 181 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
está entre as prioridades”, afirmou Omar Ávila, presidente da
Confederação Latino-Americana de Trabalho Temporário e
Terceirização (Clett&A).
Para Ávila, o setor de Prestação de Serviços Terceirizáveis e
de Trabalho Temporário precisa estar preparado para agir rápido
quando for preciso. “Em algum momento, a crise vai atingir os
países latino-americanos.” O crescente número de contratações
de trabalhadores de maneira informal é uma preocupação
também para o México. O país, segundo Edmundo Escobar,
representante mexicano no CONETT, já cogita reconhecer o
Trabalho Temporário legalmente como propulsor do mercado de
trabalho formal. “No México, poucos cumprem a lei. Enquanto é
preciso criar 1 milhão de empregos formais ao ano, somente 500
mil são gerados”, lamentou.
Bruno Leite
A caminho da roça
Com um território de 2,8 milhões de quilô­
metros quadrados, agricultura forte em soja, trigo, frutas
e legumes, e um dos maiores rebanhos de gado bovino do
mundo, a Argentina é um exemplo do emprego de mão de
obra temporária no campo.
Julio Beloni, presidente da Federação Nacional dos
Empregados em Trabalho Temporário na Argentina (Faett),
ressaltou, durante o painel latino-americano no CONETT, a
atuação das prestadoras de serviços nessa área. Segundo ele,
são essas empresas que administram desde o recrutamento de
pessoal e acomodação nos locais de trabalho, até a logística
para armazenamento dos produtos. “A atuação das prestadoras
de serviços no campo propiciou a modernização dos processos.
Combatemos a informalidade e o trabalho infantil”, disse Beloni.
A zona rural da Argentina adotou esse tipo de trabalho
em 2006 e, com isso, acabou com sérios problemas existentes
no campo, como a informalidade, a sazonalidade e a falta
de capacitação. De acordo com o Instituto Nacional de
Estatísticas e Censos (INDEC), dos 100 mil trabalhadores
temporários argentinos (dado de 2007), 3% estão na exploração
agropecuária, de minérios, petróleo e madeira, porcentagem
superior à do setor de turismo, que emprega 1% da mão de
obra temporária no país. O restante está na indústria (40%);
transporte, correio e bancos (16%); comércio (14%); e demais
atividades desmembradas (26%).
E NO BRASIL...
A Argentina tem um terço do território do Brasil, com
seus 8,5 milhões de quilômetros quadrados, pelos quais se
destaca no mercado mundial como exportador de alguns
produtos agrícolas - como café, açúcar, soja, suco de laranja,
feijão, mandioca e milho - e pela atividade pecuária. Mas, por
aqui, sequer vislumbramos a possibilidade de ver a zona rural
utilizar mão de obra temporária e terceirizada.
O empregado rural conta apenas com um estatuto próprio
e defasado, de 1973, e enfrenta problemas alarmantes, como
escravidão, desemprego, trabalho informal, precarização,
e até questões sociais, como a luta pela terra, a miséria, o
analfabetismo, inanição etc.
No País, os números da escravidão não param de crescer.
De acordo com o Ministério do Trabalho, a lista de trabalho
escravo tem 251 empregadores em 16 Estados. Para a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), “a coerção de
uma pessoa para realizar certos tipos de trabalho, e a imposição
de uma penalidade caso esse trabalho não seja feito", é uma
das principais doenças da zona rural.
Por inexistir dispositivo legal permitindo a utilização de mão
de obra temporária na área rural, caso o empregador necessite
de trabalhador para determinada atividade, deverá realizar
um contrato pontual de prazo pequeno: por safra, colheita ou
preparação do solo. Eles são trabalhadores diaristas, sem vínculo
empregatício, recebem por dia e segundo a sua produtividade.
Embora completamente ilegal, essa relação de trabalho continua
existindo no campo e é articulada pelo “gato”, um empreiteiro
que faz a intermediação entre o fazendeiro e os trabalhadores.
Por não ser empresário, o “gato” não tem obrigações trabalhistas,
não precisa registrar os funcionários, pagar aposentadoria,
serviço médico e odontológico ou quaisquer outros benefícios.
Em algumas regiões do Centro e do Sul do País, sindicatos
fortes e organizados passaram a fazer essa intermediação. Nesses
lugares, os boias-frias agora recebem sua refeição no local de
trabalho, têm acesso a serviços de assistência médica e recebem
salários maiores que os boias-frias de regiões onde o movimento
sindical é desarticulado. Mas não é o bastante.
PRESSTEM
Por Camila Vasconcellos
47
Bruno Leite
eventoS - Conett 2011
Atitudes inovadoras em
tempo de competitividade
Diferencial está na superação de expectativas
PRESSTEM
Inovação numa empresa está nos
48
detalhes. Da comunicação visual no ambiente corporativo,
passando pela metodologia dos processos, atendimento ao
cliente e até os uniformes dos funcionários. “Identificar
competências, melhorando-as quando preciso ou criandoas quando não existem, é o primeiro passo para alcançar o
sucesso empresarial”, ensinou Livio Giosa, vice-presidente
da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do
Brasil (ADVB).
Segundo Giosa, competitividade está estritamente rela­
cionada com inovação. Uma empresa só se destacará no mer­
cado se oferecer aos seus clientes potenciais o novo, algo
diferenciado e melhor do que a concorrência. “É vender além
do valor, e estar permanentemente atento às necessidades de
quem compra os serviços”, afirmou Giosa.
Fernando Tadeu Perez, administrador de empresas com
experiência nos setores bancário e automobilístico, hoje pres­
tador de serviços terceirizados, concordou. Para ele, conhecer
as necessidades do cliente, com atendimento personalizado,
dá às empresas maior vantagem no mercado. “O tomador de
serviços quer ter acesso fácil a todos os níveis da prestadora,
incluindo diretores e presidência.”
No entanto, Perez destacou a retenção dos funcionários
com uma dificuldade comum no dia a dia das empresas
de prestação de serviços. “Às vezes acabamos sendo
recrutadores de mão de obra com custo zero, pois quando
um prestador é bom, a tomadora de serviços quer contratá-lo
para seu quadro efetivo”.
DISPUTA POR MERCADO
O Brasil, embora tenha tido significativo crescimento
econômico nos últimos anos, ocupa a 53ª posição no ranking
de competitividade do Fórum Econômico Mundial. Nesse
contexto, a Prestação de Serviços Terceirizáveis e o Trabalho
Temporário se destacam como eficientes ferramentas de
gestão, que agregam rapidez aos processos produtivos.
Para Luiz Luzzi, da ABRH-SP, a Terceirização é prática cada
vez mais usual dentro das empresas. “É uma realidade, uma
modalidade de contratação que permite mudanças rápidas no
planejamento estratégico. Ou o país terceiriza ou será passado
para trás pelos concorrentes internacionais”, disse Luzzi.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), representada
no CONETT pela consultora jurídica Sylvia Lorena, também
é a favor da Terceirização. Segundo ela, terceirizar significa
melhorar substancialmente a competitividade do Brasil no
mercado global. “As empresas devem ter a opção de escolher
quais etapas podem ser delegadas a prestadoras de serviços
especializadas.”
Bruno Leite
Regulamentar para crescer
Prestação de Serviços Terceirizáveis no centro dos debates
segmentos: dos escritórios de advocacia ao telemarketing.
“Regulamentá-la é preciso, mas não acredito que o Congresso
Nacional aprove rapidamente uma lei”, lamentou.
O PAPEL DO GOVERNO
O engajamento do governo para a aprovação de
um marco regulatório para a Terceirização foi um dos
temas discutidos durante painel com a participação dos
deputados federais Laércio de Oliveira (PR-SE) e Roberto
Santiago (PSD-SP).
Para Roberto Santiago, relator do PL 4.330/04, o
projeto de lei que regulamentar Prestação de Serviços
Terceirizáveis deve acabar com a distinção entre atividademeio e atividade-fim. “A ausência da regulamentação
torna o mercado predatório. Precisamos de modificações,
inclusive na lei das licitações, que é muito permissiva para
a atuação de empresas inidôneas em concorrências no
âmbito governamental”, disse Santiago.
A união dos empresários em busca da regulamentação de
uma das atividades que mais empregam mão de obra formal
no País é fundamental, na opinião do deputado Laércio de
Oliveira. Segundo ele, as entidades patronais precisam se
espelhar no poder de mobilização dos sindicatos laborais
brasileiros. “Falta aos nossos empresários este espírito, que
muito contribui para a notoriedade junto ao Congresso
Nacional”, alertou o parlamentar.
PRESSTEM
Como não poderia
deixar de ser, a progra­
mação do CONETT contou com paineis dedicados ao
debate acerca da regulamentação do setor de Prestação de
Serviços Terceirizáveis. A discussão ganhou significância
ainda maior por acontecer imediatamente após o Tribunal
Superior do Trabalho (TST) realizar a primeira audiência
pública de sua história, proposta para abordagem do tema
sob diferentes aspectos, em Brasília.
Almir Pazzianotto, ex-ministro do Trabalho e também
ex-presidente do TST, sugeriu a atualização do Enunciado
331 do TST como alternativa para solucionar o impasse
da regulamentação da Terceirização. “A vantagem está na
súmula ser universalmente conhecida. Com as devidas
atualizações, como por exemplo, na questão da atividadefim, o 331 atende ao necessário”, propôs o ex-ministro.
Ex-presidente do TST, Vantuil Abdalla analisou o
discurso proferido pelo atual ocupante do cargo, ministro
João Oreste Dalazen, durante a audiência pública, e concluiu
que o setor está próximo de conquistar sua regulamentação.
“Não há argumento contra a atividade, o que se tem são
acusações contra uma Terceirização deturpada”, defendeu.
Segundo ele, há tempos deixou-se de se falar em
extinção da Terceirização para se falar normatização.
“Esperamos ter, com a audiência pública, a modernização
da jurisprudência”, disse Abdalla.
Na opinião de Pazzianotto, a Prestação de Serviços
Terceirizáveis está presente há muitos anos e em todos os
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notícias
ASSERTTEM
Hora de planejar o futuro e celebrar conquistas
Em 2012, um novo ciclo se inicia para a Asserttem
Por Giovanna Zanaroli
Gestão
participativa, marcada pela ética e pela integração de toda a diretoria. A afirmação é de Vander Morales, que
cumpriu o seu segundo mandato no triênio 2009-2011 como
presidente da Asserttem. Para ele, as intensas ações empreendidas pela Associação só foram possíveis graças ao empenho
dos diretores e ao trabalho em equipe. “Todos deram o seu melhor, acreditaram no nosso segmento e foram à luta. Ninguém
faz nada sozinho”, lembrou Morales.
A Asserttem comemorou quatro décadas de existência,
sendo reconhecida nacionalmente – e até internacionalmente
- como porta-voz oficial dos setores de Trabalho Temporário
e de Serviços Terceirizáveis. Dados e pesquisas foram amplamente divulgados pela imprensa, o que conferiu maior credibilidade e confiança à Associação. Somente neste ano, até
setembro, foram mais de 2 mil inserções na mídia.
Expandiu sua atuação para além da capital paulista. Recentemente, uma nova diretoria regional foi criada – Brasília
– para se juntar às já existentes em Minas Gerais, Paraná, Rio
Grande do Sul, Rio de Janeiro e Nordeste.
A notoriedade alcançada pela Asserttem levou-a a interagir mais ativamente com diversas esferas governamentais,
sempre defendendo e exaltando as boas práticas de mercado e
a importância da Terceirização e do Trabalho Temporário para
a economia brasileira.
Em 2012, uma nova diretoria tomará posse. Jismália de
Oliveira Alves, diretora de Comunicação na gestão do presidente Vander Morales, foi eleita para ocupar o cargo até 2014.
Gente que faz acontecer
PRESSTEM
Jismália de Oliveira Alves – diretora de Comunicação e
Eventos e presidente eleita para a próxima gestão
“Os objetivos definidos no planejamento estratégico logo no início
de nossa gestão em 2009 foram cumpridos, graças ao empenho do
presidente Vander Morales e de toda a diretoria. A Asserttem já é
uma entidade reconhecida pelo poder público, pela sociedade e pela
imprensa, que passou a dar importância maior ao nosso setor.”
Fotos: Bruno Leite
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Flávio Nascente – diretor de Expansão Regional
“Foi uma gestão marcada pela valorização do setor. A Asserttem
conquistou maior influência, expandiu a atuação regional e intensificou sua presença na mídia. Resultado alcançado pelo trabalho
de uma diretoria transparente e aberta ao diálogo.”
Augusto Costa Calado – diretor regional Nordeste
“A presença nacional da Asserttem está consolidada, pois pela
primeira vez temos representantes em todas as regiões do País,
atuando fortemente pelo desenvolvimento do setor.”
Danilo Padilha – diretor regional Paraná
“A presença da Asserttem no Paraná agregou ao nosso setor visibilidade sem precedentes. Conseguimos dar identidade para a Terceirização e para o Trabalho Temporário dentro do Estado, levando para
a esfera nacional todas as discussões feitas no âmbito regional.”
José Carlos Teixeira – diretor regional Minas Gerais
“Atuamos ao longo dos últimos três anos pela atualização e modernização da Lei 6.019/74, para que o Trabalho Temporário tenha
um alcance mais amplo, qualificando o indivíduo para o primeiro
emprego e promovendo a recolocação no mercado. Cumprimento
a toda a diretoria atual, e desejo que o mesmo caminho, de empenho e dedicação, seja trilhado pelas próximas que virão.”
Mara Bonafé – diretora regional em Brasília
“Durante a gestão que se encerra agora, Brasília foi escolhida para
abrigar uma diretoria regional da Asserttem. O nosso trabalho ainda está no começo, mas já tem sido gratificante, e fará com que a
Associação seja reconhecida no futuro também no Distrito Federal.”
Márcia Costantini – diretora regional no Rio de Janeiro
“A Asserttem é referência quanto o assunto é Trabalho Temporário
e Serviços Terceirizáveis. A expressiva divulgação no Estado do
Rio de Janeiro fez com que empresários percebessem o quão importante é contratar de forma correta e formal. Demos um grande
salto institucional. ”
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PRESSTEM

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